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DIMENSIONAMENO DE UMA
LONGARINA RETA EM CONCRETO 1
2
Prefácio
NATAL/RN
2020
3
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................6
2. OBJETIVOS ..................................................................................................................7
4
9. DIMENSIONAMENTO À FORÇA CORTANTE .....................................................63
5
1. INTRODUÇÃO
6
2. OBJETIVOS
7
3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PONTE
Para os cálculos presentes nesse trabalho, foram desconsideradas as cargas das alas,
transversinas extremas e lajes de transição.
8
4. DADOS DE PROJETO
9
A solicitação devido ao carregamento móvel longitudinal para o veículo TB-450
já foi calculada e tem seus valores característicos para as 5 primeiras seções
dados por:
10
5. LEVANTAMENTO DAS CARGAS E ESFORÇOS SOLICITANTES
LONGARINA
Peso Próprio
Cargas uniformemente distribuídas na seção (kN/m)
Peso
Permanentes
11
Fonte: Autores (2021)
12
6. DIMENSIONAMENTO DA LONGARINA À FLEXÃO
13
a) Estimativa da tensão de protensão no tempo infinito
(Aços RB)
14
c) Hipótese 1: e
Foi considerado que o centro da armadura passiva está a 5cm da borda inferior e
o da armadura passiva está a 10cm da borda inferior na seção de meio vão, ou seja:
Isolando tem-se:
15
√
16
Neste caso, é preciso conhecer o momento de cálculo resistido pela flange ( e
pela alma da seção , de modo que:
Assim:
17
Como a peça trabalha no domínio 3 e .
18
Portanto,
d) Hipótese 2: e
Nesta segunda hipótese, é admitido que o momento solicitante seja resistido por
armaduras ativa e passiva. Para isso é preciso conhecer a deformação na armadura
passiva e como já foi dito anteriormente, , assim:
19
*Ressalta-se que pequenas diferenças nos resultados dos cálculos se deve ao fato do
cálculo ter sido realizado considerando todas as casas decimais, e aqui foram escritos
apenas valores arredondados.
Foi adotado
20
Sendo o número total de cabos igual a 4, a força de protensão inicial por cabo é:
21
Figura 6 - Figura esquemática da cablagem.
1. Recomendações:
variáveis de 0° a 20°, de preferência múltiplos de 2° ou 5°;
variáveis de 20° a 30°, de preferência iguais;
Ancorar na extremidade a maioria dos cabos, recorrendo a ancoragem no flange
superior apenas se necessário.
2. Medidas dos trechos retos horizontais:
22
= ordenada do cabo na seção de ancoragem;
= ordenada do cabo na seção do meio do vão;
0’ = ponto de levantamento do cabo;
0’0’’ = trecho curvo da equação η= αξ²;
̅ = ̅ projeção da parábola na horizontal;
̅ = projeção da parábola na vertical;
Procedimento de Cálculo:
( )
̅
5. ̅
23
Detalhamento dos cabos
Detalhamento do cabo 4
1. =1,13m e m
3. ( ̅ ) ( )
24
( )
̅ ̅
5. ̅ ̅
A abcissa do ponto de elevação 0’ em relação ao eixo inicial ξ' é dado por:
̅ ̅
Dessa forma, é possível descrever o traçado em termos de ordenadas das
diversas seções adotadas. No presente trabalho, optou-se por descrever o traçado por
seções a cada 1,0 m com exceção do trecho de concordância entre a parábola e o trecho
reto da ancoragem. A seguir as Tabelas mostram o processo de cálculo do traçado do
cabo 4.
̅ (m) 0,85
a 0,00911
̅ - ̅ (m) 1,97
Fonte: Autores (2021)
25
Tabela 4 - Cálculo das ordenadas das seções do cabo 4.
RETO
0 0 10,0
0,03 0,00000819 10,0
1,03 0,00965963 11,0
2,03 0,03752132 13,8
3,03 0,08359326 18,4
4,03 0,14787545 24,8
PARÁBOLA
5,03 0,2303679 33,0
6,03 0,3310706 43,1
7,03 0,44998356 55,0
8,03 0,58710677 68,7
9,03 0,74244023 84,2
9,68 0,85317223 95,3
10,53 - 110,3 RETO
10,68 - 113,0
Fonte: Autores (2021)
26
Detalhamento do cabo 3
Em seguida, determina-se o traçado do cabo imediatamente abaixo do cabo 4,
isto é, o cabo 3, tomando-se, inicialmente, como ponto de levantamento (ponto 0’) o
mesmo ponto 0’ do cabo 4. O cálculo se procede da mesma forma que para o cabo 4.
