Relatorio e Contas - 2020

RELATÓRIO
E CONTAS
2020
“Apesar do contexto adverso, a equipa
do BFA atingiu os principais objectivos
estabelecidos para o período de 2020,
concentrados na melhoria da experiência
bancária para o Cliente, melhor
performance financeira e operacional,
implementado uma Gestão de Risco
bastante criteriosa que se traduz numa
maior robustez do balanço do Banco.”
Rui Jorge Carneiro Mangueira
Presidente do Conselho de Administração
“2020 foi um ano em que todos sentimos

dificuldades pessoais e muitos de nós
perdeu pessoas queridas.
Foi também um ano que nos permitiu
aprofundar o nosso lugar e importância
no contexto nacional.”
Luís Roberto Gonçalves
Presidente da Comissão Executiva
2020
EM REVISTA
Líder de mercado na oferta de Redução de
serviços em Dezembro de 1 343 531
2020, obtendo as seguintes 30 091,59 Em Milhões de Kwanzas em Títulos
(OT e BT)
quotas: Milhões de Kwanzas no Resultado Líquido
O Banco mantém a posição

-25,1% de liderança a nível de Títulos
56% 22% 19% face a 2019
de Dívida Pública
Cartões SPI Visa
Cartões de Débito TPA’s O BFA foi a primeira
18,1% instituição bancária
Return-on-equity
a associar-se ao Governo
Número de Clientes em de Angola, contribuindo
Dezembro de 2020 atingiu Aumento da Carteira de
Activos para
2 775 com o equivalente em
Colaboradores
2 874 900 kwanzas a 5 M.USD para
2 196 080 Milhões de Kwanzas +51 o combate à pandemia.
+6,2%
face a 2019
face a 2019
+31%
face a 2019
Número de Colaboradores
Diminuição da Carteira de que participaram em
384
Crédito para sessões de formação:
438 282,92
ATM’s Activos
Milhões de Kwanzas 2 724
197
Balcões
16 614 -2,8% +5%
TPA’s Activos face a 2019 face a 2019
2 Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2020

ÍNDICE
1. RELATÓRIO Mensagem do Presidente
do Conselho de Administração 8
Mensagem do Presidente
da Comissão Executiva 11
A Nossa Estratégia 14
Como acrescentamos valor 18
Principais Indicadores 20
Evolução do Negócio: 2018-2020 22
Expectativas para 2021 24
Plano de Contingência Covid-19 26
2. ENQUADRAMENTO Economia Internacional

Economia Angolana
30
33
ECONÓMICO Alterações Regulamentares 37
3. O BFA A Nossa História

Governo Societário
44
46
Comissão Executiva e Conselho de Administração 54
Principais Áreas de Negócio 62
Capital Humano 86
Inovação & Tecnologia 91
Sistemas de Pagamento 93
BFA no Digital 98
Comunicação 101
Eventos e Patrocínios 104
Responsabilidade Social 108
4. GESTÃO DE RISCO Gestão de Risco

Modelo de Gestão dos Riscos
114
116
Contexto e Desafios da Função de Gestão do Risco 126
Perfil de Risco 128
Risco de Crédito 129
Riscos de Balanço 138
Risco Operacional 148
Risco de Compliance 150
Risco de Capital 167
5. ANÁLISE Análise Financeira

Proposta de Aplicação de Resultados
172
183
FINANCEIRA
6. DEMONSTRAÇÕES Demonstrações Financeiras

Notas às Demonstrações Financeiras
186
190
FINANCEIRAS E NOTAS
7. ANEXOS Glossário
Contactos BFA
302
306
1
RELATÓRIO
do Conselho de Administração
da Comissão Executiva
A Nossa Estratégia
Como acrescentamos valor
Principais Indicadores
8
11
16
18
20
Evolução do Negócio: 2018-2020 22
Expectativas para 2021 24
Plano de Contingência Covid-19 26
Mensagem do Presidente do Conselho
de Administração
É com enorme satisfação que, em nome do Conselho de

Administração do BFA, apresento aos nossos Clientes, valiosos
Colaboradores, estimados Accionistas e Stakeholders em geral, o
Relatório Gestão do BFA, relativo ao ano de 2020.
Este ano foi amplamente marcado por um contexto atípico,

onde se destacou a presença da pandemia da COVID-19, com
consequências e desafios a nível da saúde pública, paralisação
parcial da actividade económica mundial, testando-se por isso,
a capacidade de resposta dos governos e parceiros sociais, na
luta contra a propagação da mesma e procura incansável dos
mitigantes do risco associado aos impactos na vida económica
e social.
A actividade económica mundial ficou refém do impacto

negativo e inesperado da pandemia que de acordo com
a estimativa do Fundo Monetário Internacional (“FMI”),
registou uma forte recessão, tendo contraído cerca de 3,5%,
verificando-se deste modo a segunda maior queda desde a
Segunda Guerra Mundial e, com o dobro do impacto do declínio
de 1,7% observado em 2008.
O reforço e desenvolvi-
mento do Capital Humano
é um dos pilares fundacio-
nais do novo ciclo da vida
do Banco,...”

Enquadramento Demonstrações
Relatório O BFA Gestão de Risco Análise Financeira Anexos
Económico Financeiras e Notas
Em 2020, a economia angolana completou o quinto ano de as boas práticas internacionalmente aceites a nível do sector
recessão e a moeda nacional, depois da forte desvalorização financeiro.
sofrida em 2019, voltou a depreciar significativamente
juntamente com o mercado de serviços financeiros, quando Por conseguinte, o BFA, apesar das condicionantes que
medido em USD. caracterizaram o ano de 2020, pôde apresentar resultados
demonstrados de 89,848,596,000 Kwanzas, nos quais a
Na verdade, entre Janeiro e Setembro de 2020, a economia margem financeira e o produto da actividade bancária foram
angolana sofreu uma contracção de 5% face ao período superiores aos registados em 2019.
comparativo, registou-se uma quebra de 5,1% na economia
petrolífera e uma contracção de pouco menos de 5% da Não obstante, é importante mencionar o impacto negativo da
economia não petrolífera. descida do rating de Angola nas nossas contas, assim como em
toda situação macroeconómica vigente em Angola.
Do lado da inflação, o ano 2020 foi marcado por uma forte
aceleração tendo a inflação média anual fixado em 22,2%, Do mesmo modo, os riscos da actividade, em particular o
o que corresponde a um aumento de 5,1 p.p. face à média risco de crédito, tenderam, naturalmente, a aumentar, sem, no
registada em 2019 de 17,1%. A variação mensal de preços foi entanto, se verificarem impactos significativos nos resultados do
superior a 1,7% para a totalidade de 2020, tendo atingido o Banco.
valor mais alto em Dezembro de 2,06%.
No plano comercial, o Banco continuou a beneficiar da
Foi neste contexto adverso que toda a equipa do BFA foi capaz confiança dos Clientes e a manter uma posição cimeira nas
de atingir os principais objectivos estabelecidos para o período principais áreas de negócio e de serviços.
de 2020, concentrados na melhoria da experiência bancária
para o Cliente, melhor performance financeira e operacional, Adicionalmente, importa sublinhar que a quota de mercado
implementado uma Gestão de Risco bastante criteriosa que se do Banco em depósitos e outros recursos de Clientes continua
traduz numa maior robustez do balanço do Banco. bastante sólida, mantendo também o seu rácio de solvabilidade
Para o resultado supra mencionado, tivemos o privilégio de e fundos próprios regulamentares acima dos limites
contar com a colaboração de todos os Stakeholders, em estabelecidos.
particular a contínua confiança depositada pelos nossos
Clientes, a entrega total dos nossos Colaboradores e a Por conseguinte, apesar do contexto económico e social
capacidade de liderança e implementação da nossa estratégia que 2020 representou, o BFA solidificou a sua posição de
pela Comissão Executiva. liderança no sistema bancário e financeiro, com 40% da quota
de mercado de contas, o que ilustra mais uma vez o trabalho
O BFA no amplo cumprimento do seu modelo de governação, desempenhado pelos nossos Colaboradores e a dinâmica do
reforçou o Sistema de Controlo, de Gestão de Riscos, Banco sustentada numa estratégia comercial bem orientada
Informação e Comunicação e, de Monitorização, que para para a captação de depósitos e numa gestão eficiente do
além das políticas, regras e da formação, destacamos o relacionamento com o mercado e seus clientes, resultado do
trabalho realizado pelas áreas de Controlo, Auditoria Interna trabalho incansável do Banco em contribuir para o dinamismo e
e Compliance, cujo contributo para a integridade operacional crescimento do sector financeiro em Angola.
tem sido fundamental, de modo manter o Banco em linha com
Relatório 9
Em 2020, no BFA demos continuidade ao processo de Em 2021, pretendemos reforçar o nosso compromisso com
implementação do plano estratégico, dando maior relevância a os nossos Stakeholders, pois estaremos mais próximos e
inovação tecnológica de modo a melhorar o serviço aos nossos focados em dar solução ás necessidades dos nossos Clientes,
Clientes, adequando o nosso plano aos desafios da actualidade. procurando sempre garantir a sua satisfação e melhorar a
qualidade na nossa actividade. Estamos, por isso, concentrados
Os desafios de contexto, da conjuntura económica e do em contribuir para o desenvolvimento da economia nacional.
negócio impuseram um maior rigor na gestão dos custos de
funcionamento, verificando-se uma melhoria significativa em Um marco importante de realce em 2020, que deverá ser
resultado das iniciativas imperativas de racionalização. A notável reforçado em 2021, é o envolvimento assumido com a
evolução subsequente, só reforça a nossa crença na necessidade comunidade através do programa responsabilidade social e
de manutenção desta frente nas prioridades da gestão do Banco. de impacto, como o BFA Solidário, destinado a instituições
angolanas não-governamentais e sem fins lucrativos, que
O reforço e desenvolvimento do Capital Humano é um dos desenvolvam actividades e cujos beneficiários sejam residentes
pilares fundacionais do novo ciclo da vida do Banco, sendo por em Angola.
isso uma enorme alavanca para o sucesso da actividade da
nossa Instituição bancária. Por isso, estamos empenhados no Permitam-me uma palavra especial de agradecimento aos
desenvolvimento dos Colaboradores, através de uma forte aposta familiares dos nossos Colaboradores do BFA, por todos os
no crescimento pessoal e na capacitação profissional. sacrifícios concedidos pela ausência destes ao serviço do
Banco, por uma causa nobre em nome do bem estar dos
No entanto, confrontado com um conjunto ímpar de desafios nossos Clientes, o compromisso com os nossos Accionistas e a
trazidos pela pandemia da COVID-19, o BFA accionou os comunidade que servimos com orgulho.
seus planos de contingência e procedeu à implementação
de medidas, a vários níveis, com o objectivo de assegurar a Finalizo convidando todos à exploração em pormenor do
funcionalidade da organização em condições de segurança para Relatório e Contas 2020, realçando o agradecimento, em nome
os seus Colaboradores e Clientes. do Conselho de Administração, para todos os nossos Clientes,
Colaboradores, Parceiros e Accionistas, que ao longo da história
O nosso objectivo é ser líder na melhor experiência bancária do BFA têm nos proporcionado o privilégio de os servir, sempre
ao Cliente, tendo como missão, ser o Banco nº 1 de todos os numa óptica de procura constante pela excelência, sendo o
Angolanos, das empresas e das famílias, contribuindo para o nosso suporte para a manutenção de uma posição ímpar de
desenvolvimento sustentável do país. destaque, respeito e manutenção da liderança no Mercado
Bancário em Angola.
Assente em valores de Inovação permanente, Proximidade
com o Cliente e Transparência com o mercado, pretendemos
desenvolver soluções, produtos e serviços financeiros que Rui Jorge Carneiro Mangueira
promovam um relacionamento duradouro com os nossos Clientes Presidente do Conselho de Administração
e criem valor para os Accionistas.

Mensagem do Presidente da Comissão

Executiva
Estimados Accionistas,
Enquanto escrevo esta mensagem o mundo enfrenta uma

Pandemia devastadora que enormes desafios nos vem
criando. 2020 foi um ano em que todos sentimos
dificuldades pessoais e muitos de nós perdeu pessoas
queridas. Foi também um ano que nos permitiu aprofundar o
nosso lugar e importância no contexto nacional.
Em 2020, o BFA atingiu os 2 185 040 Clientes nos

segmentos Particulares, Empresários e Negócios. O volume
de depósitos face a 2019 apresentou um crescimento
de 38,8%, totalizando 2 252 203 milhões de Kwanzas,
representando uma quota de mercado de 15,61%.
A nossa carteira de Crédito aumentou 1,7% com um total de

333 373,3 milhões de Kwanzas. Destaco também o aumento
do rácio de cobertura por imparidade para os 234,12%, o
que revela uma elevada cobertura para imparidades.
O volume de depósitos
face a 2019 apresentou
um crescimento de
38,8%, totalizando 2 252
203 milhões de Kwanzas,
representando uma quota
de mercado de 15,61%.”
Relatório 11
O BFA volta a apresentar uma elevada solidez financeira, 1. Criação do Comité de Crise e criação da Comissão de
comprovada por um rácio de solvabilidade regulamentar Prevenção da Epidemia.
de 56,4% bem superior ao mínimo regulamentar.
2. Um plano de aquisição de equipamentos de protecção e
Mantivemos a aposta na dinamização de serviços biossegurança e reforço de limpeza e desinfecção, controlo
complementares e alternativos aos Balcões, no qual de acesso aos edifícios centrais e rede balcões. Para se
destaco i) aumento da taxa de penetração de cartões de débito garantir condições de trabalho remoto aos colaboradores,
Multicaixa para o valor de 57,3%, o que permitiu a procedeu-se também à aquisição, instalação e distribuição
manutenção da liderança em termos de quota de mercado com de computadores portáteis, para que o trabalho dos
22%; ii) O reforço do número de TPAs activos em cerca de mesmos pudesse ser feito remotamente.
+ 7,8%, tendo alcançado uma quota de mercado em TPA’s
activos de 19%; 3. O Banco reforçou a comunicação interna e externa através
dos diferentes meios e canais.
Considerando o contexto económico e social de 2020 o
4. Ao nível dos processos, os Serviços Centrais foram
desempenho do BFA foi marcadamente positivo, o nosso
organizados de modo a realizar o trabalho por turnos não
resultado líquido do exercício em 2020 cifrou-se em
sobrepostos, identificando os processos e intervenientes
89 848,6 milhões de Kwanzas, representando uma redução
críticos, dando prioridade a equipamentos de teletrabalho
de 25,1% face a 2019.
para os elementos chave dos processos críticos.
A redução do resultado líquido impactou na redução dos

principais indicadores de rendibilidade nomeadamente na A realidade vivida em 2020 teve um forte impacto na
redução da rendibilidade dos fundos próprios (ROE) de actividade bancária, tendo as equipas de se adaptar ao novo
-11,84 p.p. face ao período transacto, totalizando 18,1% normal imposto pela pandemia da COVID-19, passando a
e na redução da rendibilidade do activo total (ROA) de -2,57 p.p. realizar reuniões entre si e com os Clientes em formato
face ao período transacto, totalizando 3,6%. digital e na maior parte das vezes em chamadas telefónicas.
Demos continuidade ao programa de redução de custos o que Em 2020 o BFA tornou-se o primeiro Operador Preferencial
permitiu alcançar uma melhoria no rácio de Cost-to-income de Títulos do Tesouro (OPTT), reforçando a estratégia
de -3,24 p.p, finalizando o ano com um valor de 33,5%. de Liderança na Dinamização do Mercado de Capitais em
Angola. Do total de negócios realizados em 2020 na BODIVA,
A pandemia impôs a necessidade de implementação de um o BFA tem uma quota de participação de 51.1%, reflectindo
plano de contingência para salvaguardar os nossos Clientes e a capacidade que o Banco tem de oferecer aos seus Clientes
os nossos Colaboradores garantido dessa forma a continuidade o acesso ao mercado de capitais, bem como a importância
da nossa actividade com a melhor qualidade possível. Para atribuída à dinamização do mercado de capitais Angolano.
lidar com a pandemia implementamos um conjunto de medidas O número de negócios seguiu a tendência evolutiva e houve
das quais destaco: um aumento de negócios realizados face a 2019 (34,5%).

Analisando o montante total negociado em 2020 nos Em 2020 continuamos a nossa forte aposta no reforço
mercados da BODIVA, verifica-se que o BFA, obteve uma tecnológico do Banco, destaco algumas das melhorias
quota anual de 27,4%, tendo mantido a sua posição de alcançadas: i) Migração do Core Bancário com entrada em
liderança não apenas em relação ao número de negócios, produtivo da versão 3G; ii) o reforço de Sistemas de Suporte
mas também em relação ao montante negociado. SWIFT; iii) o aumento da capacidade analítica
(reestruturação e implementação de novos datamarts,
Ao longo de 2020, o número de contas abertas junto da aumentando a sua capacidade, de forma a dar resposta às
CEVAMA (Central de Valores Mobiliários da BODIVA) pelo necessidades de reporte oficial e divulgação de informação
BFA, sofreu um acréscimo bastante significativo, tendo para suporte à tomada de decisão).
aumentado de 6 886 contas em 2019 para 15 074 no ano
em análise, o que evidencia o crescente dinamismo do Iniciámos também a revisão do plano estratégico
mercado de capitais angolano. 2018-2022. Para o Banco é fundamental optimizar as
funções comerciais, assegurar o crescimento, fidelização
Este desempenho reflectiu-se na distinção na Gala BODIVA e rentabilização dos clientes particulares e empresas.
com os prémios de Banco com o maior número de contas sob
custódia e maior montante negociado no mercado da dívida Em 2021, o Banco irá alinhar as suas iniciativas ao nível
pública e ainda recebeu uma menção honrosa por ter sido o das principais áreas de negócio com o seu plano estratégico,
primeiro Operador Preferencial de Títulos do Tesouro. mantendo como principal foco os nossos Clientes e reforço
de competências dos nossos Colaboradores.
Em 2020 o BFA continuou a promover junto dos seus
clientes produtos alternativos aos tradicionais depósitos, Faço um forte agradecimento a todos os nossos
traduzindo-se numa oferta de 5 fundos sob gestão, (mais 3 Colaboradores e membros dos órgãos sociais do BFA que com
fundos face a 2019) com um total de activos sob gestão de o seu contributo e empenho permitiram-nos alcançar um bom
68 460 milhões de Kwanzas. Esta estratégia permitiu à BFA desempenho, num ano de extraordinários desafios. Aos meus
Gestão de Activos liderar o mercado dos OIC Mobiliários, Colegas da Comissão Executiva, um especial agradecimento
quer em número de fundos sob gestão quer em número de pela compreensão, resiliência e dedicação, que nos permitiu
activos sob gestão, com quotas de mercado de 38,46% e lidar com os vários desafios no melhor das nossas
60,01%, respectivamente. capacidades.
No final de 2020, o Banco contava com 2 775 Por fim, mas não menos importante, quero manifestar o nosso
Colaboradores, um aumento de 1,9% face ao período profundo agradecimento a todos os nossos Clientes que ao
transacto, registando-se um aumento de 51 novos longo destes anos acreditam no BFA e nos tornam o Banco
Colaboradores. De forma a potencializar os quadros de todos os angolanos.
existentes, o BFA tem vindo a apostar e a suprir as suas
necessidades de novos Colaboradores através da rotatividade
interna, mobilidade e promoções. Em 2020 foram Luís Roberto Gonçalves
abrangidos por estes processos cerca 131 colaboradores. Presidente da Comissão Executiva
Adicionalmente, foram alvo de acções de formação 2 724
Colaboradores, uma aposta que tem vindo a ser executada na
capacitação dos quadros do BFA.
Relatório 13
A nossa Estratégia
VISÃO, VALORES, MISSÃO E COMPROMISSOS
Visão
Ser o Banco nº 1 de todos os angolanos
e contribuir para o desenvolvimento
sustentável do país.
Valores
Inovação Proximidade Transparência
permanente com o Cliente com o mercado
Missão
Desenvolver soluções, produtos e serviços financeiros que
promovam um relacionamento duradouro com os seus
Clientes e criem valor para os Accionistas.
Compromissos
Clientes Angola
Garantir satisfação e qualidade Contribuir para o desenvolvimento
nos nossos serviços da economia nacional
Colaboradores Accionistas
Apostar no crescimento Criação de valor
pessoal e profissional

ESTRATÉGIA
Os desafios e as prioridades estratégicas do Banco mantiveram como principais focos a capacitação dos seus Colaboradores,
o controlo sustentado dos riscos e a permanente atenção na satisfação das necessidades dos Clientes.
Criar diferenciação através de um maior envolvimento com o Cliente, num contexto de

OBJECTIVO constantes e rápidas mudanças do mercado.
COMPROMISSO COM O CLIENTE
Melhorar o Fomentar os Simplificar processos.

atendimento. canais digitais. Diversificar produtos.
PRIORIDADES ESTRATÉGICAS
1 2 3 4 5
Desenvolver Aumentar a
Aprofundar o Manter a
competências carteira de
modelo de Apostar na banca qualidade da
analíticas para Recursos,
relacionamento digital. carteira de
uma melhor nomeadamente em
com os Clientes. crédito.
compreensão dos Moeda Nacional.
Clientes.
FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO
Rapidez no processo Excelência Cultura BFA - excelência

de decisão. operacional. e foco no Cliente.
Relatório 15
Plano Estratégico 2018-22 i. Modelo de Serviço e Oferta – Adequação do modelo de
serviço e da estrutura de oferta (70 iniciativas, 37%
A actividade em 2020 foi fortemente condicionada pelos implementadas);
efeitos da pandemia provocada pelo novo coronavírus,
COVID-19. Confrontado com um conjunto impar de desafios, ii. Sistemática comercial – Optimizar as funções comerciais
o Banco accionou os seus planos de contingência e procedeu do Banco, assegurando o crescimento, fidelização e
à implementação de medidas, a vários níveis, com o objectivo rentabilização dos Clientes particulares e empresariais
de assegurar a funcionalidade da organização em condições (15 iniciativas, 60% implementadas);
de segurança para os seus Colaboradores e Clientes.
iii. Cultura & RH – Transformação da organização e cultura
Neste contexto, foi iniciada a revisão da implementação do Banco tornando-a mais centrada no Cliente e em
do plano estratégico 2018-22, em curso desde 2018. resultados (20 iniciativas, 40% implementadas);
Este plano, iniciado com o objectivo de alterar o modelo
de negócio do Banco para assegurar a sustentabilidade iv. Produtos Financeiros – Captação de linhas de
dos resultados, assenta originalmente em cinco blocos financiamento Internacional, desenvolvimento
fundamentais: de produtos financeiros (26 iniciativas, 19%
implementadas);
(i) optimizar as funções comerciais do Banco, assegurando
o crescimento, fidelização e rentabilização dos Clientes v. Canais de Distribuição – Desenvolvimento de canais
particulares e empresariais, alternativos do relacionamento dos Clientes com o Banco
(13 iniciativas, 15% implementadas);
(ii) inovação na oferta, quer dentro do core bancário, quer
através da expansão para novas linhas de produto como vi. Academia BFA – Formar e promover o desenvolvimento
os seguros, diversificando as fontes de receitas e de competências dos Colaboradores BFA (22 iniciativas,
reduzindo exposição aos títulos de dívida, 68% implementadas);
(iii) digitalização do BFA, quer nos processos internos quer vii. Racionalização de Custos – Trata-se duma frente de
na relação com os Clientes, trabalho focada na optimização dos recursos do Banco e
na racionalização dos custos de todas as actividades (15
(iv) transformação da organização e cultura do Banco iniciativas, 13% implementadas);
tornando-a mais centrada no Cliente e em resultados e,
viii. Private Banking – Dentro do programa de segmentação
(v) promoção oportunista do crescimento inorgânico a nível definido em 2018, o Banco desenvolveu esforços para
nacional (face à consolidação provável) e internacional. abertura em 2019 do primeiro centro Private BFA que
acomoda os principais Clientes particulares do Banco (4
Durante os 2 anos de implementação (2018 e 2019), a iniciativas, 75% implementadas);
estrutura do programa foi evoluindo, individualizando e
especializando os temas incluídos nos 5 blocos iniciais, ix. Propriv – No âmbito do programa de privatizações
complementados com um conjunto de iniciativas para desenvolvido pelo Governo Angolano, o BFA posiciona-se
promover a (vi) racionalização da estrutura de custos do como parceiro do estado neste programa (processo de
Banco, tema particularmente crítico num contexto de definição de iniciativas em curso).
depreciação acelerada da moeda nacional, onde a estrutura
de custos tem forte dependência da cotação da moeda x. Projecto de Transformação Digital – Especialização
estrangeira. do modelo de serviço enquanto Banco universal, para
assegurar a sustentabilidade financeira. (prioridade à
No final do primeiro trimestre de 2020 a estrutura e evolução e adaptação da plataforma tecnológica).
respectivo grau de implementação do plano era a seguinte:

Como resposta ao contexto de pandemia, no âmbito do Prevê-se que este processo seja concluído no primeiro
processo de revisão do plano estratégico foi decidido manter quadrimestre de 2021, com a reformulação da estrutura do
em curso, exclusivamente o conjunto de iniciativas prioritárias programa estratégico e revisão do plano de implementação
e criticas para assegurar a evolução do modelo de negócio, tendo em conta a capacidade de implementação e às
garantindo a sustentabilidade e competitividade a médio e prioridades para 2012/22.
longo prazo.
O projecto de transformação digital assumiu-se como a Processo de transformação – Adaptação da

principal prioridade do Banco, tendo sido completada a estrutura orgânica
primeira fase de reestruturação da plataforma tecnológica
com a migração do core bancário para uma nova versão, Uma vez concretizada a migração do Core Bancário
criando as condições necessárias para a revisão das jornadas para a nova versão “3G”, o Banco caminhou no sentido
digitais e melhoria da eficiência dos processos internos do da integração entre a Direcção de Transformação e a
Banco. Esta concretização, no último trimestre de 2020, Direcção de Transformação Digital. Tendo esta separação
e em condições particularmente sensíveis, em virtude dos sido útil para que a digitalização do Banco ganhasse um
efeitos colaterais da pandemia, como a separação física das maior protagonismo, e para assegurar o foco das equipas
equipas e as dificuldades de mobilidade, seria um importante necessário à concretização de um processo tão crítico
marco do ano 2020, e uma afirmação da capacidade de como a migração do core bancário, deveria agora ser
concretização da equipa do BFA. progressivamente revertida, porquanto a sua fronteira
era cada vez mais ténue e a margem para sinergias
Foram constituídas 3 equipas multidisciplinares, com o mais evidente. Adicionalmente, o Banco identificou a
objectivo de rever e optimizar os processos internos de necessidade de ter uma visão central e integrada sobre a
negócio mais críticos na relação directa com o Cliente evolução de todos os projectos como um factor crítico, que
ou com forte impacto no negócio. Pretende-se que estas recomendava à integração destas Direcções, bem como à
equipas utilizem metodologias ágeis e possam contribuir para absorção das estruturas de gestão de projectos dispersas
melhorar significativamente a capacidade para fazer evoluir a por outras Direcções do Banco.
eficiência dos processos internos.
Em face disso, no final de 2020 são extintas as Direcções
As equipas terão um reporte funcional único à Direcção de de Transformação e de Transformação Digital, dando origem
Gestão de Projectos e cada uma terá um âmbito especifico à Direcção de Gestão de Projectos e Iniciativas Estratégicas
de intervenção, nomeadamente (i) Processo de Crédito (DGPIE) cuja missão integra três vectores de actuação:
Pessoal, (ii) Processo KYC / KYT / KYCC, e (iii) Processo de
contratação e pagamento a fornecedores. O primeiro ciclo • A gestão das Jornadas Digitais, dando sequência ao
de trabalho terá a duração de 1 semestre e no final será caminho da digitalização do Banco;
realizada uma avaliação e decidida a manutenção, realocação
a outro âmbito ou desmobilização de cada uma das equipas, • A gestão das Iniciativas Prioritárias que sejam
tendo em conta as prioridades do Banco nesse momento. identificadas pelo órgão de gestão do Banco;
Paralelamente iniciou-se no final do ano, um processo • O reporting executivo sobre a evolução de todos os
de revisão e ajustamento dos pressupostos e iniciativas projectos em curso no BFA, numa óptica de PMO.
consideradas no Plano Estratégico 2018-22, tendo em conta
a evolução do contexto macroeconómico e concorrencial, e Esta Direcção viria a ser aprovada para iniciar a sua
a experiência acumulada na implementação do plano nos actividade em Janeiro de 2021.
últimos dois anos.
Relatório 17
Enquadramento
Demonstrações
Relatório
Relatório O BFA
O BFA Gestão de
Gestão de Risco
Risco Análise Financeira
Análise Financeira Anexos
Anexos
Económico
Económico Financeiras ee Notas
Financeiras Notas
Como acrescentamos valor
A proposta de criação de valor Como principal missão da sua estratégia de negócio, o

do BFA é suportada nos valores BFA pretende ser reconhecido como o melhor banco
e compromissos com os quais em quatro âmbitos de relevo, para cada um dos quais
definiu os respectivos pontos-chave de actuação.
o Banco se empenhou na sua
origem. MELHOR BANCO PARA TRABALHAR
MELHOR BANCO PARA OS NOSSOS CLIENTES
Oferta de produtos e serviços simples, acessíveis e ajustados às Diversidade de géneros e igualdade de oportunidades nas
necessidades de cada cliente; carreiras profissionais;
Utilização de linguagem clara e concisa, na oferta de produtos e Gestão de talentos através de capacitação, especialização e
serviços e no esclarecimento de dúvidas e resolução de proble- acolhimento;
mas; Constituição da plataforma electrónica de formação (e-Learning)
Inovação dos meios de pagamento e canais digitais, garantindo e outras formações internas;
segurança e conforto aos clientes; Preocupação no acolhimento dos estagiários através de duas
Cumprimento das promessas e responsabilidades tomadas com os sessões de formação com foco sobre a história do BFA, os
clientes; produtos, serviços e principais características e as normas e
procedimentos de adesão e utilização dos produtos oferecidos;
Rentabilização e segurança das poupanças das famílias;
Criação de programa de integração de jovens recém-licenciados
Criação do programa “Cliente Mistério” com o intuito de identificar
que inclui a componente técnica inerente à entrada no mercado
áreas de melhoria com impacto no nível de serviço das agências.
de trabalho com componentes comportamentais, suportadas por
um programa de mentoring;
-- Aposta em formações sobre os principais temas em foco como
Compliance e PBC/CFT.
MELHOR BANCO PARA A COMUNIDADE MELHOR BANCO PARA OS ACCIONISTAS
Desenvolvimento de parcerias com universidades através da Gestão idónea e controlo dos riscos para garantir a sustentabilida-
distinção e premiação dos melhores aluno; de do negócio;
Promoção de eventos regionais através de patrocínios; Segurança de um balanço sólido;
Participação em campanhas solidárias; Aumento contínuo do valor económico do Banco.
Criação e gestão de um fundo social;
Redução da pegada ambiental através do aumento da digitaliza-
ção dos processos e eficiência energética dos balcões.
18
2019
2018 15
RelatórioRelatório 19
15
BFA | RELATÓRIO E CONTAS 2020
Dez 2018 Dez 2019 Dez 2020 Var % 18-19 Var % 19-20
KZ
Activo Total 1 703 727,8 2 195 058,0 2 874 899,7 28,8% 31,0%
Crédito sobre Clientes 1 295 842,5 327 936,7 333 373,3 10,8% 1,7%
Depósitos de Clientes 1 232 128,2 1 622 897,6 2 252 202,7 31,7% 38,8%
Capitais Próprios e Equiparados 378 500,9 462 205,9 497 977,3 22,1% 7,7%
Produto Bancário 280 168,9 209 869,2 274 224,3 (25,1)% 30,7%
Margem Financeira 117 732,9 153 475,7 186 703,4 30,4% 21,7%
Margem Complementar 162 435,9 56 393,5 87 520,9 (65,3)% 55,2%
Custos de Estrutura 2
58 197,2 77 075,3 91 764,1 32,4% 19,1%
Resultado de Exploração 225 707,2 138 371,2 187 982,3 (38,7)% 35,9%
Resultado Líquido 174 258,7 119 940,2 89 848,6 (31,2)% (25,1)%
Resultado acumulado atribuível aos Accionistas5 174 258,7 135 192,9 89 848,6 (22,4)% (33,5)%
Rendibilidade do Activo Total [ROA] 10,0% 6,2% 3,6% (3,2) p.p. (2,57) p.p
Rendibilidade dos Fundos Próprios [ROE] 57,4% 30,0% 18,1% (25,0) p.p. (11,84) p.p
Cost-to-income 19,8% 36,7% 33,5% (15,7) p.p. (3,24) p.p
Activo Total / Colaborador 637,1 805,8 1036,0 26,5% 28,56%
Rácio de Transformação 25,6% 22,1% 17,20% (3,5) p.p. (4,9) p.p
Rácio Solvabilidade Regulamentar 53,8% 58,50% 56,40% 4,7 p.p (3,6) p.p
Crédito Clientes Vencido / Total Crédito Clientes 3,6% 6,4% 6,0% 2,8 p.p (0,4) p.p
Cobertura do Crédito Vencido por Imparidade3 179,2% 138,0% 234,1% (42,3) p.p. 96,2 p.p
Cobertura do Crédito por Imparidade 3

5,1% 3 6,9% 12,4% 0,9 p.p. 102,7 p.p
Número de Balcões 4 192 197 197 2,60% 0,0%
Número de Colaboradores 2 674 2 724 2 775 1,87% 1,9%
Taxa Penetração BFA Net 26,20% 24,9% 9,00% (4,96)% (63,9)%
Taxa Penetração Cartões de Débito 58,90% 53,9% 57,30% (8,49)% 6,31%
1) Crédito líquido de imparidades

2) Inclui custos com pessoal, fornecimento e serviços de terceiros, outros custos de exploração, depreciações e amortizações
3) O método de cálculo de Imparidades foi alterado em 2018, em conformidade com as regras IFRS 9
4) Agências + CE’s + CI’s + PAB’s
5) Em 2019 inclui 15.252 Milhões de kwanzas reconhecidos em Resultados Transitados

Dez 2018 Dez 2019 Dez 2020 Var % 18-19 Var % 19-20
USD
Activo Total 5 520,7 4 551,9 4 425,6 (17,55)% (2,77)%
Crédito sobre Clientes 1 958,6 680,0 513,2 (29,06)% (24,54)%
Depósitos de Clientes 3 992,5 3 365,4 3 467,0 (15,71)% 3,02%
Capitais Próprios e Equiparados 1 226,5 958,5 766,6 (21,85)% (20,02)%
Produto Bancário 1 128,8 565,2 471,0 (49,93)% (16,67)%
Margem Financeira 457,7 418,4 320,9 (8,59)% (23,29)%
Margem Complementar 671,1 146,8 150,0 (78,12)% 2,16%
Custos de Estrutura 2
224 204,6 158,5 (8,68)% (22,52)%
Resultado de Exploração 919,1 375,8 322,0 (59,12)% (14,31)%
Resultado Líquido 710,2 313,5 165,1 (55,86)% (47,34)%
Resultado acumulado atribuível aos Accionistas 4 710,2 345,1 165,1 (51,41)% (52,17)%
Rendibilidade do Activo Total [ROA] 10,00% 6,2% 3,61% (3,2) p.p. (2,57) p.p
Rendibilidade dos Fundos Próprios [ROE] 57,40% 30,0% 18,1% (25,0) p.p. (11,84) p.p
Cost-to-income 19,80% 36,7% 33,5% (15,7) p.p. (3,27) p.p
Activo Total / Colaborador 2,1 1,7 1,6 (20,43)% 28,56%
Rácio de Transformação 25,60% 22,1% 17,2% (3,5) p.p. (4,93) p.p
Rácio Solvabilidade Regulamentar 53,80% 58,5% 56,4% 4,7 p.p -2,1pp
Crédito Clientes Vencido / Total Crédito Clientes 3,6% 6,4% 6,0% 2,8 p.p (0,4) p.p
Cobertura do Crédito Vencido por Imparidade 3 179,2% 3 138,0% 234,1% (42,3) p.p. 96,2 p.p
Cobertura do Crédito por Imparidade 3

5,1% 3 6,9% 12,4% 0,9 p.p. 102,7 p.p
Número de Balcões 4 192 197 197 2,60% 0,0%
Número de Colaboradores 2 674 2 724 2 775 1,87% 1,9%
Taxa Penetração BFA Net 26,20% 24,90% 9,00% (4,96)% (63,9)%
Taxa Penetração Cartões de Débito 58,90% 53,90% 57,30% (8,49)% 6,31%
1) Crédito líquido de imparidades

2) Inclui custos com pessoal, fornecimento e serviços de terceiros, outros custos de exploração, depreciações e amortizações
3) Agências + CE’s + CI’s + PAB’s
4) Em 2019 inclui 31,6 Mio de USD reconhecidos em Resultados Transitados
Relatório 21
Evolução do Negócio:
2018-2020
Clientes Activo Total (mKZ)

O BFA manteve a tendência de crescimento do número Em 2020 o BFA registou um crescimento do Activo Total de
de Clientes, aumentando 6,2% face 2019, e atingindo 31%, reflectindo o crescimento da actividade.
os 2 196 080 Clientes.
2020 2 874 900
2 196 080
2 067 844
1 896 159 2019 2 195 058
2018 1 703 728
Depósitos Totais (mKZ)

A captação de recursos apresentou um crescimento
2018 2019 2020 no volume de depósitos face a 2019, evidenciando a
confiança do mercado no Banco. Foi registado um total
de 2 252 203 milhões de kwanzas.
Balcões
O BFA manteve o número de balcões, com um volume 2020 2 252 203
de 197 composto por Agências, Centros de Empresas,
Centros de Investimento, Private Banking e Postos de
2019 1 622 897
Atendimento.
2020 197 2018 1 232 128
2019 197
Fundos Próprios Regulamentares (mKZ)
2018 192 Em 2020, os Fundos Próprios Regulamentares do BFA
mostraram uma tendência crescente, com um aumento de
11,3%, consolidando a posição e segurança do Banco no
suporte financeiro às necessidades dos seus Clientes.
Colaboradores
Em 2020, o BFA aumentou novamente o número de 2020 461,774
Colaboradores, atingindo o número 2 778, que se traduz
num crescimento de 2% em relação ao ano de 2019.
2019 414 929
2 775
2 724
2 674 2016 173 488
Rácio de Solvabilidade Regulamentar
O BFA apresentou elevada solidez financeira, comprovada por
um rácio de solvabilidade regulamentar superior ao mínimo
exigido (10%).
58,3% 58,5%
2018 2019 2020 56,4%
2018 2019 2020
Rácio Solvabilidade Regulamentar

Actividade com Clientes (mKZ) Return-on-equity

O Rácio de Transformação apresentou uma redução face Em 2020, o valor de return-on-equity registou uma diminuição
ao ano transacto, apresentando-se nos 17,2%. Esta descida de 11,84 p.p face ao período transacto.
é explicada pelo maior crescimento relativo nos depósitos face
ao crédito concedido.
57,4%
2020 17,2% 2 252 203
30,0%
387 818
18,1%
2019 22,1% 1 622 897,6 2018 2019 2020
359 170 Return-on-equity
2018 25,6% 1 232 128,2

Serviços
315 538
Em 2020, a taxa de penetração de Cartões de Débito
Recursos Clientes Crédito Clientes Rácio Transformação
aumentou para o valor de 57,3% e a taxa de penetração
do BFA Net diminuiu para o valor de 9%.
Qualidade do Crédito
58,9% 57,3%
Em 2020, foi registada uma diminuição de 0,4 p.p. do Rácio
55,3%
de Crédito Vencido e um aumento do rácio de Cobertura por
imparidade, fixando-se nos 234,12%.
25,9% 24,9%
179,2%
9,0%
138,0%
2018 2019 2020
Penetração Cartões Débito Penetração BFA Net
6,4% 6,0% Nota 1 : A partir de Janeiro de 2017, a EMIS passou a classificar como cartões activos,
3,6%
todos os cartões que tivessem pelo menos uma utilização nos ultimos 6 meses, quando
até dezembro de 2016 considerava somente o ultimo mês.
2018 2019 2020
Rácio Cobertura por Imparidade Crédito Vencido (% Crédito Total)

ATM e TPA
Nota: O método de cálculo de Imparidades foi alterado em 2018, em conformidade
com as regras IFRS 9. Em 2020, o número de TPA’s activos aumentou cerca
de 7,5% e o número de ATM’s activos sofreu uma ligeira
redução de 1,8%.
Resultado Líquido (mKZ)
Em 2020 o resultado líquido do BFA sofreu uma redução 16 614
15 450
de 25,1% face a 2019, registando no final do ano o valor
de 89 848,6 milhões de kwanzas. 13 727
2020 89 849
393 391 384
2019 119 940 2016 2017 2018
TPA’s Activos ATM’s Activos
2018 174 259
Relatório 23
Expectativas para 2021
Em 2020 a envolvente económica e social foi fortemente Principais Áreas de Negócio

condicionada pelos efeitos da pandemia provocada pelo
coronavírus. Como resultado, a perspectiva para 2021 torna Em 2021, o Banco irá procurar alinhar as suas medidas
ainda mais relevante um cuidadoso planeamento, assim como ao nível das principais áreas de negócio com o seu plano
a continuidade do esforço de preparação e robustecimento estratégico, assumindo como principal foco os seus Clientes.
do Banco, de modo a desenvolver soluções de negócio que Das diversas medidas a implementar que visam a criação de
sejam mais adequadas ao plano estratégico do BFA. produtos que vão ao encontro das efectivas é de realçar:
Plano Estratégico +BFA Centros de Investimento: continuidade nos processos de

expansão das carteiras de depósitos e crédito, apostando
No contexto macroeconómico actual, foi iniciada a revisão da na oferta de serviços e produtos de prestígio, e através do
implementação do plano estratégico 2018-22. Para o Banco desenvolvimento de uma relação mais próxima com o Cliente.
é fundamental optimizar as funções comerciais, assegurando Foco na transferência do produto OTs de outros Bancos para
o crescimento, fidelização e rentabilização dos Clientes o BFA;
particulares e empresariais, inovando também na oferta, tanto
a nível core do Banco, quer através da expansão para novas Private Banking: continuidade da formação contínua dos
linhas de produto, através da digitalização do BFA, tanto nos Colaboradores desta Direcção, com a intenção de melhor
processos internos como na relação com os Clientes. aconselhamento à gestão do património dos nossos Clientes,
para garantir o melhor acompanhamento e resposta às suas
Em 2021 o Banco dará continuidade à implementação do necessidades.
seu plano estratégico, assumindo como especial foco as
iniciativas direccionadas para: Oil & Gas e Institucional: o BFA irá manter o compromisso
e aposta na formação das equipas, inclusivamente
• Optimização das funções comerciais do Banco; com ferramentas digitais, para garantir que mesmo em
atendimento híbrido (presencial e remoto), o Cliente sinta que
• Inovação da oferta; está no centro da prioridade do Banco.
• Digitalização do Banco; Agro-Negócio: continuidade da dinamização do segmento

através da realização de estudos, identificação de parcerias
• Transformação da organização e cultura; e desenvolvimento de acções de fidelização e captação de
novos Clientes deste segmento.
• Promoção do crescimento inorgânico a nível nacional e
internacional. Gestão de Activos: o BFA continuará a apostar neste
segmento de negócio, através da Consolidação do
Investimento Estrangeiro, da materialização do Programa
de Privatizações e da Consolidação do Mercado de Títulos
Corporativos.

Inovação, Tecnologia e Digitalização Como tal, o Banco irá proceder à implementação dos
processos de ICAAP e ILAAP (processo de auto-avaliação
Face à emergente necessidade de digitalização, em função e adequação do capital interno e processo de avaliação da
dos colaterais da pandemia, em 2021 irá dar-se continuidade adequação da liquidez interna, respectivamente) ao abrigo
ao Projecto de Transformação Digital, que se assumiu como do processo de equivalência do supervisor ao SREP (pilar II
a principal prioridade do Banco. Em 2021 irá ter início o de Baleia II). Não obstante, ao longo dos últimos anos, têm
desempenho de funções da Direcção de Gestão de Projectos sido realizados investimentos pelo BFA neste âmbito pelo
e Iniciativas Estratégicas (DGPIE) cuja missão integra três que, apesar de carecer de implementação integral, o Banco
vectores de actuação: apresenta a metodologia e as ferramentas necessárias para a
realização destes processos.
• A gestão das Jornadas Digitais, dando sequência ao
caminho da digitalização do Banco;
• A gestão das Iniciativas Prioritárias que sejam identificadas

pelo órgão de gestão do Banco;
• O reporting executivo sobre a evolução de todos os projectos

em curso no BFA, numa óptica de PMO.
Capital Humano
A Direcção de Capital Humano vai dar continuidade

ao aprofundamento da sua missão de ser um parceiro
das restantes áreas do Banco, mantendo um contributo
positivo para o crescimento do negócio. O foco será manter
os Colaboradores centrados no Cliente, promovendo a
sustentabilidade dos bons resultados, levando o digital aos
Colaboradores do BFA em prol de um mundo inteligente e
totalmente conectado.
Gestão de Riscos
Em 2021, o Banco Nacional de Angola prevê a obtenção

de equivalência de regulamentação e de supervisão junto
da Comissão Europeia, com o objectivo de reforçar a
regulamentação do sector bancário e assegurar um sistema
financeiro mais sólido e seguro.
Relatório 25
Plano de Contingência Covid-19
Em 2020, devido à situação pandémica global, foi necessário adoptar medidas para prevenir os impactos do coronavírus
(COVID-19). Assim, o BFA levou a cabo a implementação de um plano de contingência, dividido em 5 dimensões principais:
Governo, Logística, Comunicação, Sistemas e Processos.
Relativamente à primeira dimensão, foi definido e implementado um modelo de Governo para fazer face à pandemia, com
destaque para a criação do Comité de Crise, que assumiu o papel de coordenação das acções. Adicionalmente, foi criada uma
Comissão de Prevenção da Epidemia, onde foram identificados os first responders, os pontos de contacto entre a Comissão
de Controlo de Epidemias e os Colaboradores do Banco. Para garantir o bem-estar dos seus Colaboradores, a DCH procedeu à
identificação de indivíduos em risco e garantiu a gestão dos Colaboradores em quarentena.
Na vertente de Logística, o plano incluiu aquisição de equipamentos de protecção e bio-segurança, como álcool e álcool gel,
máscaras, luvas e kits de apoio a suspeitos de infecção que foram distribuídos pelos Edifícios Centrais e Balcões. O Banco
reforçou também o esforço de limpeza e desinfecção e restringiu o acesso aos edifícios centrais, controlando igualmente
o acesso aos balcões. Para garantir condições de trabalho remoto aos Colaboradores, procedeu-se também à aquisição,
instalação e distribuição de computadores portáteis, para que o trabalho dos mesmos pudesse ser feito remotamente.
O Banco reforçou a comunicação interna através dos canais Intranet e mailings, onde recorrentemente providenciou aos
seus Colaboradores informações sobre a pandemia e recomendações. Foram utilizados também cartazes para divulgar regras
sociais, de higiene e restrições de acesso. Paralelamente, houve um reforço da comunicação externa, informando os Clientes
acerca do novo funcionamento dos balcões e recomendação da utilização dos canais remotos, recorrendo às redes sociais e
cartazes nos balcões. Em termos de comunicação institucional, o Banco procedeu à comunicação das medidas implementadas
e balcões encerrados ao BNA, estando em permanente articulação com a ABANC.
Relativamente à área dos Sistemas, procedeu-se à reorganização das equipas, tendo estas começado a trabalhar por turnos
com o objectivo de minimizar o risco de rotura da operação Adicionalmente, procedeu-se à revisão de prioridades para reforçar
a monitorização, minimizar os impactos da mudança, focando na Segurança e Resiliência dos trabalhadores, apoiando sempre
a mobilidade. O Banco preparou também soluções para teletrabalho e um plano de contingência que visasse a preparação e
distribuição de equipamentos portáteis aos Colaboradores, bem como informação sobre boas práticas de segurança e reuniões
virtuais, agilizando os processos de modo a identificar indivíduos em risco para emissão de credenciais.
Finalmente, ao nível dos Processos, os Serviços Centrais foram organizados de modo a realizar o trabalho por turnos não
sobrepostos, identificando os processos e intervenientes críticos, dando prioridade a equipamentos de teletrabalho para os
elementos chave dos processos críticos. Nos Balcões, os Centros de Empresa, Centros de Investimento e Private Banking
asseguraram o seu funcionamento exclusivamente por agendamento. Nas agências DPN o agendamento foi complementado
com atendimento por ordem de chegada, mas realizado à porta fechada e com rigoroso controlo do número de elementos no
interior do balcão.

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Relatório 27
2
ENQUADRAMENTO
ECONÓMICO
Economia Internacional
Economia Angolana
Alterações Regulamentares
30
33
37
Economia Internacional
De acordo com a estimativa do Fundo Monetário De igual modo, as economias emergentes terão registado uma
Internacional (“FMI”), a economia mundial registou uma contracção de 2,4% em 2020, comparado ao crescimento de
forte recessão em 2020, tendo contraído cerca de 3,5%, 3,6% registado no ano anterior. A China foi a única economia,
a 2ª queda desde a 2ª guerra mundial, e com o dobro do das emergentes, que terá registado um crescimento homólogo
impacto do declínio de 1,7% em 2008. A forte quebra da da sua actividade em 2020 (+2,3%), devido à reabertura
economia mundial global deveu-se ao eclodir da pandemia antecipada no início de Abril. Em sentido contrário, os
da Covid-19, nos primeiros meses de 2020, que levou à países emergentes da América Latina (muito afectados pela
paralisação da actividade económica mundial. pandemia) registaram uma contracção de 7,4%, com a
economia mexicana e brasileira a contraírem 8,5% e 4,5%,
Este declínio na actividade económica global foi mais respectivamente. Para as demais geografias emergentes,
significativo nas economias avançadas, em particular na o Fundo estima que em 2020 se tenha verificado um
Zona Euro que, segundo estimativas do FMI, registou uma crescimento negativo, com destaque para a Índia e Arábia
contracção de 7,2%. A crise verificou-se de modo particular Saudita que contraíram em 2020 cerca de 8% e 3,9%,
em Espanha, Reino Unido e Itália, que foram dos países respectivamente. Do lado da África Subsariana, o FMI
mais afectados com a Covid-19, com quebras estimadas de estima que tenha ocorrido em 2020 uma recessão de 2,6%,
11,1%, 10% e 9,2% respectivamente. prevendo-se para 2021 uma expansão de cerca de 3,2%.
ECONOMIAS AVANÇADAS
Alemanha Japão EUA Itália França Espanha Canadá Inglaterra
2020 (7,0)% (5,1)% (3,4)% (9,2)% (9,0)% (11,1)% (5,5)% (10,0)%
2021 4,2% 3,1% 5,1% 3,0% 5,5% 5,9% 3,6% 4,5%
ECONOMIAS EMERGENTES
África Subsariana Nigéria Arábia Saudita Índia México
2020 (2,6)% (3,2)% (3,9)% (8,0)% (8,5)%
2021 3,2% 1,5% 2,6% 11,5% 4,3%
Em 2021, com a disponibilização das vacinas e a expectável um aumento homólogo do PIB de 8,3%. Em particular,
reabertura das economias durante o Verão do hemisfério é esperado que a India e China tenham a maior taxa de
Norte, espera-se uma recuperação da actividade global a crescimento entre os países emergentes (11,5% e 8,1%,
rondar os 5,5%. respectivamente).
As economias avançadas, que também foram as mais No que toca aos países emergentes na Europa e na América
afectadas pela Covid-19, deverão registar um crescimento latina, estes deverão expandir a uma taxa mais comedida
de 4,3%: os EUA deverão registar um crescimento comparada à das economias avançadas (4% e 4,1%
homólogo de 5,1% enquanto a Zona Euro deverá expandir respectivamente). Em relação a África Subsariana, o Fundo
4,2%, segundo estimativa do FMI. Do lado das economias estima um crescimento a volta de 3,2%, com a Nigéria e
emergentes, é esperado um crescimento na ordem de 6,3%, Africa do Sul a expandir 1,5% e 2,8%, respectivamente.
impulsionado pelos países asiáticos, que deverão registar

2020 2021
Economias Avançadas Economias Avançadas

• Contracção de 4,9% • Crescimento económico de 4,3%
• Paralisação da actividade económica • Retoma gradual da actividade económica
• Riscos inerentes ao avanço do Covid-19 • Campanhas de vacinação
Economias Emergentes Economias Emergentes

• Quebra no PIB de 2,4% • Crescimento de 6,3%;
• África subsariana deverá contrair 2,6% • Africa Subsariana deverá crescer 3,2%
• China com desempenho positivo de 2,3% • Economias Asiáticas com crescimento de 8,3%
ECONOMIA MUNDIAL: RECESSÃO DE 3,5% ECONOMIA MUNDIAL: CRESCIMENTO DE 5,5%
MERCADO MONETÁRIO E OBRIGAÇÕES permitirá comprar até EUR 750 mil milhões de activos.
Adicionalmente, melhorou as condições de acesso aos
O ano de 2020 foi impactado em todos os sectores pela TLTRO e disponibilizou novas LTRO que correspondem a
pandemia, sendo que os mercados obrigacionista e cambiais dois tipos de operações de financiamento aos Bancos a
não diferenciaram dos restantes. De referir que, no início longo-prazo. Note-se também a importância da coordenação
do ano, verificou-se uma reacção negativa à quebra da dos Bancos centrais com a Reserva Federal no início da
actividade, justificada pelo receio do futuro económico pandemia, para evitar o estrangulamento da liquidez em
mundial, seguido de alguma estabilidade e esperança no Dólares no comércio mundial.
final do ano.
Em suma, o impacto da pandemia e a reacção da política
A política monetária foi a primeira a reagir, de modo a evitar monetária reflectiram-se nas taxas de juro, com a Libor a
problemas de liquidez, permitindo acesso flexível ao crédito 3 meses a fechar o ano em 0,23%, bastante abaixo dos
e ancorando as expectativas para uma continuação do 1,91% verificados no final de 2019. No mesmo sentido, a
contexto de taxas de referência reduzidas. Euribor a 3 meses caiu ligeiramente, tornando-se um pouco
mais negativa: terminou o ano em -0,54%, face aos -0,40%
Nos Estados Unidos, a Reserva Federal (“Fed”) levou a cabo no final de 2019.
duas reduções dos intervalos da taxa de juro de referência
(Fed Funds Rate), em Março e Abril, num total de 150 Relativamente aos mercados de dívida pública, com
pontos base, para 0,0% -0,25%. Além disso, revitalizou o primeiro impacto da pandemia no início de 2020,
as suas medidas de Quantitative Easing (QE) (compra observou-se uma procura mais significativa para
de obrigações) para incrementar a liquidez do mercado instrumentos financeiros com maior estabilidade e
financeiro. segurança.
O Banco de Inglaterra acompanhou as medidas da Fed, Os investidores refugiaram-se nas obrigações americanas e
reduzindo a sua taxa de juro de referência em 65 pontos alemãs (entre outras), levando a curva de yields a inverter o
base, fixando-se no final de Março em 0,10%. que davam os primeiros sinais da recessão que se seguiu.
Assim, a dívida pública alemã a 10 anos estava a negociar
Outros Bancos centrais, sem margem para descidas nas a uma taxa de juro de -0,57% no final de 2020, menos 30
taxas de juro, optaram por aumentar o alcance e duração pontos base do que no final de 2019. A dívida americana no
de medidas de compra de activos. De referir que o Banco mesmo prazo negociava por uma taxa de juro de 1,01%, um
Central Europeu (“BCE”) aumentou significativamente a mínimo histórico no país, e 91 pontos base abaixo da taxa
magnitude dos seus programas. Em Março, foi criado o no final de 2019.
PEPP (Pandemic Emergency Purchases Programme), o qual
Enquadramento Económico 31
O aumento da percepção de risco levou a que o preço das também significativa em Março, terminou o ano a valorizar
obrigações nos mercados emergentes descesse bastante ligeiramente face ao Dólar, também potenciada pela
durante o ano. Em Março, o índice JP Morgan de dívida finalização de um acordo com a União Europeia referente
soberana de emergentes sofreu uma quebra histórica, tendo ao Brexit, no final de 2020.
recuperado gradualmente até Junho. Porém, em Novembro
e Dezembro tiveram uma evolução positiva, beneficiadas Taxas de Câmbio EUR/USD e GBP/USD
pela resiliência face à pandemia (em comparação com os (USD)
mercados mais desenvolvidos) e pelas expectativas mais 1,6
favoráveis, terminando o ano 3,6% acima do final de 2019.
1,5
1,4
2,1
1,3
2,1
1,8
1,5 1,2
1,2
0,9 1,1
0,6
0,3 1
0
12/19
01/20
02/20
03/20
04/20
05/20
06/20
07/20
08/20
09/20
10/20
11/20
12/20
-0,3
-0,6
EURO/USD GBP/USD
-0,9
Fonte: Bloomberg
-1,2
12/19
01/20
02/20
03/20
04/20
05/20
06/20
07/20
08/20
09/20
10/20
11/20
12/20
No final do ano, as moedas emergentes também recuperaram,

Estados Unidos Alemanha
em particular o Rand e a Lira turca, com o primeiro a
Fonte: Bloomberg
recuperar quase todas as perdas do ano, finalizando 2020 a
cair menos de 5% face à moeda americana.
MERCADO CAMBIAL
O impacto da pandemia na evolução dos mercados

monetários e obrigacionistas, nomeadamente a procura
de activos com menor risco, impactou positivamente as
moedas mais fortes nomeadamente o Dólar e o Euro e
negativamente várias outras moedas emergentes, em
particular o Rublo russo, o Peso mexicano, o Rand sul-
africano e o Real brasileiro.
De forma geral e, apesar da volatilidade ao longo do ano,

foi invertida a tendência de ganho do Dólar face ao Euro,
com a moeda europeia a valorizar-se significativamente
desde Agosto com a capitalização da tendência de
fuga para activos mais seguros. Assim, o EUR/USD
terminou o ano a 1,22, bem acima dos 1,11 registados
no final de 2019 – um ganho a rondar os 10%. Uma
nota adicional para a Libra, que depois de uma perda

Economia Angolana
ACTIVIDADE ECONÓMICA
Entre Janeiro e Setembro de 2020, a economia angolana registou uma contracção de 5% face ao período comparativo:
registou-se uma quebra de 5,1% na economia petrolífera e uma contracção de pouco menos de 5% da economia não petrolífera.
INDICADORES ECONÓMICOS E PROJECÇÕES

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020E 2021P
Crescimento real do Produto Interno Bruto (tvh, %) 5,0 4,8 0,9 (2,6) (0,2) (1,2) (0,6) (4,0) 0,4
Sector petrolífero (0,9) (2,5) 11,1 (2,7) (5,3) (9,5) (6,5) (6,3) (6,2)
Sector não petrolífero 8,7 8,9 (3,0) (2,5) 3,0 1,0 1,8 (2,9) 2,5
Produção de petróleo e gás (milhões de barris/dia) 1,72 1,67 1,78 1,75 1,64 1,60 1,49 1,26 1,31
Preço do petróleo angolano (média, USD/barril) 107,7 97,4 48,9 40,9 54,0 70,6 65,0 42,5 46,2
Índice de Preços no Consumidor (variação y-o-y, fim

8,8 7,3 9,2 30,7 29,8 18,6 17,1 25,1 18,7
de período)
Saldo orçamental (% do PIB) (0,3) (5,7) (2,9) (4,5) (6,3) 2,0 0,7 (1,7) 0,3
Saldo orçamental primário não petrolífero (% do PIB

(48,3) (33,9) (18,1) (12,2) (15,7) (9,6) (5,7) (4,3) (4,4)
não petrolífero)
Reservas internacionais brutas (mil milhões de USD,

32,2 27,8 24,4 24,3 18,1 16,2 17,2 14,9 15,2
fim de período)
Câmbio médio (KZ/USD) 96,6 98,3 120,1 163,5 165,9 253,0 364,9 576,2 -
Fontes: FMI, OPEP, BNA, INE
Exportações petrolíferas e preço mensal do petróleo Preço do petróleo no mercado internacional

(Milhões de barris diários; USD) (USD/brl)
1,5 110 80
1,5 70
1,4 90 60
1,4 50
1,3 70 40
1,3 30
1,2 50 20
1,2 10
1,1 30 0
1,1
12/19
01/20
02/20
03/20
04/20
05/20
06/20
07/20
08/20
09/20
10/20
11/20
12/20
1,0 10
12/18
01/19
02/19
03/19
04/19
05/19
06/19
07/19
08/19
09/19
10/19
11/19
12/19
01/20
02/20
03/20
04/20
05/20
06/20
07/20
08/20
09/20
10/20
11/20
12/20
Brent
Fonte: Bloomberg
Exportação (ELE) Preço médio (ELD)
Fonte: Min. Finanças
Crescimento Económico Crescimento Económico
Variação homóloga em % Variação homóloga em %
4,0 6,0
3,0 5,0
2,0 4,0
1,0 3,0
0 2,0
-1,0 1,0
-2,0 0,0
-3,0 -1,0
-4,0 -2,0
-5,0 -3,0
2015
2016
2017
2013
2014
2015
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2016
2017
2018
2019
2020
2021
Fonte: FMI Fonte: FMI
Segundo os dados da OPEP, a produção média diária para Para o ano de 2020, segundo os dados do FMI divulgados
o ano de 2020 foi de 1,263 milhões de barris por dia no relatório da 4ª avaliação do Programa de Financiamento
(“mbd”), 0,14 mbd (-9,97%) abaixo do registado em 2019. Alargado a Angola, é estimado que a economia angolana
Esta quebra significativa é justificada pela suspensão dos tenha registado uma quebra de 4% com a economia
novos investimentos previstos para 2020 e ao declínio petrolífera a cair 6,3% e a economia não petrolífera a
natural de alguns poços. Em adição, também foi impactado contrair 2,9%. Deste modo, 2020 terá sido o 5º ano
pelos limites de produção imposta pela OPEP+ para fazer consecutivo de recessão económica após quebras de 2,6%
face a Covid-19 e ao excesso de oferta no mercado. em 2016, 0,1% em 2017, 1,2% em 2018 e 0,6% em 2019.
Adicionalmente, verificou-se uma diminuição do preço do Para 2021, o FMI prevê uma estagnação da actividade
petróleo nos mercados internacionais entre 2019 e 2020, económica angolana, antecipando um crescimento residual
passando de USD 64,17 em 2019 para USD 43,21 em de 0,4%. No sector petrolífero, é esperada a contínua
2020. degradação dos poços, que levará a uma diminuição
superior a 6%. Do lado do sector não petrolífero, o
A economia não petrolífera contraiu nos primeiros FMI estima para este ano um crescimento de 2,5%,
9 meses do ano fruto, por um lado, do impacto das impulsionado pela maior disponibilidade financeira por parte
medidas aplicadas para fazer face à pandemia e, por do Governo para investimentos públicos.
outro, pelo efeito da quebra nas receitas petrolíferas que
impacta negativamente a disponibilidade económica para
investimento público e outros gastos do Governo.
Em particular, observámos durante esse período uma quebra

de 25,5% no sector da construção face ao período homólogo
de 2019, que fez diminuir a sua contribuição para o PIB (4º
depois do Petróleo, Comércio e Administração Pública). O
sector dos Diamantes e Minerais (2º maior contribuinte em
divisas) registou uma quebra de 15,1%.

SECTOR EXTERNO
BALANÇA DE PAGAMENTOS
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020E 2021P
Balança corrente (% do PIB) 6,7 (2,6) (8,8) (4,) (0,3) 7,0 5,7 (0,7) 0,6
Balança comercial (% do PIB) 33,5 21,0 10,7 13,9 16,7 23,6 23,0 16,6 20,1
Exportações de bens (% de variação anual) (4,0) (13,3) (43,9) (16,9) 26,1 17,8 38,8 33,8 37,6
das quais: petróleo (% de variação anual) (4,0) (13,8) (44,7) (17,2) 26,9 18,0 36,4 31,3 34,8
Importações de bens (% de variação anual) 11,1 8,5 (27,6) (34,6) 6,8 9,4 15,8 17,1 17,6
Balança de capital e financeira (% do PIB) 7,1 (5,0) (11,1) (8,2) (6,5) 5,1 8,0 (4,7) 5,4
Fonte: FMI
No sector externo, o FMI espera que o saldo da balança Em relação às reservas internacionais, em 2020 houve
corrente apresente um défice de 0,7% do PIB em 2020 uma quebra de USD 2,99 mil milhões face a Dezembro de
(superávite de 5,7% do PIB em 2019). Esta quebra 2019, tendo-se fixado em USD 8,7 mil milhões (-25,5% yoy)
significativa terá resultado de uma forte redução na balança representando a maior quebra homóloga desde finais de 2017.
comercial de bens, devido à diminuição nas exportações,
resultantes da diminuição da procura e no preço do petróleo No sector cambial, o ano de 2020 foi marcado por uma
nos mercados internacionais. Por outro lado, segundo o depreciação do Kwanza até Novembro com enfâse para a
BNA, nos primeiros 9 meses de 2020 registou-se uma forte estabilização da moeda no final do ano. O Kwanza depreciou
diminuição das importações (-37% yoy), que terá resultado cerca de 25,8% face ao Dólar e 32,12% face ao Euro; o
essencialmente da depreciação do Kwanza, levando a uma câmbio fechou o ano em USD/AOA 649,9 e EUR/AOA 796,7.
menor procura e disponibilização de divisas. Do lado do mercado paralelo, o spread entre o mercado
formal e informal diminuiu de 30,64% em Dezembro de
A dívida externa apresentou um agravamento em 2020. 2019 para 22,1% no final de 2020.
Segundo os dados do 3º trimestre de 2020, a dívida externa
bruta era de USD 68,7 mil milhões, 4,5% superior ao SECTOR BANCÁRIO, INFLAÇÃO E TAXAS DE JURO
registado no final de 2019 (USD 65,8 mil milhões). Quando
medido em percentagem do PIB, a deterioração terá sido Para os primeiros 11 meses de 2020, o crédito total à
maior, devido à depreciação da moeda (-25,8% em 2020) economia registou uma ligeira quebra homóloga de 0,1%,
que terá originado uma diminuição do PIB angolano quando após ter registado crescimentos de 26% em 2019 e 22%
medido em Dólares. em 2018. Tendo em conta apenas o crédito ao sector
privado, verificou-se uma quebra de 8,4% comparado com o
No que toca à evolução da dívida externa, Angola negociou crescimento de 22,7% verificado no ano anterior.
com dois grandes dos credores e aderiu no final de 2020
à Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI) do No que toca aos depósitos, registou-se de Janeiro a Novembro
G20, resultando num reescalonamento de pagamentos de 2020 um aumento de 18,2% yoy (-9,6 p.p. do que em
a credores permitindo uma poupança na ordem de USD 2019). Estas taxas de crescimento significativas deveram-se
6,2 mil milhões. Segundo dos dados do FMI, a dívida à reavaliação dos montantes em moeda estrangeira, cujo valor
pública é estimada em 134% do PIB, encontrando-se 27,1 em kwanzas aumentou com a depreciação. Assim sendo, a
pontos percentuais acima do estimado para 2019. Para proporção de depósitos em moeda estrangeira cresceram
2021, prevê-se que o saldo da conta corrente recupere tendo passado de 52,6% em 2019 para 57% do total de
gradualmente e volte para terreno positivo (0,6% do PIB). depósitos em Novembro de 2020.
No que toca ao crédito malparado, o rácio face ao crédito A Taxa de juro de referência do BNA encontra-se fixada em
total fixou-se em 20,2% no mês de Setembro de 2020, 15,5% desde 2019.
uma quebra de 12,3p.p. face ao final de 2019.
De realçar que, em Janeiro de 2020, o BNA permitiu a
Do lado da inflação, 2020 foi marcado por uma forte venda directa de divisas pelas petrolíferas aos Bancos,
aceleração tendo a inflação média anual fixado em 22,2%, e terminou a venda de divisas para fins específicos.
o que corresponde a um aumento de 5,1 p.p. face à média Adicionalmente, nos termos actuais, a taxa de câmbio de
registada em 2019 (17,1%). A variação mensal de preços referência é definida tendo em conta as operações entre as
foi superior a 1,7% para a totalidade de 2020, tendo petrolíferas e Bancos e no mercado interbancário que são
atingido o valor mais alto em Dezembro (2,06%). feitos por via da Plataforma Bloomberg.
Para o primeiro semestre, a inflação homóloga teve Com o impacto da pandemia, o BNA decidiu em Março
uma variação mensal superior a 0,79 p.p., sendo que instituir uma linha de liquidez de AOA 100 mil milhões,
no segundo semestre, a inflação homóloga teve uma para empresas não financeiras, alargada no seu âmbito no
variação inferior a 0,56 p.p. Essa volatilidade superior CPM de Maio, que funciona através da compra de títulos
registada nos primeiros seis meses do ano deveu-se ao do tesouro pelo BNA às empresas. Em adição, em Maio,
aumento registado no sector dos bens alimentícios e foi activada a linha de financiamento overnight à banca,
bebidas espirituosas justificado pela desvalorização do tornando a Taxa BNA num instrumento efectivo de política
Kwanza e a forte dependência de Angola em produtos monetária, e levando a que as taxas LUIBOR overnight
importados. baixassem para valores inferiores a 15,5%.
Inflação Nacional Taxa de Juro de Referência do BNA

(Percentagem) (Percentagem)
2,5% 30% 3,0%
2,0% 25% 2,5%

20%
1,5% 2,0%
15%
1,0% 1,5%
10%
0,5% 5% 1,0%
0,0% 0% 0,5%
12/19
01/20
12/19
01/20
02/20
03/20
04/20
05/20
06/20
07/20
08/20
09/20
10/20
11/20
12/20
02/20
03/20
04/20
05/20
06/20
07/20
08/20
09/20
10/20
11/20
12/20
Mensal Homóloga Taxa BNA Over night
Fonte: INE Fonte: BNA

Alterações Regulamentares
O presente Mapa, ilustra os Diplomas Legais publicados em 2020, cujas matérias são de interesse para actividade bancária e
financeira, ou cujas normas influenciam o funcionamento do Banco.
Tipo de Diploma Legal Órgão Emitente Matéria Objecto de Regulamentação

AVISO N.º 01/20,
01 BNA Altera o artigo 5.º do Aviso n.º 5/18, de 17 de Julho, sobre o Licenciamento do BNA
DE 09 DE JANEIRO
AVISO N.º 2/20, Define regras e procedimentos na realização de Operações Cambiais de Invisíveis Correntes
02 BNA
DE 09 DE JANEIRO por pessoas colectivas
AVISO N.º 3/20,

03 BNA Limites do Imobilizado nas Instituições Financeiras, sob supervisão do BNA
DE 09 DE JANEIRO
AVISO N.º 4/20,

04 BNA Central de Informação e Risco de Crédito
DE 09 DE JANEIRO
AVISO N.º 5/20,

05 BNA Comercialização de depósitos anuais e depósitos indexados
DE 09 DE JANEIRO
Estabelece os termos e condições para a concessão de crédito pelas Instituições

Financeiras, sob qualquer forma ou modalidade, incluindo a prestação de garantias, às
AVISO N.º 6/20,
06 BNA pessoas que nelas detenham participações qualificadas, bem, como às sociedades que
DE 10 DE MARÇO
estas mesmas pessoas, directa ou indirectamente, dominem ou que com elas estejam
numa relação de grupo
Estabelece as regras específicas aplicáveis às Instituições Financeiras Bancárias

AVISO N.º 7/20,
07 BNA que pretendem expandir as suas actividades por todo território nacional, mediante a
DE 2 DE ABRIL
contratação de correspondente bancário
Estabelece as regras sobre a política de segurança cibernética e os termos e condições de

AVISO N.º 8/20, contratação de serviço de processamento e armazenamento de dados e de computação em
08 BNA
DE 2 DE ABRIL nuvem a serem observados pelas Instituições Financeiras autorizadas a funcionar por este
Banco
Estabelece os requisitos e procedimentos para a autorização de constituição de Instituições

AVISO N.º 9/20,
09 BNA Financeiras Bancárias, incluindo o estabelecimento de Filial, Sucursal e Escritório de
DE 3 DE ABRIL
Representação de Instituição Financeira Bancária com sede no estrangeiro
Determina a concessão de crédito pelas Instituições Financeiras Bancárias para a produção

AVISO N.º 10/20,
10 BNA de bens essenciais que apresentem défices de oferta de produção nacional, a matéria-
DE 3 DE ABRIL
prima e o investimento necessário à sua produção
AVISO N.º 11/20, Estabelece os requisitos e procedimentos relativos ao registo especial da Instituições
11 BNA
DE 21 DE ABRIL Financeiras sob a supervisão do BNA
AVISO N.º 12/20, Estabelece as regras, aplicáveis à abertura, movimentação e encerramento de contas
12 BNA
DE 27 DE ABRIL bancárias por pessoas singulares, residentes, que não reúnam todas as condições
Estabelece as regras sobre as condições de Implementação Efectiva das Obrigações sobre

AVISO N.º 14/20,
13 BNA a Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais, do Financiamento do Terrorismo e
DE 22 DE JUNHO
da Proliferação de Armas de Destruição em Massa
AVISO N.º 15/20, Estabelece os requisitos mínimos de informação que devem ser satisfeitos na divulgação
14 BNA
DE 22 DE JUNHO das condições gerais com efeitos patrimoniais dos produtos e serviços financeiros
AVISO N.º 16/20, ASSEMBLEIA Fixa o calendário para introdução de notas de serie 2020 e retirada de circulação das nota
15
DE 10 DE JULHO NACIONAL da serie 2012
AVISO N.º 17/20, ASSEMBLEIA

16 Regras e procedimentos na Operações Cambiais
DE 3 DE AGOSTO NACIONAL
AVISO N.º 18/20, ASSEMBLEIA

17 Alteração dos artigos constantes do Aviso n.º 8/18, de 29 de Novembro
DE 12 DE AGOSTO NACIONAL
AVISO N.º 19/20,

18 BNA Regras Operacionais do Fundo de Garantia de Crédito
DE 21 DE AGOSTO
AVISO N.º 20/20,

19 BNA Regras Operacionais nas Sociedades de Garantia de Crédito
DE 21 DE AGOSTO
AVISO N.º 21/20, Termos e condições observados para o deferimento do reconhecimento das imparidades
20 BNA
DE 26 DE OUTUBRO constituídas e registadas pelas Instituições Financeiras Bancarias
AVISO N.º 22/20, Critérios e procedimentos observados na contratação pelas Instituições Financeiras
21 BNA
DE 27 DE NOVEMBRO Bancarias de operações de câmbio e à prazo com os seus Clientes
AVISO N.º 23/20,

22 BNA Regras e procedimentos para recebimentos e transferências para o exterior
DE 29 DE DEZEMBRO
LEI N.º 2/20, ASSEMBLEIA

23 Lei da Videovigilância
DE 22 DE JANEIRO NACIONAL
LEI N.º 5/20, ASSEMBLEIA Lei de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais, do Financiamento ao
24
DE 27 DE JANEIRO NACIONAL Terrorismo e da Proliferação de Armas de Destruição em massa

25 Autoriza o BNA a emitir e a pôr em circulação a nova família de notas do Kwanza
DE 30 DE MARÇO NACIONAL

26 Lei que altera o Código dos Valores Mobiliários
DE 16 DE ABRIL NACIONAL

27 Lei da Identificação ou Localização Celular e da Vigilância Electrónica
DE 23 DE ABRIL NACIONAL

28 Lei de alteração à Lei de bases da Protecção Civil
DE 22 DE MAIO NACIONAL

29 Lei que aprova o Imposto Predial
DE 09 DE JULHO NACIONAL

30 Altera o Código do Imposto sobre Rendimento de Trabalho
DE 22 DE JULHO DE 2020 NACIONAL

31 Aprova a revisão do OGE- Exercício Económico de 2020
DE 11 DE AGOSTO DE 2020 NACIONAL

32 Aprova o Código Penal Angola
DE 11 DE NOVEMBRO NACIONAL

33 Aprova o Código do Processo Penal Angola
DE 11 DE NOVEMBRO NACIONAL

34 Lei do Sistema de Pagamento de Angola
DE 16 DE DEZEMBRO NACIONAL
INSTRUTIVO N.º 1/2020, Prazo máximo para execução de Operações de Venda de Moeda Estrangeira e Operações
35 BNA
DE 10 DE JANEIRO Cambiais Associadas
INSTRUTIVO N.º 3/2020,

36 BNA Taxas de Câmbio de Referência
DE 30 DE MARÇO

37 BNA Flexibilidade de Prazos para o cumprimento de Obrigações Creditícias
DE 30 DE MARÇO

38 BNA Linha para compra de Obrigações de Tesouro
DE 06 DE ABRIL

39 BNA Concessão de Crédito
DE 20 DE ABRIL


40 BNA Contas Bancárias Simplificadas / Definição de Limites para Abertura e Movimentação
DE 28 DE ABRIL
INSTRUTIVO N.º 9/2020, Linha para compra de Obrigações de Tesouro estabelecida pelo Instrutivo n.º 6/2020, de
41 BNA
DE 11 DE MAIO 06 de Abril
INSTRUTIVO N.º 11/2020, Prémio Anual das Contribuições das Instituições Financeiras Participantes no Fundo de
42 BNA
DE 29 DE MAIO Garantia de Depósito de Angola

43 BNA Preçário
DE 06 DE JULHO

44 BNA Funcionamento da CIRC-Central de Informação de Risco de Crédito
DE 17 DE JULHO
INSTRUTIVO N.º 14/2020, Taxa de Custódia aplicáveis às reservas Excedentárias dos Bancos Comerciais depositadas
45 BNA
DE 04 DE AGOSTO no BNA

46 BNA Conversão de Créditos Habitação concedidos a Particulares em Moedas Estrangeiras
DE 22 DE SETEMBRO
INSTRUTIVO N.º 16/2020, DE

47 BNA Reservas Obrigatórias
02 DE OUTUBRO

48 BNA Limites de Operações Cambiais de Importação de Mercadoria
DE 15 DE OUTUBRO

49 BNA Operações de Depósitos de Moedas Metálicas no BNA
DE 06 DE NOVEMBRO

50 BNA Limites de valor em Operações realizadas nos Sistemas de pagamentos
DE 09 DE DEZEMBRO
INSTRUTIVO N.º 20/2020, Relatório de Prevenção ao Branqueamento de Capitais, Financiamento do Terrorismo e da

51 BNA
DE 09 DE DEZEMBRO Proliferação
DIRECTIVA N.º 1/DSB/

52 BNA Alienação de Imóveis adquiridos em Dação de Pagamento de Crédito
DRO/2020, DE 12 DE JUNHO
DIRECTIVA N.º 2/DMA/2020,

53 BNA Compra e Venda de Moedas Estrangeira nos Leilões de Divisas e na Plataforma FXGO
DE 17 DE JUNHO
DIRECTIVA N.º 3/DMA/2020, Taxas de Câmbio Indicativas de compra e de venda submetidas pelas Instituições
54 BNA
DE 26 DE JUNHO Financeiras Bancária na Plataforma FXGO da Bloomberg (AOA-BGN)
DIRECTIVA N.º 04/DSP/

55 BNA Informação Estatística dos Serviços de Pagamentos Móveis
DIF/2020, DE 14 DE JULHO
DIRECTIVA N.º 04/DMA

56 BNA Requisitos para o Cálculo e Cumprimento das Reservas Obrigatórias
/2020, DE 06 DE OUTUBRO
DIRECTIVA N.º 01/ DSB/2020,

57 BNA Avaliação de Imóveis
DE 30 DE OUTUBRO
DIRECTIVA N.º 05/DIF/

58 DRO/2020, DE 16 DE BNA Reporte de Informação Estatística sobre Agentes Bancários
NOVEMBRO
DECRETO LEGISLATIVO
PRESIDENTE Estabelece o Regime dos Títulos de Participação, caracterizados como valores mobiliários
59 PRESIDENCIAL N.º 1/20,
DA REPÚBLICA representativos de dívida contraída por empresas no Sector Empresarial Púbico.
DE 6 DE JANEIRO,
Autoriza a Ministra das Finanças a recorrer à emissão especial das Obrigações do Tesouro
DECRETO PRESIDENCIAL PRESIDENTE
60 em Moeda Nacional (OT-MN), com as características e condições técnicas previstas neste
N.º 10/20, DE 24 DE JANEIRO DA REPÚBLICA
diploma;
Autoriza a Ministra das Finanças a recorrer à emissão de Obrigações do Tesouro com as

DECRETO PRESIDENCIAL PRESIDENTE
61 características e condições técnicas previstas neste diploma, até os limites estabelecidos
N.º 11/20, DE 24 DE JANEIRO DA REPÚBLICA
no Orçamento Geral dom Estado para o Exercício Económico de 2020
Autoriza a Ministra das Finanças a recorrer à emissão de Bilhete do Tesouro nos termos
DECRETO PRESIDENCIAL PRESIDENTE previstos nos artigos 22.º a 33.º do Decreto Presidencial n.º 164/18, de 2 de Julho, que
62
N.º 12/20, DE 24 DE JANEIRO DA REPÚBLICA aprova o Regulamento da Emissão e Gestão da Dívida Pública Directa e Indirecta, até ao
limite estabelecidos no OGE.
DECRETO PRESIDENCIAL PRESIDENTE Autoriza o Titular do Departamento Ministerial Responsável pelas Finanças Públicas a
63
N.º 80/20, DE 25 DE MARÇO DA REPÚBLICA recorrer à emissão de OT´s em moeda Nacional
MINISTÉRIO DA
ADMINISTRAÇÃO
DECRETO EXECUTIVO PÚBLICA,
64 Elaboração e aplicação do plano de contingência às empresas púbicas e privadas
N.º 122/20, DE 24 DE MARÇO TRABALHO E
SEGURANÇA
SOCIAL
DECRETO PRESIDENCIAL PRESIDENTE DA Altera os Artigos 1.º e 2.º do Decreto Presidencial n.º 165/17, de 12 de Julho, que autoriza
65
N.º 119/20, DE 22 DE ABRIL REPÚBLICA o Ministro das Finanças recorrer à emissão de OT´s
DECRETO PRESIDENCIAL PRESIDENTE DA Fixa as medidas excepcionais e temporárias que vigoram nos casos em que seja declarada
66
N.º 184/20 REPÚBLICA cerca sanitária provincial e municipal
DECRETO PRESIDENCIAL PRESIDENTE DA Actualiza as medidas de prevenção e Controlo da propagação do vírus SARS-CoV-2 e da
67
N.º 229/20 REPÚBLICA COVID-19.
Valida os documentos relativos à permanência, caducados ou que vierem a caducar,

DECRETO EXECUTIVO PRESIDENTE DA nomeadamente: Autorização de Residência, cartão de refugiado, vistos de investidor,
68
N.º 186/20, DE 25 DE JUNHO REPÚBLICA trabalho, estudo e permanência temporária de cidadãos estrangeiros ausentes e que se
encontrem em território nacional até 31 de Agosto de 2020
DECRETO EXECUTIVO
MINISTÉRIO DAS
69 N.º 207/20, 14 DE JULHO Decreta o resgate antecipado das Obrigações do Tesouro pertencentes à carteira do BPC
FINANÇAS
DE 2020
Suspende a prestação dos serviços dos Registos e do Notariado, da Identificação civil

MINISTÉRIO
DECRETO EXECUTIVO e criminal, do Gabinete Jurídico, do Guiché Único da Empresa (GUE), do Balcão Único
DA JUSTIÇA E
70 N.º 121/20, 24 DE MARÇO do Empreendedor (BUE), do Centro de Resolução Extrajudicial de Litígios (CREL) e do
DOS DIREITOS
DE 2020 Instituto Nacional de Estudo Judiciários (INEJ), por 15 dias, com efeito a partir do dia 24
HUMANOS
de Março de 2020
DECRETO EXECUTIVO PRESIDENTE

71 Prorrogação de validade dos vistos de turismo
N.º 233/20, 4 DE SETEMBRO DA REPÚBLICA
DECRETO EXECUTIVO
MINISTÉRIO Define as características das OT´s previstas no n.º 1 do Decreto Presidencial n.º 11/20, de
72 N.º 50/20, DE 10 DE
DAS FINANÇAS 24 de Janeiro, até ao valor global definido no presente diploma;
FEVEREIRO
Regula as características das OT´s previstas no Decreto Presidencial n.º 10/20, de 24 de

DECRETO EXECUTIVO
MINISTÉRIO Janeiro, que são emitidas, sob a forma de conversão, aos credores do Estado que tenham
73 N.º 51/20, DE 10 DE
DAS FINANÇAS celebrado um Acordo de Regularização da Dívida Pública Interna, fundada com o Ministério
FEVEREIRO
das Finanças, efectuando-se a entrega dos títulos pelo valor facial, sem desconto;
Regula a emissão de títulos da dívida pública directa, denominados Bilhetes do Tesouro,

DECRETO EXECUTIVO
MINISTÉRIO para financiamento do OGE-2020, com as características e condições estabelecidas no
74 N.º 52/20, DE 10 DE
DAS FINANÇAS Decreto Presidencial n.º 164/18, de 12 de Julho, que aprova o Regulamento da Emissão e
FEVEREIRO
Gestão da Dívida Pública Directa e Indirecta

DECRETO EXECUTIVO MINISTÉRIO
75 Março, até ao valor global emitidas sem reajuste do valor nominal, com taxa de juro cupão
N.º 126/20, DE 31 DE MARÇO DAS FINANÇAS
de 16,50% ao ano e entregues ao BPC pelo valor facial, sem desconto;


DECRETO EXECUTIVO MINISTÉRIO
76 Março, emitidas sem reajuste do valor nominal, com taxa de juro cupão de 16,50% ao ano
N.º 127/20, DE 31 DE MARÇO DAS FINANÇAS
e disponibilizados ao Fundo de Garantias de Depósito, sem desconto;
DECRETO EXECUTIVO
MINISTÉRIO Regula as características das OT´s previstas no Decreto Presidencial n.º 11/20, de 24 de
77 N.º 53/20, DE 10 DE
DAS FINANÇAS Janeiro, que são emitidas até o valor global definido no presente diploma
FEVEREIRO
DECRETO EXECUTIVO Prorroga a validade dos vistos de turismo, de curta duração ou de fronteira, caducados
MINISTÉRIO
78 233/20, DE 04 DE a partir de 28 de Fevereiro de 2020, cujos titulares não tenham podido sair do território
DAS FINANÇAS
SETEMBRO nacional, por força do encerramento das fronteiras, até 31 de Dezembro
DESPACHO N.º 1/20, MINISTÉRIO

79 Autoriza a emissão e colocação dos Bilhetes do Tesouros-2020 – Dívida Fundada
DE 10 DE FEVEREIRO DAS FINANÇAS
DESPACHO N.º 2/20, DE 10 MINISTÉRIO

80 Autoriza a emissão e colocação dos Bilhetes do Tesouros-2020 – Dívida Flutuante
DE FEVEREIRO DAS FINANÇAS
DESPACHO N.º 3/20, MINISTÉRIO Determina que a emissão, colocação e reembolso das OT´s em moeda nacional…deve
81
DE 10 DE FEVEREIRO DAS FINANÇAS obedecer as condições especiais estabelecidas na Obrigação Geral
Determina que a emissão, colocação e reembolso das OT´s previstas no n.º 1 do

82 Decreto Executivo n.º 51/20, de 10 de Fevereiro, deve obedecer as condições especiais
estabelecidas na Obrigação Geral
Determina que a emissão, colocação e resgate das OT´s em moeda externa…com taxa de
83 Juros de cupão pré-definidas por maturidade e colocada através de leilão de quantidade ou
de preços, deve obedecer as condições especiais estabelecidas na Obrigação Geral

84 Determina a emissão, colocação e reembolso das OT´s – 2020 – Capitalização BPC;
DE 31 DE MARÇO DAS FINANÇAS
DESPACHO N.º 7/20, MINISTÉRIO Determina a emissão, colocação e reembolso das OT´s – 2020 – Capitalização do Fundo de
85
DE 31 DE MARÇO DAS FINANÇAS Garantia de Crédito:
Autoriza a utilização das Obrigações do Tesouro emitidas nos termos do Decreto

Presidencial n.º 165/17, de 12 de Julho, no montante que exceder a necessidade de títulos
86 para a aquisição de crédito bancário de cobrança duvidosa do BPC, para o aumento de
DE 21 DE MAIO DAS FINANÇAS capital social do BPC, no valor determinado pela cotação disponibilizada pelo BNA, na data
da realização da escritura pública
DESPACHO N.º 11/20, MINISTÉRIO Determina a emissão, colocação e reembolso das Obrigações do Tesouro-2020 – resgate
87
DE 14 DE JULHO DAS FINANÇAS antecipado BPC
RECTIFICAÇÃO N.º 5/20, MINISTÉRIO Rectifica a alínea c) do n.º 5, do artigo 9.º da Lei n.º 7/20, de 30 de Março, que autoriza o
88
DE 21 DE MAIO DAS FINANÇAS BNA a emitir e a pôr em circulação um Nova família de notas do kwanzas
3
O BFA
A Nossa História
Governo Societário
Comissão Executiva e Conselho de Administração
Principais Áreas de Negócio
Capital Humano
Inovação & Tecnologia
Sistemas de Pagamento
44
46
54
62
86
91
93
BFA no Digital 98
Comunicação 101
Eventos e Patrocínios 104
Responsabilidade Social 108
A Nossa História
História
1990 2006 2007 2012 2013 2020

