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Inclui bibliografia.
UFPE
624 CDD (22.ed.) BCTG/2005-11
ii
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, a meus pais, em especial minha mãe, dona Maria Jandira, ao
orientador e amigo Prof° Bernardo Horowitz, ao apoio do CNPq e UFPE, ao Eng°
Projetista Humberto Justiniano Vieira pelo apoio na elaboração do exemplo do quinto
capítulo e, a todos que compõe o Departamento de Engenharia Civil da UFPE,
incluindo funcionários, estudantes e professores, dentre eles a Profª Maria do Carmo
Sobral, Prof° Paulo Régis, Prof° Ézio Rocha e Prof° José Inácio, que em muito
contribuíram para a elaboração da presente Dissertação.
iii
MENSAGEM
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
Lista de Figuras……………………………………………………………………....viii
Lista de Tabelas……………………………………………………………………......xi
Lista de Fotos…………………………………………………………………….........xii
Lista de Símbolos……………………………………………………………………..xiii
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
2.1 Introdução......................................................................................................5
2.2 Modelo 1..........................................................................................................5
2.3 Modelo 2..........................................................................................................8
2.3.1 Cargas Equivalentes de Protensão....................................................8
2.3.2 Simplificação das Cargas Equivalentes de Protensão.....................10
2.4 Exemplos.......................................................................................................11
2.4.1 Exemplo 1.......................................................................................12
2.4.1.1 Modelo 1..........................................................................13
2.4.1.2 Modelo 2..........................................................................14
2.4.1.3 Equivalência dos Modelos de Verificação.......................15
2.4.2 Exemplo 2.......................................................................................17
2.4.2.1 Modelo 1..........................................................................18
2.4.2.2 Modelo 2..........................................................................21
2.4.2.3 Comparação dos Modelos de Verificação........................23
vii
3.1 Introdução....................................................................................................25
3.2 Estado Limite Último de Flexão Segundo a NBR 6118............................26
3.2.1 Caracterização do Estado Limite Último........................................27
3.2.2 Rotinas de Cálculo para Verificação de Seções Protendidas..........31
3.2.2.1 Rotina 1 – Cálculo do Momento Último de Projeto pelo
Modelo 1......................................................................................31
3.2.2.2 Rotina 2 – Cálculo do Momento Último de Projeto pelo
Modelo 2......................................................................................32
3.2.3 Exemplo..........................................................................................33
4.1 Introdução....................................................................................................35
4.2 Exemplo........................................................................................................35
4.2.1 Modelo 1.........................................................................................36
4.2.2 Modelo 2.........................................................................................40
5.1 Introdução....................................................................................................43
5.2 Modelagem por Grelha...............................................................................43
5.3 Exemplo........................................................................................................50
5.3.1 Carregamento..................................................................................55
5.3.2 Hipóteses de Carregamento............................................................57
5.3.3 Modelo 1.........................................................................................59
5.3.4 Modelo 2.........................................................................................65
CAPÍTULO 6 – CONCLUSÕES..................................................................................69
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………….............................…………….......71
viii
LISTA DE FIGURAS
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
LISTA DE TABELAS
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
LISTA DE FOTOS
Capítulo 5
LISTA DE SÍMBOLOS
Romanas Minúsculas
d – Altura útil
dv – Diâmetro da célula
e – Excentricidade
f cd – Resistência à compressão do concreto de cálculo
s – Largura
sv – Espaçamento entre centróides de células adjacentes
Romanas Maiúsculas
D – Parâmetro adimensional
E, Ec – Módulo de elasticidade do concreto
F – Carga concentrada
Fc – Resultante das tensões de compressão no concreto
G – Módulo de cisalhamento
H – Altura da seção da viga
Ic , I – Momento de inércia da peça
J – Constante de torção
L – Comprimento do vão
M c , P+ g – Momento fletor devido a protensão mais peso próprio da peça
Gregas
δ – Deslocamento
ε – Deformação
ε0 – Deformação da fibra passando pelo CG da seção
∆ε p – Pré-alongamento
φ – Curvatura da seção
ϕ – Coeficiente de impacto
κ – Curvatura
λ – Coeficiente de majoração de carregamento externo móvel
γc – Coeficiente de ponderação da resistência do concreto
υ – Coeficiente de Poisson
1
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
diagrama esta indicado na Fig. 1.1. A Fig. 1.2 mostra esforço normal hiperestático
( N hip ) correspondente à reação horizontal dos pilares do pórtico a deformação axial
imposta à viga pela protensão, o que também ocasiona momentos hiperestáticos. A Fig.
