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Universidade Federal de Alagoas

CTEC - Centro de Tecnologia


Engenharia Civil

João Carlos Leão Peixoto

Estruturas de Concreto Protendido

Maceió - AL

2019
Universidade Federal de Alagoas
CTEC - Centro de Tecnologia
Engenharia Civil

João Carlos Leão Peixoto

Estruturas de Concreto Protendido

Memorial descritivo apresentado à


disciplina de Estruturas de
Concreto Protendido no curso de
Engenharia Civil, como requisito
avaliativo.

Prof. Dr. Flávio Barboza de Lima

Maceió - AL

2019
Sumário
Dados do elemento estrutural proposto................................................................... 5
1. Descrição do elemento estrutural......................................................................... 6
2. Descrição do processo de fabricação .................................................................... 6
3. Materiais empregados ......................................................................................... 8
3.1 Concreto ....................................................................................................................8
3.2 Aço para armadura ativa ............................................................................................8
3.3 Aço para armadura passiva ........................................................................................8
4. Características geométricas e mecânicas da seção transversal .............................. 9
5. Cálculo de esforços e tensões de referência no meio do vão ................................11
5.1 Tensões devido ao peso próprio ...............................................................................11
5.2 Tensões devido ao peso das telhas ...........................................................................11
5.3 Tensões devido à Carga Acidental .............................................................................11
5.4 Excentricidade da força de protensão .......................................................................11
6. Cálculo da força de protensão e da armadura ativa .............................................12
6.1 Estimativa da força de protensão .............................................................................12
6.2 Cálculo da seção transversal da armadura ativa ........................................................ 12
6.3 Valores representativos da força de protensão ......................................................... 14
6.3.1 Força inicial 𝑷𝒊 ......................................................................................................14
6.3.2 Força ancorada 𝑷𝒂 ................................................................................................ 14
6.3.3 Força antes das perdas progressivas 𝑷𝟎 .................................................................15
6.3.4 Forças após as perdas progressivas 𝑷∞ .................................................................16
7. Verificação de tensões na seção mais solicitada (Estados limites de serviço) ........20
7.1 Combinação especial de transporte: 𝟎, 𝟖 . 𝒈𝟏 + 𝑷𝟎................................................... 20
7.2 Combinação estado em vazio, ações permanentes: 𝒈𝟏 + 𝒈𝟐 + 𝑷∞ .......................... 21
7.3 Combinação estado em serviço, combinação frequente: 𝒈𝟏 + 𝒈𝟐 + 𝟎, 𝟔 ∗ 𝒒 + 𝑷∞ ...21
7.4 Combinação estado em serviço, combinação rara: 𝒈𝟏 + 𝒈𝟐 + 𝒒 + 𝑷∞ ..................... 21
8. Verificação de tensões ao longo do vão ...............................................................23
8.1 Estado em vazio – Situação de transporte .................................................................23
8.2 Estado em serviço – Combinação rara .......................................................................23
8.3 Curvas limites ..........................................................................................................23
9. Estado limite último – Solicitações normais .........................................................27
9.1 Cálculo do pré-alongamento..................................................................................... 27
9.2 Cálculo de 𝑴𝒓𝒅 por tentativa ................................................................................... 27
9.2.1 Tentativa 1 (supondo domínio 3 ou 4) ....................................................................27
9.2.2 Tentativa 2 ............................................................................................................29
9.3 Momento resistente 𝑴𝒓𝒅 ........................................................................................ 30
9.4 Verificação de segurança .......................................................................................... 30
9.5 Armadura de tração .................................................................................................30
9.4 Armadura de pele ....................................................................................................30
10. Estado limite último – Solicitações tangenciais ..................................................31
10.1 Cálculo da força cortante máxima ...........................................................................31
13.2 Verificação da compressão diagonal do concreto .................................................... 31
13.3 Cálculo da armadura transversal .............................................................................32
11. Desenhos detalhes construtivos e especificações ...............................................34
11.1 Quadro de ferros ....................................................................................................34
11.2 Desenho da seção transversal ................................................................................. 34
11.3 Seção longitudinal – armadura ativa, armadura passiva e armadura de pele ............35
11.4 Seção longitudinal – armadura transversal e guias de estribos .................................35
Referências.............................................................................................................36
Dados do elemento estrutural proposto

Projeto no. 7
Seção transversal

10 20 10
Equipe: JOAO CARLOS LEAO
PEIXOTO
14

20

22
Elemento: viga-calha I 85

10
Vão: 10m

85
Cargas:

33
10
Peso próprio: a calcular

Outras cargas permanentes: 12 kN/m

10
(peso das telhas)

10
Carga acidental: 5 kN/m
(carga acidental no telhado, águas 40
pluviais)
1. Descrição do elemento estrutural
O elemento estrutural em questão consiste em uma viga de concreto protendido,
trabalhando na situação bi-apoiada em pilares de concreto, com um vão de 10
metros e altura de 85 centímetros. O apoio entre a viga e o pilar será realizado
sobre consolos de concreto, com almofadas de neoprene e chumbadores de aço
inox.

A viga será executada em um ambiente de classe de agressividade II. Dessa


forma, de acordo com a NBR-6118, o cobrimento adotado será de 35mm. A
cidade onde o elemento estrutural será implantado é litorânea, possuindo
umidade relativa do ar média de 80%.

As ações que estarão atuando consistem no peso próprio, peso das telhas e
carga acidental. Os esforços no sentido horizontal, com carga do vento, serão
desprezíveis.

Trata-se de um viga pré-moldada, concebida sob o sistema de protensão por


aderência inicial.

2. Descrição do processo de fabricação


Em protensão com aderência inicial, o aço ativo (ou de protensão) é previamente
tracionado. Assim, para que esse processo seja executado de maneira
adequada, é necessário a utilização de pistas de protensão. Nessas pistas, os
as cordoalhas de aço são estirados com o auxílio de macacos hidráulicos que
se apoiam em blocos de cabeceira, em seguida é realizada a concretagem e só
após o suficiente ganho de resistência, os cabos são liberados.

Em um dos lados da pista de protensão encontra-se a cabeceira passiva, onde


é feita a ancoragem do aço. No outro lado, se tem a cabeceira ativa, que realiza
a aplicação de forças. No esquema abaixo é ilustrado o funcionamento dessas
pistas.

Figura 1: Esquema de uma pista de protensão típica (Fonte: Buchaim, 2007)

Devido às grandes dimensões da obra, tornou-se inviável optar pela produção


industrial das vigas, com isso, o elemento estrutural será moldado in loco. A
estocagem será feita em uma estrutura fechada, construída apenas para essa
finalidade, e serão empilhados no máximo 2 elementos. O transporte no interior
da obra será feito com guindastes e com o auxílio de balancis para não introduzir
forças horizontais.
Pelas elevadas dimensões (80 à 200m), as pistas de protensão possuem a
capacidade de produzir uma elevada quantidade de peças por ciclo, neste caso
em específico a pista terá comprimento de 100m.

O ciclo de produção terá duração de 15 horas. Para que seja possível atingir
este tempo, será empregado o cimento CP V-ARI (cimento Portland de alta
resistência inicial), juntamente com o processo de cura vapor. Com isso, o
elemento estrutural conseguirá atingir a resistência de 28 dias no intervalo de
tempo do ciclo. O ciclo de cura térmica empregado pode ser dividido em alguns
períodos.

