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Esta apostila, intitulada “Elementos Estruturais de Fundações”, foi originalmente elaborada pelo
Prof. Dr. Ricardo Carrazedo, com o auxílio do doutorando Diogo Silva de Oliveira. O texto original
foi revisado pelos colaboradores Profa. Dra. Alessandra Lorenzetti de Castro, Prof. Dr. Libânio
Miranda Pinheiro, doutorandos Gustavo de Miranda Saleme Gidrão, Mariana Lavagnolli Rossi,
Paula de Oliveira Ribeiro, Herbert Medeiros Torres Lopes e Nicolle Lorrayne Domingos Guerra.
Os autores e colaboradores esperam que este material contribua para a formação dos futuros
profissionais do curso de Engenharia Civil por meio da apresentação dos conhecimentos
fundamentais para a elaboração de projetos de elementos estruturais de fundações em concreto
armado, essenciais para o bom desempenho das edificações encontradas amplamente na prática
das construções.
1 Fundações profundas..................................................................................................... 1
2 Estacas .......................................................................................................................... 2
2.1 Disposição das estacas .......................................................................................... 2
2.2 Esforços atuantes nas estacas ............................................................................... 5
2.2.1 Estacas solicitadas por força normal centrada .................................................................. 6
2.2.2 Estacas solicitadas por força normal excêntrica e/ou força horizontal .............................. 6
2.3 Dimensionamento de estacas............................................................................... 15
2.3.1 Seções com força normal centrada ................................................................................. 16
2.3.2 Seções com esforço de flexo-compressão ou flexo-tração ............................................. 17
2.3.3 Verificação da abertura de fissuras ................................................................................. 24
2.3.4 Detalhamento das armaduras longitudinais .................................................................... 24
2.3.5 Dimensionamento de seções solicitadas por força cortante ........................................... 25
2.3.6 Critérios adicionais para armadura transversal ............................................................... 27
2.3.7 Estacas pré-moldadas ..................................................................................................... 27
2.4 Exemplos de projeto ............................................................................................. 28
2.4.1 Determinação do arranjo das estacas ............................................................................. 28
2.4.2 Estaca solicitada por força normal centrada .................................................................... 31
2.4.3 Estaca solicitada por força normal excêntrica ................................................................. 35
3 Tubulões ...................................................................................................................... 41
3.1 Geometria dos tubulões........................................................................................ 41
3.2 Esforços atuantes nos tubulões ............................................................................ 46
3.3 Dimensionamento dos tubulões............................................................................ 47
3.3.1 Área da base .................................................................................................................... 47
3.3.2 Dimensionamento do fuste .............................................................................................. 48
3.4 Exemplos de projeto ............................................................................................. 52
3.4.1 Tubulão com força centrada e base circular .................................................................... 52
3.4.2 Tubulão com força centrada e base em falsa elipse ....................................................... 57
3.4.3 Tubulão com força excêntrica, força horizontal e base circular ...................................... 60
4 Referências .................................................................................................................. 72
1 Fundações profundas
A NBR 6122:2019 (ABNT, 2019) define como elementos de fundação profunda aqueles em
que a transmissão da carga ao terreno é feita pela base (resistência de ponta), pela superfície
lateral (resistência de fuste) ou pela combinação de ambas, devendo sua ponta ou base estar
assentada em profundidade superior a oito vezes a sua menor dimensão em planta, e no
mínimo, 3,0 m.
Esta solução estrutural se faz necessária quando as camadas superficiais do solo não são
resistentes o suficiente para resistir às cargas provenientes da estrutura, situação comum a
edifícios de múltiplos pavimentos e obras de grande porte. Neste tipo de fundação incluem-se
as estacas e os tubulões.
2 Estacas
Este capítulo traz uma descrição detalhada da concepção do projeto estrutural das estacas,
abordando primeiramente os aspectos relacionados à definição do número de estacas em um
bloco sobre estacas, bem como indicando arranjos padronizados, até a determinação dos
esforços atuantes e o dimensionamento das seções transversais.
Nas situações em que a capacidade portante de uma estaca, tanto estrutural quanto
geotécnica, é maior ou igual aos esforços provenientes do pilar tem-se a situação de bloco
sobre uma estaca (bloco de transição). No entanto, a situação mais comum ocorre justamente
para a situação contrária, em que a magnitude dos esforços provenientes do pilar é maior do
que a capacidade das estacas, gerando a necessidade de se ter um bloco sobre várias
estacas. Nestes casos, costuma-se seguir arranjos padronizados, conforme o número de
estacas necessárias no mesmo bloco, como mostrado na Figura 2.1.
Observa-se, por meio da Figura 2.1, que em todos os arranjos, as estacas estão igualmente
espaçadas de uma distância e . A NBR 6118:2014 (ABNT, 2014) indica que no caso de blocos
rígidos com estacas espaçadas de 2,5 est a 3 est (sendo est o diâmetro das estacas) pode-
se admitir a distribuição plana das cargas nas estacas. Neste caso, sob compressão centrada,
para estacas de mesmo tipo, diâmetro e comprimento, as reações podem ser consideradas
iguais em todas as estacas. Costuma-se adotar ainda o espaçamento de 2,5 est para estacas
pré-moldadas e de 3 est para estacas moldadas no local. Esse espaçamento mínimo também
deve ser respeitado entre as estacas de blocos vizinhos (Figura 2.2).
N M y . X i M x .Yi
Ri =
n X i 2 Yi 2
2.1
3. Caso o valor da maior reação seja maior que a capacidade portante das estacas,
aumenta-se o número de estacas e escolhe-se um novo arranjo, retornando ao passo
anterior.
Figura 2.3 - Distribuição dos esforços solicitantes provenientes do pilar para um grupo de estacas.
Nas situações em que dois pilares estejam muito próximos, a solução a ser adotada é de um
bloco associado a dois pilares. O arranjo das estacas pode ser feito considerando que os
esforços resultantes são dados pela soma dos esforços individuais de cada pilar e que o
centro da força resultante dos pilares (calculado de modo semelhante ao feito para sapatas
associadas) coincida com o centro de gravidade do estaqueamento, conforme esquematizado
na Figura 2.4.
No bloco sobre uma estaca, é necessário dispor de vigas de travamento das duas direções
para equilibrar os momentos fletores provenientes do pilar. Isso também acontece na direção
perpendicular à linha de estacas dos blocos sobre duas estacas, dispondo de uma viga de
travamento nessa direção (Figura 2.5).
Em situações usuais, mesmo com a atuação de momentos transmitidos pelo pilar, as estacas
de um bloco ficam submetidas a forças axiais. No entanto, existirão casos em que o pilar
transfere uma força horizontal para o bloco em uma magnitude tal que esta deverá ser
considerada no dimensionamento das estacas. Se o bloco for considerado rígido, a força
horizontal é distribuída uniformemente para todas as estacas. Essa força horizontal acaba
causando efeitos de flexão na estaca, como será visto mais à frente.
Além dessas situações, podem existir casos de blocos sobre uma única estaca ou tubulão tais
que a disposição de vigas de travamento não seja uma solução adequada, simplesmente por
não existirem outros pilares próximos para receber os esforços dessas vigas. Nesses casos,
é possível dimensionar a estaca para que ela absorva os esforços de flexão provenientes do
pilar e/ou qualquer outra estrutura que venha a se apoiar sobre o bloco.