1.1 trata de um problema de flexão simples, enquanto a Fig. 1.2 envolve flexão
composta na análise da peça protendida.
Exceto na NBR 6118, as normas são unânimes em especificar Pm como o valor a ser
alínea 11.7.1 da NBR 6118 é especificado γ p = 0.9 para ações favoráveis e γ p = 1.2
sendo que o valor máximo somente deverá ser utilizado em verificações locais, ou em
estados limites de instabilidade no caso de protensão externa.
1.2 OBJETIVOS
O principal objetivo deste trabalho é expor uma metodologia onde não se faz
necessário o cálculo dos efeitos hiperestáticos da protensão, tomada como carregamento
externo. É também objetivo comparar resultados com a metodologia usual de tomar a
protensão como resistência, uma vez que as normas modernas fazem com que essa visão
dual da protensão: quer como resistência, quer como carga, forneçam o mesmo
resultado.
Outro objetivo deste trabalho é contribuir no processo de entendimento da norma
brasileira, NBR 6118, no que se refere a este tema quanto ao valor adequado de γ p .
1.3 APRESENTAÇÃO
Este trabalho está dividido em seis capítulos. Este primeiro apresenta introdução
do problema a ser estudado além de citar os principais objetivos do trabalho.
O segundo capítulo descreve as formas de consideração da protensão na
verificação de vigas protendidas e demonstra sua equivalência. Para isso são usados
dois exemplos, uma viga isostática, tratada de forma literal para demonstrar
formalmente a equivalência entre os modelos de verificação e, uma viga hiperestática,
tratada numericamente para facilitar sua exposição.
4
2.1 INTRODUÇÃO
que é constante ao longo da vida útil da peça, sendo então a característica básica da
operação de protensão (COLLINS e MITCHELL, 1991).
2.2 MODELO 1
onde,
εp - deformação total do aço de protensão.
∆ε p - pré-alongamento.
onde,
P
εp,P = (2.4)
E p Ap
de ε cp , P + g << ε p , P .
8
2.3 MODELO 2
2 P (e1 + e2 )
wb = (2.7)
b (a + b )
11
2 P (e2 + e3 )
wc = (2.8)
c (c + d )
2 P (e2 + e3 )
wd = − (2.9)
d (c + d )
e, os esforços normais e os momentos fletores atuando em cada extremidade da peça são
mostrados na Fig. 2.4. É possível remover um ou mais sub-trechos. Contudo, quando a,
b, c ou d são tomados igual a zero, o valor da carga uniforme tende a infinito, ou seja, o
carregamento uniforme passa a ser uma carga concentrada.
2 P (e1 + e2 )
Fa = − (2.10)
a+b
2 P (e1 + e2 )
Fb = (2.11)
a+b
2 P (e2 + e3 )
Fc = (2.12)
c+d
2 P (e2 + e3 )
Fd = − (2.13)
c+d
2.4 EXEMPLOS
2.4.1 EXEMPLO 1
Em seguida, verificaremos a viga pelo modelo 2 como indicado na Fig. 2.6 b),
onde ∆F p = resultante da tensão de tração no aço de protensão considerado como
2.4.1.1 Modelo 1
onde, bsup = largura da mesa superior da viga. Como se trata de flexão simples, sem
onde, d = altura útil. Com base no momento último, M u , pode-se calcular a carga
8 A p f py (d − a 2)
(qu )1 = (2.17)
L2
onde, L = comprimento do vão da viga.
14
2.4.1.2 Modelo 2
e,
A p f py
a=
0.85 f ck bsup
que são idênticas as expressões 2.14 e 2.15. Como se trata de flexão composta deve-se
tomar os momentos em relação ao CG da seção como mostrado abaixo.