- Abertura, em Luanda, de um - Aceleração significativa da expan- - Verificou-se a expansão da Rede - Criação do Centro de Empresas - Criação do Centro de Empresas - O BFA torna-se o primeiro Banco a
escritório de representação do são da rede comercial e do reforço Comercial com 96 Balcões, 83 Oil & Gas – Operators, asseguran- Oil & Gas – Vendors, assegurando aceitar Cartões American Express.
antigo Banco de Fomento Exterior da segmentação, com a inaugura- Agências, 7 Centros de Empresa, do uma resposta adequada às uma resposta adequada às
(BFE). ção do primeiro Centro de Investi- 4 Centros de Investimento e 2 necessidades especificas das necessidades especificas das - Migração para versão Banka 3G.
mento. Postos de Atendimento. operadoras petrolíferas. empresas prestadores de serviços
às empresas do sector petrolífero.
- Em parceria com a VISA e a - Crescimento da Rede de Balcões
EMIS, o BFA é o primeiro Banco a atingindo em Dezembro um total
lançar o serviço de levantamento de 167 Balcões, 139 Agências, 15
de dinheiro através de Cartões de Centros de Empresa, 8 Centros de 2019
Crédito e Débito, na totalidade de Investimentos e 5 Postos de
caixas automáticas BFA. Atendimento Bancário. - Alcance do número histórico de
1993 2005 2014 2 057 366 Clientes.
- Os Balcões na Província de
- É criado o Fundo Social assente Luanda, atingem uma quota de - Inauguração da Linha de - Conclusão do processo de
- Presença reforçada do BFE com
em três eixos de actuação: mercado de 20%, num total de Atendimento BFA 923 120 120. Implementação e Operacionalização
abertura de uma Sucursal em
Educação, Saúde e Solidariedade 498 Balcões. da Função Risco.
Luanda, que iniciou a actividade
de Banco Comercial universal, a Social. - Lançamento do Cartão VISA
Pré-Pago Kandandu. - Abertura do primeiro balcão Private
partir de um capital equivalente de
- BFA lança o Cartão de Crédito Banking BFA.
4 milhões de USD.
BFA Gold, passando deste modo a 2008
disponibilizar o primeiro Cartão de
Crédito para o mercado angolano. - Alteração na estrutura accionista
como consequência da venda de
49,9% do capital BFA à Unitel.
2018
- Alargamento da rede de Centros
de Investimento para a Província - Criação da Direcção de
de Benguela com a abertura do
2011 2015 Agronegócio, com a missão de
1996 2004 primeiro Centro de Investimento apoiar o desenvolvimento
- Lançamento do serviço BFA SMS - BFA é o primeiro membro da
no Lobito. sustentável deste segmento em
- Aquisição do BFE pelo Grupo - Iniciou-se o processo de para Clientes particulares. BOVIDA, com mais de 70% da
Angola.
BPI, dando-se inicio a uma forte segmentação da Rede Comercial quota de mercado em nº e volume
- Lançamento do produto Super
expansão do Grupo em Angola. com abertura dos três primeiros - Início do projecto eMudar@BFA de operações transaccionadas.
Poupança BFA, principal veículo - Operacionalização efectiva da
Centros de Empresa, vocaciona- cujo objectivo é dotar o Banco de
de captação de novos recursos Função de Gestão do Risco no
dos ao atendimento especializado uma plataforma aplicacional de - BFA lança a sua primeira
particularmente em USD. Banco.
dos Clientes do segmento gestão de processos. aplicação móvel.
Empresas.
- Criação da Academia de
- Assinatura do Acordo do
Formação
Programa Bankita com o BNA.
2002 2003 2009 2010 2016 2017

- BFA assume o estatuto de entida- - Inauguração da nova Sede em - Expansão da Rede Comercial - Criação do Arquivo Central - Constituição legal do BFA Gestão - A UNITEL compra +2% do BFA,
de autónoma de direito angolano. Luanda, ponto alto da afirmação da para 129 Balcões. inserido num sistema de de Activos, que se dedicará ao passando a accionista maioritário.
marca BFA no mercado angolano e informação actual e dinâmico que comércio e gestão de Fundos de
uma referência no plano de expan- - Lançamento do produto Plano de teve como objectivo principal Investimentos.
são da Rede Comercial do Banco Poupança BFA e do serviço melhorar a qualidade de serviço
por concentrar os Serviços Centrais Western Union. ao Cliente a nível de consultas e
num único espaço. pedidos de documentação.
44 Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2020 O BFA 45

Governo Societário
GOVERNAÇÃO CORPORATIVA E e dotar o Banco nas melhores práticas internacionais
SISTEMA DE CONTROLO INTERNO conhecidas sobre o tema.
O Conselho de Administração do Banco de Fomento O BFA procurou coordenadamente robustecer o seu ambiente
Angola, S.A., submeteu o respectivo Relatório Anual sobre de controlo interno, com práticas internacionalmente aceites.
a Governação Corporativa e o Sistema de Controlo Interno, Com efeito, o Banco implementou em 2019 um conjunto de
reportado a 30 de Novembro de 2020, em cumprimento do melhorias na vertente de Compliance e de Gestão de Risco,
estabelecido no artigo 1º do Instrutivo do BNA n.º 1/2013 reforçando os seus processos e sistemas, dando, desse
de 22 de Março, que regulamenta o envio de informação modo, cumprimento ao conjunto de Avisos e Instrutivos
ao Banco Nacional de Angola por parte das Instituições estabelecidos pelo BNA neste âmbito.
Financeiras, no âmbito das disposições previstas nos Avisos
do BNA nºs 1 e 2/2013, ambos de 22 de Março. PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA GOVERNAÇÃO
CORPORATIVA
O Conselho de Administração preparou oportunamente
planos de acção sobre gestão corporativa e sistema de Os Princípios Orientadores da Política de Governação Corpo-
controlo interno, nos termos estabelecido no nº2 do artigo rativa em vigor no BFA assentam no rigoroso cumprimento
26º do Aviso n.º 01/2013 e no n.º 2 do artigo 22º do Aviso da legislação e regulamentação, nacionais e internacionais,
n.º 02/2013, ambos de 22 de Março, onde se estabeleceu aplicáveis nas melhores práticas internacionalmente reconhe-
os timings para implementação das acções necessárias, de cidas e em conformidade com os melhores princípios éticos e
modo a integrar o cumprimento daquela regulamentação, deontológicos. Destes, destacam-se:
Transparência
Independência
da Gestão
Criação Eficiência
de valor e Rigor
PRINCÍPIOS
ORIENTADORES
DA GOVERNAÇÃO
CORPORATIVA
Equidade
Lealdade
e Harmonia
Desempenho Participação
e Mérito na Decisão

ESTRUTURA SOCIETÁRIA E MODELO DE GOVERNO O BFA é o maior Accionista privado da EMIS (Empresa
Interbancária de Serviços, S.A., com 13,90% do capital e
O BFA foi constituído por escritura pública de 26 de Agosto o principal Cliente e utilizador dos serviços disponibilizados
de 2002, no seguimento da transformação da Sucursal de pelo mesmo, que gere todo o sistema de pagamentos a nível
Angola do Banco BPI, S.A. em Banco de direito angolano. nacional.
Por escritura pública publicada no Diário da República III Ao longo da sua existência, o BFA tem sido um apoio e
Série – Nº 11, de 17 de Janeiro de 2017, no seguimento da incentivo para as iniciativas da EMIS, sendo habitual o
Deliberação Unânime por Escrito dos respectivos Accionistas, BFA ser dos primeiros Bancos do sistema a procurar e
de 14 de Outubro de 2016, e da correspondente autorização implementar novas soluções e serviços disponibilizados,
do BNA, foi promovida uma profunda reformulação dos nomeadamente:
estatutos do BFA, na sequência da alteração da sua estrutura
Accionista. • Implementação do novo centro de processamento de dados
do BFA nas instalações contruídas pela EMIS, que reúnem
ESTRUTURA SOCIETÁRIA E PARTICIPAÇÕES condições técnicas e de acesso com os mais rigorosos
NO CAPITAL padrões internacionais;
O capital social do BFA estava, em 31 de Dezembro de 2020, • Emissão de cartões de débito Multicaixa com a introdução
repartido pelos seguintes Accionistas: da nova tecnologia EMV;
Estrutura Accionista • Disponibilização de nova funcionalidade de levantamento de

valores, sem cartão;
• Utilização da nova plataforma de gestão de cartões, na qual

51,9%
48,1%
o BFA detém uma quota de 56% de cartões VISA válidos e
22% de cartões de débito Multicaixa válidos.
Grupo BPI Unitel, S.A.
PARTICIPADOS DO BFA
O BFA, participa no capital das seguintes sociedades:
O BFA 47
MODELO DE GOVERNO
O modelo de funcionamento do BFA obedece aos requisitos da Lei das instituições Financeiras (Lei n. º12/2015, de 17 de Junho) e
está estabelecido nos seus estatutos o seguinte Modelo Organizacional:
ÓRGÃOS SOCIAIS
Assembleia Geral
Conselho de Administração
Conselho Mesa da
Comissão de Comissão de Comissão de
Fiscal Comissão de
Auditoria e Activos e Informática e Assembleia Geral
Riscos
Controlo Interno Passivos Inovação
Comissão Executiva do Conselho de Administração

Auditor
Comissão de
Comité Comité de Custos Comité Comité
Auditoria e Externo
de Fixing e Produtividade Financeiro de Negócio
Controlo Interno
São Órgãos Estatuários os Órgãos Sociais, designadamente: Os membros dos órgãos sociais para o triénio correspondente
1. Assembleia Geral aos exercícios de 2017 a 2019 foram eleitos por Deliberação
2. Mesa da Assembleia Geral Unânime dos Accionistas, datada de 6 de Junho de 2017,
3. Conselho de Administração sendo que nessa mesma data, o CA designou a composição
4. Comissão Executiva do Conselho de Administração da CECA, e o respectivo presidente e procedeu à distribuição
5. Conselho Fiscal dos pelouros pelos seus membros.
6. Auditor Externo
Competências • Alteração dos estatutos da sociedade, incluindo a relativa a aumentos ou reduções do capital social
• Fusão, cisão, transformação ou dissolução da sociedade
• Emissão de quaisquer valores mobiliários que possam vir a dar lugar à subscrição ou conversão em acções
• Introdução de limitações ou supressão do direito de preferência dos Accionistas em aumentos de capital
• Aquisição e alienação de acções ou de obrigações próprias
• Distribuição de lucros do exercício, nos termos previstos nos Estatutos
• Outras distribuições de bens a Accionistas e adiantamentos por conta de lucros

Competências • Aprovação dos planos de negócio e estratégico dos orçamentos e quaisquer alterações aos mesmos,
nas condições definidas nos Estatutos
• Decisões com impacto patrimonial significativo
• Mudança significativa na área geográfica de actuação da Sociedade, salvo se prevista no plano estratégico
ou de negócio
• Admissão à cotação das acções representativas do capital social da Sociedade ou de subsidiárias
• Aprovação da proposta de aplicação de resultados
• Operações com partes relacionadas que excedam 2.500.000,00 USD
• Emissão de dívida subordinada, salvo se prevista no orçamento
• Alteração dos Regulamentos do CA e da CECA bem como dos Regulamentos de Crédito e de Risco
• Constituição de qualquer subsidiária ou tomada de participação de que resulte a formação de uma
subsidiária;
• Adquisição, alienação ou oneração de bens móveis e imóveis
• Prestação de cauções e garantias pessoais ou reais pela Sociedade
• Abertura ou encerramento de estabelecimentos ou parte deles
• Modificações na organização da Sociedade
• Constituição de mandatários para a prática de determinados actos ou categorias de actos, definindo
a extensão dos respectivos mandatos
Competências No âmbito do seu regulamento, aprovado pelo Conselho de Administração e subordinado aos planos de acção
e ao orçamento anual, bem como a outras medidas e orientações aprovadas pelo mesmo, a CECA dispõe de
amplos poderes de gestão corrente da sociedade necessários ou convenientes para o exercício da actividade
bancária, nos termos e com a extensão com que a mesma é configurada na lei, nomeadamente, poderes para
decidir e representar a sociedade, no âmbito da delegação de poderes que lhe é conferida pelo CA.
Competências • Fiscalizar a administração do Banco

• Zelar pela observância da lei e do contracto de sociedade
• Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhes servem de suporte
• Verificar os valores do balanço e da demonstração de resultados
• Verificar se os critérios valorimétricos adoptados pela sociedade conduzem a uma correcta avaliação
do património e dos resultados
• Elaborar anualmente um relatório sobre a sua acção fiscalizadora e dar parecer sobre o relatório, contas
e propostas apresentadas pela administração
• Convocar a Assembleia Geral, quando o Presidente da respectiva Mesa da Assembleia Geral não o faça
• Cumprir as atribuições constantes da lei, contracto de sociedade e directrizes do BNA
O BFA 49
Competências • Auditar as Demostrações Financeiras do BFA com referência a 30 de Junho e 31 de Dezembro de cada ano
• Emitir parecer quanto à veracidade e adequação do Relatório Anual sobre a Governação Corporativa
e o Sistema de Controlo Interno
Competências • Assegurar a formalização e operacionalização de um sistema de prestação de informação eficaz e

devidamente documentado, incluindo o processo de preparação e divulgação das demonstrações financeiras
• Supervisionar a formalização e operacionalização das políticas e práticas contabilísticas da instituição
• Rever todas as informações de cariz financeiro para publicação ou divulgação interna, designadamente
as contas anuais da administração
• Fiscalizar a independência e a eficácia da auditoria interna, aprovar e rever o âmbito e a frequência das suas
acções e supervisionar a implementação das medidas correctivas propostas
• Supervisionar a actuação da função de Compliance
• Supervisionar a actividade e a independência dos auditores externos, estabelecendo um canal de
comunicação com o objectivo de conhecer as conclusões dos exames efectuados e os relatórios emitidos
Competências • Aconselhar o Conselho de Administração em assuntos referentes à estratégia de risco

• Acompanhar a política de gestão de todos os riscos da actividade do Banco
Competências • Suporte a Conselho de Administração em relação a estratégias de gestão de Activos e Passivos

• Definir e monitorizar a política de gestão de Activos e Passivos, no que concerne a gestão de riscos de
liquidez, de taxa de juro, cambial e de mercado
• Acompanhamento de indicadores e métricas e seu alinhamento com os objectivos e metas definidas no
Planeamento Estratégico em matérias de gestão financeira do Balanço
• Análise de tendências sobre as taxas de juro e de câmbio no mercado
Competências • Suporte a Conselho de Administração em relação a estratégias de gestão, desenvolvimento dos sistemas
de informação do Banco
• Acompanhar a implementação dos projectos relacionados com os sistemas de informação do Banco
• Apoiar o Conselho de Administração na identificação, avaliação e implementação de novos processos,
produtos ou métodos de trabalho

Comité de Fixing
Competências • Garantir o cumprimento das normas do BNA

• Acompanhar a execução dos leilões de divisas do BNA, analisando desvios e propondo medidas de correcção
• Aprovar e acompanhar a distribuição de divisas pelos Clientes de acordo com os critérios definidos em
matéria de compra e venda de moeda estrangeira, bem como as normas internas instituídas para o efeito
• Acompanhar a política de gestão de todos os temas relacionados com a venda de moeda estrangeira,
designadamente requerendo a elaboração de propostas a submeter à CECA visando a resolução de
constrangimentos relevantes para a actividade
• Acompanhar e dinamizar os processos de requisição de divisas no Banco através da identificação de
oportunidades de melhoria de processos, ou novos métodos e assegurar a sua posterior apreciação
pelo CECA
Comité Financeiro
Competências • Acompanhamento da legislação e regras prudenciais em vigor

• Política de pricing
• Estratégia de novos produtos
• Gestão dos riscos do balanço, nomeadamente: risco cambial, risco de taxa de juro e risco de liquidez
Comité de Negócio
Competências • Acompanhar a evolução do negócio e desempenho comercial das diferentes redes

• Acompanhar o enquadramento concorrencial e perspectivas de evolução do negócio
• Definição da política comercial, designadamente através da identificação das prioridades, oportunidades e
constrangimentos à actuação comercial
• Requerer a elaboração de propostas a submeter à CECA visando a resolução de constrangimentos relevantes
para a actividade comercial
• Acompanhar a implementação das prioridades definidas, nomeadamente, analisando desvios e respectivos
impactos
• Desenvolver e dinamizar a implementação de novos produtos a serem lançados no mercado, bem como
monitorizar o seu desempenho comercial
• Acompanhar e dinamizar a actividade comercial através da identificação de oportunidades de implementação
de processos, ou novos métodos e assegurar a sua posterior apreciação pela CECA
O BFA 51
COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL COMISSÃO EXECUTIVA

Presidente João Boa Francisco Quipipa Presidente Luís Roberto Gonçalves
Secretária Tidiane de Sousa Mendes dos Santos Vogais Vera Escórcio

Sebastião Massango
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Natacha Sofia Barradas
Presidente Rui Jorge Carneiro Mangueira António Simões Matias
Paulo Lélis Alves
Vice-Presidente Osvaldo Salvador Macaia António Manuel Alfaia
Vogais Divaldo Kienda Feijó Palhares CONSELHO FISCAL

Jacinto Manuel Veloso Presidente Ari Nelson Correia Brandão
SECRETÁRIO PARA A SOCIEDADE Perito Contabilista Valdir de Jesus Lima Rodrigues

Efectivo Maria Manuela Correia
AUDITOR EXTERNO
PricewaterhouseCoopers (Angola), Lda.
Luis Graça Moura (Vice Presidente da mesa da assembleia geral) e Rodrigo Aguiar Quintas (Vice Presidente do Conselho Fiscal), administradores cessantes.

ORGANOGRAMA
O organograma do Banco assenta numa estrutura funcional, a qual permite uma clara divisão das áreas e funções de cada
Direcção, sob a alçada de cada um dos Administradores Executivos.
COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Luís Roberto Natacha Sebastião Paulo Freitas

António Matias Vera Escórcio António Alfaia
Gonçalves Barradas Massango Alves
Direcção de
Secretário da Sociedade Direcção de Instalações Direcção de Direcção de Auditória Direcção de Agronegócios Acompanhamento, Direcção de Organização
e Património Aprovisionamento e Inspecção* Recuperação e Contencioso e Qualidade
Direcção de Direcção de Contabilidade Direcção de Centros Direcção de Risco Direcção de Sistemas

Gabinete do PCE Meios de Pagamento e Planeamento Direcção de Compliance de Investimento de Crédito a Particulares de Informação
Direcção de Operações Direcção Financeira Direcção de

Academia BFA Direcção de Direcção de
Financiamento Estruturados
Direcção de
e Tesouraria e Internacional Controlo Cambial Private Banking e ao Investimento
Transformação Digital
Direcção de Banca Direcção de Operações Direcção de Direcção de Direcção de Particulares Direcção de Direcção de
de Investimento de Estrangeiro Responsabilidade Social Gestão de Risco e Negócios Norte Gestão de Crédito Transformação
Direcção de Risco
Direcção de Direcção de BFA Gestão de Activos Direcção Jurídica Direcção de Particulares de Crédito a Empresas Direcção de Empresas
Capital Humano Processamento e Controlo e Negócios Sul e Negócios
Direcção de Risco
Direcção de Marketing a Grandes Empresas, Direcção de Gestão
Investimentos e Projectos de Protocolos.
Direcção de
Relações Institucionais
* Reporte directo ao Presidente do Concelho de Administração.
O BFA 53
António Alfaia Vera Escórcio Sebastião Massango Luís Roberto Gonçalves Natacha Barradas António Matias Paulo Freitas Alves
Administrador Administradora Administrador Presidente Administradora Administrador Administrador

LUÍS ROBERTO GONÇALVES NATACHA BARRADAS ANTÓNIO ALFAIA

Presidente Administradora Administrador
Nacionalidade: Angolana Nacionalidade: Angolana Nacionalidade: Portuguesa
Data de Nascimento Data de Nascimento Data de Nascimento
6 Junho 1972 25 Setembro 1978 11 Janeiro 1973
Qualificações: Licenciado em Contabilidade Superior de Gestão pela Universidade Lusíada de Angola, e com uma Pós-Graduação em Economia Qualificações: Natacha Sofia da Silva Barradas é Licenciada em Direito Qualificações: Licenciado em Gestão de Empresas pelo ISLA – Instituto
Monetária e Financeira pela Universidade de Évora, Portugal. No seu percurso destaca-se a formação em Prevenção de Branqueamento de Capitais pela Universidade Católica de Angola. Conta com duas Pós Graduações: Superior Línguas e Administração de Lisboa. Acrescenta uma Pós
e Combate ao Financiamento do Terrorismo e Sanções da PricewaterhouseCoopers (PWC), e um Effective Leadership Program ministrado pela Nova Direito das Sociedades Comerciais e Direito do Comércio Internacional Graduação em Controlo de Gestão e Performance na Overgest/ISCTE e
School of Business & Economics e Mercados lnterbancários, lntermoney Portugal SFC. Em 2019, frequenta a formação em Governação Corporativa, pela Universidade de Lisboa e Universidade Agostinho Neto. Acrescenta também um Programa Executivo em Gestão de Instituições Financeiras
Financial Services Volunteer Corps (FSVC). ainda um Master In Business And Law pela Universidade Católica pela Universidade Católica Portuguesa.
Portuguesa.
Experiência Profissional: Luís Roberto Gonçalves iniciou a sua actividade bancária em 1996 no BFA, tendo durante vários anos desempenhado funções Experiência Profissional: Depois de anos com percurso ligado ao Reta-
de relevo no Banco BFA. Em 2016 teve a missão de criar a BFA Gestão de Activos tendo sido Presidente da Comissão Executiva. Até ao início de 2020 Experiência Profissional: Consta no seu percurso profissional a respon- lho, In Store Banking e actividades de Factoring, chegou a assumir fun-
foi Administrador Executivo no Banco Crédito do Sul. Exerceu ainda funções de relevo no Banco KEVE. sabilidade enquanto Directora da Direcção Jurídica, Company Secretary ções de Director Comercial no Banco BPI no segmento de Particulares
e Presidente da Mesa da Assembleia de Accionistas do Standard Bank e Negócios.
Angola. Foi Vogal do conselho fiscal do Fundo Soberano de Angola
durante dois anos. É sócia da LEAD Advogados desde 2017, e teve pas- Iniciou o seu percurso no BFA em 2008, tendo assumido responsabi-
sagens em diversas sociedades como: MLGTS – Morais Leitão, Galvão lidades em áreas de Risco de Crédito a Particulares e Negócios, Work-
Teles, Soares da Silva e FBL - Faria De Bastos e Lopes Advogados Asso- place Banking, Gestão de Risco de Crédito e implementação da norma
ciados. Em 2013, ingressa no Ministério das Finanças de Angola como IFRS9. Já em 2020 assumiu o cargo de Director Geral de Crédito no
Directora do Gabinete Jurídico e posteriormente como Directora do Gabi- BFA, tendo a responsabilidade pelo acompanhamento de todas as áreas
nete do Ministro das Finanças. Foi jurista no Banco BPI em 2008 e na de concessão, acompanhamento, recuperação e gestão operacional.
Nova Sociedade de Seguros de Angola (Nossa Seguros) em 2005. Foi em
2005 docente na Faculdade de Direito da Universidade Católica Angola.
ANTÓNIO MATIAS VERA ESCÓRCIO SEBASTIÃO MASSANGO PAULO FREITAS ALVES

Administrador Administradora Administrador Administrador
Nacionalidade: Angolana Nacionalidade: Angolana Nacionalidade: Angolana Nacionalidade: Angolana
Data de Nascimento Data de Nascimento Data de Nascimento Data de Nascimento
19 Julho 1968 17 Setembro 1974 10 Setembro 1976 24 Novembro 1978
Qualificações: Licenciatura em Gestão de Empresas pela Faculdade de Qualificações: Licenciada em Economia com especialização em Qualificações: Licenciatura em Gestão de Empresas pela Faculdade de Qualificações: Formado em Linguística/Inglês pelo Instituto Superior de
Economia da Universidade Agostinho Neto e Pós-Graduação em Banca, Economia das Empresa pela Universidade Nova de Lisboa da Faculdade Economia da Universidade Agostinho Neto e uma Pós Graduação em Ciências da Educação do Lubango, e com um Mestrado em Gestão de
Seguros e Mercados Financeiros pelo Instituto Superior de Línguas e de Economia, Vera Cristina dos Anjos Tangue Escórcio frequentou Gestão de Empresas pela Universidade Católica de Lisboa. Empresas pela Universidade Aberta de Lisboa.
Administração de Lisboa (ISLA). uma Pós Graduação em Gestão Bancária pelo Instituto Universitário
de Pós Graduação (Madrid) e conta também no seu percurso com Experiência Profissional: Sebastião Machado Francisco Massango, Experiência Profissional: Paulo Freitas Alves tem uma vasta experiência
Experiência Profissional: António Matias é Administrador do BFA desde um Programa Avançado de Gestão para a Banca pela Católica Lisbon conta com um histórico de 18 anos no BFA, tendo exercido funções na área Comercial e liderança de equipas multidisciplinares. Exerceu em
2005 e Presidente da Direcção do IFBA. A par de uma carreira na área School of Business & Economics. de relevo na Banca de Empresa e na Direcção de Risco. Em 2019 foi outra Instituição Financeira, funções de Balconista, Técnico de Crédito,
económica, possui mais de 20 anos de experiência na banca, tendo Director na Direcção de Agronegócios. Responsável de Balcão, Subgerente e Gerente. Em 2005 foi convidado
ingressado no BFA em Janeiro de 1998. No seu percurso no BFA, Experiência Profissional: Vera Escórcio é Administradora do BFA desde a integrar a equipa BFA com a função de gerente, tendo exercido até
exerceu diversas funções na área de Crédito e na Direcção de Empresas. 2009. Possui 19 anos de experiência na Banca, iniciada em 2001 no 2017 várias funções na Direcção de Particulares e Negócios – Gerente,
BFA, na Direcção Financeira. Passou ainda pelo Banco BIC, exercendo Director de Área, Director Adjunto e Director Comercial. Foi desafiado de
a função de Directora da Direcção Financeira. Teve funções como Vogal seguida a integrar a equipa de Transformação como Lead de uma das
no Conselho Fiscal da Nova Cimangola e Conselho Fiscal da ABANC - frentes de trabalho e em 2019 passou a integrar a equipa da Banca de
Associação Angolana de Bancos. Empresas.

SISTEMA DE CONTROLO INTERNO
O Sistema de Controlo Interno do BFA consiste no plano de das instituições financeiras, vai ser adequado e eficaz no
organização de todos os métodos e procedimentos adoptados caso em que o Conselho de Administração e a gestão detêm
pela Administração para consecução do objectivo de gestão uma segurança razoável em como os objectivos estratégicos
de assegurar, tanto quanto for praticável, a metódica e e operacionais do Banco estão a ser atingidos, o sistema de
eficiente conduta das suas actividades. Incluem-se como reporting é fiável e as normas e regulamentos estão a ser
objectivos a adesão às políticas da administração, a cumpridos.
salvaguarda dos activos, a prevenção e detecção de fraudes
e erros, a precisão e plenitude dos registos contabilísticos e a O actual Sistema de Controlo Interno do BFA é constituído
atempada preparação de informação financeira fiável. por 4 componentes, com objectivos e instrumentos
específicos, que suportam o adequado e integrado Sistema
De acordo com o Aviso nº 2/13, que regula a obrigação de de Controlo Interno do BFA:
implementação de um Sistema de Controlo Interno por parte
Ambiente
Ambiente OO Ambiente
Ambientede
decontrolo
Controlodiz
dizrespeito
respeitoàsàsatitudes
atitudese eaos
aosactos
actosdos
dosórgãos
órgãosdedeadministração
administraçãoe e
Colaboradores
Colaboradoresdo
doBanco,
Banco,considerando
considerandoos osníveis
níveisde
deconhecimento
conhecimentoe eexperiência
experiênciaadequados
adequadosàsàssuas
suas
de
de Controlo
Controlo
funções,
funções,bem
bemcomo
comoos
oselevados
elevadosprincípios
princípioséticos
éticoseede
deintegridade
integridadecom
comque
queactuam.
actuam.
OO sistema
Sistemade
degestão
Gestãododorisco visa
Risco estabelecer
visa umum
estabelecer conjunto de de
conjunto politicas e processos
politicas integrados
e processos queque
integrados
Sistema
Sistema de
de Gestão
Gestão assegurem
asseguremaacorrecta
correctaidentificação,
identificação,avaliação,
avaliação,monitorização,
monitorização,controlo
controloe ereporte
reportedos
dosriscos.
riscos.Deve
Deve
do
do Risco
Risco considerar
considerartodos
todosos
osriscos
riscosrelevantes
relevanteseegarantir
garantiraasua
suagestão
gestãoeficaz,
eficaz,consistente
consistentee etempestiva.
tempestiva.
Os
Os sistemas
sistemasdedeinformação
lnformaçãoeecomunicação
ComunicaçãododoBanco
Bancodevem
devemassegurar
assegurarinformação
informaçãocompleta,
completa,fiável,
fiável,
lnformação
lnformação ee consistente,
consistente,compreensível
compreensíveleealinhada
alinhadaaos
aosobjectivos
objectivoseemedidas
medidasdefinidos,
definidos,bem
bemcomo
comoprocedimentos
procedimentos
Comunicação
Comunicação de
de recolha,
recolha,tratamento
tratamentoeedivulgação
divulgaçãoda
damesma,
mesma,em emconformidade
conformidadecom
comasasmelhores
melhorespráticas.
práticas.
AA monitorização
Monitorizaçãodo dosistema
sistemadedecontrolo
controlointerno
internodiz
dizrespeito
respeitoààcontínua
contínuae eeficaz
eficazdetecção
detecçãotempestiva
tempestiva
Monitorização
Monitorização das
das deficiências
deficiênciasaoaonível
nívelda
daestratégia,
estratégia,políticas,
políticas,processos
processoseetodas
todasasascategorias
categoriasdederisco,
risco,bem
bemcomo
como
principios
principioséticos
éticoseeprofissionais.
profissionais.
REMUNERAÇÃO DOS ORGÃOS SOCIAIS A existência de uma componente variável de remuneração

visa reforçar o alinhamento dos interesses dos membros da
Estrutura da remuneração dos Administradores Executivos CECA com os interesses do BFA e dos seus Accionistas.
A política de remunerações no BFA para os membros Estrutura da remuneração dos Administradores Não
da Comissão Executiva do Conselho de Administração Executivos, Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia Geral
(CECA) assenta na existência de uma componente fixa
complementada por uma componente variável, atribuída esta, A remuneração dos Administradores Não Executivos,
em linha com a prática de mercado e com o desempenho do Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia Geral é fixa, sendo
BFA, bem como de cada um desses Administradores, ao ano que os valores da remuneração pagos aos membros do
que precede o pagamento dessa remuneração. órgão de administração, da mesa da Assembleia Geral e
de fiscalização são definidos pelos Accionistas, mediante
Os valores de remuneração fixa pagos aos membros da CECA Deliberação Unânime por Escrito.
são consistentes com a prática de mercado e são fixados por
Deliberação dos Accionistas do Banco.

Em 2020, a remuneração fixa total do conjunto dos membros • 40% da parte restante para distribuição a todos os
do Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Mesa Accionistas, salvo se a Assembleia Geral deliberar,
da Assembleia Geral, ascendeu a 12 279 320,24 USD por uma maioria correspondente a dois terços do
distribuídos da seguinte forma: capital social, a sua afectação no todo, ou em parte, à
constituição e/ou reforço de quaisquer reservas, ou à
• Membros da Comissão Executiva do Conselho de realização de quaisquer outras aplicações específicas de
Administração 9 699 915,58 USD pagos a titulo de interesse da Sociedade;
remuneração fixa e variável;
• A parte remanescente, a aplicação que for deliberada pela
• Membros não executivos do Conselho de Administração, Assembleia Geral por maioria simples;
Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia Geral,
2 579 404,66 USD, pagos a título de remuneração fixa. Princípios Éticos e Conflitos de Interesse
Política de Distribuição de Resultados O Código de Conduta, o Regulamento do Conselho de

Administração e o Regulamento da CECA contemplam os
A política de distribuição de resultados está estabelecida nos mais altos padrões de actuação, em conformidade com
Estatutos, que define a seguinte prioridade de utilização dos princípios éticos e deontológicos definindo regras, princípios
lucros: e procedimentos no sentido de permitir a identificação,
monitorização e mitigação de conflitos de interesse.
• Cobertura de prejuízos transitados de exercícios
anteriores; O BFA promove a transparência nas relações, envolvendo órgãos
sociais e Colaboradores, inibindo a participação em actividades
• Formação ou reconstituição de reserva legal; ilegais bem como a tomada excessiva de risco, o que contribui
para a transparência das relações contratuais entre o Banco e as
• Formação ou reconstituição de reservas especiais suas contrapartes.
impostas por lei;
A actividade profissional dos membros dos órgãos sociais e dos
• Pagamento do dividendo prioritário que for devido às Colaboradores pertencentes ao Banco rege-se pelos princípios
acções privilegiadas, nomeadamente preferenciais sem éticos definidos no Código de Conduta do BFA, aprovado no
voto, que a Sociedade porventura tenha emitido; Conselho de Administração, disponibilizado na Intranet e no site
institucional, cujas linhas principais se resumem:
Cumprimento dos padrões

de diligências e deontologias
no exercício da actividade
Obtenção de financiamento Gestão de conflitos de Interesse

por parte de Sócios, Accionistas, entre Clientes, entre Órgãos Sociais
Órgãos Sociais e Colaboradores em e o Banco, Colaboradores
condições normais de mercado ou membros da Administração
Diligência e transparência no Não obtenção de vantagens

relacionamento com Autoridades patrimoniais ou não patrimoniais
de Supervisão, Administração no âmbito da sua actividade
Fiscal ou Judicial
O BFA 59
Entendendo a importância da definição de um claro e Risco de Crédito
objectivo manual de referência de comportamentos, o BFA
disponibiliza o Código de Conduta da instituição a todos os O processo de avaliação e controlo do risco de crédito está
novos Colaboradores. Adicionalmente, todos os Colaboradores sob a responsabilidade das seguintes áreas:
da Direcção Financeira e Internacional (DFI), para o
exercício das suas funções, subscreveram a Declaração de • Direcção de Crédito a Particulares, Empresas e Negócios:
Compromisso de Cumprimento do Código de Conduta dos avaliação do risco das operações de crédito deste
Mercados, publicado pelo BNA no Aviso n.º 13/2011. segmento;
O BFA subscreveu o Termo de Adesão ao Código de Conduta • Direcção de Risco de Crédito de Grandes Empresas
para os Mercados Monetário e Cambial, o qual visa garantir Institucionais e Projectos: tem no âmbito das suas
os princípios de ética e deontologia profissional nas relações responsabilidades a análise, emissão de pareceres e
entre os participantes nos mercados interbancários, as decisão de risco em operações de Clientes de segmentos
práticas operacionais dos mercados e a sua eficiência. de Grandes Empresas, Institucionais – Estado e Sector
Público;
SISTEMA DE GESTÃO DO RISCO
• Direcção de Gestão de Crédito: monitorização do crédito
No BFA, o Sistema de Gestão do Risco compreende como regular, a devida preparação de decisões, suas condições
funções essenciais: de formalização e acompanhamento de garantias
recebidas;
• Definição da Estratégia;
• Direcção de Acompanhamento, Recuperação e
• Identificação e avaliação da exposição aos riscos; Contencioso de Crédito: acompanhamento e recuperação
de crédito em situação irregular há mais de 60 dias. Esta
• Monitorização e controlo; direcção é também responsável pela recuperação do
crédito vencido, pela via negocial ou judicial;
• Reporte e avaliação de desempenho.
• Direcção de Gestão de Riscos – Área de Risco de
A gestão de riscos no BFA assenta, assim, na constante Crédito: constituída por 3 núcleos (Núcleo de Gestão
identificação e análise da exposição aos diferentes tipos de de Crédito, Núcleo de Imparidade do Crédito, Núcleo de
risco, bem como na execução de estratégias de optimização Desenvolvimento de Modelos).
de resultados face aos mesmos. Destaca-se, ainda, o integral
respeito pelas restrições e limites pré-estabelecidos e Risco Operacional
devidamente supervisionados.
O processo de avaliação e controlo do risco operacional está
O BFA concluiu em 2019 o processo de Implementação e sob a responsabilidade das seguintes áreas:
Operacionalização efectiva da sua Função Risco, estando esta
função devidamente capacitada do ponto de vista humano, • Direcção de Risco Operacional: análise de exposição
processual e tecnológico para cumprir a sua missão, em linha global;
com a logística em vigor.
• Direcção de Auditoria Interna: processo de gestão de
Adicionalmente, o BFA manteve a distribuição pelas Direcções Risco Operacional.
do Banco das medidas e práticas (Sistema de Gestão de Risco)
tendentes à identificação, avaliação, monitorização e controlo
dos riscos, definida em 2017:

Risco de Liquidez MONITORIZAÇÃO
• Direcção Financeira e Internacional: análise de riscos A Direcção de Auditoria e Inspecção (DAI) e a Direcção de
individuais de liquidez por instrumento. Compliance (DC) monitoriza o sistema de controlo interno,
de modo a avaliar a efectividade, eficácia e adequação
Risco de Mercado do sistema, sendo responsável por garantir auditorias
periódicas às actividades dos Órgãos Comerciais e
• Direcção Financeira e Internacional: análise dos riscos Serviços Centrais, a fim de salvaguardar a integridade
por instrumentos e análise global de riscos – taxa de juro, e segurança de activos do Banco e dos Clientes, como
cambial, carteiras de negociação. também o cumprimento da regulamentação e normativo
interno aplicáveis e o controlo de riscos. Adicionalmente,
Risco-país a DAI é responsável por verificar a adequação dos
diversos processos de controlo face aos novos riscos
• Direcção Financeira e Internacional: análise do risco-país identificados e a sua adequação à Legislação vigente
individual por recurso a ratings e análises externas. relativa a cada processo.
Risco de Compliance
• Direcção de Compliance/ Direcção Jurídica: análise do

risco de compliance.
INFORMAÇÃO INTERNA
Os Sistemas de Informação e Comunicação são parte

integrante da estratégia para assegurar elevados níveis de
inovação, modernização e controlo de riscos, promovendo o
crescimento sustentável do Banco, e a transparência da sua
actividade.
Comunicação Institucional
O BFA considera de elevada importância a manutenção

da relação com os Accionistas, Autoridades, comunicação
social e os restantes intervenientes do mercado, sendo a
comunicação efectuada através da publicação do Relatório e
Contas anual e da síntese de contas trimestrais em forma de
balancete, publicados no seu Site Público. O desempenho e
actividades do Banco são divulgados via intranet.
Trimestralmente, o Banco também realiza uma Reunião de

Quadros, com representantes das diferentes Direcções, para
apresentação de resultados e perspectivas futuras.
O BFA 61
Principais Áreas de Negócio
LIDERANÇA NA PROMOÇÃO DA INCLUSÃO FINANCEIRA E Em 2020, o BFA manteve-se na liderança, à semelhança dos
REFORÇO DO FINANCIAMENTO À ECONOMIA anos anteriores, enquanto Banco Principal com 22% de quota
de mercado, continuando assim como a primeira escolha no
Crescimento da Bancarização em Angola que toca à oferta de serviços financeiros.
Num inquérito realizado em 2020 à população residente na Evolução da Quota de Mercado como
província de Luanda com idade igual ou superior a 15 anos, Banco Principal
foi registado um índice de bancarização de 68%, um aumento
2020
de 1 p.p. face ao ano de 2019, evidenciado uma trajectória 22,0%
18,0%
continuada positiva da bancarização do país. 18,0%
2019
Evolução do Índice de Bancarização 22,0%
16,0% 21,0%
2020 68%
2018
24,0%
2019 67% 20,0%
16,0%
BFA 2º Banco 3º Banco
2018 58% Fonte: AAMPS 2020, Marktest.
Fonte: AAMPS 2020, Marktest.

Sustentabilidade e Consolidação da Posição do Mercado
Em 2019, registou-se uma estabilidade em relação à taxa A melhoria do serviço ao Cliente, nomeadamente através da
de penetração do BFA, mantendo-se assim na liderança em qualidade de atendimento, tem sido um dos princípios de
relação aos outros Bancos, com 40% da quota, o que ilustra actuação transversal a todo o Banco, o que se tem reflectido,
mais uma vez o trabalho e a dinâmica do BFA na captação e tal como nos anos anteriores, no crescimento sustentado do
no relacionamento com o mercado e com os seus Clientes, número de Clientes. Em 2020, foi registado um aumento de
e o trabalho incansável do Banco em contribuir para o 6,2% de número de Clientes face ao ano de 2019, tendo o
dinamismo e crescimento do sector em Angola. Banco adquirido a relevante marca de 2 196 080 Clientes.
Evolução da Taxa de Penetração 2020 2 196 080

2020
39,0%
38,0% 2019 2 067 844
33,0%
2019
40,0% 2018 1 896 159
36,0%
35,0%
Clientes (nº)
2018
40,0%
35,0%
30,0%

INVESTIMENTO SUSTENTADO DA REDE FÍSICA DE BALCÕES
Rede Comercial Presente em todo o Território Angolano
Com o intuito de garantir um serviço de excelência, a rede

comercial do BFA assenta numa estratégia de segmentação de
mercado em três áreas de actuação:
• Agências;
• Clientes Particulares;
• Empresários e Negócios.
Rede de Distribuição BFA
2020
2019
2018
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Postos Atendimento Centros Investimento Private

Centros Empresa Agências
O BFA 63
PARTICULARES E NEGÓCIOS
Melhoria da eficiência no atendimento ao Cliente Cliente. Neste âmbito, o Banco procedeu em 2019 a uma
reorganização da Direcção de Particulares e Negócios com a
O ano de 2020 foi atípico devido à situação pandémica da criação de duas Direcções distintas, DPN Norte e DPN Sul,
COVID-19, que afectou grandemente o sector da economia no sentido de reforçar ainda mais a qualidade do atendimento
real em Angola, à semelhança do que ocorreu em todo o e acompanhamento, colocando os seus Clientes no centro da
mundo, dando lugar a uma crise económica e social sem sua actividade.
precedentes.
A realidade vivida em 2020 teve um forte impacto na
Um dos princípios fundamentais que guia a operação do actividade bancária, tendo as equipas de se adaptar ao novo
BFA é a qualidade de serviço, o que tem levado a que o normal imposto pela pandemia da COVID-19, passando a
Banco tenha como objectivo continuar a ajustar as suas realizar reuniões entre si e com Clientes em formato digital e
práticas e sistemas, sendo o centro de todo o processo o na maior parte das vezes em chamadas GSM.
QUALIDADE DE SERVIÇO
Estudo AAMPS 2020: Imagem dos Bancos oportunidade para a continuidade do crescimento da quota
de mercado do BFA, relativamente a taxa de bancarização
Em 2020 81% dos indivíduos com idade igual ou superior em Angola, e somar mais um passo em direcção a inclusão
a 18 anos, residentes em Luanda e que não tinham conta financeira, um dos propósitos estabelecidos pelo Banco de
no Banco, tencionavam abrir uma. Tal factor constitui uma todos os Angolanos.
Imagem dos Bancos

28,8% 27,8%
26,8%
24,7% 26,9% 24,4%
23,0% 22,4% 23,0%
21,8% 21,4%
20,8% 21,4% 19,7%
16,9% 19,5% 19,5%
15,6%
Menos falhas Celeridade na Melhor Melhor Tempo de espera Tem funcionários

de sistema resolução dos atendimento publicidade mais reduzido mais simpáticos
problemas
dos Clientes

Líderes na Captação de Clientes 62,6% enquanto os Cartões de Crédito sofreram uma descida de
32,4%. O número de Cartões de Débito atingiu os 1 253 046,
Em 2020, o BFA atingiu os 2 185 040 Clientes dos segmentos traduzindo-se numa subida de 10,1%, enquanto que as Contas
Particulares, Empresários e Negócios, o que significou um Ordenado apresentaram um valor de 211 079, descendo 2,1
aumentou de 6,2 p.p..O BFA Net registou uma diminuição de p.p. relativamente ao ano de 2019.
EVOLUÇÃO DA BASE DE CLIENTES E SERVIÇOS – PARTICULARES E NEGÓCIOS Milhões KZ
2018 2019 2020 Δ% 18-19 Δ% 19-20
Clientes (nº) 1 884 469 2 057 366 2 185 040 9,2% 6,2%
BFA Net (nº) 489 900 507 724 190 012 3,6% (62,6)%
Cartões Débito (nº) 1 112 944 1 138 420 1 253 046 2,3% 10,1%
Cartões Crédito (nº) 12 000 10 641 7 193 (11,3)% (32,4)%
Conta Ordenado (nº) 110 679 215 652 211 079 94,8% (2,1)%
Em 2020, a taxa de penetração de Cartões de Débito sofreu Evolução dos Depósitos

um aumento de 2 p.p. tendo o BFA Net reduzido 16 p.p.
Em 2020 a carteira de depósitos ascendeu a 376 617,6
Taxa de Penetração BFA Net e Cartões Débito milhões kwanzas, repartidos por Depósitos à Ordem no Valor
de 297 054,6 milhões de kwanzas e 79 563,0 milhões de
2020
57,3% kwanzas em Depósitos a Prazo.
8,7%
2019
55,3%
24,7%
2018
59,1%
26,0%
Cartões Débito BFA Net
RECURSOS DE CLIENTES - PARTICULARES E NEGÓCIOS Milhões KZ
2018 2019 2020 Δ% 18-19 Δ% 19-20
Recursos 416 777,0 288 834,5 376 617,6 (30,7)% 30,4%
Depósitos 416 777,0 288 834,5 376 617,6 (30,7)% 30,4%
Depósitos à Ordem 276 507,9 232 968,7 297 054,6 (15,7)% 27,5%
Depósitos a Prazo 140 269,1 55 865,8 79 563,0 (60,2)% 42,4%
Outros Recursos - - - 0,0% 0,0%
O BFA 65
Os Depósitos à Ordem registaram em 2020 um valor de não sofreu alterações significativas relativas ao ano anterior,
297 054,6 milhões de kwanzas, uma subida de 27,5% com os Depósitos à Ordem a representarem 78,9%, face aos
relativamente a 2019, tendo os Depósitos a Prazo registado um 80,7% do total do ano anterior.
aumento de 42,4% totalizando 79 563,0 milhões de kwanzas.
A estrutura da tipologia de Depósitos por Moeda manteve-se
Apesar do aumento relativamente aos valores de Depósitos inalterada face a 2019.
à Ordem e Depósitos a Prazo, a distribuição dos depósitos
Estrutura de Depósitos por Moeda e Tipo – Particulares e Negócios
2020 78,9% 21,1% 2020 69,6% 30,4%
2019 80,7% 19,3% 2019 69,6% 30,4%
2018 66,3% 33,7% 2018 63,9% 36,1%
Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo Moeda Nacional Moeda Estrangeira
Crédito a Clientes (milhões de kwanzas)
Ao nível do Crédito, verificou-se, após a segmentação de

Clientes, uma carteira de 74 469,3 milhões de kwanzas para
este tipo de Clientes, traduzida numa diminuição de 3,3% em
relação a 2019.
Crédito a Clientes
2020 74 469,3
2019 76 973,7
2018 88 891,4
Total Crédito
Nota: os juros corridos foram excluídos

DIRECÇÃO DE GESTÃO DE PROTOCOLOS
A Direcção de Gestão de Protocolos (DGP), é um órgão Em 2021 os desafios continuarão e a Direcção de Gestão
de primeiro nível da estrutura orgânica que tem como de Protocolos acreditando na força e resiliência da
principal Missão, identificar oportunidades de aumento grande Equipa BFA, ambiciona alcançar como objectivos:
da quota de domiciliação de ordenados no BFA, por via
da assinatura de Protocolos com entidades do sector • 40% de taxa de activação nos Protocolos;
público e privado, em alinhamento com a estratégia e os
objectivos do Banco, garantindo a sua implementação e • Promover a recuperação de 10% do crédito vencido
a realização das acções necessárias à sua concretização, ao abrigo de Protocolos;
em conformidade com a legislação, regulamentação e
normas aplicáveis. • 25% Taxa de concretização de propostas em carteira.
O ano de 2020 foi marcado como sendo o mais Para garantir os objectivos preconizados para 2021, a
desafiante para o Mundo no geral e Angola em particular, Direcção definiu como prioridades:
em que se instalou um cenário de crise provocado pela
pandemia da Covid-19, exigindo dos profissionais soft i) Assegurar os recursos necessários para a
skills que garantissem i) a segurança das pessoas, ii) continuidade das actividades prioritárias na Gestão
a confiança dos stakeholders e iii) a continuidade do de Protocolos, com a realização de eventos à
negócio. distância para manter a proximidade com a Equipa,
com as entidades protocoladas e seus Colaboradores;
Apesar do cenário de elevada incerteza, encerramos o
ano com a seguinte posição a 31 de Dezembro: ii) Repor o quadro de pessoal por via de concurso
interno de recrutamento, incentivando o
• 144 Contratos de Protocolo, registando um desenvolvimento e progressão de carreira das nossas
crescimento de +6,7% face ao periodo homólogo, pessoas, ao mesmo tempo garantindo a segurança e
com uma taxa de concretização de 34,6%; a aplicação das melhores práticas de acolhimento;
• 22.522 beneficiários de Protocolos, 90% mantêm os iii) Aumentar a capacitação da Equipa com formações
seus ordenados no BFA; à distância, para elevar o grau de alinhamento do
colectivo e foco na alta performance;
• 22.642 operações de crédito vivas das quais 5.849
foram desembolsadas em 2020 no valor total de iv) Criar Normas de processos integrados na actividade
16,2 mil milhões de kwanzas; de Protocolos, contribuindo para a mitigação do risco
operacional e risco de crédito;
• 6 Iniciativas novas com um estado de implementação
de 51% das acções planeadas; v) Aumentar o nível de qualidade dos dados com
impacto na informação de gestão produzida para
• 11 Acções de formação realizadas em formato suporte na tomada de decisão;
eLearning.
vi) Propor soluções que assegurem a posição
competitiva do Banco no médio e longo prazo.
O BFA 67
CENTROS DE INVESTIMENTO
LÍDERES NA CRIAÇÃO DE SOLUÇÕES DE INVESTIMENTO 7%, havendo necessidade de redefinir as estratégias para
E POUPANÇA captação de negócio diante do novo segmento de Clientes.
A rede de Centros de Investimento assume um papel • Adaptação ao modelo de reuniões virtuais com Clientes e
fulcral na estratégia de segmentação e especialização do com as equipas em função da pandemia da COVID-19.
Banco. Por esta razão, são estruturadas equipas focadas no
relacionamento personalizado, que permitem assim a captação Evolução da Base de Clientes e Serviços – Centros de
e o desenvolvimento de soluções adaptadas às necessidades Investimento
dos Clientes de elevado património ou com elevado potencial de
acumulação patrimonial. Em 2020, o número de Clientes diminuiu cerca de 1,2%,
tendo em 2020 diminuído 68 valores face a 2019. O número
Em termo da actividade da Direcção em 2020, destaca-se : de Clientes com acesso ao homebanking acompanhou esta
evolução negativa, tendo em 2020 o número de aderentes
• Segmentação de Clientes da DCI para o Private Banking diminuído 10,4%.
com uma carteira de 1 300 000 000 USD.
Em relação aos Cartões de Débito houve um ligeiro aumento
• Segmentação de 2 515 Clientes de outras redes comerciais de 0,8% e uma diminuição de 13,2% em relação a Cartões de
para os Centros de Investimento. Crédito, sendo que no final do ano de 2020 totalizavam 4 403 e
2 838, respectivamente.
• Fruto da segmentação, a carteira de recursos da DCI reduziu
a sua representatividade na carteira do Banco de 26% para
EVOLUÇÃO DA BASE DE CLIENTES E SERVIÇOS - CENTROS DE INVESTIMENTO Milhões KZ
2018 2019 2020 Δ% 18-19 Δ% 19-20
Clientes (nº) 4 759 5 533 5 465 16,3% (1,2)%
BFA Net (nº) 3 431 4 229 3 789 23,3% (10,4)%
Cartões Débito (nº) 3 471 4 368 4 403 25,8% 0,8%
Cartões Crédito (nº) 2 302 3 269 2 838 42,0% (13,2)%
Nos últimos anos, o Banco tem prestado particular atenção Taxa de Penetração BFA Net, Cartões de Débito
à disponibilização de um maior número de soluções aos seus e Cartões de Crédito – Centros de Investimento
Clientes, de modo a potenciar a sua fidelização e satisfação.
2020
51,9%
80,6%
Em 2020, a taxa de penetração do serviço de BFA Net atingiu 69,3%
os 69,3% e os Cartões de Crédito apresentaram uma taxa de
2019
51,9%, representando uma diminuição em relação a 2019 de 59,1%
78,9%
7,1% e 7,2%, respectivamente, e os Cartões de Débito atingiram 76,4%
uma taxa de penetração de 80,6%, representando um ligeiro
2018
aumento de 1,6% em relação ao ano anterior. 48,4%
72,9%
72,1%
BFA Net Cartões Débito (nº) Cartões Crédito (nº)

Após a conclusão do processo de migração dos Clientes da DCI No que respeita a Depósitos a Prazo, estes totalizaram cerca de
para a nova Direcção Private Banking, que ocorreu em 2019, a 114 836 milhões de kwanzas, representando um aumento de
carteira de Recursos de Clientes, atingiu em 2020 os 176 751,3 22,1% em relação a 2019.
milhões de kwanzas.
RECURSOS DE CLIENTES - CENTROS DE INVESTIMENTO Milhões KZ
2018 2019 2020 Δ% 18-19 Δ% 19-20
Recursos 328 008,9 135 824,1 176 751,3 (58,6)% 30,1%
Depósitos 328 008,9 135 824,1 176 751,3 (58,6)% 30,1%
Depósitos à Ordem 48 350,1 41 771,6 61 915,3 (13,6)% 48,2%
Depósitos a Prazo 279 658,8 94 052,4 114 836,0 (66,4)% 22,1%
Outros Recursos - - - 0,0% 0,0%
A diferença entre Depósitos à Ordem e a Prazo ainda é (65%), ainda que esta proporção se tenha reduzido em 2020,
bastante significativa. Com efeito, a carteira de Depósitos do em virtude do maior aumento em Depósitos à Ordem.
segmento de Clientes dos Centros de Investimento tem sido
predominantemente caracterizada pelos Depósitos a Prazo Em 2020, a Moeda Estrangeira representou cerca de 68%,
enquanto que a Moeda Nacional ficou pelos 32%.
Estrutura de Depósitos por Tipo e por Moeda – Centros de Investimento

2020 35,0% 65,0% 2020 32,0% 68,0%
2019 30,8% 69,2% 2019 29,2% 70,8%
2018 14,7% 85,3% 2018 13,3% 86,7%
Crédito a Clientes – Centros de Investimento

A evolução de Crédito a Clientes sofreu uma ligeira diminuição
em relação a 2019, tendo registado uma diminuição de 9,8%,
registando no final de 2020 o valor total de 10 721,6 milhões
Crédito
de a Clientes Segmento Centros
kwanzas.
de Investimento
2020 10 721,6
2019 11 891,7
2018 10 863,2
Total Crédito
O BFA 69
Objectivos para 2021
Foram definidos os seguintes objectivos:
PRIVATE BANKING
No âmbito da sua estratégia de aprofundamento da ao Cliente, identificar e satisfazer as suas necessidades,

segmentação da rede comercial, o BFA inaugurou em Dezembro apresentando soluções únicas, eficazes e inovadoras com
de 2019 o Private Banking BFA, dedicado ao acompanhamento serviço personalizado, especializado e de excelência, atingindo
de Clientes particulares do segmento alto. níveis elevados de optimização a nível comercial e operacional.
O Private Banking BFA é uma unidade de excelência, com A estratégia do Banco BFA em segmentar os seus Clientes
um espaço acolhedor e funcional, uma equipa especializada e permite que o serviço ao Cliente seja prestado através deste
totalmente orientada para o serviço ao Cliente. Centro e pelos canais complementares (internet banking e
mobile Banking) com produtos de investimento em prateleira
No âmbito da sua Missão e Funções, uma das principais é específicos, bem como serviços exclusivos adequados ao seu
a colaboração com a Administração e demais unidades de perfil e património.
negócio na definição da estratégia comercial, com primor na
identificação, captação e manutenção de uma relação com foco Apresentámos no primeiro semestre do ano o Fundo Especial de
aos Clientes deste segmento. Investimento em Valores Mobiliários Fechado denominado Fundo
Private Banking, desenhado exclusivamente para os Clientes
O conhecimento da Cultura do Banco, dos parceiros de deste segmento num valor global de Kz 4.500.000.000,00
negócio e da sua actuação, permite-nos manter a proximidade absorvidos na sua totalidade.

Ainda na intenção de melhor aconselhamento à gestão do No que respeita a Recursos houve uma diminuição do peso
património dos nossos Clientes, investimos na Formação dos Depósitos a Prazo em detrimento dos Depósitos à Ordem,
contínua dos Colaboradores desta Direcção, para garantir o tendo o peso dos primeiros ficado nos 81,5% no final de
melhor acompanhamento e resposta às suas necessidades. 2020.
Em 2020 houve um aumento de 6% do total de Clientes no Em 2020 os Depósitos em Moeda Estrangeira representavam
segmento de Private Banking, tendo o número de aderentes ao cerca de 79,5% do total.
serviço BFA Net diminuído em 14,4%.
2020 18,5% 81,5%
2020
728
476 2019 9,2% 90,8%
2019
Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo
687
556
Clientes (nº) BFA Net (nº)

2020 20,5% 79,5%
2019 56,3% 43,7%

Em 2020 houve um aumento do total de crédito neste
segmento, tendo atingido os 4.192,1 milhões de kwanzas no Moeda Nacional Moeda Estrangeira
final do ano.
2020
4 192,1
2019
3 461,0
Total Crédito (Milhões de Kwanzas)
Relativamente à penetração dos serviços, houve uma diminuição

generalizada no número de cartões de crédito, cartões de débito
e BFA Net relativamente ao ano de 2019.
2020
56,6%
69,9%
65,4%
2019 80,6%
75,1%
80,9%
BFA Net Cartões Débito Cartões Crédito
O BFA 71
EMPRESAS
Especialização do segmento Empresas Evolução da Base de Clientes e Serviços - Empresas

2020
Em Novembro de 2020, com o objectivo de apoiar de forma 4 854
3 691
dedicada cada um dos seus Clientes do segmento Empresas,
o BFA criou a Direcção de Grandes Empresas e a Direcção de 2019
Médias Empresas, disponibilizando assim equipas focadas e 4 258
3 108
específicas às empresas.
2018
Estas equipas apresentam aos seus Clientes um vasto leque 6 931
4 184
de Produtos e Serviços, com soluções para as mais diversas Clientes (nº) BFA Net (nº)
solicitações dos seus Clientes.
Tendo equipas exclusivas e especializadas no Em 2020, permaneceu uma evolução positiva da taxa de
acompanhamento e gestão das necessidades das empresas, penetração do serviço BFA Net, tendo atingindo os 76,0%.
conta com 9 Centros de Médias Empresas distribuídos por Este progresso é justificado pela continuidade da prioridade
Luanda, Lubango, Benguela, Lobito e Cabinda, e 7 Centros que o Banco deu na disponibilização de um maior número
de Grandes Empresas em Luanda, focadas no apoio à de soluções aos seus Clientes, de modo a promover o
actividade dos Clientes destes segmentos muito importantes crescimento da fidelização e satisfação demonstrada por
da nossa economia. parte dos Clientes ao Banco, e suportar de forma inequívoca
o crescimento dos seus negócios.
Está prevista a abertura de mais 2 Centros de Empresas no
1º semestre de 2021.
Taxa de Penetração BFA Net Empresas
Apoio Contínuo ao Tecido Empresarial Angolano 2020 76,0%
Enquanto Instituição Financeira de referência em 2019 73,0%

Angola, o BFA assume como primordial o seu papel de
suportar o desenvolvimento do tecido empresarial. Neste
2018 60,4%
sentido, durante o ano 2020 o BFA procurou, apesar dos
constrangimentos verificados a nível económico, continuar
o seu esforço de financiamento do tecido empresarial em
Angola. Neste sentido, registou-se em 2020 uma expansão Crescimento dos Recursos de Clientes
da carteira de crédito direccionada para este segmento, sendo
claramente um pilar fundamental da actividade empresarial. Ao longo de 2020, foi registado um aumento de 34,1% nos
Recursos de Clientes, atingindo os 1 084 553,7 milhões de
Base de Clientes e Taxa de Penetração de Serviços kwanzas.
Em 2020, o número de Clientes do segmento de Banca No que respeita a Depósitos, estes totalizaram cerca de 1
de Empresas aumentou cerca de 14% face a 2019, tendo 084 538,8 milhões de kwanzas, traduzindo-se numa subida
atingindo os 4 854 Clientes. Paralelamente, o número de de 34,2% relativamente a 2019. Esta evolução justifica-se
Clientes com acesso ao homebanking teve um aumento de pela evolução positiva de 57,7% dos Depósitos à Ordem e
18,8%, sendo que em 2020 o número de aderentes registado 12,3% dos Depósitos a Prazo, tendo atingindo os 615 363,5
foi de 3 691. e 469 173,3 milhões de kwanzas, respectivamente.

RECURSOS DE CLIENTES - EMPRESAS Milhões KZ
2018 2019 2020 Δ% 18-19 Δ% 19-20
Recursos 998 564,0 808 525,6 1 084 553,7 (19,0)% 34,1%
Depósitos 479 601,7 808 125,6 1 084 538,8 68,5% 34,2%
Depósitos à Ordem 254 375,3 390 184,0 615 363,5 53,4% 57,7%
Depósitos a Prazo 225 226,4 417 941,6 469 173,3 85,6% 12,3%
Títulos * 518 962,3 400,0 14,9 (99,9)% (96,3)%

* Títulos de Clientes à guarda do BFA e considerados em rúbricas extrapatrimoniais; considerados fora de Balanço.
Em 2020 registou-se um aumento da importância relativa dos continuidade a evolução negativa da proporção de depósitos em
Depósitos à Ordem em detrimento dos Depósitos a Prazo, tendo moeda nacional, tendo decrescido 7 pontos percentuais face a
os primeiros atingido 56,7%. Adicionalmente, em 2020, teve 2019.
Estrutura de Depósitos por Tipo Estrutura de Depósitos por Moeda

2020 56,7% 43,3% 2020 46,7% 53,3%
2019 48,3% 51,7% 2019 53,8% 46,2%
2018 53,0% 47,0% 2018 59,4% 40,6%
Evolução do Crédito Importação, que diminuiu 76,6% face ao ano anterior e,

embora as Garantias Prestadas tenham aumentado 49,6% e
A evolução da carteira de crédito da rede de Empresas o Crédito Sobre Clientes aumentado 12,1%, não foi suficiente
sofreu uma ligeira diminuição em 2020, tendo registado um para contrabalançar a descida do Crédito Documentário, tendo
decréscimo de 2,7% para 317.428,1 milhões de kwanzas. Este o Crédito a Clientes de Empresas registado uma diminuição no
decréscimo foi devido à diminuição do Crédito Documentário total de 8.669,7 milhões de kwanzas.
CRÉDITO A CLIENTES - EMPRESAS Milhões KZ
2018 2019 2020 Δ% 18-19 Δ% 19-20
Total Crédito 258 952,1 326 097,8 317 428,1 25,9% (2,7)%
Empresas 258 952,1 326 097,8 317 428,1 25,9% (2,7)%
Crédito Sobre Clientes 202 861,0 239 535,3 268 522,0 18,1% 12,1%
Crédito por Assinatura 56 091,1 86 562,5 48 906,1 54,3% (43,5)%
Cr. Doc. Importação 21 607,3 63 857,0 14 945,1 195,5% (76,6)%
Garantias Prestadas 34 483,8 22 705,5 33 961,0 (34,2)% 49,6%
Outros - - - 0,0% 0,0%

Nota: volume de crédito excluindo juros corridos
O BFA 73
Carteira de Crédito Vencido • Crédito Agrícola, estando incluída a avaliação da
componente técnica e o Crédito ao Investimento, que
Em relação ao crédito vencido na Banca de Empresas, se destina a financiar investimentos não correntes ou
verificou-se uma redução do volume em 15 894 milhões de abrangidos pelo Programa Angola Investe e o aviso
kwanzas face a 2019. Consequentemente, o rácio de crédito 10/2020.
vencido teve uma tendência decrescente, passando de 7,4%
em 2019 para 5,5% em 2020. O BNA publicou em 3 de Abril de 2020 publicou o Aviso
n.º 10/20 que determina um montante mínimo de crédito a
O rácio de cobertura por imparidade, situou-se nos 260% conceder para actividades produtivas relacionadas com um
em 2020, reflectindo assim o grau de prudência associado à grupo de bens com condições extremamente vantajosas para
gestão do BFA, em particular num contexto de aumento de os promotores, designadamente o custo de financiamento anual
crédito vencido. máximo de 7,5% ao ano. No âmbito do Aviso n.º 10/20 o BFA
aprovou 16 pedidos de financiamento ao abrigo do Aviso n.º
Qualidade de Crédito - Banca de Empresas 10/20. O montante global aprovado, incluindo os contratos
reestruturados totalizou AOA 91,1 mil milhões, valor que passa
2020 5,5% 25 209 35 173 para AOA 31,7 mil milhões quando excluídos os contratos
reestruturados.
2019 7,4% 41 103 47 948

O crédito ao investimento privado foi dominado por operações
ao abrigo do no Aviso 10/20 do BNA, sendo que entre as
Total de Crédito Vencido (M USD)
Crédito Vencido Banca Empresas (M USD) 13 operações novas aprovadas 7 referem-se a projectos de
Rácio de Crédito Vencido agricultura e pecuária, 4 são projectos industriais e 2 são de
actividades pesqueiras.
Financiamentos Estruturados e ao Investimento
0,3% 5,0%
9,6%
• Projectos tipo start-ups;
• Project finance;
19,2%
50,3%
• Fusões & aquisições;
• Grandes investimentos de projectos em risco Corporate;
12,3%
• Financiamentos ao Estado e a Organismos Públicos e/ou
garantia do Estado Angolano;
• Financiamentos estruturados com sindicatos bancários; Agricultura, Pecuária e Pescas Serviço de Apoio ao Sector Produtivo
Materiais de Construção Saúde e Educação
• Reestruturação de passivos/substituição de passivos em Indústria Transformadora Hotelaria e Turismo
grandes Grupos Empresariais, de modo a salvaguardar o

envolvimento de crédito;
• Projectos com partilha de risco, nomeadamente com

Agências Multilaterais e Bilaterais e com Export Credit
Agencies (ECAs);

OIL & GAS E INSTITUCIONAL
O BFA procura permanentemente definir uma proposta de valor assente em soluções inovadoras e na excelência de serviço,
visando endereçar os desafios apresentados pelos seus Clientes do sector petrolífero. Esta preocupação deve-se particularmente
ao dinamismo dos mercados em que actuam e a dispersão geográfica dos seus parceiros de negócios.
Neste sentido a actuação da área encontra-se assente em três pilares elementares:
1. ACOMPANHAMENTO ESPECIALIZADO
Tem como objectivo especializar o atendimento de diferentes Com equipas experientes e dedicadas com conhecimento
empresas do sector petrolífero através de dois Centros de das especificidades transaccionais e o enquadramento
Empresa específicos: Regulamentar, garantem celeridade no tratamento das
instruções apresentadas.
• Centro de Empresa Oil & Gas – Operators e Vendors
(Clientes que actuam no Sector Petrolífero) Desta forma, o BFA tem sido reconhecido como parceiro
preferencial na realização de negócios com Clientes que
• Centro de Empresa Institucional actuam neste segmento.
(entidades que actuam no Sector Público e as entidades
com reconhecimento diplomático)
2. ACOMPANHAMENTO OPERACIONAL
O BFA optou por adaptar a sua estrutura operacional e • Incentivo à utilização dos meios de pagamentos
sistemas de processamento de pagamentos e transferências: electrónicos como Homebanking;
• Integração automatizada dos ficheiros entre os sistemas • Capacidade do sistema de Homebanking de efectuar o
informáticos das empresas dos Clientes e do Banco; pagamento de impostos;
• Envio automático de extractos e SWIFT das operações • Registo e acompanhamento dos Contratos de Serviços
processadas por MT940 e MT101, assim como o e Salários no SINOC (Sistema Integrado de Operações
pagamento por lotes em ficheiros PSX; Cambiais).
3. SOLIDEZ E SEGURANÇA
O BFA, devido ao seu sólido Balanço e elevada liquidez, total segurança, celeridade, eficiência e integridade no
consegue garantir uma capacidade total para apoiar com processamento das transacções.
transparência as necessidades apresentadas pelos Clientes
do sector petrolífero. O BFA tem trabalhado no sentido de garantir que todos
os seus Clientes tenham a informação relativa ao KYC
As soluções aplicacionais e tecnológicas desenvolvidas actualizada, através da adopção das actuais exigências
e disponibilizadas pelo BFA aos seus Clientes estão de compliance que salvaguardam a relação com as suas
alinhados com as melhores práticas do sector, garantindo contrapartes.
O BFA 75
A área em 2020 Eventos com impacto nos Clientes do Sector Petrolífero;
Ao longo de 2020 o BFA continuou a executar, com a • Cessação a 31 de Dezembro de 2020, dos contratos
eficiência que o caracteriza, e mantendo o compromisso para tripartidos (Aviso 13/2019).
com os seus Clientes, as operações de: Alternativa concedida anteriormente para aquisição de
moeda estrangeira pelos Vendors às Operadoras, por
• FX transactions, com o BNA, para o pagamento de intermédio de Banco Comercial (Aviso 7/2014)
contractos e despesas locais em kwanzas.
• Impacto nos tempos de espera na análise da Due Diligence
• Pagamento de Impostos Petrolíferos (PIT). dos contratos de serviços por da Carta Circular
nº002/DCC/2020. Entretanto, a relação de proximidade
• Contratos Tripartidos, uma vez que para estes Clientes com os Clientes garantiu o alinhamento necessário que
o BFA não sofrerá restrições na compra de USD aos permitiu ultrapassar os constrangimentos iniciais.
operadores.
Eventos com impacto nos Clientes do Sector Mineiro;
O ano de 2020 foi inadvertidamente atípico pela crise sanitária
mundial que assolou o mundo e que alterou a forma de nos • Decreto Presidencial nº143/20 - Modelo de Governação do
relacionarmos com os Clientes e de fazer negócios. Sector Mineiro
O processo de digitalização implementado pelo BFA, em • Aviso 13/2020 - Regime Cambial Aplicável ao Sector
período anterior à COVID-19, foi crucial e contribuiu de Mineiro
maneira determinante na adaptação ao contexto imposto pelo
confinamento e permitiu-nos dar resposta às necessidades Eventos com impacto nos Clientes do Sector Público
apresentadas pelos Clientes, em formato remoto, garantindo o
seguimento das operações e acautelando o potencial de fraude • Aviso nº 23/20 de 29 de Dezembro - Procedimentos para o
que os períodos de alterações repentinas podem ocasionar. processamento de transferências para o exterior ordenadas
por Órgãos do Estado.
O impacto económico desafiante, que abalou todos os sectores
do tecido empresarial, influenciou a pertinência de adequar os Perspectivas para 2021
modelos de negócio em alternativas sustentáveis.
Em 2021, o O BFA irá reiterar o compromisso de continuar
Neste intuito a Direcção de Empresas foi reestruturada, tendo a formar as equipas, inclusive com ferramentas digitais para
como objectivo principal segmentar os Clientes por sectores de assegurar que mesmo em atendimento híbrido (presencial e
actividade e garantir melhor experiência na relação com o BFA. remoto), o Cliente perceba estar no centro da nossa prioridade.

DIRECÇÃO DE AGRONEGÓCIO
Apoio directo à diversificação da economia angolana
A Direcção de Agronegócio (DAN) foi aprovada em CECA a 3

de Outubro de 2018 tendo entrado em funcionamento a 3 de
Dezembro de 2018. Assume como principal missão apoiar
o desenvolvimento sustentável do sector de Agronegócio em
Angola, nomeadamente os sectores da agricultura, pecuária,
pesca e silvicultura e outras indústrias associadas. O BFA
assume assim como uma das suas prioridades tornar-se a
principal referência bancária para as empresas destes sectores.
Neste sentido, o primeiro ano completo de funcionamento

desta nova área, apresentou resultados particularmente
positivos, tendo sido lançadas as bases necessárias para que
o BFA possa apostar numa abordagem profissionalizada do
agronegócio. Para este efeito, apresenta uma visão pioneira
no mercado que procura garantir a melhor cobertura do risco
nos seguintes sectores: agro-pecuário, pesca, silvicultura
e indústria transformadora. O ano de 2020 ficou marcado
pela operacionalização efectiva da DAN, assumindo como
prioridades:
Na área de dinamização e promoção foram desenvolvidas actividades para a gestão da carteira de Clientes referentes à oferta de
produtos de crédito específicos para o sector, de prospecção de Clientes e de capacitação e formação.
Principais resultados da DAN em 2020
Na Área de Dinamização e Promoção foram desenvolvidas Sectores DEs DPNs Total

actividades para promover a fidelização e a captação de novos Agricultura 20 15 35
Clientes do agronegócio de forma a gerar uma base de Dados Pecuária 4 9 13
de Clientes consistentes e robusta. No final de 2020 estavam
Pesca 11 12 23
identificados 120 Clientes distribuídos pelas Direcções
Com de insumos 9 7 16
Comerciais distribuídos da seguinte forma:
Exp. Florestal 5 7 12
Agro Indústrias 8 13 21
Total 57 63 120
O BFA 77
Destes, 14 fazem parte de grandes grupos económicos, com Relativamente a produtos específicos para o sector foram
projectos relevantes no sector agro que vão da agricultura à aprovados o “Crédito de Campanha” e “Crédito para a
pecuária. aquisição de máquinas e equipamentos” e está a ser
desenhada uma nova campanha, “Linha de crédito do PDAC”
No que diz respeito a novos potenciais Clientes, foram que irá sobretudo beneficiar as micro e pequenas empresas
mapeados nas zonas geográficas prioritárias 23 empresas que Clientes do BFA.
serão objecto de acções dinamização durante 2021.
Na Área Técnica foram recepcionadas 58 pedidos de
Para 2021 espera-se em conjunto com a rede comercial financiamento, no valor global de cerca de 160 mil milhões
realizar acções comerciais, de forma a identificar pontos de de kwanzas, ao abrigo dos programas e nos sectores
melhoria no relacionamento com estes Clientes e em paralelo mencionados no quadro seguinte.
concluir o processo de melhoria da qualidade de informação
no Sistema do Banco, actividade que está a ser realizada pela
DOQ e DSI.
PROPOSTAS RECEPCIONADAS
Montante global
Sector PAC Aviso nº 10 PAI Outro Total solicitado (KZ)
Agricultura 10 18 - - 28 56 221 699 364,84
Pecuária 6 10 2 - 18 76 511 147 567,70
Pescas 3 4 - - 7 14 208 797 270,00
Indústria - 3 - - 3 7 392 700 000,00
Comércio - 1 - 1 2 5 461 420 000,00
Total 19 36 2 1 58 159 795 764 202,54
A nível do acompanhamento dos projectos em curso foram A nível de formação da rede comercial, foram realizados
realizadas 7 visitas das 24 previstas devido á situação da 6 (seis) sessões de formação em Luanda, em parceria
pandemia e à insuficiente capacidade técnica para abarcar com o Gabinete de Apoio e Suporte Comercial, sobre as
todas as responsabilidades relacionadas com a área técnica. insuficiências dos processos de crédito submetidos ao Banco,
com a participação de 28 (vinte e oito) gestores dos CGE.
A nível de parcerias com outras instituições, foi assinado o
Protocolo com o PDAC para o cofinanciamento de operações Por solicitação do Ministério da Economia, foi realizado,
de crédito até ao montante máximo em AOA equivalentes a pela DAN e DFEI em Junho duas sessões de formação em
EUR 470 milhares, nas condições de financiamento do Aviso “Conformação dos pedidos de crédito no BFA” a técnicos do
nº 10 do BNA, com partilha de risco pelo FGC até 65% do INAPEM e do MEP, com o objectivo de apresentar as bases
financiamento concedido pelo BFA. do processo de instrução de um pedido de crédito no BFA no
âmbito de um pedido de crédito ao investimento de MLP.
Foram encetadas negociações com o BDA para o
cofinanciamento de projectos de Clientes do BFA que
necessitem de maturidades de financiamento acima dos
10/12 anos.

Expectativas para 2021
1. Propor um modelo de relatório de análise das propostas

de financiamento para o agronegócio que incorpore
a análise técnica da DAN e a análise do risco, com
o objectivo de melhorar os tempos de resposta aos
Clientes do agronegócio;
2. Participar nas reuniões de balanço da DGE, DME, DPN

Norte e DPN Sul;
3. Realizar um estudo com o objectivo de identificar um

modelo para o financiamento da agricultura familiar;
4. Realizar acções em parceria com a Academia do BFA

para identificação de acções de formação da rede
comercial em agronegócio;
5. Identificar parceiros para o co-financiamento dos

projectos de investimento dos Clientes;
6. Realizar visitas de estudo a instituições financeiras com

financiamento no agronegócio;
7. Realizar o estudo da cadeia de valor do milho em

parceria com a GEE-DFI e do café com parceiro externo
credível;
8. Publicar trimestralmente a Magazine AGRO com

informação e formação do sector;
9. Acompanhar a melhoria da Base de Dados dos Clientes

Agronegócio em desenvolvimento pela DSI/DOQ;
10. Identificar e propor à rede comercial acções de

fidelização e de captação de novos Clientes do sector do
agronegócio;
11. Formação da rede comercial em produtos e serviços de

crédito do BFA para o agronegócio e na conformação
dos projectos de crédito ligados ao sector.
O BFA 79
MERCADO DE CAPITAIS
INTERMEDIAÇÃO DE DÍVIDA PÚBLICA BODIVA
Liderança na Dinamização do Mercado de Capitais em Angola A consolidação da posição do Banco enquanto agente de
Intermediação Financeira, está intrinsecamente relacionada
O BFA iniciou a sua actividade de Intermediação de Títulos de com a abertura da Bolsa de Dívida e Valores de Angola
Dívida Pública no início de 2014, sendo este mais um serviço (BODIVA) em 2015. Esta consolidação culminou com o BFA a
que pretende dar resposta às necessidades de liquidez e tornar-se no primeiro Membro de Negociação da BODIVA, com
de investimento dos seus Clientes, e em 2020 tornou-se o a possibilidade de actuar nos mercados regulamentados em
primeiro Operador Preferencial de Títulos do Tesouro (OPTT), nome próprio e, como intermediário na execução de ordens de
função acolhida dentro da estratégia de negócios. Enquanto terceiros.
OPTT o Banco exerce a função de Market Maker, transmitindo A BODIVA é uma sociedade gestora de mercados
liquidez ao mercado e na criação de preços justos e, regulamentados responsável pela implementação do ambiente
assim, dar segurança aos investidores de que em caso de de negócios que torna possível a transacção, em mercado
necessidade poderão desfazer-se dos seus activos a preços secundário, de títulos do tesouro, obrigações corporativas,
de mercado. acções, unidades de participação de fundos de investimentos e
outros valores mobiliários.
No âmbito da estratégia de negócio o BFA tem adquirido O registo na BODIVA torna possível que todos os participantes
Títulos do Tesouro aos seus Clientes, particulares e empresas, no mercado tenham acesso à mesma informação, o que
que necessitam de liquidez para a sua actividade, e vende permite a total transparência de preços para quem pretenda
estes mesmos Títulos a outros Clientes que tiram partido transaccionar Títulos do Tesouro. Este factor revela-se crítico
de uma oportunidade para diversificarem e rentabilizarem e crucial na implementação de um Mercado de Capitais,
as suas poupanças.O BFA intermediou Dívida Pública com alavancando a transacção dos valores mobiliários entre os
os seus Clientes em moeda nacional, registando um total diferentes intervenientes no Mercado.
transaccionado de 380,89 milhões de USD, inferior em 21%
relativamente a 2019. Apesar da redução, o BFA endereçou Em 2020 a BODIVA registou um total de 5 512 negócios, uma
activamente as necessidades evidenciadas pelos seus subida de 27,4% face a 2019, num total de 1 187 026,44 mil
Clientes, solidificando a sua posição de líder no mercado. milhões de kwanzas negociados.
Operações de Dívida Pública com Clientes em M USD Negócios Realizados por Trimestre
2020
251,84 1 509
129,05 1 387
1 306 1 310
2019 1145 1 090
280,73 1 043 1 049
201,99
2018
831,51
342,86
Vendas Compras
1ºT 2ºT 3ºT 4ºT 1ºT 2ºT 3ºT 4ºT

2019 2019 2019 2019 2020 2020 2020 2020

Do total de negócios realizados em 2020, o BFA tem uma Nº de Negócios Total

quota de participação de 51.1%, reflectindo a capacidade 2020 2 818 5 512
que o Banco tem de oferecer aos seus Clientes o acesso ao
mercado de capitais, bem como a importância atribuida à
dinamização do mercado de capitais Angolano. O número de 2019 2 095 4 327
negócios seguiu a tendência evolutiva e houve um aumento
negócios realizados pelo BFA face a 2019 (34,5%). Mercado BFA
Analisando o montante total negociado em 2020 nos mercados da BODIVA, verifica-se que o BFA, obteve uma quota anual de
mercado de 27,4%, tendo mantido a sua posição de liderança no mercado não apenas em relação ao número de negócios, mas
também em relação ao montante negociado.
Montante Acumulado Negociado (MKz)
339 017
49,2%
288 126 283 795 276 294
231 606
208 376 218 671 215 454 31,4% 31,3%
27,8% 26,2%
25,8% 26,8%
21,9%
1ºT 2019 2ºT 2019 3ºT 2019 4ºT 2019 1ºT 2020 2ºT 2020 3ºT 2020 4ºT 2020
Mercado Peso BFA
Tipologia de Negócios
Distribuição do Número de Negócios Distribuição do Montante de Negócios

0,13% 0,10%
99,87% 99,90%
Obrigações do Tesouro Obrigações do Tesouro

Bilhetes do Tesouro Bilhetes do Tesouro
O BFA 81
Analisando a tipologia dos activos transaccionados ao longo
de 2020, verifica-se uma clara predominância de negócios
sobre Obrigações do Tesouro em detrimento dos Bilhetes do
Tesouro em número de negócios e montante, com quotas de
99,87% e 99,90%, respectivamente.
Contas CEVAMA
Ao longo de 2020, o número de contas abertas junto da

CEVAMA (Central de Valores Mobiliários da BODIVA) sofreu
um acréscimo bastante significativo, tendo aumentado de 6
886 contas em 2018 para 15 074 no ano em análise, o que
evidencia o crescente dinamismo do mercado de capitais
Angolano.
No fim de 2020 o BFA tinha 9 378 contas activas abertas,

o que representa um crescimento de 22,6% e um peso de
62,2% no total de contas da CEVAMA.
Prémios
Em 2018 a BODIVA passou a reconhecer os seus membros

pelo seu desempenho e desde esse ano o BFA tem sido
distinguido pela sua prestação nos Mercados BODIVA.
Quanta prestação de 2020, o BFA foi distinguido na Gala

BODIVA com os prémios de Banco com o maior número de
contas sob custódia e Maior montante negociado no mercado
da dívida pública e ainda recebeu uma menção honrosa
por ter sido o primeiro Operador Preferencial de Títulos do
Tesouro.