Esta é a situação de solicitação mais simples. Ocorre quando a força centrada de tração ou
de compressão é predominante e age dentro do núcleo central de inércia do bloco. Nesses
casos é possível dimensionar a estaca considerando apenas a força centrada, adotando para
isso, um diagrama de força normal que leve em conta a resistência de ponta e atrito lateral
entre a estaca e solo em questão (Figura 2.6).
2.2.2 Estacas solicitadas por força normal excêntrica e/ou força horizontal
Nos casos em que a força normal solicitante no topo das estacas possui uma excentricidade
considerável e/ou existe uma força horizontal solicitando o topo da estaca, os esforços
internos se caracterizam por flexo-compressão ou flexo-tração. Nessas situações é
necessário obter os diagramas de força normal, momento fletor e força cortante ao longo da
estaca, considerando a transferência desses esforços para o solo adjacente.
Considerando uma barra continuamente apoiada em um meio elástico, com molas que atuam
tanto na direção da barra, quanto na direção perpendicular, seria necessário resolver a
equação diferencial da linha elástica dessa barra (Equação 2.2) para se obter os diagramas
de esforços internos.
d4 y d2 y
EI +N +q=0 2.2
d z 4
d z2
Sendo:
E - módulo de elasticidade do concreto;
I - momento de inércia da estaca;
N - força normal;
kh - módulo de reação horizontal do solo (valores típicos são obtidos na Tabela 2.1);
z - profundidade;
y - deslocamento lateral (flecha) da estaca.
Nº de golpes do
kh (kN/m³)
Tipo de solo
amostrador padrão
Solo seco ou úmido Solo submerso
enquadram-se como estacas ou tubulões curtos aqueles que atendem a relação estabelecida
pela Equação 2.3, e longos aqueles que não atendem a esta relação.
L
4 2.3
L0
Sendo:
L - comprimento do fuste;
L0 - comprimento elástico do fuste, calculado pela Equação 2.4.
EI
L0 = 5 2.4
kh
Independente da classificação das estacas ou tubulões como longos ou curtos, Pfeil (1983)
recomenda as tabelas de Reese e Matlock para o cálculo dos esforços nesses elementos de
fundação. Essas tabelas fornecem coeficientes que permitem o cálculo da força cortante,
momento fletor e do deslocamento lateral (flecha) em seções discretas ao longo da
profundidade, considerando quatro situações de vinculação para suas extremidades.
M = KH FH 0 L0 + KM M 0 2.5
M0
V = K ' H FH 0 + K ' M 2.6
L0
FH 0 L30 M L2
y = K "H + K "M 0 0 2.7
EI EI
Sendo os coeficientes KH , KM , K' H , K' M , K"H e K"M obtidos nas Tabelas 2.2, 2.3 e 2.4.
Tabela 2.2 - Valores dos coeficientes KH e KM para estacas ou tubulões com extremidades livres.
KH KM
z/Lo L/Lo L/Lo
2 3 4 5 10 2 3 4 5 10
0,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
0,1 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
0,2 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
0,3 0,29 0,29 0,29 0,29 0,29 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99
0,4 0,38 0,38 0,38 0,38 0,38 0,97 0,98 0,99 0,99 0,99
0,5 0,43 0,45 0,45 0,45 0,45 0,95 0,97 0,98 0,98 0,98
0,6 0,47 0,53 0,53 0,53 0,53 0,91 0,95 0,96 0,96 0,96
0,7 0,50 0,59 0,60 0,60 0,60 0,87 0,93 0,94 0,94 0,94
0,8 0,52 0,63 0,65 0,65 0,65 0,81 0,91 0,92 0,91 0,91
0,9 0,51 0,66 0,59 0,69 0,69 0,75 0,87 0,89 0,88 0,88
1,0 0,49 0,69 0,73 0,72 0,72 0,68 0,84 0,86 0,85 0,85
1,1 0,46 0,70 0,76 0,75 0,75 0,60 0,79 0,83 0,81 0,81
1,2 0,41 0,71 0,78 0,76 0,76 0,51 0,74 0,78 0,77 0,77
1,3 0,36 0,70 0,78 0,77 0,77 0,42 0,70 0,74 0,73 0,73
1,4 0,29 0,63 0,78 0,77 0,77 0,33 0,65 0,70 0,69 0,69
1,5 0,22 0,65 0,77 0,76 0,76 0,25 0,60 0,66 0,64 0,64
1,6 0,16 0,62 0,75 0,74 0,74 0,17 0,54 0,60 0,59 0,59
1,7 0,10 0,58 0,72 0,71 0,71 0,10 0,48 0,56 0,54 0,54
1,8 0,05 0,53 0,69 0,69 0,69 0,05 0,42 0,50 0,49 0,49
1,9 0,02 0,48 0,67 0,66 0,66 0,02 0,37 0,46 0,44 0,41
2,0 0,00 0,42 0,63 0,63 0,63 0,00 0,32 0,41 0,40 0,40
2,5 - 0,14 0,40 0,42 0,42 - 0,10 0,21 0,20 0,20
3,0 - 0,00 0,20 0,22 0,22 - 0,00 0,08 0,07 0,06
3,5 - - 0,05 0,09 0,08 - - 0,01 -0,01 -0,02
4,0 - - 0,00 0,02 0,00 - - 0,00 -0,02 -0,04
4,5 - - - 0,00 -0,03 - - - -0,01 -0,04
5,0 - - - 0,00 -0,03 - - - 0,00 -0,02
Tabela 2.3 - Valores dos coeficientes K' H e K' M para estacas ou tubulões com extremidades livres.
K´H K´M
z/Lo L/Lo L/Lo
2 3 4 5 10 2 3 4 5 10
0,0 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,1 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98 -0,02 -0,02 -0,02 -0,02 -0,02
0,2 0,92 0,95 0,96 0,96 0,96 -0,06 -0,03 -0,02 -0,03 -0,03
0,3 0,82 0,90 0,90 0,90 0,90 -0,13 -0,07 -0,06 -0,05 -0,05
0,4 0,70 0,82 0,84 0,84 0,84 -0,20 -0,11 -0,09 -0,09 -0,09
0,5 0,56 0,74 0,76 0,78 0,78 -0,30 -0,15 -0,12 -0,13 -0,13
0,6 0,40 0,64 0,68 0,68 0,68 -0,40 -0,20 -0,17 -0,18 -0,18
0,7 0,22 0,52 0,59 0,59 0,59 -0,50 -0,25 -0,22 -0,23 -0,23
0,8 0,06 0,42 0,50 0,50 0,50 -0,60 -0,30 -0,26 -0,27 -0,27
0,9 -0,10 0,30 0,39 0,39 0,39 -0,68 -0,35 -0,31 -0,32 -0,32
1,0 -0,24 0,20 0,30 0,30 0,30 -0,76 -0,40 -0,35 -0,35 -0,35
1,1 -0,40 0,08 0,19 0,19 0,19 -0,81 -0,44 -0,38 -0,38 -0,38
1,2 -0,50 -0,01 0,10 0,10 0,10 -0,86 -0,47 -0,41 -0,41 -0,41
1,3 -0,60 -0,12 0,01 0,01 0,01 -0,88 -0,50 -0,44 -0,44 -0,44
1,4 -0,66 -0,22 -0,06 -0,06 -0,06 -0,86 -0,53 -0,46 -0,46 -0,46
1,5 -0,67 -0,30 -0,14 -0,12 -0,12 -0,82 -0,54 -0,47 -0,47 -0,47
1,6 -0,64 -0,38 -0,22 -0,20 -0,20 -0,74 -0,56 -0,48 -0,48 -0,48
1,7 -0,58 -0,44 -0,26 -0,25 -0,25 -0,63 -0,56 -0,48 -0,48 -0,48
1,8 -0,44 -0,50 -0,31 -0,30 -0,30 -0,48 -0,55 -0,48 -0,48 -0,48
1,9 -0,26 -0,54 -0,36 -0,34 -0,34 -0,24 -0,54 -0,47 -0,47 -0,47
2,0 0,00 -0,57 -0,40 -0,37 -0,37 0,00 -0,53 -0,46 -0,46 -0,46
2,5 - -0,49 -0,46 -0,42 -0,42 - -0,34 -0,34 -0,35 -0,35
3,0 - 0,00 -0,36 -0,34 -0,35 - 0,00 -0,19 -0,20 -0,21
3,5 - - -0,20 -0,20 -0,22 - - -0,08 -0,08 -0,09
4,0 - - 0,00 -0,08 -0,11 - - 0,00 0,00 -0,02
4,5 - - - 0,00 -0,02 - - - -0,03 -0,02
5,0 - - - 0,00 -0,02 - - - 0,00 -0,03
Tabela 2.4 - Valores dos coeficientes K"H e K"M para estacas ou tubulões com extremidades livres.
