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Maceió - AL
2019
Universidade Federal de Alagoas
CTEC - Centro de Tecnologia
Engenharia Civil
Maceió - AL
2019
Sumário
Dados do elemento estrutural proposto................................................................... 5
1. Descrição do elemento estrutural......................................................................... 6
2. Descrição do processo de fabricação .................................................................... 6
3. Materiais empregados ......................................................................................... 8
3.1 Concreto ....................................................................................................................8
3.2 Aço para armadura ativa ............................................................................................8
3.3 Aço para armadura passiva ........................................................................................8
4. Características geométricas e mecânicas da seção transversal .............................. 9
5. Cálculo de esforços e tensões de referência no meio do vão ................................11
5.1 Tensões devido ao peso próprio ...............................................................................11
5.2 Tensões devido ao peso das telhas ...........................................................................11
5.3 Tensões devido à Carga Acidental .............................................................................11
5.4 Excentricidade da força de protensão .......................................................................11
6. Cálculo da força de protensão e da armadura ativa .............................................12
6.1 Estimativa da força de protensão .............................................................................12
6.2 Cálculo da seção transversal da armadura ativa ........................................................ 12
6.3 Valores representativos da força de protensão ......................................................... 14
6.3.1 Força inicial 𝑷𝒊 ......................................................................................................14
6.3.2 Força ancorada 𝑷𝒂 ................................................................................................ 14
6.3.3 Força antes das perdas progressivas 𝑷𝟎 .................................................................15
6.3.4 Forças após as perdas progressivas 𝑷∞ .................................................................16
7. Verificação de tensões na seção mais solicitada (Estados limites de serviço) ........20
7.1 Combinação especial de transporte: 𝟎, 𝟖 . 𝒈𝟏 + 𝑷𝟎................................................... 20
7.2 Combinação estado em vazio, ações permanentes: 𝒈𝟏 + 𝒈𝟐 + 𝑷∞ .......................... 21
7.3 Combinação estado em serviço, combinação frequente: 𝒈𝟏 + 𝒈𝟐 + 𝟎, 𝟔 ∗ 𝒒 + 𝑷∞ ...21
7.4 Combinação estado em serviço, combinação rara: 𝒈𝟏 + 𝒈𝟐 + 𝒒 + 𝑷∞ ..................... 21
8. Verificação de tensões ao longo do vão ...............................................................23
8.1 Estado em vazio – Situação de transporte .................................................................23
8.2 Estado em serviço – Combinação rara .......................................................................23
8.3 Curvas limites ..........................................................................................................23
9. Estado limite último – Solicitações normais .........................................................27
9.1 Cálculo do pré-alongamento..................................................................................... 27
9.2 Cálculo de 𝑴𝒓𝒅 por tentativa ................................................................................... 27
9.2.1 Tentativa 1 (supondo domínio 3 ou 4) ....................................................................27
9.2.2 Tentativa 2 ............................................................................................................29
9.3 Momento resistente 𝑴𝒓𝒅 ........................................................................................ 30
9.4 Verificação de segurança .......................................................................................... 30
9.5 Armadura de tração .................................................................................................30
9.4 Armadura de pele ....................................................................................................30
10. Estado limite último – Solicitações tangenciais ..................................................31
10.1 Cálculo da força cortante máxima ...........................................................................31
13.2 Verificação da compressão diagonal do concreto .................................................... 31
13.3 Cálculo da armadura transversal .............................................................................32
11. Desenhos detalhes construtivos e especificações ...............................................34
11.1 Quadro de ferros ....................................................................................................34
11.2 Desenho da seção transversal ................................................................................. 34
11.3 Seção longitudinal – armadura ativa, armadura passiva e armadura de pele ............35
11.4 Seção longitudinal – armadura transversal e guias de estribos .................................35
Referências.............................................................................................................36
Dados do elemento estrutural proposto
Projeto no. 7
Seção transversal
10 20 10
Equipe: JOAO CARLOS LEAO
PEIXOTO
14
20
22
Elemento: viga-calha I 85
10
Vão: 10m
85
Cargas:
33
10
Peso próprio: a calcular
10
(peso das telhas)
10
Carga acidental: 5 kN/m
(carga acidental no telhado, águas 40
pluviais)
1. Descrição do elemento estrutural
O elemento estrutural em questão consiste em uma viga de concreto protendido,
trabalhando na situação bi-apoiada em pilares de concreto, com um vão de 10
metros e altura de 85 centímetros. O apoio entre a viga e o pilar será realizado
sobre consolos de concreto, com almofadas de neoprene e chumbadores de aço
inox.
