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Projeto de Estruturas duma Torre Habitacional em Sines

Nuno Miguel Queiroz Florindo

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em


Engenharia Civil

Júri
Presidente: Prof. José Manuel Matos Noronha da Câmara
Orientador: Prof. Pedro Guilherme Sampaio Viola Parreira
Vogal: Prof. Rui Vaz Rodrigues

Outubro 2013
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AGRADECIMENTOS

A presente tese é dedicada, como símbolo da minha gratitude, à minha mãe e à minha tia Idalina que sempre
me incentivaram a ser quem sou, partilhando comigo, ao longo de um percurso nem sempre fácil, o sonho de
ser Engenheiro; foi o espírito lutador, que me transmitiram através dos seus percursos de vida, que me trouxe
até aqui.
Agradeço ao meu irmão, ao meu pai, e à Augusta, cujo árduo trabalho me permitiu concluir o meu percurso
académico.
À minha namorada Patrícia pelo apoio inesgotável nesta reta final.
Ao Professor Pedro Parreira sempre disponível para me orientar e encorajar, com a sua simpatia, ao longo de
um percurso tortuoso.

ii
iii
RESUMO

O objetivo do presente trabalho pode ser definido como a aplicação prática de alguns dos conhecimentos,
adquiridos ao longo do curso de Engenharia Civil, ao projeto de estruturas de um edifício. Com base na
arquitetura, pretendeu-se percorrer todas as etapas que caracterizam o projeto de estruturas de um edifício:
conceção estrutural, pré-dimensionamento, análise sísmica, dimensionamento e respetiva pormenorização.
Devido à arquitetura peculiar do edifício a projetar, surgiram, ao longo do processo, alguns desafios interessantes
e inéditos em relação aos casos estudados em âmbito académico; foi necessária a adoção de lajes fungiformes
pré-esforçadas, para obviar a problemas de flecha excessiva, e a conceção/dimensionamento dos elementos
verticais resultou na classificação do sistema estrutural como torsionalmente flexível em relação às ações
horizontais. Assim sendo, em termos de análise sísmica, tiveram que ser procuradas soluções para colmatar as
lacunas das estruturas com lajes fungiformes, particularmente no comportamento das ligações Laje-Pilar.
Todos os parâmetros de cálculo e critérios de dimensionamento adotados, oriundos essencialmente do conjunto
dos Eurocódigos estruturais, estão oportunamente referenciados ao longo da dissertação.
Em termos de análise estrutural, foi adotado um modelo tridimensional de elementos finitos, com recurso a
software adequado, coerentemente com a prática atual da engenharia no projeto de estruturas. No entanto, em
sede de pré-dimensionamento, revelou-se de extrema utilidade a aplicação dos métodos de cálculo manuais,
que constituíram o cerne da formação adquirida no IST.
O dimensionamento, resultante dos devidos cálculos, foi por fim materializado através das peças desenhadas
necessárias à completa caracterização dos elementos estruturais.

Palavras-Chave: Análise sísmica; Eurocódigos; Lajes pré-esforçadas; Ligações laje-pilar;


Pré-dimensionamento; Torsionalmente flexível.

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v
ABSTRACT

The purpose of this dissertation is a practical application of part of the knowledge, acquired during the MSc in
Civil Engineering, to the structural design of a building. Based on the architectural project, the intention was to
go through all the steps that characterize the structural design of a building: structural conception, pre-design,
seismic analysis, design and reinforced concrete detailing.
Due to the singular architecture of the building, some interesting challenges, that were never faced during the
academic training, emerged along the process: it was necessary to adopt prestressed flat slabs, to remedy
deflection problems, and conception/design of vertical elements led to torsionally flexible structural
classification under horizontal actions. Thus, solutions had to be sought to fill the gaps of structures with flat
slabs, in terms of seismic behaviour, with particular attention to slab-column connections reliability.
All calculation and design criteria adopted, derived essentially from the structural Eurocodes, are duly referenced
throughout the dissertation.
In terms of structural analysis, a three-dimensional finite element model was adopted, using appropriate
software, consistent with the current practice of structural engineering. However, the application of manual
calculation methods, which are the core of IST training, proved to be extremely useful during the pre-design
phase.
The design process, culminated with a set of drawings necessary to the complete characterization of the
structural elements.

Key Words: Eurocodes; Pre-design; Prestressed slabs; Seismic analysis; Slab-column connections;
Torsionally flexible.

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ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................... 1

2 CONCEÇÃO ESTRUTURAL ..................................................................................................................................... 2

2.1 ANÁLISE DA ARQUITETURA........................................................................................................................... 2

2.2 CONDICIONANTES PRINCIPAIS...................................................................................................................... 2

2.3 SOLUÇÃO ESTRUTURAL ................................................................................................................................ 3

2.3.1 LAJES ...................................................................................................................................................... 3


2.3.2 PILARES .................................................................................................................................................. 4
2.3.3 PAREDES ................................................................................................................................................ 6
2.3.4 FUNDAÇÕES........................................................................................................................................... 7
2.3.4 COMUNICAÇÕES VERTICAIS .................................................................................................................. 8
3 METODOLOGIAS E PARÂMETROS DE DIMENSIONAMENTO ................................................................................ 9

3.1 REGULAMENTAÇÃO ...................................................................................................................................... 9

3.2 ESTADOS LIMITE ÚLTIMOS ........................................................................................................................... 9

3.2.1 AÇÃO ................................................................................................................................................... 10


3.2.2 RESISTÊNCIA ........................................................................................................................................ 11
3.3 ESTADOS LIMITE DE UTILIZAÇÃO ................................................................................................................ 13

3.3.1 ESTADO LIMITE DE FENDILHAÇÃO ...................................................................................................... 14


3.3.2 ESTADO LIMITE DE DEFORMAÇÃO ...................................................................................................... 15
3.4 CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS ............................................................................................................. 16

3.4.1 BETÃO .................................................................................................................................................. 16


3.4.2 ARMADURAS ....................................................................................................................................... 16
3.5 CONDIÇÕES GEOTÉCNICAS ......................................................................................................................... 17

3.6 DEFINIÇÃO DAS AÇÕES ............................................................................................................................... 17

3.6.1 AÇÕES PERMANENTES ........................................................................................................................ 18


3.6.2 AÇÕES VARIÁVEIS ................................................................................................................................ 20
3.6.3 COMBINAÇÕES DE AÇÕES ................................................................................................................... 20
4 PRÉ-DIMENSIONAMENTO .................................................................................................................................. 26

4.1 LAJES ........................................................................................................................................................... 26

4.1.1 LAJES DOS PISOS -2 E -1 (L-2 e L-1) ...................................................................................................... 29


4.1.2 LAJE DA ZONA EXTERIOR DO PISO 0 (L0-1) ......................................................................................... 31
4.1.3 LAJE DA ZONA INTERIOR DO PISO 0 (L0-2) .......................................................................................... 32
4.1.4 LAJES DO PISO 1 AO TERRAÇO (L1 A LT) .............................................................................................. 34
4.1.5 CAPITÉIS............................................................................................................................................... 37

viii
4.2 PILARES ....................................................................................................................................................... 39

4.3 PAREDES ..................................................................................................................................................... 47

4.4 MUROS DE CONTENÇÃO PERIFÉRICA ......................................................................................................... 47

4.5 FUNDAÇÕES ................................................................................................................................................ 49

4.6 COMUNICAÇÕES VERTICAIS........................................................................................................................ 52

4.6.1 RAMPAS ............................................................................................................................................... 52


4.6.2 ESCADAS .............................................................................................................................................. 53
5 MODELAÇÃO ...................................................................................................................................................... 56

5.1 MATERIAIS .................................................................................................................................................. 56

5.2 GRELHA DE REFERENCIA ............................................................................................................................. 56

5.3 ELEMENTOS VERTICAIS ............................................................................................................................... 57

5.3.1 PILARES ................................................................................................................................................ 57


5.3.2 NÚCLEOS ............................................................................................................................................. 58
5.4 LAJES E MUROS ........................................................................................................................................... 58

5.5 VIGAS .......................................................................................................................................................... 61

5.6 FUNDAÇÕES ................................................................................................................................................ 62

5.7 AÇÕES ......................................................................................................................................................... 65

5.7.1 CARGAS DIRETAS SOBRE AS LAJES....................................................................................................... 65


5.7.2 PAREDES DE FACHADA EM BETÃO LEVE ............................................................................................. 65
5.7.3 ESCADAS .............................................................................................................................................. 66
5.7.4 IMPULSOS DO TERRENO ...................................................................................................................... 67
5.7.5 SISMO .................................................................................................................................................. 68
5.8 PRÉ-ESFORÇO .............................................................................................................................................. 68

5.9 PORMENORES DA MODELAÇÃO ................................................................................................................. 70

5.9.1 MODELO PARA ANÁLISE DAS LAJES .................................................................................................... 70


5.9.2 MODELAÇÃO DAS LIGAÇÕES LAJE-PILAR ............................................................................................ 70
6 PRÉ-ESFORÇO ..................................................................................................................................................... 71

6.1 DESCRIÇÃO DO PRÉ-ESFORÇO .................................................................................................................... 71

6.1.1 EFEITO DO PRÉ-ESFORÇO .................................................................................................................... 71


6.1.2 TECNOLOGIA DO PRÉ-ESFORÇO IN-SITU ............................................................................................. 72
6.1.3 O PRÉ-ESFORÇO EM LAJES................................................................................................................... 74
6.2 DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO ADOTADA .......................................................................................................... 74

6.2.1 MATERIAIS ........................................................................................................................................... 74

ix
6.2.2 TRAÇADOS DE CABOS .......................................................................................................................... 75
6.2.3 FORÇAS EQUIVALENTES AO PRÉ-ESFORÇO ......................................................................................... 77
6.2.4 VERIFICAÇÃO DO ESTADO LIMITE DE DEFORMAÇÃO ......................................................................... 79
7 ANÁLISE SÍSMICA................................................................................................................................................ 87

7.1 DEFINIÇÃO GERAL DA AÇÃO SÍSMICA ......................................................................................................... 87

7.2 DEFINIÇÃO DA AÇÃO SÍSMICA DE CÁLCULO ............................................................................................... 89

7.2.1 ANÁLISE MODAL .................................................................................................................................. 90


7.2.2 COEFICIENTE DE COMPORTAMENTO .................................................................................................. 94
7.2.2.1 REGULARIDADE EM PLANTA ........................................................................................................ 95

7.2.2.2 REGULARIDADE EM ALTURA ........................................................................................................ 99

7.2.2.3 CÁLCULO DO COEFICIENTE DE COMPORTAMENTO ..................................................................... 99

7.2.3 ESPECTRO DE CÁLCULO ..................................................................................................................... 100


7.2.3 TORÇÃO ACIDENTAL .......................................................................................................................... 103
7.2.4 EFEITOS DE 2ª ORDEM ...................................................................................................................... 104
7.3 LIMITAÇÃO DE DANOS .............................................................................................................................. 106

8 DIMENSIONAMENTO EM RELAÇÃO AOS ESTADOS LIMITE ÚLTIMOS .............................................................. 107

8.1 HIPÓTESES DE CÁLCULO GERAIS ............................................................................................................... 107

8.1.1 FLEXÃO SIMPLES ................................................................................................................................ 107


8.1.2 FLEXÃO COMPOSTA........................................................................................................................... 110
8.1.3 FLEXÃO DESVIADA ............................................................................................................................. 112
8.1.4 ESFORÇO TRANSVERSO ..................................................................................................................... 112
8.1.5 PUNÇOAMENTO ................................................................................................................................ 114
8.2 PAREDES RESISTENTES .............................................................................................................................. 119

8.2.1 DIMENSIONAMENTO AOS ELU DE FLEXÃO E ESFORÇO TRANSVERSO NA BASE ............................... 120
8.2.2 DUCTILIDADE LOCAL .......................................................................................................................... 125
8.2.3 DIMENSIONAMENTO FORA DA ZONA CRÍTICA ................................................................................. 129
8.3 PILARES ..................................................................................................................................................... 131

8.3.1 DIMENSIONAMENTO AO ELU DE FLEXÃO ......................................................................................... 132


8.3.2 DIMENSIONAMENTO AO ELU DE ESFORÇO TRANSVERSO E DUCTILIDADE LOCAL ........................... 134
8.3.2.1 PILARES PRIMÁRIOS ................................................................................................................... 134

8.3.2.2 PILARES SECUNDÁRIOS .............................................................................................................. 138

8.4 LAJES ......................................................................................................................................................... 141

8.4.1 DIMENSIONAMENTO AO ELU DE FLEXÃO ......................................................................................... 141


8.4.2 DIMENSIONAMENTO AO ELU DE PUNÇOAMENTO ........................................................................... 147

x
8.4.3 LIGAÇÃO LAJE-PILAR .......................................................................................................................... 148
8.5 ENSOLEIRAMENTO GERAL ........................................................................................................................ 150

8.5.1 DIMENSIONAMENTO AO ELU DE FLEXÃO ......................................................................................... 150


8.5.3 DIMENSIONAMENTO AO ELU DE PUNÇOAMENTO ........................................................................... 151
8.5.4 VERIFICAÇÕES NA ZONA DE MUDANÇA DE ESPESSURA ................................................................... 151
8.6 MUROS DE CONTENÇÃO PERIFÉRICA ....................................................................................................... 152

8.6.1 DIMENSIONAMENTO AO ELU DE FLEXÃO ......................................................................................... 152


8.6.2 DIMENSIONAMENTO AO ELU DE ESFORÇO TRANSVERSO ................................................................ 154
8.7 DOBRA DE LAJE ......................................................................................................................................... 155

9 CONCLUSÕES .................................................................................................................................................... 156

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................................... 157

ANEXOS………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..

PEÇAS DESENHADAS…………………………………………………………………………………………………………………………………………….

xi
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 2. 1 Laje maciça sem capitéis e com capitéis ............................................................................................... 3


Figura 2. 2 Geometria das zonas de laje em consola (a sombreado) ...................................................................... 4
Figura 2. 3 Reajustamento da disposição dos lugares de estacionamento ............................................................ 5
Figura 2. 4 Aumento de espessura de parede interior com fins estéticos .............................................................. 5
Figura 2. 5 Alinhamentos principais da estrutura sobre planta tipo de pisos de garagem ..................................... 6
Figura 2. 6 Espessamento das paredes dos núcleos ............................................................................................... 7

Figura 3. 1 Curvas de probabilidade da ação e da resistência .............................................................................. 10


Figura 3. 2 Diagrama regulamentar tensões-extensões para o betão [5] ............................................................. 11
Figura 3. 3 Diagrama regulamentar tensões-extensões para o aço [5] ................................................................ 12
Figura 3. 4 Quadro 7.1N do EC2 [5]....................................................................................................................... 14
Figura 3. 5 Quadro 7.4N do EC2 [5]....................................................................................................................... 15
Figura 3. 6 Configurações dos panos de alvenaria para fins de cálculo do seu peso [9] ...................................... 19

Figura 4. 1 Tipo e espessura corrente de lajes fungiformes, em função do vão maior, L [12] ............................. 26
Figura 4. 2 Geometria típica de um pórtico equivalente (adaptado de Martins [13]) .......................................... 27
Figura 4. 3 Quadro I.1 do EC2 [5] .......................................................................................................................... 27
Figura 4. 4 Aproximações para o andamento transversal dos diagramas de momentos (adaptado de Martins
[13]) ....................................................................................................................................................................... 28
Figura 4. 5 Parâmetros intervenientes no cálculo de µ ........................................................................................ 28
Figura 4. 6 Geometria em planta do pórtico equivalente condicionante para as lajes dos pisos -2 e -1 ............. 29
Figura 4. 7 Modelo de cálculo de viga contínua, na direção longitudinal do pórtico equivalente (carga em kN/m)
.............................................................................................................................................................................. 30
Figura 4. 8 DMF (kNm) na direção longitudinal do pórtico equivalente ............................................................... 30
Figura 4. 9 Geometria em planta do pórtico equivalente condicionante para a laje L0-1 .................................... 31
Figura 4. 10 Modelo de cálculo de viga contínua, na direção longitudinal do pórtico equivalente (carga em
kN/m) .................................................................................................................................................................... 32
Figura 4. 11 DMF (kNm) na direção longitudinal do pórtico equivalente ............................................................. 32
Figura 4. 12 Geometria em planta do pórtico equivalente condicionante para a laje L0-2 .................................. 33
Figura 4. 13 Modelo de cálculo de viga contínua, na direção longitudinal do pórtico equivalente (carga em
kN/m) .................................................................................................................................................................... 33
Figura 4. 14 DMF (kNm) na direção longitudinal do pórtico equivalente ............................................................. 33
Figura 4. 15 Geometria em planta do pórtico equivalente condicionante para as lajes ...................................... 35
Figura 4. 16 Modelo de cálculo de viga contínua, para as cargas distribuídas (kN/m) na direção longitudinal do
pórtico equivalente ............................................................................................................................................... 35
Figura 4. 17 Vista tridimensional das fachadas ..................................................................................................... 36
Figura 4. 18 Áreas de painel suportadas pela faixa de laje correspondente ao pórtico equivalente ................... 36
Figura 4. 19 Modelo de cálculo de viga contínua, na direção longitudinal do pórtico equivalente, para as cargas
concentradas (kN) correspondentes à fachada .................................................................................................... 36
Figura 4. 20 DMF (kNm) na direção longitudinal do pórtico equivalente ............................................................. 37
Figura 4. 21 Recomendações para as dimensões do capitel (adaptado de Marchão e Appleton [12]) ................ 38
Figura 4. 22 Nomenclatura dos pilares, e referencial X-Y, sobre contorno do edifício ......................................... 40
Figura 4. 23 Reações de apoio, para os modelos de viga utilizados, considerando carga uniformemente
distribuída de valor unitário. ................................................................................................................................. 41

xii
Figura 4. 24 Coeficientes corretivos na direção X para as áreas de influência nas lajes, do piso -3 ao piso 0, e
respetivos modelos de cálculo aproximados, por cada vão ................................................................................. 41
Figura 4. 25 Coeficientes corretivos na direção Y para as áreas de influência nas lajes, do piso -3 ao piso 0, e
respetivos modelos de cálculo aproximados, por cada vão ................................................................................. 42
Figura 4. 26 Coeficientes corretivos na direção X para as áreas de influência nas lajes, do piso 1 ao piso 12, e
respetivos modelos de cálculo aproximados, por cada vão ................................................................................. 42
Figura 4. 27 Coeficientes corretivos na direção Y para as áreas de influência nas lajes, do piso 1 ao piso 12, e
respetivos modelos de cálculo aproximados, por cada vão ................................................................................. 43
Figura 4. 28 Coeficientes corretivos na direção X para as áreas de influência na laje do piso 13, e respetivos
modelos de cálculo aproximados, por cada vão ................................................................................................... 43
Figura 4. 29 Coeficientes corretivos na direção Y para as áreas de influência na laje do piso 13, e respetivos
modelos de cálculo aproximados, por cada vão ................................................................................................... 44
Figura 4. 30 Coeficientes corretivos na direção X para as áreas de influência na laje do terraço, e respetivos
modelos de cálculo aproximados, por cada vão ................................................................................................... 44
Figura 4. 31 Coeficientes corretivos na direção Y para as áreas de influência na laje do terraço , e respetivos
modelos de cálculo aproximados, por cada vão ................................................................................................... 45
Figura 4. 32 Excerto de corte, definindo os vãos do modelo de viga adotado ..................................................... 47
Figura 4. 33 Modelo de viga continua por metro de desenvolvimento do muro e respetivo carregamento
(kN/m) ................................................................................................................................................................... 48
Figura 4. 34 DMF (kNm/m) do modelo de viga ..................................................................................................... 48
Figura 4. 35 Diagrama de esforço transverso (kN) do modelo de viga ................................................................. 48
Figura 4. 36 Esquema de dimensões relevantes da laje de ensoleiramento ........................................................ 51
Figura 4. 37 Geometria geral das rampas em planta, sobre configuração tipo dos pisos de estacionamento .... 52
Figura 4. 38 Excerto de alçado, definindo as cotas dos pisos ligados pelas rampas ............................................. 53
Figura 4. 39 Modelo de viga simplesmente apoiada, com carregamento por metro de desenvolvimento
perpendicular ao plano (kN/m) ............................................................................................................................. 53
Figura 4. 40 Identificação do patim condicionante sobre excerto da planta do piso -1 ....................................... 54
Figura 4. 41 Modelo de análise plástica utilizado ................................................................................................. 54
Figura 4. 42 Modelo de cálculo do patim curto, e respetivas reações de apoio ................................................... 55
Figura 4. 43 Modelo de cálculo do patim longo .................................................................................................... 55
Figura 4. 44 DMF do patim longo .......................................................................................................................... 55

Figura 5. 1 Eixos principais da grelha de referência sobre modelo da laje do piso 1 ............................................ 57
Figura 5. 2 Elemento de barra com nós de extremidade e respetivos eixos em evidência .................................. 57
Figura 5. 3 Elementos de barra do NC 2 (a cinza), ................................................................................................ 58
Figura 5. 4 Vista tridimensional, com respetivos eixos ao nível das lajes, dos elementos de barra de ligação .... 58
Figura 5. 5 Malha da laje do ensoleiramento geral ............................................................................................... 59
Figura 5. 6 Malha das lajes dos pisos -1 e -2 ......................................................................................................... 59
Figura 5. 7 Malha da laje da zona exterior do piso 0 ............................................................................................ 60
Figura 5. 8 Malha da laje da zona interior do piso 0 ............................................................................................. 60
Figura 5. 9 Malha das lajes dos pisos elevados com geometria corrente ............................................................. 60
Figura 5. 10 Malha das lajes dos pisos 8 e 11 ....................................................................................................... 60
Figura 5. 11 Malha da laje do piso 13 ................................................................................................................... 61
Figura 5. 12 Malha da laje da cobertura nível 1 .................................................................................................... 61
Figura 5. 13 Malha da parede Oeste vista do interior........................................................................................... 61
Figura 5. 14 Malha da parede das rampas (a amarelo) e elementos de barra das platibandas (a vermelho) ...... 61
Figura 5. 15 Alçado da variação de cota na laje do piso 0 com a secção transversal, admitida para os elementos
de barra, em evidência.......................................................................................................................................... 62

xiii
Figura 5. 16 Secção transversal da platibanda, em evidência na sua ligação com a laje da rampa ...................... 62
Figura 5. 17 Elementos verticais simplesmente apoiados (apoios a verde) à cota de fundação e ligados à laje do
ensoleiramento ..................................................................................................................................................... 62
Figura 5. 18 Laje do ensoleiramento sobre apoios elásticos ................................................................................ 63
Figura 5. 19 Identificação dos valores para o caso em estudo em abacos e tabelas ............................................ 64
Figura 5. 20 Alçado da área da fachada Sul (sombreada) que se admitiu apoiada sobre a laje do piso 6 ............ 66
Figura 5. 21 Alçado do bordo Sul da laje do piso 6 no modelo de elementos finitos, com as cargas (a
preto),correspondentes às fachadas, aplicadas sobre as barras fictícias (a azul) ................................................. 66
Figura 5. 22 Tramos de fachada modelados com elementos de casca (a cinza) a ligar a pala de cobertura às lajes
do terraço e do piso 13 ......................................................................................................................................... 66
Figura 5. 23 Cargas pontuais (a preto), sobre paredes dos núcleos, devidas às escadas entre pisos correntes .. 67
Figura 5. 24 Carga de faca (a preto) sobre laje do piso corrente, devido ao apoio do patim da escada de
emergência do lado Este ....................................................................................................................................... 67
Figura 5. 25 Modelação dos impulsos do terreno sobre o muro a Sul ................................................................. 67
Figura 5. 26 Modelação dos impulsos no muro a Sul, devidos à sobrecarga sobre o solo adjacente .................. 68
Figura 5. 27 Alçado típico dos cabos de pré-esforço utilizados com identificação dos pontos notáveis
(Ancoragem Ativa, Máxima Excentricidade e Ancoragem Passiva) ...................................................................... 68
Figura 5. 28 Alinhamentos médios de aplicação das forças para o grupo de cabos 1 (canto Noroeste da laje
corrente) ............................................................................................................................................................... 69
Figura 5. 29 Modelação das forças (a vermelho) equivalentes ao conjunto de cabos identificados na figura
anterior através de barras fictícias (a azul) ........................................................................................................... 69
Figura 5. 30 Excerto tridimensional do modelo, com barra rígida (a vermelho) a ligar pilar P7 (alinhamento 1) à
laje do piso2, com secção transversal do pilar (a amarelo) em evidência ............................................................ 70

Figura 6. 1 Modelo ilustrativo do conceito subjacente ao funcionamento do pré-esforço: criação de resistência


à flexão através de pré-compressão (a vermelho) da peça (adaptado do site da universidade de Manchester
[17]) ....................................................................................................................................................................... 71
Figura 6. 2 Ação de cabo parabólico sobre viga simplesmente apoiada (adaptado de Marchão e Appleton [12])
.............................................................................................................................................................................. 71
Figura 6. 3 Tramo de cabo trapezoidal com cargas equivalentes concentradas Q (adaptado de Marchão e
Appleton [12]) ....................................................................................................................................................... 72
Figura 6. 4 Cargas equivalentes ao pré-esforço, ao nível das ancoragens (adaptado de Marchão e Appleton [12])
.............................................................................................................................................................................. 72
Figura 6. 5 Ancoragem ativa do tipo de cabo utilizado (www.vsl.com) ............................................................... 73
Figura 6. 6 Ancoragem passiva do tipo de cabo utilizado (www.vsl.com) ............................................................ 73
Figura 6. 7 Vista das bainhas dos cabos e das armaduras ordinárias, antes de betonagem de uma laje maciça. 73
Figura 6. 8 Imagens da sequência de puxe do cordão com macaco hidráulico [19] ............................................. 74
Figura 6. 9 Corte de laje na direção Y, na secção de máxima excentricidade dos cabos em X (emáx,x) ................. 76
Figura 6. 10 Corte de laje na direção X, na secção de máxima excentricidade dos cabos em Y (emáx,y) ............... 76
Figura 6. 11 Traçado típico dos cabos com identificação de parâmetros geométricos e forças equivalentes ..... 77
Figura 6. 12 Deformada da laje do piso 7 para a combinação quase permanente de ações sem pré-esforço .... 80
Figura 6. 13 Deformada da laje do piso 7 para a combinação quase permanente de ações e pré-esforço em X
apenas nas bandas sobre os pilares (alinhamentos A e F) .................................................................................... 80
Figura 6. 14 Deformada da laje do piso 7 para a combinação quase permanente de ações e pré-esforço final . 81
Figura 6. 15 Deformada da laje do piso 13 para a combinação quase permanente de ações sem pré-esforço... 81
Figura 6. 16 Deformada da laje do piso 13 para a combinação quase permanente de ações e pré-esforço em X
apenas nas bandas sobre os pilares (alinhamentos C e F) .................................................................................... 82
Figura 6. 17 Deformada da laje do piso 13 para a combinação quase permanente de ações e pré-esforço final 82

xiv
Figura 6. 18 Deformada da laje do piso 7 para a combinação quase permanente de ações sem pré-esforço .... 83
Figura 6. 19 Deformada da laje do piso 7 para a combinação quase permanente de ações e pré-esforço final . 83
Figura 6. 20 Deformada da laje do piso 8 para a combinação quase permanente de ações sem pré-esforço .... 84
Figura 6. 21 Deformada da laje do piso 8 para a combinação quase permanente de ações e pré-esforço final . 84
Figura 6. 22 Deformada da laje do terraço para a combinação quase permanente de ações sem pré-esforço .. 85
Figura 6. 23 Deformada da laje do terraço para a combinação quase permanente de ações e pré-esforço final 85

Figura 7. 1 Espectro de resposta elástica (adaptado de EC8 3.2.2.2 [1]) .............................................................. 87


Figura 7. 2 Quadro NA.I do EC8 [1]: Valores da aceleração máxima de referência agR (m/s2) nas várias zonas
sísmicas ................................................................................................................................................................. 87
Figura 7. 3 Quadro 4.3 do EC8 [1]: Classe de importância para edifícios.............................................................. 88
Figura 7. 4 Quadro NA.II do EC8 [1]:àValo esàdoà oefi ie teàdeài po t iaà Iàe àfu ç oàdoàtipoàdeàsis o ...... 88
Figura 7. 5 Quadro NA-3.2 do EC8 [1]: valores do parâmetro Smáx para sismo tipo I ............................................ 88
Figura 7. 6 Quadro NA-3.3 do EC8 [1]: valores do parâmetro Smáx para sismo tipo II ........................................... 88
Figura 7. 7 Cálculo do coeficiente de solo (EC8 NA-3.2.2.2(2) [1]) ........................................................................ 88
Figura 7. 8 Quadro 3.1 do EC8 [1]: Parâmetros de classificação do terreno......................................................... 89
Figura 7. 9 Vista superior da deformada correspondente ao 1º modo de vibração ............................................. 92
Figura 7. 10 Vista superior da deformada correspondente ao 2º modo de vibração ........................................... 93
Figura 7. 11 Vista superior da deformada correspondente ao 3º modo de vibração ........................................... 93
Figura 7. 12 Vista superior da deformada correspondente ao 12º modo de vibração (translação em Y ainda
evidente) ............................................................................................................................................................... 94
Figura 7. 13 Quadro 4.1 do EC8 [1]: Consequências da regularidade estrutural na análise e no cálculo sísmico 94
Figura 7. 14 Quadro 5.1 do EC8 [1]: Valor básico q0 do coeficiente de comportamento para sistemas regulares
em altura ............................................................................................................................................................... 99
Figura 7. 15 Equações do espectro de resposta elástica..................................................................................... 100
Figura 7. 16 Equações do espectro de resposta elástica afetado pelo coeficiente de comportamento (para
amortecimento viscoso de 5% corrente para estruturas de betão) ................................................................... 100
Figura 7. 17 Parâmetros do espectro de cálculo, para o sismo do tipo I, inseridos no programa ...................... 101
Figura 7. 18 Parâmetros do espectro de cálculo, para o sismo do tipo II, inseridos no programa ..................... 101
Figura 7. 19 Espectros de cálculo no intervalo de períodos de vibração relevantes .......................................... 102

Figura 8. 1 Diagramas de tensões e extensões para o cálculo de secções de betão à flexão simples (adaptado de
Marchão e Appleton [9]) ..................................................................................................................................... 107
Figura 8. 2 Limites do intervalo, para o valor de x, correspondente à rotura pelo betão atingida com o aço já em
cedência (adaptado de Marchão e Appleton [9]) ............................................................................................... 108
Figura 8. 3 Significado físico da curvatura, e sua variação com as soluções apresentadas na figura 8.4 [9] ...... 109
Figura 8. 4 Variação de resistência e tipo de rotura, com o aumento da área de armadura, entre situação de
rotura pelo aço sem esmagamento do betão (1) e situação de rotura pelo betão sem cedência do aço (4) [9] 109
Figura 8. 5 Diagramas de tensões e extensões para o cálculo de secções de betão à flexão composta (adaptado
de Marchão e Appleton [9]) ................................................................................................................................ 110
Figura 8. 6 Diagramas de extensões associados aos diferentes tipos de rotura possíveis para a mesma secção
(com as situações (1) (2) e (3) associadas à ductilidade com o aço em cedência) [9] ........................................ 110
Figura 8. 7 Diagramas de interação..................................................................................................................... 111
Figu aà .à àáu e toàdoàνRd, entre (A) e (B), enquanto o aumento das resultantes de compressão (F c e Fs2)
produzir um efeito superior ao da redução do braço yc (figura 8.5)................................................................... 111
Figura 8. 9 Flexão desviada ................................................................................................................................. 112
Figura 8. 10 Cortes da envolvente de resistência para correspondentes aos valores MRd,z = 0 e MRd,y = 0 ........ 112

xv
Figura 8. 11 Modelo de escoras e tirantes para a transmissão do esforço transverso (adaptado de EC2 [5]) ... 113
Figura 8. 12 Mecanismos de rotura por punçoamento em laje fungiforme, e laje de fundação ....................... 114
Figura 8. 13 Configuração típica do perímetro de controlo em planta [5] ......................................................... 115
Figura 8. 14 Tensões vN e vM devidas à força V = VEd e ao momento M = MEd (adaptado de Ramos e Lúcio [20])
............................................................................................................................................................................ 116
Figura 8. 15 Quadro 6.1 do EC2 [5]: Variação de k com a relação entre as dimensões de um pilar retangular
(sendo c1 a dimensão do pilar paralela à excentricidade da carga) ................................................................... 116
Figura 8. 16 Punçoamento com excentricidade da carga nas duas direções (ey e ez) ......................................... 116
Figura 8. 17 Perímetro de controlo reduzido para pilar de bordo ...................................................................... 117
Figura 8. 18 Disposição recomendada para armadura de punçoamento vertical [12] ....................................... 118
Figura 8. 19 Configuração e nomenclatura adotada, para as paredes do núcleo ............................................... 119
Figura 8. 20 Diagramas de cálculo para paredes primárias (adaptado de EC8 [1]) ............................................ 120
Figura 8. 21 Parede NC1-2: diagramas vindos do modelo de cálculo e envolventes calculadas segundo o EC8 [1]
............................................................................................................................................................................ 121
Figura 8. 22 Parede NC1-4: diagramas vindos do modelo de cálculo e envolventes calculadas segundo o EC8 [1]
............................................................................................................................................................................ 122
Figura 8. 23 Parede NC2-1: diagramas vindos do modelo de cálculo e envolventes calculadas segundo o EC8 [1]
............................................................................................................................................................................ 122
Figura 8. 24 Parede NC2-2: diagramas vindos do modelo de cálculo e envolventes calculadas segundo o EC8 [1]
............................................................................................................................................................................ 123
Figura 8. 25 Ábaco adotado no cálculo da armadura de flexão das paredes do núcleo ..................................... 124
Figura 8. 26 Geometria dos elementos confinados e diagrama de extensões para a curvatura última ............. 126
Figura 8. 27 Envolvente de resistência típica gerada pelo software SAP2000® para a ação axial P e os momentos
M2 e M3 (vistas 3D, plano M3-P e plano M2-P) ................................................................................................. 132
Figura 8. 28 Exemplo de parâmetros inseridos para definir a disposição de armadura na secção do pilar P3 ao
nível do piso 0 ..................................................................................................................................................... 132
Figura 8. 29 Geometria das zonas críticas ........................................................................................................... 135
Figura 8. 30 Introdução dos recobrimentos no programa de cálculo para as direções X(1) e Y(2) .................... 142
Figura 8. 31 Bandas de dimensionamento em, X e Y, das lajes dos pisos -2 e -1................................................ 142
Figura 8. 32 Bandas de dimensionamento em, X e Y, da laje da zona exterior do piso 0 ................................... 143
Figura 8. 33 Bandas de dimensionamento em, X e Y, da laje da zona interior do piso 0 .................................... 143
Figura 8. 34 Bandas de dimensionamento em, X e Y, da laje corrente dos pisos elevados ................................ 143
Figura 8. 35 Bandas de dimensionamento em, X e Y, das lajes dos pisos 8 e 11 ................................................ 143
Figura 8. 36 Bandas de dimensionamento em, X e Y, da laje do piso 13 ............................................................ 144
Figura 8. 37 Bandas de dimensionamento em, X e Y, da laje do terraço ............................................................ 144
Figura 8. 38 Tabela consultada para estimar a tensão no aço [9]....................................................................... 146
Figura 8. 39 Quadros 7.2N e 7.3N do EC2 ........................................................................................................... 147
Figura 8. 40 Ações e geometria intervenientes na verificação de segurança ao punçoamento ......................... 147
Figura 8. 41 Modelo da ligação laje-pilar durante a rotura por punçoamento [22] .......................................... 148
Figura 8. 42 Condições de amarração da armadura de colapso progressivo ...................................................... 148
Figura 8. 43 Bandas mais solicitadas da laje de ensoleiramento, alvo de dimensionamento, em X e Y ............ 151
Figura 8. 44 Aspeto do diagrama de momentos fletores na direção Y da laje de ensoleiramento para a
combinação de ações ELU4 ................................................................................................................................. 152
Figura 8. 45 Zona das rampas (a vermelho) sobre malha de elementos finitos do muro oeste ......................... 152

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 3. 1 Características dos tipos de betão utilizados ..................................................................................... 16


Tabela 3. 2 Recobrimentos adotados.................................................................................................................... 16

xvi
Tabela 3. 3 Características do aço das armaduras ordinárias ............................................................................... 17
Tabela 3. 4 Características do aço das armaduras de pré-esforço........................................................................ 17
Tabela 3. 5 Características do solo de fundação ................................................................................................... 17
Tabela 3. 6 Pesos volúmicos dos materiais ........................................................................................................... 18
Tabela 3. 7 Valores das restantes cargas permanentes ........................................................................................ 18
Tabela 3. 8 Restantes cargas permanentes devidas às paredes divisórias ........................................................... 19
Tabela 3. 9 Valores característicos e coeficientes de redução das sobrecargas ................................................... 20
Tabela 3. 10 Parâmetros da combinação fundamental com a sobrecarga de utilização como ação variável de
base (ELU 1)........................................................................................................................................................... 21
Tabela 3. 11 Parâmetros da combinação de projeto para a ação sísmica do tipo I (ELU 2) ................................. 22
Tabela 3. 12 Parâmetros da combinação de projeto para a ação sísmica do tipo II (ELU 3) ................................ 23
Tabela 3. 13 Parâmetros da combinação fundamental para dimensionamento dos muros de contenção
periférica e da laje de ensoleiramento (ELU 4) ..................................................................................................... 24
Tabela 3. 14 Parâmetros da combinação quase permanente utilizada na verificação do cumprimento dos limites
das deformações (EL Deformação) ....................................................................................................................... 25

Tabela 4. 1 Características e resultados do modelo de viga continua .................................................................. 30


Tabela 4. 2 Distribuição de momentos pelas faixas e respetivos momentos fletores reduzidos ......................... 30
Tabela 4. 3 Características e resultados do modelo de viga continua .................................................................. 32
Tabela 4. 4 Distribuição de momentos pelas faixas e respetivos momentos fletores reduzidos ......................... 32
Tabela 4. 5 Características e resultados do modelo de viga continua .................................................................. 33
Tabela 4. 6 Distribuição de momentos pelas faixas e respetivos momentos fletores reduzidos ......................... 34
Tabela 4. 7 Características e resultados do modelo de viga continua .................................................................. 37
Tabela 4. 8 Distribuição de momentos pelas faixas e respetivos momentos fletores reduzidos ......................... 37
Tabela 4. 9 Forças totais de punçoamento atuantes e resistentes ....................................................................... 38
Tabela 4. 10 Parâmetros de pré-dimensionamento dos pilares ........................................................................... 46
Tabela 4. 11 Verificação ao estado limite último de flexão .................................................................................. 48
Tabela 4. 12 Comparação entre ação e resistência (sem armadura especifica), para o esforço transverso ........ 49
Tabela 4. 13 Pré-dimensionamento das fundações .............................................................................................. 50
Tabela 4. 14 Verificação ao estado limite último de flexão .................................................................................. 53
Tabela 4. 15 Verificação ao estado limite último de flexão .................................................................................. 55

Tabela 5. 1 Propriedades dos materiais introduzidos no modelo de elementos finitos ....................................... 56


Tabela 5. 2 Características geométricas da fundação e do solo ........................................................................... 63
Tabela 5. 3 Valores intervenientes no cálculo de kS,1 e kS,2 ................................................................................... 64
Tabela 5. 4 Resultados da aplicação das equações 5.1 e 5.2 aos valores da tabela 5.3 ....................................... 65

Tabela 6. 1 Resultados das equações 6.1 e 6.2 ..................................................................................................... 75


Tabela 6. 2 Valores das excentricidades máximas em função da direção do cabo e da altura da laje ................. 76
Tabela 6. 3 Forças equivalentes dos cabos com geometria média, para cada grupo de cabos ............................ 78
Tabela 6. 4 Valores admissíveis para as flechas .................................................................................................... 79

Tabela 7. 1 Períodos, frequências, e fatores de participação de massa modais ................................................... 91


Tabela 7. 2 Resposta da estrutura à aplicação do momento torsor (T): Cálculo das excentricidades estruturais, e
da rigidez de torção .............................................................................................................................................. 96

xvii
Tabela 7. 3 Resposta da estrutura à aplicação da força horizontal (F) na direção X: Cálculo da rigidez de
translação em X ..................................................................................................................................................... 97
Tabela 7. 4 Resposta da estrutura à aplicação da força horizontal (F) na direção Y: Cálculo da rigidez de
translação em Y ..................................................................................................................................................... 98
Tabela 7. 5 Valores dos raios de torção e do raio de giração para cada piso ....................................................... 98
Tabela 7. 6 Cálculo do coeficiente de comportamento ...................................................................................... 100
Tabela 7. 7 Valores intervenientes na definição dos espectros de cada tipo de sismo ...................................... 102
Tabela 7. 8 Cálculo dos momento correspondentes à torção acidental ............................................................. 104
Tabela 7. 9 Análise da sensibilidade ao deslocamento relativo entre pisos ....................................................... 105
Tabela 7. 10 Verificação de deslocamentos relativos e consequente limitação de danos ................................. 106

Tabela 8. 1 Esforços normais reduzidos (sinal positivo para compressão) para a ação sísmica, ao nível da laje do
piso 0 ................................................................................................................................................................... 119
Tabela 8. 2 Valores de definição dos diagramas de esforços de cálculo............................................................. 121
Tabela 8. 3 Dimensionamento em relação ao ELU de flexão (sinal positivo para esforço axial de compressão) 123
Tabela 8. 4 Dimensionamento em relação ao ELU de esforço transverso .......................................................... 124
Tabela 8. 5 Alturas das zonas criticas .................................................................................................................. 125
Tabela 8. 6 Determinação do comprimento das zonas confinadas .................................................................... 127
Tabela 8. 7 Valor do espaçamento máximo entre cintas em função do diâmetro mínimo da armadura
longitudinal ......................................................................................................................................................... 127
Tabela 8. 8 Verificação do cumprimento das exigências de cintagem ............................................................... 128
Tabela 8. 9 Dimensionamento em relação ao ELU de flexão para a secção condicionante da parede NC1-1 (sinal
positivo para esforço axial de compressão) ........................................................................................................ 129
Tabela 8. 10 Dimensionamento em relação ao ELU de esforço transverso para a secção condicionante da
parede NC1-1 ...................................................................................................................................................... 129
Tabela 8. 11 Dimensionamento em relação ao ELU de flexão para a secção condicionante da parede NC1-2 . 130
Tabela 8. 12 Dimensionamento em relação ao ELU de flexão na secção de dispensa (sinal positivo para esforço
axial de compressão) .......................................................................................................................................... 130
Tabela 8. 13 Dimensionamento em relação ao ELU de esforço transverso na secção de dispensa ................... 130
Tabela 8. 14 Esforços normais reduzidos dos pilares primários (sinal positivo para compressão) sob a ação
sísmica, ao nível da laje do piso 0 ....................................................................................................................... 131
Tabela 8. 15 Dimensionamento dos pilares em relação ao ELU de flexão (sinal positivo para esforço axial de
compressão) ........................................................................................................................................................ 133
Tabela 8. 16 Valores mínimos, do comprimento da zona crítica, para elementos primários ............................. 136
Tabela 8. 17 Dimensionamento das zonas críticas dos pilares primários em relação ao ELU de esforço
transverso na direção da maior dimensão hc ...................................................................................................... 136
Tabela 8. 18 Dimensionamento das zonas críticas dos pilares primários em relação ao ELU de esforço
transverso na direção da menor dimensão bc .................................................................................................... 137
Tabela 8. 19 Dimensionamento das zonas correntes dos pilares primários em relação ao ELU de esforço
transverso na direção da maior dimensão hc ...................................................................................................... 137
Tabela 8. 20 Dimensionamento das zonas correntes dos pilares primários em relação ao ELU de esforço
transverso na direção da menor dimensão bc .................................................................................................... 138
Tabela 8. 21 Verificação do cumprimento das exigências de cintagem na zona crítica da base dos pilares
primários ............................................................................................................................................................. 138
Tabela 8. 22 Valores mínimos, do comprimento da zona crítica, para elementos secundários ......................... 139
Tabela 8. 23 Dimensionamento dos pilares secundários em relação ao ELU de esforço transverso na direção da
maior dimensão hc .............................................................................................................................................. 140

xviii
Tabela 8. 24 Dimensionamento dos pilares secundários em relação ao ELU de esforço transverso na direção da
menor dimensão bc ............................................................................................................................................. 141
Tabela 8. 25 Armaduras, correspondentes aos limites de ductilidade, para as zonas correntes ....................... 144
Tabela 8. 26 Armaduras, correspondentes aos limites de ductilidade, nas zonas dos capitéis .......................... 144
Tabela 8. 27 Armaduras mínimas e máximas de acordo com o EC2 ................................................................... 145
Tabela 8. 28 Parâmetros relevantes para a consulta da tabela [9] e resultados ................................................ 146
Tabela 8. 29 Dimensionamento das armaduras de colapso progressivo ............................................................ 149
Tabela 8. 30 Armaduras mínimas e máximas em função da espessura da laje .................................................. 150
Tabela 8. 31 Armaduras de flexão nas secções mais solicitadas da zona com 1m de espessura ....................... 150
Tabela 8. 32 Armaduras de flexão nas secções mais solicitadas da zona com 0,50m de espessura .................. 150
Tabela 8. 33 Verificação da resistência ao esforço transverso ........................................................................... 151
Tabela 8. 34 Dimensionamento do muro norte em relação ao ELU de flexão ................................................... 153
Tabela 8. 35 Dimensionamento do muro sul em relação ao ELU de flexão ........................................................ 153
Tabela 8. 36 Dimensionamento do muro este em relação ao ELU de flexão ..................................................... 153
Tabela 8. 37 Dimensionamento do muro oeste em relação ao ELU de flexão ................................................... 154
Tabela 8. 38 Dimensionamento da zona das rampas do muro oeste em relação ao ELU de flexão................... 154
Tabela 8. 39 Armadura horizontal dos muros ..................................................................................................... 154
Tabela 8. 40 Verificação da resistência ao esforço transverso, dos muros ........................................................ 155
Tabela 8. 41 Dimensionamento da dobra de laje em relação ao ELU de flexão ................................................. 155
Tabela 8. 42 Dimensionamento da dobra de laje em relação ao ELU de esforço transverso ............................. 155