K´´H K´´M
z/Lo L/Lo L/Lo
2 3 4 5 10 2 3 4 5 10
0,0 4,75 2,70 2,45 2,40 2,40 3,40 1,75 1,62 1,62 1,62
0,1 4,40 2,50 2,33 2,23 2,23 3,10 1,60 1,45 1,45 1,45
0,2 4,05 2,35 2,15 2,07 2,07 2,77 1,43 1,30 1,30 1,30
0,3 3,70 2,17 1,95 1,92 1,92 2,50 1,27 1,14 1,14 1,14
0,4 3,40 2,00 1,83 1,75 1,75 2,20 1,13 1,00 1,00 1,00
0,5 3,05 1,95 1,67 1,63 1,63 1,95 0,97 0,87 0,87 0,87
0,6 2,70 1,67 1,53 1,47 1,47 1,67 0,85 0,75 0,75 0,75
0,7 2,35 1,57 1,37 1,33 1,33 1,40 0,73 0,64 0,64 0,64
0,8 2,05 1,37 1,25 1,20 1,20 1,15 0,63 0,54 0,54 0,54
0,9 1,75 1,23 1,10 1,07 1,07 0,90 0,53 0,45 0,45 0,45
1,0 1,45 1,10 1,00 0,95 0,95 0,70 0,43 0,36 0,36 0,36
1,1 1,15 0,95 0,87 0,83 0,83 0,45 0,35 0,28 0,28 0,28
1,2 0,85 0,85 0,75 0,70 0,70 0,20 0,28 0,22 0,22 0,22
1,3 0,55 0,73 0,65 0,61 0,61 0,00 0,20 0,15 0,15 0,15
1,4 0,25 0,67 0,55 0,51 0,51 -0,20 0,15 0,11 0,11 0,11
1,5 0,00 0,50 0,45 0,43 0,43 -0,40 0,10 0,07 0,07 0,07
1,6 -0,30 0,40 0,38 0,30 0,30 -0,60 0,05 0,03 0,03 0,03
1,7 -0,60 0,30 0,30 0,27 0,27 -0,80 0,00 0,00 0,00 0,00
1,8 -0,90 0,23 0,23 0,23 0,23 -1,00 -0,03 -0,03 -0,03 -0,03
1,9 -1,17 0,17 0,17 0,17 0,17 -1,20 -0,07 -0,05 -0,05 -0,05
2,0 -1,45 0,07 0,14 0,14 0,14 -1,40 -0,10 -0,07 -0,07 -0,07
2,5 - -0,23 -0,04 -0,04 -0,04 - -0,21 -0,10 -0,10 -0,10
3,0 - -0,50 -0,10 -0,07 -0,07 - -0,30 -0,09 -0,09 -0,09
3,5 - - -0,13 -0,07 -0,07 - - -0,05 -0,05 -0,05
4,0 - - -0,10 -0,05 -0,05 - - -0,03 -0,03 -0,03
4,5 - - - -0,02 -0,02 - - - 0,00 0,00
5,0 - - - 0,00 0,00 - - - 0,00 0,00
M = KH FH 0 L0 + KM M 0 2.8
M0
RH = K ' H FH 0 + K ' M 2.9
L0
Tabela 2.5 - Valores dos coeficientes KH e KM para estacas ou tubulões com extremidades superior livre e
KH KM
z/Lo L/Lo L/Lo
2 3 4 5 2 3 4 5
0,0 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 1,00 1,00 1,00
0,1 0,10 0,09 0,10 0,15 1,00 1,00 1,00 1,00
0,2 0,20 0,18 0,20 0,23 1,00 1,00 1,00 1,00
0,3 0,29 0,27 0,29 0,30 0,99 0,99 0,99 0,99
0,4 0,38 0,36 0,37 0,37 0,98 0,98 0,99 0,99
0,5 0,46 0,45 0,44 0,45 0,97 0,97 0,98 0,98
0,6 0,54 0,54 0,52 0,51 0,95 0,95 0,96 0,96
0,7 0,57 0,60 0,59 0,56 0,92 0,93 0,94 0,93
0,8 0,58 0,66 0,65 0,62 0,88 0,90 0,92 0,91
0,9 0,63 0,69 0,69 0,68 0,83 0,88 0,88 0,87
1,0 0,64 0,72 0,73 0,73 0,78 0,84 0,85 0,84
1,1 0,63 0,74 0,75 0,76 0,72 0,81 0,81 0,80
1,2 0,59 0,75 0,76 0,78 0,66 0,77 0,76 0,77
1,3 0,54 0,77 0,77 0,78 0,59 0,73 0,73 0,73
1,4 0,48 0,77 0,77 0,77 0,52 0,69 0,69 0,68
1,5 0,42 0,75 0,76 0,76 0,44 0,65 0,64 0,64
1,6 0,36 0,73 0,75 0,74 0,37 0,60 0,60 0,59
1,7 0,25 0,70 0,72 0,71 0,25 0,55 0,55 0,53
1,8 0,14 0,67 0,69 0,68 0,16 0,50 0,50 0,49
1,9 0,06 0,63 0,66 0,65 0,07 0,45 0,46 0,44
2,0 0,00 0,58 0,63 0,62 0,00 0,40 0,40 0,40
2,5 - 0,30 0,44 0,44 - 0,19 0,22 0,20
3,0 - 0,00 0,25 0,22 - 0,00 0,09 0,07
3,5 - - 0,10 0,09 - - 0,03 0,00
4,0 - - 0,00 0,03 - - 0,00 -0,03
4,5 - - - 0,01 - - - -0,04
5,0 - - - 0,00 - - - 0,00
Tabela 2.6 - Valores dos coeficientes K'H e K' M para estacas ou tubulões com extremidades superior livre e
M = KH FH 0 L0 2.10
FH 0 L30
y = K "H 2.11
EI
Tabela 2.7 - Valores dos coeficientes KH e K"M para estacas ou tubulões com extremidades superior
KH K´´M
z/Lo L/Lo L/Lo
2 3 4 5 10 2 3 4 5 10
0,0 -1,06 -0,97 -0,93 -0,93 -0,93 1,10 1,03 0,95 0,93 0,93
0,1 -0,97 -0,87 -0,83 -0,83 -0,83 1,09 1,02 0,94 0,92 0,92
0,2 -0,86 -0,77 -0,72 -0,72 -0,72 1,08 1,01 0,93 0,91 0,91
0,3 -0,77 -0,68 -0,64 -0,64 -0,64 1,06 0,99 0,91 0,89 0,89
0,4 -0,67 -0,57 -0,53 -0,53 -0,53 1,03 0,96 0,89 0,87 0,87
0,5 -0,53 -0,49 -0,45 -0,45 -0,45 0,99 0,93 0,86 0,83 0,83
0,6 -0,50 -0,40 -0,35 -0,35 -0,35 0,95 0,89 0,82 0,80 0,80
0,7 -0,42 -0,32 -0,27 -0,27 -0,27 0,90 0,85 0,78 0,76 0,76
0,8 -0,35 -0,25 -0,20 -0,20 -0,20 0,84 0,80 0,74 0,71 0,71
0,9 -0,28 -0,18 -0,13 -0,13 -0,13 0,79 0,76 0,69 0,67 0,67
1,0 -0,22 -0,12 -0,06 -0,06 -0,06 0,73 0,79 0,64 0,63 0,63
1,1 -0,17 -0,07 -0,01 -0,01 -0,01 0,66 0,65 0,59 0,58 0,58
1,2 -0,13 -0,02 0,05 0,05 0,50 0,60 0,60 0,54 0,53 0,53
1,3 -0,09 0,02 0,09 0,09 0,09 0,54 0,55 0,50 0,48 0,48
1,4 -0,06 0,05 0,13 0,14 0,14 0,47 0,50 0,46 0,44 0,44
1,5 -0,04 0,08 0,16 0,17 0,17 0,41 0,45 0,41 0,39 0,39
1,6 -0,03 0,10 0,19 0,20 0,20 0,35 0,40 0,37 0,35 0,35
1,7 -0,02 0,11 0,21 0,22 0,22 0,28 0,35 0,33 0,31 0,31
1,8 -0,01 0,12 0,23 0,23 0,23 0,21 0,30 0,30 0,28 0,28
1,9 0,00 0,12 0,24 0,24 0,24 0,15 0,26 0,24 0,24 0,24
2,0 0,00 0,11 0,24 0,25 0,25 0,07 0,22 0,21 0,21 0,21
2,5 - 0,05 0,21 0,24 0,24 - -0,01 0,08 0,08 0,08