As ações que estarão atuando consistem no peso próprio, peso das telhas e
carga acidental. Os esforços no sentido horizontal, com carga do vento, serão
desprezíveis.
O ciclo de produção terá duração de 15 horas. Para que seja possível atingir
este tempo, será empregado o cimento CP V-ARI (cimento Portland de alta
resistência inicial), juntamente com o processo de cura vapor. Com isso, o
elemento estrutural conseguirá atingir a resistência de 28 dias no intervalo de
tempo do ciclo. O ciclo de cura térmica empregado pode ser dividido em alguns
períodos.
Por fim, vem o período de esfriamento, que se caracteriza pela retirada do agente
calorífero da câmera, provocando a redução da temperatura até que seja
atingida a temperatura ambiente. É preciso que o resfriamento seja feito de
maneira lenta e gradual para evitar que o gradiente térmico comprometa a
resistência desejada.
𝑓𝑐𝑘 = 35 𝑀𝑃𝑎
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3 . 𝑓𝑐𝑘 2/3 = 0,3 . 352/3 = 3,21 𝑀𝑃𝑎
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 = 0,7 . 𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,7 . 3,21 = 2,25 𝑀𝑃𝑎
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑠𝑢𝑝 = 1,3 . 𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 1,3 . 3,21 = 4,17 𝑀𝑃𝑎
2,25
𝑓𝑐𝑡𝑑 = = 1,60 𝑀𝑃𝑎
1,4
𝐸𝑐𝑖 = 5600 . 𝑓𝑐𝑘 1/2 = 5600 . 351/2 = 33130,05 𝑀𝑃𝑎
𝐸𝑐𝑠 = 0,85 . 𝐸𝑐𝑖 = 0,85 . 33130,05 = 28160,54 𝑀𝑃𝑎
500
𝑓𝑦𝑤𝑑 = = 434,78 𝑀𝑃𝑎
1,15
4. Características geométricas e mecânicas da seção
transversal
O método escolhido para o cálculo das propriedades geométricas utiliza um
sistema de coordenadas cartesianas, escolhido de forma arbitrária, sendo muito
usado em problemas computacionais devido a fácil implementação. A partir daí,
são aplicadas formulações que têm como dados de entrada as coordenadas dos
vértices da figura geométrica a ser estudada, de tal forma que a ordem desses
vértices percorre a seção no sentido anti-horário.
𝑛
1
𝐶𝑦 = ∗ ∑(𝑦𝑖 ∗ 𝑦𝑖+1 ) ∗ (𝑥𝑖 ∗ 𝑦𝑖+1 − 𝑥𝑖+1 ∗ 𝑦𝑖 )
6𝐴
𝑖=1
𝑛
1
𝐼𝑥 = ∗ ∑(𝑦𝑖2 + 𝑦𝑖 ∗ 𝑦𝑖+1 + 𝑦𝑖+1
2 )
∗ (𝑥𝑖 + 𝑦𝑖+1 − 𝑥𝑖+1 ∗ 𝑦𝑖 )
12
𝑖=1
Como todas as fórmulas apresentam um somatório, foi usado a ferramenta Excel
para o cálculo de cada uma das parcelas, que por fim foram somadas. A tabela
construída é mostrada a seguir:
𝐼𝑐𝑥 = 𝐼𝑥 − 𝐴 ∗ 𝐶𝑦2
𝐴 = 1770,00 cm²
𝑦1 = 40,52 cm
𝑦2 = −44,48 𝑐𝑚
𝐼𝑐𝑥 = 1400706,99 𝑐𝑚⁴
𝐼𝑐𝑥 1400706,99
𝑊1 = = = 34570,89 𝑐𝑚³
𝑦1 40,52
𝐼𝑐𝑥 1400706,99
𝑊2 = = = −31488,55 𝑐𝑚³
𝑦2 −44,48
5. Cálculo de esforços e tensões de referência no meio do vão
5.1 Tensões devido ao peso próprio
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑝𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 (𝑔1 ) = 𝐴. 25𝑘𝑁/𝑚³ = 0,177 . 25 = 4,43 𝑘𝑁/𝑚
𝑔1 . 𝑙 2 4,43 . 102
𝑀𝑔1 = = = 55,3125 𝑘𝑁. 𝑚 = 5531,25 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
8 8
𝑀𝑔1 5531,25
𝜎1𝑔1 = = = 0,16 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊1 34570,89
𝑀𝑔1 5531,25
𝜎2𝑔1 = = = −0,18 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊2 −31488,55
𝑔2 . 𝑙 2 12,00 . 102
𝑀𝑔2 = = = 150,00 𝑘𝑁. 𝑚 = 15000,00 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
8 8
𝑀𝑔2 15000,00
𝜎1𝑔2 = = = 0,43 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊1 34570,89
𝑀𝑔2 15000,00
𝜎2𝑔2 = = = −0,48 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊2 −31488,55
𝑞. 𝑙 2 5,00. 102
𝑀𝑞 = = = 62,50 𝑘𝑁. 𝑚 = 6250,00 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
8 8
𝑀𝑞 6250,00
𝜎1𝑞 = = = 0,18 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊1 34570,89
𝑀𝑞 6250,00
𝜎2𝑞 = = = −0,20 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑊2 −31488,55
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 𝑒𝑝
𝜎1𝑝∞ = + 𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 .
