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ESCOLA POLITÉCNICA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
PASSO FUNDO
2022
FABRÍCIO DE SOUZA DOS SANTOS
PASSO FUNDO
2022
FABRÍCIO DE SOUZA DOS SANTOS
BANCA EXAMINADORA
À minha mãe, Jocelene, por ser a mulher mais forte e incrível que eu
conheço, meu maior exemplo e minha maior incentivadora. Serei eternamente grato
por sempre ter acreditado em mim.
Ao meu irmão e melhor amigo, Leonardo, por todo o companheirismo e
cuidado que sempre teve comigo.
À minha namorada e companheira, Débora Zanchet, por toda compreensão
e paciência, pelo apoio e companheirismo nas horas mais difíceis.
Aos meus familiares e amigos, vocês com certeza fazem parte dessa
caminhada, sou grato por ter cada um de vocês em minha vida.
À minha orientadora Marinês Novello, por aceitar me orientar nesse
trabalho, por todos os conselhos e todo o aprendizado que me proporcionou.
Aos inesquecíveis colegas e amigos que fizeram parte desta jornada.
“Conhecimento não é aquilo que você sabe,
mas o que você faz com aquilo você sabe.”
Aldous Huxley
RESUMO
The most significant horizontal effort in buildings is the impact of the wind, presenting
a greater interference in slender, low and large-span buildings, thus, one of the most
important actions to be determined in the structural analysis for construction projects.
The weights for determining the forces due to the wind are presented and calculated
in accordance with NBR 6123:1988. However, several studies and works show a
predisposition of the norms to overestimate the values of the velocity profiles in
complex terrains. This essay’s goal is to present an analysys of the influence of a
slope on the actions exerted by the wind, with the help of international standards and
publications. The research is applied in a low-height steel structure industrial pavilion,
this study will be portrayed in two scenarios: one on a flat ground, without the
presence of roughness and the other with the presence of a slope of 45.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 67
12
1 INTRODUÇÃO
1.1 PROBLEMA
1.2 HIPÓTESE
Segundo Pravia e Drehmer (2004), muitos eventos não são considerados pela
NBR 6123:1988, no entanto quando a edificação traz como consequência
perturbações consideráveis no escoamento do vento ou por obstáculos em sua
vizinhança, é preciso recorrer a ensaios em túnel de vento, onde seja possível a
simulação das características do vento natural. Com os avanços da Engenharia do
Vento, gradativamente estudos sobre a ação do vento em estruturas estão sendo
disseminados pelo mundo. Gerando assim, uma visão mais crítica, e ocasionando
uma elaboração de procedimentos e normas cada vez mais fidedignos.
Em geral, Holmes (2001) descreve o escoamento, em taludes e morros, dessa
forma: à proporção que o escoamento se avizinha de uma mudança topográfica,
apresenta-se primeiramente uma leve diminuição das velocidades até que a
topografia comece a mudar sua inclinação de forma crescente.
Sendo assim, sabendo que os impactos provocados pelo talude podem elevar
o consumo de aço em uma estrutura, busca-se encontrar um método com mais
precisão para o tipo de terreno estudado, podendo assim contribuir com informações
técnicas para o assunto e para uma possível reformulação da norma brasileira NBR-
6123.
1.3 JUSTIFICATIVA
De acordo com Pitta (2014) até meados do século XX, não haviam normas
específicas sobre a ação do vento em estruturas, com a determinação dessas forças
sendo feitas junto com as demais forças atuantes na edificação. Até o ano de 1988,
quando foi então criada a NBR 6123, suprindo as demandas para o dimensionamento
de estruturas devido as ações do vento.
Um dos pontos de interesse se refere ao impacto que este trabalho tem para
com a temática que se refere a edificações de aço levando em conta a presença de
talude, na qual é necessário se levar em conta na edificação o dimensionamento do
14
1.4 OBJETIVOS
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Pravia e Drehmer (2004) ação é tudo aquilo que provoca tensões e
deformações. De acordo com a NBR 8681:2003, as ações podem ser divididas em
três grupos, levando em consideração a presença de cargas ao longo de todo o ciclo
de vida da edificação, com a finalidade de determinar parâmetros das combinações
de ações, que são:
▪ Permanentes: Resultantes do peso de todos os elementos construtivos
fixos e instalações permanentes.
