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UNIVERSIDADE CEUMA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

Joana Samara Sousa Pires


Leonardo Lucas Silva Pinheiro
Luana Pereira Almeida
Naylla Fernanda Silva Correia

RELATÓRIO TÉCNICO DE PROJETO DE UMA PONTE EM CONCRETO


ARMADO NO MUNICÍPIO DE BEQUIMÃO – MA

São Luís – MA
2022
Joana Samara Sousa Pires
Leonardo Lucas Silva Pinheiro
Luana Pereira Almeida
Naylla Fernanda Silva Correia

RELATÓRIO TÉCNICO DE PROJETO DE UMA PONTE EM CONCRETO


ARMADO NO MUNICÍPIO DE BEQUIMÃO – MA

Relatório técnico apresentado ao curso de


Engenharia Civil da Universidade Ceuma,
como requisito para obtenção de nota da
disciplina de Pontes I.
Orientador: Thasso Colins Gonçalves

São Luís – MA
2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................4
1.1 PROPOSTA DE PROJETO.........................................................................................................4
1.2 PREMISSAS DE PROJETO........................................................................................................4
1.3 CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO.........................................................................................4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................................4
2.1 DEFINIÇÕES...............................................................................................................................4
2.1.1 Classificação quanto ao comprimento................................................................................5
2.3 CARACTERIZAÇÃO DAS AÇÕES.....................................................................................5
2.4 CLASSE DA PONTE...................................................................................................................5
2.5 CRITÉRIOS DE PROJETO.........................................................................................................6
3. AÇÕES PERMANENTES...........................................................................................................6
3.1 METODOLOGIA DE CÁLCULO...............................................................................................6
3.2 CÁLCULO DAS AÇÕES............................................................................................................7
3.2.1 Carregamento linearmente distribuído..............................................................................7
3.2.2 Carregamento pontual........................................................................................................9
3.3 REAÇÕES E DIAGRAMAS DE ESFORÇOS............................................................................9
7. AÇÕES VARIÁVEIS.................................................................................................................10
7.1 METODOLOGIA DE CÁLCULO.............................................................................................11
7.2 CÁLCULO DAS AÇÕES..........................................................................................................11
8. MODIFICAÇÕES DE PROJETO............................................................................................18
9. CONCLUSÃO............................................................................................................................18
BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................19
APÊNDICE.........................................................................................................................................19
APÊNDICE A – Faixa de rolamento.............................................................................................19
APÊNDICE B – Planta baixa........................................................................................................20
APÊNDICE C – Perfil longitudinal..............................................................................................21
APÊNDICE D – Seção Transversal..............................................................................................23
1. INTRODUÇÃO
1.1 PROPOSTA DE PROJETO

Execução de uma ponte em concreto armado moldada in loco no Município de Bequimão


– MA, quem em substituição de ponte em madeira, para melhoria da travessia e tráfego de
veículos, melhorando a qualidade de vida da comunidade.
1.2 PREMISSAS DE PROJETO

Em substituição a ponte de madeira existente no local, a ponte deste presente estudo


dimensionada visa melhorar o fluxo de tráfego de veículos na região, onde tratará mais
segurança aos motoristas, assim como terá mais vida útil de utilização.

1.3 CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO

O sistema estrutural considerado é de uma ponte em viga contínua de concreto armado


moldado in loco, com 10 m de comprimento e 8 m de largura. A ponte contém duas faixas de
rolamento e um guarda-corpo. A estrutura é hiperestática, composta por um tabuleiro
sustentado por duas vigas longarinas e três vigas transversinas apoiadas por pilares.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 DEFINIÇÕES

Pontes são estruturas responsáveis por estabelecer uma ligação e/ou uma continuidade de
uma via, dada a impossibilidade desta última ser realizada devido a existência de algum
obstáculo. Esses obstáculos são divididos em obstáculos naturais e artificiais. Podem ser uma
via, um curso d’água, uma montanha, etc.
As pontes têm classificações que dependem de fatores diversos, como: processo
construtivo, posicionamento do vão, sistema estrutural, material, características do tráfego,
comprimento, desenvolvimento altimétrico, desenvolvimento planialtimétrico, etc. Para este
dimensionamento, a classificação principal utilizada para definição de projeto foi a
classificação quanto ao comprimento.

