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NP

Norma EN 12504-4
2007
Portuguesa
Ensaios do betão nas estruturas
Parte 4: Determinação da velocidade de propagação dos ultra-sons

o
ida nic
Essais pour béton dans les structures
Partie 4: Détermination de la vitesse de propagation du son

oib tró
Testing concrete in structures

pr lec
Part 4: Determination of ultrasonic pulse velocity

ão o e
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pr um
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od
IP de

ICS HOMOLOGAÇÃO
© ão

91.100.30 Termo de Homologação N.º 283/2007, de 2007-08-09


Q

DESCRITORES
s

Betões; estruturas de betão; materiais de construção; ensaios;


es

medição de velocidade; velocidade do som; resistência dos


materiais; exactidão; transdutores; relatórios; definições; ELABORAÇÃO
bibliografia CT 104 (ATIC)
pr

CORRESPONDÊNCIA EDIÇÃO
Versão portuguesa da EN 12504-4:2004 Outubro de 2007
Im

CÓDIGO DE PREÇO
X005

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em branco
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o
NORMA EUROPEIA EN 12504-4
EUROPÄISCHE NORM
NORME EUROPÉENNE
EUROPEAN STANDARD Agosto 2004

ICS: 91.100.30

o
Versão portuguesa

ida nic
Ensaios do betão nas estruturas
Parte 4: Determinação da velocidade de propagação dos ultra-sons

oib tró
Prüfung von Beton in Essais pour béton dans les Testing concrete in structures
Bauwerken structures Part 4: Determination of

pr lec
Teil 4: Bestimmung der Partie 4: Détermination de la ultrasonic pulse velocity
Ultraschallgeschwindigkeit vitesse de propagation du son

ão o e
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re doc

A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 12504-4:2004, e tem o mesmo estatuto
od

que as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.


Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 2004-02-26.
Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define
IP de

as condições de adopção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas actualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
© ão

língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e
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notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.


Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
s

Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia,
es

Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia,
Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça.
pr
Im

CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization

Secretariado Central: rue de Stassart 36, B-1050 Bruxelas

© 2004 Direitos de reprodução reservados aos membros do CEN

Ref. nº EN 12504-4:2004 Pt
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Índice Página

o
Preâmbulo ................................................................................................................................................ 5

ida nic
1 Objectivo e campo de aplicação........................................................................................................... 6

2 Referências normativas ........................................................................................................................ 6

oib tró
3 Termos e definições .............................................................................................................................. 6

pr lec
4 Princípio ................................................................................................................................................ 6

ão o e
5 Aparelhos e utensílios ........................................................................................................................... 6

5.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 6


uç ent
5.2 Requisitos de desempenho................................................................................................................... 7

5.3 Transdutores ........................................................................................................................................ 7


pr um

5.4 Aparelhagem para determinar o tempo de chegada do impulso .......................................................... 7


re doc

6 Procedimentos....................................................................................................................................... 7
od

6.1 Determinação da velocidade de propagação dos ultra-sons ................................................................ 7

7 Expressão dos resultados ..................................................................................................................... 9


IP de

8 Relatório de ensaio................................................................................................................................ 9
© ão

9 Exactidão ............................................................................................................................................... 10
Q

Anexo A (informativo) Determinação da velocidade dos ultra-sons – Transmissão indirecta .......... 11


s
es

Anexo B (informativo) Factores que influenciam a medição da velocidade dos ultra-sons ............... 12
pr

Anexo C (informativo) Correlação entre a velocidade de propagação dos ultra-sons e a resistência 15


Im

Bibliografia............................................................................................................................................... 17

Anexo Nacional (informativo) Correspondência entre documentos normativos europeus e


nacionais ................................................................................................................................................... 18
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Preâmbulo
Este documento (EN 12504-4:2004) foi elaborado pelo Comité Técnico CEN/TC 104 “Concrete and related

o
products”, cujo secretariado é assegurado pelo DIN.