ÍNDICE DAS EQUAÇÕES

Equação 3. 1 .......................................................................................................................................................... 10
Equação 3. 2 .......................................................................................................................................................... 10
Equação 3. 3 .......................................................................................................................................................... 10
Equação 3. 4 .......................................................................................................................................................... 13
Equação 3. 5 .......................................................................................................................................................... 13
Equação 3. 6 .......................................................................................................................................................... 13
Equação 3. 7 .......................................................................................................................................................... 13
Equação 3. 8 .......................................................................................................................................................... 14
Equação 3. 9 .......................................................................................................................................................... 19
Equação 3. 10 ........................................................................................................................................................ 19
Equação 3. 11 ........................................................................................................................................................ 19

Equação 4. 1 .......................................................................................................................................................... 28
Equação 4. 2 .......................................................................................................................................................... 29
Equação 4. 3 .......................................................................................................................................................... 29
Equação 4. 4 .......................................................................................................................................................... 29
Equação 4. 5 .......................................................................................................................................................... 31
Equação 4. 6 .......................................................................................................................................................... 32
Equação 4. 7 .......................................................................................................................................................... 34
Equação 4. 8 .......................................................................................................................................................... 34
Equação 4. 9 .......................................................................................................................................................... 34
Equação 4. 10 ........................................................................................................................................................ 39
Equação 4. 11 ........................................................................................................................................................ 40
Equação 4. 12 ........................................................................................................................................................ 45
Equação 4. 13 ........................................................................................................................................................ 47

xix
Equação 4. 14 ........................................................................................................................................................ 49
Equação 4. 15 ........................................................................................................................................................ 50
Equação 4. 16 ........................................................................................................................................................ 51
Equação 4. 17 ........................................................................................................................................................ 53
Equação 4. 18 ........................................................................................................................................................ 54

Equação 5. 1 .......................................................................................................................................................... 64
Equação 5. 2 .......................................................................................................................................................... 65

Equação 6. 1 .......................................................................................................................................................... 75
Equação 6. 2 .......................................................................................................................................................... 75
Equação 6. 3 .......................................................................................................................................................... 76
Equação 6. 4 .......................................................................................................................................................... 76
Equação 6. 5 .......................................................................................................................................................... 77
Equação 6. 6 .......................................................................................................................................................... 77
Equação 6. 7 .......................................................................................................................................................... 77
Equação 6. 8 .......................................................................................................................................................... 77
Equação 6. 9 .......................................................................................................................................................... 77
Equação 6. 10 ........................................................................................................................................................ 77
Equação 6. 11 ........................................................................................................................................................ 78

Equação 7. 1 .......................................................................................................................................................... 90
Equação 7. 2 .......................................................................................................................................................... 90
Equação 7. 3 .......................................................................................................................................................... 95
Equação 7. 4 .......................................................................................................................................................... 95
Equação 7. 5 .......................................................................................................................................................... 95
Equação 7. 6 .......................................................................................................................................................... 95
Equação 7. 7 .......................................................................................................................................................... 95
Equação 7. 8 .......................................................................................................................................................... 96
Equação 7. 9 .......................................................................................................................................................... 96
Equação 7. 10 ........................................................................................................................................................ 96
Equação 7. 11 ........................................................................................................................................................ 97
Equação 7. 12 ........................................................................................................................................................ 97
Equação 7. 13 ........................................................................................................................................................ 99
Equação 7. 14 ...................................................................................................................................................... 103
Equação 7. 15 ...................................................................................................................................................... 104
Equação 7. 16 ...................................................................................................................................................... 105
Equação 7. 17 ...................................................................................................................................................... 106

Equação 8. 1 ........................................................................................................................................................ 107


Equação 8. 2 ........................................................................................................................................................ 113
Equação 8. 3 ........................................................................................................................................................ 113
Equação 8. 4 ........................................................................................................................................................ 114
Equação 8. 5 ........................................................................................................................................................ 115
Equação 8. 6 ........................................................................................................................................................ 115

xx
Equação 8. 7 ........................................................................................................................................................ 116
Equação 8. 8 ........................................................................................................................................................ 116
Equação 8. 9 ........................................................................................................................................................ 116
Equação 8. 10 ...................................................................................................................................................... 117
Equação 8. 11 ...................................................................................................................................................... 117
Equação 8. 12 ...................................................................................................................................................... 118
Equação 8. 13 ...................................................................................................................................................... 118
Equação 8. 14 ...................................................................................................................................................... 119
Equação 8. 15 ...................................................................................................................................................... 120
Equação 8. 16 ...................................................................................................................................................... 120
Equação 8. 17 ...................................................................................................................................................... 125
Equação 8. 18 ...................................................................................................................................................... 125
Equação 8. 19 ...................................................................................................................................................... 126
Equação 8. 20 ...................................................................................................................................................... 126
Equação 8. 21 ...................................................................................................................................................... 126
Equação 8. 22 ...................................................................................................................................................... 126
Equação 8. 23 ...................................................................................................................................................... 126
Equação 8. 24 ...................................................................................................................................................... 127
Equação 8. 25 ...................................................................................................................................................... 128
Equação 8. 26 ...................................................................................................................................................... 128
Equação 8. 27 ...................................................................................................................................................... 128
Equação 8. 28 ...................................................................................................................................................... 128
Equação 8. 29 ...................................................................................................................................................... 131
Equação 8. 30 ...................................................................................................................................................... 134
Equação 8. 31 ...................................................................................................................................................... 134
Equação 8. 32 ...................................................................................................................................................... 134
Equação 8. 33 ...................................................................................................................................................... 135
Equação 8. 34 ...................................................................................................................................................... 139
Equação 8. 35 ...................................................................................................................................................... 148

xxi
LISTA DE ABREVIAÇÕES

LETRAS MAIÚSCULAS LATINAS

A - Área de influencia de um pilar;

Ac - Área da secção transversal de betão;

As – Área de armadura;

Cd - Valor limite do parâmetro C relativo ao comportamento da estrutura em serviço;

DCM - Classe de ductilidade média;

DMF - Diagrama de momentos fletores;

Ecm - Modulo de elasticidade secante do betão;

Ed - Valor de cálculo dos efeitos E;

Es - Modulo de elasticidade do aço / Modulo de deformabilidade do solo;

EC0 - Eurocódigo0;

EC1 - Eurocódigo1;

EC2 - Eurocódigo2;

EC7 - Eurocódigo7;

EC8 - Eurocódigo8;

ELU - Estado Limite Último;

F - Força;

Fk - Valor característico da ação F;

Gk,i - Valor característico da ação permanente i;

IP - Momento polar de inércia;

K - Rigidez;

L - Vão;

M- Momento fletor;

MSd - Momento fletor de cálculo;

xxii
N - Esforço axial;

NSd - Valor de cálculo do esforço axial;

P - Força de pré-esforço;

Qk,i - Valor característico da ação variável i;

Rd - Valor de cálculo da resistência R;

Rk - Valor característico da resistência R;

REBAP - Regulamento de estruturas de betão armado e pré-esforçado;

RSA - Regulamento de segurança e ações para estruturas de edifícios e pontes;

S - Coeficiente de solo;

Sd - Valor da aceleração do espectro de resposta de cálculo;

Se - Valor da aceleração do espectro de resposta elástica;

T - Período de vibração;

VEd - Esforço transverso de cálculo correspondente à combinação sísmica;

VSd - Esforço transverso de cálculo;

VRd,c - Resistência ao esforço transverso sem armadura específica;

VRd,s - Resistência ao esforço transverso com armadura específica;

W - Módulo de flexão;

LETRAS MINÚSCULAS LATINAS

agR - Aceleração máxima de referencia em rocha;

al - Deslocamento vertical do DMF, devido à ação sísmica, nas paredes primarias;

b - Largura da secção de betão;

d - Altura útil da secção;

ds - Deslocamento de um ponto do sistema estrutural devido à ação sísmica de cálculo;

e - Excentricidade;

f - Frequência de vibração;

xxiii
fcd - Resistência de cálculo do betão à compressão;

fck- Resistência característica do betão à compressão;

fctk- Valor característico da tensão de rotura do betão à tração simples;

fctm- Valor médio da tensão de rotura do betão à tração simples;

fpuk- Resistência última do aço de pré-esforço;

fpyd- Resistência de cálculo do aço de pré-esforço;

fpyk- Resistência característica do aço de pré-esforço;

fyd- Resistência de cálculo do aço;

fyk- Resistência característica do aço;

h - Espessura de laje;

hc – Maior dimensão da secção transversal de um pilar;

hcr - Altura de zona critica em elementos verticais;

hw - Altura da parede;

k0 - Coeficiente de impulso em repouso do solo;

ka - Coeficiente de impulso ativo do solo;

kp - Coeficiente de impulso passivo do solo;

ks - Coeficiente de reação do solo;

lb,net - Comprimento de amarração;

lc - Comprimento de zona confinada nas extremidade da secção de parede sísmica primária;

ls - Raio de giração;

lw - Maior dimensão da secção transversal de uma parede;

mSd - Valor de cálculo do momento fletor por unidade de largura da secção;

pSd - Valor de cálculo por unidade de comprimento da carga linear p;

q - Coeficiente de comportamento;

qcqp - Valor, para a combinação quase permanente de ações, da carga q;

xxiv
qk - Valor característico por unidade de superfície da carga uniformemente distribuída q;

qSd - Valor de cálculo da carga q;

r - Raio de torção;

s - Espaçamento entre cintas/estribos;

u - Perímetro de controlo da resistência ao punçoamento;

wmáx - Valor admissível para a abertura de fendas;

z - Braço entre as resultantes das forças de compressão e tração numa secção de betão sujeita a flexão;

LETRAS MINÚSCULAS GREGAS

αà– Coeficiente de eficácia do confinamento;

à- Coeficiente de segurança parcial para ação ou resistência;

Rd – Coeficiente de sobrerresistência;

à- Deslocamento;

c2 - Extensão do betão para a máxima tensão de compressão;

cu2 - Extensão ultima do betão;

ud - Extensão ultima de cálculo do aço;

uk - Extensão ultima do aço;

θà- Angulo de inclinação das bielas comprimidas em relação ao eixo longitudinal da peça;

µ - Momento fletor reduzido;

νà- Relação entre deslocamentos em serviço e os deslocamentos de cálculo, devidos á ação sísmica;

νSd - Esforço axial reduzido de cálculo;

σà- Tensão;

σadm - Tensão admissível do solo;

φà- Varão de diâmetro;

φ´à- Angulo de atrito do solo;

à- Fator de combinação;

xxv
à– Percentagem mecânica de armadura;

xxvi
xxvii
1 INTRODUÇÃO

O objetivo do presente trabalho pode ser definido como a compilação de alguns dos conhecimentos, adquiridos
ao longo do curso de Engenharia Civil, numa aplicação prática; mais especificamente, a otimização da interação
sequencial, entre os diferentes aspetos intervenientes no projeto de edifícios, representou o principal foco do
trabalho.
Com base na arquitetura, prevista para o edifício em estudo (conforme peças desenhadas em anexo), pretendeu-
se percorrer todas as etapas que caracterizam o projeto de estruturas de um edifício.
Em primeiro lugar, partindo dos conhecimentos adquiridos no âmbito do dimensionamento, foi materializada
uma solução estrutural, compatível com a arquitetura e previsivelmente com as exigências de segurança
regulamentares, cujos elementos foram devidamente pré-dimensionados.
A verificação em relação ao Estados Limite traduziu o cumprimento das exigências regulamentares em vigor, em
matéria de segurança (Estados Limite Últimos) e qualidade do comportamento em serviço (Estados Limite de
Utilização).
Ao longo de todo o processo, os efeitos das ações estáticas e dinâmicas, sobre a estrutura, foram avaliados com
base num modelo tridimensional de elementos finitos (software SAP2000®), coerentemente com a prática atual
da engenharia no projeto de estruturas.

1
2 CONCEÇÃO ESTRUTURAL

2.1 ANÁLISE DA ARQUITETURA

O edifício, cujo projecto de estruturas constituiu o objetivo de trabalho da presente tese, localiza-se em Sines,
afastado da zona costeira, e é constituído por três pisos enterrados, piso térreo com zona interior e jardim, treze
pisos elevados, e um terraço como último piso acessível. Tanto em alçado como em planta, as formas
apresentam-se bastante regulares, com apenas três variações significativas na geometria aproximadamente
retangular das lajes (ao nível dos pisos 0, 13, e do terraço), e altura entre pisos sem variações bruscas
(excetuando a do piso 0).
Os pisos do -3 ao -1 são destinados ao estacionamento de veículos ligeiros, localizando-se respetivamente às
cotas de projeto -10,10m, -7,30m e -4,50m, com uma área, igual para os três, de aproximadamente 1605m 2.
A zona interior do piso 0 apresenta uma área de 484m2 à cota +0,00m, que inclui zonas de uso comum (ginásio,
salas de condomínio e atividades infantis), e um pé direito de 4,95m. No exterior encontra-se o jardim, também
à cota +0,00m, implantado sobre uma camada de terreno com espessura de 0,43m assente sobre a restante área
da laje acima do piso -1. Por fim a zona de acesso à rampa da garagem localiza-se ligeiramente abaixo, à cota
-1,50m.
Os pisos de 1 a 12 são destinados ao uso habitacional com tipologias desde T1 a T5+2, área de 678m2, e cotas
entre +5,30m e +41,60m (3,30m de altura entre pisos). O piso 13, o último destinado à habitação, apresenta duas
zonas vazadas de grande dimensão que reduzem a área para 534m 2.
O terraço de utilização comum com área de 553m2, localizado à cota +44,90m, é caracterizado, principalmente,
por um encurtamento da dimensão em planta na direção E-W, em relação à geometria corrente dos pisos
elevados.
Quanto à pala de cobertura considera-se relevante referir que tem como material constituinte o betão leve, com
a finalidade de limitar a magnitude das cargas verticais transmitidas às lajes do terraço e do piso 13.
Por fim é de evidenciar a importância dos painéis de fachada (também eles de betão leve) que, atuando como
cargas de faca aplicadas na periferia dos pisos, foram fortemente condicionantes para todo o processo de
dimensionamento, particularmente no que diz respeito às lajes e ao comportamento dinâmico da estrutura.
Toda a arquitetura acima descrita duma forma sumária, está devidamente representada nas peças desenhadas
em anexo.

2.2 CONDICIONANTES PRINCIPAIS

Partindo dos pressupostos ditados pelo projeto de arquitetura, o objetivo foi, nesta fase, criar uma solução
estrutural funcional que pudesse satisfazer as exigências de segurança e conforto do edifício, sem alterações
significativas dos ponto de vista visual e da organização do espaço interior.

2
A atenção foi primariamente dirigida para as características arquitetónicas que são marcadamente influentes na
tomada de decisões relativas à tipologia estrutural, à geometria da solução, e à tecnologia necessária para a sua
concretização:

 Necessidade de manter os lugares de estacionamento e respetivos espaços de acesso e circulação;


 Manutenção dos espaços amplos de utilização comum ao nível do piso 0;
 Tetos lisos;
 Superfícies envidraçadas com altura igual ao pé direito, em substituição de paredes exteriores;
 Embutimento, sempre que possível, dos pilares nas paredes divisórias;
 )o asàpe if i asàdasàlajesàdosàpisosà àaà ,àdeàg a deà o,àaàfu io a e à e à o sola ;
 Elementos de fachada irregulares apoiados nos bordos das lajes;
 Manutenção da cércea do edifício.

Conjugando todos os aspetos acima referidos com algumas alterações de pequeno impacto, que permitiram
acomodar a estrutura duma forma mais eficaz, chegou-se à definição das características descritas de seguida.

2.3 SOLUÇÃO ESTRUTURAL

2.3.1 LAJES

A solução adotada prevê, para todos os pisos, a execução de lajes fungiformes maciças (figura 2.1 com imagem
de laje maciça e maciça com capitel), com espessura constante (de 0,25m a 0,29m) ou espessadas nas zonas
sobre os pilares (espessura corrente/espessura capitel de 0,22/0,37m ou 0,27/0,42m).

Figura 2. 1 Laje maciça sem capitéis e com capitéis

Para as lajes dos pisos destinados a habitação, assim como para a laje do terraço, manifestou-se, com o fim de
controlar as deformações, a necessidade de adoção de pré-esforço. Percebe-seàassi à ueàasàzo asà e à o sola à
com vãos superiores a 3,50m (figura 2.2), carregadas no seu bordo livre pelos painéis de fachada, constituíram o
maior desafio do ponto de vista do dimensionamento.

3
Figura 2. 2 Geometria das zonas de laje em consola (a sombreado)

Quanto às lajes dos restantes pisos, caracterizadas por vãos correntes na ordem dos 7-8m, apenas a da zona
exterior do piso 0 suscitou maiores cuidados, devido ao elevado valor da carga permanente constituída pela
camada de solo do jardim.

2.3.2 PILARES

Entre as fundações e o terraço, optando-se por pilares contínuos em altura, as localizações sugeridas pelo projeto
de arquitetura foram consideradas adequadas, tendo-se efetuado apenas ajustes mínimos devido à necessidade
de secções transversais maiores. Tais alterações têm os seus efeitos mais visíveis, no deslocamento de alguns
lugares de estacionamento (figura 2.3), e na necessidade de aumentar a espessura, nos pisos 1 a 11, da parede
interior que atravessa o edifício em E-W (figura 2.4) embutindo os pilares na mesma.

4
Figura 2. 3 Reajustamento da disposição dos lugares de estacionamento

Figura 2. 4 Aumento de espessura de parede interior com fins estéticos

Quanto aos pilares que suportam a pala de cobertura, apoiando na laje do terraço, foi necessário deslocar o
alinhamento central (em N-S) na direção Norte de 0,60m, e adicionar dois pilares; tudo isto com o principal
intuito de prevenir deformações inestéticas.
Apresentam-se de seguida (figura 2.5) os eixos da estrutura fruto da aproximação, o mais regular possível,
adotada para a geometria real dos pilares.

5
Figura 2. 5 Alinhamentos principais da estrutura sobre planta tipo de pisos de garagem

2.3.3 PAREDES

Tendo em consideração a localização do edifício numa zona caracterizada pela importância da ação sísmica, e o
porte da estrutura, a espessura de 0,20m para as paredes dos núcleos transmitiu, logo à primeira impressão,
suspeitas de ser insuficiente. Tal facto acabou por ser confirmado, em primeiro lugar pelo incumprimento das
exigências impostas pelo Eurocódigo8 [1], e de seguida também pela análise dinâmica da estrutura. Assim, após
várias iterações, no sentido do cumprimento dos critérios de segurança e de um adequado comportamento em
serviço, revelou-se necessário um aumento substancial da espessura de todas as paredes para o valor de 0,40m
(figura 2.6).

6
Figura 2. 6 Espessamento das paredes dos núcleos

Foi assim necessário adotar elevadores e monta-cargas com cabines de dimensões mais reduzidas (catálogo OTIS
[2]), reduzir as dimensões do vão de escadas, e efetuar outras ligeiras alterações ao nível das paredes interiores
adjacentes aos núcleos.
Vale a pena evidenciar, neste parágrafo, que a situação desejável para o edifício em estudo, do ponto de vista
estrutural, passaria pela adoção de elementos resistentes à ação sísmica na periferia das lajes dos pisos elevados
conferindo ao conjunto uma rigidez de torção adequada; porem tal solução nem sequer é ponderável, devido à
impossibilidade, face ao arranjo interior dos pisos, de fundar paredes ou pilares, em tal posição.
Consequentemente ao longo de todo o trabalho foram enfrentadas as consequências dessa limitação,
particularmente face ao dimensionamento sísmico.

2.3.4 FUNDAÇÕES

As fundações do edifício são integralmente superficiais, assentes em solo compacto com uma tensão máxima
admissível de 400kPa. Face à importância da carga total transmitida ao terreno, à qual o solo opõe apenas uma
resistência média, considerou estar-se no domínio em que a solução de ensoleiramento geral se torna a mais
vantajosa, tendo tomado então o seu partido, conforme descrito no subcapítulo 4.5.
áàp i ipalà a a te ísti aàdaàlajeàdeàfu daç oà àaàdeàpossui àu aàespessu aà aisà eduzida,à asàzo asà a egadas à
apenas pelos pisos enterrados e pelo piso 0, em relação à adotada para a área na qual são fundados os pilares
que se estendem até ao topo do edifício.

7
2.3.4 COMUNICAÇÕES VERTICAIS

No que concerne às rampas de acesso aos pisos enterrados considerou-se uma espessura de 0,22m, idêntica à
das lajes dos pisos -2 e -1.
Relativamente às escadas, foram mantidas as dimensões dos degraus (espelhos e cobertores) e a espessura da
laje dos patins (0,20m), sugeridas nos elementos de arquitetura.

8
3 METODOLOGIAS E PARÂMETROS DE DIMENSIONAMENTO

3.1 REGULAMENTAÇÃO

A regulamentação pela qual se regeu todo o projeto do edifício em estudo é constituída pelo conjunto dos
Eurocódigos estruturais, abrangendo os parâmetros e as metodologias adotadas em cada fase do trabalho,
conforme enunciado de seguida.

 NP EN 1990:2009 [3]
Eurocódigo0 - Bases para o projeto de estruturas;
 NP EN 1991-1-1:2009 [4]
Eurocódigo1 - Ações em estruturas, parte 1-1 (ações gerais);
 NP EN 1992-1-1:2010 [5]
Eurocódigo2 - Projeto de estruturas de betão, parte 1-1 (regras gerais e regras para edifícios);
 NP EN 1997-1:2010 [6]
Eurocódigo7 - Projeto geotécnico, parte 1 (regras gerais);
 NP EN 1998-1:2010 [1]
Eurocódigo8 - Projeto de estruturas para resistência aos sismos, parte 1 (regras gerais, ações sísmicas e
regras para edifícios);
 DL nº 349-C/83 [7]
REBAP - Regulamento de estruturas de betão armado e pré-esforçado;
 DL nº 235/83 [8]
RSA - Regulamento de segurança e ações para estruturas de edifícios e pontes;

3.2 ESTADOS LIMITE ÚLTIMOS

Os Estados Limite Últimos (ELU) pretendem representar situações limite de rotura local ou global da estrutura
que conduzam à inutilização da mesma levando-a à incapacidade de suportar, em segurança, o carregamento
para a qual foi concebida.
A verificação de segurança em relação aos ELU é feita através da comparação entre os valores de projeto da ação
e da resistência.

O valor da ação atuante é representado pela combinação de ações mais desfavorável, face à verificação de
segurança em causa, que pode, essencialmente, ser relativa aos seguintes Estados Limite Últimos:

 Flexão;
 Esforço transverso;
 Encurvadura;
 Equilíbrio.

9
Tanto para as ações como para os parâmetros de resistência dos materiais, são determinados valores
característicos, Fk (com 95% de probabilidade de não ser excedido) e R k (com 95% de ser excedido)
respetivamente (figura 3.1).

Figura 3. 1 Curvas de probabilidade da ação e da resistência

Os quais aparecem de seguida majorados/minorados, pelos oefi ie tesà deà segu a çaà pa iaisà ,à asà
combinações de ações e nas resistências que serão objeto de comparação na verificação de segurança aos ELU.

Ed≤Rd.
Equação 3. 1

De acordo com esta formulação, a probabilidade de ruína de uma estrutura, projetada e construída de acordo
com os requisitos regulamentares, deverá ser inferior a 10-5.

3.2.1 AÇÃO

A determinação do valor de cálculo dos efeitos das ações Ed, deriva da comparação entre os resultados possíveis,
consoante a ação variável de base escolhida para a combinação fundamental de ações, que tem a seguinte forma

= {∑ �, , + , , +∑ , � , , };
Equação 3. 2

ou se a ação variável de base for a ação sísmica

= {∑ , + �� + ∑ � , , };
Equação 3. 3

em que:

�, - Coeficiente de segurança parcial para a ação permanente i;

10
, - Valor característico da ação permanente i;

, - Coeficiente de segurança parcial para a ação variável de base;

, - Valor característico da ação variável de base;

, - Coeficiente de segurança parcial para a ação variável j;

� , , - Valor de combinação para a ação variável j;

�� - Valor da ação sísmica de projeto;

� , , - Valor quase permanente da ação variável j.

No caso da verificação de segurança de secções, por exemplo, o efeito sobre a estrutura, de determinada
combinação de ações, será representado pelos esforços na própria secção devidos à atuação das ações em causa
sobre a estrutura.

3.2.2 RESISTÊNCIA

Com o fim de calcular os esforços resistentes das secções de betão armado é possível adotar as seguintes
hipóteses:

 Resistência nula do betão à tração;


 Secções planas após a fendilhação;
 Perfeita aderência aço-betão sem escorregamentos entre os materiais.

Para além das hipóteses acima enumeradas o Eurocódigo2 [5] também define claramente o comportamento do
aço e do betão em resposta às tensões às quais estarão previsivelmente submetidos. Assim para o betão
comprimido é fornecido o seguinte diagrama parábola-retângulo (figura 3.2) para a relação tensões-extensões,
e à ue,àpa aà etõesà o e tes,àaàexte s oàpa aàaà xi aàte s oàdeà o p ess oà à c2=2
0
/00 e a extensão última
à cu2=3,5
0
/00

Figura 3. 2 Diagrama regulamentar tensões-extensões para o betão [5]

11
com:

� = [ − − ] ;

� = ;

= ;

- Resistência de projeto do betão à compressão;

- Resistência característica do betão à compressão;

- Coeficiente parcial de segurança relativo à resistência do betão.

Valores para c2 , cu2, n e fcd definidos no quadro 3.1 do EC2 [5].

Para o aço, o diagrama de tensões-extensões (válido para tração e compressão) é o seguinte (figura 3.3)

Figura 3. 3 Diagrama regulamentar tensões-extensões para o aço [5]

com:

- Modulo de elasticidade do aço que assume o valor de 210GPa;

- Resistência de projeto do aço;

- Resistência característica do aço;

- Coeficiente parcial de segurança relativo à resistência do aço.

É possível observar que o diagrama B, válido para o dimensionamento, apresenta dois andamentos possíveis,
para o caso de se considerar ou não o aumento da resistência do aço devido ao endurecimento. Porém, no caso
de se considerar o endurecimento, a extens oàúlti a,àe à ezàdeàassu i àoà alo à uk=10
0
/00, deve ser limitada a
ud= , uk.

12
3.3 ESTADOS LIMITE DE UTILIZAÇÃO

A verificação em relação aos Estados Limite de Utilização visa garantir um bom comportamento das estruturas
(durabilidade, aparência, conforto para os utilizadores e funcionalidade) em situação corrente de serviço, através
da imposição de valores limite Cd para determinados parâmetros, relativos ao desempenho dos materiais e da
própria estrutura.
Ed≤Cd
Equação 3. 4

Neste caso, o valor de cálculo do critério de utilização pode ser determinado para uma das seguintes
combinações, consoante o estado limite de utilização que se esteja a verificar, e o valor de C d adotado.

 Combinação quase permanente de ações -Estadoàli iteàdeàlo gaàdu aç oà %àdoàte poàdeà idaàdaà
estrutura)
= {∑ , + ∑� , , };
Equação 3. 5

 Combinação frequente de ações - Estadoàli iteàdeà u taàdu aç oà ≈ %àdoàte poàdeà idaàdaàest utu a

= {∑ , +� , , + ∑� , , };
Equação 3. 6

 Combinação característica de ações - Estado limite de muito curta duração (algumas horas no período
de vida da estrutura)

= {∑ , + , + ∑� , , };
Equação 3. 7

em que:

, - Valor característico da ação permanente i;

� , , - Valor frequente da ação variável de base;

� , , - Valor quase permanente da ação variável j;

, - Valor característico da ação variável de base;

� , , - Valor de combinação para a de acção variável j.

Para os Estados Limite de Utilização os efeitos estruturais das ações são normalmente determinados
considerando as propriedades médias dos mate iaisà oà i o adasà pelosà oefi ie tesà ,à eà adota doà u aà
análise elástica linear.

13
A formulação acima descrita conduz a que a probabilidade de ser excedido o valor admissível para o critério de
utilização Cd seja da ordem de 10-1.

3.3.1 ESTADO LIMITE DE FENDILHAÇÃO

A fendilhação do betão ocorre quando a sua resistência à tração é ultrapassada, o que equivale, para efeitos de
cálculo, à concretização da seguinte condição.

� >
Equação 3. 8

A análise e quantificação de tal fenómeno, intimamente ligado ao betão armado, pretende limitar ou até anular
a dimensão das fendas (dependendo do tipo, de estrutura e das condições às quais está exposta) de forma a
garantir boas condições estéticas, de funcionamento, e de durabilidade.
As ações que estão na origem da ocorrência de fendilhação podem ser divididas em dois tipos:

 Ações diretas - Cargas aplicadas à estrutura;


 Ações indiretas - Deformações ou acelerações provocadas, por exemplo, por variações de temperatura,
retração do betão ou assentamentos diferenciais.

O valor admissível para a abertura de fendas wmáx em estruturas correntes de betão armado, calculada para a
combinação de ações quase permanente, é definido pelo EC2 [5] (figura 3.4), em função da classe de exposição
do elemento em análise.

Figura 3. 4 Quadro 7.1N do EC2 [5]

Em alternativa ao cálculo direto da abertura de fendas, o EC2 (7.3.3) [5] permite que tal fenómeno seja
controlado de forma indireta, indicando dimensões e espaçamentos máximos para os varões de armadura nas
zonas tracionadas.

14
3.3.2 ESTADO LIMITE DE DEFORMAÇÃO

A deformação dos elementos estruturais deve ser controlada de forma a não se tornar comprometedora do
bom funcionamento da estrutura, ou dos equipamentos por ela suportados, e da integridade dos elementos
não estruturais.
No cálculo de deformações de elementos de betão armado sujeitos a esforços de tração ou flexão deve ter-se
em consideração, para além das características de deformabilidade do betão e a existência de armaduras
longitudinais, a fendilhação do betão e ainda o comportamento diferido em resultado de fluência e retração.
O EC2 (7.4) [5] fornece orientações bastante rigorosas quanto à metodologia de cálculo das deformações, tendo
em conta todos os fenómenos supracitados, e aos valores limite para as flechas a longo prazo (para a combinação
de ações quase permanente).
No que diz respeito a estes últimos, é consensual assumir-se, para lajes e vigas, os valores de L/250 (por questões
est ti asàeàdeà o àfu io a e to àouàL/ à , à[8] para impedir danificação dos elementos não estruturais
adjacentes).

Também para as flechas o EC2 [5] permite o controlo indireto (figura 3.5) baseado na relação .
� ú

Figura 3. 5 Quadro 7.4N do EC2 [5]

Para estruturas correntes é ainda possível, de uma forma mais expedita, agrupar os efeitos diferidos e da
fendilhação num coeficiente global (4 a 5 para estruturas de betão armado, 3 a 4 para estruturas pré-esforçadas
[9]), que aplicado à deformação elástica, permite estimar o valor da flecha a longo prazo que deve ser inferior
aos valores limite.

15
3.4 CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS

Considerando o período de vida útil da estrutura em causa, e tratando-se de um edifício de habitação corrente,
selecionaram-se materiais frequentemente utilizados, e facilmente acessíveis na indústria da construção
portuguesa.

3.4.1 BETÃO

Face às considerações anteriores, e às características apresentadas pela arquitetura, em particular devido à


concentração de carga na periferia do edifício representada pelas fachadas, tornou-se necessário optar pela
utilização de três tipos de betão distintos:

 C35/45 para a execução global da estrutura;


 C12/15 como betão de regularização;
 LC35/38 classe LC 1,0 para os painéis de fachada pré-fabricados e a pala de cobertura.

Cujas propriedades se encontram tabeladas de seguida (tabela 3.1).

Betão Peso volúmico (kN/m3) fck (MPa) fcd (MPa) fctm (MPa) Ecm (GPa) fctk 0.05 (MPa)
C35/45 25,0 35,0 23,3 3,2 34,0 2,2
C12/15 25,0 12,0 8,0 1,6 27,0 1,1
LC35/38 11,5 35,0 23,3 2,2 7,0 1,5

Tabela 3. 1 Características dos tipos de betão utilizados

Para o betão estrutural utilizado nos elementos que foram dimensionados, apresentam-se (tabela 3.2) também
as especificações de durabilidade relativas ao recobrimento das armaduras obtidas da NP EN 206-1 [10].

Recobrimento Recobrimento
Classe de Classe
mínimo adotado
exposição estrutural
(cm) (cm)
Vigas e Pilares XC4 S4 4,0 4,0
Lajes XC3 S2 2,5 2,5
Elementos em contacto com o
XC2 S3 3,0 5,0
solo

Tabela 3. 2 Recobrimentos adotados

3.4.2 ARMADURAS

Apresentam-se de seguida as características dos aços pelos quais se optou, tanto para as armaduras ordinárias
A500NR SD (tabela 3.3), como para os cordões dos cabos de pré-esforço Y1860 S7 15.2 com diâmetro de 0,6´´
(tabela 3.4).

16
fsyk (MPa) 500,0
fsyd (MPa) 435,0
ES (GPa) 210,0

Tabela 3. 3 Características do aço das armaduras ordinárias

fpuk (MPa) 1860,0


fpyk (MPa) 1670,0
fpyd (MPa) 1452,2
ES (GPa) 195,0

Tabela 3. 4 Características do aço das armaduras de pré-esforço

3.5 CONDIÇÕES GEOTÉCNICAS

As características do solo de fundação e de aterro foram consideradas homogéneas tanto em planta como em
profundidade, correspondendo às de uma areia compacta (segundo Bowles [11]) na ausência de nível freático,
e tomaram-se os seguintes valores (tabela3.5) para os parâmetros intervenientes no projeto de estruturas.

Tipo de terreno
C
(classificação EC8)
σadm (kPa) 400
Peso volúmico saturado
20
(kN/m3)
φ´ 30₀
ka 0,33
kp 3,00
k0 0,50
ES (MPa) 50 a 80
ν 0,30

Tabela 3. 5 Características do solo de fundação

3.6 DEFINIÇÃO DAS AÇÕES

Pode definir-se como ação, qualquer fenómeno que introduza variações no estado de tensão dos elementos
estruturais.
A classificação das ações, nos tipos abaixo descritos, para fins de projeto, baseia-se principalmente no tipo de
permanência sobre a estrutura e na probabilidade de ocorrência.

 Ações permanentes;
 Ações variáveis;

17
 Ações acidentais.

As ações permanentes caracterizam-se pelo valor praticamente constante ao longo da vida útil da estrutura,
podendo ser diretas (geralmente constituídas pelo peso próprio dos elementos estruturais e não estruturais
fixos, e por impulsos de solos ou fluidos) ou indiretas (tais como retração, fluência, assentamentos de apoios, ou
pré-esforço).
As ações variáveis, pelo contrário, apresentam uma grande variabilidade de intensidade ao longo da vida útil da
estrutura, sendo também classificáveis como diretas (sobrecargas de utilização, vento, e outras forças que
possam atuar sobre a estrutura) ou indiretas (principalmente representadas por variações de temperatura
uniformes ou diferenciais e pela aceleração devida ao sismo).
Por fim as ações acidentais pretendem traduzir situações, fortemente improváveis e de muito breve duração
(tais como choques de veículos, explosões, ou incêndios), impossíveis de controlar de forma indireta através da
aplicação de prescrições adequadas ao nível do projeto. Este último tipo de ação não foi contabilizado no
presente projeto.
São quantificadas de seguida as ações relevantes para o edifício em estudo, tendo a base regulamentar
anteriormente citada no subcapítulo 3.1.

3.6.1 AÇÕES PERMANENTES

Nas 3.6 e 3.7, apresentam-se os valores adotados para o peso próprio de materiais (Eurocódigo1 [4]) e solo, e
para as restantes cargas permanentes.

Peso volúmico betão C35/45 (kN/m3) 25,0


Peso volúmico betão LC35/38 (kN/m3) 11,5
Peso volúmico do solo de fundação e aterro (kN/m3) 20,0
Peso próprias escadas de emergência metálicas (kN/m) 1,35
Peso volúmico do solo no jardim exterior do piso 0 (kN/m 3) 20,0

Tabela 3. 6 Pesos volúmicos dos materiais

Camada de regularização pisos -3 a -1 (kN/m2) 1,0


Revestimento pisos 0 a 13 (kN/m2) 1,5
2
Revestimento terraço (kN/m ) 2,0
Casa das máquinas do elevador (kN/m2) 10,0
2
Revestimento dos degraus das escadas (kN/m ) 3,0

Tabela 3. 7 Valores das restantes cargas permanentes

No que concerne a quantificação da carga distribuída equivalente às paredes divisórias interiores (restantes
cargas permanentes), face à distribuição uniforme das mesmas, foi preferida a abordagem preconizada pelo
Art.15º do RSA [7], permitindo uma maior simplicidade de modelação. Seguem-se os cálculos que conduziram
ao valor acima tabelado, sendo

18
= ×ℎ ;
Equação 3. 9

� = × , ;
Equação 3. 10

em que:

- Peso próprio da parede por metro linear de desenvolvimento em planta;

– Média do peso por m2 dos dois tipos de parede divisória (figura 3.6);

ℎ - Altura da parede divisória que se assumiu igual à altura entre pisos;

� – Carga distribuída equivalente às paredes divisórias.

Figura 3. 6 Configurações dos panos de alvenaria para fins de cálculo do seu peso [9]

Peso próprio Altura da Peso próprio Carga distribuída


Piso da parede parede da parede equivalente
(kN/m2) (m) (kN/m) (kN/m2)
Piso 0 2,2 5,05 11,1 4,4
Pisos 1 a 13 2,2 3,05 6,71 2,7

Tabela 3. 8 Restantes cargas permanentes devidas às paredes divisórias

Foi também necessário quantificar como restante carga permanente a ação dos painéis de fachada sobre as lajes,
já que se descurou qualquer capacidade resistente dos mesmos em sede de projeto. O material considerado
como constituinte de tais elementos foi o LC35/38, e a espessura foi de 20cm, o que levou ao cálculo do peso
próprio por unidade de superfície dos painéis

= ú � � / × � .
Equação 3. 11

19
Os métodos de quantificação das cargas de faca sobre as lajes, representantes as fachadas, são descritos
pormenorizadamente no subcapítulo 5.7 do presente texto.
Na quantificação das ações sobre os muros de contenção periférica, tomou-se, para o coeficiente de impulso, o
valor em repouso K0 (tabela 3.5).
As ações indiretas, devidas à deformação do betão por retração, não foram diretamente contabilizadas e
modeladas, tendo-se considerado os seus efeitos, de forma simplificada, apenas na análise do comportamento
em serviço da estrutura.
O pré-esforço está devidamente descrito e quantificado ao longo do capítulo 6.

3.6.2 AÇÕES VARIÁVEIS

Para todas as ações variáveis presentes (exceto a ação sísmica à qual é dedicado o capítulo 7 deste trabalho),
através da consulta do anexo nacional do Eurocódigo1 foram fixados os seguintes valores característicos qk e os
respetivos coeficientes de redução Ψ (tabela 3.9):

Categoria sobrecarga
Zona carregada qk (kN/m2) Ψ0 Ψ1 Ψ2
(classificação EC1)
Garagens e rampas F 2,5 0,7 0,7 0,6
Exterior Piso 0 C 5,0 0,7 0,7 0,6
Interior Piso 0 C 5,0 0,7 0,7 0,6
Pisos elevados correntes A 2,0 0,7 0,5 0,3
Terraço C 3,0 0,7 0,7 0,6
Cobertura H 1,0 0 0 0
Escadas A 3,0 0,7 0,5 0,3
Escadas de emergência A 3,0 0,7 0,5 0

Tabela 3. 9 Valores característicos e coeficientes de redução das sobrecargas

Note-se que a verificação da segurança das lajes, em relação à atuação de cargas concentradas [4], não se revelou
condicionante em nenhum dos pisos, e foi portanto omitida a sua descrição no presente trabalho.
Foi dispensada a consideração das ações indiretas, devidas às variações de temperatura, admitindo-se como
descurável o seu efeito sobre o edifício em análise. Também a ação do vento foi à partida excluída das
verificações de segurança, vista a preponderância clara da ação sísmica em termos de ações horizontais.

3.6.3 COMBINAÇÕES DE AÇÕES

São combinações de ações, de origem distinta, que podem verossimilmente atuar em simultâneo sobre a
estrutura, durante um determinado período de tempo, com valores diferentes dos característicos. A incerteza,
associada à duração de tal efeito simultâneo, e à variabilidade das próprias ações, é enfrentada através da adoção
dos coeficientes de redução Ψ , estatisticamente calibrados, que intervêm nas combinações. Entre as diferentes
possibilidades de ocorrência simultânea (dependendo da ação variável de base e consequentemente dos Ψ das

20
ações), é depois escolhida a que produz os efeitos mais gravosos para a estrutura. De seguida elencam-se, as
combinações que foram relevantes para o projeto do edifício em estudo (tabelas 3.10 a 3.14).