2.1.1 Classificação quanto ao comprimento


Segundo EL DEBS, Mounir Khalil e TAKEYA, Toshiaki, as pontes podem ser
classificadas em:
Galerias (bueiros) – de 2 a 3 metros;
Pontilhões – de 3 a 10 metros;
Pontes – acima de 10 metros.
Há ainda uma caracterização quanto ao comprimento do vão:
Pontes de pequenos vãos: até 30 metros;
Pontes de médios vãos: de 30 a 60 a 80 metros;
Pontes de grandes vãos: acima de 60 a 80 metros.
Desse modo, a ponte de estudo é classificada como pontilhão (vide item 1), de pequeno vão.

2.3 CARACTERIZAÇÃO DAS AÇÕES


Ações são cargas capazes de produzir algum efeito e deformação em uma estrutura.
Segundo a NBR 7187 – Projetos de pontes de concreto armado e de concreto protendido,
pode-se definir ações como as causas que provocam o aparecimento de esforços e
deformações nas estruturas, e conforme a NBR 8681, classificam-se em:
a) Ações permanentes
b) Ações variáveis
c) Ações excepcionais
Para este projeto, levou-se em consideração que a estrutura está solicitada apenas por
ações permanentes e variáveis.

2.4 CLASSE DA PONTE

Com relação aos elementos geométricos, o projeto da ponte deve atender as


características das vias e condições técnicas especificadas por órgãos públicos responsáveis
pela construção e manutenção de pontes.
O projeto em questão, em seu desenvolvimento inicial teve seus elementos geométricos
baseados no Manual de projeto de obras-de-arte especiais do Departamento Nacional de
Estradas de Rodagem (DNER). No entanto, foram conservados o comprimento e a largura da
ponte existente no local.,
O DNER classifica as estradas federais em:
 Classe I
 Classe II
 Classe III
Onde no caso recorrente de estradas com pista de duas faixas de trafego cada uma, a
largura da pista utilizada é de 7,00 m. Considerando que a pista de rolamento possui ainda
0,10 m de cada lado para a sarjeta 7 + (0,10 x2) = 7,20, de acordo com o DNER é
classificada como classe I.
2.5 CRITÉRIOS DE PROJETO

Minimamente, os esforços solicitantes devem ser menores do que os esforços resistentes.


Os resultados do dimensionamento devem obedecer ao que é dito na NBR 6118:2014 –
Estruturas em concreto armado, na seção 10, no que tange aos critérios de segurança e
funcionalidade, correspondendo aos requisitos dos estados limites últimos (ELUs) e estados
limites de serviço (ELS).

3. AÇÕES PERMANENTES
Ações permanentes são ações que atuam durante toda a vida útil de uma estrutura.
Podem ser consideradas, segundo a NBR 7187:2002:
a) Peso próprio dos elementos estruturais;
b) Cargas provenientes dos elementos de outros elementos da ponte como trilhos,
dormentes, revestimentos, guarda-rodas, dispositivos de sinalização, etc.;
c) Empuxos de terra e líquidos;
d) Forças de protensão.
Para o estudo em caso, não foram consideradas todas as ações permanentes mencionadas
acima, haja vista que é apenas um projeto para estudo, onde foi analisado apenas a influência
dessas cargas na superestrutura da ponte. Foram consideradas:
 Peso próprio da superestrutura (tabuleiro, vigas longarinas, vigas transversinas);
 Peso próprio da revestimentos (asfáltico e regularização);
 Peso próprio de elementos da ponte (guarda-rodas).

3.1 METODOLOGIA DE CÁLCULO

Pesos específicos
O peso específico é definido como o peso por unidade de volume de matéria. Para o
estudo em questão, considerou-se o peso específico do concreto, o peso específico do
revestimento asfáltico e uma taxa para o recapeamento ou camada de regularização, sendo:
y conc =25 kN /m³
y asf =24 kN /m ³
taxa reg =2 kN /m ²
A metodologia de cálculo das cargas permanentes consiste inicialmente em analisar a
estrutura e todos os seus elementos. Para tal, a seção transversal que se apresenta contínua
durante todo o comprimento da ponte foi analisada de modo a obter-se as ações devido às
cargas permanentes distribuídas.
As transversinas, por outro lado, não se mantêm contínuas ao longo do comprimento da
ponte, e, portanto, foram consideradas cargas pontuais.
A fim de facilitar o desenvolvimento dos cálculos, dividiu-se a seção transversal ao meio.
A segunda etapa dos cálculos foi encontrar os efeitos das cargas distribuídas em cada um dos
elementos citados acima, partindo da multiplicação das áreas de cada elemento por seu
respectivo peso específico.

3.2 CÁLCULO DAS AÇÕES

O cálculo das ações foi feito conforme indica a metodologia de cálculo.