O primeiro consiste no período de espera, é o tempo em que as peças do


concreto ficam na temperatura ambiente. É necessário haver essa espera, pois
caso seja aplicado o ciclo térmico logo após a moldagem, pode haver rupturas
internas, devido aos diferentes coeficientes de dilatação térmica dos
constituintes do concreto.

Em seguida, ocorre o período de elevação de temperatura. É nesta etapa em


que a temperatura da cura é aumentada até atingir a temperatura máxima. Deve-
se ter um cuidado com o gradiente térmico provocado, pois pode gerar esforços
de tração no interior do concreto e causar microfissuras, o que resultaria numa
redução da resistência mecânica do concreto.

Logo após, surge o período isotérmico, nessa fase é mantida a temperatura


máxima do ciclo e é onde o concreto atinge a resistência pré-determinada.

Por fim, vem o período de esfriamento, que se caracteriza pela retirada do agente
calorífero da câmera, provocando a redução da temperatura até que seja
atingida a temperatura ambiente. É preciso que o resfriamento seja feito de
maneira lenta e gradual para evitar que o gradiente térmico comprometa a
resistência desejada.

O processo de cura vapor é esquematizado na figura abaixo, onde é mostrado o


tempo e a temperatura de cada período do ciclo.

Figura 2: Diagrama cira a vapor (Fonte: Hanai, 2005)


3. Materiais empregados
3.1 Concreto
Foi utilizado para projeto um concreto com resistência característica de 35 MPa
aos 28 dias. Outros valores inerentes ao concreto, como resistência
característica a tração e módulos e elasticidade, foram calculados a partir de
formulações disponíveis a NBR 6118.

𝑓𝑐𝑘 = 35 𝑀𝑃𝑎
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3 . 𝑓𝑐𝑘 2/3 = 0,3 . 352/3 = 3,21 𝑀𝑃𝑎
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 = 0,7 . 𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,7 . 3,21 = 2,25 𝑀𝑃𝑎
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑠𝑢𝑝 = 1,3 . 𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 1,3 . 3,21 = 4,17 𝑀𝑃𝑎
2,25
𝑓𝑐𝑡𝑑 = = 1,60 𝑀𝑃𝑎
1,4
𝐸𝑐𝑖 = 5600 . 𝑓𝑐𝑘 1/2 = 5600 . 351/2 = 33130,05 𝑀𝑃𝑎
𝐸𝑐𝑠 = 0,85 . 𝐸𝑐𝑖 = 0,85 . 33130,05 = 28160,54 𝑀𝑃𝑎

Para o cálculo do peso próprio da viga, foi considerado um peso específico de


25 kN/m³.

Na data de protensão, foi utilizado 𝑓𝑐𝑗𝑘 = 24 𝑀𝑃𝑎 e 𝑓𝑐𝑡𝑗𝑘 = 1,75 𝑀𝑃𝑎.

3.2 Aço para armadura ativa


O aço utilizado foi o CP-190RB com cordoalhas de 7 fios com diâmetro de
12,7mm. Esse aço apresenta 𝑓𝑝𝑡𝑘 = 1900 𝑀𝑃𝑎, 𝑓𝑝𝑦𝑘 = 1710 𝑀𝑃𝑎 e 𝐸𝑝 =
200 𝐺𝑃𝑎.

3.3 Aço para armadura passiva


Usou-se para a armadura passiva o aço CA-50, que possui 𝑓𝑦𝑘 = 500 𝑀𝑃𝑎 e
𝐸𝑠 = 210 𝐺𝑃𝑎.

500
𝑓𝑦𝑤𝑑 = = 434,78 𝑀𝑃𝑎
1,15
4. Características geométricas e mecânicas da seção
transversal
O método escolhido para o cálculo das propriedades geométricas utiliza um
sistema de coordenadas cartesianas, escolhido de forma arbitrária, sendo muito
usado em problemas computacionais devido a fácil implementação. A partir daí,
são aplicadas formulações que têm como dados de entrada as coordenadas dos
vértices da figura geométrica a ser estudada, de tal forma que a ordem desses
vértices percorre a seção no sentido anti-horário.

Figura 3: Seção transversal com sistema de coordenadas aplicado (Fonte:


Autor)

As fórmulas que serão usadas estão expostas abaixo e irão fornecer,


respectivamente, a área, a coordenada do centroide na direção Y e o momento
de inércia em relação ao eixo x.
𝑛
1
𝐴 = ∗ ∑(𝑥𝑖 ∗ 𝑦𝑖+1 − 𝑥𝑖+1 ∗ 𝑦𝑖 )
2
𝑖=1

𝑛
1
𝐶𝑦 = ∗ ∑(𝑦𝑖 ∗ 𝑦𝑖+1 ) ∗ (𝑥𝑖 ∗ 𝑦𝑖+1 − 𝑥𝑖+1 ∗ 𝑦𝑖 )
6𝐴
𝑖=1

𝑛
1
𝐼𝑥 = ∗ ∑(𝑦𝑖2 + 𝑦𝑖 ∗ 𝑦𝑖+1 + 𝑦𝑖+1
2 )
∗ (𝑥𝑖 + 𝑦𝑖+1 − 𝑥𝑖+1 ∗ 𝑦𝑖 )
12
𝑖=1
Como todas as fórmulas apresentam um somatório, foi usado a ferramenta Excel
para o cálculo de cada uma das parcelas, que por fim foram somadas. A tabela
construída é mostrada a seguir:

Tabela 1: Propriedades geométricas (Fonte: Autor)

Como pode ser visto, foi encontrado: 𝐴 = 1770,00 𝑐𝑚²; 𝐶𝑦 = 40,52 𝑐𝑚 e 𝐼𝑥 =


4306380 𝑐𝑚⁴. É importante destacar que o momento de inércia calculado está
em relação ao eixo x do sistema de coordenadas adotado. Assim, é necessário
usar o teorema dos eixos paralelos para encontrar o valor do momento de inércia
em relação ao eixo x do centroide.

𝐼𝑐𝑥 = 𝐼𝑥 − 𝐴 ∗ 𝐶𝑦2

Aplicando este teorema, obtém-se 𝐼𝑐𝑥 = 1400706,99 𝑐𝑚⁴.