ida nic
A esta Norma Europeia deve ser atribuído o estatuto de Norma Nacional, seja por publicação de um texto
idêntico, seja por adopção, o mais tardar em Fevereiro de 2005 e as normas nacionais divergentes devem ser
anuladas o mais tardar em Fevereiro de 2005.

oib tró
Em 1998 um projecto desta Norma, o prEN 12396, foi publicado para inquérito CEN. Fazia parte de uma
série de normas de ensaio numeradas individualmente para betão fresco ou para betão endurecido. Por

pr lec
conveniência, foi decidido combinar estes projectos individuais de norma em três novas normas, cada uma
com partes separadas para cada método, como se segue:

ão o e
- Testing fresh concrete (EN 12350)
- Testing hardened concrete (EN 12390)
- Testing concrete in structures (EN 12504)
uç ent
A série EN 12504 inclui as seguintes Partes, estando indicados entre parêntesis os números com os quais
cada método de ensaio particular foi anteriormente publicado para inquérito CEN:
pr um

EN 12504, Testing concrete in structures


Part 1: Cored specimens – Taking, examining and testing in compression (anteriormente prEN 12504:1996)
re doc

Part 2: Non-destructive testing – Determination of rebound number (anteriormente prEN 12398:1996)


od

Part 3: Determination of pull-out force (anteriormente prEN 12399:1996)


Part 4: Determination of ultrasonic pulse velocity (anteriormente prEN 12396:1998)
IP de

Esta Norma Europeia é baseada na ISO/DIS 8047 “Concrete hardened – Determination of ultrasonic pulse
velocity”. Reconhece-se que a velocidade de propagação dos ultra-sons determinada de acordo com esta
norma é uma convenção na medida em que o percurso em que o som se desloca não é bem conhecido.
© ão

A medição da velocidade de propagação pode ser utilizada para determinar a uniformidade do betão, a
Q

presença de vazios ou fendas, variações das propriedades com o tempo e as propriedades dinâmicas. Estes
s

assuntos foram considerados fora do objectivo desta Norma, mas no Anexo B dá-se alguma informação,
es

podendo encontrar-se mais informação na literatura técnica. A medição pode também ser utilizada para
estimar a resistência in-situ de elementos ou provetes de betão. Não foi concebido, porém, para ser uma
pr

alternativa à determinação da resistência à compressão do betão.

De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma deve ser implementada pelos
Im

organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca,
Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália,
Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República
Checa, Suécia e Suíça.
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1 Objectivo e campo de aplicação


A presente Norma especifica um método para a determinação da velocidade de propagação das ondas

o
longitudinais ultrasónicas no betão endurecido, para ser utilizado em certas aplicações.

ida nic
2 Referências normativas

oib tró
A presente Norma inclui, por referência, datada ou não, disposições relativas a outras normas. Estas
referências normativas são citadas nos lugares apropriados do texto e as normas são listadas a seguir. Para as
referências datadas, as emendas ou revisões subsequentes de qualquer destas normas só se aplicam à presente

pr lec
Norma se nela forem incorporadas por emenda ou revisão. Para as referências não datadas aplica-se a última
edição da norma referida (incluindo emendas).

ão o e
EN 206-1:2000 * Concrete – Part 1: Specification, performance, production and conformity

3 Termos e definições
uç ent
Para os fins da presente Norma aplicam-se, além dos termos e das definições da EN 206-1:2000*, os
seguintes:
pr um

3.1 tempo de percurso


Tempo que os ultra-sons levam do transdutor-transmissor ao transdutor-receptor através do betão.
re doc
od

3.2 frente do impulso


Primeira transição do impulso, detectada pelo aparelho de medida.
IP de

3.3 tempo de subida


Tempo que a frente do impulso leva a passar de 10 % a 90 % da amplitude máxima.
© ão