Dessa forma, serão apenas apresentadas as tabelas de cálculo.
CABO 3
η=aξ²
̅ (m) 9,68
yi 0,86
y0i 0,1
b 1
α'i (º) 7,41
αi (º) 8
̅ (m) 8,82
̅ (m) 0,62
a 0,00797
̅ - ̅ (m) 0,87
Fonte: Autores (2021)
27
Tabela 6 - Cálculo das ordenadas das seções do cabo 3.
RETO
0 0 10,0
0,16 0,000204 10,0
1,16 0,010726 11,1
2,16 0,037191 13,7
3,16 0,079599 18,0
PARÁBOLA
4,16 0,137949 23,8
5,16 0,212242 31,2
6,16 0,302478 40,2
7,16 0,408657 50,9
8,16 0,530778 63,1
8,81 0,618706 71,9
9,66 - 83,9
RETO
9,81 - 86
Fonte: Autores (2021)
Detalhamento do cabo 2
28
Tabela 7 - Cálculo do traçado geométrico para o cabo 2.
CABO 2
η=aξ²
̅ (m) 8,82
yi 0,59
y0i 0,1
b 1
α'i (º) 5,18
αi (º) 6
̅ (m) 7,32
̅ (m) 0,38
a 0,00718
̅ - ̅ (m) 1,49
Fonte: Autores (2021)
0 0 10,0
0,67 0,003220972 10,3
1,67 0,020011067 12,0
2,67 0,051151672 15,1
PARÁBOLA
8,32 - 59,0
Fonte: Autores (2021)
Detalhamento do cabo 1
CABO 1
η= aξ²
̅ (m) 7,32
yi 0,32
y0i 0,1
b 1
α'i (º) 2,70
αi (º) 4
̅ (m) 4,29
̅ (m) 0,15
a 0,00815
̅ - ̅ (m) 3,03
Fonte: Autores (2021)
0 0 10,0
0,64 0,003336 10,3
PARÁBOLA
5,29 - 32,0
Fonte: Autores (2021)
30
Figura 10 - Processo de detalhamento dos cabos.
(𝜇𝛴 )
𝑖
1
Onde:
DADOS
Pi (kN/cabo) 1766,772
σpi (MPa) 1402,2
nº cordoalhas 9
Sistema fios lisos ou cordoalhas e bainha metálica
μ 0,2
k(rad/m) 0,002
Fonte: Autores (2021)
Perda
Seção x y α (rad) P (x) ∆P0 (x) percentual Trecho
(%)
Ancoragem 0 0,32 0 1766,77 0,00 0,00% reto
1 0,15 0,309 0 1766,24 0,53 0,03% reto
2 1 0,25 0 1763,24 3,53 0,20% reto
3 1,65 0,208 * * * * Parábola
4 2,65 0,157 * * * * Parábola
CABO 1
32
Tabela 13 - Perdas por atrito - Cabo 2.
Perda
Seção x y α (rad) P (x) ∆P0 (x) percentual Trecho
(%)
Ancoragem 0 0,59 0 1766,77 0 0,00% reto
1 0,15 0,57 0 1766,24 0,530 0,03% reto
2 1 0,48 0 1763,24 3,530 0,20% reto
3 1,65 0,42 * * * * Parábola
4 2,65 0,33 * * * * Parábola
CABO 2
33
Tabela 14 - Perdas por atrito - Cabo 3.
Perda
Seção x y α (rad) P (x) ∆P0 (x) percentual Trecho
(%)
Ancoragem 0 0,86 0 1766,77 0,00 0,00% reto
1 0,15 0,84 0 1766,24 0,53 0,03% reto
2 1 0,72 0 1763,24 3,53 0,20% reto
3 1,65 0,63 * * * * Parábola
4 2,65 0,51 * * * * Parábola
CABO 3
34
Tabela 15 - Perdas por atrito - Cabo 4.