BFA - GESTÃO DE ACTIVOS
SOCIEDADE GESTORA DE ORGANISMOS DE INVESTIMENTO Dash Board

COLECTIVO
Número de Colaboradores Directos
A BFA Gestão de Activos (“BFA GA”), encontra-se registada 2020 5
na Comissão do Mercado de Capitais (“CMC”) desde
Dezembro de 2016, sendo actualmente uma das maiores 2019 7
Sociedades Gestora de Organismos de Investimento Colectivo
2018 8
(SGOIC) a operar em Angola.
2017 8
A BFA GA, presta serviços de Constituição, Gestão e
2016 9
Consultoria em Fundos de Investimento a investidores
Institucionais e a não Institucionais.
A sua estratégia de investimento abrange todo um espectro

de classes de activos, determinadas através de um
acompanhamento minucioso sobre as várias tendências dos Elevado 100% 36 100%
mercados e sobre as oportunidades que se vão apresentando Know-how Licenciatura Idade Quadros
ao longo do seu percurso. em Mercados ou Mestrado Média dos Nacionais
Financeiros Colaboradores
Até Dezembro de 2020, a BFA GA foi responsável pela
colocação/constituição de 8 (oito) Fundos de Investimento,
dos quais 3 (três) se encontram liquidados e 5 (cinco) em Número de Fundos sob gestão
actividade. Assim, a BFA GA, até Dezembro de 2020, teve 2020 4
um track record de um total de cerca de 99 mil milhões
2019 2
kwanzas de activos sob gestão se considerado o somatório do
capital social de cada Fundo constituído, e um total de 128 2018 1
mil milhões de kwanzas de activos sob gestão considerando o
2017 1
valor líquido global de cada Fundo.
2016 0
Até à data, todos os Fundos foram colocados com
sucesso junto dos diversos segmentos de Clientes, isto é, Activos sob gestão (Mil milhões de Kwanzas)
institucionais e não institucionais. Este sucesso tem sido o
2020 68 460
resultado do elevado profissionalismo e dinamismo de toda
a equipa do grupo BFA, bem como de um elevado sentido 2019 30 119
de compromisso, transparência, democracia, resiliência e
2018 19 055
capacidade de inovação que tem vindo a empreender desde
a sua criação, tendo como fim último a oferta de produtos e 2017 10 795
serviços diferenciados para o mercado.
2016 0
Dez.20
Dez.20
38,46% Dez.20
60,01%
Dez.20
Quota sobre 23,81% Quota sobre 19,72%
o Mercado dos OIC Quota sobre Quota sobre
o Mercado dos OIC
Mobiliários o Mercado dos OIC o Mercado dos OIC
O BFA 83
PERFORMANCE HISTÓRICA
BFA Oportunidades BFA Oportunidades II

Data de Constituição 17/08/2017 Data de Constituição 17/08/2018
Data de Vencimento 17/08/2018 Data de Vencimento 17/08/2019
Capital Social Kz 10 Mil Milhões Capital Social Kz 18 Mil Milhões
Activos: BT I DP Activos: BT I DP
Maturidade 1 ano Maturidade 1 ano
Performance / Rentabilidade 18% Performance / Rentabilidade 15%
BFA Protecção BFA Oportunidades III

Data de Constituição 03/09/2019 Data de Constituição 11/09/2019
Data de Vencimento 18/12/2020 Data de Vencimento 26/01/2021
Capital Social Kz 8,5 Mil Milhões Capital Social Kz 17,7 Mil Milhões
Activos: OTIKZ I DP Activos: OTNR I DP
Maturidade 1 ano & ≈ 3 meses Maturidade 1 ano & ≈ 4 meses
Performance / Rentabilidade Anualizada 63% Performance / Rentabilidade Anualizada 15%
Performance / Rentabilidade Acumulada 81% Performance / Rentabilidade Acumulada 21%
BFA Private BFA Oportunidades IV

Data de Constituição 25/05/2020 Data de Constituição
22/07/2020
Data de Vencimento 02/08/2021 Data de Vencimento
25/04/2022
Capital Social Kz 4,5 Mil Milhões Capital Social
Kz 10 Mil Milhões
Activos: OTNR I DP Activos:
OTNR I DP
Maturidade 1 ano & ≈ 3 meses Maturidade
1 ano & ≈ 9 meses
BFA Oportunidades V BFA Oportunidades VI

Data de Constituição 27/08/2021 Data de Constituição
21/12/2020
Data de Vencimento 07/11/2021 Data de Vencimento
09/01/2022
Capital Social Kz 10 Mil Milhões Capital Social
Kz 20 Mil Milhões
Activos: OTNR I DP Activos:
OTNR I DP
Maturidade 1 ano & ≈ 3 meses Maturidade
1 ano & ≈ 1 mês

Foco para 2021
A BFA GA acredita que o ano de 2021 será marcado

essencialmente por três aspectos:
1. Consolidação do Investimento Estrangeiro – Prevê-se

uma maior afluência por parte dos investidores não
residentes cambiais como resultado das várias políticas
que o Executivo tem vindo a implementar com vista
na melhoria do ambiente de negócio, aliado às boas
práticas que têm sido verificadas nos mais diversos
sectores da economia nacional.
Estas políticas têm como objectivo reafirmar e mostrar

ao mundo o novo paradigma que se vive em Angola,
tendo como exemplo a publicação do Aviso nº15/2019,
que visa essencialmente flexibilizar o processo de
importação e exportação de capitais por investidores
não residentes cambiais;
2. Consolidação / materialização do Programa de

privatizações – Poderá ser um dos principais meios pelo
qual se materializará o investimento estrangeiro (referido
no ponto acima) e concomitantemente dar arranque ao
mercado de acções;
3. Consolidação do Mercado de Títulos Corporativos

– A BFA GA acredita que as taxas de remuneração
dos títulos da divida publica continuarão a descer,
podendo dar lugar a mais emissões de títulos de divida
corporativa.
No sentido de responder aos vários desafios que se vão

verificando, a BFA GA continuará a apostar fortemente
na formação e capacitação continua dos seus quadros. O
principal objectivo desta aposta é reforçar a qualidade de
serviço como promotor do sucesso, mitigar o risco operacional
e continuar a criar soluções inovadoras de investimento para
todos os seus parceiros, no sentido de estabelecer uma
relação confiável e duradoura para a solidificação da sua
posição no Mercado de Capitais.
O BFA 85
Capital Humano
Estratégia de Capital Humano Distribuição de Colaboradores por Área de Actividade

% Total
Os Colaboradores do BFA constituem a base fundamental da 0,9%
operação do Banco, constituindo o seu maior activo. Neste

sentido, o Banco implementa uma política de constante 26,4%
valorização, reforço de competências, promoção de uma
cultura de excelência e orientação para a qualidade do serviço 65,2%
prestado ao Cliente.
6,0%
Em 2020, o BFA deu continuidade à implementação dos

processos de transformação definidos no âmbito do seu Plano 1,5%
Estratégico, assumindo como objectivo o fortalecimento de
uma cultura assente nos seguintes valores:
Comercial Mercados
• Transparência
Marketing, Organização e Sistemas Suporte, Controlo e Fiscalização
Administração e Secretariado
• Inovação
• Proximidade Distribuição por Escalão Etário
O Programa Transformacional iniciado pelo BFA, transversal 1,8% 0,8%

a toda a organização, tem um impacto significativo neste 3,9% 2,7%
âmbito. Com o objectivo de promover o grau de satisfação dos 13,1%
28,7%
seus Colaboradores e acompanhar o crescimento sustentado
do negócio, este programa promove mudanças no Processo
de Recrutamento e Selecção, bem como, nos restantes
processos de gestão do capital humano.
Área em 2020 26,7%
32,2%
No final de 2020, o Banco contava com 2 775 Colaboradores,
um aumento de 1,87% face ao período transacto,
registando-se um aumento de 51 novos Colaboradores. <26 anos 26 a 30 anos 30 a 35 anos 35 a 40 anos
40 a 45 anos 45 a 50 anos 50 a 55 anos >55 anos
Evolução do Efectivo
2 775 Idade Média dos Colaboradores
2 724
2 674
36,0
35,1
34,4
2018 2019 2020

2018 2019 2020

Distribuição de Colaboradores por Género Este programa visa reter os Colaboradores, de modo a
promover o seu desenvolvimento e crescimento nas diversas
53,6% 54,0% 54,3% áreas do Banco, onde a sua contribuição e competências são
46,4% 46,0% 45,7% mais necessárias.
Esta contínua aposta na mobilidade, transferência e

promoções internas, tem vindo a receber suporte pelas
reestruturações e a criação de diversas Direcções, o que
potencia a melhoria dos conhecimentos e competências dos
2018 2019 2020
Colaboradores, através da aquisição de um conhecimento
Homens Mulheres transversal da organização.
2020
Distribuição do Efectivo por Nível de Qualificação 73
58
2020 31,7% 50,6% 11,1% 6,6%

2019
139
6
2019 21,3% 43,5% 24,1% 11,1%
2018
127
2018 17,1% 49,1% 28,3% 5,4% 76
Mobilidade Promoções
Ensino Superior Frequência Universitária
Ensino Médio Outros
Acolhimento de novos Colaboradores
Actividades da DCH O BFA lançou no primeiro semestre de 2019 a 1ª Edição do

Programa de Trainees, denominado #FuturoBFA. O programa
Rotatividade Interna, Mobilidades e Promoções foi desenvolvido juntamente com a Novabase, com o objectivo
de seleccionar 25 jovens talentos licenciados com Mestrado
Com o abrandamento da economia, o recrutamento é visto ou Pós-Graduação em cursos de tecnologias de informação,
como pontual e estratégico. Nesse sentido, de forma a de modo a serem inseridos na Direcção de Sistemas de
potencializar os quadros existentes, o BFA tem vindo a apostar Informação. Após termino do programa, no segundo semestre
e a suprir as suas necessidades de novos Colaboradores de 2020, foram integrados na estrutura do BFA 22 trainees,
através da rotatividade interna, mobilidade e promoções. inseridos em vários projectos ligados a transformação digital.
Em 2020 foram abrangidos por estes processos cerca 131
Colaboradores. Adicionalmente, no primeiro trimestre de 2020 deu-se início
ao projecto #FuturoBFA V0.2 para as áreas de negócio. Esta
Face ao contexto epidemiológico que se vive, em 2020 o edição do projecto tem como objectivo selecionar 52 jovens
BFA teve 1.022 Colaboradores em plano de contingência, talentos licenciados em Economia, Finanças, Gestão de
39 Colaboradores em teletrabalho e 112 Colaboradores em Empresas de modo a serem inseridos nas várias Direcções
quarentena. ligadas ao negócio do Banco. Com uma duração total de 12
meses, o seu objectivo é a implementação de uma estratégia
Ao longo de 2020, o BFA promoveu o desenvolvimento dos de identificação de talentos a nível nacional que contribuam
Colaboradores através da mobilidade interna, tendo como base activamente para o crescimento do Banco.
a seguinte expressão:
“As pessoas certas, nos lugares certos”.
O BFA 87
Prespectivas para 2021 Evolução de Colaboradores Formados
Em 2021, a Direcção de Capital Humano vai continuar 2020 2 724

aprofundar a sua missão de ser um parceiro das restantes
Áreas do Banco, tendo um contributo positivo para o 2019 2 764
crescimento do negócio. Dará continuidade a optimização do
sistema de gestão de capital humano, nomeadamente SAP, 2018 2 623
com a integração de mais módulos de SAP SucessFactors,
garantindo assim uma gestão mais eficiente e uma Contagem do Id_formando
componente mais analytics do Capital Humano do BFA.

Em termos do número de horas investidas em formação houve
FORMAÇÃO também um decréscimo de cerca de 45.91% face ao ano
anterior.
A actividade em 2020
Frequência e Contagem de Inscrição por Ano
A Academia BFA está formatada para providenciar formação
a todos os Colaboradores da instituição BFA, quer por 2020 49 923,50
necessidade do plano de desenvolvimento individual ou por
interesse em melhorar os níveis de proficiência, quer dentro e
2019 92 303,65
fora de Luanda.
Frequência
Tem como principal objectivo fazer a correlação da

estratégia da organização, para o desenvolvimento dos seus Neste âmbito, os maiores investimentos de tempo foram feitos
Colaboradores, através da construção de percursos curriculares nas áreas de:
relevantes para o negócio.
• Softskills, que considera as formações exclusivamente
Estabelecemos um conjunto de parcerias de excelência, comportamentais; e
capazes de disponibilizar uma oferta integrada de serviços de
formação e desenvolvimento para os Colaboradores do BFA em • Marketing, Produtos, Serviços e Técnicas Bancarias, que
toda Angola. incluí a componente comercial, de acordo com os parâmetros
da ABANC, que acompanha as exigências do Regulador.
No seu âmbito a Academia BFA promove o desenvolvimento
de competências dos Colaboradores, através de actividades Frequência por Área Temática - 2020
formativas, em metodologia presencial e elearning. 1 830,00
4%
Em 2020, foram formados 2 724 Colaboradores,
19 204,00
correspondendo a menos 40 relativamente a 2019, em
38%
consequencia do novo contexto, pelos quais se tiveram de
adequar os novos metodos de formação, representando uma 25 531,50
percentagem de 81,22% de participação. 51%
2 158,00
1 230,00
4%
3%
Marketing, Produtos, Serviços e Técnicas Bancárias Qualidade

Recursos Humanos Softskills Compliance

Redefinição da estratégia definida para o Órgão 31 - 15,816%

74 - 37,755%
No geral, o BFA pretende tornar-se numa empresa cada vez

mais sólida e preparada para os desafios futuros. 23 - 11,735%
Adicionalmente, o BFA prentende contribuir para implementar

uma visão de levar o digital aos Colaboradores do BFA em
prol de um mundo inteligente e totalmente conectado. Este
processo é essencial para superar barreiras como a que nos
deparamos actualmente. Neste âmbito, estamos a trabalhar em 68 - 34,694%
programas formativos de capacitação da liderança e da gestão

com modelos e ferramentas de aplicação imediata. Haven’t started yet Finished
Played in the last week No activity in the last week
Em suma, o grande desafio prende-se com o facto de

manter os Colaboradores centrados no Cliente, promover a As acções de formação de consolidação incidem sobre temas
sustentabilidade dos bons resultados. O sucesso só é possível específicos e fundamentais para o desempenho da função,
desenvolvendo, ajudando e inspirando as suas pessoas a fazer permitindo ao Colaborador aprofundar conhecimentos,
as coisas certas, dia-a-pós-dia. actualizar e aperfeiçoar técnicas, assim como alargar os seus
horizontes.
Sempre com foco no cliente pessoas, propomos Experiências de
Aprendizagem que encorajem o Social Learning (aprendizagem São programas de formação a curto-médio prazo, e estão
social), promovendo a comunicação entre indivíduos e equipas associados ao desempenho das suas funções e ganhando cada
dentro das organizações, dando-lhes autonomia e potenciando vez maior profundidade nas suas responsabilidades no BFA.
a partilhada informação, levando à retenção do conhecimento e É extremamente relevante continuar a conferir sustentabilidade
estabelecendo premissas para a redução de custos de rapidez ao conhecimento do Colaborador para o seu melhor
no acompanhamento das mudanças socioecónomicas. desempenho, através do desenvolvimento de competências
comportamentais, técnicas e estratégicas que possibilitem
Formação às Lideranças ao Colaborador melhorar a qualidade e rigor de determinada
actividade, actualizar e aprofundar conhecimentos e adquirir
Neste programa foram convocados 179 Colaboradores de maior autonomia.
1ª linha de direcção, tendo o resultado final sido de enorme
sucesso. Obtivemos uma valorização média de 8,75 (escala Grande parte destas acções são desenvolvidas e entregues com
1-10), e um extraordinário NPS de 65 valores. transferência de conhecimento interno.
A experiencia foi recomendada a outros Colaboradores por 94%

dos alunos, e 100% dos alunos consideram os conteúdos úteis
e com aplicabilidade no seu dia-a-dia.
Além disso, os comentários deixados pelos formandos, no final

do curso, são bastante positivos.
O BFA 89
Programa de Gestão Bancário I/II
PARTE I - Fundamentais da Banca e do BFA (Nível I e II) PARTE II – Experiência de Cliente (Nível I e II)
• História do BFA • Foco no Cliente
• Governance BFA • Gestão de Tempo
• Conhecimento do Negócio Bancário • 3 Jogos
• Anti-Money Laundering
• Ética e Código de Conduta BFA PARTE III - Fundamentais da Banca Comercial (Nível II)
• Fundamentais da Banca Comercial II (Produtos e Serviços
PARTE III - Fundamentais da Banca Comercial (Nível I) BFA)
• Fundamentais da Banca Comercial I (Produtos e Serviços • Evolução da Banca em Angola
BFA) • Gestão de Equipas
• Conhecimento da Actividade Bancária
• Gestão de Tesouraria
Programa de Gestão Bancário I/II • Fase #1 da Formação: 3 Módulos

• Módulo I- SAP ABAP Workbench Foundations
Com a implementação de um novo aplicativo na instituição, • Módulo II- SAP HCM - Processos de Negócio
foi identificada pelo Banco, a necessidade de formação muito • Módulo III - SAP BASIS - Melhores práticas de
específica na aplicação SAP, integrando essas mesmas administração de sistemas
necessidades no planeamento da acção de formação a • Empresa Gestora da Formação: Centro de Formação
operacionalizar. ITGEST
A formação profissional é um importante veículo de • Número de Formandos: 36
valorização, quer para o trabalhador quer para a empresa. • Destinatários – DSI e DCH
Num mundo em constante mudança, a forma como • Duração total de horas: 90 Horas
aprendemos está também em constante mudança.

Inovação e Tecnologia
Um dos principais pilares da estratégia do BFA é a Inovação • Arquitectura de Sistemas: desenho do modelo conceptual
e Tecnologia. da arquitectura de sistemas que vai permitir o refresh
tecnológico, escolha e selecção dos equipamentos e dos
Ao longo de 2020 foram desenvolvidos diversos projectos parceiros, no sentido de garantir uma infra-estrutura com
nesta frente que têm permitido um reforço da capacidade e níveis de excelência nas componentes de resiliência e
resiliência dos sistemas do Banco, suporte ao crescimento redundância, para que a mesma proporcione uma resposta
do seu negócio e operativa e dotá-lo de maior agilidade, elevada aos desafios colocados pela digitalização;
flexibilidade e mobilidade.
• Mobilidade: aquisição e entrega de 245 portáteis a
São de destacar as seguintes orientações estratégicas neste utilizadores internos, acesso a aplicações internas a partir
âmbito: de acessos externos controlados e implementação de um
ferramenta colaborativa, que permitiram à organização
no contexto de pandemia, operar sem restrições e
I
dota-la de meios para acelerar o proceço de adopção da
transformação digital;
Transformação
Digital • Transformação Interna: entrada em produtivo da nova
versão do sistema de gestão de requisições, que veio
dar maior suporte e cobertura funcional ao processo de
requisições, indo de encontro ao objectivo da digitalização.
II Reforço de sistemas IV
e infra-estrutura • Capital Humano: entrada em produção de soluções de
tecnológica
Apoio ao gestão do capital humano, numa óptica 360º, cobrindo
Projecto crescimento não só os processos usuais de cadastro e processamento
eMudar do negócio
III e controlo de risco salarial, mas também toda a gestão de talento,
nomeadamente o processo de avaliação, os percursos
formativos e de melhoria, e os processos de sucessão.
Destacam-se as seguintes iniciativas do projecto:
I. Transformação Digital
No âmbito dos objectivos estratégicos a que o BFA se propôs, #01

em 2020 desenvolveram-se um conjunto de iniciativas que Cadastro e processamento salarial, via HCM SAP.
visam acelerar o processo de adopção da transformação digital,
das quais se destacam as seguintes: #02
Gestão de Desempenho e Formação, via Sucess Factors.
• Soluções Tecnológicas: aquisição da plataforma que vai
suportar o processo de desenvolvimento de soluções
internas, nomeadamente as jornadas digitais;
• Arquitectura de Exposição de Serviços: desenho do modelo

conceptual da arquitectura, desenvolvimento e validação
da prova de conceito e implementação da camada de
exposição de serviços, com o objectivo de assegurar que a
mesma dá resposta aos desafios da transformação digital;
O BFA 91
II. Projecto eMudar Em 2020 foram realizadas iniciativas de reforço da resiliência
dos sistemas do Banco, tendo sido dedicado grande esforço e
A plataforma eMudar manteve-se como um dos pilares investimento para estas, nomeadamente:
essenciais da transformação do Banco, sedo pilar essencial
para incrementar a sua eficácia e eficiência. Tornando • Migração do Core Bancário: entrada em produtivo da versão
os processos mais simples, automatizados, dinâmicos mais actual do core bancário. Este projecto para alem da
e resilientes. Este sistema revela-se estruturante para o sua dimensão, complexidade e criticidade, é determinante
desenvolvimento da actividade do BFA, na medida em que: para a estratégia de adopção da transformação digital.
• Permite a redução do risco operacional; • Reforço de Sistemas de Suporte SWIFT: actualização

para a última versão da plataforma e implementação da
• Introduz procedimentos padronizados, bem como a sua confirmação automática de mensagens.
uniformização ao longo das diversas Áreas do Banco;
• Renovação do parque tecnológico: foi continuado o processo
• Assegura níveis de serviço e redução do tempo de de renovação do parque tecnológico das agencias e dos
tratamento dos processos; serviços centrais. Em 2020 renovaram-se e reforçaram-se
links de comunicações e de equipamentos críticos.
• Permite a automatização e desmaterialização dos
processos; • Aumento da Capacidade Analítica: reestruturação e
implementação de novos datamarts, aumentando a sua
• Permite a melhoria inequívoca da qualidade de serviço aos capacidade, de forma a dar resposta às necessidades de
Clientes. report oficial e divulgação de informação para suporte à
Nº de Processos eMudar@BFA
tomada de decisão.
• Em 2020 o Banco deu continuidade a este esforço, tendo + de 4,9 Milhões
procedido à implementação de 32 novas funcionalidades • Data Warehouse: em 2020, foi feito a selecção do parceiro
no eMudar. para realização do assessment que permitiu a definição do
modelo conceptual e identificação dos requisitos, para a
SMS enviados
Destas, destacam-se as que produziram impacto ao nível da + de 1 Milhão
implementação do projecto do Data Warehouse.
validação dos processos de compliancce, a segmentação de
cartões e os pagamentos a agentes. • Gateway de SMS: com a implementação da Gateway de
SMS, introduziu-se um de
Activação novo mecanismo de validação das
Cartões
810 169 SMS enviados
transacções financeiras, aumentando os níveis de segurança
das mesmas
Nº de Processos eMudar@BFA Activação de Acesso BFA Net

+ de 4,9 Milhões 59 536 SMS enviados
SMS enviados Activação de Cheques

+ de 1 Milhão 42 158 SMS enviados
Activação de Cartões Activação de Transferências

810 169 SMS enviados 58 709 SMS enviados
Activação de Acesso BFA Net

59 536 SMS enviados
Activação de Cheques
III. Reforço de sistemas e infra-estrutura tecnológica IV. Apoio ao crescimento do negócio e controlo
de risco
Em 2020 foram realizadas iniciativas de reforço da resiliência
dos sistemas do Banco, tendo sido dedicado grande esforço e O ano de 2020 caracterizou-se pelo reforço do BFA nas suas
investimento para estas, nomeadamente: ferramentas e sistemas de suporte directo ao negócio, nos seus
processos e na gestão de risco do Banco, das quais destacamos:
• Migração do Core Bancário: entrada em produtivo da versão
mais actual do core bancário. Este projecto para além da SIFOX
sua dimensão, complexidade e criticidade, é determinante
para a estratégia de adopção da transformação digital. Foi implementada solução Sifox para suportar a aplicação
de títulos, com o alargamento à rede comercial.
• Reforço de Sistemas de Suporte SWIFT: actualização
para a última versão da plataforma e implementação da KYC E KYT
confirmação automática de mensagens.
Foram realizadas alterações no processo de KYC – Know
• Renovação do parque tecnológico: foi continuado o processo Your Costumer, bem como implementada a vertente Know
de renovação do parque tecnológico das agências e dos Your Transaction, cuja entrada em produção foi realizada
serviços centrais. Em 2020 renovaram-se e reforçaram-se ainda em 2019.
links de comunicações e de equipamentos críticos.
SUPORTE À GESTÃO DE RISCO
• Aumento da Capacidade Analítica: reestruturação e
implementação de novos datamarts, aumentando a sua Foi dado especial foco à consolidação das soluções
capacidade, de forma a dar resposta às necessidades de de suporte à gestão do risco, bem como dos modelos
report oficial e divulgação de informação para suporte à implementados.
tomada de decisão.
PROCESSOS DE ESTRANGEIRO
• Data Warehouse: em 2020, foi feita a selecção do parceiro
para realização do assessment que permitiu a definição do Encontram-se em análise soluções às necessidades
modelo conceptual e identificação dos requisitos, para a de novos workflows para os processos de estrangeiro,
implementação do projecto do Data Warehouse. recorrendo para o efeito às ferramentas de Business
Process Management.
• Gateway de SMS: com a implementação da Gateway de
SMS, introduziu-se um novo mecanismo de validação das PROXIMIDADE COM CLIENTE
transacções financeiras, aumentando os níveis de segurança
das mesmas. Foi reforçada a estratégia de proximidade com o Cliente,
disponibilizando soluções ágeis de acesso às plataformas
móveis e a novas funcionalidades no site público, BFA Net,
BFA Net Empresas e BFA App.
MODELIZAÇÃO ANALÍTICA
Foi iniciada a implementação de uma solução de suporte à

modelização de informação e analytics, preparando o Banco
para os desafios da análise da informação, e permitindo
alavancar o negócio.
O BFA 93
Sistemas de Pagamento
CARTÕES DE DÉBITO Número de Cartões de Débito Válidos
Em 2020, o número total de Cartões de Débito Válidos (activos e 2020 6 790 966
inactivos) foi de 1.725.953 o que representa um crescimento de 1 725 953
9,3%. Com este alcance, o BFA manteve a liderança em termos
de quota de mercado, que se situa em 25,4% (27,1% em 2019). 2019 5 658 784
1 532 156
O número total de Cartões de Débito Activos do BFA, registou
um crescimento de 9,3%, ligeiramente inferior ao do Mercado 2018 6 390 610
(+11,2%). Apesar de uma ligeira redução, o BFA manteve a 1 563 348
liderança em termos de quota de mercado com 22,0% (22,4% Total BFA
em 2019).
Número de Cartões de Débito Activos Em 2020 a taxa de penetração dos cartões de débito registou
o valor de 57,3% o que compara com os 55,3% atingidos em
2020 22,0% 5 064 270 2019.
1 113 467
Serviços
2019 22,4% 4 553 150
1 018 420 58,9% 57,3%
55,3%
2018 4 568 722 25,9% 24,9%

1 040 798 22,8%
9,0%
Total BFA Quota de Mercado
2018 2019 2020
Penetração Cartões de Débito Penetração BFA Net
Evolução de Número de Cartões de Débito

Activos do BFA De realçar que, no final de 2020, o BFA tinha já cerca de
36,7% dos seus cartões com a tecnologia EMV, sendo o líder na
emissão deste tipo de cartões, com uma quota de quase 34%.
2020 1 113 467
Parque de TPA’s e ATM’s

2019 1 018 420
Em 2020, o parque de TPA’s de Angola registou um aumento
de 15,6% relativamente a 2019, existindo no final do ano de
2018 1 040 798
2020 130.502 TPA’s instalados, estando 67% destes activos.
Número de Cartões Activos
Durante 2020, o número de TPA’s do BFA decresceu 10,9%
relativamente a 2019 jusiticado poela racionalizaçãoefectuada.
No entanto, o número de TPA’s activos registou um
crescimento de 7,5%, tendo o BFA alcançado uma quota de
mercado em TPA’s activos de 19%.

Número de TPA’s Activos Número de ATMs Matriculados

2020 87 476 2020 3 148
16 614 393
2019 75 702 2019 3 125

15 450 395
2018 62 967 2018 3 101

13 727 387
Mercado BFA Mercado BFA
Número de TPA’s Matriculados Em 2020, o mercado decresceu 1,1% em número de ATM

Activos, variação semelhante à verificada pelo BFA que
2020 130 502
decresceu 1,8%. Neste âmbito a quota de mercado do BFA
23 348
atingiu os 12,7%.
2019 115 212

No que diz respeito aos valores levantados em ATM, o mercado
26 198
registou um aumento de 6,3%, ultrapassando os 2,35 biliões de
kwanzas. O BFA ultrapassou os 369 000 milhões de kwanzas
2018 98 321
dispensados pelos seus ATM’s, registando uma quota de 15,7%.
21 187
Mercado BFA
Número de ATM’s Activos
Evolução do Número de TPAs no BFA

2020 13,0% 384
2020 16 614
2019 12,8% 391
2019 15 450
2018 12,7% 393
2018 13 727 Nº ATM’s Activos Quotas de Mercado
BFA
Número de ATM’s Activos
2020 3 030
Em 2020, o parque de ATM’s de Angola aumentou 0,7%
384
relativamente a 2019, sendo que o número de ATM’s do BFA
aumentou 0,3%, totalizando 394 ATMs em 31 de Dezembro 2019 3 064
de 2020.
391
2018 3 017
393
Mercado BFA
O BFA 95
Taxas Operacionalidade Média de ATM CARTÕES DE SISTEMAS DE PAGAMENTO
INTERNACIONAIS (SPI)
2020
96,3%
97,5% O número de Cartões de SPI (Cartões de Crédito e Pré-
pagos VISA) Activos do BFA em 2020 reduziu para 10.849,
2019 representando uma quota de mercado de 44,0% dos cartões
98,0%
99,5% SPI geridos pela EMIS. O mercado total de cartões SPI
geridos pela EMIS, aumentou 41,6%, tendo alcançado os
2018 24.661 cartões activos no final de 2020.
97,3%
99,0%
Taxa Operacionalidade Média ATM’s - Mercado Número de Cartões de Crédito Activos
Taxa Operacionalidade Média ATM’s - BFA
2020
24 653
A TOR média dos ATM’s do BFA em 2020 foi de 95,2%, 10 848
tendo registado um ligeiro decréscimo (-2%) face a 2019.
2019
36 708
Nota: A Taxa de Operacionalidade e uma medida do grau de 21 280
utilização de ATM, sendo calculada da seguinte forma Taxa
Operacionalidade=1- ((No Dias Inoperacional)⁄(No Dias Mes)), 2018
43 683
considerando-se consequentemente uma ATM inoperativa 24 664
quando não regista qualquer transacção ao longo do mês. Mercado EMIS BFA
Down-Time Notas
Quota de Mercado Cartões de Crédito Activos
Em 2020, a percentagem de down-time por falta de notas

no Mercado, foi de 18,5%, tendo o BFA registado um valor
inferior à média: 16,2%.
56,0%
44,0%
Down-Time por falta de Notas
2020
16,2%
18,5%
2019
14,6%
24,1%
BFA Outros
2018
14,1%
24,0%
BFA Média de Rede
Fonte: Relatório Mensal EMIS

Em relação ao volume de Cartões SPI do BFA válidos,

registou-se, uma redução de 6,2%, atingindo os 36.536
cartões registados, tendo o mercado alcançado os 108.365,
mas com uma redução da taxa de actividade (dos 50,7% em
2019 para 22,8% em 2020).
Evolução de Cartões de Crédito Válidos
2020
108 365
36 536
2019
72 362
38 052
2018
82 421
39 270
Total BFA
Pagamentos por H2H
O sistema H2H é um subsistema da EMIS que permite

a ligação do Host de um Banco com o Host principal
da EMIS. O sistema tem como objectivo permitir aos
Bancos disponibilizarem nos seus canais as respectivas
funcionalidades de pagamento que se encontram disponíveis
no Sistema Multicaixa, em especial Pagamentos.
Pagamento por HBMB (Multicaixa Express)
O MULTICAIXA Express funciona como um canal

interbancário de pagamentos, levantamentos e transferências,
disponibilizado pela EMIS, e que, mediante associação
de vários cartões Multicaixa no telemóvel, ambiciona ser
o veículo impulsionador da massificação das transacções
bancárias em Angola.
O BFA é o Banco com maior número de cartões associados

ao Multicaixa Express, tendo atingido as 184.961 adesões
(22,3% de quota de mercado) no final de 2020.
O BFA 97
BFA no Digital
O ano de 2020 foi marcado pela tendência para maior uso As Áreas Transversais mais acedidas pelo público foram:
do Smartphone, mas algumas fontes de tráfego continuam a
registar maior percentagem de utilizadores Desktop. • Perguntas Frequentes;
Durante o ano, verificou-se um crescimento de cerca de • Rede de Balcões;

36% em utilizadores activos nas diversas redes sociais.
Actualmente, cerca de 98% dos utilizadores acedem ao • Ser Colaborador BFA;
conteúdo das redes sociais do BFA através do telemóvel
• Sugestão/Reclamação.
SITE PÚBLICO DO BFA
Visitas globais Visitantes Únicos Pageviews
As pesquisas orgânicas no motor de busca têm sido o
2019 1 430 067 541 400 2 152 483
principal canal de entrada no website com cerca de 60%
de todas as visitas. 2020 940 712 461 525 1 830 129
Dentro da área Particulares, a secção Serviços foi responsável

por 42% das visualizações. A página que mais interesse BFA NET - MELHORIA DAS FUNCIONALIDADES
desperta junto aos visitantes continua a ser do serviço BFA Net. E EVOLUÇÃO CONTÍNUA
Conforme referido, existiu uma tendência de acesso em No final de 2020 o BFA Net contava com um total 515 617
smartphone em algumas fontes de tráfego sendo que a aderentes, sublinhando-se assim um crescimento de 38% no
realizada em 2020 foi conforme se segue: número de aderentes.
Fonte de tráfego Desktop Smartphone Tablet ADERENTES

Pesquisa Orgânica 49% 49% 2%
Tráfego Directo 60% 38% 2% 2020 713 585

Campanhas Display 30% 66% 4% 2019 515 617
Referências 71% 28% 1%
2018 497 515
Social 13% 86% 1%
BFA APP - A APLICAÇÃO MÓVEL DO BFA

Fechámos o ano de 2020 com balanço positivo nesta rede, com

cerca de 12 milhões de users alcançados. Em número
de fãs, terminamos 2020 com 220K fãs, uma evolução de
65 mil fãs.
Trata-se da rede principal relativamente à construção de relação

com a comunidade, sendo o que a diferencia em relação
às restantes redes. Desta forma, é necessário aproveitar a
oportunidade de estabelecimento de diálogo com a comunidade.
As interacções (partilhas, comentários, gostos e cliques), assim
como o alcance, são métricas de sucesso, em qualquer um dos
eixos de comunicação. O engagement deve ser considerado
como a verdadeira mais-valia desta rede.
Evolução de Fãs em 2020

250 000
200 000
150 000
FACEBOOK 100 000
50 000
O Facebook é a rede social com mais utilizadores a nível
0
mundial, tendo 3 milhões de utilizadores activos em Angola.
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Através desta rede social o BFA comunica com todos os seus
targets, uma vez que o Facebook é composto por uma audiência
diversificada.
Reforçamos ainda mais, um dos nossos objectivos: estar mais

próximos dos nossos Clientes e seguidores. As interacções
(partilhas, comentários, gostos e cliques), assim como o
alcance, são métricas de sucesso, em qualquer um dos eixos
de comunicação. O engagement deve ser considerado como a
verdadeira mais-valia desta rede.
Devido à pandemia, reforçámos o patrocinio à cultura e artistas

angolanos, com a promoção de diversos lives na página. Foram
diversos os promotores angolanos que contaram com o apoio do
BFA, para a promoção dos artistas em tempo de pandemia.
O BFA 99
LINKEDIN
O LinkedIn é a maior plataforma de recrutamento do mundo, INSTRAGRAM

sendo por isso a plataforma onde se encontram reunidos
os recursos humanos que o BFA precisa quando pretende Com cerca de 380k de utilizadores mensais activos, na sua
recrutar. Trata-se do local ideal para comunicar a imagem maioria abaixo dos 24 anos, é a rede escolhida para criar
corporativa e empregadora do BFA, uma vez que reúne relações emocionais e empáticas com a comunidade e os
utilizadores especializados e interessados. Clientes, de forma a humanizar a marca.
Adicionalmente, de forma a tornar a página mais relevante, Em 2020, terminamos o ano com 15 000 seguidores, uma
são partilhados conteúdos de educação económica/financeira evolução constante, sustentada numa estratégia de criação
e notícias. Tem potencial de inspiração através da utilização de relações emocionais com os nossos seguidores. Ao longo
das “Life pages”, com uma visão focada no capital humano do do ano conseguimos valores recordes do perfil em 3 métricas:
BFA. O BFA, em comparação com os restantes concorrentes, interacção, número de Gostos e número de Guardados.
tem o maior número de seguidores no LinkedIn e de Updates.
Desta forma, o número de interacções que consegue é muito Mantivemos a solução criativa da tripla imagem, reforçando a
superior ao dos concorrentes. cultura das imagens, um dos ADN´s da rede.
LINHA DE ATENDIMENTO BFA - 923 120 120
Inaugurada no final de 2014, a Linha de Atendimento BFA está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semanas, através do
número 923 120 120.
A Linha de Atendimento BFA, mantém a sua ambição no sentido de aumentar a qualidade dos níveis de atendimento, alargar o
acesso à informação sobre os diferentes produtos e serviços, redução das filas de espera nos Balcões, e claro, uma resposta mais
atempada ao Cliente.
Em 2020, verificamos um aumento de 74% no volume de chamadas oferecidas, sendo que o volume de chamadas atendidas
aumentou 55% - o que motivou a redução de 10,8% na eficácia e 5,1% no SLA. O rácio entre chamadas recebidas e chamadas
atendidas registou uma eficácia global de 85,9%.

Comunicação
CAMPANHAS 2020
D1(BS)
D1(NS)
BFA Solidário
Por um futuro Consigo em todos
feito de sorrisos. os momentos da vida.
Ajudar quem ajuda. Uma iniciativa para apoiar organizações e projectos
de solidariedade social. Candidate a sua organização e o seu projecto até
ao dia 29 de Fevereiro. Agora, num novo site.
Saiba mais em www.bfa.ao

Para mais informações dirija-se a um Balcão BFA, consulte www.bfa.ao
ou ligue para a Linha de Atendimento BFA 923 120 120.
Campanha BFA Solidário 2ºedição - Por um futuro feito Campanha Novo site BFA - Consigo em todos os momentos
de sorrisos. da vida.
2ª Edição da campanha BFA Solidária é um programa de A campanha Novo Site BFA com o mote “Consigo em todos os
responsabilidade social inovador que visa a capacitação momentos da vida” teve como objectivo dar a conhecer que o
do sector social, envolvendo os mais diversos parceiros. O BFA tem uma nova imagem e um novo Site e ao mesmo tempo
programa consistiu no lançamento de um concurso, cujos reforçar o posicionamento do BFA como um Banco inovador e
vencedores tinham o direito a um prémio monetário, em que que acompanha as tendências do mercado
os montantes foram utilizados para apoiar as organizações
na implementação de projectos estratégicos para o
desenvolvimento das suas actividades.
O BFA 101
Campanha BFA proteja-se - Fique em casa com o BFA.
Dado o contexto da Pandemia do Covid19, em que se desaconselhava à deslocação desnecessárias às agências, surge a campanha
BFA Proteja-se, como o lema “Fique em casa com o BFA”, para incentivar os Clientes BFA para a utilização dos canais remotos (BFA
net e app BFA).
D1(DP13M)
D1(DP13H)
Depósito a Prazo BFA 13% Depósito a Prazo BFA 13%
O 13 VAI DAR O 13 VAI DAR

SORTE.
Não perca a oportunidade de ter um rendimento
SORTE.
Não perca a oportunidade de ter um rendimento
garantido de 13% num depósito a prazo. garantido de 13% num depósito a prazo.
Saiba mais em www.bfa.ao Saiba mais em www.bfa.ao
Campanha Depósito a Prazo BFA 13% - O 13 vai dar sorte.
A campanha DP 13% serviu para BFA divulgar a oferta ao nível de poupanças e no âmbito de captação de depósitos desenvolveu
um novo produto. O Depósito a Prazo 13% é uma aplicação a prazo, em kwanzas, com um prazo de 18 meses, uma taxa nominal de
13% e montante mínimo para subscrição de 500.000 KZ.
O DP 13 % é uma alternativa para os Clientes rentabilizarem os seus recursos em Kwanzas, com uma óptima taxa e sendo um bom
investimento, e ao mesmo tempo para o Banco captar recursos..

AMEX – Dê Boas-vindas ao American Express
A campanha teve como objectivo divulgar a parceira entre a

American Express e BFA. Deste modo o BFA passou a ser o
único Banco em Angola a aceitar os pagamentos através de
cartões AMEX nos seus TPA.
Conta Simplificada – uma conta onde todos contam
A campanha teve como objectivow a divulgação da Conta

Simplificada. A Conta Simplificada é uma Conta de Depósito
à Ordem em KZ que permite o acesso ao sistema financeiro,
de cidadãos residentes que não reúnem todas as condições
necessárias para a abertura de conta bancária convencional, ou
para ter acesso a determinados meios de pagamento.
O BFA 103
Eventos e Patrocínios
THE GOLF CUP UNITEL BFA
O BFA patrocina a 7º Edição do Campeonato de Golfe nacional denominado “The Golf Cup Unitel BFA”, que se realizou no dia
14 de Novembro de 2020, no Mangais Golf Resort, em Luanda.
O The Golf Cup Unitel BFA é um projecto que se tornou referência do golfe em Angola e a prova mais prestigiada e disputada a
nível nacional. O torneio é constituído por 4 etapas de qualificação para apurar as 12 equipas que disputaram a grande final em
2 partidas de 18 buracos em Fevereiro de 2021.
Pelo BFA participam no Campeonato o Dr. Luís Carlos Marques (Direcção de Empresas) e o Dr. Luís Valter Tembo (Direcção de
Instalações e Património).

Xª EDIÇÃO DO FÓRUM BANCA LIVE SOLIDÁRIA 3G DO SEMBA
O BFA patrocinou a Xª Edição do Fórum Banca, sob o tema “O O BFA patrocinou a produção do Live Solidário dos canto-
Papel da Banca no Crédito à Economia Em Tempo de Crise”, res Bonga, Paulo Flores e Yuri da Cunha, que se realizou
no dia 11 de Setembro de 2020., às 08h30. Entre outros no Domingo, 28 de Junho de 2020 com início às 14h30,
convidados destaca-se a participação do Dr. Luís Roberto no Teatro São Jorge em Lisboa.
Gonçalves, Presidente da Comissão Executiva do BFA.
Denominado “3G do Semba”, o live no Kubico teve trans-
O Fórum Banca visa promover um amplo debate sobre missão na TPA 1, TPA Online, RTP África, nas plataformas
o papel das instituições bancárias em tempo de crise, digitais da Platineline e dos artistas (@kwendabonga, @
a responsabilidade das mesmas na contribuição para o paulofloresmusic, e @yuridacunha).
desenvolvimento económico e a estratégia de cada um dos
Bancos para responder a este desafio. Esta viagem ao mundo do Semba, juntou pela primeira
vez em palco três artistas conceituados a nível nacional e
internacional e que representam três gerações unidas por
este género de música e de dança tradicional de Angola
que se tornou muito popular além fronteiras.
O “3G do Semba” encerrou a programação do mês de

Junho enquadrada no projecto Live no Kubico, levado a
cabo pela TPA. As receitas das doações adquiridas durante
a emissão do live foram revertidas a favor da Fundação Ana
Carolina.
LIVE ANGOLA 45
O BFA patrocinou o Show Angola 45 anos, que se realizou no

dia 11 de Novembro de 2020 às 21h00, no Teatro Capitólio,
em Lisboa.
O evento apadrinhado por Bonga Kwenda, teve a participação

de vários artistas, como Jacob Desvaireaux, Yuri da Cunha, Don
Kikas, Kyaku Kyadaff, Yola Semedo, Matias Damásio, Eduardo
Paim, entre outros convidados, que cantaram temas inéditos,
criados especificamente para o evento, resultando na edição do
álbum com o mesmo nome, que foi lançado em simultâneo.
O show teve a duração de aproximadamente duas horas e foi

transmitido em directo pela TPA, RTP África, nas plataformas
digitais da TPA, do Platinaline e na página do Facebook do BFA.
O BFA 105
CNEF QUEM SABE +
O BFA patrocinou o concurso CNEF - Quem Sabe Mais, • Estágio local de 6 semanas nas novas instalações da
um programa televiso que nasce de uma parceria entre a SAHAM ANGOLA SEGUROS;
ZAP Viva e o Conselho Nacional de Estabilidade Financeira
(CNEF). O concurso que teve início no dia 4 de Novembro, • Treinamento internacional na SAHAM em local à sua
com o intuito de promover a cultura financeira e familiarizar escolha. As opções são Casablanca, Johanesburgo ou
os angolanos com conceitos económicos imprescindíveis para Cidade do Cabo;
o quotidiano.
• Contrato de trabalho com a SAHAM por tempo
A competição foi especialmente dirigida a estudantes determinado, com a possibilidade de renovação;
universitários, sendo que em cada programa, quatro
estudantes universitários testaram os seus conhecimentos • Cheque de 1.000.000 KZ (Um milhão de kwanzas).
sobre o nosso sistema financeiro. O vencedor de cada edição
ganhou um prémio monetário de 250.000 KZ, e os quatro
melhores classificados, garantiram um lugar na final e uma
chance de levar para casa o grande prémio, que foi:

CONVERSAS ACÚSTICAS
O BFA patrocinou cinco edições do “Conversas Acústicas” • O Cantor Euclides da Lomba, natural de Cabinda, e
realizados no Espaço Luanda. com raízes também em Cabo Verde, começou a carreira
musical como trovador, em Cuba, onde fez a sua
Este evento exclusivo juntou no mesmo lugar de forma formação académica. Estreou-se no mercado musical
original: a música, a gastronomia e as artes plásticas, tendo com o álbum “Livre Serás”, em 1998, tendo lançado
participado nas edições: depois os discos como “Desejo Malandro”, “Recado num
Semba” e “Três Sucessos em Um”;
• O Cantor Kyaku Kyadaff, vencedor do “Top dos Mais
Queridos 2018” e do prémio de Melhor Artista Masculino • A Cantora Sandra Cordeiro, considerada uma das vozes
Lusófono, no concurso All África Music Awards femininas mais representativas do restrito universo do
(AFRIMMA 2018), o artista estreou-se nas lides musicais afro-jazz, a cantora tem vindo a construir a sua carreira
em 2014, com “Se hungwele” e em 2018 colocou ao com passos seguros, desde o lançamento do seu CD de
dispor dos amantes da música angolana “Igual ao Prazer”. estreia, “Tata Zambi”.
• A Cantora Ary, considerada uma das vozes mais • Chefe Anselmo Silvestre;
admiradas de Angola. Com um estilo único, extravagante, • Chefe Lizandra Pita;
espontâneo e bastante energético em palco, sendo • Chefe Octávio Neto;
considerada um dos nomes mais respeitados no mundo • Chefe Eduardo Helfer;
da música angolana; • Chefe Ricardo Braga.
• Artista plástico Álvaro Macieira,
• O Cantor Puto Português, considerado como parte da • Artista Plástico And Graf
nova geração do semba, foi o grande vencedor do prémio • Artista Plástico Don Sebas
Top Rádio Luanda com o disco Geração do Semba, • Artista Plástico Davi Dombele
no qual trabalhou com vários músicos e produtores do • Artista plástica Petra Almeida
mercado angolano. Em 2013 gravou o seu segundo álbum
intitulado Ritmo e Melodia; Foi transmitido ao vivo na página do Facebook do BFA e pela
plataforma digital da Platinaline.
O BFA 107
Responsabilidade Social
PRINCIPAIS PROJECTOS 2020
BFA SOLIDÁRIO Categoria Saúde: dirigida a organizações que desenvolvam

actividades em prol de melhorias das condições de saúde de
O PROGRAMA BFA SOLIDÁRIO, lançado pelo Banco menores de estratos sociais desfavorecidos.
de Fomento Angola no âmbito da sua política de Categoria Inclusão Social: dirigida a organizações que
responsabilidade social, tem por finalidade apoiar exerçam actividades cujo objectivo é promover a qualificação
financeiramente através de subvenções, actividades e e inserção no tecido social e financeiro de crianças e jovens
projectos que promovam a melhoria das condições de saúde, em risco, designadamente através de medidas de educação
educação e inserção social de menores, residentes em e prevenção de comportamentos de risco, qualificação
Angola. profissional e de suporte básico de vida.
Este programa vigora unicamente em território Nacional e A dotação global do PROGRAMA BFA SOLIDÁRIO 2020
destina-se a instituições não-governamentais e sem fins foi de Kz 250.000.000 (duzentos e cinquenta milhões
lucrativos Angolanas e que desenvolvam actividades e cujos de kwanzas), repartido por cada uma das categorias.
beneficiários sejam residentes em Angola. Candidatam-se a esta edição 173 organizações.
As organizações candidataram-se ao programa com projectos Os montantes atribuídos ao abrigo do PROGRAMA BFA
em três categorias: SOLIDÁRIO destinam-se ao financiamento de projectos
concretos apresentados pelas organizações destinatárias, que
Categoria Educação: dirigida a organizações que desenvolvam tenham por objecto a aquisição ou melhoria de activos fixos,
actividades visando a melhoria do nível educacional ou aquisição de activos correntes, a Introdução ou melhoria de
qualificações de menores de estratos sociais desfavorecidos. tecnologias de informação e a formação.

BFA +SAÚDE HUAMBO BFA +NUTRIR

O projecto teve início em 2018, respondendo a um apelo do A desnutrição aguda e crónica encontra-se entre as patologias
governo para a emergência do surto de malária na província mais frequentes nas admissões das urgências pediátricas e
do Huambo. constitui uma das principais causas de morte em crianças
com idade inferior a 5 anos.
Durante o ano 2020 foi mantido o apoio ao Hospital Central
do Huambo, com equipamento de suporte à melhoria Em 2020 o BFA manteve a parceria iniciada em 2019 com o
das condições de atendimento a secção de pediatria, Ministério da saúde no projecto BFA + Nutrir com o objectivo
respondendo as prioridades do Hospital e garantindo um principal de promover a aceleração à redução da desnutrição
melhor atendimento as crianças. aguda e crónica na província do Bié – município do Cunhinga
O projecto visa o fortalecimento da resposta nutricional

adequada tanto na área preventiva assim como na
área curativa no município. Esta intervenção permite a
identificação precoce dos casos de desnutrição ao nível
comunitário, melhoria da gestão dos casos de Desnutrição
Aguda e Crónica e apoio à promoção de práticas preventivas
de amamentação e de mudança de comportamento.
BFA +ÁGUA +VIDA Estamos a contribuir para redução da Desnutrição Aguda

Em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância e Crónica em crianças menores de 5 anos no município do
(UNICEF) e o Governo Provincial do Cunene desenvolvemos o Cunhinga, na Província do Bié, através da implementação de
projecto “Portos Seguros” que visa apoiar crianças vulneráveis intervenções preventivas e curativas.
e respectivas famílias afectadas pela seca, no município de
Ombadja, na província do Cunene.
APOIO AO CENTRO DE HIDROCEFALIA
Pretendemos reduzir a vulnerabilidade de longo prazo das Em parceria com o Centro Neurocirúrgico e de tratamento de
populações de Ombadja, incluindo crianças e adolescentes, Hidrocefalia apoiamos a realização de 150 cirurgias gratuitas.
bem como fortalecer a capacidade das comunidades locais para Este projecto tem uma adjudicação de Kz 65.366.004.
desenvolver planos de preparação, mecanismos de resposta e
medidas de mitigação e adaptação as calamidades climáticas.
APOIO AO GOVERNO NA LUTA CONTRA A COVID 19
Com este projecto introduzimos a escola como centro de refúgio Em 2020 com o inicio da pandemia de Covid-19 o BFA
seguro e como iniciativa de desenvolvimento a longo prazo para associou-se ao Governo de Angola e contribuiu com USD5M
garantir que o governo provincial e municipal esteja preparado para combate a este flagelo.
para responder aos riscos existentes e futuros choques climáticos.
O BFA 109
BFA VOLUNTARIADO
BFA DOADOR VOLUNTÁRIO

Em parceria com o Instituto Nacional de Sangue, desenvolvemos o projecto BFA Doador Voluntários, com o objectivo de criar o
Colaborador Voluntário Doador Regular e apoiar as instituições sanitárias a reduzir o défice de sangue.
Durante o ano de 2020 realizamos campanhas de doação de sangue nas 18 Províncias do País e contamos com a participação 1.
935 Voluntários, entre Colaboradores do BFA, familiares e amigos.
BFA +CULTURA +NATAL

Com o mote de levar um sorriso as crianças e promover um
natal de Luz, em 2020 o BFA realizou uma festa de natal
na pediatria do Hospital Central do Huambo e no Centro de
Acolhimento Pequena Semente. Participaram nesta festa
mais de 300 crianças.

O BFA 111
4
GESTÃO
DE RISCO
Gestão de Risco
Contexto e Desafios da Função de Gestão do Risco
Perfil de Risco
114
116
126
128
Risco de Crédito 129
Riscos de Balanço 138
Risco Operacional 148
Risco de Compliance 150
Risco de Capital 167
Gestão de Risco
RESUMO EXECUTIVO
PRINCÍPIOS GERAIS DO SISTEMA DE GESTÃO DO RISCO
Princípio 1: o Conselho de Administração é o órgão-máximo Princípio 4: o quadro de apetência pelo risco enquanto
de gestão do Banco. elemento central à gestão dos riscos do Banco.
Princípio 2: a Função de Gestão do Risco do Banco é um Princípio 5: a solvabilidade, a liquidez e a rentabilidade do

elemento da estrutura organizacional, sendo exercida com Banco são os primeiros objectivos da gestão do risco.
independência e autonomia.
Princípio 6: a cultura do risco é a base das actividades do
Princípio 3: adaptação contínua às circunstâncias do mercado. Banco.
PERFIL DE RISCO EM CONTEXTO ADVERSO Rácio de Solvabilidade Regulamentar
Níveis de capital elevados demonstram a robustez do Balanço. 2020 56,40%

O Rácio de Solvabilidade Regulamentar (RSR) do BFA é 5,4
vezes superior ao nível mínimo regulamentar (10%) e superior
2019 58,50%
à média do Sistema Financeiro Angolano.
2018 53,80%
Capital Regulatório (mMAOA)
2020 462
A distribuição dos requisitos de capital por tipo de risco
mantém-se relativamente estável face ao ano anterior, com o
2019 415
risco operacional a assumir um peso elevado justificado pela
utilização do método do indicador básico no apuramento dos
2018 325
requisitos.
APR1 por tipo de Risco RISCO DE LIQUIDEZ - MANUTENÇÃO DE NÍVEIS DE

LIQUIDEZ BASTANTE CONFORTÁVEIS
Rácio de Liquidez Regulamentar

46,0%
41,0%
2020 460%
2019 459%
2018 574%
13,0%
Risco de Crédito Risco de Mercado Risco Operacional

1
Activos ponderados pelo risco

• Nível elevado de activos líquidos e correcta gestão de RISCOS NÃO FINANCEIROS – MELHORIA CONTÍNUA DOS
entradas e saídas de fluxos de caixa permitem que o rácio PROCESSOS DE GESTÃO
de liquidez regulamentar seja 4,6x superior ao limite
regulamentar (100%); • Evolução e melhoria das ferramentas para a gestão do risco
operacional;
• Durante o ano de 2020 foi necessário reforçar a gestão da
liquidez dado o contexto adverso e uma política monetária • Continuação do desenvolvimento do sistema de gestão da
restritiva. segurança de informação, que inclui entre outros a gestão
do risco da segurança de informação;
RISCO DE CRÉDITO - ÍNDICES DE QUALIDADE DA CARTEIRA
DE CRÉDITO, COM DETERIORAÇÃO, EM NÍVEIS ACEITÁVEIS • Reforço do controlo e gestão das reclamações de Clientes,
com aumento da pressão também por parte do supervisor;
Evolução do Rácio de NPL e Crédito Malparado

• Desafios derivados das regulamentações relativas a FT/BC.
2020 8,81%
7,32%
2019 6,46%
4,91%
Rácio de NPL Rácio de Crédito Malparado
Cobertura do NPL por Imparidade
2020 159%
2019 137%
Durante o ano de 2020, verificou-se uma deterioração das

condições financeiras das empresas e das famílias que se
traduziu numa deterioração da qualidade da carteira de crédito
do BFA, levando ao reforço da imparidade para cobertura da
exposição creditícia e principalmente do crédito não produtivo.
Um dos factores principais foi o contexto de pandemia
verificado a nível internacional, em adição ao contexto de crise
vivido no mercado nacional nos últimos anos.
Gestão de Risco 115

A fundação da Direcção de Gestão do Risco no BFA iniciou-se de controlo, incluindo o estabelecimento de uma Função de
em 2017, com um plano de acção para operacionalização da Gestão do Risco independente e com reporte funcional à
função que ficou concluído em 2019. Até essa altura, a gestão Comissão de Riscos do Conselho de Administração do Banco.
do risco era desenvolvida por cada uma das áreas tomadoras
de risco, num ambiente de controlo rigoroso dos riscos Princípio 3: adaptação contínua às circunstâncias do mercado
assumidos.
O sistema de gestão do risco do Banco não define a estratégia
A gestão eficaz do risco ao longo dos anos e a criação de do Banco, mas influencia o seu desenvolvimento e revisão.
uma direcção com a responsabilidade da gestão do risco tem
permitido enfrentar adequadamente as mudanças do ambiente Princípio 4: o quadro de apetência pelo risco enquanto
económico, social e regulatório em que o Banco desenvolve a elemento central à gestão dos riscos do Banco
sua actividade.
O Banco gere e controla os seus riscos de acordo com o
Assim, a gestão dos riscos é uma das funções chave para que estabelecido no seu quadro de apetência pelo risco: este limita
o BFA continue a ser um Banco sólido, seguro e sustentável os tipos e a quantidade de risco que o Banco pode tomar para
que garante a gestão alinhada com os interesses dos Clientes, concretizar a sua estratégia e os seus objectivos de negócio.
Accionistas e outros stakeholders.
Princípio 5: a solvabilidade, a liquidez e a rentabilidade do
O Banco procura alinhar os seus procedimentos internos Banco são os primeiros objectivos da gestão do risco
com as melhores práticas internacionais em matéria de
gestão global dos riscos considerando, nomeadamente O Banco governa o seu sistema de gestão do risco tendo
as estabelecidas pelas orientações do Comité de Basileia por base um quadro de apetência pelo risco, tendo em vista
para a Supervisão Bancária (BCBS) e as do Committee of assegurar a consistência entre o perfil global do risco com
Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO), a estratégia de negócio, de forma a gerir e preservar o seu
garantindo o cumprimento global dos requisitos prudenciais capital, económico e regulamentar, e a sua posição de liquidez.
estabelecidos pelos reguladores e supervisores. Em resultado,
estabelecem-se os seguintes princípios: Princípio 6: a cultura do risco é a base das actividades
do Banco
Princípio 1: o Conselho de Administração é o órgão-máximo
de gestão do Banco O sistema de gestão do risco assenta na promoção de uma
cultura do risco, transversal a todo o Banco, através de
O Conselho de Administração assegura a supervisão global instrumentos relacionados com (i) a formação de recursos;
da estratégia de negócio e de gestão dos riscos, definindo as (ii) o alinhamento entre a avaliação de desempenho, incentivos
orientações, os objectivos e os limites de acordo com os quais e perfil de risco; (iii) a comunicação e discussão das principais
a gestão corrente do Banco é realizada. questões e estratégias do Banco; e (iv) a promoção e
dinamização, interna e externa, de uma imagem corporativa.
Princípio 2: a Função de Gestão do Risco do Banco é um
elemento da estrutura organizacional, sendo exercida com
independência e autonomia
O sistema de gestão do risco está suportado num modelo

de governação que contempla uma adequada segregação de
funções entre as unidades originadoras de risco e as unidades

CATÁLOGO DOS RISCOS
O BFA apresenta um catálogo de riscos, também designado por taxonomia dos riscos, que descreve as tipologias de riscos de
primeiro nível, sobre os quais são avaliados:
Recursos
GestãoHumanos
de Risco 117
GOVERNAÇÃO DOS RISCOS
Para o bom desempenho da função de gestão do risco, o Banco conta com um modelo de governação sólido que zela por uma
adequada e eficiente gestão dos riscos, promovendo a tomada de decisões informadas.
AS 3 LINHAS DE DEFESA ENQUANTO MODELO ORGANIZACIONAL
1ª Linha de Defesa - Unidades de Negócio e de Suporte
É da responsabilidade das Unidades que formam as áreas de negócio e as áreas de suporte identificar e gerir os riscos que
resultam das suas actividades e são inerentes à estratégia de negócio do Banco, bem como assegurar o seu reporte regular. Para
atingir estes objectivos devem implementar controlos internos adequados à gestão e tratamento dos riscos identificados.
2ª Linha de Defesa - Função de Gestão do Risco e Função de Compliance
A Função de Gestão do Risco e Função de Compliance entram na segunda linha de defesa com um papel proactivo, através da
contribuição para o desenvolvimento e desempenho globais do sistema de gestão do risco, da gestão do Banco e para a tomada
de decisões informadas, apoiando as actividades das Unidades de Primeira Linha. Por outro lado, com um papel reactivo,
assegurando de forma independente a monitorização e controlo das actividades do Banco, identificando quaisquer desvios face à
estratégia, políticas e limites estabelecidos.
3ª Linha de Defesa - Função de Auditoria Interna
A terceira linha de defesa é assegurada pela Função de Auditoria Interna, a qual avalia a eficácia e a efectividade do sistema de
controlo interno e do sistema de gestão do risco do Banco. O Auditor Externo e as Autoridades de Supervisão são ainda partes
integrantes do modelo de gestão de riscos do BFA, o primeiro contribuindo para a efectividade do seu sistema de gestão do risco
através da sua análise independente e objectiva do funcionamento do mesmo, e o segundo através da fiscalização das práticas
internas.

ÓRGÃOS DE GOVERNAÇÃO DA GESTÃO DO RISCO NO BFA
No âmbito do modelo de governação instituído, o Conselho de Administração é o órgão globalmente responsável pela definição da
estratégia global de risco do Banco. Este define as orientações, os objectivos e os limites de acordo com os quais a gestão corrente
do Banco é realizada pela Comissão Executiva, sendo, para tal, apoiado pela Comissão de Riscos, Comissão de Activos e Passivos,
Comissão de Auditoria e Controlo Interno.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Gestão
estratègica
dos riscos Comissão de Auditoria Comissão de Activos Comissão de Informática
Comissão de Riscos
e Controlo Interno e Passivos e Inovação
Comissão Executiva do
Gestão
operacional Comité de Fixing Conselho de Crédito Comité Financeiro Comité de Negócio
dos riscos
1º Linha de defesa 2º Linha de defesa
Revisão
independente 3º Linha de defesa
O Conselho de Administração assegura a supervisão global da estratégia de negócio e de gestão dos riscos, definindo as
orientações, os objectivos e os limites de acordo com os quais a gestão corrente do Banco é realizada (pela sua Comissão
Executiva).
O Conselho de Administração conhece e compreende os principais riscos da estratégia e das actividades do Banco e assegura
a articulação, geral, entre as práticas de gestão e a estratégia de gestão dos riscos. Assim, e no contexto do quadro da
apetência pelo risco, o Conselho de Administração do Banco define as políticas de gestão dos riscos a que o Banco se encontra
materialmente exposto, estabelecendo os princípios, as responsabilidades e os processos para a gestão de cada risco material.
Comissão de Riscos
Sem prejuízo das competências atribuídas ao Conselho de Administração e daquelas previstas no regulamento da Comissão,
compete-lhe apoiar e aconselhar o Conselho sobre matérias do risco, designadamente: (i) apoiar e aconselhar o Conselho de
Administração na definição das estratégias e das políticas de gestão do risco; (ii) suportar o Conselho de Administração na
supervisão da execução das políticas e estratégias de gestão do risco; (iii) receber e analisar informações sobre os diferentes
riscos, incluindo informação individualizada sobre exposições individuais, segmentos, produtos ou carteiras; (iv) acompanhar e
avaliar os resultados dos instrumentos de gestão do risco, incluindo os projectos (internos ou externos) destinados ao apoio ao
desenvolvimento desses instrumentos; (v) supervisionar e avaliar a actuação da Função de Gestão do Risco.

Comissão de Activos e Passivos
A Comissão de Activos e Passivos (CAP) entre outras responsabilidades, compreende o aconselhamento ao Conselho de
Administração em matéria da estratégia e da política de gestão dos activos e passivos do Banco, nomeadamente no que concerne
aos riscos do balanço (mercado, liquidez, taxa de juro e taxa de câmbio).
Comissão de Auditoria e Controlo Interno
A Comissão de Auditoria e Controlo Interno (CACI) é responsável por fiscalizar a independência e a eficácia das Funções de
Compliance e de Auditoria Interna, bem como do sistema de controlo interno como um todo.
Órgãos Competentes da DGR
A par das áreas pertencentes às três linhas de defesa identificadas, a responsabilidade pela gestão dos riscos a que o Banco se
encontra sujeito encontra-se distribuída pelos seguintes Órgãos Competentes da DGR:
• Núcleo de Reporte Regulamentar: tem como objectivo gerir as interações com os supervisores de natureza
prudencial,elaboração e envio de reportes regulamentares.
Área de Risco
Global • Núcleo de Analise Integrada dos Riscos: núcleo que trata da gestão estratégica dos riscos,ou seja, RAF/
RAS, testes de esforço, ICAAP, ILAAP, e apoio no âmbito do plano de Financiamento e Capital (FCP).
• Núcleo de Gestão dos Riscos de Balanço: tem como objectivo gerir os risco de balanço( risco de
Área de Riscos
liquidez,taxa de juro, taxa de cambio e risco de mercado. È ainda responsável pelo ILAAP, pelo Plano de
de Balanço contingencia de liquidez e pelos reportes regulamentares relativos aos riscos de Balanço.
• Risco de Imparidade: núcleo responsável pelo modelo de imparidade em IFRS9, com calculo de
imparidade colectiva e consolidação da imparidade. Garante ainda a reconsolidação, atualização dos
factores de risco e a realização do backtesting ao modelo.
Área de Risco
de Crédito • Núcleo de Gestão de Risco de Crédito: responsável pela abertura e feixo dos ciclos de analise individual
que alimentam o modelo de imparidade, calculo de previsões, reporte ao supervisor e ao órgão de
administração sobre o risco de crédito.
• Nucleo de Identificação e Avaliação: resonsavel pela identificação e avaliação dos riscos não financeiros.
Entre outros, garante o registo de eventos de risco operacional na base de dados, e efectua a definição
Área de Risco dos riscos e controlos dos processos e efctua a auto-avaliação dos riscos e controlos.
Operacional
• Núcleo de Monotorização e Reporte: responsável pela definição e monotorização dos KRIs bem como do
reporte da informação dos riscos não financeiros.
Gabinete • Gabinete responsavel pela gestão do Datamart e Módulos SAS, designadamente, o módulo de Imparidade,
o módulo de Reportes Regulamentares e o módulo de Testes de Esforço.
de Exploração
de Dados • Em termos técnicos apoia a DRG na resolução de erros no Sistema SAS e no desenvolvimento de análises.

CULTURA DO RISCO sobre as actividades do Banco e os seus riscos: este

elemento do sistema de gestão do risco tem como objectivo
O BFA promove uma cultura do risco baseada nos princípios enviar mensagens claras e consistentes aos Colaboradores
de (i) consistência entre a sustentabilidade do Banco e o do Banco, demonstrando que a gestão dos riscos é uma
desempenho das suas actividades; (ii) qualidade dos seus responsabilidade global do Banco;
recursos humanos; (iii) conhecimento, comunicação e
discussão transversal sobre as matérias do risco. PROCESSOS DE GESTÃO DO RISCO
No contexto de constantes mudanças, com novas tipologias De forma consistente com os princípios de gestão do risco, o
de riscos e a imposição de requisitos cada vez mais Banco organiza os seus processos de gestão global de riscos
exigentes por parte dos supervisores, o BFA mantém um de acordo com 3 dimensões:
excelente nível de gestão de riscos que lhe permite obter um
crescimento sustentável. Este crescimento está baseado no Processos Estratégicos
desenvolvimento de uma cultura comum em que cada pessoa
reconhece os riscos em que incorre no dia-a-dia. Processos transversais que integram a visão sobre os
diferentes riscos do Banco e consolidam os seus impactos
Assim, o BFA pretende promover o reforço da cultura do risco em capital de liquidez.
por meio dos seguintes elementos comuns:
Processos Operacionais
• Governação – a cultura do risco e a gestão dos riscos são
sustentadas por um sólido modelo de governação; Processos operacionais, definidos por categoria de risco
material, que suportam a gestão e o controlo corrente de
• Formação - os planos de formação do Banco, preparados cada um dos riscos.
anualmente, incorporam conteúdos dedicados às matérias
de controlo interno e de gestão dos riscos; Planeamento de Contingência
• Comunicação - os processos de comunicação são Planeamento de contingência que permite ao Banco

promovidos pela administração do Banco, numa manter as suas actividades em cenários disruptivos.
perspectiva de cultivo de um ambiente de transparência
PROCESSOS DE GESTÃO ESTRATÉGIA DOS RISCOS
Os processos de gestão estratégica dos riscos agregam os elementos que permitem compreender, de forma agregada, o perfil
dos riscos do Banco e estabelecer a apetência e os limites do risco. Inclui os processos que permitem acompanhar esses riscos,
utilizando cenários normais e adversos os quais contribuem, igualmente, para avaliar a adequação do capital e da liquidez do Banco
e, em conformidade com os seus resultados, apoiar um planeamento adequado do capital económico e da liquidez interna do Banco.
Auto-avaliação do Quadro de apetência Programa interno de

ICAAP & ILAAP
perfil de risco pelo risco testes de esforço
Processos Identificação das Definição e simulação

Avaliação da
Estratégicos categorias de risco Estabelecimento de cenários-limite
adequação do capital
a que o Banco se da apetência e limites plausíveis a que o
e da liquidez
encontra exposto de do risco Banco está (ou possa
do Banco
forma material estar) exposto

Auto-avaliação do perfil de risco O programa de testes de esforço é abrangente, e inclui todos
os riscos e os seus factores, resultando na avaliação da
A auto-avaliação do perfil de risco do Banco é um processo adequação do capital económico e da posição de liquidez
estratégico de gestão dos riscos que tem como objectivo do Banco. Os testes de esforço baseiam-se na definição e
identificar as categorias de risco a que o Banco se encontra simulação de cenários-limite, mas plausíveis, a que o Banco
exposto de forma material. Os seus resultados informam está (ou possa estar) exposto.
as abordagens de gestão e controlo dos riscos: todas as
categorias de risco materiais são avaliadas (ou quantificadas) Compete ao Conselho de Administração, sob proposta da
quanto ao seu impacto no capital económico ou liquidez e a DGR, definir objectivos e limites para os resultados dos
sua gestão suportada por políticas específicas. testes de esforço, consistentes com a apetência pelo risco.
Os resultados são formalmente comunicados e discutidos
A FGR é responsável pela dinamização e condução geral do pelos órgãos de administração, devendo a DGR propôr a
processo, o qual deve possibilitar a participação dos órgãos aprovação desses órgãos, quando necessário e de acordo com
de administração e de todos os Colaboradores do Banco a hierarquia/procedimentos de escalamento definidos,
(directamente ou representados pelos responsáveis de cada os planos de mitigação/remediação de eventuais condições
unidade orgânica). de risco acrescidas evidenciadas nos resultados dos testes.
Quadro de Apetência pelo Risco Avaliação da Adequação do Capital e da Liquidez
O quadro de apetência pelo risco (risk appetite framework O acompanhamento e controlo dos limites de apetência
- RAF) constitui um elemento central do sistema de gestão pelo risco e a avaliação da adequação do capital económico
do risco do Banco, no qual são definidos (i) a Declaração de e da posição de liquidez são responsabilidade da DGR,
Apetência pelo Risco do Banco (Risk Appetite Statement); baseando-se, para tal, em metodologias e procedimentos
(ii) o seu Modelo de Governação; (iii) o Sistema de Limites internos de quantificação do capital económico, dos riscos
que o suporta e os mecanismos de acompanhamento e materiais e da posição de liquidez do Banco.
resposta a quebra das tolerâncias definidas; e (iv) o Modelo
de Integração da Apetência pelo Risco nas práticas de gestão O processo de avaliação e adequação do capital interno e
do Banco. da liquidez interna não são ainda obrigatórios no sistema
financeiro angolano, no entanto o BFA executou estes
A DGR é responsável por documentar os elementos descritos processos em 2016 por solicitação do Accionista e em 2019
no número anterior, bem como os procedimentos que lhe dão incluiu no seu plano de operacionalização a realização destes
suporte em normativo interno (Normativo de Governação do processos de forma periódica, tendo por base os requisitos
RAF/RAS). definidos a nível internacional (Basileia II e Basileia III).
Programa de Testes de Esforço Além da abordagem metodológica, o BFA já desenvolveu os

mecanismos que permitem a execução dos processos e está
No âmbito da gestão estratégica dos riscos tem lugar a em fase de aceitação da ferramenta para a gestão do ICAAP,
execução de um programa de testes de esforço, que têm tendo o ILAAP sido realizado já em 2019 e em 2020.
como objectivos: (i) identificar novos riscos ou riscos
emergentes; (ii) avaliar ou reavaliar a exposição aos riscos
materiais; e (iii) suportar a avaliação da adequação do capital
económico e da posição de liquidez, tendo por base cenários
adversos, mas plausíveis.

PROCESSOS DE GESTÃO OPERACIONAL DOS RISCOS
Os processos de gestão operacional dos riscos são informados pelos resultados da auto-avaliação do perfil de risco: todas as
categorias de risco materiais são suportadas por abordagens específicas e documentadas (políticas de gestão do risco) as quais
estabelecem a forma como cada um dos riscos do Banco é regularmente identificado, quantificado, controlado e reportado.
Compete à DGR definir e propor a aprovação do Conselho de Administração, das políticas a que o número anterior se refere e, numa
base contínua, dinamizar e controlar a sua implementação.
Avaliação / Monitorização
Identificação Reporte
Quantificação e Controlo
Identificação os riscos Avaliação da

Processos actuais e potenciais, informação recolhida Comunicação do
Operacionais Definição de limites
através de informação para submissão reporte dos resultados
e mecanismos de
actualizada, tempestiva a mecanismos de e mecanismos
controlo
e fiável das diversas avaliação consistentes utilizados
áreas e auditáveis
Identificação - Identifica os riscos actuais e potenciais a que o • Validar e garantir a actualização e adequabilidade dos
BFA está sujeito, através do recurso a informação actualizada, modelos de mensuração de risco;
tempestiva e fiável das diversas áreas. Esta fase tem como
principais actividades: • Sujeitar os modelos de mensuração a auditorias periódicas
e implementar as respectivas recomendações de melhoria,
• Reunir informação fiável e tempestiva das diversas áreas; caso existam.
• Definir a estratégia para identificação de riscos; Monitorização e Controlo - A gestão do risco é sujeita a um
processo de monitorização contínuo pelo que são definidos
• Identificar riscos existentes ou novos; limites e mecanismos de controlo. Esta fase tem como
principais actividades:
• Definir e rever indicadores e limites de risco;
• Monitorizar indicadores de risco;
• Incorporar recomendações dos relatórios de risco.
• Monitorizar os limites definidos no plano de contingência
Avaliação/Quantificação - Avalia toda a informação recolhida de risco;
das diversas áreas, para posterior submissão a mecanismos
de avaliação qualitativos ou quantitativos consistentes e • Garantir a actualização e adequabilidade dos indicadores e
auditáveis. Esta fase tem como principais actividades: limites aos diferentes ciclos económicos;
• Reunir dados fiáveis e tempestivos das diversas áreas; • Desenvolver mecanismos de controlo e alertas de risco;
• Definir pressupostos e modelos de mensuração do risco; • Efectuar stress testing com base na definição de cenários
de risco;
• Desenvolver modelos de mensuração do risco;
• Monitorizar a adequação do Sistema de Gestão de Riscos.
• Calcular e analisar o impacto dos riscos identificados;

Reporte - O reporte dos resultados e mecanismos utilizados • Elaborar o plano de acção e responsabilidades para
deve ser realizado sempre que exista necessidade ou mediante mitigação do risco;
uma periodicidade definida pelas entidades reguladoras ou
internamente. Esta fase tem como principais actividades: • Promover a divulgação dos relatórios de forma estruturada
às áreas do Banco;
• Elaborar relatórios com base na informação disponibilizada;
• Monitorizar a implementação das actividades definidas no
• Elaborar recomendações para mitigação do risco; plano de acção.
• Submeter os relatórios para análise do Conselho de

Administração e da Comissão Executiva do Conselho de
Administração;
PLANEAMENTO DE CONTINGÊNCIA
De forma a responder a circunstâncias excepcionais de risco e tomando por base os resultados dos processos estratégicos/
operacionais de controlo de cada um dos riscos, o Banco estabelece um planeamento de contingência que, de acordo com os
indicadores e limites definidos, é efectivado tendo em vista a garantia da normal continuidade das suas actividades de negócio.
Capital e Liquidez Continuidade de Negócio
Processos Estabelecimento de uma estrutura e medidas

Estratégicos Assegurar o funcionamento das actividades
adequadas que permitam ao Banco manter
do Banco e mitigar os prejuízos consequentes
as suas actividades em caso de deterioração
em situações de contingência
significativa do seu capital e a da sua liquidez
Com o objectivo de estabelecer uma estrutura e medidas adequadas que permitam ao Banco manter as suas actividades em caso
de deterioração significativa do seu capital e a da sua liquidez, o sistema de gestão do risco inclui um planeamento da resposta
e respectivos mecanismos de contingência. Compete à DGR, em coordenação com as unidades orgânicas responsáveis pelo
planeamento, controlo de gestão e financeira, aconselhar e apoiar o Conselho de Administração na definição e aprovação do plano de
contingência de capital e de liquidez.
Adicionalmente, com o objectivo de garantir o funcionamento das actividades do Banco em situações de contingência e de mitigar os
prejuízos daí decorrentes, o Banco prepara um quadro de gestão da continuidade de negócio, incluindo um Plano de Continuidade de
Negócio, em conformidade com os requisitos do Banco Nacional de Angola.

RISCOS MATERIALMENTE RELEVANTES
A auto-avaliação dos riscos ocorre anualmente e é a base

da gestão dos riscos desse exercício. Em 2020, a auto-
avaliação dos riscos foi definida de forma qualitativa, através
da realização de workshops com áreas relevantes e foram
identificados os riscos materialmente relevantes apresentados
abaixo:
• Risco de Negócio e Estratégia;
• Risco de Capital / Solvência;
• Risco de Financiamento e Liquidez;
• Risco de Crédito;
• Risco de Concentração;
• Risco de Mercado (inclui Risco de Taxa de Juro e o Risco

Cambial);
• Risco Operacional;
• Risco Reputacional.
No final de 2020, para definição dos riscos materialmente

relevantes para o exercício de 2021, iniciou-se o processo de
auto-avaliação dos riscos com o lançamento de questionários
abrangendo várias direcções, com o objectivo de aumentar a
disseminação da cultura de riscos no Banco.

Contexto e Desafios da Função
de Gestão do Risco
Durante o ano de 2020 a economia mundial foi não produtivo (NPL). Esta situação impacta negativamente aa
significativamente afectada pela pandemia de COVID-19. rentabilidade e o capital do Banco.
Muitas economias na tentativa de equilibrar os efeitos
económicos com a gestão da crise sanitária, implementaram O BFA, consciente dos potenciais impactos de uma pandemia
um conjunto de medidas que afectaram significativamente no mercado angolano, efectuou um levantamento das
a actividade económica de forma transversal nos vários principais exposições de crédito no Banco e, após avaliação
sectores económicos. das mesmas, decidiu reforçar as perdas por imparidade. Ao
longo do exercício verificou-se a deterioração da qualidade
Neste ambiente de quebra da actividade económica e, por da carteira e o aumento dos níveis de crédito não produtivo.
conseguinte, do rendimento, as famílias e as empresas Ainda assim estes mantêm-se em níveis aceitáveis ao abrigo
enfrentam, de uma forma geral, desafios significativos para do perfil de risco desenvolvido.
assegurar padrões de despesa em patamares aceitáveis e
capacidade para cumprir os compromissos financeiros. Tendo em consideração que o risco de crédito se manifesta a
médio e longo prazo, pelo que consideramos que os impactos
Dado que a actividade do sector financeiro também depende da pandemia ainda se vão reflectir nos próximos anos.
da evolução do sector não financeiro, este sector também
sofreu repercussões associadas à redução da actividade Reforço do ambiente regulatório
económica, com agravamento dos diversos indicadores
macroeconómicos. Durante o ano de 2020 foi reforçada a comunicação
do regulador com os Bancos comerciais no sentido de
Diversos desafios pautaram assim o sistema financeiro acompanhar de forma mais próxima as actividades que
angolano em 2020. estavam a desenvolver para manter uma gestão eficiente
do risco em contexto adverso, e em paralelo, apoiar a
Deterioração do rating da República de Angola diversificação da economia através do financiamento aos
sectores relevantes, ao abrigo da estratégia definida pelo
Em Setembro de 2020 a República de Angola sofreu uma governo.
revisão do rating em baixa de B3 para Caa1, agravando a
percepção de risco por parte dos investidores internacionais Em 2020 iniciou-se também o projecto de equivalência do
e, ao nível do sistema financeiro angolano, afectou SFA ao pilar II de Basileia II e que se está a materializar
negativamente os resultados dos Bancos com dívida soberana em diferentes iniciativas com relação ao âmbito da
nos seus investimentos, pelo apuramento das perdas por regulamentação. De salientar que o nível crescente da
imparidade para a dívida soberana. exigência implica um importante esforço por parte das
entidades envolvidas, impactando numa redução da
O BFA, no apuramento das perdas por imparidade, incorporou rentabilidade. É importante para o sector o seu alinhamento
o efeito negativo da revisão do rating, tendo este afectado com as regras internacionais e com um quadro regulatório
os níveis de rentabilidade e capital para o exercício. Não estável e duradouro, sendo também necessário que se
obstante, o BFA mantém elevados níveis de solvabilidade. efectue uma avaliação do impacto desse quadro regulatório,
para assegurar que se alcança um bom equilíbrio entre
Aumento do crédito não produtivo e custo do risco estabilidade financeira e crescimento económico.
Em termos gerais, a deterioração da capacidade financeira O BFA está alinhado com o quadro regulatório implementado
por parte das empresas e das famílias leva a um aumento no SFA e tem no seu plano de actividades desde 2019 o
do risco de crédito destes, com impacto no cumprimento do cumprimento dos requisitos do pilar II de Basileia II, tendo o
serviço da dívida e, em consequência, o aumento do crédito investimento sido feito a partir desta data.

Aumento do Risco Cibernético
A pandemia a nível mundial levou a que se adoptassem novos

modelos de funcionamento, com um aumento exponencial do
trabalho remoto, comércio online e formas de comunicação
pessoal e profissional. A evolução da digitalização da
economia promove o aumento dos ataques cibernéticos,
levando a que estes se tenham tornado num dos principais
riscos, para todos os sectores a nível mundial.
O BFA tem trabalhado intensamente no sentido de

implementar controlos de segurança de informação baseados
em padrões internacionais e definir medidas preventivas de
forma a estar preparado para eventos desta natureza.

Perfil de Risco
A apetência pelo risco expressa-se através de limites de métricas quantitativas e indicadores qualitativos que medem a exposição
ou perfil de risco do Banco por tipo de risco. Essas métricas e limites de apetência pelo risco articulam-se em quatro grandes
eixos ou declarações qualitativas, que definem o posicionamento que o órgão de administração do BFA pretende adoptar ou
manter no desenvolvimento do seu modelo de negócio:
Dimensão Declarações qualitativas
O BFA pretende ser reconhecido como o principal Banco de carácter universal, gerando
Estratégia e Negócio proveitos através da diversificação de receitas, preservando o capital dos Accionistas e
assegurando um equilíbrio entre o risco assumido e o retorno gerado;
A apetência pelo risco deve encontrar-se alinhada com os objectivos estratégicos do BFA
Liquidez com a manutenção de um perfil de risco médio-baixo e assegurando uma posição de liquidez
e Financiamento adequada, que permita em qualquer momento que o Banco tenha capacidade de cumprir com
as suas obrigações, mesmo perante cenários adversos;
Manter uma condição financeira sólida, promovendo o equilíbrio entre o risco assumido e a
Solvabilidade
rentabilidade, preservando o interesse dos stakeholders.
Conformidade O BFA compromete-se a disseminar a cultura de risco, promovendo elevados padrões éticos e
Operacional de excelência operacional.
Sistema de limites, acompanhamento e controlo
A definição do exercício de apetência pelo risco é anual e abrange um conjunto de métricas de risco e de limites (limites de
apetência pelo risco ou statements), que expressam em termos quantitativos e qualitativos a exposição máxima ao risco que o
Banco está disposto a assumir.
O cumprimento dos limites de apetite de risco é objecto de acompanhamento contínuo. A função de gestão do risco nas suas
actividades de controlo informa, no mínimo mensalmente, ao Conselho de Administração e à sua comissão especializada em
riscos a adequação do perfil de risco à apetência autorizada.
Em maior detalhe, com periodicidade trimestral, os excessos e não cumprimentos da declaração de apetência pelo risco são
reportados a estes órgãos e a sua apresentação é acompanhada de informação das causas que os provocaram, uma estimativa do
tempo que vão permanecer, bem como uma proposta de acções para corrigir os excessos para análise do órgão de administração.
Conforme já mencionado o BFA está orientado para manter um perfil de risco médio-baixo aos diferentes riscos. Em seguida
serão tratados os principais tipos de risco: risco de crédito, riscos de balanço, risco operacional e risco de capital.

Risco de Crédito
O Risco de Crédito consiste no risco de perda devido ao incumprimento dos Clientes, no que respeita às suas obrigações
contratuais. Adicionalmente este tipo de risco pode também surgir quando ocorre concentração numa só contraparte, indústria,
produto, geografia ou maturidade.
Introdução ao Tratamento do Risco de Crédito
A organização da gestão do risco de crédito das operações no BFA está especializada em função da tipologia de Clientes, de
forma a distinguir Clientes com características semelhantes.
Direcção de Risco de Crédito a

Avaliação das operações de crédito do segmento de particulares (pessoas físicas).
Particulares (DRCP)
Direcção de Risco de Crédito a

Avaliação das operações de crédito de Empresas (PMEs) e Empresários.
Empresas e Negócios (DRCEN)
Direcção de Risco de Crédito de

Análise, emissão de pareceres e decisão de risco em operações de Clientes de
Grandes Empresas, Institucionais
segmentos de Grandes Empresas, Institucionais – Estado e Sector Público.
e Projectos (DRCGEIP)
Direcção de Acompanhamento,
Acompanhamento e recuperação de crédito em situação irregular há mais de 60 dias e
Recuperação e Contencioso de
recuperação de crédito vencido, pela via negocial ou judicial.
Crédito (DARC)
Gestão e coordenação das várias fases do processo de concessão de crédito e

Direcção de Gestão de Crédito
acompanhamento do processo de gestão de operações de crédito e garantias, bem como
(DGC)
de todo o expediente relacionado.
Estas Direcções reportam ao Administrador do Pelouro, não Filtro de rejeição por incumprimento ou incidentes materiais
assumindo este quaisquer responsabilidades ao nível das
Direcções Comerciais ou das Direcções de controlo do risco • Registo de incidentes materiais
de crédito.
• Incumprimento com o Banco
Os limites e procedimentos de concessão e gestão de
operações de crédito estão estabelecidos no Regulamento • Atraso na realização de quaisquer pagamentos de capital
Geral de Crédito, no Manual de Procedimentos de Crédito ou juros devidos a Instituições Financeiras por um período
e em Fichas de Produto. Encontram-se ainda previstas, superior a 45 dias
de forma clara, as situações em que não é permitida a
concessão de crédito. • Utilização irregular de meios de pagamento da
responsabilidade dessa pessoa ou entidade
• Pendência de acções judiciais contra essa identidade,

desde que se considere que o resultado dessa acção
possa ter efeito materialmente adverso na respectiva
situação económica

A apreciação das propostas de crédito pressupõe uma análise rigorosa, enquadrada por um conjunto de parâmetros que garantem
uma aceitação de risco adequada:
Prévia recolha, verificação e análise crítica de informação relevante relativamente ao proponente da

operação e à sua situação económica e financeira, à operação objecto de financiamento e às garantias
oferecidas.
As propostas de operações de crédito ou garantias a submeter têm:

• Estar adequadamente caracterizada em Ficha Técnica;
• Respeitar a ficha de produto respectiva;
• Ser acompanhadas de análise de risco de crédito devidamente fundamentada;
• Conter as assinaturas dos órgãos proponentes respectivos.
Análise de operações pelo órgão responsável do acompanhamento da empresa ou grupo, em casos

de dispersão de contas de empresas ou grupos de empresas por vários Centros de Empresa ou Agências
do BFA.
Consideração da exposição total do Banco ao Cliente ou ao grupo em que o Cliente se integra nos termos
da legislação aplicável em cada momento.
Análise e ponderação de garantias Classificação de Risco
• Todas as operações de crédito têm associadas garantias Tendo em consideração o Aviso n.º 11/2014 do BNA, o BFA
adequadas ao risco do mutuário, natureza e prazo da tem definidos os seguintes critérios de classificação nos
operação. A proposta de crédito deve ser devidamente respectivos níveis de risco, para as novas operações:
fundamentada no que toca a suficiência e liquidez das
garantias; • Nível A (Risco Mínimo): operações assumidas pelo Estado
Angolano;
• As garantias reais são avaliadas previamente à decisão de
crédito; • Nível B (Risco Muito Baixo): restantes operações de
crédito.
• O Núcleo das Garantias da Direcção de Gestão de Crédito
promove e acompanha todo o processo de registo, Excepcionalmente, atendendo às características dos mutuários
actualização e distrate de hipotecas, assim como os e à natureza das operações, podem ser classificados outros
processos de avaliações imobiliárias de bens dados em créditos nos níveis de risco A e B. Estas situações dependem
garantia de operações de crédito. de aprovação do Conselho de Administração ou da Comissão
Executiva do Conselho de Administração.

O BFA não concede créditos com classificação de risco Durante o ano de 2020 teve como principal foco a gestão
superior a B. No crédito a Particulares, o BFA exige mais do muito rigorosa do risco, num contexto desfavorável que afectou
que um interveniente com rendimentos, com excepção dos a qualidade da carteira de crédito. Adicionalmente, foram
protocolos realizados com empresas. também pontos de destaque o desenvolvimento de novos
projecto: (i) evolução do modelo de imparidade IFRS9, e (ii)
A revisão da classificação do crédito em curso e respectivo implementação de um sistema de gestão de exposições não
provisionamento é feita de acordo com o Aviso n.º 11/2014 do produtivas em conformidade com a Directiva 2/2020 do BNA.
BNA, com a periodicidade mínima mensal.
Mereceram, ainda, destaque as seguintes actividades que
Deliberações dos órgãos de decisão envolveram a ARC da DGR:
• As deliberações de cada órgão de decisão constituem • Suporte às auditorias externa e interna, no que diz respeito
decisões colegiais dos membros que as compõem, sendo ao modelo de apuramento das perdas por imparidade, nas
registadas em acta e assinada por todos os participantes; vertentes de imparidade individual, imparidade colectiva e
imparidade consolidada;
• As decisões são tomadas por unanimidade. No caso de não
haver unanimidade, a proposta é submetida ao órgão de • Migração do sistema core Banka da versão 2.3 para a
decisão de nível imediatamente superior; versão 3G, com avaliação de potenciais impactos.
• Membros de um órgão de decisão que tenham um O MODELO DE APURAMENTO DE PERDAS POR IMPARIDADE
interesse directo ou indirecto ficam impedidos de participar PARA INSTRUMENTOS FINANCEIROS (IFRS9)
na discussão e decisão de qualquer operação, sendo a
respectiva decisão submetida ao nível superior. O modelo de apuramento de perdas por imparidade dos
instrumentos financeiros foi inicialmente desenvolvido em
Validade das decisões 2013 e, a partir de 2018, com a evolução da legislação as
Instituições Financeiras foram obrigadas a efectuar o cálculo
• As decisões sobre matéria de crédito têm validade (para das perdas por imparidade dos activos financeiros ao abrigo da
formalização) de 90 dias, sendo sempre comunicada ao norma internacional IFRS9 (que substituiu a IAS39).
Cliente;
Além da componente de imparidade individual, o modelo
• Todas as decisões prevêem um prazo máximo para a de imparidade tem ainda uma componente de imparidade
utilização de crédito ou para a emissão de garantia que, colectiva, baseado em modelos estatísticos para determinação
em caso de omissão, se considera ser de 30 dias após a dos factores de risco para segmentos de risco com
assinatura do contracto. características semelhantes.
A GESTÃO DO RISCO DE CRÉDITO NO BFA Uma vez que se trata de um modelo que em parte apresenta
elevada complexidade, este é submetido periodicamente
Para o acompanhamento global do risco de crédito assumido a processos de backtesting e recalibração no sentido de
pelo BFA, foi constituída a Direcção de Gestão do Risco que garantir que reflecte correctamente a relação entre as variáveis
possui uma área especializada no apuramento das perdas por macroeconómicas e os parâmetros de risco. O projecto de
imparidade dos activos financeiros e no controlo e reporte evolução do modelo de imparidade que ocorreu durante o
do risco de crédito ao órgão de administração, reguladores e segundo semestre de 2020 e contou com o seguinte âmbito:
outros stakeholders.A Área de Risco de Crédito (DGR-ARC) é (i) backtesting; (ii) actualização dos factores de risco; e (iii)
constituída por 2 núcleos – Núcleo de Gestão de Crédito, e o melhorias ao modelo decorrentes de findings da auditoria
Núcleo de Imparidade do Crédito. interna e AQA 2019.