Coeficiente de
Coeficiente Coeficiente Ψ e
Combinação Ação combinação resultante
parcial respetivo valor
Ψ

Peso próprio 1,35 " 1,35

Restantes cargas
1,35 " 1,35
permanentes

Pré-esforço 1 " 1

Sobrecarga em
1,5 " 1,5
garagens e rampas
Sobrecarga no
1,5 " 1,5
exterior Piso 0
Sobrecarga no interior
1,5 " 1,5
do Piso 0
ELU 1
Sobrecargas em pisos
1,5 " 1,5
elevados correntes

Sobrecarga no terraço 1,5 " 1,5

Sobrecarga da pala de
1,5 " 1,5
cobertura
Sobrecarga em
1,5 " 1,5
escadas
Sobrecarga em
escadas de 1,5 " 1,5
emergência

Tabela 3. 10 Parâmetros da combinação fundamental com a sobrecarga de utilização como ação variável de base (ELU 1)

21
Coeficiente de
Coeficiente Coeficiente Ψ e
Combinação Ação combinação resultante
parcial respetivo valor
Ψ

Peso próprio 1 " 1

Restantes cargas
1 " 1
permanentes

Pré-esforço 1 " 1

Sobrecarga em
1 Ψ2 = 0,6 0,6
garagens e rampas
Sobrecarga no
1 Ψ2 = 0,6 0,6
exterior Piso 0
Sobrecarga no interior
1 Ψ2 = 0,6 0,6
do Piso 0

ELU 2 Sobrecargas em pisos


1 Ψ2 = 0,3 0,3
elevados correntes

Sobrecarga no terraço 1 Ψ2 = 0,6 0,6

Sobrecarga da pala de
1 Ψ2 = 0 0
cobertura
Sobrecarga em
1 Ψ2 = 0,3 0,3
escadas
Sobrecarga em
escadas de 1 Ψ2 = 0 0
emergência
Ação sísmica do tipo I
1 " 1
(valor de projeto)

Tabela 3. 11 Parâmetros da combinação de projeto para a ação sísmica do tipo I (ELU 2)

22
Coeficiente de
Coeficiente Coeficiente Ψ e
Combinação Ação combinação resultante
parcial respetivo valor
Ψ

Peso próprio 1 " 1

Restantes cargas
1 " 1
permanentes

Pré-esforço 1 " 1

Sobrecarga em
1 Ψ2 = 0,6 0,6
garagens e rampas
Sobrecarga no
1 Ψ2 = 0,6 0,6
exterior Piso 0
Sobrecarga no interior
1 Ψ2 = 0,6 0,6
do Piso 0

ELU 3 Sobrecargas em pisos


1 Ψ2 = 0,3 0,3
elevados correntes

Sobrecarga no terraço 1 Ψ2 = 0,6 0,6

Sobrecarga da pala de
1 Ψ2 = 0 0
cobertura
Sobrecarga em
1 Ψ2 = 0,3 0,3
escadas
Sobrecarga em
escadas de 1 Ψ2 = 0 0
emergência
Ação sísmica do tipo II
1 " 1
(valor de projeto)

Tabela 3. 12 Parâmetros da combinação de projeto para a ação sísmica do tipo II (ELU 3)

23
Coeficiente de
Coeficiente Coeficiente Ψ e
Combinação Ação combinação resultante
parcial respetivo valor
Ψ

Peso próprio 1,35 " 1,35

Restantes cargas
1,35 " 1,35
permanentes

Pré-esforço 1 " 1

Sobrecarga em
1,5 " 1,5
garagens e rampas
Sobrecarga no
1,5 " 1,5
exterior Piso 0
Sobrecarga no interior
1,5 " 1,5
do Piso 0
Sobrecargas em pisos
1,5 " 1,5
elevados correntes
ELU 4
Sobrecarga no terraço 1,5 " 1,5

Sobrecarga da pala de
1,5 " 1,5
cobertura
Sobrecarga em
1,5 " 1,5
escadas
Sobrecarga em
escadas de 1,5 " 1,5
emergência
Sobrecarga em
terreno adjacente –
1,5 " 1,5
10kN/m2 (Art.41.3
RSA)

Tabela 3. 13 Parâmetros da combinação fundamental para dimensionamento dos muros de contenção periférica e da laje
de ensoleiramento (ELU 4)

24
Coeficiente de
Coeficiente Coeficiente Ψ e
Combinação Ação combinação resultante
parcial respetivo valor
Ψ

Peso próprio 1 " 1

Restantes cargas
1 " 1
permanentes

Pré-esforço 1 " 1

Sobrecarga em
1 Ψ2 = 0,6 0,6
garagens e rampas
Sobrecarga no
1 Ψ2 = 0,6 0,6
exterior Piso 0
Sobrecarga no
1 Ψ2 = 0,6 0,6
interior do Piso 0
EL Deformação
Sobrecargas em pisos
1 Ψ2 = 0,3 0,3
elevados correntes
Sobrecarga no
1 Ψ2 = 0,6 0,6
terraço
Sobrecarga da pala
1 Ψ2 = 0 0
de cobertura
Sobrecarga em
1 Ψ2 = 0,3 0,3
escadas
Sobrecarga em
escadas de 1 Ψ2 = 0 0
emergência

Tabela 3. 14 Parâmetros da combinação quase permanente utilizada na verificação do cumprimento dos limites das
deformações (EL Deformação)

25
4 PRÉ-DIMENSIONAMENTO

O pré-dimensionamento da geometria dos elementos estruturais que constituem o edifício foi baseado,
essencialmente, nas condicionantes de ordem arquitetónica. Neste sentido, em primeiro lugar, procedeu-se ao
mapeamento dos alinhamentos verticais, passíveis de acomodar os pilares sem perturbação da arquitetura inicial
de qualquer um dos pisos atravessados.
Na fase seguinte, em resposta à ordem de grandeza dos vãos que resultaram do procedimento anterior, foi
escolhida a solução estrutural dos elementos horizontais. A configuração típica de laje vigada foi forçosamente
abandonada a partida, pois implicaria a execução de vigas à vista em virtude de, na maioria dos casos, não ser
possível o seu embutimento em paredes divisórias ou exteriores. Neste sentido, a solução adotada é constituída
por lajes fungiformes maciças. É de notar que a solução desejável passaria, pelo menos, nos pisos acima do solo,
pela adoção de um vigamento no contorno permitindo a constituição de pórticos que garantissem uma
distribuição de rigidez adequada face à ação sísmica; porem, a impossibilidade de implantar elementos verticais
contínuos na zona periférica dos pisos, devido à arquitetura das fachadas e à configuração dos pisos enterrados,
impediu a tomada de tal providência.
O pré-dimensionamento seguiu, naturalmente, uma ordem assimilável ao caminho das cargas verticais laje › pilar
› fundação, face à importância do peso próprio dos elementos estruturais na definição das ações.
Faz-se notar que a nomenclatura dos elementos estruturais, utilizada nesta fase, está de acordo com os desenhos
de dimensionamento apresentados em anexo.

4.1 LAJES

A metodologia, adotada no pré-dimensionamento destes elementos, foi essencialmente a mesma para as


diferentes lajes tipo da estrutura. Partindo da identificação do vão condicionante para a laje em estudo , foi

determinada, através de regras simples de pré-dimensionamento (figura 4.1) do tipo , a espessura da laje ℎ

que à priori permite controlar as deformações e o nível de esforços.

Figura 4. 1 Tipo e espessura corrente de lajes fungiformes, em função do vão maior, L [12]

26
A partir desse valor, e consequentemente do peso próprio da laje, foi então possível definir o carregamento
atuante correspondente à combinação de ações condicionante para a flexão nas lajes (ELU 1 tal como definida
no subcapítulo 3.6.3), denominado qSd (kN/m2).
De seguida, com o objetivo de validar o procedimento anterior, e com base em modelos simplificados para o
cálculo dos esforços em lajes fungiformes, obtiveram-se estimativas para o momento fletor condicionante mSd
(kNm/m) e para o momento fletor reduzido µ. Por fim, da comparação de tais valores com intervalos de
referência, empiricamente associados ao bom comportamento das lajes (ductilidade, deformação aceitável) e a
densidades de armadura razoáveis (economia e qualidade de execução), obteve-se uma indicação fiável da
aceitabilidade do pré-dimensionamento.
Nesta fase preliminar, aplicou-se o Método dos pórticos equivalentes, preconizado pelo EC2 [5] (no seu Anexo
I.1.2), às faixas de laje cuja configuração de vãos se julgou conduzir aos momentos fletores (kNm/m) de maior
valor absoluto. Uma vez individuados os pórticos equivalentes condicionantes (figura4.2), estes foram tratados

como uma viga contínua, de secção transversal ℎ × + e com carregamento pSd (kN/m), de forma a

determinar os esforços M + e M – (kNm).

Figura 4. 2 Geometria típica de um pórtico equivalente (adaptado de Martins [13])

Os momentos fletores totais foram depois repartidos pelas faixas, centrais e sobre os pilares, na proporção
recomendada pelo EC2 [5] (figura 4.3) dando origem aos diagramas aproximados para o mSd (kNm/m), de valor
constante na largura de cada faixa (figura 4.4).

Figura 4. 3 Quadro I.1 do EC2 [5]

27
Figura 4. 4 Aproximações para o andamento transversal dos diagramas de momentos (adaptado de Martins [13])

De seguida calculou-se para os momentos fletores condicionantes, os valores de µ

Figura 4. 5 Parâmetros intervenientes no cálculo de µ

= ;

Equação 4. 1

com:

- Momento flector a actuante na secção, que assume o valor mSd (kNm/m) no caso das lajes;

- Largura da secção, = , sendo as lajes analisadas por metro de largura;

- Altura util da secção;

- Resistencia de projecto do betão à compressão.

Que foi comparado com os intervalos de referencia [12]:

28
+
, < < , ;

Equação 4. 2


, < < , .

Equação 4. 3

4.1.1 LAJES DOS PISOS -2 E -1 (L-2 e L-1)

Partindo da identificação do valor do vão condicionante L (figura 4.6), através da consulta da tabela de pré-
dimensionamento (figura 4.1), considerando uma solução de laje maciça com capitel face à ausência de
impedimentos para tal geometria, chegou-se ao valor recomendado para espessura da laje na zona corrente
sendo
,
ℎ= = = , ≈ , .
Equação 4. 4

O valor da esbelteza assumiu-se igual a 40 devido ao valor reduzido da restante carga permanente a atuar no

piso, e à sobrecarga também não particularmente elevada (tabelas 3.7 e 3.9, respetivamente).
Seguiu-se a definição da geometria do pórtico equivalente condicionante (figura 4.6), conforme as
recomendações do EC2 [5] no seu Anexo I.1.2.

Figura 4. 6 Geometria em planta do pórtico equivalente condicionante para as lajes dos pisos -2 e -1

29
Foi assim possível efetuar a modelação da viga contínua correspondente (figura 4.7) ao pórtico, e obter o
respetivo diagrama de momentos fletores (DMF) com os respetivos valores (figura 4.8).

Figura 4. 7 Modelo de cálculo de viga contínua, na direção longitudinal do pórtico equivalente (carga em kN/m)

Figura 4. 8 DMF (kNm) na direção longitudinal do pórtico equivalente

Por fim obtiveram-se os valores de µ, nas secções de maiores momentos, para as faixas centrais e sobre os pilares
(tabela 4.1):

Largura pórtico psd Msd+ Msd-


Laje
(m) (kN/m) (kNm) (kNm)

L-2 e L-1 8,15 102,10 569,79 -770,55

Tabela 4. 1 Características e resultados do modelo de viga continua

Largura faixa Distribuição dos Msd msd


Sinal Faixa µ
(m) momentos (kNm) (kNm/m)

Sobre pilar 4,075 60% 341,87 83,90 0,105


M+
Central 4,075 40% 227,92 55,93 0,070

Sobre pilar 4,075 80% -616,44 -151,27 0,189


-
M
Central 4,075 20% -154,11 -37,82 0,047

Tabela 4. 2 Distribuição de momentos pelas faixas e respetivos momentos fletores reduzidos

Que confirmaram o valor de 0,22m como válido para a espessura da laje em estudo (sendo verificadas as
equações 4.2 e 4.3).
É de frisar que, em sede de pré-dimensionamento, a presença dos capitéis foi descurada do ponto de vista do
cálculo da altura útil da secção (nas zonas de máximo momento negativo, conduzindo a um valor de µ
conservativo), e para fins de cálculo do peso próprio da laje. Apenas foi considerada uma maior incisão dos

30
momentos negativos sobre a faixa do pilar (80% em vez do valor médio de 70%) para ter em conta a concentração
de esforços na zona espessada.

4.1.2 LAJE DA ZONA EXTERIOR DO PISO 0 (L0-1)

O raciocínio adotado foi em tudo idêntico ao descrito para as lajes dos pisos -2 e -1, incluindo a localização do
pórtico equivalente condicionante, com exceção dos valores de alguns dos parâmetros intervenientes. A
esbelteza utilizada em primeira instância foi menor (figura 4.1), devido às elevadas cargas permanentes e
sobrecargas a atuar sobre a laje (tabelas 3. e 3.9, respetivamente)

,
ℎ= = = , ≈ , .

Equação 4. 5

A geometria do pórtico manteve-se, em relação aos pisos inferiores, tendo as lajes, a mesma configuração, na
zona em questão (figura 4.9).

Figura 4. 9 Geometria em planta do pórtico equivalente condicionante para a laje L0-1

Seguiram-se a definição e a análise do modelo de viga com características equivalentes às do pórtico, que
conduziram à necessidade de aumentar a espessura da laje, em relação ao valor inicialmente arbitrado, para o
valor de 0,27m, com os resultados abaixo apresentados para esta última iteração.

31
Figura 4. 10 Modelo de cálculo de viga contínua, na direção longitudinal do pórtico equivalente (carga em kN/m)

Figura 4. 11 DMF (kNm) na direção longitudinal do pórtico equivalente

Largura pórtico psd Msd+ Msd-


Laje
(m) (kN/m) (kNm) (kNm)

L0-1 8,15 245,40 1369,51 -1852,05

Tabela 4. 3 Características e resultados do modelo de viga continua

Largura faixa Distribuição dos Msd msd


Sinal Faixa µ
(m) momentos (kNm) (kNm/m)

Sobre pilar 4,075 60% 821,71 201,65 0,156


+
M
Central 4,075 40% 547,80 134,43 0,104

Sobre pilar 4,075 80% -1481,64 -363,59 0,282


-
M
Central 4,075 20% -370,41 -90,90 0,071

Tabela 4. 4 Distribuição de momentos pelas faixas e respetivos momentos fletores reduzidos

4.1.3 LAJE DA ZONA INTERIOR DO PISO 0 (L0-2)

Tal como para os casos anteriores, o processo de pré-dimensionamento iniciou-se com a identificação do vão
condicionante L (figura 4.12), e com a fixação do valor da espessura da laje

,
ℎ= = = , ≈ , .
, ,

Equação 4. 6

Tendo-se escolhido o valor de 27,5 para a esbelteza , em função do valor das restantes cargas permanentes

(tabelas 3.7 e 3.8 ).

32
Apresentam-se abaixo, as referências e os cálculos (figuras x, y, z e tabelas x e y) que se seguiram, sendo o
algoritmo idêntico ao utilizado para as lajes anteriormente tratadas.

Figura 4. 12 Geometria em planta do pórtico equivalente condicionante para a laje L0-2

Figura 4. 13 Modelo de cálculo de viga contínua, na direção longitudinal do pórtico equivalente (carga em kN/m)

Figura 4. 14 DMF (kNm) na direção longitudinal do pórtico equivalente

Largura pórtico psd Msd+ Msd-


Laje
(m) (kN/m) (kNm) (kNm)

L0-2 5,62 134,30 442,35 -786,96

Tabela 4. 5 Características e resultados do modelo de viga continua

33
Largura faixa Distribuição dos msd
Sinal Faixa Msd (kNm) µ
(m) momentos (kNm/m)

Sobre pilar 2,81 60% 265,41 94,45 0,088


+
M
Central 2,81 40% 176,94 62,97 0,058

Sobre pilar 2,81 70% -550,87 -196,04 0,182


M-
Central 2,81 30% -236,09 -84,02 0,078

Tabela 4. 6 Distribuição de momentos pelas faixas e respetivos momentos fletores reduzidos

Os valores de µ obtidos, permitiram assumir como válido, nesta fase, o valor 0,25m para a espessura da laje.

4.1.4 LAJES DO PISO 1 AO TERRAÇO (L1 A LT)

Em fase de pré-dimensionamento, admitiu-se uma espessura comum para todas as lajes dos pisos acima do nível
do solo, selecionando como zona condicionante, a zona deàlajeàaàfu io a à e à o sola ,à o à oàdeà , ,à
que se repete nos pisos de 1 a 13. No que diz respeito às lajes do piso 13 e do terraço (LT), ficou a possibilidade
de adotar uma maior espessura, devido ao carregamento adicional representado pelo apoio direto da pala de
cobertura sobre estes dois pisos (conforme previsto pela arquitetura); aspeto que se deixou suspenso até
obtenção dos resultados fornecidos pelo modelo de elementos finitos, devido à sua fraca influência sobre as
dimensões dos restantes elementos estruturais.
Conforme anteriormente referido, o vão condicionante, utilizado na definição do valor da espessura da laje, foi
o da consola (figura 4.15), no entanto houve que ter em conta a necessidade de pré-esforçar a laje para se obter
um valor razoável para tal parâmetro. Comparando o valor da esbelteza das lajes maciças normais com o das
pré-esforçadas (figura4.1), foi possível quantificar de uma forma aproximada o efeito do pré-esforço, através do
� é− ç
quociente . Sucessivamente, aplicando esse efeito à relação = , usual para lajes
� é− ç ℎ

em consola (Lança, 2008), obteve-se uma estimativa para a esbelteza da laje em consola pré-esforçada

� é− ç
≈ ;
� é− ç

Equação 4. 7

≈ × ≈ , ≈ , ;

Equação 4. 8

,
ℎ= = , ≈ , .
,

Equação 4. 9

Uma vez determinada a espessura da laje, seguiu-se o cálculo da carga uniformemente distribuída a atuar sobre
o pórtico equivalente condicionante (figuras 4.15 e 4.16).

34
Figura 4. 15 Geometria em planta do pórtico equivalente condicionante para as lajes

Figura 4. 16 Modelo de cálculo de viga contínua, para as cargas distribuídas (kN/m) na direção longitudinal do pórtico
equivalente

Para as lajes em estudo, teve também que se considerar a ação dos elementos de fachada de betão leve com
espessura de 0,20m. Dada a distribuição irregular dos painéis (figura 4.17), avaliou-se a situação mais
desfavorável, de existência de painel em toda a altura de influência da laje (correspondente a metade da altura
entre pisos) e em toda a largura do pórtico (figura 4.18), quantificando-se as cargas equivalentes a atuar nas
extremidades da viga contínua representante o pórtico (figura 4.19).

35
Figura 4. 17 Vista tridimensional das fachadas

Figura 4. 18 Áreas de painel suportadas pela faixa de laje correspondente ao pórtico equivalente

Figura 4. 19 Modelo de cálculo de viga contínua, na direção longitudinal do pórtico equivalente, para as cargas
concentradas (kN) correspondentes à fachada

36
Uma vez quantificadas todas as ações sobre o pórtico (tabela 4.7) equivalente, obteve-se o respetivo diagrama
de momentos (figura 4.20).

Pfachadas Largura pórtico psd Msd+ Msd-


Laje
(kN) (m) (kN/m) (kNm) (kNm)

Corrente 53,20 5,97 106,2 275,47 -910,38

Tabela 4. 7 Características e resultados do modelo de viga continua

Figura 4. 20 DMF (kNm) na direção longitudinal do pórtico equivalente

Por fim os momentos globais foram repartidos pelas faixas (tabela 4.8), com a adoção de percentagens de
distribuição acima da média para a faixa sobre os pilares; tal opção deveu-se ao facto de um dos lados do pórtico
terminar com um bordo livre, diminuindo a rigidez de flexão da faixa periférica, com consequente concentração
de esforços nas secções sobre os pilares.

Largura faixa Distribuição dos Msd msd


Sinal Faixa µ
(m) momentos (kNm) (kNm/m)
Sobre pilar 2,99 65% 179,06 59,88 0,046
M+
Central 2,99 35% 96,41 32,25 0,025
Sobre pilar 2,99 75% -682,79 -228,36 0,177
M-
Central 2,99 25% -227,60 -76,12 0,059

Tabela 4. 8 Distribuição de momentos pelas faixas e respetivos momentos fletores reduzidos

Os valores de µ obtidos, seguir para o pré-dimensionamento dos pilares, assumindo o valor de 0,27m para a
espessura da laje corrente (do piso 1 ao terraço).

4.1.5 CAPITÉIS

Os espessamentos nas zonas acima dos pilares, foram introduzidos nas lajes dos pisos -2, -1 e 0 com o intuito de
aumentar a esbelteza das zonas correntes (redução do betão empregue e consequentemente do peso próprio)
conferindo simultaneamente resistência ao punçoamento e melhor controlo das deformações.
A geometria dos capitéis foi definida admitindo-se um aumento de espessura da laje (identificável como (d1-d2)
na figura 4.21) de 0,15m, e por conseguinte dimensões em planta tais que a distância do limite do capitel á face
do pilar nunca fosse inferior a duas vezes e meio a altura útil da secção do capitel (d 1na figura 4.21).

37
Figura 4. 21 Recomendações para as dimensões do capitel (adaptado de Marchão e Appleton [12])

De seguida efetuou-se uma verificação preliminar da resistência ao punçoamento, com os valores das forças
atuantes vindos do pré-dimensionamento dos pilares (subcapítulo 4.2). Para o cálculo da capacidade resistente
das lajes (segundo EC2 6.4.4 [5] e conforme descrito no subcapítulo 8.1.5 admitiu-se sobre os pilares uma
a adu aà supe io à o à a õesà Ф ,à afastadosà deà ,à e à a asà asà di eções.à áà fo çaà totalà atua teà deà
punçoamento VEd (kN) foi então comparada com a resistência VRd,c (kN) (tabela 4.9).

VEd VRd,c (As,l Ф16#0,20)


Pilar Laje do piso
(kN) (kN)
-2 e -1 455,00 766,66
P1
0 1095,64 1019,73
-2 e -1 1023,75 995,64
P2
0 2465,19 1165,72
P3 -2 e -1 761,02 1284,08
P4 -2 e -1 552,50 1238,54
P5 -2 e -1 533,75 1390,35
-2 e -1 685,31 1299,26
P7
0 1292,02 1412,89
-2 e -1 517,50 1284,08
P8
0 989,46 1397,07

Tabela 4. 9 Forças totais de punçoamento atuantes e resistentes

Da análise dos resultados obtidos, face às incertezas inerentes ao cálculo do VEd e à quantidade de armadura
longitudinal, avaliou-se como adequado um aumento de espessura de 0,15m para as zonas dos capitéis. Ficou
porém clara a incapacidade da laje do piso 0, sobre o pilar P2, de resistir ao punçoamento sem armadura
específica.

38
4.2 PILARES

O pré-dimensionamento dos pilares assumiu particular relevância neste trabalho devido à existência de uma
conjuntura desfavorável para estes elementos estruturais. Do ponto de vista da resistência à ação sísmica, a
excentricidade evidente do centro de rigidez em N-S, e a ausência de elementos resistentes periféricos, foram
os fatores negativos que desde logo se evidenciaram. Quanto à própria ação, o elevado grau de sismicidade da
zona de Sines, em conjunto, previsivelmente, com a presença de elevados efeitos de torção agravados pelas
fachadas, destacaram-se pela negativa.
O processo de pré-dimensionamento teve início com a avaliação das áreas de influência de cada pilar, que
permitiu estimar a parcela de carga axial transmitida por cada piso ao próprio emento vertical. De seguida,
determinou-se a área necessária por pilar, face à estimativa para o esforço axial na respetiva secção

� ;

Equação 4. 10

com:

� - Área da secção transversal do elemento vertical;

- Valor de dimensionamento do esforço axial para a combinação fundamental ELU 1 (subcapítulo 3.6.3);

- Esforço axial reduzido para a combinação fundamental ELU 1;

- Valor de projecto para a resistência á compressão do betão.

A metodologia de cálculo utilizada (EC2 [5] e EC8 [1]) baseou-se na separação das exigências comportamentais
dos vários elementos, para o caso da ação sísmica. Com efeito, determinaram-se as áreas da secção transversal
de pilares e núcleo, de forma a respeitar os seguintes critérios:

 � Para elementos não considerados na resistência à ação sísmica;


,

 � Para pilares com comportamento pouco relevante na resistência


,

ao sismo;

 � Para os pilares que contribuem fortemente para a segurança do edifício face à ação sísmica
,

(pilares sísmicos primários segundo o EC8);

 � Para as paredes que contribuem fortemente para a segurança do edifício face à ação
,

sísmica (paredes sísmicas primárias segundo o EC8).

O objetivo passou por garantir que, para a combinação sísmica, o valor do esforço axial reduzido ( � ) fosse
aproximadamente de 0,40 e 0,25 para os pilares sísmicos primários, e paredes sísmicas primárias
respectivamente. Ficaria assim assegurada a ductilidade de tais elementos, quando solicitados por flexão

39
desviada pela ação sísmica. Subjacente a tal raciocínio esteve uma avaliação expedita das ações quase
permanentes, em cerca de 50-60% do efeito da combinação fundamental mais desfavorável, isto é

≈ , , .
, á

Equação 4. 11

Relativamente às áreas de influência, houve que ter em conta o facto de estas serem afetadas pela localização
dos respetivos pilares. Assim, com base, na comparação dos diferentes alinhamentos de pilares, com sequências
de modelos de viga (figura 4.23), que refletissem as características geométricas médias dos vãos nas direções X
e Y (figuras 4.24 a 4.31), obtiveram-se coeficientes corretivos, em ambas as direções, que traduzem o efeito das
diversas localizações dos pilares.

Figura 4. 22 Nomenclatura dos pilares, e referencial X-Y, sobre contorno do edifício

40
Figura 4. 23 Reações de apoio, para os modelos de viga utilizados, considerando carga uniformemente distribuída de
valor unitário.

Figura 4. 24 Coeficientes corretivos na direção X para as áreas de influência nas lajes, do piso -3 ao piso 0, e respetivos
modelos de cálculo aproximados, por cada vão

41
Figura 4. 25 Coeficientes corretivos na direção Y para as áreas de influência nas lajes, do piso -3 ao piso 0, e respetivos
modelos de cálculo aproximados, por cada vão

Figura 4. 26 Coeficientes corretivos na direção X para as áreas de influência nas lajes, do piso 1 ao piso 12, e respetivos
modelos de cálculo aproximados, por cada vão

42
Figura 4. 27 Coeficientes corretivos na direção Y para as áreas de influência nas lajes, do piso 1 ao piso 12, e respetivos
modelos de cálculo aproximados, por cada vão

Figura 4. 28 Coeficientes corretivos na direção X para as áreas de influência na laje do piso 13, e respetivos modelos de
cálculo aproximados, por cada vão

43
Figura 4. 29 Coeficientes corretivos na direção Y para as áreas de influência na laje do piso 13, e respetivos modelos de
cálculo aproximados, por cada vão

Figura 4. 30 Coeficientes corretivos na direção X para as áreas de influência na laje do terraço, e respetivos modelos de
cálculo aproximados, por cada vão

44
Figura 4. 31 Coeficientes corretivos na direção Y para as áreas de influência na laje do terraço , e respetivos modelos de
cálculo aproximados, por cada vão

Aplicando a ponderação, dos valores em X e Y de tais fatores ( e ), ás áreas de influência � calculadas


pelas linhas médias dos alinhamentos, obtiveram-se as superfícies corrigidas � utilizadas no cálculo dos
esforços axiais dos pilares

+
� =� .
Equação 4. 12

Uma vez estimado o andamento em altura dos esforços axiais dos elementos verticais (descurando nesta fase a
existência de escadas, rampas, e outras aberturas nas lajes), foram fixadas as cotas às quais haveria redução da
secção transversal dos pilares. Após a primeira variação de secção, ao nível do piso 0, e de forma a não introduzir
descontinuidades de rigidez na zona inferior da estrutura, fortemente solicitada pela ação sísmica, as restantes
reduções acontecem com espaçamento de 6 pisos, encontrando-se a última ao nível da laje L12.
Sendo os alinhamentos e a geometria das lajes dos pisos elevados, quase simétricos, em relação aos eixos X e Y
(figura 4.26), optou-se pela repetição da secção de alguns pilares, devido a tal facto; as secções tipo (P1 a P8)
foram então pré-dimensionadas com base nos esforços axiais, a cada nível, dos pilares condicionantes, através
dos cálculos tabelados de seguida (tabela 4.10).

45
Localização da Área Área
NSd Dimensãox Dimensãoy
Pilar secção νSd,máx necessária adotada
(kN) (m) (m)
condicionante (m2) (m2)
P1 Fundação 2005,64 0,70 0,123 0,30 0,55 0,165
P2 Fundação 4512,69 0,70 0,276 0,30 1,00 0,300
Fundação 14065,51 0,70 0,861 1,75 0,50 0,875
Piso 0 11433,62 0,65 0,754 1,75 0,45 0,788
P3
Piso 6 6283,03 0,65 0,414 1,25 0,35 0,438
Piso 12 1132,44 0,65 0,075 0,75 0,20 0,150
Fundação 12029,02 0,70 0,736 0,45 1,65 0,743
Piso 0 9773,93 0,65 0,644 0,40 1,65 0,660
P4
Piso 6 5648,93 0,65 0,372 0,30 1,25 0,375
Piso 12 1523,93 0,65 0,100 0,20 0,80 0,160
Fundação 13288,21 0,70 0,814 0,40 2,20 0,880
Piso 0 11166,70 0,70 0,684 0,30 2,20 0,660
P5
Piso 6 6396,24 0,70 0,392 0,25 1,70 0,425
Piso 12 1625,79 0,70 0,100 0,20 1,00 0,200
Fundação 4826,23 0,85 0,243 1,10 0,30 0,330
Piso 0 4024,27 0,85 0,203 1,10 0,25 0,275
P6
Piso 6 2155,03 0,85 0,109 0,75 0,20 0,150
Piso 12 561,14 0,85 0,028 0,30 0,20 0,060
Fundação 16850,39 0,70 1,032 1,65 0,65 1,073
Piso 0 14015,96 0,65 0,924 1,65 0,55 0,908
P7
Piso 6 7809,32 0,65 0,515 1,35 0,4 0,540
Piso 12 1611,91 0,65 0,106 0,75 0,2 0,150
Fundação 12812,26 0,70 0,784 1,80 0,45 0,810
Piso 0 10787,80 0,65 0,711 1,80 0,40 0,720
P8
Piso 6 5846,19 0,65 0,385 1,30 0,30 0,390
Piso 12 1613,44 0,65 0,106 0,80 0,20 0,160

Tabela 4. 10 Parâmetros de pré-dimensionamento dos pilares

Os valores tabelados, das estimativas para o esforço axial de dimensionamento, já incluem o peso das fachadas,
e da pala de cobertura. O primeiro foi distribuído pelos pilares adjacentes aos bordos das lajes (P3, P4, P5,P7),
de uma forma proporcional aos comprimentos das respetivas áreas de influência, medidos ao longo do perímetro
da laje corrente. O peso da pala de cobertura foi assimilado a uma carga distribuída a atuar sobre a laje do
terraço.

46
4.3 PAREDES

No que diz respeito às paredes do núcleo, apenas se verificou, com um raciocínio em tudo semelhante ao
ilustrado para os pilares, que a espessura de 0,20m sugerida pela arquitetura já era suficiente para cumprir a
condição:


,
Equação 4. 13

No entanto tal espessura foi desde logo descartada com o intuito de serem cumpridas as recomendações do EC8
(5.4.3.4) [1] para paredes dúcteis em estruturas DCM.
Assim, com as exigências regulamentares como ponto de partida, o dimensionamento das paredes tornou-se
num processo iterativo com base no modelo de elementos finitos.

4.4 MUROS DE CONTENÇÃO PERIFÉRICA

Os muros de contenção periférica foram pré-dimensionados partindo da espessura usual para este tipo de
elementos, que corresponde com a sugerida pelo projeto de arquitetura; tal espessura correspondente a 0,30m
(para edifícios de 3 caves, segundo Lança [14]) passou de seguida por um processo de verificação baseado num
modelo simples de viga continua com uma largura de influência de 1m na direção perpendicular ao plano (figura
4.32), e geometria equivalente ao desenvolvimento em altura do muro (figura 4.32) sendo as lajes simuladas
como apoios simples.

Figura 4. 32 Excerto de corte, definindo os vãos do modelo de viga adotado

47
O carregamento, aplicado ao modelo simplificado (figura 4.33), foi o resultante da combinação fundamental ELU
4 (tabela 3.13), e da utilização do coeficiente de impulso em repouso k0 (tabela 3.5).

Figura 4. 33 Modelo de viga continua por metro de desenvolvimento do muro e respetivo carregamento (kN/m)

Figura 4. 34 DMF (kNm/m) do modelo de viga

Obtiveram-se assim os valores dos momentos fletores reduzidos µ nas secções condicionantes, que resultaram
bastante baixos e compatíveis com um bom dimensionamento (tabela 4.11).

msd
Sinal µ
(kNm/m)

M+ 76,28 0,052

M- -82,02 0,056

Tabela 4. 11 Verificação ao estado limite último de flexão

Para além da verificação em relação ao estado limite último de flexão, devido à importância do impulso de terras
à profundidade máxima de 9,5m, considerou-se oportuno obter também estimativas dos esforços transversos
atuante e resistente; consequentemente, o esforço transverso máximo VSd (kN/m),extraído do mesmo modelo
utilizado no estudo da flexão (figura 4.35), foi comparado (tabela 4.12) com a capacidade resistente do muro
VRd,c (kN/m) (sem armadura especifica para tal efeito, segundo EC2 6.2.2 [5], conforme subcapítulo 8.6.2).

Figura 4. 35 Diagrama de esforço transverso (kN) do modelo de viga

48
Vsd VRd,c
(kN/m) (kN/m)

184,06 159,20

Tabela 4. 12 Comparação entre ação e resistência (sem armadura especifica), para o esforço transverso

Observando os valores de µ e a pequena diferença entre o VSd e o VRd,c, tendo em conta que este último foi
calculado na secção sobre o apoio e descurando o contributo favorável da solicitação axial de compressão,
deliberou-se favoravelmente quanto ao valor de 0,30m para a espessura dos muros de contenção periférica.

4.5 FUNDAÇÕES

Como primeira iteração, hipotizou-se uma solução constituída por sapatas isoladas, cujo pré-dimensionamento
teve por base o cálculo de uma área mínima em planta de acordo com os resultados, anteriormente obtidos,
para os esforços axiais dos elementos verticais à cota de fundação, e tendo em conta a tensão máxima admissível
do terreno de fundação (tabela3.5)

� = ;

Equação 4. 14

com:

� - Área de sapata necessária m2;

- Esforço axial de dimensionamento do elemento vertical à cota de fundação, incluindo o seu peso próprio,
para a combinação fundamental de ações ELU 1;

� - Tensão máxima admissível do terreno de fundação (400kPa).

NSd Amin
Elemento vertical
(kN) (m2)
P1 2191,78 5,5
P1 2174,69 5,4
P1 2206,20 5,5
P1 2180,99 5,5
P1 2031,40 5,1
P3 15472,06 38,7
P4 13231,92 33,1
P5 14617,03 36,5
P4 13210,01 33,0
P3 15241,65 38,1
P7 18535,43 46,3

49
P8 13142,51 32,9
P6 4792,29 12,0
P6 5308,86 13,3
P8 14093,48 35,2
P7 18148,04 45,4
P3 15246,22 38,1
P4 10975,01 27,4
P4 11469,89 28,7
P3 14915,45 37,3
P2 3757,06 9,4
P2 3866,21 9,7
P2 3351,45 8,4
P2 4963,96 12,4
NC1 22312,50 55,8
NC2 9039,53 22,6
M-N
9418,62 23,5
(Muro Norte)
M-S
7417,30 18,5
(Muro Sul)
M-E
9777,72 24,4
(Muro Este)
M-O
9657,38 24,1
(Muro Oeste)
Área total necessária 731,9
Área de implantação 1631,0
% de Área ocupada 45

Tabela 4. 13 Pré-dimensionamento das fundações

Da observação dos resultados do raciocínio inicial, e particularmente da percentagem de área de implantação


ocupada pelas sapatas, face às questões económicas e de facilidade construtiva (conforme referido em [15]),
tomou-se a opção de pré-dimensionar e adotar uma solução de ensoleiramento geral para o edifício em estudo.
A regra de pré-dimensionamento adotada [15] foi

ℎ= + ;
Equação 4. 15
com:

ℎ - Espessura da laje de ensoleiramento (cm);

- Maior vão entre elementos verticais fundados (m).

50
Para o caso particular em estudo, a área de laje mais solicitada seria previsivelmente a zona abaixo dos pilares
que se estendem até ao terraço; assim foi da análise dessa zona que se estabeleceu o valor de 7,35m para L
(alinhamento P3-P7), que conduziu à espessura corrente do ensoleiramento

ℎ= × , + = , = , ≈ .
Equação 4. 16

Para a zona menos solicitada da laje, abaixo dos pilares com término no piso 0, arbitrou-se uma espessura de
0,50m, correspondente aproximadamente ao mínimo para soluções similares (segundo Lança [14]). Quanto à
transição entre as duas espessuras, foi apenas definida de forma esquemática nesta fase (figura 4.36), permitindo
prosseguir para a modelação.

Figura 4. 36 Esquema de dimensões relevantes da laje de ensoleiramento

Ulteriores ajustes das espessuras foram deixados para a fase de dimensionamento, aonde as ações sobre a laje
de fundação, e as suas condições de fronteira, se quantificaram com maior exatidão.

51
4.6 COMUNICAÇÕES VERTICAIS

No presente subcapítulo é ilustrado o pré-dimensionamento de 2 tipos de elementos: rampas de acesso aos


pisos enterrados e escadas.

4.6.1 RAMPAS

Da observação das condições de apoio das rampas em consonância com o projeto de arquitetura (figuras 4.37 e
4.38), e dada a geometria alongada das próprias, com o comprimento em Y a exceder o dobro da largura em X,
assumiu-se para a laje um funcionamento em flexão cilíndrica na direção X.

Figura 4. 37 Geometria geral das rampas em planta, sobre configuração tipo dos pisos de estacionamento

52
Figura 4. 38 Excerto de alçado, definindo as cotas dos pisos ligados pelas rampas

De seguida localizou-se o maior vão L nessa direção (figura 4.37), e determinou-se o valor preliminar da espessura
da laje [14]:

,
ℎ= = = , ≈ , .
Equação 4. 17

Optou-se por uma espessura de 0,22m, igual à das lajes confinantes com as rampas.
Foi então possível calcular o qSd (kN/m2), correspondente á combinação ELU 1 (tabela 3.10), e para um modelo
de viga simplesmente apoiada (figura 4.39), com secção- × - e vão L, determinar o

momento fletor condicionante (tabela 4.14)

Figura 4. 39 Modelo de viga simplesmente apoiada, com carregamento por metro de desenvolvimento perpendicular ao
plano (kN/m)

qsd msd
Sinal µ
(kN/m2) (kNm/m)

M+ 12,53 82,33 0,103

Tabela 4. 14 Verificação ao estado limite último de flexão

Tendo-se obtido um valor para o µ inferior a 0,15 (valor recomendado para situações similares), a espessura de
0,22m considerou-se adequada para as lajes de rampa.

4.6.2 ESCADAS

Também para as escadas foi necessário, antes de mais, perceber o funcionamento das diferentes configurações
de patins existentes, e de seguida identificar a conjugação + � condicionante em termos de
momento flector para as lajes dos patins. Após tal análise, conclui-se que o patim mais longo, das escadas entre

53
os pisos -1 e 0, (figura 4.40) reunia as características mais gravosas, e seria adequado toma-lo como referência
no pré-dimensionamento.

Figura 4. 40 Identificação do patim condicionante sobre excerto da planta do piso -1

Foi então idealizado um modelo de análise plástica, definindo-se o caminho de cargas para o elemento em
questão, e a respetiva geometria (figura 4.41).

Figura 4. 41 Modelo de análise plástica utilizado

Face ao vão de 6,07m pré dimensionou-se a espessura da laje constituinte o patim [14]

,
ℎ= = = , ≈ , .
Equação 4. 18

54
Procedeu-se sucessivamente à modelação dos dois patins intervenientes (o longo, e o curto que sobre ele se
apoia), como vigas horizontais equivalentes com largura de 1m (figuras 4.42 e 4.43) e pSd (kN/m) correspondente
à combinação ELU 1 (tabela 3.10).

Figura 4. 42 Modelo de cálculo do patim curto, e respetivas reações de apoio

Figura 4. 43 Modelo de cálculo do patim longo

Figura 4. 44 DMF do patim longo

psd,horiz 1 psd,incl psd,horiz 2


Sinal msd (kNm) µ
(kN/m) (kN/m) (kN/m)

M+ 25,57 15,20 14,00 76,47 0,120

Tabela 4. 15 Verificação ao estado limite último de flexão

Também neste caso o valor de referência para µ, de 0,15, não é ultrapassado, confirmando-se assim a espessura
de 0,20m para os patins das escadas.

55
5 MODELAÇÃO

Concluído o pré-dimensionamento, procedeu-se à modelação tridimensional da estrutura, através de elementos


finitos, recorrendo ao software SAP2000®, particularmente útil do ponto de vista da análise dinâmica do edifício.
No âmbito do presente trabalho apenas se apresentam as características finais do modelo que foram fruto de
um processo iterativo ao longo do qual se procuraram soluções satisfatórias face, especialmente, às deformações
das lajes e à resistência sísmica dos elementos verticais.

5.1 MATERIAIS

O primeiro passo na criação do modelo foi a definição dos materiais, que iriam constituir os elementos da
estrutura, através da introdução das características de resistência /deformabilidade exigidas pelo programa de
cálculo (tabela 5.1) de acordo com o subcapítulo 3.4.

Coef. de
Peso volúmico E fk
Material Poisson
(kN/m3) (GPa) (MPa)
ν
A 500 78,0 210 0,3 500
C35/45 25,0 34,0 0,2 35,0
LC35/38 10,0 7,0 0,2 35,0
Rígido 0 34x105 0,2 35,0
Sem rigidez 0 1 0,2 35,0

Tabela 5. 1 Propriedades dos materiais introduzidos no modelo de elementos finitos

Osà ate iaisà Rígido àeà “e à igidez àfo a à iadosàpa aàpe iti àaà odelaç oàdeàele e tosàdeà a aà ígidosàeà
fictícios, respetivamente, que se revelaram necessários conforme se descreve mais adiante.

5.2 GRELHA DE REFERENCIA

A grelha, que serviu de base à modelação, foi criada a partir dos eixos principais da estrutura identificados na
arquitetura, aos quais se adicionaram eixos secundários sempre que nos pisos surgia alguma irregularidade
relativamente à geometria de base (núcleo, varandas, aberturas e pilares com um desalinhamento significativo,
etc.).
Com o intuito de simplificar a execução do modelo, e a sua análise computacional, refere-se a necessidade que
se manifestou de admitir algumas aproximações na definição das distâncias e dos cruzamentos dos eixos.
Contudo, tal não representa um problema, pois o importante é garantir uma disposição suficientemente
aproximada dos elementos estruturais e uma adequada discretização das lajes.

56
Figura 5. 1 Eixos principais da grelha de referência sobre modelo da laje do piso 1

5.3 ELEMENTOS VERTICAIS

5.3.1 PILARES

Os pilares foram modelados como elementos de barra, orientados de baixo para cima, com geometria da secção
transversal de acordo com o definido no pré-dimensionamento (tabela 4.10), e comprimento igual à distância
entre pisos (figura 5.2).

Figura 5. 2 Elemento de barra com nós de extremidade e respetivos eixos em evidência

57
5.3.2 NÚCLEOS

Os núcleos foram modelados com elementos de barra em cada parede, colocados na posição do respetivo centro
de massa, e ligados entre eles e às lajes, ao nível dos pisos, não por barras rígidas ou restraints mas por vigas
com secção ( ×� ) por forma a aproximar o comportamento real da estrutura
tanto quanto possível (figuras 5.3 e 5.4).
Este modelo apresenta também a vantagem da relativa facilidade de interpretação dos resultados e obtenção
dos esforços em cada parede com vista ao dimensionamento segundo o Eurocódigo 8 [1].