Perda
Seção x y α (rad) P (x) ∆P0 (x) percentual Trecho
(%)
Ancoragem 0 1,13 0 1766,77 0,00 0,00% reto
1 0,15 1,10 0 1766,24 0,53 0,03% reto
2 1 0,95 0 1763,24 3,53 0,20% reto
3 1,65 0,84 * * * * Parábola
4 2,65 0,69 * * * * Parábola
CABO 4
35
Tabela 16 - Perdas por acomodação da ancoragem - Hipótese 1.
HIPÓTESE 1
w<b
CABO 1 CABO 2 CABO 3 CABO 4
b 1 b 1 b 1 b 1
∆w (mm) 6 ∆w (mm) 6 ∆w (mm) 6 ∆w (mm) 6
Ep (GPa) 200 Ep (GPa) 200 Ep (GPa) 200 Ep (GPa) 200
Ap (cm²/cord) 1,4 Ap (cm²/cord) 1,4 Ap (cm²/cord) 1,4 Ap (cm²/cord) 1,4
Pi (kN/cabo) 1766,8 Pi (kN/cabo) 1766,8 Pi (kN/cabo) 1766,8 Pi (kN/cabo) 1766,8
∆P1 (kN/m) 3,530 ∆P1 (kN/m) 3,530 ∆P1 (kN/m) 3,530 ∆P1 (kN/m) 3,530
w 20,696 w 20,696 w 20,696 w 20,696
HIPÓTESE NÃO HIPÓTESE NÃO HIPÓTESE NÃO HIPÓTESE NÃO
ATENDIDA ATENDIDA ATENDIDA ATENDIDA
Fonte: Autores (2021)
HIPÓTESE 2
b< w < o'
CABO 1 CABO 2 CABO 3 CABO 4
o' 5,65 o' 8,65 o' 9,65 o' 10,65
∆P2 (kN/m) 8,72 ∆P2 (kN/m) 8,20 ∆P2 (kN/m) 9,01 ∆P2 (kN/m) 9,64
w' 12,19 w' 12,60 w' 11,98 w' 11,55
w' -14,19 w' -14,60 w' -13,98 w' -13,55
w' 12,19 w' 12,60 w' 11,98 w' 11,55
w 13,19 w 13,60 w 12,98 w 12,55
HIPÓTESE NÃO HIPÓTESE NÃO HIPÓTESE NÃO HIPÓTESE NÃO
ATENDIDA ATENDIDA ATENDIDA ATENDIDA
Fonte: Autores (2021)
36
Tabela 18- Perdas por acomodação da ancoragem - Hipótese 3.
HIPÓTESE 3
o' < w < l/2
CABO 1 CABO 2 CABO 3 CABO 4
l 25,30 l 25,30 l 25,30 l 25,30
∆P3 (kN/m) 3,42 ∆P3 (kN/m) 3,38 ∆P3 (kN/m) 3,36 ∆P3 (kN/m) 3,33
w'' 19,21 w'' 10,96 w'' 14,88 w'' 18,74
w'' -30,51 w'' -28,26 w'' -34,18 w'' -40,04
w'' 19,21 w'' 10,96 w'' 14,88 w'' 18,74
w 20,21 w 11,96 w 15,88 w 19,74
HIPÓTESE NÃO HIPÓTESE HIPÓTESE NÃO HIPÓTESE NÃO
ATENDIDA ATENDIDA ATENDIDA ATENDIDA
Fonte: Autores (2021)
HIPÓTESE 4
w > l/2
CABO 4
CABO 1 CABO 2 CABO 3
37
Figura 11 - Perdas imediatas - Cabo 1.
CABO 1
1800,00
1750,00
1700,00
1650,00
1600,00
1550,00
0 2 4 6 8 10 12 14
Perdas por atrito Perdas por acomodação da ancoragem
CABO 2
1800,00
1750,00
1700,00
1650,00
1600,00
1550,00
1500,00
0 2 4 6 8 10 12 14
38
Figura 13 - Perdas imediatas - Cabo 3.
CABO 3
1800,00
1750,00
1700,00
1650,00
1600,00
1550,00
1500,00
0 2 4 6 8 10 12 14
CABO 4
1800,00
1750,00
1700,00
1650,00
1600,00
1550,00
1500,00
0 2 4 6 8 10 12 14
39
O cálculo das perdas por retração do concreto também seguiu o procedimento de
cálculo apresentado em Cholfe e Bonilha (2018), que se utiliza das prescrições do
Anexo A da NBR 6118.
