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O[CY11CC
1
km,
Engenheiro Civil, M.
"EA 4932-DM
José Carlos A. Cintra I Nelson Aoki I José Henrique Albiero
diretas
projeto qeotécnico
John Eloi Bezerra
diretas
projeto geotècnico
Cn
WAI
PREFÁCIO
Os AUTORES
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..........................................................9
Ações e solicitações ....................................10
Valores representativos, característicos e de cálculo . 10
3 RECALQUES .....................................................61
3.1 Recalques imediatos em MEH ..........................65
3.2 Recalques imediatos em areia .........................73
3.3 Prova de carga em placa ............................... 79
3.4 Tolerânica a recalques ..................................89
3.5 Parâmetros de compressibilidade .....................92
3.6 Síntese do capítulo .....................................93
Exercícios resolvidos ...................................95
INTRODUÇÃO
o
AÇÕES E SOLICITAÇÕES
A estrutura de um edifício pode ser considerada um subsistema
estrutural que inclui a infraestrutura (sapatas, tubulões ou estacas),
embutida no subsistema geotécnico. Esses dois subsistemas com-
põem um sistema único, sujeito a um conjunto de forças ativas
externas, as chamadas ações, normalmente subdivididas em ações
permanentes, variáveis e excepcionais.
VALORES REPRESENTATIVOS,
CARACTERÍSTICOS E DE CÁLCULO
Começando pelos valores de cálculo, a citada norma de Ações e
segurança nas estruturas, no item 4.2.3, preceitua que "os valores de
INTRODUÇÃO
com
Rk
Sd=SkY1 e Rd= -
Ym
ad < ar
com
ar k
ad = akyj' e ard= -
Ym
Portanto, as áreas das bases das sapatas e dos tubulões devem ser
tais que a solicitação de cálculo não ultrapasse a resistência de
cálculo, ou seja, que a tensão de cálculo não supere a capacidade de
carga de cálculo.
Sd Rk
Yf e Ym
Sk Rd
F5 = ys Tf Ym YR
O Sed Sk Sd Rd Rk Rred
com
Ur k
Ürd= — e ad=akyf
Ym
O
c'J
Os três itens, 7.3.1 a 7.3.3, referem-se apenas à obtenção de valores
de capacidade de carga (Ür), sem especificar como tratá-los estatis-
ticamente para obter o valor característico (Ürk). Devemos supor
o quantil de 5% na resistência característica inferior de curvas de
distribuição normal. Os valores do fator de ponderação Ym, necessá-
rios para a passagem de Urk para ad, estão especificados nos itens
6.2.1.1.1 a 6.2.1.1.3.
IP
Carga
--------------------
\MM\" r~
ME\
E
\
\
\
-
27
Carga
Fig. 2.5 Puncionamento de uma placa metálica no solo poroso de São Carlos.
Crédito: J. B. Nogueira.
II CAPACIDADE DE CARGA
c'J
mento. A partir de h/B* = 4,5 ocorre ruptura por puncionamento,
qualquer que seja a compacidade da areia.
Do equilíbrio das forças verticais, para Fig. 2.8 Cunha de solo sob a base da sapata
uma cunha de comprimento unitário, ob- (Terzaghi, 1943)
temos:
ar B+W-2Ep-2Ca sen=O
com
B/2
Ca =C
coso
e
w= í!B2 tg p
FUNDAÇÕES DIRETAS
co
Fazendo a substituição, encontramos:
Ep -y
ar = + ctg çb - —Btg
Esse caso já havia sido resolvido por Prandtl (1921, apud Terzaghi e
Peck, 1967), que encontrou para a capacidade de carga a expressão:
ar = C N
ar = q N q
O.'
2.2.4Superposição de efeitos
Fazendo a superposição de efeitos dos três casos particulares anali-
sados, encontramos uma equação aproximada para a capacidade de
carga do sistema sapata-solo:
1
a,= CN c +qNq + -yBN
-e-
_Nq N
Fig. 2.9 Fatores de capacidade de carga (Terzaghi e Peck, 1967)
Or = 1,2C N + q Nq + 0,6B N
1
ar =CN c Sc +qN q Sq +yBNyS-y
cn
Nessa equação verificamos que a capa-
TAB. 2.1 Fatores deforma de Terzaghi-Peck
cidade de carga depende de três tipos
Sapata Sc S q S7
de variáveis: os parâmetros do solo, as
dimensões da base da sapata, e o embuti- Corrida (lado B) 1 1 1
CN
1
ar=cNcSc+qN q Sq + —TB NyS.y
N 2(Nq + 1) tg
L)
1 5,38 1,09 0,07 0,20 0,02 27 23,94 13,20 14,47 0,55 0,51
2 5,63 1,20 0,15 0,21 0,03 28 25,80 14,72 16,72 0,57 0,53
3 5,90 1,31 0,24 0,22 0,05 29 27,86 16,44 19,34 0,59 0,55
4 6,19 1,43 0,34 0,23 0,07 30 30,14 18,40 22,40 0,61 0,58
5 6,49 1,57 0,45 0,24 0,09 31 32,67 20,63 25,99 0,63 0,60