4 Princípio
Q
s

Um transdutor electroacústico em contacto com a superfície do betão a ensaiar produz um trem de ondas
es

longitudinais. Após ter percorrido um comprimento conhecido no betão, o trem de ondas é convertido em
sinal eléctrico por um segundo transdutor, sendo então medido, com um relógio electrónico, o tempo de
percurso do impulso vibratório.
pr
Im

5 Aparelhos e utensílios

5.1 Generalidades
A aparelhagem é constituída por um gerador de impulsos eléctricos, um par de transdutores, um amplificador
e um dispositivo electrónico de medição de tempo, que permite medir a duração entre a frente do impulso
gerado pelo transdutor-transmissor e a sua chegada ao transdutor-receptor. Para ter uma referência para a
medição da velocidade é fornecida uma barra de calibração.

*
Ver Anexo Nacional NA (informativo).
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Existem dois tipos de aparelhos electrónicos de medição do tempo:


a) um osciloscópio sobre o qual é visualizada a frente de impulso em relação a uma escala de tempo

o
apropriada;

ida nic
b) um contador com um visor digital de leitura directa.
NOTA: Um osciloscópio permite examinar a forma da onda do impulso, o que pode ser vantajoso em situações complexas de
ensaio ou nas medições com sistemas automáticos.

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5.2 Requisitos de desempenho

pr lec
A aparelhagem deve satisfazer os seguintes requisitos:
- ser capaz de medir tempos de percurso na barra de calibração com um desvio limite de ± 0,1 μs e uma

ão o e
exactidão de 2 %;
- o impulso de excitação electrónica aplicado ao transdutor-transmissor ter um tempo de subida não superior
a um quarto do seu período natural;
uç ent
- a frequência dos impulsos ser suficientemente fraca de forma a garantir que a frente do impulso recebido
está isenta de interferências por reverberação.
pr um

A aparelhagem deve ser utilizada nas condições de funcionamento indicadas pelo fabricante.

5.3 Transdutores
re doc

A frequência natural dos transdutores deverá estar normalmente dentro da banda 20 kHz a 150 kHz.
od

NOTA: Algumas vezes podem utilizar-se frequências tão baixas como 10 kHz ou tão altas como 200 kHz. As altas frequências têm
uma frente bem definida, mas, ao atravessar o betão, amortecem mais rapidamente do que as de baixa frequência. É então preferível
utilizar transdutores de alta frequência (60 kHz a 200 kHz) para percursos curtos (abaixo de 50 mm) e transdutores de baixa
IP de

frequência (10 kHz a 40 kHz) para percursos longos (até um máximo de 15 m). Transdutores com frequência entre 40 kHz e 60 kHz
são convenientes para a maior parte das aplicações.
© ão

5.4 Aparelhagem para determinar o tempo de chegada do impulso


Q

A aparelhagem deve ser capaz de determinar o tempo de chegada da frente do impulso com o mais fraco
s

nível possível, mesmo que este possa ter uma amplitude mais fraca que a primeira meia onda de impulso.
es

6 Procedimentos
pr

6.1 Determinação da velocidade de propagação dos ultra-sons


Im

6.1.1 Factores que influenciam a medição da velocidade de propagação dos ultra-sons


Para que a medição da velocidade de propagação dos ultra-sons seja reproductível, é necessário ter em conta
vários factores que influenciam as medições. Estes factores são indicados no Anexo B.