3,0 - 0,00 0,12 0,17 0,17 - -0,21 0,00 0,01 0,01
3,5 - - 0,06 0,09 0,09 - - -0,05 -0,02 -0,02
4,0 - - 0,00 0,04 0,04 - - -0,09 -0,03 -0,02
4,5 - - - 0,01 0,01 - - - -0,02 -0,02
5,0 - - - 0,00 0,01 - - - -0,01 -0,01
M = KH FH 0 2.12
Tabela 2.8 - Valores dos coeficiente KH para estacas ou tubulões com extremidades superior engastada e
KH
z/Lo L/Lo
2 3 4 5
0,0 -1,10 -0,93 -0,93 -0,92
0,1 -1,00 -0,84 -0,83 -0,77
0,2 -0,90 -0,75 -0,73 -0,69
0,3 -0,80 -0,65 -0,63 -0,61
0,4 -0,69 -0,55 -0,55 -0,54
0,5 -0,60 -0,45 -0,47 -0,45
0,6 -0,50 -0,35 -0,37 -0,37
0,7 -0,44 -0,27 -0,28 -0,30
0,8 -0,38 -0,18 -0,20 -0,22
0,9 -0,28 -0,13 -0,12 -0,12
1,0 -0,21 -0,06 -0,06 -0,04
1,1 -0,16 -0,02 0,00 0,02
1,2 -0,13 0,03 0,06 0,07
1,3 -0,11 0,09 0,09 0,11
1,4 -0,09 0,13 0,13 0,14
1,5 -0,06 0,14 0,17 0,17
1,6 -0,05 0,17 0,19 0,20
1,7 -0,04 0,19 0,21 0,22
1,8 -0,03 0,20 0,23 0,23
1,9 -0,02 0,21 0,23 0,25
2,0 0,00 0,21 0,26 0,25
2,5 - 0,12 0,24 0,26
3,0 - - 0,17 0,16
3,5 - - 0,07 0,09
4,0 - - 0,00 0,06
4,5 - - - 0,05
5,0 - - - 0,00
Por fim, calculando os valores para diversas seções no fuste, é possível construir os
diagramas de momento fletor e força cortante (Figura 2.6) e, posteriormente, efetuar o devido
dimensionamento da estaca.
Figura 2.6 - Diagrama de força cortante e momento fletor de um tubulão com fuste longo e extremidades livres.
Nesta seção será apresentado o procedimento para se dimensionar estacas. Para isso, é
necessário ressaltar que os parâmetros utilizados nos critérios de projeto, como os valores da
resistência característica à compressão do concreto ( f ck ) para cada tipo de estaca, bem como
dos coeficientes ponderadores da resistência do concreto e do aço, são especificados na NBR
6122:2019 e apresentados na Erro! Fonte de referência não encontrada..
CAA Classe de
Tipo de fundação
(NBR 6118:2014) concreto (fck)
ɣc ɣs
I, II 30 2,7
Estaca hélice contínua 1,15
III, IV 40 3,6
I, II 25 3,1
Estaca escavada sem fluido 1,15
III, IV 40 5
I, II 30 2,7
Estaca escavada com fluido 1,15
III, IV 40 3,6
I, II 20 2,5
Estaca Strauss 1,15
III, IV - -
I, II 25 2,2
Tubulões não encamisados 1,15
III, IV 40 3,6
1,5 (ELU)
Tubulões encamisados com aço - - 1,15
1,3 (ELS)
Para estacas cuja seção transversal é solicitada puramente por força normal centrada, seja
de compressão ou tração, o dimensionamento é feito somando-se as parcelas resistentes da
seção transversal de concreto e da armadura de aço. Logo, o dimensionamento na situação
de compressão centrada é dado pela equação 2.13.
Sendo:
Ac - a área liquida de concreto;
Para as seções retangulares, recomenda-se a utilização dos ábacos elaborados por Pinheiro
(1993) e Pinheiro et al. (1994). A utilização de tais ábacos não será abordada neste trabalho,
por não se tratar do objetivo principal do texto.
Nos casos usuais de seções transversais circulares, podem ser utilizados os ábacos
desenvolvidos por Montoya (1979) para casos de flexo-compressão, apresentados nas
Figuras 2.8 a 2.10. Para utilizar esses ábacos, calculam-se os dados de entrada definidos por:
Nd
= 2.15
Ac f cd
Md
= 2.16
Ac h f cd
Ac f cd
As = 2.17
f yd
Figura 2.7 - Ábaco para dimensionamento à flexão composta de seção circular d’=0,05h
Figura 2.8 - Ábaco para dimensionamento à flexão composta de seção circular d’=0,10h
Figura 2.9 - Ábaco para dimensionamento à flexão composta de seção circular d’=0,15h
Alternativamente podem ser utilizados os ábacos desenvolvidos por Alonso (1989), que
incluem também situações de flexo-tração (Figuras 2.11 a 2.14). Para utilizar esses ábacos,
calculam-se os dados de entrada definidos por:
Nd
n= 2.18
d b2 f cd
Md
m= 2.19
d b3 f cd
Ac f cd
As = p 2.20
f yd
Figura 2.10 - Ábaco para dimensionamento à flexão composta de seção circular d a db = 0,80
Figura 2.11 - Ábaco para dimensionamento à flexão composta de seção circular d a db = 0,85
Figura 2.12 - Ábaco para dimensionamento à flexão composta de seção circular d a db = 0,90
Figura 2.13 - Ábaco para dimensionamento à flexão composta de seção circular d a db = 0,95
É necessário verificar o estado limite de fissuração nas estacas, podendo ser adotados os
modelos de fissuração indicados no item 17.3.3 da NBR 6118:2014 (ABNT, 2014). No entanto,
a NBR 6122:2019 (ABNT, 2019) permite, de maneira alternativa, proceder o dimensionamento
considerando uma redução de 2 mm no diâmetro das barras longitudinais e, assim, dispensar
a verificação da abertura de fissuras.