6 6,81 1,72 0,57 0,25 0,11 32 35,49 23,18 30,22 0,65 0,62
7 7,16 1,88 0,71 0,26 0,12 33 38,64 26,09 35,19 0,68 0,65
8 7,53 2,06 0,86 0,27 0,14 34 42,16 29,44 41,06 0,70 0,67
9 7,92 2,25 1,03 0,28 0,16 35 46,12 33,30 48,03 0,72 0,70
10 8,35 2,47 1,22 0,30 0,18 36 50,59 37,75 56,31 0,75 0,73
11 8,80 2,71 1,44 0,31 0,19 37 55,63 42,92 66,19 0,77 0,75
12 9,28 2,97 1,69 0,32 0,21 38 61,35 48,93 78,03 0,80 0,78
13 9,81 3,26 1,97 0,33 0,23 39 67,87 55,96 92,25 0,82 0,81
14 10,37 3,59 2,29 0,35 0,25 40 75,31 64,20 109,41 0,85 0,84
15 10,98 3,94 2,65 0,36 0,27 41 83,86 73,90 130,22 0,88 0,87
16 11,63 4,34 3,06 0,37 0,29 42 93,71 85,38 155,55 0,91 0,90
17 12,34 4,77 3,53 0,39 0,31 43 105,11 99,02 186,54 0,94 0,93
18 13,10 5,26 4,07 0,40 0,32 44 118,37 115,31 224,64 0,97 0,97
19 13,93 5,80 4,68 0,42 0,34 45 133,88 134,88 271,76 1,01 1,00
20 14,83 6,40 5,39 0,43 0,36 46 152,10 158,51 330,35 1,04 1,04
21 15,82 7,07 6,20 0,45 0,38 47 173,64 187,21 403,67 1,08 1,07
22 16,88 7,82 7,13 0,46 0,40 48 199,26 222,31 496,01 1,12 1,11
23 18,05 8,66 8,20 0,48 0,42 49 229,93 265,51 613,16 1,15 1,15
24 19,32 9,60 9,44 0,50 0,45 50 266,89 319,07 762,89 1,20 1,19
TAB. 2.3 Fatores de forma (De Beer, 1967, apud Vesic, 1975)
Sapata Sc
Corrida 1,00 1,00 1,00
crr = CNcSc+ q
Sc = 1 + 0,2(B/L)
:__________
-
/,
7
41 1
O 1 2 3 4 5
h/B
- - - Quadrada ou circular Sapata corrida
e
L' = L - 2eL
B'
Essa simplificação, a favor da segurança,
significa considerar uma área efetiva de
apoio (A' = B' x L'), cujo centro de gravi-
dade coincide com o ponto de aplicação
da carga.
Bulbo de tensões
2,5.1
Além dos métodos vistos na Mecânica dos Solos, podemos admitir,
para um cálculo prático e aproximado, que a propagação de tensões
ocorre de uma forma simplificada, mediante uma inclinação 1:2
(que corresponde a aproximadamente 27° com a vertical), conforme
ilustrado pelas Figs. 2.12 e 2.13, em que z é a distância da base da
sapata ao topo da segunda camada.
II CAPACIDADE DE CARGA
aB L
Lia
(B+z)(L+z)
VÁ
B+z
Fig. 2.14 Segunda camada atingida pelo bulbo dePrimeiramente, determinamos a capaci-
tensões
dade de carga, considerando apenas a
primeira camada (Uri) e, depois, a capacidade de carga para uma
sapata fictícia apoiada no topo da segunda camada (Ur2), conforme
o esquema da Fig. 2.15.
II CAPACIDADE DE CARGA
B+z SoIo2
r2
r1
aari + bclr 2
Ürl,2 =
a+b
Assim, se tivermos
arl,2 B L
crr 2—Ok!
(B+z)(L+z)
FUNDAÇÕES DIRETAS
Ur = Ürl,2
2.000
4)'= 20°
150
1.600 —c'=5kPa
a- y'=l8kN/m3
h=0,5m -
1.200
800
B=1 m 8=0,5 m
Tensão (kPa)
o 40 80 120 160 200
o
10
E2o
27
30
40
50
Fig. 2.18 Curva tensão x recalque de ensaio de placa em areia (Macacar( 200 1)
II CAPACIDADE DE CARGA
ÉM
ao ponto a partir do qual o trecho final da curva se transforma
em linha reta não vertical, o que resulta em Ur = 144 kPa, que
arredondamos para Ur = 140 kPa.
2.9.1 Coesão
Para a estimativa do valor da coesão não drenada, quando não
dispomos de resultados de ensaios de laboratório, Teixeira e Godoy
(1996) sugerem a seguinte correlação com o índice de resistência à
penetração
c = 10N (kPa)
70
60
50
40
Urjo
N5 -
30
350
20
_. _
1 —— ---
.30°
10
- —-— - _ — -
---- -- -,------- 30°
25°
30°
_________ 250
O
o 50 100 150 200 250 300
<5 Fofa
16 18 19
5-8 Pouca Compacta
9- 18 Medianamente Compacta 17 19 20
19-40 Compacta
18 20 21
> 40 Muito Compacta
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1) Estimar a capacidade de carga de um elemento de fundação por
sapata (indicado na figura), com as seguintes condições de solo e
valores médios no bulbo de tensões:
Ur C.Nc Sc +qNq Sq
LI)
1
ar = qNq Sq +yBNy Sy
Nt=30 - =28°+0,4•30=40°
Tab.22=40°—*Nq =64,20 N109,41 tg=0,84
Tab. 2.3: Sq = 1 + (2/3) .0,84 = 1,56 Sy = 10,4 (2/3) = 0,73
Tab. 2.5: areia compacta - -y = 18 kN/m3 e Ysat = 21 kN/m3
h = im -* q= 18.1 = l8kPa
abaixo do NA: y' = 21 - 10 = 11 kN/m3
1
Ur=l8•64,2Ol,SG+—ll'2•lO9,4l•O,73
2
2.681 kPa 2,68MPa
c) areia argilosa
Como se trata de solo c-Ø, sem definição da compacidade e/ou
consistência, vamos utilizar a Fig. 2.21. Para o solo em questão, o
ponto correspondente a c = 50kPa e c = 250 se encontra na região III,
de ruptura geral.
