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Objetivo do Curso
Dar, aos engenheiros, e arquitetos, informações básicas e
suficientes para projetar, coordenar e fiscalizar obras em
Estruturas de Fundações de concreto
Ementa do Curso
Fundações são peças estruturais que proporcionam a transição das cargas dos pilares,
geralmente submetidos a cargas e tensões altas, para o solo, de resistência geralmente baixa.
2. Fundações Rasas
São estruturas que se situam logo abaixo da infraestrutura e se caracterizam pela transmissão
da carga da superestrutura ou mesoestrutura ao solo, através de pressões distribuídas em sua
base. O item 3.28 da NBR 6122 (ABNT, 2019) define elemento de fundação cuja base está
assentada em profundidade inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação,
recebendo aí as tensões distribuídas que equilibram a carga aplicada; para esta definição adota-
se a menor profundidade, caso esta não seja constante em todo perímetro da fundação.
O item 3.38 da NBR 6122 (ABNT, 2019) define sapata, elemento de fundação rasa,
dimensionada de modo que as tensões de tração nele resultante sejam resistidas pelo emprego
de armadura especialmente dispostas para esse fim. Por sua vez o bloco como um elemento de
fundação rasa de concreto ou outros materiais tais como alvenaria ou pedras, dimensionado de
modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo concreto, sem necessidade
de armadura (item 3.3 – NBR 6122-2019)
O Radier, por sua vez, é definido no item 3.35 da NBR 6122 (ABNT, 2019 - item 3.35) como
sendo um elemento de fundação rasa dotada de rigidez para receber e distribuir mais do que
70% das cargas da estrutura.
As fundações diretas ou rasas são as primeiras a serem analisadas, devido ao seu baixo custo e
de fácil execução.
Uma análise simplista, da economia desse tipo de fundação se faz comparando a somatória das
áreas encontradas para a fundação rasa com a área do terreno. Caso a somatória das áreas fique
entre 50% a 70% da área do terreno (projeção da construção), essa economia pode ser
constatada.
Fig. 2.4 - Formas geométricas de sapatas Fig. 2.5 - Outras formas geométricas de
isoladas sapatas isoladas
A ABNT: NBR 6118 (2014 – item 22.6.2.2), Quando a relação indicada pela expressão 2.1
por sua vez, considera como sapata rígida não for atendida.
quando:
Embora de uso mais raro, essas sapatas são
(B − b)⁄
h 3 2.1 utilizadas para fundação de cargas pequenas e
Sendo: solos relativamente fracos. Segundo a ABNT:
h = altura da sapata NBR 6118 (2014 – item 22.6.2.3) seu
B = dimensão da sapata em uma determinada comportamento se caracteriza por:
direção
b = dimensão do pilar na mesma direção de a) Trabalho à flexão nas duas direções:
“B” b) Trabalho ao cisalhamento pode ser
analisado utilizando o fenômeno da
h ≥ tgα ∗ (B − b)/2 2.2 punção (ABNT NBR 6118 - 19.5 –
Dimensionamento de laje à punção).
NBR 6118 (2014): tg = 1/1,5 ; 33,7 0
De acordo com o item 22.6.1 da NBR 6118 (ABNT, 2014) pode-se admitir a distribuição de
tensões normais no contato solo - sapata rígida, como plana, caso não se disponha de
informações mais detalhadas a respeito. Já, para as sapatas flexíveis ou casos extremos de
fundação em rocha (mesmo com sapata rígida) essa hipótese deve ser revista.
A norma destaca ainda que a determinação da tensão admissível ou tensão resistente de cálculo
é obtida com base na utilização e interpretação de um ou mais dos seguintes procedimentos:
Prova de carga sobre placa; métodos empíricos; e métodos semiempíricos (item 7.3 da NBR
6122 (ABNT, 2019).
O item 3.30 da NBR 6122 (ABNT, 2019) define que o método de valores admissíveis é o
método em que as forças ou tensões de ruptura são divididas por um fator de segurança global.
Rk
Padm = ⁄FS e Padm ≥ Sk 2.6
g
Onde:
FSg é o fator de segurança global. No mínimo igual a 3,0 para processos semiempíricos e
teóricos (analíticos); ou 2,0 para os processos semiempíricos ou analíticos acrescidos de duas
ou mais provas de carga, executadas na fase de projeto (NBR 6122 – 2019– item 6.2.1.1.)
O item 3.45 da NBR 6122 (ABNT, 2019) estabelece ainda que as fundações devam ser
verificadas em seus estados limites considerando para as forças ou tensões de ruptura, que os
valores últimos sejam divididos por coeficientes de minoração (m), e as solicitações
multiplicadas por valores de majoração (f).
R k⁄
Rd = γm , S d = S k ∗ γf e R d ≥ Sd 2.8
Sendo:
Rd representa a tensão resistente de cálculo para sapatas e tubulões ou força resistente de cálculo
para estacas;
Sd representa as solicitações de Cálculo.
f =1,4 (majoração) para o esforço atuante, se disponível apenas o seu valor característico; se já
fornecido o valor de cálculo, nenhum coeficiente de ponderação deve ser aplicado.
São métodos utilizados para se calcular recalques onde se observa o comportamento do solo
em relação a tesão-deformação.
NSPT
R adm ≅ (MPa) 2.9
(50 a 55)
NSPT
R ult.,k ≅ (MPa) 2.10
(17 a 20)
em que:
Radm é a tensão admissível do solo em Mpa;
NSPT é o valor na base da sapata, valor médio ou ainda o valor estatístico, o menor deles,
calculados no ponto do bulbo de tensões (duas vezes a largura da sapata), onde se estima uma
largura de sapata de 1 metro e que deve ir de 1 metro a 3 metros de profundidade, conforme
indicado na (Fig. 2.13):
i) Métodos empíricos
São considerados métodos empíricos aqueles pelos quais se chega a uma tensão admissível com
base na descrição do terreno (classificação e determinação da compacidade ou consistência
através de investigações de campo e/ou laboratoriais).
Na Tabela 2.2 são apresentados valores de tensões básicas, válida para cargas verticais até 1.000
KN (100 tf).
Notas:
a) Em geral as areias e argilas são solos sedimentares e os solos siltosos são residuais;
b) Para a aplicação da tabela admite-se que as características do maciço não piorem com o
aumento de profundidade.
c) Os valores da Tabela 2.2 já atendem aos estados limites último e de serviço.
d) No caso de calcário ou qualquer outra rocha cáustica, devem ser feitos estudos especiais.
i) Sapatas Rígidas
O comportamento estrutural das sapatas rígidas pode ser discretizado para trabalhar
separadamente nas duas direções, tanto à flexão, quanto ao cisalhamento, conforme ABNT:
NBR 6118 (2014 - item 22.6.2.2). Nestes casos será admitida tração à flexão, uniformemente
distribuída ao longo da largura correspondente da sapata.
São elementos de fundação, com seção não alongada (B2 ≤ 3*B1), que transmitem ações, de um
único pilar centrado, diretamente ao solo. É o tipo de sapata mais utilizada. Podem apresentar
bases quadradas, retangulares, circulares ou outras formas, conforme visto anteriormente, com
a altura constante (Blocos) ou variando linearmente entre as faces do pilar à extremidade da
base.
Segundo a ABNT: NBR 6122 (2019 – item 5.6) será considerado para peso próprio dos
elementos de fundação (sapata ou bloco de coroamento), um valor mínimo de 5% da carga
vertical permanente.
Recomenda-se, no entanto, 5% a 10% da carga permanente, como peso próprio do bloco mais
peso de terra acima do bloco, se houver: sendo, 5% para sapatas flexíveis e, de 5 a 10% para
as sapatas rígidas.
ou
Segundo a ABNT: NBR 6122 (2019 – item 5.6) será considerado para peso próprio dos
elementos de fundação, um valor mínimo de 5% da carga vertical permanente.
A = B1*B2 2.11
As dimensões B1 e B2, se possível, devem ser escolhidas de maneira que os momentos fletores
nas duas direções produzam esforços nas armaduras, aproximadamente iguais (Rs1 Rs2).
B1 = B2 + (b1 − b2 ) B2 = B1 − (b1 − b2 )
A
B1 = + (b1 − b2 )
B1
B1 /2
Ns Ns X 2 B1 /2 Ns B12
R s1 = ∫ X ∙ dx = 0 =
B1 ∙ d0 0 B1 ∙ d0 2 B1 ∙ d0 8
d0 d B1 ∙ d
= → d0 =
B1 B1 − b1 (B1 − b1 )
2 2
em que b1 é a dimensão do pilar na direção B1 da sapara e b2 é a dimensão na direção de B2, da
sapata (Figura 2.18)
Nsd
R sd1 = (B − b1 )
8d 1
R sd1
As1 =
fyd
Procedimento idêntico se faz para o cálculo
do As2 (tração na direção de B2):
Nsd
R sd2 = (B − b2 )
8d 2
R sd2
As2 =
fyd
Figura 2.19 - Forças de cálculo nas armaduras Sendo Nsd carga concentrada
Fsd N
τxy,d = τsd = ⁄(μ ∗ d) = sd⁄(μ ∗ d) 2.21
Sendo:
d = altura útil
O valor de Rd2 pode ser ampliado de 20% por efeito de estado múltiplo de tensões junto ao
pilar interno, quando os vãos que chegam a esse pilar não diferem mais de 50% e não existem
aberturas junto ao pilar.