A partir do cálculo da área de aço para a armadura das seções críticas, a NBR 6122:2019
(ABNT, 2019) indica a porcentagem de armadura mínima que deve ser considerada no
dimensionamento. Tal indicação é feita de acordo com o tipo de estaca, a tensão média
solicitante na seção da estaca e o comprimento armado, como apresentado na Tabela 2.10.
Hélice/hélice de
0,4 4,0 6,0
deslocamento
N
As ,min = 0,15 Sd 0,004 Ac
f yd 2.21
As ,máx = 8% Ac 2.22
Além disso, sugere-se que as estacas tenham no mínimo 6 barras longitudinais (se possível
8) ao longo do perímetro da seção transversal, com diâmetro mínimo de 10 mm e diâmetro
máximo de um oitavo do diâmetro da estaca.
A verificação da força cortante para estacas com seções retangulares pode ser feita pelo
modelo I ou II recomendados pela NBR 6118:2014 (ABNT, 2014). No entanto, essa norma
não apresenta um critério específico para o dimensionamento de seções circulares. A
dificuldade em se utilizar os modelos da norma brasileira refere-se à definição de bw e d, que
se referem às seções retangulares.
Teixeira et al. (2012), por meio da adaptação do modelo I da norma brasileira, obtiveram
resultados considerados seguros para fins de dimensionamento de seções circulares
solicitadas por força cortante. Os autores sugerem, simplesmente, que 𝑏𝑤 = 𝐷 e 𝑑 = 0,72 ∙ 𝐷,
sendo D o diâmetro da seção. Logo, segue-se o equacionamento com a adaptação do modelo
I para seções circulares:
Sendo:
f
V 2 = 1 − ck 2.25
250
Com fck em MPa. Em seguida, procede-se a avaliação da ruptura por tração diagonal:
Onde a força cortante resistente de cálculo relativa à ruína por tração diagonal envolve a
contribuição da armadura transversal (Vsw) e dos mecanismos complementares (Vc):
Sendo:
A
VSW = SW 0,9 0,72 D f ywd (sen + cos ) 2.28
s
Com:
Asw - área de armadura transversal;
s - espaçamento;
f ywd - tensão na armadura transversal limitada a 435 MPa;
Mo
Vc = Vc 0 1 + 2 Vc 0
M 2.29
Sd , máx
Vc = Vc 0 2.30
Com:
Sendo:
M o - o valor do momento fletor que anula a tensão normal de compressão na borda da seção
tracionada por M Sd ,máx ;
f ctd - resistência de cálculo à tração do concreto, dada por fctd = fctk ,inf / c , onde, segundo a
Asw f
sw,mín = 0,2 ctm 2.32
D s sen f ywk
É necessário ressaltar que o espaçamento mínimo deve ser suficiente para permitir a
passagem do vibrador.
• O diâmetro dos estribos não deve ser inferior a 5 mm nem a ¼ do diâmetro da barra
longitudinal;
• O espaçamento máximo deve ser limitado a 20 cm, menor dimensão da seção
transversal ou 12 , sendo o diâmetro da barra longitudinal.
2.4.1.1 Dados
N = 2000 kN
M x = −500 kN m
M y = 400 kN m
2.4.1.2 Solução
Por se tratar de estaca pré-moldada, recomenda-se que o espaçamento seja de, no mínimo,
2,5 est = 2,5 40 = 100 cm , valor que será adotado. O número de estacas e o arranjo são
escolhidos por tentativas.
Inicialmente, será considerado um bloco sobre seis estacas, como mostrado na figura:
N M y . X i M x .Yi
Ri =
n X i 2 Yi 2
X i
2
= 1² + 0² + 1² + 1² + 0² + 1² = 4 m2
Y i
2
= 6 0,5² = 1,5 m2
Logo, esse arranjo é possível, com certa folga, pois para todas as estacas têm-se R > 0 e Rmax
= R3 = 600 kN < Radm = 700 kN.
Apenas a título de exemplo, pode ser considerado o bloco assimétrico com cinco estacas,
com o seguinte arranjo:
X i
2
= 2 1² + 2 0,5² = 2,5 m2
Y i
2
= 3 0,346² + 2 0,52² = 0,9 m2
Para esse arranjo com cinco estacas, a reação R3 foi maior que a admissível. Portanto, ele
não é adequado para o caso em questão.
2800kN
(Diagrama de transferência de
20m carga para o solo)
1000kN
2.4.2.1 Dados
N k = 2800 kN
Cobrimento da armadura: c = 50 mm
(de acordo com a NBR 6118:2014, para elementos estruturais de concreto armado em contato
com o solo, considerando classe de agressividade ambiental IV)
Como se trata de uma estaca moldada no local e escavada sem fluido, de acordo com a
Tabela 4 da NBR 6122:2019 (ABNT, 2019), a estaca deverá ser armada até uma profundidade
em que atue uma tensão de compressão igual ou superior a 5 MPa. Assim, considerando a
tensão de compressão igual a 5 MPa (0,50 kN/cm²), a força (N) correspondente a esta tensão
será:
N N
c = → 0,50 = → N = 2513,3 kN
A 80²
4
Considerando a distribuição de força para o solo ao longo do fuste, tem-se que a tensão de
5 MPa irá ocorrer quando tiverem sido transferidos:
A profundidade na qual o solo absorveu 286,7 kN e, portanto, resulta em uma tensão de 5 MPa
na estaca é dada com a proporção:
x 20
= → x = 5,73 m Adotado : x = 6 m
286,7 1000
N Sd N Rd = 0,85 Ac f cd + As s
80² 4,0
1, 4 1, 2 2800 = 0,85 − As + As 42 → As = 31, 2 cm²
4 5,0
Como As,mín = 20,1 cm2 < As = 31,2 cm2, a armadura longitudinal necessária é As = 31, 2 cm²
Adotando-se pelo menos oito barras ao longo do contorno da estaca e diâmetro das barras
superior a 10 mm, pode-se considerar:
Como a estaca não está solicitada por força cortante (apenas força normal centrada), não há
necessidade do dimensionamento para este tipo de solicitação. Porém, para evitar a
flambagem das barras de armadura longitudinal, é necessário dispor de estribos atendendo
aos seguintes critérios.
• Diâmetro mínimo:
5 mm
t 20
= = 5 mm
4 4
Logo, t = 5 mm.
• Espaçamento máximo:
20 cm
smáx est = 80 cm
12 = 12 2 = 24 cm
Logo, s = 20 cm.