Figura 5. 4 Vista tridimensional, com respetivos eixos ao nível das


Figura 5. 3 Elementos de barra do NC 2 (a cinza),
lajes, dos elementos de barra de ligação

5.4 LAJES E MUROS

Todos os elementos cuja geometria se desenvolve essencialmente de forma plana, com duas das dimensões
muito superiores à terceira (lajes, rampas de garagem, muros de contenção periférica, e parede das rampas),
foram modelados através de elementos finitos de casca, com deformações fora do plano segundo a teoria das
lajes espessas/Reissner-Mindlin.
Os contornos foram importados diretamente do programa de desenho Autocad®, e de seguida procedeu-se à
sua discretização, através de elementos retangulares com dimensão máxima de 0,80m, formando uma malha,
tanto quanto possível, uniforme (figuras 5.5 a 5.12). Apenas se adotaram elementos triangulares ou trapezoidais
nas zonas que exigiram uma malha de transição devido à geometria não ortogonal dos contornos das lajes, em
particular nas lajes abaixo do piso 0 (figuras 5.5 a 5.7) e na ligação das rampas às paredes adjacentes (figuras
5.13 e 5.14).

58
Figura 5. 5 Malha da laje do ensoleiramento geral

Figura 5. 6 Malha das lajes dos pisos -1 e -2

59
Figura 5. 7 Malha da laje da zona exterior do piso 0 Figura 5. 8 Malha da laje da zona interior do piso 0

Figura 5. 9 Malha das lajes dos pisos elevados com geometria


Figura 5. 10 Malha das lajes dos pisos 8 e 11
corrente

60
Figura 5. 11 Malha da laje do piso 13 Figura 5. 12 Malha da laje da cobertura nível 1

Figura 5. 14 Malha da parede das rampas (a amarelo) e


Figura 5. 13 Malha da parede Oeste vista do interior
elementos de barra das platibandas (a vermelho)

5.5 VIGAS

Uma das principais características da estrutura, concebida para o edifício em estudo, é a total ausência de vigas.
Porem a dobra de laje entre os dois níveis do piso 0 e as platibandas das rampas de garagem foram modeladas
de forma assimilável à de uma viga. Utilizaram-se, para tal fim, elementos de barra com secção transversal
adequada (figuras 5.15 e 5.16).
Os elementos, que pretendem modelar a dobra de laje, foram dispostos na periferia da zona interior do piso 0
e ligados à lajeài fe io à o àti a tesà ígidosà se doà o stituídosàpeloà ate ialà Rígido .
No caso das platibandas, as barras foram inseridas ao nível das lajes de rampa (figura 5.14) e a estas devidamente
ligadas no sentido de fornecer o apoio que na realidade constituem.

61
Figura 5. 15 Alçado da variação de cota na laje do piso 0 com a secção Figura 5. 16 Secção transversal da platibanda, em evidência na
transversal, admitida para os elementos de barra, em evidência sua ligação com a laje da rampa

5.6 FUNDAÇÕES

De acordo com o pré-dimensionamento das fundações, a laje do ensoleiramento geral (figura 5.5) foi modelada
com duas espessuras, e a ela foram ligados todos os elementos verticais com início à cota de fundação. Tal ligação
teve apenas o intuito de simular a rigidez de rotação ao nível da fundação de paredes e pilares, sendo que as
translações foram impedidas nas três direções (X, Y e Z) através de apoios simples nos nós comuns à laje de
fundação e aos elementos verticais (figura 5.17). Em sede de dimensionamento de todos os elementos
estruturais, à exceção dos muros de contenção e da própria laje do ensoleiramento, utilizaram-se os resultados
do modelo acima descrito.

Figura 5. 17 Elementos verticais simplesmente apoiados (apoios a verde) à cota de fundação e ligados à laje do
ensoleiramento

62
Para fins de cálculo dos esforços na laje do ensoleiramento e nos muros de contenção periférica, achou-se
coerente considerar a deformabilidade do solo apenas ao nível da fundação, sendo que em rigor também se
poderia ter admitido tal raciocínio para o terreno na lateral dos pisos enterrados. Este último aspeto foi
descurado em virtude da grande rigidez do conjunto de muros de contenção, que torna praticamente nulos os
deslocamentos horizontais da estrutura abaixo do piso 0, face à ação sísmica.
Foi então necessário criar um modelo em tudo idêntico ao inicial, com a única diferença residente no facto de
terem sido removidos os apoios sob os elementos verticais, e adicionados apoios elásticos a suster toda a laje de
fundação (figura 5.18).

Figura 5. 18 Laje do ensoleiramento sobre apoios elásticos

É de notar que na realidade o software SAP2000® permite atribuir um valor de rigidez das molas por unidade de
área sustida, simulando o apoio da laje sobre um meio elástico através da função area springs. Foi portanto essa
a metodologia adotada na modelação, considerando-se molas com rigidez de tração nula (non-linear springs).
O valor do módulo de reação vertical do solo ks(kN/m3), representante a pressão necessária para provocar um
assentamento unitário, foi estimado com base na formulação proveniente da teoria da elasticidade, aplicada ao
cálculo de assentamentos [11]. A fundação considerou-se flexível para tal fim, vista a sua extensão, e o solo
considerou-se como um meio elástico limitado à profundidade H por estrato rígido (equação 5.1). Segue-se o
algoritmo de cálculo utilizado e os seus resultados.

Distância da
Largura da Comprimento Profundidade
fundação ao
fundação da fundação da fundação
estrato rígido
B L D
H
(m) (m) (m)
(m)

40 40 40 10

Tabela 5. 2 Características geométricas da fundação e do solo

63
Uma vez definida a geometria do problema, assimilando-o ao de uma fundação flexível quadrada com 40m de
lado, e arbitrando valores razoáveis para os restantes parâmetros, seguiu-se a consulta dos ábacos e tabelas
fornecidas por Bowles [11] (figura 5.19), com vista à obtenção dos fatores de influência Ii para o ponto central e
para um canto da laje (tabela 5.3).

Figura 5. 19 Identificação dos valores para o caso em estudo em abacos e tabelas

D H B B´ L
Localização do ponto\Parâmetro IF I1 I2 m
(m) (m) (m) (m) (m)

Centro-1 10 40 40 20 40 0,8 0,285 0,064 4

Canto-2 10 40 40 40 40 0,8 0,142 0,083 1

Tabela 5. 3 Valores intervenientes no cálculo de kS,1 e kS,2

Calcularam-se os valores do coeficiente de reação do solo no centro e no canto da laje, respetivamente KS,1 e KS,2
(kN/m3), e por fim estimou-se um valor médio kS (kN/m3) (equação 5.2) aplicável a toda a área da fundação,
sendo então


, = − � ;
−� � ,+ � � ,
−� ,

Equação 5. 1

em que:

, - Coeficiente de reação do solo, no ponto i;

- Módulo de deformabilidade do solo (tabela 3.5);

64
- Coeficiente de Poisson do solo (tabela 3.5);

� , - Fatores de influência dependentes da localização do ponto i, da geometria da fundação e da espessura da


camada elástica;

- Fator multiplicativo igual ao número de cantos de retângulos que partilham o ponto no qual é calculado o
KS;

, + ,
, = ;
Equação 5. 2

, - Coeficiente de reação médio do solo;

, - Coeficiente de reação do solo no centro da fundação;

, - Coeficiente de reação do solo no canto da fundação.

kS,1 kS,2 kS,m kS,adotado


(kN/m3) (kN/m3) (kN/m3) (kN/m3)

3470,7 11783,6 5133,3 5000

Tabela 5. 4 Resultados da aplicação das equações 5.1 e 5.2 aos valores da tabela 5.3

Face aos resultados obtidos, optou-se por atribuir ao meio elástico modelado, sobre o qual assenta a laje do
ensoleiramento, uma rigidez por unidade de superfície de 5000 kN/m.

5.7 AÇÕES

5.7.1 CARGAS DIRETAS SOBRE AS LAJES

Todas as ações regulamentares e as restantes cargas permanentes quantificadas nos subcapítulos 3.6.1 e 3.6.2,
foram introduzidas no modelo como cargas uniformemente distribuídas sobre os elementos de laje.

5.7.2 PAREDES DE FACHADA EM BETÃO LEVE

Para modelar as cargas de faca equivalentes aos elementos de fachada, admitiu-se para os mesmos uma
tecnologia construtiva e de colocação em obra, tal que cada laje tem uma altura de influência equivalente à
metade da distância ao piso adjacente (figura 5.20). Depois de calculadas as cargas, estas foram aplicadas a
a asàfi tí iasà iadasàat a sàdaàutilizaç oàdoà ate ialà “e à igidez àposi io adasà o àaàgeo et iaàade uadaà
nos bordos das lajes (figura 5.21).

65
Figura 5. 20 Alçado da área da fachada Sul (sombreada) que se admitiu apoiada sobre a laje do piso 6

Figura 5. 21 Alçado do bordo Sul da laje do piso 6 no modelo de elementos finitos, com as cargas (a
preto),correspondentes às fachadas, aplicadas sobre as barras fictícias (a azul)

As únicas exceções a este método de modelação foram as lajes dos pisos 13 e do terraço, que foram ligadas à
pala de cobertura por elementos planos conferindo o apoio necessário e a transmissão adequada das cargas
verticais (figura 5.22).

Figura 5. 22 Tramos de fachada modelados com elementos de casca (a cinza) a ligar a pala de cobertura às lajes do
terraço e do piso 13

5.7.3 ESCADAS

As escadas são elementos de laje que não foram considerados no modelo, pois não apresentam relevância
significativa na análise global do edifício. No entanto, constituindo uma ação importante, particularmente na sua
comunicação com as lajes dos pisos, foi necessário modela-las de outra forma.

66
Foram identificados os vários tipos de patins (geometria e carregamento conforme subcapítulo 3.6), e criados
modelos de viga simplesmente apoiada equivalentes a cada um (do tipo ilustrado na figura 4.41). Os valores, das
reações de apoio de cada viga, foram aplicados no modelo como cargas pontuais nos elementos de barra nos
núcleos (figura 5.23, para apoios de patins nas paredes dos núcleos) ou como cargas de faca sobre as lajes (figura
5.24, no caso de apoios de patins sobre as lajes).

Figura 5. 23 Cargas pontuais (a preto), sobre paredes dos núcleos, Figura 5. 24 Carga de faca (a preto) sobre laje do piso corrente, devido ao
devidas às escadas entre pisos correntes apoio do patim da escada de emergência do lado Este

5.7.4 IMPULSOS DO TERRENO

Os impulsos do terreno sobre os muros de contenção periférica foram modelados por cargas distribuídas sobre
os elementos de casca com variação linear (figura 5.25), a representar o seu aumento em profundidade. A
sobrecarga sobre o solo adjacente aos muros, foi aplicada de forma uniforme sobre os mesmos (figura 5.26).

Figura 5. 25 Modelação dos impulsos do terreno sobre o muro a Sul

67
Figura 5. 26 Modelação dos impulsos no muro a Sul, devidos à sobrecarga sobre o solo adjacente

5.7.5 SISMO

A ação sísmica foi modelada através da aplicação dos espectros de resposta regulamentares (NP EN 1998-
1:2010), à análise dinâmica da estrutura efetuada pelo programa de elementos finitos.
A descrição de tal processo é fornecida de forma detalhada no capítulo 7 do presente trabalho.

5.8 PRÉ-ESFORÇO
A necessidade de pré-esforçar as lajes dos pisos elevados do edifício surgiu essencialmente, como adiante se
refere (subcapitulo6.2.4), de problemas de deformação excessiva.
É de notar que a própria conceção da solução de pré-esforço foi fruto de um processo iterativo com base no
modelo de elementos finitos que permitiu analisar a eficácia das diferentes situações possíveis, tanto em termos
de traçados de cabos, como de espessura das lajes.
Face ao alçado (figura 5.27), que se pode definir como típico de todos os cabos utilizados, caracterizado por dois
troços retos ligados por uma curva de muito curto desenvolvimento (cumprindo as diretrizes do fabricante VSL
[16]), optou-se, para fins de cálculo, por assimilar a cargas concentradas todas as forças equivalentes
(quantificadas no subcapítulo 6.2.3), tal como se de um traçado poligonal se tratasse.

Figura 5. 27 Alçado típico dos cabos de pré-esforço utilizados com identificação dos pontos notáveis (Ancoragem Ativa,
Máxima Excentricidade e Ancoragem Passiva)

68
Com o fim de simplificar ulteriormente o processo de modelação, calcularam-se as ações de pré-esforço de cabos
médios (subcapítulo 6.2.3), com geometria média no âmbito de cada conjunto de cabos (aproximadamente
equidistantes em planta e com comprimento semelhante). De seguida cada grupo de cabos foi modelado por
t sà a asàfi tí iasà o stituídasàpo à ate ialà “e à igidez àeà o à o primento aproximado á distância entre
os eixos dos cabos de extremidade do conjunto) dispostas transversalmente (figura 5.28 e 5.29) nos
alinhamentos dos pontos de aplicação das ações concentradas do cabo equivalente (ancoragem ativa, máxima
excentricidade, ancoragem passiva). Por fim a cada barra foi carregada com forças e momentos totais,
equivalentes aos do conjunto de cabos, distribuídos de forma uniforme ao longo do seu comprimento (figura
5.28).

Figura 5. 28 Alinhamentos médios de aplicação das forças para o grupo de cabos 1 (canto Noroeste da laje corrente)

Figura 5. 29 Modelação das forças (a vermelho) equivalentes ao conjunto de cabos identificados na figura anterior
através de barras fictícias (a azul)

69
5.9 PORMENORES DA MODELAÇÃO

5.9.1 MODELO PARA ANÁLISE DAS LAJES

Para fins de análise das deformações das lajes, foi atribuída a todos os elementos verticais uma rigidez axial mil
vezes superior à real, com o intuito de aproximar a modelação ao comportamento real da estrutura. De facto as
lajes são betonadas de forma sequencial sobre apoios à mesma cota, tornando desprezável, em termos práticos,
as deformações dos elementos verticais.

5.9.2 MODELAÇÃO DAS LIGAÇÕES LAJE-PILAR

Na modelação das ligações laje-pilar foram adotadas bar asà ígidasà ate ialà Rígido , ao longo da maior
dimensão da secção transversal do pilar, a ligar os nós da malha de laje nela contidos (figura 5.30). Tal opção foi
tomada, por se considerar demasiado penalizador em termos de momentos fletores e de deformação das lajes,
a modelação pontual das ligações laje-pilar, face às dimensões importantes dos elementos verticais.

Figura 5. 30 Excerto tridimensional do modelo, com barra rígida (a vermelho) a ligar pilar P7 (alinhamento 1) à laje do
piso2, com secção transversal do pilar (a amarelo) em evidência

70
6 PRÉ-ESFORÇO

A necessidade de pré-esforçar as lajes, latente desde a fase de pré-dimensionamento das mesmas, traduziu-se
num processo iterativo com início na localização das zonas com flechas críticas, passando por uma solução
t adi io al ,à o à a osàape asà asà a dasàso eàosàpila es,àeàte i a doà aà o figu aç oàadotada.
É de sublinhar a quantidade de pré-esforço, particularmente elevada para um edifício de habitação, necessária
à viabilização do projeto de arquitetura cujas características mais marcantes se conseguiram manter.
A definição definitiva da solução que se descreve de seguida, salvo ajustamentos de pormenor, foi atingida antes
de se proceder à análise sísmica do edifício, com o intuito de ter bem definidas as massas (ditadas pela espessuras
das lajes) geradoras das forças de inercia.

6.1 DESCRIÇÃO DO PRÉ-ESFORÇO

6.1.1 EFEITO DO PRÉ-ESFORÇO

O pré-esforço pode ser considerado como uma ação que, aplicada aos elementos estruturais, é capaz de alterar
os estados de tensão dos mesmos para configurações que melhor aproveitam a capacidade resistente do
material que os constitui (figura 6.1).

Figura 6. 1 Modelo ilustrativo do conceito subjacente ao funcionamento do pré-esforço: criação de resistência à flexão
através de pré-compressão (a vermelho) da peça (adaptado do site da universidade de Manchester [17])

Um cabo de pré-esforço pode para todos os efeitos comparar-se a um elástico que, sendo mantido deformado
tanto axialmente (tração do cabo) como transversalmente (o traçado pode ser não reto), exerce sobre o material
que o constringe (o betão no qual está embebido) forças devidas à sua tendência a reassumir o comprimento
inicial (figura 6.2).

Figura 6. 2 Ação de cabo parabólico sobre viga simplesmente apoiada (adaptado de Marchão e Appleton [12])

71
O tipo e magnitude das forças devidas ao pré-esfo ço,à depe de à po ta toà deà ua toà esseà el sti o à à
tensionado, e da forma como o traçado impede que a deformação por tração se faça ao longo de uma reta.
Quanto maiores sejam a força de tração P aplicada ao cabo e os desvios em relação à linha de menor distância
entre ancoragens, maior é o efeito do pré-esforço sobre a estrutura, quantificável em forças equivalentes. Os
traçados parabólicos introduzem forças verticais distribuídas ao longo do comprimento das zonas curvas (figura
6.2), enquanto os traçados poligonais (com zonas curvas, de variação da direção do cabo, muito curtas)
traduzem-se em cargas equivalentes concentradas (figura 6.3).

Figura 6. 3 Tramo de cabo trapezoidal com cargas equivalentes concentradas Q (adaptado de Marchão e Appleton [12])

Independentemente do tipo de traçado, são introduzidas ações ao nível das ancoragens dependentes da
distância e (excentricidade do cabo) e do angulo α, entre o eixo do cabo e o eixo da peça, assim como da
quantidade de pré-esforço P (figura 6.4)

Figura 6. 4 Cargas equivalentes ao pré-esforço, ao nível das ancoragens (adaptado de Marchão e Appleton [12])

6.1.2 TECNOLOGIA DO PRÉ-ESFORÇO IN-SITU

O conceito anteriormente descrito é tecnologicamente aplicável através da utilização de cabos, constituídos por
um número variável de cordões de aço no interior de uma bainha, ancorados nas extremidades ao elemento de
betão no qual se inserem. No caso particular das lajes do edifício em estudo optou-se por cabos de quatro
cordões com bainhas planas (figuras 6.5 e 6.6).

72
Figura 6. 5 Ancoragem ativa do tipo de cabo utilizado Figura 6. 6 Ancoragem passiva do tipo de cabo
(www.vsl.com) utilizado (www.vsl.com)

A sequência de aplicação do pré-esforço é sucintamente descrita de seguida:

 Disposição das bainhas e cabos com o traçado definido em projeto (figura 6.7);
 Betonagem e cura do elemento a pré-esforçar;
 Aplicação do pré-esforço e introdução de cunhas de retenção dos cordões, nas ancoragens ativas (figura
6.8);
 Injeção de calda de cimento no interior das bainhas (selagem), se de pré-esforço aderente se tratar.

Figura 6. 7 Vista das bainhas dos cabos e das armaduras ordinárias, antes de betonagem de uma laje maciça
pré-esforçada [18]

73
Figura 6. 8 Imagens da sequência de puxe do cordão com macaco hidráulico [19]

6.1.3 O PRÉ-ESFORÇO EM LAJES

A aplicação do pré-esforço às lajes advém principalmente da necessidade de vãos elevados por questões
arquitetónicas e de flexibilidade de utilização dos edifícios. Foram esses os fatores que, evidentemente, levaram
à sua idealização para o edifício alvo do presente projeto. No entanto foi também necessário optar por uma
solução de pré-esforço aderente ou não aderente. Face às vantagens mais relevantes dos monocordões (solução
não aderente), em termos de excentricidade máxima dos cabos (menor altura das bainhas em relação ás planas
de 4 cordões) e de simplicidade de execução (não necessitam de selagem), a solução aderente com bainhas
planas apresenta a característica de resistir a danos localizados sem perda do pré-esforço em todo o cabo.
Portanto a escolha, com vista à definição de uma solução o mais segura possível, pendeu a favor dos cordões
aderentes, não se considerando remota, em edifícios de habitação, a probabilidade de obras com perfuração das
lajes e danificação dos cabos, ao longo da vida útil da estrutura.

6.2 DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO ADOTADA

6.2.1 MATERIAIS

Conforme já referido, a solução escolhida passa pela adoção de cabos de 4 cordões com bainhas planas (figuras
6.5, 6.6, e 6.8) conformes com as características técnicas do produtor de sistemas de pré-esforço VSL [16] que
de seguida se descrevem.
Os cordões admitiram-se do tipo 0.6´´N, caracterizados por um diâmetro de 15,2mm e uma força mínima de
rotura Pu, declarada pelo fabricante em conformidade com a utilização de aço Y1860 (tabela3.4), de
260kN/cordão.
Consideraram-se bainhas metálicas planas do tipo 6-4, para fins de cálculo e representação das suas dimensões,
e ancoragens ativa e passiva conformes com os tipos SO e P respetivamente [16].
Por fim houve a necessidade de estimar o valor do pré-esforço útil Pútil (kN/cabo) a utilizar em projeto
considerando as perdas instantâneas (por atrito, reentrada de cabos e deformação instantânea do betão) e
diferidas (relaxação da armadura de pré-esforço, fluência e retração do betão). Com esse intuito a magnitude de
ambas as perdas foi avaliada em 15% do valor inicial do pré-esforço, que é por sua vez limitado à força máxima
a aplicável ao cabo Pmáx (80% da força de rotura segundo o EC2 [5]), tendo-se

74
á = , ;

Equação 6. 1

ú = , á ;

Equação 6. 2

Pu Pmáx Pútil
(kN/cabo) (kN/cabo) (kN/ cabo)

1040 832 601

Tabela 6. 1 Resultados das equações 6.1 e 6.2

Admitiu-se então um pré-esforço útil de 600kN/cabo.

6.2.2 TRAÇADOS DE CABOS

Os traçados de cabos foram definidos, tanto em planta como em alçado, com a maior simplicidade permitida
pela geometria das lajes, tentando maximizar a eficácia do pré-esforço e respeitando todas as indicações do
produtor VSL.
Em termos práticos as diretrizes em planta foram:

 Adoção, no geral, de uma geometria reta, à exceção da laje do piso 13;


 Ancoragens passivas fora da zona dos pilares por questões de simplicidade construtiva;
 Desalinhamento das ancoragens passivas do mesmo grupo de cabos por forma a evitar concentração
de forças de tração/compressão na mesma secção transversal;
 Respeito da distância mínima de 40cm, entre ancoragens ativas;
 Respeito do raio de curvatura mínimo de 6m nos tramos curvilíneos dos traçados de cabos da laje do
piso 13.

E em alçado:

 Disposição das armaduras ordinárias (figuras 6.9 e 6.10) por forma a permitir a máxima excentricidade
(e2 na figura 6.11) para os cabos na direção X de maior influência face aos problemas de flecha;
 Tramos parabólicos curtos originando traçados quase poligonais, com concentração das cargas verticais
descendentes (F2 na figura 6.11) na zona dos apoios;
 Busca da máxima excentricidade (e1 na figura 6.11) do cabo na zona da ancoragem ativa respeitando a
distância de 12cm entre o eixo da ancoragem e a face superior da laje;
 Minimização do efeito do pré-esforço na zona das ancoragens passivas através de traçados com
excentricidade (e3 na figura 6.11) nula nessa zona, à exceção dos cabos em Y dos pisos 8 e 11;

75
 Alternância entre ancoragens ativas e passivas dos cabos em Y dos pisos 8 e 11 permitindo uma maior
uniformidade da compressão ao longo do grupo de cabos face às perdas por reentrada de cunhas e
atrito.

Figura 6. 9 Corte de laje na direção Y, na secção de máxima Figura 6. 10 Corte de laje na direção X, na secção de máxima
excentricidade dos cabos em X (emáx,x) excentricidade dos cabos em Y (emáx,y)

No cálculo das excentricidades máximas possíveis (tabela 6.2), admitiram-se duas camadas de armadura
ordinária com varões Ф20 em ambas as direções

ℎ ℎ ℎ
á , = − − − ;

Equação 6. 3

ℎ ℎ ℎ
á , = − − − ;

Equação 6. 4
com:

ℎ - Espessura da laje;

– Recobrimento das armaduras ordinárias, quantificado em 2,5cm (tabela3.2);

ℎ ℎ - Altura da secção das bainhas metálicas dos cabos, quantificada em 2,1cm [16]

hlaje emáx,x emáx,y


(cm) (cm) (cm)

27 8 6

29 9 7

Tabela 6. 2 Valores das excentricidades máximas em função da direção do cabo e da altura da laje

76
6.2.3 FORÇAS EQUIVALENTES AO PRÉ-ESFORÇO

Uma vez definidos todos os parâmetros relevantes, partiu-se para a definição exata dos traçados de cabos, e
para o cálculo das forças equivalentes aos mesmos (figura 6.11).

Figura 6. 11 Traçado típico dos cabos com identificação de parâmetros geométricos e forças equivalentes

Como já referido, o cálculo de tais forças (segundo os princípios ilustrados na figura 6.4) foi feito, para cada grupo
de cabos, com base na geometria de um cabo médio (tabela 6.3) e considerando como atuante o pré-esforço útil
Pútil de 600kN/cabo, obtendo-se


, é = ;
º

Equação 6. 5


, é = ;
º

Equação 6. 6


= ú :
, é

Equação 6. 7

= + ;

Equação 6. 8


= ú ;
, é

Equação 6. 9

= ú × ;

Equação 6. 10

77
= ú × .
Equação 6. 11

Face à simetria das lajes, à repetibilidade da solução em altura, e à existência de lajes com duas espessuras, foi
necessário calcular as características de doze cabos médios (tabela 6.3).

Tipos nº de
de cabos
L1 L1,médio L2 L2,médio e1 e2 e3 F1 F2 F3 M1 M3
Grupo cabo de
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (kN) (kN) (kN) (kNm) (kNm)
no cada
grupo tipo
1-A 4 3,67 8,28
1 3,67 7,85 0,015 0,08 0 10,63 16,74 6,11 9 0
1-B 3 3,67 7,28
2-A 1 3,67 6,36
2 2-B 2 3,67 3,67 5,98 6,46 0,015 0,08 0 10,63 18,06 7,43 9 0
2-C 2 3,67 6,98
2´-A 1 3,67 6,36
2´ 2´-B 2 3,67 3,67 6,18 6,46 0,015 0,08 0 10,63 18,06 7,43 9 0
2´-C 1 3,67 7,18
3-A 2 2,88 5,32
3 2,88 4,65 0,015 0,06 0 9,38 17,12 7,74 9 0
3-B 4 2,88 4,32
4-A 3 3,67 8,28
4 3,67 7,71 0,015 0,08 0 10,63 16,86 6,23 9 0
4-B 4 3,67 7,28
5 5 4 3,67 3,67 4,93 4,93 0,015 0,08 0 10,63 20,37 9,74 9 0
6-A 2 2,23 6,12
6 2,18 6,17 0,015 0,06 0,015 12,39 16,77 4,38 9 9
6-B 2 2,13 6,22
7-A 4 3,67 8,28
7 3,67 7,85 0,025 0,09 0 10,63 17,51 6,88 15 0
7-B 3 3,67 7,28
8-A 1 3,67 6,36
8 8-B 3 3,67 3,67 6,08 6,46 0,025 0,09 0 10,63 18,99 8,36 15 0
8-C 2 3,67 7,08
9-A 2 2,88 5,32
9 2,88 4,65 0,025 0,07 0 9,38 18,41 9,03 15 0
9-B 4 2,88 4,32
9´-A 2 2,88 5,15
9´ 2,88 4,65 0,025 0,07 0 9,38 18,41 9,03 15 0
9´-B 2 2,88 4,15
10-A 2 2,88 8,52
10 2,88 8,19 0,025 0,07 0 9,38 14,51 5,13 15 0
10-B 1 2,88 7,52

Tabela 6. 3 Forças equivalentes dos cabos com geometria média, para cada grupo de cabos

78
6.2.4 VERIFICAÇÃO DO ESTADO LIMITE DE DEFORMAÇÃO

Apesar das taxas de armadura se preverem razoáveis (subcapítulo 4.1), para todas as lajes do edifício, facilmente
se chegou à conclusão, mediante a análise de resultados do modelo de elementos finitos para a combinação
quase permanente de ações (definida com EL Deformação no subcapítulo 3.6.3), que face aos vãos elevados, e
conforme já idealizado no pré-dimensionamento, havia necessidade de pré-esforçar algumas zonas das lajes para
obviar a problemas de deformação excessiva.
Os valores admissíveis para a deformação foram obtidos estimando que as deformações a longo prazo (flecha
elástica amplificada por fendilhação, retração e fluência do betão) seriam três ou cinco vezes superiores ao valor
elástico (u3 vindo do modelo), conforme se tratasse de zonas pré-esforçadas ou não. Para as lajes dos pisos
ele adosà oà alo à li iteà pa aà aà fle haà aà lo goà p azoà longo prazo foi fixado em 1,5cm (subcapítulo 3.3.2), sendo
condicionante a limitação de danos nas paredes divisórias e de fachada, enquanto para as lajes dos pisos de
garagem e sob o jardim considerou-se suficiente o valor de vão/250 (questões estéticas).


Fendilhação e
á �
efeitos
(m) diferidos (m)

Garagens e jardim L/250 × L/1250

Piso 0 a terraço
0,015 × 0,0030
sem pré-esforço
Piso 0 a terraço
0,015 × 0,0050
com pré-esforço

Tabela 6. 4 Valores admissíveis para as flechas

Identificaram-se então as zonas críticas (figuras 6.12, 6.15, 6.18, 6.20, 6.22), aonde os valores admissíveis da
flecha eram violados, por forma a estudar iterativamente a eficácia das diferentes disposições do pré-esforço
cuja evolução conduziu à solução final.
Apresenta-se de seguida a evolução das deformadas mais representativas partindo da ausência de pré-esforço,
até ao controlo das deformações compatível com a disposição de cabos final, passando por uma das
configurações intermédias analisadas.

79
Figura 6. 12 Deformada da laje do piso 7 para a combinação quase permanente de ações sem pré-esforço

Figura 6. 13 Deformada da laje do piso 7 para a combinação quase permanente de ações e pré-esforço em X apenas nas
bandas sobre os pilares (alinhamentos A e F)

80
Figura 6. 14 Deformada da laje do piso 7 para a combinação quase permanente de ações e pré-esforço final

Figura 6. 15 Deformada da laje do piso 13 para a combinação quase permanente de ações sem pré-esforço

81
Figura 6. 16 Deformada da laje do piso 13 para a combinação quase permanente de ações e pré-esforço em X apenas nas
bandas sobre os pilares (alinhamentos C e F)

Figura 6. 17 Deformada da laje do piso 13 para a combinação quase permanente de ações e pré-esforço final

82
Figura 6. 18 Deformada da laje do piso 7 para a combinação quase permanente de ações sem pré-esforço

Figura 6. 19 Deformada da laje do piso 7 para a combinação quase permanente de ações e pré-esforço final

83
Figura 6. 20 Deformada da laje do piso 8 para a combinação quase permanente de ações sem pré-esforço

Figura 6. 21 Deformada da laje do piso 8 para a combinação quase permanente de ações e pré-esforço final

84
Figura 6. 22 Deformada da laje do terraço para a combinação quase permanente de ações sem pré-esforço

Figura 6. 23 Deformada da laje do terraço para a combinação quase permanente de ações e pré-esforço final

85
O objetivo de resolver (figuras 6.14, 6.17, 6.19, 6.21, 6.23) os problemas de deformação, e as limitações de ordem
geométrica e técnica (subcapítulo 6.2.2), determinaram os traçados dos cabos bem como a sua disposição final
em planta. Como é evidente (figuras 6.13 e 6.16) a solução de pré-esforço mais tradicional, com cabos em X
apenas sobre os alinhamentos dos pilares, não se revelou capaz de resolver o problema. É também de salientar
a necessidade, que surgiu, de aumentar a espessura das lajes dos pisos 13 e terraço, de 27cm para 29cm, pena
a impossibilidade de limitar as flechas aos limites regulamentares (tabela 6.4).

86
7 ANÁLISE SÍSMICA

A definição da ação sísmica, assim como análise dos esforços nos elementos verticais primários, foi efetuada em
consonância com as recomendações da NP EN 1998-1:2010 [1].
No presente capítulo, a partir de diretrizes regulamentares e resultados do modelo de elementos finitos, é
calculada a ação sísmica condicionante face ao comportamento exibido pelo edifício em estudo.
Em jeito de introdução resta evidenciar que a zona de Sines apresenta um grau de sismicidade bastante elevado
tanto para o sismo afastado (do Tipo I) como para o próximo (do Tipo II) [1].

7.1 DEFINIÇÃO GERAL DA AÇÃO SÍSMICA

A ação sísmica foi quantificada através de espectros, de resposta elástica (de um oscilador linear com um grau
de liberdade) devida a aceleração à superfície do terreno, representantes, segundo o EC8 [1], o efeito do
movimento sísmico de um dado ponto da superfície. A forma genérica de tais espectros (figura 7.1) é definida
por tramos com aceleração constante (entre TB e TC), velocidade constante (entre TC e TD) e deslocamento
constante (para T superior a TD).

Figura 7. 1 Espectro de resposta elástica (adaptado de EC8 3.2.2.2 [1])

Os valores que definem o andamento da aceleração em função do período do oscilador, são dependentes do
tipo de sismo considerado (figura 7.2), do coeficiente de importância do tipo de estrutura a projetar (figura
7.3), do tipo de solo (figuras 7.4 a 7.7).

Figura 7. 2 Quadro NA.I do EC8 [1]: Valores da aceleração máxima de referência agR (m/s2) nas várias zonas sísmicas

87
Figura 7. 4 Quadro NA.II do EC8 [1]: Valores do coeficiente de
Figura 7. 3 Quadro 4.3 do EC8 [1]: Classe de importância para edifícios
i port cia I e fu ç o do tipo de sis o

Figura 7. 5 Quadro NA-3.2 do EC8 [1]: valores do parâmetro Figura 7. 6 Quadro NA-3.3 do EC8 [1]: valores do parâmetro
Smáx para sismo tipo I Smáx para sismo tipo II

Figura 7. 7 Cálculo do coeficiente de solo (EC8 NA-3.2.2.2(2) [1])

88
Figura 7. 8 Quadro 3.1 do EC8 [1]: Parâmetros de classificação do terreno

Uma vez obtido o espectro de resposta elástica, o Eurocodigo8 permite que os efeitos do sismo sejam calculados
através de uma análise elástica da estrutura na qual a entrada em regime não linear (com capacidade de
dissipação de energia sem redução substancial da sua resistência) é tida em conta através de um coeficiente de
comportamento q. Também a fendilhação e consequente perda de rigidez dos elementos resistentes pode ser
tida em conta de forma aproximada considerando, na modelação da estrutura, rigidez elástica de flexão e de
esforço transverso igual a metade da correspondente ao estado não fendilhado.
Os espectros elásticos, fornecidos pela regulamentação, correspondem ao efeito de um sismo com uma
probabilidade de 10% de ser excedido num período de 50 anos (o que equivale a um período de retorno de 475
anos), que corresponde à vida teórica das estruturas em sede de análise de segurança.

7.2 DEFINIÇÃO DA AÇÃO SÍSMICA DE CÁLCULO

Pretende-se, no presente subcapítulo, identificar todos os passos do processo que, através do estudo das
características da estrutura e do terreno de fundação, conduziu à definição da ação sísmica de cálculo.
É de notar que de todos os princípios básicos de conceção estrutural, recomendados pelo Eurocodigo8 [1] no
seu capitulo 4

 Simplicidade estrutural;
 Uniformidade, simetria e redundância da estrutura;

89
 Resistência e rigidez nas duas direções;
 Resistência e rigidez à torção;
 Ação de diafragma ao nível dos pisos;
 Fundação adequada;

a exigência de rigidez torsional emergiu evidentemente como a única recomendação de difícil cumprimento.
Subjacente a todas as considerações feitas, em termos de quantificação da ação sísmica e do dimensionamento
dos elementos estruturais sismo-resistentes, está o facto de se pretender projetar um edifício de ductilidade
média (DCM segundo o EC8 [1]).

7.2.1 ANÁLISE MODAL

As frequências próprias e os modos de vibração não dependem da solicitação sísmica, pois são características
intrínsecas da própria estrutura. Assim, a sua determinação é feita através do cálculo dos valores e vetores
próprios, respetivamente, do sistema de equações de equilíbrio dinâmico em regime livre, desprezando o efeito
do amortecimento
[ ]− [ ] { }=
Equação 7. 1

em que:

[ ] - Matriz de rigidez da estrutura;

- Frequência angular da estrutura;

[ ] - Matriz de massas da estrutura;

{ } - Vetor de deslocamentos.

A equação admite uma solução trivial (d=0) que não tem interesse prático. Como tal, interessa anular o
determinante do primeiro fator, obtendo a solução não trivial

[ ]− [ ] =
Equação 7. 2

A partir de cada valor próprio (frequência) é calculada uma solução para o vetor de deslocamentos (vetor próprio
correspondente) que representa a configuração da estrutura (modo de vibração normalizado em relação à matriz
das massas) correspondente à deformação normalizada para a frequência respetiva.
É com base nas leis da dinâmica, acima citadas, que a análise modal é efetuada pelo software SAP2000®. Foi
então esse o primeiro passo na análise sísmica relativa ao edifico a projetar (tabela 7.1).

90
Translação em X Translação em Y Rotação em torno de Z
Modo T (s) f(Hz)
% ∑% % ∑% % ∑%
1 2,979 0,336 3,54 3,54 0,07 0,07 23,92 23,92
2 2,011 0,497 4,45 7,99 35,26 35,33 0,53 24,45
3 1,992 0,502 34,93 42,92 4,58 39,91 2,14 26,58
4 1,015 0,985 0,73 43,64 0,03 39,94 3,73 30,31
5 0,638 1,566 6,47 50,11 0,10 40,04 0,50 30,81
6 0,570 1,754 0,37 50,48 0,05 40,09 1,03 31,85
7 0,510 1,963 0,24 50,72 10,60 50,68 0,01 31,85
8 0,386 2,591 0,03 50,74 0,00 50,69 0,66 32,52
9 0,345 2,898 2,10 52,84 0,05 50,74 0,08 32,60
10 0,288 3,474 0,03 52,88 0,01 50,75 0,32 32,91
11 0,242 4,134 0,66 53,53 0,14 50,88 0,00 32,92
12 0,238 4,197 0,07 53,60 2,39 53,27 0,00 32,92
13 0,237 4,220 0,00 53,60 1,10 54,37 0,01 32,93
14 0,233 4,298 0,45 54,05 0,21 54,57 0,17 33,10
15 0,225 4,444 0,17 54,22 0,06 54,64 0,06 33,15
16 0,223 4,483 0,00 54,22 0,14 54,78 0,00 33,16
17 0,210 4,762 0,02 54,24 0,00 54,78 0,02 33,18
18 0,202 4,943 0,01 54,25 0,00 54,78 0,00 33,18
19 0,202 4,961 0,00 54,25 0,00 54,78 0,00 33,18
20 0,196 5,094 0,02 54,27 0,00 54,78 0,01 33,19
21 0,194 5,168 0,02 54,29 0,01 54,79 0,07 33,26
22 0,184 5,435 0,00 54,29 0,00 54,79 0,00 33,26
23 0,183 5,467 0,16 54,44 0,01 54,80 0,04 33,30
24 0,178 5,624 0,30 54,75 0,00 54,80 0,00 33,31
25 0,177 5,637 0,08 54,83 0,00 54,80 0,00 33,31
26 0,175 5,721 0,01 54,84 0,00 54,80 0,01 33,32
27 0,173 5,775 0,02 54,86 0,00 54,80 0,00 33,32
28 0,172 5,818 0,00 54,86 0,00 54,81 0,00 33,32
29 0,170 5,882 0,00 54,86 0,00 54,81 0,00 33,32
30 0,170 5,890 0,19 55,05 0,00 54,81 0,01 33,33

Tabela 7. 1 Períodos, frequências, e fatores de participação de massa modais

Assim, de acordo com EC8 4.3.3.3.1(3) [1], houve que considerar todos os modos até que a percentagem de
massa acumulada fosse igual ou superior a 90%, não podendo ser desprezado nenhum modo com percentagem
de massa igual ou superior a 5%. Na prática, a combinação das duas condições anteriores conseguiu-se,
simplesmente, considerando todos os modos até aos 95% de massa acumulada.
Pela tabela 7.1, nota-se que as percentagens acumuladas do trigésimo modo não totalizam 95%. Isto deve-se ao
facto de o modelo concentrar uma parte significativa da sua massa na zona das caves, que, não sendo oscilante,
falseia assim os resultados. Desta forma, a percentagem de massa acumulada mínima correspondeu a 95% da

91
massa dos pisos elevados (14 pisos), ao invés de ser considerada a totalidade das lajes do edifício (18 lajes). Com
efeito, consideraram-se, como sendo relevantes, todos os modos até que a percentagem de massa acumulada
fosse igual ou superior a 50,72% (9 modos). Respeitando tal condição achou-se, contudo, oportuno incluir os
modos de vibração até ao decimo-segundo (tendo este um fator de participação da massa efetiva de 4,8% na
translação em Y).
Da análise modal destacou-se a frequência própria fundamental da estrutura de 0,336 Hz com respetivo modo
de vibração (figura7.9), tal como se previa, dominado pela componente de torção devido à rigidez relativamente
concentrada e à sua assimetria na direção X. Um valor tão baixo da frequência confirmou o anterior presságio
da flexibilidade à torção.

Figura 7. 9 Vista superior da deformada correspondente ao 1º modo de vibração

Quanto aos modos de vibração sucessivos, denunciam rigidezes de translação muito semelhantes em X e em Y,
com uma ligeira superioridade da primeira direção. De facto o segundo modo (figura 7.10) é predominantemente
de translação em Y e o terceiro (figura7.11) de translação em X.

92
Figura 7. 10 Vista superior da deformada correspondente ao 2º modo de vibração

Figura 7. 11 Vista superior da deformada correspondente ao 3º modo de vibração

No que diz respeito aos restantes modos de vibração considerados, até ao sétimo apresentam essencialmente
combinações de translação e torção globais da estrutura, enquanto a partir do oitavo, os modos locais (vibração
verti alàdasàlajesàp i ipal e te à fu de -se à o à odosàglo aisà o àpa ti ipaç oàdeà assaà elati a e teà

93
pequena) de igual frequência. Conforme já referido o ultimo modo considerado no seguimento da análise sísmica
do edifício foi o decimo-segundo (figura 7.12).

Figura 7. 12 Vista superior da deformada correspondente ao 12º modo de vibração (translação em Y ainda evidente)

7.2.2 COEFICIENTE DE COMPORTAMENTO

Com o fim de efetuar uma modelação adequada e determinar o coeficiente de comportamento q (indicador da
ductilidade), segundo o EC8 [1], é necessário classificar a estrutura quanto à sua regularidade, e quanto ao seu
comportamento (tipo de deformação apresentada em virtude da tipologia de elementos verticais resistentes)
sob as ações sísmicas horizontais (figura 7.13).

Figura 7. 13 Quadro 4.1 do EC8 [1]: Consequências da regularidade estrutural na análise e no cálculo sísmico

94
7.2.2.1 REGULARIDADE EM PLANTA

É na classificação da regularidade em planta que é feita a distinção entre os edifícios torsionalmente flexíveis ou
não. Assim, no âmbito do presente trabalho, considerou-se coerente que fosse essa a primeira verificação a ser
efetuada, vistas as características dinâmicas exibidas pelo edifício (tabela 7.1).
Houve então que verificar que em cada nível e para cada direção de análise, X e Y, o raio de torção respeitasse
as seguintes condições (EC8 4.2.3.2(6) [1]), correspondentes a uma rigidez de rotação mínima, abaixo da qual os
edifícios se classificam como torsionalmente flexíveis

;
Equação 7. 3

;
Equação 7. 4
em que:

- Raio de torção do piso na direção X;

- Raio de torção do piso na direção Y;

- Raio de giração da massa do piso.