3.2.1 Carregamento linearmente distribuído

1. Tabuleiro em concreto armado


A primeira ação considerada foi a do peso próprio do tabuleiro, deste modo, temos:
A=b∗h e Q 1=γ conc∗A
Onde:
A: área da seção retangular em análise;
Q: carregamento linearmente distribuído na seção em análise.
Logo, para b = 4 m e h = 0,15 m:
A=0,15∗4
A=0,6 m²
e
Q1=γ conc∗A
Q1=25∗0,6
Q1=15 kN /m
2. Recapeamento
Para o recapeamento, utilizou-se a taxa pela área informada no item xxxx. Por se tratar
de uma taxa por área, o procedimento será o de multiplicar a taxa pelo comprimento da seção
em questão e encontrar a carga linearmente distribuída Q2. Temos:
Q2=taxa reg∗A
Logo, para um comprimento de seção igual a 4,60 m:
Q2=2∗3,6
Q2=7,2 kN /m
3. Revestimento asfáltico
O revestimento asfáltico, para esse estudo, será considerado como uma camada plana,
sem inclinações e terá, portanto, seção transversal retangular, sendo válido para Q3:
A=b∗h e Q3=γ asf ∗A
Logo, para b = 3,6 m a e h = 0,05 m:
A=3,6∗0,05
A=0,18 m²
e
Q3=24∗0,18
Q3=4,32 kN /m
4. Guarda-corpo em concreto maciço
O guarda-corpo terá seção transversal retangular, sendo válido as mesmas fórmulas de
Q1 e Q2.
A=b∗h
e
Q4 =24∗0,18
Q4 =4,32 kN /m
5. Viga longarina em concreto armado
A viga longarina terá seção transversal retangular, sendo válido as mesmas fórmulas de
Q1 e Q2.
A=b∗h
e
Q5=24∗0,18
Q5=4,32 kN /m
6. Carregamento total distribuído
O carregamento total distribuído nada mais é do que a soma dos carregamentos
distribuídos calculados ao longo desta seção. Desse modo:

Qdtot = Q1 + Q2 + Q3 + Q4 + Q5
Qdtot = 15 + 7,2 + 4,32 + 8,7 + 12,5
Qdtot = 47,72 kN/m
3.2.2 Carregamento pontual

1. Transversina em concreto armado


Conforme visualizado na planta baixa, há três transversinas que interligam as duas vigas
longarinas na estrutura. O valor do carregamento encontrado será equivalente a uma viga
transversina, mas não corresponderá ao carregamento total pontual, que será demonstrado
posteriormente.
A viga transversina tem seção transversal retangular, sendo válida as fórmulas:
A=b∗h e QT =γ conc∗A∗L
Logo, para b = 0,50 m e h = 1,0 m e L = 2,20 m.
A=0,5∗1
A=0,5 m²
e
QT =25∗0,5∗2,45
QT =30,62 kN

3.3 REAÇÕES E DIAGRAMAS DE ESFORÇOS


Os diagramas de esforços foram baseados na junção das cargas permanentes
distribuídas e as cargas pontuais na viga.
Para auxílio da visualização dos diagramas, foi utilizado um software de cálculo
chamado Ftool. Os resultados são apresentados.

Diagrama de corpo livre

Figura 1: Diagrama de corpo livre.

Fonte: Autor.

Reações de apoio
Figura 2: Reações de apoio.
Fonte: Autor.

Diagrama de esforços cortantes

Figura 3: Diagrama de esforços cortantes.

Fonte: Autor.

Diagrama de momentos fletores

Figura 4: Diagrama de momentos fletores.

Fonte: Autor.

Resumo das ações permanentes

7. AÇÕES VARIÁVEIS
Ações variáveis são as ações que possuem caráter transitório. Podem ser consideradas,
segundo a NBR 7187:2002:
a) as cargas móveis;
b) as cargas de construção;
c) as cargas de vento;
d) o empuxo de terra; provocado por cargas móveis
e) a pressão da água em movimento;
f) o efeito dinâmico do movimento das águas;
g) as variações de temperatura.
Para o estudo em caso, foi considerada apenas a ação variável por cargas móveis.
Seguindo os critérios da NBR 7188:2013 – Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes,
viadutos, passarelas e outras estruturas.