600
= 30
20
2.4.2.5 Detalhamento
10 N1 20 c=600
M k 35000
e= = = 12,5 cm
Nk 2800
2.4.3.1 Dados
Cobrimento da armadura: c = 50 mm
(de acordo com a NBR 6118:2014, para elementos estruturais de concreto armado em contato
com o solo, considerando classe de agressividade ambiental IV)
f cd 4,0
f cd = 0,85 = 0,85 = 0,68 kN/cm 2
c 5,0
Nd f n N k 1, 4 1, 2 2800
n= = = = 1, 08
db2 f cd db2 f cd 802 0, 68
M d f n M k 1, 4 1, 2 35000
m= = = 0,169
d f cd db3 f cd
3
b 803 0, 68
2,5
d = c + t + = 5 + 0,8 + = 7,05 cm
2 2
d a = 80 − 7,05 2 = 65,9cm
d a 65,9
= = 0,82 0,80
db 80
Deve-se salientar que tal ábaco refere-se a aço Classe B. Como o CA-50 é classe A, e a
excentricidade relativa é pequena (e / est = 12,5 / 80 ≅ 0,16), ou seja, há predominância de
força normal, o ábaco provavelmente fornece resultados a favor da segurança. Assim, a área
de armadura longitudinal é calculada por:
802
Ac f cd 0, 68
As = p = 1,3 4 = 102, 20 cm²
f yd 50
1,15
Como As,mín = 20,1 cm2 < As = 102,20 cm2, a armadura longitudinal necessária é
As = 102, 20 cm²
ad2 2,3²
As ,ad = = = 4,15 cm²
4 4
Portanto, para diâmetro de 25 mm, são necessárias n = 102,20 / 4,15 = 24,6, ou seja,
25 barras. Para diâmetros de 20 mm e 32 mm, resultariam, respectivamente:
ad = 18 mm = 1,8 cm, As,ad = 2,54 cm2, n = 102,20 / 2,54 = 40,2, ou seja, 41 barras;
ad = 30 mm = 3,0 cm, As,ad = 7,07 cm2, n = 102,20 / 7,07 = 14,5, ou seja, 15 barras.
41 20 mm
As = 102, 20 cm² → 25 25 mm → adotado
15 32 mm
4,0
VRd 2 = 0, 27 v 2 fcd 0,72 D2 = 0, 27 0,84 0,72 802 = 836,1 kN
5,0
f 40
Onde: v 2 = 1 − ck = 1 − = 0,84
250 250
Assim, VSd = f n Vk = 1,4 1,2 150 = 252,0 VRd 2 = 836,1 kN → OK!
Na flexo-compressão:
Mo
Vc = Vc 0 1 + 2 Vc 0
M Sd ,máx
2 2
f ctk ,inf 0,7 fct ,m 0,7 0,3 f ck 3 0,7 0,3 40 3
f ctd = = = = = 0, 49 MPa
c c c 5,0
A A
Vsw = sw 0,9 0,72 D f ywd ( sen + cos ) → 116,18 = sw 0,9 0,72 80 43,5 (1 + 0 )
s s
Asw
= 0, 0515 cm cm = 5,15 cm m
2 2
s
Asw f
sw,mín = 0,2 ctm
D s sen f ywk
Asw 3,5088
sw,mín = 0, 2 = 1, 4 10−3 = 0,14%
80 s 1 500
Asw −3 Asw
= 1, 4 10 80 → = 0,1123 cm cm = 11, 23 cm m
2 2
s mín s mín
Asw
= 11, 23 cm m
2
Logo, adota-se
s
Considerando que o estribo circular possui dois ramos, para um ramo resulta 5,61 cm2/m. Na
Tabela 1.4a de Pinheiro (2004), verifica-se que alternativas possíveis são:
2 s 10 mm c / 14 cm (5, 61 cm 2 / m)
Portanto, smáx = 30 cm, condição que é verificada para as três alternativas anteriores.
Para evitar a flambagem das barras longitudinais, deve-se adotar estribos de modo que o
espaçamento máximo seja o menor dos valores:
20 cm
smáx est = 80 cm
12 = 12 2,5 = 30 cm
Portanto, smáx = 20 cm, condição que é verificada também para as três alternativas anteriores.
5mm
t 25
4 = 4 = 6,25 mm
Portanto:
2.4.3.4 Detalhamento
3 Tubulões
Este capítulo traz a descrição detalhada sobre o projeto estrutural dos tubulões. Assim, são
apresentadas as características geométricas desse elemento estrutural, abordando seus
esforços atuantes, dimensionamento e detalhamento.
Fsv
M
Fsh
Bloco de transição
Cota de arrasamento
10 cm
F uste
Df
Base alargada
H
20 cm
Db
Fsv
M
Fsh
Bloco de transição
Cota de arrasamento
10 cm
F uste
Df
Base alargada
H
20 cm
Db
Figura 3.1 - Características geométricas de um tubulão com base circular sob pilar com bloco de transição.
O fuste, normalmente tem seção transversal circular, deve ter o diâmetro mínimo de 70 cm para permitir a
entrada e saída de operários. A projeção da base alargada deve ser em forma de tronco de cone, com base
Db Db
Db 2 x 2
(a) (b)
circular ou em forma de falsa elipse (
Fsv
M
Fsh
Bloco de transição
Cota de arrasamento
10 cm
F uste
Df
Base alargada
H
20 cm
Db
Db + x
2,5 3.1
Db
Sendo:
(a) (b)
Figura 3.2 - Tipos de base alargada de tubulão: (a) circular e (b) falsa elipse.
A NBR 6122:2019 (ABNT, 2019) indica que os tubulões devem ser dimensionados de maneira
que a base alargada não tenha altura superior a 1,8 m. Para tubulões a ar comprimido, a base
pode ter altura de até 3,0m, desde que as condições do maciço permitam ou sejam tomadas
medidas para garantir a estabilidade da base durante sua abertura.
Os tubulões, assim como os blocos de fundação, devem ser dimensionados de tal maneira que o ângulo (
Fsv
M
Fsh
Bloco de transição
Cota de arrasamento
10 cm
F uste
Df
Base alargada
H
20 cm
Db
tan ( ) adm
+1 3.2
f ct
Fsv
M
Fsh
Bloco de transição
Cota de arrasamento
10 cm
F uste
Df
Base alargada
H
20 cm
Db
Pela
H
tan ( ) =
Db − D f 3.3
2
Sendo:
𝑓𝑐𝑡 = 0,4 ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑘 ≤ 0,8 𝑀𝑃𝑎, com f ctk sendo a resistência do concreto à tração, calculada pela
2/3
equação 𝑓𝑐𝑡𝑘 = 0,7 ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑚 , onde 𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3 ∙ 𝑓𝑐𝑘 , em MPa;
H - altura da base alargada;
Df - diâmetro do fuste;
V=
1
3
( )
(H − H o ) Ab + Af + Ab Af + H o Ab 3.4
Sendo:
Por ser um cálculo mais trabalhoso, o volume da base alargada em falsa elipse pode ser
calculado, de maneira aproximada, multiplicando por 1,55 o volume calculado de uma base
circular de diâmetro médio equivalente (média da largura total nas duas direções) ou, ainda
como aproximação, pode-se utilizar o ábaco da Figura 3.3.