▪ Variáveis: Cargas acidentais das construções, como a ação do vento.
▪ Excepcionais: Ações de baixa viabilidade de ocorrência durante a vida
da construção.
Na análise estrutural deve-se levar em conta a influência de todas as ações que
sejam capazes de produzir efeitos relevantes para a estrutura, levando em conta o
estado limite último e o estado limite de serviço (NBR 14762:2010).
𝑉𝑘 = 𝑆1 ∙ 𝑆2 ∙ 𝑆3 ∙ 𝑉0 Eq. 1
Sendo,
𝑆1 – fator topográfico;
𝑆2 – rugosidade do terreno, dimensões da edificação e altura sobre o terreno;
𝑆3 – fator estatístico;
𝑉0 – velocidade básica do vento.
𝑧
6° ≤ 𝜃 ≤ 17 → 𝑆1 (𝑧) = 1,00 + (2,5 − ) ∙ 𝑡𝑔 (𝜃 − 3°) ≥ 1,00 Eq. 3
𝑑
𝑧 Eq. 4
𝜃 ≥ 45° → 𝑆1 (𝑧) = 1,00 + (2,5 − ) ∙ 0,31 ≥ 1,00
𝑑
Onde:
z = altura medida a partir da superfície do terreno no ponto considerado;
d = diferença de nível entre a base e o topo do morro ou talude;
𝜃 = inclinação média da encosta do morro ou talude.
Vale ressaltar que caso seja necessária uma compreensão mais exata da
influência do relevo, ou se a aplicação dessas indicações for difícil devido à
complexidade do relevo, é recomendado o recurso a ensaios topográficos em túnel
de vento ou a testes de medidas anemométricas no próprio terreno.
2.3.1.4. Fator 𝑆2
𝑉𝑏 = 𝐶𝑑 ∙ 𝐶𝑠 ∙ 𝑉𝑏,𝑓 Eq. 5
Sendo,
25
Sendo,
𝑉𝑚 (𝑧) = velocidade média do vento em função da altura, em m/s;
𝑉𝑏 = velocidade básica do vento, em m/s;
𝐶𝑟 (𝑧) = fator de rugosidade em função da altura, em m/s;
𝐶𝑡 (𝑧) = fator topográfico em função da altura, em m/s.
Esse fator depende do fator do terreno (𝐾𝑟 ), que fica em função do comprimento de
rugosidade e do comprimento de rugosidade de referência. A norma europeia
classifica cinco categorias para o tipo de terreno, possuindo comprimento de
rugosidade e altura mínima, essas que são descritas na Tabela 1.
0,07
𝑍0 Eq. 7
𝐾𝑟 = 0,19 ∙ ( )
𝑍0,𝐼𝐼
Sendo,
𝐾𝑟 = fator de terreno, adimensional;
𝑍0 = comprimento de rugosidade, em metros;
𝑍0,𝐼𝐼 = comprimento de rugosidade para terreno categoria II, em metros.
Sendo,
𝐶𝑟 (𝑍) = fator de rugosidade em função da altura;
𝐾𝑟 = fator de terreno, adimensional;
𝑍 = altura, em metros;
𝑍0 = comprimento de rugosidade, em metros;
𝑍𝑚𝑖𝑛 = altura mínima, em metros;
𝑍𝑚𝑎𝑥 = altura máxima, valor tomado como 200 metros.
Figura 8 - Esquema para o cálculo da velocidade incremental de taludes (a) e morros (b).
b) morros, a sotavento:
𝐿𝑢
- quando a declividade ≤ 0,3 utiliza-se |X| < ;
2
𝑍 4 𝑍 3 𝑍 2 𝑍 Eq. 11
𝐴 = 0,1552 ( ) − 0,8575 ( ) + 1,8133 ( ) − 1,9115 ( ) + 1,0124
𝐿𝑒 𝐿𝑒 𝐿𝑒 𝐿𝑒
𝑍 2 𝑍 Eq. 12
𝐵 = 0,3542 ( ) − 1,0577 ( ) + 2,6456
𝐿𝑒 𝐿𝑒
Sendo,
𝑆𝑡 = fator de localização topográfica;
A, B = parâmetros adimensionais;
X = comprimento horizontal a partir do topo do cume, em metros;
𝐿𝑢 = comprimento horizontal a partir do cume até o pé do talude ou morro, em metros;
𝐿𝑒 = comprimento efetivo, em metros.