RETRAÇÃO DO CONCRETO
Ac (m²) 0,845
Ambiente
Umidade (%) 78
γ 2,00
Abatimento do concreto
∆tef,i (dias) 7
ε1s -0,00042362
ε2s 0,7456
βs(t0) 0,0151
εcs(∞,t0) -0,0003
40
6.4.4 Perdas por fluência do concreto
41
Tabela 21 - Perdas por fluência do concreto
FLUÊNCIA DO CONCRETO
Idade (dias) 7 28 56 60
fck (MPa) 40
Cimento Portand
α (fluência) 1
ϕ1c 1,72
ϕ2c 1,23
ϕd 0,4
εcc(∞,tfic0) -0,000840153
Ap (cm²) 50,40
αp 5,65
∆P (kN/cabo) -275,72
43
Tabela 23 - Perdas por relaxação do aço
Aço RB
σpi/fptk 0,72
ψ∞ 6,67
Número de cabos 4
44
Como são 4 cabos:
O total de perdas imediatas, obtido pela soma da perda por atrito e por
acomodação da ancoragem para seção de meio vão, foi de 511,688 kN, que resultou
num percentual aproximadamente de 12%.
𝑖 𝑖
𝑖 𝑖 𝑖
( )
Como essa diferença é muito pequena, não foi necessário realizar um novo
cálculo.
6.5 Fuso-limite
Neste projeto, optou-se pelo processo do fuso limite, uma vez que não ocorre
grande variação da intensidade da força de protensão (não há interrupção de cabos ao
longo do vão e todos são ancorados nas extremidades da peça).
45
“O fuso limite é uma faixa ou região dentro da altura da peça onde os cabos de
protensão devem estar situados, o que proporciona que as tensões admissíveis sejam
atendidas ao longo de todo o comprimento da peça.” (BASTOS, 2019, p. 165)
Onde:
46
coeficiente relativo às perdas de protensão progressivas dependentes
do tempo, onde a força de protensão final é .
Dessa forma, foi realizado o cálculo das excentricidades limites por meio de
planilha do Excel com os valores dos esforços solicitantes para as condições de estado
em vazio, combinação quase permanente e combinação frequente. As curvas mais
desfavoráveis foram plotadas em gráfico, gerando, assim, a região do fuso limite. A
seguir serão apresentadas as tabelas de cálculo e o gráfico plotado:
47
Tabela 25 - Dados de entrada para o cálculo.
Dados
Ac (cm²) 8450
fck (MPa) 50
Wt (cm³) 320539,74
Wb (cm³) 304903,66
αt (1/cm) 0,026
αb (1/cm) 0,028
M0 (kN.cm) Variável
R 0,80
P0 (kN) 6555,41
48
Tabela 26 - Cálculo das excentricidades limites para o estado em vazio no bordo superior e
inferior.
M0 M0
ep (cm) x (m) ep (cm) x (m)
(kN.cm) (kN.cm)
50,91 0 0 75,24 0 0
59,98 59430 2,5 84,31 59430 2,5
67,03 105650 5 91,36 105650 5
72,07 138670 7,5 96,40 138670 7,5
75,09 158470 10 99,42 158470 10
76,10 165080 12,5 100,43 165080 12,5
75,09 158470 15 99,42 158470 15
72,07 138670 17,5 96,40 138670 17,5
67,03 105650 20 91,36 105650 20
59,98 59430 22,5 84,31 59430 22,5
50,91 0 25 75,24 0 25
Fonte: Autores (2021)
49
Tabela 27 - Cálculo das excentricidades limites para as combinações quase permanente e
frequente no bordo superior.
50
Tabela 28 - Cálculo das excentricidades limites para as combinações quase permanente e
frequente no bordo inferior.
-100,00
Fuso limite
-80,00
-60,00
-40,00
-20,00 0 5 10 15 20 25
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
51
6.6 Verificação do pré-alongamento da armadura ativa
| |
| | | |
| |
| |
52
é a tensão no concreto produzida pela protensão, na posição do CG de
√ √
| |
53
Essa pequena diferença não provoca mudanças significativas no cálculo, e foi,
inclusive, testada nas planilhas de cálculo elaboradas, em que não se observou mudança
no detalhamento já previsto. Portanto, esta é mais uma verificação que valida o
dimensionamento e detalhamento realizado.