As grandezas intervenientes nas equações anteriores são por sua vez definidas como

= √ �;

Equação 7. 5

= √ �;

Equação 7. 6


= √ �,�� ;

Equação 7. 7

com:

� - Rigidez de torção global do edifício (rigidez relativa á rotação do piso em torno de um eixo vertical passando
pelo centro de rigidez);

- Rigidez global de translação do edifício na direção X;

- Rigidez global de translação do edifício na direção X;

� ,� - Momento polar de inercia da massa do piso;

- Massa do piso.

95
Para a determinação do centro de rigidez (cujos deslocamentos foram necessários para o cálculo das rigidezes
de translação KXeY) solicitou-se a estrutura, ao nível do último piso, com um momento torsor unitário (T=1kNm).
Com base nos deslocamentos ao nível do centro de massa calculou-se a posição do centro de rigidez de cada
piso (propagação de deslocamentos elementares dos pontos de um corpo rígido), sendo

,� = �,� ;
Equação 7. 8

,� =− �,� ;
Equação 7. 9
onde:

– Deslo a e tosàXàeàYàeà otaçõesàθ;

| | - Distância do centro de massa ao centro de rigidez medida ao longo do eixo X (Y) (excentricidade
estrutural).

Com base no valor das rotações sofridas por cada piso, foi também possível calcular a rigidez de torção a cada
nível (tabela 7.2)

� = .
�,��

Equação 7. 10

X,CM Y,CM θ,CM eox eoy Kθ


Piso
(m) (m) (rad) (m) (m) (kNm/rad)
Terraço 7,29E-07 9,60E-09 3,32E-07 -0,029 2,195 3,01E+06
13 1,19E-07 4,20E-09 3,00E-07 -0,014 3,956 3,33E+06
12 5,29E-07 -2,40E-09 2,65E-07 0,009 1,996 3,77E+06
11 4,70E-07 -3,60E-09 2,38E-07 0,015 1,974 4,20E+06
10 4,13E-07 -3,50E-09 2,12E-07 0,017 1,952 4,73E+06
9 3,58E-07 -3,10E-09 1,85E-07 0,017 1,932 5,39E+06
8 3,03E-07 -3,10E-09 1,60E-07 0,019 1,900 6,27E+06
7 2,50E-07 -3,10E-09 1,34E-07 0,023 1,859 7,44E+06
6 2,03E-07 -2,60E-09 1,11E-07 0,023 1,833 9,03E+06
5 1,70E-07 -5,01E-10 9,09E-08 0,006 1,872 1,10E+07
4 1,39E-07 1,30E-09 7,19E-08 -0,018 1,926 1,39E+07
3 1,07E-07 2,40E-09 5,37E-08 -0,045 1,994 1,86E+07
2 7,56E-07 2,40E-09 3,66E-08 -0,066 2,066 2,73E+07
1 4,40E-07 1,40E-09 2,06E-08 -0,068 2,136 4,85E+07

Tabela 7. 2 Resposta da estrutura à aplicação do momento torsor (T): Cálculo das excentricidades estruturais, e da rigidez
de torção

96
Para a determinação da rigidez de translação, em cada uma das direções, aplicou-se uma força unitária (F=1kN)
ao nível do centro de rigidez do último piso. Conhecidos os deslocamentos do centro de rigidez de cada piso
(equações 7.11 e 7.12 oriundas da propagação de deslocamentos elementares dos pontos de um corpo rígido)
determinou-se a rigidez transversal em cada direção (tabelas 7.3 e 7.4), sendo

,� = ,� − �,� ;
Equação 7. 11

,� = ,� + �,� .
Equação 7. 12

Piso eoy X,CM θ,CM X,CR KX


(m) (m) (rad) (m) (kN/m)
Terraço 2,195 1,99E-05 7,74E-08 1,97E-05 5,08E+04
13 3,956 1,81E-05 4,71E-08 1,80E-05 5,57E+04
12 1,996 1,62E-05 1,64E-08 1,61E-05 6,20E+04
11 1,974 1,45E-05 8,20E-09 1,45E-05 6,89E+04
10 1,952 1,29E-05 1,50E-09 1,29E-05 7,74E+04
9 1,932 1,14E-05 -1,70E-09 1,14E-05 8,78E+04
8 1,900 9,84E-06 -7,20E-09 9,85E-06 1,02E+05
7 1,859 8,33E-06 -1,24E-08 8,35E-06 1,20E+05
6 1,833 6,95E-06 -1,26E-08 6,98E-06 1,43E+05
5 1,872 5,75E-06 -7,40E-09 5,76E-06 1,74E+05
4 1,926 4,59E-06 -3,00E-09 4,60E-06 2,18E+05
3 1,994 3,49E-06 1,44E-10 3,49E-06 2,87E+05
2 2,066 2,44E-06 1,50E-09 2,44E-06 4,11E+05
1 2,136 1,45E-06 7,94E-10 1,45E-06 6,89E+05

Tabela 7. 3 Resposta da estrutura à aplicação da força horizontal (F) na direção X: Cálculo da rigidez de translação em X

97
Y,CR ≈ Y,CM KY
Piso
(m) (kN/m)
Terraço 2,13E-05 4,70E+04
13 1,94E-05 5,16E+04
12 1,75E-05 5,73E+04
11 1,56E-05 6,41E+04
10 1,38E-05 7,26E+04
9 1,20E-05 8,34E+04
8 1,03E-05 9,75E+04
7 8,61E-06 1,16E+05
6 7,06E-06 1,42E+05
5 5,63E-06 1,77E+05
4 4,32E-06 2,32E+05
3 3,13E-06 3,20E+05
2 2,08E-06 4,81E+05
1 1,19E-06 8,38E+05

Tabela 7. 4 Resposta da estrutura à aplicação da força horizontal (F) na direção Y: Cálculo da rigidez de translação em Y
(considerou-se Y,CR ≈ Y,CM descurando-se as excentricidades estruturais em X)

Uma vez conhecidas as rigidezes de translação e rotação ao nível de cada piso, determinou-se também o
momento polar de inércia de cada piso (com massa correspondente à combinação sísmica ELU 2 e 3 nas tabelas
3.11 e 3.12), e consequentemente o seu raio de giração (equação 7.7).

Massa do piso IP,CM lS rX rY


Piso
(kN) (kNm2) (m) (m) (m)
Terraço 5,91E+03 5,87E+05 9,967 8,005 7,700
13 6,15E+03 6,85E+05 10,551 8,036 7,734
12 7,43E+03 9,81E+05 11,489 8,115 7,801
11 7,43E+03 9,81E+05 11,489 8,091 7,805
10 7,43E+03 9,81E+05 11,489 8,067 7,816
9 7,43E+03 9,81E+05 11,489 8,040 7,839
8 7,43E+03 9,81E+05 11,489 8,018 7,856
7 7,43E+03 9,81E+05 11,489 8,005 7,883
6 7,43E+03 9,81E+05 11,489 7,985 7,938
5 7,43E+03 9,81E+05 11,489 7,873 7,961
4 7,43E+03 9,81E+05 11,489 7,750 7,996
3 7,43E+03 9,81E+05 11,489 7,632 8,058
2 7,43E+03 9,81E+05 11,489 7,539 8,157
1 7,43E+03 9,81E+05 11,489 7,613 8,393

Tabela 7. 5 Valores dos raios de torção e do raio de giração para cada piso

98
Conforme se suspeitava, o edifício não cumpriu o requisito de rigidez torsional mínima (equações 7.3 e 7.4). De
facto tal limitação resultou infringida em todos os pisos, denunciando uma flexibilidade elevada em relação à
rotação.
A configuração da zona periférica dos pisos, com consolas de grande vão e ausência de pórticos resistentes, é
sem dúvida a maior responsável pelo comportamento da estrutura.
O edifício foi, por fim, classificado como torsionalmente flexível.

7.2.2.2 REGULARIDADE EM ALTURA

O único entrave possível, à classificação do edifício como regular em altura, foi identificado nos recuos existente
ao nível do piso 13. No entanto o tipo de geometria em causa, não enquadrável nos casos regulamentados, e o
cumprimento dos restantes requisitos (EC8 4.2.3.3) [1]:

 Todos os sistemas resistentes a ações laterais, tais como núcleos, paredes estruturais ou pórticos, são
contínuos desde a fundação até ao topo do edifício;
 A rigidez lateral e a massa dos pisos não apresentam alterações bruscas, desde a base até ao topo do
edifício considerado (tabelas 7.3 a 7.5);

conduziram à classificação de regular em altura .

7.2.2.3 CÁLCULO DO COEFICIENTE DE COMPORTAMENTO

Uma vez identificado o tipo de estrutura (sistema torsionalmente flexível) e classificado o edifício, quanto à sua
regularidade (irregular em planta, e regular em altura), foi individuado o valor básico do coeficiente de
comportamento (figura 7.13).

Figura 7. 14 Quadro 5.1 do EC8 [1]: Valor básico q0 do coeficiente de comportamento para sistemas regulares em altura

De seguida foi calculado o valor de projeto do coeficiente de comportamento, dado por

= ;
Equação 7. 13
com:

- Coeficiente de comportamento de projeto (estado limite ultimo de resistência à ação sísmica);

- Fator que reflete o modo de rotura predominante nos sistemas estruturais com paredes.

99
Face à elevada esbelteza das paredes (comprimento de secção máximo de 8,20m, e altura de 48,20m) o valor de
kw, obtido (EC8 5.2.2.2(11)e(12) [1]) foi igual à unidade (tabela 7.5), em consonância com um modo de rotura
por flexão.

q0 kw q

2,0 1 2,0

Tabela 7. 6 Cálculo do coeficiente de comportamento

Vale a pena evidenciar que, tratando-se de uma estrutura torsionalmente flexível, o coeficiente de
comportamento calculado é valido para ambas as direções da ação sísmica.

7.2.3 ESPECTRO DE CÁLCULO

O espectro de cálculo das acelerações a aplicar à estrutura nos vários modos de vibração (calculados através de
uma análise elástica com consideração simplificada da fendilhação), foi calculado para os sismos do tipo I e II,
segundo a formulação preconizada pelo Eurocódigo8. Por redução (figuras 7.14 e 7.15) do espectro Se(T) de
resposta elástica, através da aplicação do valor do coeficiente de comportamento, obteve-se o espectro de
cálculo Sd(T).

Figura 7. 16 Equações do espectro de resposta elástica


Figura 7. 15 Equações do espectro de resposta elástica
afetado pelo coeficiente de comportamento (para
amortecimento viscoso de 5% corrente para estruturas
de betão)

Na prática, a configuração típica dos espectros de cálculo do Eurocodigo8 [1] já estava contida no programa de
elementos finitos SAP2000 (figura 7.16), permitindo que se introduzissem apenas os parâmetros necessários, á
completa definição da função Sd(T).

100
Figura 7. 17 Parâmetros do espectro de cálculo, para o sismo do tipo I, inseridos no programa

Figura 7. 18 Parâmetros do espectro de cálculo, para o sismo do tipo II, inseridos no programa

101
Sendo o terreno enquadrável no tipo C (subcapítulo 3.5), localizando-se Sines nas zonas sísmicas 1.3 e 2.3, e
tratando-se de um edifício com classe de importância II, foi possível (figuras 7.2 a 7.8) quantificar os restantes
parâmetros de definição do espectro (tabela 7.7).

Sismo tipo I Sismo tipo II


Zona sísmica 1.3 2.3
agR (m/s2) 1,50 1,70

I 1,00

ag (m/s2) 1,50 1,70


Tipo de terreno C
Smax 1,60 1,60
S 1,50 1,46
TB (s) 0,10 0,10

TC (s) 0,60 0,25

TD (s) 2,00 2,00

Tabela 7. 7 Valores intervenientes na definição dos espectros de cada tipo de sismo

Para concluir, houve que determinar qual era o tipo de sismo condicionante para o caso em estudo. Comparando
o andamento dos espectros (gráfico 7.1) na gama de períodos de vibração relevantes para o edifício em questão
(tabela 7.1) concluiu-se que o sismo de tipo II apenas produz efeitos maiores para períodos abaixo dos 0,3s
representantes modos de vibração com fatores de participação de massa muito pequenos. Assim sendo em sede
de dimensionamento a solicitação considerada condicionante, foi a do sismo tipo I.
É importante referir que os efeitos da ação sísmica vertical foram preliminarmente avaliados (espectros definidos
segundo EC8 3.2.2.3 e 3.2.2.5 [1]), não tendo sido considerados no presente trabalho devido à sua ordem de
grandeza reduzida em relação às solicitações devidas às restantes ações estáticas e dinâmicas (combinação
fundamental de ações e ação sísmica tipo I).
No âmbito da avaliação dos efeitos do sismo, a fendilhação dos elementos resistentes foi tida em conta
considerando-se, na modelação da estrutura, rigidez elástica de flexão e de esforço transverso igual a metade da
correspondente ao estado não fendilhado (EC8 4.3.1(7) [1]).

Sd (m/s2) 3,50
Sismo tipo I Sismo tipo II
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
T (s)
0,200 0,450 0,700 0,950 1,200 1,450 1,700 1,950 2,200 2,450 2,700 2,950

Figura 7. 19 Espectros de cálculo no intervalo de períodos de vibração relevantes

102
7.2.3 TORÇÃO ACIDENTAL

De forma a ter em conta os efeitos da torção acidental, isto é, efeitos difíceis de quantificar explicitamente por
serem causados por fatores de elevado grau de imprevisibilidade tais como:

 Distribuição de massas (mesmo numa estrutura simétrica, poderá haver desequilíbrio de sobrecargas
aquando da ocorrência do sismo);
 Variação espacial do movimento sísmico que pode provocar deslocamentos diferenciais entre
diferentes planos verticais da estrutura;
 Assimetrias no comportamento não linear devido por exemplo à variabilidade das propriedades dos
materiais.

Aplicaram-se momentos torsores Mai com o mesmo sentido ao nível de cada piso. A aplicação de tais momentos
equivale a admitir que o centro de massa está deslocado da sua posição real de uma excentricidade acidental
em ambas as direções ortogonais. Aplicando-se aí uma força horizontal Fi em cada uma das direções, produzem-
se os referidos momentos torsores (tabela 7.8), de acordo com o EC8 4.3.3.3.3(1) [1]

=
Equação 7. 14

com:

- Momento torsor aplicado ao nível do piso i;

- Excentricidade acidental do centro de massa do piso i, correspondente a 5% da dimensão do piso na direção


perpendicular à ação do sismo (EC8 4.3.2(1) [1]);

- Força horizontal atuante no piso i, calculada através de análise linear baseada no espectro de resposta de
cálculo.

103
Fi,X eai,X Mai,X Fi,Y eai,Y Mai,Y
Piso
(kN) (m) (kNm) (kN) (m) (kNm)
Terraço 1910,17 0,950 1814,66 2641,79 1,500 3962,69
13 1123,68 0,950 1067,50 1592,50 1,700 2707,25
12 1109,85 0,950 1054,35 1290,72 1,700 2194,22
11 759,31 0,950 721,34 603,99 1,700 1026,79
10 611,58 0,950 581,00 452,31 1,700 768,92
9 359,58 0,950 341,60 179,93 1,700 305,88
8 360,09 0,950 342,09 238,15 1,700 404,86
7 403,91 0,950 383,72 328,86 1,700 559,06
6 416,33 0,950 395,51 591,57 1,700 1005,67
5 408,45 0,950 388,02 676,90 1,700 1150,72
4 513,36 0,950 487,69 873,86 1,700 1485,56
3 560,62 0,950 532,59 881,02 1,700 1497,73
2 535,79 0,950 509,00 743,07 1,700 1263,22
1 450,92 0,950 428,37 374,10 1,700 635,96

Tabela 7. 8 Cálculo dos momento correspondentes à torção acidental

Uma vez calculados os momentos Mai para ambas as direções da ação sísmica, aplicaram-se os seus valores mais
gravosos em cada piso. Foram assim introduzidos, no modelo de cálculos, os momentos devido ao sismo em Y
(tabela 7.8) e excentricidade acidental em X, por serem claramente os mais solicitantes para a estrutura. Na sua
combinação com os efeitos devidos à aplicação do espectro de cálculo tipo I, foi tida em conta a possibilidade de
atuação no sentido positivo e negativo.

7.2.4 EFEITOS DE 2ª ORDEM

Para concluir a definição da ação sísmica de cálculo, foi necessário aferir a necessidade de considerar na análise
os efeitos de 2ª ordem globais (P-Δ à deà a o doà o à oà EC [1]. Com tal fim, avaliou-se a sensibilidade ao
deslocamento relativo entre pisos (tabela 7.9) em ambas as direções ortogonais através da imposição (EC8
4.4.2.2(2) [1])

�= , ;

Equação 7. 15

com:

- Carga gravítica total devida a todos os pisos acima do piso considerado, incluindo este, na situação de
projeto sísmica;

104
- Diferença entre os deslocamentos laterais médios de cálculo ds (foram usados os deslocamentos laterais
máximos) do piso em causa e do piso inferior determinados;

- Força de corte sísmica total no piso considerado;

ℎ - Altura entre o piso em causa e o piso inferior.

É de notar que os deslocamentos de cálculo foram calculados conforme recomendado pelo EC8 4.3.4 [1], a partir
dos deslocamentos vindos da análise linear (efetuada pelo programa de cálculo) baseada no espectro de resposta
de cálculo, tendo-se

=
Equação 7. 16

onde:

- Deslocamento de um ponto do sistema estrutural devido à ação sísmica de cálculo;

- Coeficiente de comportamento em deslocamento, admitido igual a q;

- Deslocamento do mesmo ponto do sistema estrutural, determinado por uma análise linear baseada no
espectro de resposta de cálculo, tendo em conta os efeitos da torção.

h dex dsx dey dsy Ptot Vtot,X Vtot,Y


Piso drx (m) dry (m) θx θy
(m) (m) (m) (m) (m) (kN) (kN) (kN)
Terraço 3,300 0,140 0,280 0,012 0,167 0,333 0,012 7444,27 1910,17 2641,79 0,01 0,01
13 3,300 0,134 0,268 0,013 0,160 0,321 0,025 14889,05 3033,86 4234,29 0,02 0,03
12 3,300 0,127 0,255 0,014 0,148 0,295 0,023 23597,21 4143,70 5525,01 0,02 0,03
11 3,300 0,120 0,240 0,016 0,136 0,272 0,024 32569,20 4903,01 6129,00 0,03 0,04
10 3,300 0,112 0,224 0,017 0,124 0,248 0,025 41600,28 5514,59 6581,31 0,04 0,05
9 3,300 0,104 0,207 0,019 0,112 0,223 0,025 50691,22 5874,17 6761,24 0,05 0,06
8 3,300 0,094 0,188 0,021 0,099 0,198 0,025 59605,40 6234,26 6999,39 0,06 0,07
7 3,300 0,084 0,167 0,021 0,086 0,173 0,026 68720,40 6638,17 7328,25 0,07 0,07
6 3,300 0,073 0,146 0,021 0,074 0,147 0,024 77769,80 7054,50 7919,82 0,07 0,07
5 3,300 0,063 0,126 0,022 0,062 0,123 0,024 87197,52 7462,95 8596,71 0,08 0,07
4 3,300 0,052 0,104 0,022 0,050 0,100 0,023 96602,74 7976,31 9470,57 0,08 0,07
3 3,300 0,041 0,082 0,023 0,038 0,076 0,023 105976,70 8536,93 10351,59 0,09 0,07
2 3,300 0,029 0,059 0,023 0,027 0,054 0,022 115331,32 9072,72 11094,66 0,09 0,07
1 5,310 0,018 0,036 0,032 0,016 0,032 0,027 125039,66 9523,64 11468,76 0,08 0,06

Tabela 7. 9 Análise da sensibilidade ao deslocamento relativo entre pisos

105
Chegou-se à conclusão que o edifício em questão não é sensível aos efeitos de 2ª ordem globais, já que em
nenhum piso o efeito dos mesmos, sobre os elementos verticais da estrutura, supera os 10% da ação horizontal
do sismo (condição imposta pela equação 7.15).

7.3 LIMITAÇÃO DE DANOS

As verificações relacionadas com a limitação de danos pretendem garantir valores reduzidos das deformações
da estrutura, assegurando a integridade dos elementos estruturais e não estruturais e também dos
equipamentos e instalações dos edifícios, quando atuados por sismos relativamente frequentes. Tal frequência,
correspondente a uma probabilidade de ocorrência de 10% em 10 anos (ou período de retorno de 95 anos), é
considerada aplicando à ação sísmica de cálculo um coeficiente de redução ν. O parâmetro indicador de um bom
comportamento do edifício em serviço é o deslocamento relativo entre pisos, através da verificação da condição
, ℎ
Equação 7. 17

- Coeficiente de redução que tem em conta o mais baixo período de retorno da ação sísmica associada ao
requisito de limitação de danos (assumiu-se ν=0,4 por consulta do quadro NA.III do EC8, em virtude do sismo
tipo I ser o condicionante).

dr,X dr,Xν dr,Y dr,Yν h 0,005h


Piso
(m) (m) (m) (m) (m) (m)
Terraço 0,012 0,005 0,012 0,005 3,300 0,017
13 0,013 0,005 0,025 0,010 3,300 0,017
12 0,014 0,006 0,023 0,009 3,300 0,017
11 0,016 0,006 0,024 0,010 3,300 0,017
10 0,017 0,007 0,025 0,010 3,300 0,017
9 0,019 0,008 0,025 0,010 3,300 0,017
8 0,021 0,008 0,025 0,010 3,300 0,017
7 0,021 0,008 0,026 0,010 3,300 0,017
6 0,021 0,008 0,024 0,010 3,300 0,017
5 0,022 0,009 0,024 0,010 3,300 0,017
4 0,022 0,009 0,023 0,009 3,300 0,017
3 0,023 0,009 0,023 0,009 3,300 0,017
2 0,023 0,009 0,022 0,009 3,300 0,017
1 0,032 0,013 0,027 0,011 5,310 0,027

Tabela 7. 10 Verificação de deslocamentos relativos e consequente limitação de danos

Face aos resultados demonstrados (tabela 7.10), o requisito de limitação de danos é satisfeito pelo edifício
analisado.

106
8 DIMENSIONAMENTO EM RELAÇÃO AOS ESTADOS LIMITE ÚLTIMOS

Todos os elementos estruturais foram pré-dimensionados de acordo com os critérios apresentados no capítulo
4. A sua geometria, foi de seguida confirmada ou alterada através da análise de deformações (capítulo 6) e da
análise sísmica (capítulo 7).
A partir desta fase, procedeu-se à verificação da segurança em relação ao estado limite último, através da
pormenorização com Aadotado dos elementos da estrutura, cumprindo os requisitos de armaduras de cálculo Ad,
correspondentes à condição mínima de resistência (� = � com o significado descrito em 3.2). Tendo sido
efetuada a verificação de segurança, a partir da verificação do cumprimento das necessidades de armadura
cálculo, através de
� � → � � .
Equação 8. 1

8.1 HIPÓTESES DE CÁLCULO GERAIS

8.1.1 FLEXÃO SIMPLES

A flexão simples é aquela que atua sobre uma peça cujo esforço axial se pode considerar desprezável. As
hipóteses admitidas na atualidade levam a uma análise plástica das secções transversais de betão armado, cuja
configuração de tensões e forças se baseia nas seguintes hipóteses:

 Apesar da complexidade do estado de deformação do betão armado, próximo da rotura, a Hipótese de


Bernoulli (as secções permanecem planas e perpendiculares ao eixo fletido da viga) é considerada;
 áàsituaç oàúlti aà àati gida,à ua doàseà e ifi aàu aàdasàexte sõesàúlti asà c =à , ‰ (encurtamento
máximo do betão à o p ess o àouà s =à ud =à , uk (alongamento máximo nas armaduras com valor
, ‰,àte do-se admitido um aço com classe de ductilidade C ou NR SD);
 áàpa ti ipaç oàdoà et oà àt aç oà oà à o side adaà σc =à àseà c > 0).

Figura 8. 1 Diagramas de tensões e extensões para o cálculo de secções de betão à flexão simples (adaptado de Marchão
e Appleton [9])

Impondo equilibradas as forças axiais ( = ) e os momentos ( = ), atuantes na secção, é possível


calcular a posição da linha neutra LN e o valor do momento resistente da secção MRd.

107
Vice-versa, a partir imposição de verificação do estado limite ultimo de resistência , é possível calcular
a área de armadura mínima capaz de resistir à força de tração Fs.
No entanto para além de garantir resistência, a área de armadura adotada deve também ser tal, que a secção
apresente ductilidade em situação de rotura, sendo capaz de evidenciar deformações apreciáveis por cedência
das armaduras, sem perda de resistência. Esta característica é fundamental nas estruturas e, para tal, é
importante assegurar valores de x adequados, por forma a garantir que a cedência do aço acontece antes do
esmagamento do betão.

Figura 8. 2 Limites do intervalo, para o valor de x, correspondente à rotura pelo betão atingida com o aço já em cedência
(adaptado de Marchão e Appleton [9])

Uma vez garantido que o aço entra em cedência antes da rotura do betão ( < , ) a ductilidade será
proporcional à apa idadeàdeàalo ga e toàdoàaçoàa tesàdaà otu aà ud - syd) que confere capacidade de rotação
à secção entre a cedência das armaduras e a rotura. A capacidade de deformação plástica das secções é medida
pela relação entre as curvaturas última e de cedência ((1/R)u/(1/R)y conforme figura 8.3).

108
Figura 8. 3 Significado físico da curvatura, e sua variação com as soluções apresentadas na figura 8.4 [9]

Figura 8. 4 Variação de resistência e tipo de rotura, com o aumento da área de armadura, entre situação de rotura pelo
aço sem esmagamento do betão (1) e situação de rotura pelo betão sem cedência do aço (4) [9]

Para garantir um nível mínimo de ductilidade, sem sobre dimensionar a secção de betão, deve procurar garantir-
se que, pelo menos, x < 0,4 a 0,5d [9] portanto com x/d claramente na zona de cedência do aço. O que equivale,

em termos de momento fletor reduzido (µ = ), a um enquadramento na gama de valores

0,10 < µ < 0,25.

109
8.1.2 FLEXÃO COMPOSTA

A flexão composta é definida por um estado de tensão tal da secção que não permite descurar o esforço axial
que lhe é aplicado conjuntamente com o momento fletor. As hipóteses de cálculo admitidas para tal situação,
são as mesmas aplicáveis à flexão simples, com a única diferença residente no facto de, normalmente, a
armadura comprimida ser considerada na análise da secção (figura 8.5).

Figura 8. 5 Diagramas de tensões e extensões para o cálculo de secções de betão à flexão composta (adaptado de
Marchão e Appleton [9])

Impondo equilibradas as forças axiais ( + − = ) e os momentos ( + = ), atuantes


na secção, é possível, para cada diagrama de rotura (definido pela coordenada yc e respetiva linha neutra do
betão conforme figura 8.6), calcular um par de valores para os esforços resistentes. Assim, em termos práticos,
para uma mesma taxa de armadura, a resistência da secção á flexão MRd depende do esforço axial ao qual deve
resistir NRd.

Figura 8. 6 Diagramas de extensões associados aos diferentes tipos de rotura possíveis para a mesma secção (com as
situações (1) (2) e (3) associadas à ductilidade com o aço em cedência) [9]

110
Varrendo a secção com os possíveis diagramas de rotura obtém-se um diagrama de interação NRd - MRd, e o

respectivo diagrama ν - µ ( = esforço normal reduzido).


Figura 8. 7 Diagramas de interação

É de notar que tais diagramas apresentam um valor máximo para o momento fletor, correspondente a uma
compressão moderada (ν = 0,4), até ao qual o MRd aumenta (figura 8.8).

Figura 8. 8 Au e to do νRd, entre (A) e (B), enquanto o aumento das resultantes de compressão (Fc e Fs2) produzir um
efeito superior ao da redução do braço yc (figura 8.5)

111
8.1.3 FLEXÃO DESVIADA

A flexão desviada é caracterizada pela atuação de uma resultante de momentos fletores que produz flexão
segundo ambas as direções principais de inércia da secção, de uma forma simultânea (figura 8.9).

Figura 8. 9 Flexão desviada

Resolvendo as equações de equilíbrio da secção (∑ = ,∑ = ,∑ = ), obtém-se, para cada nível de


esforço axial (N → ν) e para cada configuração de rotura, um par de esforços MRd,y e MRd,z. Portanto a envolvente
de esforços resistentes, apresenta-se como uma superfície (figura 8.10) cujos pontos definem a resistência da
secção para um trio de valores NRd, MRd,y e MRd,z a atuar em simultâneo.

Figura 8. 10 Cortes da envolvente de resistência para correspondentes aos valores MRd,z = 0 e MRd,y = 0

É de salientar que, tal como para a flexão desviada, a maximização da resistência à flexão (área do corte da
envolvente de resistência no plano MRd,y − MRd,z) corresponde a um valor de esforço axial reduzido ν ≈ 0,4.

8.1.4 ESFORÇO TRANSVERSO

O cálculo da resistência ao esforço transverso dos elementos estruturais foi efetuado segundo as recomendações
do Eurocódigo2 [5]. Descrevem-se de seguida as hipóteses que se relevaram aplicáveis ao presente trabalho.

112
De acordo com o EC2 6.2.2 [5] a resistência ao esforço transverso, dos elementos de betão sem armadura
especifica de esforço transverso, é dada por

/
, = [� , + � ] ;
Equação 8. 2

onde:

- Valor característico da resistência do betão à compressão (em MPa);

,
� , = ;

= +√ (d em mm);


= , com � - Armadura de tração na secção considerada;

= , ;

� = com - Esforço axial, positivo para compressão/� – Área da secção transversal;


- Menor largura da secção transversal na zona tracionada.

O cálculo de elementos com armadura de esforço transverso baseia-se num modelo de treliça (baseado no de
Mörsch, figura 8.11) aonde as armaduras de esforço transverso funcionam como tirantes e as escoras modelam
o betão com compressão inclinada. A resistência ao esforço transverso é o menor dos valores, entre o que
provoca a rotura das armaduras e o que causa o esmagamento do betão nas bielas.

Figura 8. 11 Modelo de escoras e tirantes para a transmissão do esforço transverso (adaptado de EC2 [5])

O valor do esforço transverso resistente limitado pela rotura das armaduras VRd,s, para estribos perpendiculares
ao eixo do elemento (α = 90°) é dado por


, = �;
Equação 8. 3

113
com:

� - Área de armadura de esforço transverso (por cada tirante da figura 8.11);

- Valor de cálculo da tensão de cedência das armaduras de esforço transverso;

� - Tem valor recomendado pelo EC2 entre 1 a 2,5 (inclinação crescente das bielas de betão).

Quando, ao invés, a rotura acontece por esmagamento das bielas de betão comprimidas, o valor do esforço
transverso máximo VRd,max é calculado a partir de

, = ;
�+ �

Equação 8. 4

sendo:

- Coeficiente que tem em conta o estado de tensão no banzo comprimido (o valor unitário, recomendado
para elementos com esforço axial desprezável, pode ser utilizado conservativamente para peças
comprimidas);

= , − - Coeficiente de redução da resistência do betão fendilhado por esforço transverso.

8.1.5 PUNÇOAMENTO

O estado limite último de punçoamento está associado a carregamentos relativamente elevados sobre áreas de
laje pequenas (área carregada). Tal situação, para o caso concreto do edifício em análise, esteve associada ao
apoio das lajes fungiformes sobre os pilares, e à transmissão das cargas verticais dos pilares para a laje de
ensoleiramento.

Figura 8. 12 Mecanismos de rotura por punçoamento em laje fungiforme, e laje de fundação

A rotura por punçoamento está associada à formação de um tronco de cone que tem tendência para desligar-se
do resto da laje (figura 8.12) na direção de aplicação da carga.
A capacidade resistente de uma laje ao punçoamento é determinada admitindo que o efeito da carga
o e t ada à à t a s itidoà à laje, por esforço transverso ao longo de um perímetro de controlo u1 (com o
menor comprimento possível) situado a uma distância 2d da área carregada (figura8.13).

114
Figura 8. 13 Configuração típica do perímetro de controlo em planta [5]

Tanto a ação como a resistência são calculadas geralmente em termos de tensão de punçoamento ao longo do
perímetro de controlo e numa altura d (média entre as altura uteis nas dias direções). Descurando a ação das
forças de membrana tem-se

/
, =� , ;
Equação 8. 5
onde:

- Valor característico da resistência do betão à compressão (em MPa);

,
� , = ;

= +√ (d em mm);

=√ � , - Armadura de tração numa largura igual à do pilar acrescida de 6d;

Para além da resistência ao longo do perímetro de controlo, é necessário verificar que ao longo do perímetro da
área carregada não seja excedido a máxima tensão de corte vRd,max, garantindo que a rotura não acontece por
esmagamento do betão comprimido nas imediações da área carregada (admitindo uma inclinação da direção de
compressão de 45°). Tal verificação é efetuada através de

, = , ;
Equação 8. 6

Na prática corrente o punçoamento aparece frequentemente associado, não só à introdução de forças


concentradas nas lajes, mas também à transmissão de momentos fletores (figura 8.14). Admite-se que tal ação,
definida como punçoamento excêntrico, introduz ao longo do perímetro crítico a soma de dois tipos de tensões
(figura 8.14). A força concentrada VEd produz tensões constantes ao longo do perímetro crítico, enquanto parte
do momento MEd é traduzida numa distribuição plástica de tensões de corte não uniformes. É de notar que
apenas uma parcela kMEd do momento fletor é transmitido à laje por tensões tangenciais, sendo o restante
traduzido em momentos torsores e fletores. É intuitivamente compreensível que quanto maior for o braço das
forças equivalentes às tensões de corte devidas ao MEd, mais eficiente e portanto verosímil será a absorção de
momento por essa via (figura 8.15).

115
Figura 8. 14 Tensões vN e vM devidas à força V = VEd e ao momento M = MEd (adaptado de Ramos e Lúcio [20])

Sob as hipóteses até aqui mencionadas, a tensão máxima atuante é dada por

� = + = + ;

Equação 8. 7

� = ;

Equação 8. 8

= + ;

Equação 8. 9
sendo:

- Módulo de flexão do perímetro de controlo, correspondente à distribuição de tensões


apresentada (figura 8.14);

– Coeficiente de majoração do � em presença de punçoamento excêntrico.

Figura 8. 15 Quadro 6.1 do EC2 [5]: Variação de k com a relação entre as dimensões de um pilar retangular (sendo c1 a
dimensão do pilar paralela à excentricidade da carga)

A última situação à analisar, de combinações de ações transmitida à laje, passa pela presença simultânea de
momento fletor em duas direções (MEd,y e MEd,z) para além da força VEd.

Figura 8. 16 Punçoamento com excentricidade da carga nas duas direções (ey e ez)

116
Para tal caso o EC2 [5] faculta expressões aproximadas para o cálculo do coeficiente β,àaàapli a àaoàVEd com o fim
de ter em conta o efeito das excentricidades. Para pilares retangulares interiores

= + , √ +( ) ;

Equação 8. 10

sendo:

,
= ;

,
= .

Figura 8. 17 Perímetro de controlo reduzido para pilar de bordo

Para pilares de bordo retangulares com punçoamento excêntrico em ambas as direções (figura 8.17)

= ∗ +

Equação 8. 11
com:


- Perímetro de controlo reduzidoà figu aà . ,àutilizadoàape asàpa aà al ula àβ;

= + + + + ;

- Determinado a partir do quadro na figura 8.15, mas substituindo por ;

- Excentricidade na direção paralela ao bordo da laje.

117
Figura 8. 18 Disposição recomendada para armadura de punçoamento vertical [12]

Quando a laje apresentar armadura especifica vertical (figura 8.18), a sua tensão resistente de punçoamento é
calculável, segundo o EC2 [5], por

, = , , + , � , ;

Equação 8. 12

com:

� - Área de cada perímetro de armaduras de punçoamento;

- Espaçamento radial entre perímetros de armaduras;

, - Valor de cálculo da tensão efetiva das armaduras de punçoamento , = + , .

Em sede de dimensionamento, desconhecendo-se à partida a configuração dos estribos, é conservativo admitir,


para a parcela , ⁄ , valor unitário (situação equivalente a um único perímetro de armadura), obtendo-se
a área total necessária de armadura de punçoamento por:

( − , , )
� , = para � > , .
,

Equação 8. 13

118
8.2 PAREDES RESISTENTES

No edifício objeto de estudo as paredes resistentes apresentam-se concentradas exclusivamente nos núcleos de
escadas e elevador (figura 8.19), apresentando uma variação da sua configuração ao nível da laje do piso 0.

Figura 8. 19 Configuração e nomenclatura adotada, para as paredes do núcleo

No dimensionamento dos elementos de parede, o primeiro passo consistiu na obtenção dos esforços normais
máximos de compressão para a ação sísmica condicionante (combinação ELU 2, definida na tabela 3.11), por
forma a verificar o cumprimento da condição imposta pelo EC8 5.4.3.4.1(2) [1] para o valor do esforço normal
reduzido

, ;
Equação 8. 14
- Valor do esforço normal reduzido correspondente à máxima compressão.

Maior Menor
dimensão da dimensão da
secção secção NEd,max
Parede νd
transversal transversal (kN)
lw bc
(m) (m)
NC1-2 2,60 0,40 5336,26 0,220
NC1-3 2,50 0,40 13705,96 0,587
NC1-4 4,75 0,40 15117,94 0,341
NC2-1 8,20 0,40 24281,02 0,317
NC2-2 3,15 0,40 11693,41 0,398
NC2-3 2,15 0,40 10679,58 0,532

Tabela 8. 1 Esforços normais reduzidos (sinal positivo para compressão) para a ação sísmica, ao nível da laje do piso 0

119
Ficou desde então claro que os troços de parede NC1-3 e NC2-3, pela impossibilidade de aumentar a sua secção
transversal ( × ) devido a razões arquitetónicas, não poderiam ser dimensionados como paredes primárias.
Trataram-se então como pilares (subcapítulo 8.3).

8.2.1 DIMENSIONAMENTO AOS ELU DE FLEXÃO E ESFORÇO TRANSVERSO NA BASE

Figura 8. 20 Diagramas de cálculo para paredes primárias (adaptado de EC8 [1])

Para as restantes paredes, obtiveram-se os diagramas de esforços de cálculo segundo as diretrizes do EC8 5.4.2.4
(figuras 8.20 e 8.21), que visam ter em conta, principalmente, as incertezas na distribuição de momentos ao
longo da altura de paredes, o efeito do esforço transverso nas armaduras de flexão (translação do diagrama de
momentos) e o aumento do momento resistente na base da parede após plastificação (aumento do esforço
transverso atuante). As grandezas intervenientes na obtenção dos diagramas modificados, foram calculadas para
todas as paredes, tendo em conta que

, = � = , á ;
Equação 8. 15

= �;
Equação 8. 16

com:

á - Esforço transverso na base da parede vindo do modelo de cálculo para a combinação ELU2;

= , Tendo-se considerado = , ;

�= ° Valor admitido nas zonas com previsível formação de rótulas plásticas [21].

120
Altura da
z al parede MEd,base Vanálise,base VEd,base
Parede
(m) (m) hw (kNm) (kN) (kN)
(m)
NC1-2 2,11 2,70 48,20 5572,66 1272,42 1908,62
NC1-4 3,85 4,93 48,20 19317,57 2979,28 4468,92
NC2-1 6,64 8,50 48,20 63508,77 5412,83 8119,24
NC2-2 2,55 3,26 48,20 12384,34 3950,35 5925,53

Tabela 8. 2 Valores de definição dos diagramas de esforços de cálculo

50 h (m) Mmáx 50 h (m) Vmáx

45 Mmin 45
Vmin

40 40
Env. Env.
Mmin Vmin
35 35
Env. Env.
30 Mmáx 30 Vmáx

25 25

20 20

15 15

10 10

5 5
Mx (kNm) Vy(kNm)
0 0
-10000 -5000 0 5000 10000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000

Figura 8. 21 Parede NC1-2: diagramas vindos do modelo de cálculo e envolventes calculadas segundo o EC8 [1]

121
50 h (m) Mmáx 50 h (m) Vmáx

45 Mmin 45 Vmin
40 40
Env. Env.
Mmin Vmin
35 35
Env. Env.
30 Mmáx 30 Vmáx

25 25

20 20

15 15

10 10

5 5
Mx (kNm) Vy(kNm)
0 0
-30000-20000-10000 0 10000 20000 -5000 0 5000

Figura 8. 22 Parede NC1-4: diagramas vindos do modelo de cálculo e envolventes calculadas segundo o EC8 [1]

50 h (m) 50 h (m)
Mmáx Vmáx
45 45
Mmin Vmin
40 40
Env. Env.
35 35
Mmin Vmin
30 Env. 30 Env.
Mmáx Vmáx
25 25

20 20

15 15

10 10

5 5
Mx (kNm) Vy (kNm)
0 0
-65000 -15000 35000 -10000 -5000 0 5000 10000

Figura 8. 23 Parede NC2-1: diagramas vindos do modelo de cálculo e envolventes calculadas segundo o EC8 [1]

122
50 h (m) 50 h (m)
Mmáx Vmáx

45 45
Mmin Vmin
40 40

Env. Env.
35 35
Mmin Vmin
30 30 Env.
Env.
Vmáx
Mmáx
25 25

20 20

15 15

10 10

5 5
My (kNm) Vx(kNm)
0 0
-20000 -10000 0 10000 20000 -10000 -5000 0 5000 10000

Figura 8. 24 Parede NC2-2: diagramas vindos do modelo de cálculo e envolventes calculadas segundo o EC8 [1]

Uma vez obtidos os esforços atuantes de dimensionamento (figuras 8.21 a 8.24), a análise dos elementos de
parede foi efetuada para a situação de flexão composta (descrita em 8.1.2), descurando a flexão em torno do
eixo de menor inércia das secções. Através do cálculo dos valores condicionantes do esforço axial reduzido νEd,min
(correspondentes à situação de compressão mínima, ou até tração), combinados com os valores máximos do
momento fletor reduzido µmax, foi possível consultar o ábaco (para o par de valores νEd,min; µmax) e determinar a
A , o fy
armadura flexão necessária (ωtot = = percentagem mecânica de armadura). Note-se que se comparou
bh f

a real distribuição de armadura, a uma concentração nas duas extremidades com altura útil = , , à qual
se fez jus em sede de pormenorização, maximizando o braço das armaduras de maior diâmetro.

MEd NEd,min As,Ed,tot As,adotado Configuração


Parede µEd νEd,min ωtot
2 2
(kNm) (kN) (cm ) (cm ) de varões
NC1-2 5572,66 0,088 461,51 0,019 0,225 125,6 135,9 Ф + Ф
NC1-4 19317,57 0,092 -1409,96 -0,032 0,250 254,9 257,3 Ф + Ф
NC2-1 63508,77 0,101 -6190,60 -0,081 0,300 528,1 531,1 Ф + Ф
NC2-2 12384,34 0,134 -2006,22 -0,068 0,400 270,5 289,4 Ф + Ф

Tabela 8. 3 Dimensionamento em relação ao ELU de flexão (sinal positivo para esforço axial de compressão)

123
Figura 8. 25 Ábaco adotado no cálculo da armadura de flexão das paredes do núcleo

No modelo de escoras adotado para o cálculo das armaduras de esforço transverso (tabela 8.4), admitiu-se uma
inclinação das escoras de 38°, em vez de valores mais baixos normalmente adotados para pilares e paredes (na
ordem dos 30°), com o fim de oferecer melhor proteção em relação à rotura por esforço transverso garantindo
ductilidade.