6.1.2 Posicionamento dos transdutores


Embora a direcção de máxima propagação da energia seja perpendicular à face do transdutor-transmissor, é
possível detectar impulsos que viajaram através do betão em outras direcções. É então possível fazer
medições da velocidade dos ultra-sons colocando dois transdutores em faces opostas (transmissão directa),
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ou em faces adjacentes (transmissão semi-directa) ou na mesma face (transmissão indirecta ou transmissão


superficial) da estrutura de betão ou do provete (ver Figura 1).

o
NOTA 1: Quando for necessário colocar os transdutores em faces opostas mas não directamente opostas um ao outro, tal
posicionamento deve ser tomado como transmissão semi-directa (ver Figura 1.b).

ida nic
NOTA 2: O posicionamento por transmissão indirecta é o menos sensível e deverá ser utilizado apenas quando só uma das faces do
betão está acessível ou quando tem interesse a qualidade da superfície do betão relativamente à qualidade global.

oib tró
NOTA 3: O posicionamento por transmissão semi-directa é utilizado quando a transmissão directa não pode ser adoptada, por
exemplo nos cantos das estruturas.

pr lec
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IP de
© ão
Q
s

Legenda:
es

R é o transdutor-receptor
T é o transdutor-transmissor
pr

Figura 1 – Posicionamento dos transdutores


Im

6.1.3 Medição do percurso


Para a transmissão directa, o percurso é a distância entre os transdutores. A medição do percurso deve ser
feita com a exactidão de ± 1 %.
Na transmissão semi-directa, tem geralmente exactidão suficiente tomar como percurso a distância entre os
centros das faces dos transdutores. A exactidão do percurso depende da dimensão dos transdutores
relativamente à distância entre centros.
Na transmissão indirecta, o percurso não é medido, mas faz-se uma série de medições com os transdutores a
diferentes distâncias (ver Anexo A).
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6.1.4 Contacto do transdutor com o betão


Deve haver um contacto adequado entre a superfície do betão e a face de cada transdutor. Para muitas

o
superfícies de betão o acabamento é suficientemente liso para assegurar um bom contacto acústico, desde

ida nic
que se utilize um produto de ligação tal como vaselina, massa lubrificante ou consistente, sabão líquido ou
pasta de caulino/glicerol e se pressione o receptor contra a superfície do betão.
As leituras do tempo de percurso deverão ser repetidas até que se obtenha um valor mínimo, indicando que a

oib tró
espessura do produto de ligação foi reduzida a um mínimo.
Quando a superfície do betão é muito rugosa ou irregular, deverá ser retificada ou mecanicamente ou

pr lec
utilizando resina epoxi de presa rápida.
NOTA: Existem transdutores especiais para superfícies muito rugosas.

ão o e
6.1.5 Medição do tempo de percurso
Utilizando instrumentação electrónica, deve-se determinar o intervalo de tempo indicado de acordo com as
uç ent
instruções do fabricante (ver 5.2).

7 Expressão dos resultados


pr um

Nas transmissões directa e semi-directa, a velocidade de propagação dos ultra-sons é calculada pela seguinte
fórmula:
re doc

L
V=
od

T
onde
IP de

V é a velocidade de propagação dos ultra-sons, em km/s;


L é o comprimento do percurso, em mm;
© ão

T é o tempo que os ultra-sons levam a atravessar o comprimento de percurso, em μs.


Q

Na transmissão indirecta, a velocidade dos ultra-sons deve ser calculada conforme indicado no Anexo A.
s

O resultado da velocidade de propagação dos ultra-sons deve ser expresso com aproximação ao 0,01 km/s.
es

8 Relatório de ensaio
pr

O relatório de ensaio deve conter a seguinte informação:


Im

– identificação da estrutura de betão ou do provete ensaiado;


– local da realização do ensaio;
– data do ensaio;
– descrição do betão (se conhecido) e da sua composição;
– idade do betão no momento do ensaio (se conhecida);
– temperatura do betão no momento do ensaio (se apropriado, ver B.3);
– tipo e modelo da aparelhagem utilizada, incluindo:
a) as dimensões das superfícies de contacto dos transdutores;
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b) a frequência natural dos impulsos dos transdutores;


c) eventuais características especiais;

o
– posicionamento dos transdutores e métodos de transmissão (com esquema, se apropriado);

ida nic
– indicação da presença de armaduras ou de elementos de aço na proximidade das zonas de ensaio;
– estado da superfície do betão e sua preparação no local dos ensaios;

oib tró
– valores do comprimento de percurso (para a transmissão directa e semi-directa), incluindo:
a) método de medição;

pr lec
b) exactidão da medição;
– valores calculados da velocidade dos ultra-sons em cada percurso;

ão o e
– declaração da pessoa técnicamente responsável pelo ensaio indicando que foi realizado conforme este
documento;
uç ent
– qualquer afastamento do método de ensaio normalizado.