Em resumo, os dados das propriedades geométricas são mostrados abaixo:

𝐴 = 1770,00 cm²
𝑦1 = 40,52 cm
𝑦2 = −44,48 𝑐𝑚
𝐼𝑐𝑥 = 1400706,99 𝑐𝑚⁴
𝐼𝑐𝑥 1400706,99
𝑊1 = = = 34570,89 𝑐𝑚³
𝑦1 40,52
𝐼𝑐𝑥 1400706,99
𝑊2 = = = −31488,55 𝑐𝑚³
𝑦2 −44,48
5. Cálculo de esforços e tensões de referência no meio do vão
5.1 Tensões devido ao peso próprio
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑝𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 (𝑔1 ) = 𝐴. 25𝑘𝑁/𝑚³ = 0,177 . 25 = 4,43 𝑘𝑁/𝑚

𝑔1 . 𝑙 2 4,43 . 102
𝑀𝑔1 = = = 55,3125 𝑘𝑁. 𝑚 = 5531,25 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
8 8
𝑀𝑔1 5531,25
𝜎1𝑔1 = = = 0,16 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊1 34570,89

𝑀𝑔1 5531,25
𝜎2𝑔1 = = = −0,18 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊2 −31488,55

5.2 Tensões devido ao peso das telhas


𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑡𝑒𝑙ℎ𝑎𝑠 (𝑔2 ) = 12,00 𝑘𝑁/𝑚

𝑔2 . 𝑙 2 12,00 . 102
𝑀𝑔2 = = = 150,00 𝑘𝑁. 𝑚 = 15000,00 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
8 8
𝑀𝑔2 15000,00
𝜎1𝑔2 = = = 0,43 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊1 34570,89

𝑀𝑔2 15000,00
𝜎2𝑔2 = = = −0,48 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊2 −31488,55

5.3 Tensões devido à carga acidental


𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 (𝑞) = 5,00 𝑘𝑁/𝑚

𝑞. 𝑙 2 5,00. 102
𝑀𝑞 = = = 62,50 𝑘𝑁. 𝑚 = 6250,00 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
8 8
𝑀𝑞 6250,00
𝜎1𝑞 = = = 0,18 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊1 34570,89

𝑀𝑞 6250,00
𝜎2𝑞 = = = −0,20 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊2 −31488,55

5.4 Excentricidade da força de protensão


Adotando um cobrimento de 3,5 cm, calcula-se a excentricidade:

𝑒𝑝 = 𝑦1 − 𝑐 = 40,52 − 3,50 = 37,02 𝑐𝑚


6. Cálculo da força de protensão e da armadura ativa
Para estimar a força de proteção, o grau de proteção adotado foi o de protensão
limitada. Assim, foi avaliado a combinação quase-permanente para o estado
limite de descompressão e a combinação frequente para o estado limite de
formação de fissuras.

6.1 Estimativa da força de protensão


a) Combinação quase permanente
Na borda inferior:
𝜎1 = 0
𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑔2 + 𝛹2 . 𝜎1𝑞 + 𝜎1𝑝∞ = 0
0,16 + 0,43 + 0,4 . 0,18 + 𝜎1𝑝∞ = 0
𝜎1𝑝∞ = −0,67 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 𝑒𝑝
𝜎1𝑝∞ = + 𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 .
𝐴 𝑊1
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 37,02
−0,67 = + 𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 .
1770,00 34570,89
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 = −407,28 𝑘𝑁 (𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐴)

b) Combinação Frequente:
Na borda inferior:
𝜎1 = 1,2 . 𝑓𝑡𝑘
𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑔2 + 𝛹1 . 𝜎1𝑞 + 𝜎1𝑝∞ = 1,2𝑓𝑡𝑘
0,16 + 0,43 + 0,6 . 0,18 + 𝜎1𝑝∞ = 1,2 . 0,225
𝜎1𝑝∞ = −0,43 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 𝑒𝑝
𝜎1𝑝∞ = + 𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 .
𝐴 𝑊1
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 37,02
−0,43 = + 𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 .
1770,00 34570,89
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 = −264,55 𝑘𝑁 (𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐵)

Portanto, 𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 = −407,28 𝑘𝑁 (maior valor absoluto entre A e B)

6.2 Cálculo da seção transversal da armadura ativa


Admitindo perda total de ∆𝑃∞ (𝑃𝑖 → 𝑃∞ ) = 25%
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 −407,28
𝑃𝑖,𝑒𝑠𝑡 = = = −543,04 𝑘𝑁
1 − ∆𝑃∞ 1 − 0,25

Limitação de tensões na armadura ativa (para aço CP-190RB):


0,77 . 𝑓𝑝𝑡𝑘 = 0,77 . 1900 = 1463,00 𝑀𝑃𝑎 = 146,30 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝜎𝑝𝑖 ≤ {
0,85 . 𝑓𝑝𝑦𝑘 = 0,85 . 1710 = 1453,50 𝑀𝑃𝑎 = 145,35 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝜎𝑝𝑖 = 145,35 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

Área da armadura de protensão estimada:


|𝑃𝑖,𝑒𝑠𝑡 | 543,04
𝐴𝑝,𝑒𝑠𝑡 = = = 3,74 𝑐𝑚2 = 374𝑚𝑚2
𝜎𝑝𝑖,𝑙𝑖𝑚 145,35

Pela tabela de aço mostrada abaixo, baseada no catálogo técnico do grupo


Arcelor, uma cordoalha de 7 fios CP190RB com 12,7 mm de diâmetro possui
área de 98,7 mm².

Tabela 2: Relação entre Áreas e tipos de aços (Fonte: Autor)

A partir daí, é possível determinar o número de cordoalhas:


374
𝑛= ≅ 4 (𝑎𝑟𝑟𝑒𝑑𝑜𝑛𝑑𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑖𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟)
98,7
𝐴𝑝,𝑒𝑓 = 𝐴𝑝 = 4 𝑐𝑜𝑟𝑑𝑜𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠 ∗ 98,7𝑚𝑚2 = 394,80 𝑚𝑚2
6.3 Valores representativos da força de protensão
6.3.1 Força inicial 𝑷𝒊
Adotando a tensão máxima na armadura: 𝜎𝑝𝑖 = 145,35 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑃𝑖 = −𝐴𝑝 . 𝜎𝑝𝑖
𝑃𝑖 = −3,948 . 145,35 = −573,84 𝑘𝑁

6.3.2 Força ancorada 𝑷𝒂


a) Perda por acomodação da ancoragem
𝜎𝑝𝑖 = 1453,50 𝑀𝑃𝑎
145,35
𝜀𝑝𝑖 = = 0,73%
20000

Comprimento da pista L=100 m=100000 mm


Alongamento aproximado da cordoalha: ∆𝐿 = 0,0073 ∗ 100 = 0,73 𝑚 =
726,75 𝑚𝑚
Perda por acomodação da ancoragem:
6𝑚𝑚
∆𝑃𝑎𝑛𝑐 = 726,75𝑚𝑚 = 0,83%

b) perda por retração inicial do concreto


Desprezada devido a elevada umidade mantida durante a cura

c) Perda por relaxação inicial do aço de protensão


𝜎𝑝𝑖 145,35
= = 0,765 → 𝜎𝑝𝑖 = 0,765 . 𝑓𝑝𝑡𝑘
𝑓𝑝𝑡𝑘 190

Tabela 3: Valores de 𝛹1000 em % (Fonte: NBR-6118)


O coeficiente 𝛹1000 é obtido através da tabela acima. Como não há o valor exato
de 𝜎𝑝𝑖 = 0,765 . 𝑓𝑝𝑡𝑘 na primeira coluna tabela, será necessário realizar uma
interpolação.
3,50 − 2,50
𝛹1000 = 2,50 + . (0,765 − 0,7) = 3,15%
0,8 − 0,7