O apuramento das perdas por imparidade é aplicável a todos os • Estágio 1: Classificação a aplicar no reconhecimento inicial
instrumentos financeiros, nomeadamente: dos instrumentos financeiros ou no caso de não cumprir
com nenhum dos critérios de classificação dos outros
• Disponibilidades; estágios de imparidade;
• Aplicações de Liquidez; • Estágio 2: Classificação a aplicar aos instrumentos

financeiros que observem um aumento significativo do
• Crédito a Clientes; risco de crédito;
• Títulos e Valores Mobiliários (excepto AFJVAR); • Estágio 3: Classificação a aplicar aos instrumentos
financeiros em incumprimento (situação de default),
• Outros activos com risco de crédito. respeitando a regras de materialidade definidas pelo
Banco.
Ao nível do crédito a Clientes, estes foram segregados
em segmentos de risco, tendo esta segmentação ocorrido As operações reestruturadas recebem um tratamento
de acordo com perfis de risco homogéneos. No caso de diferenciado, sendo classificadas em:
particulares considerou-se a segmentação por produto e no
caso de empresas considerou-se a segmentação por tipo de • Estágio 2: até cumprirem o período de cura (12 meses),
empresa com características semelhantes. Temos assim: desde que não se verifiquem atrasos superiores a 30 dias
apos a reestruturação;
• Estado;
• Estágio 3: caso de reestruturação de operações já em
• Instituições Financeiras; default, reestruturações com perda material ou período
de carência de capital, bem como verificação de atrasos
• Exposições Significativas; superiores a 30 dias.
• Exposições pouco significativas; Para além dos critérios de marcação de estágio, o Banco
definiu critérios de contágio, caso a entidade tenha mais
• Crédito Habitação; de uma operação de crédito com o Banco, onde acontece a
propagação da classificação de todas as operações do Cliente
• Crédito ao Consumo; para estágio 2 ou 3, se o total de exposição nestes estágios
representar 20% da exposição total do Cliente.
• Crédito Automóvel;
Na classificação do aumento significativo do risco de crédito e
• Descobertos em DO; default foram definidos pelo Banco um conjunto de critérios,
também observáveis à luz da norma IFRS9:
• Cartões de Crédito.
• Contratos com crédito vencido há mais de 30 dias;
O apuramento de perdas por imparidade baseia-se na definição
de metodologias de cálculo próprias, ajustadas as séries de • Cliente com pelo menos uma operação de crédito em
dados históricos e às características da carteira de crédito do contencioso nos últimos 5 anos;
Banco. Para efeitos de apuramento de cálculo de imparidade,
o Banco classifica a sua carteira relativamente a indícios de • Crédito com decréscimo material do valor da garantia
imparidade classificados por estágios: real (superior a 20%) quando tal resulte num rácio de
financiamento-garantia superior a 80%;

• Clientes com descobertos não autorizados, descobertos Análise Individual

autorizados acima do limite formalmente contratado com
os Clientes ou operações de crédito renováveis utilizadas No âmbito de análise individual são considerados os seguintes
de forma permanente em pelo menos 95% do limite Clientes:
inicialmente contratualizado nos últimos 12 meses;
• Particulares: exposição superior a 100 milhões de
• Clientes com pelo menos uma operação de crédito kwanzas, ou com saldo vencido superior a 1 milhão de
reestruturada nos últimos 12 meses; kwanzas (superior a 30 dias) e exposição superior a 50
milhões de de kwanzas;
• Clientes com dívidas a Administração Fiscal e/ou a
Segurança Social; • Empresas: exposição superior a 50 milhões de de kwanzas,
ou com saldo vencido superior 1 milhão de kwanzas
• Penhoras bancarias ou expectativa de insolvência ou (superior a 30 dias) e exposição superior a 25 milhões de
objecto do processo de recuperação/ reorganização de kwanzas;
financeira e/ou operacional;
• Todos os Clientes com operações reestruturadas;
• Alteração significativa dos resultados operacionais do
Cliente (Empresas), para Clientes sujeitos a Análise • Empresas ou Particulares indicados pela DGR ou Comissão
Individual; de Risco que não sejam sujeitos a análise individual pelos
critérios anteriores, mas que o Banco considere adequada
• Clientes em falência/ insolvência ou com expectativa de a sua realização, independentemente do segmento a que
falência/ insolvência. pertençam.
O Banco tem definido na sua metodologia de cálculo o “Crédito Análise Colectiva

em cura” para operações em estágio 3, que compreende os
créditos que se encontram num período de quarentena, no No âmbito de análise colectiva foram apurados, com base
qual já decorreu um prazo compreendido entre 6 (seis) e 12 na análise da evolução histórica da carteira e informação
(doze) meses após o primeiro pagamento de capital, em que o prospectiva de mercado os seguintes factores de risco,:
devedor se encontra a cumprir com as suas responsabilidades
regularmente (ou seja, em que o devedor tem vindo a liquidar • Probabilidade de Default (PD): cálculo das perdas
as prestações de capital e juros do contrato sem apresentar esperadas (ECL) de operações em estágio 1, considerando
qualquer exposição vencida por um período superior a 30 o período de 12 meses e de operações em estágio 2,
(trinta dias), até ser classificado como “crédito curado”). considerando a maturidade residual da operação. De
acordo com a norma de IFRS 9, todas as estimativas
O apuramento dos factores de risco tem em consideração obtidas ao longo do modelo devem ser ajustadas para
a segmentação, tendo por base informação histórica e incluir uma componente de forward–looking, sendo que as
prospectiva (forward looking). estimativas finais do modelo utilizadas para o cálculo de
ECL são as PDs lifetime com forward–looking;
No final a imparidade consolidada considera a agregação dos
grupos de Clientes / Clientes com exposição significativa alvo • Loss Given Default (LGD): cálculo das perdas esperadas
de análise individual e os Clientes alvo de análise colectiva. (ECL) de operações em estágios do tipo 1, 2 e 3,
incorporando as componentes “colateral”, que estima as
recuperações por via de execuções de colateral, e “cash”,
que estima as recuperações por outras vias;

• Factores de Conversão em Crédito (CCF): cálculo de exposições significativas – este acompanhamento foi
percentagem da exposição extrapatrimonial, podendo ser particularmente importante em 2020, em que o BFA
esta convertida numa exposição patrimonial em caso de em Março, e antecipando o contexto macroeconómico
default; desfavorável e o impacto negativo da Covid-19, efectuou
um conjunto de análises individuais no sentido de agravar
• Pré-pagamento Total (PPT): medida de probabilidade de um a imparidade para as exposições significativas e com
crédito ser totalmente liquidado antes de atingir a sua data probabilidade de agravamento da perda esperada;
de maturidade contratual;
• Implementação final e validação da informação reportada
• Maturidade Comportamental (BM): período durante o qual ao supervisor sobre o Modelo de Supervisão de Imparidade;
a instituição se encontra exposta ao risco de crédito, sendo
aplicável apenas a operações em que a data de vencimento • Interacção com o supervisor no sentido de fornecer
da operação não se encontra definida. informação fiável, com qualidade e atempada. Principais
aspectos: (i) crédito ME; (ii) cumprimento do aviso
PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS EM 2020 10/2020; (iii) informação mensal do crédito vencido; (iv)
validação do modelo de supervisão de imparidade.
• Implementação das correcções ao modelo de imparidade,
tendo por base as recomendações da auditoria, do EVOLUÇÃO DO RISCO DE CRÉDITO
programa AQA 2019 e melhorias identificadas pelo Banco;
Em 2020, a carteira de crédito bruto registou um incremento
• Execução dos processos para actualização dos factores de de 8,34% face a 2019, cifrando-se em 389 mil milhões
risco do modelo de imparidade; com base na análise da evolução histórica da carteira e
informação prospectiva de mercado. A evolução foi influenciada
• Formalização da metodologia de back-testing; principalmente pelo aumento do crédito no segmento de
empresas.
• Melhoria do reporte ao órgão de administração, com reporte
mais detalhado ao nível da carteira de crédito, qualidade da Ao nível da distribuição do crédito entre particulares e
carteira e acompanhamento e recuperação das exposições; empresas, cerca de 76% do crédito é concedido a Empresas,
tendo o peso do crédito a empresas aumentado face ao ano de
• Implementação da primeira fase do projecto da Directiva 2019 em 2,16 pontos percentuais.
n.º 2/DRO/DSB/2020, sobre exposições não produtivas,
reestruturados e activos executados em dação de Distribuição do Crédito Bruto por Tipo de Cliente
pagamento, que consistiu na auto-avaliação da capacidade
interna, definição de opções estratégicas e metas e
23,71%
desenvolvimento do plano operacional detalhado para
implementação das opções estratégicas e oportunidades
de melhoria identificadas na auto-avaliação da capacidade
interna;
76,29%
• Acompanhar e garantir a implementação das

recomendações efectuadas no âmbito do programa AQA
2019;
• Garantia da cadência mensal de análises individuais

de imparidade que assegura, a todo o tempo, um
Empresas Particulares
acompanhamento e avaliação actualizados do risco das

Ao nível da distribuição do crédito por moeda, registou-se CRÉDITO CONCEDIDO POR CLASSE DE RISCO
um aumento do crédito em moeda nacional em 24% e uma Total Operações Crédito
redução do crédito em moeda estrangeira de 22%, tendo Classe 2018 2019 2020
estes um peso na carteira de crédito de 75% e de 25%, A - Nulo 40,4% 29,2% 33,9%
respectivamente.
B - Muito Reduzido 46,1% 59,0% 45,6%
C - Reduzido 7,8% 0,3% 0,2%

Diversificação do Crédito Bruto por Sector
de Actividade D - Moderado 0,2% 6,2% 10,5%
E - Elevado 0,7% 0,4% 3,1%

0%
F - Muito Elevado 0,4% 0,3% 0,2%
14%
G - Perda 4,4% 4,6% 6,5%
6%
Total 100% 100% 100%
51%
O nível de risco da carteira de crédito bruto encontra-se

17%
dividido entre os estágios de imparidade da seguinte forma:
Crédito Bruto por Estágio
11% 2020 47,1% 44,1% 8,8%
2019 72,7% 20,9% 6,5%

Agricultura e Pesca Indústria
Comércio Serviços
Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3
Construção Transportes
Crédito Total por Estágio

Crédito Concedido por Classe de Risco
2020 55,9% 36,8% 7,3%
Relativamente à estrutura da carteira de crédito por classe de
risco, definidas no Aviso n.º 11/2014 e do Instrutivo 9/2015 2019 78,4% 16,7% 4,9%
do BNA, verifica-se que, à semelhança dos anos anteriores,
são as classes de menor risco as que maior peso detêm no Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3
total de crédito concedido.

Em 2020, verifica-se uma deterioração da qualidade da
Cerca de 79,8% do total de crédito concedido apresenta uma carteira com um aumento significativo dos Clientes em estágio
classificação de risco entre as classes A e C, inclusive. Nas 2 e o aumento, ainda que em menor proporção, do crédito
classes de risco mais elevadas (risco superior a “Moderado”), não produtivo. Esta deterioração verifica-se tanto ao nível do
a exposição da carteira de crédito do BFA aumentou em 8,7 crédito bruto (crédito patrimonial) como ao nível do crédito
pontos percentuais face a 2019. total (que inclui crédito patrimonial e crédito extrapatrimonial).

Crédito não produtivo Concentração do Crédito Vencido por Sector
de Actividade
Em 2020 o BNA publicou a Directiva nº2/2020/DRO/DSB sobre
0%
a gestão de exposições não produtivas, reestruturados e activos 4%
dados em dação de pagamento, com o objectivo de harmonizar 8%
as práticas de gestão deste tipo de activos. Esta medida visa 6%

reduzir este tipo de activos no sistema financeiro angolano. 35%
O BFA desenvolveu um projecto para implementação de um

sistema de gestão deste tipo de exposições que permitirá
efectuar um acompanhamento mais próximo destas exposições
e definir metas de redução desta tipologia de activos.
47%
Dado o contexto macroeconómico e a pandemia mundial
já referida anteriormente, verificou-se uma deterioração da
Agricultura e Pesca Indústria
qualidade da carteira com aumento do rácio de crédito não
Comércio Serviços
produtivo (NPL) em 2,3 pontos percentuais, a representar 8,8%
Construção Transportes
do crédito bruto (crédito patrimonial).
Evolução do Crédito Vencido Tendo em consideração o total de crédito vencido do segmento

empresarial por sector de actividade, verificámos que em 2020
2020 22 848 5,87%
o sector da Indústria foi o que apresentou um maior peso na
estrutura de crédito vencido, representando 46,6%, seguido
2019 23 122 6,44% do sector de Serviços com 35,0%. De notar que o sector
“Agricultura & Pescas” detém apenas 4% do crédito vencido.
Crédito Vencido Rácio de Crédito Vencido
Apesar do aumento do crédito não produtivo, o crédito vencido Imparidade e Rácio de Cobertura (milhões de kwanzas)
apresentou uma ligeira redução tanto ao nível de montante
como ao nível do rácio de crédito vencido. Esta redução do rácio Face a 2019, a cobertura de imparidade sobre a exposição
de crédito vencido foi motivada pelo aumento do crédito bruto total sofreu um incremento de 4,8 pontos percentuais,
(crédito patrimonial). influenciada pelo aumento de imparidade registrado no
decorrer de 2020 por consequência da degradação da notação
de risco soberano pela agência Moody’s de B3 para Caa1.
Em Dezembro de 2020, o rácio de cobertura por imparidade

era de 239%, o que representa uma confortável posição na
cobertura do crédito, espelho de uma política de gestão de
risco prudente.

Milhões de Kwanzas
Classe 2020
Imparidade 54 538,5
Rácio Cobertura Carteira Crédito 11,5%
Rácio Cobertura Crédito Vencido 239,1%

Nota: Inclui crédito por assinatura
O valor de crédito abatido em 2020 sofreu uma redução de

50% face ao período homólogo, atingindo os 0,7 milhões de
USD. O abate de crédito ao activo foi mais significativo nos
produtos das Contas Correntes Caucionadas, Descobertos e
Crédito ao Consumo.
Crédito abatido (Write Off) Milhões de USD
2020
0,7
2019
1,4
2018 25,8

Riscos de Balanço
RISCO DE LIQUIDEZ
O Risco de Liquidez define-se como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos decorrentes da incapacidade de o
Banco dispor no imediato de fundos líquidos para o cumprimento atempado das suas obrigações financeiras.
A Gestão do Risco de Liquidez A gestão financeira do Risco de Liquidez do BFA é

suportada por um conjunto de documentação distribuída a
A gestão do risco de liquidez é efectuada, na primeira linha diversos órgãos de gestão:
de defesa, pela Direcção Financeira e Internacional (DFI),
e na segunda linha de defesa pela Direcção de Gestão do • Informação diária com o resumo da informação referente
Risco – Área de Riscos de Balanço (DGR-ARG). aos mercados doméstico e internacional e dos principais
movimentos e operações verificados no dia;
O BFA usufrui de uma condição privilegiada quanto ao
financiamento da sua actividade, por consequência de uma • Documentação para o Comité Financeiro, com resumo
gestão particularmente prudente dos seus níveis de liquidez. semanal retrospectivo dos principais mercados nacionais
Ao assegurar uma posição de liquidez estável, segura e internacionais;
e suficiente, com base num nível de reserva adequado,
o Banco mantém os rácios de liquidez e de observação • Reporte diário da posição cambial regulamentar, enviado
elevados. para os Administradores dos pelouros financeiro e de
risco, com indicação do gap acumulado por moeda
O cumprimento do limite estabelecido em moeda nacional estrangeira;
de gap diário de liquidez é assegurado pela Direcção
Financeira e Internacional (DFI). Este limite consiste na • Monitorização dos Early Warning Indicators (EWI) para
diferença entre as entradas e as saídas de fundos em moeda monitorização da situação de liquidez do Banco – durante
nacional verificadas num dia, considerando o cumprimento o exercício de 2020 não foram identificadas quebras nos
das Reservas Obrigatórias. indicadores de alerta precoce, não tendo sido necessária
a activação do plano de contingência de liquidez;
A Direcção de Gestão de Riscos - Área dos Riscos
de Balanço, é responsável pela implementação das • Elaboração mensal da volatilidade dos recursos;
metodologias, processos e actividades de monitorização e
controlo dos riscos de balanço, pela avaliação dos principais • Reporte da Gestão Integrada dos Riscos, com a análise
indicadores do risco de liquidez, pela realização dos testes mensal dos principais indicadores e limites de risco para
de esforço e ainda, pela concretização do processo de o risco de liquidez, efectivada pela Comissão de Riscos e
avaliação da adequação da liquidez interna (ILAAP). pelo Conselho de Administração.

O BFA rege-se por um modelo de organização e de tomada de decisão, composto por cinco órgãos:
Tomada de decisões mais críticas face a operações com risco Estado angolano,
Conselho de Administração limites de contraparte e taxas de juro de depósitos e crédito, por proposta da
Comissão de Riscos, da CECA e/ou do Comité de Activos e Passivos.
Apoio e aconselhamento ao Conselho de Administração sobre matérias de gestão do

Comissão de Riscos
risco, incluindo o risco de liquidez.
Realização de análises diárias e semanais dos mercados e acompanhamento

Comité de Activos e Passivos continuado do cumprimento das decisões do Conselho de Administração e de todos
os limites regulamentares e internos.
Acompanhamento e aconselhamento ao Conselho de Administração face à estratégia

Comité de Activos e Passivos e política de gestão dos activos e passivos do Banco, nomeadamente no que
concerne aos riscos do balanço (mercado, liquidez, taxa de juro e taxa de câmbio).
Agregação semanal e operacionalização das decisões do Conselho de Administração e

Comité Financeiro
realização das propostas ao Comité de Activos e Passivos, quando necessário.
Principais Desenvolvimentos de 2020 • A monitorização dos níveis de liquidez corrente e

estrutural, necessários em função dos montantes e
• A 30 de Agosto de 2016 foi publicado pelo BNA prazos dos compromissos assumidos e dos recursos em
o Instrutivo no 19 / 2016, que veio estabelecer as carteira, é efectuada através da identificação de gaps de
especificidades do envio da informação relativa a gestão liquidez.
do risco de liquidez. Neste âmbito, as Instituições
Financeiras iniciaram o reporte dos mapas de liquidez, A posição de liquidez do BFA é apurada regularmente,
considerando os fluxos de caixa em moeda nacional e identificando-se os factores que justificam as variações
moedas estrangeiras que sejam significativos para a ocorridas. Este controlo é reforçado com a execução de
Instituição, com uma periocidade quinzenal. Devem testes de esforço de forma a caracterizar o perfil de risco do
ainda reportar mensalmente o mapa de liquidez Banco e a assegurar que são passíveis de ser cumpridas as
considerando os fluxos de caixa de todas as moedas de suas obrigações num cenário de agravamento das condições
uma forma agregada. de mercado.
• As Instituições Financeiras devem assim garantir

que, a partir de 31 de Agosto de 2019 e até 31 de
Agosto de 2020, os rácios de liquidez e os rácios de
observação, terão que ser superiores a 100% (para os
reportes em moeda nacional e reportes agregados de
todas as moedas) e 150% para os reportes de moedas
estrangeiras significativas.

Conforme já referido, a nível regulamentar são apurados mensalmente os rácios de liquidez e os rácios de observação. Em 31
de Dezembro de 2020 os rácios de liquidez e de observação são apresentados conforme se segue:
Rácios de Liquidez
TODAS AS MOEDAS
Dez-19 Mar-20 Jun-20 Set-20 Dez-20
Ativos Líquidos 1 158 323 1 170 667 1 345 775 1 435 993 1 621 215
Cash outflows 278 637 296 595 332 676 313 696 368 963
Cash inflows 26 398 14 396 50 354 5 147 16 726
Rácio de liquidez 459% 415% 477% 465% 460%
Limites 100% 100% 100% 100% 100%
MOEDA NACIONAL
Ativos Líquidos 839 294 856 020 1 016 319 1 000 387 1 129 934
Cash outflows 173 198 176 689 227 823 201 311 215 302
Cash inflows 26 030 14 302 50 351 5 144 16 687
Limites 100% 100% 100% 100% 100%
MOEDA SIGNIFICATIVA
Ativos Líquidos 224 042 219 859 234 283 291 306 259 149
Cash outflows 79 893 100 969 84 708 94 679 92 937
Cash inflows 28 3 3 3 31
Limites 150% 150% 150% 150% 150%
Rácio de Liquidez - Todas as Moedas (mMAOA) Rácio de Liquidez - Moeda Nacional (mMAOA)
1 600 700% 2 500 700%

1 400 570% 573% 569% 459% 477% 465% 460%
527% 510% 600%
2 000 415% 600%
1 200 500% 500%
1 000 1 500
400% 400%
800
300% 1 000 300%
600
400 200% 200%
500
200 100% 100%
0 0% 0 0%
Dez 2019 Mar 2020 Jun 2020 Set 2020 Dez 2020 Dez 2019 Mar 2020 Jun 2020 Set 2020 Dez 2020
Ativos Líquidos Cash outflows Cash inflows Ativos Líquidos Cash outflows Cash inflows
Rácio de liquidez Limites Rácio de liquidez Limites

Rácio de Liquidez - Moeda Significativa (mMAOA) Rácio de Observação - Moeda Significativa (mMAOA)
450 308% 350%

400 281% 227% 279% 300%
350 218%
300
250% 396% 404% 377%
200% 363%
250 320%
200 150% 282%
150
100%
100
112,5% 112,5% 112,5% 150% 150% 150%
50 50%
0 0%
Dez 2019 Mar 2020 Jun 2020 Set 2020 Dez 2020 Dez 2019 Mar 2020 Jun 2020 Set 2020 Nov 2020 Dez 2020
Ativos Líquidos Cash outflows Cash inflows Rácio de liquidez (Banda 1 a 3 meses) Limite
Rácio de liquidez Limites
No âmbito dos requisitos de informação prudencial, o

Rácio de Observação BFA tem vindo a monitorizar a aplicação e assegurar o
cumprimento das exigências regulamentares, não só pelo
Rácio de Observação - Todas as Moedas (mMAOA) reporte da informação regulamentar de liquidez, como pela
participação em vários exercícios de estudos e discussões
promovidos, entre outros, pelo regulador e pela ABANC.
1640%
1460%
1280% 1213% 1218% No âmbito da liquidez, destaca-se a implementação do
903% processo de revisão e avaliação pelo supervisor (Supervisory
Review and Evaluation Process – SREP), relativamente
aos processos de auto-avaliação de adequação de liquidez
(ILAAP, juntamente com a auto-avaliação do processo de
Dez 2019 Mar 2020 Jun 2020 Set 2020 Nov 2020 Dez 2020
adequação de capital (ICAAP).
Rácio de liquidez (Banda 1 a 3 meses) Limite
O processo de auto-avaliação de adequação de liquidez

Rácio de Observação - Moeda Nacioanal (mMAOA) (ILAAP) caracteriza-se como instrumento de avaliação
fundamental de gestão do risco e de determinação interna
das necessidades de liquidez. Neste processo, o Banco
6577% analisa um vasto conjunto de informação qualitativa e
quantitativa, com o objectivo de definir um quadro de gestão
4092% 4375%
3807% do risco de liquidez do Banco em função do respectivo perfil
2583% e alinhado com as orientações definidas pelo regulador. A
1628% metodologia seguida no exercício de ILAAP compreende
as características próprias do Banco, tais como o modelo
de negócio, Governance, controlos implementados e sua
Rácio de liquidez (Banda 1 a 3 meses) Limite monitorização, dimensão, complexidade, condicionantes dos
mercados e obrigações regulamentares definidas ao nível do
mercado angolano.

As principais evoluções verificadas em 2020 ao nível da liquidez foram supridas integralmente no mercado
situação de liquidez do Banco foram as seguintes: monetário, cujo saldo fixou-se em 1.024,4 milhões de
kwanzas em 31 de Dezembro de 2020;
• No final de Dezembro de 2020, os recursos de Clientes
fixaram-se em 2.252.202,7 milhões de kwanzas, • Em termos estruturais, o perfil de liquidez do Banco é
registando um aumento de +38,8% face a Dezembro sustentável, tendo registado um rácio de transformação
de 2019, com os recursos em moeda nacional a atingir do crédito sobre os recursos de Clientes de 17,2% em
953.755,3 milhões de kwanzas (+34,9% YoY). O crédito Dezembro de 2020. O rácio de transformação em moeda
bruto ascendeu a 387.818,7 milhões de kwanzas, o que nacional fixou-se em 30,4% (33,2% em Dezembro
representa um aumento de +8,0% face a Dezembro de 2029), mantendo uma reserva de liquidez em níveis
2019; confortáveis;
• Os activos integrados na pool da política monetária e • Em 31 de Dezembro de 2020, a liquidez disponível

elegíveis para operações de redesconto junto do Banco junto do Banco Nacional de Angola, deduzida das
Nacional de Angola, líquidos de haircuts, ascenderam a reservas obrigatórias, ascendia a 227.352,9 milhões
791.729,3 milhões de kwanzas em 31 de Dezembro de de kwanzas, dos quais 25.213,1 milhões de kwanzas
2020; em moeda nacional. Os activos onerados ascendiam a
175.372,2 milhões de kwanzas, em moeda nacional, e a
• A carteira da dívida soberana, bruta, fixou-se em 207.291,3 milhões de kwanzas, em moeda estrangeira,
1.387.051,5 milhões de kwanzas (+37,1% YoY), sendo representando, respectivamente, cerca de 12% e 15% do
cerca de 30,3% em representados por títulos nominados activo por moeda.
em moeda estrangeira. As necessidades pontuais de
Rácio de Transformação
83,68% 83,98% 80,49% 83,35% 82,39%
76,87%
33,19% 36,26%
31,90% 32,57% 30,45%
27,03%
13,59% 12,28% 12,27% 9,68% 8,72% 7,50%
22,13% 21,72% 18,96% 18,89% 18,72% 17,22%
Rácio de Transformação de Crédito + Títulos Rácio de Transformação MN
Rácio de Transformação ME Rácio de Transformação Todas as Moedas

RISCO DE TAXA DE JURO Gestão do risco de taxa de juro da carteira de títulos
O risco de taxa de juro é definido como a possibilidade de Consiste no controlo do risco agregado da taxa de juro.
ocorrência de perdas financeiras decorrentes de movimentos Este corresponde ao somatório do impacto de uma variação
adversos nas taxas de juro. Neste caso, é avaliado o risco de paralela na curva de taxas de juro, na valorização da carteira
taxa de juro numa perspectiva de médio e longo prazos, ao de títulos com prazo residual superior a 1 ano do Banco.
nível da carteira bancária, que permita avaliar a exposição
do Banco a este risco e inferir quanto à sua capacidade em A gestão financeira do Risco de Taxa de Juro do BFA e
absorver variações adversas nas taxas a que se encontra suportada por um conjunto de documentação distribuída a
exposto. diversos órgãos de gestão:
A GESTÃO DO RISCO DE TAXA DE CÂMBIO • Informação diária com o resumo das principais
informações dos mercados domésticos e internacional,
O risco de taxa de juro, ao nível do BFA, é apurado mediante os principais movimentos e operações verificados no
a classificação de todas as rubricas do activo, do passivo e dia, nomeadamente do mercado monetário e da dívida
extrapatrimoniais, que pertençam à carteira bancária e que pública;
sejam sensíveis a oscilações das taxas de juro, por escalões
de refixação da taxa de juro. A sua monitorização é efectuada • Documentação para o Comité Financeiro, com resumo
numa base sistemática em função dos períodos de repricing semanal retrospectivo dos principais mercados nacionais
dos activos e dos passivos. A análise de sensibilidade do e internacionais;
risco de taxa de juro tem como objectivo avaliar a exposição
do Banco a este risco e inferir quanto à sua capacidade em • Documentação para a Comissão de Riscos e para o
absorver variações adversas nas taxas a que se encontra Conselho de Administração, com análise mensal do
exposto. Relatório da Gestão Integrada dos Riscos (RGIR) que
cobre os principais indicadores e limites de risco, para os
Gestão do risco de taxa de juro do balanco riscos materialmente relevantes, incluindo o risco de taxa
de juro.
• Efectuada através do controlo do Risco Agregado de Taxa
de Juro do Balanço. Corresponde ao somatório do impacto
de uma variação paralela na curva de taxas de juro das
diversas moedas, na valorização dos activos e passivos do
Balanço do BFA.
• É responsabilidade da DFI garantir que o risco agregado

da taxa de juro do balanço se mantém dentro do limite
definido, face aos Fundos Próprios Regulamentares.

O modelo de organização e de tomada de decisão no BFA, neste âmbito, considera:
Aprovação da apetência pelo risco e os limites definidos para o risco de taxa de juro.
Tomada de decisões mais relevantes quanto às operações com risco Estado, limites
de contraparte e taxas de juro de depósitos e crédito, por proposta da CECA e/ ou
Comité de Activos e Passivos

Comissão de Riscos
risco, incluindo o risco de taxa de Juro
Análise diária e semanal dos mercados e acompanhamento em permanência do

Comissão Executiva cumprimento das decisões do Conselho de Administração e do cumprimento de todos
os limites regulamentares e internos
Agregação mensal de documentação e informação em dossier próprio e apresentação

de propostas de actuação ao Conselho de Administração
Operacionalização das decisões do Conselho de Administração e, quando necessário,

Comité Financeiro
elaboração das propostas ao Comité de Activos e Passivos
Avaliação do Risco de Taxa de Juro verifique uma redução potencial do seu valor económico
igual ou superior a 20% dos seus fundos próprios
A análise de sensibilidade efectuada baseia-se na regulamentares, a instituição tem o prazo de um dia útil
metodologia prevista no Aviso nº 08/2016, de 22 de Junho, para informar o BNA.
do Banco Nacional de Angola, que estabelece os requisitos
de análise a observar pelas Instituições Financeiras, no No cálculo do risco de taxa de juro, são incluídos todos os
âmbito do risco de taxa de juro na carteira bancária. instrumentos financeiros patrimoniais e extrapatrimoniais
relevantes para esta análise e que, por definição, sejam
De acordo com o mesmo, as Instituições Financeiras afectados pelas variações ocorridas nas taxas de juro.
deverão remeter ao BNA informação detalhada sobre o Atendendo ao tipo de taxa remuneratória, as posições são
nível de exposição ao risco de taxa de juro da sua carteira consideradas pelo período de repricing ou pela respectiva
bancária. Devem considerar um choque instantâneo, maturidade residual, de acordo com o estabelecido no
positivo ou negativo, de 2% nas taxas de juro, resultante referido Aviso.
de um movimento paralelo da curva de rendimentos na
mesma magnitude, para se estimar o impacto sobre o valor As posições denominadas em moeda estrangeira e sujeitas
actual dos fluxos de caixa e sobre a margem de juros. As a risco de taxa de juro foram convertidas em kwanzas à taxa
Instituições devem prestar informação ao BNA sobre os de câmbio oficial do BNA à data do reporte. Considerando,
movimentos positivos ou negativos das taxas de juro que igualmente, o peso que as posições em dólar (e sujeitas
impliquem o cenário mais adverso para os seus balanços. a risco de taxa de juro) representam na carteira bancária,
considerou-se como adequado a realização de uma análise
Devem, também, realizar a avaliação do seu nível de desagregada para esta moeda, seguindo os mesmos
exposição ao risco de taxa de juro na carteira bancária princípios e pressupostos aplicados para a moeda local.
numa base contínua. Após a realização do choque, caso se

Em termos quantitativos, a 31 de Dezembro de 2020, o BFA observou os seguintes valores de risco de taxa de juro:
Impacto em Todas as Moedas

Risco de Taxa de Juro (Carteira Bancária)
2019 2020
+ (8 407 829) (13 871 328)

Valor
Efeito da situação líquida de um choque - 8 407 829 13 871 328
de 200 pb na taxa de juro + -2,03% -3,00%
% dos Fundos Próprios Regulamentares
- 2,03% 3,00%
Impacto na Divisa AOA

2019 2020
+ (3 729 574) (9 366 432)

Valor
Efeito da situação líquida de um choque - 3 729 574 9 366 432
de 200 pb na taxa de juro + (0,90)% (2,03)%
- 0,90% 2,03%
Impacto na Divisa USD

2019 2020
+ (7 261 007) 11 307

Valor
Efeito da situação líquida de um choque - 7 261 007 (11 307)
de 200 pb na taxa de juro + (1,75)% 0,00%
- 1,75% 0,00%
Verifica-se que o impacto do valor económico está dentro do A Gestão do Risco de Taxa de Câmbio
limite regulamentar definido, isto é, um valor igual ou inferior
a 20% dos Fundos Próprios Regulamentares. O BFA procura controlar o seu risco de forma activa e
particularmente rigorosa, mantendo para cada moeda as suas
RISCO DE TAXA DE CÂMBIO posições activas e passivas dentro dos limites aprovados.
O Risco Cambial advém de flutuações desfavoráveis das taxas É da responsabilidade da Direcção Financeira e Internacional
de câmbio entre moedas e surge da diferença das posições (DFI) e da Área de Riscos de Balanço (ARG) pertencente à
activas e passivas em cada moeda estrangeira ou indexada à Direcção de Gestão do Risco, a gestão de risco cambial. A
variação cambial. DFI assegura ainda que a diferença entre activos e passivos
em cada moeda estrangeira (ou indexada) é residual, com
excepção das posições em USD e EUR, para as quais está
previsto um limite de exposição cambial.

Em paralelo, cabe à Área dos Riscos de Balanço da Direcção de Gestão dos Riscos:
Implementar as metodologias,
processos e actividades de Avaliar os principais indicadores Assegurar a elaboração de testes
monitorização e controlo dos riscos do risco cambial de esforço para o Risco Cambial
de balanço
A gestão do Risco Cambial do BFA é suportada por um • Documentação para a Comissão de Riscos e para o
conjunto de documentação, distribuída a diversos órgãos de Conselho de Administração, com a análise mensal dos
gestão, nomeadamente: principais indicadores e limites de risco, para os riscos
materialmente relevantes, incluindo o risco cambial,
• Informação diária, com o resumo das principais presente no Relatório da Gestão Integrada dos Riscos
informações dos mercados domésticos e internacional, (RGIR);
os principais movimentos e operações verificados no dia,
nomeadamente no mercado cambial; • Documentação para o Conselho de Administração com o
resumo mensal do mercado cambial;
• Documentação para o Comité Financeiro, com o resumo
semanal retrospectivo do mercado cambial doméstico e • Relatório diário de avaliação do risco de taxa de câmbio
principais mercados internos; com o recurso ao modelo estatístico (VaR Cambial –
modelo paramétrico).
O modelo de organização e de tomada de decisão no BFA, neste âmbito, considera:
Toma as decisões mais relevantes quanto a operações com risco Estado angolano,
Conselho de Administração posição cambial e taxas de juro de depósitos e crédito, por proposta da CECA e/ou
Comité de Activos e Passivos.

Comissão de Riscos
risco, incluindo o risco de taxa de câmbio.
Acompanha em permanência o cumprimento das decisões do Conselho de

Comissão Executiva Administração e o cumprimento de todos os limites regulamentares e internos, e
realiza análises diárias e semanais dos mercados.
Reúne propostas de actuação com base em documentação e informação reunida

regularmente, para apresentar ao Conselho de Administração.
Reúne pelo menos uma vez por mês para operacionalizar as decisões do Conselho de
Comité Financeiro
Administração e fazer propostas ao Comité de Activos e Passivos, caso necessário.

Posição Cambial Regulamentar (MUSD)

17,9 17,8
15,3 15,3 14,7
13,3
10,4 11,1
8,6 8,2
7,2
-1,3
Jan 20 Fev 20 Mar 20 Abr 20 Mai 20 Jun 20 Jul 20 Ago 20 Set 20 Out 20 Nov 20 Dez 20
PC Regulamentar Limite inferior Limite superior

Risco Operacional
Risco Operacional é a probabilidade de ocorrência de • Apurar a exposição do BFA ao risco operacional e reportar
impactos negativos nos resultados ou no capital que periodicamente aos diversos stakeholders, nomeadamente
decorrem de perdas com origem na inadequação de (i) Conselho de Administração, Comissão Executiva do
processos internos; (ii) capital humano ou (iii) sistemas, bem Conselho de Administração, e Comissão de Riscos;
como existência de fraudes (internas ou externas) e/ou outros
eventos externos. • Dinamizar a definição e acompanhar a execução de
planos de acção para mitigação do risco operacional.
A GESTÃO DO RISCO OPERACIONAL Adicionalmente, assenta no envolvimento de todos os
Colaboradores do Banco na gestão efectiva deste tipo de
A gestão do risco operacional é da responsabilidade da risco, através do suporte a DGR-ARO na avaliação dos
Direcção de Gestão de Riscos - Área do Risco Operacional riscos existentes nas suas actividades e na identificação
(DGR-ARO). Esta área, com base na recolha de eventos e e reporte atempado de quaisquer eventos de risco
identificação dos riscos inerentes as actividades desenvolvidas, operacional com que se deparem no exercício das mesmas.
promove a respectiva avaliação, classificação e definição de
medidas (planos de acção) tendentes a eliminar ou mitigar Principais desenvolvimentos em 2020
os mais relevantes. Complementarmente, é garantida a
monitorização global da exposição do BFA ao risco operacional, Em 2020 foi efectuada uma avaliação dos documentos e
através do acompanhamento de indicadores e limites de risco. ferramentas já desenvolvidos e avaliadas as prioridades.
A metodologia implementada garante o alinhamento das Foram objectivos da área em 2020:

mesmas com as melhores práticas internacionais, assumindo
principais objectivos: • a reavaliação do plano de actividades existente;
• Dinamizar a implementação no BFA de uma verdadeira • a definição de prioridades tendo em consideração a

cultura do risco; capacidade técnica e humana e processos precedentes que
a DGR-ARO não controla (exemplo: catálogo de processos
• Identificar e avaliar qualitativamente os riscos e controlos e normas de processo);
associados aos processos do Banco;
• o apuramento das provisões para riscos gerais de crédito;
• Promover a recolha centralizada de eventos enquadráveis
em risco operacional; • o desenvolvimento de ferramentas prioritárias para o
desenvolvimento das actividades de gestão operacional
• Definir e monitorizar indicadores chave de risco (KRI); do risco (base de dados de eventos de risco operacional
e modelo para mapeamento dos riscos e controlos nas
• Garantir a preparação, manutenção e operacionalização normas de processo do Banco).
das políticas relevantes relacionadas com a gestão da
continuidade do negócio;

Estratégia, Governação e Políticas Recolha de Eventos de Risco Operacional
• Criação do Modelo de Gestão e Controlo do Risco O desenvolvimento da Base de Dados de Eventos de Risco
Operacional Operacional foi melhorada durante o ano de 2020, ano em
que a recolha de eventos de risco operacional ainda ocorreu
• Definição da Política de Gestão do Risco Operacional de forma informal, na medida em que a sua comunicação
ao órgão de administração teve por base a informação
• Elaboração da Norma de Processos de Gestão do Risco recolhida pela Auditoria Interna. Prevê-se que em 2021 se
Operacional inicie o reporte dos eventos de risco operacional à Comissão
de Riscos e ao Conselho de Administração.
Identificação & Avaliação do Risco Operacional
Mapeamento de Riscos e Controlos
• Implementação do Piloto de Gestão do Risco
Operacional Em 2020 foi definido com a Direcção de Organização
e Qualidade o modelo para mapeamento dos riscos e
• Testes e validação do Piloto controlos dos processos de negócio, suporte e controlo.
Tendo por base esse modelo, a DGR-ARO iniciou durante
• Implementação de Ferramenta Provisória de Gestão e este exercício o mapeamento dos riscos e controlos do
BD de Eventos de RO processo, devendo esta actividade ser reforçada em 2021
com o objectivo de mapear o máximo número possível de
• Identificação de Riscos & Controlos nas actividades do processos. Com este mapeamento a DGR-ARO poderá
Catálogo de Processos efectuar a auto-avaliação dos riscos e controlos, no sentido
de avaliar os processos que apresentam maior risco e quais
• Definição e implementação do Catálogo de Riscos os planos de acção para a sua mitigação.
• Auto-Avaliação dos Riscos e Controlos
Monitorização & Reporte do Risco Operacional
• Implementação e Monitorização de Key Risk Indicators

(KRIs)
• Colaboração na elaboração (mensal) do Relatório de

Gestão Integrada dos Riscos (RGIR)
• Elaboração de Reporte do Risco Operacional
• Colaboração na elaboração do Relatório (anual) sobre o

Sistema de Gestão do Risco

Risco de Compliance
O QUE É O RISCO DE COMPLIANCE E COMO SURGE?
Entende-se por Risco de Compliance a probabilidade de ocorrência de eventos que possam implicar a imposição de sanções
legais ou regulatórias, com impacto negativo na reputação, nos resultados ou no capital da Instituição, como consequência de
violações ou não conformidades de leis, regras, regulações, códigos de conduta, práticas instituídas ou princípios éticos que
regulam a actividade da Instituição.
A emergência de risco de Compliance é intrínseca a qualquer estrutura bancária e ao seu negócio, dado que este assenta
numa base normativa e legal, orientada por regras definidas pelas diversas entidades de tutela e de supervisão, e por contratos
assinados com parceiros de negócio e Clientes.
A detecção, gestão e mitigação eficaz deste tipo de riscos, constituem instrumentos determinantes na gestão do risco
reputacional, já que estas representam um dos principais pilares de orientação das actividades do Banco.
Com a crescente exigência do BNA e das entidades reguladoras no que diz respeito ao controlo e monitorização de Clientes e
Transacções, o BFA tem encarado a gestão de risco de Compliance como uma das suas principais prioridades estratégicas a
curto e médio prazo. Neste sentido, o seu foco tem sido:
• Desenvolvimento de processos e procedimentos adequados;
• Implementação de ferramentas de suporte aos processos e procedimentos;
• Investimento na Integridade e Formação dos Colaboradores;
• Robustez nos Controlos Internos e Cultura.
QUAL É A ESTRATÉGIA DO BFA A CURTO/MÉDIO PRAZO EM SEDE DE GESTÃO DE RISCO DE COMPLIANCE
Para o presente exercício, existiram aspectos chaves estratégicos para aplicação a curto prazo, nomeadamente:
Desafios Estratégicos Objectivos Estratégicos Valores
• Prevenção de Risco em • Melhoria dos Controlos Internos • Responsabilidade

Transacções com Partes através de Ferramentas para • Integridade e Profissionalismo
Relacionadas; Gestão Operacional de Risco de • Prudência
• Prevenção de Conflito de Interesses Compliance
• Prevenção ao BC/FTP • Adequação dos Controlos de
• Prevenção de Incumprimento PBC/FTP, Regulatório, Conflito
Regulatórios de Interesses, Identificação
• Robustecimento dos Controlos e Transacções com Partes
de Gestão Relacionadas

O Conselho de Administração do BFA no exercício teve a necessidade de assegurar a consistência no cumprimento e

acompanhamento escrupuloso dos riscos de Compliance e consequentemente, traçou um plano estratégico, cujas linhas orientadores
se descrevem abaixo:
Objectivos Estratégicos de Objectivos de Compliance

Estratégia de Compliance
Compliance a Curto Prazo
• Cultura de Compliance; • Gerir o Risco de Compliance; • Capacitar o Capital Humano:

• Cumprimento com as Normas • Elevar a Marca BFA em termos de Investimento na Integridade
Legais; Controlos Internos/Gestão de Risco dos Colaboradores, Formação e
• Controlos Operacionais; Compliance/PBC/FTP; Sensibilização;
• Robustéz na Relação com o • Elevar os valores BFA: Compliance, • Automatizar Ferramentas de Gestão
Regulador. PBC/FTP, Conflito de Interesses, de Riscos especiais de Compliance:
Transacções com Partes Aumento da eficácia dos controlos
Relacionadas; Internos para a gestão operacional
• Reduzir penalizações. do risco de BC/FTP;
• Rever processos/normas: Melhoria
das Normas Internas e Regras mais
exigentes para KYC, Avaliação
de Risco de BC/FT de Clientes,
Produtos e Serviços, Declarações
Individuais de Conflito de Interesses
e outros.
COMO É GERIDO O RISCO DE COMPLIANCE?
Modelo de Governação da Gestão de Risco de Compliance
Regulador/
Assembleia Geral Auditor Externo
Supervisor
Conselho de Administração Conselho Fiscal
Comissão de
Comissão Comissão
Auditoria e
Executiva de Riscos
Controlos Internos
Compliance
Risco
Auditoria Interna

O BFA implementou e promove o cumprimento dos princípios regulamentados pelo Banco Nacional de Angola, Comissão de Mercado
de Capitais e outras Autoridades no que respeita às regras de Governação Corporativa e Controlos Internos e neste último, as normas
de gestão de Risco de Compliance Adicionalmente, por forma a robustecer o seu sistema, adoptou e adequou conjunto de conceitos-
chave reconhecidos e aceites a nível internacional, destacando-se as recomendações emitidas pelo Comité de Supervisão Bancária
de Basileia, GAFI – Grupo de Acção Financeira.
O modelo de governação do sistema de gestão dos riscos no BFA desenvolve-se em dois níveis principais:
• Estratégico: Competência do Conselho de Administração, coadjuvada pela Comissão Executiva e por um conjunto alargado de
Comissões especializadas, que são responsáveis pelo acompanhamento, monitorização e controlo dos riscos.
• Operacional: Implementação do modelo das três linhas de defesa com as responsabilidades claras e gestão de risco de forma
transversal:
1.ª LINHA DE DEFESA 2.ª LINHA DE DEFESA 3.ª LINHA DE DEFESA
Realização de auto-controlo por Estabelecimento de controlos pela Avaliação, adequação e eficácia

auto-avaliação, acções de mitigação orientação, inspecção, supervisão das operações comerciais, gestão
e melhorias inclusive o processo de e avaliação da Primeira Linha de de riscos, controlos internos e
auto-formação para a sua gestão. Defesa. governação corporativa do Banco de
Medidas adequadas na introdução forma sistemática e padronizada.
de produtos e serviços no Banco.
A Direcção de Compliance, na qualidade de Segunda Linha de Defesa do Banco, dá o suporte ao Conselho de Administração, à
actividade e negócios do Banco, através do monitoramento da gestão deste risco de compliance, por forma a ser garantida que a
actividade do Banco e seus negócios são efectuados cumprindo com as normas legais e com medidas de mitigação adequadas por
forma a evitar incumprimentos que se podem materializar em penalizações e risco reputacional.
COMO ESTÁ SEGREGADA A DIRECÇÃO DE COMPLIANCE POR FORMA A GARANTIR O ACOMPANHAMENTO DESSA
RESPONSABILIDADE?
A organização da Direcção de Compliance é a seguinte:
DIRECÇÃO DE COMPLIANCE (DC)
Gabinete de Gestão
Secretariado
e Qualidade
PBC/FT e Crimes Financeiros Compliance Regulatório
Gestão de Relação
Banca Validação Análise Projectos
Monitorização com Entidades de
Correspondente de Entidades de Alertas e Normativos
Supervisão

Responsabilidades Genéricas pelas suas grandes Áreas de Actuação, são as seguintes:
Área de PBC/FT e Crimes Financeiros
Núcleo de Banca Correspondente Núcleo de Validação de Entidades Núcleo de Análise de Alertas
Mitiga os riscos de Compliance e Analisa os dados e documentação Analisa Alertas transaccionais e de

de BC/FT que surjam aquando da dos Clientes de alto risco no início Sanções Internacionais/Medidas
actividade do Banco na relação de e decurso da relação de negócio Restritivas, avaliando o perfil e
correspondência e ainda com outras tendo em vista garantir a avaliação propor o encerramento da relação
contrapartes e/ou Instituições adequada do grau de risco de BC/ de negócio, de acordo com o risco
Financeiras, tendo como principais FT atribuído a nível de sistema, identificado, incluindo as seguintes
tarefas: validando e/ou autorizando a tarefas:
interacção com os Clientes
• Gestão da relação de mediante as seguintes tarefas: • Definir, rever e actualizar os
correspondência bancária através critérios de alerta;
da avaliação de perfil de risco • Definição e revisão dos critérios
das contrapartes e diligências e requisitos da matriz de risco de • Analisar alertas KYT, Filtering
na relação de correspondência e BC/FT, bem como a análise do (PEPs e Sanções), avaliar os
RMAs; risco de BC/FT e FATCA (Foreign perfis dos Clientes em função do
Account Tax Compliance Act) de risco associado;
• Gestão da Relação com Bancos Clientes em onboarding;
Correspondentes nas acções de • Avaliar periodicamente os
Due Diligêncies associadas a • Monitorização contínua/avaliação requisitos de classificação de
transacções de Clientes. das medidas de diligência risco de Sanções dos Clientes
reforçada de Clientes de Alto bem como dos procedimentos
risco e PEPs. para a gestão do risco do
mesmo.

Área de Compliance Regulatório
Núcleo de Projectos e Normativos Núcleo de Monitorização Núcleo de Gestão de Relação com

Entidades de Supervisão
Controlar o cumprimento Efectua testes de garantia
regulamentar, coadjuva sobre o grau de cumprimento Garante a sólida comunicação
tecnicamente a Administração. de Leis, Regulamentos, entre o Banco e as Entidades
Áreas/Direcções do Banco no Políticas e Processos, o grau de Supervisoras em temas com
processo de identificação de adequabilidade e efectividade dos impactos regulamentares bem como
Normativos legais e padrões controlos implementados, traçando a implementação de controlos na
aplicáveis ao ambiente operacional recomendações por forma a ser comunicação, acompanhamento e
e de negócio do Banco. Tem como mitigado o risco Compliance, tem cumprimento de prazos. Tem como
principais tarefas: como principais tarefas: principais tarefas:
• Identificação, compilação, • Monitorização regular e teste • Coordena e controla a

divulgação e actualização de controlos implementados comunicação regulamentar
permanente, controlo de vs. Grau de cumprimento das interna e externa, desenvolvendo
Normativos Externos que, normas; os contactos internos e externos
directa e/ou indirectamente com as entidades, não afastando
afectam a actividade/negócio do • Avaliação da eficiência e eficácia as tecnicamente associadas a
Banco, difundir e avaliar o risco dos controlos de Compliance cada Direcção/área do Banco;
residual em função dos controlos implementados nas Áreas/
implementados; Direcções; • Acompanhar processos de
Inspecções in-site e off-site que
• Identificação e proposta de • Avaliar a aderência, possam ter impacto regulatório;
melhorias ou mitigação nos adequabilidade, controlos
Regulamentos, Processos e implementados e grau de • Acompanha o grau de
Políticas Internas do Banco cumprimento das regras de cumprimento dos prazos
face à contextualização da conduta espelhadas no Código de reportes obrigatórios às
regulamentação; de Conduta e nas Políticas do autoridades e avaliação do nível
Banco, nomeadamente Partes de incumprimento e eventuais
• Participação em processos e Relacionadas, Gestão de Conflito riscos associados.
projectos de implementação de Interesses e Anti Suborno e
de novos produtos, serviços e Corrupção.
canais, bem como na revisão
dos mesmos e/ou propor
recomendações de melhoria em
caso de novos desenvolvimentos
regulatórios.

Programa de formações e capacitação da função de Compliance 2019/2020:
Nº Formandos VS Nº Horas 2019 - DC Nº Formandos VS Nº Horas 2020 - DC
2% 6% 1%
15%
25% 16%
2% 2%
18% 20%
10%
7% 52% 14%
2% 18% 6% 37%
18%
19% 35%
17%
56%
2%
AML - elearning Ética e PRFSC AML - elearning Ética e PRFSC

Avançado sobre PBC/CFT Exame de Certificação AML Avançado sobre PBC/CFT Exame de Certificação AML
e Sanções da ACCPA e Sanções da ACCPA
Código de conduta - elearning Função de Compliance Código de conduta - elearning Função de Compliance
Círculo exterior - nº formandos I Círculo interior - nº horas Círculo exterior - nº formandos I Círculo interior - nº horas
QUAIS SÃO AS ETAPAS PARA A GESTÃO DE RISCO DE COMPLIANCE E COMO É FEITA?
Para a gestão do risco, existem fases devidamente segregadas que abaixo se identificam:
Controlo
Identificação Mensuração Avaliação Monitorização Reporte
e Mitigação
Existe igualmente, um conjunto de circunstâncias que são indicadores para uma acção e/ou avaliação e/ou contextualização do nível
de adequação do Banco, permitindo nesses moldes haver um acompanhamento contínuo em diferentes níveis de actuação:
Alteração aos
Inspecções Novos Produtos
requisitos de
Regulamentares e Negócios
compliance
Penalizações Avaliações
Outros Eventos
Regulamentares Regulamentares

Adicionalmente, o reforço dos controlos internos é caracterizado com a abrangência da atribuição de responsabilidades claras dentro
do modelo de governo, o cariz preventivo, bem como, a gestão integrada de processos:
Gestão Processual Integral Proactividade & Iniciativa Responsabilidades Claras
Identificar, avaliar, mitigar e Proactivamente na identificação e Transversalidade da gestão de Risco

comunicar de forma eficaz os riscos prevenção de riscos de compliance, de Compliance e neste contexto,
de compliance à Direcções através integração de medidas de controlo deve ser garantido que os negócios
da implementação de um processo de risco de compliance na e actividades do Banco cumpram
normalizado de gestão do risco perspectiva processual e gestão das com os requisitos regulamentares
compliance. iniciativas de cumprimento junto relevantes.
das Direcções.
Para a garantia da eficácia legal, regulamentar para a mitigação do risco de Compliance e consequente implementação de controlos
para a sua mitigação, existe um conjunto mínimo de matérias especiais que se encontram implementados de forma transversal
através de Políticas, Regulamentos e Normas de Processos que abaixo se descreve:
Norma de Norma de Regulamento

Política de
Norma sobre Concessão Abertura e Norma de Reporte a
Transacções
Fraude de Crédito a Gestão de sobre Entidades de
com Partes
Bancária Empresas e Entidades e o FATCA Supervisão/
Relacionadas
Negócio Contas Reguladoras
Norma sobre
Regulamento/
Diligência Norma de
Política de Normas
Política de Norma de Reforçada Reporte Interno
Código de Prevenção de de Abertura
Governação de Sigilo sobre Contas, de Comunicação
Conduta Conflito de e Gestão
Produtos Bancário Operações e de Operações
Interesses de Entidades
Operações Sobre Suspeitas
e Contas
o Estrangeiro

QUAIS SÃO OS RISCOS ESPECIAIS DE COMPLIANCE MÍNIMOS QUE TÊM PRIMAZIA E ESTÃO ENQUADRADOS
NA FRENTE ESTRATÉGICA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO?
Gestão de Risco BC/FTP Gestão de Risco de Conflito de Interesses
• Salvaguarda dos melhores padrões de KYC (Know Your • Garante o cumprimento dos requisitos legais vigentes na
Customer) e KYT (Know Your Transactions), Filtering identificação, gestão e monitorizção de eventos de Conflito
(Sanções e PEPs). de Interesses;
• Automatização de ferramentas; • Reforça as regras de actuação/conduta dos Colaboradores

do Banco-
• Política, Regulamentos, normas e processos com a
robustez face à dimensão do Banco e a sua carteira de Gestão de Risco Regulamentar
Clientes.
• Garante assistência na manutenção dos requisitos
Gestão de Risco de Transacções com Partes Relacionadas: regulamentares específicos de cada unidade de negocio;
• Regula os processos de identificação, avaliação, decisão e • Actualiza periodicamente o sistema de controlo interno
monitorização de Transacções com Partes Relacionadas; regulamentar do Banco;
• Assegura que a informação financeira do Banco reflecte • Interação com entidades Reguladoras.
de forma verdadeira, completa e fiável a Identificação e
divulgação de transacções com Partes Relacionadas.
GESTÃO DE RISCO DE BC/FTP
Introdução à Política: (iii) os critérios para a revisão de KYCs dos Clientes em

função do seu grau de risco;
A Política visa garantir a responsabilização dos intervenientes,
estabelecer as directrizes sobre o processo de Identificação do (iv) os critérios de diligências/monitorização;
Cliente, Pessoa Politicamente Exposta e Beneficiário Efectivo,
bem como implementar as regras sobre controlo e registo (v) o reconhecimento de listas internacionais de sanções
transaccional, a correcta avaliação e classificação de risco para efeito de gestão de risco de sanções internacionais,
dos Clientes, conceitos de confidencialidade, sigilo bancário congelamento de fundos e reporte;
e ainda, matérias sobre medidas restritivas (Sanctions).
Assegurando: (vi) a necessidade de estabelecimento de processos e
procedimentos que permitam o reconhecimento,
(i) a gestão e prevenção do risco de BC/FT e Sanções; investigação e reporte de actividades e transacções
suspeitas às autoridades competentes; e
(ii) a protecção do Banco e seus Colaboradores a nível de
riscos legal, regulatório, reputacional e de penalização (vii) o alinhamento das práticas do BFA, interna e
que possam resultar de eventuais situações de BC/FT; externamente, em conformidade com a legislação
nacional, e as práticas internacionais de referência.

Processos de Gestão:
Identificação e Diligência
O BFA adopta medidas de identificação e diligência dos seus Clientes, fornecedores e todas as entidades antes do estabelecimento
de uma relação de negócio e ao longo da mesma.
O KYC – Know Your Customer é o pilar para a gestão de risco de BC/FTP e nesses termos, compreende as seguintes fases:
Identificação Verificação Caracterização Controlos
As medidas de diligência traduzem-se num conjunto de processos que permitem o Banco, de forma razoável, ter conhecimento sobre
a identidade dos Clientes/Fornecedores, conservar a informação por forma a poder compreender a natureza do negócio, actividade
bem como, o perfil de risco dos seus Clientes.
Identificação Actualização da Informação do Cliente
• Determinação do nome e informações relevantes sobre o • Medidas para garantir que a documentação e
Cliente/potencial Cliente, sócios. informação disponível se mantém actualizada e ainda,
acompanhamento contínuo destas informações.
Verificação
Monitorização Contínua da Relação do Cliente
• Existência de provas documentais que ateste quem o
Cliente, sócios e Beneficiários Efectivos estão devidamente • Medidas para acompanhar a actividade do Cliente,
identificados. verificar comportamentos suspeitos e susceptíveis de
estarem relacionados com actividades criminosas.
Obtenção de Informação de Património/Origem e Destino
dos Fundos O Banco desenvolve as suas acções obrigatórias de
identificação de Clientes nos termos das regras de PBC/
• Medidas de diligência por forma a verificar a proveniência FTP sobre o estabelecimento de relações comerciais e
de fundos/rendimentos através de Contratos, Activos e considerada relação de negócio qualquer das circunstâncias
Declarações Financeiras. abaixo referenciadas:
Obtenção de Informação do Objecto e Natureza da Relação • Abertura de conta;
• Medidas para identificar a finalidade e natureza da relação • Contratação de produtos, serviços e canais;
de negócio a ser mantida com o Cliente.
• Relação contratual com Fornecedores.

A diligência é um factor fundamental para os Controlos, assim sendo, o Banco adoptou nos seus processos as seguintes tipologias
de diligência:
Diligência Contínua Diligência Simplificada Diligência Especial Diligência Reforçada
Monitorização/Diligência Contínua
A diligência contínua assenta na revisão do perfil do Cliente e transacções.
• Base Regular: 1 vez ao ano (Clientes risco alto/PEPs); 3 em 3 anos (Clientes risco
médio) e de 4 em 4 anos (Clientes de risco baixo)
Monitorização de Clientes
• Acontecimento Particular: (i) for atribuído produto, serviço e/ou canais categorizados
como de alto risco, (ii) no momento de identificação de operações/transacções
suspeitas
• Actividade está conforme com o espectável tendo em consideração a informação

Monitorização de Transacções obtida. Na ausência de explicação lógica transaccional e existência de indícios de
crime, deve a informação ser reportada à UIF.
Diligência Simplificada Para o período em referência, concluiu-se o acompanhamento

especial a nível de KYC Compliance de Clientes, Casas de
A Lei dispensa o cumprimento das obrigações infra quando Câmbio/Remessas, cujos resultados abaixo se espelhas:
o Cliente seja (i) o Estado ou pessoa colectiva de direito
público, de qualquer natureza, integrada na administração Diligência Especial: Casas de Câmbio
central, provincial ou local ou (ii) uma autoridade ou organismo
público, sujeito a práticas contabilísticas transparentes e 25,0%
ainda, o tratamento que deve ser dado a determinado produto
em função da sua especificidade (inclusão financeira). A 48,0%
simplificação não dispensa o Banco de realizar a monitorização

da relação de negócio de forma a identificar transacções
suspeitas de BC/FTP, nem de manter actualizados os
elementos de informação obtidos no decurso da relação de
negócio. 27,0%
Diligência Especial
KYC Compliace (Parecer Favorável)

Considerando o risco global de BC/FTP como alto para um
KYC Non Compliace: Convite ao Término da Relação
grupo específico de Clientes, o Banco executa due dilligence
Acompanhamento Especial de Actualização de Dados
especial (SDD), ou seja, acompanhamento especial com base
nas informações básicas do Cliente.

Diligência Reforçada
O Banco adopta medidas adequadas para os controlos de eficácia em relação aos Cliente ou Fornecedores de alto risco ou
médio risco (quando aplicável), Pessoas Politicamente Expostas (classifica-o de forma “vitalícia” e, consequentemente, efectua
procedimentos de diligência reforçada na medida em que continua a representar um risco acrescido de BC/FTP) ou ainda, sobre
produtos e serviços considerados como de alto risco e que têm um acompanhamento especial.
KYC - Abertura, Actualização e Validação de Contas Análise de Processos de Crédito

8043 13,0%
62,0%
8,2 7,2
391 154 14 7
25,0%
PEPs CDD
Análise e Validação Conta/Entidade no eMudar
CDD ONGs e Sem Fins Lucrativos
Instituições Financeiras N. Bancárias
Actividade/Profissões Não Financeiras Designadas KYC Compliace (Parecer Favorável)

Irregularidades Identificadas e Notificadas KYC Non Compliace (Desfavorável a nível de PBC/FTP)
Alertas Fitering (Sanções) Devolvido por Incumprimento de KYC
KYS – Início, Actualização e Validação da Rel. Fornecedores
Contrato de Fornecimento Potenciais Fornecedores

2,0% 2,0%
6,0%
9,0%
58,0% 83,0%
40,0%
Total de Contratos CDD Total de Potenciais Fornecedores

KYS Compliace KYS Review Compliace
KYS Devolvidos e Diligência Reforçada KYS Non Compliace e em CDD
KYS Non Compliace

Análise de Operações Cambiais
Mercadorias, Serviços e Capitais Invisíveis Correntes (Viagens e Ajuda Familiar)
6 000 160
5 000 140
120
4 000 100
3 000 80
2 000 60
40
1 000 20
0 0
Total de Processos/Processos para CDD Total de Processos/Processos para CDD
Pendentes de Avaliação/Reavaliação e Cancelados Parecer Favorável

Parecer Favorável Parecer Desfavorável
Devolvidos por non Compliance Reavaliação
Outros: Emissão de Declarações de KYC a pedido do Regulador I BNA: 7 (Sete) Declarações | CMC: 1 (Uma) Declaração
Relação de Correspondência
Atlântico Novo Banco S.A.

CDD Transacções BPI Eurobic Commerbank Europa Lisboa
Total de Clientes Notificados (7 261 007) (7 261 007) (7 261 007) (7 261 007) 11 307
Total de Casos/Operações 7 261 007 7 261 007 7 261 007 7 261 007 (11 307)
Total de Questionários 1,75% 1,75% 1,75% 1,75% 0,00%
Comunicação de Operações Incomuns/Suspeitas/DTNs
O Banco identifica de forma prudente, eficaz e rápida as transacções em numerário e comportamentos suspeitos dos seus Clientes
e reportar de forma precisa à UIF – Unidade de Informação Financeira, para o efeito, para o ano em referência, foram totalizados os
seguintes reportes:
4 000 36769 10 9
32474 31990 8
29168
6
5
2 000 5 4 4
3
2
0 0
T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4
DTNs DOS Com. Exp.

Cooperação e Sigilo Bancário
O Banco pauta-se pelo princípio da cooperação com as e demais operações bancárias, estão sujeitos a segredo
Autoridades Angolana em toda a sua esfera de relacionamento. profissional (sigilo bancário), só podendo o Banco proceder à
Consequentemente tem implementado um procedimento que sua revelação a terceiros em cumprimento de obrigações legais
regula a gestão de cooperação com as autoridades. ou após autorização transmitida pelos próprios Clientes.
Nos termos da lei, os nomes e restante informação pessoal dos Abaixo identificam o volume de pedido de cooperação e
Clientes, as suas contas de depósito, respectivos movimentos prestação de informação:
Pedidos de Cooperação e Prestação de informação UIF PGR Tribunal AGT
Recebidos 15 3205 2960 865
Concluídos 15 3159 2886 847
Em Diligência à Data de Encerramento do Exercício - 46 74 18
Medidas Restritivas “Sanctions”
O BFA no seu programa de controlo interno para o risco nenhum serviço financeiro deve ser fornecido para os países
especial de Sanções, tem como matriz, assegurar que a sancionados, entidades ou indivíduos designados onde a
aceitação, o início de relação, negócios, ofertas de produtos e proibição seja expressa nos regulamentos associadas às
serviços não seja prestado e/ou concedido a favor de entidades Listas que o Banco adere, sendo que a partida, reconhece as
ou países sancionados. Nesses termos, determina-se que, seguintes autoridades competentes (entre outras):
CSNU ou NU OFAC/SDN HMT UE
Os controlos mínimos implementados visa garantir o • No momento de abertura de conta, aprovação do Cliente,
cumprimento das regras a nível de sanções aplicadas no e no decurso da relação comercial, quando as informações
Banco. Nesses termos, o sistema DCS e Swift inclui os do Cliente sujeitas a diligência devida, são actualizadas ou
seguintes rastreios: revistas.
• Pagamentos relevantes, recebidos e feitos, contra as listas de No âmbito da diligência, caso seja identificado um hit
sanções aplicáveis; positivo, é coordenado o processo de reporte à UIF via DIPD
e consequentemente, as acções legais de bloqueio de contas/
• Todos os Clientes e partes relacionadas, incluindo, congelamento de activos nos casos aplicáveis.
nomeadamente, Accionistas relevantes, controladores,
executivos, Administradores e directores, contra as listas de
Sanções mais recentes;

GESTÃO DE RISCO DE CONFLITO DE INTERESSES, Processos de Gestão:

IDENTIFICAÇÃO E TRANSACÇÕES COM PARTES
RELACIONADAS O BFA adopta medidas de identificação e diligência dos
interesses pessoais dos seus Colaboradores, Colaboradores
Introdução à Política: designados e membros dos órgãos sociais em momento prévio
à sua contratação/nomeação e em processos periódicos e
A Política visa garantir a responsabilização dos intervenientes, assim ser garantido o controlo robusto de impacto no relato
estabelecer as directrizes sobre o processo de Identificação financeiro e a necessidade de divulgação.
e gestão de conflito de interesses, bem como implementar
as regras sobre controlo e registo, a correcta avaliação e O KYE – Know Your Employee e KYB – Know Your Business
classificação de operações incluindo, transacções com é a base para a gestão de risco de Transacções com Partes
Partes Relacionadas de carecem de controlos reforçados. Relacionadas e nesses termos, compreende as seguintes fases:
Assegurando:
Identificação
(i) A garantia e prevalência dos interesses dos Clientes,
quando se verifique uma situação de potencial conflito • Determinação dos Colaboradores alvo de controlo,
de interesses entre os interesses dos seus Clientes informação relevante relevantes associado aos dados
e os interesses de entidades que integrem o Grupo pessoais, património.
BFA, dos titulares dos seus órgãos sociais ou dos seus
Colaboradores; Declaração
(ii) A segurança de um tratamento transparente e equitativo • Declarações periódicas sobre informação familiar,
dos Clientes, salvaguardando os interesses comerciais negócios próprios.
do Grupo BFA, sempre que os Colaboradores intervêm
numa situação de potencial conflito de interesses Verificação/Registo
(i) entre o Grupo BFA e os seus Clientes; (ii) entre
fornecedores de bens ou serviços e os seus Clientes; • Medidas para confrontar na base de dados do Banco
se se tratam de Clientes do Banco e efectuada a devida
(iii) A garantia da transparência da actividade do Banco, caracterização e registo.
quer através da divulgação tempestiva aos Clientes e • Medidas para acompanhar o processo transaccional e
aos órgãos do BFA da ocorrência de situação de conflito transparência.
de interesses quer através da manutenção de registo
documental sobre a ocorrência de situação de conflitos Monitorização Contínua
de interesses e seu reporte periódico;
• Medidas para acompanhar a actividade e negócios das
(iv) A salvaguarda dos interesses do Banco, dos seus entidades identificadas e verificar evetuais matérias de
Accionistas, Colaboradores, e Clientes, bem como Conflito de Interesses.
os interesses dos supervisores e a estabilidade do • Controlo dos níveis de decisão
sistema financeiro, em caso de ocorrência de situações • Reporte
de potenciais conflitos de interesses em relação a • Divulgação.
transacções com Partes Relacionadas;
(v) A segurança de que a informação financeira a nível de

relato reflecte de forma verdadeira e completa a situação
económico-financeira do Banco.

As medidas de diligência traduzem-se num conjunto de • O Contrato de Trabalho;
processos que permitem o Banco, de forma razoável,
ter conhecimento sobre interesses pessoais dos seus • A colocação de fundos de investimento ou de produtos de
Colaboradores e membros dos órgãos sociais, conservar a seguros que incluam activos financeiros emitidos por uma
informação por forma a poder compreender o impacto nos Parte Relacionada;
negócios do Banco, igualmente garantir a transparência e
gestão da divulgação da informação no relato financeiro. • A realização de operações sobre imóveis de que seja titular
uma Parte Relacionada;
Têm relevância as seguintes matérias para os controlos de
transacções com partes relacionadas: Qualquer outro contrato que tenha por contraparte ou em que
intervenha a qualquer título uma Parte Relacionada.
• As Operações de Crédito;
• Os Fornecimentos;
GESTÃO DE RISCO REGULAMENTAR
A gestão do Risco Regulatório de Compliance é efectuada através de 4 fases que abaixo se identificam e tem a sua base geral a
identificação da legislação emitida pelas Autoridades Competentes, a sua priorização em termos de classificação, a qualificação
correcta em termos de enquadramento na actividade do Banco, avaliando o impacto directo ou indirecto ao negócio e actividades
do Banco. Nesses termos é identificado o risco associado como alto, médio ou baixo, tendo em consideração que a classificação é
determinado pelos controlos implementados e a probabilidade de ocorrência de eventos de incumprimento:
Identificação Legislativa Prioridade Gestão Monitorização
Os mecanismos processuais de gestão Mecanismos de Gestão estão enquadrados em:
Eventos Mecanismos de Gestão de Eventos Classificação dos Eventos
• Alteração Legislativa; • Identificar; • Eventos Gerais (penalizações 0.5%

• Penalizações; • Avaliar e Mitigar; do resultado do exercício transacto e
• Inspecções/Auditorias; • Monitorar; cobertura negativa a curto prazo da
• Produtos, Serviços e • Reportar. Mídia/reputação);
Desenvolvimentos de Negócio; • Eventos Materiais (penalizações
• Outros. 0.5% - 1% do resultado do exercício
transacto e cobertura negativa
a curto/médio prazo da Mídia/
reputação);
• Eventos Extremamente Materiais
(penalizações de montante igual
ou superior a 1% do resultado do
exercício transacto e cobertura
negativa a longo prazo da Mídia/
reputação).

PRINCIPAIS DESENVOLVIMENTOS DE 2020 legais e regulamentares em vigor no país e das boas práticas
do sector a nível de PBC/FTP e Sanções, respeitando
Face aos objectivos traçados para o período, foram executadas também as práticas internacional com referência ao Comité
as seguintes tarefas/projectos: de Supervisão Bancária da Basileia e GAFI – Grupo de
Acção Financeira, robusteceu os princípios gerais na PBC/
Conclusão do processo de estruturação da Direcção de FTP e Sanções. A Política tem como principais objectivos
Compliance e conclusão da elaboração do Manual de (i) a gestão e prevenção do risco de BC/FT e Sanções,
Procedimentos da Direcção: (ii) a protecção do Banco e seus Colaboradores a nível de
riscos legal, regulatório, reputacional e de penalização que
Face à necessidade de robustecer a estrutura da Direcção de possam resultar de eventuais situações de BC/FT, (iii) o
Compliance e garantir o suporte adequado na gestão do risco estabelecimento de processos e procedimentos que permitam
de Compliance, foi concluído o processo de reestruturação da o reconhecimento, investigação e reporte de actividades e
direcção, permitindo a: transacções suspeitas às autoridades competentes.
• Segregação de responsabilidades claras e, Política de Prevenção de Suborno e Corrupção:

consequentemente, a conclusão do catálogo de
processos; Considerando que o BFA repudia a prática de actos de
corrupção, em todas as suas formas, orientando a sua
• Elaboração do Manual de Processo da Área Compliance actuação pelos princípios do respeito e cumprimento da Lei
Regulatório com uma abordagem baseada no risco. e demais normativos em vigor, num mercado que pretende
livre para a prestação dos seus serviços e num ambiente
Entrada em produção do sistema informatizado de PBC/FT competitivo e justo, adoptou a presente política com
denominado DCS – Dixtior Compliance System, com a sua objectivos de (i) assegurar que a actividade do Banco se rege
prerrogativa de Filtering (PEP’s e Sanções Internacionais) e pelos mais elevados padrões de integridade, transparência,
Profiling (Operações Suspeitas com regras padronizadas): ética e governação, (ii) garantir o cumprimento da legislação
nacional e a adopção das melhores práticas internacionais,
Com o objectivo de garantir o robustecimento da (iii) definir as responsabilidades, aos diferentes níveis de
monitorização contínua a nível de PBC/FTP e Sanções actividade do Banco, no combate à corrupção e ao suborno,
na implementação de controlos internos, foi adquirida (iv) orientar o comportamento dos seus colaboradores ao lidar
uma ferramenta automática que, no presente exercício com as matérias de corrupção e suborno.
(i) entrou em produção o acompanhamento transaccional
dos Clientes, através de regras específicas de KYT – Know Regulamento de Reporte a Entidades Reguladoras/
Your Transactions, e (ii) permitiu a melhoria da informação Supervisoras:
qualitativa para o acompanhamento do perfil dos Clientes na
confrontação nas listas internacionais (Sanctions) de que o Convindo garantir a implementação de controlos internos no
Banco adere e ainda, da lista internacional de PEPs. relacionamento com as entidades de Supervisão, respeitante
ao dever de prestação e transparência da informação
Política de Prevenção ao Branqueamento de Capitais, conforme reflectido na Lei n.º 12/2015 de 17 de Junho - Lei
Financiamento ao Terrorismo e Sanções: das Instituições Financeiras, foi elaborado o Regulamento em
referência que tem como objectivo (i) identificar os órgãos
Considerando que o BFA baseia a sua actuação nos princípios internos, (ii) suas responsabilidades, (iii) prazos, (iv) canais
da responsabilidade, integridade, rigor e transparência na de reporte, (v) garantir o conhecimento geral de todos os
condução dos seus negócios em conformidade com princípios Colaboradores do Banco e a (vi) melhoria dos controlos e
de ética e de conduta, visando o cumprimento das normas mitigação de eventuais riscos de compliance.

Manual de Processo de Avaliação de Produtos, Serviços e Canais de Distribuição para efeito de PBC/FT:
Com o objectivo de permitir a classificação efectiva do risco dos produtos para efeito de BC/FTP e respeitando à Política interna
de Governação de Produtos do Banco, traçou-se a metodologia para a avaliação de produtos, serviços e canais através de uma
abordagem baseada no risco e consequentemente, a atribuição de um nível de risco por produto, tendo na sua base os seguintes
indicadores:
Frequência das
Tamanho/valor Perfil Característica Nível de actividade
transacções
total do Produto do produto de Investimento / em numerário Outros
internacionais
e Transacção (perfil depósito para relacionado com Factores
que envolvam
média do Cliente) o produto o produto
o produto
Proposta de Revisão da Política de Identificação, Prevenção Gestão e decisão de crédito; (vi) Prestação de serviços/
e Gestão de Conflito de Interesses: Consultoria para investimento; (vii) Gestão dos sistemas
de informação; (viii) Gestão de auditorias e de sistemas
Considerando a necessidade de revisão periódica da política de controlos internos; (ix) Criação de produtos, serviços
face à sua amplitude para um modelo de governação robusto financeiros e fundos de investimento; (x) Gestão
e transparente, houve a necessidade de ser revista a Política imobiliária.
do BFA respeitando às premissas designadas pelo pelo Banco
Nacional de Angola, Comissão de Mercado de Capitais, bem • Enquadramento claro e segregado na identificação de
como as normas internacionais emanadas pelo Comité da de Conflito de Interesses, nomeadamente (i) desfavoráveis a
Supervisão Bancária – Basileia. Clientes, (ii) Institucionais e a (iii) Colaboradores/pessoas
ligadas.
A revisão contempla de forma clara, os seguintes
pressupostos: • Medidas de Gestão de Conflito de Interesses: (i)
Medidas Organizacionais, (ii) Medidas de Actuação
Responsabilidades Claras, respeitando nesses termos o Comportamental, (iii) Medidas Especiais e (iv) Medidas de
Modelo de Governo do Banco e reconhecimento do Canal de Registo, Controlo e Comunicação.
Irregularidades/Denúncia, permitindo assim haver ligação e
transversalidade na amplitude das normas. Preparação do Relatório do Sistema de Controlo Interno sobre
a PBC/FT e ADM:
• Introdução de Conceitos: (i) barreira de informação
(Chinese Walls); (ii) Informação Privilegiada; (iii) O artigo 9.º da Lei nº 5/20 de 27 de Janeiro (Lei de
gratificação e incentivo; (iv) Transacções por conta própria Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais, do
(posição Colaborador e Banco). Financiamento do Terrorismo e da Proliferação de Armas
de Destruição em Massa), conjugado com os artigos 4.º, 6.º
• Tipificação das actividades expostas a Conflito de e 27.º do Aviso n.º 14/2020 de 22 de Junho estabelece a
Interesses, nomeadamente (i) Investimento em mercado obrigatoriedade de preparação de relatório anual de PBC/
financeiro e de capitais; (ii) Gestão de recursos humanos; FTP, reportado ao período de 1 de Janeiro de 2020 a 31 de
(iii) Gestão e aquisição de bens e serviços (fornecedores); Dezembro de 2020.
(iv) Serviços jurídicos e recuperação de crédito; (v)

Risco de Capital
O Risco de solvência ou de capital surge pela possibilidade da Instituição Financeira não possuir um nível de capital suficiente para
lidar com perdas futuras inesperadas resultantes da sua actividade.
A GESTÃO DO CAPITAL
De forma a averiguar o nível de capital, o BFA procede ao cálculo do seu Rácio de Solvabilidade, Fundos Próprios Regulamentares
e Requisitos de Fundos Próprios Regulamentares, sendo esta gestão garantida pela Área do Risco Global da Direcção de Gestão do
Risco, em estreito cumprimento com as disposições e requisitos regulamentares estipulados pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
A Direcção de Gestão do Risco é ainda responsável pela realização do processo de avaliação da adequação do capital interno
(ICAAP) e dos testes de esforço, conduzidos pelo Banco com a regularidade imposta na legislação.
O BFA define ainda, a declaração de apetência pelo risco (Risk Appetite Framework e Risk Appetite Statement) para o Risco de
Solvência, incorporando, sempre que aplicável, as métricas, limites internos e níveis de tolerância adequados à estratégia do Banco.
• Aviso n.º 02/2016 - Fundos Próprios Regulamentares

Rácio de Solvabilidade e
• Instrutivo n.º 18/2016 - Prestação de Informação Sobre a Composição dos Fundos
Fundos Próprios
Próprios e Rácio de Solvabilidade
• Aviso n.º 03/2016 – Requisito de Fundos Próprios Regulamentares para Risco de

Crédito e Risco de Crédito de Contraparte
Requisitos de Fundos Próprios • Instrutivo n.º 12/2016 – Cálculo e Requisitos de Fundos Próprios Regulamentares para
para Risco de Crédito Risco de Crédito e Risco de Crédito de Contraparte
• Instrutivo n.º 13/2016 – Prestação de Informação sobre Requisito de Fundos Próprios
Regulamentares para Risco de Crédito e Risco de Crédito de Contraparte
• Aviso n.º 04/2016 - Requisito de Fundos Próprios Regulamentares para Risco de

Mercado e Risco de Crédito de Contraparte na Carteira de Negociação
Requisitos de Fundos Próprios • Instrutivo n.º 14/2016 - Cálculo e Requisito de Fundos Próprios Regulamentares para
para Risco de Mercado Risco de Mercado e Risco de Crédito de Contraparte na Carteira de Negociação
• Instrutivo n.º 15/2016 - Prestação de Informação Sobre Requisitos de FP para Risco de
Mercado e Risco de Crédito de Contraparte na Carteira de Negociação
• Aviso n.º 05/2016 - Requisito de Fundos Próprios Regulamentares para Risco

Operacional
Requisitos de Fundos Próprios
• Instrutivo n.º 16/2016 - Cálculo e Requisito de Fundos Próprios Regulamentares para
Regulamentares para Risco
Risco Operacional
Operacional
• Instrutivo n.º 17/2016 - Prestação de Informação sobre Requisito de Fundos Próprios
Regulamentares para Risco Operacional

Em 31 de Dezembro de 2020, o Rácio de Solvabilidade Regulamentar apresentou uma evolução negativa de 2,1 pontos
percentuais face ao período homólogo, justificada pelo aumento dos Requisitos de Fundos Próprios para Risco de Mercado
e Risco Operacional.
2019 2020
KZ USD KZ USD
Fundos Próprios de Base 414 979,8 860,5 461 824,4 710,9
Fundos Próprios Complementares 0,0 0,0 0,0 0,0
Deduções aos Fundos Próprios de Base e Complementares (50,2) (0,1) (50,2) (0,1)
Fundos Próprios Regulamentares 414 929,6 860,4 461 774,2 710,9
Total Requisitos 70 982,0 147,2 81 871,3 126,0
Requisitos para Risco de Crédito - RFPRC 32 959,4 68,3 33 270,1 51,2
Requisitos para Risco de Mercado - RFPRM 6 954,3 14,4 10 644,6 16,4
Requisitos para Risco de Operacional - RFPRO 31 068,3 64,4 37 956,6 58,4
Rácio de Solvabilidade Regulamentar 58,5% 58,5% 56,4% 56,4%
Rácio de Solvabilidade Regulamentar SFA 24,1% 24,1% 28,2% 28,2%
Limite Regulamentar 10,0% 10,0% 10,0% 10,0%
PROCESSO DE AUTO-AVALIAÇÃO E ADEQUAÇÃO DO explicar também a diversificação com o facto de que a

CAPITAL INTERNO (ICAAP) correlação entre os vários riscos é imperfeita, pelo que os
maiores eventos de perdas não ocorrem de forma simultânea
O Processo de Auto-avaliação e Adequação do Capital em todas as carteiras, nem tipos de risco. Ou seja, o risco
Interno (ICAAP) permite que as Instituições Financeiras que o BFA suporta no seu conjunto é inferior ao risco da
possam realizar estimativas internas do capital de que soma das partes se consideradas em separado.
devem dispor para assegurar a solvência face a eventos
causados por distintos tipos de risco. O BFA e designadamente a DGR mantém desde o primeiro
momento um decidido compromisso com os princípios
Tradicionalmente, o conceito de capital económico é oposto que inspiram o modelo de convergência internacional de
ao de capital regulatório, sendo este o exigido pela regulação medidas e normas de capital (Basileia II). Este compromisso
de solvência. O novo modelo de capital Basileia II aproxima ficou vertido no cronograma de operacionalização da DGR
indubitavelmente ambos os conceitos, ainda que subsistam com as actividades a desenvolver no âmbito do capital
algumas diferenças significativas como o reconhecimento interno e o seu desenvolvimento foi iniciado em 2019, tendo
dos efeitos de diversificação ou concentração permitidas o Banco dedicado meios humanos e materiais para o seu
pelos modelos de capital económico. desenvolvimento.
O modelo de capital interno do BFA permite quantificar o Durante o ano de 2020 a DGR continuou a desenvolver a
perfil de risco considerando todos os riscos significativos da abordagem metodológica para cada uma das dimensões
actividade, bem como o efeito de diversificação associado do ICAAP e no final do exercício foi aprovada pelo órgão
aos diferentes riscos a que o Banco está exposto. Apesar de administração a abordagem metodológica a utilizar no
de ser um conceito intuitivo e presente na gestão do risco ICAAP.
desde o nascimento da actividade bancária, podemos

Em 2021, aos Bancos do sistema financeiro será exigida a

realização dos processos de ICAAP e de ILAAP ao abrigo
do processo de equivalência do supervisor ao SREP (pilar
II de Baleia II). Considerando o investimento já efectuado
pelo BFA nos 2 últimos anos consideramos que apesar de
carecer de implementação integral, o Banco apresenta a
metodologia e as ferramentas necessárias para a realização
destes processos.
Apesar da ligeira quebra no rácio o BFA mantém níveis

de capital robustos, 2x superiores à média do Sistema
Financeiro e 5,6x superiores ao limite regulamentar

5
ANÁLISE
FINANCEIRA
Análise Financeira 172
Análise Financeira
3
Rigor, Compromisso e Confiança assim, um aumento de 34,1% face a 2019. Relativamente ao

volume de Crédito sobre Clientes, a rúbrica aumentou apenas
1,7% face ao ano transacto, representando cerca de 11,6%
AKZ AKZ do total do Activo, o correspondente a 333 373,3 milhões de
kwanzas (líquido de imparidade).
Activo Recursos Clientes
2 874 899,7 milhões KZ 2 252 202,7 milhões KZ Os recursos de Clientes do Banco registaram igualmente um
+ 31,0% + 38,8% aumento, neste caso de 38,8% face ao período homólogo,
face a 2019 face a 2019 passando para 2 252 202,7 milhões de kwanzas no final
de 2020. De facto, a carteira de depósitos demonstrou um
crescimento robusto e pouco influenciado pela actual política
monetária angolana e o contexto macroeconómico adverso.
Produto Bancário Crédito Total No que se refere à relação entre os Recursos e o Crédito, em
274 224,3 milhões KZ 438 282,9 milhões KZ virtude do aumento mais acentuado dos depósitos de Clientes
+ 30,7% - 2,8% comparativamente com o aumento do volume de crédito
face a 2019 face a 2019 concedido, resultou numa ligeira diminuição do Rácio de
Transformação para 17,2%, face aos 22,1% registados em 2019.
Ao longo de 2020, a actividade do Banco foi particularmente

Rácio de Solvabilidade pautada pela depreciação registada da moeda nacional e
Resultado Líquido Regulamentar pelo panorama macroeconómico, no entanto apresentou uma
89 848,6 milhões KZ 56,4% variação positiva nas rúbricas contabilísticas, nomeadamente
- 25,1% + 15,9 p.p. de Recursos e Crédito concedido a Clientes.
face a 2019 face a 2019
Em 2020, o Produto Bancário totalizava 274 224,3 milhões
de kwanzas, o que corresponde a uma aumento de 30,7% face
O BFA voltou a assistir a um crescimento sólido do Activo a 2019. A Margem Financeira registou um aumento de 21,7%
em 31,0%, superior ao crescimento do ano transacto em totalizando 186 703,4 milhões de kwanzas. Este aumento
2,1 pontos percentuais, atingindo os 2 874 899,7 milhões é composto por um proveito de 216 454,6 milhões de
de kwanzas. O crescimento verificado no activo do Banco kwanzas e um custo de 29 751,3 milhões de kwanzas, o que
foi reflexo da consolidação e posicionamento da marca BFA representa uma variação de 14,1% e -17,9%, respectivamente,
enquanto Banco líder em Angola. face a 2019. Os proveitos em Títulos e Valores Mobiliários
representam 79% da rubrica de Juros e Rendimentos
A 31 de Dezembro de 2020 o BFA apresentou no seu activo Similares, no montante de 171 045,3 milhões de kwanzas,
líquido um crescimento de 679 841,7 milhões de kwanzas enquanto os Depósitos a Prazo representam 92% do total de
entre 2019 e 2020, reflectindo um aumento de 31,0% face Juros e Encargos Similares.
a 2019, resultante do aumento de Caixa e Disponibilidades,
Aplicações em Instituições de Crédito e Aplicações em Títulos. Por sua vez, a Margem Complementar registou um aumento
O crescimento verificado nas Aplicações em Instituições de de 20,6% face a 2019, passando para 87 520,9 milhões de
Crédito totalizou 192 344,7 milhões de kwanzas. kwanzas no final de 2020. Esta variação é essencialmente
decorrente da valorização de instrumentos financeiros ao justo
Contudo, a rúbrica com maior peso no Activo é a de Aplicações valor através de resultados e da venda desses activos que
em Títulos, representando 47% do Activo Líquido, o totalizam 26 476,1 milhões de kwanzas em 2020 (2019:
equivalente a 1 343 531 milhões de kwanzas, representando -1 751,1 milhões de kwanzas).
Nota: Dada a forte relação do mercado angolano com o Dólar, a análise financeira será apresentada em ambas as moedas: Kz e USD. Não obstante, é
importante referir que devido à significativa desvalorização da moeda nacional, por vezes, o aumento de uma rubrica em valor absoluto pode resultar numa
variação positiva em kwanzas e, ao mesmo tempo, resultar numa variação negativa em dólares americanos. Nestes casos, constata-se que o factor de
desvalorização da moeda nacional face ao USD foi superior ao aumento da rubrica em moeda nacional. O inverso é igualmente verdade.