𝐴 𝑊1
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 37,02
−0,67 = + 𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 .
1770,00 34570,89
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 = −407,28 𝑘𝑁 (𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐴)
b) Combinação Frequente:
Na borda inferior:
𝜎1 = 1,2 . 𝑓𝑡𝑘
𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑔2 + 𝛹1 . 𝜎1𝑞 + 𝜎1𝑝∞ = 1,2𝑓𝑡𝑘
0,16 + 0,43 + 0,6 . 0,18 + 𝜎1𝑝∞ = 1,2 . 0,225
𝜎1𝑝∞ = −0,43 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 𝑒𝑝
𝜎1𝑝∞ = + 𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 .
𝐴 𝑊1
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 37,02
−0,43 = + 𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 .
1770,00 34570,89
𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 = −264,55 𝑘𝑁 (𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐵)
75℃
𝑡𝑓𝑖𝑐 = . 13ℎ = 39ℎ
25℃
39 0,15
𝛹𝑐𝑢𝑟𝑎 = 𝛹1000. ( ) = 1,94%
1000
d) Perda total
∆𝑃 = 0,83 + 1,94 = 2,76%
Força ancorada
𝑃𝑎 = 𝑃𝑖 . (1 − ∆𝑃) = −573,84 . (1 − 0,0276) = −557,99 𝑘𝑁
𝑃0 = 𝑃𝑎 + 𝛼𝑝 . 𝐴𝑝 . 𝜎𝑐𝑝
𝑃0 = −557,99 + 6,04 . 3,948 . (−0,86)
𝑃0 = −537,47 𝑘𝑁
6.3.4 Forças após as perdas progressivas 𝑷∞
a) Hipóteses assumidas:
• Umidade relativa: U=80%
• Tipo de cimento: CP-V/ARI (s=0,20)
• Slump 5-9 cm
• t0 = 7 dias (cálculo da retração)
• t0 = 21 dias (cálculo da fluência)
𝛾 = 1 + 𝑒 −7,8+0,1.𝑈
𝛾 = 1 + 𝑒 −7,8+0,1.80
𝛾 = 2,22
𝐴𝑐
ℎ𝑓𝑖𝑐 = 𝛾. 2.
𝑈𝑎𝑟
0,1770
ℎ𝑓𝑖𝑐 = 2,22 . 2 .
3,17
ℎ𝑓𝑖𝑐 = 0,25 𝑚
0,33 + 2 ∗ ℎ𝑓𝑖𝑐
𝜀2𝑠 =
0,21 + 3 ∗ ℎ𝑓𝑖𝑐
0,33 + 2 . 0,25
𝜀2𝑠 =
0,21 + 3 . 0,25
𝜀2𝑠 = 0,87
𝜀𝑐𝑠,∞ = 𝜀1𝑠 . 𝜀2𝑠
𝜀𝑐𝑠,∞ = (−2,30 . 10−4 ) . (0,87)
𝜀𝑐𝑠,∞ = −1,99 . 10−4
𝑓𝑐 (𝑡0 ) 0,97
= = 0,79
𝑓𝑐 (𝑡∞ ) 1,22
𝑓𝑐 (𝑡0 )
∅𝑎 = 0,8 . [1 − ]
𝑓𝑐 (𝑡∞ )
∅𝑎 = 0,8 . [1 − 0,79]
∅𝑎 = 0,165
0,42 + ℎ𝑓𝑖𝑐
∅2𝑐 =
0,20 + ℎ𝑓𝑖𝑐
0,42 + 0,25
∅2𝑐 =
0,20 + 0,25
∅2𝑐 = 1,49
∅𝑑∞ = 0,4
∅∞ = ∅𝑎 + ∅𝑓∞ + ∅𝑑∞
∅∞ = (0,165) + (2,46) + (0,4)
∅∞ =3,02
Como 3,02. 10−4 > 𝜀𝑐𝑠,∞ o cálculo simplificado das perdas pode ser efetuado
𝑒𝑝
𝜎𝑐,𝑔1 = 𝑀𝑔1 ∗
𝐼𝑐𝑥
37,02
𝜎𝑐,𝑔1 = 5531,25.