VEd VRd,max Asw/s Ed Asw/s adotado Configuração


Parede
(kN) (kN) (cm2/m) (cm2/m) de varões
NC1-2 1908,62 4913,58 16,3 22,6 RФ // ,
NC1-4 4468,92 8976,73 20,9 22,6 RФ // ,
NC2-1 8119,24 15496,68 22,0 22,6 RФ // ,
NC2-2 5925,53 5952,99 41,7 45,2 RФ // ,

Tabela 8. 4 Dimensionamento em relação ao ELU de esforço transverso

É deà ota à ueàoà alo àdeàθà e o e dado [21], para a situação de esforço axial de tração em zonas críticas, é
ainda maior (45°), porém, face às implicações desse valor em termos de armadura e à reduzida magnitude das
trações (tabela 8.3), tomou-se a opção anteriormente descrita.

124
8.2.2 DUCTILIDADE LOCAL

Pa aàal àdaàga a tiaàdeà esist ia,àaà filosofia àdoàEu o ódigo [1], passa por assegurar a ductilidade global da
estrutura, através de indicações específicas de dimensionamento e pormenorização para as zonas de potencial
formação de rótulas plásticas.
No caso das paredes resistentes essa zona corresponde a uma altura crítica hcr (tabela 8.5) na base, ao longo da
qual a pormenorização da armadura longitudinal e transversal deverá obedecer a uma série de critérios que
visam a garantir um valor mínimo do fator da ductilidade em curvatura ( µФ = − = para o edifício em
estudo). O fator de ductilidade em curvatura é indicador da capacidade de rotação plástica das secções,
representando a relação entre a curvatura correspondente a 85 % do momento resistente, na fase pós-última, e
a curvatura na cedência.
Calculou-se a altura da zona critica (EC8 5.4.3.4.2 [1])

ℎ = ;ℎ ⁄ ;
Equação 8. 17

mas ℎ ;

Equação 8. 18

com:

ℎ - Altura livre do piso de base.

hs hcr
Parede
(m) (m)
NC1-2 5,31 5,20
NC1-4 5,31 8,03
NC2-1 5,31 8,20
NC2-2 5,31 6,30

Tabela 8. 5 Alturas das zonas criticas

Na prática, para fins de pormenorização de armadura, por questões de simplicidade construtiva, as disposições
para as armaduras da zona crítica estenderam-se até ao nível da laje do piso 2 excedendo os valores calculados
para todas as paredes (tabela 8.5).
No que diz respeito à secção transversal, é preconizada (EC8 5.4.3.4.2 [1]) a criação de zonas confinadas nas
extremidades (figura 8.26), capazes de resistir melhor à ação cíclica do sismo (solicitadas com alternância de
compressão e tração), devido ao aumento da resistência do betão e da sua extensão última (EC2 3.1.9 [5]).

125
Figura 8. 26 Geometria dos elementos confinados e diagrama de extensões para a curvatura última

Para paredes de secção transversal retangular, a taxa mecânica volumétrica de armadura de confinamento
necessária ωwd, nos elementos de extremidade, deverá satisfazer as expressões

, = , + , � ;
Equação 8. 19

� µФ +� , − , .

Equação 8. 20

A posição do eixo neutro correspondente à curvatura última após o destacamento do betão situado fora do
núcleo confinado dos elementos de extremidade poderá ser determinada por

= +� ;

Equação 8. 21

= ( − ⁄ , );

Equação 8. 22

com:

� = � ⁄ℎ ⁄ ;
Equação 8. 23

� - Armadura de alma (zona entre as extremidades confinadas);

ℎ - Comprimento da alma.

126
Com o fim de estimar o comprimento lc das zonas a confinar, admitiram-se os seguintes valores, para as
grandezas ainda por definir:

 � =� , = , ℎ de acordo com EC2 9.6.2(1) [5];


 µФ = − = ;

 , = , + , [ µФ +� , − , ].

Obtiveram-se então, por aplicação das equações (8.21) e (8.22), os valores mínimos para o comprimento da zona
confinada lc,cálculo (tabela 8.6). Como condições adicionais (EC8 5.4.3.4.2(6) [1]), o comprimento lc do elemento
de extremidade confinado não deverá ser inferior a lc,min (0,15lw ou a 1,50bc).

lc,cálculo lc,min lc,adotado


Parede
(m) (m) (m)
NC1-2 0,40 0,60 0,60
NC1-4 1,47 0,71 1,50
NC2-1 2,29 1,23 2,05
NC2-2 1,20 0,60 1,20

Tabela 8. 6 Determinação do comprimento das zonas confinadas

Uma vez localizadas as zonas críticas, foi efetuada a pormenorização adequada das armaduras longitudinais
(tabela 8.3). Houve também que materializar o confinamento necessário das zonas críticas, respeitando as
cláusulas definidas em EC8 5.4.3.2.2(11) [1] em termos de espaçamento máximo (tabela 8.7) vertical entre cintas
s, e distância máxima entre varões longitudinais travados

= � { ⁄ ; ; } em mm;
Equação 8. 24

com:

- Diâmetro mínimo dos varões longitudinais contidos nas zonas críticas.

dbL bc b0 s
(mm) (m) (m) (mm)
12 0,40 0,31 96
16 0,40 0,31 128
20 0,40 0,31 155
25 0,40 0,31 155

Tabela 8. 7 Valor do espaçamento máximo entre cintas em função do diâmetro mínimo da armadura longitudinal

Adotou-se um espaçamento entre cintas de 0,10m para todas as paredes em prol da simplicidade construtiva,
homogeneidade da solução, e conjugação com a armadura de esforço transverso (tabela 8.4). Quanto ao

127
espaçamento em planta entre varões longitudinais travados nunca ultrapassa os 200mm; e nenhum varão se
encontra a mais de 150mm de um varão travado.
Uma vez idealizada a configuração das cintas, foi necessário verificar se seriam capazes de cumprir a sua função
com a devida eficácia (tabela 8.8) cumprindo a condição de cintagem mínima (equação 8.20). Tendo-se calculado
o coeficiente de eficácia do confinamento α

= ;
Equação 8. 25

= −∑ ⁄ ;
Equação 8. 26

= − ⁄ − ⁄ ;
Equação 8. 27

� = ;
ú �

Equação 8. 28

com:

- Parcela do coeficiente de eficácia relativa à distribuição das cintas em planta;

- Parcela do coeficiente de eficácia relativa à distribuição das cintas em alçado;

� - Taxa mecânica volumétrica de cintas.

Éàdeà ota à ueàaàesteàpo toàasàa adu asàlo gitudi aisà aàal aàj àesta a àdefi idasà Ф // , /fa e,àpa aàaà

generalidade das paredes) e portanto o valor de ( µФ +� , − , ) a ser cumprido foi calculado

com base na configuração final de armaduras longitudinais.


O volume de armaduras transversais inclui os tramos, de armadura de esforço transverso, pertencentes ás zonas
críticas.

Volume de
armadura
Parede de confin. ωwd αn αs α αωwd νd ��µФ � + �� , − �, ���
por metro
(m3/m)
NC1-2 0,00161 0,161 0,817 0,769 0,628 0,101 0,220 0,031
NC1-4 0,00355 0,142 0,792 0,811 0,642 0,091 0,341 0,062
NC2-1 0,00506 0,149 0,792 0,818 0,648 0,097 0,317 0,056
NC2-2 0,00269 0,135 0,773 0,804 0,621 0,084 0,398 0,076

Tabela 8. 8 Verificação do cumprimento das exigências de cintagem

128
Concluiu-se que a cintagem dimensionada (conforme peças desenhadas em anexo), era adequada para garantir
a ductilidade das zonas critica na base das paredes.

8.2.3 DIMENSIONAMENTO FORA DA ZONA CRÍTICA

Os troços de paredes acima e abaixo da zona crítica, que foi definida em termos de pormenorização como toda
a altura entre a laje do piso 0 e a laje do piso 2, foram dimensionados segundo as diretrizes do subcapítulo 9.6
do Eurocódigo2 [5]:

 Área mínima de armadura vertical = � , = , � ;


 Área máxima de armadura vertical = � , = , � ;
 Distância entre varões verticais adjacentes � { ; };
 Área mínima de armadura horizontal = � ,ℎ = á { , � ; , � , };
 Espaçamento máximo das armaduras transversais = = � { Ф ; ; };
 Diâmetro mínimo das cintas á { ;Ф ⁄ };
 Espaçamento máximo das armaduras transversais em zonas com extensão acima e abaixo das lajes
= , .

Os valores condicionantes da armadura de cálculo de flexão e esforço transverso (tabelas 8.9 e 8.10) para a
parede NC1-1 (existente apenas abaixo do piso 0) foram obtidos diretamente do programa de cálculo (conforme
descrito no subcapítulo 8.3.1 para os pilares), com base numa análise à flexão desviada.

MEd,x MEd,y NEd As,Ed As,adotado Configuração


Parede
2 2
(kNm) (kNm (kN) (cm ) (cm ) de varões
NC1-1 27,66 2628,08 -5035,18 186,0 186,5 Ф + Ф

Tabela 8. 9 Dimensionamento em relação ao ELU de flexão para a secção condicionante da parede NC1-1 (sinal positivo
para esforço axial de compressão)

Asw/s Ed Asw/s adotado Configuração


Parede VEd (kN) VRd,max (kN)
2 2
(cm /m) (cm /m) de varões
NC1-1 716,92 6904,44 2,9 5,0 RФ // ,

Tabela 8. 10 Dimensionamento em relação ao ELU de esforço transverso para a secção condicionante da parede NC1-1

Para as restantes paredes optou-se, numa atitude conservativa, por prolongar a armadura, calculada ao nível da
zona critica, até á fundação, garantindo a transmissão das ações sísmicas em profundidade com segurança.
Apenas para a parede NC1-2 houve que verificar a segurança da secção, de dimensões aumentadas, abaixo do
piso 0. Para tal fim, optou-se por uma distribuição de armadura simétrica em relação à direção X, com a armadura
concentrada em três zonas (vindo a armadura da zona central dos pisos superiores). Foi para essa distribuição
de armadura, descurando os varões das zonas intermédias, que o programa de cálculo determinou esforços e
armaduras condicionantes (tabela 8.11) para resistência à flexão desviada.

129
A armadura de esforço transverso manteve a configuração da zona crítica, tendo sido apenas prolongada a
a aça àaàzo aàdeàau e toàdaàse ç o,àdispe sa do-se portanto o seu cálculo.

MEd,x MEd,y NEd As,Ed As,adotado Configuração


Parede
(kNm) (kNm (kN) (cm2) (cm2) de varões
NC1-2 4332,39 418,83 -494,36 143,2 203,8 Ф + Ф

Tabela 8. 11 Dimensionamento em relação ao ELU de flexão para a secção condicionante da parede NC1-2
abaixo do piso 0 (sinal positivo para esforço axial de compressão)

Acima da zona crítica optou-se por efetuar apenas uma dispensa de armadura ao nível da laje do piso 6. Até essa
cota manteve-se a configuração da armadura longitudinal e de esforço transverso das paredes, enquanto que a
cintagem, a partir da laje do piso 2, passou a ser conforme com as indicações do EC2 [5] já citadas.
Para dimensionar as armaduras à cota do piso 6 recorreu-se novamente aos diagramas de esforços modificados
(figuras 8.21 a 8.24), com o fim de obter os respetivos valores de cálculo (tabelas 8.12 e 8.13). A partir dos
esforços a consulta dos ábacos e as considerações subjacentes foram em tudo iguais às das secções de base.

MEd NEd,min As,Ed,tot As,adotado Configuração


Parede µEd νEd,min ωtot
(kNm) (kN) (cm2) (cm2) de varões
NC1-2 3693,17 0,059 -302,93 -0,012 0,150 83,7 84,0 Ф + Ф
NC1-4 13330,83 0,063 140,57 0,003 0,150 153,0 179,9 Ф + Ф
NC2-1 48532,20 0,077 -2599,96 -0,034 0,200 352,1 364,8 Ф + Ф
NC2-2 8529,40 0,092 -770,74 -0,026 0,250 169,1 193,0 Ф + Ф

Tabela 8. 12 Dimensionamento em relação ao ELU de flexão na secção de dispensa (sinal positivo para esforço axial de
compressão)

VEd VRd,max Asw/s Ed Asw/s adotado Configuração


Secção
(kN) (kN) (cm2/m) (cm2/m) de varões
NC1-2 1182,78 4913,58 7,5 10,1 RФ // ,
NC1-4 2495,83 8976,73 8,6 10,1 RФ // ,
NC2-1 4713,80 15496,68 9,4 10,1 RФ // ,
NC2-2 4141,23 5952,99 21,5 31,4 RФ // ,

Tabela 8. 13 Dimensionamento em relação ao ELU de esforço transverso na secção de dispensa

Vale a pena frisar que as armaduras de esforço transverso, fora da zona critica, foram calculadas para um ângulo
θàdeà °,àse doàp e isí elà ueàa uià oàhajaàfo aç oàdeà ótulasàpl sti asà[21].

130
8.3 PILARES

Também no dimensionamento dos pilares, o primeiro passo consistiu na obtenção dos esforços normais
máximos de compressão para a ação sísmica condicionante (combinação ELU 2, definida na tabela 3.11), por
forma a verificar o cumprimento da condição imposta pelo EC8 5.4.3.2.1(3) [1] para o valor do esforço normal
reduzido

, ;
Equação 8. 29

- Valor do esforço normal reduzido correspondente à máxima compressão.

Dimensão do Dimensão do
Localização da
pilar em X pilar em Y NEd,max
Pilar secção νd
a b (kN)
condicionante
(m) (m)
Piso 0 1,75 0,45 10641,78 0,579
P3 Piso 6 1,25 0,35 5601,87 0,549
Piso 12 0,75 0,20 1077,71 0,308
Piso 0 0,40 1,65 9381,46 0,609
P4 Piso 6 0,30 1,25 5193,59 0,594
Piso 12 0,20 0,80 1195,23 0,320
Piso 0 1,65 0,55 11969,23 0,565
P7 Piso 6 1,35 0,40 6322,89 0,502
Piso 12 0,75 0,20 1310,31 0,374
Piso 0 1,80 0,40 7530,28 0,448
P8 Piso 6 1,30 0,30 3686,23 0,405
Piso 12 0,80 0,20 1059,58 0,284

Tabela 8. 14 Esforços normais reduzidos dos pilares primários (sinal positivo para compressão) sob a ação sísmica, ao
nível da laje do piso 0

Ficou assim validado o pré-dimensionamento efetuado para os pilares, já que todos os elementos definidos como
primários (subcapítulo 4.2) cumprem a especificação do EC8 [1]. Os pilares P6 poderiam ter sido dimensionados
como sísmicos (apresentando um νd inferior a 0,65), constatou-se porem que para tal efeito a taxa de armadura
seria demasiado elevada. Quanto ao elemento P5, pela sua geometria alongada imposta pela arquitetura, não
teria feito sentido tê-lo dimensionado como um pilar primário, no entanto também não se pôde tratar como
parede violando a imposição expressa na equação 8.14. Condição essa que também foi quebrada por duas
paredes dos núcleos (NC1-3 e NC2-3) que por essa razão foram dimensionadas como pilares secundários. Para
ter em conta a perda de rigidez precoce, face às ações horizontais sísmicas, dos elementos secundários (P6, P5,

131
NC1-3 e NC 2-3) estes foram modelados com rigidez de flexão e área de corte, cem vezes inferiores às reais nas
zonas acima do piso 0.

8.3.1 DIMENSIONAMENTO AO ELU DE FLEXÃO

As armaduras de flexão dos pilares foram calculadas tirando partido das funcionalidades do software SAP2000®,
em termos de análise de elementos em flexão desviada. O programa, a partir de uma determinada configuração
de armadura (figura 8.28) calcula a envolvente de resistência da secção (tal como definida em 8.1.3) para vários
níveis de quantidade de armadura (figura 8.27). A quantidade de armadura mínima capaz de originar uma
envolvente de rotura, contendo a combinação condicionante MEd,x- MEd,y- NEd, é fornecida pelo programa como
armadura de cálculo As,Ed.

Figura 8. 27 Envolvente de resistência típica gerada pelo software SAP2000® para a ação axial P e os momentos M2 e M3
(vistas 3D, plano M3-P e plano M2-P)

O primeiro passo portanto, no cálculo da armadura de flexão, foi a definição da disposição de armadura
longitudinal na secção, introduzindo os parâmetros requeridos pelo programa de cálculo (figura 8.28).

Figura 8. 28 Exemplo de parâmetros inseridos para definir a disposição de armadura na secção do pilar P3 ao nível do
piso 0

Na generalidade dos casos, conforme cumprido mais tarde em sede de pormenorização, considerou-se uma
distribuição uniforme dos varões longitudinais ao longo do perímetro das secções. A partir de aí o software tinha
todos os dados para efetuar o dimensionamento das armaduras em consonância com as características
resistentes dos materiais (subcapítulos 3.4.1 e 3.4.2). Para cada tipo de pilar, e localização em altura, foram então

132
calculadas a armaduras condicionantes e pormenorizados os varões longitudinais. Note-se que foram cumpridas
as devidas recomendações relativa às quantidades limite de armadura e espaçamento entre varões:

 Área mínima de armadura em elementos primários = , �


 Área mínima de armadura em elementos secundários = , �
 Área máxima de armadura = � , = , �
 Espaçamento entre varões longitudinais conforme com EC2 8.2(2)

MEd,x MEd,y NEd As,Ed As,min As,max As,adotado Configuração


Pilar Piso
(kNm) (kNm) (kN) (cm2) (cm2) (cm2) (cm2) de varões
P1 -3 a -1 12,81 27,46 1830,66 6,3 3,3 66,0 6,8 Ф
P2 -3 a -1 42,28 20,73 1382,21 9,0 6,0 120,0 11,3 Ф
-3 a -1 403,15 91,24 16126,08 76,9 17,5 350,0 126,2 Ф + Ф
0a5 345,34 3581,79 9524,37 100,0 126,4 315,0 126,2 Ф + Ф
P3
6 a 11 198,97 633,27 612,65 38,1 43,8 175,0 44,2 Ф
12 e 13 45,71 237,20 727,81 27,3 15,0 60,0 28,1 Ф
-3 a -1 80,78 316,24 14054,97 79,4 14,9 297,0 101,3 Ф + Ф
0a5 319,98 634,98 975,30 96,9 66,0 264,0 101,3 Ф + Ф
P4
6 a 11 273,03 319,96 523,88 80,5 37,5 150,0 81,6 Ф
12 e 13 131,96 60,88 47,52 35,5 16,0 64,0 37,7 Ф
-3 a -1 7,50 304,29 15214,48 52,5 17,6 352,0 73,4 Ф + Ф
0a5 43,21 186,12 12407,90 73,4 13,2 264,0 73,4 Ф + Ф
P5
6 a 11 25,66 87,52 7000,18 24,2 8,5 170,0 24,9 Ф
12 e 13 9,65 17,91 1791,15 6,2 4,0 80,0 6,3 Ф
-3 a -1 0,18 235,20 4276,36 14,8 6,6 132,0 15,8 Ф
0a5 1,62 205,03 3727,84 12,9 5,5 110,0 15,8 Ф
P6
6 a 11 1,73 75,32 2008,50 6,9 3,0 60,0 9,0 Ф
12 e 13 0,43 1,97 131,35 4,5 1,2 24,0 4,5 Ф
-3 a -1 8,78 1402,99 17005,91 58,7 21,5 429,0 89,4 Ф + Ф
0a5 12,78 1150,20 13941,79 48,1 90,8 363,0 89,4 Ф + Ф
P7
6 a 11 423,91 667,92 1493,17 51,5 54,0 216,0 56,3 Ф
12 e 13 79,52 242,62 1304,98 50,1 15,0 60,0 50,2 Ф
-3 a -1 9,07 965,97 10733,01 37,0 16,2 324,0 72,4 Ф
0a5 512,72 1252,24 2321,23 60,9 72,0 288,0 72,4 Ф
P8
6 a 11 285,27 1062,74 830,19 88,7 39,0 156,0 88,7 Ф + Ф
12 e 13 83,48 265,02 1043,49 51,0 16,0 64,0 51,0 Ф + Ф
-3 a 5 105,48 337,49 -8854,70 240,0 20,0 400,0 241,1 Ф + Ф
NC1-3
6 a 13 1,32 270,24 -3660,67 99,3 20,0 400,0 102,0 Ф + Ф
-3 a 5 131,73 45,17 -3410,22 93,5 17,2 344,0 94,2 Ф
NC2-3
6 a 13 151,74 5,87 -1715,78 65,2 17,2 344,0 69,1 Ф

Tabela 8. 15 Dimensionamento dos pilares em relação ao ELU de flexão (sinal positivo para esforço axial de compressão)

133
8.3.2 DIMENSIONAMENTO AO ELU DE ESFORÇO TRANSVERSO E DUCTILIDADE LOCAL

8.3.2.1 PILARES PRIMÁRIOS

Para os pilares primários, os valores de cálculo dos esforços transversos foram determinados de acordo com a
regra de cálculo pela capacidade real (capacity design) [1]. Admitiu-se então um valor do esforço transverso de
dimensionamento igual ao que equilibra os momentos fletores do pilar para situação de formação de rótulas
plásticas nas extremidades da altura livre. É de notar que a expressão indicada pelo EC8, formulada para ligações
viga-pilar, foi adaptada à situação laje-pilar. Querendo ser mais rigorosos, a analogia poderia ir mais longe
igualando a parcela de resistência das vigas ∑ à capacidade mínima de resistência (entre rotura por flexão
na laje e rotura por punçoamento excêntrico) da ligação laje-pilar. No entanto face às taxas de armadura de
esforço transverso obtidas, não houve necessidade de seguir esse caminho. A partir da expressão do EC8 (5.9)
[1] obteve-se

, = , ;
Equação 8. 30

sendo:

, - Valor máximo do momento atuante na extremidade i do pilar;

, - Valor máximo do momento resistente do pilar, para a ação sísmica, na direção de análise ;

- Coeficiente que tem em conta a sobrerresistência por endurecimento do aço e o confinamento do betão
da zona de compressão da secção, considerado igual a 1,1 (DCM).

A aplicação prática da equação anterior passou por admitir para ambas as extremidades do pilar o mesmo
momento atuante (γRd MRd), correspondente ao máximo momento resistente do pilar MRd (óbtido das
envolventes de resistencia fornecidas pelo software, dentro da gama de esforço axial devido á ação sismica e
considerando flexão composta). Por equilibrio do troço de pilar entre pisos com comprimento hpiso obteve-se
então o esforço transverso de cálculo VEd, sendo

� = ℎ .

Equação 8. 31

Na hora de pormenorizar a armadura transversal dos pilares, as exigências do esforço transverso tiveram que
ser conjugadas com as indicações de cintagem mínima, que na esmagadora maioria dos casos foi preponderante.
A distribuição das cintas, conforme indicado pelo EC8 [1] assume parâmetros de espaçamento distintos dentro
e fora das zonas críticas (com provável formação de rotulas plásticas) de comprimento

= á { � {ℎ ; }; ⁄ ; , };
Equação 8. 32

134
= se < ;

Equação 8. 33

ℎ - Maior dimensão da secção transversal do pilar;

- Menor dimensão da secção transversal do pilar.

Figura 8. 29 Geometria das zonas críticas

Sendo o espaçamento máximo entre cintas s, definido pelo EC8 5.4.3.2.2(4) [1] para as zonas criticas, e pelo EC2
NA.9.5.3(3) [5] para as zonas correntes:

 Nas zonas críticas = � { Ф ; ⁄ ; };

 Nas zonas correntes = � { Ф ; ; };

 Para toda a altura o diâmetro mínimo das cintas á { ;Ф ⁄ }

lcr
Pilar Piso
(m)

0 toda a altura
1a5 toda a altura
P3
6 a 11 toda a altura
12 e 13 0,75
0 1,60
1a5 toda a altura
P4
6 a 11 toda a altura
12 e 13 0,80

135
0 1,65
1a5 toda a altura
P7
6 a 11 toda a altura
12 e 13 0,75
0 1,60
1a5 toda a altura
P8 6e9 toda a altura
7+8 e 10+11 1,20
12 e 13 0,80

Tabela 8. 16 Valores mínimos, do comprimento da zona crítica, para elementos primários

Uma vez definida a configuração da cintagem, foi finalmente dimensionada a armadura de esforço transverso,
conjugando a sua disposição com a das cintas (tabelas 8.17 a 8.20).

bc hc hpiso MRd VEd VRd,max Asw/s Ed Asw/sadotado Configuração de


Pilar Piso (m) (m) (m) (kNm) (kN) (kN) (cm2/m) (cm2/m) varões
0 0,45 1,75 5,31 5490,70 2274,87 3978,11 27,0 30,2 RФ // ,
1a5 0,45 1,75 3,30 5490,70 3660,47 3978,11 43,4 45,2 RФ // ,
P3
6 a 11 0,35 1,25 3,30 1842,60 1228,40 2175,41 20,7 22,6 RФ // ,
12 e 13 0,20 0,75 3,30 444,55 296,36 718,14 8,6 10,1 RФ // ,
0 0,40 1,65 5,31 4133,35 1712,50 3326,12 21,6 30,2 RФ // ,
1a5 0,40 1,65 3,30 4133,35 2755,57 3326,12 34,7 45,2 RФ // ,
6 a 11 0,30 1,25 3,30 2016,60 1344,40 1864,64 22,7 22,6 RФ // ,
P4 12 e 13 0,20 0,80 3,30 521,32 347,54 770,63 9,4 10,1 RФ // ,
0 0,55 1,65 5,31 5211,81 2159,32 4573,41 27,2 36,2 RФ // ,
1a5 0,55 1,65 3,30 5211,81 3474,54 4573,41 43,8 45,2 RФ // ,
6 a 11 0,40 1,35 3,30 2466,99 1644,66 2696,17 25,6 31,4 RФ // ,
P7 12 e 13 0,20 0,75 3,30 556,20 370,80 718,14 10,8 15,7 RФ // ,
0 0,40 1,80 5,31 4377,20 1813,53 3641,09 20,9 25,1 RФ // ,
1a5 0,40 1,80 3,30 4377,20 2918,13 3641,09 33,6 36,2 RФ // ,
6e9 0,30 1,30 3,30 2219,87 1479,91 1943,38 23,9 22,6 RФ // ,
P8 7+8 e 10+11 0,30 1,30 6,60 2219,87 739,96 1943,38 12,0 22,6 RФ // ,
12 e 13 0,20 0,80 3,30 618,01 412,01 770,63 11,2 15,7 RФ // ,

Tabela 8. 17 Dimensionamento das zonas críticas dos pilares primários em relação ao ELU de esforço transverso na
direção da maior dimensão hc

136
bc hc hpiso MRd VEd VRd,max Asw/s Ed Asw/sadotado
Pilar Piso Configuração de varões
2
(m) (m) (m) (kNm) (kN) (kN) (cm /m) (cm2/m)
0 0,45 1,75 5,31 1711,62 709,15 3527,70 36,9 41,9 RФ // , + RФ // ,
1a5 0,45 1,75 3,30 1711,62 1141,08 3527,70 59,3 62,8 RФ // , + RФ // ,
P3
6 a 11 0,35 1,25 3,30 575,90 383,93 1863,59 27,0 42,7 RФ // , + RФ // ,
12 e 13 0,20 0,75 3,30 104,00 69,33 527,58 10,3 20,1 RФ // ,
0 0,40 1,65 5,31 1206,55 499,89 2893,03 29,9 45,2 RФ // , + RФ // ,
1a5 0,40 1,65 3,30 1206,55 804,37 2893,03 48,1 67,9 RФ // , + RФ // ,
P4
6 a 11 0,30 1,25 3,30 535,86 357,24 1535,49 30,5 42,7 RФ // , + RФ // ,
12 e 13 0,20 0,80 3,30 111,50 74,33 562,75 11,1 20,1 RФ // ,
0 0,55 1,65 5,31 2052,86 850,53 4192,29 35,1 50,3 RФ // , + RФ // ,
1a5 0,55 1,65 3,30 2052,86 1368,57 4192,29 56,4 62,8 RФ // , + RФ // ,
P7
6 a 11 0,40 1,35 3,30 848,58 565,72 2367,02 33,8 45,9 RФ // , + RФ // ,
12 e 13 0,20 0,75 3,30 118,00 78,67 527,58 11,7 35,8 RФ // , + RФ // ,
0 0,40 1,80 5,31 1141,91 473,11 3156,03 28,3 44,7 RФ // , + RФ // ,
1a5 0,40 1,80 3,30 1141,91 761,27 3156,03 45,5 50,3 RФ // , + RФ // ,
P8
6e9 0,30 1,30 3,30 569,79 379,86 1596,91 32,4 52,8 RФ // , + RФ // ,
7+8 e 10+11 0,30 1,30 6,60 569,79 189,93 1596,91 16,2 52,8 RФ // , + RФ // ,
12 e 13 0,20 0,80 3,30 124,00 82,67 562,75 12,3 35,8 RФ // , + RФ // ,

Tabela 8. 18 Dimensionamento das zonas críticas dos pilares primários em relação ao ELU de esforço transverso na
direção da menor dimensão bc

bc hc hpiso MRd VEd VRd,max Asw/s Ed Asw/sadotado Configuração de


Pilar Piso
(m) (m) (m) (kNm) (kN) (kN) (cm2/m) (cm2/m) varões
P3 12 e 13 0,20 0,75 3,30 444,55 296,36 640,97 6,4 8,0 RФ // ,
0 0,40 1,65 5,31 4133,35 1712,50 2968,68 15,9 18,1 RФ // ,
P4
12 e 13 0,20 0,80 3,30 521,32 347,54 687,82 7,0 8,0 RФ // ,
0 0,55 1,65 5,31 5211,81 2159,32 4081,94 20,1 22,6 RФ // ,
P7
12 e 13 0,20 0,75 3,30 556,20 370,80 640,97 8,0 10,5 RФ // ,
0 0,40 1,80 5,31 4377,20 1813,53 3249,81 15,4 18,0 RФ // ,
P8
12 e 13 0,20 0,80 3,30 618,01 412,01 687,82 8,3 10,5 RФ // ,

Tabela 8. 19 Dimensionamento das zonas correntes dos pilares primários em relação ao ELU de esforço transverso na
direção da maior dimensão hc

137
bc hc hpiso MRd VEd VRd,max Asw/s Ed Asw/sadotado Configuração
Pilar Piso
2 2
(m) (m) (m) (kNm) (kN) (kN) (cm /m) (cm /m) de varões
P3 12 e 13 0,20 0,75 3,30 104,00 104,00 470,88 7,6 16,1 RФ // ,
0 0,40 1,65 5,31 1206,55 1206,55 2582,14 22,1 27,1 RФ // , + RФ // ,
P4
12 e 13 0,20 0,80 3,30 111,50 111,50 502,28 8,2 16,1 RФ // ,
0 0,55 1,65 5,31 2052,86 2052,86 3741,78 25,9 31,4 RФ // , + RФ // ,
P7
12 e 13 0,20 0,75 3,30 118,00 118,00 470,88 8,7 23,9 RФ // , + RФ // ,
0 0,40 1,80 5,31 1141,91 1141,91 2816,88 20,9 31,9 RФ // , + RФ // ,
P8
12 e 13 0,20 0,80 3,30 124,00 124,00 502,28 9,1 23,9 RФ // , + RФ // ,

Tabela 8. 20 Dimensionamento das zonas correntes dos pilares primários em relação ao ELU de esforço transverso na
direção da menor dimensão bc

ásà a adu asà fo a à al uladasà ad iti doà alo esà deà θà dife e tesà pa aà asà zo asà íti asà ° à eà pa aà asà zo asà
correntes (30°) com o fim de melhorar ulteriormente o nível de proteção em relação à rotura por corte dos pilares
[21].
Uma vez definida a configuração da armadura transversal, foi necessária uma última verificação (tabela 8.21) em
termos de eficiência do confinamento da zona critica situada na base dos pilares primários, com a exigência do
cumprimento do requisito mínimo definido pela equação 8.20 (EC8 5.4.3.2.2(8) [1]).

Volume de
armadura de
Pilar ωwd αn αs α αωwd νd
confin. por ��µФ � + �� , − �, ���
metro (m3/m)
P3 0,00721 0,225 0,806 0,756 0,609 0,137 0,579 0,107
P4 0,00674 0,260 0,813 0,722 0,587 0,152 0,609 0,119
P7 0,00895 0,233 0,862 0,830 0,715 0,166 0,565 0,097
P8 0,00652 0,229 0,769 0,769 0,592 0,136 0,448 0,078

Tabela 8. 21 Verificação do cumprimento das exigências de cintagem na zona crítica da base dos pilares primários

Resta salientar que partindo da armadura de esforço transverso na direção principal, definindo a cintagem de
acordo com as diretrizes do EC8 [1], e adotando cintas com diâmetro mínimo de 8mm, sob conselho do orientador,
cumpriu-se a cintagem mínima na base sem qualquer tipo de preocupação suplementar.

8.3.2.2 PILARES SECUNDÁRIOS

Foram dimensionados como elementos secundários todos os pilares, cuja resistência ao sismo foi descurada, e
os troços dos pilares sísmicos pertencentes aos pisos enterrados aonde o efeito do sismo é manifestamente leve
não requerendo características de ductilidade específicas.

138
No entanto, mesmo para elementos não resistentes ao sismo, o EC2 [5] e o e daàu à ape to àdaà i tage à
dos pilares nas zonas dos pertencentes a nós de ligação com vigas ou lajes. Por coerência tal zona definiu-se
como crítica, tal como denominada pelo EC8 [1], tendo-se

= � {ℎ ; }.

Equação 8. 34

lcr
Pilar Piso
(m)
P1 -3 a -1 0,55
P2 -3 a -1 1
P3 -3 a -1 toda a altura
P4 -3 a -1 toda a altura
-3 a -1 toda a altura
0a5 1,2
P5
6 a 11 1
12 e 13 0,8
-3 a -1 1,1
0a5 1
P6
6 a 11 0,75
12 e 13 0,3
P7 -3 a -1 toda a altura
P8 -3 a -1 toda a altura
-3 a -1 toda a altura
NC1-3 0 1,6
1 a 13 a toda a altura
-3 a -1 toda a altura
NC2-3 0 1,6
1 a 13 a toda a altura

Tabela 8. 22 Valores mínimos, do comprimento da zona crítica, para elementos secundários

O espaçamento máximo entre cintas s, foi definido conforme EC2 NA.9.5.3(3) [5]:

 Nas zonas críticas = , � { Ф ; ; };


 Nas zonas correntes = � { Ф ; ; };
 Para toda a altura o diâmetro mínimo das cintas á { ;Ф ⁄ }.

Uma vez definida a cintagem conforme EC2 9.5.3(6) [5] foi verificada a resistência ao esforço transverso nas
direções da maior e menor dimensão dos pilares.

139
bc hc VEd VRd,max Asw/s Ed Asw/sadotado Configuração de
Pilar Piso
2 2
(m) (m) (kN) (kN) (cm /m) (cm /m) varões
P1 -3 a -1 0,30 0,55 52,11 680,32 1,6 5,0 RФ // ,
P2 -3 a -1 0,30 1,00 77,18 1312,86 1,2 5,0 RФ // ,
P3 -3 a -1 0,50 1,75 679,24 3945,12 6,0 6,7 RФ // ,
P4 --3 a -1 0,45 1,65 358,89 3339,76 3,3 5,7 RФ // ,
-3 a -1 0,40 2,20 20,43 3999,47 0,1 6,7 RФ // ,
0a5 0,30 2,20 106,82 2999,60 0,7 6,7 RФ // ,
P5
6 a 11 0,25 1,70 74,96 1913,99 0,7 5,0 RФ // ,
12 e 13 0,20 1,00 20,93 875,23 0,3 6,7 RФ // ,
-3 a -1 0,30 1,10 3,91 1453,41 0,1 5,0 RФ // ,
0a5 0,25 1,10 24,54 1211,18 0,3 5,0 RФ // ,
P6
6 a 11 0,20 0,75 7,67 640,96 0,2 5,0 RФ // ,
12 e 13 0,20 0,30 0,46 219,27 0,0 5,0 RФ // ,
P7 -3 a -1 0,65 1,65 617,68 4824,11 5,8 6,7 RФ // ,
P8 -3 a -1 0,45 1,80 430,39 3656,03 3,7 6,7 RФ // ,
-3 a 5 0,40 2,50 192,04 4561,72 1,2 5,0 RФ // ,
NC1-3
6 a 13 0,40 2,50 165,83 4561,72 1,0 5,0 RФ // ,
-3 a 5 0,40 2,15 104,40 3905,76 0,7 2,8 RФ // ,
NC2-3
6 a 13 0,40 2,15 92,41 3905,76 0,7 2,8 RФ // ,

Tabela 8. 23 Dimensionamento dos pilares secundários em relação ao ELU de esforço transverso na direção da maior
dimensão hc

140
bc hc VEd VRd,max Asw/s Ed Asw/sadotado Configuração de
Pilar Piso
2 2
(m) (m) (kN) (kN) (cm /m) (cm /m) varões
P1 -3 a -1 0,30 0,55 11,55 603,01 0,7 7,5 RФ // ,
P2 -3 a -1 0,30 1,00 11,59 1096,39 0,7 12,6 RФ // ,
P3 -3 a -1 0,50 1,75 58,11 3558,58 2,0 23,5 RФ // ,
P4 -3 a -1 0,45 1,65 54,18 2968,68 2,1 17,2 RФ // ,
-3 a -1 0,40 2,20 0,99 3442,85 0,0 20,1 RФ // ,
0a5 0,30 2,20 5,01 2412,06 0,3 12,1 RФ // ,
P5
6 a 11 0,25 1,70 2,07 1465,60 0,2 12,6 RФ // ,
12 e 13 0,20 1,00 0,52 627,85 0,1 13,4 RФ // ,
-3 a -1 0,30 1,10 0,63 1206,03 0,0 7,5 RФ // ,
0a5 0,25 1,10 2,18 948,33 0,2 7,5 RФ // ,
P6
6 a 11 0,20 0,75 1,02 470,88 0,1 10,0 RФ // ,
12 e 13 0,20 0,30 0,41 188,35 0,0 5,0 RФ // ,
P7 -3 a -1 0,65 1,65 74,50 4514,87 1,9 16,8 RФ // ,
P8 -3 a -1 0,45 1,80 23,74 3238,56 0,9 20,1 RФ // ,
-3 a -15 0,40 2,50 1,59 3912,33 0,1 20,1 RФ // ,
NC1-3
6 a 13 0,40 2,50 0,98 3912,33 0,0 20,1 RФ // ,
-3 a -1 0,40 2,15 4,82 3364,60 0,2 15,5 RФ // ,
NC2-3
6 a 13 0,40 2,15 3,94 3364,60 0,2 9,9 RФ // ,

Tabela 8. 24 Dimensionamento dos pilares secundários em relação ao ELU de esforço transverso na direção da menor
dimensão bc

Como seria expectável a cintagem mínima, foi condicionante para as armaduras transversais, garantindo
folgadamente a segurança em relação ao esforço transverso.

8.4 LAJES

O dimensionamento das lajes em relação aos estados limites últimos foi efetuado com o auxílio das
funcionalidades do software SAP2000® relativas ao cálculo de armaduras de flexão.
A verificação em relação ao estado limite último de punçoamento seguiu as regras do EC2 [5] já descritas no
subcapítulo 8.1.5. Por fim, com o intuito de garantir um comportamento fiável das ligações laje-pilar foi
dimensionada uma armadura longitudinal de colapso progressivo para a ação sísmica segundo as recomendações
de [5], [12] e [22].

8.4.1 DIMENSIONAMENTO AO ELU DE FLEXÃO

O dimensionamento das armaduras de flexão foi efetuado pelo programa de cálculo com base nos dados
introduzidos, relativos aos recobrimentos de armaduras superiores e inferiores em ambas as direções.

141
Considerou-seàaàpossi ilidadeàdeàu aà alhaàФ àe àa asàas direções, para efeitos de cálculo da altura útil,
desconhecendo-se à partida os diâmetros das armaduras, e um recobrimento de 2,5cm (tabela 3.2).

Figura 8. 30 Introdução dos recobrimentos no programa de cálculo para as direções X(1) e Y(2)

As forças nas armaduras, são calculadas pelo software por forma a equilibrarem as ações de momentos fletores,
momentos torsores e esforços de membrana.
Os valores das armaduras fornecidos pelo programa em cada nó da malha de elementos finitos correspondem
portanto à média dos elementos que partilham o nó [12]. Essas armaduras resultam da combinação mais
desfavorável de momentos fletor e torsor e de forças de membrana.
A aplicação prática dos valores obtidos foi feita através da assunção de uma distribuição uniforme de momentos,
e consequentemente de armaduras, por zonas da secção transversal [12]. A largura de tais zonas (bandas) foi
baseada, em cada direção, nos mesmos princípios usados em pré-dimensionamento (subcapítulo 4.1), com
definição de uma faixa sobre os pilares e de zonas a ela laterais (figuras 8.31 a 8.37).

Figura 8. 31 Bandas de dimensionamento em, X e Y, das lajes dos pisos -2 e -1

142
Figura 8. 32 Bandas de dimensionamento em, X e Y, da laje da zona exterior do piso 0

Figura 8. 33 Bandas de dimensionamento em, X e Y, da laje da zona interior do piso 0

Figura 8. 34 Bandas de dimensionamento em, X e Y, da laje corrente dos pisos elevados

Figura 8. 35 Bandas de dimensionamento em, X e Y, das lajes dos pisos 8 e 11

143
Figura 8. 36 Bandas de dimensionamento em, X e Y, da laje do piso 13

Figura 8. 37 Bandas de dimensionamento em, X e Y, da laje do terraço

Uma vez obtidos os valores de cálculo para as armaduras de flexão As,Sd em cada banda (consultar tabelas dos
anexos), foi possível validar o pré-dimensionamento (tabelas 8.25 e 8.26) por comparação de tais valores com os
correspondentes ao bom comportamento das lajes (µ+ < 0,18 e µ- < 0,30 [12]).

h As+µ=0,18 As-µ=0,30
Laje
(m) (cm2/m) (cm2/m)
L-2 e L-1 0,22 19,3 37,0
L0-1 0,27 24,8 47,6
L0-2 0,25 22,6 43,3
Lcorrente 0,27 24,8 47,6
L13 e LT 0,29 27,0 51,8

Tabela 8. 25 Armaduras, correspondentes aos limites de ductilidade, para as zonas correntes

h As-µ=0,30
Laje
(m) (cm2/m)
L-2 e L-1 0,37 68,7
L0-1 0,42 79,3
L0-2 0,4 75,0

Tabela 8. 26 Armaduras, correspondentes aos limites de ductilidade, nas zonas dos capitéis

144
Uma vez confirmadas como válidas as espessuras das lajes, procedeu-se à pormenorização, tendo-se o cuidado de
verificar o cumprimento dos valores mínimos e máximos de armadura preconizados por EC2 9.3 [5] (tabela 8.27):

 Área mínima de armadura = � , = ,

 Área máxima de armadura = � , = , �

hcorrente hcapitel As,min,corrente As,min,capitel As,max,corrente As,max,capitel


Laje
2 2 2
(m) (m) (cm /m) (cm /m) (cm /m) (cm2/m)
L-2 e L-1 0,22 0,37 3,1 5,6 88,0 148,0
L0-1 0,27 0,42 3,9 6,4 108,0 168,0
L0-2 0,25 0,40 3,6 6,1 100,0 160,0
Lcorrente 0,27 3,9 108,0
L13 e LT 0,29 4,3 116,0

Tabela 8. 27 Armaduras mínimas e máximas de acordo com o EC2

Quanto ao espaçamento entre armaduras e ao diâmetro máximo das mesmas, teve-se o cuidado, de calcular as
condições de controlo indireto da fendilhação. Tal foi feito para as lajes dos pisos de habitação, aonde a fendilhação
excessiva poderia ser nociva em termos estéticos e de danificação dos revestimentos. O controlo indireto da
fe dilhaç oà àfeitoài po do,àpa aàu aàdadaàte s oà→àexte s oà oàaço,àli itesàpa aàoàafasta e toàe t eà a õesà
e para o diâmetro dos mesmos. A tensão no aço em serviço (para a combinação quase permanente de ações) foi
determinada através de tabelas para o cálculo elástico de secções em estado fendilhado. Com tal intuito analisou-
se a situação mais gravosa, correspondente à zona de momento negativo sobre o pilar P5 na direção X,
caracterizada pelo maior momento fletor e pela ausência de pré-esforço. Considerando os níveis de armadura
vindos do dimensionamento As,Sd, na face superior, e mínimos As,min, na face inferior, consultou-se a tabela (figura
8.38) que melhor se aproximava da situação real.