Por outro lado, os Custos de Estrutura aumentaram 19,1% que contribuem para este resultado são tributados em sede
face a 2019, totalizando a 31 de Dezembro de 2020, 91 de Imposto sobre a aplicação de capitais (IAC), pelo que se
764,1 milhões de kwanzas. Este aumento é maioritariamente encontram fora da base de tributação em sede de Imposto
justificado pelo acréscimo dos custos com pessoal em Industrial. De salientar que, com referência a 31 de Dezembro
28,6% totalizando 59 081,3 milhões de kwanzas em 2020. de 2020, o Banco registou total de imposto corrente de 11
Adicionalmente, verificou-se um impacto significativo do 141,5 milhões de kwanzas, o que corresponde a um aumento
registo de provisões no montante de 15 229,3 milhões de de 12,7% face a 2019.
kwanzas (2019: -9 498,1 milhões de kwanzas) e reforço
de imparidade da carteira de títulos no montante de 42 O Rácio de Solvabilidade Regulamentar, calculado de acordo
424,1 milhões de kwanzas, justificada essencialmente pela com os normativos publicados pelo BNA, atingiu um valor
degradação do rating de Angola. de 56,4%, acima do mínimo de 10% exigido. Os valores
apresentados confirmam a solidez do BFA e a segurança que
Apesar do Resultado Antes de Impostos ser positivo, na ordem oferece aos seus Clientes.
dos 107 687,1 milhões de kwanzas, os principais rendimentos
BALANÇO DO BFA DE 2019 A 2020 (Valores em Milhões)
2019 2020 Δ% 2019 - 2020
KZ USD KZ USD KZ USD
Activo Líquido
Caixa e Disponibilidades 345 224,0 715,9 500 493,6 770,5 45,0% 7,6%
Aplicações totais 1 786 225,8 3 704,1 2 325 996,1 3 580,6 30,2% (3,3)%
Aplicações em Instituições de Crédito 456 747,0 947,2 649 091,7 999,2 42,1% 5,5%
Crédito sobre Clientes 327 936,7 680,0 333 373,3 513,2 1,7% (24,5)%
Aplicações em Títulos 1 001 542,0 2 076,9 1 343 531,0 2 068,2 34,1% (0,4)%
Imobilizado Líquido 33 218,3 68,9 30 788,8 47,4 (7,3)% (31,2)%
Outros Activos 30 390,0 63,0 17 621,2 27,1 (42,0)% (57,0)%
Total do Activo 2 195 058,0 4 551,9 2 874 899,7 4 425,6 31,0% (2,8)%
Passivo 1 732 852,1 3 593,4 2 376 922,4 3 659,0 37,2% 1,8%
Recursos de Instituições de Crédito 7 669,1 15,9 4 088,3 6,3 (46,7)% (60,4)%
Depósitos de Clientes 1 622 897,6 3 365,4 2 252 202,7 3 467,0 38,8% 3,0%
Outros Passivos 77 923,2 161,6 79 163,3 121,9 1,6% (24,6)%
Provisões para Riscos e Encargos 24 362,2 50,5 41 468,1 63,8 70,2% 26,4%
Capitais Próprios e Equiparados 462 205,9 958,5 497 977,3 766,6 7,7% (20,0)%
Total do Passivo e Capital 2 195 058,0 4 551,9 2 874 899,7 4 425,6 31,0% (2,8)%
Paralelamente, o passivo apresentou um crescimento positivo Os Capitais Próprios e Equiparados, apresentam uma variação
maioritariamente explicado pela evolução na rúbrica de positiva de 7,7% face a 2019, totalizando 497 977,3 milhões
Depósitos de Clientes, que representam cerca de 78,3% do de kwanzas em 2020.
Total do Passivo.
Os valores totais em USD relativamente às rubricas
A rubrica Recursos de Instituições de Crédito, demonstrou do passivo e do activo apresentam no geral o mesmo
um decréscimo de 46,7% em 2020, invertendo a tendência comportamento, uma diminuição relativamente a 2019. A
evolutiva de 2019, ano em que revelou um aumento de diferença apresentada entre as tendências em moeda local
51,5%, apresentando no final de 2020 o valor de 4 088,3 e estrangeira reflectem desvalorização cambial da moeda
milhões de kwanzas. nacional durante 2020.
Análise
Aná Financeira 173
Capitais Próprios (milhões de kwanzas)
500 000
400 000 393 129
300 000
200 000
89 849
100 000
15 000 0 0 0 0 0
0
Capital Prémios Acções Outros Reservas de Outras Dividendos Resultado
Social de emissão Próprias instrumentos reavaliação reservas e antecipados líquido
de capital resultados individual
transitados do exercício
A estrutura do Balanço do Banco revela um nível óptimo de Reforço da Carteira de Títulos

liquidez, onde o total de Capitais Próprios e Depósitos de
Clientes, a 31 de Dezembro de 2020, permitem financiar Uma dimensão relevante do activo do BFA (46,7%) é
95,7% do Activo. representada por títulos e valores mobiliários. Durante o ano
2020, o volume total de títulos em carteira aumentou cerca de
Estrutura do Balanço do BFA em Dezembro de 2020 34,1%, apresentando um valor total de 1 343 531,0 milhões
kwanzas.
100 Disponibilidades
17,32%
Crédito sobre Clientes Em 2020 a Carteira de Negociação teve um aumento de 111,8%
80 46,73%
Outros Ativos em relação ao ano anterior, tendo a Carteira de Títulos Detidos
60 Recursos de Instituições de Crédito até ao Vencimento seguido a mesma tendência de crescimento,
11,60% Capitais Próprios e Equiparados tendo tido um aumento de 18,0% relativamente a 2019. Esta
40 78,34%
22,58% Aplicações em Instituições de Crédito última carteira apresenta um aumento de 34,9% nas Obrigações
20 Aplicações em Títulos
de Tesouro em dólares influenciada pelo efeito cambial e 15,9%
17,41% Depósitos de Clientes
0 no volume Obrigações do Tesouro em moeda nacional.
Activo Passivo e Outros Passivos
Capitais próprios
Relativamente às imparidades contabilizadas em 2020,
apurou-se um valor de 57 318,0 milhões de kwanzas.
CARTEIRA DE TÍTULOS (Valores em Milhões)
2019 2020 Δ% 2019 - 2020
Carteira de Negociação 172 690,2 358,1 365 694,3 562,9 111,8% 57,2%
Bilhetes do Tesouro 55 027,2 114,1 216 599,7 333,4 293,6% 192,2%
Obrigações do Tesouro (USD) - - - - - -
Obrigações do Tesouro (Indexadas ao USD) 77 112,5 159,9 70 040,1 107,8 (9,2)% (32,6)%
Obrigações do Tesouro (KZ) 37 560,4 77,9 64 977,7 100,0 73,0% 28,4%
Outros 2 990,1 6,2 14 076,8 21,7 370,8% 249,5%
Imparidades (IFRS9) - - - - - -
Carteira de Detidos até ao Vencimento 828 851,8 1 718,8 977 836,8 1 505,3 18,0% (12,4)%
Bilhetes do Tesouro - - - - - -
Obrigações do Tesouro (USD) 312 002,0 647,0 420 851,1 647,9 34,9% 0,1%
Obrigações do Tesouro (Indexadas ao USD) - - - - - -
Obrigações do Tesouro (KZ) 530 082,3 1 099,2 614 303,6 945,7 15,9% (14,0)%
Imparidades (IFRS9) (13 232,5) (27,4) (57 318,0) (88,2) 333,2% 221,6%
Total 1001 542,0 2 076,9 1343 531,0 2 068,2 34,1% (0,4)%

Em 2020, a proporção de Bilhetes do Tesouro (USD) na Por outro lado, o investimento em títulos de Moeda Nacional,
Carteira de Títulos aumentou 10,6 pontos percentuais, representava, a 31 de Dezembro de 2020, cerca de 50,6%
tendo-se ainda registado uma redução de 2,5 pontos da Carteira de Títulos do BFA.
percentuais nas Obrigações de Tesouro indexadas ao dólar.
Estrutura da Carteira de Títulos em Junho 2020
16,12% 31,32% 5,22% 50,56%
2020
5,49% 31,15% 7,70% 56,68%
2019
10,78% 23,25% 10,03% 56,04%
2018
Bilhetes do Tesouro Obrigações do Tesouro (Indexadas ao USD)
Obrigações Tesouro (USD) Obrigações Tesouro (AKZ)
CARTEIRA DE TÍTULOS POR MATURIDADE CONTRATUAL (Valores em Milhões)
< 1 ano 1 - 3 anos Superior a 3 anos
OT's IKZ 1
- - - - 70 040,12 107,82
OT's KZ - - 91 561,43 140,95 587 721,50 904,74
OT's USD - - 21 953,96 33,80 398 894,31 614,06
BT's 196 559,37 302,58 20 041,53 30,85 - -
Outros - - - - - -
Total 196 559,4 302,6 133 556,9 205,6 1 056 655,9 1 626,6
1 Títulos em moeda nacional indexados a moeda estrangeira (USD)
Relativamente à maturidade contratual da Carteira de Peso da Moeda Nacional no Crédito Concedido a Clientes
Títulos, verifica-se que a 31 de Dezembro de 2020, 14,2%
da carteira correspondia a títulos de maturidade inferior a Em 2020, o volume de Crédito Total apresentou uma
1 ano e 9,6% dizia respeito a uma maturidade entre 1 e 3 diminuição de 12 584,5 milhões de kwanzas, representando
anos. Títulos com maturidade superior a 3 anos representam uma variação negativa de 2,8% face a 2019. Esta tendência
76,0% da carteira, menos 8 pontos percentuais face ao foi delineada pelo crescimento de 29,2% da rubrica de
período homólogo. Crédito em Moeda Nacional contrabalançado por uma
diminuição de 32,5% na rubrica de Crédito em Moeda
Estrangeira.

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO A CLIENTES Valores em Milhões
2019 2020 Δ% 2019 - 2020
1. Crédito Total 450 867,38 934,97 438 282,92 674,69 (2,8%) (27,8%)
1.1 Crédito sobre Clientes 336 048,38 696,9 364 523,1 561,1 8,5% (19,5%)
Crédito Moeda Nacional 223 207,4 462,9 288 342,2 443,9 29,2% (4,1%)
Crédito Moeda Estrangeira 112 841,0 234,0 76 180,9 117,3 (32,5%) (49,9%)
1.2 Créditos e Juros Vencidos 23 121,9 47,9 23 295,6 35,9 0,8% (25,2%)
1.3 Créditos por Assinatura 91 697,1 190,15 50 464,2 77,68 (45,0%) (59,1%)
2. Provisões Totais de Crédito 31 897,5 66,1 54 538,5 84,0 71,0% 26,9%
2.1 Provisões Específicas 31 233,5 64,8 54 445,5 83,8 74,3% 29,4%
Para Crédito e Juros Vencidos 22 167,1 33,3 25 671,9 39,5 15,8% 18,8%
2.2 Para Riscos Gerais de Crédito 664,0 1,4 93,1 0,1 (86,0%) (89,6%)
3. Crédito Líquido de Provisões 327 936,7 680,0 333 373,3 513,2 1,7% (24,5%)
Do qual: Crédito e Juros Vencidos 23 121,9 47,9 23 295,6 35,9 0,8% (25,2%)
4. Qualidade do Crédito
Crédito Vencido (% Crédito Total) 6,4% 6,4% 6,0% 6,0% (0,4) p.p `(0,4) p.p
Cobertura de Crédito Vencido por Provisões Totais 138,0% 138,0% 234,1% 234,1% 96,2 p.p 96,2 p.p
Nota: O método de cálculo de Imparidades foi alterado em 2019, em conformidade com as regras IFRS 9
Porém, quando analisado em moeda estrangeira, regista-se O BFA desenvolve as suas políticas internas de concessão
um comportamento oposto, com o valor de Crédito Total a de crédito adoptando um perfil conservador, garantindo uma
registar uma deterioração de 27,8%face ao período homólogo, análise detalhada do nível de risco dos Clientes e das garantias
o que representa uma diminuição de 260,3 milhões de USD, recebidas, face à envolvente macroeconómica propícia a níveis
sendo este efeito resultado da desvalorização da moeda elevados de taxas de incumprimento.
nacional.
O volume de Crédito e Juros vencidos registou um aumento
Estrutura da Carteira de Crédito absoluto em 173,7 milhões de kwanzas, perfazendo um
aumento, ainda que pouco significativo, de 0,2 pontos
2020 65,8% 17,4% 5,3% 11,5% percentuais na estrutura global do Banco.
2019 49,5% 25,0% 5,1% 20,3%
2018 47,1% 32,3% 3,0% 17,7%
Crédito Moeda Nacional Crédito e Juros Vencidos
Crédito Moeda Estrangeira Crédito por Assinatura

Evolução das Aplicações em Instituições de Crédito dos 42,0%, registando um total de 649 862,7 milhões
de kwanzas (1 000,4 milhões de USD). Esta valorização
As Aplicações em Instituições de Crédito (IC) apresentaram foi sustentada por um aumento de 46,1% no volume das
um aumento notável durante o ano de 2020, na ordem Aplicações em Instituições de Crédito no estrangeiro.
APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO (Valores em Milhões)
2019 2020 Δ% 2019 - 2020
Aplicações em IC's 457 492,8 948,7 649 862,7 1 000,4 42,0% 5,4%
No Pais 23 893,8 49,5 16 481,3 25,4 (31,02)% (48,80)%
No estrangeiro 433 599,0 899,2 633 381,4 975,0 46,08% 8,44%
Imparidades (IFRS9) (745,8) (1,5) (771,0) (1,2) 3,37% (23,27)%
Total 456 747,0 947,2 649 091,7 999,2 42,11% 5,50%

Nota: Exclui aplicações em REPOS
Composição das Aplicações em Instituições Recursos de Clientes

de Crédito
Os recursos de Clientes constituem a principal fonte de
2020 2,5% 97,5% financiamento do BFA. Os Recursos de Clientes registaram
uma variação positiva de 38,8% face a 2019, atingindo um
total de 2 252 202,7 milhões de kwanzas (3 467,0 milhões
2019 5,2% 94,8%
de USD) em 2020.
2018 17,8% 82,2%
No Pais No Estrangeiro
EVOLUÇÃO DOS RECURSOS DE CLIENTES Valores em Milhões
2019 2020 Δ% 2019 - 2020
Depósitos à Ordem 701 019,2 1 453,7 1089 758,7 1 677,6 55,5% 15,4%
Moeda Nacional 453 600,5 940,6 684 324,9 1 053,4 50,9% 12,0%
Moeda Estrangeira 247 418,7 513,1 405 433,8 624,1 63,9% 21,6%
Depósitos a Prazo 921 878,5 1 911,7 1162 444,0 1 789,5 26,1% (6,4)%
Moeda Nacional 252 990,7 524,6 272 653,0 419,7 7,8% (20,0)%
Moeda Estrangeira 668 887,8 1 387,1 889 790,9 1 369,7 33,0% (1,2)%
Total 1622 897,6 3 365,4 2 252 202,7 3 467,0 38,8% 3,0%
Esta variação, na sua maioria, é explicada pelo crescimento Não obstante, este aumento no valor global dos recursos
de 50,9% e 63,9% nos Depósitos em moeda nacional e continuou a ser influenciado pela desvalorização registada na
moeda estrangeira, respectivamente. moeda nacional, na medida em que o aumento registado na
rúbrica de Depósitos a Prazo quando medidas em kwanzas,
Paralelamente, a evolução dos Depósitos a Prazo registou, em registou uma evolução negativa quando analisadas em
2020 um aumento de cerca de 26,1%, sendo que o montante dólares.
aplicado em Moeda Nacional registou um aumento de 7,8%
e o montante em Moeda Estrangeira um aumento de 33,0%,
face ao período homólogo.

Composição dos Depósitos de Clientes Em 2020, assistiu-se a uma ligeira diminuição, em termos
por Produto e Moeda percentuais, dos depósitos em moeda nacional face aos
depósitos em moeda estrangeira, tendo actualmente os
2020 42,5% 57,5%
primeiros um peso de 42,5% no total de depósitos, reflectindo
uma redução de 1 ponto percentual.
2019 43,5% 56,5%
Rácio de Transformação
2018 50,2% 49,8%
2020 17,2%
Moeda Nacional Moeda Estrangeira 2 252,203
387,818
2020 48,4% 51,6% 2019 22,1%

1 622,898
359,170
2019 43,2% 56,8%
2018 25,6%
1 232,128
2018 47,0% 53,0% 315,538
Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo Recursos de Clientes Crédito a Clientes Rácio Transformação
O ritmo de crescimento dos depósitos do Banco, quando Demonstração de Resultados e Aumento da Rentabilidade
comparados com o ritmo de crescimento do crédito
concedido a Clientes, resultou numa diminuição do rácio de O Resultado Líquido do BFA apresentou no final de 2020 um
transformação para 17,2%, uma variação negativa de 4,9 total de 89 848,6 milhões de kwanzas (165,1 milhões de
pontos percentuais. USD), reflectindo uma redução de 25,1% e 47,3%, em moeda
nacional e estrangeira, respectivamente, face ao Resultado
Líquido obtido em 2019.
CONTA DE EXPLORAÇÃO (Valores em Milhões)
2019 2020 Δ% 2019 - 2020
Margem Financeira [MF]=[P-C] 153 475,7 418,4 186 703,4 320,9 21,7% (23,3)%
Margem Complementar [MC] 56 393,5 146,8 87 520,9 150,0 55,2% 2,2%
Produto Bancário [PB]=[MF+MC] 209 869,2 565,2 274 224,3 471,0 30,7% (16,7)%
Encargos Administrativos [EA] 71 498,0 189,4 86 242,0 148,9 20,6% (21,4)%
Cash Flow Exploração [PB-EA] 138 371,2 375,8 187 982,3 322,0 35,9% (14,3)%
Resultados Extraordinários [RX]=[G-P'] - - - - 0,0% 0,0%
Resultado de Exploração [RE]=[PB-EA+RX] 138 371,2 375,8 187 982,3 322,0 35,9% (14,3)%
Provisões, Imparidades e Amortizações [PA] 10 028,7 39,1 80 295,2 127,5 700,7% 225,8%
Resultados antes de Impostos [RA]=[RE-PA] 128 342,5 336,6 107 687,1 194,5 (16,1)% (42,2)%
Impostos s/Lucros [IL] (8 402,3) (23,2) (17 838,5) (29,5) 112,3% 27,2%
Resultado do Exercício [RE]=[RA-IL] 119 940,2 313,5 89 848,6 165,1 (25,1)% (47,3)%
Cash Flow do Exercício [CF]=[RE+PA] 129 968,9 352,6 170 143,8 292,5 30,9% (17,0)%
P - Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos C - Custos de Instrumentos Financeiros Passivos G - Outros ganhos operacionais P' - Outras perdas operacionais

A Margem Financeira apresentou um aumento face ao Ao contrário da tendência do período transacto, em 2020 o
período homólogo de 21,7%, tendo a Margem Complementar montante total em kwanzas para as Provisões, Imparidades
acompanhado a evolução positiva, com um aumento de 55,2% e Amortizações registou uma variação positiva de 225,8%.
face ao ano de 2019, o que levou a um aumento de 30,7% do Este aumento, no total de 80 295,2 milhões de kwanzas
Produto Bancário, tendo este o valor de 274 224,3 milhões de é essencialmente justificado pelo registo de provisões no
kwanzas no final de 2020. montante de 15 229,3 milhões de kwanzas, o reforço de
imparidade na carteira de títulos no montante de
Por outro lado, os custos com os Encargos Administrativos 42 424,1 milhões de kwanzas, justificado essencialmente pela
sofreram um aumento de 20,6%, tendo atingido 86 242,0 degradação do rating de Angola ocorrido durante o exercício
milhões de kwanzas em 31 de Dezembro de 2020, resultado de 2020 e o reforço de 16 920,9 milhões de kwanzas na
de ser uma rubrica com gastos predominantemente em moeda imparidade de crédito a Clientes relacionado com a evolução
estrangeira. da situação económica global durante o ano de 2020.
DECOMPOSIÇÃO DA RENTABIBILIDADE (Valores em % do activo total médio)
ROA e ROE 2018 2019
Taxa da margem financeira 7,9% 7,5%
Lucros em Op. Financeiras 2,1% 1,7%
Comissões e outros proveitos 0,8% 1,8%
Produto Bancário 10,8% 11,0%
Encargos Administrativos 3,7% 3,5%
Resultado de exploração 7,1% 7,5%
Provisões e amortizações 0,5% 3,2%
Resultados extraordinários 0,0% 0,0%
Resultado antes de impostos 6,6% 4,3%
Impostos sobre lucros (0,4)% (0,7)%
Resultado liquido (ROA) 6,2% 3,6%
Multiplicador (ATM/FPM) 4,9 5,0
Resultado liquido atribuível aos Accionistas (ROE) 30,0% 18,1%

Valores em % do activo total médio
Em 2020 registou-se uma diminuição da rentabilidade dos capitais próprios do Banco, apresentando um Return-on-equity de
18,1%, menos 11,9 pontos percentuais que o valor apresentado no exercício anterior, resultante essencialmente de um menor
contributo dos resultados em operações financeiras.
Análise de Comissões e Outros Proveitos Analisando a rúbrica de Comissões e Outros

Proveitos, verifica-se que 53,8% do seu total provém
8,1%
de Comissões de Negócio Líquidas (compostas
53,8% maioritariamente por comissões de títulos, comissões
14,5%
de crédito, e comissões com levantamentos), seguido
das comissões de Estrangeiro, com 23,6% do total.
Comissões de Negócio Líquidas

Comissões de Estrangeiro Líquidas
Comissões de Cartões Líquidas
23,6%
Outras Comissões Líquidas

EVOLUÇÃO DA MARGEM FINANCEIRA (Valores em Milhões)
2019 2020 Δ% 2019 - 2020
Proveitos de Instrumentos Financeiros

189 694,9 517,0 216 454,6 372,5 14,1% (27,9)%
Activos [P]
Custos de Instrumentos Financeiros

36 219,2 98,6 29 751,3 51,5 (17,9)% (47,7)%
Passivos [C]
Margem Financeira 153 475,7 418,4 186 703,4 320,9 21,7% (23,3)%
A Margem Financeira do BFA aumentou em 2020, registando Decompondo a evolução da Margem Financeira do BFA
um total de 186 703,4 milhões de kwanzas, o que se traduz por volume de negócio (efeito volume) e de spread (efeito
num crescimento de 21,7% face ao valor registado no período taxa), registou-se um efeito positivo considerável em ambos
homólogo. Contudo, devido à desvalorização registada na relativamente aos Activos Remunerados, sendo que os Passivos
moeda nacional, o mesmo valor em USD diminuiu 23,3%, Remunerados registaram uma variação positiva no volume de
o que representa uma queda de 97,4 milhões de dólares negócio, no entanto, a variação do spread foi negativa.
americanos, em termos absolutos.
DECOMPOSIÇÃO DA VARIAÇÃO
A tendência observada resulta de um aumento de 14,1% (Valores em
DA MARGEM FINANCEIRA Milhões)
dos Proveitos de Instrumentos Financeiros, nomeadamente
referentes à detenção de Obrigações do Tesouro que Efeito Volume Efeito Taxa Δ
representam 74,3% do total de Proveitos Financeiros. Activos Remunerados 2 728,93 24 030,83 26 759,76
Passivos Remunerados 44,89 (6 512,76 ) (6 467,88)

Paralelamente, verificou-se uma diminuição de 17,9% na
Δ Margem Financeira 2 773,82 17 518,06 20 291,88
estrutura de Custos, com especial relevo para a remuneração
de Depósitos de Clientes, que registou um valor de 27 917,9
milhões de kwanzas, menos 19,5% face ao ano anterior.
Margem Complementar
A 31 de Dezembro de 2020, a Margem Complementar do BFA apresentava um valor de 87 520,9 milhões de kwanzas (150,0
milhões de USD), o que reflectia um aumento de aproximadamente 55,2% face ao ano anterior. Esta variação foi motivada por
um aumento significativo de 2 368,7% de Outros Proveitos Líquidos.
EVOLUÇÃO DA MARGEM COMPLEMENTAR (Valores em Milhões)
2019 2020 Δ% 2019 - 2020
Lucros em Operações Financeiras 41 188,1 99,5 42 508,5 71,9 3,2% (27,7)%
Comissões Líquidas 14 063,1 38,3 16 813,6 28,6 19,6% (25,3)%
Outros Proveitos Líquidos 1 142,3 9,02 28 198,81 49,44 2368,7% 448,0%
Margem Complementar 56 393,5 146,8 87 520,9 150,0 55,2% 2,2%
Na composição da Margem Complementar, o destaque Líquidas diminuiu para 19,2%, face aos 24,9% registados em
permanece nos Lucros em Operações Financeiras, que 2019. Os Outros Proveitos Líquidos ganharam relevância em
representaram cerca de 48,6% do total da Margem relação ao registado no ano de 2019. Assistiu-se a um aumento
Complementar, ainda que com um peso menor que em no peso relativo, tendo a rubrica de Outros Proveitos Líquidos
2019, ano em que representaram 73,0% do total da Margem registado um peso de 32,2% da Margem Complementar no ano
Complementar. Por outro lado, o peso da rubrica de Comissões de 2020, face aos 2% do ano de 2019.

Composição e Evolução da Margem Complementar Parte considerável dos Custos de Estrutura são denominados
em moeda externa. Nesse sentido, o valor dos mesmos
2020 87 520,9 continua a representar um valor elevado, realçado ainda
mais pelo seu crescimento de 19,1% face a 2019, passando
48,6% 19,2% 32,2%
de 77 075,3 milhões de kwanzas para 91 764,1 milhões
2019 56 393,5
de kwanzas, em parte explicado também pela forte
73,0% 24,9% 2,0% desvalorização registada na moeda nacional.
2018 162 435,9
A rúbrica com maior peso nos custos de estrutura são os
87,9% 8,2% 3,9%
Custos com Pessoal, que representaram 64,3% dos custos
Lucros em Operações Financeiras Outros Proveitos Líquidos
de estrutura em 2020, um aumento de 4,7 pontos
Comissões Líquidas Margem Complementar percentuais face a 2019.
Nota: Margem Complementar em milhões de kwanzas, e as restantes rubricas em
percentagem do total da Margem Complementar.
EVOLUÇÃO DOS CUSTOS DE ESTRUTURA Valores em Milhões
2018 2019 Δ% 2018 - 2019
Custos com Pessoal (I) 45 941,3 121,7 59 081,3 101,1 28,60% (16,92)%
Fornecimento e Serviços de Terceiros (II) 25 556,7 67,7 27 160,7 47,9 6,28% (29,37)%
Outros Custos Gerais (III) - - - - - -
Custos de Funcionamento (IV = I+II+III) 71 498,0 189,4 86 242,0 148,9 20,62% (21,37)%
Amortizações (V) 5 577,2 15,1 5 522,1 9,5 (0,99)% (36,94)%
Custos de Estrutura (VI = IV+V) 77 075,3 204,6 91 764,1 158,5 19,06% (22,52)%
Recuperação de Custos (VII) - - - - - -
Encargos Administrativos (VI-V-VII) 71 498,0 189,4 86 242,0 148,9 20,62% (21,37)%
Resultados Extraordinários - - - - - -
Cost-to-income 36,7% 36,7% 33,5% 33,5% (8,82)% (8,82)%
Em 2020 registou-se uma ligeira redução do Rácio Cost-to-income, que diminuiu de 36,7% para 33,5%. No entanto, a
optimização na gestão de gastos do BFA continuou a ser, em 2020, uma das principais áreas de foco através da preocupação
contínua na manutenção do rácio de eficiência.
Crescimento e Sustentabilidade
O total de capitais próprios a 31 de Dezembro de 2020 atingiu os 497 977,3 milhões de kwazas, representando 35 771,4
milhões de kwanzas adicionais, ou seja, um aumento de 7,7% face ao ano transacto. Em moeda estrangeira, esta rubrica
apresentou uma variação negativa de 191,9 milhões de USD face ao período homólogo, totalizando 766,6 milhões de USD em
2020. Este comportamento deve-se ao reforço do valor de reservas que cresceu 20,1% face a 2019 e à diminuição de 25,1% dos
Resultados do Exercício.

CAPITAIS PRÓPRIOS E EQUIPARADOS (Valores em Milhões)
2018 2019 Δ% 2018 - 2019
Capital 15 000,0 31,1 15 000,0 23,1 - (25,77)%
Fundos - - - - - -
Reservas e Resultados Transitados 327 265,7 613,9 393 128,7 578,4 20,13% (5,78)%
Resultados do Exercício 119 940,2 313,5 89 848,6 165,1 (25,09)% (47,34)%
Total 462 205,9 958,5 497 977,3 766,6 7,74% (20,02)%
RÁCIO DE SOLVABILIDADE
2019 2020
KZ USD KZ USD
Fundos Próprios de Base (Tier 1) 414 979,8 860,5 461 824,4 710,9
Fundos Próprios Complementares (Tier 2) - - - -
Deduções aos Fundos Próprios de Base e Complementares (50,2) (0,1) (50,2) (0,1)
Fundos Próprios Regulamentares 414 929,6 860,4 461 774,2 710,9
Total Requisitos 70 982,0 147,2 81 871,3 126,0
Requisitos para Risco de Crédito - RFPRC 32 959,4 68,3 33 270,1 51,2
Requisitos para Risco de Mercado - RFPRM 6 954,3 14,4 10 644,6 16,4
Requisitos para Risco de Operacional - RFPRO 31 068,3 64,4 37 956,6 58,4
Rácio de Solvabilidade Regulamentar 58,5% 58,5% 56,4% 56,4%
Rácio Tier 1 58,5% 58,5% 56,4% 56,4%
Limite Regulamentar 10,0% 10,0% 10,0% 10,0%
O BFA apresentou elevada solidez financeira, comprovada por um rácio de solvabilidade regulamentar superior ao mínimo exigido
(10%), tendo apresentado uma ligeira diminuição em relação ao ano anterior.

Proposta de Aplicação dos Resultados
Considerando que no exercício de 2020 o Banco de Fomento Angola, S.A. obteve Resultados
Líquidos no valor de 89.848.597.742 Kwanzas, encontrando-se portanto disponíveis para
distribuição;
Propõe-se que aos Resultados Líquidos do exercício de 89.848.597.742 Kwanzas, seja dada a
seguinte aplicação:
• Para Reservas Livres: o correspondente a 60% do resultado líquido obtido, no valor

de 53.909.158.645 Kwanzas;
• Para Dividendos: o correspondente a 40% do resultado líquido obtido, no valor

de 35.939.439.097 Kwanzas.
A presente proposta de aplicação de resultados não tem impacto ao nível do Rácio de Solvabilidade
Regulamentar apurado, uma vez que o respectivo cálculo já assumiu este pressuposto de
distribuição.

6
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
E NOTAS
Demonstrações Financeiras 186
Notas às Demonstrações Financeiras 190
Demonstrações Financeiras
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS E DO OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2020 E 2019

(Montantes expressos em milhares de Kwanzas)
Notas 31/12/2020 31/12/2019

Juros e rendimentos similares 20 216 454 644 189 694 884
Juros e encargos similares 20 29 751 290 36 219 167
Margem financeira 186 703 354 153 475 717
Rendimentos de serviços e comissões 21 23 654 102 18 793 658
Encargos com serviços e comissões 21 6 840 486 4 730 576
Resultados de activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados 7 26 476 147 (1 751 138)
Resultados de investimentos ao custo amortizado - 0 -
Resultados cambiais 22 42 508 516 41 188 144
Resultados de alienação de outros activos 23 50 561 110 222
Outros resultados de exploração 24 1 672 097 2 783 184
Produto da actividade bancária 274 224 291 209 869 212
Custos com o pessoal 25 59 081 263 45 941 262
Fornecimentos e serviços de terceiros 26 27 160 743 25 556 741
Depreciações e amortizações do periodo 12 5 522 107 5 577 250
Provisões líquidas de anulações 27 15 229 293 (9 498 088)
Imparidade para crédito a Clientes líquida de reversões e recuperações 27 16 920 894 5 082 613
Imparidade para outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 27 42 424 090 8 294 331
Imparidade para outros activos líquida de reversões e recuperações 198 836 572 621
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS DE OPERAÇÕES EM CONTINUAÇÃO 107 687 066 128 342 482
Impostos sobre os resultados
Correntes 13 (11 141 490) (9 890 173)
Diferidos 13 (6 696 980) 1 487 883
RESULTADO LÍQUIDO DO PERIODO 89 848 596 119 940 192
RENDIMENTO RECONHECIDO DIRECTAMENTE NO CAPITAL PRÓPRIO - -
RENDIMENTO INTEGRAL DO PERIODO 89 848 596 119 940 192
Número médio de acções ordinárias emitidas 18 15 000 000 15 000 000
Resultado por acção básico (em Kwanzas) 18 5,990 7,996
Resultado diluídos por acção (em Kwanzas) 18 5,990 7,996

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMDRO DE 2020 E 2019

31/12/2020
Activo Amortizações e Activo
Notas Bruto Imparidade Líquido 31/12/2019
ACTIVO
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 4 474 216 835 - 474 216 835 302 716 195
Disponibilidades em outras instituições de crédito 5 26 295 341 (18 548) 26 276 793 42 507 797
Aplicações em Bancos centrais e em outras
6 649 862 691 (770 956) 649 091 735 456 746 995
instituições de crédito
Activos financeiros ao justo valor através de
7 365 694 288 - 365 694 288 172 690 202
resultados
Investimentos ao custo amortizado 8 1 035 154 711 (57 317 952) 977 836 759 828 851 838
Crédito a Clientes 9 387 818 749 (54 445 480) 333 373 269 327 936 737
Activos não correntes detidos para venda 10 606 592 (338 833) 267 759 84 788
Investimentos em filiais, associadas e

11 50 375 - 50 375 50 375
empreendimentos conjuntos
Outros activos tangíveis 12 59 147 839 (28 572 519) 30 575 320 32 588 090
Activos intangíveis 12 5 349 414 (5 135 942) 213 472 630 225
Activos por impostos correntes 13 4 186 - 4 186 4 186
Activos por impostos diferidos 13 1 645 788 - 1 645 788 7 887 478
Outros activos 14 15 653 131 - 15 653 131 22 363 129
Total do Activo 3 021 499 940 (146 600 230) 2 874 899 710 2 195 058 036
Notas 31/12/2020 31/12/2019
PASSIVO E FUNDOS PRÓPRIOS
Recursos de Bancos centrais e de outras instituições de crédito 15 4 088 299 7 669 106
Recursos de Clientes e outros empréstimos 16 2 252 202 707 1 622 897 644
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados 7 4 244 410 12 675 871
Provisões 17 41 468 071 24 362 164
Passivos por impostos correntes 13 7 785 077 4 628 099
Passivos de Locação 18 7 318 355 10 840 950
Outros passivos 18 59 815 468 49 778 300
Total do Passivo 2 376 922 387 1 732 852 134
Capital social 19 15 000 000 15 000 000
Reservas de reavaliação 19 - -
Outras reservas e resultados transitados 19 393 128 727 327 265 709
Resultado líquido do exercício 19 89 848 596 119 940 192
Total dos Fundos Próprios 497 977 323 462 205 902
Total do Passivo e dos Fundos Próprios 2 874 899 710 2 195 058 036

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NOS FUNDOS PRÓPRIOS
PARA O EXERCÍCIO DE 31 DE DEZEMBRO DE 2020 E 2019
Reserva de Outras
actualização reservas e
Capital monetária do Reservas de resultados Resultado
Notas Social capital social Reavaliação transitados do período Total
Saldo em 01 de Janeiro de 2019 15 000 000 450 717 1 253 828 187 537 632 174 258 743 378 500 920
Aplicação do resultado do periodo de 2018:
Constituição de reservas e fundos 19 - - - 138 929 787 (138 929 787) -
Distribuição de dividendos 19 - - - - (35 328 956) (35 328 956)
Transferência de reservas para resultados

19 - (450 717) (1 253 828) 798 290 - (906 255)
transitados
Resultado líquido do exercício 19 - - - - 119 940 192 119 940 192
Saldo em 31 de Dezembro de 2019 15 000 000 - - 327 265 709 119 940 192 462 205 901
Aplicação do resultado do exercício de 2019:
Constituição de reservas e fundos 19 - - - 71 964 115 (71 964 115) -
Distribuição de dividendos 19 - - - - (47 976 077) (47 976 077)
Distribuição de dividendos 19 - - - (6 101 097) - (6 101 097)
Resultado líquido do periodo 19 - - - - 89 848 596 89 848 596
Saldo em 31 de Dezembro de 2020 15 000 000 - - 393 128 727 89 848 596 497 977 323

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O EXERCÍCIO DE 31 DE DEZEMBRO DE 2020 E 2019

Notas 31/12/2020 31/12/2019

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Juros, comissões e outros proveitos equiparados recebidos 20 e 21 230 678 123 200 240 700
Juros, comissões e outros custos equiparados pagos 20 e 21 (37 122 188) (31 149 134)
Pagamentos a empregados e fornecedores 25 e 26 (80 127 027) (61 345 900)
Pagamentos e contribuições para fundos de pensões e outros benefícios (3 605 423) (2 434 118)
Recuperação de créditos abatidos ao activo 24 1 232 425 760 769
Outros resultados 7, 23 e 24 1 722 658 983 932
Fluxos de caixa antes das alterações nos activos e passivos operacionais 112 778 568 107 056 249
Aumentos/Diminuições de ativos operacionais:
Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito 6 (160 001 171) (86 814 635)
Activos financeiros ao justo valor através de resultados 7 (164 316 700) 10 760 272
Investimentos financeiros ao custo amortizado 8 (43 920 302) (106 407 627)
Crédito a Clientes 9 19 072 317 31 605 222
Activos não correntes detidos para Venda 10 (182 971) -
Outros Activos 14 18 194 871 5 421 863
Fluxo líquido proveniente dos activos operacionais (331 153 956) (145 434 905)
Aumentos/Diminuições de passivos operacionais:
Recursos de Bancos centrais e de outras instituições de crédito 15 (4 084 410) 909 885
Recursos de Clientes e outros empréstimos 16 279 839 118 49 627 634
Outros passivos 18 (677 088) 21 672 851
Fluxo líquido proveniente dos passivos operacionais 275 077 620 72 210 370
Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimento 56 702 232 33 831 714
Impostos sobre o rendimento pagos 13, 14 e 18 (20 710 008) (37 678 870)
Caixa líquida das actividades operacionais 35 992 224 (3 847 156)
FLUXO DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Aquisições de outros activos tangíveis, líquidas de alienações 12 (6 702 691) (5 775 362)
Aquisições de activos intangíveis, líquidas de alienações 12 - (351 090)
Aquisições de participações em filiais, associadas e empreendimentos conjunto,

- -
líquidas de alienações
Caixa líquida das actividades de investimento (6 702 691) (6 126 452)
FLUXO DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Distribuição de dividendos 19 54 077 174 (35 328 956)
Caixa líquida das actividades de financiamento 54 077 174 (35 328 956)
Variação de caixa e seus equivalentes 83 366 707 (45 302 563)
Caixa e seus equivalentes no início do período 4e5 345 238 670 302 839 884
Efeitos da variação cambial em caixa e seus equivalentes 71 906 799 87 701 349
Caixa e seus equivalentes no fim do período 4e5 500 512 176 345 238 670

Notas às Demonstrações Financeiras
1. NOTA INTRODUTÓRIA incluindo uma análise da qualidade dos seus activos. Para tal,
foram incluídas no âmbito deste trabalho análises às carteiras
O Banco de Fomento Angola, S.A. (adiante igualmente de crédito concedido, títulos e investimentos, disponibilidades
designado por “Banco” ou “BFA”), foi constituído por e aplicações em IFB’s, activos fixos tangíveis, activos não
Escritura Pública de 26 de Agosto de 2002, tendo resultado correntes detidos para venda, activos por impostos diferidos e
da transformação da Sucursal de Angola do Banco BPI, S.A. outros activos com risco de crédito. Foi igualmente efectuada
em Banco de direito local. uma avaliação do modelo de governação de riscos financeiros,
do cálculo dos requisitos de capital, bem como uma validação
Conforme indicado na Nota 19, a 5 de Janeiro de 2017, em dos parâmetros e metodologias utilizadas para realização dos
execução do acordo de comprae venda de acções celebrado testes de esforço. A data de referência deste Exercício foi
em 2016, concretizou-se a venda, pelo Banco BPI à Unitel, 31 de Dezembro de 2018 mas foram incorporados eventos
da participação representativa de 2% do capital social do subsequentes até 30 de Setembro de 2019.
BFA. Assim, a 31 de Dezembro de 2020 e 2019, o BFA era
detido maioritariamente pela Unitel, S.A. Não foram identificados no AQA do BFA desvios
significativos, ou seja, com impacto material no rácio de
Por Deliberação Unânime da Assembleia Geral, de 4 de solvabilidade, mantendo-se o mesmo acima do exigido pelo
Outubro de 2018, foi decidido proceder ao aumento de regulador. As metodologias definidas pelo regulador no
capital do BFA, por incorporação de “Outras Reservas” no Exercício que não contrariam as Normas Internacionais de
montante de 11 478 003 mKZ. Este aumento de capital Contabilidade, foram incorporadas no exercício 2019 e 2020.
foi realizado no âmbito do previsto no Aviso n.º 02/2018 do
Banco Nacional de Angola, o qual define que o valor mínimo
do capital social integralmente realizado em moeda nacional 2. BASES DE APRESENTAÇÃO E RESUMO DAS
é de 7 500 000 mKZ. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
O Banco dedica-se à obtenção de recursos de terceiros 2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO

sob a forma de depósitos ou outros, os quais aplicam,
juntamente com os seus recursos próprios, na concessão As demonstrações financeiras do Banco foram preparadas
de empréstimos, depósitos no Banco Nacional de Angola, no pressuposto da continuidade das operações e de
aplicações em instituições de crédito, aquisição de títulos ou acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro
em outros activos, para os quais se encontra devidamente (“IFRS”), nos termos do Aviso n.º 6/2016 de 22 de Junho,
autorizado. Presta ainda outros serviços bancários e realiza do Banco Nacional de Angola. As IFRS incluem as normas
diversos tipos de operações em moeda estrangeira dispondo contabilísticas, emitidas pelo International Accounting
para o efeito, em 31 de Dezembro de 2020, de uma rede Standards Board (“IASB”) e as interpretações emitidas pelo
nacional de 161 agências, 5 postos de atendimento, 10 International Financial Reporting Interpretation Committee
centros de investimento e 20 centros de empresas e 1 Private (“IFRIC”), e em vigor a 1 de Janeiro de 2020. O Banco
Banking. adoptou pela primeira vez as IFRS no exercício findo em
31 de Dezembro de 2016.
No âmbito das funções de supervisão atribuídas ao Banco
Nacional de Angola (“BNA”) e atendendo aos desafios que As demonstrações financeiras agora apresentadas referem-se
se colocam ao Sistema Financeiro Angolano e à intenção ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2020.
do BNA de continuamente adoptar as melhores práticas
internacionais, tornou-se pertinente proceder no exercício de As políticas contabilísticas utilizadas pelo Banco na
2019 a uma Avaliação da Qualidade de Activos (“Exercício” preparação das suas demonstrações financeiras referentes ao
ou “AQA”) das Instituições Financeiras Bancárias (“IFB”) a exercício findo em 31 de Dezembro de 2020 são consistentes
operar no mercado nacional. com as utilizadas em 31 de Dezembro de 2019.
Este Exercício abrangeu as principais IFB's de Angola e teve As demonstrações financeiras do Banco encontram-se
como objectivo geral realizar uma avaliação abrangente e expressas em milhares de Kwanzas, arredondadas ao milhar
independente de riscos inerentes nas actividades dos Bancos, mais próximo, tendo os activos e passivos denominados

em outras divisas sido convertidos para moeda nacional, cambiais, sendo os custos e proveitos relativos às mesmas
com base no câmbio médio indicativo publicado pelo registados na rubrica “Resultados de activos e passivos
Banco Nacional de Angola em cada data de referência. financeiros avaliados ao justo valor através de resultados” na
As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo demonstração dos resultados.
com o princípio do custo histórico, modificado pela aplicação
do justo valor para os instrumentos financeiros derivados Em 31 de Dezembro de 2020 e de 2019, os câmbios do
e activos financeiros e passivos financeiros reconhecidos Kwanza (KZ) face ao Dólar dos Estados Unidos (USD) e ao
ao justo valor através dos resultados. Euro (EUR) eram os seguintes:
As demonstrações financeiras do exercício findo em 31

31/12/2020 31/12/2019
de Dezembro de 2020, foram aprovadas em reunião do
1 USD 649,604 482,227
Conselho de Administração do Banco em 06 de Abril de
1 EUR 798,429 540,817
2021 e serão submetidos para Assembleia Geral que tem
o poder de alterar. No entanto, é convicção do Conselho de
Administração do Banco que as mesmas sejam aprovadas Posição cambial a prazo
sem alterações significativas.
A posição cambial a prazo corresponde ao saldo líquido das
As normas contabilísticas e alterações recentemente emitidas operações a prazo a aguardar liquidação. Todos os contratos
que ainda não entraram em vigor e que o Banco ainda não relativos a estas operações são reavaliados às taxas de
aplicou na elaboração das suas demonstrações financeiras câmbio a prazo do mercado.
podem ser analisadas na Nota 31.
A diferença entre os contravalores em Kwanzas às taxas de
Não obstante o investimento de 99,9% detido pelo Banco reavaliação a prazo aplicadas, e os contravalores às taxas
na sua subsidiária BFA Gestão de Activos (ver Nota 11), a contratadas, é registada na rubrica do activo ou do passivo,
qual iniciou a sua actividade no exercício de 2017, à luz por contrapartida de proveitos ou custos, respectivamente.
dos princípios base e da estrutura conceptual das IFRS,
o Banco considera que não é relevante a preparação das 2.3 INSTRUMENTOS FINANCEIROS
demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro
de 2020, tendo nomeadamente presente (i) a reduzida 2.3.1 Classificação dos activos financeiros
actividade desenvolvida por esta sociedade desde a sua
constituição e o (ii) reduzido impacto que resultaria da O Banco classifica os seus activos financeiros numa das
consolidação das suas demonstrações financeiras, após seguintes categorias de valorização:
ajustamentos de consolidação, nas demonstrações financeiras
do BFA a essa data. a) Investimentos ao custo amortizado;
b) Activos financeiros ao justo valor através de outro
2.2 TRANSACÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA rendimento integral;
c) Activos financeiros ao justo valor através de resultados.
As operações em moeda estrangeira são registadas de
acordo com os princípios do sistema "multi-currency", Os requisitos de classificação para instrumentos de dívida e
sendo cada operação registada em função das respectivas de capital são apresentados como se segue:
moedas de denominação. Os activos e passivos expressos
em moeda estrangeira são convertidos para Kwanzas à Instrumentos de dívida
taxa de câmbio média publicada pelo Banco Nacional de
Angola à data do balanço. Os custos e proveitos relativos a Instrumentos de dívida são instrumentos que satisfazem a
diferenças cambiais, realizadas ou potenciais, são registados definição de passivo financeiro na perspectiva do emitente,
na demonstração dos resultados do exercício em que tais como empréstimos, obrigações públicas e privadas e
ocorrem na rubrica “resultados cambiais”. As transacções contas a receber adquiridas de Clientes com contratos de
“posição cambial a prazo” respeitam a contratos de forwards factoring sem recurso.

A classificação e valorização subsequente destes data de transição, para classificar activos financeiros nesta
instrumentos nas categorias anteriores é efectuada com base categoria, o Banco também teve em consideração se
nos dois elementos seguintes: espera recuperar o valor contabilístico do activo através da
venda a um terceiro.
• o modelo de negócios do Banco para a gestão de activos
financeiros, e São igualmente incluídos nesta carteira todos os
instrumentos para os quais se cumpra alguma das seguintes
• as características dos fluxos de caixa contratuais de características:
activos financeiros.
• sejam originados ou adquiridos com o objectivo de os
Com base nestes elementos, o Banco classifica os seus transaccionar no curto prazo;
instrumentos de dívida, para efeitos da sua valorização, em
uma das três categorias seguintes: • sejam parte de um grupo de instrumentos financeiros
identificados e geridos conjuntamente para os quais
a) Activos financeiros ao custo amortizado, quando são existem evidências de acções recentes com o objectivo
cumpridas as duas condições seguintes: de obter ganhos no curto prazo; e
• é gerido com um modelo de negócio cujo objectivo é • sejam instrumentos derivados que não cumpram a
manter activos financeiros para receber fluxos de caixa definição de contrato de garantia financeira nem tenham
contratuais; e sido designados como instrumentos de cobertura.
• as condições contratuais dão origem a fluxos de caixa em Avaliação do modelo de negócio

datas específicas, que são apenas pagamentos de capital
e juros sobre o montante do capital em dívida. O modelo de negócio reflecte a forma como o Banco gere
os seus activos numa óptica de geração de fluxos de caixa.
Adicionalmente aos instrumentos de dívida geridos com base Assim, importa perceber se o objectivo do Banco é apenas
num modelo de negócio cujo objectivo é o de recebimento receber os fluxos de caixa contratuais dos activos ou se
dos seus fluxos de caixa contratuais, os quais se encontram pretende receber os fluxos de caixa contratuais e os fluxos
registados na rubrica “Investimentos ao custo amortizado”, de caixa resultantes da venda dos activos. Se nenhuma
a categoria de activos financeiros ao custo amortizado incluí destas situações é aplicável (e.g. os activos financeiros são
ainda aplicações em Bancos centrais e em outras instituições detidos para negociação), então os activos financeiros são
de crédito e crédito a Clientes. classificados como parte de “outro” modelo de negócio e
reconhecidos ao justo valor através de resultados.
b) Activos financeiros ao justo valor através de outro
rendimento integral, quando são cumpridas as duas Os factores considerados pelo Banco na identificação do
condições seguintes: modelo de negócio para um conjunto de activos, incluem a
experiência passada no que diz respeito à forma (i) como os
• é gerida como um modelo de negócio cujo objectivo fluxos de caixa são recebidos, (ii) como o desempenho dos
combina o recebimento de fluxos de caixa contratuais dos activos é avaliado e reportado à administração, (iii) como os
activos financeiros e a sua venda; e riscos são avaliados e geridos e (iv) como os Administradores
são remunerados.
• as condições contratuais dão origem a fluxos de caixa em
datas específicas, que são apenas pagamentos de capital Os títulos detidos para negociação são detidos,
e juros sobre o montante do capital em dívida. essencialmente, com o objectivo de serem vendidos no curto
prazo, ou de fazerem parte de um portefólio de instrumentos
c) Activos financeiros ao justo valor através de resultados, financeiros geridos em conjunto, para os quais há uma
sempre que devido ao modelo de negócio do Banco ou evidência clara de um padrão recente de ganhos de curto
devido às características dos seus fluxos de caixa prazo. Estes títulos são classificados em “outros” modelos de
contratuais, não seja apropriado classificar os activos negócio e reconhecidos ao justo valor através de resultados.
financeiros em nenhuma das categorias anteriores. Na

A avaliação do modelo de negócio não depende das intenções contrato de empréstimo básico, ou seja, o juro inclui apenas
para um instrumento individual, mas sim para um conjunto de considerações relativas ao valor temporal do dinheiro, risco
instrumentos, tendo em consideração a frequência, o valor, de crédito e uma margem de lucro que é consistente com
o calendário de vendas em exercícios anteriores, os motivos um contrato de crédito básico. Quando os termos contratuais
das referidas vendas e as expectativas em relação a vendas introduzem exposição a risco ou variabilidade dos fluxos
futuras. As vendas pouco frequentes, ou pouco significativas, de caixa que são inconsistentes com um simples contrato
ou próximas do vencimento do activo e as motivadas por de empréstimo, o instrumento financeiro é classificado e
aumento do risco de crédito dos activos financeiros, ou mensurado ao justo valor através de resultados.
para gerir o risco de concentração, entre outras, podem ser
compatíveis com o modelo de deter activos para receber Os activos financeiros com derivados embutidos são
fluxos de caixa contratuais. considerados na sua totalidade, aquando da determinação se
os fluxos de caixa correspondem unicamente a pagamentos
Se um activo financeiro contém uma cláusula contratual de capital e juros sobre o capital em dívida (teste “SPPI”).
que pode modificar o calendário ou o valor dos fluxos de
caixa contratuais (tais como cláusulas de amortização Instrumentos de capital
antecipada ou extensão da duração), o Banco determina se
os fluxos de caixa que serão gerados durante o período de Instrumentos de capital são instrumentos que satisfazem a
vida do instrumento, devido ao exercício da referida cláusula definição de capital na perspectiva do emitente, isto é, são
contratual, são apenas pagamentos de capital e juros sobre o instrumentos que não contêm uma obrigação contratual de
valor do capital em dívida. pagamento e que evidenciam um interesse residual no activo
líquido do emissor. Um exemplo de instrumentos de capital
No caso de um activo financeiro contemplar um ajuste próprio são as acções ordinárias.
periódico da taxa de juro, mas a frequência desse ajuste
não coincidir com o prazo da taxa de juro de referência (por Os investimentos em instrumentos de capital são uma
exemplo, a taxa de juro é ajustada a cada três meses), o excepção aos critérios gerais de valorização descritos acima.
Banco avalia, no momento do reconhecimento inicial, essa Regra geral, o Banco exerce a opção de, no reconhecimento
incoerência na componente dos juros para determinar se os inicial, designar irrevogavelmente na categoria de activos
fluxos de caixa contratuais representam apenas pagamentos financeiros ao justo valor através de outro rendimento
de capital e juro sobre o valor do capital em dívida. integral, os investimentos em instrumentos de capital que não
se classificam como detidos para negociação e que, no caso
As condições contratuais que, no momento do de não exercer a dita opção, se classificariam como activos
reconhecimento inicial, tenham um efeito mínimo sobre financeiros obrigatoriamente contabilizados ao justo valor
os fluxos de caixa ou dependam da ocorrência de eventos através de resultados. As perdas de imparidade (e reversões
excepcionais ou altamente improváveis (como a liquidação de imparidade) não são registadas separadamente de outras
por parte do emissor) não impedem a sua classificação nas alterações de justo valor.
carteiras ao custo amortizado ou ao justo valor através de
outro rendimento integral. 2.3.2 Classificação dos passivos financeiros
Avaliação SPPI Um instrumento é classificado como passivo financeiro,

quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser
Quando o modelo de negócio passa por deter activos com efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo
o intuito de (i) receber os fluxos de caixa contratuais ou (ii) financeiro, independentemente da sua forma legal.
receber os fluxos de caixa contratuais e vender estes activos,
o Banco avalia se os fluxos de caixa do instrumento financeiro Os passivos financeiros são classificados nas seguintes
correspondem unicamente a pagamentos de capital e juros categorias:
sobre o capital em dívida (o teste solely payments of principal
and interest “SPPI”). Nesta avaliação o Banco considera (i) Passivos financeiros ao custo amortizado
se os fluxos de caixa contratuais são consistentes com um

Esta categoria inclui os recursos de Bancos centrais e de comprar os activos, excepto se existir estipulação contratual
outras instituições de crédito e recursos de Clientes e outros ou figura legal aplicável que determine que a transferência
empréstimos. dos direitos ocorre em data posterior.
(ii) Passivos financeiros detidos para negociação No reconhecimento inicial, quando o justo valor de activos e
passivos financeiros difere do preço de transacção, a entidade
Esta categoria inclui os instrumentos financeiros derivados deve reconhecer esta diferença da seguinte forma:
com justo valor negativo.
• Quando o justo valor é evidenciado pela cotação num
(iii) Passivos financeiros ao justo valor através de resultados mercado activo de um activo ou passivo equivalente
(Fair Value Option) (ou seja, inputs de nível 1) ou com base numa técnica
de valorização que usa apenas dados de mercado
O Banco designa, no seu reconhecimento inicial, certos observáveis, a diferença é reconhecida como ganho ou
passivos financeiros ao justo valor através de resultados (Fair perda, e
Value Option) desde que se verifique pelo menos um dos
seguintes requisitos: • Nos restantes casos, a diferença é diferida e o momento
do reconhecimento inicial do ganho ou perda é
• os passivos financeiros são geridos, avaliados e analisados determinado individualmente. Esta diferença pode então
internamente com base no seu justo valor; ser (i) amortizada ao longo da vida do instrumento, (ii)
diferida até que o justo valor do instrumento possa ser
• são contratadas operações de derivados com o objectivo determinado usando dados observáveis de mercado,
de efectuar a cobertura económica desses activos ou (iii) reconhecida através da liquidação do activo ou
ou passivos, assegurando-se assim a consistência na passivo.
valorização dos activos ou passivos e dos derivados
(accounting mismatch); e 2.3.4 Valorização subsequente dos instrumentos financeiros
• os passivos financeiros contêm derivados embutidos. Após o seu reconhecimento inicial, o Banco valoriza os seus
activos financeiros ao (i) custo amortizado, ao (ii) justo valor
2.3.3 Reconhecimentos e valorização inicial dos instrumentos através de outro rendimento integral ou (iii) ao justo valor
financeiros através de resultados.
No momento do seu reconhecimento inicial todos os Os valores a receber de operações comerciais que não
instrumentos financeiros são registados pelo seu justo valor. possuem uma componente significativa de financiamento e os
Para os instrumentos financeiros que não são registados créditos comerciais e instrumentos de dívida de curto prazo
pelo justo valor através de resultados, o justo valor é que são inicialmente valorizados pelo preço de transacção ou
ajustado adicionando ou subtraindo os custos de transacção pelo capital em dívida, respectivamente, são valorizados pelo
directamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão. No referido valor deduzido de perdas por imparidade.
caso dos instrumentos financeiros ao justo valor através de
resultados, os custos de transacção directamente atribuíveis Imediatamente após o reconhecimento inicial, é também
são reconhecidos imediatamente em resultados. reconhecida uma imparidade para perdas de crédito
esperadas (ECL), para activos financeiros mensurados ao
Os custos de transacção são definidos como gastos custo amortizado e investimentos em instrumentos de dívida
directamente atribuíveis à aquisição ou alienação de um mensurados ao justo valor através de outro rendimento
activo financeiro, ou à emissão ou assunção de um passivo integral, resultando no reconhecimento de uma perda em
financeiro, que não teriam sido incorridos se o Banco não resultados quando o activo é originado.
tivesse efectuado a transacção. Estes incluem, por exemplo,
comissões pagas a intermediários (tais como promotores) e Os passivos financeiros são registados inicialmente pelo seu
despesas de formalização de hipotecas. justo valor deduzido dos custos de transacção incorridos e
subsequentemente ao custo amortizado, com base no método
Os activos financeiros são reconhecidos no balanço na data da taxa efectiva, com a excepção dos passivos financeiros
de transacção – data em que o Banco se compromete a

designados ao justo valor através de resultados, os quais são Os rendimentos e gastos de instrumentos financeiros ao justo
registados ao justo valor. valor através de resultados são reconhecidas de acordo com
os seguintes critérios:
2.3.5 Rendimentos e gastos de instrumentos financeiros
i. As variações no justo valor são registadas directamente
Os rendimentos e gastos de instrumentos financeiros ao custo em resultados, separando entre a parte atribuível aos
amortizado são reconhecidas de acordo com os seguintes rendimentos do instrumento, que se regista como juros
critérios: ou como dividendos segundo a sua natureza nas rubricas
“Juros e rendimentos similares” e “Rendimentos de
i. Os juros são registados em resultados nas rubricas instrumentos de capital”, respectivamente, e o resto,
“Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos que se regista como resultados de operações financeiras
similares”, utilizando a taxa de juro efectiva da na rubrica “Resultados de activos e passivos financeiros
transacção sobre o valor contabilístico bruto da avaliados ao justo valor através de resultados”; e
transacção (excepto no caso de activos com imparidade
em que a taxa de juro é aplicada sobre o valor ii. Os juros relativos a instrumentos de dívida são
contabilístico líquido de imparidade); e registados em resultados na rubrica “Juros e
rendimentos similares” e são calculados aplicando o
ii. As restantes alterações de valor serão reconhecidas método da taxa de juro efectiva.
em resultados como rendimentos, ou gastos, quando o
instrumento financeiro for desreconhecido do balanço Os rendimentos e gastos de activos financeiros ao justo valor
na rubrica “Resultados de investimentos ao custo através de outro rendimento integral, são reconhecidas de
amortizado”, quando for reclassificado, e no caso acordo com os seguintes critérios:
de activos financeiros, quando ocorrerem perdas por
imparidade ou ganhos por recuperação, as quais são i. Os juros ou, quando aplicável, os dividendos são
registadas na rubrica de “Imparidade para crédito reconhecidos em resultados nas rubricas “Juros
a Clientes líquida de reversões e recuperações”, no e rendimentos similares” e “Rendimentos de
caso de crédito a Clientes ou na rubrica “Imparidade instrumentos de capital”, respectivamente. Para os
para outros activos financeiros líquida de reversões e juros o procedimento é igual ao dos activos ao custo
recuperações”, no caso de outros activos financeiros. amortizado;
Para a determinação da taxa de juro efectiva, o Banco ii. As diferenças cambiais são reconhecidas em resultados
procede à estimativa dos fluxos de caixa futuros considerando na rubrica “Resultados cambiais”, no caso de activos
todos os termos contratuais do instrumento financeiro, não financeiros monetários, e em outros rendimentos
considerando eventuais perdas por imparidade. O cálculo integrais, no caso de activos financeiros não monetários;
inclui as comissões pagas ou recebidas consideradas
como parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de iii. No caso dos instrumentos de dívida, as perdas
transacção e todos os prémios ou descontos directamente por imparidade ou ganhos na sua recuperação são
relacionados com a transacção, excepto para activos e reconhecidas em resultados na rubrica de “Imparidade
passivos financeiros ao justo valor através dos resultados. para outros activos financeiros líquida de reversões e
recuperações”; e
As Obrigações do Tesouro emitidas em moeda nacional
indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos iv. As restantes variações de valor são reconhecidas em
estão sujeitas a actualização cambial. O resultado da outro rendimento integral.
actualização cambial é reflectido na demonstração dos
resultados do exercício em que ocorre. O resultado da Assim, quando um instrumento de dívida é mensurado ao
actualização cambial do valor nominal do título é reflectido na justo valor através de outro rendimento integral, os valores
rubrica “Resultados cambiais” e o resultado da actualização reconhecidos no resultado do exercício são os mesmos
cambial do desconto e do juro corrido é reflectido na rubrica que os que seriam reconhecidos se mensurados pelo custo
“Margem Financeira – Juros e rendimentos similares”. amortizado.

Quando um instrumento de dívida valorizado ao justo valor 2.3.8 Modificação de créditos
através de outro rendimento integral é desreconhecido do
balanço, o ganho ou perda registado em outro rendimento Ocasionalmente o Banco renegoceia ou modifica os
integral é reclassificado para o resultado do exercício. Por fluxos de caixa contratuais de créditos a Clientes. Nesta
outro lado, quando um instrumento de capital valorizado situação, o Banco avalia se os novos termos do contrato são
ao justo valor através de outro rendimento integral é substancialmente diferentes dos termos originais. O Banco faz
desreconhecido do balanço, o ganho ou perda registado em esta análise considerando, entre outros, os seguintes factores:
outro rendimento integral, não é reclassificado para a conta
de ganhos e perdas, mantendo-se numa rubrica de reservas. • Se o devedor está em dificuldades financeiras, se a
modificação apenas reduz os fluxos de caixa contratuais
2.3.6 Reclassificação entre categorias de instrumentos para um montante que é expectável que o devedor
financeiros consiga pagar;
Somente se o Banco decidisse mudar o seu modelo de • Se foi introduzido algum novo termo significativo, tal
negócio para a gestão de activos financeiros, reclassificaria como a participação nos resultados ou “equity-based
todos os activos financeiros afectados de acordo com os return”, que afecte substancialmente o risco do crédito;
requisitos da IFRS 9. Esta reclassificação seria feita de forma
prospectiva a partir da data de reclassificação. De acordo • Extensão significativa da maturidade do contrato quando
com a IFRS 9, é expectável que as mudanças no modelo o devedor não está em dificuldades financeiras;
de negócio ocorram com pouca frequência. A IFRS 9 não
permite a reclassificação de investimentos em instrumentos • Alteração significativa da taxa de juro;
de capital mensurados ao justo valor através de outro
rendimento integral, ou quando a opção pelo justo valor foi • Alteração da moeda em que o crédito foi contratado; e
exercida para activos ou passivos financeiros. Os passivos
financeiros não podem ser reclassificados entre carteiras. • Inclusão de um colateral, uma garantia ou outra melhoria
associada ao crédito, que afecte significativamente o risco
2.3.7 Justo valor de crédito associado ao empréstimo.
Conforme disposto na IFRS 13, os instrumentos financeiros Se os termos do contrato forem significativamente
ao justo valor estão mensurados de acordo com os níveis de diferentes, o Banco desreconhece o activo financeiro original
valorização descritos na nota 30.4. e reconhece o novo activo ao justo valor, calculando a
sua nova taxa de juro efectiva. A data de renegociação é
A metodologia de apuramento do justo valor dos títulos considerada a data de reconhecimento inicial para efeitos do
utilizada pelo Banco é conforme segue: cálculo de imparidade, incluindo para o propósito de aferir
se ocorreu um aumento significativo do risco de crédito. No
i. Preço médio de negociação no dia do apuramento ou, entanto, o Banco também avalia se o novo activo financeiro
quando não disponível, o preço médio de negociação no reconhecido está em imparidade no reconhecimento inicial,
dia útil anterior; especialmente quando a renegociação está relacionada
com o facto do devedor não ter efectuado os pagamentos
ii. Valor líquido provável de realização obtido mediante originalmente acordados. As diferenças no montante
adopção de técnica ou modelo interno de valorização; contabilístico são reconhecidas em resultados, como um
ganho ou perda de desreconhecimento.
iii. Preço de instrumento financeiro semelhante, levando
em consideração, no mínimo, os prazos de pagamento e Se os termos do contrato não forem significativamente
vencimento, o risco de crédito e a moeda ou indexador; e diferentes, a renegociação, ou modificação, não resulta
em desreconhecimento e o Banco recalcula o montante
iv. Preço definido pelo Banco Nacional de Angola. contabilístico bruto com base nos fluxos de caixa revistos

do activo financeiro e reconhece um ganho ou perda desta • Estiver proibido de vender ou penhorar os activos; e
modificação em resultados. O novo montante contabilístico
bruto é recalculado descontando os fluxos de caixa • Tiver a obrigação de remeter qualquer fluxo de caixa que
modificados à taxa de juro efectiva original (ou taxa de juro receba dos activos sem atrasos materiais.
efectiva ajustada para activos financeiros em imparidade,
originados ou adquiridos). As garantias concedidas pelo Banco (acções e obrigações)
através de acordos de recompra e operações de concessão e
Após a modificação, o Banco pode determinar que o risco de contracção de empréstimos de valores mobiliários não são
de crédito melhorou significativamente e que os activos desreconhecidas porque o Banco detém substancialmente
passaram de Stage 3 para Stage 2 (ECL lifetime) ou de todos os riscos e benefícios com base no preço de recompra
Stage 2 para Stage 1 (ECL 12 meses). Sendo que esta pré-estabelecido, não se observando assim os critérios de
situação apenas pode ocorrer quando o desempenho do desreconhecimento (ver Nota 2.4).
activo modificado estiver de acordo com os novos termos do
contrato durante um período de doze meses consecutivos. Os passivos financeiros são desreconhecidos quando a
Adicionalmente, o Banco continua a monitorizar se houve obrigação subjacente é liquidada, expira ou é cancelada.
um aumento significativo do risco de crédito destes activos,
aplicando modelos específicos para activos modificados. 2.3.10 Política de abates
A 31 de Dezembro de 2020 e 2019 o Banco não possuí O Banco procede ao abate de activos financeiros, em parte
activos que tenham preenchido estes requisitos para o ou na sua totalidade, no momento em que conclui não haver
exercício de reporte. qualquer expectativa razoável de recebimento. Os indicadores
que demonstram não haver qualquer expectativa razoável de
2.3.9 Desreconhecimento que não resulte de uma recebimento são (i) o encerramento de actividade e (ii) os
modificação casos em que a recuperação depende do recebimento de um
colateral, mas em que o valor do colateral é tão reduzido que
Os activos financeiros concedidos são desreconhecidos não existe uma expectativa razoável de recuperar o activo na
quando os fluxos de caixa que lhes estão associados se totalidade.
extinguem, são cobrados ou alienados a terceiros e o
(i) Banco transfere substancialmente todos os riscos e As regras implementadas para a selecção dos créditos que
benefícios associados à detenção do activo, ou (ii) o Banco poderão ser alvo de abate ao activo são as seguintes:
nem transfere nem detém substancialmente todos os
riscos e benefícios associados à detenção do activo e não • Os créditos não podem estar ao abrigo dum protocolo
detém controlo sobre o activo. Os ganhos e perdas obtidos com partilha de risco;
na alienação de créditos a Clientes a título definitivo são
registados em “Outros resultados de exploração”. Estes • Os créditos têm de estar vencidos há mais de 210 dias; e
ganhos ou perdas correspondem à diferença entre o valor de
venda fixado e o valor contabilístico desses activos, líquido de • Os créditos não podem ter a marca de créditos
perdas de imparidade. renegociados vencidos, ou estarem envolvidos no âmbito
de um acordo de pagamento activo.
O Banco participa em transacções em que detém o direito
contratual de receber fluxos de caixa de activos, mas 2.3.11 Imparidade de activos financeiros
assume uma obrigação contractual de pagar esses fluxos
de caixa a outras entidades e transfere substancialmente O Banco determina perdas por imparidade para os
todos os riscos e benefícios. Estas transacções resultam no instrumentos de dívida que são mensurados ao custo
desreconhecimento do activo se o Banco: amortizado e ao justo valor através de outro rendimento
integral, bem como para outras exposições que tenham
• Não tiver qualquer obrigação de efectuar pagamentos, a risco de crédito associado tais como garantias bancárias e
não ser que receba montantes equivalentes dos activos; compromissos assumidos.

Os requisitos da IFRS 9 têm como objectivo o reconhecimento espera realizar menos os fluxos de caixa que espera
de perdas esperadas das operações, avaliadas em base receber do ordenador. O Banco estima os fluxos de caixa
individual ou colectiva, tendo em consideração todas as tendo em consideração o prazo contratual definido para
informações razoáveis, fiáveis e devidamente fundamentadas as operações.
que estejam disponíveis, incluindo ainda informação numa
perspectiva forward looking. Para efeitos de determinação dos fluxos de caixa são
ainda incluídos os decorrentes da venda de garantias reais
As perdas por imparidade dos instrumentos de dívida que recebidas, tendo em conta os fluxos que seriam obtidos
estão mensurados ao custo amortizado são reconhecidas por da sua venda, deduzidos dos custos necessários para a
contrapartida de uma rubrica de imparidade acumulada de sua obtenção, manutenção e posterior venda, ou outras
balanço, que reduz o valor contabilístico do activo, enquanto garantias que façam parte integrante das condições
que a imparidade dos activos mensurados ao justo valor por contratuais, tais como os colaterais financeiros.
outro rendimento integral é reconhecida em contrapartida de
outro rendimento integral. b) Perdas esperadas de crédito: correspondem à média
ponderada das perdas de crédito, utilizando como
As perdas por imparidade do exercício de crédito a Clientes ponderador a probabilidade de ocorrência de eventos de
são reconhecidas na demonstração de resultados na rubrica incumprimento (“default”). A seguinte distinção será tida
“Imparidade para crédito a Clientes líquida de reversões em conta: (i) perdas de crédito esperadas durante a vida
e recuperações” e as dos restantes activos financeiros na da operação (lifetime): são as perdas de crédito esperadas
rubrica “Imparidade para outros activos financeiros líquida de que resultam de possíveis eventos de incumprimento
reversões e recuperações”. durante a vida esperada da operação; (ii) perdas de
crédito esperadas num prazo de 12 meses: são parte
As perdas por imparidade das exposições que tenham das perdas de crédito esperadas ao longo da duração
risco de crédito associado e que não se tratem de posições do instrumento que representa as perdas de crédito
registadas no activo são registadas como uma provisão na esperadas que resultam de situações de incumprimento
rubrica “Provisões” no passivo do balanço. As dotações e relativamente a um instrumento financeiro susceptíveis
reversões são registadas na rubrica “Provisões líquidas de de ocorrer no prazo de 12 meses a contar da data de
anulações” na demonstração de resultados. referência.
Para efeitos do registo contabilístico das perdas por Modelo de imparidade de crédito a Clientes
imparidade dos instrumentos de dívida, devem ser tidas em
consideração as seguintes definições: A metodologia adoptada pelo Banco prevê numa primeira
fase a identificação dos Grupos Económicos (e Clientes
a) Perdas de crédito: correspondem à diferença entre todos particulares) considerados como individualmente
os fluxos de caixa em dívida ao Banco, de acordo com significativos. Estes, são analisados individualmente e os
as condições contratuais do activo financeiro e todos os restantes colectivamente de acordo com Grupos homogéneos
fluxos de caixa que o Banco espera receber (ou seja, a de risco. São considerados os seguintes critérios de
totalidade da insuficiência de fluxo de caixa), descontados selecção de Grupos (e Clientes particulares) individualmente
à taxa de juro efectiva original ou, para activos financeiros significativos:
comprados ou originados em imparidade com perdas de
crédito, à taxa de juro efectiva ajustada pela qualidade do • Clientes empresa com exposição superior a 50 milhões
crédito, ou a taxa de juro na data a que as demonstrações de AKZ;
financeiras se referem, quando é variável.
• Clientes particulares com exposição superior a 100
No caso de compromissos assumidos comparam-se os milhões de AKZ;
fluxos de caixa contratuais em dívida ao Banco que se
esperam receber no caso de utilização do compromisso • Clientes empresa com crédito vencido (superior a
e os fluxos de caixa que se esperam receber aquando 30 dias), exposição superior a 25 milhões de AKZ e
do reconhecimento do activo. No caso de garantias incumprimento superior a 1 milhão de AKZ;
bancárias, consideram-se os pagamentos que o Banco

• Clientes particulares com crédito vencido (superior a • Clientes ad-hoc (particulares ou empresas), que não
30 dias), exposição superior a 50 milhões de AKZ e sejam sujeitos a análise individual pelos critérios
incumprimento superior a 1 milhão de AKZ; anteriores, mas que o Banco considere adequado fazer a
respectiva análise individual.
• Clientes com operações reestruturadas por dificuldades
financeiras do devedor; e O processo de análise individual segue o seguinte fluxo:
Análise Qualitativa
Deverá a classificação de
risco ser actualizada? Sim Atribuição de
Ínicio Análise Pendente imparidade por
Análise Colectiva
Não
O Cliente encontra-se Sim Atribuição de

Imparidade AI = 0
em stage 1? ECL 12M por AC
Não
Existem evidências de Sim Encerramento

incapacidade para cumprir
da Actividade
as responsabilidades?
Não
Definir cenários Cálculo de Atribuição de

Continuidade de execução de imparidade ponderada imparidade por
da Actividade garantias por cenários Análise Individual
A imparidade
ponderada é 0?
Projecção do Plano Cálculo de Atribuição de
de Negócios, sob imparidade ponderada imparidade por
diversos cenários por cenários Sim
Análise Individual
Não Imparidade AI > Limite definido

para classificação de incumprimento?
Existem estratégias Atribuição de
de recuperação adicionais imparidade por
Não Não
apropriadas para o cliente? Análise Individual
Sim Sim
Definir cenários de Liquidação

Cálculo de imparidade Encerramento
de Garantias não associadas à
ponderada por cenários (1) da Actividade
produção, e/ou
Pagamentos em Dinheiro
Análise Quantitativa
Na metodologia de análise colectiva, o Banco agrupa os cumprir com nenhum dos critérios de classificação dos
Clientes em segmentos homogéneos de risco, nomeadamente outros estágios de imparidade;
Estágio I Estágio II Estágio III
os seguintes:
Classificação a aplicar no reconhecimento Classificação a aplicar aos instrumentos Serão classificados
• Estágio II: Classificação a aplicar neste estágio todos os
aos instrumentos
inicial dos instrumentos financeiros ou no financeiros que absorvem um aumento instrumentos financeiros que se encontrem
• caso
Crédito ao Consumo • Pequenas
de não cumprir com nenhum dos cri-
Empresas financeiros que observem
significativo do risco de crédito (SICR -
um aumento significativo do
em situação de incumprimento de acordo
• Descobertos • GrandesSignificant
térios de classificação dos outros estágios Empresasincrease in Credit Risk)
risco SIRC
de crédito (com
Risk desde – Significant
a defnição previstaincrease in credit
no Instrutivo 5/2016risk)
• de imparidade.
Cartões de Crédito • Estado a originação. no BNA.
desde a originação;
• Crédito Automóvel • Instituições Financeiras
• Crédito Habitação • Estágio III: Serão classificados neste estágio todos os
instrumentos financeiros que se encontrem em situação
O montante de perdas por imparidade determina-se em de incumprimento de acordo com a definição interna do
função de se verificar, ou não, uma deterioração significativa Banco e alinhada com o Instrutivo 8/2019.
do risco desde o reconhecimento inicial, e se ocorrer ou não
um evento de default. Consequentemente, o Banco classifica Marcação
os instrumentos financeiros em três estágios de imparidade
conforme descrito abaixo: • Contratos de produtos diferentes de descobertos, com
crédito vencido há mais de 30 dias;
• Estágio I: Classificação a aplicar no reconhecimento
inicial dos instrumentos financeiros ou no caso de não

• Contratos de produtos de descobertos com crédito Os critérios de marcação de default, são os seguintes, desde
vencido há mais de 15 dias; que tenham (i) Materialidade absoluta: >= 5.000 Akz de
crédito vencido; (ii) Materialidade relativa: 1% Empresas e
• Cliente com pelo menos uma operação de crédito 2.5% Particulares, da exposição patrimonial do Cliente.
reestruturado por dificuldades financeiras nos últimos
12 meses; Marcação
• Clientes com uma operação em contencioso nos últimos • Contratos com crédito vencido há mais de 90 dias;
5 anos;
• Contratos reestruturados com crédito vencido há mais de
• Clientes com cheques devolvidos e/ou inibição do uso de 30 dias.
cheques de acordo com a informação disponível na CIRC;
Para os Clientes analisados individualmente são considerados
• Clientes com descobertos não autorizados. os seguintes critérios adicionais:
Para os Clientes analisados individualmente são considerados • Clientes em falência/ insolvência ou com expectativa de
os seguintes critérios adicionais: falência/ insolvência;
• Clientes com uma operação de crédito no sistema • Reestruturações com perda material ou período de
financeiro com atraso superior a 90 dias, capital ou juros carência de capital ou originadas de contratos já em
abatidos/anulados ou em situação de contencioso; estágio 3.
• Clientes com descobertos autorizados acima do limite Propagação

formalmente contratado com os Clientes ou operações de
crédito renováveis utilizadas de forma permanente em, • Propagação da marcação de default quando a exposição
pelo menos, 95% do limite inicialmente contratualizado em default representar 20% da exposição total do Cliente.
nos últimos 12 meses;
Desmarcação
• Crédito com decréscimo material do valor da garantia
real (superior a 20%) quando tal resulte num rácio de • Contratos com crédito vencido há mais de 90 dias:
financiamento-garantia superior a 80%; período de quarentena 12 meses (pelo menos 6 meses
em estágio 3, e 6 meses em estágio 2) sem nenhum
• Clientes objecto de Programas Especiais de Recuperação; critério de activação de default;
• Clientes com dívidas à Administração Fiscal e/ ou à • Créditos reestruturados: período de quarentena (pelo
Segurança Social; menos 12 meses) com liquidação de capital e juros sem
exposição vencida por um período superior a 30 dias.
• Penhoras bancárias ou expectativa de insolvência ou
objecto do processo de recuperação/ reorganização No apuramento da imparidade colectiva, o Banco considera
financeira e/ou operacional; os seguintes parâmetros de risco de crédito:
• Alteração significativa dos resultados operacionais do a) Exposição: A exposição (EAD - exposure at default)
Cliente (Empresas), para Clientes sujeitos a Análise corresponde à estimativa do montante em dívida em
Individual. caso de default. Esta componente é relevante para os
instrumentos financeiros que têm uma estrutura de
Propagação amortização variável em função da utilização do Cliente
(contas correntes de crédito, cartões de crédito, na
• Propagação de todas as operações para estágio 2 se o generalidade, qualquer produto revolving). O cálculo desta
total de exposição da operação em estágio 2 for superior estimativa baseia-se na observação de dados históricos
ou igual a 20% da exposição do Cliente. em devedores para os quais foram verificadas situações

de default, relacionando os níveis de utilização dos limites • Taxa de câmbio USD/ AOA (paralelo) end of period;
no momento do default e nos 12 meses anteriores. Neste
âmbito, são estimados os níveis de utilização futuros em • Índice de Preços Consumidor Luanda;
função da natureza do produto, dos níveis de utilização
actuais e do valor do limite. • Real Effective Exchange Rate (REER);
b) Probabilidade de default: o Banco aplica uma metodologia • Taxa de câmbio EUR/ AOA end of period.
de apuramento da previsão da probabilidade de default
(PD - probabilidade de default) de cada mutuário para Nos processos de revisão serão também introduzidas as
a totalidade da carteira de crédito e por cada segmento melhorias necessárias que forem detectadas nos exercícios de
de risco. Os resultados da metodologia aplicada para comparação retrospectiva (backtesting).
apuramento da probabilidade de default, são utilizados
nos processos de concessão e seguimento de crédito Durante o ano de 2020, observou-se uma degradação da
e foram desenvolvidas e calibradas, de acordo com qualidade do risco de crédito da carteira do BFA, explicado
a experiência histórica de defaults do Banco. Este essencialmente pelo impacto da pandemia COVID-19,
parâmetro é utilizado directamente para o cálculo das verificando-se um aumento do montante de crédito em Stage
perdas esperadas (ECL) de operações em estágio 1 e 2 (+123%) e Stage 3 (+49%), contribuindo para um aumento
2 de imparidade. Deste modo, para estágio 1 deve ser total de imparidade de +22 641 051 mAKZ, face a 31 de
considerado o período de 12 meses e para estágio 2 a Dezembro de 2019.
maturidade residual da operação.
Importa salientar que o BFA apenas concedeu moratórias de
c) Perda dado o default: a perda dado o default (LGD - loss até 60 dias para pedidos válidos que tenham sido entregues
given default) corresponde à percentagem de dívida que ao Banco até 30 de Maio de 2020.
não será recuperada em caso de default do Cliente. O
cálculo da LGD é realizado com base em informação Adicionalmente, o BFA procedeu à atualização das regressões,
interna histórica, considerando os fluxos de caixa cenários e ponderadores macroeconómicos no seu modelo
associados aos contratos desde o momento de default até à de imparidade, não sendo contudo possível quantificar de
sua regularização ou até ao momento em que não existam forma isolada o impacto do ajustamento forward-looking por
expectativas de recuperação relevantes. Incorporam-se via do COVID-19, uma vez que o Banco procedeu igualmente
também no cálculo das estimativas de custos associados a alterações metodológicas e estruturais na estimação dos
aos processos de recuperação de crédito. seus parâmetros de risco, nomeadamente ao nível do histórico
considerado, definição de default e segmentação.
Os parâmetros considerados para a determinação da
imparidade são na sua generalidade baseados na experiência Modelo de imparidade de outros instrumentos financeiros
histórica interna de defaults e recuperações do Banco.
Os parâmetros são revistos e actualizados periodicamente O Banco classifica as exposições em estágios de imparidade.
de forma a reflectirem a situação económica e serem Nomeadamente, são classificadas no stage 1 as exposições
representativos do actual contexto económico a todo o relativas a Estados Soberanos notados como investment
momento. grade por agências reconhecidas e exposições em que a
rentabilidade se encontra ajustada ao risco do emissor e o
Aos modelos são ainda incorporadas perspectivas de evolução mesmo está dentro dos limites definidos no perfil de risco do
económica futura (forward looking) para determinação da Banco. Estas exposições qualificam-se para o apuramento de
perda esperada considerando os factores macroeconómicos perdas de imparidade a 12 meses.
que se relacionem com a probabilidade de incumprimento
e/ou os indicadores de recuperabilidade do Banco, Os factores de risco aplicados são os associados a cada nível
nomeadamente: de rating de contraparte definidos pelo provider externo.
• PIB Real; O Banco não aplicou a isenção de risco de crédito reduzido

em nenhum activo financeiro no exercício findo em 31 de
• Taxa de crescimento do PIB não petrolífero; Dezembro de 2020 e no exercício de 2019.