Dimensionamento à flexão – método das bielas idêntico aos procedimentos da sapata isolada,
bata considerar B2 = 1,0
Fsd
R sd = (B − b)
8d
Quanto ao detalhamento a ABNT: NBR 6118 (2014 - item 22.6.4.1.1) recomenda que a
armadura de flexão deva ser uniformemente distribuída ao longo da largura da sapata,
estendendo-se integralmente de face a face da mesma e terminando em gancho nas duas
extremidades. Os ganchos das armaduras de tração seguem as determinações da ABNT: NBR
6118 (2014 - item 9.4.2.3).
Para barras com ≥ 20 mm devem ser usados ganchos de 135° ou 180°. Para barras com ≥ 25
mm deve ser verificado o fendilhamento em plano horizontal, uma vez que pode ocorrer o
destacamento de toda a malha da armadura.
O comprimento de ancoragem necessário pode ser calculado, segundo a ABNT: NBR 6118
(2014 – item 9.4.2.5) por:
As,cal
𝑙b,nec = α𝑙b 𝑙b,min (0,3𝑙b , 10 e 100 mm) 2.13
As,ef
Onde:
= 1,0 para barras sem gancho;
= 0,7 para barras tracionadas com gancho, com cobrimento no plano normal ao do gancho ≥
3 ;
= 0,7 quando houver barras transversais soldadas conforme 9.4.2.2 (NBR 6118)
= 0,5 quando houver barras transversais soldadas conforme 9.4.2.2 (NBR 6118) e gancho,
com cobrimento no plano normal ao do gancho ≥ 3 ;
fbd = 1 2 3 fctd
(1=2,25; 2=1,0; 3=1,0 - ver item 9.3.2.1 da NBR 6118 (ABNT, 2014)
2/3
0,7fct,m 0,21fck 2/3
fctd = = = 0,15fck
γc 1,4
A sapata deve ter altura suficiente para permitir a ancoragem da armadura de arranque. Nessa
ancoragem pode ser considerado o efeito favorável da compressão transversal às barras,
decorrente da flexão da sapata (NBR 6118, item 22.6.4.1.2 – ABNT, 2014).
Armadura de espera decorre da necessidade executiva, em face de necessidade de se ter uma
junta de concretagem no início do pilar.
Portanto, acima do topo da sapata a armadura de espera deve ter um comprimento de emenda à
compressão (ou tração, no caso de pilares fletidos) que possibilite a transmissão de esforços.
Esse tipo de emenda (traspasse) não é permitido para barras de bitola maior que 32 mm,
nem para tirantes e pendurais (elementos estruturais lineares de seção inteiramente tracionada)
(NBR 6118, item 9.5.2 – ABNT, 2014).
O comprimento da armadura de espera dentro da sapata deve ser o necessário para permitir sua
ancoragem à compressão (loc). No caso de sapata com pilar submetido à tração, ver detalhe no
item sapata com flexão.
Caso a altura da sapata seja insuficiente para possibilitar a ancoragem das barras da armadura
de espera (h < lbc) existem alternativas para solucionar o problema sem alterar a altura da
sapata.
As,pilar
𝑙bc =
As,espera
Redução da ancoragem
l *A /A
Figura 2.28 - Redução de bitola X redução do bc s220 s125
= (5/6,3)lbc = 0,8*lbc
comprimento de ancoragem
3. Fazer pescoço, ou seja, aumentar a área do pilar junto à sapata, de maneira que o inicio de
transferência de carga, das barras da armadura de espera, ocorra antes de entrar na sapata.
(𝑙b𝑐 − h)
fyd ∗ As ∗ = ∆Ac ∗ fcd
𝑙bc
fyd (𝑙bc − h)
∆Ac = ∗ ∗ As
fcd 𝑙bc
Executivamente essa solução é inadequada por interromper a forma do pilar e exigir uma nova
forma para o pescoço.
As sapatas isoladas ou os blocos não podem ter dimensões da base inferiores a 60 cm (ABNT:
NBR 6122–2019 – item 7.7.1).
Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo quando a fundação for assentada em rocha, a
profundidade mínima (cota de apoio da fundação) não pode ser inferior a 1,5 m. Em casos de
obras cujas sapatas ou blocos tenham, em sua maioria, dimensões inferiores a 1,0 m, essa
profundidade mínima pode ser reduzida. (ABNT: NBR 6122-2019 – item 7.7.2).
Inclinação da parte superior da sapata, para não ser necessário colocar formas não deve ser
superior a 1:3 (ângulo de inclinação tg=0,33; =18,30) a 1:4 (tg=0,25; =140). Montoya
(1973) recomenda ≤ 300 e ho > entre h/3 e 20 cm. Dessa consideração resulta:
h1 ≤ (B − b − 2 ∗ bf) ∗ tg/2
A altura h0 da base da sapata deverá ser o maior valor entre: h/30; 20 cm e (h-h1)
Deve-se deixar um acabamento maior ou igual a 2,5 cm junto ao pilar, para se apoiar a forma
do pilar;
Todas as partes da fundação rasa (superficial ou direta) em contato com o solo devem ser
concretadas sobre um lastro de concreto não estrutural (magro) de no mínimo 5 cm de
espessura, a ser lançada sobre toda a superfície de contato solo-fundação. No caso de rocha,
esse lastro dever servir para regularização da superfície e, portanto, pode ter espessura variável,
observando, no entanto, o mínimo de 5 cm. (ABNT: NBR 6122-2019 – item 7.7.3).
Dados:
Pilar 30X80 cm
Concreto: fck = 20,0 MPa (200
Kgf/cm2)
Solo:
Rd,.solo = 0,357 MPa (357 KN/m2)
adm,.solo = 0,255 MPa (255 KN/m2)
Figura 2.31 – Exemplo 1.2 - Sapata isolada Aço: fyk = 500 MPa (5.000 Kgf/cm2 =
- Rígida 50KN/cm2)
Gk = 1.320 KN; Qk = 570 KN
prof.º M.Sc. João Carlos de Campos Página 26
Cálculo da carga solicitante de cálculo
Área da sapata
R ult⁄ R últ
R d,solo = γm = ⁄2,15
Ou
(Nsk + 0,1 ∗ Gk ) (1.320 + 570) + 0,1 x 1320
A= = = 7,93 m2
σadm,solo 255
R ult R
R adm = ⁄FS = últ⁄3,0
g
Conhecendo-se:
b1 = 0,8 m
b2 = 0,3 m
A = 7,94 m2
Calcula-se: B1 e B2
A = B1*B2
B1 − b1 = B2 − b2
H 0,30
Vtp = (A + √A ∗ a + a) = (8,06 + √8,06 ∗ 0,2975 + 0,2975) = 0,99 m3
3 3
Sendo:
prof.º M.Sc. João Carlos de Campos Página 28
A = área maior = 3,10*2,60 =8,06 m2
a = área menor = 0,35*0,85 = 0,2975 m2
H = altura do tronco de pirâmide
Cálculo da armadura
R sd1 1.014,3
As1 = As2 = = = 23,33 cm2
fyd 50
( )
1,15
100∗As116 201,1
e= = = 22 cm 16 c/22 ( 5/8” c/22 cm)
As 8,97
ou
100 ∗ As112,5 122,7
e= = = 13 cm 12,5 c/13 ( 1/2” c/13 cm)
As 8,97
23,33 2
As2 = = 7,53 cm ⁄m ≅ As,min./m
3,10
Figura 2.34 – Exemplo 1.2 – (A) Detalhamento das armaduras / (B) Detalhamento da
armadura em planta
( armadura do pilar)
A título de ilustração – cálculo da armadura do pilar curto
Nd = 2.646 KN
Concreto: fck = 20 MPa (2 KN/cm2)
Aço CA50: fyk = 500 MPa (50 KN/cm2)
2
Nd ∗ γn − 0,85 ∗ fcd ∗ Ac 2.646 ∗ 1,2 − 0,85 ∗ (1,4) ∗ 30 ∗ 80
Asc = =
σscd 35,6
= 7,33 cm2
Obtendo 10 de 10 ou 6 12,5
Tensão aço com patamar escoamento e sem patamar de escoamento
fyd 500
𝑙b = ∗ = ∗ = 44
4 fbd 4 1,15(0,338 ∗ 202/3 )
lb = 44 = 44*1,25 = 55 cm > lbmin.=(0,3*lb; 10; 100 mm) < 75 cm existente, portanto, OK
Ver pag.21
c) Trabalho à flexão nas duas direções, não sendo possível admitir tração na flexão
uniformemente distribuída na largura correspondente da sapata. A concentração de tensão
devido à flexão junto ao pilar deve ser, em princípio, avaliada;
Pode-se observar que a sapata troco pirâmide tem a compressão devido à flexão aplicada
somente em uma faixa, correspondente à largura do pilar, mais, os 5 cm para apoio da forma,
enquanto, no caso de sapata corrida (B2=1m) e, no caso de bloco, a largura comprimida é
largura total da sapata (bloco), conforme indicado na figura
No caso das sapatas flexíveis o caminhamento das cargas se faz de forma análoga ao esquema
da treliça clássica, com diagonais comprimidas e tracionadas (montantes inclinados) e os
banzos comprimidos (superiores) e tracionados (inferiores). Deve-se verificar o concreto
devido à Força cortante e colocar armadura para levantamento de carga, devido à cortante, caso
Vsd seja maior do que Vc.