54
7. VERIFICAÇÃO DO ELU NO ATO DA PROTENSÃO
Foi considerado que a protensão seria realizada em uma única etapa aos 7 dias
após a concretagem da peça e que o cimento utilizado foi o CPIV (s = 0,38). A
resistência nessa idade é calculada conforme:
55
Como apresentado no levantamento de cargas, a carga de peso próprio da
longarina é de 21,125 kN.m. Que resulta em um momento fletor característico no meio
do vão (máximo) de:
A tração máxima de tração no concreto não deve ultrapassar 1,2 vez a resistência
à tração correspondente ao valor especificado.
56
Fibra superior (convenção para cálculo: sinal da compressão positivo, e sinal da
tração negativo)
Conclui-se que a protensão pode ser realizada em uma única etapa aos 7 dias
com segurança quando ao esmagamento do concreto ou tensões de tração acima dos
limites normativos.
57
8. VERIFICAÇÃO DOS ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO
ELS-F:
ELS-D:
Isso quer dizer que sob combinação quase permanente de serviço não são
permitidas tensões de tração e sob combinação frequente de serviço essa tensão de
tração não pode ultrapassar a resistência do concreto a tração na flexão ( ). É
importante ressaltar a força de protensão que atua na estrutura em serviço é àquela em
que já foram descontadas todas as perdas de protensão (imediatas e progressivas).
A condição que deve ser atendida tanto na borda inferior quanto na borda
superior é:
Onde é um coeficiente de forma, que para seções T tem valor 1,2. (NBR 6118
(ABNT,2014) item 17.3.1). Assim:
Também, impõe-se a condição que a tensão de compressão não deve ser superior
a , ou seja, .
58
a) Borda inferior
Pode-se analisar ainda duas situações, uma momento máximo, em que atuam na
estrutura, além da carga de protensão, os carregamentos característicos permanentes e
variáveis, e uma situação de momento mínimo, onde estes carregamentos variáveis são
tidos como nulos.
A tensão de tração de 0,65 MPa é menor que a tensão de tração limite para essa
verificação , portanto, a condição está satisfeita.
59
Não houve tensão de tração e a tensão de compressão é inferior a tensão de
compressão limite , portanto, condição satisfeita.
b) Borda superior
60
8.2 Verificação no ELS-D
Neste caso, a condição que deve ser atendida tanto na borda inferior quanto na
borda superior é:
a) Borda inferior
61
Não houve tensão de tração e a tensão de compressão é inferior a tensão de
compressão limite , portanto, condição satisfeita.
b) Borda superior
62
Não houve tensão de tração e a tensão de compressão é inferior a tensão de
compressão limite , portanto, condição satisfeita.
Foi concluído que a peça atende aos Estados Limite de Serviço exigidos para
protensão nível II.
63
9.1 Sem a consideração da contribuição da protensão
Sendo , , , ,
, tem-se:
64
a) Detalhamento dos estribos
- se , então
- se , então
- se , então
- se , então
Desse modo:
Como , então
Como , então
65
a) Verificação da compressão nas bielas de concreto
Este cálculo ja foi realizado no item 9.1 anterior. Porém será refeito sem o uso
das tabelas e considerando todas as casas decimais no cálculo. Assim:
66
O momento fletor é aquele que anula a tensão normal de compressão máxima
atuante na borda da seção transversal (tracionada por ), provocada pelas forças
normais de diversas origens concomitantes com , sendo essa tensão calculada com
valores de e iguais a 1,0 e 0,9, respectivamente; os momentos correspondentes a
essas forças normais não podem ser considerados no cálculo dessa tensão, pois são
considerados em ; devem ser considerados apenas os momentos isostáticos de
protensão.
( )
( )
( )
67
A armadura será então calculada de modo:
A NBR 6118 (ABNT, 2014) no item 17.3.5.2.3 recomenda que seja disposta
uma armadura lateral mínima de em cada face da alma da viga e
composta por barras de CA-50 ou CA-60, com espaçamento não maior que 20cm e
devidamente ancorada nos apoios, respeitando o disposto em 17.3.3.2, não sendo
necessária uma armadura superior a 5cm²/m por face. Esse tipo de armadura não pode
ser desprezada em vigas com altura maior que 60cm.