75℃
𝑡𝑓𝑖𝑐 = . 13ℎ = 39ℎ
25℃

39 0,15
𝛹𝑐𝑢𝑟𝑎 = 𝛹1000. ( ) = 1,94%
1000

d) Perda total
∆𝑃 = 0,83 + 1,94 = 2,76%

Força ancorada
𝑃𝑎 = 𝑃𝑖 . (1 − ∆𝑃) = −573,84 . (1 − 0,0276) = −557,99 𝑘𝑁

6.3.3 Força antes das perdas progressivas 𝑷𝟎


𝐸𝑝 200000 𝑀𝑃𝑎
𝛼𝑝 = = = 6,04
𝐸𝑐 33130,05 𝑀𝑃𝑎

Para homogeneizar a seção:


𝑃𝑎 𝑃𝑎 . 𝑒𝑝2
𝜎𝑐𝑝 = +
𝐴ℎ 𝐼𝑐𝑥
−557,99 −557,99 . 37,022
𝜎𝑐𝑝 = +
1770,00 1400706,99
𝜎𝑐𝑝 = −0,86 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

𝑃0 = 𝑃𝑎 + 𝛼𝑝 . 𝐴𝑝 . 𝜎𝑐𝑝
𝑃0 = −557,99 + 6,04 . 3,948 . (−0,86)
𝑃0 = −537,47 𝑘𝑁
6.3.4 Forças após as perdas progressivas 𝑷∞
a) Hipóteses assumidas:
• Umidade relativa: U=80%
• Tipo de cimento: CP-V/ARI (s=0,20)
• Slump 5-9 cm
• t0 = 7 dias (cálculo da retração)
• t0 = 21 dias (cálculo da fluência)

b) Cálculo da retração final 𝜀𝑐𝑠,∞


𝑈 𝑈2
𝜀1𝑠 = [−6,16 − + ] . 10−4
484 1590
80 802
𝜀1𝑠 = [−6,16 − + ] . 10−4
484 1590
𝜀1𝑠 = −2,30 . 10−4

𝛾 = 1 + 𝑒 −7,8+0,1.𝑈
𝛾 = 1 + 𝑒 −7,8+0,1.80
𝛾 = 2,22

Perímetro em contato com o ar:


𝑈𝑎𝑟 = 3,17

𝐴𝑐
ℎ𝑓𝑖𝑐 = 𝛾. 2.
𝑈𝑎𝑟
0,1770
ℎ𝑓𝑖𝑐 = 2,22 . 2 .
3,17
ℎ𝑓𝑖𝑐 = 0,25 𝑚

0,33 + 2 ∗ ℎ𝑓𝑖𝑐
𝜀2𝑠 =
0,21 + 3 ∗ ℎ𝑓𝑖𝑐
0,33 + 2 . 0,25
𝜀2𝑠 =
0,21 + 3 . 0,25
𝜀2𝑠 = 0,87
𝜀𝑐𝑠,∞ = 𝜀1𝑠 . 𝜀2𝑠
𝜀𝑐𝑠,∞ = (−2,30 . 10−4 ) . (0,87)
𝜀𝑐𝑠,∞ = −1,99 . 10−4

c) Cálculo do coeficiente de fluência


𝑓𝑐𝑘,𝑗 28
𝑠.(1−√ )
𝛽1 = =𝑒 𝑡 (𝑠 = 0,20 → 𝐶𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑅𝐼)
𝑓𝑐𝑘
𝑡 = 𝑡0 = 21 𝑑𝑖𝑎𝑠 → 𝛽1 = 0,97
𝑡 = ∞ → 𝛽1 = 1,22

𝑓𝑐 (𝑡0 ) 0,97
= = 0,79
𝑓𝑐 (𝑡∞ ) 1,22

𝑓𝑐 (𝑡0 )
∅𝑎 = 0,8 . [1 − ]
𝑓𝑐 (𝑡∞ )
∅𝑎 = 0,8 . [1 − 0,79]
∅𝑎 = 0,165

∅1𝑐 = 4,45 − 0,035. 𝑈


∅1𝑐 = 4,45 − 0,035.80
∅1𝑐 = 1,65

0,42 + ℎ𝑓𝑖𝑐
∅2𝑐 =
0,20 + ℎ𝑓𝑖𝑐
0,42 + 0,25
∅2𝑐 =
0,20 + 0,25
∅2𝑐 = 1,49

∅𝑓∞ = ∅1𝑐 ∗ ∅2𝑐


∅𝑓∞ = (1,65). (1,49)
∅𝑓∞ = 2,46

∅𝑑∞ = 0,4
∅∞ = ∅𝑎 + ∅𝑓∞ + ∅𝑑∞
∅∞ = (0,165) + (2,46) + (0,4)
∅∞ =3,02

d) Comparação do coeficiente de fluência ∅∞ com a retração final 𝜀𝑐𝑠,∞


1,25. (−8. 10−5). ∅∞ = −3,02. 10−4
𝜀𝑐𝑠,∞ = 1,99 . 10−4

Como 3,02. 10−4 > 𝜀𝑐𝑠,∞ o cálculo simplificado das perdas pode ser efetuado

e) Cálculo simplificado das perdas progressivas


Para o caso de aço tipo RB:
𝑃0 𝑃0 . 𝑒𝑝2
𝜎𝑐,𝑝0 = +
𝐴 𝐼𝑐𝑥
−539,49 −539,49 ∗ 37,022
𝜎𝑐,𝑝0 = +
1770,00 1400706,99
𝜎𝑐,𝑝0 = −0,83 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

𝑒𝑝
𝜎𝑐,𝑔1 = 𝑀𝑔1 ∗
𝐼𝑐𝑥
37,02
𝜎𝑐,𝑔1 = 5531,25.
1400706,99
𝜎𝑐,𝑔1 = 0,15 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

𝜎𝑐,𝑝0𝑔 = 𝜎𝑐,𝑔1 + 𝜎𝑐,𝑝0


𝜎𝑐,𝑝0𝑔 = 0,15 + (−0,83)
𝜎𝑐,𝑝0𝑔 = −0,68 𝑘𝑁/𝑐𝑚² = −6,80 𝑀𝑃𝑎

∆𝜎𝑝,𝑐+𝑠+𝑟 𝛼𝑝
. 100 = 7,4 + . ∅(∞, 𝑡0 )1,07. (3 − 𝜎𝑐,𝑝0𝑔 )
𝜎𝑝0 18,7
∆𝜎𝑝,𝑐+𝑠+𝑟 6,04
. 100 = 7,4 + . (3,02)1,07. (3 + 6,80)
𝜎𝑝0 18,7
∆𝜎𝑝,𝑐+𝑠+𝑟
. 100 = 17,78%
𝜎𝑝0
Recalculando o 𝑃∞ :
𝑃∞ = 𝑃0 − ∆𝑃 = −539,49 − 0,1707 ∗ (−537,47) = −441,93 𝑘𝑁

Do cálculo realizado no item 6.1: 𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 = −407,28 𝑘𝑁.

Como |𝑃∞ | > |𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 | pode-se afirmar que a força de proteção estimada está
correta, pois ela apresenta um valor em módulo menor do que a força infinita
calculada.