1
ar=cN c Sc +qNq Sq +—yBNySy
Tab. 2.2:
o
= 25° -* Nc = 20,72
Nq = 10,66 N = 10,88 Nq/N c = 0,51 tg = 0,47
Tab. 2.3:
Sc =1+(2/3).0,51 = 1,34
Sq = 1 + (2/3) •0,47 = 1,31
Sy =1-0,4.(2/3)=0,73
Tab. 2.5:
areia argilosa e ruptura geral - atribuímos
y = 18 kN/m3 e Ysat = 21 kN/m3
II CAPACIDADE DE CARGA
h= im - q = 18.1 = 18kPa
abaixo do NA: y' = 21 - 10 = 11 kN/m3
1
Ür =5O2O,72l,34+lSlO,66l,3l+ll2lO,88O,73
2
1727 kPa 1,73 MPa
c11 =c
* .N'.Sc +q.N'.Sq
1
a =q.N.Sq +y.B.NÇ.S-y
= 6 - 0=28'+0,4-6 30°
tg * = 2/3tg 300 = 0,38_* * 21°
—Tab. 2.2:N=7,07 NÇ=620
FUNDAÇÕES DIRETAS
CN
Ln
Tab. 2.3:
Sq =1+(2/3)O,381,25
S, = 1—O,4.(2/3)= 0,73
Tab. 2.5: areia pouco compacta - = 16 kN/m3 e Ysat 19kN/m3
h = im -* q=16-1 = 16kPa
abaixo do NA: y' = 19 - 10 = 9kN/m3
1
a' = l67,O7l,25 + —9.2.6,20.0,73
2
182 kPa 0,18MPa
c) areia argilosa
Como se trata de solo c-, vamos consultar a Fig. 2.21. O ponto
correspondente a c = 10 kPa e = 20° encontra-se na região 1, de
ruptura por puncionamento.
tg * =2/3tg20o=0,24_,* 13°
-* Tab. 2.2: N' =9,81 N'q = 3,26 N = 1,97 N'q/N'c = 0,33
Tab. 2.3:
Sc = 1 + (2/3) .0,33 = 1,22
Sq = 1 + ( 2/3) 0,24 = 1,16
Sy = 1-0,4.(2/3)= 0,73
Tab. 2.5:
areia argilosa e puncionamento - adotamos:
y = 16 kN/m3 e 'Ysat = 19 kN/m3
h = 1 - q = 16.1 = 16 kPa
abaixo do NA: y' = 19 - 10 = 9 kN/m3
c' =(2/3)107kPa
Ruptura geral: Ur =C Sc + q Nq Sq
Ruptura geral: ar = q Nq 5q + y B N
LJ-
Tab. 2.3:
Sq = 1 + (2/3) 0,65 = 1,43
S- =1-0,4.(2/3)=O,73
Tab. 2.5:
areia medianamente compacta
- y 17 kN/m3 e Ysat = 20 kN/m3
h = 1 - q = 17•l = 17kPa
abaixo do NA: y' = 20 - 10 = 10 kN/m3
1
Ur 17.26,09.1,43+ —10.2.35,19 -0,73
2
891 kPa 0,89 MPa
0,89+0,25
Média: = 0,57 MPa
2
c) argila arenosa
Como se trata de solo c-, vamos consultar a Fig. 2.21. O ponto
correspondente a c = 40kPa e 4 = 200 encontra-se na região II, de
ruptura local. Então vamos obter a média dos valores relativos à
ruptura geral e por puncionamento.
Ruptura geral:
1
Ur cNc Sc +qN q Sq +)BNyST
Tab. 2.2:
o = 20° ---> N = 14,83
Nq = 6,40 N y = 5,39 Nq/N c = 0,43 tg 0,36
ii CAPACIDADE DE CARGA
L
Tab. 2.3:
= 1 + (2/3) .0,43 = 1,29
5q = 1 + (2/3) 0,36 = 1,24
Sy = 1 —0,4•(2/3)= 0,73
Tab. 2.4: argila arenosa e ruptura geral -* atribuímos 'y = 20 kN/m3
h = 1 - q = 20.1 = 20kPa
abaixo do NA: y' 20 - 10 = 10 kN/m3
1
0r 4014,831,29+206,401,24+1025,390,73
2
963 kPa 0,96 MPa
0,96+0,38
Média: = 0,67 MPa
2
1
or q.Nq .Sq +y.B.Ny.Sy
1
0r 1848,931,78+-15,7378,030,60
2.670 kPa = 2,67 MPa
1
Ur q'Nq Sq +yBNySy
1
Ur =l84S,93•l,78+—lS3•78,O3O,6O
2
2.832 kPa = 2,83 MPa
II CAPACIDADE DE CARGA
Lfl
c) N.A.: -1 m (na base da sapata)
1
arqNqSq+YBNSy
1
err = 18 .48,93. 1,78 + -11 3 78,03 .0,60
2
2.340 kPa = 2,34MPa
E3=L=3m
Solução: vamos inicialmente calcular a
capacidade de carga considerando apenas Argila rija = 15
a primeira camada.