68
Na primeira verificação, tem-se:
8c/ 10cm
O item 23.5 da NBR 6118 (ABNT, 2014) trata do Estado limite último de
fadiga, e caracteriza a fadiga como “um fenômeno associado a ações dinâmicas
69
repetidas, que pode ser entendido como um processo de modificações progressivas e
permanentes da estrutura interna de um material submetido a oscilação de tensões
decorrentes dessas ações.
a) Armadura de flexão
∑ ∑
70
Foi verificado no ELS-F, utilizando também combinação frequente de ações,
que a peça protendida não sofre tensões de tração superiores a tensão de tração de
formação de fissuras e, portanto, não trabalha fissurada. Nesse caso, pode-se adotar a
inércia da peça corresponde ao estádio I, ou seja, a inércia da seção bruta de concreto.
= 0,250021
( )
( )√ ( )
Onde:
ξ = 0,4 para cordoalhas na pós-tração (obtido do item 23.5.3, pág 195, da NBR
6118/2014)
( ) ( )
( )√ ( ) ( )√ ( )
Portanto,
71
A partir tabela 23.2 da NBR 6118/2014, tem-se que o limites de variação de
tensão para armaduras ativas com pós-tração e cabos curvos é de
. Já para armadura passiva esse limite de variação de tensões para aço passivo
com diâmetro de 25mm é de = 175Mpa.
Onde:
| |
| |
72
é um fator que considera o gradiente de tensões de compressão no concreto;
Essa verificação é feita para a seção central do vão, onde tem-se os maiores
momentos fletores. A LN (posição x) se encontra na seção da peça, já que a peça está
trabalhando no estádio I e não apresenta fissurações. Com isso, pode-se determinar a
tensão corresponde a tensão máxima na borda superior, conforme:
Como a posição da linha neutra (x) é maior que 30 cm, pode ser calculado a
partir de uma relação de triângulos, de modo:
73
Calculando então , tem-se:
| | | |
| | | |
Em que:
74
Segundo o item 23.5.3 da NBR 6118 (ABNT, 2014), o cálculo das tensões
decorrentes da força cortante em vigas deve ser feito deve ter o valor de multiplicado
pelo fator de redução 0,5 (redução da contribuição do concreto) para o caso do modelo
I, utilizado neste projeto. Desse modo:
Será realizado apenas para a situação dos apoios, visto que são nesses pontos em
que há os maiores esforços cortantes e que foi adotada uma armadura transversal
constante ao longo de toda longarina.
Desse modo:
75
Será necessário aumentar a armadura transversal!
Foi adotado estribos de três ramos com diâmetro 10mm , espaçados a cada 8cm,
que obedece os critérios de detalhamento apresentados no item de dimensionamento à
força cortante. Ou seja, foi adotado para armaduras transversais ,
constante ao longo de toda peça. Esse detalhamento resulta em uma área efetiva de
30cm²/m.
76
No caso de vigas pretendidas a carga considerada no cálculo da flecha (
deve contemplar a carga de protensão. Isso é feito a partir da consideração de que a
força de protensão pode ser entendida como um carregamento uniformemente
distribuído de baixo pra cima ( , calculado de modo:
Como a peça é do tipo com protensão limitada, não há fissuração, e pode ser
calculada no Estádio I.
77
Essa relação é mais que o suficiente para atender aos requisitos bom
comportamento da estrutura.
78
Fonte: Leonhardt (1973),
( )
79
Figura 20 - Tensões de fendilhamento e tensões nas regiões de bordo para um modelo com 3
forças de protensão atuantes.
80
Figura 22 - Valores para o sistema MTAI.
{ {
Logo, pode-se protender um cabo, no máximo, até uma força de 194,35 ton.
( ) ( )
81
𝑖 𝑖 𝑖
82
13. REFERÊNCIAS
NBR 8681: Ações e segurança nas estruturas - procedimento. Rio de Janeiro, 2014
BASTOS, Paulo Sérgio. Fundamentos do concreto protendido. [S. l.: s. n.], 2019.
83