1400706,99
𝜎𝑐,𝑔1 = 0,15 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
∆𝜎𝑝,𝑐+𝑠+𝑟 𝛼𝑝
. 100 = 7,4 + . ∅(∞, 𝑡0 )1,07. (3 − 𝜎𝑐,𝑝0𝑔 )
𝜎𝑝0 18,7
∆𝜎𝑝,𝑐+𝑠+𝑟 6,04
. 100 = 7,4 + . (3,02)1,07. (3 + 6,80)
𝜎𝑝0 18,7
∆𝜎𝑝,𝑐+𝑠+𝑟
. 100 = 17,78%
𝜎𝑝0
Recalculando o 𝑃∞ :
𝑃∞ = 𝑃0 − ∆𝑃 = −539,49 − 0,1707 ∗ (−537,47) = −441,93 𝑘𝑁
Como |𝑃∞ | > |𝑃∞,𝑒𝑠𝑡 | pode-se afirmar que a força de proteção estimada está
correta, pois ela apresenta um valor em módulo menor do que a força infinita
calculada.
573,84 − 441,93
∆𝑃∞ (𝑃𝑖 → 𝑃∞ ) = = 22,99%
573,84
Conclui-se que ∆𝑃∞ (𝑃𝑖 → 𝑃∞ ) apresenta um valor satisfatório, pois é inferior aos
25% estimados anteriormente.
7. Verificação de tensões na seção mais solicitada (Estados
limites de serviço)
𝑃0 𝑃0 . (𝑒𝑝 )
𝜎2𝑃0 = +
𝐴 𝑊2
−537,47 −539,49 . (37,02)
𝜎2𝑃0 = +
1770,00 −31488,55
𝜎2𝑃0 = 0,33 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑃0 𝑃0 . (𝑒𝑝 )
𝜎1𝑃0 = +
𝐴 𝑊1
−537,47 −537,47 . (37,02)
𝜎1𝑃0 = +
1770,00 34570,89
𝜎1𝑃0 = −0,88 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑃∞ 𝑃∞ ∗ (𝑒𝑝 )
𝜎2𝑃∞ = +
𝐴 𝑊2
−441,93 −441,93 . (37,02)
𝜎2𝑃∞ = +
1770,00 −31488,55
𝜎2𝑃∞ = 0,27 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑃∞ 𝑃∞ ∗ (𝑒𝑝 )
𝜎1𝑃∞ = +
𝐴 𝑊1
−441,93 −441,93 . (37,02)
𝜎1𝑃∞ = +
1770,00 34570,89
𝜎1𝑃∞ = −0,72 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
Borda inferior:
0,8 . 𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑃0 = 0,8 . 0,16 + (−0,88) = −0,75 𝑘𝑁/𝑐𝑚2 < 𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 𝑜𝑘!
7.2 Combinação estado em vazio, ações permanentes: 𝒈𝟏 + 𝒈𝟐 + 𝑷∞
Tensões limites:
Tensão limite a compressão:
𝜎𝑐,𝑙𝑖𝑚 = −0,5 . 𝑓𝑐𝑘 = −0,5 . 35 = −17,5 𝑀𝑃𝑎 = −1,75 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
Borda inferior:
𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑔2 + 𝜎1𝑃∞ = 0,16 + 0,43 + (−0,72) = −0,13 𝑘𝑁/𝑐𝑚2 < 𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 𝑜𝑘!
Borda inferior:
𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑔2 + 0,6 ∗ 𝜎1𝑞 + 𝜎1𝑃0 = 0,16 + 0,43 + 0,6 . 0,18 + (−0,88)
= −0,18 𝑘𝑁/𝑐𝑚2 < 𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 𝑜𝑘!
Borda inferior:
𝜎1𝑔1 + 𝜎1𝑔2 + 𝜎1𝑞 + 𝜎1𝑃0 = 0,16 + 0,43 + 0,18 + (−0,88)
= −0,10 𝑘𝑁/𝑐𝑚2 < 𝜎𝑡,𝑙𝑖𝑚 𝑜𝑘!