(M u )2 = Fc (d − a 2 − e ) + ∆F p e =
= A p f py (d − a 2 − e ) + AP ( f py − E p ∆ε p ) e =
= A p f py (d − a 2 ) − P e (2.19)
tem-se portanto:
(qu )2 L2 q p L2 (qu )2 L2
(M u )2 = − = −Pe (2.20)
8 8 8
Substituindo-se (M u )2 pelo seu valor expresso acima, vem:
8 8 A p f py (d − a 2 )
(qu )2 = [(M )u 2 + P e] =
L2 L2
15
∑F x = Fc − F p = Fc − A p σ p (∆ε p + ε p ) (2.21)
Fc = ∫ σ c dAc (2.22)
Ac
= Fc − A p σ p (∆ε p + ε p ) (2.23)
16
Observe das expressões (2.21) e (2.23) que para um mesmo perfil de deformação
a resultante das forças axiais é idêntica para ambos os modelos. Conclui-se, portanto,
que o perfil de deformações seccionais no estado limite último de flexão é idêntico para
ambos os modelos.
Isto posto, calculemos os momentos resistentes últimos para os dois modelos de
consideração da protensão. No caso do modelo 1, tem-se:
(M u )1 = Fc y c + A p σ p (∆ε p + ε p ) e (2.24)
No modelo 2,
(M )
qe 2 + M qp = (M u )2 (2.27)
(LIN e BURNS, 1981) que em estruturas isostáticas o momento fletor devido às forças
equivalentes de protensão, em qualquer seção, é dado por:
M qp = − P e (2.28)
2.4.2 EXEMPLO 2
Considere a viga contínua de seção e armação indicadas nas Figs. 2.9 e 2.10
(KUCHLER, 1991), onde o cabo de protensão é dividido em três trechos parabólicos
concordantes em cada vão. O objetivo é determinar a intensidade do carregamento
uniformemente distribuído ao longo de toda a viga, qu , para que a primeira seção atinja
2.4.2.1 Modelo 1
corresponde ao esforço para qual a primeira seção atinge o estado limite último. Devido
à possibilidade de redistribuição de esforço, esta não é necessariamente a carga de
colapso da estrutura.
Os momentos resistentes últimos nas seções A-A e B-B são dados por:
(M u )1 = Fc [H − (a ]
2 + cob p ) + f sy As (cob p − cobs ) (2.30)
da peça; As = área de aço da armadura passiva tracionada ( Asi = armação inferior e Ass
onde,
7 qu L2
seção A-A: M qe = ; M hip = 0.2 L Rhip (2.34)
100
− qu L2
seção B-B: M qe = ; M hip = 0.5 L Rhip (2.35)
8
onde Rhip = reação no apoio central devido exclusivamente a ação da protensão.
A reação Rhip é calculada pelo método das forças. A estrutura principal é obtida
eliminando-se o apoio central. O deslocamento δ na seção B-B (ver Fig. 2.12) pode ser
obtida através da aplicação do princípio dos trabalhos virtuais (ver Fig. 2.13).
2L 2L
_
−1 _
δ = ∫ φ M dx = ∫ P e M dx (2.37)
0
Ec I c 0
48 E c I c δ
Rhip = (2.38)
8 L3
20
_
Figura 2.13 – Diagramas; a) P e ; b) M
a = 6.283 × 10 −2 m a = 0.139 m
2.4.2.2 Modelo 2
protensão.
No modelo 2 a protensão atua como carregamento externo composto de forças
concentradas nas ancoragens e distribuídas transversais a peça. Estas forças constituem
as cargas equivalentes de protensão. Utilizando as expressões (2.6 – 2.9), tem-se:
22
2 P (0 + e( A− A ) )
w10 = = 63.656 kN/m (2.45)
10 (0 + 10)
w10.5 =
(
2 P e( A − A ) + e ( B − B ) )
= 64 kN/m (2.46)
10.5 (10.5 + 4.5)
2 P (e( A− A ) + e( B − B ) )
w 4. 5 = − = −149.333 kN/m (2.47)
4.5 (10.5 + 4.5)
Na Fig. 2.14 a) tem-se o esquema da protensão como carregamento externo e na Fig.
2.14 b) tem-se o diagrama de momentos fletores devido a esse carregamento assim
como as reações exercidas nos apoios, onde as unidades são o kN e m.