Valores representativos de forças de proteção:


• Protensão inicial: 𝑃𝑖 = −573,84 𝑘𝑁
• Protensão ancorada: 𝑃𝑎 = −557,99 𝑘𝑁
• Protensão antes das perdas progressivas: 𝑃0 = −537,47 𝑘𝑁
• Protensão após as perdas progressivas: 𝑃∞ = −441,93 𝑘𝑁

573,84 − 441,93
∆𝑃∞ (𝑃𝑖 → 𝑃∞ ) = = 22,99%
573,84
Conclui-se que ∆𝑃∞ (𝑃𝑖 → 𝑃∞ ) apresenta um valor satisfatório, pois é inferior aos
25% estimados anteriormente.
7. Verificação de tensões na seção mais solicitada (Estados
limites de serviço)
𝑃0 𝑃0 . (𝑒𝑝 )
𝜎2𝑃0 = +
𝐴 𝑊2
−537,47 −539,49 . (37,02)
𝜎2𝑃0 = +
1770,00 −31488,55
𝜎2𝑃0 = 0,33 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

𝑃0 𝑃0 . (𝑒𝑝 )
𝜎1𝑃0 = +
𝐴 𝑊1
−537,47 −537,47 . (37,02)
𝜎1𝑃0 = +
1770,00 34570,89
𝜎1𝑃0 = −0,88 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

𝑃∞ 𝑃∞ ∗ (𝑒𝑝 )
𝜎2𝑃∞ = +
𝐴 𝑊2
−441,93 −441,93 . (37,02)
𝜎2𝑃∞ = +
1770,00 −31488,55
𝜎2𝑃∞ = 0,27 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

𝑃∞ 𝑃∞ ∗ (𝑒𝑝 )
𝜎1𝑃∞ = +
𝐴 𝑊1
−441,93 −441,93 . (37,02)
𝜎1𝑃∞ = +
1770,00 34570,89
𝜎1𝑃∞ = −0,72 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

7.1 Combinação especial de transporte: 𝟎, 𝟖 . 𝒈𝟏 + 𝑷𝟎


Tensões limites:
Tensão limite a compressão:
𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 = −0,7. 𝑓𝑐𝑗𝑘 = −0,7.24 = −16,8 𝑀𝑃𝑎 = −1,68 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

Tensão limite a tração:


𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 = 1,2 . 𝑓𝑡𝑗𝑘 = 1,2 . 1,75 = 2,1 𝑀𝑃𝑎 = 0,21 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

Tensões na seção mais solicitante


Borda superior:
0,8 . 𝜎2𝑔1 + 𝜎2𝑃0 = 0,8 . (−0,18) + 0,33 = 0,19 𝑘𝑁/𝑐𝑚² > 𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 𝑜𝑘!

Borda inferior:
0,8 . 𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑃0 = 0,8 . 0,16 + (−0,88) = −0,75 𝑘𝑁/𝑐𝑚2 < 𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 𝑜𝑘!
7.2 Combinação estado em vazio, ações permanentes: 𝒈𝟏 + 𝒈𝟐 + 𝑷∞
Tensões limites:
Tensão limite a compressão:
𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 = −0,5 . 𝑓𝑐𝑘 = −0,5 . 35 = −17,5 𝑀𝑃𝑎 = −1,75 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

Tensão limite a tração:


𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 = 0

Tensões na seção mais solicitante


Borda superior:
𝜎2𝑔1 + 𝜎2𝑔2 + 𝜎2𝑃∞ = −0,18 + (−0,48) + 0,27 = −0,38 𝑘𝑁/𝑐𝑚2 > 𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 𝑜𝑘!

Borda inferior:
𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑔2 + 𝜎1𝑃∞ = 0,16 + 0,43 + (−0,72) = −0,13 𝑘𝑁/𝑐𝑚2 < 𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 𝑜𝑘!

7.3 Combinação estado em serviço, combinação frequente: 𝒈𝟏 + 𝒈𝟐 +


𝟎, 𝟔 ∗ 𝒒 + 𝑷∞
Tensões limites:
Tensão limite a compressão:
𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 = −0,5 . 𝑓𝑐𝑘 = −0,5 . 35 = −17,5 𝑀𝑃𝑎 = −1,75 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

Tensão limite a tração:


𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 = 1,2 . 𝑓𝑡𝑘 = 1,2 . 2,25 = 2,7 𝑀𝑃𝑎 = 0,27 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

Tensão na seção mais solicitante:


Borda superior:
𝜎2𝑔1 + 𝜎2𝑔2 + 0,6 . 𝜎2𝑞 + 𝜎2𝑃∞ = −0,18 + (−0,48) + 0,6 . (−0,20) + 0,27
= −0,50 𝑘𝑁/𝑐𝑚2 > 𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 𝑜𝑘!

Borda inferior:
𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑔2 + 0,6 ∗ 𝜎1𝑞 + 𝜎1𝑃0 = 0,16 + 0,43 + 0,6 . 0,18 + (−0,88)
= −0,18 𝑘𝑁/𝑐𝑚2 < 𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 𝑜𝑘!

7.4 Combinação estado em serviço, combinação rara: 𝒈𝟏 + 𝒈𝟐 + 𝒒 +


𝑷∞
Tensões limites:
Tensão limite de compressão:
𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 = −0,5 . 𝑓𝑐𝑘 = −0,5 . 35 = −17,5 𝑀𝑃𝑎 = −1,75 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

Tensão limite de tração:


𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 = 1,2 . 𝑓𝑡𝑘 = 1,2 . 2,25 = 2,7 𝑀𝑃𝑎 = 0,27 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
Tensão na seção mais solicitante:
Borda superior:
𝜎2𝑔1 + 𝜎2𝑔2 + 𝜎2𝑞 + 𝜎2𝑃∞ = −0,18 + (−0,48) + (−0,20) + 0,27
= −0,58 𝑘𝑁/𝑐𝑚2 > 𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 𝑜𝑘!

Borda inferior:
𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑔2 + 𝜎1𝑞 + 𝜎1𝑃0 = 0,16 + 0,43 + 0,18 + (−0,88)
= −0,10 𝑘𝑁/𝑐𝑚2 < 𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 𝑜𝑘!
8. Verificação de tensões ao longo do vão
Os estados mais críticos a serem verificados são:
• Estado de vazio - Situação de transporte
• Estado de serviço - Combinação rara

8.1 Estado em vazio – Situação de transporte


𝜎1𝑣,𝑙𝑖𝑚 = −0,7 . 𝑓𝑐𝑘𝑗 = −0,7 . 2,4 = −1,68 𝑘𝑁/𝑐𝑚2
𝜎2𝑣,𝑙𝑖𝑚 = 1,2 . 𝑓𝑡𝑘𝑗 = 1,2 . 0,175 = 0,21 𝑘𝑁/𝑐𝑚2

𝜎1𝑝0 ≥ 𝜎1𝑣,𝑙𝑖𝑚 − 𝜎1𝑔1


𝜎2𝑝0 ≤ 𝜎2𝑣,𝑙𝑖𝑚 − 𝜎2𝑔1

8.2 Estado em serviço – Combinação rara


𝜎1𝑠,𝑙𝑖𝑚 = 1,2 . 𝑓𝑡𝑘 = 1,2 . 0,225 = 0,27 𝑘𝑁/𝑐𝑚2
𝜎2𝑠,𝑙𝑖𝑚 = −0,5 . 𝑓𝑐𝑘 = −0,5 . 3,5 = −1,75 𝑘𝑁/𝑐𝑚2

𝜎1𝑝∞ ≤ 𝜎1𝑠,𝑙𝑖𝑚 − 𝜎1𝑔1 − 𝜎1𝑔2 − 𝜎1𝑞


𝜎2𝑝∞ ≥ 𝜎2𝑠,𝑙𝑖𝑚 − 𝜎2𝑔1 − 𝜎2𝑔2 − 𝜎2𝑞

8.3 Curvas limites


Dividindo as inequações mostradas acima pela tensão devido a protensão, tanto
nas bordas superiores com nas inferiores, obtém-se as tensões relativas. Assim,
será realizado o cálculo das tensões relativas em diferentes seções transversais
da viga. Em posse desses valores, poderemos obter gráficos que definem o
comportamento dessas tensões ao longo de todo o vão da viga. Esses gráficos
são conhecidos como curvas limites.