8. Verificação de tensões ao longo do vão
Os estados mais críticos a serem verificados são:
• Estado de vazio - Situação de transporte
• Estado de serviço - Combinação rara
A partir das tabelas anteriores, foi possível montar uma nova tabela com as
tensões relativas:
Curvas Limites
-8
-6
Tensões relativas
-4
-2
0 1 2 3 4 5
0
É fácil ver que a curva C2v intercepta a unidade, abaixo é mostrado uma imagem
mais ampla dessa curva:
0,75
Interrupção de 2 cabos a
partir desta seção
1,25
C2v Eixo 1
2 cabos inteiros
Impedir aderência
2 cabos interrompidos
Então, pode-se dizer que a interrupção da aderência desses dois cabos deve
acontecer em um ponto distante 2,86 m do meio da viga, ou distante 2,14 m da
extremidade.
9. Estado limite último – Solicitações normais
9.1 Cálculo do pré-alongamento
O pré-alongamento pode ser definido como a deformação inicial do aço para
qual as tensões no concreto são nulas. Deve-se primeiramente realizar o cálculo
de uma força de neutralização 𝑃𝑛 , para em seguida determinar a deformação de
pré-alongamento.
𝑃∞ 𝑒𝑝2
𝜎𝑐 = + 𝑃∞ .
𝐴 𝐼𝑐𝑥
−441,93 37,02
𝜎𝑐 = + (−441,93).
1770,00 1400706,99
2
𝜎𝑐 = −0,68 𝑘𝑁/𝑐𝑚
𝑃𝑛 = |𝑃∞ | + 𝛼𝑝 . 𝐴𝑝 . |𝜎𝑐 |
𝑃𝑛 = 441,93 + 6,04 . 3,948 . 0,68
𝑃𝑛 = 458,19 𝑘𝑁
𝛾𝑝 = 0,90
𝑃𝑛𝑑 = 𝛾𝑝 . 𝑃𝑛
𝑃𝑛𝑑 = 0,9 . 458,19
𝑃𝑛𝑑 = 412,37 𝑘𝑁
𝑃𝑛𝑑
𝜀𝑃𝑛𝑑 =
𝐴𝑝 . 𝐸𝑝
412,37
𝜀𝑃𝑛𝑑 =
3,948 . 20000
𝜀𝑃𝑛𝑑 = 5,22‰
𝜀𝑐𝑑 = 3,5‰
a) Força atuante na armadura 𝑅𝑝𝑡
𝑅𝑝𝑡 = 𝐴𝑝 . 𝜎𝑝𝑑,𝑎𝑟𝑏
𝑅𝑝𝑡 = 𝐴𝑝 . 𝑓𝑝𝑦𝑑
𝑅𝑝𝑡 = 3,948 . 148,696
𝑅𝑝𝑡 = 587,05 𝑘𝑁
𝑅𝑐𝑐
𝐴𝑐𝑐 =
𝜎𝑐𝑑
𝑅𝑝𝑡
𝐴𝑐𝑐 =
𝜎𝑐𝑑
587,05
𝐴𝑐𝑐 =
2,125
𝐴𝑐𝑐 = 276,26 𝑐𝑚²
𝑦1
𝑥1 =
0,8
13,81
𝑥1 =
0,8
𝑥1 = 17,27 𝑐𝑚
d) Equação de compatibilidade
(𝑑 − 𝑥1 )
𝜀𝑃1𝑑 = 𝜀𝑐𝑑 .
𝑥1
(81,50 − 17,27)
𝜀𝑃1𝑑 = 3,50 .
17,27
𝜀𝑃1𝑑 = 13,02‰
e) Verificação
𝜎𝑝𝑑 = 5,985 . 𝜀𝑃𝑑 + 1442,50
𝜎𝑝𝑑 = 5,985 . 𝜀𝑃𝑑 + 1442,50
𝜎𝑝𝑑 = 5,985 . 18,24 + 1442,50
𝜎𝑝𝑑 = 1551,79 𝑀𝑃𝑎 > 𝜎𝑝𝑑,𝑎𝑟𝑏 → 𝑁𝑜𝑣𝑎 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎
9.2.2 Tentativa 2
O valor arbitrado para tensão na armadura será igual ao 𝜎𝑝𝑑 obtido na interação
anterior, 𝜎𝑝𝑑,𝑎𝑟𝑏 = 1551,79 𝑀𝑃𝑎 = 155,179 𝑘𝑁/𝑚².