Quando a incógnita “X/𝐿𝑢 ” for menor que -1,5, ou a incógnita “Z/𝐿𝑒 ” for maior
que 2, é necessário utilizar o fator de localização topográfica igual a 0.
𝑋 𝑋 𝑋 𝑍
𝑆𝑡 = 𝐴 ∙ (𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑜𝑔 [ ] ) + 𝐵 ∙ (𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑜𝑔 [ ] ) + 𝐶 → 0,1 ≤ ≤ 3,5 𝑒 0,1 ≤ ≤2 Eq. 13
𝐿𝑒 𝐿𝑒 𝐿𝑒 𝐿𝑒
𝑍 3 𝑍 2 𝑍 Eq. 14
𝐴 = −1,3420 ∙ (𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑜𝑔 [ ] ) − 0,8222 (𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑜𝑔 [ ] ) + 0,4609 (𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑜𝑔 [ ] ) − 0,0791
𝐿𝑒 𝐿𝑒 𝐿𝑒
𝑍 3 𝑍 2 𝑍 Eq. 15
𝐵 = −1,0196 ∙ (𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑜𝑔 [ ] ) − 0,8910 (𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑜𝑔 [ ] ) + 0,5343 (𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑜𝑔 [ ] ) − 0,1156
𝐿𝑒 𝐿𝑒 𝐿𝑒
𝑍 3 𝑍 2 𝑍 Eq. 16
𝐶 = 0,8030 ∙ (𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑜𝑔 [ ] ) + 0,4236 (𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑜𝑔 [ ] ) − 0,5738 (𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑜𝑔 [ ] ) + 0,1606
𝐿𝑒 𝐿𝑒 𝐿𝑒
29
Onde:
𝐵∙𝑋 𝑋 𝑍
( ) Eq. 17
𝑆𝑡 = 𝐴 ∙ 𝑒 𝐿𝑑 → 0 ≤ ≤2 𝑒 0 ≤ ≤ 2
𝐿𝑢 𝐿𝑒
𝑍 4 𝑍 3 𝑍 2 𝑍 Eq. 18
𝐴 = 0,1552 ∙ ( ) − 0,8575 ( ) + 1,8133 ( ) − 1,9115 ( ) + 1,0124
𝐿𝑒 𝐿𝑒 𝐿𝑒 𝐿𝑒
𝑍 2 𝑍 Eq. 19
𝐵 = −0,3056 ∙ ( ) + 1,0212 ( ) − 1,7637
𝐿𝑒 𝐿𝑒
Sendo,
𝑆𝑡 = fator de localização topográfica;
A, B = parâmetros adimensionais;
X = comprimento horizontal a partir do topo do cume, em metros;
𝐿𝑑 = comprimento à sotavento, em metros;
𝐿𝑒 = comprimento efetivo, em metros.
Sendo,
𝐶𝑡 = fator topográfico, adimensional;
𝜃 = declividade;
𝑆𝑡 = fator de localização topográfica, adimensional.
𝑉𝑍 = 𝛻 ∙ √𝐶𝑒𝑍 Eq. 22
31
Sendo,
𝑉𝑍 = velocidade na altura sendo analisada, em m/s;
𝛻 = velocidade média, em m/s;
𝐶𝑒𝑍 = coeficiente de exposição na altura sendo analisada, adimensional.
𝑍 0,20 Eq. 23
𝐶𝑒 = ( ) ; 0,9 ≤ 𝐶𝑒 → 𝐸𝑥𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝐴
10
𝑍 0,30 Eq. 24
𝐶𝑒 = 0,7 ∙ ( ) ; 0,7 ≤ 𝐶𝑒 → 𝐸𝑥𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝐵
12
Onde:
𝐶𝑒 = fator de exposição;
Z = altura acima do terreno, em metros.
esse valor apresenta um acréscimo quanto mais próximo do cume. A NBCC separa
em três tipos de topografia, sendo que para cada uma há um acréscimo máximo e um
fator de redução de velocidade com a altura, conforme descrito na Tabela 2.