Fsd = Nsd
γm ∗ (Fsk + 0,05 ∗ g k )
B=
R d,solo
Seção I-I
γm ∗ Nsk
σatu,solo = ≤ R d,solo
B ∗ 1,0
R ult⁄
Rd = γm
B B Nsd b b Nsd B2 Nsd ∗ b
M(I−I)d = σsolo ∗ ∗ − ∗ ∗ = ∗ −
2 4 b 2 4 B 8 8
A tensão no solo não considera o peso próprio, pelo fato de que a carga correspondente ao peso
próprio descarrega diretamente no solo e o peso próprio não provoca momento na sapata.
prof.º M.Sc. João Carlos de Campos Página 34
(B−b) L
M(I−I)d = Nsd ∗ [unidade (F. L) (KN. m/m)
8
B Nsd b Fsd B Fsd b
V(I−I)d = σsolo ∗ − ∗ = ∗ − ∗ =0
2 b 2 B 2 b 2
Seção II-II
(B − b) (B − b) Nsd (B − b)2 m
M(II−II)d = σsolo ∗ ∗ = ∗ [(KN. )]
2 4 B 8 m
(B − b) F KN
V(II−II)d = σsolo ∗ [unidade ( ) ( )]
2 L m
VIII−III = σsolo ∗
(B−b−dII ) F KN
[unidade ( ) ( )]
2 L m
(B−b−dII ) (B−b−dII )
M(III−III)d = σsolo ∗ ∗
2 4
Fsd (B−b−dII )2 m
M(III−III)d = ∗ [(KN. m)]
B 8
Portanto, a cortante nas seções II-II e III-III serão calculadas multiplicando a tensão no solo
pela carga distribuída na área de influência do pilar, em cada direção, conforme figuras
apresentadas acima.
Dimensionamento à flexão
O dimensionamento será efetuado nas duas direções, e observa-se na Figura 2.43, que as regiões
compridas a serem utilizadas no cálculo, são diferentes e, a favor da segurança, acompanham
as dimensões dos pilares, nas respectivas direções.
b∗d2
Kc = → tabela e se obtem Ks; b = 100 cm
Md
De acordo com o item 14.6.4.3 da NBR 6118 (ABNT, 2014) para proporcionar uma adequada
ductilidade em vigas e lajes, a posição da Linha neutra (Kx = x/d) no ELU deve o menor ou
igual a 0,45, para concretos com fck ≤ 50 MPa.
Em seguida calcula-se
Md
As = K s ∗
d
Sendo:
W0 é o módulo de resistência da seção transversal bruta de concreto, relativo à fibra mais
tracionada;
Em consequência aumenta-se a seção para não armar à cortante e, na maioria das vezes, recai-
se em alturas que estão dentro das condições de sapatas rígidas.
Verifica-se de forma idêntica à sapata rígida, visto que se consideram as bielas inclinadas de
450 e a cortante de cálculo dada pela expressão:
As sapatas podem prescindir de armadura transversal para resistir aos esforços de tração,
oriundos da força cortante, quando a força cortante de cálculo obedecer à expressão (NBR 6118
item 19.4.1 – ABNT, 2014):
Vsd ≤ VRd1
Vsd é a força cortante solicitante de cálculo, na seção III – III (Vsk*f). O motivo de se fazer esta
verificação na seção III-III é pelo fato de que a cortante, a partir dessa seção, não mais precisa
ser levantada, pois, a força de compressão já está entrando diretamente no pilar.
(B −b )
bw1,III = b1 + (B1 −b1) ∗ dII 2.17
2 2
A força cortante, neste caso, é igual à componente normal das forças aplicadas na área de
influência do pilar, hachurada na figura abaixo, ou seja, é a área hachurada, multiplicada pela
tensão no solo, existente naquela respectiva área. É a somatória de forças naquela área.
Onde:
Rd = 0,25*fctd (tensão resistente de cálculo do concreto ao cisalhamento)
2⁄
f f 3
fctd = ctk,inf⁄γc = 0,21 ∗ γck
c
As1
ρ1 = ⁄(b ∗ d) , não maior do 0,02 (2%)
w
bw é a menor largura da seção, compreendida ao longo da altura útil “d” (NBR 6118 item
17.4.2.2 – ABNT, 2014), no caso bw = bwIII
N
σcp = sd⁄A
c
Nsd é a força longitudinal na seção devida a protensão ou carregamento (compressão positiva)
Para elementos onde 50% da armadura inferior não chega até o apoio: K = 1,0
Para os demais casos: K = 1,6 - d , não menor que 1,0, com d em metros.
No caso de não se aumentar a altura da peça e, optar por armar ao cisalhamento, essa armadura
será calculada conforme especifica a ABNT: NBR 6118 (2014 – item 17.4.2.2 ou 17.4.2.3):
Sendo:
VSd é a força cortante solicitante de cálculo, na seção;
VRd3 = Vc + Vsw, é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína por tração diagonal.
A ABNT: NBR 6118 (2014 – item 17.4.2) define as condições de verificação no ELU para os
elementos lineares solicitados à força cortante, estabelecendo dois critérios:
A
Vsw = ( sw⁄s) ∗ 0,9 ∗ d ∗ fywd ∗ (sin α + cos α)
Sendo o ângulo de inclinação da armadura transversal em relação ao eixo longitudinal do
elemento estrutural, podendo-se tomar valores entre 450 e 900.
Vsd
Asw − 0,6 ∗ fctd
(bw ∗ d)
( ) ( ) ∗ bw = ρw ∗ bw
s ∗ sin α 0,9 ∗ fywd ∗ sin α (sin α + cos α)
Vsd 2⁄
− 0,09fck 3
b d
ρw = w
0,9fywd
Armadura mínima
Asw
≥ ρsw ∗ bw ρsw,min ∗ bw
s ∗ senα
2/3
fct,m 0,6 ∗ fck
ρsw ρsw,min = 0,2 =
fywk fywk
Asw 𝐴𝑠𝑤
= ρw ∗ bw ≥ ( )𝑚𝑖𝑛. = ρw,min ∗ bw
s 𝑠
A resistência dos estribos pode ser considerada com os seguintes valores máximos, sendo
permitida interpolação linear (ABNT: NBR 6118 – 2014 – item 19.4.2):
- Detalhamento do estribo
Fsd
σsolo =
B1 ∗ B2
Md
R sd =
Z
R sd Md
As = =
fyd z ∗ fyd
c) Detalhamento
Elementos estruturais armados com estribos (NBR 6118 item 18.3.3.2 – ABNT, 2014)
O espaçamento transversal entre ramos sucessivos da armadura constituída por estribos não
deve exceder os seguintes valores:
Recomenda a ABNT NBR 6118, em seu item 20 que: a) qualquer armadura de flexão, nas lajes
(será adotado o mesmo procedimento para as sapatas) que o diâmetro máximo seja no máximo
igual a h/8; b) as barras da armadura principal devem apresentar espaçamento máximo de 2h
ou 20 cm, prevalecendo o menor, na região do maior momento fletor; c) que armadura
secundária seja superior a 20% da armadura principal e seu espaçamento, no máximo de 33 cm.
γf ∗ (pk + ppsap )
B= ; γf = 1,4
R d,solo
Como de antemão não se consegue determinar o peso próprio da sapata será admitido como 5%
da carga da parede.
Portanto,
Seção I-I
(B − b) (3,15 − 0,20)
MI,k = p ∗ = 600 ∗
8 8
= 221,25 KN. m/m
VI,k = 0
Seção II-II
100 x 402 cm
Md,min = 0,8W0 ∗ fctk,sup = 0,8 0,287 = 6.122,66 KN. = 61,2 KN. m/m
6 m
p (B − b − dII )
VIII,k = ∗ =
B 2
p (B − b − dII )2
MIII,k = ∗
B 8
d2 = 1.289,13 d = 35,9 36 cm
h = d + 4 cm = 36 + 4 = 40 cm
Para não ser necessário colocar formas, a inclinação da face superior da sapata deve ficar entre
1:3 (0,33) a 1:4 (0,25)
- Seção II-II
Escolhendo 20 mm
- Seção I-I
Para dimensionamento da seção I-I pode-se admitir um aumento da altura da sapata na relação
de 1: 3 até o eixo da parede
dI = dII+b/6 = 36 + 20/6 = 39 cm
d) Dimensionamento ao cisalhamento
d.1) Verificação das tensões nas Bielas – Ruptura por compressão diagonal
fck
αv = (1 − ) = (1 − 20⁄250) = 0,92
250
τRd2 = 0,27 ∗ αV ∗ fcd = 0,27 ∗ 0,92 ∗ 20⁄1,4 = 3,55 MPa > τsd
- Na seção II-II
A verificação deverá ser feita na seção III, visto que daquele ponto em diante a carga caminha
diretamente para o pilar
Seção III-III
Utilizando-se da semelhança de triângulo
20 yIII
= → yIII = 17,86 cm
145 (145 − 15,5)
p (B − b − dII )2
𝐌𝐈𝐈𝐈,𝐤 = ∗
B 8
600 (3,15 − 0,2 − 0,36)2
= ∗
3,15 8
= 159,72 KN. m/m
p (B − b − dII )
𝐕𝐈𝐈𝐈,𝐤 = ∗
B 2
600 ∗ (3,15 − 0,2 − 0,36)
Figura 2.59 - Diagramas de Fletor e =
cortante 3,15 ∗ 2
= 246,67 KN/m
Onde:
fctk,inf.