B=L=3m
a) argila rija com Nt = 15
Areia compacta = 38° b) argila mole com Nspt = 4
Argila
areia compacta - ruptura geral
-7
1
Url =q.Nq.Sq+–y.B.N.Sy
II CAPACIDADE DE CARGA
Ur = a,-1,2 = 2, 22 MFa
FUNDAÇÕES DIRETAS
cJ=c* NSc+qNSq
Tab.2.2: * =0–*N=5,14 N=100 N/N.=O,20 tg* =0
Tab. 2.3: S = 1 + 0,20 = 1,20 Sq 1,00
Nsp t=4–*c=10.440kPa-* c' =(2/3).4027kPa
h =5m - q = 18.5 =9OkPa
RECALQUES
Fig. 3.2 Prédios inclinados em Santos, SP Além do recalque total (ou absoluto)
de cada sapata, temos o recalque di-
ferencial (ou relativo) entre duas sapatas. Se o maciço de solo
fosse homogêneo e todas as sapatas de mesmas dimensões
e submetidos às mesmas cargas, os recalques seriam pratica-
mente uniformes, mas a variabilidade do solo gera recalques
desiguais. Além disso, o tamanho das bases das sapatas em
um edifício pode variar muito, uma vez que as cargas nos pi-
lares são diferentes, o que é uma causa adicional de recalque
diferencial.
P=Pc+Pi
HI
imediatos geralmente não são recuperáveis com o descarregamento,
podendo ser reversíveis apenas parcialmente. Por isso, a denomina-
ção recalque elástico é inadequada.
E5 = E0 + kz
[1—v2 1 ir
p=aBi 1-
[ E5 j 4
r 1 - v2
Pi=aB[ 1
E5
j'P
LO
Sapata Flexível
Forma Rígida
Centro Canto Médio
L = comprimento da sapata;
* borda
Fig. 3.4 Tensão de contato entre placa e argila sobreadensada: a) placa flexível;
É) placa rígida (Sowers, 1962)
L=8
3,0
2,5
2,0
ru 1,5
1,0
0,5
O
0,0 0,2 0,5 1 2 5 10 20 50 100 1.000
H/B
1,0
0,9
0,8_______
0,7
0,6
n
0,0 0,2 0,5 1 2 5 10 20 50 100 1.000
h/B
Esse problema foi resolvido por Janbu et ai. (1956, apud Simons e
Menzies, 1981), considerando deformações de volume constante
(v = 0,5), representativo de argilas saturadas em condições não
drenadas, e adaptando a teoria da elasticidade para obter o recalque
médio de sapatas flexíveis:
aB
PiI-Io/Ji
E5
a) indeslocável à distância H = B
H/B=1 e L/B=1—ji1=0,45
a•B
Pi =poO,45
E5
III RECALQUES
b) indeslocável à distância H = 2B
H/B=2 e L/B=1–*p1=0,56
a•B
P2 =/iüO,56
E5
P2 – P1
verificação: = 20%
P2
c) indeslocável à distância H = 4B
H/B=4 e L/B=1–*p1=0,64
a•B
P3 =1io0,64
E5
P3 – P2
verificação: = 12%
P3
a) indeslocável à distância H = 3B
H/B=3 e L/B=1–'pi=0,61
a•B
pi/.Io0,61 -
E5
b) indeslocável à distância H = 6B
H/B=6 e LIB=1–'p1=0,66
a•B
P2/-iO0,66
E5
P2 – P1
verificação: = 6% <10% -, ok!
P2
3.1.4 Multicamadas
a) Camada hipotética
Inicialmente, devemos determinar o re-
calque de cada uma das camadas (pi e
P2) para, depois, obter o recalque total da
sapata:
P1 = P1 +P2
Fig. 3.8 Duas camadas com pressíveis
No cálculo de p1, fazemos uma aplicação
direta do caso de camada finita, com o artifício de subir o indeslocá-
vel para o topo da segunda camada.
b) Sapata fictícia
Como alternativa à metodologia anterior, vamos simplificar o cálculo
do recalque da segunda camada, considerando uma sapata fictícia
III RECALQUES
a) Embutimento da sapata
Considerando que um maior embutimento da sapata no solo pode
reduzir o recalque em até 50%, o que já vimos no método de camada
finita, Schmertmann define um fator de correção do recalque (Ci),
variando de 1 a 0,5, dado por:
ci = 1-0,5
q ) 0,5
em que,
q = tensão vertical efetiva à cota de apoio da fundação (sobrecarga);
Gr = tensão líquida aplicada pela sapata (0* = a - q).
b) Efeito do tempo
O monitoramento de sapatas em areia mostra que, além do recalque
imediato, outra parcela de recalque se desenvolve com o tempo (t),
à semelhança da compressão secundária em argila. Por isso, o autor
adota um fator de correção C2 dado por:
t\
C2 = 1 + 0,2 iog
com t em anos.
c) Formulação
O recalque de sapatas rígidas em areia (Pd) é dado pelo somatório
dos recalques de n subcamadas consideradas homogêneas, na
profundidade de O a 2B, incluindo os efeitos do embutimento e do
tempo:
Pd = C1 C2 cr* AZ
em que:
IZ = fator de influência na deformação à meia-altura da i-ésima
camada;
E5 = módulo de deformabilidade da i-ésima camada;
Az = espessura da i-ésima camada.
d) Módulo de deformabilidade
Para a estimativa do módulo de deformabilidade (E5) de cada ca-
mada, o autor apresenta correlações com a resistência de ponta
do ensaio de cone (q) e com o índice de resistência N,pt do SPT,
desenvolvidas para as areias da região de Gainsville, na Flórida, EUA,
e) Roteiro de cálculo
1) calcular os valores de q, a', C1 e C2;
2) a partir da base da sapata, desenhar o triângulo 2B - 0,6 para o
fator de influência;
3) no intervalo de O a 2B abaixo da sapata, dividir o perfil qc (ou
num número conveniente de subcamadas, cada uma com E5
constante (é necessária uma divisão que passe por 8/2, o vértice
do triângulo, e, além disso, a espessura máxima das subcamadas
deve ser igual a B/2);
4) preparar uma tabela com seis colunas: número da camada, LtZ, 1z,
q (ou N5), E5, e Iz LZ/Es;
5) encontrar o somatório dos valores da última coluna e multiplicá-
-lo por C1, C2, e a (sugerimos o uso das unidades em MPa para
qc, a' e E5, e em mm para Az, resultando o recalque final em
mm, com uma decimal no máximo).