O objetivo desses gráficos é determinar se será necessário impedir a aderência


entre os cabos. A interrupção da aderência é realizada se uma das curvas cortar
a reta horizontal y=1. Essa ordenada igual a 1 pode ser dividida em partes iguais
ao número de cordoalhas, neste caso 4. Cada ¼ ou 0,25 representa a
contribuição de cada cordoalha nas tensões provocada pela força de protensão
total, ou cada 0,5 representa a contribuição de 2 cordoalhas. Com isso, havendo
a interseção de uma das curvas com a ordenada 1, será feita a interrupção de
aderência de 2 cordoalhas, se a curva interceptar y=0,50 haverá a interrupção
de aderência de outros 2 cabos. As equações das curvas limites são mostradas
abaixo:

𝜎1𝑣,𝑙𝑖𝑚 − 𝜎1𝑔1 𝜎1𝑠,𝑙𝑖𝑚 − 𝜎1𝑔1 − 𝜎1𝑔2 − 𝜎1𝑞


𝐶1𝑣 = 𝐶1𝑠 =
𝜎1𝑃0 𝜎1𝑃∞

𝜎2𝑣,𝑙𝑖𝑚 − 𝜎2𝑔1 𝜎2𝑠,𝑙𝑖𝑚 − 𝜎2𝑔1 − 𝜎2𝑔2 − 𝜎2𝑞


𝐶2𝑣 = 𝐶2𝑠 =
𝜎2𝑃0 𝜎2𝑃∞
Abaixo será mostrado duas tabelas, que informa os momentos e as tensões em
diferentes seções transversais da viga. A tabela 5 é a continuação da tabela 4.

Mg1 Mg2 Mq σ1g1 σ2g1


Seção
(kN.cm) (kN.cm) (kN.cm) (kN/cm²) (kN/cm²)
0 5531,25 15000,00 6250,00 0,16 -0,18
1 5310,00 14400,00 6000,00 0,15 -0,17
2 4646,25 12600,00 5250,00 0,13 -0,15
3 3540,00 9600,00 4000,00 0,10 -0,11
4 1991,25 5400,00 2250,00 0,06 -0,06
5 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Tabela 4: Momentos e tensões (Fonte: Autor)

σ2g1 σ1g2 σ2g2 σ1q σ2q


Seção
(kN/cm²) (kN/cm²) (kN/cm²) (kN/cm²) (kN/cm²)
-0,18 0 0,43 -0,48 0,18 -0,20
-0,17 1 0,42 -0,46 0,17 -0,19
-0,15 2 0,36 -0,40 0,15 -0,17
-0,11 3 0,28 -0,30 0,12 -0,13
-0,06 4 0,16 -0,17 0,07 -0,07
0,00 5 0,00 0,00 0,00 0,00
Tabela 5: Momentos e tensões (Fonte: Autor)

A partir das tabelas anteriores, foi possível montar uma nova tabela com as
tensões relativas:

Seção C1v C2v C1s C2s


0 2,092919 1,1751548 0,698647 -3,333393
1 2,085639 1,1537446 0,655781 -3,459467
2 2,063801 1,0895138 0,527183 -3,837691
3 2,027403 0,9824624 0,312853 -4,468063
4 1,976445 0,8325906 0,012791 -5,350584
5 1,910929 0,6398981 -0,373003 -6,485254
Tabela 6: Tensões relativas (Fonte: Autor)
Gráficos das curvas limites:

Curvas Limites
-8

-6
Tensões relativas

-4

-2

0 1 2 3 4 5
0

C1v C2v C1s C2s Eixo 1

Figura 4: Curvas Limites (Fonte: Autor)

É fácil ver que a curva C2v intercepta a unidade, abaixo é mostrado uma imagem
mais ampla dessa curva:

Curva limite C2v


0 1 2 3 4 5
0,5
Tensões relativas

0,75

Interrupção de 2 cabos a
partir desta seção
1,25

C2v Eixo 1

2 cabos inteiros

Impedir aderência
2 cabos interrompidos

Figura 5: Curva Limite C2v (Fonte: Autor)


É necessário, portanto, interromper a aderência entre 2 cabo, a partir do ponto
de intersecção com a reta y=1. Para encontrar esse ponto de interseção, utilizou-
se a ferramenta Excel para determinar a equação da curva C2v, a partir daí,
igualou-se essa equação à ordenada 1, assim, obteve-se um valor de abscissa
que corresponde à seção transversal.

Equação da curva C2v:


𝑦 = −0,0214 . 𝑥 2 + 1,1752
1 = −0,0214 . 𝑥 2 + 1,1752
𝑥𝑖 = 2,86

Conclui-se que o ponto de interrupção de aderência de dois cabos está


localizado entre as seções transversais 2 e 3, estando mais próxima da 3. Para
transformas esse valor em uma unidade de comprimento, basta realizar uma
regra de três simples, levando em conta o comprimento da metade da viga.

5 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 (𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑣𝑖𝑔𝑎) − 5 𝑠𝑒çõ𝑒𝑠 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑖𝑠


𝑤 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 − 2,86 𝑠𝑒çõ𝑒𝑠 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑖𝑠
𝑤 = 2,86 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠

Então, pode-se dizer que a interrupção da aderência desses dois cabos deve
acontecer em um ponto distante 2,86 m do meio da viga, ou distante 2,14 m da
extremidade.
9. Estado limite último – Solicitações normais
9.1 Cálculo do pré-alongamento
O pré-alongamento pode ser definido como a deformação inicial do aço para
qual as tensões no concreto são nulas. Deve-se primeiramente realizar o cálculo
de uma força de neutralização 𝑃𝑛 , para em seguida determinar a deformação de
pré-alongamento.

𝑃∞ 𝑒𝑝2
𝜎𝑐 = + 𝑃∞ .
𝐴 𝐼𝑐𝑥
−441,93 37,02
𝜎𝑐 = + (−441,93).
1770,00 1400706,99
2
𝜎𝑐 = −0,68 𝑘𝑁/𝑐𝑚

𝑃𝑛 = |𝑃∞ | + 𝛼𝑝 . 𝐴𝑝 . |𝜎𝑐 |
𝑃𝑛 = 441,93 + 6,04 . 3,948 . 0,68
𝑃𝑛 = 458,19 𝑘𝑁

𝛾𝑝 = 0,90

𝑃𝑛𝑑 = 𝛾𝑝 . 𝑃𝑛
𝑃𝑛𝑑 = 0,9 . 458,19
𝑃𝑛𝑑 = 412,37 𝑘𝑁

𝑃𝑛𝑑
𝜀𝑃𝑛𝑑 =
𝐴𝑝 . 𝐸𝑝
412,37
𝜀𝑃𝑛𝑑 =
3,948 . 20000
𝜀𝑃𝑛𝑑 = 5,22‰

9.2 Cálculo de 𝑴𝒓𝒅 por tentativa


9.2.1 Tentativa 1 (supondo domínio 3 ou 4)
Será arbitrado um valor de tensão na armadura 𝜎𝑝𝑑,𝑎𝑟𝑏 igual a 𝑓𝑝𝑦𝑑 =
1486,96 𝑀𝑃𝑎 = 148,696 𝑘𝑁/𝑚².