2.4 OPERAÇÕES COM ACORDO DE RECOMPRA OU resultantes do seu negócio. Os derivados que não se qualificam
REVENDA para contabilidade de cobertura são registados como de
negociação.
Títulos cedidos com acordo de recompra (repos) por um
preço fixo, ou por um preço, que iguala o preço de venda Os derivados de cobertura são registados ao justo valor e os
acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não ganhos ou perdas resultantes da reavaliação são reconhecidos
são desreconhecidos do balanço. O correspondente passivo de acordo com o modelo de contabilidade de cobertura
é contabilizado em valores a pagar a outras instituições de adoptado.
crédito ou a Clientes, conforme apropriado. A diferença entre
o valor de venda e o valor de recompra é tratada como juro Uma relação de cobertura existe quando:
e é diferida durante a vida do acordo, através do método da
taxa efectiva. • à data de início da relação existe documentação formal da
cobertura;
Títulos comprados com acordo de revenda (reverse repos)
por um preço fixo, ou por um preço que iguala o preço de • se espera que a cobertura seja altamente efectiva;
compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação,
não são reconhecidos no balanço, sendo o valor de compra • a efectividade da cobertura pode ser fiavelmente
registado como empréstimos a outras instituições de crédito mensurada;
ou Clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de
compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido • a cobertura é avaliada numa base contínua e
durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva. efectivamente determinada como sendo altamente
efectiva ao longo do período de relato financeiro; e
2.5 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
• em relação à cobertura de uma transacção prevista,
O Banco pode realizar operações de instrumentos financeiros esta é altamente provável e apresenta uma exposição
derivados, no âmbito da sua actividade, gerindo posições a variações nos fluxos de caixa que poderia em última
próprias com base em expectativas de evolução dos mercados análise afectar os resultados.
ou satisfazendo as necessidades dos seus Clientes.
Quando um instrumento financeiro derivado é utilizado para
Todos os instrumentos derivados são registados na data da cobrir variações cambiais de elementos monetários activos ou
sua negociação ao justo valor e as variações de justo valor passivos, não é aplicado qualquer modelo de contabilidade
reconhecidas em resultados, excepto se se qualificarem como de cobertura. Qualquer ganho ou perda associado ao derivado
cobertura de fluxos de caixa ou investimento líquido em é reconhecido em resultados do exercício, assim como
unidades operacionais estrangeiras. Os derivados são também as variações do risco cambial dos elementos monetários
registados em contas extrapatrimoniais pelo seu valor de subjacentes.
referência (valor nocional).
i. Cobertura de justo valor
Os instrumentos financeiros derivados são classificados
como de cobertura (hedge, desde que cumpridas todas as As variações do justo valor dos derivados que sejam
condições de designação) ou de negociação, conforme a sua designados e que se qualifiquem como de cobertura de
finalidade. justo valor são registadas por contrapartida de resultados,
em conjunto com as variações de justo valor do activo,
Derivados de cobertura passivo ou grupo de activos e passivos a cobrir no que diz
respeito ao risco coberto. Se a relação de cobertura deixa
O Banco não tinha derivados de cobertura à data da primeira de cumprir com os requisitos da contabilidade de cobertura,
adopção da IFRS 9, contudo tomou a decisão de continuar a o instrumento financeiro derivado é transferido para a
aplicar como política, o tratamento contabilístico da IAS 39, categoria de negociação e a contabilidade de cobertura é
conforme permitido pela IFRS 9. descontinuada, posteriormente (o ajustamento realizado ao
montante contabilístico de um instrumento de cobertura,
O Banco designa derivados e outros instrumentos financeiros em que o método da taxa de juro efectivo é utilizado, é
para cobertura do risco de taxa de juro e risco cambial, amortizado através de resultados pelo período até à sua

maturidade e reconhecido na margem financeira). Caso o instrumentos financeiros ao justo valor através de resultados.
activo ou passivo coberto corresponda a um instrumento Quando o justo valor dos instrumentos for positivo, são
de rendimento fixo, os ganhos ou perdas acumuladas pelas apresentados no activo, quando o seu justo valor for negativo
variações do risco de taxa de juro associado ao item de são classificados no passivo, em ambos os casos nas rubricas
cobertura até à data da descontinuação da cobertura, são de activos ou passivos financeiros ao justo valor através de
amortizados por resultados pelo período remanescente do resultados.
item coberto.
Derivados Embutidos
ii. Cobertura de fluxos de caixa
Existe um derivado embutido quando uma parte dos
As variações de justo valor dos derivados, que se qualificam instrumentos financeiros que o Banco negoceia, contém um
para coberturas de fluxos de caixa, são reconhecidas em derivado e uma componente não-derivada. Esta componente
capitais próprios - reservas de fluxos de caixa - na parte do derivado é identificada como “derivado embutido”, enquanto
efectiva das relações de cobertura. As variações de justo que o resto do contrato é descrito como “contrato base”.
valor da parcela inefectiva das relações de cobertura são
reconhecidas por contrapartida de resultados, no momento Os derivados embutidos em instrumentos financeiros são
em que ocorrem. separados contabilisticamente sempre que:
Os valores acumulados em capitais próprios são • os riscos e benefícios económicos do derivado não
reclassificados para resultados do exercício nos exercícios estejam relacionados com os do instrumento principal
em que o item coberto afecta resultados. (contrato hospedeiro);
Quando o instrumento de cobertura é desreconhecido, ou • um instrumento separado com os mesmos termos

quando a relação de cobertura deixa de cumprir os requisitos satisfaça a definição de derivado; e
de contabilidade de cobertura ou é revogada, a relação de
cobertura é descontinuada prospectivamente. Desta forma, as • o instrumento híbrido (conjunto) não esteja, à partida,
variações de justo valor acumuladas em capitais próprios até reconhecido ao justo valor através de resultados.
à data da descontinuação da cobertura podem ser:
Os derivados embutidos são apresentados nas rubricas
• diferidas pelo prazo remanescente do instrumento de activos ou passivos financeiros ao justo valor através
coberto; e de resultados, registados ao justo valor com as variações
reflectidas em resultados.
• reconhecidas de imediato em resultados do exercício, no
caso de o instrumento coberto se ter extinguido. 2.6 INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E
EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS
No caso da descontinuação de uma relação de cobertura
de uma transacção futura, as variações de justo valor do Filiais são entidades (incluindo fundos de investimento e
derivado registadas em capitais próprios mantêm-se aí veículos de securitização) controladas pelo Banco. O Banco
reconhecidas até que a transacção futura seja reconhecida controla uma entidade quando está exposto, ou tenha
em resultados. Quando já não é expectável que a transacção direitos, à variabilidade nos retornos provenientes do seu
ocorra, os ganhos ou perdas acumuladas registadas por envolvimento com essa entidade e possa apoderar-se dos
contrapartida de capitais próprios são reconhecidos mesmos através do poder que detém sobre as actividades
imediatamente em resultados. relevantes dessa entidade (controlo de facto).
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, o Banco não detinha As empresas associadas são entidades nas quais o Banco tem
derivados de cobertura. influência significativa, mas não exerce controlo sobre a sua
política financeira e operacional. Presume-se que o Banco
Derivados detidos para negociação exerce influência significativa quando detém mais de 20%
dos direitos de voto da associada. Caso o Banco detenha,
Os derivados que não sejam considerados numa relação directa ou indirectamente, menos de 20% dos direitos de
de cobertura contabilística, são considerados como outros voto, presume-se que não possui influência significativa,

excepto quando essa influência possa ser claramente Os custos de transacção directamente atribuíveis à emissão
demonstrada. de instrumentos de capital são registados por contrapartida
do capital próprio, como uma dedução ao valor da emissão.
A existência de influência significativa por parte do Banco é Os valores pagos e recebidos pelas compras e vendas de
normalmente demonstrada por uma, ou mais do que uma, instrumentos de capital são registados no capital próprio,
das seguintes formas: líquidos dos custos de transacção.
• representação no Conselho de Administração ou órgão de As distribuições efectuadas por conta de instrumentos de

direcção equivalente; capital são deduzidas ao capital próprio como dividendos
quando declaradas.
• participação em processos de definição de políticas,
incluindo a participação em decisões sobre dividendos ou 2.8 RESERVA DE ACTUALIZAÇÃO MONETÁRIA DOS
outras distribuições; FUNDOS PRÓPRIOS
• transacções materiais entre o Banco e a participada; Nos termos do Aviso n.º 2/2009, de 8 de Maio, do Banco
• intercâmbio de pessoal de gestão; e Nacional de Angola sobre actualização monetária, as
instituições financeiras devem, em caso de existência de
• fornecimento de informação técnica essencial. inflação, considerar mensalmente os efeitos da modificação
no poder de compra da moeda nacional, com base na
Os investimentos em filiais e associadas são contabilizados aplicação do Índice de Preços ao Consumidor aos saldos de
nas demonstrações financeiras do Banco ao seu custo capital, reservas e resultados transitados.
histórico deduzido de quaisquer perdas por imparidade.
As demonstrações financeiras de uma entidade cuja moeda
Imparidade funcional seja a moeda de uma economia hiperinflacionária
devem ser expressas em termos da unidade de mensuração
O valor recuperável dos investimentos em filiais e associadas corrente, à data do balanço. Nos termos do disposto na
é avaliado sempre que existam sinais de evidência de IAS 29, a hiperinflação é indicada pelas características do
imparidade. As perdas de imparidade são apuradas, tendo por ambiente económico de um país que inclui, mas sem limitar,
base a diferença entre o valor recuperável dos investimentos as seguintes situações:
em filiais ou associadas e o seu valor contabilístico. As perdas
por imparidade identificadas são registadas por contrapartida • A população em geral prefere conservar a sua riqueza
de resultados, sendo subsequentemente revertidas por em activos não monetários ou numa moeda estrangeira
resultados caso se verifique uma redução do montante da relativamente estável. As quantias de moeda local detidas
perda estimada, num período posterior. O valor recuperável são imediatamente investidas para manter o poder de
é determinado com base no maior entre o valor em uso compra;
dos activos e o justo valor deduzido dos custos de venda,
sendo calculado com recurso a metodologias de avaliação, • A população em geral vê as quantias monetárias, não em
suportadas em técnicas de fluxos de caixa descontados, termos de moeda local, mas em termos de uma moeda
considerando as condições de mercado, o valor temporal e os estrangeira estável. Os preços podem ser cotados nessa
riscos de negócio. moeda;
2.7 INSTRUMENTOS DE CAPITAL • As vendas e compras a crédito têm lugar a preços que
compensem a perda esperada de poder de compra
Um instrumento financeiro é classificado como instrumento de durante o período do crédito, mesmo que o período
capital quando não existe uma obrigação contratual de a sua seja curto;
liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de
outro activo financeiro a terceiros, independentemente da sua • Durante o período de crédito, mesmo que o período seja
forma legal, evidenciando um interesse residual nos activos de curto;
uma entidade após a dedução de todos os seus passivos.
• As taxas de juro, os salários e os preços estão ligadas a
um índice de preços; e

• A taxa de inflação acumulada durante três anos aproxima- Nos termos do Aviso n.º 2/2009, de 8 de Maio, do Banco
se de 100%, ou excede este valor. Nacional de Angola sobre actualização monetária, as
instituições financeiras devem, em caso de existência de
O valor resultante da actualização monetária deve ser inflação, actualizar mensalmente os activos intangíveis e
reflectido mensalmente na demonstração de resultados, outros activos tangíveis com base no Índice de Preços ao
por contrapartida do aumento dos saldos de fundos Consumidor.
próprios, com excepção da rubrica “Capital Social”, que
deve ser classificada numa rubrica específica (“Reservas O valor resultante da actualização monetária deve ser
de reavaliação”), que só pode ser utilizada para posterior reflectido mensalmente a crédito numa conta de resultados,
aumento de capital. por contrapartida das rubricas de valor bruto e amortizações
acumuladas.
2.9 ACTIVOS INTANGÍVEIS E OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS
Uma percentagem equivalente a 30% do aumento das
Os activos intangíveis apenas são reconhecidos quando: amortizações que resulte das reavaliações efectuadas não é
i) sejam identificáveis; ii) seja provável que dos mesmos aceite como custo para efeitos fiscais.
advenham benefícios económicos futuros e iii) o seu custo
possa ser mensurado com fiabilidade. Os terrenos não são amortizados. A depreciação é calculada pelo
método das quotas constantes, de acordo com a vida útil estimada
O custo de aquisição dos activos intangíveis compreende: i) pelo Banco, que corresponde aos seguintes anos de vida útil:
preço de compra, incluindo custos com direitos intelectuais e
taxas após a dedução de quaisquer descontos e ii) qualquer Anos de vida útil
custo directamente atribuível à preparação do activo, para o Imóveis de uso próprio (Edifícios) 50
seu uso pretendido. Obras em edifícios arrendados 10
Equipamento:
Após a contabilização inicial, o BFA mensura os seus activos Mobiliário e material 10
intangíveis de acordo com o modelo de custo. Equipamento informático 3
Instalações interiores 10
Material de transporte 3
Os activos intangíveis, que correspondem principalmente a
Máquinas e ferramentas 6 e7
software informático, são registados ao custo de aquisição e
amortizados linearmente ao longo de um período de três anos.
Os outros activos fixos tangíveis encontram-se valorizados 2.10 ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
ao custo deduzido das depreciações acumuladas e eventuais
perdas por imparidade. Este custo inclui: (a) o “custo Os activos não correntes são classificados como activos não
considerado” determinado à data de transição para as IFRS, correntes detidos para venda quando o seu valor contabilístico
que corresponde ao valor líquido transitado do normativo se destine a ser realizado principalmente através de uma
anterior, incluindo reavaliações legais e (b) o custo de aquisição transacção de venda, em vez de seu uso continuado nas
dos activos adquiridos ou construídos após essa data. actividades do Banco.
Os outros activos tangíveis são registados ao custo de Na rubrica “Activos não correntes detidos para venda” são
aquisição, sendo permitida a sua reavaliação ao abrigo das registados os bens recebidos em dação em pagamento, na
disposições legais aplicáveis. sequência da recuperação de créditos em incumprimento, que
estão disponíveis para venda imediata e cuja venda é muito
O custo de aquisição dos outros activos tangíveis inclui provável (no prazo de um ano). Quando a referida condição
o preço de compra do activo, as despesas directamente prevista na IFRS 5 deixa de estar cumprida, os bens recebidos em
imputáveis à sua aquisição e os encargos suportados com dação em pagamento são reclassificados para a rubrica "Outros
a preparação do activo, para que este seja colocado na sua activos”.
condição de utilização. Os custos financeiros incorridos com
empréstimos obtidos para construção de activos tangíveis As reversões de perdas por imparidade são efectuadas até ao
qualificáveis são reconhecidos como parte do custo de limite de valor dos activos, caso nunca tivessem sido reconhecidas
construção do activo. perdas por imparidade, mas apenas reconhecidos os efeitos do
desgaste funcional através do registo de depreciações.

O valor dos bens recebidos em dação é registado inicialmente onde se incluem a caixa e as disponibilidades em outras
pelo menor entre o justo valor líquido de custos de venda instituições de crédito.
e o valor contabilístico do crédito existente na data em
que foi feita a dação, não sendo posteriormente sujeitos a 2.13 DIVIDENDOS
amortização.
Os dividendos (rendimento de instrumentos de capital) são
Quando o valor em dívida da operação de crédito é superior reconhecidos em resultados quando for atribuído o direito ao
ao seu valor contabilístico (líquido de provisões), a diferença seu recebimento.
deve ser reconhecida como proveito do exercício, até ao valor
apurado na avaliação dos bens. Quando a avaliação dos bens 2.14 COMISSÕES
é inferior ao valor contabilístico da operação de crédito, a
diferença deve ser reconhecida como custo do exercício. Os rendimentos resultantes de serviços e comissões são
reconhecidos de acordo com os seguintes critérios:
Quando estes activos são imóveis e o seu valor se baseia no
justo valor menos custos estimados com a venda, os mesmos • quando são obtidos à medida que os serviços são
são classificados ao nível 3 da hierarquia de justo valor. prestados, o seu reconhecimento em resultados é
efectuado no exercício a que respeitam; e
2.11 IMPARIDADE DE ACTIVOS NÃO FINANCEIROS
• quando resultam de uma prestação de serviços, o seu
Quando existe indicação de que um activo possa estar em reconhecimento é efectuado quando o referido serviço
imparidade, a IAS 36 exige que o seu valor recuperável está concluído.
seja estimado, devendo ser reconhecida uma perda por
imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda Quando são uma parte integrante da taxa de juro efectiva
o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são de um instrumento financeiro, os proveitos resultantes de
reconhecidas na demonstração dos resultados, sendo serviços e comissões são registados na margem financeira.
revertidas em períodos de relato posteriores, quando os
motivos que levaram ao seu reconhecimento inicial cessarem. 2.15 BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS
Para este efeito, a nova quantia depreciada não será superior
àquela que estaria contabilizada, caso não tivessem sido Os benefícios de curto prazo são reflectidos na rubrica
imputadas perdas de imparidade ao activo, considerando as “Custos com o Pessoal” no exercício a que respeitam, de
depreciações que este teria sofrido. acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre Os Colaboradores do BFA estão abrangidos pela Lei n.º 7/04,
o seu justo valor deduzido dos custos de venda e o seu valor de 15 de Outubro, que regulamenta o sistema de Segurança
de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos Social de Angola, e que prevê a atribuição de pensões
fluxos de caixa estimados futuros que se esperam vir a obter de reforma a todos os Colaboradores angolanos inscritos
do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua na Segurança Social. O valor destas pensões é calculado
vida útil. com base numa tabela proporcional ao número de anos
de trabalho, aplicada sobre a média dos salários ilíquidos
Na data do desreconhecimento de um activo tangível, o mensais recebidos nos exercícios imediatamente anteriores à
ganho ou perda calculado pela diferença entre o justo valor data em que o Colaborador cesse funções. De acordo com o
deduzido dos custos de venda e o valor líquido contabilístico Decreto n.º 38/08, de 9 de Junho, as taxas de contribuição
é reconhecido em resultados na rubrica de “Resultados de para este sistema são de 8% para a entidade empregadora e
alienação de outros activos”. de 3% para os Colaboradores.
2.12 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Nos termos do Artigo n.º 262 da Lei n.º 2/00, de 11 de
Fevereiro (Lei Geral do Trabalho), o BFA constituiu provisões
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e para a cobertura de responsabilidades em matéria de
seus equivalentes englobam os valores registados no balanço “Compensação por reforma”, as quais são determinadas
com maturidade inferior a três meses a contar da data de multiplicando 25% do salário base mensal praticado na data
balanço, e com risco de variação de justo valor imaterial, em que o trabalhador atinge a idade legal de reforma, pelo

número de anos de antiguidade na mesma data. O valor total 2.16 IMPOSTO SOBRE OS LUCROS E OUTROS IMPOSTOS
das responsabilidades é determinado numa base anual por
peritos, utilizando o método “Projected Unit Credit” para as Impostos sobre os lucros
responsabilidades com serviços passados.
O total dos impostos sobre lucros registados em resultados
Em 15 de Setembro de 2015, entrou em vigor a Lei n.º 7/15, engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.
de 15 de Junho (Nova Lei Geral do Trabalho), que veio revogar
a Lei n.º 2/00, de 11 de Fevereiro. A Nova Lei Geral do Imposto corrente
Trabalho não faz referência à necessidade de constituição de
provisões para a cobertura de responsabilidades em matéria de O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável
“Compensação por reforma”. do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido
a ajustamentos à matéria colectável resultantes de custos ou
Adicionalmente, o Banco concedeu aos seus empregados proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas
contratados localmente ou às suas famílias, o direito a serão considerados em exercícios futuros conforme as leis
prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, tributárias aplicáveis (Código do Imposto Industrial).
invalidez e sobrevivência. Desta forma, por deliberação
do Conselho de Administração do Banco, e com efeitos Imposto diferido
a partir de 1 de Janeiro de 2005, foi criado o “Plano
Complementar de Pensões”, o qual se consubstanciava Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto
num plano de contribuições definidas. Este plano foi a recuperar / pagar em exercícios futuros resultantes de
constituído inicialmente com parte do saldo da “Provisão diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o
para Responsabilidades Prováveis com Fundos de Pensões valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal,
de Reforma”, consistindo em contribuições do BFA numa utilizada na determinação do lucro tributável. Os impostos
percentagem fixa correspondente a 10% do salário passível diferidos são calculados com base na taxa de imposto
de descontos para a Segurança Social de Angola, aplicada em vigor ou substancialmente em vigor à data do relato
sobre catorze salários. financeiro, e que se estima que seja aplicável na data da
realização dos impostos diferidos activos ou na data do
Em 2013, com referência ao último dia do ano, o Banco cons- pagamento dos impostos diferidos passivos.
tituiu o "Fundo de Pensões BFA" para cobertura destas respon- Os passivos por impostos diferidos são normalmente
sabilidades, tendo no exercício de 2018 utilizado as provisões registados para todas as diferenças temporárias tributáveis,
anteriormente constituídas, a título de contribuição inicial para enquanto os activos por impostos diferidos, só são
o Fundo de Pensões BFA (ver Nota 18). Os montantes corres- reconhecidos até ao montante em que seja provável a
pondentes aos direitos adquiridos no “Plano Complementar de existência de lucros tributáveis futuros, que permitam a
Pensões” foram transferidos para o actual plano de pensões utilização das correspondentes diferenças temporárias
e convertidos em contribuições do participante. Ao montante dedutíveis ou de reporte de prejuízos fiscais. Adicionalmente,
das contribuições é acrescida a rentabilidade das aplicações não são registados activos fiscais diferidos, nos casos em que
efectuadas, líquida de eventuais impostos. a sua recuperabilidade possa ser questionável devido a outras
situações, incluindo questões de interpretação da legislação
Benefício de cessação de emprego fiscal em vigor.
Este tipo de benefício é reconhecido quando o Banco cessa Imposto Industrial

o contrato de emprego antes do empregado atingir a sua
data normal de reforma, ou quando, um empregado aceita a A 31 de Dezembro de 2020, o Banco encontra-se sujeito a
cessação de emprego em troca destes benefícios. O Banco tributação em sede de Imposto Industrial, sendo considerado
reconhece a responsabilidade com benefícios de cessação de fiscalmente um contribuinte do Grupo A.
emprego na mais antiga das seguintes datas: quando o BFA
deixa de poder retirar a oferta dos benefícios ou quando o O Código do Imposto Industrial determina que os proveitos
BFA reconhece os gastos de uma reestruturação, no âmbito sujeitos a Imposto sobre a Aplicação de Capitais (“IAC”) são
do reconhecimento de provisões para reestruturação. Os deduzidos para efeitos de determinação do lucro tributável,
benefícios devidos há mais de 12 meses após o final do em sede de Imposto Industrial, não constituindo o IAC um
exercício de reporte são descontados para o seu valor presente. custo fiscalmente dedutível.

Os rendimentos de Obrigações do Tesouro e de Bilhetes do decorrerem de títulos emitidos em data igual, ou posterior, a
Tesouro, emitidos pelo Estado Angolano após 1 de Janeiro de 1 de Janeiro de 2013, estão sujeitos a este imposto.
2013 encontram-se sujeitos ao IAC, à taxa de 10% (5% no
caso de títulos de dívida admitidos à negociação em mercado Em 1 de Agosto de 2013, teve início o processo de
regulamentado e que apresentem uma maturidade igual ou automatização de retenção na fonte, pelo BNA, do Imposto
superior a três anos) e a Imposto Industrial, no caso das mais sobre a Aplicação de Capitais, em conformidade com o
ou menos-valias obtidas (incluindo eventuais reavaliações previsto no Decreto Legislativo Presidencial n.º 5/11, de 30
cambiais sobre a componente do capital). de Dezembro.
Os rendimentos sujeitos a IAC encontram-se excluídos de Após 1 de Janeiro de 2015, o IAC deixou de ter a natureza
Imposto Industrial. de pagamento por conta do Imposto Industrial, estando os
respectivos rendimentos excluídos de tributação, em sede de
A 20 de Julho de 2020 foi publicada a Lei n.º 26/2020, Imposto Industrial. O IAC incide, de modo genérico, sobre
que altera o Código do Imposto Industrial. Esta alteração os rendimentos dos títulos identificados anteriormente,
prevê o aumento da taxa de Imposto Industrial, aplicável às sendo retido na fonte pelo Banco. Por estes motivos o Banco
actividades do sector bancário, para 35%, aplicável já ao considera estarem cumpridas as condições para considerar o
ano de 2020. De igual modo, foi estipulado um aumento do IAC um imposto sobre o rendimento, à luz das IFRS.
prazo de reporte dos prejuízos fiscais para 5 anos, bem como
foram efectuadas alterações quanto ao tratamento fiscal das Imposto sobre o valor acrescentado (IVA)
variações cambiais e a dedutibilidade fiscal das provisões, de
forma a determinar que as perdas de imparidade em créditos A Lei n.º 7/19 introduziu o IVA, que está em vigor desde 1 de
garantidos não são dedutíveis para efeitos fiscais, excepto a Outubro de 2019, revogando o Regulamento do Imposto de
parte não garantida. Consumo (IC) e introduzindo relevantes alterações ao Código
do Imposto de Selo (IS), passando a estar isentas de IS as
O registo dos impactos fiscais das transacções realizadas operações aduaneiras, de financiamento, de seguro e de
pelo Banco corresponde ao entendimento da gestão sobre o resseguro que sejam tributadas em IVA. É ainda revogado o
tratamento fiscal aplicável à luz da legislação emitida. Nas IS sobre os recibos.
situações em que haja lugar a interpretação e tal venha a ser
questionado pela Administração Fiscal, a gestão procede à A taxa de IVA é de 14%.
sua reanálise, avaliando a probabilidade (superior ou inferior
ao 50%) de o tratamento fiscal adoptado ser aceite, e O regime de IVA definido apresenta algumas particularidades,
consequentemente determina qual o valor mais provável ou o tais como o regime de cativação. Nos termos deste regime, o
valor esperado de activos ou passivos por imposto, a registar. Banco actua como agente cativador de 50% do IVA liquidado
por parte dos seus fornecedores, com algumas excepções.
Imposto sobre a Aplicação de Capitais (IAC)
No que respeita aos serviços prestados, o Banco tem
O novo código do IAC, aprovado pelo Decreto Legislativo obrigação de liquidar IVA nas comissões cobradas aos
Presidencial nº 2/2015, de 20 de Outubro, entrou em vigor Clientes estando isento de liquidar em IVA em algumas das
a 19 de Novembro de 2014. operações como sejam os juros.
O IAC incide, genericamente, sobre os rendimentos Porque pratica em simultâneo operações tributadas e não
provenientes das aplicações financeiras do Banco. A taxa sujeitas que lhe confere o direito à dedução e operações isentas
varia entre 5% (no caso de juros recebidos relativamente a que lhe restringem esse direito, o Banco apenas pode deduzir o
títulos de dívida que se encontrem admitidos à negociação IVA incorrido a montante com a aquisição de bens e serviços na
em mercado regulamentado e que apresentem uma proporção das operações que conferem esse direito.
maturidade igual ou superior a três anos) e 10%. Sem
prejuízo do exposto, no que diz respeito aos rendimentos O Banco está ainda obrigado a cumprir com regras em
de títulos de dívida pública, segundo entendimento das matéria de facturação nos termos do Regime Jurídico das
Autoridades Fiscais e do Banco Nacional de Angola dirigido à Facturas e Documentos Equivalentes (RJFDE), em vigor
Associação Angolana de Bancos (carta do Banco Nacional de desde Abril de 2019. Neste âmbito, o Banco emite facturas
Angola, datada de 26 de Setembro de 2013), apenas os que genéricas através de software certificado pela AGT.

Imposto sobre o património são mensuradas pelo maior (i) do justo valor reconhecido
inicialmente e (ii) do montante de qualquer obrigação
Incide IP, à taxa de 0,5%, sobre o valor patrimonial dos decorrente do contrato de garantia, mensurada à data do
imóveis próprios que se destinem ao desenvolvimento da balanço. Qualquer variação do valor da obrigação associada a
actividade normal do Banco, quando o seu valor é superior garantias financeiras emitidas é reconhecida em resultados.
a 5 000 mAKZ.
As garantias financeiras emitidas pelo Banco normalmente
Outros impostos têm maturidade definida e uma comissão periódica cobrada
antecipadamente, a qual varia em função do risco de
O Banco está igualmente sujeito a impostos indirectos, contraparte, montante e período do contrato. Nessa base,
designadamente, impostos aduaneiros, Imposto do Selo, o justo valor das garantias, na data do seu reconhecimento
Imposto de Consumo, bem como outras taxas. inicial é aproximadamente equivalente ao valor da comissão
inicial recebida, tendo em consideração que as condições
2.17 PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES acordadas são de mercado. Assim, o valor reconhecido na data
da contratação iguala o montante da comissão inicial recebida
Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação a qual é reconhecida em resultados durante o exercício a que
presente (legal ou não formalizada) resultante de eventos diz respeito. As comissões subsequentes são reconhecidas em
passados relativamente à qual seja provável o futuro resultados, no exercício a que dizem respeito.
dispêndio de recursos, e este possa ser determinado
com fiabilidade. O montante da provisão corresponde à Garantias de performance
melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a
responsabilidade, na data do balanço. As provisões são As garantias de performance são contratos que resultam na
mensuradas ao valor presente dos custos estimados para compensação de uma das partes, caso a mesma não cumpra
pagar a obrigação, utilizando uma taxa de juro antes de a obrigação contratual. As garantias de performance são
imposto, que reflecte a avaliação de mercado, para o período inicialmente reconhecidas ao justo valor, que é normalmente
do desconto e para o risco da provisão em causa. evidenciado pelo valor das comissões recebidas no período
de duração do contrato. Aquando da quebra contratual, o
Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata- Banco tem o direito de reverter a garantia, sendo os valores
se de um passivo contingente, procedendo-se à respectiva reconhecidos em Crédito a Clientes, após a transferência da
divulgação, em conformidade com os requisitos do IAS 37 – compensação de perdas para o beneficiário da garantia.
“Provisões, passivos contingentes e activos contingentes”.
2.19 LOCAÇÕES
As provisões relacionadas com processos judiciais, opondo
o BFA a entidades terceiras, são constituídas de acordo com Esta norma estabelece requisitos relativamente ao âmbito,
as avaliações internas de risco efectuadas pelo Conselho classificação/reconhecimento e mensuração de locações:
de Administração, com o apoio e aconselhamento dos seus
consultores legais. • na óptica do locador, as locações continuam a ser
classificadas como locações financeiras ou locações
2.18 GARANTIAS FINANCEIRAS E DE PERFORMANCE operacionais;
Garantias financeiras • na óptica do locatário, a norma define um único modelo

de contabilização de contratos de locação que resulta no
São considerados como garantias financeiras os contratos que reconhecimento de um activo sob direito de uso e de um
requerem que o seu emitente efectue pagamentos com vista passivo da locação para todos os contratos de locação
a compensar o detentor por perdas incorridas, decorrentes de à excepção das locações com um período inferior a 12
incumprimentos dos termos contratuais de instrumentos de meses ou para as locações que incidam sobre activos
dívida, nomeadamente o pagamento do respectivo capital e/ de valor reduzido em que o locatário poderá optar pela
ou juros. isenção de reconhecimento prevista na IFRS 16, sendo
que, nesse caso, deverá reconhecer os pagamentos de
As garantias financeiras emitidas são inicialmente reconhecidas locação associados a esses contratos como despesas.
pelo seu justo valor. Subsequentemente, estas garantias

O Banco optou por não aplicar esta norma aos contratos • o preço do exercício de uma opção de compra, se o
de locação a curto prazo, menor ou igual a um ano e aos locatário estiver razoavelmente certo de exercer essa
contratos de locação em que o activo subjacente tenha um opção; e
valor unitário reduzido, tendo também sido utilizada a opção • pagamentos de penalidades por rescisão da locação, se
de não aplicar esta norma a locações de activos intangíveis. o prazo da locação reflectir o exercício de uma opção de
rescisão da locação pelo locatário.
Definição de locação
Quando não é possível determinar facilmente a taxa de
Um contrato constitui ou contém uma locação se transmitir juro implícita na locação (parágrafo 26 da IFRS 16), os
o direito de controlar a utilização de um activo identificado, pagamentos da locação são descontados segundo a taxa
ou seja, obtendo substancialmente todos os benefícios de juro incremental de financiamento do locatário a qual
económicos da utilização do mesmo e o direito de orientar o incorpora a curva de taxa de juro sem risco (curva swap),
uso desse activo identificado, durante um certo período de acrescido de um spread de risco do Banco, aplicada sobre o
tempo em troca de uma retribuição. prazo médio ponderado de cada contrato de locação. Para os
contratos com termo é considerada essa data como data fim
Registo na óptica do locatário da locação, para os outros contratos sem termo é avaliado o
prazo no qual o mesmo terá força executória.
O Banco reconhece para todas as locações, com excepção
das locações com um período inferior a 12 meses ou para as Subsequentemente é mensurado da seguinte forma:
locações que incidam sobre activos de valor unitário reduzido:
• pelo aumento da sua quantia escriturada de forma a
• um activo sob direito de uso, inicialmente mensurado reflectir os juros sobre o mesmo;
ao custo, tendo em conta o Net Present Value (NPV) do
passivo da locação, acrescido de pagamentos efectuados • pela diminuição da sua quantia escriturada de forma a
(fixos e/ou variáveis) deduzidos de incentivos à locação reflectir os pagamentos de locação; e
recebidos, penalidades por término (se razoavelmente
certas), bem como eventuais estimativas de custo a • a quantia escriturada é remensurada de forma a reflectir
serem suportadas pelo locatário com o desmantelamento quaisquer reavaliações ou alterações da locação, bem
e remoção do activo subjacente e/ou com a restauração como para incorporar a revisão de pagamentos de locação
do local onde este está localizado. Subsequentemente fixos em substância e a revisão do prazo da locação.
é mensurado de acordo com o modelo do custo (sujeito
a depreciações/amortizações de acordo com o prazo de O Banco remensura um passivo de locação, e calcula o
locação de cada contrato e a testes de imparidade); respectivo ajustamento relacionado ao activo sob direito de
uso sempre que:
• um passivo da locação, registado inicialmente pelo valor
presente dos fluxos de caixa futuros da locação (NPV), o • houver uma alteração do prazo da locação ou na avaliação
que inclui: de uma opção de compra do activo subjacente, situação
em que o passivo de locação é remensurado, descontando
• pagamentos fixos, deduzidos os incentivos à locação a os pagamentos de locação revistos e utilizando uma taxa
receber; de desconto também revista;
• pagamentos de locação variáveis que dependam de um • houver uma alteração dos montantes a pagar ao abrigo
índice ou taxa, mensurados inicialmente e utilizando o de uma garantia de valor residual, ou dos pagamentos
índice ou a taxa à data de início do contrato; futuros de locação resultantes da alteração de um índice
ou taxa utilizados para determinar esses pagamentos,
• as quantias que deverão ser pagas pelo locatário a título situação em que o passivo de locação é remensurado,
de garantias de valor residual; descontando os pagamentos de locação revistos utilizando
uma taxa de desconto inalterada (a menos que a alteração

dos pagamentos de locação resulte de uma alteração das 2.20 RESULTADO POR ACÇÃO
taxas de juro variáveis, nesse caso deverá ser utilizada
uma taxa de desconto revista); e Os resultados básicos por acção são calculados, dividindo
o resultado líquido atribuível aos Accionistas do Banco pelo
• um contrato de locação é alterado, mas essa alteração à número médio ponderado de acções ordinárias em circulação,
locação não é contabilizada como uma locação distinta, excluindo o número médio de acções próprias detidas pelo
situação em que o passivo de locação é remensurado, Banco.
descontando os pagamentos de locação revistos utilizando
uma taxa de desconto revista. Para o resultado por acção diluído, o número médio de acções
ordinárias em circulação é ajustado de forma a reflectir o
Os activos sob direito de uso são depreciados/amortizados efeito de todas as potenciais acções ordinárias tratadas como
desde a data de entrada em vigor até ao fim da vida útil do diluidoras. Emissões contingentes ou potenciais são tratadas
activo subjacente, ou até ao final do prazo da locação, caso como diluítivas quando a sua conversão para acções faz
este seja anterior. Se a locação transferir a propriedade do decrescer o resultado por acção.
activo subjacente, ou se o custo do activo sob direito de uso
reflectir o facto de o Banco ir exercer uma opção de compra, Se o resultado por acção for alterado em resultado de uma
o activo sob direito de uso dever ser depreciado/amortizado emissão a prémio ou desconto ou outro evento que altere
desde a data de entrada em vigor até ao fim da vida útil do o número potencial de acções ordinárias, ou alterações
activo subjacente. A depreciação/amortização começa na data nas políticas contabilísticas, o cálculo do resultado por
de entrada em vigor da locação. acção para todos os exercícios apresentados é ajustado
retrospectivamente (ver Nota 19).
A contabilização de locações na óptica do locatário nas
demonstrações financeiras do Banco é efectuada da seguinte 2.21 EVENTOS SUBSEQUENTES
forma:
O Banco analisa os eventos ocorridos após a data de balanço,
Na demonstração dos resultados: ou seja, os acontecimentos favoráveis e/ou desfavoráveis
que ocorram entre a data do balanço e a data em que as
• registo em Margem financeira do gasto de juros relativo demonstrações financeiras foram autorizadas para emissão.
aos passivos de locação; Neste âmbito podem ser identificados dois tipos de eventos:
• registo em Outros gastos administrativos dos montantes • aqueles que proporcionam prova de condições que
relativos a contratos de locação de curto prazo e contratos existiam à data de balanço (eventos após a data de
de locação de activos de valor unitário reduzido; e balanço que dão lugar a ajustamentos); e
• registo em Depreciações e amortizações do período do • aqueles que sejam indicativos das condições que
custo de depreciação dos activos sob direito de uso. surgiram após a data de balanço (eventos após a data de
balanço que não dão lugar a ajustamentos).
No balanço:
Os eventos ocorridos após a data das demonstrações
• reconhecimento dos activos sob direito de uso; e financeiras que não sejam considerados eventos
ajustáveis, se significativos, são divulgados no anexo às
• registo do valor dos passivos de locação reconhecidos na demonstrações financeiras.
rubrica Outros passivos.
Registo na óptica do locador
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019 o Banco não tem

contratos de locação em que seja locador.

3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E INCERTEZAS, ASSOCIADAS À APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS CONTABILISTICAS
As IFRS estabelecem um conjunto de tratamentos transitados, são passíveis de reconhecimento de impostos

contabilísticos e requerem que o Conselho de Administração diferidos.
efectue julgamentos e elabore as estimativas necessárias
para decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. Da mesma forma, o Conselho de Administração reflectiu
As principais estimativas e julgamentos, utilizados na nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31
aplicação dos princípios contabilísticos, pelo Banco, são de Dezembro de 2020 e sua interpretação das alterações
apresentadas nesta Nota, tendo como objectivo, melhorar o resultantes da entrada em vigor da Lei nº26/2020
entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados relativamente ao tratamento fiscal das variações cambiais
reportados do Banco e a sua divulgação, considerando o e das perdas por imparidade de créditos garantidos.
contexto de incerteza que resulta do impacto da pandemia do
COVID 19. Uma descrição alargada das principais políticas Diferentes interpretações da legislação fiscal podem
contabilísticas, utilizadas pelo Banco, é apresentada na Nota influenciar o valor do Imposto Industrial e dos impostos
2 às demonstrações financeiras. diferidos reconhecidos no exercício e apresentados na
Nota 13. Em consequência, os valores registados, os quais
Considerando que, em muitas situações, existem alternativas resultam do melhor entendimento dos órgãos de gestão
ao tratamento contabilístico adoptado pelo Conselho do Banco, poderão encontrar-se sujeitos a alterações, com
de Administração, os resultados reportados pelo Banco base em diferentes interpretações por parte das Autoridades
poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse fiscais.
escolhido. O Conselho de Administração considera que as
escolhas efectuadas são apropriadas e que as demonstrações 3.2 PERDAS POR IMPARIDADE EM ACTIVOS FINANCEIROS
financeiras apresentam, de forma verdadeira e apropriada, a AO CUSTO AMORTIZADO E INSTRUMENTOS DE DÍVIDA
posição financeira do Banco e o resultado das suas operações AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE OUTRO RENDIMENTO
em todos os aspectos materialmente relevantes. INTEGRAL
3.1 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO E IMPOSTOS A determinação das perdas por imparidade para instrumentos
DIFERIDOS financeiros envolve julgamentos e estimativas relativamente
aos seguintes aspectos, entre outros:
Para determinar o montante global dos impostos sobre o
rendimento (Imposto Industrial), foi necessário efectuar a) Aumento significativo do risco de crédito:
determinadas interpretações e estimativas. As perdas por imparidade correspondem às perdas
esperadas em caso de default num horizonte temporal
Em 31 de Dezembro de 2020, o Imposto Industrial (corrente de 12 meses, para os activos em estágio 1, e às perdas
e diferido) foi determinado com base na legislação fiscal esperadas considerando a probabilidade de ocorrência
em vigor para os contribuintes classificados fiscalmente no de um evento de default em algum momento até à data
Grupo A. de maturidade do instrumento financeiro, para os activos
em estágio 2 e 3. Um activo é classificado em estágio
A Administração Geral Tributária tem a possibilidade de rever 2 sempre que se verifique um aumento significativo no
o cálculo da matéria colectável efectuado pelo Banco durante respectivo risco de crédito desde o seu reconhecimento
um período de cinco anos. inicial. Na avaliação da existência de um aumento
significativo do risco de crédito, o Banco tem em
Em 2018, o BFA procedeu à adopção da IFRS 9 – consideração informação qualitativa e quantitativa,
Instrumentos Financeiros, sendo que relativamente a esta razoável e sustentável.
matéria, não existe um regime transitório que estabeleça o
tratamento fiscal a conferir aos ajustamentos de transição b) Definição de grupos de activos com características de
para a IFRS 9, pelo que o tratamento conferido resultou da risco de crédito comuns:
interpretação da Gestão da aplicação das regras gerais da Quando as perdas de crédito esperadas são mensuradas
legislação relativa ao Imposto Industrial. É entendimento do numa base colectiva, os instrumentos financeiros
Conselho de Administração que os impactos, decorrentes da são agrupados com base em características de
adopção das IFRS reconhecidos directamente em resultados risco comuns. O Banco monitoriza a adequação das

características de risco de crédito numa base regular factores de volatilidade. Estas metodologias podem requerer
para avaliar se mantém a sua similaridade. Este a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do
procedimento é necessário para assegurar que, no caso justo valor.
de se verificar uma alteração das características de risco
de crédito, a segmentação dos activos é revista. Esta Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias
revisão pode resultar na criação de novos portfólios ou ou de diferentes pressupostos ou julgamentos na aplicação de
na transferência dos activos para portfólios já existentes, determinado modelo poderiam originar resultados financeiros
que reflictam melhor as suas características de risco de diferentes daqueles reportados na nota 7.
crédito.
3.4 PROVISÕES
c) Probabilidade de incumprimento:
A probabilidade de incumprimento representa um A mensuração das provisões tem em conta os princípios
factor determinante na mensuração das perdas de definidos na IAS 37 no que respeita à melhor estimativa
crédito esperadas. A probabilidade de incumprimento do custo expectável, ao resultado mais provável das acções
corresponde a uma estimativa da probabilidade de em curso e tendo em conta os riscos e incertezas inerentes
incumprimento num determinado período temporal, ao processo. Pressupostos e julgamentos distintos teriam
cujo cálculo é efectuado com base em dados históricos, impacto na determinação do montante das provisões, as
pressupostos e expectativas sobre as condições futuras. quais são apresentadas na Nota 17.
d) Perda dado o incumprimento:

Corresponde a uma estimativa de perda num cenário
de incumprimento. É baseada na diferença entre os
fluxos de caixa contratuais e os que o Banco espera
receber, por via dos fluxos de caixa gerados pelo negócio
do Cliente ou dos colaterais do crédito. O apuramento
da estimativa de perda dado o incumprimento tem por
base, entre outros aspectos, os diferentes cenários
de recuperação, informação histórica, os custos
envolvidos no processo de recuperação e a estimativa de
valorização dos colaterais associados às operações de
crédito.
Metodologias alternativas e a utilização de outros

pressupostos e estimativas poderiam resultar em níveis
diferentes das perdas por imparidade reconhecidas e
apresentadas nas notas 6, 8 e 9, com o consequente impacto
nos resultados do Banco.
3.3 JUSTO VALOR DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS

DERIVADOS E OUTROS ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS
VALORIZADOS AO JUSTO VALOR
O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando

disponíveis, sendo, na sua ausência, determinado com base
na utilização de preços de transacções recentes, semelhantes
e realizadas em condições de mercado ou com base em
metodologias de avaliação, baseadas em técnicas de fluxos
de caixa futuros descontados considerando as condições
de mercado, o efeito do tempo, a curva de rendibilidade e

4. REEXPRESSÃO DE COMPARATIVOS E PRIMEIRA ADOPÇÃO DA IFRS 16
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a rubrica de Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais tem a seguinte composição:
31/12/2020 31/12/2019
Caixa
Notas e moedas nacionais 20 815 102 20 809 566
Notas e moedas estrangeiras
Em Dólares dos Estados Unidos 3 617 554 5 190 201
Em outras divisas 6 032 320 4 688 655
30 464 976 30 688 422
Disponibilidades no Banco Central
Depósitos à ordem no Banco Nacional de Angola (BNA)
Em moeda nacional 200 585 284 162 609 318
Em Dólares dos Estados Unidos 32 660 769 47 954 603
Em outras divisas 210 505 806 61 463 852
443 751 859 272 027 773
474 216 835 302 716 195
Os depósitos à ordem no BNA em moeda nacional e moeda • Saldo da conta de depósitos em moeda estrangeira e
estrangeira visam cumprir as disposições em vigor de nacional, aberta no Banco Nacional de Angola em nome
manutenção de reservas obrigatórias e não são remunerados. de cada instituição financeira bancária; e
Em 31 de Dezembro de 2019 as reservas obrigatórias são • Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira,

apuradas nos termos do disposto nos Instrutivo 17/2019 do pertencentes à carteira própria, registada no SIGMA,
BNA, de 24 de Outubro de 2019 e na Directiva 08/2019 do e emitidas a partir de 2015, até 80% da exigibilidade
BNA, de 24 de Outubro de 2019. efectiva.
Em 31 de Dezembro de 2020, as reservas obrigatórias são Para o cumprimento das reservas mínimas obrigatórias são
apuradas nos termos do disposto no Instrutivo nº 16/2020 do ainda elegíveis:
BNA, de 06 de Outubro de 2020 e na Directiva Nº 04/2020
do BNA, de 06 de Outubro de 2020. • 80% (oitenta por cento) dos Activos representativos do
valor dos desembolsos de créditos em MN, concedidos
Em 31 de Dezembro de 2020, a exigibilidade de manutenção a data da entrada da publicação da referida Directiva,
de reservas obrigatórias é apurada através da aplicação de a projectos dos sectores da agricultura, pecuária,
uma taxa de 22% (2019: 22%), sobre a média aritmética dos silvicultura e pescas, desde que sejam de maturidade
passivos elegíveis em moeda nacional e de uma taxa de 17% residual maior ou igual a 24 meses;
(2019:15%), sobre a média aritmética dos passivos elegíveis
em moeda estrangeira. • 100% dos créditos definidos de acordo ao artigo 6.º do
Aviso n.º 10/2020, de 01 de Abril, sobre Concessão de
A Directiva Nº 04/2020 do BNA prevê que relativamente Crédito ao Sector Real da Economia, qualquer que seja a
às reservas obrigatórias em moeda nacional são elegíveis maturidade residual.
os saldos das contas de depósitos em moeda estrangeira e
nacional, aberta no Banco Nacional de Angola em nome de
cada instituição financeira bancária. Para o cumprimento de
reservas obrigatórias em moeda estrangeira, são elegíveis os
seguintes activos:

5. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a rubrica de “Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito” é integralmente

composta por depósitos à ordem em instituições no estrangeiro.
31/12/2020 31/12/2019
Depósitos à ordem 26 295 341 42 522 475
Perdas por imparidade acumuladas (18 548) (14 678)
26 276 793 42 507 797
6. APLICAÇÕES EM BANCOS CENTRAIS E EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
A rubrica de Aplicações em Bancos Centrais e em Outras Instituições de Crédito, com referência a 31 de Dezembro de 2020 e
2019 tem a seguinte composição:
31/12/2020 31/12/2019
Aplicações em Instituições de Crédito:
Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro:
. Em Dólares dos Estados Unidos 570 352 312 376 137 060
. Em Euros 55 890 030 50 782 716
. Libra estrelina 7 102 184 6 422 570
633 344 526 433 342 346
Aplicações em Instituições de Crédito no País:
. Outras Instituições de crédito no país
. Em Kwanzas 16 375 500 23 751 700
16 375 500 23 751 700
Proveitos a Receber 142 665 398 786
649 862 691 457 492 832
Perdas por imparidade acumuladas (770 956) (745 837)
649 091 735 456 746 995
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, as aplicações em instituições de crédito apresentavam prazos residuais de vencimento
inferiores a 3 meses.
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, as aplicações em instituições de crédito venciam juros às seguintes taxas médias
ponderadas anuais:
31/12/2020 31/12/2019
Em Dólares dos Estados Unidos 0,19% 1,80%
Em Euros 0,09% 0,05%
Em Kwanzas 5,98% 14,24%
Em Libras Esterlinas 0,02% 0,56%

7. ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS
Em 31 de Dezembro 2020 e 2019, o Banco apenas possui activos financeiros detidos para negociação, não detendo activos
financeiros designados no momento inicial do seu reconhecimento ao justo valor através de resultados (Fair Value Option).
A composição dos activos financeiros ao justo valor através de resultados é apresentada como segue:
31/12/2020 31/12/2019
Títulos de dívida:
Bilhetes do Tesouro 216 599 735 55 027 196
Obrigações do Tesouro 144 199 296 114 672 863
360 799 031 169 700 059
Derivados:
Forwards cambiais 585 191 208 633
Instrumentos de capital:
Visa Incl. - Class C (Série I) 1 972 648 1 259 123
EMIS 1 992 704 1 412 746
IMC – Instituto de mercado de capitais 337 337
SWIFT 40 971 27 752
Unidades de participação:
BFA Protecção 15 089 7 012
BFA Oportunidades III 128 038 74 540
BFA Oportunidades IV 98 155 -
BFA Oportunidades V 66 117 -
BFA Oportunidades VI (3 993) -
365 694 288 172 690 202
Títulos de dívida • unidades de participação no Fundo BFA Oportunidades V; e
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, o Banco detém Bilhetes • unidades de participação no Fundo BFA Oportunidades VI;
do Tesouro e Obrigações do Tesouro emitidos pelo Estado
Angolano, para transaccionar, em mercado secundário, com SWIFT
outros Bancos, ou com os seus Clientes.
No exercício de 2019, o BFA adquiriu 11 títulos da SWIFT no
Títulos de capital montante total de 51 315 Euros (equivalente a 27 752 mAKZ
a 31 de Dezembro de 2019).
Em 31 de Dezembro de 2020 a carteira de títulos de capital
registados ao justo valor através de resultados, refere-se a: EMIS
• 13 896 acções Class C (Série I) da Visa Inc.; Em 31 de Dezembro de 2020, a participação corresponde a
17,26% do capital social de EMIS. A EMIS foi constituída, em
• participação na EMIS – Empresa Interbancária de Serviços, Angola, com a função de gestão dos meios electrónicos de
S.A.R.L. (EMIS); pagamentos e serviços complementares.
• participação na IMC – Instituto de mercado de capitais Durante os exercícios de 2020 e 2019, estas sociedades não
(2%); distribuíram dividendos.
• BFA Protecção; Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, as variações de valor dos

títulos de dívida registados ao justo valor através de resultados
• unidades de participação no Fundo BFA Oportunidades III; e as valias realizadas pelo Banco, resultantes de transacções
destes títulos encontram-se registadas na rubrica de
• unidades de participação no Fundo BFA Oportunidades IV; “Resultados de activos e passivos financeiros avaliados ao justo
valor através de resultados” da demonstração de resultados.

Derivados
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a rubrica de “Derivados - Forwards cambiais” tem a seguinte composição:
31/12/2020 31/12/2019
Activos financeiros ao justo valor através de resultados
Instrumentos Financeiros Derivados
Justo valor positivo (activo) 585 191 208 633
585 191 208 633
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados
Instrumentos Financeiros Derivados
Justo valor negativo (passivo) (4 244 410) (12 675 871)
(4 244 410) (12 675 871)
(3 659 219) (12 467 238)
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, os instrumentos Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, os resultados de activos

financeiros derivados correspondem a forwards cambiais e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de
contratados com sociedades não financeiras, com maturidades resultados ascendiam a ganhos líquidos de 26 476 147 mAKZ
de Janeiro a Março de 2021 e de Julho a Setembro 2020, e perdas líquidas de 1 751 138 mAKZ, respectivamente e
respectivamente. são respeitantes essencialmente a (i) variações de justo valor
destes activos e passivos e (ii) resultados gerados com a venda
Os nocionais dos forwards encontram-se reconhecidos nas de títulos.
rubricas extrapatrimoniais, no montante de 39 785 662 mAKZ
e 40 559 456 mAKZ, em 31 de Dezembro de 2020 e 2019,
respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a rubrica de Investimentos ao custo amortizado tem a seguinte composição:
218
31/12/2019
Prémio/
Nível Valor Custo Juros Valor de Valor líquido Taxa de
País Moeda desconto Imparidade
de risco nominal de Aquisição corridos balanço de balanço juro média
corrido
TÍTULOS DE DÍVIDA
Obrigações do Tesouro em moeda nacional:
Não indexadas A Angola KZ 662 910 000 525 064 180 69 322 035 19 917 375 614 303 590 (34 014 842) 580 288 748 14,07%
Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira A Angola USD 417 208 169 417 208 169 - 3 642 952 420 851 121 (23 303 110) 397 548 011 4,99%
1 080 118 169 942 272 349 69 322 035 23 560 327 1 035 154 711 (57 317 952) 977 836 759
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2020

31/12/2019
8. INVESTIMENTOS AO CUSTO AMORTIZADO
Prémio/
Nível Valor Custo Juros Valor de Valor líquido Taxa de
País Moeda desconto Imparidade
de risco nominal de Aquisição corridos balanço de balanço juro média
corrido
TÍTULOS DE DÍVIDA
Obrigações do Tesouro em moeda nacional:
Não indexadas A Angola KZ 587 225 700 463 500 379 50 077 186 16 504 776 530 082 341 (8 329 714) 521 752 627 12,62%
Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira A Angola USD 309 310 042 309 310 042 - 2 691 969 312 002 011 (4 902 800) 307 099 211 4,85%
896 535 742 772 810 421 50 077 186 19 196 745 842 084 352 (13 232 514) 828 851 838
O escalamento dos investimentos ao custo amortizado por prazo de vencimento residual é apresentado na Nota 30.2.
O justo valor e o detalhe por hierarquia do justo valor da carteira de investimentos ao custo amortizado encontram-se apresentado na Nota 30.4.
As perdas por imparidade em 31 de Dezembro de 2020 e 2019 para as obrigações do tesouro foram apuradas com base nos parâmetros de risco de crédito fornecido pela
agência de rating internacional Moody’s.
Na avaliação da existência de aumento significativo de risco de

crédito em 31 de Dezembro de 2020 para a carteira de instru-
mentos ao custo amortizado, a qual deve ser efectuada desde a
data de aquisição dos activos financeiros, o Banco considerou
que as Obrigações do Tesouro com risco Estado Angolano
adquiridas após Outubro de 2017 reuniam as condições para
se manterem no Estágio 1, na medida em que aquando da sua
aquisição o risco soberano Angolano já era de B2 - highly spec-
tulative, pelo que o risco implícito já existia, não tendo sofrido
alterações significativas até 31 de Dezembro de 2020 (apenas
registou dois downgrades de rating). Da mesma forma, as
Obrigações do Tesouro adquiridas antes de Outubro de 2017,
na medida em que a 31 de Dezembro de 2020 já sofreram
mais de 2 downgrades no rating desde a data de aquisição,
cumprem com os critérios para serem consideradas em Estágio
2 (aumento significativo de risco de crédito).
O aumento registado no exercício de 2020 resulta directa-

mente da revisão de rating externo de Angola ocorrida no
segundo semestre de 2020.
Na Nota 9, são apresentados os saldos dos instrumentos ao

custo amortizado por estágio.
Foi registado, com referência a 31 de Dezembro de 2020 e

2019, uma imparidade total de 57 317 952 mAKZ e 13 232
514 mAKZ, respectivamente.

9. CRÉDITO A CLIENTES
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a rubrica de crédito tem a seguinte decomposição:

31/12/2020 31/12/2019
Crédito interno
Descobertos em depósitos à ordem:
Em moeda estrangeira 2 176 259 2 327 413
7 142 419 6 977 830
Outros créditos
89 518 087 106 783 115
Empréstimos
261 176 134 217 992 918
Crédito ao exterior 96 660 506 113 760 945
Total de crédito vincendo 357 836 640 331 753 863
Crédito e juros vencidos
Capital e juros 16 476 238 17 420 651
Total de crédito concedido 374 312 878 349 174 514
Proveitos a receber de crédito concedido 13 505 871 9 995 761
387 818 749 359 170 275
Imparidade para crédito (54 445 480) (31 233 538)
333 373 269 327 936 737
Em 31 de Dezembro de 2020, o crédito concedido a Os saldos apresentados das rubricas extrapatrimoniais na

Clientes vencia juros à taxa média anual de 15.66% para Nota 9 e Nota 30.1 incluem as garantias prestadas e créditos
o crédito concedido em moeda nacional e de 5,71% para documentários e não incluem o valor de linhas não utilizadas
o crédito concedido em moeda estrangeira (18,53% em de compromissos irrevogáveis no montante de 35 052 058
moeda nacional e 9,33% em moeda estrangeira, em 31 de mAKZ.
Dezembro de 2019).

A carteira de crédito por segmento apresenta a seguinte estrutura:

31/12/2020 Exposição Imparidade

Do qual Do qual
adquirido ou adquirido ou Imparidade
Exposição Crédito em Do qual Do qual Crédito em Do qual Do qual Crédito em Do qual Do qual Crédito em Crédito em Crédito em
Segmento originado em originado em Total
Total Estágio 1 curado reestruturado Estágio 2 curado reestruturado Estágio 3 curado reestruturado Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3
Imparidade de Imparidade de (Nota 17)
crédito crédito
Cartões de crédito 488 909 443 978 - - 42 772 - - - 2 159 - 115 - 1 595 175 26 1 394
Consumo Geral 58 974 869 53 826 762 4 288 - 1 906 484 4 867 21 929 - 3 241 623 - - - 2 939 625 317 943 81 812 2 539 870
Crédito Automóvel 49 400 46 825 - - - - - - 2 575 - 3 482 653 - 1 414 117 - 1 297
Crédito Habitação 29 800 166 19 005 809 - - 1 083 996 - 41 800 - 9 710 361 99 806 - - 7 300 842 125 714 164 189 7 010 939
Descobertos 2 698 704 214 579 65 - 621 902 698 - - 1 862 223 - 71 065 - 1 627 207 6 752 204 175 1 416 280
Empresas Exposições Menos Significativas 3 007 223 1 975 016 15 - 315 699 153 116 963 - 716 508 - 107 264 - 520 380 21 763 63 379 435 238
Empresas Exposições Significativas 166 808 499 56 671 579 - - 90 943 459 185 932 52 975 750 - 19 193 461 - - - 35 335 000 624 473 17 890 535 16 819 992
Sector Público 125 990 979 49 407 412 - - 76 583 567 - - - - - 3 661 097 - 6 719 418 2 794 233 3 925 185 -
Exposição patrimonial 387 818 749 181 591 960 4 368 - 171 497 879 191 650 53 156 442 - 34 728 910 99 806 - - 54 445 480 3 891 169 22 329 301 28 225 010
Créditos Documentários e Garantias Prestadas (Nota 28) 50 464 174 48 338 347 - - 2 125 827 - - - - - 3 661 097 - 93 062 53 962 39 100 -
Exposição total 438 282 923 229 930 307 4 368 - 173 623 706 191 650 53 156 442 - 34 728 910 99 806 5 680 241 - 54 538 542 3 945 131 22 368 401 28 225 010

Do qual Do qual
adquirido ou adquirido ou Imparidade
Exposição Crédito em Do qual Do qual Crédito em Do qual Do qual Crédito em Do qual Do qual Crédito em Crédito em Crédito em
Segmento originado em originado em Total
Total Estágio 1 curado reestruturado Estágio 2 curado reestruturado Estágio 3 curado reestruturado Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3
Imparidade de Imparidade de (Nota 17)
crédito crédito
Cartões de crédito 546 839 539 635 7 778 - 6 135 96 142 - - 1 069 - - - 644 124 1 519
Consumo Geral 58 453 712 55 820 609 31 443 - 273 990 1 831 058 16 316 - 2 359 113 - - - 2 265 719 358 157 41 537 1 866 025
Crédito Automóvel 103 091 101 576 266 - - - - - 1 515 - - - 1 330 408 - 922
Crédito Habitação 31 186 375 21 739 873 - - 925 708 - 255 704 - 8 520 794 - 3 340 007 - 6 575 892 176 755 150 933 6 248 204
Descobertos 3 884 157 1 055 511 33 - 2 502 812 30 214 - - 325 834 - - - 481 098 67 036 177 641 236 421
Empresas Exposições Menos Significativas 1 422 348 1 025 752 6 672 2 717 144 686 155 312 22 887 - 251 910 - - - 227 365 44 844 37 771 144 750
Empresas Exposições Significativas 146 561 761 63 652 473 67 613 4 136 482 71 098 628 680 655 2 870 708 - 11 810 660 156 300 67 753 - 19 842 764 1 326 214 8 605 720 9 910 830
Sector Público 117 011 992 117 011 992 - - - - - - - - - - 1 838 726 1 838 726 - -
Exposição patrimonial 359 170 275 260 947 421 113 805 4 139 199 74 951 959 2 793 381 3 165 615 - 23 270 895 156 300 3 407 760 - 31 233 538 3 812 264 9 013 603 18 407 671
Créditos Documentários e Garantias Prestadas (Nota 28) 91 697 103 88 912 501 - - 2 783 155 102 196 - - 1 447 1 447 - - 663 952 506 851 150 720 6 381
Exposição total 450 867 378 349 859 922 113 805 4 139 199 77 735 114 2 895 577 3 165 615 - 23 272 342 157 747 3 407 760 - 31 897 490 4 319 115 9 164 323 18 414 052

A carteira de crédito por intervalo de dias de atraso apresenta a seguinte estrutura:
222
31/12/2020 Exposição
Exposições sem aumento Exposições com aumento significativo no risco

Exposições creditícias em imparidade
significativo no risco de crédito desde de crédito desde o reconhecimento inicial e de crédito
o reconhecimento inicial que não estejam em imparidade de crédito (Estágio 3)
(Estágio 1) (Estágio 2)
Segmento > 30 dias > 30 dias > 30 dias

≤ 30 dias > 90 dias ≤ 30 dias > 90 dias ≤ 30 dias > 90 dias
≤ 90 dias ≤ 90 dias ≤ 90 dias
Cartões de Crédito 443 978 - - 42 772 - - 2 159 - -
Consumo Geral 53 826 762 - - 1 505 223 380 302 20 959 120 990 40 412 3 080 221
Crédito Automóvel 46 825 - - - - - - - 2 575
Crédito Habitação 19 005 809 - - 472 537 264 927 346 532 3 628 023 515 470 5 566 868
Descobertos 210 203 - 4 376 122 740 497 169 1 993 2 955 743 1 858 525

Empresas Exposições Menos Significativas 1 975 007 9 - 189 260 38 071 88 368 142 837 955 572 716
Empresas Exposições Significativas 56 658 616 - 12 963 89 162 197 - 1 781 262 107 264 - 19 086 197
Sector Público 49 407 412 - - 76 583 567 - - - - -
Exposição patrimonial 181 574 612 9 17 339 168 078 296 1 180 469 2 239 114 4 004 228 557 580 30 167 102
Créditos Documentários e Garantias Prestadas (Nota 27) 48 338 347 - - 2 125 827 - - - - -
Exposição total 229 912 959 9 17 339 170 204 123 1 180 469 2 239 114 4 004 228 557 580 30 167 102
Exposições sem aumento Exposições com aumento significativo no risco Exposições creditícias em imparidade

Cartões de Crédito 175 - - 26 - - 1 394 - -
Consumo Geral 317 944 - - 16 720 58 239 6 852 63 832 19 816 2 456 222
Crédito Automóvel 117 - - - - - - - 1 297
Crédito Habitação 125 713 - - 21 977 54 066 88 146 2 107 031 340 968 4 562 941
Descobertos 6 750 - 3 6 409 196 910 855 2 250 565 1 413 465
Empresas Exposições Menos Significativas 21 762 1 - 16 952 2 631 43 797 122 017 539 312 681
Empresas Exposições Significativas 617 357 - 7 116 17 290 028 - 600 507 36 173 - 16 783 819
Sector Público 2 794 232 - - 3 925 186 - - - - -
Exposição patrimonial 3 884 049 1 7 119 21 277 298 311 846 740 157 2 332 697 361 888 25 530 425
Créditos Documentários e Garantias Prestadas (Nota 27) 53 962 - - 39 100 - - - - -
Exposição total 3 938 011 1 7 119 21 316 398 311 846 740 157 2 332 697 361 888 25 530 425
Exposições sem aumento Exposições com aumento significativo no risco

Exposições creditícias em imparidade
significativo no risco de crédito desde de crédito desde o reconhecimento inicial e
Relatório
de crédito

Cartões de Crédito 539 257 378 - 6 135 - - 1 069 - -
Consumo Geral 55 773 858 46 751 - 37 218 234 440 2 332 28 758 5 485 2 324 870
Económico
Crédito Automóvel 101 576 - - - - - - - 1 515

Enquadramento
Crédito Habitação 21 739 874 - - 309 173 596 583 19 951 3 867 931 398 790 4 254 073
Descobertos 1 055 512 - - 94 446 133 578 2 274 787 4 896 3 075 317 863
Empresas Exposições Menos Significativas 991 429 27 623 6 699 78 222 64 504 1 960 11 741 2 913 237 257
Empresas Exposições Significativas 63 358 943 190 650 102 879 35 187 337 6 405 835 29 505 458 73 933 156 300 11 580 426
O BFA
Sector Público 117 011 992 - - - - - - - -

Exposição patrimonial 260 572 441 265 402 109 578 35 712 531 7 434 940 31 804 488 3 988 328 566 563 18 716 004
Créditos Documentários e Garantias Prestadas (Nota 27) 88 912 501 - - 2 783 155 - - 1 447 - -
Exposição total 349 484 942 265 402 109 578 38 495 686 7 434 940 31 804 488 3 989 775 566 563 18 716 004

Gestão de Risco
Exposições sem aumento Exposições com aumento significativo no risco Exposições creditícias em imparidade

Cartões de Crédito 126 - - 1 - - 517 - -
Análise Financeira
Consumo Geral 357 864 292 - 910 39 560 1 067 20 224 2 509 1 843 293
Crédito Automóvel 408 - - - - - - - 922
Crédito Habitação 176 755 - - 7 913 133 568 9 452 3 007 365 308 615 2 932 224
Descobertos 67 034 - - 4 706 69 910 103 026 2 962 2 487 230 973
Empresas Exposições Menos Significativas 31 233 9 566 4 044 13 112 24 041 619 3 734 1 685 139 331
Empresas Exposições Significativas 1 266 468 5 633 54 115 1 289 861 433 338 6 882 519 1 461 78 980 9 830 389
Sector Público 1 838 726 - - - - - - - -
Demonstrações
Financeiras e Notas
Créditos Documentários e Garantias Prestadas (Nota 27) 504 896 - 1 955 147 352 461 2 907 500 133 5 748
Exposição total 4 243 510 15 491 60 114 1 463 855 700 878 6 999 590 3 036 763 394 409 14 982 880
Anexos
223
Apresenta-se de seguida o detalhe da carteira de crédito por segmento e por ano de concessão das operações:
224
31/12/2020
Cartões de crédito Consumo Geral Crédito Automóvel Crédito Habitação Descobertos

N.º de Imparidade N.º de Imparidade N.º de Imparidade N.º de Imparidade N.º de Imparidade
Segmento Montante Montante Montante Montante Montante
operações constituída operações constituída operações constituída operações constituída operações constituída
2015 e anteriores 18 076 408 199 1 541 4 324 2 171 282 1 809 051 75 1 613 858 331 7 281 465 3 892 973 6 841 1 007 102 538 524
2016 642 30 735 10 794 159 387 66 627 6 2 862 440 10 269 074 1 100 1 112 163 217 89 256
2017 372 10 270 30 3 152 1 536 280 161 722 6 9 969 21 15 464 855 2 262 1 014 271 750 171 303
2018 70 4 775 2 9 942 9 495 187 322 886 2 4 412 13 13 252 627 19 815 994 258 206 167 544

2019 1 745 34 902 13 12 036 21 285 035 366 085 5 30 545 82 667 19 275 802 2 861 947 897 601 985 411 410
2020 10 29 0 7 903 24 327 699 213 254 - - - 60 2 256 343 522 745 534 396 445 249 171
Total 20 915 488 909 1 595 38 151 58 974 869 2 939 625 94 49 400 1 414 1 096 29 800 166 7 300 842 11 392 2 698 704 1 627 207
31/12/2020
Empresas Exposições Menos Créditos Documentários

Empresas Exposições Significativas Sector Público
Significativas e Garantias Prestadas
N.º de Imparidade N.º de Imparidade N.º de Imparidade N.º de Imparidade

Segmento Montante Montante Montante Montante
operações constituída operações constituída operações constituída operações constituída
2015 e anteriores 924 935 354 240 785 199 31 060 025 14 155 514 4 76 583 567 3 925 186 4 2 156 092 22 217
2016 196 68 095 23 316 23 9 020 630 214 444 - - - 3 308 364 1 444
2017 352 189 023 67 014 21 8 963 772 925 235 - - - 18 5 118 441 2 642
2018 548 236 489 33 593 21 12 087 215 1 013 279 1 38 836 337 2 196 387 10 409 591 36 193
2019 493 1 039 422 115 554 34 20 761 405 6 857 178 1 10 571 076 597 846 10 5 458 579 8 301
2020 119 538 840 40 118 30 84 915 452 12 169 350 - - - 189 37 013 107 22 264
Total 2 632 3 007 223 520 380 328 166 808 499 35 335 000 6 125 990 979 6 719 419 234 50 464 174 93 062
31/12/2019

Relatório
N.º de Imparidade N.º de Imparidade N.º de Imparidade N.º de Imparidade N.º de Imparidade
Segmento Montante Montante Montante Montante Montante
operações constituída operações constituída operações constituída operações constituída operações constituída
2014 e anteriores 11 957 277 933 500 3 667 1 643 708 1 454 271 78 1 514 857 358 7 675 476 2 931 922 5 919 905 924 120 004
2015 6 403 188 601 126 1 188 257 514 35 971 49 19 761 111 41 787 430 86 256 700 42 688 19 125
Económico
2016 663 33 620 8 3 053 1 547 943 100 249 8 12 889 34 10 288 596 41 520 1 208 62 772 22 971
Enquadramento
2017 379 8 150 2 7 539 5 750 680 175 278 6 15 546 64 15 487 750 2 948 1 206 101 414 37 239
2018 72 1 718 - 11 592 17 596 005 254 755 3 7 404 33 14 300 099 28 168 1 139 2 393 512 144 065
O BFA
2019 1 814 36 817 8 13 064 31 657 862 245 195 6 45 977 231 719 21 647 024 3 485 078 969 377 847 137 694
Total 21 288 546 839 644 40 103 58 453 712 2 265 719 150 103 091 1 330 1 157 31 186 375 6 575 892 11 141 3 884 157 481 098
31/12/2019
Gestão de Risco
Empresas Exposições Menos Créditos Documentários

Empresas Exposições Significativas Sector Público
Significativas e Garantias Prestadas
N.º de Imparidade N.º de Imparidade N.º de Imparidade N.º de Imparidade

Segmento Montante Montante Montante Montante
operações constituída operações constituída operações constituída operações constituída
2014 e anteriores 726 277 849 56 705 129 65 259 024 16 283 289 4 75 869 610 1 192 215 19 2 274 517 83 337
2015 106 148 992 37 619 25 10 070 859 720 936 0 - - 8 3 465 118 74 605
Análise Financeira
2016 144 111 956 24 055 27 10 972 141 332 543 - - - 3 308 364 8 757
2017 257 216 577 55 449 34 11 546 160 922 103 0 - - 29 4 372 991 25 596
2018 344 328 795 32 272 39 16 516 260 649 380 1 31 529 659 495 457 22 1 082 634 22 096
Demonstrações
Financeiras e Notas
2019 182 338 179 21 265 93 32 197 317 934 513 1 9 612 723 151 054 657 79 929 025 444 475
Total 1 759 1 422 348 227 365 347 146 561 761 19 842 764 6 117 011 992 1 838 726 739 91 697 103 663 952
Anexos
225
O detalhe do montante de exposição bruta de crédito e do montante de imparidade constituída para as exposições analisadas individual e colectivamente, por segmento
226
corresponde ao seguinte:
Por segmento: Exposição Exposição Exposição Exposição Exposição

Imparidade Imparidade Imparidade Imparidade Imparidade
31/12/2020 total total total total total
Imparidade colectiva 487 101 743 57 027 690 1 148 380 49 028 1 042 21 644 745 844 304 2 698 042 1 627 035
Imparidade individual 1 808 853 1 947 179 1 791 245 372 372 8 155 421 6 456 538 662 172
Total 488 909 1 595 58 974 869 2 939 625 49 400 1 414 29 800 166 7 300 842 2 698 704 1 627 207
Empresas Exposições Menos Empresas Exposições Créditos Documentários

Sector Público
Significativas Significativas e Garantias Prestadas
Por segmento: Exposição Exposição Exposição Exposição

Imparidade Imparidade Imparidade Imparidade
31/122020 total total total total
Imparidade colectiva 1 627 035 348 680 73 198 844 2 189 872 125 990 979 6 719 419 50 464 174 92 667
Imparidade individual 172 171 699 93 609 656 33 145 127 - - - 394
Total 1 627 207 520 380 166 808 499 35 335 000 125 990 979 6 719 419 50 464 174 93 062
Por segmento: Exposição Exposição Exposição Exposição Exposição

Imparidade individual 626 454 1 459 388 1 459 388 372 372 6 267 809 5 505 736 2 280 470 106 751
Total 546 839 644 58 453 712 2 265 719 103 091 1 330 31 186 375 6 575 892 3 884 157 481 098
Empresas Exposições Menos Empresas Exposições Créditos Documentários

Sector Público
Significativas Significativas e Garantias Prestadas
Por segmento: Exposição Exposição Exposição Exposição

Imparidade Imparidade Imparidade Imparidade
31/122019 total total total total
Imparidade individual 85 748 47 041 76 717 860 17 773 886 - - 2 522 294 145 440
Total 1 422 348 227 365 146 561 761 19 842 764 117 011 992 1 838 726 91 697 103 663 952
O detalhe do montante de exposição bruta de crédito e do montante de imparidade constituída para as exposições analisadas individual e colectivamente, por sector de
actividade corresponde ao seguinte:
Relatório
Act. imobiliárias aluguer e Actividades recreativas culturais Administração púb. defesa e Agricultura Silvicultura e Pesca Alojamento e restauração
serviços prest. por empresas e desportivas seg. social obrigatória
Por sector de actividade: Exposição Exposição Exposição Exposição Exposição

Económico
Enquadramento
Imparidade individual - - 17 000 6 386 - - 50 069 259 11 743 218 289 217 61 377
Total 276 827 3 544 995 351 378 137 51 224 572 2 796 422 53 663 680 11 784 690 5 496 037 151 469

O BFA
Bancos e Seguros Comércio por grosso e retalho Construção Educação Industrias extractivas

Imparidade colectiva 10 094 551 4 122 7 276 638 167 717 52 336 308 611 351 750 266 475 218 277 276 2 595
Imparidade individual - - 1 863 823 1 108 330 9 313 687 2 722 168 18 108 1 578 7 340 497 7 340 497
Gestão de Risco
Total 10 094 551 4 122 9 140 461 1 276 048 61 649 995 3 333 519 768 375 476 796 7 617 774 7 343 092
Produção e distribuição de Transportes armazenagem

Industrias transformadoras Outras empresas de serviços Particulares Saúde e acção social
elecricidade gás e água e comunicações
Por sector de actividade: Exposição Exposição Exposição Exposição Exposição Exposição

Imparidade Imparidade Imparidade Imparidade Imparidade Imparidade
31/12/2020 total total total total total total
Análise Financeira
Imparidade colectiva 11 356 484 20 831 102 168 362 4 466 559 82 136 944 3 627 317 1 912 241 13 125 180 201 29 138 4 491 704 250 887
Imparidade individual 5 743 326 1 142 922 17 225 533 7 348 460 10 126 920 8 271 052 185 932 35 033 15 682 263 1 811 973 1 785 116
Total 17 099 809 1 163 752 119 393 895 11 815 019 92 263 864 11 898 369 2 098 173 48 158 195 883 29 401 6 303 676 2 036 004
Demonstrações
Financeiras e Notas
Anexos
227
Act. imobiliárias aluguer e Actividades recreativas culturais Administração púb. defesa e Agricultura Silvicultura e Pesca Alojamento e restauração
228
serviços prest. por empresas e desportivas seg. social obrigatória

Imparidade individual 7 548 7 548 25 610 8 664 - - 29 494 641 6 848 977 174 857 156 023
Total 60 084 9 637 944 925 52 933 117 014 857 1 838 934 31 888 855 7 072 060 7 132 680 542 244
Bancos e Seguros Comércio por grosso e retalho Construção Educação Industrias extractivas


Imparidade individual 2 274 496 102 807 1 839 800 1 213 158 15 290 185 1 396 509 156 357 79 009 5 377 113 5 377 113
Total 12 433 761 117 060 47 021 293 1 748 306 44 714 649 2 117 613 1 874 546 141 710 6 111 121 5 397 105
Produção e distribuição de Transportes armazenagem

Industrias transformadoras Outras empresas de serviços Particulares Saúde e acção social
elecricidade gás e água e comunicações
Por sector de actividade: Exposição Exposição Exposição Exposição Exposição Exposição

Imparidade Imparidade Imparidade Imparidade Imparidade Imparidade
31/12/2019 total total total total total total
Imparidade colectiva 17 550 956 143 862 18 407 618 308 844 85 748 535 2 284 341 1 642 334 24 612 271 302 8 142 23 355 904 240 827
Imparidade individual 5 986 475 270 589 17 913 733 1 088 398 7 754 822 6 990 868 334 436 109 244 - - 2 704 492 1 390 161
Total 23 537 431 414 451 36 321 351 1 397 242 93 503 357 9 275 209 1 976 770 133 856 271 302 8 142 26 060 396 1 630 988
O detalhe da carteira de créditos reestruturados por medida de reestruturação aplicada é o seguinte:
Relatório
31/12/2020
Crédito em estágio 1 Crédito em estágio 2 Crédito em estágio 3 Total
Número de Número de Número de Número de

Medida aplicada Operações Exposição Imparidade Operações Exposição Imparidade Operações Exposição Imparidade Operações Exposição Imparidade
Extensão de Prazo 0 0 0 5 49 653 650 11 330 232 11 489 156 306 253 16 50 142 806 11 636 485
Económico
Enquadramento
Novo Contrato 0 0 0 11 3 502 792 407 115 80 3 171 942 1 945 828 91 6 674 734 2 352 943
Total 0 0 0 16 53 156 442 11 737 347 91 3 661 098 2 252 082 107 56 817 540 13 989 429
31/12/2019
O BFA
Crédito em estágio 1 Crédito em estágio 2 Crédito em estágio 3 Total
Número de Número de Número de Número de

Medida aplicada Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade
Operações Operações Operações Operações
Extensão de Prazo 1 4 004 654 135 371 9 2 741 513 54 462 4 75 638 75 638 14 6 821 805 265 471
Novo Contrato 5 134 544 2 819 12 424 102 10 448 76 3 332 121 2 713 214 93 3 890 767 2 726 481
Gestão de Risco
Total 6 4 139 198 138 190 21 3 165 615 64 910 80 3 407 759 2 788 853 107 10 712 572 2 991 953
O movimento de entradas e saídas na carteira de créditos reestruturados foi o seguinte:

31/12/2020 31/12/2019
Análise Financeira
Saldo inicial da carteira de créditos reestruturados (bruto de imparidade) 10 712 572 3 220 793
Créditos reestruturados no período 55 722 379 10 653 522
Juros corridos da carteira de créditos reestruturados 1 095 161 59 050
Liquidação de créditos reestruturados (parcial ou total) (1 736 037) -591 268

Demonstrações
Créditos reclassificados de "reestruturado" para "normal" (4 853 478) (2 943 526)

Financeiras e Notas
Outros (4 123 058) 314 001
Saldo final da carteira de créditos reestruturados (bruto de imparidade) 56 817 540 10 712 572
Anexos
229
O detalhe do justo valor das garantias subjacentes à carteira de crédito dos segmentos de empresas, construção e promoção imobiliária e habitação apresenta a seguinte
230
composição:
31/12/2020
Empresas Construção e promoção imobiliária Habitação
Imóveis Outras garantias reais Imóveis Outras garantias reais Imóveis Outras garantias reais
Número de Número de Número de
Montante Número Montante Montante Número Montante Montante Número Montante
imóveis imóveis imóveis
< 50mKZ 12 201 960 41 718 645 1 47 100 3 44 793 50 1 558 949 3 76 268
>=50MAOA e < 100 MAOA 5 334 137 18 1 255 814 1 50 000 1 80 500 128 9 484 040 3 253 804
>= 100 MAOA e < 500 MAOA 36 10 097 937 30 7 526 367 1 120 177 6 1 951 189 205 40 119 720 5 1 425 881

>= 500 MAOA e < 1000 MAOA 11 8 137 561 9 6 546 074 2 1 598 059 5 3 910 188 8 5 166 996 1 649 604
>= 1000 MAOA e < 2000 MAOA 8 10 667 507 3 3 537 579 1 1 900 000 5 6 288 034 3 4 584 174 - -
>= 2000 MAOA e < 5000 MAOA 4 12 530 329 - - - - 4 10 201 979 1 2 858 258 - -
>= 5.000 MAOA 12 190 101 507 2 27 859 805 1 270 151 626 2 31 753 590 - - - -
Total 88 232 070 938 103 47 444 284 7 273 866 962 26 54 230 273 395 63 772 137 12 2 405 557
31/12/2019
Empresas Construção e promoção imobiliária Habitação
Imóveis Outras garantias reais Imóveis Outras garantias reais Imóveis Outras garantias reais
Número de Número de Número de
Montante Número Montante Montante Número Montante Montante Número Montante
imóveis imóveis imóveis
< 50mKZ 9 171 914 28 709 228 1 47 100 3 59 793 110 3 748 681 1 38 271
>=50MAOA e < 100 MAOA 12 862 731 9 605 100 2 139 212 2 133 039 144 10 506 351 3 208 612
>= 100 MAOA e < 500 MAOA 42 11 268 427 23 5 520 189 1 499 105 4 1 255 172 165 28 768 272 2 530 450
>= 500 MAOA e < 1000 MAOA 8 5 896 669 8 5 156 876 1 925 719 3 2 446 614 3 2 227 889 - -
>= 1000 MAOA e < 2000 MAOA 12 15 046 982 4 5 646 256 - - 3 3 837 998 2 2 438 562 - -
>= 2000 MAOA e < 5000 MAOA 6 23 946 126 2 7 467 656 1 2 170 890 3 6 538 431 1 2 121 799 - -
>= 5.000 MAOA 6 60 608 250 1 16 969 534 1 200 544 344 - - - - - -
Total 95 117 801 099 75 42 074 839 7 204 326 370 18 14 271 047 425 49 811 554 6 777 333
O rácio financiamento-garantia dos segmentos de empresas, construção, promoção imobiliária e habitação apresenta a seguinte
estrutura:
31/12/2020
Número de
Número de outras garantias Crédito em Crédito em Crédito em
imóveis reais Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Imparidade
Empresas
Sem garantia associada - - 70 759 987 78 268 375 2 185 576 8 896 339
< 50% - 1 1 792 668 0 291 767 293 170
> = 50% e < 75% - 2 28 371 41 338 - 119
> = 75% e < 100% - 9 16 457 261 48 270 781 300 043 11 323 869
> = 100% 88 91 26 473 006 23 954 920 15 544 970 18 793 157
Construção e promoção imobiliária
Sem garantia associada - - 13 783 218 2 223 973 451 258 382 538
< 50% - 1 1 750 759 - - 19 837
> = 50% e < 75% - 0 - - - -
> = 75% e < 100% - 14 13 018 477 12 444 283 - 1 121 274
> = 100% 7 11 12 101 192 4 764 929 1 111 907 1 809 869
Habitação
Sem garantia associada - - 641 239 99 770 436 921 401 580
< 50% 4 - 96 648 - - 929
> = 50% e < 75% - - - - 33 343 33 343
> = 75% e < 100% 5 1 124 988 - 233 343 234 181
> = 100% 386 11 18 142 934 984 226 9 006 753 6 630 808
Total 490 141 175 170 748 171 052 595 29 595 881 49 941 013
31/12/2019
Número de
Número de outras garantias Crédito em Crédito em Crédito em
imóveis reais Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Imparidade
Empresas
Sem garantia associada - - 199 899 310 3 164 098 2 094 202 4 363 767
< 50% - 1 4 012 273 - 275 783 343 972
> = 50% e < 75% - - 672 258 - - 11 065
> = 75% e < 100% 2 9 8 557 790 18 139 147 195 000 964 347
> = 100% 93 65 28 875 646 38 417 672 8 346 222 14 821 527
Construção e promoção imobiliária
< 50% - 1 1 597 068 - - 46 030
> = 50% e < 75% - - - - - -
> = 75% e < 100% - 9 10 669 584 3 102 718 9 945 441 289
> = 100% 7 8 6 934 730 9 887 290 1 122 690 1 332 049
Habitação
< 50% 4 - 94 997 - - 1 212
> = 50% e < 75% - - - - 34 260 34 260
> = 75% e < 100% 6 - 252 604 101 065 74 090 58 693
> = 100% 415 6 19 484 973 726 535 7 381 983 5 581 145
Total 527 99 290 749 095 77 226 829 20 574 472 29 198 173

A distribuição da carteira de crédito medida por graus de risco internos apresenta-se da seguinte forma:
232
Exposição a 31/12/2020
Segmento Classe de Classe de Classe de Classe de Classe de Classe de Classe de

risco A risco B risco C risco D risco E risco F risco G Total
Cartões de Crédito 378 459 361 24 281 1 952 1 592 116 1 229 488 909
Consumo Geral 708 706 54 665 310 354 831 91 282 223 362 77 148 2 854 231 58 974 869
Crédito Automóvel - 46 825 - - - - 2 575 49 400
Crédito Habitação 109 678 19 886 884 408 898 50 051 175 654 211 453 8 957 547 29 800 166
Descobertos 360 329 248 128 027 375 087 501 525 21 956 1 342 500 2 698 704
Empresas Exposições Significativas 21 904 187 64 611 673 16 948 49 208 772 13 495 828 605 501 16 965 590 166 808 499

Sector Público 125 990 979 - - - - - - 125 990 979
Créditos Documentários e Garantias Prestadas (Nota 28) 5 444 216 45 019 958 - - - - - 50 464 174
Exposição total 154 573 895 186 856 453 1 016 976 49 771 409 14 459 170 950 997 30 654 022 438 282 923

Cartões de Crédito - 646 784 60 63 20 22 1 595
Consumo Geral 3 692 393 412 47 355 26 214 97 766 41 479 2 329 707 2 939 625
Crédito Automóvel - 117 - - - - 1 297 1 414
Crédito Habitação 251 466 486 193 335 14 103 89 295 169 846 6 367 525 7 300 842
Descobertos 26 16 664 36 246 161 032 379 528 16 607 1 017 104 1 627 207
Empresas Exposições Menos Significativas 5 440 152 578 14 061 32 129 25 420 16 506 274 245 520 380
Empresas Exposições Significativas 234 951 3 638 074 76 11 386 910 4 086 072 307 927 15 680 990 35 335 000
Sector Público 6 719 419 - - - - - - 6 719 419
Exposição patrimonial 6 963 779 4 667 977 291 857 11 620 448 4 678 145 552 385 25 670 891 54 445 481
Créditos Documentários e Garantias Prestadas (Nota 28) 17 234 74 366 212 28 155 30 1 037 93 062
Exposição total 6 981 012 4 742 343 292 069 11 620 475 4 678 300 552 416 25 671 927 54 538 542

Relatório
Cartões de Crédito - 544 726 932 244 52 - 885 546 839
Consumo Geral - 55 829 933 164 779 76 506 128 063 55 475 2 198 956 58 453 712
Crédito Automóvel - 101 576 - - 132 - 1 383 103 091
Crédito Habitação - 22 550 055 612 068 75 447 224 811 121 828 7 602 166 31 186 375
Descobertos - 1 156 920 76 405 57 749 71 080 62 663 2 459 340 3 884 157
Económico
Enquadramento
Empresas Exposições Menos Significativas 623 1 056 215 50 836 46 498 45 371 25 044 197 761 1 422 348
Sector Público 117 011 992 - - - - - - 117 011 992
O BFA
Créditos Documentários e Garantias Prestadas (Nota 28) 4 958 191 86 737 465 - - - - 1 447 91 697 103
Exposição total 133 433 306 260 833 530 1 561 222 29 575 358 2 012 116 1 401 811 22 050 035 450 867 378
Imparidade a 31/12/2019

Gestão de Risco
Cartões de Crédito - 577 1 8 36 - 22 644
Consumo Geral - 366 104 22 600 15 083 54 314 31 583 1 776 035 2 265 719
Crédito Automóvel - 408 - - 64 - 858 1 330
Crédito Habitação - 563 673 252 143 20 312 104 249 115 077 5 520 438 6 575 892
Descobertos - 74 869 40 696 31 294 53 840 37 339 243 060 481 098
Empresas Exposições Menos Significativas - 44 319 21 761 20 659 15 115 15 077 110 434 227 365
Análise Financeira
Empresas Exposições Significativas 300 769 2 763 117 178 930 6 784 397 1 060 565 370 726 8 384 260 19 842 764
Sector Público 1 838 726 - - - - - - 1 838 726
Exposição patrimonial 2 139 495 3 813 067 516 131 6 871 753 1 288 183 569 802 16 035 107 31 233 538
Créditos Documentários e Garantias Prestadas (Nota 28) 5 895 646 627 126 294 2 917 1 850 6 243 663 952
Exposição total 2 145 390 4 459 694 516 257 6 872 047 1 291 100 571 652 16 041 350 31 897 490
Demonstrações
Financeiras e Notas
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, os níveis de risco apresentados na tabela acima, estão de acordo com a classificação do Instrutivo n.º 9/2015 do Banco Nacional de
Angola relativo à metodologia para constituição de provisões (Instrutivo ainda aplicável para efeitos dos rácios prudenciais).
Anexos
233
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, o detalhe da carteira de crédito a Clientes de acordo com as categorias de risco de crédito (Stage 1, Stage 2 e Stage 3) é o seguinte:
234
Segmento Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Total Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Total

Cartões de crédito 443 978 42 772 2 159 488 909 175 26 1 394 1 595
Consumo Geral 53 826 762 1 906 484 3 241 623 58 974 869 317 943 81 812 2 539 870 2 939 625
Crédito Automóvel 46 825 - 2 575 49 400 117 - 1 297 1 414
Crédito Habitação 19 005 809 1 083 997 9 710 361 29 800 166 125 714 164 189 7 010 939 7 300 842
Descobertos 214 579 621 902 1 862 223 2 698 704 6 752 204 175 1 416 280 1 627 207

Sector Público 49 407 412 76 583 567 - 125 990 979 2 794 233 3 925 186 - 6 719 419
Créditos Documentários e Garantias Prestadas 48 338 347 2 125 826 - 50 464 174 53 962 39 100 - 93 062
Exposição total 229 930 308 173 623 707 34 728 909 438 282 923 3 945 131 22 368 402 28 225 009 54 538 541
Segmento Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Total Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Total

Cartões de crédito 539 635 6 135 1 069 546 839 124 1 519 644
Consumo Geral 55 820 609 273 990 2 359 113 58 453 712 358 157 41 537 1 866 025 2 265 719
Crédito Automóvel 101 576 - 1 515 103 091 408 - 922 1 330
Crédito Habitação 21 739 873 925 708 8 520 794 31 186 375 176 755 150 933 6 248 204 6 575 892
Descobertos 1 055 511 2 502 812 325 834 3 884 157 67 036 177 641 236 421 481 098
Empresas Exposições Significativas 63 652 473 71 098 628 11 810 660 146 561 761 1 326 214 8 605 720 9 910 830 19 842 764
Sector Público 117 011 992 - - 117 011 992 1 838 726 - - 1 838 726
Créditos Documentários e Garantias Prestadas 88 912 501 2 783 155 1 447 91 697 103 506 851 150 720 6 381 663 952
Exposição total 349 859 922 77 735 114 23 272 342 450 867 378 4 319 115 9 164 323 18 414 052 31 897 490
O movimento ocorrido nos instrumentos financeiros no exercício findo em 31 de Dezembro de 2020 e 2019 foi o seguinte:
Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Total

Valor contabilístico bruto em 01 de Janeiro de 2019 1 229 628 975 19 715 577 40 121 161 1 289 465 713
Disponibilidade em outras instituições de crédito (Nota 5) 91 035 833 - - 91 035 833
Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito (Nota 6) 256 853 327 - - 256 853 327
Investimentos ao custo amortizado (Nota 8) 626 037 969 - - 626 037 969
Crédito a Clientes (Nota 9) 255 701 846 19 715 577 40 121 161 315 538 584
Disponibilidade em outras instituições de crédito (Nota 5)
Novos activos financeiros adquiridos ou originados 70 303 - - 70 303
Outras alterações (48 583 661) - - (48 583 661)
Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito (Nota 6)
Novos activos financeiros adquiridos ou originados 457 492 832 - - 457 492 832
Investimentos ao custo amortizado (Nota 8)
Outras alterações 67 699 421 - - 67 699 421
Crédito a Clientes (Nota 9)
Transferência para estágio 1 1 709 075 (1 560 905) (148 170) -
Transferência para estágio 2 (24 397 714) 47 944 012 (23 546 298) -
Transferência para estágio 3 (1 301 829) (1 093 860) 2 395 689 -
Novos activos financeiros adquiridos ou originados 77 349 366 16 218 840 4 539 361 98 107 567
Activos financeiros que foram desreconhecidos (48 133 425) (16 027 704) (3 130 806) (67 291 935)
Créditos abatidos ao activo - - (910 991) (910 991)
Outras alterações 20 102 9 755 999 3 950 949 13 727 050
Valor contabilístico bruto em 31 de Dezembro de 2019 1 603 047 080 74 951 959 23 270 895 1 701 269 934
Investimentos ao custo amortizado (Nota 8) 842 084 352 - - 842 084 352
Novos activos financeiros adquiridos ou originados - - - -
Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito (Nota 6)
Outras alterações (243 935 968) 283 494 034 - 39 558 066
Transferência para estágio 1 752 514 (745 345) (7 169) -
Transferência para estágio 2 (82 209 78) 82 621 062 (411 279) -
Transferência para estágio 3 (1 574 539) (6 275 337) 7 849 876 -
Novos activos financeiros adquiridos ou originados 49 396 173 62 332 747 2 465 154 114 194 073
Activos financeiros que foram desreconhecidos (29 713 015) (39 171 858) (1 762 056) (70 646 929)
Créditos abatidos ao activo - - (483 368) (483 368)
Outras alterações (16 006 810) (2 215 347) 3 806 856 (14 415 301)
Valor contabilístico bruto em 31 de Dezembro de 2020 1 609 410 669 454 991 915 34 728 909 2 099 131 493
Investimentos ao custo amortizado (Nota 8) 751 660 677 283 494 034 - 1 035 154 711

O movimento ocorrido nas imparidades por perda esperada dos instrumentos financeiros no exercício findo em 31 de Dezembro
de 2020 e 2019 foi o seguinte:
Activos financeiros
adquiridos ou
originados em
imparidade por
Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 perdas de crédito Total
Perda esperada a 01 de Janeiro de 2019 7 759 109 721 172 14 741 092 - 23 221 373
Disponibilidade em outras instituições de crédito (Nota 5) 249 511 - - - 249 511
Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de
478 994 - - - 478 994
crédito (Nota 6)
Investimentos ao custo amortizado (Nota 8) 2 796 778 - - - 2 796 778
Crédito a Clientes (Nota 9) 4 233 826 721 172 14 741 092 - 19 696 090
Novos activos financeiros adquiridos ou originados 2 - - - 2
Outras alterações (234 835) - - - (234 835)
crédito (Nota 6)
Novos activos financeiros adquiridos ou originados 745 837 - - - 745 837
Novos activos financeiros adquiridos ou originados 2 332 014 - - - 2 332 014
Outras alterações 8 103 722 - - - 8 103 722
Transferência para estágio 1 118 537 (47 814) (70 723) - -
Transferência para estágio 2 (801 578) 3 066 027 (2 264 449) - -
Transferência para estágio 3 (51 561) (351 401) 402 962 - -
Novos activos financeiros adquiridos ou originados 903 507 801 369 3 477 575 - 5 182 451
Activos financeiros que foram desreconhecidos (635 648) (283 695) (1 805 955) - (2 725 298)
Créditos abatidos ao activo - - (910 991) - (910 991)
Taxa de câmbio e outros movimentos 45 181 5 107 945 4 838 160 - 9 991 286
Perda esperada a 31 de Dezembro de 2019 17 805 293 9 013 603 18 407 671 - 45 226 567
745 837 - - - 745 837
crédito (Nota 6)
Investimentos ao custo amortizado (Nota 8) 13 232 514 - - - 13 232 514
Crédito a Clientes (Nota 9) 3 812 264 9 013 603 18 407 671 - 31 233 538
Novos activos financeiros adquiridos ou originados - - - - -
Outras alterações 3 870 - - - 3 870
crédito (Nota 7)
Novos activos financeiros adquiridos ou originados 770 956 - - - 770 956
Novos activos financeiros adquiridos ou originados 7 561 820 - - - 7 561 820
Outras alterações 13 092 095 23 431 523 - - 36 523 618
Transferência para estágio 1 27 316 (24 027) (3 288) - -
Transferência para estágio 2 (1 271 328) 1 420 208 (148 880) - -
Transferência para estágio 3 (17 296) (569 950) 587 245 - -
Novos activos financeiros adquiridos ou originados 424 998 12 089 783 1 667 462 - 14 182 243
Activos financeiros que foram desreconhecidos (416 695) (6 978 282) (1 097 906) - (8 492 884)
Créditos abatidos ao activo - - (483 368) - (483 368)
Taxa de câmbio e outros movimentos 1 331 911 7 377 967 9 296 074 - 18 005 951
Perda esperada a 31 de Dezembro de 2020 38 567 103 45 760 825 28 225 009 - 112 552 937
770 956 - - - 770 956
crédito (Nota 6)
Investimentos ao custo amortizado (Nota 8) 33 886 429 23 431 523 - - 57 317 952
Crédito a Clientes (Nota 9) 3 891 170 22 329 302 28 225 009 - 54 445 480

Os factores de risco associados ao modelo de imparidade por segmento correspondem ao seguinte:
Imparidade Dezembro 2020 - Parâmetros médios

PD LGD
Segmento Estágio 1 Estágio 2 Estágio 1 e 2 Estágio 3
Cartões de crédito 0,5% 0,6% 37,2% 49,6%
Consumo Geral 2,5% 17,5% 38,6% 49,4%
Crédito Automóvel 0,6% n.a. 22,6% 50,4%
Crédito Habitação 2,3% 69,1% 31,5% 37,6%
Descobertos 1,1% 7,3% 53,1% 76,1%
Empresas Exposições Menos Significativas 5,5% 39,4% 29,5% 54,4%
Empresas Exposições Significativas 4,0% 25,4% 39,1% 81,6%
Imparidade Dezembro 2019 - Parâmetros médios

PD LGD
Segmento Estágio 1 Estágio 2 Estágio 1 e 2 Estágio 3
Cartões de crédito 0,1% 31,5% 38,9% 78,5%
Consumo Geral 3,2% 59,5% 29,4% 45,5%
Crédito Automóvel 1,3% n.a 46,1% 61.0%
Crédito Habitação 3,2% 45,3% 32,5% 36,4%
Descobertos 15,8% 61,8% 56,3% 61,9%
Empresas Exposições Menos Significativas 14,8% 50,3% 42,6% 59,6%
Empresas Exposições Significativas 7,0% 28,4% 41.5% 49,9%
O Banco procedeu à recalibração dos seus parâmetros de risco no final do segundo semestre de 2020, tendo por base
alterações estruturais e metodológicas, nomeadamente ao nível da revisão do período histórico considerado para estimação,
actualização da definição de default e seu reprocessamento histórico, alteração das regras de segmentação e actualização dos
cenários macroeconómicos ao nível das projecções e ponderadores.