III RECALQUES
zIB = 2 [1 + Iog(L/B)]
M.
I
conta o efeito da profundidade de embutimento da base. Como a
base dos tubulões geralmente é circular, devemos calcular o lado de
um quadrado de área equivalente para valer o diagrama de LIB = 1.
Já temos:
o•B
Pi =Po•I1i•
E5
com h = 0 —'Po = 1,00
a) subcamada 1
cr.B a
p=1,000,30 =1,20—
0,25kB k
b) subcamada 2
0,44a•1,5B a
P2 = 1,00.0,23. = 0,20-
0,75kB k
III RECALQUES
Verificação:
P2 =14%
P1 +P2
c) subcamada 3
0,25a•2B a
P3 = 1,00•0,18• 0,07-
1,25kB k
d) subcamada 4
0,16a2,5B a
= 1,00.0,13. = 0,03-
1,75kB k
Verificação:
Nas curvas tensão x recalque dos ensaios de placa, para cada nível
de tensão de interesse temos o valor experimental do recalque
correspondente na placa (modelo reduzido). O passo seguinte é
estimar o recalque da sapata (o protótipo).
l_v21 r1_v2 1
PUB [ PfCB5
r E5 [ E5
FUNDAÇÕES DIRETAS
Ur=C5,l4l,2 * Or=6,1SC
Areia
3.3.2
No meio elástico não homogêneo, como as areias em geral, os recal-
ques não aumentam na proporção direta com a dimensão, pois o
módulo de deformabilidade não é constante com a profundidade. No
caso mais comum, em que o módulo aumenta com a profundidade,
temos subcamadas cada vez menos compressíveis sob a base da
1H RECALQUES
rn
co
placa, resultando em recalques inferiores àqueles do caso do item
anterior, no qual vale a proporção direta.
a) Fórmula de Terzaghi-Peck
Uma tentativa pioneira para extrapolar recalque em areia é a equa-
ção empírica apresentada por Terzaghi e Peck (1948, 1967):
2
(2B1
PfPp Bf+0,3O)
By(Bp+ o,3o)12
Pf = PP
1 B p (Bf + 0,30)]
00
50
20
,7 • O
o
15
• 0
- -
o
2
2 5 10 20 100
Bf
n=-_
E0 -+ O :pf Pp
k - O :pf n p
E0 0 O e kO :pp < pf <flP p
Pf = I3 Pp
Fig. 3.15 Provas de carga em placa e sapata, em areia (modificado de Taylor, 1946):
a) curvas tensão x recalque típicas; b) caso particular de E5 = k z.
E0
(com unidades em metros)
ffl
pondente à fórmula de Sowers (1962). Nessa figura, constatamos que
os gráficos estão compreendidos num quadrante delimitado pela
horizontal, /3 = 1 (caso: E0 = O - E5 = kz), e pela reta de 450, /3 =
(caso: k = O -' E5 = E0 ).
10
6
= jj
pp
4
1 2 4
Bf
6 8 10
E5 = E0 + kz
kssapata = kspiaca
ks sapata = kspiaca
cuja resposta, caso a caso, pode ser obtida no gráfico da Fig. 3.16,
mas com o inverso da relação entre os recalques:
kssapata ksplaca
3.3.4Módulo de Deformabilidade
Da curva tensão x recalque obtida no ensaio de placa, podemos
inferir o módulo de deformabilidade do solo para o caso de meio
elástico homogêneo.
Areias: 5máx = 25 mm
Pmáx = 40 mm para sapatas isoladas
Pmáx = 40 a 65 mm para radiês
Argilas: 6máx = 40 mm
Pmáx = 65 mm para sapatas isoladas
Pmáx = 65 a 100 mm para radiês
6a2Omm e p=25mm
o
kz, então passa a ser designado meio elástico linearmente não
homogêno. Essa função engloba dois casos particulares e extremos:
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
r 1 - v2 1
Pi0B[ E5 IP
E5 = aK N spt
argila: Tab. 3.3 -a = 7
Tab. 3.4 -K = 0,15 MPa (valor extrapolado)
E5 =7 0,15 15 16 MPa (número inteiro para Es em MPa)
1-0,51
p=0,23.000. 1 •0,99=27, 8 mm
1 16 j
0,0
(uma só decimal, no máximo, para re-
calques em milímetros).
NA
2) Estimar o recalque imediato da mesma
-1,5 [~_~ sapata do exercício anterior, mas agora
apoiada à cota —1,5 m e com o indes-
locável (topo rochoso) à cota —7,5m
(Fig. 3.17).