τRd = 0,25fctd → fctd =
γc
De acordo com o item 8.2.5 da NBR 6118 (ABNT, 2014) a resistência característica à tração
inferior será igual a 0,7 da resistência caraterística média, à tração:
2⁄
fctk,inf. = 0,7 ∗ fct,m → fct,m = 0,3 ∗ fck 3
2/3
fck 2/3
τRd = 0,25 ∗ 0,21 ∗ = 0,0375 ∗ fck = 0,2763 MPa (fck = 20 MPa)
1,4
As1 20,77
ρ1 = < 0,02 ρ1 = = 0,0058 < 0,02
(bw ∗ d) (100 ∗ 36)
Valores de K
No caso de seção variável pode-se reduzir a cortante a ser levantada de (M/d)*tg, quando a
seção cresce e o momento cresce.
Quando acontecer o inverso, essa parcela é somada. Isso se explica pela analogia da treliça,
onde parte da cortante desce diretamente pela biela de compressão.
MIII,K
VIII,K,Reduzido = VIII,k − ∗ tgα = cortante reudzida
dIII
159,72 20
VIII,K,Red = 246,67 − ∗ = 181,61 KN/m
0,3386 145
dIII 0,64 m 65 cm, consequentemente, dII =70; h = 75 cm (tem-se uma melhora em todas as
condições), porém, aumento de peso da sapata, o que exige uma nova verificação da tensão no
solo.
Portanto,
Logo, para o exercício em questão h0 será o maior entre: 75/3 = 25 cm; h-h1 = 75 -145/3 30;
ou 20 cm
(315 − 20)
h= = 98 100 cm
3
- Cálculo de um novo B
- Verificações:
- à flexão:
As1 10,5
ρ1 = < 0,02 ρ1 = = 0,0016 < 0,02
(bw ∗ dIII ) (100 ∗ 65)
Nsd
σcp = = o
Ac
cp = 0 (força longitudinal na seção devida à protensão ou carregamento (compressão
positiva)
Valores de K
Como 100% das armaduras chegam até o apoio:
K = 1,6 - dIII , não menor que 1,0, com “d” em metros.
K = (1,6 − 0,65) = 0,95 < 1,0
VRd1 = [τRd ∗ K ∗ (1,2 + 40ρ1 ) + 0,15σcp ] ∗ bw d
VRd1 = [276,3 ∗ 1,0 ∗ (1,2 + 40 ∗ 0,0016) + 0,15 ∗ 0] ∗ 1,00 ∗ 0,65 =
KN KN
VRd1 = 227,01 > Vsd = 212,18 OK (não armar)
m m
dIII = 33,86 cm
ρsw
ρsw 254,25⁄ 3
254,25⁄ 1 ∗ 0,3386) − 0,6 ∗ 1,1 ∗ 10
3 =( )
(1 ∗ 0,3386) − 0,6 ∗ 1,1 ∗ 10 0,9 ∗ 435 ∗ 103 ∗ 1,732
=( )
0,9 ∗ 435 ∗ 103 ∗ 1
ρsw = 1,34 ∗ 10−4 → 0,0134%
ρsw = 2,32 ∗ 10−4 → 0,023%
Observa-se que, ao se utilizar a inclinação das bielas em torno de 300, as armaduras reduzem
quase que pela metade. Utiliza-se, portanto, o modelo de cálculo II, quando as peças têm
pequenas alturas, casos típicos de lajes.
2
3 3
0,06 ∗ fck 0,06 ∗ √202
ρw,min = =
fywk 500
ρw,min = 0,00088→ 0,088% > ρsw
Logo:
Asw
≥ ρw,min ∗ bw = 0,088% ∗ bw = 0,088 ∗ 100
s
Asw 2
≥ 8,8 cm ⁄m
s
Para 4R (4 ramos ao longo de 1 m)
Recomenda-se criar uma plataforma, de base b1 x b2, para apoio do pilar, cujo centro de
gravidade também coincide com o CG do pilar e da sapata. Além disso, para que se tenham
áreas de armaduras, iguais, nas duas direções, é conveniente, dentro do possível, fazer também:
(B1 − b1 ) = (B2 − b2 )
É importante observar que o formulário da Resistência dos Materiais só pode ser aplicado
quando 1 e 2 são tensões de compressão. Caso uma delas seja de tração, não se pode utilizar
a expressão de tensões da Resistência dos Materiais, uma vez que o solo não absorve tração.
Nesse caso deve-se analisar o problema como material não resistente à tração, ou deslocar a
sapata para o Centro de aplicação da carga evitando o aparecimento de variação de tensão.
Nem sempre é possível fazer coincidir o CG da sapata com o ponto de aplicação da carga,
portanto, é necessário o cálculo da sapata submetida à flexão composta.
No caso da excentricidade dentro do núcleo central de inércia, as tensões podem ser calculadas
pelas equações da resistência dos materiais, logo:
W1 B1
K1 = = ( para sapatas retangulares) 2.20
A 6
Além da condição de estabilidade, deve-se verificar que a tensão máxima de borda não supere:
a) Quando a solicitação for obtida através de combinações de ações nas quais o vento é a ação
variável principal (item 6.3.2 da NBR 6122 (ABNT, 2019) a máxima tensão atuante na
borda das sapatas ou tubulões não supere 15%:
em que:
b) Quando a solicitação for obtida através de combinações de ações nas quais o vento é a ação
variável principal, os valores de tensão resistente de cálculo (item 6.3.3 da NBR 6122
(ABNT, 2019) das sapatas ou tubulões não supere 10%:
1,1 ∙ R k⁄ 2.25
Rd = γm , S d = S k ∗ γf 𝑒 e Sd ≤ R d
Em que:
Rd é a tensão resistente de cálculo para sapatas e tubulões ou força resistente de cálculo para as
estacas;
Rk é a tensão última característica do solo;
Sd representa as solicitações cálculo;
NK +G(sap.+solo) 6∗M
σ=
B B2
b∗h3 1∗B3
I= =
12 12
I B3 B2
W= = =
y/2 12∗B/2 6
No instante em que se encontra tensão de tração e, como o solo não resiste à tração, para que
haja equilíbrio é necessário que a resultante “R” do solo comprimido esteja no mesmo
alinhamento de “N” ou seja, de igual valor.
R=N
X B
R ∗ 3 = N ∗ ( 2 − e)
X = 3*(B/2 – e)
- Tensão de borda
2∗R
σb ∗ X⁄2 = R σb =
X
2 N
σb = ∗
3 (B⁄ − e)
2
De uma maneira geral o coeficiente de segurança ao tombamento (f,t) deve ser ≥ 1,5, isto é, o
ponto de tensão nula não pode ultrapassar o centro da sapata.
M resistente = N*B/2
N = Patuante + G(sap.+solo)
- Coeficiente de Segurança
Mresitente
γf,t = =
Mtomb.
N∗B 1
γf,t = ∗ = 1,5
2 N ∗ B⁄3
Providenciar o equilíbrio
R = N(g+q)
Fazendo: B = Bmin.
e = (2/6)*Bmin. 2.26
G
σmax. = ≤ σadm.
Asapata
Fazendo B=Bmin.
2⁄ ∗ B 1
3 min. − ⁄2 ∗ Bmin. = e
B = 6*e
Esse valor de “B” define a largura mínima para que se possam determinar as tensões no solo
pela fórmula da Resistência dos Materiais;
N M
σsolo = A
W
Mtomb. = M + H ∗ h; sendo H = Fh
- Condição de equilíbrio:
B
(M + H ∗ h) ∙ γf,t ≤ N ∙
2
H ≤ N ∗ tgφ + A′ ∗ Ca
γf,e ∗ H ≤ μ ∗ (N + A′ ∗ Ca )
μ = tgφ1 ∗ d
1 = ângulo de atrito entre a terra e o elemento de concreto ou alvenaria, também conhecido
como ângulo de rugosidade do paramento estrutural.
Tabela 2.11 - Ângulo de atrito entre o solo e a sapata
1 = 0 → Paramento liso
1 – ângulo de atrito entre a terra e a
1 = 0,5 → Paramento parcialmente rugoso
sapata
1 = → Paramento rugoso
Sendo S igual a
Diante dos parâmetros apresentados acima tem sido comum adotar, para o valor de
(coeficiente de atrito - alvenaria ou concreto / solo), os seguintes valores:
Quando a carga vertical é pequena deve-se observar se nas proximidades do pilar existe alguma
outra estrutura que, com sua carga vertical, auxilie na resistência. A figura abaixo ilustra este
caso:
Neste exemplo, o esforço horizontal (H) devido ao empuxo de terra é grande e o pilar P1 tem
pouca carga vertical. Dessa forma o esforço vertical de P1 é insuficiente para absorver H. Como
o pilar P2 tem muita carga vertical optou-se por travar P1 em P2 conseguindo-se a carga vertical
necessária para estabilização.
4. Cálculo da Armadura
Caso a excentricidade fique dentro do núcleo central de inércia (toda seção comprimida), pode-
se, de forma simplificada, calcular como sapata submetida à carga centrada, fazendo:
No caso da excentricidade estiver fora do núcleo central de inércia, com a sapata levantado um
pequeno trecho (menor do que B/2), o cálculo da armadura se faz pelo método das bielas ou de
flexão. O cálculo considerando o diagrama trapezoidal real não apresenta, entretanto,
dificuldades.
O cálculo considerando um diagrama retangular com ordenada igual a máx.solo pode, conforme
o caso, ser bastante antieconômico.
B B
MI = σmax ∗ ∗
2 4
B B B 1 2∗B B2 2 ∗ ∆σ
MI = σI−I ∗ ∗ + ∆σ ∗ ∗ ∗ = ∗ (σI−I + )
2 4 2 2 3 8 3
B2 ∗ B12 2 ∗ ∆σ
MI = ∗ (σI−I + )
8 3
Esses momentos são devidos ao peso próprio da sapata mais a terra e, eventualmente
sobrecargas.