7.1 METODOLOGIA DE CÁLCULO

Trem-tipo
Um trem-tipo é um conjunto de forças móveis, concentradas e/ou distribuídas, de valores
constantes e de distâncias relativas fixas entre si, que representam a combinação prevista de
veículos e de pessoas que atravessar ao a estrutura, em situação mais desfavorável, sendo essa
combinação usualmente definida em normas de projeto.
Partindo dessa premissa, o procedimento de cálculo adotado foi o de elaborar um
esquema que represente esse posicionamento em situação mais desfavorável e traçar um plano
de cortes para analisar separadamente os carregamentos aplicados a nível do pavimento.
Extraídas essas informações, o desenvolvimento segue até a homogeneização desses esforços.

7.2 CÁLCULO DAS AÇÕES

Para o cálculo de trem-tipo longitudinal, regido pela NBR 7188 – Carga móvel
rodoviária e de pedestre em pontes viadutos, passarelas e outras estruturas, foi utilizada a
classe TB-450 (Padrão), com os seguintes dados abaixo:

Tabela 1: Tabela de descrição da classe TB-450.


CLASSE 45 TB 450
Peso total 450 kN
Peso por roda 75 kN
Sobrecarga pista 5 kN/m²
Sobrecarga passeio 3 kN/m²
Fonte: NBR 7188
A princípio, foi utilizada a seção transversal com suas devidas medidas a fins de se
encontrar as distâncias efetivas onde atuarão as cargas de multidão.
Seção transversal de projeto
Figura 5: Seção transversal de projeto

Fonte: Autor.

Da seção transversal de projeto foram descontados os 0,80 m equivalentes às larguras do


guarda-corpo, haja vista que o vão utilizável será apenas onde o trem-tipo poderá atuar
efetivamente.

Distâncias efetivas

Figura 6: Distâncias efetivas.

Fonte: Autor
Dadas as distâncias efetivas, já é possível traçar um plano de cortes a fim de mensurar
os esforços das cargas aplicadas a nível do pavimento. Deste modo:
Figura 7: Plano de cortes para cálculo de esforços das cargas.

Fonte: Autor.

1. Corte AA’ – m1
Para o corte AA’ temos o seguinte diagrama de corpo livre:

Figura 8: Diagrama de corpo livre do corte AA’

Fonte: Autor.

Com uma reação aplicada na viga longarina V1, é possível descobrir o valor de m1
através de um simples somatório de momentos, para tanto, temos:
∑V2 = 0
5,40∗m 1=5∗6,30∗3,15
5∗6,30∗3,15
m 1= =18,37 kN
5,40
2. Corte BB’ – m2 e m3.
Para o corte BB’ e o esforço m2, temos o seguinte diagrama de corpo livre:
Figura 9: Diagrama de corpo livre do corte BB’.

Fonte: Autor.

Com uma reação aplicada na viga longarina V1, é possível descobrir o valor de m2
através de um simples somatório de momentos, para tanto, temos:
∑V2 = 0
5,40∗m 2=5∗3,30∗1,65
5∗3,30∗1,65
m 2= =5,04 kN
5,40
Para o corte BB’ e o esforço m3, temos o seguinte diagrama de corpo livre:

Figura 10: Diagrama de corpo livre do corte BB’.

Fonte: Autor.

Com uma reação aplicada na viga longarina V1, é possível descobrir o valor de m3
através de um simples somatório de momentos, para tanto, temos:
∑V2 = 0
5,40∗m3=75∗3,80+ 75∗5,80
75∗3,80+ 75∗5,80
m 3= =133,33 kN
5,40
3. Corte CC’ – trem-tipo longitudinal
Para o corte CC’ temos o seguinte diagrama de corpo livre:
Figura 11: Diagrama de corpo livre do corte CC’.

Fonte: Autor.

No entanto, para simplificação de cálculo, temos o trem-tipo homogeneizado:


( m1−m2 )∗nrodas
m 3− =¿
neixos
Para um veículo TB-450 composto por 3 eixos e 6 rodas, temos:
( 18,37−5,04 )∗6
133,33− =106,67 kN
3
Após a homogeneização, temos o seguinte diagrama de corpo livre:

Figura 12: Diagrama de corpo livre do trem-tipo homogeneizado.

Fonte: Autor.

Reações e esforços considerando o veículo posicionado no meio da ponte


Para essa situação o diagrama de corpo livre é tal qual o diagrama do trem-tipo
homogeneizado, não sendo a posição mais desfavorável do tabuleiro.
1. Reações de apoio
∑MB = 0
106∗3,5+106∗5+106∗6,5+18,37∗10∗50
RA= =250,85 kN
10
∑Fy = 0
– 106 – 106 – 106 – 18,37 * 10 + 250,85 + R B = 0
R B=250,85 kN

2. Esforços cortantes

Figura 13: Diagrama de corpo livre considerando o veículo posicionado no meio da


ponte.