145
Figura 8. 38 Tabela consultada para estimar a tensão no aço [9]

mcqp,condicionante
-88,2
(KNm/m)
[As1
18,7
(cm2)
As2
3,9
(cm2)
β 0,21
d2/d 0,10
α 12,35
b 1,00
ρ 0,01
αρ 0,11
Cs 10,40
Tensão no aço
σs1 244,5
(MPa)

Tabela 8. 28 Parâmetros relevantes para a consulta da tabela [9] e resultados

Observando-se de seguida os quadros 7.2N e 7.3N do EC2 [5] (figura 8.39), para o valor de tensão no aço de
240MPa, obtendo-se um diâmetro máximo de 16mm para as armaduras e um espaçamento limite de 200mm
(sendo wk=0,3mm aplicável à classe de exposição das lajes definida em 3.4.1). Foram então esses os limites

146
adotados na pormenorização das lajes dos pisos elevados. O espaçamento de 200 mm foi adotado como base das
malhas de armadura em todos os pisos.

Figura 8. 39 Quadros 7.2N e 7.3N do EC2

Na prática as armaduras foram pormenorizadas pa ti doà daà defi iç oà deà u aà alhaà deà aseà Ф # , à ouà
Ф # , àaà ualàfoiàadaptadaàouà efo çada (tabelas A.1 a A.27 em anexo) nas zonas em que não oferecia, por si
só, resistência suficiente ao ELU de flexão.

8.4.2 DIMENSIONAMENTO AO ELU DE PUNÇOAMENTO

A verificação em relação ao estado limite último de punçoamento, foi efetuada para o trio de valores
Md,x - Md,y - Vd condicionante em tal sentido. Os momentos fletores derivam da interação laje-pilar, assumindo
maior importância nos pisos acima do térreo aonde a combinação sísmica, se revelou, de facto, condicionante
para os elementos primários.
Os esforços foram diretamente obtidos do modelo de elementos finitos, e foi verificada a segurança,
dimensionando as armaduras específicas, sempre que necessário (tabela A.28 em anexo), em consonância com
as diretrizes do EC2 [5] em matéria de punçoamento excêntrico (subcapítulo 8.1.5).

Figura 8. 40 Ações e geometria intervenientes na verificação de segurança ao punçoamento

A partir das ações condicionantes e da geometria relevante, calcularam-se as tensões de punçoamento atuantes
no perímetro de controlo e no perímetro do pilar (equação 8.8) , vd e vd,max respetivamente. Determinaram-se de
seguida a capacidade resistente da laje vRd,c , sem armadura específica (equação 8.5), e a resistência máxima
condicionada pelo esmagamento do betão vRd,max (equação 8.6). Em primeiro lugar verificou-se a condição
vd,max < vRd,max. Uma vez garantida tal prerrogativa, sempre que se verificou vd > vRd,c dimensionaram-se as
armaduras de punçoamento (equação 8.13).

147
8.4.3 LIGAÇÃO LAJE-PILAR

Sendo a ligação laje-pilar um ponto sensível das estruturas com lajes fungiformes, as indicações de
dimensionamento presentes no EC2 NA.4.3 [5] foram complementadas com recomendações oriundas da
investigação norte-americana [22]. Torna-se então necessária a adoção na laje de uma armadura longitudinal
inferior de colapso progressivo, sobre os pilares, capaz de gerar um mecanismo secundário de resistência pós-
punçoamento. O objetivo de tal precaução é evitar uma rotura em cadeia, por incremento da carga sobre os
apoios vizinhos, numa situação de punçoamento sobre um pilar. É definida pelo regulamento [22], uma
geometria da ligação laje-pilar compatível com a situação de rotura (figura 8.41).

Figura 8. 41 Modelo da ligação laje-pilar durante a rotura por punçoamento [22]

A partir de tal configuração, com base em considerações de equilíbrio e admitindo toda a carga VEd
(correspondente à o i aç oàsís i aàdeàações àdaàzo aàdeài flu iaàdoàpila à suspe saà aàa adu aài fe io ,à
foi possível calcular a área de tal armadura As,cp,tot , sendo

� , , = ;

Equação 8. 35

Figura 8. 42 Condições de amarração da armadura de colapso progressivo

148
Essa armadura inclui todos os varões que atravessam a secção do pilar e se encontram convenientemente
amarrados em ambas as direções (figura 8.42). Portanto, subtraindo ao valor de As,cp,tot, a área das armaduras
ordinárias As,ordinária (calculadas no subcapítulo 8.4.1) da laje, atravessantes o pilar e convenientemente amarradas,
obteve-se a armadura especifica As,cp,especifica a adicionar à malha corrente (tabela 8.29).

Laje do VEd As,cp,tot As,ordinária,x As,ordinária,y As,ordinária As,cp,especifica As,cp,adotada Config.


Pilar
piso (kN) (cm2) (cm2) (cm2) (cm2) (cm2) (cm2) varões
7,9,10 e 12 799,15 18,4 1,1 12,1 13,2 5,2 5,7 φ
P3 8 e 11 782,04 18,0 1,1 6,8 7,9 10,1 10,1 φ
13 816,84 18,8 1,1 3,4 4,5 14,3 16,1 φ
1a6 652,69 15,0 0,0 1,1 1,1 13,9 14,1 φ
7 a 12 700,69 16,1 0,0 1,1 1,1 15,0 16,1 Ф
P4
13 e
685,71 15,8 0,0 1,1 1,1 14,6 16,1 Ф
terraço

P4
13 245,95 5,7 0,0 1,1 1,1 4,5 4,5 Ф
alinhamento B

0 796,48 18,3 0,0 1,1 1,1 17,2 18,1 Ф


1a6 611,50 14,1 0,0 1,1 1,1 12,9 14,1 Ф
P5 7 a 12 601,56 13,8 0,0 1,1 1,1 12,7 14,1 Ф
13 e
620,00 14,3 0,0 1,1 1,1 13,1 14,1 Ф
terraço
1a6 878,18 20,2 2,3 0,0 2,3 17,9 18,1 φ
7,9,10 e 12 844,92 19,4 2,3 0,0 2,3 17,2 18,1 φ
P7 8 e 11 807,56 18,6 2,3 12,1 14,3 4,2 4,5 Ф
13 e
766,70 17,6 1,1 3,4 4,5 13,1 14,1 φ
terraço

P7 1350,9
0 31,1 0,0 0,0 0,0 31,1 32,2 φ
alinhamento 7 9

0 601,92 13,8 0,0 0,0 0,0 13,8 14,1 φ


1a6 615,03 14,1 0,0 0,0 0,0 14,1 14,1 φ
P8 7 a 12 639,22 14,7 0,0 0,0 0,0 14,7 14,1 φ
13 358,23 8,2 0,0 3,4 3,4 4,8 5,7 φ
terraço 682,78 15,7 0,0 0,0 0,0 15,7 16,1 φ

Tabela 8. 29 Dimensionamento das armaduras de colapso progressivo

149
8.5 ENSOLEIRAMENTO GERAL

8.5.1 DIMENSIONAMENTO AO ELU DE FLEXÃO

O raciocínio, adotado para as lajes dos pisos, em termos de subdivisão em bandas de momentos fletores uniformes
em largura, foi extrapolado para o dimensionamento do ensoleiramento. A principal diferença residiu na inversão
dos sinais dos momentos devido à carga distribuída ser representada pela reação do solo.
A armadura de flexão foi dimensionada, com base nos valores de momento fletor (para a combinação ELU 4) nas
secções mais solicitadas (figura 8.43 e tabelas 8.31 e 8.32), em cada zona (espessuras distintas), respeitando as
imposições regulamentares (tabela 8.28) do EC2 [5] (já descritas para as lajes).

hcorrente hespessamento As,min,corrente As,min,espessamento As,max,corrente As,max,espessamento


Laje
(m) (m) (cm2/m) (cm2/m) (cm2/m) (cm2/m)
Ensoleiramento 0,50 1,00 7,0 15,3 200,0 400,0

Tabela 8. 30 Armaduras mínimas e máximas em função da espessura da laje

mSd As,Sd As,adotado Configuração


Direção Banda-Secção h (kNm/m) µ (cm2/m) (cm2/m) de varões
X E6 1,00 2163,74 0,110 58,4 64,8 Ф // , +Ф // ,
X D4 1,00 -640,00 0,033 16,4 24,5 Ф // ,
Y 6E 1,00 3499,27 0,178 99,9 107,2 à a adasàФ // ,

Tabela 8. 31 Armaduras de flexão nas secções mais solicitadas da zona com 1m de espessura

As,Sd As,adotado
Direção Banda-Secção h mSd (kNm/m) µ Configuração de varões
(cm2/m) (cm2/m)
X C9 0,50 386,88 0,095 22,7 24,5 Ф // ,
X D8 0,50 -348,15 0,085 20,3 24,5 Ф // ,
Y 9C 0,50 241,37 0,059 13,8 15,7 Ф // ,
Y 9B 0,50 -405,93 0,100 23,9 24,5 Ф // ,

Tabela 8. 32 Armaduras de flexão nas secções mais solicitadas da zona com 0,50m de espessura

150
Figura 8. 43 Bandas mais solicitadas da laje de ensoleiramento, alvo de dimensionamento, em X e Y

Devido à incerteza, relativa às características do solo e à sua heterogeneidade, tal armadura estendeu-se a toda a
laje da mesma espessura.

8.5.3 DIMENSIONAMENTO AO ELU DE PUNÇOAMENTO

Foi apresentado conjuntamente com o das lajes dos pisos (subapitulo8.4.2).

8.5.4 VERIFICAÇÕES NA ZONA DE MUDANÇA DE ESPESSURA

Achou-se oportuno verificar a resistência, do ensoleiramento ao esforço transverso, nas duas zonas de transição
da espessura de 1m para 0,50m (a norte e a sul), descartando assim a hipótese de rotura por tal fenómeno. Foi
então calculada a resistência ao esforço transverso sem armadura especifica vRd,c (conforme descrito no
subcapítulo 8.1.4), da laje mais fina. Para o esforço transverso atuante VSd, adotou-se o valor médio ao longo do
comprimento da zona de transição, admitindo capacidade de redistribuição das tensões de corte e tendo em conta
a flexão quase cilíndrica da laje (figura 8.44) em Y.

VSd vRd,c VRd,c


Localização d(m)
(kN/m) (Mpa) (kN/m)
Transição norte 206,90 0,51 0,43 218,03
Transição sul 178,75 0,51 0,43 218,03

Tabela 8. 33 Verificação da resistência ao esforço transverso

151
Figura 8. 44 Aspeto do diagrama de momentos fletores na direção Y da laje de ensoleiramento para a combinação de
ações ELU4

8.6 MUROS DE CONTENÇÃO PERIFÉRICA

8.6.1 DIMENSIONAMENTO AO ELU DE FLEXÃO

Vista a flexão cilíndrica com escassa variação de esforços, à mesma cota, ao longo do comprimento dos muros, os
valores de dimensionamento utilizados (combinação ELU4), foram os máximos fornecidos, a cada nível, pelo
modelo de elementos finitos. Para cada muro, e ao nível de cada piso, foram assim obtidos os momentos fletores
para cálculo da armadura de flexão (tabelas 8.34 a 8.38).

Figura 8. 45 Zona das rampas (a vermelho) sobre malha de elementos finitos do muro oeste

A única heterogeneidade na geometria apresentou-se no muro oeste, em correspondência das rampas, e foi
tratada com a definição de zonas específicas de análise dos esforços (figura 8.45).

152
mSd As,Sd As,adotado Configuração
Piso Sinal µ
2 2
(kNm/m) (cm /m) (cm /m) de varões
M- -111,64 0,077 10,8 15,7 Ф // ,
-3
M+ 61,84 0,042 5,8 10,05 Ф // ,
M- -86,22 0,059 8,2 10,05 Ф // ,
-2
M +
31,19 0,021 2,9 5,65 Ф // ,
M- -65,70 0,045 6,2 10,05 Ф // ,
-1
M+ 28,89 0,020 2,7 5,65 Ф // ,
0 M -
-122,15 0,084 11,9 15,7 Ф // ,

Tabela 8. 34 Dimensionamento do muro norte em relação ao ELU de flexão

mSd As,Sd As,adotado


Piso Sinal µ Configuração de varões
(kNm/m) (cm2/m) (cm2/m)
M- -122,93 0,084 12,0 15,7 Ф // ,
-3
M+ 66,13 0,045 6,3 10,1 Ф // ,
M -
-81,20 0,056 7,7 10,1 Ф // ,
-2
M+ 26,08 0,018 2,4 5,7 Ф // ,
M- -70,41 0,048 6,7 10,1 Ф // ,
-1
M+ 31,88 0,022 3,0 5,7 Ф // ,
0 M- -73,44 0,050 7,0 15,7 Ф // ,

Tabela 8. 35 Dimensionamento do muro sul em relação ao ELU de flexão

mSd As,Sd Configuração


Piso Sinal µ As,adotado (cm2/m)
(kNm/m) (cm2/m) de varões
M- -119,78 0,082 11,6 15,7 Ф // ,
-3
M+ 61,64 0,042 5,8 10,1 Ф // ,
M- -89,89 0,062 8,6 10,1 Ф // ,
-2
M+ 33,32 0,023 3,1 5,7 Ф // ,
M -
-62,83 0,043 5,9 10,1 Ф // ,
-1
M+ 25,71 0,018 2,4 5,7 Ф // ,
0 M- -145,45 0,100 14,3 15,7 Ф // ,

Tabela 8. 36 Dimensionamento do muro este em relação ao ELU de flexão

153
mSd As,Sd As,adotado Configuração
Piso Sinal µ
2 2
(kNm/m) (cm /m) (cm /m) de varões
M- -117,31 0,080 11,4 15,7 Ф // ,
-3
M+ 64,21 0,044 6,1 10,1 Ф // ,
M- -84,63 0,058 8,1 10,1 Ф // ,
-2
M+ 32,07 0,022 3,0 5,7 Ф // ,
M- -59,01 0,040 5,6 10,1 Ф // ,
-1
M+ 31,49 0,022 2,9 5,7 Ф // ,
0 M -
-125,17 0,086 12,2 15,7 Ф // ,

Tabela 8. 37 Dimensionamento do muro oeste em relação ao ELU de flexão

mSd As,Sd As,adotado Configuração


Piso Sinal µ
(kNm/m) (cm2/m) (cm2/m) de varões
M- -70,84 0,049 6,7 10,1 Ф // ,
rampa -3 a -2
M +
64,71 0,044 6,1 5,7 Ф // ,
M- -82,44 0,057 7,9 10,1 Ф // ,
rampa -2 a -1
M+ 31,85 0,022 3,0 5,7 Ф // ,
M- -74,43 0,051 7,1 10,1 Ф // ,
rampa -1 a 0
M+ 25,06 0,017 2,3 5,7 Ф // ,

Tabela 8. 38 Dimensionamento da zona das rampas do muro oeste em relação ao ELU de flexão

Em fase de pormenorização tiveram-se em conta os limites mínimos de armadura, (conforme já descrito para as
paredes do núcleo) tendo sido calculada a armadura mínima horizontal As,hmin (tabela 8.39) [5] em função da
máxima armadura vertical adotada (ao nível do piso -3).

Espessura As,hmin As,h adotada Configuração


(m) (cm2/m/face) (cm2/m/face) de varões
0,3 3,2 5,65 Ф // , /fa e

Tabela 8. 39 Armadura horizontal dos muros

áàutilizaç oàdeàФ // , àdispe souàaà e essidadeàdeàulte io esà efo çosàdeà a toà ujaà eaà e o e tadaà àpeloà
menos metade da armadura positiva no vão [23]).

8.6.2 DIMENSIONAMENTO AO ELU DE ESFORÇO TRANSVERSO

Foi verificada a resistência ao esforço transverso VSd,base (tabela 8.40), sem armadura específica na base de cada
muro (para a situação mais desfavorável VRd,c,min correspondente ao mínimo esforço normal de compressão Nmin),
para a combinação fundamental de ações (ELU4).

154
VSd,base VRd,c,min
Muro
(kN/m) (kN/m)
norte 160,30 170,69
sul 172,63 172,91
este 163,62 182,63
oeste 159,79 181,09

Tabela 8. 40 Verificação da resistência ao esforço transverso, dos muros

8.7 DOBRA DE LAJE

A dobra na laje do piso 0 (figura 5.15), foi dimensionada como uma viga. Foram então calculadas as armaduras de
flexão e de esforço transverso, com base nos valores máximos dos esforços no comprimento total da dobra
(tabelas 8.41 e 8.42).

MSd As,adotado Configuração


Sinal µ As,Sd (cm2)
2
(kNm) (cm ) de varões
M+ 116,90 0,043 4,4 6,0 Ф
M- -350,80 0,129 14,2 14,7 Ф

Tabela 8. 41 Dimensionamento da dobra de laje em relação ao ELU de flexão

Asw/s Sd Asw/s Sd Configuração


VSd (kN)
2 2
(cm /m) (cm /m) de varões
598,90 14,2 22,6 RФ 2//0,10

Tabela 8. 42 Dimensionamento da dobra de laje em relação ao ELU de esforço transverso

155
9 CONCLUSÕES

A realização do presente trabalho revelou ser uma constante busca do cumprimento de objetivos intermédios
de projeto, cujo alcance foi conseguido sobretudo graças à perseverança necessária face às sucessivas
difi uldadesàe o t adas.àOàestadoàdeàespi itoàfoiàse p eàditadoàpelaà xi a:à se àp o le asà oàexisti ia à
e ge hei os .

Conseguiu-se dar uma resposta globalmente válida à necessidade de edificar uma estrutura peculiar, do ponto
de vista arquitetónico, numa zona de elevada sismicidade, desenvolvendo uma solução possível de ser
executada.

A primeira nota é, precisamente, relativa à exequibilidade do projeto arquitetónico sem alterações. Foi essa a
via escolhida ao longo do trabalho, um pouco em jeito de desafio, sem no entanto esquecer que num projeto
real a componente económica teria provavelmente prevalecido, levando a um diálogo com o arquiteto com o
fim de definir uma solução estrutural menos onerosa (taxas de armadura e secções dos pilares relativamente
elevadas);a adição de elementos resistentes verticais e vigas na periferia do edifício seria a solução mais sensata,
resolvendo simultaneamente as deficiências de ductilidade do sistema lajes fungiformes-pilares [1].

Analisando o presente documento, é fácil intuir o elevado dispêndio de tempo e atenção que caracterizaram a
fase do pré-dimensionamento; foi de facto crucial atingir nessa etapa resultados acurados, que tiveram que ser
alterados, no dimensionamento definitivo, apenas no que diz respeito à espessura das lajes do piso 13 e do
terraço. Somente a espessura das paredes do núcleo exigiu, na sua definição, um processo iterativo mais
complexo, baseado na análise de resultados do modelo de elementos finitos.

Alguns atritos surgiram ao nível da consulta e interpretação dos regulamentos vigentes, particularmente do
Eurocódigo8 [1]. Para além da complexidade e ambiguidade na definição de alguns parâmetros, é de salientar a
ausência de diretrizes específicas, para a análise sísmica de edifícios com lajes fungiformes. Note-se contudo que
a caracterização do comportamento sísmico de tais estruturas, é ainda um forte alvo de investigação, com
publicação periódica de avanços em tal sentido (American Concrete Institute [24] , American Society of Civil
Engineer [25], International Association for Earthquake Engineering [26], entre outros).

Resta evidenciar a importância dos programas informáticos de análise estrutural, sobretudo no domínio da
caracterização dos efeitos da ação sísmica, que foi pessoalmente testemunhada no decorrer do projeto.

156
REFERÊNCIAS

[1] NP EN 1998-1:2010. Eurocódigo8 - Projeto de estruturas para resistência aos sismos, parte 1 (regras
gerais, ações sísmicas e regras para edifícios), 2010.

[2] .otis. o , à[O li e].à[á edidoàe à à ].

[3] NP EN 1990:2009. Eurocódigo0 - Bases para o projeto de estruturas, 2009.

[4] NP EN 1991-1:2009. Eurocódigo1 - Ações em estruturas, parte 1-1 (ações gerais), 2009.

[5] NP EN1992-1-1:2010. Eurocódigo2 - Projeto de estruturas de betão, parte 1-1 (regras gerais e regras para
edificios), 2010.

[6] NP EN 1997-1:2010. Eurocódigo7 - Projeto geotécnico, parte 1 (regras gerais), 2010.

[7] DL nº 235/83. RSA - Regulamento de segurança e ações para estruturas de edifícios e pontes, 1983.

[8] DL nº 349-C/83. REBAP - Regulamento de estruturas de betão armado e pré-esforçado, 1983.

[9] C. Marchão e J. Appleton, Betão armado e pré-esforçado I (Folhas de apoio ás aulas), IST, 2011/2012.

[10] NP EN 206-1:2007. Betão, parte 1 (especificação, desempenho, produção e conformidade), 2007.

[11] J. E. Bowles, Foundation Analysis and Design, McGraw-Hill, 1997.

[12] C. Marchão e J. Appleton, Betão armado e pré-esforçado II (Folhas de apoio ás aulas), IST, 2011/2012.

[13] J. Guerra Martins, Betão Armado (Lajes fungiformes), ufp, 2009.

[14] P. Lança, Pré-dimensionamento de elementos estruturais em betão armado, ESTIG, 2009.

[15] P. Jiménez Montoya, Á. García Meseguer e F. Morán Cabré, Hormigón Armado, Gustavo Gili, SA, 2001.

[16] . sl. o , à[O li e].à[á edidoàe à à ].

[17] . a e. a heste .a .uk, à[O li e].à[Acedido em 8 2012].

[18] J. F. Almeida, Pré-esforço em estruturas de edifícios, IST, 2010.

[19] www.youtube.com/watch?v=EFBSV5y-fEg, à[O li e].à[Acedido em 8 2012].

[20] A. Ramos e V. Lúcio, Estruturas de betão armado II - Lajes fungiformes, UNL, 2006.

[21] M. Lopes (coordenador), Sismos e edifícios, ORION, 2008.

[22] ACI 352.1-R89 - Recommendations for Design of Slab-Column Connections in Monolithic Reinforced
Concrete Structures, 1997.

[23] J. Guerra Martins, Betão Armado (Lajes vigadas), ufp, 2009.

157
[24] áCI,à http:// . o ete.o g/, à[O li e].à

[25] á“CE,à http:// .as e.o g/, à[O li e].à

[26] IáEE,à http:// .iaee.o .jp/, à[O li e].à

158
ANEXOS
CÁLCULO DA ARMADURA DAS LAJES
ÍNDICE

Tabela A. 1 Pisos –2 e -1 armadura superior em x ....................................................................................... 5


Tabela A. 2 Pisos –2 e -1 armadura superior em y ..................................................................................... 11
Tabela A. 3 Pisos –2 e -1 armadura inferior em y ....................................................................................... 12
Tabela A. 4 Piso 0 exterior armadura superior em x .................................................................................. 17
Tabela A. 5 Piso 0 exterior armadura inferior em x .................................................................................... 17
Tabela A. 6 Piso 0 exterior armadura superior em y .................................................................................. 23
Tabela A. 7 Piso 0 exterior armadura inferior em y .................................................................................... 25
Tabela A. 8 Piso 0 interior armadura superior em x ................................................................................... 26
Tabela A. 9 Piso 0 interior armadura inferior em x .................................................................................... 26
Tabela A. 10 Piso 0 interior armadura superior em y ................................................................................. 28
Tabela A. 11 Piso 0 interior armadura inferior em y .................................................................................. 29
Tabela A. 12 Piso corrente armadura superior em x .................................................................................. 30
Tabela A. 13 Piso corrente armadura inferior em x ................................................................................... 31
Tabela A. 14 Piso corrente armadura superior em y .................................................................................. 32
Tabela A. 15 Piso corrente armadura inferior em y ................................................................................... 33
Tabela A. 16 Pisos 8 e 11 armadura superior em x .................................................................................... 34
Tabela A. 17 Pisos 8 e 11 armadura inferior em x ...................................................................................... 34
Tabela A. 18 Pisos 8 e 11 armadura superior em y .................................................................................... 35
Tabela A. 19 Pisos 8 e 11 armadura inferior em y ...................................................................................... 36
Tabela A. 20 Piso 13 armadura superior em x ............................................................................................ 37
Tabela A. 21 Piso 13 armadura inferior em x ............................................................................................. 38
Tabela A. 22 Piso 13 armadura superior em Y ............................................................................................ 40
Tabela A. 23 Piso 13 armadura inferior em Y ............................................................................................. 40
Tabela A. 24 Terraço armadura superior em x ........................................................................................... 42
Tabela A. 25 Terraço armadura inferior em x ............................................................................................ 43
Tabela A. 26 Terraço armadura superior em y ........................................................................................... 44
Tabela A. 27 Terraço armadura inferior em y ............................................................................................ 44
Tabela A. 28 Armadura de punçoamento .................................................................................................. 46
Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado
Banda-Secção Nó Configuração de varões
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
1 0,00 0,79 0,40 0,00084 3,3
2 0,79 0,79 0,79 0,00205 16,2
3 0,79 0,74 0,77 0,00341 26,1
C3 3,85 76,3 19,8 20,1 Ф // ,
4 0,74 0,77 0,76 0,00273 20,6
5 0,77 0,76 0,77 0,00115 8,8
6 0,76 0,00 0,38 0,00034 1,3
1 0,00 0,71 0,36 0,00046 1,6
2 0,71 0,41 0,56 0,00103 5,8
3 0,41 0,47 0,44 0,00171 7,5
4 0,47 0,34 0,41 0,00201 8,1
E3 4,00 45,0 11,2 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,34 0,65 0,50 0,00172 8,5
6 0,65 0,60 0,63 0,00140 8,8
7 0,60 0,59 0,60 0,00059 3,5
8 0,59 0,46 0,53 0,00022 1,1
1 0,32 0,59 0,46 0,00011 0,5
2 0,59 0,61 0,60 0,00042 2,5
3 0,61 0,66 0,64 0,00127 8,1
I3 4 0,66 0,34 0,50 0,00158 7,9 3,35 35,4 10,6 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,34 0,47 0,41 0,00151 6,1
6 0,47 0,52 0,50 0,00153 7,6
7 0,52 0,00 0,26 0,00101 2,6
1 0,58 0,59 0,59 0,00069 4,0
K3 2 0,59 0,69 0,64 0,00166 10,6 2,46 36,5 14,8 15,7 Ф // , +Ф // ,
3 0,69 0,65 0,67 0,00212 14,2

1
4 0,65 0,48 0,57 0,00134 7,6
1 0,00 0,79 0,40 0,00106 4,2
2 0,79 0,79 0,79 0,00238 18,8
3 0,79 0,74 0,77 0,00357 27,3
C5 3,85 80,7 21,0 25,8 Ф // , +Ф // ,
4 0,74 0,77 0,76 0,00272 20,5
5 0,77 0,76 0,77 0,00113 8,6
6 0,76 0,00 0,38 0,00035 1,3
1 0,00 0,71 0,36 0,00024 0,8
2 0,71 0,41 0,56 0,00077 4,3
3 0,41 0,47 0,44 0,00146 6,4
4 0,47 0,34 0,41 0,00211 8,6
E15 4,00 52,1 13,0 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,34 0,65 0,50 0,00211 10,5
6 0,65 0,60 0,63 0,00108 6,8
7 0,60 0,59 0,60 0,00141 8,4
8 0,59 0,46 0,53 0,00122 6,4
1 0,32 0,59 0,46 0,00161 7,3
2 0,59 0,61 0,60 0,00185 11,1
3 0,61 0,66 0,64 0,00146 9,3
I15 4 0,66 0,34 0,50 0,00219 10,9 3,35 56,1 16,7 20,1 Ф // ,
5 0,34 0,47 0,41 0,00212 8,6
6 0,47 0,52 0,50 0,00139 6,9
7 0,52 0,00 0,26 0,00074 1,9
1 0,58 0,59 0,59 0,00074 4,3
2 0,59 0,69 0,64 0,00180 11,5
K15 2,46 39,1 15,9 15,7 Ф // , +Ф // ,
3 0,69 0,65 0,67 0,00226 15,1
4 0,65 0,48 0,57 0,00143 8,1
1 0,32 0,59 0,46 0,00185 8,4
I17 3,35 54,1 16,1 20,1 Ф // ,
2 0,59 0,61 0,60 0,00140 8,4

2
3 0,61 0,66 0,64 0,00134 8,5
4 0,66 0,34 0,50 0,00159 7,9
5 0,34 0,47 0,41 0,00213 8,6
6 0,47 0,52 0,50 0,00199 9,9
7 0,52 0,00 0,26 0,00092 2,4
1 0,58 0,59 0,59 0,00080 4,7
2 0,59 0,69 0,64 0,00197 12,6
K17 2,46 42,1 17,1 20,1 Ф // ,
3 0,69 0,65 0,67 0,00248 16,6
4 0,65 0,48 0,57 0,00146 8,2
1 0,00 0,79 0,40 0,00106 4,2
2 0,79 0,79 0,79 0,00256 20,2
3 0,79 0,74 0,77 0,00371 28,4
C7 3,85 83,0 21,5 25,8 Ф // , +Ф // ,
4 0,74 0,77 0,76 0,00266 20,1
5 0,77 0,76 0,77 0,00113 8,7
6 0,76 0,00 0,38 0,00037 1,4
1 0,00 0,71 0,36 0,00020 0,7
2 0,71 0,41 0,56 0,00068 3,8
3 0,41 0,47 0,44 0,00132 5,8
4 0,47 0,34 0,41 0,00228 9,2
E19 4,00 50,3 12,6 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,34 0,65 0,50 0,00229 11,3
6 0,65 0,60 0,63 0,00096 6,0
7 0,60 0,59 0,60 0,00126 7,5
8 0,59 0,46 0,53 0,00111 5,8
1 0,32 0,59 0,46 0,00156 7,1
2 0,59 0,61 0,60 0,00178 10,7
I19 3,35 53,7 16,0 20,1 Ф // ,
3 0,61 0,66 0,64 0,00135 8,6
4 0,66 0,34 0,50 0,00211 10,6

3
5 0,34 0,47 0,41 0,00206 8,3
6 0,47 0,52 0,50 0,00134 6,6
7 0,52 0,00 0,26 0,00071 1,8
1 0,58 0,59 0,59 0,00073 4,3
2 0,59 0,69 0,64 0,00180 11,5
K19 2,46 39,0 15,8 20,1 Ф // ,
3 0,69 0,65 0,67 0,00228 15,3
4 0,65 0,48 0,57 0,00139 7,9
1 0,00 0,79 0,40 0,00121 4,8
2 0,79 0,79 0,79 0,00282 22,3
3 0,79 0,74 0,77 0,00428 32,7
C9 3,85 95,4 24,8 25,8 Ф // , +Ф // ,
4 0,74 0,77 0,76 0,00316 23,8
5 0,77 0,76 0,77 0,00134 10,3
6 0,76 0,00 0,38 0,00039 1,5
1 0,00 0,71 0,36 0,00021 0,7
2 0,71 0,41 0,56 0,00070 3,9
3 0,41 0,47 0,44 0,00138 6,1
4 0,47 0,34 0,41 0,00216 8,7
E21 4,00 44,7 11,2 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,34 0,65 0,50 0,00216 10,7
6 0,65 0,60 0,63 0,00159 9,9
7 0,60 0,59 0,60 0,00062 3,7
8 0,59 0,46 0,53 0,00018 1,0
1 0,44 0,39 0,42 0,00019 0,8
2 0,39 0,60 0,50 0,00058 2,9
3 0,60 0,68 0,64 0,00157 10,1
G21 4 0,68 0,66 0,67 0,00191 12,8 3,85 41,3 10,7 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,66 0,67 0,67 0,00158 10,5
6 0,67 0,63 0,65 0,00057 3,7
7 0,63 0,00 0,32 0,00016 0,5

4
1 0,32 0,59 0,46 0,00015 0,7
2 0,59 0,61 0,60 0,00057 3,4
3 0,61 0,66 0,64 0,00152 9,7
I21 4 0,66 0,34 0,50 0,00186 9,3 3,35 36,2 10,8 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,34 0,47 0,41 0,00165 6,7
6 0,47 0,52 0,50 0,00105 5,2
7 0,52 0,00 0,26 0,00050 1,3
1 0,58 0,59 0,59 0,00062 3,6
2 0,59 0,69 0,64 0,00155 9,9
K21 2,46 33,7 13,7 15,7 Ф // , +Ф // ,
3 0,69 0,65 0,67 0,00198 13,3
4 0,65 0,48 0,57 0,00122 6,9

Tabela A. 1 Pisos –2 e -1 armadura superior em x

Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado
Banda-Secção Nó Configuração de varões
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
1 0,00 0,52 0,26 0,00109 2,84
2 0,52 0,48 0,50 0,00113 5,67
3 0,48 0,57 0,53 0,00117 6,15
4 0,57 0,62 0,60 0,00120 7,15
8A 5 0,62 0,56 0,59 0,00121 7,16 4,38 51,5 11,8 15,7 Ф // , +Ф // ,
6 0,56 0,53 0,55 0,00121 6,58
7 0,53 0,57 0,55 0,00120 6,57
8 0,57 0,69 0,63 0,00116 7,31
9 0,19 0,19 0,19 0,00113 2,09
1 0,32 0,69 0,51 0,00113 5,72
9A 2 0,69 0,63 0,66 0,00109 7,21 4,11 44,4 10,8 15,7 Ф // , +Ф // ,
3 0,63 0,58 0,61 0,00108 6,53

5
4 0,58 0,53 0,56 0,00103 5,71
5 0,53 0,55 0,54 0,00104 5,61
6 0,55 0,42 0,49 0,00107 5,20
7 0,42 0,55 0,49 0,00110 5,31
8 0,55 0,00 0,28 0,00112 3,09
1 0,00 0,62 0,31 0,00044 1,37
2 0,62 0,56 0,59 0,00148 8,73
3 0,56 0,68 0,62 0,00334 20,73
3C 4 0,68 0,66 0,67 0,00443 29,67 4,07 92,3 22,7 25,8 Ф // , +Ф // ,
5 0,66 0,48 0,57 0,00343 19,56
6 0,48 0,69 0,59 0,00157 9,19
7 0,69 0,76 0,73 0,00043 3,08
1 0,00 0,62 0,31 0,00046 1,41
2 0,62 0,69 0,66 0,00151 9,86
3 0,69 0,78 0,74 0,00361 26,51
5C 4 0,78 0,67 0,73 0,00475 34,42 3,81 100,6 26,4 25,8 Ф // , +Ф // ,
5 0,67 0,42 0,55 0,00336 18,31
6 0,42 0,63 0,53 0,00162 8,48
7 0,63 0,00 0,32 0,00051 1,59
1 0,48 0,16 0,32 0,00048 1,55
2 0,16 0,48 0,32 0,00057 1,82
3 0,48 0,56 0,52 0,00169 8,80
4 0,56 0,60 0,58 0,00370 21,43
7C 5 0,60 0,48 0,54 0,00509 27,50 4,10 98,8 24,1 25,8 Ф // , +Ф // ,
6 0,48 0,66 0,57 0,00408 23,28
7 0,66 0,46 0,56 0,00189 10,60
8 0,46 0,46 0,46 0,00061 2,82
9 0,46 0,00 0,23 0,00044 1,02

6
1 0,32 0,69 0,51 0,00065 3,26
2 0,69 0,63 0,66 0,00224 14,78
3 0,63 0,58 0,61 0,00473 28,63
4 0,58 0,53 0,56 0,00610 33,88
9C 4,11 122,3 29,8 31,4 Ф // ,
5 0,53 0,55 0,54 0,00476 25,68
6 0,55 0,42 0,49 0,00225 10,91
7 0,42 0,55 0,49 0,00076 3,70
8 0,55 0,00 0,28 0,00054 1,49
1 0,00 0,66 0,33 0,00143 4,71
2 0,66 0,48 0,57 0,00143 8,16
3E 2,21 44,1 20,0 20,1 Ф // ,
3 0,48 0,69 0,59 0,00247 14,46
4 0,69 0,76 0,73 0,00232 16,82
1 0,16 0,16 0,16 0,00036 0,56
2 0,67 0,49 0,58 0,00124 7,19
3 0,49 0,58 0,54 0,00270 14,45
15E 2,67 60,9 22,8 25,8 Ф // , +Ф // ,
4 0,58 0,68 0,63 0,00373 23,47
5 0,68 0,61 0,65 0,00221 14,25
6 0,13 0,13 0,13 0,00077 0,96
1 0,18 0,18 0,18 0,00117 2,04
2 0,57 0,55 0,56 0,00292 16,36
3 0,55 0,63 0,59 0,00438 25,85
19E 2,66 70,9 26,7 25,8 Ф // , +Ф // ,
4 0,63 0,56 0,60 0,00318 18,90
5 0,56 0,46 0,51 0,00134 6,85
6 0,46 0,00 0,23 0,00041 0,95
1 0,00 0,63 0,32 0,00293 9,22
21E 2 0,63 0,41 0,52 0,00339 17,62 3,07 96,4 31,4 31,4 Ф // ,
3 0,41 0,48 0,45 0,00254 11,28

7
4 0,48 0,70 0,59 0,00246 14,52
5 0,70 0,56 0,63 0,00383 24,12
6 0,56 0,58 0,57 0,00345 19,68
1 0,00 0,66 0,33 0,00101 3,33
2 0,66 0,48 0,57 0,00147 8,35
3G 2,21 37,7 17,1 20,1 Ф // ,
3 0,48 0,69 0,59 0,00210 12,31
4 0,69 0,76 0,73 0,00189 13,72
1 0,16 0,16 0,16 0,00087 1,35
2 0,67 0,49 0,58 0,00205 11,91
3 0,49 0,58 0,54 0,00228 12,21
15G 2,67 49,8 18,7 20,1 Ф // ,
4 0,58 0,68 0,63 0,00170 10,70
5 0,68 0,61 0,65 0,00185 11,90
6 0,13 0,13 0,13 0,00142 1,78
1 0,18 0,18 0,18 0,00153 2,68
2 0,57 0,55 0,56 0,00192 10,75
3 0,55 0,63 0,59 0,00170 10,00
19G 2,66 47,5 17,8 20,1 Ф // ,
4 0,63 0,56 0,60 0,00212 12,63
5 0,56 0,46 0,51 0,00187 9,54
6 0,46 0,00 0,23 0,00080 1,85
1 0,00 0,63 0,32 0,00215 6,78
2 0,63 0,41 0,52 0,00249 12,96
3 0,41 0,48 0,45 0,00205 9,13
21G 3,07 76,9 25,0 25,8 Ф // , +Ф // ,
4 0,48 0,70 0,59 0,00209 12,35
5 0,70 0,56 0,63 0,00310 19,54
6 0,56 0,58 0,57 0,00283 16,11
1 0,00 0,66 0,33 0,00354 11,68
3I 2,21 54,3 24,6 25,8 Ф // , +Ф // ,
2 0,66 0,48 0,57 0,00209 11,90

8
3 0,48 0,69 0,59 0,00253 14,80
4 0,69 0,76 0,73 0,00220 15,93
1 0,16 0,16 0,16 0,00025 0,39
2 0,67 0,49 0,58 0,00079 4,60
3 0,49 0,58 0,54 0,00193 10,30
15I 4 0,58 0,68 0,63 0,00269 16,96 3,34 48,0 14,4 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,68 0,62 0,65 0,00167 10,88
6 0,62 0,82 0,72 0,00066 4,77
7 0,07 0,07 0,07 0,00015 0,11
1 0,00 0,55 0,28 0,00019 0,51
2 0,55 0,54 0,55 0,00057 3,12
3 0,54 0,64 0,59 0,00161 9,49
4 0,64 0,49 0,57 0,00195 11,01
17I 3,51 38,5 11,0 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,49 0,53 0,51 0,00170 8,68
6 0,53 0,17 0,35 0,00097 3,38
7 0,17 0,39 0,28 0,00057 1,60
8 0,39 0,40 0,40 0,00017 0,67
1 0,00 0,55 0,28 0,00026 0,71
2 0,55 0,57 0,56 0,00076 4,27
3 0,57 0,55 0,56 0,00211 11,83
19I 4 0,55 0,63 0,59 0,00260 15,33 3,32 47,3 14,2 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,63 0,56 0,60 0,00185 10,98
6 0,56 0,46 0,51 0,00071 3,60
7 0,46 0,00 0,23 0,00023 0,53
1 0,00 0,63 0,32 0,00227 7,16
21I 2 0,63 0,41 0,52 0,00258 13,43 3,07 74,3 24,2 25,8 Ф // , +Ф // ,
3 0,41 0,48 0,45 0,00191 8,49

9
4 0,48 0,70 0,59 0,00184 10,87
5 0,70 0,56 0,63 0,00297 18,69
6 0,56 0,58 0,57 0,00275 15,69
1 0,00 0,62 0,31 0,00008 0,26
2 0,62 0,56 0,59 0,00075 4,44
3 0,56 0,68 0,62 0,00195 12,11
3K 4 0,68 0,66 0,67 0,00262 17,52 4,07 50,4 12,4 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,66 0,48 0,57 0,00176 10,05
6 0,48 0,69 0,59 0,00075 4,38
7 0,69 0,76 0,73 0,00023 1,64
1 0,16 0,16 0,16 0,00025 0,39
2 0,67 0,49 0,58 0,00092 5,32
3 0,49 0,58 0,54 0,00215 11,51
15K 4 0,58 0,68 0,63 0,00285 17,96 3,34 53,2 15,9 20,1 Ф // ,
5 0,68 0,62 0,65 0,00197 12,81
6 0,62 0,82 0,72 0,00071 5,08
7 0,07 0,07 0,07 0,00014 0,10
1 0,00 0,55 0,28 0,00029 0,81
2 0,55 0,54 0,55 0,00093 5,07
3 0,54 0,64 0,59 0,00228 13,46
4 0,64 0,49 0,57 0,00314 17,72
17K 3,51 58,7 16,7 20,1 Ф // ,
5 0,49 0,53 0,51 0,00243 12,40
6 0,53 0,17 0,35 0,00159 5,56
7 0,17 0,39 0,28 0,00091 2,55
8 0,39 0,40 0,40 0,00030 1,17
1 0,00 0,55 0,28 0,00026 0,71
19K 3,32 53,1 16,0 20,1 Ф // ,
2 0,55 0,57 0,56 0,00087 4,86

10
3 0,57 0,55 0,56 0,00217 12,15
4 0,55 0,63 0,59 0,00293 17,26
5 0,63 0,56 0,60 0,00217 12,89
6 0,56 0,46 0,51 0,00091 4,66
7 0,46 0,00 0,23 0,00024 0,56
1 0,00 0,63 0,32 0,00007 0,23
2 0,63 0,41 0,52 0,00021 1,09
3 0,41 0,48 0,45 0,00072 3,19
21K 3,07 41,5 13,5 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,48 0,70 0,59 0,00177 10,46
5 0,70 0,56 0,63 0,00254 15,97
6 0,56 0,58 0,57 0,00185 10,55