9 Exactidão
pr um

Não há dados disponíveis sobre a exactidão deste ensaio.


re doc
od
IP de
© ão
Q
s
es
pr
Im
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Anexo A
(informativo)

o
ida nic
Determinação da velocidade dos ultra-sons – Transmissão indirecta

oib tró
A.1 No caso da transmissão indirecta há alguma incerteza quanto ao exacto comprimento do percurso da
transmissão devido à dimensão significativa das áreas de contacto entre os transdutores e o betão. É então
preferível fazer uma série de medições com os transdutores a diferentes distâncias para minimizar esta

pr lec
incerteza.

A.2 Para tal, o transdutor-transmissor deve ficar em contacto com o betão num ponto fixo e o transdutor-

ão o e
receptor deve ser colocado em pontos ao longo duma linha traçada na superfície do betão distantes do ponto
fixo de sucessivos incrementos xn e medidos os respectivos tempos de transmissão. Deverá ser traçado um
gráfico mostrando a relação entre os tempos de transmissão t e as distâncias x entre transdutores. Apresenta-
uç ent
se na Fig. A.1 um exemplo deste gráfico.

A.3 Deve determinar-se a inclinação da recta de regressão dos pontos x, t (tang φ) e tomá-la como a
pr um

velocidade média de propagação dos ultra-sons sobre a linha definida na superfície do betão. Se os pontos
medidos indicarem uma descontinuidade, tal será provavelmente devido a uma fissura na superfície ou a uma
camada superficial de qualidade inferior (ver B.7) e nestas condições a medida da velocidade não é fiável.
re doc
od
IP de
© ão
Q
s
es
pr
Im

Legenda:
R: Transdutor-receptor
T: Transdutor-transmissor
Figura A.1 – Exemplo da determinação da velocidade de propagação dos ultra-sons na
transmissão indirecta (transmissão superficial)
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Anexo B
(informativo)

o
ida nic
Factores que influenciam a medição da velocidade dos ultra-sons

oib tró
B.1 Generalidades

pr lec
Para que a velocidade de propagação dos ultra-sons seja reproductível e dependa essencialmente das
propriedades do betão em ensaio, é necessário considerar vários factores susceptíveis de a poderem
influenciar e à sua relação com as várias propriedades físicas do betão.

B.2 Teor de humidade


ão o e
uç ent
O teor de humidade produz dois efeitos sobre a velocidade de propagação dos ultra-sons, um químico e outro
físico. Estes efeitos são importantes para o estabelecimento das correlações destinadas a estimar a resistência
do betão. Entre um provete normalizado, cúbico ou cilíndrico, submetido a uma cura correcta, e um elemento
estrutural feito com o mesmo betão, pode haver diferenças significativas na velocidade de propagação dos
pr um

ultra-sons. Muitas das diferenças são devidas à influência de diferentes condições de cura na hidratação do
cimento, enquanto algumas são devidas à presença de água livre nos vazios. É importante ter em conta estes
efeitos na estimativa da resistência (ver Anexo C).
re doc
od

B.3 Temperatura do betão


Constatou-se que variações da temperatura do betão entre 10 ºC e 30 ºC não introduzem alterações
IP de

significativas se não houver modificação da resistência ou das propriedades elásticas. Só para temperaturas
fora desta banda deverá ser necessário corrigir as medições da velocidade utilizando as orientações da
literatura relevante.
© ão
Q