(M u )2 + M qp
seção B-B: (qu )2 = − (2.49)
M q1
a = 6.283 × 10 −2 m a = 0.139 m
A carga última a ser adotada é a menor delas, i.e., (qu )2 = 0.193 MN/m.
Como pode ser visto para ambas as seções acima a carga última é idêntica para
ambos os modelos. O valor da reação do apoio central devido exclusivamente à ação da
protensão é o mesmo, quer considerando-se a protensão como deformação imposta,
quer como carregamento externo, como pode ser visto na Fig. 2.14. De fato, é usual ao
verificar-se vigas continuas segundo o modelo 1 utilizar cargas equivalentes de
protensão para o cálculo dos efeitos hiperestáticos. No caso em apreço, o valor do
momento hiperestático na seção B-B pode ser calculado conforme expressão (2.1) (ver
Fig. 2.14).
M hip = 3203.4 − 4000 ⋅ 0.4643 = 1346.2 kN-m (2.50)
isto pode ser observado nas tabelas 2.2 e 2.3, tanto para a seção A-A como a seção B-B.
25
3.1 INTRODUÇÃO
6118, as normas são unânimes em especificar Pm como o valor a ser utilizado nas
verificações de capacidade resistente a flexão. A NBR 6118 (ABNT, 2003) faz ressalvas
na alínea 9.6.1.3 quando as perdas superam 35% e no caso de “obras especiais”.
O valor de cálculo da força de protensão é dado por:
P = γ p Pk (3.1)
De fato, na alínea 11.7.1 da NBR 6118 (ABNT, 2003) é especificado γ p = 0.9 para
também possuem dois valores, especificam valor mínimo de 1 para γ p sendo que o
Figura 3.3 – Domínios do estado limite último (ELU) de uma seção transversal
extrema de aço tracionado, ε i (D ) , podem ser vistas na Fig. 3.4 para um período
3.5
para momento positivo: ε 4a = ( yinf − y min ) (3.3)
H
Nr (D ) = ∫ b( y ) σ (ε ( y, D )) dy + ∑ A
cd s σ sd (ε ( y, D )) + ∑A p σ pd (ε ( y, D )) (3.5)
yinf cam s cam p
Mr (D ) = ∫ b( y ) σ (ε ( y, D )) y dy + ∑ A
cd s σ sd (ε ( y, D )) y s + ∑A p σ pd (ε ( y, D )) y p (3.7)
yinf cam s cam p
32
3.2.3 EXEMPLO
4.1 INTRODUÇÃO
4.2 EXEMPLO
primeira seção atinja o estado limite último de flexão. A força efetiva de protensão é
P = 3.6 MN e com o propósito de simplificar a discussão do problema adotou-se as
simplificações constantes do item 2.4 (ver capítulo 2).
Verificaremos o pórtico pelos modelos 1 e 2 como indicado na Fig. 4.3 a) e b),
respectivamente. Serão analisadas duas seções distintas da viga: a seção 1-1 e a
seção 2-2.
4.2.1 MODELO 1
Por ser uma estrutura hiperestática a restrição elástica oferecida pelos pilares do
pórtico acarretam o surgimento de esforços externos, denominados efeitos hiperestáticos
da protensão, que precisam ser levados em consideração na verificação à ruptura. No
37
N1 4
M1
δ 11 = N 1 Lv + ∫ M 1 dx (4.6)
E I
E c Av 0 c p
4
M2
δ 12 = δ 21 = ∫ M 1 dx
(4.7)
0 Ec I p
10
M 4
M2
δ 22 = ∫ M 2 2
dx + ∫ M 2 dx (4.8)
E I E I
0 c v 0 c p
−P
δ 01 = N 1 Lv (4.9)
E c Av
39
10
Pe
δ 02 = ∫ M 2 dx (4.10)
0 Ec I v
onde, Av = área da seção transversal da viga; I p = momento de inércia do pilar; I v =
(M u )1 − X 2
seção 1-1: (qu )1 = − (4.11)
M q1
(M u )1 + X 2
seção 2-2: (qu )1 = (4.12)
M q1
Dados do concreto e armação são descritos na Tab. 4.1. Na Tab. 4.2 são
apresentados os resultados obtidos para as seções 1-1 e 2-2.