∆𝑆 Eq. 25
𝐶𝑡 = (1 + ) (1 + ∆𝑆)
𝐶𝑔
|𝑥| −𝑝∗∗𝑍
∆𝑆 = ∆𝑆𝑚á𝑥 ( 1 − 𝑒 𝐿 ) Eq. 26
𝑘 ∙𝐿
Sendo,
𝐶𝑡 = fator topográfico, adimensional;
𝐶𝑔 = fator do efeito de rajada, adimensional;
∆𝑆𝑚á𝑥 = velocidade incremental máxima do vento, adimensional;
∆𝑆 = velocidade incremental do vento, adimensional;
|𝑥| = módulo comprimento horizontal a partir do cume, em metros;
p** = coeficiente de redução da velocidade incremental com a altura, adimensional;
k = parâmetro da máxima velocidade incremental do vento, adimensional;
L = distância horizontal a partir do cume ao ponto a barlavento no qual a altura de
elevação é d/2, em metros;
A Norma americana ASCE 7-16 – Minimum design loads for building and others
structures, considera quatro modelos referentes às cargas devidas ao vento. Para a
determinação da carga do vento, é necessário conhecer os seguintes parâmetros:
Fator de
Tipo de Estrutura
direcionalidade (Kd)
35
2
𝑍 𝑎 Eq. 27
𝐾𝑍 = 2,01 ∙ ( ) → 4,6𝑚 ≤ 𝑍 ≤ 𝑍𝑔
𝑍𝑔
2
4,6 𝑎 Eq. 28
𝐾𝑍 = 2,01 ∙ ( ) → 𝑍 < 4,6𝑚
𝑍𝑔
Sendo,
𝐾𝑍 = fator de exposição de pressão de velocidades, adimensional;
𝑍𝑔 = altura nominal da camada limite atmosférica (CLA), em metros (tabela X)
𝑍 = altura acima do solo, em metros;
36
Tabela 5 - Parâmetros 𝑎, 𝑍𝑔
Exposição 𝑎 𝑍𝑔 (𝑚) 𝑍𝑚𝑖𝑛 (𝑚)
O valor da altura mínima (𝑍𝑚𝑖𝑛) apresentada acima pela Tabela 5, deve ser maior
que 0,6 h, uma vez que “h” é a altura da edificação que está sendo analisada. Em
casos de edificações com altura menor ou igual a altura mínima, é usado o valor da
altura 𝑍𝑚𝑖𝑛.
𝐾𝑧𝑡 = (1 + 𝐾1 + 𝐾2 + 𝐾3 )2 Eq. 29
Sendo,
𝐾𝑧𝑡 = fator topográfico, adimensional;
𝐾1 = fator que considera a forma característica da topografia e o máximo valor de
aumento de velocidade, adimensional;
𝐾2 = fator que considera a redução do acréscimo de velocidade com a distância, a
barlavento ou sotavento da crista, adimensional;
𝐾3 = fator que considera a redução do incremento de velocidade com a altura acima
do solo, adimensional.
37
|𝑥| Eq. 30
𝐾2 = 1 −
𝜇 ∙ 𝐿ℎ
𝛾𝑧
−
𝐿ℎ Eq. 31
𝐾3 = 𝑒
Sendo,
𝐾2 = avalia a redução do incremento de velocidade referente a distância, a barlavento
ou sotavento da crista, adimensional;
𝐾3 = avalia a redução do incremento de velocidade referente a altura acima do solo,
adimensional;
𝑥 = distância horizontal a partir do cume, em metros;
𝜇 = fator de atenuação horizontal, adimensional;
𝛾 = fator de atenuação da altura, em metros.