𝜎𝑐𝑑 = 0,85 . 𝑓𝑐𝑑


𝑓𝑐𝑘
𝜎𝑐𝑑 = 0,85 .
1,4
35
𝜎𝑐𝑑 = 0,85 .
1,4
𝜎𝑐𝑑 = 21,25 𝑀𝑃𝑎 = 2,125 𝑘𝑁/𝑚²

𝜀𝑐𝑑 = 3,5‰
a) Força atuante na armadura 𝑅𝑝𝑡
𝑅𝑝𝑡 = 𝐴𝑝 . 𝜎𝑝𝑑,𝑎𝑟𝑏
𝑅𝑝𝑡 = 𝐴𝑝 . 𝑓𝑝𝑦𝑑
𝑅𝑝𝑡 = 3,948 . 148,696
𝑅𝑝𝑡 = 587,05 𝑘𝑁

b) Área de concreto trabalhando na compressão


𝑅𝑝𝑡 = 𝑅𝑐𝑐

𝑅𝑐𝑐
𝐴𝑐𝑐 =
𝜎𝑐𝑑
𝑅𝑝𝑡
𝐴𝑐𝑐 =
𝜎𝑐𝑑
587,05
𝐴𝑐𝑐 =
2,125
𝐴𝑐𝑐 = 276,26 𝑐𝑚²

c) Altura da linha neutra no modelo simplificado


𝐴𝑐𝑐 = 2 . 10 . 𝑦1
276,26 = 20 . 𝑦1
𝑦1 = 13,81 𝑐𝑚

𝑦1
𝑥1 =
0,8
13,81
𝑥1 =
0,8
𝑥1 = 17,27 𝑐𝑚

d) Equação de compatibilidade
(𝑑 − 𝑥1 )
𝜀𝑃1𝑑 = 𝜀𝑐𝑑 .
𝑥1
(81,50 − 17,27)
𝜀𝑃1𝑑 = 3,50 .
17,27
𝜀𝑃1𝑑 = 13,02‰

𝜀𝑃𝑑 = 𝜀𝑃𝑛𝑑 + 𝜀𝑃1𝑑


𝜀𝑃𝑑 = 5,27 + 13,02
𝜀𝑃𝑑 = 18,24‰

e) Verificação
𝜎𝑝𝑑 = 5,985 . 𝜀𝑃𝑑 + 1442,50
𝜎𝑝𝑑 = 5,985 . 𝜀𝑃𝑑 + 1442,50
𝜎𝑝𝑑 = 5,985 . 18,24 + 1442,50
𝜎𝑝𝑑 = 1551,79 𝑀𝑃𝑎 > 𝜎𝑝𝑑,𝑎𝑟𝑏 → 𝑁𝑜𝑣𝑎 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎
9.2.2 Tentativa 2
O valor arbitrado para tensão na armadura será igual ao 𝜎𝑝𝑑 obtido na interação
anterior, 𝜎𝑝𝑑,𝑎𝑟𝑏 = 1551,79 𝑀𝑃𝑎 = 155,179 𝑘𝑁/𝑚².

𝜎𝑐𝑑 = 0,85 . 𝑓𝑐𝑑


𝑓𝑐𝑘
𝜎𝑐𝑑 = 0,85 .
1,4
35
𝜎𝑐𝑑 = 0,85 .
1,4
𝜎𝑐𝑑 = 21,25 𝑀𝑃𝑎 = 2,125 𝑘𝑁/𝑚²

𝜀𝑐𝑑 = 3,5‰

a) Força atuante na armadura 𝑅𝑝𝑡


𝑅𝑝𝑡 = 𝐴𝑝 . 𝜎𝑝𝑑,𝑎𝑟𝑏
𝑅𝑝𝑡 = 3,948 . 155,179
𝑅𝑝𝑡 = 612,65 𝑘𝑁

b) Área de concreto trabalhando na compressão


𝑅𝑝𝑡 = 𝑅𝑐𝑐

𝑅𝑐𝑐
𝐴𝑐𝑐 =
𝜎𝑐𝑑
𝑅𝑝𝑡
𝐴𝑐𝑐 =
𝜎𝑐𝑑
612,65
𝐴𝑐𝑐 =
2,125
𝐴𝑐𝑐 = 288,30 𝑐𝑚²

c) Altura da linha neutra no modelo simplificado


𝐴𝑐𝑐 = 2 . 10 . 𝑦1
288,30 = 20 . 𝑦1
𝑦1 = 14,42 𝑐𝑚

𝑦1
𝑥1 =
0,8
14,42
𝑥1 =
0,8
𝑥1 = 18,02 𝑐𝑚

d) Equação de compatibilidade
(𝑑 − 𝑥1 )
𝜀𝑃1𝑑 = 𝜀𝑐𝑑 .
𝑥1
(81,50 − 18,02)
𝜀𝑃1𝑑 = 3,50 .
18,02
𝜀𝑃1𝑑 = 12,33‰
𝜀𝑃𝑑 = 𝜀𝑃𝑛𝑑 + 𝜀𝑃1𝑑
𝜀𝑃𝑑 = 5,27 + 12,33
𝜀𝑃𝑑 = 17,55‰

e) Verificação
𝜎𝑝𝑑 = 5,985 . 𝜀𝑃𝑑 + 1442,50
𝜎𝑝𝑑 = 5,985 . 𝜀𝑃𝑑 + 1442,50
𝜎𝑝𝑑 = 5,985 . 17,55 + 1442,50
𝜎𝑝𝑑 = 1516,40 𝑀𝑃𝑎 < 𝜎𝑝𝑑,𝑎𝑟𝑏 → 𝑜𝑘!

9.3 Momento resistente 𝑴𝒓𝒅


𝑦
𝑧=𝑑−
2
14,42
𝑧 = 81,50 −
2
𝑧 = 74,29 𝑐𝑚

𝑀𝑟𝑑 = 𝑅𝑝𝑡 . 𝑧 = 𝑅𝑐𝑐 . 𝑧


𝑀𝑟𝑑 = 612,65 . 74,29
𝑀𝑟𝑑 = 45514,88 𝑘𝑁. 𝑐𝑚

9.4 Verificação de segurança


𝑀𝑟𝑑 = 45514,88 𝑘𝑁. 𝑐𝑚

𝑀𝑠𝑑 = 1,4 . (𝑀𝑔1 + 𝑀𝑔2 + 𝑀𝑞 )


𝑀𝑠𝑑 = 1,4 . (5531,25 + 15000,00 + 6250,00)
𝑀𝑠𝑑 = 37493,75 𝑘𝑁. 𝑐𝑚

𝑀𝑠𝑑 < 𝑀𝑟𝑑 𝑜𝑘!