o
H/B=6/3=2eL/B=1—*p1=0,56
NA
0,2.3.000
p=0,86•0,56 =18,1
16
Argila rija = 18,lmm
15
P1 =P1+P2
a) Camada hipotética
Usamos o artificio de estimar o recalque das camadas 1 e 2 como se
fosse camada única com módulo de deformabilidade da camada 2
(E5 2), e depois subtraímos o recalque da camada 1 com módulo E5 2:
0,2.3.000
P1,2(26)=0,860,64 =12,7mm
26
Cálculo de p1(26):
0,23.000
P1(26)0,860,56 11,l mm
26
P2 = 12,7-11,1 = 1,6 mm
Logo:
P1 = Pi +P2 = 18,1 + 1,6 = 19,7 mm
b) Sapata fictícia
Tínhamos:
P1 =Pi +P2
com p = 18,1 mm
= 32
22 kPa (número inteiro para tensão em kPa)
FUNDAÇÕES DIRETAS
h'/B'=7,5/9=0,83e L'/B'=l-*po=0,77
H/B'6/9=0,67e L'/B'=l-4p1=0,35
22-9.000
P2 = 0, 77-0,35- 2,1 mm
26.000
pj = 18,1 + 2,1 = 20,2 mm
0,2.3.000
pi = 0,860,64 = 15,7mm
21
Observação: essas respostas ratificam que as duas primeiras solu-
ções são praticamente equivalentes e que a terceira não é recomen-
dável para previsões de recalque (neste exercício, o erro é de cerca
de -20% em relação às soluções anteriores, mas em outros casos o
erro pode ser ainda maior).
10 0.67
-2
-8
o
o n Hz
-4
pi = c1 c2 (7 ( —íz)
1=1 E )
pi = 0,90.1,00.0,166.57,97 = 8,7 mm
Observação: Se quiséssemos obter o recalque após um tempo t de
um ano, por exemplo, teríamos:
t=1C2=1+02Iog(i) =1,20
o
5
2 Areia fina a média, argilosa,
marrom (sedimento cenozoico)
3— Formação Rio Claro
4
-6
Linha de seixos / \
7 / \-8
9 Areia fina, argilosa, avermelhada
NA = - io g (solo residual)
-11h
9
11
14
12
15
Areia argilosa, variegada
13 (saprolito de arenito)
14 -Formação Itaqueri
18 -
22
25 -
30 -
35 -
-24
45F1
50H Silte argiloso
60
-28
III RECALQUES
o
Solução: Vamos usar os dois métodos para constatar que, com as
devidas divisões em subcamadas, os resultados são próximos.
1) Método de Schmertmann
Até a cota —8m: areia seca, N8 t 7 -* = 16kN/m3 (Tab, 2.6)
q = 8.16 = 128 kPa
Gr '' =400-128=272kPa
128
C1 = 1— 0,5— = 0,76
272
t
C2 = 1 + 0,2• Iog - -, = 1,0 (recalque imediato)
0,1
Calculando a base "quadrada" equivalente (mesma área):
/ 11(3,00)2
B=L=\f 2,70m
4
cota —9,35 m (z = B/2 abaixo da base do
tubulão)
0,10 Iz 063
-8m --------
av = 128 + 1,35 16 = 150 kPa 9
Izmáx 0, 5 + 01 10,63 g
150
= -13,4m 11 6
E5 a K Nt (MPa)
areia argilosa:
Tab. 3.3 (interpolando) - a = 4 E5 2,2N5 (MPa)
Tab. 3.4 - K = 0,55 MPa p = 0,761,00•0,272100,65 = 20,8 mm
=5.400 E=l00,65
FUNDAÇÕES DIRETAS
CN
o
2) Multicamadas com sapata fictícia
aB
P1 = PoPi-
E5
a) camada 1: de -8 a -lOm
= 9 - E5 = 2,29 20MPa
N sp t
h/B=8/3=2,67 e L/B=1—*p0 =0,60
H/B = 2/3 = 0,67 e base circular - pi = 0,32
400-3.000
pi=0,60-0,32 =11,Smm
20.000
4 •32
Aer = 144 kPa
h'/B' = 10/5 = 2 e L'/B' = 1 - P0 = 0,63
H/B' = 2/5 = 0,4 e base circular - P1 = 0,23
144.5.000
P2 = 0,63-0,23- = 7,0 mm
15.000
p1+p2+p3+p4=11,5+7,0+2,7+1,4+0,9=23,Smm
/4. 0,802
Bp=J 0,70m
Ir
o que resulta em uma relação entre dimensões:
By 4,20
= =6
B 0,70
pf = 6.3,2 = 19,2 mm
,8=3
pf = 3.3,6 = 10,8 mm
Obtida essa tensão média de ruptura (da obra ou de cada região re-
presentativa), precisamos estabelecer que fração desse valor poderá
atuar no solo com segurança mínima à ruptura. Assim, chegamos
ao conceito fundamental de tensão admissível (aa):
Urmed
au
Fs
em que o denominador da fração (Fs) é um número normatizado
maior do que 1, o chamado fator de segurança global, ou simples-
mente fator de segurança.
FUNDAÇÕES DIRETAS
o
Na prática, o valor médio de capacidade de carga costuma ser
representado por 0r e, por isso, é usual escrevermos:
ar
Ua F5
Ua -P Pa
o
Determinada a tensão admissivel da fundação, e conhecida a força
vertical P - não majorada por Yj - que cada pilar vai aplicar no topo
de sua sapata ou seu tubulão, podemos calcular a área da base (Ab)
necessária para a sapata ou o tubulão de cada pilar, de modo que:
pi pi
- Ü
Ab Gra
E)
Ur
Ua
3,0
('4
a) SPT
No meio técnico brasileiro, é conhecida a seguinte regra para obter a
tensão admissível em fundações diretas por sapatas, em função do
índice de resistência à penetração do SPT:
NSPt
a0 = + q (MPa) com 5 20
so
em que Nspt é o valor médio no bulbo de tensões e a parcela corres-
pondente à sobrecarga q pode ou não ser considerada.
CY = CN
0,01 . N . 6 Nspt
ao = = 0,02Nt = (MPa)
3 50
IN s pt (MPa)
com 4 16.
IV TENSÃO ADMISSÍVEL
M.
