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BETÃO
• A resistência à compressão é a caraterística mecânica mais
importante do betão.
• É um parâmetro fundamental no dimensionamento das
estruturas.
• O ensaio de compressão de provetes normalizados é a solução
mais utilizada para avaliar a resistência à compressão do
betão.
• Em Portugal, o ensaio de compressão é realizado de acordo
com a norma NP EN 12390-3.
• A resistência à compressão é uma propriedade do betão com
ligação direta à segurança e à estabilidade estrutural.
• Contudo, desde a produção até à aplicação do betão em obra,
existem vários fatores que podem afetar o seu desempenho.
• São exemplos o atraso no transporte, as mudanças
climatéricas e a adição inopinada de água em obra.
• Por isso, a realização dos ensaios é fundamental para
assegurar que o betão entregue em obra corresponde ao que
foi especificado pelo projetista.
• Só assim é possível garantir o tempo de vida útil da estrutura,
a segurança dos intervenientes na fase de construção e a
segurança das pessoas que vão utilizar a obra.
• Para que os resultados sejam válidos, comparáveis e
utilizáveis, é imprescindível que os ensaios de compressão
sejam executados de acordo com um método normalizado.
• Em Portugal, o método de ensaio de compressão de provetes
de betão está estabelecido na NP EN 12390-3.
• A resistência à compressão do betão deve ser determinada em
provetes com 28 dias de idade.
• Esta é a idade de referência.
• Contudo, em casos particulares, o ensaio pode ser realizado
mais cedo ou mais tarde.
• Por exemplo, o produtor do betão realiza normalmente ensaios
sobre provetes com poucos dias de idade para estimar a
resistência aos 28 dias e antecipar eventuais ajustes às
composições.
• Já nas empresas de construção, a antecipação do ensaio pode
ter como objetivo verificar se o betão na estrutura ou no
elemento estrutural já tem resistência suficiente para
aplicação de um pré-esforço ou simplesmente para remover as
cofragens.
• Há também situações que justificam a realização do ensaio a
uma idade superior.
• O exemplo mais frequente é o de betões com uma elevada
dosagem de cinzas volantes que têm normalmente um
desenvolvimento mais lento da resistência.
PROVETES DE ENSAIO
• O erro de planura é verificado com recurso a uma régua biselada e uma lâmina
apalpa-folgas com 0,09 mm de espessura.
• O erro de ortogonalidade é verificado com um esquadro e uma lâmina apalpa-
folgas de 0,5 mm de espessura.
• Caso os provetes tenham sido executados em moldes metálicos calibrados, e só
neste caso, é dispensada a verificação dos erros de planura e de ortogonalidade.
• Se o provete estiver de acordo com as tolerâncias indicadas, é assumida a área
de compressão nominal, isto é: Ac = (150 × 150) mm2 .
• Caso contrário, é necessário determinar a área de compressão (Ac ) por medição
detalhada das dimensões do provete de acordo com o Anexo B da NP EN 12390-
3.
PROVETES DE ENSAIO
• 2.Aplicar a força
• › Selecionar uma velocidade de
aplicação da força no intervalo
compreendido entre 9,0 kN/s e 18
kN/s. Sugestão: usar 13,5 kN/s.
• › Iniciar a aplicação da força.
• › Aplicar a força sem choques, à
velocidade constante selecionada ±
10 %, até à rotura do provete.
• › Ler e registar a força máxima, F, em
quilo-Newton (kN).
DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO ENSAIO
DE UM PROVETE CÚBICO DE 150 MM
• 4.Resultado
• › Calcular a resistência à compressão fc
através da expressão:
• fc = F / Ac (N/mm2 ou MPa)
onde:
F é a força de rotura do provete, em
Newton (N)
Ac é a área da secção transversal do
provete, em milímetro quadrado (mm2)
• › Apresentar o resultado com aproximação
a 0,1 N/mm2 (ou MPa).
ENSAIO DE COMPRESSÃO DO BETÃO
• Aplicação da carga
• A carga inicial, que corresponde aos primeiros 30% da força de rotura, deve
agora ser aplicada com uma velocidade o mais próximo possível da taxa de
carga selecionada.
• A EN 12390-3:2019 entra já em vigor a 1 de janeiro de 2020. Recomenda-se
aos laboratórios que avaliem desde já se conseguem manter a gama de
temperatura requerida. Caso contrário, torna-se necessário climatizar a sala.
Recomenda-se ainda a revisão do formulário do ensaio para se poder registar a
temperatura no momento do ensaio do provete.
• NOTA: Este artigo não dispensa uma análise detalhada da EN 12390-
3:2019, uma vez que há outras alterações que não são aqui referidas
(por exemplo no Anexo A relativo à preparação e ajuste dos provetes).