B.4 Comprimento do percurso


s

O percurso sobre o qual a velocidade dos ultra-sons é determinada deverá ser suficientemente comprido para
es

esta não ser significativamente influenciada pela natureza heterogénea do betão. Recomenda-se que, com
excepção do estabelecido em B.5, o percurso mínimo seja 100 mm quando a máxima dimensão do agregado
do betão for ≤ 20 mm e 150 mm quando esta dimensão estiver entre 20 mm e 40 mm. A velocidade dos
pr

ultra-sons não é geralmente influenciada por variações do percurso, embora a aparelhagem de medida
Im

electrónica indique uma tendência para uma ligeira redução com o aumento do percurso. Tal resulta do facto
das componentes de mais alta frequência do impulso serem mais atenuadas que as de baixa frequência
levando a um arredondamento da frente do impulso com o aumento do percurso. Consequentemente, a
aparente redução da velocidade de propagação dos ultra-sons provém da dificuldade de definir exactamente a
frente do impulso, dependente do método particular utilizado na definição desta frente. Esta redução aparente
da velocidade é geralmente pequena e está incluída na tolerância da exactidão da medida do tempo indicada
em 5.2, mas será preciso tomar precauções particulares para transmissões sobre percursos longos.
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B.5 Forma e dimensões do provete


A velocidade de propagação dos impulsos vibratórios curtos é independente da forma e da dimensão do

o
provete que eles atravessam, salvo se a menor dimensão lateral for inferior a um valor mínimo. Abaixo deste

ida nic
mínimo, a velocidade de propagação pode ser apreciavelmente reduzida. A extensão desta redução depende
principalmente da relação entre o comprimento de onda do impulso vibratório e a menor dimensão lateral do
provete, mas é insignificante se esta relação for inferior à unidade. O Quadro B.1 mostra a relação entre a

oib tró
velocidade dos ultra-sons no betão e a frequência do transdutor para fazer recomendações sobre a mínima
dimensão lateral do provete.

pr lec
Se a mínima dimensão lateral for menor que o comprimento de onda ou se for utilizada a disposição da
transmissão indirecta, o modo de propagação varia, e, assim, a velocidade medida será diferente. Isto é
particularmente importante nos casos em que se comparam elementos de betão de dimensões

ão o e
significativamente diferentes.
Quadro B.1 – Incidência das dimensões do provete sobre a transmissão dos impulsos ultrasónicos
uç ent
Velocidade de propagação dos ultra-sons no betão
(km/s)
Frequência do transdutor
kHz Vc = 3,50 Vc = 4,00 Vc = 4,50
pr um

Dimensão lateral mínima recomendada do provete


(mm)
re doc

24 146 167 188


od

54 65 74 83
82 43 49 55
IP de

150 23 27 30

B.6 Influência das armaduras


© ão
Q

Na medida do possível, deverão ser evitadas medições na proximidade de armaduras de aço paralelas à
direcção de propagação dos ultra-sons.
s
es

B.7 Fissuras e vazios


pr

Quando o impulso ultrasónico ao atravessar o betão encontra uma interface ar-betão, não há praticamente
transmissão de energia através desta interface. Consequentemente, as fissuras cheias de ar ou os vazios que
Im