𝜀𝑐𝑑 = 3,5‰
𝑅𝑐𝑐
𝐴𝑐𝑐 =
𝜎𝑐𝑑
𝑅𝑝𝑡
𝐴𝑐𝑐 =
𝜎𝑐𝑑
612,65
𝐴𝑐𝑐 =
2,125
𝐴𝑐𝑐 = 288,30 𝑐𝑚²
𝑦1
𝑥1 =
0,8
14,42
𝑥1 =
0,8
𝑥1 = 18,02 𝑐𝑚
d) Equação de compatibilidade
(𝑑 − 𝑥1 )
𝜀𝑃1𝑑 = 𝜀𝑐𝑑 .
𝑥1
(81,50 − 18,02)
𝜀𝑃1𝑑 = 3,50 .
18,02
𝜀𝑃1𝑑 = 12,33‰
𝜀𝑃𝑑 = 𝜀𝑃𝑛𝑑 + 𝜀𝑃1𝑑
𝜀𝑃𝑑 = 5,27 + 12,33
𝜀𝑃𝑑 = 17,55‰
e) Verificação
𝜎𝑝𝑑 = 5,985 . 𝜀𝑃𝑑 + 1442,50
𝜎𝑝𝑑 = 5,985 . 𝜀𝑃𝑑 + 1442,50
𝜎𝑝𝑑 = 5,985 . 17,55 + 1442,50
𝜎𝑝𝑑 = 1516,40 𝑀𝑃𝑎 < 𝜎𝑝𝑑,𝑎𝑟𝑏 → 𝑜𝑘!
𝜌𝑚𝑖𝑛 = 0,178%
0,178
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 0,178% . 𝐴 = . 1770 = 3,15 𝑐𝑚2 (2 ϕ 16,00 mm)
100
6,3 mm
10. Estado limite último – Solicitações tangenciais
10.1 Cálculo da força cortante máxima
a) Esforço cortante devido ao peso próprio
𝑔1 . 𝐿 10
𝑉𝑔1 = = 4,43 . = 21,125 𝑘𝑁
2 2
𝑓𝑐𝑘
𝑓𝑐𝑑 =
1,4
35
𝑓𝑐𝑑 =
1,4
𝑓𝑐𝑑 = 25 𝑀𝑃𝑎 = 2,5 𝑘𝑁/𝑚²
𝑃1𝑑 = 𝛾𝑝 ∗ 𝑃∞
𝑃1𝑑 = 0,9 . (−441,93)
𝑃1𝑑 = −397,74 𝑘𝑁
𝑊1
𝑀0 = −𝑃1𝑑 . − 𝑃1𝑑 . 𝑒𝑝
𝐴
34570,89
𝑀0 = −(−397,74). − (−397,74). 37,02
1770,00
𝑀0 = 22491,61 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
|𝑀0 |
𝑉𝑐 = 𝑉𝑐0 . (1 + )
𝑀𝑠𝑑,𝑚𝑎𝑥
22491,61
𝑉𝑐 = 78,48 . (1 + )
37493,75
𝑉𝑐 = 125,56 𝑘𝑁 < 2 . 𝑉𝑐0 𝑜𝑘!
𝑉𝑠𝑤 = 𝑉𝑠𝑑 − 𝑉𝑐
𝑉𝑠𝑤 = 149,975 𝑘𝑁 − 125,56
𝑉𝑠𝑤 = 24,41 𝑘𝑁
𝐴𝑠𝑤 𝑉𝑠𝑤
=
𝑠 0,9. 𝑑. 𝑓𝑦𝑤𝑑
𝐴𝑠𝑤 24,41
=
𝑠 0,9 . 81,50 . 43,478
𝐴𝑠𝑤
= 0,00765 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚
𝑠
Adotando estribos de 6,3 mm e dois ramos, com Asw = 0,64 cm², tem-se um
espaçamento de:
0,64
𝑠= = 81,45 𝑐𝑚
0,00765
1000 − 2 . 3,5
𝑛= = 33,1 ≅ 34 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑜𝑠
30
11. Desenhos detalhes construtivos e especificações
11.1 Quadro de ferros
QUADRO DE FERROS AÇO CP 190 RB
ϕ (mm) N Quantidade Comprimento (mm)
12,70 1 2 1000
12,70 2 2 572
BRITO, Mário Henrique Gomes et al. Influência da cura térmica a vapor sob
pressão atmosférica em características e propriedades de blocos de
concreto. 2013.