0,4
b
0,2
O 5 10 15 20 25
b) CPT
A tensão admissível para fundações por sapatas, a partir do CPT,
pode ser obtida pelas correlações empíricas apresentadas por Tei-
xeira e Godoy (1996):
qc
cia 4,OMPa (para argila)
10
q
cia = 4,OMPa (para areia)
15
em que q é o valor médio no bulbo de tensões, com qc > 1,5 MPa.
FUNDAÇÕES DIRETAS
b) Critério de Boston
Para o caso de provas de carga sobre placa em areia, em que as
curvas tensão x recalque costumam ser abertas, Teixeira e Godoy
IV TENSÃO ADMISSÍVEL
2
Esse critério significa estabelecer um recalque admissível (pc ) de
10 mm para a placa e um critério de ruptura convencional em que
a tensão de ruptura (Ur ) está associada ao recalque arbitrário de
25 mm, correspondendo o denominador 2 ao fator de segurança.
Segundo Teixeira e Godoy (1996), o valor 1/2025 é sempre mais rigoroso
do que a10.
Métodos teóricos
42.1
Em princípio, o procedimento seria encontrar o valor médio de
capacidade de carga para a obra, ou para cada região representativa,
e em seguida aplicar o fator de segurança de 3,0:
Ur
Métodos semiempíricos
4.2.2
Para determinar a tensão admissível de fundações por tubulões,
temos correlações com resultados de SPT ou CPT, além de métodos
semiempíricos originalmente desenvolvidos para estacas.
a) SPT
Podemos utilizar a mesma regra vista para fundações por sapatas:
N s pt
Ua = + q (MPa) com 5 < Nspt < 20
50
em que N spt é o valor médio no bulbo de tensões, mas a parcela
correspondente à sobrecarga q torna-se significativa para fundações
por tubulões.
b) CPT
A partir da resistência de ponta (qc) do CPT para ensaios conduzidos
até, pelo menos, 4m abaixo da cota de apoio dos tubulões, e desde
IV TENSÃO ADMISSÍVEL
fl'
que não haja camadas moles mais profundas, Costa Nunes e Veiloso
(1960) apresentam a seguinte correlação para a tensão admissível:
q
Gra =
6a8
em que o denominador é escolhido "conforme a necessidade de
cada caso", segundo os autores, mas sem diferenciação explícita
para argila e areia. Sugerimos a prudência de impor a limitação:
qc < 1OMPa.
Aoki-Velloso
Pelo método Aoki-Velloso (1975), a resis- TAB. 4.1 Coeficiente K (Aoki e Velioso, 1975)
tência de base, em termos de tensão, pode Tipo de solo K (MPa)
ser considerada:
Areia 1,00
GFr = -
qc
O
- KN
________ Areia siltosa 0,80
F1 F1
Areia siltoargilosa 0,70
em que:
Areia argilosa 0,60
qc e Nt são, respectivamente, a resisten-
cia de ponta do ensaio de cone e o índi
ce
- Areia argilossiltosa O 50
Silte 0,40
de resistência à penetração do SPT, à cota
da base do tubulão; Silte arenoso 0,55
Décourt-Quaresma
Pelo método Décourt-Quaresma (1978),
na versão atualizada de Décourt (1996), a
TAB. 4.2 Fator de redução a para estaca escavada
resistência de base, em termos de tensão,
(Décourt, 1996)
pode ser expressa por:
Tipo de solo a
o.'
Para a tensão admissível obtida em prova de carga em placa, tam-
bém devemos comprovar o recalque inferior ao admissível, mas
fazendo antes a extrapolação do recalque do modelo para protótipo
(conforme Cap. 3).
o
Para a verificação do ELS nos dois primeiros casos, calculamos o
recalque correspondente e comparamos com o recalque admissível.
No terceiro, extrapolamos o recalque da placa para comparar com o
recalque admissível das sapatas.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1) Considerando a curva tensão x recalque da Fig. 2.17, obtida
em prova de carga em placa na argila porosa em São Paulo,
determinar a tensão admissível para fundações por sapatas
quadradas de 2,10 a 4,20m de largura, adotando o recalque
admissível de 40 mm.
aG = 80 kPa -, p, = 3,2 mm
Ua = 8OkPa
a) Critério de Terzaghi
No Cap. 2, item 2.7, analisamos esse gráfico e identificamos uma
ruptura convencional para o valor arredondado de 140 kPa pelo
critério de Terzaghi (1942), que consiste em localizar o ponto da
curva a partir do qual temos uma linha reta não vertical. Assim, com
F5 = 2 chegamos a:
140
Ur = 140 kPa -4 CJ(J z - = 70kPa
b) Critério de Boston
Da curva tensão x recalque, temos:
Logo:
100
140
1 —=70
2
FUNDAÇÕES DIRETAS
a0 = 7OkPa
c) verificação do recalque
A essa tensão admissível, na placa de ensaio corresponde um recal-
que de:
u0 =70kPa– p=3,6mm
Pf = f3 Pp
13 = 3
Ua = 7OkPa
cn
3) Dado o perfil representativo do terreno a seguir, determinar a
tensão admissível para o projeto das fundações por sapatas de
um edifício residencial com um subsolo, considerando sapatas
quadradas de 1 a 3 m de lado, apoiadas à cota -4 m.
q = 1.17 = 17kPa
de —4m a —6m: Nsptmeci = 20
Ysat = 21 kN/m3
=280 +0,4•20=36°
= 36°Nq = 37,75 N = 56,31 tg 0,72
BLSq 1+tg1,73 S,=0,60
ar = 1737,751,73 + .11.1,0.56,31.0,60
ar = 1.296 kPa = 1,30 MPa
Fs = 3 - a0 = 0,43 MPa -6
FUNDAÇÕES DIRETAS
8 =2m
Areia (cota -4m a -6m):
-4 1
Ürl = 1737,751,73+ .11.2,0.56,31.0,60
Ns pt me d = 8 - argila média
-* ruptura local
-8
Para fazer a média dos valores de ruptura
geral e puncionamento, podemos entrar diretamente com o valor
médio da coesão.