Nesse caso é necessário fazer a emenda da armadura tracionada (quando houver) do pilar com
a armadura de flexão da sapata.
Caso o pilar esteja submetido somente à compressão, basta ancorar as barras comprimidas na
sapata conforme se indica na figura 1.74
325
e= = 0,43 m
750
B 3,5
y= = = 0,58 m > 0,43
6 6
A sapata necessita ser aumentada. Impor a tensão máxima de compressão igual a tensão de
borda, ou seja, igual a 195 KN/m2.
Mtomb. = M + H ∗ h; sendo H = Fh
- Condição de equilíbrio:
- Condição de equilíbrio
γf,e ∗ H ≤ μ ∗ (N + G(sap.+solo) ) ∴
1,5 ∗ 175 < (750 + 157,19) ∙ 0,55 262,5 < 498,95 OK.
750 325 ∗ 6
σ= − − = −101,35 − 71,22 = −172,57 KN⁄m2
2 ∗ 3,70 2 ∗ 3,702
750 325 ∗ 6
σ= − + = −101,35 + 71,22 = −30,13 KN⁄m2
2 ∗ 3,70 2 ∗ 3,702
- Verificação do equilíbrio do nó
- Seção II-II
- Na seção I-I
50937 ∗ 1,4
As,I = 0,0234 ∗ = 17,26 cm2
70
(85 + 6 )
As,I 17,26 2
= = 8,65 cm ⁄m
m 2,0
200 ∗ (85)2
Kc = = 29,92 → tabela: Ks = 0,0234
34497 ∗ 1,4
34497 ∗ 1,4
As,II = 0,0234 ∗ = 13,30 cm2
85
As,II 13,30 2 As,I
= = 6,65 cm ⁄m <
m 2,0 m
- No sentido transversal
M = 172,57*1,02/2 = 86,27KN.m/m
75 ∗ 852
Kc = = 12,12 → tabela: Ks = 0,0240
31920 ∗ 1,4
31920 ∗ 1,4
As,B2 = 0,0240 ∗ = 12,62 cm2
85
As,B2 12,62 2
= = 3,41 cm ⁄m
m 3,70
As,min = 0,67 ∙ ρmin ∙ bw ∙ h = 0,67 ∙ 0,15% ∙ 75 ∙ 85 = 6,41 cm2
Vsd ≤ VRd2
Portanto, não se tem possibilidade de ruptura à compressão nas bielas, devido à cortante.
Vsd ≤ VRd1
VRd1 = (τRd ∗ K ∗ (1,2 + 40 ∗ ρ1 ) + 0,15 ∗ σcp ) ∗ B2 ∗ dIII
Como a excentricidade está dentro do núcleo central de inércia a sapata pode ser dimensionada,
de forma mais simplista, com sapata isolada e rígida, utilizando-se do seguinte recurso:
Cálculo da armadura
Nsd ∗ (B2 − b2 )
R sd1 = 50937 ∗ 1,4
8∗d As,I = 0,0234 ∗ = 17,26 cm2
1,4 ∗ 1.277,02 ∗ (3,70 − 0,7) 70
= (85 + 6 )
8 ∗ 0,85
R sd1 = 788,75 KN As,I 17,26 2
R sd1 788,75 = = 8,65 cm ⁄m
As1 = = m 2,0
fyd 50
( )
1,15
As1 = 18,14 cm2
As1 18,14 2
= = 8,57 cm ⁄m
m 2,0
Cálculo de tensão máxima no solo para o caso de flexão oblíqua, inclusive para material não
resistente à tração, utilizando-se de tabelas apresentas no Anuário do Concreto - Beton Kalender
(74)
Mx e My são, respectivamente, os
momentos nas direções de x e y.
Sendo:
ex e ey as excentricidades da carga em
relação ao CG da sapata.
Valores de tabelados
0,18 2,08 2,21 2,34 2,49 2,64 2,80 2,98 3,17 3,38 3,61 3,86 4,15 4,47 4,84 5,28 5,81 6,46
0,16 1,96 2,08 2,21 2,34 2,48 2,63 2,80 2,97 3,17 3,38 3,62 3,88 4,18 4,53 4,94 5,43 6,04
0,14 1,84 1,96 2,08 2,21 2,34 2,48 2,63 2,79 2,97 3,17 3,39 3,64 3,92 4,24 4,63 5,09 5,66
0,12 1,72 1,84 1,96 2,08 2,21 2,34 2,48 2,63 2,80 2,98 3,18 3,41 3,68 3,98 4,35 4,78 5,31 5,97
0,10 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,20 2,34 2,48 2,63 2,80 2,99 3,20 3,46 3,74 4,08 4,49 4,99 5,62
0,08 1,48 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,21 2,34 2,48 2,64 2,82 3,02 3,25 3,52 3,84 4,23 4,70 5,28
0,06 1,36 1,48 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,21 2,34 2,49 2,66 2,84 3,06 3,32 3,62 3,98 4,43 4,98
0,04 1,24 1,36 1,48 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,21 2,35 2,50 2,68 2,88 3,13 3,41 3,75 4,17 4,69
0,02 1,12 1,24 1,36 1,48 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,21 2,36 2,53 2,72 2,95 3,22 3,54 3,93 4,42
0,00 1,00 1,12 1,24 1,36 1,48 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,22 2,38 2,56 2,78 3,03 3,33 3,70 4,17
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,18 0,20 0,22 0,24 0,26 0,28 0,30 0,32 0,34
Valores de ex/B1
Fonte: adaptado da tabela do BK74 pg 263 – vol.II
De acordo com a posição da carga, encontrada em cada uma das zonas indicadas na Figura 2.95,
pode-se calcular a tensão máxima atuante, a posição da Lina neutra e, em seguida as tensões,
supondo variação linear, em cada posição do perímetro da sapata (Klöckner e Schmidt, 1974).
Zona 1 – (núcleo central de Inércia) – Quando “N estiver aplicado nessa zona, toda seção estará
comprimida. Calculo pela equação da Resistência dos Materiais.
N Mx My
σ=
A Wx Wy
Zona 2 – Zona inadmissível, uma vez que menos da metade da seção colabora (coeficiente de
tombamento é insuficiente). Não existe problema de resistência, mas sim de estabilidade.
Zona 3 – A zona de compressão é um quadrilátero conforme indica a Figura 2.96 “a” acima.
B2 B2 B22
s= [ + √( 2 − 12)]
12 ey ey
3 (B2 − 2ex )
tanα = ∗
2 (s + ey )
12N B2 + 2s
σmax = ∗ 2
B2 tan α B2 + 12s 2
Zona 4 – A zona de compressão é um quadrilátero do tipo indicado na Figura 2.96 “b” acima.
B1 B1 B12
t= [ + √( 2 − 12)]
12 ex ex
3 B1 − 2ey
tanβ = ∗
2 t + ex
12N B1 + 2t
σmax. = ∗ 2
B1 tan β B1 + 12t 2
Sendo:
ex ey
k= +
B1 B2
A zona comprimida corresponde ao pentágono da Figura 2.96 “c”. As curvas que delimitam as
várias áreas podem ser adotadas com boa aproximação para parábolas do 2.º grau. Os valores
de “e” devem ser sempre colocados positivos.
c) Dimensionamento da sapata
O cálculo geralmente é feito a favor da segurança tomando-se para cada direção um diagrama
envolvente.
d) Detalhamento
A armadura do pilar, no caso de estar tracionada, deve ser emendada com a armadura da sapata.
Figura 2.99 - Detalhamento das armaduras na sapata submetida à flexão composta oblíqua – nas
duas direções
Exemplo 2.5
Dimensionar a sapata submetida à Flexão composta obliqua
Dados:
b1 = 70 cm (Dimensão maior do pilar)
b2 = 20 cm (Dimensão menor do pilar)
N = 700 kN (Ação normal concentrada do pilar)
Mx = 300 kN.m (Ação momento do pilar na direção x)
My = 250 kN.m (Ação momento do pilar na direção y)
adm,solo = 0,15 MPa = 150 kN/m2 (Tensão normal admissível do solo)
INCL = 1:4 (Inclinação da borda superior da sapata)
Aço CA-50: fyk = 50 kN/cm2 = 500 MPa (Tensão de escoamento do aço)
Concreto C20: fck = 20 MPa = 2 kN/cm2 Resistência característica do concreto)
= 0,55 (Coeficiente de atrito solo/concreto)
γFS = 1,5 (Fator de segurança para deslizamento e tombamento)
Para o cálculo da área da sapata a carga vertical será majorada em 30% a 40% para se levar em
conta o peso próprio (5%), peso da terra acima da sapata (5%) e o restante para considerar o
efeito do aumento de tensão devido ao momento fletor aplicado.
(b1 − b2 ) (b1 − b2 )2
B1 = +√ +A
2 4
h1
Gsapata = ρconc. ∗ (B1 ∗ B2 ∗ h0 + ∗ (B1 ∗ B2 + √B1 ∗ B2 ∗ b1 ∗ b2 + b1 ∗ b2 ))
3
0,30
Gsap. = 25 ∗ (2,75 ∗ 2,25 ∗ 0,35 + ∗ (2,75 ∗ 2,25 +
3
ex < K 1 ; ey < K 2
Observa-se que mesmo as excentricidades, e cada direção, sendo menores que K1 e K2,
respectivamente, a excentricidade obliqua resulta fora do núcleo central de inércia, provocando
levantamento da sapata em relação ao solo.