a = 0.178 m a = 0.178 m
(M u )1 = 3.668 MN-m (M u )1 = 3.668 MN-m
4.2.2 MODELO 2
2 P (e(1−1) + e(2− 2 ) )
w7 = = 78.171 kN/m (4.17)
7 (3 + 7 )
Na Fig. 4.5 a) tem-se o esquema da protensão como carregamento externo e na
Fig. 4.5 b) tem-se o diagrama de momentos fletores devido a esse carregamento assim
como o diagrama de esforço normal resultante e as reações exercidas nos apoios, onde
as unidades são o kN e m. Observe-se ainda da Fig. 4.5 b) que as reações exercidas nos
apoios correspondem a esforço normal de tração na viga do pórtico, responsável pela
diminuição do esforço normal de protensão.
Da Fig. 4.5 tem-se:
N = 3600 − 219.7 = 3380.3 kN (4.18)
que corresponde ao esforço normal resultante da protensão atuando na viga do pórtico.
41
(M u )2 − M qp
seção 2-2: (qu )2 = (4.20)
M q1
a = 0.178 m a = 0.178 m
(M u )2 = 2.3 MN-m (M u )2 = 2.3 MN-m
Carga última a ser adotada é (qu )2 = 0.14 MN/m, que é idêntica ao valor da
expressão (4.11). Idênticos também são os valores das expressões (4.12) e (4.20).
As reações nos pilares do pórtico são iguais e devidas exclusivamente à ação da
protensão, quer considerando-se a protensão como deformação imposta, quer como
carregamento externo.
O valor do momento fletor hiperestático na seção 2-2 da viga pode ser calculado
conforme expressão (2.1).
M hip = −1082.61 − (− 3600 ⋅ 0.38) = 285.39 kN-m (4.21)
5.1 INTRODUÇÃO
E h3
EIκ =s κ (5.4)
12 (1 − υ 2 )
onde,
s h3
I= (5.5)
12 (1 − υ 2 )
com, h = altura da seção; υ = coeficiente de Poisson; s = largura considerada.
A determinação da inércia a torção de cada elemento de grelha se baseia na
equação:
Tl
φ= (5.6)
GJ
onde,
∂ω
dφ = (5.7)
∂z
com, dφ = ângulo de torção no comprimento δx ; T = momento torsor; l =
comprimento da viga; G = módulo de cisalhamento; J = constante de torção; dω =
deslocamento na direção Y, como indicado na Fig. 5.2. Conseqüentemente:
dφ ∂ 2ω
= (5.8)
dx ∂x ∂z
dφ
T =G J (5.9)
dx
E h3
m xz = (1 − υ ) κ xz (5.10)
12 (1 − υ 2 )
e
M xz = s m xz = T (5.11)
E h3 E dφ
s (1 − υ ) κ xz = J (5.12)
12 (1 − υ )
2
2 (1 + υ ) dx
onde,
2 (1 + υ ) E h3 s h3
J= s (1 − υ ) = (5.13)
E 12 (1 − υ 2 ) 6
Dados da laje e concreto são descritos na Tab. 5.1. Na Tab. 5.2 são apresentados
os resultados das propriedades geométricas dos elementos de grelha e carga nodal a ser
aplicada em cada nó, resultado de um carregamento de 4.3 kN/m2 vezes à área de
influência de cada nó (0.25 m2).
f ck = 20 MPa υ = 0 .2
cujos resultados na região próxima aos nós A e B da Fig. 5.3 também constam da Tab.
5.3.