Pode ser admitida armadura longitudinal mínima de tração.

9.5 Armadura de tração


A norma elucida as taxas mínimas de aço numa tabela que depende da
resistência do concreto, e tipo da seção transversal. Neste caso, com fck=35MPa
e considerando uma seção T com mesa tracionada, tem-se:

𝜌𝑚𝑖𝑛 = 0,178%
0,178
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 0,178% . 𝐴 = . 1770 = 3,15 𝑐𝑚2 (2 ϕ 16,00 mm)
100

9.4 Armadura de pele


0,1
𝐴𝑠,𝑝𝑒𝑙𝑒 = 0,1% . 𝐴𝑐,𝑎𝑙𝑚𝑎 = . 10 . 33 = 0,33 𝑐𝑚2 (2 ϕ 6,3 mm). Será adotado 4 ϕ
100

6,3 mm
10. Estado limite último – Solicitações tangenciais
10.1 Cálculo da força cortante máxima
a) Esforço cortante devido ao peso próprio
𝑔1 . 𝐿 10
𝑉𝑔1 = = 4,43 . = 21,125 𝑘𝑁
2 2

b) Esforço cortante devido ao peso das telhas


𝑔2 . 𝐿 10
𝑉𝑔2 = = 12 . = 60 𝑘𝑁
2 2

c) Esforço cortante devido a sobrecarga


𝑞. 𝐿 10
𝑉𝑞 = =5. = 25 𝑘𝑁
2 2

d) Esforço cortante de projeto


𝑉𝑠𝑑 = 1,4 . (𝑉𝑔1 + 𝑉𝑔2 + 𝑉𝑞 )
𝑉𝑠𝑑 = 1,4 . (21,125 + 60 + 25)
𝑉𝑠𝑑 = 149,975 𝑘𝑁

13.2 Verificação da compressão diagonal do concreto


𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑣2 = 1 −
250
35
𝛼𝑣2 =1−
250
𝛼𝑣2 = 0,86

𝑓𝑐𝑘
𝑓𝑐𝑑 =
1,4
35
𝑓𝑐𝑑 =
1,4
𝑓𝑐𝑑 = 25 𝑀𝑃𝑎 = 2,5 𝑘𝑁/𝑚²

𝑉𝑟𝑑2 = 0,27 . 𝛼𝑣2 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝑏𝑤 . 𝑑


𝑉𝑟𝑑2 = 0,27 ∗ 0,86 . 2,5 . 10 . 81,50
𝑉𝑟𝑑2 = 473,11 𝑘𝑁
𝑉𝑠𝑑 < 𝑉𝑟𝑑2 𝑜𝑘!
Verificação satisfeita, não há esmagamento das bielas
13.3 Cálculo da armadura transversal
𝑉𝑐0 = 0,6 . 𝑓𝑐𝑡𝑑 . 𝑏𝑤. 𝑑
𝑉𝑐0 = 0,6 . 0,16 . 10 . 81,50 = 78,48 𝑘𝑁

𝑃1𝑑 = 𝛾𝑝 ∗ 𝑃∞
𝑃1𝑑 = 0,9 . (−441,93)
𝑃1𝑑 = −397,74 𝑘𝑁

𝑊1
𝑀0 = −𝑃1𝑑 . − 𝑃1𝑑 . 𝑒𝑝
𝐴
34570,89
𝑀0 = −(−397,74). − (−397,74). 37,02
1770,00
𝑀0 = 22491,61 𝑘𝑁. 𝑐𝑚

𝑀𝑠𝑑,𝑚𝑎𝑥 = 1,4. (𝑀𝑔1 + 𝑀𝑔2 + 𝑀𝑞 )


𝑀𝑠𝑑,𝑚𝑎𝑥 = 1,4. (5531,35 + 15000,00 + 6250,00)
𝑀𝑠𝑑,𝑚𝑎𝑥 = 37493,75 𝑘𝑁. 𝑐𝑚

|𝑀0 |
𝑉𝑐 = 𝑉𝑐0 . (1 + )
𝑀𝑠𝑑,𝑚𝑎𝑥
22491,61
𝑉𝑐 = 78,48 . (1 + )
37493,75
𝑉𝑐 = 125,56 𝑘𝑁 < 2 . 𝑉𝑐0 𝑜𝑘!

𝑉𝑠𝑤 = 𝑉𝑠𝑑 − 𝑉𝑐
𝑉𝑠𝑤 = 149,975 𝑘𝑁 − 125,56
𝑉𝑠𝑤 = 24,41 𝑘𝑁

𝐴𝑠𝑤 𝑉𝑠𝑤
=
𝑠 0,9. 𝑑. 𝑓𝑦𝑤𝑑
𝐴𝑠𝑤 24,41
=
𝑠 0,9 . 81,50 . 43,478
𝐴𝑠𝑤
= 0,00765 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚
𝑠

Adotando estribos de 6,3 mm e dois ramos, com Asw = 0,64 cm², tem-se um
espaçamento de:
0,64
𝑠= = 81,45 𝑐𝑚
0,00765

Espaçamento longitudinal máximo:


Se 𝑉𝑠𝑑 ≤ 0,67 . 𝑉𝑟𝑑2:
0,6 . 𝑑
𝑆𝑚𝑎𝑥 ≤ {
30𝑐𝑚

Se 𝑉𝑠𝑑 > 0,67 . 𝑉𝑟𝑑2:


0,3 . 𝑑
𝑆𝑚𝑎𝑥 ≤ {
20𝑐𝑚

Como 𝑉𝑠𝑑 ≤ 0,67 . 𝑉𝑟𝑑2, e 0,6.d = 48,9 cm, 𝑆𝑚𝑎𝑥 = 30𝑐𝑚

1000 − 2 . 3,5
𝑛= = 33,1 ≅ 34 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑜𝑠
30
11. Desenhos detalhes construtivos e especificações
11.1 Quadro de ferros
QUADRO DE FERROS AÇO CP 190 RB
ϕ (mm) N Quantidade Comprimento (mm)
12,70 1 2 1000
12,70 2 2 572

QUADRO DE FERROS AÇO CA 50


ϕ (mm) N Quantidade Comprimento (mm)
16,00 3 2 1012
6,30 4 4 993
5,00 5 14 993
6,30 6 34 585,8

11.2 Desenho da seção transversal

Figura 6: Seção transversal (Fonte: Autor)


11.3 Seção longitudinal – armadura ativa, armadura passiva e
armadura de pele

Figura 7: Seção longitudinal (Fonte: Autor)

11.4 Seção longitudinal – armadura transversal e guias de estribos

Figura 8: Seção longitudinal (Fonte: Autor)


Referências

BUCHAIM, Roberto. Concreto Protendido. Londrina: EDUEL. 2007.

BRITO, Mário Henrique Gomes et al. Influência da cura térmica a vapor sob
pressão atmosférica em características e propriedades de blocos de
concreto. 2013.

HANAI, João Bento de. Fundamentos do Concreto Protendido. E-book de


apoio para o Curso de Engenharia Civil – Universidade de São Paulo, Escola
de Engenharia de São Carlos. São Carlos, 2005.

NBR 6118 (2003) – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Rio


de Janeiro. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

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