𝑧 = altura acima da superfície do solo, em metros;
𝐿ℎ = distância a barlavento, considerada a partir do cume até o ponto em que a
diferença de elevação do solo é metade da altura do talude, em metros;
Sendo,
𝑉𝑠𝑖𝑡,𝛽 = velocidade local do vento, em m/s;
𝑀𝐷 = multiplicador direcional do vento, adimensional;
𝑀𝑧,𝑐𝑎𝑡 = multiplicador do terreno/altura;
𝑀𝑠 = multiplicador de proteção, adimensional;
𝑀𝑡 = multiplicador topográfico, adimensional;
𝑉𝑅 = velocidade regional do vento, adimensional;
Nota:
a) Para valores intermediários de altura e categoria, interpolar linearmente.
Sendo,
𝑀𝑡 = multiplicador topográfico;
𝑀ℎ = multiplicador de forma do talude ou morro, adimensional;
𝑀𝑙𝑒𝑒 = multiplicador do efeito de sotavento adotado na Nova Zelândia, em outros
locais o valor adotado é 1,00, adimensional;
𝐸 = elevação média do local, acima do nível do mar, em metros.
O efeito de sotavento 𝑀𝑙𝑒𝑒 não foi identificado na Austrália, sendo assim, utiliza-
se o valor igual a 1,00. O multiplicador de forma 𝑀ℎ pode ser considerado para cada
uma das direções cardinais a serem analisadas, sendo considerado os seguintes
itens:
a) d/(2/𝐿𝑢 ) ≤ 5%, 𝑀ℎ = 1,00;
𝑑 |𝑥|
𝑀ℎ = 1 + ( ) 𝑥 (1 − ) Eq. 33
3,5 ∙ (𝑍 + 𝐿1 ) 𝐿2
c) d/(2/𝐿𝑢 ) > 45%, dentro da zona de separação, é descrito pela Equação 34:
|𝑥|
𝑀ℎ = 1 + 0,71 ∙ (1 − ) Eq. 34
𝐿2
Sendo,
d = altura talude ou morro, em metros;
𝐿𝑢 = distância horizontal, barlavento, desde o cume do talude ou morro, até a
metade da altura, em metros;
x = distância horizontal, sotavento, desde a crista do talude ou morro, em metros;
𝐿1 = escala horizontal que determina a variação vertical do 𝑀ℎ , sendo maior que
0,36𝐿𝑢 ou 0,4H, em metros;
𝐿2 = escala horizontal que determina a variação horizontal do 𝑀ℎ , devendo ser
adotado como 4𝐿1 , a barlavento para todos os tipos, e a sotavento, para morros e
cumes, ou 10𝐿1 a sotavento para taludes, em metros;
Z = altura acima do cume do terreno, em metros.
42
As variáveis que são apresentadas nas Equações 33 e 34, são ilustradas nas
Figuras 10 e 11:
Os resultados obtidos são apresentados nas Figuras 15 e 16. Nos modelos com
ângulo de 20 foi medido apenas na posição P0, já nos modelos de ângulo 45 foram
medidas as posições a barlavento e em todo o patamar. O motivo para não se analisar
todos os valores para o ângulo de 20 deve-se por nos modelos estudados
anteriormente, não terem apresentado grandes diferenças em relação a referência,
essas sendo apresentadas pelo modelo de 45, sendo esse o ângulo que será
analisado nesse trabalho também.
Figura 15 - Resultados experimentais para taludes com ângulo de 45 , com 1 patamar intermediário
com comprimento de 75mm
Figura 17 - Resultados experimentais para taludes, incrementos máximos entre os modelos e o perfil
de referência
Figura 18 - Resultados experimentais para taludes, comparativo entre os modelos com o mesmo
ângulo, 20 (a) e 45 (b)
Scotton (2020) ainda traz em seu trabalho uma proposta de nova formulação
para o fator topográfico da Norma brasileira NBR 6123. Essa formulação considera
basicamente três parâmetros: altura do talude, comprimento a barlavento e cota. A
Figura 19 representa a esquematização dos parâmetros considerados para o fator
topográfico. A proposição é descrita pela Equação 35.