A B

Fonte: Autor.

Seção A: de 0 a 5
Seção A.1 (de 0 a 3,5 m):
Ec=250,85−18,37∗0=250,85 kN
Ec=250,85−18,37∗3,5=186,55 kN
Seção A.2 (de 3,5 a 5 m):
Ec=250,85−18,37∗3,5−106,0=80,55 kN
Ec=250,85−18,37∗5−106,0=52,15 kN
Seção B: de 5 a 10 m
Seção B.1 (de 5 a 6,5 m)
Ec=250,85−18,37∗5−106,0−106,0=−52,95 kN
Ec=250,85−18,37∗6,5−106,0−106,0=−80,55 kN
Seção B.2 (de 6,5 a 10 m)
Ec=250,85−18,37∗6,5−106,0−106,0−106,0=−186,55 kN
Ec=250,85−18,37∗10−106,0−106,0−160,0=−250,85 kN
Com a ajuda do software Ftool, foi possível visualizar o diagrama de esforços cortantes.

Diagrama de esforços cortantes

Figura 14: Diagrama de esforços cortantes considerando o veículo posicionado no meio


da ponte.
Fonte: Autor.
3. Momentos fletores

Figura 15: Diagrama de corpo considerando o veículo posicionado no meio da ponte.

A B

Fonte: Autor

O momento fletor pode ser descrito também como a área do gráfico do esforço cortante,
desse modo, temos:
MA = MB
Momento na seção A:
( 250,9+186,6)∗3,50
M A (de 0 a 3,50 m)= =766,6 kN . m
2
( 250,9+186,6 )∗3,50 ( 80,6+53,0 )∗1,50
M A ( de 0 a5,0 m )= + =866,6 kN .m
2 2
Com a ajuda do software Ftool, foi possível visualizar o diagrama de momentos fletores.
Diagrama de momentos fletores:

Figura 16: Diagrama de momento fletor na seção A.

Fonte: Autor.
8. MODIFICAÇÕES DE PROJETO
No decorrer do desenvolvimento do trabalho, foram feitas algumas alterações na seção
transversal e longitudinal da ponte, visando facilitar o desenvolvimento dos cálculos e
metodologias.
A princípio, tinha-se uma ponte de 3 metros de comprimento. Com tal dimensão, seria
incabível aplicar os conceitos e metodologias de cálculo referentes a pontes, reduzindo à
solução a um bueiro ou galeria. Optou-se por mudar a ponte, agora com o comprimento
efetivo de 10 metros.
Outra alteração feita foi quanto ao comprimento da transversina. Este, que antes era de 8
metros, passou a ter 4,90 e atua apenas como viga de travamento entre pilares e vigas.
Seguindo esse mesmo raciocínio, dado o comprimento e localização da ponte, também optou-
se pela retirada dos pilares intermediários da ponte.

9. CONCLUSÃO
O desenvolvimento do projeto permitiu aos integrantes da equipe, um melhor
entendimento sobre o dimensionamento de uma ponte real, demonstrando de uma forma mais
prática a importância do estudo teórico, entendimento de normas e verificação se cálculos,
podendo visualizar e entender que cada projeto é único, com necessidades particulares.
Além de que, com o processo dos procedimentos de projeto e análise dos resultados,
pode-se chegar aos valores de carga permanente da superestrura e valores de carga móvel, o
que foi possível fazer estimativa de uma parcela de cargas reais que atuarão no sistema
estrutural.
A ponte em estudo, que classificada através de suas dimensões pode ser considerada
pontilhão, apesar de ter dimensões pequenas é importante para melhoria da travessia de
veículos interligando dois bairros, podendo assim melhorar a qualidade de vida da
comunidade.
BIBLIOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2003). NBR 7187: projeto de
pontes de concreto armado e de concreto protendido- Procedimento. Rio de janeiro.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2013). NBR: carga móvel
rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas. Rio de
janeiro.
BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. (1996). Manual de projeto de
obras-de-arte especiais. Rio de Janeiro: IPR., 698.
EL DEBS, M. K., & Takeya, T. (2007). Introdução às pontes de concreto. São Carlos: EESC-
USP (Nota de aula).
APÊNDICES

APÊNDICE A – Faixa de rolamento

Fonte: Autor.
APÊNDICE B – Planta baixa.

Fonte: Autor.
APÊNDICE C – Perfil longitudinal.

Fonte: Autor.
APÊNDICE D – Seção Transversal.

Fonte: Autor.

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