5.3 EXEMPLO
Tabela 5.4 – Coordenadas e força efetiva de protensão do cabo nos segmentos do vão
Excentricidade do cabo (m) Força efetiva de protensão (kN)
Segmentos
einicial emédio efinal Pinicial Pmédio Pfinal
1 0.000 -0.050 -0.100 21055.3 21087.8 21120.3
2 -0.100 -0.150 -0.200 21120.3 21150.7 21181.1
3 -0.200 -0.249 -0.299 21181.1 21193.5 21205.9
4 -0.299 -0.349 -0.399 21205.9 21193.1 21180.3
5 -0.399 -0.444 -0.488 21180.3 21192.7 21205.2
6 -0.488 -0.494 -0.500 21205.2 21303.5 21401.8
7 -0.500 -0.500 -0.500 21401.8 21443.7 21485.5
8 -0.500 -0.500 -0.500 21485.5 21494.9 21504.2
9 -0.500 -0.500 -0.500 21504.2 21488.0 21471.8
10 -0.500 -0.500 -0.500 21471.8 21455.3 21438.9
11 -0.500 -0.478 -0.456 21438.9 21537.9 21636.9
12 -0.456 -0.378 -0.300 21636.9 21550.0 21463.1
13 -0.300 -0.164 -0.028 21463.1 21296.7 21130.3
14 -0.028 0.155 0.338 21130.3 20719.6 20309.0
15 0.338 0.419 0.499 20309.0 20040.3 19771.5
16 0.499 0.500 0.500 19771.5 19889.2 20006.9
51
h3 dv
4
i= 1 − 0.95 (5.14)
12 h
maior rigidez. Esta expressão considera também que o centro das células e o centróide
da seção estão a meia altura.
Para a inércia a torção de lajes vazadas por unidade de altura, recomenda-se usar
o Método de Ward e Cassell (O’BRIEN e KEOGH, 1999). Este fornece os valores
constantes na Tab. 5.5 para a razão de rigidez a torção de lajes vazadas para lajes
maciças de mesma altura.
Interpolando os valores da Tab. 5.5 obtém-se uma razão de rigidez a torção de 0.83,
onde a constante de torção para as peças longitudinais e transversais da grelha valem:
h3
j = 0.83 (5.16)
6
J l = st j (5.17)
J t = sl j (5.18)
5.3.1 CARREGAMENTO
onde, Fext = carregamento concentrado nos nós da seção externa devido carregamento
momentos fletores para a seção 1-1 do viaduto. As demais cargas foram aplicadas
somente aos nós do primeiro vão.
Na hipótese 2 as cargas das rodas centrais do veículo foram posicionadas no
primeiro vão a 10.5 m do apoio central, conforme ordenadas da linha de influência de
momentos fletores para a seção 2-2 do viaduto. As demais cargas foram aplicadas aos
nós dos dois vãos.
A Fig. 5.13 ilustra as linhas de influência das seções consideradas. As Figs. 5.14
e 5.15 mostram o posicionamento das cargas do veículo nas hipóteses 1 e 2.
5.3.3 MODELO 1
(N iso )ext =
3
(Pfinal )1−1 (5.27)
16
60
(N iso )int =
2
(Pfinal )1−1 (5.29)
16
ii) seção 2-2:
(P )
(σ )2−2 = final 2 − 2
(5.30)
(A ) seção 2 − 2
(N iso )ext =
3
(Pfinal )2−2 (5.32)
16
ii.2) porção interna:
(N tot )int = (σ )2−2 Aint (5.33)
(N iso )int =
2
(Pfinal )2−2 (5.34)
16
para ambas vale:
N hip = N tot − N iso (5.35)
Seção 2-2
Esforço Normal (MN) Externa Interna
N hip -0.385 0.154
e
ϕ = 1.4 − 0.007 l = 1.232 (5.37)
onde, ϕ = coeficiente de impacto para obras rodoviárias; l = comprimento, em metros,
de cada vão teórico do elemento carregado, segundo a NBR 7187 (ABNT, 1987).
O valor do momento hiperestático de protensão é obtido conforme a expressão
(2.1), onde o momento total devido a protensão na seção considerada foi obtido dos
programas comerciais de análise estrutural e o momento isostático de protensão da
seguinte equação:
M iso = N iso e (5.38)
5.3.4 MODELO 2
CAPÍTULO 6 – CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACI 318-02, Building Code Requirements for Structural Concrete, American Concrete
Institute, 2002.
HAMBLY, E.C., Bridge Deck Behaviour, 2ª Edição, E & FN SPON, Londres e Nova
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NBR 7187 – Maio 1987 (ABNT, 1987), Projeto e Execução de Pontes de Concreto
Armado e Protendido, Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1987.
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1999.