Fsv
M
Fsh
Bloco de transição
Cota de arrasamento
10 cm
F uste
Df
Base alargada
H
20 cm
Db
Figura 3.1). Sendo assim, a depender da combinação desses três esforços, o fuste do tubulão
será solicitado por compressão centrada, flexo-compressão e força cortante. A área da base
é calculada de modo a resistir à força vertical.
determinação dos esforços e dimensionamento das seções críticas é o mesmo utilizado para
estacas, como apresentado no capítulo anterior.
Figura 3.3 - Ábaco para o cálculo do volume da base em falsa elipse de tubulão .
A área da base do tubulão é calculada considerando que tanto o atrito lateral entre o fuste e
o solo quanto o peso próprio do tubulão são desprezados. Sendo assim, a área da base será:
FSk
Abase = 3.5
adm
Sendo:
O diâmetro da base alargada é calculado, para tubulões de base circular e de falsa elipse,
respectivamente, pelas Equações 3.6 e 3.7.
4 FSk
Db = 3.6
adm
1/ 2
x 2 + FSk
2 x − 2 adm
adm 3.7
Db =
Quando o tubulão é escavado a céu aberto, o fuste geralmente não possui camisa de
revestimento. Para tubulões a ar comprimido, o fuste precisa ser revestido com uma camisa,
que pode ser constituída por tubos de aço ou de concreto, e a resistência do fuste pode ou
não levar em conta a contribuição da camisa de revestimento.
Para tubulões sem camisa de revestimento solicitados por força de compressão centrada, a
depender da tensão atuante no fuste, há duas possibilidades para o dimensionamento:
Os tubulões a ar comprimido possibilitam a sua execução abaixo do nível de água, por meio
da compressão pneumática, sendo necessário utilizar camisa de revestimento de aço ou
concreto. As condições de trabalho sob ar comprimido podem trazer sérios riscos à saúde dos
trabalhadores. Nestas condições devem ser atendidas todas as recomendações das Normas
Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego quanto às pressões máximas,
períodos de trabalho, descompressão, condições físicas do trabalhador e outras condições
específicas.
Para tubulões solicitados por força centrada de compressão e revestidos com camisa de
concreto, são consideradas as contribuições da camisa, da parcela adicional da área de
concreto e da armadura longitudinal, que deve ser disposta preferencialmente na camisa de
concreto. O dimensionamento é semelhante ao de um pilar dispensando-se a verificação da
flambagem (quando totalmente enterrado).
f ck f yk
FSk f n = 0,85 Ac + As . 3.9
c s
Além disso, é necessário dispor de armadura transversal na forma de estribos para resistir às
tensões de tração por conta da pressão lateral promovida pelo ar comprimido, considerando
um acréscimo de 50% para a pressão lateral. Logo, conforme Figura 3.4, tem-se:
F = 1,5 f R 3.10
Sendo:
f - pressão lateral;
Para tubulões com camisa de aço solicitados por força centrada de compressão, considera-
se uma camisa com uma espessura calculada pela expressão:
Df
e = 6,35 + 3.12
300
Quando o tubulão for total e permanentemente enterrado, deve-se descontar uma espessura
para compensar a corrosão, conforme indicado na Erro! Fonte de referência não
encontrada..
Turfa 3,0
A camisa metálica deve ser dimensionada de acordo com a NBR 8800:2008 (ABNT, 2008),
devendo ainda ser considerados os esforços de instalação (cravação, vibração etc.). Deve-se
salientar que a espessura mínima deve ser de 6,25 mm para tubulões com diâmetros
inferiores a 100 cm, e de 20 mm para tubulões com diâmetros superiores a 100 cm.
feita segundo as prescrições de segurança, no Estado Limite Último (ELU) e no Estado Limite
de Serviço (ELS).
fck f yk
FSk f n = 0,85 Ac + As . 3.13
c s
fck
FSk f = 0,85 Ac 3.14
c
Como a camisa metálica só existe no topo da base para cima, há a necessidade de colocar
uma armadura de transição. Esta armadura não leva estribos e é “cravada” na base logo após
a concretagem da mesma (Figura 3.5).
Figura 3.5 - Armadura de transferência dos esforços da camisa de aço para a base do tubulão
Fonte: Alonso (1983)
Essa armadura deve resistir à mesma força axial utilizada no dimensionamento da camisa de
aço e o comprimento de traspasse é calculado igualando a força relativa à resistência de
f yk
dm e = di l1 bd 3.15
s
bd = 0,28 f cd 3.16
Com s = 1,15 e fyk adotado de acordo com o aço empregado na camisa metálica.
e f yd
1 = 3.17
bd
3.4.1.1 Dados
N k = 1700 kN
Profundidade de assentamento: 8 m
Cobrimento da armadura: c = 50 mm
(de acordo com a NBR 6118:2014, para elementos estruturais de concreto armado em contato
com o solo, considerando classe de agressividade ambiental IV)
• Diâmetro do fuste:
f ck
FSd FRd → f n FSk Acf 0,85
c
4,0
1, 4 1, 2 1700 = Acf 0,85 → Acf = 3024 cm²
3,6
Acf 4 3024 4
Df = = = 62, 05 cm → Adotado D f = 70cm
FSk 1700
Abase = = = 28333, 3 cm²
adm 0, 06
Abase 4 28333, 3 4
Db = = = 189, 93cm → Adotado Db = 190cm
H Db − D f
tan ( ) = → H = tan ( )
Db − D f 2
2
190 − 70
H = tan ( 60 ) = 103,9cm → Adotado H = 105 cm 180 cm → OK
2
( )
Vb = (H − H o ) Ab + Af + Ab Af + H o Ab
1
3
1
( )
Vb = (1,05 − 0, 2 ) 2,835 + 0,385 + 2,835 0,385 + 0, 2 2,835 = 1,775 m³
3
• Volume do fuste:
• Volume total:
Calcula-se, de acordo com a NBR 6122:2019, a tensão média atuante no fuste do tubulão:
Fsk 1700
m = = = 0, 442 kN/cm 2 = 4,4 MPa
Acf 3848, 45
Como esta tensão é inferior a 5 MPa, a referida norma sugere apenas o uso de armadura
mínima (s,min = 0,4%), que se estende por um comprimento mínimo de 3 m.
70²
As ,mín s ,min Acf = 0,004
4
Esta armadura, que pode ser constituída de 8 barras de 16 mm, deve se estender por um
trecho total de 3 m de comprimento.
Para evitar a flambagem das barras deve-se dispor de estribos de modo que o espaçamento
máximo seja:
20cm
smáx D f = 70cm
12 = 12 1, 6 = 19cm
5mm
t 16
4 = 4 = 4mm
70 2 188,5 2 1,6
o traspasse entre duas barras longitudinais → + = + = 25,2 cm
n 2 8 2
Portanto:
3.4.1.6 Detalhamento
FSk 1700
Abase = = = 28333, 3 cm²
adm 0, 06
Db2
Abase = + xDb = 28333 cm ²
4
Considerando Db = 1,40 m:
140²
28333 = + x 140 → x = 92, 4 cm → Adotado x = 95 cm
4
Db + x 1, 40 + 0,95
2,5 → = 1, 67 2,5 → OK
Db 1, 40
H Db + x − D f
tan ( ) = → H = tan ( )
Db + x − D f 2
2
140 + 95 − 70
H = tan ( 60 ) = 142,3cm → Adotado H = 145 cm 180 cm → OK
2
Dbc2
= 28693,8 cm² → Dbc =191,1 cm
4
1
(
V0 = ( H − H o ) Ab + Af + Ab Af + H o Ab
3
)
1
( )
V0 = (1, 45 − 0, 2 ) 2,87 + 0,385 + 2,87 0,385 + 0, 2 2,87 = 2,37 m³
3
Utilizando o ábaco:
L 140 + 95
= = 1, 68
B 140
d 70
= = 0,5
B 140
Obtém-se
V
= 1,35
V0
• Volume do fuste:
• Volume total:
V = Vb + V f = 3, 20 + 2,52 = 5,72 m3
3.4.2.4 Detalhamento
Projetar um tubulão a céu aberto (não encamisado), com extremidade superior livre e
extremidade inferior sem contenção lateral.