se encontrem entre dois transdutores vão obstruir a transmissão directa do feixe ultrasónico se o
comprimento das fissuras e dos vazios for maior que a face dos transdutores ou que o comprimento de onda
utilizado. Quando isto acontece, o primeiro impulso a chegar ao transdutor-receptor terá sido difractado pela
periferia do defeito e o tempo de percurso será muito maior que no betão similar mas sem defeitos.
Dependendo da distância que separa os transdutores, é possível fazer uso deste efeito para localizar fissuras,
vazios e outros defeitos de diâmetro ou com profundidade superior a cerca de 100 mm. Defeitos de pequenas
dimensões têm pouco ou nenhum efeito sobre os tempos de transmissão, e terão também uma influência
menor no plano técnico. As curvas de iguais velocidades dão muitas vezes informações úteis sobre a
qualidade dum elemento de betão. O exame da atenuação do impulso pode dar também informação útil.
Em elementos fissurados, quando os bordos da fissura são mantidos em contacto por forças de compressão, a
energia ultrasónica pode passar sem entraves através da fissura. A título de exemplo, tal pode produzir-se em
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estacas verticais fendidas. Se a fissura estiver cheia de líquido capaz de transmitir a energia ultrasónica, por
exemplo, em estruturas marítimas, ou se a fissura estiver parcialmente cheia com partículas sólidas, a fissura
não pode ser detectada num aparelho de leitura digital. Neste caso, medições da atenuação do impulso

o
podem dar informações valiosas.

ida nic
Um estudo das medições nos pontos de intercepção duma quadrícula sobre a estrutura de betão permite
detectar a presença duma grande cavidade ao medir os tempos de percurso entre transdutores colocados de

oib tró
tal maneira que a cavidade se encontra sobre o trajecto que os separa. Pode estimar-se a sua dimensão
supondo que os impulsos tomam o caminho mais curto entre transdutores em redor da cavidade. Estas
estimativas não são válidas senão quando o betão que envolve a cavidade é uniforme e é possível medir a

pr lec
velocidade de propagação do som neste betão.

ão o e
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Anexo C
(informativo)

o
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Correlação entre a velocidade de propagação dos ultra-sons e a resistência

oib tró
C.1 Generalidades

pr lec
As mais importantes propriedades físicas dos materiais que influenciam a velocidade de propagação dos
ultra-sons são o módulo de elasticidade e a massa volúmica. No betão, estas propriedades estão relacionadas
com o tipo de agregado, suas proporções e propriedades físicas assim como com as propriedades da pasta de

ão o e
cimento, as quais estão essencialmente ligadas à razão água/cimento inicial e à maturidade do betão. Por
outro lado, a resistência do betão está mais relacionada com a razão água/cimento de que com o tipo de
agregado e as proporções do agregado e da pasta. Consequentemente, as correlações entre a velocidade de
propagação do som e a resistência do betão são fisicamente indirectas e devem ser estabelecidas para cada
uç ent
betão. A estimativa da resistência do betão com base unicamente na velocidade de propagação do som não é
fiável para um betão desconhecido.
pr um

C.2 Correlação usando provetes moldados


O método utilizado para fazer variar a resistência dos provetes influencia a correlação. É então essencial
re doc

utilizar apenas um método de variação da resistência para uma dada correlação e que seja apropriado à
od

aplicação requerida. A fiabilidade da correlação da velocidade de propagação dos ultra-sons com a


resistência diminue com o aumento da resistência. Quando se monitoriza o desenvolvimento da resistência, a
correlação apropriada é a que se obtém variando a idade do betão, mas quando se tem por finalidade o
IP de

controlo da qualidade, é preferível variar a razão água/cimento.


Os provetes de ensaio apropriados deverão ser feitos e curados de acordo com a EN 12390-1 * e a
EN 12390-2*. De cada amassadura deverão ser fabricados três provetes. A velocidade de propagação dos
© ão

ultra-sons deverá ser medida entre faces moldadas nos cubos ou axialmente nos cilindros ou nas carotes. No
Q

caso de vigas, é preferível medir a velocidade de propagação dos ultra-sons ao longo do seu comprimento
para obter maior exactidão. Para cada provete deverão ser feitas três medições espaçadas entre o topo e a
s

base. A variação entre os tempos de percurso medidos em cada provete deverá estar compreendida entre os
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limites de ± 1 % do valor médio das três medições; caso contrário, deverá o provete ser rejeitado. Os
provetes deverão então ser ensaiados à resistência de acordo com a EN 12390-3*.
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A velocidade de propagação dos ultra-sons e a resistência média de cada conjunto de três provetes,
nominalmente idênticos, fornece elementos para a construção da curva de correlação. Produzida desta forma,
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relaciona somente os provetes fabricados, curados e ensaiados duma forma semelhante; curvas de correlação
diferentes serão obtidas para os mesmos betões se a cura ao ar for substituída por cura em água.