0 = 00
N 5,14 Nq = 1,00 Nq/Nc = 0,20
BLSc =1+Nq/Nc =1,20 Sq 1,00
q = 17 + 2. 11 = 39kPa
Ür2 = 665,14i,20+391,001,00
Ür2 = 446kPa = 0,45 MPa
Comparando, temos:
ar = Ür1,2 = 0, 96 MPa
F53 Ca =0,32MPa
B=3m
Areia (cota -4rn a -6m):
1
Cri = 17.37,75-1,73 + --11-3,0.56,31-0,60
'-o
Então, a capacidade de carga do sistema (Ur) é a própria capacidade
de carga média no bulbo de tensões (Ürl,2):
F=3— a0 =0,31MPa
b) Regra semiempírica
N8
(MPa) 5N 5 20
50
com o valor médio de N,pt no bulbo de tensões.
B=1
Bulbo (de –4m a –6m) Ns ptme d = 20
q = 17kPa 0,02 MPa
20
=+ 0,02 = 0,42 MPa
B=2m
Bulbo (de –4m a –8m) -* Ns ptme d 14
aa = + 0,02 = 0,30 MPa
B = 3m
Bulbo (de –4m a –lOm) _4 Ns pt med 13
Ua = + 0,02 = 0,28 MPa
0, c) Gráficos Ca B X
d) Verificação do recalque
Vamos estimar o recalque para a maior sapata (B = 3 m) da fundação
e compará-lo com o recalque admissível:
Pa = 30mm
Iv TENSÃO ADMISSÍVEL
d) Previsão de recalques
Para a tensão admissível de 0,30 MPa, as sapatas maiores sofrerão
um recalque de 25,8 mm. Calculemos agora o recalque das sapatas
menores (B = 1 m) para completar a previsão de recalques. Para isso,
as subcamadas terão espessuras de 1 m cada.
NT= RN
o
5
2 Areia fina a média, argilosa,
marrom (sedimento cenozoico)
Formação Rio Claro
3
4
-6
41 1 Linha de seixos
7
9 Areia fina, argilosa, avermelhada
NA=-10 (solo residual)
11
14
12
is Areia argilosa, variegada
13 (saprolito de arenito)
14 Formação Itaqueri
18
22
25
30
35
45
Silte argiloso
50 H
60 H
-28
a) Regras semiempíricas
N5 t Nspt
cJ a = - + q (MPa) 5 < Nspt < 20 Ua = (MPa) 6 N spt < 18
50 30
ambas com o valor médio de N 5 t no bulbo de tensões.
iv TENSÃO ADMISSÍVEL
q=8.16= 128kPa0,13MPa
Db = 1,5m
9+9+7
N s pt me d =8
8
Üa = - + 0,13 = 0,29 MPa
50
8
e aa=—=0,27MPa
30
Db = 3m
9+9+7+7+9+11 52
N spt me d= = -
6 6
9
Ca = - +0,13=0,31MPa
50
9
e a=—=0,30MPa
30
b) Estacas escavadas
Aoki-Velloso:
ar =
F1
9+9+7
N=
Ür O,5O,408= 1,60MPa
(recomendado pelos autores do método para
F5=4
'.a resistência de base
1,60
ao = 0r
-= = 0,40MPa
4 4
c) Conclusão
Ao reunir os valores de aa obtidos para Db = 1,5 m e Db = 3 m e os
respectivos valores médios, temos:
Regras semiempíricas
N
= + q = 0,29 e 0,31 MPa
50 ua = 0,30 MPa
N
Gra = — Ga = 0,27 e 0, 30 MPa
30 }
Estacas escavadas
Aoki-Velloso — = 0, 60 MPa
ua = 0,50 MPa
Décourt e Quaresma --* = 0,40 MPa
}
Da análise desses valores, adotamos inicialmente a tensão admissí-
vel de era = 0,40 MPa.
Pd=C1.C2.Ü*
P'6Z\
E5 )
até a cota —8m: areia seca com N spt < 7 — = 16kN/m3 (Tab. 2.5)
de —8m a —lOm: areia seca com Nt = 9 - y = 17kN/m3 (Tab. 2.5)
q=8•16=l28kPa
a = 400 — 128 = 272 kPa
rv TENSÃO ADMISSÍVEL
C1=1-0,5=0,76
C2 = 1 + O,2• Iog - C2 = 1,0 (recalque imediato)
/ Tr(3,00)2
B =I 2,70m
y 4
cota —9,35m
(z = 8/2 abaixo da base do tubulão) 8m 0,10 Iz 0,63
a=128+1,35•17151kPa
-10M v 2
Izmáx = 0,5 + o,i
=0,5+0,
1j 0,63
E5 = aKN 5 (MPa)
-13,4 m
16
ii
areia argilosa:
Tab. 3.3 (interpolando) -* a=4
Tab. 3.4 - K = 0,55 MPa
E5 = 2, 2N5 t (MPa)
p=0,76.1,00.0,272.100,65=20,8mm<25mm—* ok!
-8 m
10n
à :ri 0,10 Iz 0,64
3
lente:
B=L=
ir(1,50)2
1,30m
civ =128+0,65•17=139kPa0,14MPa
E = 44,09
pi 0,761,00•0,27.44,09 = 9,O mm
00