Diante disso será necessário calcular a tensão máxima utilizando-se da tabela 2.25. Inicialmente
se calculam:
ex 0,378
= = 0,137 ≅ 0,14
B1 2,75
ey 0,315
B2
= 2,25
= 0,14
0,18 2,08 2,21 2,34 2,49 2,64 2,80 2,98 3,17 3,38 3,61 3,86 4,15 4,47 4,84 5,28 5,81 6,46
0,16 1,96 2,08 2,21 2,34 2,48 2,63 2,80 2,97 3,17 3,38 3,62 3,88 4,18 4,53 4,94 5,43 6,04
0,14 1,84 1,96 2,08 2,21 2,34 2,48 2,63 2,79 2,97 3,17 3,39 3,64 3,92 4,24 4,63 5,09 5,66
0,12 1,72 1,84 1,96 2,08 2,21 2,34 2,48 2,63 2,80 2,98 3,18 3,41 3,68 3,98 4,35 4,78 5,31 5,97
0,10 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,20 2,34 2,48 2,63 2,80 2,99 3,20 3,46 3,74 4,08 4,49 4,99 5,62
0,08 1,48 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,21 2,34 2,48 2,64 2,82 3,02 3,25 3,52 3,84 4,23 4,70 5,28
0,06 1,36 1,48 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,21 2,34 2,49 2,66 2,84 3,06 3,32 3,62 3,98 4,43 4,98
0,04 1,24 1,36 1,48 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,21 2,35 2,50 2,68 2,88 3,13 3,41 3,75 4,17 4,69
0,02 1,12 1,24 1,36 1,48 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,21 2,36 2,53 2,72 2,95 3,22 3,54 3,93 4,42
0,00 1,00 1,12 1,24 1,36 1,48 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,22 2,38 2,56 2,78 3,03 3,33 3,70 4,17
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,18 0,20 0,22 0,24 0,26 0,28 0,30 0,32 0,34
Valores de ex/B1
(N+Gsap.solo) ) (700+72,77+20,01)
e) μ = 2,79 ⇒ σmáx = μ ∗ = 2,79 ∗
A 2,75∗ 2,25
σmáx = 357,47 KN⁄m2 > σadm,borda = 1,3 ∗ σadm,solo = 1,3 ∗ 150 = 195 kN/m2
Impondo = 3,0 e max. = 1,3*150 = 195 KN/m2, será calculado uma determinada área. Em
seguida se refaz todas as dimensões da sapata e, novamente verifica a tensão. Como esse
processo é iterativo, foram consideradas diversas alternativas, conforme Tabela 2.16.
(N + Gsap.solo ) (700 + 72,77 + 20,01)
σmáx = μ ∗ = 3,0 ∗ = 195 KN⁄m2
A A
A = 12,20 m2
Tabela 2.16 - Parâmetros da sapata
3,0
A (m2) 12,16 11,50 10,18 7,50 9,86 9,86 9,86 9,86
B1 (m) 3,8 3,65 3,45 3,0 3,40 3,40 3,40 3,4
B2 (m) 3,2 3,15 2,95 2,5 2,90 2,90 2,90 2,90
h ≤ (m) 1,03 0,98
0,90 0,75 0,9 0,8 0,7 0,6
(0,95) (0,95)
h1 (cm) 0,50 0,50 0,50 0,40 0,45 0,40 0,40 0,40
h0 (cm) 0,45 0,45 0,40 0,35 0,45 0,35 0,30 0,20
Vsap.(m3) 7,78 7,37 6,029 3,808 6,148 5,162 4,479 3,493
K1 = B1/6 = 56,67 cm
K2 = B2/6 = 48,33 cm
Como a carga excêntrica N está posicionada na zona 5, para se obter a tensão máxima, pode-se
aplicar a fórmula:
N
σmáx = ∗ α ∗ [12 − 3,9 ∗ (6 ∗ α − 1) ∗ (1 − 2 ∗ α) ∗ (2,3 − 2 ∗ α)]
A
ex ey 0,350 0,292
α= + = + = 0,2036
B1 B2 3,40 2,90
855,59
σmáx = ∗ 0,2036
3,40 ∗ 2,90
∗ [12 − 3,9 ∗ (6 ∗ 0,2036 − 1) ∗ (1 − 2 ∗ 0,2036) ∗ (2,3 − 2 ∗ 0,2036)]
kN
σmáx = 194,87 m2
195 KN⁄m2
Como o peso próprio e a terra sobre a sapata não desenvolvem esforços solicitantes, as tensões
poderão ser reduzidas:
Mx 300
ex = N
= 700 ≅ 0,428 m
ex ey 0,428 0,357
α= + = + = 0,249
B1 B2 3,40 2,90
700
σmáx = ∗ 0,249 ∗ [12 − 3,9 ∗ (6 ∗ 0,249 − 1) ∗ (1 − 2 ∗ 0,249) ∗ (2,3 − 2 ∗ 0,249)]
3,40 ∗ 2,90
σ1 = 181,32 KN⁄m2
- Posição da LN
B1 B B 2 3,40 3,40 3,40 2
t= ∗ [ e 1 + √( e 1 ) − 12 ] = ∗ [0,428 + √(0,428) − 12 ] = 4,28
12 x x 12
2
B2 B B 2,90 2,90 2,90 2
s= ∗ [ e 2 + √( e 2 ) − 12 ] = ∗ [0,357 + √(0,357) − 12 ] = 3,74
12 y y 12
σ1 σ3 181,32 σ3
= = ⇒ σ3 = 78,23 kN/m2
(4,28 + 1,70) (4,28 − 1,7) 5,98 2,58
σ1 σ2 181,32 σ2
= ⇒ = ⇒ σ2 = 80,00 kN/m2
(3,74 + 1,45) (3,74 − 1,45) 5,19 2,29
O cálculo dos esforços solicitantes (momentos e cortantes) nas seções I, II e III, nas duas
direções, será desenvolvido de forma semelhante, ao desenvolvido no exemplo 2.5.
L) Dimensionamento e Verificações
- Flexão seção II
- Na direção de B1 - Na direção de B2
b ∗ d2II 25 ∗ 652 b ∗ d2II 75 ∗ 752
Kc = = = 1,76 Kc = = = 6,65
MII(B1),d 1,4 ∗ 42975 MII(B2),d 1,4 ∗ 45300
→ (Domínio 4) → (Domínio 2a)
- Cálculo da armadura
Md 1,4 ∗ 42975
As(B1) = K s ∗ = 0,0307 ∗
d 75
= 24,63 cm2
As(B1) 24,63 2
⁄B = = 8,49 cm ⁄m
2 2,9
20 ∗ 103 20 ∗ 103
= 0,27 ∗ 0,92 ∗ 0,25 ∗ 0,75 = 0,27 ∗ 0,92 ∗ 0,75 ∗ 0,75
1,4 1,4
= 665,36KN = 1996,07
bw é a menor largura, ao longo da altura útil. bw é a menor largura, ao longo da altura útil.
Portanto: Portanto:
Vsd ≤ VRd2 → OK Vsd ≤ VRd2 → OK
Esse tipo de sapata existe quando ocorre interferência entre duas sapatas isoladas, e o espaço
disponível não permite a solução como sapata isolada.
Segundo a NBR 6122 (2019 – item 3.39) denomina-se associada quando a mesma é comum a
dois ou mais do que dois pilares, quando alinhados e desde que representem menos de 70% das
cargas da estrutura (mesoestrutura ou superestrutura).
A viga que une os pilares (dois ou mais) é conhecida como Viga de Rigidez, e tem a finalidade
de distribuir as cargas verticais para o solo, de modo a permitir que a sapata trabalhe com tensão
constante.
a) Dimensionamento da sapata
- Inicialmente deve se ter em mente que o CG da sapata deve coincidir com CG das cargas dos
pilares, buscando dessa forma a distribuição uniforme de tensões no solo.
1
𝑙𝑚𝑖𝑛 ≥ 2 ∗ (a2 + ∗ b2,P2 )
2
- O comprimento l deve, sempre que possível, ser maior que lmin para possibilitar uma
ancoragem conveniente das barras de flexão da viga de rigidez.
(1,05 a 1,10)∗∑ Pi
Asap = 2.29
σadm,solo
Asap.
B= 2.30
𝑙
- Determinação da altura da viga de rigidez – impor uma altura para que não se tenha problema
de cisalhamento
A largura “b” já está definida no item anterior (o maior “b” dentre os pilares)
- Dimensionar e detalhar a viga de rigidez (atenção com os esforços de flexão - viga invertida)
Quando: hviga − hsapata ≥ 0,8 ∗ bviga, deve-se fretar esse trecho da viga, junto à entrada de
carga dos pilares.
P bpilar
Rs = ∗ (1,0 − ) 2.34
3 bviga
Logo:
R
As = 1,25 ∗ σsd 2.35
sd
Dados:
adm.solo = 0,15 MPa (1,5 Kgf/cm2 = 15 tf/m2 = 150 KN/m2- argila média)
fck = 15MPa
Aço: CA-50
Cargas nos pilares: P1= 1.000 KN; P2 = 1.000 KN; e P3 = 2.200 KN
a) Cálculo da Sapata
- Sistema de equilíbrio
XCG = 3,86 m
𝑙 9,0 m
Asap 29,4
B= = = 3,27 3,25 m
𝑙 9,0
Caso os “b’s” dos pilares sejam diferentes, deve-se adotar o “b” maior.