2021 2022 2023
Taxa de crescimento do PIB_YoY
cenário base 3,04% 5,31% 2,44%
cenário favorável 4,37% 6,69% 4,20%
cenário adverso (0,85)% 3,73% 0,64%
Indíce Preço Consumidor_YoY
cenário base 14,32% 16,33% 4,10%
cenário adverso 17,47% 22,80% 5,84%
Tx. de crescimento do PIB petrolífero_YoY
cenário base 0,23% (0,62)% (3,49)%
cenário favorável 0,23% (0,62)% (3,49)%
cenário adverso 0,23% (0,62)% (3,49)%
Tx. de crescimento do PIB não petrolífero_YoY
cenário base 6,41% 5,42% 4,70%
cenário adverso 2,00% 3,40% 2,97%
Tx. Crescimento Preço da exportação do Petróleo_YoY
cenário base 46,96% 3,39% (1,36)%
cenário favorável 64,11% 4,76% (1,36)%
cenário adverso 24,68% 4,76% (1,36)%
Tx. Crescimento da taxa de câmbio efectiva (REER)_YoY
cenário base 5,44% 2,22% (0,78)%
cenário adverso (10,82)% 10,46% 5,30%
Tx. de juro referência BNA / Tx Cedência Liquidez BNA_YoY
cenário base (6,05)% (20,26)% (5,88)%
cenário favorável (8,06)% (27,69)% (8,46)%
cenário adverso (4,03)% (13,19)% (3,66)%
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, o conjunto dos Nos exercícios de 2020 e 2019 verificaram-se recuperações
dez maiores devedores representa 64,66% e 55,31%, de crédito e juros anteriormente anulados ou abatidos ao
respectivamente, do total da carteira de crédito (excluindo activo, nos montantes de 1 232 424 mAKZ e 760 769
garantias prestadas e créditos documentários). mAKZ, respectivamente (Nota 24).
No exercício de 2020 e 2019, existiram abates ao activo

(“write-off”) de créditos, no montante de 483 368 mAKZ e
910 991 mAKZ, respectivamente.

10. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, esta rubrica é integralmente composta por imóveis recebidos em dação de crédito.
Com referência a 31 de Dezembro de 2020, o Banco possui em carteira 8 imóveis, 1 dos quais com antiguidade superior a 2
anos, cujo valor contabilístico é nulo, e 7 imóveis recebidos entre Junho e Setembro de 2020, cujo valor líquido contabilístico
ascende a 267 759 mAKZ. Todos os imóveis possuem avaliação realizada por avaliador independente.
11. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS
O detalhe dos investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos em 31 de Dezembro de 2020 e 2019 é
apresentado como segue:
31/12/2020
Ano de Número de % de Custo de

País aquisição acções participação aquisição
PARTICIPAÇÕES EM FILIAIS
SOFHA - Sociedade de Fomento Habitacional Angola 2008 n.a 50% 375
BFA - Gestão de Activos Angola 2016 n.a 99,99% 50 000
Total de Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 50 375
31/12/2019
Ano de Número de % de Custo de

País aquisição acções participação aquisição
PARTICIPAÇÕES EM FILIAIS
SOFHA - Sociedade de Fomento Habitacional Angola 2008 n.a 50% 375
BFA - Gestão de Activos Angola 2016 n.a 99,99% 50 000
Total de Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 50 375

12. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS E ACTIVOS INTANGÍVEIS
As rubricas de Outros Activos Tangíveis e Activos Intangíveis apresentam o seguinte movimento durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2020 e 2019:
31/12/2020
Saldos em 31/12/2019 Amortizações Saldos em 31/12/2020

Abates,
Amortizações alienações Amortizações
Activo bruto acumuladas Imparidade Activo líquido Aumentos Imparidade Transferências e outros do período Abates Activo bruto acumuladas Imparidade Activo líquido
Outros activos tangíveis
Imóveis de uso 24 686 815 (9 057 474) (444 330) 15 185 011 373 586 11 301 512 145 - (754 815) - 25 572 546 (9 812 289) (433 029) 15 327 228
Móveis, utensílios, instalações e equipamentos 19 477 101 (12 888 273) - 6 588 828 5 208 016 - - (189 034) (2 984 669) 178 621 24 496 083 (15 694 321) - 8 801 762
Imobilizações em curso 2 730 445 - - 2 730 445 566 178 - (512 145) (555 117) - - 2 229 361 - - 2 229 361
Direitos de uso: - - - - - - - - - -
Agências 6 943 669 (885 014) - 6 058 655 490 903 - - (3 247 726) (747 052) 191 848 4 186 846 (1 440 218) - 2 746 628
Escritórios e serviços centrais 2 412 845 (488 250) - 1 924 595 - - - - (520 186) - 2 412 845 (1 008 436) - 1 404 409
Outros 186 150 (85 594) - 100 556 64 008 - - - (98 632) - 250 158 (184 226) - 65 932
56 437 025 (23 404 605) (444 330) 32 588 090 6 702 691 11 301 - (3 991 877) (5 105 354) 370 469 59 147 839 (28 139 490) (433 029) 30 575 320
Activos intangíveis
Sistemas de tratamento automático de dados (Software) 5 154 664 (4 524 439) - 629 452 - - - (773) (416 753) 773 5 153 891 (4 940 419) - 213 472
Gastos de organização e expansão 101 571 (101 571) - - - - - - - - 101 571 (101 571) - -
Trespasses 93 923 (93 923) - - - - - - - - 93 923 (93 923) - -
Outras imobilizações incorpóreas 29 (29) - - - - - - - - 29 (29) - -
5 350 187 (4 719 962) - 629 452 - - - (773) (416 753) 773 5 349 414 (5 135 942) - 213 472
61 787 212 (28 124 567) (444 330) 33 217 542 6 702 691 11 301 - (3 992 650) (5 522 107) 371 242 64 497 253 (33 275 432) (433 029) 30 788 792
31/12/2019
Saldos em 31/12/2018 Amortizações Saldos em 31/12/2019

Abates,
Amortizações alienações Amortizações
Activo bruto acumuladas Imparidade Activo líquido Aumentos Imparidade Transferências e outros do período Abates Activo bruto acumuladas Imparidade Activo líquido
Outros activos tangíveis
Imóveis de uso 23 316 708 (8 361 546) - 14 955 162 616 030 (444 330) 754 077 - (695 928) - 24 686 815 (9 057 474) (444 330) 15 185 011
Móveis, utensílios, instalações e equipamentos 15 874 552 (10 863 557) - 5 010 995 3 989 635 - - (387 086) (2 390 290) 365 574 19 477 101 (12 888 273) - 6 588 828
Imobilizações em curso 2 860 701 - - 2 860 701 1 169 697 - (754 077) (545 876) - - 2 730 445 - - 2 730 445
Direitos de uso: - - -
Agências - - - - 6 943 669 - - - (885 014) - 6 943 669 (885 014) - 6 058 655
Escritórios e serviços centrais - - - - 2 412 845 - - - (488 250) - 2 412 845 (488 250) - 1 924 595
Outros - - - - 186 150 - - - (85 594) - 186 150 (85 594) - 100 556
42 051 961 (19 225 103) - 22 826 858 15 318 026 (444 330) 0 (932 962) (4 545 076) 365 574 56 437 025 (23 404 605) (444 330) 32 588 090
Activos intangíveis
Sistemas de tratamento automático de dados (Software) 4 843 639 (3 530 264) - 1 313 373 351 088 - - (40 063) (1 032 174) 37 999 5 154 664 (4 524 439) - 630 225
Gastos de organização e expansão 101 571 (101 571) - - - - - - - - 101 571 (101 571) - -
Trespasses 93 923 (93 923) - - - - - - - - 93 923 (93 923) - -
Outras imobilizações incorpóreas 29 (29) - - - - - - - - 29 (29) - -
5 039 160 (3 725 787) - 1 313 373 351 088 - - (40 063) (1 032 174) 37 999 5 350 186 (4 719 961) - 630 225
47 091 121 (22 950 889) - 24 140 231 15 669 114 (444 330) 0 (973 025) (5 577 250) 403 573 61 787 211 (28 124 566) (444 330) 33 218 315
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a rubrica de imobilizações em curso corresponde, essencialmente, à aquisição do espaço e a pagamentos a fornecedores relativos a obras que estavam a ser realizadas para abertura de 1 nova agência em 2021 e remodelações de alguns balcões.

13. ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS CORRENTES E DIFERIDOS
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, os saldos dos activos e dos passivos por impostos correntes apresentam a seguinte
composição:
31/12/2020 31/12/2019
Activos por impostos correntes 4 186 4 186
Passivos por impostos correntes:
Imposto Industrial - -
IVA 908 347 503 552
Sobre rendimentos de capitais 6 039 550 3 366 891
Sobre rendimentos de trabalho dependente 530 924 464 619
Tributação relativa a remunerações 306 256 293 037
7 785 077 4 628 099
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, o custo com impostos sobre lucros reconhecido em resultados, bem
como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos e o lucro do exercício antes daquela dotação, podem ser
resumidos como segue:
31/12/2020 31/12/2019
Passivos por impostos correntes
Imposto sobre aplicação de capitais 11 141 490 9 890 173
Activos por impostos diferidos 6 696 980 (1 487 883)
Acerto de estimativa dos periodos anteriores
Total do imposto registado em resultados 17 838 470 8 402 290
Resultados antes de impostos 107 687 066 128 342 482
Carga fiscal 16,57% 6,55%
A reconciliação entre a taxa nominal de imposto e a carga fiscal verificada no exercício findo em 31 de Dezembro de 2020
e 2019, pode ser analisada como se segue:
31/12/2020 31/12/2019
Taxa de Taxa de
imposto Valor imposto Valor
Resultado antes de imposto 107 687 066 128 342 482
Imposto apurado com base na taxa nominal de imposto 35,00% 37 690 473 30,00% 38 502 745
Benefícios fiscais em rendimentos de títulos de dívida pública (57,02)% (61 405 241) (35,11)% (45 061 088)
Outras diferenças permanentes 22,02% 23 714 768 5,11% 6 558 343
Prejuízos fiscais dedutíveis 0,00% - 0,00% -
Imposto sobre a Aplicação de Capitais (IAC) 10,35% 11 141 490 7,71% 9 890 173
Acerto de estimativa do exercicio anterior 0,00% - 0,00% -
Activos por impostos diferidos 6,22% 6 696 980 (1,16)% (1 487 883)
Imposto sobre o lucro em resultados 16,57% 17 838 470 6,55% 8 402 290

Imposto Industrial 1 645 788 mAKZ e de 7 887 478 mAKZ, respectivamente,
resultantes de diferenças temporárias. O Conselho de
Conforme referido na nota 2.16, o Banco encontra-se sujeito Administração entende estarem reunidas as condições para
a tributação em sede de Imposto Industrial, sendo a taxa de o seu registo, nomeadamente no que se refere à evolução do
imposto aplicável de 35% no exercício de 2020 e 30% no lucro tributável futuro do Banco que permita a sua dedução.
exercício de 2019. Estes activos fiscais diferidos foram calculados com base nas
taxas fiscais decretadas para o período em que se prevê que
Impostos diferidos seja realizado o respectivo activo.

A 31 de Dezembro de 2020 e 2019, o Banco tem O Banco utiliza a taxa de 35% para cálculo dos impostos
registados activos por impostos diferidos, nos montantes de diferidos.
O movimento nos activos por impostos diferidos no exercício findo em 31 de Dezembro de 2020 e 2019 foi o seguinte:
Saldo em Realizações / Diferenças Saldos em

31/12/2019 Reforços anulações cambiais 31/12/2020
Provisões temporariamente não aceites como custo fiscal:
Provisões para Riscos bancários, Compensação por reforma

6 575 364 213 321 (6 029 339) - 759 346
e Fundo Social
Impacto da adopção da IFRS 9 1 312 114 (880 962) 455 290 886 442
7 887 478 213 321 (6 910 301) 455 290 1 645 788
Saldo em Realizações / Diferenças Saldos em

31/12/2018 Reforços anulações cambiais 31/12/2019
Provisões temporariamente não aceites como custo fiscal:
Provisões para Riscos bancários, Compensação por reforma

5 058 275 3 002 312 (1 485 223) - 6 575 363
e Fundo Social
Impacto da adopção da IFRS 9 863 626 - (29 207) 477 695 1 312 114
5 921 900 3 002 312 (80 927) 243 399 7 887 478
As autoridades fiscais têm a possibilidade de rever a situação O Conselho de Administração do Banco entende que eventuais
fiscal do Banco durante um período de cinco anos, podendo liquidações adicionais, que possam resultar destas revisões,
resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, não serão significativas para as demonstrações financeiras.
eventuais correcções aos respectivos impostos apurados.

14. OUTROS ACTIVOS
Em 31 de Dezembro de 2020 e 31 de Dezembro de 2019, esta rubrica tem a seguinte composição:

31/12/2020 31/12/2019
Operações cambiais
Compra e venda de moedas estrangeiras 4 034 190 9 945 821
4 034 190 9 945 821
Outros Activos de Natureza Fiscal
Outros impostos a receber 1 878 592 1 870 929
1 878 592 1 870 929
Outros Valores de Natureza Cível
Devedores diversos:
Sector público administrativo 396 957 4 623 612
Sector privado – empresas 488 127 937
Sector privado – trabalhadores 979 654 463 454
Sector privado – particulares 3 116 3 231
Aquisição em curso 2 412 325 990 546
Outros devedores 40 -
4 280 219 6 081 780
Outros Valores de Natureza Administrativa e de Comercialização
Antecipação de salários - -
Despesas antecipadas:
Rendas e alugueres 24 904 99 834
Seguros 79 472 51 945
Outras 227 520 619 485
331 896 771 264
Material de expediente 1 080 934 786 336
Outros adiantamentos:
Falhas de caixa 17 341 16 327
Operações activas a regularizar 2 998 570 2 881 904
Outros 1 031 389 8 768
4 047 300 2 906 999
15 653 131 22 363 129
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a rubrica “Outros arrecadação de receitas prestados pelo Banco. Desde Março
Valores de Natureza Cível – Devedores diversos: Sector de 2018 que o método de pagamento de imposto à AGT foi
público administrativo” diz respeito fundamentalmente a alterado, tendo o BFA deixado de efectuar a arrecadação
proveitos relativos a comissões a receber da Administração de impostos, passando agora os Clientes a efectuar o seu
Geral Tributária (“AGT”), como remuneração dos serviços de pagamento directamente a esta entidade.

15. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31/12/2020 31/12/2019
Operações no Mercado Monetário Interbancário:
Recursos de Instituições de crédito no país - Empréstimos (KZ) 1 024 425 20 494
Recursos de outras entidades
Cheques visados 1 109 316 1 598 616
Recursos vinculados a cartas de crédito 1 873 443 5 992 946
Outros 81 115 57 050
4 088 299 7 669 106
4 088 299 7 669 106
A 31 de Dezembro de 2020 e 2019 o saldo desta rubrica cativos para liquidação de operações de importação, para
diz respeito essencialmente a valores de compensação efeitos de abertura dos respectivos créditos documentários.
interbancária, nomeadamente, cheques visados e cartas de
crédito à importação. O escalamento dos recursos de Bancos Centrais e de outras
Instituições de crédito por prazo de vencimento residual é
A rubrica “Recursos vinculados a cartas de crédito” refere-se apresentado na Nota 30.2.
aos montantes depositados por Clientes que se encontram
16. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a rubrica de “Recursos de Clientes e Outros Empréstimos” apresenta a seguinte
composição:
31/12/2020 31/12/2019
Depósitos à ordem de residentes
1 046 338 238 664 975 671
Depósitos à ordem de não residentes
43 255 225 35 997 032
Juros de depósitos à ordem 97 544 45 136
Total de depósitos à ordem 1 089 691 007 701 017 839
Depósitos a prazo de residentes
1 145 092 673 908 940 596
Depósitos a prazo de não residentes 10 161 240 5 151 010
Juros de depósitos a prazo 7 257 787 7 788 199
Total de depósitos a prazo 1 162 511 700 921 879 805
Total de depósitos 2 252 202 707 1 622 897 644

Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, os depósitos a prazo

de Clientes apresentam a seguinte estrutura, de acordo com o
prazo residual de vencimento das operações:
31/12/2020 31/12/2019
Até três meses 258 911 036 197 594 940
De 3 a 6 meses 718 939 829 600 117 277
De 6 meses a 1 ano 176 395 818 124 167 588
Superiores a 1 ano 8 265 017 -
1 162 511 700 921 879 805
Em 31 de Dezembro de 2020, os depósitos a prazo em moeda

nacional e estrangeira venciam juros às taxas médias anuais
de 10,32 % e 1,28%, respectivamente (8,01% e 1,23%,
respectivamente, em 31 de Dezembro de 2019).
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, os depósitos à ordem

e a prazo apresentavam a seguinte estrutura por tipologia de
Cliente:
31/12/2020 31/12/2019
Depósitos à ordem
Sector público administrativo 59 720 769 8 188 189
Sector público empresarial 18 949 209 46 533 374
Empresas 624 858 293 405 612 593
Particulares 386 230 034 240 729 097
1 089 758 305 701 063 253
Depósitos a prazo
Sector público administrativo 23 864 426 6 642 194
Sector público empresarial 27 339 731 7 946 321
Empresas 439 875 412 416 743 450
Particulares 671 364 833 490 502 426
1 162 444 402 921 834 391
2 252 202 707 1 622 897 644

17. IMPARIDADE E PROVISÕES
O movimento nas imparidades e provisões durante o exercício de 2020 e 2019 foi o seguinte:
31/12/2020
Aumentos Diminuições
Diferenças
Saldos em Reposições de câmbio Saldos em
31/12/2019 Dotações e anulações Utilizações e outros Transferências 31/12/2020
Imparidade de outros ativos
Disponibilidades em Instituições de
14 678 310 971 (312 383) - 5 282 - 18 548
Crédito (Nota 5)
Aplicações em Instituições de Crédito

745 837 1 005 194 (1 186 299) - 206 224 - 770 956
(Nota 6)
Investimentos ao custo amortizado

13 232 514 58 323 479 (15 716 872) - 1 478 831 - 57 317 952
(Nota 8)
Activos não correntes detidos para venda

128 291 210 542 - - - - 338 833
(Nota 10)
Outros activos tangíveis e intangíveis

444 330 (11 706) - - - - 432 624
(Nota 12)
14 565 650 59 838 480 (17 215 554) - 1 690 337 - 58 878 913
Imparidade para crédito (Nota9) 31 233 538 28 516 225 (11 595 331) (483 368) 6 774 416 - 54 445 480
Provisões para:
Riscos bancários gerais
De Natureza Social ou Estatutária 20 486 499 - - (4 116 582) 6 461 089 - 22 831 006
De Natureza Administrativa e de
3 211 713 16 669 252 (1 439 959) (333 302) 436 298 - 18 544 002
Comercialização
De Natureza Fiscal - - - - - - -
De Outras Naturezas - - - - - - -
Prestação de garantias (Nota 9) 663 952 770 154 (1 432 496) - 91 453 - 93 063
24 362 164 17 439 406 (2 872 455) (4 449 884) 6 988 840 - 41 468 071
70 161 352 105 794 111 (31 683 340) (4 933 252) 15 453 593 - 154 792 464
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a rubrica “Provisões Em Agosto de 2018, no âmbito do processo de constituição
de natureza social ou estatutária” refere-se ao Fundo Social, de uma Fundação (“Fundação BFA”), a qual terá por objectivo
que tem por objectivo apoiar financeiramente iniciativas nos prosseguir fins gerais altruísticos acima referidos, o Banco
domínios da educação, saúde e solidariedade social. Este solicitou o seu registo como Mecenas junto da AGT, o qual foi
Fundo foi constituído mensalmente, através da dotação de atribuído no mês de Outubro de 2019.
5% do resultado líquido do exercício anterior, apurado em
Dólares dos Estados Unidos, tendo sido decidido que teria Também no exercício de 2018, o Banco procedeu à
um período de cinco anos. Esta provisão foi constituída entre criação da Direcção de Responsabilidade Social, a qual é
o exercício de 2005 e o exercício de 2009, inclusive, tendo composta pelos núcleos (i) de acompanhamento do projecto
sido reforçada no exercício de 2017 e 2018. A variação “BFA Solidário” e (ii) de subsídios, e será responsável
verificada no exercício de 2019 e no primeiro semestre de pela actuação social do Banco enquanto o processo de
2020 deve-se à variação cambial, uma vez que a mesma constituição da Fundação BFA não for concluído.
provisão foi constituída em Dólares dos Estados Unidos.

Sendo intenção do Conselho de Administração do Banco que trabalhadores angolanos inscritos na Segurança Social, tendo
a provisão existente a 31 de Dezembro de 2020 no montante utilizado as provisões anteriormente constituídas, a título
de 22 831 006 mAKZ seja utilizada enquanto dotação de contribuição inicial para o Fundo de Pensões BFA (plano
pecuniária para o património inicial da Fundação BFA, é de contribuições definidas). De acordo com o contrato de
igualmente sua intenção que a mesma seja alternativamente constituição do Fundo, o BFA contribuirá anualmente com
utilizada por via da actividade social a desenvolver pela 10% do salário passível de descontos para a Segurança
Direcção de Responsabilidade Social enquanto não se Social de Angola, aplicada sobre catorze salários. Ao
concretiza a constituição da Fundação BFA. montante das contribuições é acrescida a rentabilidade das
aplicações efectuadas, líquidas de eventuais impostos. O
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019 a rubrica “Provisões montante total de contribuição inicial do Banco para o Fundo
de natureza administrativa e de comercialização” é de Pensões BFA ascendeu a 3 098 194 mAKZ, incluindo
constituída fundamentalmente por uma provisão para fazer 44 797 mAKZ de adiantamentos a título de contribuições
face a fraudes, processos judiciais em curso, potenciais futuras, que foi utilizado no primeiro semestre de 2014.
contingências e outras responsabilidades, correspondendo A 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a contribuição do Banco
à melhor estimativa dos custos que o Banco irá suportar para o Fundo de Pensões BFA ascendeu a 3 010 273 mAKZ
no futuro com estas responsabilidades, no montante de e 2 434 118 mAKZ, respectivamente (Nota 25).
17 619 782 mAKZ e 2 365 489 mAKZ, respectivamente.
A responsabilidade pela gestão do Fundo de Pensões BFA
Em 2013, com referência ao último dia do ano, o Banco encontra-se a cargo da Fenix – Sociedade Gestora de Fundos
constituiu o "Fundo de Pensões BFA" para cobertura das de Pensões, S.A.. O Banco assume as funções de depositário
responsabilidades com pensões de reforma por velhice, do Fundo.
invalidez e sobrevivência que o Banco concedeu aos seus

18. OUTROS PASSIVOS E PASSIVOS DE LOCAÇÃO
Em 31 de Dezembro de 2020 e 31 de Dezembro 2019, estas rubricas têm a seguinte composição:

31/122020 31/12/2018
Operações cambiais
Operações cambiais a prazo 4 031 350 9 940 601
4 031 350 9 940 601
Encargos fiscais a pagar – retidos de terceiros
Sobre o rendimento 219 613 597 545
Outros 430 350 307 684
649 963 905 229
Obrigações de natureza cível 2 464 707 2 019 532
Obrigações de natureza administrativa e de comercialização
Pessoal - salários e outras remunerações
Férias e subsídio de férias 5 830 181 5 456 220
Prémio de desempenho 5 846 436 6 122 402
Outros custos com o pessoal 5 151 447 1 180 375
Contribuições ao Sindicato Funcionários Bancários 1 161 369 -
20 454 140 14 778 529
Outros custos administrativos e de comercialização a pagar
Operações passivas a regularizar 3 227 782 2 496 377
Mensualizações 12 877 023 9 552 523
Movimentos efectuados em ATM’s - a regularizar 6 803 234 5 722 400
IVA a entregar 1 193 897 -
Fundo de Garantia de Depósitos 1 161 557 -
Outros 9 416 522 6 382 641
34 680 015 24 153 941
Responsabilidades por locação 7 318 355 10 840 950
67 133 823 60 619 250
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a rubrica “Outros saldos a liquidar de transferências solicitadas por Clientes
custos administrativos e de comercialização a pagar – regularizadas nos primeiros meses de 2021 e 3 482 617
Outros”, inclui 5 860 148 mAKZ e 1 084 684 mAKZ, mAKZ de saldos de fornecedores e outros impostos a
respectivamente, referentes a valores cativos nas contas regularizar.
de recursos de Clientes e que aguardam compensação por
solicitação de transferência bancária. Apresenta-se abaixo o detalhe dos passivos por locação por
maturidade:
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a rubrica “Movimentos (Montantes expressos em milhares de Kwanzas)
efectuados em ATM´s - a regularizar” corresponde a
2020 2019
operações realizadas em ATM´s que foram regularizadas nos
Responsabilidades por locação
primeiros dias do mês seguinte.
Até 5 anos 5 254 273 3 147 323
5 anos até 10 anos 786 329 2 103 432

Em 31 de Dezembro de 2020 o saldo da rubrica “Outros
Mais de 10 anos 1 277 753 5 590 195
custos administrativos e comercialização a pagar – Outros”
é fundamentalmente composto por 2 377 531 mAKZ de 7 318 355 10 840 950
IAC a pagar dos títulos, 1 119 514 mAKZ referentes a

19. FUNDOS PRÓPRIOS
Capital social Por Deliberação Unânime da Assembleia Geral, de 4 de

Outubro de 2018, foi decidido proceder ao aumento de capital
O Banco foi constituído com um capital social de 1 305 561 do BFA, por incorporação de reservas registadas na rubrica
mAKZ (contravalor de 30 188 657 Euros à taxa de câmbio em “Outras Reservas e Resultados Transitados” no montante de
vigor em 30 de Junho de 2002), representado por 1 305 561 11 478 003 mAKZ. Este aumento de capital foi realizado no
acções nominativas de mil Kwanzas cada, tendo sido subscrito âmbito do previsto no Aviso n.º 02/2018 do Banco Nacional
e realizado por incorporação da totalidade dos activos e de Angola, o qual define que o valor mínimo do capital social
passivos, incluindo os bens ou direitos imobiliários de qualquer integralmente realizado em moeda nacional é de 7 500 000
natureza, assim como todos os direitos e obrigações da anterior mAKZ.
Sucursal.
Consequentemente, em 31 de Dezembro de 2020 e 2019,
No final dos exercícios de 2004, 2003 e 2002, o Banco o capital social do Banco ascende a 15 000 000 mAKZ,
aumentou o seu capital em 537 672 mAKZ, 1 224 333 mAKZ representado por 15 000 000 acções nominativas de mil
e 454 430 mAKZ, respectivamente, através da incorporação Kwanzas cada, tendo a emissão das 13 694 439 novas acções
da reserva especial para manutenção dos fundos próprios, por ocorrido em 26 de Novembro de 2018.
forma a manter o contravalor em Kwanzas da dotação inicial de
capital em moeda estrangeira.
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a estrutura Accionista do Banco é a seguinte:

31/122020 31/12/2019
Número de acções % Número de acções %
Unitel, S.A. 7 785 000 51,90% 7 785 000 51,90%
Banco BPI, S.A. 7 213 050 48,09% 7 213 050 48,09%
Outras entidades do Grupo BPI 1 950 0,01% 1 950 0,01%
15 000 000 100% 15 000 000 100%
Em 7 de Outubro de 2016, a Unitel, S.A. (Unitel) celebrou com i) Alteração parcial dos estatutos do BFA;
o Banco BPI, S.A. (Banco BPI) um acordo para a compra de
2% do capital social do BFA, cuja concretização implicava o ii) Aumento da participação qualificada da Unitel no capital
aumento da percentagem de participação da Unitel no BFA de social do BFA por via da aquisição ao Banco BPI de
49,9% para 51,9%. Nessa mesma data foi também assinado o 26 111 acções ordinárias representativas de 2% do
novo acordo parassocial relativo ao BFA. capital social;
A concretização desta operação encontrava-se dependente da iii) Aquisição indirecta da participação qualificada
verificação das seguintes condições suspensivas: representativa de 48,10% do capital social do BFA,
na sequência da liquidação da oferta pública geral e
• Autorização do Banco Nacional de Angola (BNA) quanto ao obrigatória de aquisição, lançada pelo Caixabank sobre
aumento da participação qualificada já detida pela Unitel a totalidade de acções representativas do capital social
no BFA e autorização das operações de capitais necessárias do Banco BPI.
para o pagamento ao Banco BPI e transferência para
Portugal do preço acordado de 28 milhões de Euros; O BNA estabeleceu como condição que as três operações
referidas anteriormente são indivisíveis, ou seja, é assumido
• Autorização do BNA à alteração dos estatutos do BFA; que deverão ocorrer de forma simultânea ou quase simultânea
ou, não sendo possível por alguma razão assegurar a sua
• Aprovação da operação pela Assembleia Geral do Banco BPI. simultaneidade, a operação referida em (ii) deverá preceder as
operações referidas em (i) e (iii).
Em 12 de Dezembro de 2016, o Banco Nacional de Angola
comunicou que não se opunha à prática dos seguintes actos:

Em 5 de Janeiro de 2017, em execução do acordo de compra e Outras reservas e resultados transitados
venda de acções celebrado em 2016, concretizou-se a venda,
pelo Banco BPI à Unitel, da referida participação representativa Estas rubricas têm a seguinte composição:
de 2% do capital social do BFA. (Montantes expressos em milhares de Kwanzas)
31/12/2020 31/12/2019
Reservas de reavaliação Reservas e fundos
Reserva legal 17 155 909 5 161 890

As reservas de reavaliação correspondem aos resultados
Outras reservas 375 972 818 322 103 819
pendentes, mas de realização provável, líquidos dos encargos
393 128 727 327 265 709
fiscais correspondentes, decorrentes de transacções e de outros
eventos e circunstâncias que não transitam, imediatamente,
pelo resultado do exercício quando reconhecidos pelo Banco. Por deliberação unânime da Assembleia Geral de 24 de Abril
de 2019 foi decidido distribuir aos Accionistas dividendos
A 31 de Dezembro de 2019 o Banco procedeu à transferência no montante de 35 328 956 mAKZ, correspondente
da totalidade das reservas de reavaliação correspondentes a 20.7% do resultado líquido obtido no exercício anterior
à reavaliação de imobilizado para a rubrica de “Resultados (174 258 743 mAKZ), tendo sido distribuído o valor
transitados”. A 31 de Dezembro de 2018 o valor desta reserva remanescente por “Reservas” (138 929 787 mAKZ).
totalizava 1 253 828 mAKZ.
Por deliberação Unânime da Assembleia Geral de 12 de Maio
Até 31 de Dezembro de 2007, inclusive, nos termos da de 2020 foi decidido distribuir aos Accionistas dividendos
legislação em vigor, o Banco procedeu à reavaliação do seu correspondentes a 40% do resultado acumulado atribuível
imobilizado corpóreo através da aplicação de coeficientes, aos Accionistas que foi gerado no exercício de 2019, no total
que reflectiam a evolução mensal do câmbio oficial do Euro, acumulado de 135 192 936 mAKZ.
aos saldos brutos do activo imobilizado corpóreo e respectivas
amortizações acumuladas, expressos em Kwanzas nos registos De facto, não obstante o resultado líquido do exercício de 2019
contabilísticos do Banco no final do mês anterior. A partir ter sido de 119 940 192 mAKZ, o Banco procedeu no exercício
do exercício de 2008, o Banco deixou de reavaliar o seu de 2019 à reexpressão das demonstrações financeiras com
imobilizado (Nota 2.9). referência a 1 de Janeiro de 2018, o que gerou um impacto
positivo em resultados transitados no montante de
As reservas de reavaliação só podem ser utilizadas para a 15 252 744 mAKZ, que foi considerado como parte integrante
cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. do resultado do exercício de 2019 para efeitos da distribuição
de dividendos proposta e aprovada em Assembleia Geral, tendo
No exercício de 2019, o Banco procedeu à reclassificação os mesmos ascendido a 54 077 174 mAKZ (dos quais
do impacto acumulado decorrente da actualização monetária 47 976 077 mAKZ por via do resultado líquido do exercício de
do capital do Banco, registado até 1 de Janeiro de 2017 na 2019 e 6 101 097 mAKZ por via de resultados transitados).
rubrica de “Reserva de actualização monetária do capital
social”, para a rubrica de “Resultados transitados”. Em 31 de O Banco alocou a reserva legal e outras reservas
Dezembro de 2018 esta reserva, no montante de 450 717 11 994 019 mAKZ e 69 121 742 mAKZ (valor global de
mAKZ, encontrava-se apresentada em conjunto com a rubrica 81 115 763 mAKZ). Contudo, conforme referido no parágrafo
de “Capital Social”. anterior, dado que no exercício de 2019 se procedeu a uma
reexpressão das demonstrações financeiras, tendo o valor
Em 2017 e 2018 o Banco não reflectiu o impacto da IAS dos resultados considerado na acta da Assembleia Geral sido
29 nas suas demonstrações financeiras dos exercícios findos superior em 15 252 744 mAKZ, o movimento no exercício de
a essa data. Caso tivesse aplicado a IAS 29, o impacto em 2020 na rubrica de “Outras reservas e resultados transitados”,
termos acumulados em 1 de Janeiro de 2019 seria nulo na totaliza 71 964 115 mAKZ referentes a reserva legal
rubrica de Reservas de reavaliação, o qual incorpora o efeito e outras reservas nos montantes de 11 994 019 mAKZ
da actualização monetária do capital social a essa data no e 53 868 999 mAKZ, respectivamente.
montante de 27 286 845 mAKZ.

No exercício de 2018, em outras reservas e resultados Em 26 de Novembro de 2018, ocorreu um aumento

transitados foi ainda efectuado o registo de de capital social o qual correspondeu ao aumento da
2 137 945 mAKZ relativos ao ajustamento de transição participação de cada Accionista na proporção das respectivas
decorrente da implementação da IFRS 9. participações no capital social do Banco a essa data, tendo
sido emitidas 13 694 439 acções com o valor nominal
Por Deliberação Unânime da Assembleia Geral, de 4 de de 1 000 AKZ. Desta forma, findo o exercício de 31 de
Outubro de 2018, foi decidido proceder ao aumento de capital Dezembro de 2018, o Banco detinha um total de
do BFA, por incorporação de reservas registadas na rubrica 15 000 000 acções ordinárias em circulação. Tendo em
“Outras Reservas e Resultados Transitados” no montante de conta que desde 31 de Dezembro de 2018 não se verificaram
11 478 004 mAKZ. Este aumento de capital foi realizado no variações no capital social do Banco, o número de acções
âmbito do previsto no Aviso n.º 02/2018 do Banco Nacional ordinárias em circulação no exercício findo em 31 de
de Angola, o qual define que o valor mínimo do capital social Dezembro de 2020 é de 15 000 000 acções.
integralmente realizado em moeda nacional é de
7 500 000 mAKZ. Em conformidade com o disposto na norma IAS 33 -
Resultados por acção, o Resultado básico por acção e
Nos termos da legislação vigente, o Banco deverá constituir um o Dividendo atribuído no período devem ser ajustados
fundo de reserva legal até à concorrência do seu capital. Para retrospectivamente, em todos os períodos afectados, caso
tal, é anualmente transferido para esta reserva um mínimo de tenha ocorrido um aumento ou redução do número de acções
10% do resultado líquido do exercício anterior. Esta reserva só ordinárias.
pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados,
quando esgotadas as demais reservas constituídas.
Lucro e dividendo por acção
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, o

resultado básico por acção e o dividendo atribuído, relativo ao
lucro do exercício anterior, foram os seguintes:
31/12/2020 31/12/2019
Nº médio de acções ordinárias emitidas 15 000 000 15 000 000
Resultado líquido do período 89 848 596 119 940 192
Dividendos distribuídos no exercício

54 077 174 35 328 956
referentes ao exercício anterior
Resultado por acções básico 5,99 8,00
Resultado diluído por acção 5,99 8,00
Dividendo por acção distribuído no

3,61 2,36
periodo, referente ao periodo anterior

20. MARGEM FINANCEIRA
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, estas rubricas apresentam a seguinte composição:
31/12/2020 30/06/2019
JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES
De aplicações de liquidez:
Depósitos a prazo em instituições de crédito no estrangeiro 2 283 237 6 056 693
Depósitos a prazo em instituições de crédito no país 263 936 78 803
Outros 55 597 699 965
Proveitos de operações de compra de
títulos com acordo de revenda 2 374 387 2 945 059
4 977 157 9 780 520
De títulos e valores mobiliários:
De títulos detidos para negociação
Bilhetes do Tesouro 10 259 473 28 034 048
Títulos do Banco Central 22 434 879 -
De investimentos ao custo amortizado
Obrigações do Tesouro em moeda nacional indexadas
a moeda estrangeira e em moeda estrangeira 138 350 946 112 467 860
171 045 298 140 501 908
De créditos concedidos
Empresas e Administração Pública
Empréstimos 19 929 180 20 545 526
Credito em conta corrente 6 869 185 6 880 794
Outros créditos 21 505 33 692
Crédito à habitação 453 688 1 089 191
Crédito ao consumo 8 756 032 7 877 153
Outras finalidades 3 332 449 2 303 121
Juros vencidos 1 070 150 682 979
Total de juros e rendimentos similares 216 454 644 189 694 884
Juros e encargos similares
De depósitos:
De depósitos à ordem 539 292 388 160
De depósitos a prazo 27 378 645 34 313 297
27 917 937 34 701 457
De captações para liquidez:
De operações no Mercado Monetário Interfinanceiro 578 940 138 066
578 940 138 066
Outros juros e custos similares 1 254 413 1 379 644
1 254 413 1 379 644
Total de juros e encargos similares 29 751 290 36 219 167

21. RESULTADOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES
31/12/2020 31/12/2019
Proveitos de prestação de serviços
Comissões sobre ordens de pagamento emitidas 1 905 116 1 967 484
Comissões sobre garantias e avales prestados 461 845 566 020
Comissões por créditos documentários de importação abertos 1 138 679 2 427 052
Comissões sobre ATM’s e TPA’s 6 654 775 5 572 590
Comissões sobre títulos 5 932 975 2 540 224
Outras comissões 7 560 712 5 720 288
23 654 102 18 793 658
Custos de comissões e custódia
Comissões (6 840 486) (4 730 576)
16 813 616 14 063 082
O montante registado na rubrica “Outras comissões” corresponde, essencialmente, a proveitos com comissões associadas a
movimentos efectuados com cartões de crédito e a operações realizadas em multicaixa.
22. RESULTADOS CAMBIAIS
31/12/2020 31/12/2019
Variação cambial em activos e passivos denominados em moeda estrangeira (1 540 090) 16 234 746
Operações de compra e venda de moeda estrangeira 44 048 606 24 953 398
42 508 516 41 188 144
A rubrica “Variação cambial em activos e passivos denominados em moeda estrangeira” refere-se essencialmente aos resultados
cambiais relacionados com activos e passivos do Banco em moeda estrangeira e títulos em Kwanzas indexados a Dólares Norte
Americanos.
23. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS
31/12/2020 31/12/2019
Resultado na alienação de imobilizações
Ganhos na alienação de activos tangíveis 52 214 114 934
Perdas na alienação de activos tangíveis (1 653) (4 712)
50 561 110 222

24. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO
31/12/2020 31/12/2019
Outros resultados de exploração:
Contribuição para Fundo de Garantia de Depósitos 176 920 (3 575 733)
Impostos e taxas não incidentes sobre o resultado (8 025 926) (1 775 690)
Penalidades aplicadas por autoridades reguladoras (121 378) (42 478)
Recuperação de custos administrativos e comerciais 4 873 623 4 519 593
Outros 4 768 858 3 657 492
1 672 097 2 783 184
No exercício de 2020 e 2019 a rubrica “Impostos e taxas originalmente pelo Banco, nomeadamente na realização
não incidentes sobre o resultado” inclui um saldo referente de operações de ordens de pagamento e (ii) ganhos com
ao imposto sobre valor acrescentado de 4 769 429 mAKZ renegociação de locações.
e 439 522m AKZ, respectivamente.
No exercício de 2020 e 2019, a rubrica “Outros resultados
Nos exercícios de 2020 e 2019, a rubrica “Outros resultados de exploração – Outros” inclui proveitos com recuperações de
de exploração – Recuperação de custos administrativos e crédito e juros anteriormente anulados ou abatidos ao activo,
comerciais” refere-se essencialmente a: (i) ao reembolso nos montantes de 1 232 424 mAKZ e 760 769 mAKZ.
de despesas de comunicação e expedição suportadas
25. CUSTOS COM O PESSOAL
31/12/2020 31/12/2019
Membros dos Órgãos de Gestão e Fiscalização
Remuneração mensal 313 174 348 311
Remunerações adicionais 1 229 402 626 013
Encargos sociais obrigatórios 140 466 45 475
1 683 042 1 019 799
Empregados
Remuneração mensal 25 118 782 20 636 044
Remunerações adicionais 20 221 592 17 390 162
Encargos sociais obrigatórios 2 861 596 2 209 215
Encargos sociais facultativos 5 590 828 2 179 864
53 792 798 42 415 285
Encargos com planos de pensões
Plano complementar de pensões 3 010 273 2 434 118
Outros 595 150 72 060
3 605 423 2 506 178
59 081 263 45 941 262
Nota: A sub-rubrica de Remunerações Adicionais referente aos Membros dos Órgãos de Gestão e Fiscalização diz respeito a pagamentos antecipados
correspondentes à saída de ex-membros do CA.

26. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS DE TERCEIROS
31/12/2020 31/12/2019
Auditorias, consultorias e outros serviços técnicos especializados 11 804 911 9 727 163
Segurança, conservação e reparação 7 581 385 5 270 162
Transportes, deslocações e alojamentos 1 079 486 2 228 884
Alugueres 488 241 234 063
Comunicações 1 584 895 2 049 062
Água e energia 922 573 1 453 859
Publicações, publicidade e propaganda 1 467 994 2 070 807
Materiais diversos 1 510 472 1 167 467
Seguros 797 855 480 941
Outros fornecimentos de terceiros (77 069) 874 333
27 160 743 25 556 741
27. RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS
Estas rubricas apresentam a seguinte composição:

31/12/2020 31/12/2019
Responsabilidades perante terceiros:
Garantias prestadas 34 083 715 22 819 554
Compromissos perante terceiros
Créditos documentários abertos 16 380 459 68 877 549
50 464 174 91 697 103
Responsabilidades por prestação de serviços:
Serviços prestados pela instituição
Guarda de valores 1 074 737 736 1 255 407 438
Compensação de cheques sobre estrangeiro 189 302 162 287
Remessas documentárias (90 972 706) (57 024 710)
983 954 332 1 198 545 015
Em 31 de Dezembro de 2020 e de 2019, a rubrica “Créditos Os nocionais dos forwards encontram-se reconhecidos nas
documentários abertos” inclui créditos documentários abertos rubricas extrapatrimoniais, no montante de 39 785 662 mAKZ
garantidos por cativos de depósitos no Banco, nos montantes e 40 559 456 mAKZ, em 31 de Dezembro de 2020 e 2019,
de 1 873 443 mAKZ e 5 922 946 mAKZ, respectivamente respectivamente.
(Nota 15).
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a rubrica “Guarda de
Em 31 de Dezembro de 2020 e de 2019, o Banco tem valores” refere-se, essencialmente, a títulos de Clientes sob
constituídas perdas por imparidade para fazer face ao risco custódia do Banco.
de crédito assumido na concessão de garantias e créditos
documentários, nos montantes de 93 062 mAKZ
e 497 119 mAKZ, respectivamente (Notas 9 e 17).

28. PARTES RELACIONADAS
De acordo com o IAS 24, são consideradas entidades • João Boa Francisco Quipipa
relacionadas com o Banco:
• Amílcar Frederico Alves de Lima Safeca
• as entidades que exercem, directa ou indirectamente, uma
influência significativa sobre a gestão e política financeira • Luiz Henrique Soares Rosa
do Banco – Accionistas;
Sociedades onde os membros dos Órgãos Sociais têm
• aquelas em que o Banco exerce, directa ou indirectamente, influência significativa
uma influência significativa sobre a sua gestão e política
financeira – Empresas associadas e de controlo conjunto e • ARLOQUI GESTÃO EMPREENDIMENTOS SA
Fundo de Pensões;
• JBFQ EMPREENDIMENTOS
• os membros do pessoal-chave da gerência do Banco,
considerando-se para este efeito os Membros do • NODIBRAND-SISTEMAS, TECNOLOGIA E CONSULTORIA
Conselho de Administração executivos e não executivos
e as Sociedades em que os membros do Conselho de • ANTOSC, S.A
Administração têm controlo ou controlo conjunto;
• ANGLOBAL - COMERCIO, INDUSTRIA E SERVIÇOS, SA
• subsidiárias, joint-ventures ou associadas do Accionista
com controlo sobre o Banco; • COTROL-SOC. AGRO-PECUÁRIA COMÉRCIO LDA
• pessoal-chave do Accionista com controlo sobre o Banco • FINSTAR-SOC.DE INVEST.E PARTICIPAÇOES,SA

(membros do Conselho de Administração executivos e não
executivos); • INFOSYSTEMS-SOC.SISTEMAS DE INF. S.A.
• entidades controladas ou conjuntamente controladas pelo • ZAP MEDIA,S.A

pessoal-chave do Accionista com controlo sobre o Banco;
• URBINVESTE-PROMOÇÕES PROJECT IMOBILI,SA
• Membros íntimos da família de pessoal-chave do
Accionista com controlo sobre o Banco; e • LANDSCAPE P. P. IMOBILIÁRIOS,LDA
• Entidades controladas ou conjuntamente controladas • URBINVESTE-PROMOÇÕES PROJECT IMOBILI,SA

pelos membros íntimos da família de pessoal-chave dos
Accionistas. • ZAP PUBLISHING, S.A

As entidades relacionadas do Banco com as quais este • SODIBA – SOC. DISTR. BEBIDAS ANGOLA, LDA
manteve saldos ou transacções no exercício findo em
31 de Dezembro de 2020 e 2019 são as seguintes: • YOU CALL LDA
Accionistas do BFA • FAZENDA GIRASSOL, LDA
• Banco BPI • HIPERGEST, SOC DE INV, CAP. FIXO, S.A
• Unitel • EMBALVIDRO - INDUSTRIA (SU), LDA
Membros dos Orgãos Sociais • GOTS – SOC. INVEST. IMOB. CAP. FIXO, S.A
• António Miguel Ferreira Geraldes • EFACEC ANGOLA, LDA
• Isabel José dos Santos • NOVA CIMANGOLA II, S.A

• NOVA CIMANGOLA, S.A Sociedades onde os membros têm controlo ou controlo

conjunto
• NOVA CIMANGOLA - GESTAO DE ACTIVOS, S.A
• BLENDGEST CONSULTING LDA
Sociedades participadas da Unitel
• VLS GLOBAL
• ANGOLA CABLES, S.A.
• MAKENNY-COM.E PREST.DE SERVIÇOS, LDA
BFA - Membros dos Órgãos Sociais e Sociedades onde os
Membros têm Controlo • 4MS MAN SPACE SPA -COM. & SERVIÇOS, LDA
Conselho de Administração • EMPREENDIMENTOS EDICAL LDA
• Rui Jorge Carneiro Mangueira • SEILMA, LDA
• António Domingues • HONGAMBANDU RESTAURAÇÃO E CARTERING
• Divaldo Kenda Feijó Palhares Sociedades onde os membros têm controlo ou controlo
conjunto
• Francisco José Mendes da Costa
• ADVISORS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LDA
• Jacinto Manuel Veloso
• PISON IMOBILIARIA LDA
• Osvaldo Salvador de Lemos Macaia
• ATELIER DO PEIXE LDA
• Otília do Carmo Faleiro
Sociedades participadas do BFA
• António José Simões Matias
• BFA GESTÃO DE ACTIVOS SGOIC. S.A.
• António Manuel Antunes Domingues da Silveira Catana
Conselho de Administração*
• Luís Roberto Fernandes Gonçalves
• Rui Gonçalves de Oliveira
• Maria Manuela Martins Moreira
• Pedro Alexandre Ribeiro Machado Amorim
• Natacha Sofia da Silva Barradas
*Outros membros do Conselho de Administração são Administradores do
• António Manuel Costa Alfaia BFA supra identificados.
• Paulo Lelis de Freitas Alves Fundo de pensões
• Sebastião Machado Francisco Massango • Fundo de pensões BFA
• Vera Cristina dos Anjos Tangue Escórcio
Conselho Fiscal
• Ari Nelson Correia Brandão
• Rodrigo Aguiar de Carvalho Magalhães Quintas
• Valdir de Jesus Lima Rodrigues

Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, os principais saldos e transacções mantidos pelo Banco com entidades relacionadas são
os seguintes:
31/12/2020
Accionistas do BFA Sociedades
onde os
membros do
Membros do Conselho de
Conselho de Administração Partes
Administração têm influência Sociedades Fundo de relacionadas
Grupo BPI Grupo Unitel do BFA significativa participadas Pensões BFA via Unitel Total
Disponibilidades:
Disponibilidades à vista
11 078 777 - - - - - - 11 078 777
sobre instituições de crédito
Aplicações de liquidez: - - - - - - - -
Outros créditos sobre
387 139 009 - - - - - - 387 139 009
Crédito concedido 2 025 - 355 180 - - - 11 317 367 11 674 572
Depósitos de Clientes: - - - - - - - -
Depósitos à ordem - (121 168 707) (1 092 450) (24 278 110) (12 634) - (3 407 809) (149 959 710)
Depósitos a prazo - (119 898 665) (468 920) - (6 496) (8 151 840) (1 865 117) (130 391 038)
Outros passivos - - - - - - - -
Juros e proveitos equiparados (187 569) - - - - - - (187 569)
Juros e outros custos
- - - - - - - -
equiparados
Comissões e outros custos - - - - - - - -
Títulos depositados - (179 188 005) (2 320 344) (678 576) - (28 287 612) (1 100 292) (211 574 829)
Unidades de participação - (4 500 000) (31 800) (50 000) - (3 732 757) (118 000) (8 432 557)
Créditos documentários - 12 948 - - - - - 12 948
Garantias bancárias - - - - - - - -
31/12/2019
Accionistas do BFA Sociedades
onde os
membros do
Membros do Conselho de
Conselho de Administração Partes
Administração têm influência Sociedades Fundo de relacionadas
Grupo BPI Grupo Unitel do BFA significativa participadas Pensões BFA via Unitel Total
Disponibilidades:
Disponibilidades à vista
21 180 753 - - - - - - 21 180 753
sobre instituições de crédito
Aplicações de liquidez:
Outros créditos sobre
190 008 629 - - - - - - 190 008 629
Crédito concedido - - 229 021 - - - 19 116 966 19 345 987
Depósitos de Clientes:
Depósitos à ordem 1 126 (14 517 317) (726 864) (42 610) (49 289) (5 127) (7 676 402) (23 016 484)
Depósitos a prazo - (128 587 453) (226 563) - - (5 633 877) (1 791 944) (136 239 837)
Outros passivos - - - - - - - -
Juros e proveitos equiparados 2 408 789 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 2 408 789
Juros e outros custos
- n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. -
equiparados
Comissões e outros custos - n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. -
Títulos depositados - (249 764 131) (2 242 495) (579 459) (413 250) (21 873 234) (1 055 357) (275 927 926)
Unidades de participação - (1 500 000) (50 000) (50 000) - - (6 000) (1 606 000)
Créditos documentários - 6 362 672 - - - - 2 522 294 8 884 966
Garantias bancárias - 2 848 296 - - - - - 2 848 296

A informação apresentada quanto aos “Membros dos Órgãos

Sociais do BFA” inclui os principais saldos e transacções
mantidos pelo Banco com:
• Membros dos Órgãos Sociais do BFA; e
• Membros íntimos dos membros dos Órgãos Sociais

do BFA.
A informação apresentada quanto às “Sociedades onde

os membros dos Órgãos Sociais do BFA têm influência
significativa” inclui os principais saldos e transacções
mantidos pelo Banco com:
• Sociedades onde os membros dos Órgãos Sociais do BFA

têm influência significativa; e
• Sociedades onde os membros íntimos dos membros dos

Órgãos Sociais do BFA têm influência significativa.
A informação apresentada quanto às “Partes relacionadas

via Unitel” inclui os principais saldos e transacções mantidos
pelo Banco com:
• Membros do Conselho de Administração da Unitel;
• Sociedades onde os membros do Conselho de

Administração da Unitel têm influência significativa;
• Membros íntimos dos membros do Conselho de

Administração da Unitel; e
• Sociedades participadas da Unitel.
A informação apresentada com referência ao período findo

em 20 de Junho de 2020 e 31 de Dezembro de 2019 não
inclui os custos e proveitos com a Unitel, com os Membros
dos Órgãos Sociais do BFA, com as Sociedades onde estes
têm influência significativa ou controlo, com as Sociedades
participadas, com o Fundo de Pensões BFA e com as Partes
relacionadas por via Unitel.

29. BALANÇO POR MOEDA
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, os balanços por moeda apresentam a seguinte estrutura:

2020 2019
Moeda Moeda Moeda Moeda

nacional estrangeira Total nacional estrangeira Total
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 221 400 387 252 816 448 474 216 835 183 418 884 119 297 311 302 716 195
Disponibilidades em outras instituições de

17 000 26 259 793 26 276 793 - 42 507 797 42 507 797
crédito

16 481 254 632 610 481 649 091 735 23 893 849 432 853 147 456 746 995

354 020 911 11 673 377 365 694 288 170 255 828 2 434 373 172 690 202
resultados
Investimentos ao custo amortizado 587 007 692 390 829 067 977 836 759 521 752 627 307 099 212 828 851 838
Crédito a Clientes 255 187 818 78 185 451 333 373 269 222 912 124 105 024 613 327 936 737
Activos não correntes detidos para venda 267 759 - 267 759 - 84 788 84 788

50 375 - 50 375 50 375 - 50 375
Outros activos tangíveis 30 575 320 - 30 575 320 32 588 090 - 32 588 090
Activos intangíveis 213 472 - 213 472 630 225 - 630 225
Activos por impostos correntes 4 186 - 4 186 4 186 - 4 186
Activos por impostos diferidos 759 347 886 441 1 645 788 6 575 365 1 312 114 7 887 478
Outros activos 9 189 567 6 463 564 15 653 131 18 203 055 4 160 074 22 363 129
Total do Activo 1 475 175 088 1 399 724 622 2 874 899 710 1 180 284 607 1 014 773 429 2 195 058 036
Recursos de Bancos centrais e de outras

2 133 775 1 954 524 4 088 299 1 619 111 6 049 996 7 669 106
Recursos de Clientes e outros empréstimos 953 755 298 1 298 447 409 2 252 202 707 707 070 365 915 827 279 1 622 897 644
Passivos financeiros ao justo valor através de

4 244 410 - 4 244 410 12 675 871 - 12 675 871
resultados
Provisões 17 444 727 24 023 344 41 468 071 3 094 941 21 267 223 24 362 164
Passivos por impostos correntes 7 794 665 (9 588) 7 785 077 4 628 099 - 4 628 099
Outros passivos 7 319 429 59 814 394 67 133 823 (21 429 599) 82 048 849 60 619 250
Total do Passivo 992 692 304 1 384 230 083 2 376 922 387 707 658 788 1 025 193 347 1 732 852 134
Activo (Passivo) Líquido 482 482 784 15 494 539 497 977 323 472 625 819 (10 419 918) 462 205 902
Fundos próprios 497 977 323 - 497 977 323 462 205 902 - 462 205 902
O quadro acima inclui os títulos em Kwanzas indexados a “Investimentos ao custo amortizado”) e (ii) os nocionais dos
Dólares Norte Americanos na moeda nacional. forwards (reconhecidos nas rubricas extrapatrimoniais) na
rubrica “Outros activos” em “Moeda nacional”, o balanço por
Caso se inclua nos saldos com moeda estrangeira (i) os moeda apresenta a seguinte estrutura:
títulos em kwanzas indexados a Dólares Norte Americanos
(“Activos financeiros ao justo valor através de resultados”, e

Os créditos a Clientes concedidos pelo Banco e denominados em moeda estrangeira, nomeadamente em Dólares Norte Americanos,
são apresentados no quadro acima na coluna “Moeda estrangeira”.
2020 2019
Moeda Moeda Moeda Moeda

nacional estrangeira Total nacional estrangeira Total
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 221 400 387 252 816 448 474 216 835 183 418 884 119 297 311 302 716 195

17 000 26 259 793 26 276 793 - 42 507 797 42 507 797
crédito

16 481 254 632 610 481 649 091 735 23 893 849 432 853 147 456 746 996

283 980 793 81 713 495 365 694 288 93 143 357 79 546 844 172 690 201
resultados
Activos não correntes detidos para venda 267 759 - 267 759 - 84 788 84 788

50 375 - 50 375 50 375 - 50 375
Outros activos tangíveis 30 575 320 - 30 575 320 32 588 090 - 32 588 090
Activos intangíveis 213 472 - 213 472 630 225 - 630 225
Activos por impostos correntes 4 186 - 4 186 4 186 - 4 186
Activos por impostos diferidos 759 347 886 441 1 645 788 6 575 365 1 312 114 7 887 479
Outros activos (30 596 095) 46 249 226 15 653 131 (22 356 401) 44 719 530 22 363 129
Total do Activo 1 365 349 308 1 509 550 402 2 874 899 710 1 062 612 680 1 132 445 357 2 195 058 037

2 133 775 1 954 524 4 088 299 1 619 111 6 049 996 7 669 106
Recursos de Clientes e outros empréstimos 953 755 298 1 298 447 409 2 252 202 707 707 070 365 915 827 279 1 622 897 644

4 244 410 - 4 244 410 12 675 871 - 12 675 871
resultados
Provisões 17 444 727 24 023 344 41 468 071 3 094 941 21 267 223 24 362 164
Passivos por impostos correntes 7 794 665 (9 588) 7 785 077 4 628 099 - 4 628 099
Outros passivos (32 466 233) 99 600 056 67 133 823 (61 989 055) 122 608 305 60 619 250
Total do Passivo 952 906 642 1 424 015 745 2 376 922 387 667 099 332 1 065 752 803 1 732 852 134
Activo (Passivo) Líquido 412 442 666 85 534 657 497 977 323 395 513 349 66 692 553 462 205 903
Fundos próprios 497 977 323 - 497 977 323 462 205 902 - 462 205 902
Os créditos a Clientes concedidos pelo Banco e denominados independentemente da moeda contratada. Esta obrigatoriedade
em moeda estrangeira, nomeadamente em Dólares Norte apenas se aplica às operações de crédito contratadas após a
Americanos, são apresentados no quadro acima na coluna data de entrada em vigor do referido normativo. Refira-se que
“Moeda estrangeira”. No entanto, de acordo com o número os Clientes do Banco têm, em geral, efectuado a liquidação
2 do artigo 4 do Aviso n.º 3 / 2012, do Banco Nacional de das prestações de capital e juros dos créditos denominados
Angola, as instituições financeiras devem, na cobrança das em Dólares norte-americanos, pelo respectivo contravalor, em
prestações de crédito concedido, aceitar fundos disponíveis kwanzas, à data da liquidação, ao abrigo da faculdade prevista
nas contas dos seus Clientes expressos em quaisquer moedas, no Aviso n.º 3/2012 do BNA.

30. GESTÃO DE RISCOS
As actividades do BFA estão expostas a uma variedade de nos termos da legislação aplicável em cada momento. As
factores de risco financeiro, incluindo os efeitos de alterações posições em risco respeitantes a um mesmo Cliente ou grupo
de preços de mercado: risco cambial, risco de crédito, risco económico, são classificadas, tendo como referência aquelas
de liquidez e risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro, que representam maior risco.
entre outros.
Actualmente, tendo em consideração a regulamentação do
A gestão de risco do BFA é controlada pela Direcção de Gestão Banco Nacional de Angola:
de Riscos, de acordo com políticas aprovadas pelo Conselho
de Administração. Nesse sentido, o Conselho de Administração • Para um só Cliente, são consideradas todas as suas
tem definido por escrito os principais princípios de gestão de responsabilidades perante o Banco, em vigor ou potenciais,
risco globais, e bem assim políticas específicas para algumas já contratadas ou comprometidas, por financiamentos e
áreas, como sejam a cobertura de risco de taxa de juro, risco garantias (exposição total do Banco ao Cliente);
de liquidez e risco de crédito.
• Para um grupo de Clientes, é considerada a soma das
O Conselho de Administração define os princípios para a responsabilidades perante o Banco, de cada Cliente que
gestão do risco como um todo e as políticas que cobrem áreas constitui o grupo (exposição total do Banco ao grupo); e
específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro,
risco de crédito, o uso de derivados e outros instrumentos • A existência de garantias com risco Estado, ou de liquidez
financeiros não derivados, bem como o investimento do imediata, tem impacto no cálculo do valor da Exposição
excesso de liquidez. Global.
30.1 RISCO DE CRÉDITO Classificação de Risco
O risco de crédito corresponde ao risco de incumprimento O Banco classifica as operações de crédito por ordem
das contrapartes, com as quais o Banco mantém posições crescente de risco, de acordo com as seguintes classes:
abertas em instrumentos financeiros, enquanto entidade
credora. De acordo com o Regulamento Geral de Crédito do Nível A: Risco mínimo
BFA, a concessão de crédito, no Banco, assenta nos seguintes Nível B: Risco muito baixo
princípios basilares: Nível C: Risco baixo
Nível D: Risco moderado
Formulação de propostas Nível E: Risco elevado
Nível F: Risco muito elevado
As operações de crédito, ou garantias, sujeitas à decisão Nível G: Risco máximo
do BFA:
A classificação individual da posição em risco considera as
• Encontram-se adequadamente caracterizadas em Ficha características e os riscos da operação e do mutuário, sendo
Técnica, contendo todos os elementos essenciais e classificadas, inicialmente, com base nos seguintes critérios
acessórios, necessários à formalização da operação; adoptados pelo Banco:
• Respeitam a ficha do produto respectivo; Nível A: operações que se encontrem:
• Estão acompanhadas de análise de risco de crédito (i) assumidas pelo Estado Angolano, englobando as suas
devidamente fundamentada; administrações centrais e provinciais;
• Contêm as assinaturas dos órgãos proponentes. (ii) assumidas por administrações centrais, Bancos centrais
de países, incluídos no grupo 1 (definido no Instrutivo n.º
Análise de risco de crédito 1/2015, de 14 de Janeiro, do Banco Nacional de Angola),
organizações internacionais, Bancos multilaterais de
Na análise de risco de crédito, é considerada a exposição total desenvolvimento e organizações internacionais;
do Banco ao Cliente, ou ao grupo em que o Cliente se integra,

(iii) totalmente garantidas por depósitos em numerário, ou As garantias reais são avaliadas previamente à decisão de
certificados de depósito, constituídos, ou emitidos pela crédito, sendo estas avaliações revistas periodicamente.
instituição mutuante, ou por instituições em relação Excepções a esta regra (com decisões condicionadas a uma
de domínio, ou de grupo com a instituição mutuante avaliação posterior) implicam que o desembolso só ocorrerá
e tenha sede em Angola, ou país incluído no grupo 1, depois do Banco obter a avaliação da garantia.
Bancos multilaterais de desenvolvimento e organizações
internacionais, desde que a posição em risco e o depósito Os principais tipos de colateral para crédito a Clientes são:
ou certificado estejam denominados na mesma moeda;
• Hipotecas sobre imóveis residenciais;
(iv) totalmente garantidas por depósitos em numerário ou
certificados de depósito constituídos ou emitidos pela • Encargos sobre activos da empresa, tal como instalações,
instituição mutuante ou por sucursais da instituição inventário ou contas a receber;
mutuante, não abrangidas pela alínea anterior, desde que
a posição em risco e o depósito ou certificado estejam • Encargos sobre instrumentos financeiros, como títulos de
denominados na mesma moeda; dívida ou acções; e
(v) totalmente garantidas por títulos, ou obrigações, emitidas • Encargos sobre Depósitos a Prazo na instituição.
pelo Estado Angolano, ou pelo Banco Nacional de Angola.
Os financiamentos de longo prazo e empréstimos a entidades
Nível B e seguintes: restantes créditos. corporativas têm normalmente uma garantia associada. Pelo
contrário, os produtos de crédito revolving não têm uma
A classificação das posições em risco é revista sempre que se garantia associada, geralmente.
verifiquem alterações nos indícios de imparidade no atraso de
pagamentos. Os colaterais obtidos como garantia para activos financeiros,
que não crédito a Clientes, dependem sempre do tipo de
No âmbito da revisão regular das operações de crédito, instrumento financeiro. Os instrumentos de dívida não têm,
incluindo operações com crédito vencido, o BFA efectua normalmente, uma garantia associada, com a excepção dos
reclassificações de operações de crédito vencido para instrumentos securitizados, que têm como garantia portefólios
vincendo, com base numa análise das perspectivas económicas de instrumentos financeiros. Por outro lado, os instrumentos
de cobrabilidade, atendendo nomeadamente à existência derivados têm garantias associadas.
de garantias, ao património dos mutuários ou avalistas e à
existência de operações, cujo risco o BFA equipara a risco As políticas do Banco acerca dos colaterais obtidos como
Estado ou ainda quando circunstancialmente a situação de garantia não sofreram alterações significativas durante o
atraso resulte da exclusiva responsabilidade do Banco por falha período de reporte, não tendo também havido alterações
pontual dos seus processos. significativas a nível da qualidade dos colaterais detidos pelo
Banco desde o período anterior.
Associação de Garantias
Na concessão de crédito a particulares, ou pequenas

empresas, com prazo superior a 36 meses, na ausência de
aplicações financeiras, regra geral o BFA obriga à apresentação
de garantia real de bem imóvel.

As operações de crédito têm associadas garantias consideradas
adequadas ao risco do mutuário, natureza e prazo da operação,
as quais são devidamente fundamentadas, em termos de
suficiência e liquidez.

O Banco monitoriza os colaterais obtidos como garantia para créditos a Clientes em imparidade, já que se torna mais provável que
o Banco tome posse desses colaterais para mitigar possíveis perdas de crédito. Os créditos a Clientes em imparidade (stage 3) e os
colaterais obtidos como garantia detalham-se conforme segue:
31/12/2020
Justo valor dos

Crédito Bruto Imparidade Crédito Líquido colateriais
Particulares Particulares
CARC Cartões de crédito 2 159 1 394 765 0
CC Contas correntes 21 478 21 478 0 0
CRF Crédito financiamento 2 929 540 2 299 323 630 217 5 125 652
CRR Crédito rendas 10 028 020 7 255 040 2 772 980 16 091 365
DO Descobertos 1 862 190 1 416 280 445 910 0
14 843 387 10 993 515 3 849 872 21 217 017
Empresas Empresas
CC Contas correntes 932 664 424 632 508 032 1 070 226
CRF Crédito financiamento 16 467 861 14 453 060 2 014 801 19 763 127
CRR Crédito rendas 300 581 218 523 82 058 4 961 085
DO Descobertos 2 184 416 2 135 279 49 137 0
19 885 522 17 231 494 2 654 028 25 794 438
Total 34 728 909 28 225 009 6 503 900 47 011 455
31/12/2019
Justo valor dos

Crédito Bruto Imparidade Crédito Líquido colateriais
Particulares Particulares
CARC Cartões de crédito 1 069 517 552 0
CC Contas correntes 20 654 20 654 0 96 445
CRF Crédito financiamento 2 324 241 2 063 069 261 172 4 868 994
CRR Crédito rendas 8 576 211 6 066 029 2 510 182 21 006 789
DO Descobertos 296 490 224 258 72 232 0
11 218 665 8 374 527 2 844 138 25 972 228
Empresas Empresas
CC Contas correntes 617 329 553 994 63 335 1 337 323
CRF Crédito financiamento 9 625 639 7 729 573 1 896 066 27 425 218
CRR Crédito rendas 192 620 158 083 34 537 1 268 048
DO Descobertos 1 616 642 1 591 494 25 148 0
12 052 230 10 033 144 2 019 086 30 030 589
Total 23 270 895 18 407 671 4 863 224 56 002 817
Exclusões por Incidentes • Atraso na realização de pagamentos de capital ou juros

devidos a uma instituição financeira por período superior
O Banco não concede crédito a Clientes que registem a 45 dias;
incidentes materiais nos últimos 24 meses que sejam do
conhecimento do BFA, nem a outras empresas que façam • Utilização irregular de meios de pagamento da
parte de um grupo com Clientes que estejam nessa situação. responsabilidade dessa pessoa ou entidade;
São considerados incidentes materiais:

• Pendência de acções judiciais contra essa pessoa ou pagamento dos juros vencidos e de mora, ou em função da
entidade que tenham potenciais efeitos adversos na qualidade e valor de novas garantias, apresentadas para a
respectiva situação económica ou financeira. operação renegociada.
Excepções a estas regras têm regras de decisão específicas ao Acompanhamento de crédito irregular
abrigo do regulamento geral de crédito do Banco, revestidas de
maior exigência. O crédito irregular é acompanhado pelas equipas comerciais,
por regra até aos 60 dias de atraso, com monitorização de
Reestruturações uma equipa especializada. Após 60 dias de incumprimento,
a gestão da relação passa para essa equipa especializada,
Por princípio, o BFA só formaliza operações de reestruturação que tem por missão colaborar nas acções de recuperação
de créditos em curso, após avaliação da capacidade do Cliente de crédito, podendo assumir as negociações e propostas de
em cumprir com o novo plano, caso se observe dos seguintes reestruturação, sendo responsável pelo acompanhamento de
critérios: processos sob a sua gestão.
• São apresentadas novas garantias (mais líquidas e/ ou mais As negociações para reestruturação obedecem aos princípios
valiosas) para a nova operação; anteriormente referidos.
• É efectuada a prévia liquidação de Juros Remuneratórios e Esta equipa é responsável pela gestão e relação com o Cliente,
de Mora (no caso de operação em incumprimento); e com o objectivo de recuperação do crédito, recorrendo à
execução, por via judicial, caso necessário.
• Ocorre liquidação parcial significativa do capital em dívida
(regular e/ou irregular). Imparidades
Excepcionalmente, e caso não se verifique nenhum O BFA implementou um modelo de cálculo de perdas por
dos pressupostos descritos, o BFA admite formalizar a imparidade para a carteira de crédito, nos termos dos
reestruturação formal de dívidas de particulares, caso se requisitos previstos na IFRS 9.
verifique, que nos últimos 6 meses, ocorreram depósitos de
valor mínimo igual ao montante da prestação, prevista para a O BFA procede mensalmente ao cálculo de perdas por
operação reestruturada. imparidade para a carteira de crédito com base no modelo
implementado, sendo o montante de imparidade apurado
As operações de crédito reestruturadas por dificuldades aprovado ao nível da Comissão Executiva do Conselho de
financeiras do Cliente estão tipificadas em Regulamento Geral Administração.
de Crédito e obedecem aos normativos específicos do regulador
quanto a esta matéria. A primeira aplicação e respectivos resultados deste modelo
foram apurados com referência a 1 de Janeiro de 2018. Desde
As operações de reestruturação são marcadas, para efeitos de essa data de referência têm sido efectuados cálculos mensais.
agravamento de risco, e acompanhadas, de forma periódica, Os resultados semestrais são aprovados pelo Conselho de
quanto ao cumprimento do plano estabelecido, e apenas são Administração do Banco.
desmarcadas, quando cumpridas determinadas condições de
regularidade no cumprimento do plano. Títulos e valores mobiliários
As operações objecto de renegociação são mantidas, A carteira de títulos do BFA respeita o princípio da
pelo menos, no mesmo nível de risco em que estavam elevada qualidade creditícia dos seus emitentes, sendo
classificadas, no mês imediatamente anterior à renegociação. maioritariamente constituída por títulos emitidos pelo Estado
A reclassificação para um nível de risco inferior ocorre apenas Angolano e pelo Banco Nacional de Angola, em 31 de
se houver uma amortização regular e significativa da operação, Dezembro de 2020 e 2019.

Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a exposição máxima ao risco de crédito apresenta o seguinte detalhe:
31/12/2020 31/12/2019
Valor Valor Valor Valor
contabilístico contabilístico contabilístico contabilístico
bruto Imparidade líquido bruto Imparidade líquido
Patrimoniais
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 474 216 835 - 474 216 835 302 716 195 - 302 716 195

26 295 341 18 548 26 276 793 42 522 475 14 678 42 507 797
crédito

649 862 691 770 956 649 091 735 457 492 832 745 837 456 746 995

365 694 288 - 365 694 288 172 690 202 172 690 202
resultados
Investimentos ao custo amortizado 1 035 154 711 57 317 952 977 836 759 842 084 352 13 232 514 828 851 838
2 939 042 615 112 552 936 2 826 489 680 2 176 676 331 45 226 567 2 131 449 764
Extrapatrimoniais
Garantias prestadas e créditos documentários

50 464 174 93 062 50 371 112 91 697 103 663 952 91 033 151
abertos
Total 2 989 506 789 112 645 998 2 876 860 792 2 268 373 434 45 890 519 2 222 482 915

A qualidade de crédito de activos financeiros tem a seguinte composição, em 31 de Dezembro de 2020 e 2019:
31/12/2020
Nível de Exposição Exposição
Origem do rating rating bruta Imparidade líquida
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais Rating externo CCC+ a CCC 441 982 650 - 441 982 650
Sem rating N/D 32 234 185 - 32 234 185
474 216 835 - 474 216 835
Disponibilidades em outras instituições de crédito Rating externo AAA a AA- 1 348 603 - 1 348 603
A+ a A- 1 809 926 (63) 1 809 863
BBB+ a BBB- 11 832 883 (1 235) 11 831 648
BB+ a BB- 7 528 679 (2 492) 7 526 187
B+ a B- - - -
CCC+ a CCC - - -
CCC a CC- 3 689 235 (14 757) 3 674 478
Sem rating N/D 86 015 (0) 86 015
26 295 341 (18 548) 26 276 793
Rating externo AAA a AA- 55 218 836 (13 253) 55 205 583
A+ a A- 38 978 221 (14 812) 38 963 410
BBB+ a BBB- 496 956 537 (591 264) 496 365 273
BB+ a BB- 42 227 843 (151 628) 42 076 215
B+ a B- - - -
CCC+ a CCC 16 481 254 - 16 481 254
CCC a CC- - - -
Sem rating N/D - - -
649 862 691 (770 956) 649 091 735
Rating externo CCC+ a CCC 360 799 031 - 360 799 031
resultados
Sem rating N/D 4 895 257 - 4 895 257
365 694 288 - 365 694 288
Investimentos ao custo amortizado Rating externo CCC+ a CCC 1 035 154 711 (57 317 952) 977 836 759
N/D - - -
1 035 154 711 (57 317 952) 977 836 759
Crédito a Clientes - Patrimonial Rating interno Classe A 149 129 679 (6 963 779) 142 165 900
Classe B 141 836 496 (4 667 977) 137 168 519
Classe C 1 016 976 (291 857) 725 120
Classe D 49 771 409 (11 620 448) 38 150 962
Classe E 14 459 170 (4 678 145) 9 781 025
Classe F 950 997 (552 385) 398 612
Classe G 30 654 022 (25 670 891) 4 983 131
387 818 750 (54 445 480) 333 373 270
Crédito a Clientes - Extrapatrimonal Rating interno Classe A 5 444 216 (17 234) 5 426 983
Classe B 45 019 958 (74 366) 44 945 591
Classe C - (212) (212)
Classe D - (28) (28)
Classe E - (155) (155)
Classe F - (30) (30)
Classe G - (1 037) (1 037)
50 464 174 (93 062) 50 371 112
Total 2 989 506 790 (112 645 997) 2 876 860 793

31/12/2019
Nível de Exposição Exposição
Origem do rating rating bruta Imparidade líquida
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais Rating externo B+ a B- 272 027 455 - 272 027 455
Sem rating N/D 30 688 740 - 30 688 740
302 716 195 - 302 716 195
Disponibilidades em outras instituições de crédito Rating externo AAA a AA- 824 727 (2) 824 725
A+ a A- 1 762 974 (60) 1 762 914
BBB+ a BBB- 13 528 486 (1 583) 13 526 903
BB+ a BB- 24 458 958 5 230 24 464 188
B+ a B- - - -
CCC a CC- 1 933 881 (7 736) 1 926 145
Sem rating N/D 13 449 (10 527) 8 923
42 522 475 (14 678) 42 507 797

Rating externo AAA a AA- 48 287 141 (13 038) 48 274 103
A+ a A- 38 607 922 (14 015) 38 593 907
BBB+ a BBB- 115 651 027 (121 281) 115 529 746
BB+ a BB- 231 052 893 (597 503) 230 455 390
B+ a B- 23 893 849 - 23 893 849
Sem rating N/D -
457 492 832 (745 837) 456 746 994

Rating externo B+ a B- 169 700 058 - 169 700 058
resultados
Sem rating N/D 2 990 144 - 2 990 144
172 690 202 - 172 690 202
Investimentos ao custo amortizado Rating externo B+ a B- 842 084 352 (13 232 514) 855 316 866
N/D - - -
842 084 352 (13 232 514) 828 851 838
Crédito a Clientes - Patrimonial Rating interno Classe A 128 475 115 (2 139 495) 126 335 620
Classe B 174 096 065 (3 813 067) 170 282 998
Classe C 1 561 222 (516 131) 1 045 091
Classe D 29 575 358 (6 871 753) 22 703 605
Classe E 2 012 116 (1 288 183) 723 933
Classe F 1 401 811 (569 802) 832 009
Classe G 22 048 588 (16 035 107) 6 013 481
359 170 275 (31 233 538) 327 936 737
Crédito a Clientes - Extrapatrimonal Rating interno Classe A 4 958 191 (5 895) 4 952 296
Classe B 86 737 465 (646 627) 86 090 838
Classe C - (126) (126)
Classe D - (294) (294)
Classe E - (2 917) (2 917)
Classe F - (1 850) (1 850)
Classe G 1 447 (6 243) (4 796)
91 697 103 (663 952) 91 033 151
Total 2 268 373 434 (45 890 519) 2 222 482 915

Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, os rendimentos e gastos de juros de instrumentos financeiros não mensurados ao justo valor
através de resultados, líquidos de imparidade, apresentam o seguinte detalhe:
31/12/2020 31/12/2019
Rendimentos Gastos Líquido Rendimentos Gastos Líquido

Activos

4 977 155 (181 105) 5 158 260 9 780 520 (108 451) 9 888 971
183 760 291 59 346 396 124 413 895 161 660 836 13 791 821 147 869 015
Passivos
Recursos de Clientes e outros empréstimos - 27 917 938 (27 917 938) - 34 701 457 (34 701 457)

- 578 939 (578 939) - 138 067 (138 067)
- 28 496 877 (28 496 877) - 34 839 524 (34 839 524)
Extrapatrimoniais
Garantias prestadas 461 845 - 461 845 566 020 - 566 020
Créditos documentário 1 138 679 - 1 138 679 2 427 052 - 2 427 052
1 600 524 - 1 600 524 2 993 072 - 2 993 072
185 360 815 87 843 273 97 517 542 164 653 908 48 631 345 116 022 563
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, os ganhos e perdas líquidas em instrumentos financeiros apresenta o seguinte detalhe:
31/12/2020
Por contrapartida de resultados Por contrapartida de Capitais Próprios
Ganhos Perdas Resultados Ganhos Perdas Resultados

Activos

4 977 155 (181 105) 5 158 260 - - -

50 362 481 - 50 362 481 - - -
resultados
Investimentos ao custo amortizado 138 350 946 42 606 607 95 744 339 - - -
Crédito a Clientes 40 432 190 16 920 894 23 511 296 - - -
234 122 772 59 346 396 174 776 376 - - -
Passivos
Recursos de Clientes e outros empréstimos - 27 917 938 (27 917 938) - - -

- 578 939 (578 939) - - -

585 191 4 244 410 (3 659 219)
resultados
585 191 32 741 287 (32 156 096) - - -
Extrapatrimoniais
Garantias prestadas 461 845 - 461 845 - - -
Créditos documentário 1 138 679 - 1 138 679 - - -
1 600 524 - 1 600 524 - - -

31/12/2019
Por contrapartida de resultados Por contrapartida de Capitais Próprios
Ganhos Perdas Resultados Ganhos Perdas Resultados

Activos
9 780 520 (108 451) 9 888 971 - - -
35 892 590 9 609 680 26 282 910 - - -
resultados
Investimentos ao custo amortizado 112 467 860 8 712 254 103 755 606 - - -
Crédito a Clientes 39 412 456 5 188 018 34 224 438 - - -
197 553 426 23 401 501 174 151 925 - - -
Passivos
Recursos de Clientes e outros empréstimos - 34 701 457 (34 701 457) - - -
- 138 067 (138 067) - - -
208 633 12 675 871 (12 467 238)
resultados
208 633 47 515 395 (47 306 762) - - -
Extrapatrimoniais
Garantias prestadas 566 020 - 566 020 - - -
Créditos documentário 2 427 052 - 2 427 052 - - -
2 993 072 - 2 993 072 - - -
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a concentração geográfica da exposição ao risco de crédito apresenta o seguinte detalhe:
31/12/2020
Outros países
Angola de África Europa Outros Total
Activos
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 474 216 835 - - - 474 216 835
Disponibilidades em outras instituições de crédito 17 000 6 045 808 20 052 323 161 662 26 276 793
15 710 298 83 202 750 550 178 687 - 649 091 735
365 694 288 - - - 365 694 288
resultados
Investimentos ao custo amortizado 977 836 759 - - - 977 836 759
Crédito a Clientes 333 373 269 - - - 333 373 269
Total 2 166 848 449 89 248 558 570 231 010 161 662 2 826 489 679
31/12/2019
Outros países
Angola de África Europa Outros Total
Activos
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 302 716 195 - - - 302 716 195
Disponibilidades em outras instituições de crédito - 6 632 941 35 780 481 94 375 42 507 797
23 148 011 93 939 913 339 659 071 - 456 746 995
172 690 202 - - - 172 690 202
resultados
Crédito a Clientes 327 936 737 - - - 327 936 737
Total 1 655 342 983 100 572 854 375 439 552 94 375 2 131 449 764

A concentração sectorial do crédito a Clientes em 31 de Dezembro de 2020 e 2019 tem a seguinte composição:
Relatório
31/12/2020
Crédito a Clientes Imparidade

Crédito a
Clientes - Exposição Peso Imparidade/
Vincendo Vencido extrapatrimoniais total relativo Valor Exposição total
Empresas
Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados por

Económico
281 756 173 - 281 929 0% 3 544 1%

Enquadramento
empresas
Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais 826 626 130 070 - 956 696 0% 378 137 40%
Administração Central 52 182 587 192 - 52 182 779 12% 2 796 422 5%
Agricultura, produção animal, caça e silvicultura 52 506 120 509 801 1 400 984 54 416 905 12% 11 784 690 22%
O BFA
Alojamento e restauração 5 454 360 70 007 42 859 5 567 226 1% 151 469 3%
Actividades financeiras 16 864 - 10 077 996 10 094 861 2% 4 122 0%
Comércio por grosso e retalho 5 048 451 855 619 2 974 968 8 879 038 2% 1 276 048 14%
Construção 54 284 898 1 056 845 6 867 727 62 209 469 14% 3 333 519 5%
Educação 252 729 367 982 - 620 711 0% 476 796 77%
Industrias extractivas 350 136 5 141 179 5 000 5 496 316 1% 7 343 092 134%
Gestão de Risco
Industrias transformadoras 7 324 960 666 9 908 424 17 234 050 4% 1 163 752 7%
Outras empresas de serviços 102 840 210 2 445 517 14 984 557 120 270 284 27% 11 815 019 10%
Produção e distribuição de elecricidade, gás e água 1 389 311 2 342 731 063 2 122 717 0% 48 158 2%
Saude e acção social 147 740 35 969 - 183 709 0% 29 401 16%
Transportes, armazenagem e comunicações 1 055 227 1 282 025 3 455 184 5 792 436 1% 2 036 004 35%
283 961 977 11 898 387 50 448 762 346 309 126 42 640 173
Análise Financeira
Particulares
Consumo 57 420 866 1 844 898 - 59 265 764 14% 2 939 625 5%
Habitação 28 836 781 1 055 913 - 29 892 694 7% 7 300 842 24%
Outros fins 1 122 888 1 677 039 15 412 2 815 339 1% 1 657 902 59%
87 380 535 4 577 851 15 412 91 973 797 11 898 369

Demonstrações
Total 371 342 511 16 476 238 50 464 174 438 282 923 54 538 542
Financeiras e Notas
Anexos
271
31/12/2019
272
Crédito a Clientes Imparidade
Crédito a
Clientes - Exposição Peso Imparidade/
Vincendo Vencido extrapatrimoniais total relativo Valor Exposição total
Empresas
Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados por

49 514 9 074 1 495 60 083 0% 9 639 16%
empresas
Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais 907 158 37 767 - 944 925 0% 52 932 6%
Administração Central 117 014 715 142 - 117 014 857 26% 1 838 934 2%
Agricultura, produção animal, caça e silvicultura 24 483 981 7 381 419 23 455 31 888 855 7% 7 072 060 22%
Alojamento e restauração 6 723 051 203 474 206 155 7 132 680 2% 542 244 8%
Actividades financeiras 597 653 2 274 498 9 561 610 12 433 761 3% 117 061 1%

Comércio por grosso e retalho 10 207 642 1 473 617 35 340 034 47 021 293 10% 1 748 306 4%
Construção 35 303 589 1 014 691 8 396 370 44 714 650 10% 2 117 612 5%
Educação 742 980 143 703 987 864 1 874 547 0% 141 710 8%
Industrias extractivas 666 020 5 383 230 61 871 6 111 121 1% 5 397 104 88%
Industrias transformadoras 10 795 242 107 466 12 634 722 23 537 430 5% 414 451 2%
Outras empresas de serviços 30 094 521 314 061 5 912 767 36 321 349 8% 1 397 242 4%
Produção e distribuição de elecricidade, gás e água 903 068 98 010 975 692 1 976 770 0% 133 856 7%
Saude e acção social 268 391 2 911 - 271 302 0% 8 142 3%
Transportes, armazenagem e comunicações 7 664 238 1 376 969 17 019 191 26 060 398 6% 1 630 988 6%
246 421 763 19 821 032 91 121 226 357 364 021 22 622 281
Particulares
Consumo 56 503 675 1 950 037 - 58 453 712 13% 2 265 719 4%
Habitação 30 279 535 906 840 - 31 186 375 7% 6 575 892 21%
Outros fins 2 843 401 443 992 575 877 3 863 270 1% 433 598 11%
89 626 611 3 300 869 575 877 93 503 357 9 275 209
Total 336 048 374 23 121 901 91 697 103 450 867 378 31 897 490
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a composição do crédito vencido a Clientes apresenta o seguinte detalhe, por classe de incumprimento:
Relatório
31/12/2020
Classe de incumprimento
Crédito vincendo
associado a de 1 mês até De 3 meses a de 1 a 5 mais de 5
crédito vencido Até 1 mês 3 meses 1 ano anos anos Total
Crédito a Clientes
Crédito sem imparidade 150 917 96 976 457 880 113 646 1 187 724 702
Económico
Enquadramento
Com imparidade atribuída com base em análise individual
Credito e juros vencidos 17 164 599 4 280 6 877 3 107 051 13 210 143 2 080 177 35 573 127
Imparidade 7 960 444 1 639 4 316 3 081 253 11 822 614 2 080 177 24 950 442
Exposição liquida 9 204 155 2 641 2 561 25 798 1 387 530 - 10 622 685
O BFA
Com imparidade atribuída com base em análise colectiva
Credito e juros vencidos 6 171 708 27 182 571 663 2 218 897 1 489 689 5 859 10 484 998
Imparidade 1 434 156 603 210 893 1 476 167 1 005 753 5 859 4 133 430
Exposição liquida 4 737 552 26 579 360 770 742 730 483 937 - 6 351 568
Total 14 092 623 29 316 364 307 1 226 409 1 985 112 1 187 17 698 955
Gestão de Risco
31/12/2019
Crédito vincendo
associado a de 1 mês até De 3 meses a de 1 a 5 mais de 5
crédito vencido Até 1 mês 3 meses 1 ano anos anos Total
Crédito a Clientes
Crédito sem imparidade 38 263 148 7 246 661 21 246 - 67 564

Análise Financeira
Credito e juros vencidos 32 599 521 2 926 114 347 2 432 547 16 688 964 1 546 802 53 385 107
Imparidade 9 000 822 2 363 10 371 179 281 10 664 049 1 546 802 21 403 688
Exposição liquida 23 598 699 563 103 976 2 253 266 6 024 915 - 31 981 419
Com imparidade atribuída com base em análise colectiva -

Demonstrações
Credito e juros vencidos 5 754 972 19 624 231 964 883 428 1 160 678 11 318 8 061 984
Financeiras e Notas
Imparidade 1 399 266 184 98 999 457 303 501 895 6 573 2 464 220
Exposição liquida 4 355 706 19 440 132 965 426 125 658 783 4 745 5 597 764
Total 27 992 668 20 151 244 187 2 680 052 6 704 944 4 745 37 646 747
Anexos
273
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a composição do crédito vencido a Clientes apresenta o seguinte detalhe, por estágio de
imparidade:
31/12/2019
Crédito vincendo Estágios de imparidade

associado a
crédito vencido Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Total
Crédito a Clientes
Crédito sem imparidade 150 917 94 233 573 459 724 702
Credito e juros vencidos 17 164 599 - 399 129 18 009 399 35 573 127
Imparidade 7 960 444 - 91 219 16 898 779 24 950 442
Exposição liquida 9 204 155 - 307 910 1 110 620 10 622 685
Credito e juros vencidos 6 171 708 38 689 744 396 3 530 205 10 484 998
Imparidade 1 434 156 4 254 301 404 2 393 617 4 133 430
Exposição liquida 4 737 552 34 435 442 993 1 136 588 6 351 568
Total 14 092 623 34 529 751 136 2 820 667 17 698 955
31/12/2019
Crédito vincendo Estágios de imparidade

associado a
Crédito a Clientes
Crédito sem imparidade 38 263 148 1 065 28 088 67 564
Credito e juros vencidos 32 599 521 - 9 649 179 11 136 407 53 385 107
Imparidade 9 000 822 - 1 789 201 10 613 665 21 403 688
Exposição liquida 23 598 699 - 7 859 978 522 742 31 981 419
Credito e juros vencidos 5 754 972 155 449 405 563 1 746 000 8 061 984
Imparidade 1 399 266 67 703 185 826 811 425 2 464 220
Exposição liquida 4 355 706 87 746 219 737 934 575 5 597 764
Total 27 992 668 87 894 8 080 780 1 485 405 37 646 747

A composição do crédito vencido com imparidade atribuída com base em análise individual e análise colectiva a 31 de Dezembro de
2020 e 2019 apresenta o seguinte detalhe, por classe de incumprimento:
31/12/2020
Crédito
vincendo Crédito vencido Crédito vencido Crédito vencido
associado a Crédito vencido entre entre há mais de
crédito vencido até 30 dias 30 e 90 dias 90 e 180 dias 180 dias Total
Com imparidade atribuída com base em análise

17 164 599 4 280 6 877 25 489 18 371 882 35 573 127
individual

6 171 708 27 182 571 663 621 788 3 092 658 10 484 998
colectiva
Total 23 336 307 31 462 578 540 647 277 21 464 540 46 058 125
31/12/2019
Crédito

32 599 521 2 926 114 347 4 284 20 664 029 53 385 107
individual

5 754 972 19 624 231 964 340 607 1 714 817 8 061 984
colectiva
Total 38 354 493 22 550 346 311 344 891 22 378 846 61 447 091
A composição do crédito vencido com imparidade atribuída com base em análise individual e análise colectiva a 31 de Dezembro de
2020 e 2019 apresenta o seguinte detalhe, por estágio de imparidade:
31/12/2019
Estágios de imparidade
Crédito
vincendo Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Total
Com imparidade atribuída com base em análise individual 17 164 599 - 399 129 18 009 399 35 573 127
Com imparidade atribuída com base em análise colectiva 6 171 708 38 689 744 396 3 530 205 10 484 998
Total 23 336 307 38 689 1 143 525 21 539 604 46 058 125
31/12/2019
Estágios de imparidade
Crédito
vincendo Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Total
Com imparidade atribuída com base em análise individual 32 599 521 - 9 649 179 11 136 407 53 385 107
Com imparidade atribuída com base em análise colectiva 5 754 972 155 449 405 563 1 746 000 8 061 984
Total 38 354 493 155 449 10 054 742 12 882 407 61 447 091

A composição do crédito vencido sem imparidade em 31 de Dezembro de 2020 e 2019 apresenta o seguinte detalhe, por classe de
incumprimento:
31/12/2020
Crédito
Sem imparidade 150 917 96 976 3 132 569 581 724 702
Total 150 917 96 976 3 132 569 581 724 702
31/12/2019
Crédito
Sem imparidade 38 263 148 7 246 - 21 907 67 564
Total 38 263 148 7 246 - 21 907 67 564
A composição do crédito vencido sem imparidade em 31 de Dezembro de 2020 e 2019 apresenta o seguinte detalhe, por estágio de
imparidade:
31/12/2020
Crédito vicendo Estágios de imparidade

associado a
Sem imparidade 150 917 94 233 573 459 724 702
Total 150 917 94 233 573 459 724 702
31/12/2019
Crédito vicendo Estágios de imparidade

associado a
Sem imparidade 148 1 065 28 088 67 564 1 628 603
Total 148 1 065 28 088 67 564 1 628 603

A exposição ao risco de crédito por classe de activos financeiros, nível de rating e estágio com referência a 31 de Dezembro de 2020
e 2019 apresenta o seguinte detalhe:
31/12/2020
Activos financeiros
Estágio 2 Estágio 3 adquiridosou originados
Estágio 1 (duração do (duração do em imparidade
(12 meses) instrumento) instrumento) por perdas de crédito Total
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais:
CCC+ a CCC 441 982 650 - - - 441 982 650
N/D 32 234 185 - - - 32 234 185
474 216 835 - - - 474 216 835
Disponibilidades em outras instituições de crédito:
AAA a AA- 1 348 603 - - - 1 348 603
A+ a A- 1 809 926 - - - 1 809 926
BBB+ a BBB- 11 832 883 - - - 11 832 883
BB+ a BB- 7 528 679 - - - 7 528 679
B+ a B- - - - - -
CCC+ a CCC - - - - -
CCC a CC- 3 689 235 - - - 3 689 235
N/D 86 015 - - - 86 015
26 295 341 - - - 26 295 341
Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições
de crédito:
AAA a AA- 55 218 836 - - - 55 218 836
A+ a A- 38 978 221 - - - 38 978 221
BBB+ a BBB- 496 956 537 - - - 496 956 537
BB+ a BB- 42 227 843 - - - 42 227 843
B+ a B- - - - - -
CCC+ a CCC 16 481 254 - - - 16 481 254
CCC a CC- - - - - -
N/D - - - - -
649 862 691 - - - 649 862 691
Investimentos ao custo amortizado:
CCC+ a CCC 751 660 677 283 494 034 - - 1 035 154 711
N/D - - - -
751 660 677 283 494 034 - - 1 035 154 711
Crédito a Clientes - Patrimonial:
Classe A 71 958 377 77 170 163 1 139 - 149 129 679
Classe B 109 522 987 30 510 240 1 803 269 - 141 836 496
Classe C 55 701 725 503 235 773 - 1 016 976
Classe D 5 046 49 720 714 45 650 - 49 771 409
Classe E 14 880 12 278 103 2 166 188 - 14 459 170
Classe F 191 694 950 112 - 950 997
Classe G 34 779 1 092 464 29 526 779 - 30 654 022
181 591 960 171 497 880 34 728 909 - 387 818 749
Crédito a Clientes - Extrapatrimonal:
Classe A 5 444 216 - - - 5 444 216
Classe B 42 894 131 2 125 826 - - 45 019 958
Classe C - - - - -
Classe D - - - - -
Classe E - - - - -
Classe F - - - - -
Classe G - - - - -
48 338 347 2 125 826 - - 50 464 174
Total valor contabilístico bruto 2 131 965 851 457 117 741 34 728 909 - 2 623 812 501
Provisão para perdas 38 621 064 45 799 925 28 225 009 - 112 645 998
Valor contabilístico líquido 2 093 344 787 411 317 816 6 503 901 - 2 511 166 504

31/12/2019
Activos financeiros
Estágio 2 Estágio 3 adquiridosou originados
Estágio 1 (duração do (duração do em imparidade
(12 meses) instrumento) instrumento) por perdas de crédito Total
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais:
B+ a B- 272 027 455 - - - 272 027 455
N/D 30 688 740 - - - 30 688 740
302 716 195 - - - 302 716 195
Disponibilidades em outras instituições de crédito:
AAA a AA- 824 727 - - - 824 727
A+ a A- 1 762 974 - - - 1 762 974
BBB+ a BBB- 13 528 486 - - - 13 528 486
BB+ a BB- 24 458 958 - - - 24 458 958
B+ a B- - - - - -
CCC a CC- 1 933 881 - - - 1 933 881
N/D 13 449 - - - 13 449
42 522 475 - - - 42 522 475
de crédito:
AAA a AA- 48 287 141 - - - 48 287 141
A+ a A- 38 607 922 - - - 38 607 922
BBB+ a BBB- 115 651 027 - - - 115 651 027
BB+ a BB- 231 052 893 - - - 231 052 893
B+ a B- 23 893 849 - - - 23 893 849
N/D - - - - -
457 492 832 - - - 457 492 832
Investimentos ao custo amortizado:
B+ a B- 842 084 352 - - - 842 084 352
N/D - - - - -
842 084 352 - - - 842 084 352
Crédito a Clientes - Patrimonial:
Classe A 128 475 115 - - - 128 475 115
Classe B 131 761 546 41 052 020 1 282 499 - 174 096 065
Classe C 85 850 1 175 955 299 417 - 1 561 222
Classe D 2 085 29 566 188 7 085 - 29 575 358
Classe E 2 252 290 411 1 719 453 - 2 012 116
Classe F 535 798 2 641 863 372 - 1 401 811
Classe G 84 775 2 864 744 19 099 069 - 22 048 588
260 947 421 74 951 959 23 270 895 - 359 170 275
Crédito a Clientes - Extrapatrimonal:
Classe A 4 958 191 - - - 4 958 191
Classe B 83 954 310 2 783 155 - - 86 737 465
Classe C - - - - -
Classe D - - - - -
Classe E - - - - -
Classe F - - - - -
Classe G - - 1 447 - 1 447
88 912 501 2 783 155 1 447 - 91 697 103
Total valor contabilístico bruto 1 994 675 776 77 735 114 23 272 342 - 2 095 683 232
Provisão para perdas 18 312 144 9 164 323 18 414 052 - 45 890 519
Valor contabilístico líquido 1 976 363 632 68 570 791 4 858 290 - 2 049 792 713

Abaixo apresenta-se o detalhe dos activos financeiros modificados com referência a 31 de Dezembro de 2020 e 2019:
31/12/2020 31/12/2019
Activos financeiros modificados durante o período (Com provisão para perdas baseada na perdas de
crédito esperadas ao longo da respectiva duração)
Valor contabilístico bruto antes da modificação 38 536 179 5 350 307
Provisão para perdas antes da modificação 8 647 007 1 485 882
Custo amortizado líquido antes da modificação 29 889 172 3 864 425
Ganhos/Perdas líquidas da modificação 10 323 269 -1 668 860
Custo amortizado líquido após a modificação 40 212 441 2 195 565
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, o crédito reestruturado apresenta a seguinte estrutura:

30/06/2020
Crédito
Vincendo Vencido Total Imparidade

Empresas: 53 256 834 14 209 53 271 043 11 821 128
Particulares:
Consumo 21 863 181 22 045 732
Habitação 3 501 509 22 944 3 524 452 2 167 568
3 523 372 23 126 3 546 497 2 168 301
Total 56 780 206 37 334 56 817 540 13 989 429
30/06/2019
Crédito
Vincendo Vencido Total Imparidade

Empresas: 7 100 546 - 7 100 546 196 638
Particulares:
Consumo 16 316 - 16 316 742
Habitação 3 590 565 5 145 3 595 710 2 794 573
3 606 881 5 145 3 612 026 2 795 315
Total 10 707 427 5 145 10 712 572 2 991 953
30.2 RISCO DE LIQUIDEZ representativo do seu justo valor, devido ao seu tamanho
elevado, em relação ao volume normalmente transaccionado,
O Risco de liquidez corresponde ao risco do Banco apresentar ou em razão de alguma descontinuidade no mercado.
dificuldades na obtenção dos recursos financeiros de que
necessita para cumprir os seus compromissos financeiros No âmbito das políticas internas do Banco no que respeita à
quando estes se tornarem exigíveis. O risco de liquidez pode exposição ao risco de liquidez, o respectivo acompanhamento
consubstanciar-se, por exemplo, na incapacidade de alienar e monitorização dos princípios e limites estabelecidos é
de forma célere um instrumento financeiro por um montante assegurado pela Direcção de Gestão de Riscos.

Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a totalidade dos fluxos de caixa contratuais apresenta o seguinte detalhe:
280
31/12/2020
Prazos residuais contratuais
Entre 1 a Entre 3 a Entre 6 meses Entre 1 ano Entre 3 anos Mais de

À vista Até 1 mês 3 meses 6 meses a 1 ano a 3 anos a 5 anos 5 anos Indeterminado Total
Activo
Caixa e disponibilidades em Bancos

474 216 835 - - - - - - - - 474 216 835
centrais
Disponibilidades em outras instituições

26 276 793 - - - - - - - - 26 276 793
de crédito

Aplicações em Bancos centrais e em
- 576 283 764 72 807 971 - - - - - - 649 091 735
outras instituições de crédito
Activos financeiros ao justo valor através

- - - - 151 201 746 185 714 859 24 279 946 4 497 736 - 365 694 288
de resultados
Investimentos ao custo amortizado - - - - 90 679 761 589 205 004 251 023 066 46 928 927 - 977 836 759
Crédito a Clientes 18 797 103 - 3 774 146 12 021 899 50 249 272 106 884 001 38 620 656 103 026 192 - 333 373 269
Total activo 519 290 731 576 283 764 76 582 117 12 021 899 292 130 780 881 803 865 313 923 669 154 452 855 - 2 826 489 679
Passivos
Recursos de Bancos centrais e de

1 133 494 2 954 805 - - - - - - - 4 088 299
Recursos de Clientes e outros

1 108 930 116 239 792 553 381 470 505 337 426 158 176 385 958 8 197 417 - - - 2 252 202 707
empréstimos
Passivos financeiros ao justo valor

4 244 410 - - - - - - - - 4 244 410
através de resultados
Total passivo 1 114 308 020 242 747 358 381 470 505 337 426 158 176 385 958 8 197 417 - - - 2 260 535 416
Gap de liquidez (595 017 289) 333 536 406 (304 888 388) (325 404 259) 115 744 822 873 606 448 313 923 669 154 452 855 - 565 954 263
Gap acumulado de liquidez (595 017 289) (261 480 883) (566 369 271) (891 773 530) (776 028 708) 97 577 739 411 501 408 565 954 263 565 954 263 1 131 908 526
31/12/2019
Prazos residuais contratuais

Relatório

Activo
302 716 195 - - - - - - - - 302 716 195
centrais

42 507 797 - - - - - - - - 42 507 797
Económico
crédito
Enquadramento

48 400 048 295 237 172 93 824 657 19 285 118 - - - - - 456 746 995

- - 20 840 121 42 470 084 15 033 371 79 832 900 13 702 096 811 630 - 172 690 202
resultados
O BFA
200 222
Investimentos ao custo amortizado - - 18 579 636 39 854 946 35 896 333 534 298 619 - - 828 851 838
304
Crédito a Clientes 64 960 136 6 549 619 21 884 297 16 364 650 7 968 100 82 336 460 61 851 172 66 022 303 - 327 936 737
Total activo 458 584 176 301 786 791 155 128 711 117 974 799 58 897 804 696 467 978 275 775 572 66 833 933 - 2 131 449 764
Passivos
Gestão de Risco

1 619 110 6 049 996 - - - - - - - 7 669 106
Recursos de Clientes e outros empréstimos 720 817 279 177 796 724 360 599 763 239 516 765 124 167 114 - - - - 1 622 897 645
Passivos financeiros ao justo valor através

12 675 871 - - - - - - - - 12 675 871
de resultados
Total passivo 735 112 260 183 846 720 360 599 763 239 516 765 124 167 114 - - - - 1 643 242 622
Análise Financeira
Gap de liquidez (276 528 084) 117 940 071 (205 471 052) (121 541 966) (65 269 310) 696 467 978 275 775 572 66 833 933 - 488 207 142
Gap acumulado de liquidez (276 528 084) (158 588 013) (364 059 065) (485 601 031) (550 870 341) 145 597 637 421 373 209 488 207 142 488 207 142 976 414 284
Demonstrações
Financeiras e Notas
Anexos
281
Os fluxos de caixa contratuais respeitantes a capital, em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, têm a seguinte composição:
282
31/12/2020
Datas de maturidade

Activo

474 216 835 - - - - - - - - 474 216 835
centrais
Disponibilidades em outras
26 276 793 - - - - - - - - 26 276 793

- 575 993 108 72 771 249 - - - - - - 648 764 357
Activos financeiros ao justo valor

- - - - 145 837 576 179 769 348 23 734 693 4 493 333 - 353 834 950
Investimentos ao custo amortizado - - - - 88 075 779 580 771 307 243 210 456 45 856 234 - 957 913 776
Crédito a Clientes 18 270 137 - 3 685 120 11 751 924 50 179 618 105 319 934 38 437 103 97 317 696 - 324 961 532
Total activo 518 763 765 575 993 108 76 456 369 11 751 924 284 092 973 865 860 589 305 382 253 147 667 263 - 2 785 968 243
Passivos
Recursos de Bancos centrais e de

1 133 494 2 954 524 - - - - - - - 4 088 018
Recursos de Clientes e outros

1 108 756 128 238 641 132 378 915 687 335 353 346 175 400 055 8 001 224 - - - 2 245 067 572
empréstimos
Passivos financeiros ao justo valor

4 244 410 - - - - - - - - 4 244 410
Total passivo 1 114 134 032 241 595 656 378 915 687 335 353 346 175 400 055 8 001 224 - - - 2 253 400 000
Gap de liquidez (595 370 267) 334 397 452 (302 459 318) (323 601 422) 108 692 918 857 859 365 305 382 253 147 667 263 - 532 568 243
Gap acumulado de liquidez (595 370 267) (260 972 815) (563 432 133) (887 033 555) (778 340 637) 79 518 728 384 900 980 532 568 243 532 568 243 1 065 136 486
31/12/2019
Datas de maturidade
Relatório

Activo

302 716 195 - - - - - - - - 302 716 195
centrais
Económico

Enquadramento
42 507 797 - - - - - - - - 42 507 797

crédito

48 343 467 294 892 033 93 714 974 19 262 573 - - - - - 456 213 047
Activos financeiros ao justo valor através

O BFA
- - 18 197 055 38 958 531 14 822 959 77 595 577 13 451 369 800 401 - 163 825 891
de resultados
194 106
Investimentos ao custo amortizado - - 17 898 402 39 174 711 34 427 941 524 047 531 - - 809 655 093
509
Crédito a Clientes 63 908 330 6 477 508 20 905 355 16 106 645 7 908 104 81 045 985 62 271 037 65 019 260 - 323 642 224
Total activo 457 475 789 301 369 541 150 715 785 113 502 460 57 159 004 682 689 093 269 828 915 65 819 661 - 2 098 560 247
Passivos
Gestão de Risco

1 619 110 6 049 996 - - - - - - - 7 669 106
Recursos de Clientes e outros empréstimos 720 590 518 176 106 435 357 449 662 237 428 627 123 535 237 - - - - 1 615 110 479
Passivos financeiros ao justo valor através

(76 568) - - - - - - - - (76 568)
de resultados
Análise Financeira
Total passivo 722 133 060 182 156 431 357 449 662 237 428 627 123 535 237 - - - - 1 622 703 017
682 689
Gap de liquidez (264 657 271) 119 213 110 (206 733 877) (123 926 167) (66 376 233) 269 828 915 65 819 661 - 475 857 230
093
Gap acumulado de liquidez (264 657 271) (145 444 161) (352 178 038) (476 104 205) (542 480 438) 140 208 654 410 037 569 475 857 230 475 857 230 951 714 460
Demonstrações
Financeiras e Notas
Anexos
283
30.3 RISCO DE MERCADO Risco de Taxa de juro
O Risco de mercado corresponde à possível flutuação, do O risco de taxa de juro corresponde ao risco proveniente
justo valor ou dos fluxos de caixa futuros associados a um de movimentos adversos nas taxas de juro resultando no
instrumento financeiro, devido a alterações nos preços de desfasamento no montante, nas maturidades ou nos prazos
mercado. O risco de mercado engloba o risco de taxa de juro e de refixação das taxas de juro observados nos instrumentos
o risco cambial. financeiros com juros a receber e a pagar.
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, o detalhe dos instrumentos financeiros por exposição ao risco de taxa de juro apresenta a
seguinte composição:
31/12/2020
Exposição a
Não sujeito a
risco de
Taxa fixa Taxa variável taxa de juro Derivados Total
Activos 2 393 255 377 37 075 038 396 159 264 - 2 826 489 679
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 443 751 859 - 30 464 976 - 474 216 835
Disponibilidades em outras instituições de crédito 26 276 793 - - - 26 276 793
Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito 649 091 735 - - - 649 091 735
Activos financeiros ao justo valor através de resultados - - 365 694 288 - 365 694 288
Crédito a Clientes 296 298 231 37 075 038 - - 333 373 269
Passivos 2 253 227 132 - 7 308 284 - 2 260 535 416
Recursos de Bancos centrais e de outras instituições de crédito 1 024 425 - 3 063 874 - 4 088 299
Recursos de Clientes e outros empréstimos 2 252 202 707 - - - 2 252 202 707
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados - - 4 244 410 - 4 244 410
Total 4 646 482 509 37 075 038 403 467 548 - 5 087 025 095
31/12/2019
Exposição a
Não sujeito a
risco de
Taxa fixa Taxa variável taxa de juro Derivados Total
Activos 1 584 999 767 343 071 373 203 378 624 - 2 131 449 764
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais - 272 027 773 30 688 422 - 302 716 195
Disponibilidades em outras instituições de crédito - 42 507 797 - - 42 507 797
Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito 456 746 995 - - - 456 746 995
Activos financeiros ao justo valor através de resultados - - 172 690 202 - 172 690 202
Crédito a Clientes 299 400 934 28 535 803 - - 327 936 737
Passivos 1 622 918 139 - 20 324 483 - 1 643 242 622
Recursos de Bancos centrais e de outras instituições de crédito 20 494 - 7 648 612 - 7 669 106
Recursos de Clientes e outros empréstimos 1 622 897 645 - - - 1 622 897 645
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados - - 12 675 871 - 12 675 871
Total 3 207 917 906 343 071 373 223 703 107 - 3 774 692 386

O detalhe dos instrumentos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da data de maturidade ou de prefixação, em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, tem a
seguinte composição:
Relatório
31/12/2020
Datas de refixação/ Datas de maturidade

Até 1 mês 3 meses 6 meses a 1 ano a 3 anos a 5 anos 5 anos Indeterminado Total
Activos 1 065 109 519 76 582 117 12 021 899 140 929 033 696 089 005 289 643 722 149 955 119 - 2 430 330 415
Económico
Enquadramento
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 443 751 859 - - - - - - - 443 751 859

26 276 793 - - - - - - - 26 276 793
crédito

576 283 764 72 807 971 - - - - - - 649 091 735
O BFA
Investimentos ao custo amortizado - - - 90 679 761 589 205 004 251 023 066 46 928 927 - 977 836 759
Crédito a Clientes 18 797 103 3 774 146 12 021 899 50 249 272 106 884 001 38 620 656 103 026 192 - 333 373 269
Passivos 1 349 747 092 381 470 505 337 426 158 176 385 958 8 197 419 - - - 2 253 227 132

1 024 425 - - - - - - - 1 024 425
Recursos de Clientes e outros empréstimos 1 348 722 667 381 470 505 337 426 158 176 385 958 8 197 419 - - - 2 252 202 707
Gestão de Risco
31/12/2019
Datas de refixação/ Datas de maturidade

Até 1 mês 3 meses 6 meses a 1 ano a 3 anos a 5 anos 5 anos Indeterminado Total
Activos 729 682 545 134 994 072 34 944 286 47 823 046 118 232 793 596 149 791 266 244 607 - 1 928 071 140
Análise Financeira
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 272 027 773 - - - - - - - 272 027 773

42 507 797 - - - - - - - 42 507 797
crédito

343 637 220 113 109 775 - - - - - - 456 746 995
Investimentos ao custo amortizado - - 18 579 636 39 854 946 35 896 333 534 298 619 200 222 304 - 828 851 838
Demonstrações
Crédito a Clientes 71 509 755 21 884 297 16 364 650 7 968 100 82 336 460 61 851 172 66 022 303 - 327 936 737
Financeiras e Notas
Passivos 898 634 497 360 599 763 239 516 765 124 167 114 - - - - 1 622 918 139

20 494 - - - - - - - 20 494
Recursos de Clientes e outros empréstimos 898 614 003 360 599 763 239 516 765 124 167 114 - - - - 1 622 897 645
Anexos
285
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, a análise de sensibilidade dos resultados gerados por instrumentos financeiros a variações
das taxas de juro apresenta o seguinte detalhe:
31/12/2020
Variação das taxas de juro
(200) bp (100) bp (50) bp 50 bp 100 bp 200 bp

Juros e rendimentos similares (1 983 173 881) (991 586 941) (495 793 470) 495 793 470 991 586 941 1 983 173 881
Juros e encargos similares 1 813 322 694 906 661 347 453 330 674 (453 330 674) (906 661 347) (1 813 322 694)
Total (169 851 187) (84 925 594) (42 462 796) 42 462 796 84 925 594 169 851 187
31/12/2019
Variação das taxas de juro
(200) bp (100) bp (50) bp 50 bp 100 bp 200 bp

Juros e rendimentos similares (1 307 482 976) (653 741 488) (326 870 744) 326 870 744 653 741 488 1 307 482 976
Juros e encargos similares 1 305 794 341 652 897 170 326 448 585 (326 448 585) (652 897 170) (1 305 794 341)
Total (1 688 635) (844 318) (422 159) 422 159 844 318 1 688 635
Risco Cambial A carteira de títulos do Banco é repartida entre títulos

denominados em moeda nacional e em moeda estrangeira,
O risco cambial consiste na flutuação do justo valor ou dos tendo em atenção a estrutura global do seu Balanço, evitando
fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro devido a incorrer, por esta via, em risco cambial.
alterações nas taxas de câmbio.
Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, o detalhe dos instrumentos financeiros por moeda tem a seguinte composição:
31/12/2020
Dólares dos
Estados Unidos Outras
Kwanzas da América Euros moedas Total
Activos
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 221 400 387 36 278 323 215 589 755 948 370 474 216 835
Disponibilidades em outras instituições de crédito 17 000 10 686 321 11 357 264 4 216 208 26 276 793
Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito 16 481 254 569 666 124 55 851 540 7 092 817 649 091 735
Activos financeiros ao justo valor através de resultados 354 020 911 3 518 432 40 971 8 113 974 365 694 288
Investimentos ao custo amortizado 587 007 692 390 829 066 - 1 977 836 759
Crédito a Clientes 255 187 818 77 929 638 255 795 18 333 373 269
1 434 115 062 1 088 907 904 283 095 325 20 371 388 2 826 489 679
Passivos
Recursos de Bancos centrais e de outras instituições de crédito
Recursos de Clientes e outros empréstimos (2 133 775) (356 587) (1 510 894) (87 043) (4 088 299)
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados (953 755 298) (1 034 587 838) (257 666 534) (6 193 038) (2 252 202 707)
Outros passivos (4 244 410) - - - (4 244 410)
(960 133 483) (1 034 944 425) (259 177 428) (6 280 081) (2 260 535 416)
2 394 248 545 2 123 852 329 542 272 753 26 651 469 5 087 025 095

31/12/2019
Dólares dos
Activos
Disponibilidades em outras instituições de crédito - 13 692 824 25 522 119 3 292 854 42 507 797
Activos financeiros ao justo valor através de resultados 170 255 829 2 406 621 27 752 - 172 690 202
Investimentos ao custo amortizado 521 752 626 307 099 212 - - 828 851 838
1 122 233 298 855 954 933 141 962 967 11 298 566 2 131 449 764
Passivos
Recursos de Bancos centrais e de outras instituições de crédito (1 619 111) (796 328) (5 250 536) (3 131) (7 669 106)
Recursos de Clientes e outros empréstimos (707 070 365) (795 076 521) (116 948 444) (3 802 315) (1 622 897 644)
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados (12 675 871) - - - (12 675 871)
Outros passivos - 40 559 456 - - 40 559 456
(721 365 347) (795 872 849) (122 198 980) (3 805 446) (1 643 242 621)
1 843 598 645 1 651 827 782 264 161 947 15 104 012 3 774 692 385
O quadro acima inclui os títulos em Kwanzas indexados ao Dólares Norte Americanos na moeda nacional.
Caso se inclua nos saldos com moeda estrangeira (i) os títulos em kwanzas indexados a Dólares Norte Americanos (ii) os nocionais
dos forwards, o detalhe dos instrumentos financeiros por moeda tem a seguinte estrutura:
31/12/2020
Dólares dos
Activos
Disponibilidades em outras instituições de crédito 17 000 10 686 321 11 357 264 4 216 208 26 276 793
Activos financeiros ao justo valor através de resultados 283 980 793 73 558 550 40 971 8 113 974 365 694 288
Investimentos ao custo amortizado 587 007 692 390 829 066 - 1 977 836 759
Outros activos 39 785 662 - - - 39 785 662
1 403 860 606 1 158 948 022 283 095 325 20 371 388 2 866 275 341
Passivos
Recursos de Clientes e outros empréstimos (953 755 298) (1 034 587 838) (257 666 534) (6 193 038) (2 252 202 707)
Outros passivos - (39 785 662) - - (39 785 662)
(960 133 483) (1 074 730 087) (259 177 428) (6 280 081) (2 300 321 078)
2 363 994 089 2 233 678 109 542 272 753 26 651 469 5 166 596 419

31/12/2019
Dólares dos
Activos
Disponibilidades em outras instituições de crédito - 13 692 824 25 522 119 3 292 854 42 507 797
Activos financeiros ao justo valor através de resultados 93 143 358 79 519 092 27 752 - 172 690 202
Investimentos ao custo amortizado 521 752 626 307 099 212 - - 828 851 838
Outros activos 40 559 456 - - - 40 559 456
1 085 680 283 933 067 404 141 962 967 11 298 566 2 172 009 220
Passivos
Recursos de Clientes e outros empréstimos (707 070 365) (795 076 521) (116 948 444) (3 802 315) (1 622 897 644)
Outros passivos - (40 559 456) - - 40 559 456
(721 365 347) (836 432 305) (122 198 980) (3 805 446) (1 602 683 165)
364 314 936 96 635 099 19 763 987 7 493 120 569 326 055
A análise de sensibilidade (considerando os títulos indexados e forwards cambiais) do valor patrimonial dos instrumentos financeiros a
variações das taxas de câmbio, 31 de Dezembro de 2020 e 2019, tem o seguinte detalhe:
31/12/2020
(20)% (10)% (5)% 5% 10% 20%

Dólares dos Estados Unidos da América (19 332 850) (9 666 425) (4 833 212) 4 833 212 9 666 425 19 332 850
Euros (4 580 733) (2 290 367) (1 145 183) 1 145 183 2 290 367 4 580 733
Outras moedas (1 426 160) (713 080) (356 540) 356 540 713 080 1 426 160
Total (25 339 743) (12 669 872) (6 334 935) 6 334 935 12 669 872 25 339 743
31/12/2019
(20)% (10)% (5)% 5% 10% 20%

Dólares dos Estados Unidos da América (15 529 613) (7 764 806) (3 882 403) 3 882 403 7 764 806 15 529 613
Euros (3 809 106) (1 904 553) (952 277) 952 277 1 904 553 3 809 106
Outras moedas (1 503 584) (751 792) (375 896) 375 896 751 792 1 503 584
Total (20 842 303) (10 421 151) (5 210 576) 5 210 576 10 421 151 20 842 303

30.4 JUSTO VALOR DE ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS Nesta categoria, incluem-se, entre outros, os seguintes
instrumentos financeiros: (i) obrigações sem cotação em
O Banco procedeu à classificação dos instrumentos bolsa; e (ii) Derivados (OTC) mercado de balcão.
financeiros registados em balanço ao justo valor de acordo
com a hierarquia prevista na norma IFRS 13. Métodos de valorização com parâmetros não observáveis no
mercado (nível 3)
Instrumentos com cotação em mercado activo (nível 1)
Neste nível incluem-se as valorizações determinadas com
Nesta categoria são incluídos os instrumentos financeiros recurso à utilização de modelos internos de valorização
com cotações disponíveis em mercados oficiais e aqueles em ou cotações fornecidas por terceiras entidades mas cujos
que existem entidades que divulgam habitualmente preços parâmetros utilizados não são observáveis no mercado. As
de transacções para estes instrumentos negociados em bases e pressupostos de cálculo do justo valor estão em
mercados líquidos. conformidade com os princípios do IFRS 13.
A prioridade nos preços utilizados é dada aos observados nos Nesta categoria, incluem-se, entre outros, os seguintes
mercados oficiais, nos casos em que exista mais do que um instrumentos financeiros: (i) títulos de dívida valorizados com
mercado oficial a opção recai sobre o mercado principal onde recurso a inputs não observáveis no mercado; (ii) acções
estes instrumentos financeiros são transaccionados. não cotadas; (iii) derivados (OTC) mercado de balcão com
cotações fornecidas por terceiras entidades.
Nesta categoria, incluem-se, entre outros, os seguintes
instrumentos financeiros: (i) derivados negociados em
mercado organizado e (ii) acções cotadas em bolsa.
Métodos de valorização com parâmetros/ preços observáveis

no mercado (nível 2)
Nesta categoria são considerados os instrumentos financeiros

valorizados com recurso a modelos internos, designadamente
modelos de fluxos de caixa descontados, que requerem
julgamentos que variam conforme a complexidade dos
produtos objecto de valorização e utilizam pressupostos
semelhantes aos que uma parte não relacionada usaria na
estimativa do justo valor do mesmo instrumento financeiro.
O Banco utiliza como inputs nos seus modelos variáveis
disponibilizadas pelo mercado, tais como as curvas de taxas
de juro e spreads de crédito. Inclui ainda instrumentos cuja
valorização é obtida através de cotações divulgadas por
entidades independentes mas cujos mercados têm liquidez
mais reduzida.

Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, o valor contabilístico dos Instrumentos Financeiros apresenta a seguinte composição:
31/12/2020
Valorizados ao Valorizados ao
justo valor custo amortizado Imparidade Valor líquido
Activos
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais - 474 216 835 - 474 216 835
Disponibilidades em outras instituições de crédito - 26 295 341 18 548 26 276 793
Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito - 649 862 691 770 956 649 091 735
Activos financeiros ao justo valor através de resultados 365 694 288 - - 365 694 288
Investimentos ao custo amortizado - 1 035 154 711 57 317 952 977 836 759
Crédito a Clientes - 387 818 749 54 445 480 333 373 269
365 694 288 2 573 348 327 112 552 936 2 826 489 679
Passivos
Recursos de Bancos centrais e de outras instituições de crédito - 4 088 299 - 4 088 299
Recursos de Clientes e outros empréstimos - 2 252 202 707 - 2 252 202 707
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados 4 244 410 - - 4 244 410
4 244 410 2 256 291 006 - 2 260 535 416
31/12/2019
Valorizados ao Valorizados ao
justo valor custo amortizado Imparidade Valor líquido
Activos
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais - 302 716 195 - 302 716 195
Disponibilidades em outras instituições de crédito - 42 522 475 14 678 42 507 797
Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito - 457 492 832 745 837 456 746 995
Activos financeiros ao justo valor através de resultados 172 690 202 - - 172 690 202
Investimentos ao custo amortizado - 842 084 352 13 232 514 828 851 838
Crédito a Clientes - 359 170 275 31 233 538 327 936 737
172 690 202 2 003 986 129 45 226 567 2 131 449 764
Passivos
Recursos de Bancos centrais e de outras instituições de crédito - 7 669 106 - 7 669 106
Recursos de Clientes e outros empréstimos - 1 622 897 644 - 1 622 897 644
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados 12 675 871 - - 12 675 871
12 675 871 1 630 566 750 - 1 643 242 621

Em 31 de Dezembro de 2020 e 2019, o justo valor dos instrumentos financeiros do Banco é apresentado como segue:
31/12/2020
Justo valor de instrumentos financeiros
Valor Registados no Registados no

Contabilístico balanço ao justo balanço ao custo
(líquido) valor amortizado Total Diferença
Activos
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 474 216 835 - 474 216 835 474 216 835 -
Disponibilidades em outras instituições de crédito 26 276 793 - 26 276 793 26 276 793 -
649 091 735 - 649 091 735 649 091 735 -
de crédito
Activos financeiros ao justo valor através de resultados 365 694 288 365 694 288 - 365 694 288 -
Investimentos ao custo amortizado 977 836 759 - 1 046 437 000 1 046 437 000 68 600 241
Crédito a Clientes 333 373 269 - 341 975 273 341 975 273 8 602 004
2 826 489 679 365 694 288 2 537 997 636 2 903 691 924 77 202 245
Passivos
Recursos de Bancos centrais e de outras instituições de crédito 4 088 299 - 4 088 299 4 088 299 -
Recursos de Clientes e outros empréstimos 2 252 202 707 - 2 252 202 707 2 252 202 707 -
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados 4 244 410 4 244 410 - 4 244 410 -
2 260 535 416 4 244 410 2 256 291 006 2 260 535 416 -
31/12/2019
Justo valor de instrumentos financeiros
Valor Registados no Registados no

Contabilístico balanço ao justo balanço ao custo
(líquido) valor amortizado Total Diferença
Activos
Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 302 716 195 - 302 716 195 302 716 195 -
Disponibilidades em outras instituições de crédito 42 507 797 - 42 507 797 42 507 797 -
456 746 995 - 456 746 995 456 746 995 -
de crédito
Activos financeiros ao justo valor através de resultados 172 690 202 172 690 202 - 172 690 202 -
Investimentos ao custo amortizado 828 851 838 - 828 851 838 828 851 838 -
Crédito a Clientes 327 936 737 - 320 188 783 320 188 783 (7 747 954)
2 131 449 764 172 690 202 1 951 011 608 2 123 701 810 (7 747 954)
Passivos
Recursos de Bancos centrais e de outras instituições de crédito 7 669 106 - 7 669 106 7 669 106 -
Recursos de Clientes e outros empréstimos 1 622 897 644 - 1 622 897 644 1 622 897 644 -
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados 12 675 871 12 675 871 - 12 675 871 -
1 643 242 621 12 675 871 1 630 566 750 1 643 242 621 -
O justo valor dos instrumentos financeiros deve ser estimado, a) Instrumentos financeiros registados no balanço ao
sempre que possível, recorrendo a cotações em mercado activo. justo valor:
Um mercado é considerado activo, e, portanto, líquido, quando
é acedido por contrapartes igualmente conhecedoras e onde se Os Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro emitidos
efectuam transacções de forma regular. A quase totalidade dos pelo Estado Angolano e detidos pelo Banco para
instrumentos financeiros do Banco não se encontra cotada em transaccionar em mercado secundário com outros Bancos,
mercados activos. ou com os seus Clientes, registados na rubrica activos
financeiros ao justo valor através de resultados, estão
Face à ausência de cotações em mercados activos, a reconhecidos pelo modelo de justo valor definido pelo
valorização de instrumentos financeiros é efectuada nos Banco que assenta em curvas contruídas pelas transacções
seguintes termos: em mercado secundário.

Os Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro emitidos pelo • Para os Bilhetes de Tesouro e para as Obrigações do
Estado Angolano e detidos pelo Banco para transaccionar em Tesouro emitidas pelo Estado Angolano e registadas na
mercado secundário com outros Bancos e para os derivados rubrica de investimentos ao custo amortizado, avaliação
– forwards cambiais, a respectiva avaliação é calculada com é calculada com base em métodos geralmente aceites,
base em métodos geralmente aceites, nomeadamente, a nomeadamente, a partir do valor actual dos fluxos futuros
partir do valor actual dos fluxos futuros (cash flows), com (cash flows), com base na curva de taxa de juro vigente
base na curva de taxa de juro vigente no momento do cálculo. no momento do cálculo. As taxas de juro do Bilhetes e
As taxas de juro do Bilhetes e Obrigações do Tesouro são Obrigações do Tesouro são definidas tendo por base as
definidas tendo por base as transacções verificadas em transacções verificadas em mercado secundário, que o
mercado secundário, que o Banco considerou como sendo um Banco considerou como sendo um mercado activo;
mercado activo.
• Para as operações de crédito a Clientes foram utilizadas
As taxas de juro para os prazos específicos dos fluxos de as taxas de juro médias praticadas pelo Banco no
caixa são determinadas por métodos de interpolação. exercício findo em 31 de Dezembro de 2020 e 2019,
respectivamente, para operações com características
b) Instrumentos financeiros registados no balanço ao custo semelhantes e deduzido o montante das perdas por
amortizado: imparidade acumuladas; e
Para os instrumentos financeiros registados no balanço ao • Relativamente aos depósitos de Clientes, por serem
custo amortizado, o Banco apura o respectivo justo valor com essencialmente operações de curto prazo, considerou-
recurso a técnicas de valorização. -se que o valor de balanço constituía uma aproximação
razoável do seu justo valor.
As técnicas de valorização utilizadas têm por base as
condições aplicáveis a operações similares na data de Refira-se que o justo valor apresentado não corresponde
referência das demonstrações financeiras, nomeadamente o ao valor de realização destes instrumentos financeiros num
valor dos respectivos cash flows descontados com base nas cenário de venda ou de liquidação, não tendo sido apurado
taxas de juro consideradas mais apropriadas, ou seja: com esse objectivo.
A 31 de Dezembro de 2020 e 2019, o justo valor dos instrumentos financeiros registados no balanço ao justo valor apresenta o
seguinte detalhe por metodologia de valorização:
31/12/2020
Nível 1 Nível 2 Nível 3

Cotações em Dados observáveis Outras técnicas
mercado activo de mercado de valorização Total
Activos
Activos financeiros ao justo valor através de resultados 1 972 648 365 694 288 - 365 694 288
Passivos
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados - 4 244 410 - 4 244 410
31/12/2019
Nível 1 Nível 2 Nível 3

Cotações em Dados observáveis Outras técnicas
mercado activo de mercado de valorização Total
Activos
Activos financeiros ao justo valor através de resultados 1 259 123 1 731 020 169 700 058 172 690 202
Passivos
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados - 12 675 871 - 12 675 871

Em 31 de Dezembro de 2019, os instrumentos financeiros

apresentados no Nível 1 da hierarquia prevista na norma
IFRS 13, correspondem a acções cotadas; os instrumentos
financeiros apresentados no Nível 2 correspondem a
instrumentos financeiros derivados, cuja valorização é
efectuada com base em modelos internos que utilizam
maioritariamente dados observáveis no mercado (como
por exemplo curvas de taxas de juro, ou taxas de câmbio),
que inclui os Bilhetes do Tesouro, Obrigações do Tesouro
emitidos pelo Estado Angolano e participação na EMIS.
Em 31 de Dezembro de 2020, o Banco reviu o seu modelo

de valorização dos Bilhetes do Tesouro e Obrigações do
Tesouro emitidos pelo Estado Angolano, passando os
mesmos a serem valorizados por modelos internos que
utilizam maioritariamente taxas observáveis de mercados.
Consequentemente, a 31 de Dezembro de 2020 estes
instrumentos passaram a ser apresentados no Nível 2.
30.5 GESTÃO DE CAPITAL
Os fundos próprios do Banco são apurados de acordo com

as normas regulamentares aplicáveis, nomeadamente com
o Aviso nº 2/2016. Os requisitos para o rácio de solvabilidade
encontram-se no Aviso nº 3/2016, Aviso nº 4/2016 e Aviso
nº 5/2016. Os instrutivos aplicáveis são os seguintes: Instrutivo
nº 12/2016, Instrutivo nº 13/2016, Instrutivo nº 14/2016,
Instrutivo nº 15/2016, Instrutivo nº 16/2016, Instrutivo
nº 17/2016 e Instrutivo nº 18/2016.
As instituições financeiras angolanas devem manter um nível

de fundos próprios compatíveis com a natureza e escala das
operações devidamente ponderados pelos riscos inerentes
às operações, sendo o Rácio de Solvabilidade Regulamentar
mínimo de 10%.

Um sumário dos cálculos de requisitos de capital do Banco
para 31 de Dezembro de 2020 apresenta-se como segue:
31/12/2020 31/12/2019
Fundos Próprios Regulamentares 461 774 226 408 327 705

33 270 104 33 091 939
(risco de crédito)

10 644 574 6 897 999
(risco de mercado)

37 956 625 31 068 259
(risco operacional)
Rácio de Solvabilidade Regulamentar 56,40% 57,46%

31. NORMAS CONTABILÍSTICAS E INTERPRETAÇÕES RECENTEMENTE EMITIDAS
1. IMPACTO DA ADOPÇÃO DE NOVAS NORMAS, d) Estrutura conceptual, ‘Alterações na referência a outras

ALTERAÇÕES ÀS NORMAS QUE SE TORNARAM IFRS’. Como resultado da publicação da nova Estrutura
EFECTIVAS PARA OS PERÍODOS ANUAIS QUE SE Conceptual, o IASB introduziu alterações no texto de
INICIARAM EM 1 DE JANEIRO DE 2020: várias normas e interpretações, como: IFRS 2, IFRS 3,
IFRS 6, IFRS 14, IAS 1, IAS 8, IAS 34, IAS 37, IAS
a) IFRS 3 (alteração), ‘Definição de negócio’. Esta 38, IFRIC 12, IFRIC 19, IFRIC 20, IFRIC 22, SIC 32,
alteração constitui uma revisão à definição de negócio de forma a clarificar a aplicação das novas definições
para efeitos de contabilização de concentrações de de activo / passivo e de gasto / rendimento, além de
actividades empresariais. A nova definição exige algumas das características da informação financeira.
que uma aquisição inclua um input e um processo Essas alterações são de aplicação retrospectiva,
substancial que conjuntamente gerem outputs. excepto se impraticáveis.
Os outputs passam a ser definidos como bens e
serviços que sejam prestados a clientes, que gerem As alterações acima não tiveram impactos relevantes nas
rendimentos de investimentos financeiros e outros demonstrações financeiras do Banco no exercício findo em
rendimentos, excluindo os retornos sob a forma de 31 de Dezembro de 2020.
reduções de custos e outros benefícios económicos
para os Accionistas. Passam a ser permitidos ‘testes de 2. NORMAS (NOVAS E ALTERAÇÕES) PUBLICADAS, CUJA
concentração’ para determinar se uma transacção se APLICAÇÃO É OBRIGATÓRIA PARA PERÍODOS ANUAIS
refere à aquisição de um activo ou de um negócio. QUE SE INICIEM EM OU APÓS 1 DE JANEIRO DE 2021:
b) IFRS 9, IAS 39 e IFRS 7 (alteração), 'Reforma das taxas a) IFRS 16 (alteração), “Locações - Bonificações de rendas
de juro de referência – fase 1'. Estas alterações fazem relacionadas com a COVID-19” (a aplicar nos exercícios
parte da primeira fase do projecto ‘IBOR reform’ do que se iniciem em ou após 1 de Junho de 2020).
IASB e permitem isenções relacionadas com a reforma Esta alteração introduz um expediente prático para os
do benchmark para as taxas de juro de referência. locatários (mas não para os locadores), que os isenta de
As isenções referem-se à contabilidade de cobertura, avaliar se as bonificações atribuídas pelos locadores no
em termos de: i) componentes de risco; ii) requisito âmbito da COVID-19, qualificam como “modificações”
'altamente provável'; iii) avaliação prospectiva; iv) quando estejam cumpridos cumulativamente três
teste de eficácia retrospectivo (para adoptantes da critérios: i) a alteração nos pagamentos de locação
IAS 39); e v) reciclagem da reserva de cobertura de resulta numa retribuição revista para a locação que
fluxo de caixa, e têm como objectivo que a reforma das é substancialmente igual, ou inferior, à retribuição
taxas de juro de referência não determine a cessação imediatamente anterior à alteração; ii) qualquer redução
da contabilidade de cobertura. No entanto, qualquer dos pagamentos de locação apenas afecta pagamentos
ineficácia de cobertura apurada deve continuar a ser devidos em, ou até 30 de Junho de 2021; e iii) não
reconhecida na demonstração dos resultados. existem alterações significativas a outros termos e
condições da locação. Os locatários que optem pela
c) IAS 1 e IAS 8 (alteração), ‘Definição de material’. aplicação desta isenção, contabilizam a alteração aos
Esta alteração introduz uma modificação ao conceito pagamentos das rendas, como rendas variáveis de
de “material” e clarifica que a menção a informações locação no(s) período(s) no(s) qual(ais) o evento ou
pouco claras refere-se a situações cujo efeito é similar condição que leva à redução de pagamento ocorre.
a omitir ou distorcer tais informações, devendo a Esta alteração é aplicada retrospectivamente com
entidade avaliar a materialidade considerando as os impactos reflectidos como um ajustamento nos
demonstrações financeiras como um todo. São ainda resultados transitados (ou outra componente de capital
efectuadas clarificações quanto ao significado de próprio, conforme apropriado) no início do período de
“principais utilizadores das demonstrações financeiras”, relato anual em que o locatário aplica a alteração pela
sendo estes definidos como ‘actuais e futuros primeira vez.
investidores, financiadores e credores’ que dependem
das demonstrações financeiras para obterem uma parte
significativa da informação de que necessitam.

b) IFRS 4 (alteração), ‘Contratos de seguro – diferimento directa e materiais e a alocação de outros gastos
da aplicação da IFRS 9’ (a aplicar nos exercícios que directamente relacionados como a alocação dos gastos
se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2021). Esta de depreciação dos activos tangíveis utilizados para
alteração refere-se às consequências contabilísticas realizar o contracto. Esta alteração deverá ser aplicada
temporárias que resultam da diferença entre a data de aos contratos que, no início do primeiro período anual
entrada em vigor da IFRS 9 – Instrumentos Financeiros de relato ao qual a alteração é aplicada, ainda incluam
e da futura IFRS 17 – Contratos de Seguro. Em obrigações contratuais por satisfazer, sem haver lugar à
especial, a alteração efectuada à IFRS 4 adia até 2023 reexpressão do comparativo.
a data de expiração da isenção temporária da aplicação
da IFRS 9 a fim de alinhar a data efectiva desta última f) Melhorias às normas 2018 - 2020 (a aplicar nos
com a da nova IFRS 17. exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro
de 2022). Este ciclo de melhorias altera os seguintes
O Banco não antecipa qualquer impacto significativo normativos: IFRS 1, IFRS 9, IFRS 16 e IAS 41.
na aplicação desta alteração nas suas demonstrações
financeiras. g) IFRS 3 (alteração) ‘Referências à Estrutura conceptual’
(a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após
c) IAS 1 (alteração), ‘Apresentação das demonstrações 1 de Junho de 2022). Esta alteração actualiza as
financeiras - classificação de passivos’ (a aplicar nos referências à Estrutura Conceptual no texto da IFRS 3,
exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de não tendo sido introduzidas alterações aos requisitos
2023). Esta alteração pretende clarificar a classificação contabilísticos para as concentrações de actividades
dos passivos como saldos correntes ou não correntes empresariais. Esta alteração também clarifica o
em função dos direitos que uma entidade tem de tratamento contabilístico a adoptar relativamente aos
diferir o seu pagamento, no final de cada período de passivos e passivos contingentes no âmbito da IAS 37
relato. A classificação dos passivos não é afectada e IFRIC 21, incorridos separadamente versus incluídos
pelas expectativas da entidade (a avaliação deverá numa concentração de actividades empresariais. Esta
determinar se um direito existe, mas não deverá alteração é de aplicação prospectiva.
considerar se a entidade irá ou não exercer tal direito),
ou por eventos ocorridos após a data de relato, como h) IFRS 9, IAS 39, IFRS 7, IFRS 4 e IFRS 16 (alterações)
seja o incumprimento de um “covenant”. Esta alteração 'Reforma das taxas de juro de referência - fase 2'
inclui ainda uma nova definição de “liquidação” de um (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após
passivo. Esta alteração é de aplicação retrospectiva. 1 de Janeiro de 2021). Estas alterações tratam de
questões que surgem durante a reforma de uma taxa
d) IAS 16 (alteração) ‘Rendimentos obtidos antes da de juro de referência, incluindo a substituição de
entrada em funcionamento’ (a aplicar nos exercícios que uma taxa de juro de referência por outra alternativa,
se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2022). Alteração permitindo a adopção de isenções como: i) alterações
do tratamento contabilístico dado à contraprestação na designação e documentação de cobertura; ii)
obtida com a venda de produtos que resultam da valores acumulados na reserva de cobertura de fluxo
produção em fase de teste dos activos fixos tangíveis, de caixa; iii) avaliação retrospectiva da eficácia de
proibindo a sua dedução ao custo de aquisição dos uma relação de cobertura no âmbito da IAS 39; iv)
activos. Esta alteração é de aplicação retrospectiva, alterações nas relações de cobertura para grupos de
sem reexpressão dos comparativos. itens; v) presunção de que uma taxa de referência
alternativa, designada como uma componente de risco
e) IAS 37 (alteração) ’Contratos onerosos – custos de não especificada contratualmente, é identificável
cumprir com um contracto’ (a aplicar nos exercícios separadamente e qualifica como um risco coberto; e vi)
que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2022). actualizar a taxa de juro efectiva, sem reconhecer ganho
Esta alteração especifica que na avaliação sobre se ou perda, para os instrumentos financeiros mensurados
um contrato é ou não oneroso, apenas podem ser ao custo amortizado com variações nos fluxos de caixa
considerados os gastos directamente relacionados contratuais em consequência da reforma da IBOR,
com o cumprimento do contracto, como os custos incluindo locações que são indexadas a uma IBOR.
incrementais relacionados com mão-de-obra

i) IFRS 17 (nova), ‘Contratos de seguro’ (a aplicar nos
exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de
2023). Esta nova norma substitui o IFRS 4 e é aplicável
a todas as entidades que emitam contratos de seguro,
contratos de resseguro e contratos de investimento
com características de participação discricionária.
A IFRS 17 baseia-se na mensuração corrente das
responsabilidades técnicas, as quais são reavaliadas
a cada data de relato. A mensuração corrente pode
ser efectuada pela aplicação do modelo completo
(“building block approach”) ou simplificado (“premium
allocation approach”). O modelo completo baseia-se em
cenários de fluxos de caixa descontados ponderados
pela probabilidade de ocorrência e ajustados pelo
risco, e uma margem de serviço contratual, a qual
representa a estimativa do lucro futuro do contrato.
Alterações subsequentes dos fluxos de caixa estimados
são ajustados contra a margem de serviço contratual,
excepto se esta se tornar negativa. A IFRS 17 é de
aplicação retrospectiva com algumas isenções na data
da transição.
j) IFRS 17 (alteração), ‘Contratos de seguro’ (a aplicar

nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro
de 2023). Esta alteração compreende alterações
específicas em oito áreas da IFRS 17, tais como:
i) âmbito; ii) nível de agregação dos contratos de
seguros; iii) reconhecimento; iv) mensuração; v)
modificação e desreconhecimento; vi) apresentação
da Demonstração da posição financeira; vii)
reconhecimento e mensuração da Demonstração dos
resultados; e viii) divulgações. Esta alteração também
inclui clarificações, que têm como objectivo simplificar
alguns dos requisitos desta norma e agilizar a sua
implementação.
O Banco não antecipa qualquer impacto significativo

na aplicação desta alteração nas suas demonstrações
financeiras.
32. EVENTOS SUBSEQUENTES
Não temos conhecimento de quaisquer factos ou

acontecimentos adicionais posteriores a 31 de Dezembro de
2020 que justifiquem ajustamentos ou divulgação adicional
nas Notas às demonstrações financeiras.


Relatório do Auditor Independente
Ao Conselho de Administração do
Banco de Fomento Angola, S.A.
Introdução
1 Auditámos as demonstrações financeiras anexas do Banco de Fomento Angola, S.A., as quais
compreendem o balanço em 31 de Dezembro de 2020 que evidencia um total de 2 874 899 710
milhares de Kwanzas e um capital próprio de 497 977 323 milhares de Kwanzas, incluindo um resultado
líquido do exercício de 89 848 596 milhares de Kwanzas, a demonstração dos resultados e do outro
rendimento integral, a demonstração de alterações nos fundos próprios e a demonstração dos fluxos de
caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.
Responsabilidade do Conselho de Administração pelas Demonstrações Financeiras
2 O Conselho de Administração é responsável pela preparação e apresentação de modo

apropriado destas demonstrações financeiras de acordo com as Normas Internacionais de Relato
Financeiro (IFRS) em vigor e pelo controlo interno que determine ser necessário para possibilitar a
preparação de demonstrações financeiras isentas de distorção material devido a fraude ou a erro.
Responsabilidade do Auditor
3 A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião independente sobre estas

demonstrações financeiras com base na nossa auditoria, a qual foi conduzida de acordo com as Normas
Técnicas da Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola. Estas normas exigem que
cumpramos requisitos éticos e que planeemos e executemos a auditoria para obter segurança razoável
sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorção material.
4 Uma auditoria envolve executar procedimentos para obter prova de auditoria acerca das quantias
e divulgações constantes das demonstrações financeiras. Os procedimentos seleccionados dependem do
julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção material das demonstrações
financeiras devido a fraude ou a erro. Ao fazer essas avaliações do risco, o auditor considera o controlo
interno relevante para a preparação e apresentação das demonstrações financeiras pelo Banco a fim de
conceber procedimentos de auditoria que sejam apropriados nas circunstâncias, mas não com a finalidade
de expressar uma opinião sobre a eficácia do controlo interno do Banco. Uma auditoria inclui também avaliar
a adequação das políticas contabilísticas usadas e a razoabilidade das estimativas contabilísticas feitas
pelo Conselho de Administração, bem como avaliar a apresentação global das demonstrações financeiras.
5 Estamos convictos que a prova de auditoria que obtivemos é suficiente e apropriada para
proporcionar uma base para a nossa opinião de auditoria.
PricewaterhouseCoopers (Angola), Limitada

Edifício Presidente - Largo 17 de Setembro, n.º 3, 1º andar – sala 137, Luanda- República de Angola
T: +244 227 286 109, www.pwc.com/ao
© 2021 PricewaterhouseCoopers (Angola), Limitada. All rights reserved. In this document, “PwC” refers to PricewaterhouseCoopers (Angola), Limitada, which is a
member firm of PricewaterhouseCoopers International Limited, each member firm of which is a separate legal entity

Opinião
6 Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam

de forma apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do Banco
de Fomento Angola, S.A. em 31 de Dezembro de 2020 e o seu desempenho financeiro e fluxos de
caixa relativo ao exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de
Relato Financeiro (IFRS) em vigor.
7 de Abril de 2021
PricewaterhouseCoopers (Angola), Limitada

Registada na Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola com o nº E20170010
Representada por:
Ricardo Santos, Perito Contabilista Nº 20120086
2 of 2

PARECER DO CONSELHO FISCAL
1. Em cumprimento das disposições legais e regulamentares, designadamente a alínea g) do

artigo 441º da Lei das Sociedades Comerciais (Lei 1/04 de 13 de Fevereiro), o ponto 5 do
artigo 17º da Lei de Bases das Instituições Financeiras (Lei 12/2015, de 17 de Junho), o
ponto 1 do artigo 2º do Regulamento do Conselho Fiscal do Banco de Fomento Angola,
S.A. aprovado em 21 de Junho de 2014, compete ao Conselho Fiscal emitir parecer sobre
o Relatório e Contas do BANCO DE FOMENTO ANGOLA, S.A., referente ao exercício de
2020, apresentado pelo Conselho de Administração.
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração do BANCO DE FOMENTO ANGOLA,

S.A. a apresentação dos documentos de prestação de contas do exercício de 2020,
nomeadamente o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras do exercício de
2020 (Relatório & Contas de 2020).
3. É da responsabilidade do Conselho Fiscal a verificação da informação contida nos

documentos de prestação de contas, de forma a emitir um parecer profissional e
imparcial, baseado na sua actividade fiscalizadora.
4. O Conselho Fiscal apreciou as demonstrações financeiras, que compreendem o balanço

em 31 de Dezembro de 2020 evidenciando um total de 2.874.899.710 milhares de
Kwanzas e um total de fundos próprios de 497.977.323 milhares de Kwanzas, incluindo
um resultado líquido do exercício positivo de 89.848.596 milhares de Kwanzas, a
demonstração dos resultados e do outro rendimento integral, a demonstração de
alterações nos fundos próprios e a demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo
naquela data e as notas anexas às demonstrações financeiras.
5. O Conselho Fiscal tomou conhecimento da opinião dos Auditores Externos relativa as
demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2020, a qual foi
emitida sem qualquer reserva, declarando que as demonstrações financeiras apresentam
de forma apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição
financeira do Banco de Fomento Angola, S.A. em 31 de Dezembro de 2020 e o seu
desempenho financeiro e fluxos de caixa relativo ao exercício findo naquela data, em
conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) em vigor.
BANCO DE FOMENTO ANGOLA, S.A.

Rua Amílcar Cabral, n.º 58, Maianga, Luanda
Modelo Particulares 2
Telefone: +244 222 638 900 | Linha de Atendimento BFA: +244 923 120 120 | e-mail: bfa@bfa.ao | www.bfa.ao
Sociedade Anónima, Capital Social 15.000.000.000 AKZ | Contribuinte: 5410003691 | SWIFT/BIC: BFMXAOLU

6. Em conformidade com o exposto e tendo em consideração o trabalho desenvolvido, este

Conselho Fiscal propõe:
a) A aprovação das demonstrações financeiras do exercício de 2020.
b) A aprovação do Relatório de Gestão do exercício de 2020 e a proposta de aplicação

de resultados nele contido.
7. Expressamos os nossos agradecimentos pela colaboração prestada pelo Conselho de

Administração, Comissão Executiva, Direcções e demais colaboradores do BANCO DE
FOMENTO ANGOLA, S.A..
Luanda, aos 9 de Abril de 2021
O CONSELHO FISCAL
______________________________________
Ari Nelson Correia Brandão
Perito Contabilista nº 20120120
(Presidente)
______________________________________
Valdir de Jesus Lima Rodrigues
(Vogal)
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7
ANEXOS
Glossário
Contactos BFA
304
308
Glossário
• Activos - Conjunto de Bens e Direitos que uma organização • Balanço - Documento contabilístico que consiste num
detém que possuem valor económico e podendo ser quadro recapitulativo dos activos (imobilizado, créditos,
convertíveis em liquidez. disponibilidades) e do passivo (capital, dívidas).
• Activos Imobiliários - Conjunto de direitos reais sobre • Bilhetes do Tesouro (BT’s) - Título de dívida pública
imóveis, para fins de locação comercial, residencial ou de curto prazo, emitido pelo Tesouro, com prazo de
industrial. vencimento inferior a um ano. É um título emitido a
desconto e reembolsado pelo valor nominal, no momento
• Amortização - Abate que diminui o valor contabilístico de do vencimento.
balanço dos activos imobilizados de uma empresa, em
função do seu uso e desgaste, ou da sua vida económica. • Capitais Próprios - Fundos que pertencem à própria
empresa, por oposição àqueles fundos que foram obtidos
• ATM (Caixa Automática) - Equipamento que permite a através de empréstimo.
utilizadores autorizados (normalmente titulares de cartões
válidos para transacções financeiras num determinando • Cash Flow do Exercício - Corresponde ao lucro líquido
sistema) aceder a serviços financeiros e de outra natureza, anual mais com amortizações e provisões. Representa a
incluindo levantamento de notas. capacidade da empresa gerar fundos para investir sem
recorrer a capitais alheios.
• Aplicações em títulos - Aplicações em activos de renda
fixa emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar a dívida • Cash Flow de Exploração - Corresponde ao produto
pública nacional. bancário, excluído o valor dos encargos administrativos.
• Balança de Capitais - Corresponde ao saldo entre os • Contratos Tripartidos - Contratos entre o Banco e um
capitais investidos no país pelo exterior e, inversamente, prestador de serviços do sector petrolífero e um operador
os investimentos feitos e os créditos detidos pelo país no petrolífero, com o intuito de o operador vender USD
exterior. directamente ao prestador de serviços sem intervenção do
BNA.
• Balança Comercial - Corresponde à diferença entre o valor
dos bens e serviços exportados por um país e aqueles que • Commodities - Bens transaccionáveis, tal como produtos
são importados. agro-pecuários e recursos naturais. Nas relações comerciais
internacionais, o termo designa um tipo particular de
• Balança Corrente - Resultado da balança comercial e mercadoria em estado bruto ou produto primário de
dos fluxos financeiros, nomeadamente juros pagos aos importância comercial.
detentores estrangeiros da dívida emitida pelo país e os
dividendos pagos aos investidores estrangeiros. • Cost-to-income - Medida financeira que indica a
percentagem de custos de uma empresa em relação às
• Balança de Pagamentos - Reflecte a totalidade dos suas receitas.
pagamentos de um país feitos ao exterior e todas as
receitas obtidas no estrangeiro. Divide-se em Balança • Depósito - Operação bancária de captação de fundos.
Corrente e Balança de Capital.

• Depósito a Prazo - Aplicação de dinheiro numa conta • Formato MT101 - Formato de ficheiro standard da SWIFT,
bancária com uma duração determinada (um mês, três que permite realizar transferências de fundos entre duas
meses, seis meses, um ano), remunerado a uma taxa de contas detidas em Bancos que, no limite, podem encontrar-
juro determinada. se em Países diferentes.
• EMIS - Empresa angolana que assegura junto dos Bancos a • FX transactions - Transacções no mercado cambial.
prestação de um conjunto de serviços relacionados com a
utilização dos cartões bancários. Gere as redes partilhadas • H2H (host to host) - Canal que possibilita aos Clientes das
de Caixa Automático e de Terminais de Pagamento instituições bancárias, através da internet Banking e mobile
Automático. Banking disponibilizado pelas suas instituições bancárias,
acederem a funcionalidades de Pagamento de Serviços
• eMudar@BFA - Sistema Implementado pelo BFA, que disponibilizada na Rede MULTICAIXA.
consiste num front-end implementado nas Agências,
Centros de Empresa e Centros de Investimento que • Inflação - Noção, geralmente, expressa em percentagem e
introduziu mecanismos baseados em metodologias de que traduz a subida média do nível de preços.
workflow padronizados para o processamento das diversas
actividades bancárias dos balcões, permitindo a sua • Instituição Financeira - Sociedade comercial que tem por
desmaterialização, tornando-os mais eficientes e mitigando objecto celebrar contratos financeiros e, por isso, sujeita a
o nível de risco operacional. regulação e supervisão prudenciais.
• EMV - Tecnologia Chip para cartões, que para cada • Instrumentos Financeiros - Instrumentos de investimento
transacção transmite um código de transacção único, que incluem os valores mobiliários, os instrumentos
dificultando a fraude com os cartões. financeiros derivados e os instrumentos do mercado
monetário.
• Euribor - Junção das palavras Euro Interbank Offered Rate.
A taxa Euribor é calculada diariamente pela média das • Instrumentos Financeiros Activos - Direito contratual
taxas de 57 Bancos com grande peso na economia do euro de receber dinheiro ou outro activo financeiro de outra
e que reflecte o preço do dinheiro ao qual esses Bancos empresa (títulos, contas a receber).
trocam dinheiro entre si.
• Instrumentos Financeiros Passivos - Obrigação contratual
• Extractos MT940 - Formato standard da SWIFT utilizado de entregar dinheiro ou outro activo financeiro de outra
internacionalmente para a transmissão electrónica de empresa.
movimentos e saldos diários de contas bancárias.
• Margem Complementar - Soma de Comissões líquidas,
• Ficheiros PSX - Ficheiro de processamento de transferência Resultados em operações financeiras e Outros resultados
em massa, com a possibilidade de efectuar pagamentos de exploração.
sobre o exterior (maioritariamente utilizado para
processamento de salários e pagamentos frequentes de • Margem Financeira - Diferença entre os juros cobrados
fornecedores). pelos créditos concedidos (calculados através da taxa
de juro activa) e os juros pagos aos aforradores pelos
• Filtering - Filtragem automática da base de dados de montantes que estes confiam aos Bancos (calculados
Clientes novos ou existentes, contra listas de Sanções através da taxa de juro passiva).
Internacionais.
Anexos 305
• Margem Operacional - Determina-se dividindo o resultado • Proveitos Financeiros - Juros cobrados pelos créditos
operacional pelo volume de negócios e multiplicando por concedidos, calculados através da taxa de juro activa.
cem. É um indicador que permite medir a rentabilidade
operacional de uma empresa num determinado período. • Rácio crédito vencido - Rácio entre o saldo do crédito a
Clientes com prestações de capital ou juros vencidos e o
• Mercado Monetário Interbancário - Mercado onde os Crédito a Clientes total.
Bancos pedem crédito ou emprestam dinheiro entre si,
consoante as necessidades. • Rácio de Solvabilidade - Mede a proporção relativa dos
activos da empresa financiados por capitais próprios
• Obrigações do Tesouro (OT’s) - Título de dívida pública versus passivo. O Rácio de Solvabilidade indica o grau de
emitido pelo Tesouro com pagamentos periódicos de juros estabilidade financeira de uma empresa.
de cupão e resgate pelo valor nominal.
• Rácio de Solvabilidade Regulamentar - O Rácio de
• Passivo - Total das dívidas e obrigações de uma Solvabilidade Regulamentar (RSR) corresponde à relação
organização. Consiste no oposto do activo, que representa entre os Fundos Próprios Regulamentares (FPR) e o valor
o total de bens da empresa. do património exposto aos riscos inerentes às operações
realizadas pelas sociedades cooperativas de crédito.
• Passivos Remunerados - Passivos que requerem o
pagamento de juros, tais como empréstimos bancários e • Rácio de Transformação - Rácio entre o Crédito a Clientes
obrigações empresariais. total deduzido da Imparidade acumulada para crédito a
Clientes (valor de Balanço) e os Depósitos de Clientes.
• Política Monetária - Conjunto de medidas adoptadas para
controlar a oferta de moeda e crédito e, consequentemente, • Redesconto Bancário - Instrumento de controlo monetário
a taxa de juro de uma determinada economia. O Banco no qual o Banco Central concede empréstimos aos Bancos
Central é o responsável pela execução da política monetária comerciais a taxas acima das praticadas no mercado.
do país.
• Rendibilidade dos activos (ROA) - Indicador, em
• Produto Bancário - Conjunto das receitas recebidas por percentagem, que compara o lucro líquido com os activos
uma instituição financeira: comissões, juros, trading, líquidos da empresa, isto é, deduzidos das amortizações
operações interbancárias. acumuladas. Mede o lucro gerado por cada unidade
monetária de activos.
• Produto Interno Bruto (PIB) - Soma de todos os bens e
serviços produzidos num país e num determinado período • Rendibilidade dos capitais próprios (ROE) - Mede a
de tempo, geralmente um ano. eficiência de uma empresa a gerar lucros a partir do activo
líquido (situação líquida), isto é, indica qual a percentagem
• Profiling - Qualquer forma de tratamento automatizado de lucro gerado a partir do capital dos Accionistas.
de dados pessoais que consista em utilizar esses dados
pessoais para avaliar certos aspectos pessoais de uma • Spread - Diferença entre o preço oferecido pelos
pessoa singular, nomeadamente para analisar ou prever compradores e o preço pretendido pelos vendedores no
aspectos relacionados com a sua situação financeira, âmbito da oferta e da procura nos mercados financeiros.
fiabilidade ou comportamento.

• SPTR - Sistema de Pagamentos Angolano em Tempo Real, • TLTRO’S (Targeted long-term refinancing operations) -
operado, administrado e propriedade do BNA. Operações de refinanciamento a instituições de crédito com
prazo alargado.
• STC - Subsistema de Transferências a Crédito.
• TPA (Terminal de Pagamento Automático) - Terminal de
• Stress test - Procedimento no qual se testam diversos rede do sistema bancário que permite ao Cliente efectuar
cenários, por forma a analisar o comportamento dos valores diversos tipos de operações em regime de auto-serviço,
de uma carteira de investimentos. Trata-se de avaliar o sem necessidade de recorrer aos balcões das agências
valor da carteira em situações atípicas. bancárias.
• Swift - Sociedade para a Telecomunicação Financeira • VAL (Valor Actualizado Líquido) - Valor actualizado dos
Interbancária Mundial, (Society for Worldwide Interbank cash flows futuros esperados das operações.
Financial Telecommunication), que assegura o serviço
de comunicações interbancárias. Os seus serviços são • Way4 - Plataforma da EMIS para gestão de cartões.
utilizados nos mercados de divisas, de dinheiro e de valores
mobiliários, para as mensagens de confirmação e de • Write-offs - Abate do crédito vencido, registado no activo,
pagamento. que se encontra integralmente provisionado e em relação
ao qual não existam perspectivas de recuperação. O abate
• Taxa de Bancarização - Taxa de utilização de serviços faz-se por contrapartida de provisões, pelo que não gera
financeiros por parte da população de um país. qualquer impacto na conta de resultados.
• Taxa de cedência de fundos - Taxa pela qual o Banco • Yields - Trata-se do principal indicador do mercado de
nacional de um país compra ou vende a sua moeda, para investimento imobiliário. Deverá ser encarada como uma
a fazer regressar ao valor anterior. medida de risco da rentabilidade no futuro: quanto maior a
yield, maior o preço, maior o risco associado e maiores as
• Taxas Directoras - Taxas de juro determinadas pelos oportunidades de rentabilização futura.
Bancos centrais, que servem de base às taxas de juro
praticadas numa economia.
• Taxa de Juro - Preço do dinheiro que o tomador deve

pagar ao proprietário do capital emprestado, durante um
determinado período de tempo, expresso em percentagem.
• Taxa principal de refinanciamento - Taxa mínima aplicada

às operações de cedência de liquidez, efectuadas através
de leilões semanais, por um prazo de duas semanas.
• TCX (Money Trade Coin X) - Programa de transacções

financeiras em Moeda virtual.
Anexos 307
Contactos do BFA
EDIFÍCIO SEDE
Rua Amílcar Cabral, n.º 58 Website: Siganos em:

Maianga www.bfa.ao
Luanda
Telefone: (+244) 222 638 900 Homebanking:
www.bfanet.ao
www.bfanetempresas.ao
Linha de Atendimento BFA:

(+244) 923 120 120

COQUEIROS GIKA
Gaveto da Avenida Lenine Ed. Garden Towers B, 3.º, 4.º,
e Samuel Bernardo 5.º Andar,
Sobreloja do Edifício Domo nº 86, Av. Ho Chi Minh/Comdte Gika
Luanda Luanda
Telefone: (+244) 222 638 900 Telefone: (+244) 222 638 900
SEDE SERPA PINTO LOBITO CAPONTE

Rua Amílcar Cabral, n.º 58 Largo Serpa Pinto n.º 233, R/C Av. Salvador Correia,
Maianga Ingombota Zona Industrial da Caponte,
Luanda Luanda Benguela
Telefone: (+244) 222 638 900 Telefone: (+244) 222 392 094 Telefone: (+244) 923 165 500
Fax: (+244) 222 638 948 Fax: (+244) 222 393 195 Fax: (+244) 272 226 756
BAIXA SOLAR DE ALVALADE BENGUELA CASSANGE

Rua Sequeira Lukoki Rua Emílio Mbidi, Bairro Alvalade Rua Comandante Cassange
Ingombota Maianga Benguela
Luanda Luanda Telefone: (+244) 272 230 190
Fax: (+244) 222 332 242 Fax: (+244) 222 696 442
MAJOR KANHANGULO TALATONA LUBANGO

Rua Major Kanhangulo Rua Centro de Convenções S8 Rua, Pinheiro Chagas 117
98/03 Ingombota Bairro Talatona, Casa dos Frescos Lubango
Luanda Belas Huíla
Telefone: (+244) 222 394 456 Luanda
Fax: (+244) 222 393 145 Telefone: (+244) 926 920 352
Fax: (+244) 222 696 442
Anexos 309
SEDE VIANA ESTALAGEM BENGUELA CASSANGE
Rua Amílcar Cabral, n.º 58 Estalagem do Leão Rua Comandante Cassange,
Maianga Estrada Principal de Viana 1º andar
Luanda Luanda Benguela
Telefone: (+244) 222 638 900 Telefone: (+244) 931 964 715 Telefone: (+244) 272 236 605
Fax: (+244) 222 638 948 Fax: (+244) 222 291 083 Fax: (+244) 272 236 606
LUBANGO MAJOR KANHANGULO OIL & GAS OPERATORS

Av. 4 de Fevereiro, Laureanos, Rua Major Kanhangulo, Rua Amílcar Cabral, n.º 58
Lubango N.º 93 / 103 Maianga
Huíla Ingombotas Luanda
Telefone: (+244) 261 225 689 Luanda Telefone: (+244) 222 638 986
Fax: (+244) 261 224 973 Telefone (s): (+244) 222 394 022 Fax: (+244) 222 638 970
Fax: (+244) 222 393 839
LOBITO CAPONTE TALATONA OIL & GAS VENDORS

Av. Salvador Correia, Rua do SIAC, Bairro Talatona Rua Amílcar Cabral, n.º 58
Zona Industrial da Caponte,1.º Andar Talatona Maianga
Zona Industrial da Canata Luanda Luanda
Benguela Telefone: (+244) 926 920 351 Telefone: (+244) 222 696 430
Telefone: (+244) 272 226 240 Fax: (+244) 222 447 041 Fax: (+244) 222 638 970
Fax: (+244) 272 226 238
SANTA BÁRBARA CACUACO RAINHA GINGA

Av.ª Marginal 2, Estrada Directa de Cacuaco, Rua Rainha Ginga, n.º 34
Ingombotas Largo da Igreja, Cacuaco 1ª andar
Luanda Luanda Luanda
Telefone: (+244) 222 696 419 Fax: (+244) 222 511 413 Telefone: (+244) 222 392 952
Fax: (+244) 222 696 420 Fax: (+244) 222 392 734
MORRO BENTO CENTRO DAS GRANDES EMPRESAS CENTRO PRIVATE BANKING

Rua 21 de Janeiro, Morro Bento Rua Amílcar Cabral, n.º 58 Via S10-Via A1,
Luanda Maianga Condomínio Belas Business Park,
Telefone: (+244) 222 638 900 Luanda Edifício Cuanza Norte e Sul,
Fax: (+244) 222 696 493 Telefone: (+244) 222 638 900 Fracção E, Loja 04 B, Talatona,
Luanda
Telefone: (+244) 222 696 464
VIANA POLO INDUSTRIAL CABINDA - DEOLINDA RODRIGUES

Estrada de Catete - Polo Rua Comendador Henriques Serrano,
Industrial KM 23 Bairro Deolinda Rodrigues
Luanda Cabinda
Fax: (+244) 222 696 488 Fax: (+244) 231 220 382

Relatório e Contas
Semestrais’19

Relatorio e Contas - 2020

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Relatorio e Contas - 2020

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RELATÓRIO

“2020 foi um ano em que todos sentimos

O Banco mantém a posição

2 Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2020

2. ENQUADRAMENTO Economia Internacional

ECONÓMICO Alterações Regulamentares 37

3. O BFA A Nossa História

4. GESTÃO DE RISCO Gestão de Risco

5. ANÁLISE Análise Financeira

6. DEMONSTRAÇÕES Demonstrações Financeiras

É com enorme satisfação que, em nome do Conselho de

Este ano foi amplamente marcado por um contexto atípico,

A actividade económica mundial ficou refém do impacto

8 Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2020

10 Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2020

Mensagem do Presidente da Comissão

Enquanto escrevo esta mensagem o mundo enfrenta uma

Em 2020, o BFA atingiu os 2 185 040 Clientes nos

A nossa carteira de Crédito aumentou 1,7% com um total de

A redução do resultado líquido impactou na redução dos

12 Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2020

14 Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2020

Criar diferenciação através de um maior envolvimento com o Cliente, num contexto de

COMPROMISSO COM O CLIENTE

Melhorar o Fomentar os Simplificar processos.

FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO

Rapidez no processo Excelência Cultura BFA - excelência

16 Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2020

O projecto de transformação digital assumiu-se como a Processo de transformação – Adaptação da

Como acrescentamos valor

A proposta de criação de valor Como principal missão da sua estratégia de negócio, o

MELHOR BANCO PARA A COMUNIDADE MELHOR BANCO PARA OS ACCIONISTAS

BFA | RELATÓRIO E CONTAS 2020

Margem Complementar 162 435,9 56 393,5 87 520,9 (65,3)% 55,2%

Resultado Líquido 174 258,7 119 940,2 89 848,6 (31,2)% (25,1)%

Cost-to-income 19,8% 36,7% 33,5% (15,7) p.p. (3,24) p.p

Activo Total / Colaborador 637,1 805,8 1036,0 26,5% 28,56%

Rácio de Transformação 25,6% 22,1% 17,20% (3,5) p.p. (4,9) p.p

Cobertura do Crédito por Imparidade 3

Número de Balcões 4 192 197 197 2,60% 0,0%

Número de Colaboradores 2 674 2 724 2 775 1,87% 1,9%

Taxa Penetração BFA Net 26,20% 24,9% 9,00% (4,96)% (63,9)%

Taxa Penetração Cartões de Débito 58,90% 53,9% 57,30% (8,49)% 6,31%

1) Crédito líquido de imparidades

20 Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2020

Activo Total 5 520,7 4 551,9 4 425,6 (17,55)% (2,77)%

Crédito sobre Clientes 1 958,6 680,0 513,2 (29,06)% (24,54)%

Depósitos de Clientes 3 992,5 3 365,4 3 467,0 (15,71)% 3,02%

Capitais Próprios e Equiparados 1 226,5 958,5 766,6 (21,85)% (20,02)%

Produto Bancário 1 128,8 565,2 471,0 (49,93)% (16,67)%

Margem Financeira 457,7 418,4 320,9 (8,59)% (23,29)%

Margem Complementar 671,1 146,8 150,0 (78,12)% 2,16%

Resultado de Exploração 919,1 375,8 322,0 (59,12)% (14,31)%

Resultado Líquido 710,2 313,5 165,1 (55,86)% (47,34)%

Cost-to-income 19,80% 36,7% 33,5% (15,7) p.p. (3,27) p.p

Activo Total / Colaborador 2,1 1,7 1,6 (20,43)% 28,56%

Rácio de Transformação 25,60% 22,1% 17,2% (3,5) p.p. (4,93) p.p

Rácio Solvabilidade Regulamentar 53,80% 58,5% 56,4% 4,7 p.p -2,1pp

Cobertura do Crédito por Imparidade 3

Número de Balcões 4 192 197 197 2,60% 0,0%

Número de Colaboradores 2 674 2 724 2 775 1,87% 1,9%

Taxa Penetração BFA Net 26,20% 24,90% 9,00% (4,96)% (63,9)%

Taxa Penetração Cartões de Débito 58,90% 53,90% 57,30% (8,49)% 6,31%