𝑧 𝐵 ∙ 𝑑 0,5 (− 𝐶∙𝑧) (
𝐷 |𝑥|
) Eq. 35
𝑆1 = 1 + [𝐴 ∙ (1 − ) ∙( ) ∙𝑒 𝐿 ] ∙ 𝑒 𝐿
3∙𝐿 𝐿
Sendo,
𝑆1 = fator topográfico, adimensional;
A, B, C, D = coeficientes, adimensionais (Tabela 11);
𝑧 = cota medida a partir da superfície, em metros;
𝐿 = comprimento horizontal a barlavento, em metros;
𝑑 = altura do morro, em metros.
Assim como o trabalho feito por Scotton (2020), Matuella (2016) faz uma série
de avaliações com o auxílio de modelos reduzidos em túnel de vento. Primeiramente
os ensaios foram feitos com um terreno plano, sem rugosidade, utilizando algumas
normas que definem os efeitos da ação do vento. Os resultados são apresentados
pela Figura 20.
53
Figura 20 - Aplicação dos modelos analíticos das normas NBR 6123 (1988), Eurocode-CEN:2002, AIJ
(2004), AS/NZS 1170.2:2002, ASCE 7-95-:2005 e NBCC:2005, em um terreno plano
Figura 21 - Aplicação dos modelos analíticos e medição experimental 3D em morro isolado simétrico,
modelo D, cume, p= 0,23
Figura 23 - Aplicação dos modelos analíticos e medição experimental 3D, ponto 1, p=0,23
𝑧 Eq. 36
𝑆1 (𝑧) = 1,00 + (2,5 − ) ∗ 𝑥 ≥ 1
𝑑
Tabela 14 - Valores dos multiplicadores vigentes e valores testados para o multiplicador “x” do fator
topográfico segundo a NBR 6123
Inclinação morro/categoria do Categorias I, III-IV
terreno Valor original Valor testado
Tabela 15 - Valores dos multiplicadores vigentes e valores testados para o multiplicador “x” do fator
topográfico
Inclinação morro/categoria Categorias I, III-IV
do terreno Valor original Valor testado
25 morro isolado 0,31 0,15
De 26 a 34 morro isolado 0,31 0,18
De 35 a 52 morro isolado 0,31 0,22
Acima de 53 morro isolado 0,31 0,31
Fonte: Matuella (2016).
𝑧
𝑆1 (𝑧) = 1,00 + (2,5 − ) ∗ 0,15 ≥ 1 Eq. 37
𝑑
𝑧 Eq. 38
𝑆1 (𝑧) = 1,00 + (2,5 − ) ∗ 0,18 ≥ 1
𝑑
3. METODOLOGIA
3.1. FLUXOGRAMA
A edificação que possui uma área de 5.000 m², encontra-se em uma região
plana e aberta, com a presença de outros pavilhões industriais em seus arredores.
Nas análises serão utilizados os valores obtidos pelos cálculos realizados com
a utilização das normativas citadas acima, e também dos estudos dos autores
supracitados e outros que tratem desse assunto. Com a obtenção destes resultados,
será feito o dimensionamento da estrutura no software Cype3D.
64
4. CRONOGRAMA
Na Tabela 18 estão detalhadas as etapas a serem desenvolvidas ao longo dos próximos meses para realização desta
pesquisa.
Avaliação da influência do
X X
talude na edificação
Elaboração da análise e X X
conclusões
Entrega final do TCC 2 X
5. ORÇAMENTO
A presente pesquisa não apresentou custos para a sua confecção. Sendo feita
apenas com normas e trabalhos publicados, disponibilizados na internet.
67
REFERÊNCIAS
ABNT. NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações. Rio de Janeiro, 1988.
ASCE. ASCE/SEI 7-16 Minimum Design and Associated Criteria for Buildings
and Other Structures. Virginia: ASCE, 2016.
HOLMES, J. D. Wind loading of structures. London: Taylor & Francis Group, 2001.
JACKSON, P.; HUNT, J. Turbulent wind flow over a low hill. Quaterly Journal of
the Royal Metereology Society, v. 101, n. 340, 1975.
PITTA, José Alfredo Azzi. Acidentes em edificações devido à ação do vento. São
Carlos: EdUFSCar, 2014. 39 p. (Série Apontamentos).