∑ Pi ∗ B 4.200
p= = = 456,52 KN/m
B ∗ 𝑙1 9,20
p (B − b − dII ) 456,52 (3,20 − 0,65 − 0,50)
VIII = ∗ = ∗ = 146,23 KN/m
B 2 3,20 2
VRd1 = [τRd ∗ K ∗ (1,2 + 40ρ1 ) + 0,15σcp ]bw d
Onde:
2/3
f
= 0,25 ∗ 0,21 ∗ ck = 0,0375 ∗ fck = 0,2228 MPa = 222,8 KN⁄m2
2/3
τRd
1,4
As1
ρ1 = < 0,02 adotar ρ1 = 0,005 < 0,02
(bw ∗ d)
Nsd
σcp = = o
Ac
Valores de K
Para elementos aonde 50% da armadura inferior não chega até o apoio: K = 1,0
Para os demais casos: K = 1,6 - d , não menor que 1,0, com d em metros.
dII⁄
2 dII dII 6
dII = dIII + = dIII + ∴ dII − = dIII ∴ dII = ∗ dIII
3 6 6 5
∑ Pi ∗ B 4.200
p= = = 456,52 KN/m
B ∗ 𝑙1 9,20
R sd 181,89 ∗ 1,4 2
As1 = = = 5,86 cm ⁄m
fyd 50⁄
1,15
0,15 2
As,min. = 0,15% ∗ Ac = ∗ 100 ∗ 80 = 12 cm ⁄m
100
- Seção II-II
100 ∗ 802
Kc = = 39,42 → tabela → domínio 2a → K s = 0,0234
11596 ∗ 1,4
MII,d
As = K s ∗ = 0,0234 ∗ 11596 ∗ 1,4⁄80 = 4,75 cm2 /m
d
As1∅ ∗ 100 1,227 ∗ 100
e= = = 25,8 → (∅12,5 c⁄20)
As 4,75
As1∅ ∗ 100 0,8 ∗ 100
e= = = 16,8 → (∅10 c⁄16)
As 4,75
- Verificação à cortante
Vsd ≤ VRd2
VII,d = 1,4 ∗ 181,89 = 254,65 KN/m
20 ∗ 103
VRd2 = 0,27 ∗ αV ∗ fcd ∗ bw ∗ d = 0,27 ∗ 0,92 ∗ 1,0 ∗ 0,80
1,4
KN
VRd2 = 2.838,86 > Vsd → OK.
m
Seção I-I
(B − b) (3,20 − 0,65) m
MI = p ∗ = 456,52 ∗ = 145,52 KN.
8 8 m
Para dimensionamento da seção I-I pode-se admitir um aumento da altura da sapata na relação
de 1: 3 até o eixo da parede
Cortante admissível para não armar, segundo o item 19.4.1 da NBR 6118 (ABNT, 2014)
Onde:
2/3
f 2/3
τRd = 0,25 ∗ 0,21 ∗ ck = 0,0375 ∗ fck = 0,2228 MPa
1,4
As1 12,0
ρ1 = < 0,02 ρ1 = = 0,00184 < 0,02
(bw ∗ dIII ) (100 ∗ 65)
Nsd
σcp = = o
Ac
cp = 0 (força longitudinal na seção devida à protensão ou carregamento (compressão positiva)
Valores de K
Para elementos onde 50% da armadura inferior não chega até o apoio: K = 1,0
Para os demais casos: K = 1,6 - dIII , não menor que 1,0, com d em metros.
- Detalhamento
V(x) = p ∗ x − P1 < 𝑥 − 0,74 >0 − P2 < 𝑥 − 3,74 >0 − P3 < 𝑥 − 6,74 >0
V(x) = 456,52 ∗ x − 1.000 < 𝑥 − 0,74 >0 − 1.000 < 𝑥 − 3,74 >0 − 2.200
< 𝑥 − 6,74 >0
p ∗ x2
M(x) = − P1 < 𝑥 − 0,74 >1 − P2 < 𝑥 − 3,74 >1 − P3 < 𝑥 − 6,74 >1
2
456,52 ∗ x 2
M(x) = − 1.000 < 𝑥 − 0,74 >1 − 1.000 < 𝑥 − 3,74 >1 − 2.200
2
< 𝑥 − 6,74 >1
Nos pontos onde há a existência de pilares, o momento fletor e a força cortante podem ser
diminuídos, devido às forças em sentido contrário, proveniente dos respectivos pilares.
– impor uma altura para que não se tenha problema de cisalhamento. A largura “b” já está
definida no item anterior (o maior “b” dentre os pilares, mais 5 cm)
Vsd ≤ VRd2
Vsd = 1,4 ∗ 1.008,93 = 1.412,50 KN
20 ∗ 103
VRd2 = 0,27 ∗ αV ∗ fcd ∗ bw ∗ d = 0,27 ∗ 0,92 ∗ 0,65 ∗ d
1,4
Manter altura da Viga de Rigidez maior ou igual a altura da sapata (No caso, sapata: d = 80 cm
e h = 85 cm; VR: d = 90 e h = 95 cm).
b4.1) Flexão
b ∗ d2 65 ∗ 902
Kc = = = 3,05 → domínio 3 → K s = 0,0276
Md 1,4 ∗ 123180
Md 1,4 ∗ 123.180
As = K s ∗ = 0,0276 ∗ = 52,88 cm2
d 90
0,15
As,min. = 0,15% ∗ bw ∗ d = ∗ 65 ∗ 80 = 7,8 cm2
100
Tabela 2.20 - Área de aço (Tabela parcial)
Área da
Barras Massa Nominal Perímetro
seção
( - mm) (Kg/m)(*) (mm)
(mm2)
8,0 0,395 50,3 25,1
10,0 0,617 78,5 31,4
12,5 0,963 122,7 39,3
16,0 1,578 201,1 50,3
20,0 2,466 314,2 62,8
22,0 2,984 380,1 69,1
25,0 3,853 490,9 78,5
52,88
25 → = 11 25
4,909
52,88
N. º de barras: 22 → = 1422
3,801
52,88
20 → = 1720
{ 3,142
b ∗ d2 65 ∗ 902
Kc = = = 10,59 → domínio 2a → K s = 0,0242
Md 1,4 ∗ 35524
Md 1,4 ∗ 35524
As = K s ∗ = 0,0242 ∗ = 13,37 cm2 > As,min
d 90
b ∗ d2 65 ∗ 902
Kc = = = 14,06 → domínio 2a → K s = 0,0238
Md 1,4 ∗ 26747
Md 1,4 ∗ 26747
As = K s ∗ = 0,0238 ∗ = 9,90 cm2 > As,min
d 90
9,90
22 → = 3 22
3,801
9,90
N. º de barras: 12,5 → = 812,5
1,227
9,90
10 → = 1310
{ 0,785
b ∗ d2 65 ∗ 902
Kc = = = 26,33 → domínio 2a → K s = 0,0234
Md 1,4 ∗ 14281
Md 1,4 ∗ 14281
As = K s ∗ = 0,0234 ∗ = 5,20 cm2 < As,min = 7,8 cm2
d 90
7,8
22 → = 3 22
3,801
7,8
N. º de barras: 12,5 → = 712,5
1,227
7,8
10 → = 1010
{ 0,785
b4.2) Cortante
Como foi imposta a tensão limite para se calcular a altura não será necessária a verificação da
tensão.
Asw⁄
Vsw = ( s) ∗ 0,9 ∗ d ∗ fywd ∗ (sin α + cos α)
Para o caso de armadura transversal somente com estribos: =900
Asw⁄
Vsd ≤ Vc + ( s) ∗ 0,9 ∗ d ∗ fywd
Asw⁄
Vsd − Vc ≤ ( s) ∗ 0,9 ∗ d ∗ fywd
Vc = 0,6 ∗ fctd ∗ bw ∗ d = 0,6 ∗ 1,1 ∗ 103 ∗ 0,65 ∗ 0,90 = 386,10 KN
A resistência dos estribos pode ser considerada com os seguintes valores máximos, sendo
permitida interpolação linear (ABNT, 2014 - NBR 6118 item 19.4.2):
2 3
2
fct,m 0,2 ∗ 0,3 ∗ 3
fck 0,06 ∗ √fck
ρw,min = 0,2 = =
fywk fywk fywk
Asw 2
( ) = ρw,min ∗ bw = 0,088 ∗ 65 = 5,72 cm ⁄m
s min.
Asw 5,72 2
( ) = = 1,43 cm ⁄m (4 Ramos)
s min.(4R) 4
Espaçamento máximo
As,lateral
face 0,10%Ac,alma → com espaçamentos inferior a 20 cm
⁄
12,5 c/19
As,lateral 95 6,18 cm 2
⁄ 2 ⁄m { 10 c/11
face ≥ 0,10 ∗ 65 ∗ 100 = 6,18 cm → 0,9 = 6,87
8 c/7
1º. Quando a carga do P1 (Pilar de divisa) < P2 → Pode-se utilizar da sapata retangular,
conforme visto anteriormente, pelo fato de que o pilar P2 desloca o CGcargas
consequentemente o CGsapata em sua direção;
a) Dimensionamento da sapata
- Da mesma forma que feito para sapata retangular, inicialmente deve-se buscar coincidir o
Centro de Cargas com o CG da sapata.
𝑙 (B1 +2∗B2 )
XCGSap = ∗ 2.37
3 (B1 +B2 )
1
XCGSap. = XCGCargas + 2 ∗ b2,P1 + 2,5 cm 2.38
1
𝑙𝑚𝑖𝑛 ≥ 2 ∗ (a1 + 2 ∗ b2,P1 + 2,5 cm) 2.39
(1,05 a 1,10)∗∑ P𝑖
ASap. = 2.40
σadm,solo
𝑙 2∗ASap.