3.4.3.1 Dados
Profundidade de assentamento: Lf = 25 m
Cobrimento da armadura: c = 50 mm
(de acordo com a NBR 6118:2014, para elementos estruturais de concreto armado em contato
com o solo, considerando classe de agressividade ambiental IV)
FSk 2700
Abase = = = 45000 cm²
adm 0, 06
Abase 4 45000 4
Db = = = 239, 4 cm → Adotado Db = 240 cm
Inclinação da base:
tan ( )
(°) (rad)
60 1,047 1,654
62 1,082 1,738
63 1,100 1,784
64 1,117 1,836
H Db − D f
tan ( ) = → H = tan ( )
Db − D f 2
2
240 − 90
H = tan ( 63) = 147, 2 cm → Adotado H = 150 cm 180 cm → OK
2
Onde:
L 25
Classificação do tubulão: = = 7,50 4 → tubulão longo
L0 3,33
M = K H FH 0 L0 + K M M 0
M0
V = K ' H FH 0 + K ' M
L0
Calculando esses valores por meio de planilha eletrônica, utilizando dos valores das tabelas
Reese e Matlock para condição de vinculação 1 e L/L0 = 10, tem-se:
-150 -100 -50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600
0
6
z (m)
10
12 M (kN.m)
V (kN)
14
16
Primeiramente é necessário calcular o deslocamento horizontal do fuste, que pode ser obtido
com o auxílio das tabelas de Reese e Matlok para condição de vinculação 1 e L/L0 = 10, e
com a equação:
FH 0 L30 M 0 L20
y = K"H + K"M
EI EI
Considerando, a título de exemplo, que a camada de solo na superfície é de areia fofa, tem-
se = 16 kN/m³, ka = 0,27 e kp = 3,7. Logo, a resistência horizontal do solo é:
Para utilizar os ábacos de flexão propostos por Alonso (1989) é necessário calcular os valores
adimensionais:
2,5
d = c + t + = 5 + 0,8 + = 7,05cm
2 2
da = 90 − 7,05 2 = 75,9cm
d a 75,9
= = 0,84
db 90
90² 4,0
0,85
Ac f cd 4 3,6
As = p = 0,60 = 82,52 cm²
f yd 50
1,15
Como As,mín = 25,4 cm2 < As = 82,52 cm2, a armadura longitudinal necessária é As = 82,52 cm2.
33 20 mm
As = 82,52 cm² → 20 25 mm → Adotado
12 32 mm
A armadura longitudinal deve se estender até uma profundidade que a própria seção de
concreto, sem armadura, seja capaz de resistir ao momento fletor solicitante. Assim,
considerando que essa seção corresponde a p = 0,0 no ábaco de Alonso (1989) com da/db
= 0,85, tem-se um valor correspondente m = 0,025 . Logo:
f n M k 1,4 1,2 M k
m= = = 0,025 → M k = 10245,5 kN cm (102,46 kN m)
d f cd
3
4,0
B 90³ 0,85
3,6
A partir do diagrama de esforços solicitantes, tem-se que a seção onde atua o momento fletor
de 102,46 kNm possui cota z 10,25 m. Sendo assim, a armadura longitudinal deve se
estender até essa profundidade mais o comprimento de ancoragem da armadura no bloco de
transição. Considerando concreto C40, aço CA-50, zona de boa aderência e sem gancho nas
extremidades, pela Tabela 1.5a de Pinheiro (2004), tem-se um comprimento de ancoragem
b = 28 = 28 2,5 = 70 cm . Logo, as barras da armadura longitudinal devem ter um
comprimento armado de 10,25 + 0,70 = 10,95m. Com isso, a armadura longitudinal do tubulão
será composta por 20 25 mm (C = 11 m).
4,0
VRd 2 = 0, 27 v 2 fcd 0,72 D2 = 0, 27 0,84 0,72 902 = 1469,66 kN
3,6
f 40
Onde: v 2 = 1 − ck = 1 − = 0,84
250
250
Assim, VSd = f n Vk = 1,4 1,2 150 = 252,0 VRd 2 = 1469,66 kN → OK!
Na flexo-compressão:
Mo
Vc = Vc 0 1 + 2 Vc 0
M Sd ,máx
2 2
f ctk ,inf 0,7 f ct ,m 0,7 0,3 f ck 3 0,7 0,3 40 3
f ctd = = = = = 0,68 MPa
c c c 3,6
A A
Vsw = sw 0,9 0,72 D f f ywd (sen + cos ) → 14,1 = sw 0,9 0,72 90 (1 + 0)
50
s s 1,15
Asw
= 0,00556 cm²/cm = 0,556 cm²/m
s
Asw f
sw,mín = 0,2 ctm
D s sen f ywk
Asw
= 1,40 10−3 90 = 0,1263 cm²/cm = 12,63 cm²/m
s min
Asw
Logo, adota-se = 12,63 cm²/m
s
Considerando que o estribo circular possui dois ramos, para um ramo resulta 6,32 cm2/m. Na
Tabela 1.4a de Pinheiro (2004), verifica-se que alternativas possíveis são:
smáx = 0, 6 0, 72 D = 0, 6 0, 72 90 = 38,9 cm 30 cm
Portanto, smáx = 30 cm, condição que é verificada para as três alternativas anteriores.
Para evitar a flambagem das barras longitudinais, deve-se adotar estribos de modo que o
espaçamento máximo seja o menor dos valores:
20 cm
smáx est = 90 cm
12 = 12 2,5 = 30 cm
Portanto, smáx = 20 cm, condição que também é verificada para as três alternativas anteriores.
5mm
t 25
= = 6, 25 mm
4 4
No cálculo do comprimento dos estribos, será admitido traspasse relativo à distância entre
três barras longitudinais (é razoável um valor mínimo da ordem de 25 cm), obtendo-se:
2 70 2 2 251,3 2 2,5
o traspasse de três barras longitudinais → + = + = 27,6 cm
n 2 20 2
Portanto:
( )
Vb = (H − H o ) Ab + Af + Ab Af + H o Ab
1
3
1
( )
Vb = (1,50 − 0, 20 ) 4,52 + 0,64 + 4,52 0,64 + 0, 20 4,52 = 3,88 m³
3
• Volume do fuste:
• Volume total:
3.4.3.8 Detalhamento
80
N2 10 c/12 (C = 300 cm)
150
4 Referências
ALONSO, U. R. (1983). Exercícios de Fundações. Ed. Edgard Blücher Ltda., São Paulo;
MONTOYA, P.J.; MESEGUER, A.; CABRE, M. (2000) Hormigon Armado, 14.a Edición
Basada em EHE ajustada al Código Modelo y al Eurocódig. Barcelona, Gustavo Gili.
PINHEIRO, L. M.; BARALDI, L.T.; POREM, M. E. (1994) Concreto armado: ábacos para
flexão oblíqua. São Carlos, EESC-USP.