C.3 Correlação usando carotes


Quando se faz uma correlação com base em ensaio de carotes extraídas duma estrutura, não será possível
variar a resistência do betão deliberadamente. Deverá recorrer-se a ensaios da velocidade de propagação dos
ultra-sons para localizar áreas de diferente qualidade, extraindo carotes destas áreas que fornecerão uma
gama de resistências. A velocidade de propagação dos ultra-sons obtida nas carotes deverá ser utilizada para

*
Ver Anexo Nacional NA (informativo).
NP
EN 12504-4
2007

p. 16 de 18

preparar a correlação. A velocidade de propagação dos ultra-sons obtida nas carotes após corte e embebição
em água será geralmente maior que antes da extração da carote e não deverá ser utilizada para correlações
directas.

o
As carotes deverão ser cortadas e ensaiadas à resistência de acordo com a EN 12504-1 * e deverá ser feita

ida nic
uma curva de correlação.
Para um dado teor de humidade, a forma da linha de correlação é sensivelmente a mesma para um dado

oib tró
betão. Assim, utilizando a curva obtida ensaiando provetes de referência com teores de humidade similares,
pode estender-se o intervalo obtido pelas carotes.

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C.4 Correlação com a resistência de elementos prefabricados

ão o e
Se for necessário utilizar elementos prefabricados para satisfazer requisitos de resistência, pode ser possível
estabelecer a conformidade medindo a velocidade de propagação dos ultra-sons e utilizando uma relação
entre a velocidade de propagação dos ultra-sons e a resistência.
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Deverá ser medida a velocidade de propagação dos ultra-sons nas partes críticas dos elementos
prefabricados, isto é, naquelas zonas susceptíveis de ceder primeiro nas condições de utilização normais.
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*
Ver Anexo Nacional NA (informativo).
NP
EN 12504-4
2007

p. 17 de 18

Bibliografia

o
EN 12390-1 * Testing hardened concrete – Part 1: Shape, dimensions and other requirements for test

ida nic
specimens and moulds
EN 12390-2* Testing hardened concrete – Part 2: Making and curing specimens for strength tests

oib tró
*
EN 12390-3 Testing hardened concrete – Part 3: Compressive strength of test specimens
EN 12504-1* Testing concrete in structures – Part 1: Cored specimens – Testing, examining and testing

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in compression

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*
Ver Anexo Nacional NA (informativo).
NP
EN 12504-4
2007

p. 18 de 18

Anexo Nacional
(informativo)

o
ida nic
Correspondência entre documentos normativos europeus e nacionais

oib tró
Norma Europeia Norma Nacional Título

pr lec
(EN)

EN 206-1:2000 NP EN 206-1:2005 Betão – Parte 1: Especificação, desempenho, produção e

ão o e
conformidade

EN 12390-1 NP EN 12390-1:2003 Ensaios do betão endurecido – Parte 1: Forma, dimensões, e


outros requisitos para o ensaio de provetes e para os moldes
uç ent
EN 12390-2 NP EN 12390-2:2003 Ensaios do betão endurecido – Parte 2: Execução e cura dos
provetes para ensaios de resistência mecânica
pr um

EN 12390-3 NP EN 12390-3:2003 Ensaios do betão endurecido – Parte 3: Resistência à


compressão dos provetes de ensaio
re doc

EN 12504-1 NP EN 12504-1:2003 Ensaios do betão nas estruturas – Parte 1: Carotes – Extracção,


exame e ensaio à compressão
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