ASap. = (B1 + B2 ) ∗ 2 ∴ (B1 + B2 ) = 2.41
𝑙
6 ∗ ASap. ∗ XCGSap.
(B1 + 2 ∗ B2 ) =
{ 𝑙2
2 ∗ ASap.
−(B1 + B2 ) = −
𝑙
2∗ASap.
B1 = − B2 2.45
𝑙
pv1 − pv2
pv(x) = ∗ (𝑙 − X)
𝑙
X
V(x) = −pv2 ∗ X − pv(x) ∗ X − [(pv1 − pv2 ) − pv(x) ] ∗ 2 + P1 < 𝑋 − X1 >0 + P2 < 𝑋 −
X 2 >0
X2 X2 X2
M(x) = −pv2 ∗ − pv(x) ∗ − [(pv1 − pv2 ) − pv(x) ] ∗ + P1 < 𝑋 − X1 >1 + P2 < 𝑋 −
2 2 6
X2 >1
O conceito que se utiliza nesse caso é o mesmo usado no caso de laje nervurada, quando
substitui a laje maciça. O princípio consiste em retirar material de certas áreas e os coloca em
outros, de maneira a se ter elementos de alturas maiores, porém discretas. No caso das sapatas
vazadas, retira-se material da base da sapata e os utiliza na criação das vigas V1 (vigas de borda),
V2 (vigas transversais) e V3 (viga central - de grande altura). Com esse procedimento, nada
mais se faz do que mudar a forma da seção. Esse procedimento ajuda a peça à flexão e
praticamente em nada altera em relação ao cisalhamento.
b ∗ d2
Kc = → aumentando "d" melhora − se à flexão
Md
Vd
τ= → mentendo − se a área, nada altera, com relação à cortante
b∗d
É interessante observar que apesar de existir uma analogia entre sapata maciça e vazada e a laje
maciça e laje nervurada, a utilização de laje nervurada se justifica muito mais do que do que a
sapata vazada. Essa justificativa se baseia no fato de que na laje ao se diminuir seu peso próprio
se diminui os esforços solicitantes devido ao peso retirado, proporcionando, portanto, uma
estrutura mais econômica.
Na sapata vazada essa grande vantagem não existe uma vez que pouco do seu peso próprio é
devidamente equilibrada pela reação do solo, não havendo praticamente movimentação de
carga horizontal dessa carga, portanto, não existindo momentos fletores decorrentes do peso
próprio.
Essas considerações fazem com que no caso de superestruturas, a transformação de uma laje
maciça de grandes dimensões em grelhas ou sistemas de lajes e vigas seja de grande importância
até mesmo para viabilizar a estrutura.
- Esquema de Cálculo dos elementos que compõem a estrutura da Figura 2.138 e as respectivas
disposições das armaduras estão representadas a seguir:
• Viga V3 – Viga central (Calculada como Viga contínua, cujas reações são
conhecidas)
Caso a carga atuante dobre a viga central V3 seja uma carga linear o sistema de cálculo é o
seguinte:
Esse sistema pode ser decomposto em dois outros, conforme apresentado na figura abaixo
• Detalhamento
Em casos de pilares de divisa, as sapatas, por não poderem avançar nos terrenos vizinhos,
necessitam, de forma semelhante ao estudado com as sapatas associadas, de um elemento que
transporte a carga vertical, horizontalmente, para o centro de carga da sapata. Duas soluções
são possíveis para resolver esse problema:
1.º caso: A sapata está integrada à viga alavanca, denominada também de viga de equilíbrio,
cuja finalidade é a de alavancar a carga, levantando-a para que desça para a fundação através
da sapata.
Por sua vez a viga será calculada e dimensionada como viga em com balanço, necessitando de
altura e rigidez suficientes para absorver o momento e tensões tangenciais e reduzir as
deformações no balaço, respectivamente.
A solução é bastante simples, todavia deve-se observar a necessidade de uma maior escavação
para aprofundar a sapata. Que deixa de ser uma sapata de divisa.
A viga alavanca ou viga de equilíbrio, segundo a NBR 6122(2019 – item 3.52), é um elemento
estrutural que recebe carga de um ou dois pilares (ou pontos de carga) e é dimensionado de
modo a transmiti-las centradas às fundações. Da utilização de viga de equilíbrio resultam cargas
nas fundações diferentes das cargas recebidas dos pilares.
De uma maneira geral, para o dimensionamento da sapata do P2 utiliza-se a carga (P2 – P2/2)
a favor da segurança. A ABNT NBR 6122 (2019 - item 5.7) recomenda que quando ocorre uma
redução de carga devido a utilização de viga alavanca, a fundação aliviada dever ser
dimensionada considerando-se apenas 50% dessa redução.
Essa hipótese se justifica no fato de que a distribuição de tensões no solo (na sapata do P1)
dependendo da rigidez da viga alavanca e do solo podem não ser uniforme. Nesse caso carga
da P2, com alívio total (P2 – P2) está contra a segurança, uma vez que P2 real é menor que
P2 que se admitiu.
(G1 +Q1 ) G1 ∗e
> G1 → ∆P2 =
2 (𝑙pilares −e)
No caso da alavanca não ser ligada a um pilar interno, mas, a um contrapeso, ou a um outro
elemento de fundação trabalhando à tração (estacas ou tubulão), a NBR 6122 (2019 – item 5.7)
recomenda que o alívio, em função da combinação de cargas, resultar em tração no elemento
de fundação, esse alívio deverá ser considerado integralmente. Esse elemento ainda deverá ser
calculado, para a carga de 50% de sua carga a compressão (sem alívio).
- Sequência de procedimentos:
O coeficiente 1,2 a 1,3 - acréscimo de 20%, multiplicador da carga P1 resulta de duas parcelas:
1.ª parcela: 0,15 a 0,2 (15% a 20%) correspondem ao acréscimo de carga na fundação do P1
devido à excentricidade de P1 em relação ao CG da sapata. É a parcela correspondente ao P2.
Como o valor de P2 é função da excentricidade “e” e esta, por sua vez, é função da dimensão
“Área” da sapata, o valor de 0,15 a 0,20 é um valor estimado.
2.ª parcela: 0,05 a 0,10 (5% a 10%) correspondem ao acréscimo de carga na fundação devido
ao peso próprio da sapata mais a viga.
Asap.
B2 = (2 a2,5) ∗ B1 Asap. = B1 ∗ B2 ∴ B12 = 2.46
2
B2 −b2
h = 2.47
3
B1 b1 1
e= − = (B1 − b1 ) 2.48
2 2 2
Sendo:
- Cálculo de P2
P1 ∗𝑙pilar
R sap. = (𝑙pilar −e)
∆P2 = R sap. − P1
Dados:
P1 = 1.500 KN (20 X 70) cm
P2 = 2.00 KN (40 X 40) cm
Tensão admissível do solo = 300 KN/m2 = 0,3 MPa (30 tf/m2)
Acréscimo de carga
2.ª parcela: 0,05 (5%) correspondem ao acréscimo de carga na fundação devido ao peso próprio
da sapata mais a viga.
Considerar-se-á uma forma de sapata em que B2 = 2*B1 a B2 = 2,5*B1. Essa relação se justifica
quando lembramos que quanto maior o “B1”, maior será a excentricidade “e” e, portanto, mais
solicitada será a viga alavanca. Por outro lado, “B1” não pode ser excessivamente grande para
não encarecer a sapata.
6,0
B2 = 2 ∗ B1 B12 = = 3,0 B1 = 1,73 m
2
6,0
B2 = 2,5 ∗ B1 B12 = = 2,4 B1 = 1,55 m
2,5
B1 0,2
e= −
2 2
1.500 ∗ 4,88
R= = 1.750 KN ∆P2 = 1.750 − 1.500 = 250 KN
4,18
6,08
B1 = = 3,85 (sempre de 5 em5 cm)
1,6
B1 = 1,6 m; B2 = 3,85 m
∆P2
P = P2 − = P2 − 125 = 2.000 − 125 = 1.875 KN
2
2
P
Anec. = 1,05 ∗ = 6,6 m2 (1,05 corresponde ao peso próprio)
300
Devido a presença da viga alavanca, que possui maior rigidez do que a sapata, na fundação do
P1, se tem caracterizada duas direções de caminhamento de carga, conforme mostra a figura
que segue.
X2 ps
M(x) = ps ∗ − P1 < 𝑋 − 0,1 >1 − < 𝑋 − 1,6 >2
2 2
Esforços solicitantes
X (m) V(x) (KN) M(x) (KN.m)
0,00 0,00 0,00
0,10 (E) 109,38
5,47
0,10 (D) - 1.390,62
1,3714 0 -878,57
1,60 250 -850,00
4,98 250 0
No caso de edifícios com limitação de divisa, nas duas direções, evitar a colocação de pilares
no canto. Geralmente aumenta a dificuldade de detalhamento e execução. A solução mais
recomendada é a de se deixar o canto em balanço utilizando pilares na face da divisa.
Normalmente os blocos acabam tendo maior altura do que as sapatas e, necessariamente devem
trabalhar somente a compressão.
Concluir que, para hBl = 1,12 m, pode-se ancorar bitolas de até 25 mm. Para bitolas
maiores devem-se estudar os diversos casos apresentados em 2.1.2 - c.5.