Tabela A. 2 Pisos –2 e -1 armadura superior em y

Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado Configuração de
Banda-Secção Nó
(m) (cm2)
(m) (m) (m2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m) varões

1 0,00 0,52 0,26 0,00062 1,6

2 0,52 0,48 0,50 0,00061 3,1

3 0,48 0,57 0,53 0,00057 3,0


8D 4,38 27,4 6,3 10,1 Ф // ,
4 0,57 0,62 0,60 0,00054 3,2

5 0,62 0,56 0,59 0,00061 3,6

6 0,56 0,53 0,55 0,00066 3,6

11
7 0,53 0,57 0,55 0,00069 3,8

8 0,57 0,69 0,63 0,00069 4,4

9 0,19 0,19 0,19 0,00065 1,2

1 0,32 0,69 0,51 0,00070 3,5

2 0,69 0,63 0,66 0,00066 4,4

3 0,63 0,58 0,61 0,00062 3,7

4 0,58 0,53 0,56 0,00069 3,8


9D 4,11 28,4 6,9 10,1 Ф // ,
5 0,53 0,55 0,54 0,00072 3,9

6 0,55 0,42 0,49 0,00074 3,6

7 0,42 0,55 0,49 0,00073 3,5

8 0,55 0,00 0,28 0,00070 1,9

Tabela A. 3 Pisos –2 e -1 armadura inferior em y

12
Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado
Banda-Secção Nó Configuração de varões
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
1 0,74 0,63 0,69 0,00109 7,5
2 0,63 0,68 0,66 0,00114 7,5
3 0,68 0,65 0,67 0,00117 7,8
D1 3,65 42,2 11,6 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,65 0,69 0,67 0,00118 7,9
5 0,69 0,63 0,66 0,00119 7,8
6 0,63 0,00 0,32 0,00119 3,8
1 0,00 0,64 0,32 0,00119 3,8
2 0,64 0,54 0,59 0,00118 7,0
3 0,54 0,54 0,54 0,00118 6,4
4 0,54 0,49 0,52 0,00116 6,0
5 0,49 0,43 0,46 0,00116 5,3
6 0,43 0,33 0,38 0,00115 4,4
7 0,33 0,62 0,48 0,00115 5,5
8 0,62 0,76 0,69 0,00115 8,0
E1 8,56 105,5 12,3 15,7 Ф // , +Ф // ,
9 0,76 0,44 0,60 0,00116 6,9
10 0,44 0,59 0,52 0,00116 6,0
11 0,59 0,77 0,68 0,00118 8,0
12 0,77 0,77 0,77 0,00120 9,2
13 0,77 0,56 0,67 0,00124 8,3
14 0,56 0,56 0,56 0,00133 7,4
15 0,56 0,52 0,54 0,00158 8,5
16 0,52 0,00 0,26 0,00185 4,8
1 0,00 0,79 0,40 0,00168 6,6
C3 2 0,79 0,79 0,79 0,00362 28,6 3,40 136,5 40,1 40,21 Ф // ,
3 0,79 0,74 0,77 0,00739 56,5

13
4 0,74 0,77 0,76 0,00422 31,9
5 0,77 0,62 0,70 0,00186 12,9
1 0,00 0,64 0,32 0,00168 5,4
2 0,64 0,54 0,59 0,00250 14,8
3 0,54 0,54 0,54 0,00185 10,0
4 0,54 0,49 0,52 0,00111 5,7
5 0,49 0,43 0,46 0,00115 5,3
6 0,43 0,33 0,38 0,00157 6,0
7 0,33 0,62 0,48 0,00192 9,1
8 0,62 0,76 0,69 0,00196 13,5
9 0,76 0,44 0,60 0,00175 10,5
10 0,44 0,59 0,52 0,00169 8,7
11 0,59 0,77 0,68 0,00166 11,3
12 0,77 0,77 0,77 0,00165 12,7
E3 13 0,77 0,56 0,67 0,00165 10,9 19,91 229,5 11,5 15,7 Ф // , +Ф // ,
14 0,56 0,56 0,56 0,00163 9,1
15 0,56 0,52 0,54 0,00162 8,8
16 0,52 0,39 0,46 0,00160 7,3
17 0,39 0,62 0,51 0,00164 8,3
18 0,62 0,70 0,66 0,00170 11,2
19 0,70 0,62 0,66 0,00148 9,7
20 0,62 0,70 0,66 0,00153 10,1
21 0,70 0,76 0,73 0,00120 8,8
22 0,76 0,48 0,62 0,00095 5,9
23 0,48 0,70 0,59 0,00072 4,3
24 0,70 0,77 0,74 0,00049 3,6
25 0,77 0,75 0,76 0,00036 2,7

14
26 0,75 0,57 0,66 0,00028 1,9
27 0,57 0,60 0,59 0,00025 1,5
28 0,60 0,63 0,62 0,00025 1,5
29 0,63 0,65 0,64 0,00028 1,8
30 0,65 0,34 0,50 0,00062 3,1
31 0,34 0,46 0,40 0,00036 1,4
32 0,46 0,43 0,45 0,00005 0,2
33 0,43 0,55 0,49 0,00016 0,8
34 0,55 0,63 0,59 0,00036 2,1
35 0,63 0,00 0,32 0,00048 1,5
1 0,00 0,79 0,40 0,00181 7,2
2 0,79 0,79 0,79 0,00395 31,2
C5 3 0,79 0,74 0,77 0,00719 55,0 3,40 135,4 39,8 40,21 Ф // ,
4 0,74 0,77 0,76 0,00393 29,7
5 0,77 0,62 0,70 0,00178 12,4
1 0,00 0,55 0,28 0,00126 3,5
2 0,55 0,71 0,63 0,00292 18,4
G15 2,11 69,2 32,8 40,21 Ф // ,
3 0,71 0,62 0,67 0,00498 33,1
4 0,62 0,46 0,54 0,00265 14,3
1 0,00 0,55 0,28 0,00127 3,5
2 0,55 0,71 0,63 0,00301 19,0
G17 2,11 73,1 34,6 40,21 Ф // ,
3 0,71 0,62 0,67 0,00545 36,2
4 0,62 0,46 0,54 0,00267 14,4
1 0,00 0,79 0,40 0,00173 6,8
2 0,79 0,79 0,79 0,00405 32,0
C7 3,40 136,8 40,2 40,21 Ф // ,
3 0,79 0,74 0,77 0,00763 58,3
4 0,74 0,77 0,76 0,00359 27,1

15
5 0,77 0,62 0,70 0,00181 12,6
1 0,00 0,55 0,28 0,00122 3,3
2 0,55 0,71 0,63 0,00277 17,5
G19 2,11 66,8 31,7 40,21 Ф // ,
3 0,71 0,62 0,67 0,00491 32,7
4 0,62 0,46 0,54 0,00247 13,3
1 0,00 0,79 0,40 0,00224 8,9
2 0,79 0,79 0,79 0,00481 38,0
C9 3 0,79 0,74 0,77 0,00945 72,3 3,40 171,5 50,4 51,53 Ф // , +Ф // ,
4 0,74 0,77 0,76 0,00486 36,7
5 0,77 0,62 0,70 0,00225 15,6
1 0,00 0,55 0,28 0,00103 2,8
2 0,55 0,71 0,63 0,00252 15,8
G21 2,11 60,6 28,7 40,21 Ф // ,
3 0,71 0,62 0,67 0,00444 29,6
4 0,62 0,46 0,54 0,00229 12,4
1 0,00 0,75 0,38 0,00069 2,6
2 0,75 0,77 0,76 0,00095 7,2
3 0,77 0,70 0,74 0,00112 8,2
4 0,70 0,76 0,73 0,00124 9,0
B12 4,54 53,0 11,7 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,76 0,55 0,66 0,00131 8,6
6 0,55 0,55 0,55 0,00134 7,4
7 0,55 0,46 0,51 0,00136 6,9
8 0,46 0,00 0,23 0,00137 3,2
1 0,00 0,79 0,40 0,00137 5,4
2 0,79 0,79 0,79 0,01376 108,7
C12 3 0,79 0,74 0,77 0,00138 10,6 3,40 144,7 42,5 51,53 Ф // , +Ф // , +
4 0,74 0,77 0,76 0,00138 10,4
5 0,77 0,62 0,70 0,00137 9,5

16
1 0,74 0,63 0,69 0,00135 9,2
2 0,63 0,68 0,66 0,00130 8,5
3 0,68 0,65 0,67 0,00126 8,3
D12 3,65 44,6 12,2 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,65 0,69 0,67 0,00119 8,0
5 0,69 0,63 0,66 0,00111 7,3
6 0,63 0,00 0,32 0,00100 3,1

Tabela A. 4 Piso 0 exterior armadura superior em x

Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado
Banda-Secção Nó Configuração de varões
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
1 0,00 0,79 0,40 0,00115 4,6
2 0,79 0,79 0,79 0,00116 9,2
C10 3 0,79 0,74 0,77 0,00111 8,5 3,40 37,8 11,1 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,74 0,77 0,76 0,00107 8,1
5 0,77 0,62 0,70 0,00109 7,5

Tabela A. 5 Piso 0 exterior armadura inferior em x

As,Ed
Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Sd banda As,Sd As,adotado
Banda-Secção Nó *L
nó influencia Lbanda(m) Configuração de varões
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
(cm2)
1 0,50 0,56 0,53 0,00108 5,7
2 0,56 0,63 0,60 0,00115 6,8
3 0,63 0,56 0,60 0,00119 7,1
6A 4 0,56 0,41 0,49 0,00122 5,9 4,37 50,9 11,6 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,41 0,55 0,48 0,00121 5,8
6 0,55 0,61 0,58 0,00119 6,9
7 0,61 0,50 0,56 0,00116 6,4

17
8 0,50 0,60 0,55 0,00112 6,2
1 0,48 0,16 0,32 0,00109 3,5
2 0,16 0,48 0,32 0,00108 3,5
3 0,48 0,56 0,52 0,00107 5,5
4 0,56 0,60 0,58 0,00107 6,2
7A 5 0,60 0,48 0,54 0,00109 5,9 4,10 46,4 11,3 15,7 Ф // , +Ф // ,
6 0,48 0,66 0,57 0,00113 6,4
7 0,66 0,46 0,56 0,00119 6,7
8 0,46 0,46 0,46 0,00124 5,7
9 0,46 0,00 0,23 0,00129 3,0
1 0,00 0,52 0,26 0,00129 3,3
2 0,52 0,48 0,50 0,00132 6,6
3 0,48 0,57 0,53 0,00135 7,1
4 0,57 0,62 0,60 0,00137 8,2
8A 5 0,62 0,56 0,59 0,00136 8,0 4,38 58,0 13,3 15,7 Ф // , +Ф // ,
6 0,56 0,53 0,55 0,00134 7,3
7 0,53 0,57 0,55 0,00131 7,2
8 0,57 0,69 0,63 0,00127 8,0
9 0,19 0,19 0,19 0,00123 2,3
1 0,32 0,69 0,51 0,00123 6,2
2 0,69 0,63 0,66 0,00119 7,8
3 0,63 0,58 0,61 0,00117 7,1
4 0,58 0,53 0,56 0,00115 6,4
9A 4,11 49,8 12,1 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,53 0,55 0,54 0,00118 6,4
6 0,55 0,42 0,49 0,00125 6,0
7 0,42 0,55 0,49 0,00129 6,2
8 0,55 0,00 0,28 0,00134 3,7

18
1 0,00 0,65 0,33 0,00134 4,3
2 0,65 0,55 0,60 0,00140 8,4
3 0,55 0,61 0,58 0,00144 8,4
4 0,61 0,69 0,65 0,00145 9,5
10A 4,97 63,6 12,8 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,69 0,77 0,73 0,00142 10,4
6 0,77 0,69 0,73 0,00131 9,5
7 0,69 0,76 0,73 0,00112 8,1
8 0,76 0,50 0,63 0,00080 5,1
1 0,00 0,62 0,31 0,00065 2,0
2 0,62 0,56 0,59 0,00242 14,3
3 0,56 0,68 0,62 0,00530 32,9
3C 4 0,68 0,66 0,67 0,00875 58,6 3,89 156,2 40,1 40,2 Ф // ,
5 0,66 0,48 0,57 0,00510 29,1
6 0,48 0,69 0,59 0,00255 14,9
7 0,69 0,40 0,55 0,00080 4,3
1 0,00 0,62 0,31 0,00072 2,2
2 0,62 0,69 0,66 0,00212 13,9
3 0,69 0,78 0,74 0,00476 35,0
5C 4 0,78 0,67 0,73 0,00860 62,4 4,10 158,0 38,5 40,2 Ф // ,
5 0,67 0,42 0,55 0,00484 26,4
6 0,42 0,61 0,52 0,00255 13,1
7 0,61 0,62 0,62 0,00083 5,1
1 0,48 0,16 0,32 0,00076 2,4
2 0,16 0,48 0,32 0,00091 2,9
7C 3 0,48 0,56 0,52 0,00256 13,3 4,10 156,8 38,2 40,2 Ф // ,
4 0,56 0,60 0,58 0,00561 32,5
5 0,60 0,48 0,54 0,00913 49,3

19
6 0,48 0,66 0,57 0,00606 34,6
7 0,66 0,46 0,56 0,00276 15,5
8 0,46 0,46 0,46 0,00102 4,7
9 0,46 0,00 0,23 0,00072 1,7
1 0,32 0,69 0,51 0,00122 6,2
2 0,69 0,63 0,66 0,00373 24,6
3 0,63 0,58 0,61 0,00763 46,2
4 0,58 0,53 0,56 0,01181 65,6
9C 4,11 211,4 51,4 51,5 Ф // , +Ф // ,
5 0,53 0,55 0,54 0,00775 41,8
6 0,55 0,42 0,49 0,00369 17,9
7 0,42 0,55 0,49 0,00136 6,6
8 0,55 0,00 0,28 0,00095 2,6
1 0,50 0,56 0,53 0,00135 7,2
2 0,56 0,63 0,60 0,00116 6,9
3 0,63 0,56 0,60 0,00163 9,7
4 0,56 0,41 0,49 0,00167 8,1
6E 4,37 64,9 14,8 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,41 0,55 0,48 0,00158 7,6
6 0,55 0,61 0,58 0,00156 9,0
7 0,61 0,50 0,56 0,00153 8,5
8 0,50 0,60 0,55 0,00144 7,9
1 0,34 0,69 0,52 0,00116 6,0
2 0,69 0,63 0,66 0,00139 9,2
3 0,63 0,53 0,58 0,00174 10,1
9E 4 0,53 0,57 0,55 0,00198 10,9 7,13 162,2 22,7 25,8 Ф // , +Ф // ,
5 0,57 0,57 0,57 0,00227 12,9
6 0,57 0,41 0,49 0,00279 13,7
7 0,41 0,49 0,45 0,00263 11,9

20
8 0,49 0,69 0,59 0,00267 15,7
9 0,69 0,55 0,62 0,00367 22,8
10 0,55 0,63 0,59 0,00327 19,3
11 0,63 0,69 0,66 0,00257 16,9
12 0,69 1,02 0,86 0,00151 12,9
1 0,00 0,78 0,39 0,00105 4,1
2 0,78 0,70 0,74 0,00107 7,9
3 0,70 0,62 0,66 0,00103 6,8
14E 3,50 39,6 11,3 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,62 0,69 0,66 0,00111 7,3
5 0,69 0,71 0,70 0,00124 8,7
6 0,71 0,00 0,36 0,00137 4,9
1 0,00 0,60 0,30 0,00137 4,1
2 0,60 0,49 0,55 0,00145 7,9
3 0,49 0,58 0,54 0,00172 9,2
15E 3,50 52,2 14,9 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,58 0,68 0,63 0,00159 10,0
5 0,68 0,76 0,72 0,00160 11,5
6 0,76 0,78 0,77 0,00122 9,4
1 0,28 0,46 0,37 0,00138 5,1
2 0,46 0,57 0,52 0,00155 8,0
3 0,57 0,55 0,56 0,00190 10,6
19E 4 0,55 0,63 0,59 0,00188 11,1 3,48 59,7 17,2 20,1 Ф // ,
5 0,63 0,56 0,60 0,00191 11,4
6 0,56 0,57 0,57 0,00164 9,3
7 0,57 0,00 0,29 0,00150 4,3
1 0,00 0,66 0,33 0,00150 4,9
20E 2 0,66 0,70 0,68 0,00140 9,5 3,51 50,3 14,3 20,1 Ф // ,
3 0,70 0,63 0,67 0,00125 8,3

21
4 0,63 0,54 0,59 0,00130 7,6
5 0,54 0,56 0,55 0,00147 8,1
6 0,56 0,56 0,56 0,00167 9,3
7 0,14 0,14 0,14 0,00178 2,5
1 0,30 0,41 0,36 0,00177 6,3
2 0,41 0,49 0,45 0,00172 7,8
3 0,49 0,71 0,60 0,00178 10,7
21E 4 0,71 0,55 0,63 0,00227 14,3 4,13 70,7 17,1 20,1 Ф // ,
5 0,55 0,62 0,59 0,00208 12,2
6 0,62 0,77 0,70 0,00179 12,4
7 0,77 0,86 0,82 0,00086 7,0
1 0,00 0,60 0,30 0,00036 1,1
2 0,60 0,49 0,55 0,00146 7,9
3 0,49 0,58 0,54 0,00330 17,7
15G 3,50 91,8 26,2 40,2 Ф // ,
4 0,58 0,68 0,63 0,00573 36,1
5 0,68 0,76 0,72 0,00276 19,8
6 0,76 0,78 0,77 0,00120 9,2
1 0,00 0,55 0,28 0,00059 1,6
2 0,55 0,54 0,55 0,00168 9,2
3 0,54 0,64 0,59 0,00379 22,4
4 0,64 0,49 0,57 0,00665 37,6
17G 3,49 110,0 31,5 40,2 Ф // ,
5 0,49 0,53 0,51 0,00418 21,3
6 0,53 0,17 0,35 0,00279 9,8
7 0,17 0,57 0,37 0,00175 6,5
8 0,57 0,00 0,29 0,00060 1,7
1 0,28 0,46 0,37 0,00059 2,2
19G 3,48 92,7 26,6 40,2 Ф // ,
2 0,46 0,57 0,52 0,00148 7,6

22
3 0,57 0,55 0,56 0,00320 17,9
4 0,55 0,63 0,59 0,00585 34,5
5 0,63 0,56 0,60 0,00344 20,4
6 0,56 0,57 0,57 0,00156 8,8
7 0,57 0,00 0,29 0,00043 1,2
1 0,28 0,41 0,35 0,00047 1,6
2 0,41 0,48 0,45 0,00132 5,9
3 0,48 0,70 0,59 0,00277 16,3
21G 3,15 82,4 26,2 40,2 Ф // ,
4 0,70 0,56 0,63 0,00538 33,9
5 0,56 0,61 0,59 0,00301 17,6
6 0,61 0,50 0,56 0,00128 7,1

Tabela A. 6 Piso 0 exterior armadura superior em y

Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado
Banda-Secção Nó Configuração de varões
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
1 0,48 0,16 0,32 0,00106 3,4
2 0,16 0,48 0,32 0,00106 3,4
3 0,48 0,56 0,52 0,00103 5,4
4 0,56 0,60 0,58 0,00102 5,9
7B 5 0,60 0,48 0,54 0,00094 5,1 4,10 41,6 10,2 15,7 Ф // , +Ф // ,
6 0,48 0,66 0,57 0,00095 5,4
7 0,66 0,46 0,56 0,00104 5,8
8 0,46 0,46 0,46 0,00106 4,9
9 0,46 0,00 0,23 0,00105 2,4
1 0,00 0,52 0,26 0,00105 2,7
8B 2 0,52 0,48 0,50 0,00102 5,1 4,38 44,4 10,1 15,7 Ф // , +Ф // ,
3 0,48 0,57 0,53 0,00097 5,1

23
4 0,57 0,62 0,60 0,00089 5,3
5 0,62 0,56 0,59 0,00092 5,4
6 0,56 0,53 0,55 0,00100 5,5
7 0,53 0,57 0,55 0,00108 5,9
8 0,57 0,69 0,63 0,00114 7,2
9 0,19 0,19 0,19 0,00117 2,2
1 0,32 0,69 0,51 0,00117 5,9
2 0,69 0,63 0,66 0,00112 7,4
3 0,63 0,58 0,61 0,00102 6,2
4 0,58 0,53 0,56 0,00106 5,9
9B 4,11 47,9 11,7 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,53 0,55 0,54 0,00121 6,6
6 0,55 0,42 0,49 0,00128 6,2
7 0,42 0,55 0,49 0,00130 6,3
8 0,55 0,00 0,28 0,00128 3,5
1 0,00 0,52 0,26 0,00100 2,6
2 0,52 0,48 0,50 0,00098 4,9
3 0,48 0,57 0,53 0,00094 4,9
4 0,57 0,62 0,60 0,00085 5,0
8D 5 0,62 0,56 0,59 0,00099 5,9 4,38 46,7 10,7 15,7 Ф // , +Ф // ,
6 0,56 0,53 0,55 0,00112 6,1
7 0,53 0,57 0,55 0,00122 6,7
8 0,57 0,69 0,63 0,00129 8,1
9 0,19 0,19 0,19 0,00131 2,4
1 0,32 0,69 0,51 0,00131 6,6
2 0,69 0,63 0,66 0,00126 8,3
9D 4,11 49,9 12,1 15,7 Ф // , +Ф // ,
3 0,63 0,58 0,61 0,00117 7,1
4 0,58 0,53 0,56 0,00113 6,3

24
5 0,53 0,55 0,54 0,00120 6,5
6 0,55 0,42 0,49 0,00123 6,0
7 0,42 0,55 0,49 0,00122 5,9
8 0,55 0,00 0,28 0,00117 3,2

Tabela A. 7 Piso 0 exterior armadura inferior em y

Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado
Banda-Secção Nó Configuração de varões
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
1 0,00 0,32 0,16 0,00226 3,6
2 0,32 0,63 0,48 0,00218 10,4
A1,9 e E1,9 3 0,63 0,65 0,64 0,00125 8,0 2,48 27,1 10,9 11,3 Ф // ,
4 0,65 0,58 0,62 0,00052 3,2
5 0,58 0,60 0,59 0,00033 1,9
1 0,54 0,37 0,46 0,00085 3,8
2 0,37 0,64 0,51 0,00090 4,6
3 0,64 0,62 0,63 0,00183 11,6
C1,9 4 0,62 0,70 0,66 0,00291 19,2 3,85 59,1 15,4 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,70 0,70 0,70 0,00184 12,9
6 0,70 0,55 0,63 0,00085 5,3
7 0,55 0,00 0,28 0,00066 1,8
1 0,54 0,37 0,46 0,00015 0,7
2 0,37 0,64 0,51 0,00031 1,6
3 0,64 0,62 0,63 0,00102 6,4
C3,7 4 0,62 0,70 0,66 0,00144 9,5 3,85 27,5 7,1 10,1 Ф // ,
5 0,70 0,70 0,70 0,00096 6,7
6 0,70 0,55 0,63 0,00035 2,2
7 0,55 0,00 0,28 0,00016 0,4

25
1 0,60 0,72 0,66 0,00042 2,7
D5 2 0,72 0,75 0,74 0,00059 4,3 2,07 16,5 8,0 10,1 Ф // ,
3 0,75 0,60 0,68 0,00140 9,4
1 0,60 0,62 0,61 0,00177 10,8
2 0,62 0,64 0,63 0,00130 8,2
3 0,64 0,65 0,65 0,00127 8,2
E5 4 0,65 0,32 0,49 0,00151 7,3 3,45 52,7 15,3 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,32 0,48 0,40 0,00215 8,6
6 0,48 0,44 0,46 0,00174 8,0
7 0,44 0,00 0,22 0,00070 1,5

Tabela A. 8 Piso 0 interior armadura superior em x

Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado Configuração
Banda-Secção Nó
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m) de varões
1 0,60 0,62 0,61 0,00052 3,1537
2 0,62 0,64 0,63 0,00059 3,6918
3 0,64 0,65 0,65 0,00067 4,3473
E4,6 4 0,65 0,32 0,49 0,00080 3,85575 3,45 23,9 6,9 10,1 Ф // ,
5 0,32 0,48 0,40 0,00079 3,172
6 0,48 0,44 0,46 0,00091 4,1998
7 0,44 0,00 0,22 0,00067 1,4674

Tabela A. 9 Piso 0 interior armadura inferior em x

26
Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado
Banda-Secção Nó Configuração de varões
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
1 0,64 0,56 0,60 0,00183 10,968
2 0,56 0,45 0,51 0,00253 12,7866
3 0,45 0,54 0,50 0,00156 7,71705
1A,E e 9A,E 4 0,54 0,61 0,58 0,00142 8,14775 3,66 74,6 20,4 20,1 Ф // ,
5 0,61 0,60 0,61 0,00322 19,48705
6 0,60 0,58 0,59 0,00228 13,4579
7 0,58 0,00 0,29 0,00072 2,0822
1 0,56 0,67 0,62 0,00082 5,0676
2 0,67 0,73 0,70 0,00118 8,288
2A,E e 8A,E 3 0,73 0,58 0,66 0,00129 8,46915 3,13 39,9 12,7 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,58 0,61 0,60 0,00149 8,8417
5 0,61 0,52 0,57 0,00163 9,1869
1 0,00 0,62 0,31 0,00056 1,7267
2 0,62 0,60 0,61 0,00137 8,3326
3A e7A 3 0,60 0,58 0,59 0,00191 11,269 2,65 35,1 13,2 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,58 0,54 0,56 0,00162 9,044
5 0,54 0,62 0,58 0,00081 4,698
1 0,07 0,07 0,07 0,00051 0,3563
2 0,62 0,53 0,58 0,00092 5,26125
3 0,53 0,55 0,54 0,00176 9,4878
3E e 7E 4 0,55 0,72 0,64 0,00202 12,80795 3,33 41,0 12,3 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,72 0,68 0,70 0,00141 9,863
6 0,68 0,69 0,69 0,00045 3,06195
7 0,13 0,13 0,13 0,00013 0,1675
5E 1 0,00 0,55 0,28 0,00020 0,5555 3,54 39,7 11,2 11,3 Ф // ,

27
2 0,55 0,61 0,58 0,00051 2,9522
3 0,61 0,63 0,62 0,00150 9,3
4 0,63 0,48 0,56 0,00226 12,5541
5 0,48 0,51 0,50 0,00171 8,4546
6 0,51 0,22 0,37 0,00076 2,7886
7 0,22 0,54 0,38 0,00060 2,2838
8 0,54 0,00 0,27 0,00031 0,8262
1 0,64 0,56 0,60 0,00192 11,538
2 0,56 0,45 0,51 0,00256 12,90275
3 0,45 0,54 0,50 0,00198 9,81585
1C e 9C 4 0,54 0,61 0,58 0,00205 11,7645 3,66 81,1 22,1 20,1 Ф // ,
5 0,61 0,60 0,61 0,00330 19,94685
6 0,60 0,58 0,59 0,00230 13,5641
7 0,58 0,00 0,29 0,00053 1,5341
1 0,56 0,67 0,62 0,00090 5,52885
2 0,67 0,73 0,70 0,00056 3,885
2C e 8C 3 0,73 0,58 0,66 0,00045 2,96715 3,13 21,0 6,7 10,1 Ф // ,
4 0,58 0,61 0,60 0,00059 3,49265
5 0,61 0,52 0,57 0,00091 5,1302
1 0,07 0,07 0,07 0,00086 0,6034
2 0,62 0,53 0,58 0,00196 11,2585
3 0,53 0,55 0,54 0,00242 13,0518
3C e 7C 2,67 51,6 19,3 20,1 Ф // ,
4 0,55 0,72 0,64 0,00184 11,7094
5 0,72 0,69 0,71 0,00187 13,17645
6 0,15 0,15 0,15 0,00127 1,8415

Tabela A. 10 Piso 0 interior armadura superior em y

28
Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado
Banda-Secção Nó Configuração de varões
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
1 0,00 0,62 0,31 0,00056 1,736
2 0,62 0,60 0,61 0,00065 3,9833
3B e 7B 3 0,60 0,58 0,59 0,00071 4,2008 2,65 18,2 6,9 10,1 Ф // ,
4 0,58 0,54 0,56 0,00073 4,088
5 0,54 0,62 0,58 0,00072 4,1992
1 0,40 0,46 0,43 0,00073 3,1175
2 0,46 0,62 0,54 0,00079 4,2714
3 0,62 0,60 0,61 0,00084 5,124
3D e 7D 3,31 26,9 8,1 10,1 Ф // ,
4 0,60 0,58 0,59 0,00085 5,0386
5 0,58 0,54 0,56 0,00082 4,6088
6 0,54 0,62 0,58 0,00082 4,7328
1 0,00 0,55 0,28 0,00055 1,5125
2 0,55 0,61 0,58 0,00094 5,4288
3 0,61 0,63 0,62 0,00150 9,3124
4 0,63 0,48 0,56 0,00178 9,8901
5F 3,54 44,6 12,6 15,7 Ф // , +Ф // ,
5 0,48 0,51 0,50 0,00162 7,99425
6 0,51 0,22 0,37 0,00125 4,55885
7 0,22 0,54 0,38 0,00107 4,066
8 0,54 0,00 0,27 0,00069 1,8711

Tabela A. 11 Piso 0 interior armadura inferior em y

29
Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado Configuração
Banda-Secção Nó
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m) de varões
1 0,00 0,59 0,30 0,00021 0,6
2 0,56 0,28 0,42 0,00060 2,5
3 0,28 0,51 0,40 0,00074 2,9
4 0,51 0,52 0,52 0,00131 6,8
D2,10 5 0,52 0,54 0,53 0,00175 9,3 3,84 33,5 8,7 10,1 Ф // ,
6 0,54 0,51 0,53 0,00133 7,0
7 0,51 0,42 0,47 0,00061 2,8
8 0,42 0,48 0,45 0,00031 1,4
9 0,48 0,00 0,24 0,00006 0,1
1 0,60 0,82 0,71 0,00057 4,0
E´6 2 0,82 0,78 0,80 0,00068 5,4 2,08 17,2 8,3 10,1 Ф // ,
3 0,78 0,36 0,57 0,00137 7,8
1 0,22 0,22 0,22 0,00137 2,9
2 0,79 0,82 0,81 0,00196 15,8
F6 3 0,82 0,64 0,73 0,00165 12,1 3,00 56,0 18,7 20,1 Ф // ,
4 0,64 0,62 0,63 0,00221 13,9
5 0,62 0,62 0,62 0,00182 11,3
1 0,66 0,62 0,64 0,00096 6,1
G6 1,30 9,1 7,0 20,1 Ф // ,
2 0,62 0,70 0,66 0,00045 3,0

Tabela A. 12 Piso corrente armadura superior em x

30
Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado Configuração
Banda-Secção Nó
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m) de varões
1 0,23 0,23 0,23 0,00085 1,9
2 0,75 0,30 0,53 0,00124 6,5
3 0,30 0,65 0,48 0,00097 4,6
B5,7 e F5,7 2,99 26,0 8,7 10,1 Ф // ,
4 0,65 0,58 0,62 0,00098 6,0
5 0,58 0,61 0,60 0,00089 5,3
6 0,61 0,50 0,56 0,00032 1,7

Tabela A. 13 Piso corrente armadura inferior em x

Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado
Banda-Secção Nó Configuração de varões
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
1 0,00 0,64 0,32 0,00086 2,7
1A,B,F,G e 11A,B,F,G 2 0,64 0,65 0,65 0,00076 4,9 1,60 9,3 5,8 9,6 Ф // , +Ф // ,
3 0,65 0,62 0,64 0,00027 1,7
1 0,00 0,79 0,40 0,00106 4,2
2 0,79 0,79 0,79 0,00159 12,6
3 0,79 0,69 0,74 0,00148 11,0
2A,B,F,G e 10A,B,F,G 3,64 57,1 15,7 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,69 0,68 0,69 0,00205 14,0
5 0,68 0,69 0,69 0,00181 12,4
6 0,69 0,00 0,35 0,00086 3,0
1 0,00 0,81 0,41 0,00046 1,9
2 0,81 0,76 0,79 0,00088 6,9
3 0,76 0,65 0,71 0,00152 10,7
4F,G e 8F,G 3,34 32,5 9,7 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,65 0,65 0,65 0,00122 7,9
5 0,65 0,69 0,67 0,00068 4,5
6 0,13 0,13 0,13 0,00045 0,6

31
1 0,11 0,11 0,11 0,00063 0,7
2 0,70 0,65 0,68 0,00112 7,5
4A,B e 8A,B 3 0,65 0,78 0,72 0,00197 14,1 2,68 30,7 11,4 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,78 0,79 0,79 0,00086 6,7
5 0,79 0,00 0,40 0,00042 1,6
1 0,06 0,06 0,06 0,00075 0,4
2 0,77 0,75 0,76 0,00065 4,9
5A,B e 7A,B 2,06 15,0 7,3 10,1 Ф // ,
3 0,75 0,63 0,69 0,00090 6,2
4 0,63 0,48 0,56 0,00063 3,5
1 0,00 0,61 0,31 0,00066 2,0
2 0,61 0,61 0,61 0,00087 5,3
6A,B 3 0,61 0,63 0,62 0,00100 6,2 2,90 24,8 8,5 10,1 Ф // ,
4 0,63 0,72 0,68 0,00090 6,1
5 0,72 0,66 0,69 0,00075 5,2
1 0,00 0,69 0,35 0,00233 8,0
2 0,69 0,68 0,69 0,00230 15,7
3 0,68 0,68 0,68 0,00224 15,2
2D e 10D 3,63 69,9 19,3 20,1 Ф // ,
4 0,68 0,65 0,67 0,00160 10,6
5 0,65 0,65 0,65 0,00183 11,9
6 0,65 0,56 0,61 0,00139 8,4
1 0,11 0,11 0,11 0,00076 0,8
2 0,70 0,65 0,68 0,00101 6,8
4D e 8D 3 0,65 0,78 0,72 0,00078 5,6 2,68 24,4 9,1 10,1 Ф // ,
4 0,78 0,79 0,79 0,00104 8,2
5 0,79 0,00 0,40 0,00078 3,1

Tabela A. 14 Piso corrente armadura superior em y

32
Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado Configuração
Banda-Secção Nó
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m) de varões
1 0,00 0,69 0,35 0,00061 2,1
2 0,69 0,68 0,69 0,00072 4,9
3 0,68 0,68 0,68 0,00076 5,1
2C,E e 10C,E 3,63 25,7 7,1 10,1 Ф // ,
4 0,68 0,65 0,67 0,00079 5,2
5 0,65 0,65 0,65 0,00070 4,6
6 0,65 0,56 0,61 0,00061 3,7

Tabela A. 15 Piso corrente armadura inferior em y

Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado
Banda-Secção Nó Configuração de varões
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
1 0,00 0,59 0,30 0,00011 0,3
2 0,56 0,28 0,42 0,00063 2,6
3 0,28 0,51 0,40 0,00085 3,3
4 0,51 0,52 0,52 0,00191 9,8
D2,10 5 0,52 0,54 0,53 0,00244 12,9 3,84 46,2 12,0 15,7 Ф // , +Ф // ,
6 0,54 0,51 0,53 0,00186 9,8
7 0,51 0,42 0,47 0,00087 4,0
8 0,42 0,48 0,45 0,00059 2,6
9 0,48 0,00 0,24 0,00030 0,7
1 0,22 0,22 0,22 0,00135 2,9
2 0,79 0,82 0,81 0,00144 11,6
B4,8 e F4,8 3 0,82 0,64 0,73 0,00077 10,5 3,00 38,3 12,8 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,64 0,62 0,63 0,00135 4,9
5 0,62 0,62 0,62 0,00141 8,4
F6 1 0,22 0,22 0,22 0,00146 3,1 3,00 51,6 17,2 20,1 Ф // ,

33
2 0,79 0,82 0,81 0,00183 14,7
3 0,82 0,64 0,73 0,00138 10,1
4 0,64 0,62 0,63 0,00207 13,0
5 0,62 0,62 0,62 0,00172 10,6

Tabela A. 16 Pisos 8 e 11 armadura superior em x

Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado Configuração
Banda-Secção Nó
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m) de varões
1 0,11 0,11 0,11 0,00060 0,7
2 0,68 0,73 0,71 0,00058 4,1
3 0,73 0,59 0,66 0,00059 3,9
4 0,59 0,28 0,44 0,00059 2,5
5 0,28 0,00 0,14 0,00265 3,7
6 0,00 0,00 0,00 0,00000 0,0
D3,5,7,9 7 0,00 0,00 0,00 0,00000 0,0 4,15 30,6 7,4 10,1 Ф // ,
8 0,00 0,00 0,00 0,00000 0,0
9 0,00 0,42 0,21 0,00173 3,6
10 0,42 0,37 0,40 0,00059 2,3
11 0,37 0,82 0,60 0,00071 4,2
12 0,82 0,79 0,81 0,00063 5,1
13 0,10 0,10 0,10 0,00049 0,5
1 0,60 0,82 0,71 0,00066 4,7
E5,7 2 0,82 0,78 0,80 0,00083 6,7 2,08 16,7 8,0 10,1 Ф // ,
3 0,78 0,36 0,57 0,00093 5,3

Tabela A. 17 Pisos 8 e 11 armadura inferior em x

34
Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado Configuração
Banda-Secção Nó
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m) de varões
1 0,00 0,79 0,40 0,00113 4,5
2 0,79 0,79 0,79 0,00166 13,1
3 0,79 0,69 0,74 0,00133 9,8
2A,B,F,G e 10A,B,F,G 3,64 61,0 16,8 20,1 Ф // ,
4 0,69 0,68 0,69 0,00220 15,1
5 0,68 0,69 0,69 0,00213 14,6
6 0,69 0,00 0,35 0,00114 3,9
1 0,00 0,69 0,35 0,00184 6,3
2 0,69 0,68 0,69 0,00198 13,6
3 0,68 0,68 0,68 0,00210 14,3
4 0,68 0,65 0,67 0,00159 10,6
2D e 10D 4,69 79,9 17,0 20,1 Ф // ,
5 0,65 0,65 0,65 0,00243 15,8
6 0,65 0,65 0,65 0,00200 13,0
7 0,65 0,69 0,67 0,00074 4,9
8 0,69 0,00 0,35 0,00042 1,4

Tabela A. 18 Pisos 8 e 11 armadura superior em y

Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado
Banda-Secção Nó Configuração de varões
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
1 0,00 0,69 0,35 0,00059 2,0
2 0,69 0,68 0,69 0,00072 4,9
3 0,68 0,68 0,68 0,00081 5,5
2C,E e 10C,E 3,63 27,6 7,6 10,1 Ф // ,
4 0,68 0,65 0,67 0,00085 5,7
5 0,65 0,65 0,65 0,00080 5,2
6 0,65 0,56 0,61 0,00073 4,4
3+5D e 7+9D 1 0,00 0,58 0,29 0,00021 0,6 5,42 60,3 11,1 15,7 Ф // , +Ф // ,

35
2 0,58 0,78 0,68 0,00088 6,0
3 0,78 0,72 0,75 0,00199 14,9
4 0,72 0,81 0,77 0,00058 4,4
5 0,81 0,76 0,79 0,00149 11,7
6 0,76 0,65 0,71 0,00073 5,1
7 0,65 0,65 0,65 0,00209 13,6
8 0,65 0,69 0,67 0,00049 3,3
9 0,13 0,13 0,13 0,00056 0,7

Tabela A. 19 Pisos 8 e 11 armadura inferior em y

Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado Configuração
Banda-Secção Nó
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m) de varões
1 0,22 0,22 0,22 0,00000 0,0
2 0,79 0,82 0,81 0,00037 3,0
F4,8 3 0,82 0,64 0,73 0,00133 9,7 3,00 18,0 6,0 10,1 Ф // ,
4 0,64 0,62 0,63 0,00076 4,8
5 0,62 0,62 0,62 0,00010 0,6
1 0,00 0,28 0,14 0,00009 0,1
2 0,28 0,51 0,40 0,00047 1,8
3 0,51 0,52 0,52 0,00162 8,3
4 0,52 0,54 0,53 0,00260 13,8
D2,10 3,26 34,2 10,5 11,3 Ф // ,
5 0,54 0,51 0,53 0,00158 8,3
6 0,51 0,42 0,47 0,00039 1,8
7 0,42 0,48 0,45 0,00000 0,0
8 0,48 0,00 0,24 0,00000 0,0
1 0,22 0,22 0,22 0,00000 0,0
F2,10 3,00 28,0 9,3 10,1 Ф // ,
2 0,79 0,82 0,81 0,00000 0,0

36
3 0,82 0,64 0,73 0,00101 7,4
4 0,64 0,62 0,63 0,00215 13,5
5 0,62 0,62 0,62 0,00115 7,1
1 0,00 0,28 0,14 0,00035 0,5
2 0,28 0,51 0,40 0,00034 1,4
3 0,51 0,52 0,52 0,00027 1,4
4 0,52 0,54 0,53 0,00030 1,6
5 0,54 0,51 0,53 0,00044 2,3
D6 4,46 26,9 6,0 10,1 Ф // ,
6 0,51 0,42 0,47 0,00062 2,9
7 0,42 0,37 0,40 0,00101 4,0
8 0,37 0,82 0,60 0,00127 7,5
9 0,82 0,79 0,81 0,00064 5,2
10 0,10 0,10 0,10 0,00025 0,2
1 0,60 0,82 0,71 0,00056 3,9
E6 2 0,82 0,78 0,80 0,00068 5,4 2,08 14,0 6,7 10,1 Ф // ,
3 0,78 0,36 0,57 0,00082 4,7
1 0,22 0,22 0,22 0,00082 1,8
2 0,79 0,82 0,81 0,00171 13,8
F6 3 0,82 0,64 0,73 0,00295 21,5 3,00 54,4 18,1 20,1 Ф // ,
4 0,64 0,62 0,63 0,00190 12,0
5 0,62 0,62 0,62 0,00086 5,4
1 0,00 0,68 0,34 0,00055 1,9
2 0,68 0,73 0,71 0,00077 5,4
C6 2,00 14,6 7,3 10,1 Ф // ,
3 0,73 0,59 0,66 0,00069 4,5
4 0,59 0,00 0,30 0,00094 2,8

Tabela A. 20 Piso 13 armadura superior em x

37
Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado Configuração
Banda-Secção Nó
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m) de varões
1 0,82 0,75 0,79 0,00068 5,3
A5,7 1,31 8,7 6,6 10,1 Ф // ,
2 0,75 0,30 0,53 0,00064 3,4
1 0,00 0,28 0,14 0,00089 1,3
2 0,28 0,51 0,40 0,00097 3,8
3 0,51 0,52 0,52 0,00108 5,5
4 0,52 0,54 0,53 0,00144 7,6
D5,7 3,26 26,2 8,0 10,1 Ф // ,
5 0,54 0,51 0,53 0,00128 6,7
6 0,51 0,42 0,47 0,00010 0,5
7 0,42 0,48 0,45 0,00012 0,5
8 0,48 0,00 0,24 0,00008 0,2
1 0,22 0,22 0,22 0,00072 1,5
2 0,79 0,82 0,81 0,00084 6,7
F5,7 3 0,82 0,64 0,73 0,00069 5,1 3,00 20,2 6,7 10,1 Ф // ,
4 0,64 0,62 0,63 0,00057 3,6
5 0,62 0,62 0,62 0,00053 3,3

Tabela A. 21 Piso 13 armadura inferior em x

38
Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado
Banda-Secção Nó Configuração de varões
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
1 0,00 0,65 0,33 0,00173 5,6
4B,8B 2 0,65 0,65 0,65 0,00089 5,8 1,10 11,9 10,8 11,3 Ф // ,
3 0,13 0,13 0,13 0,00039 0,5
1 0,00 0,79 0,40 0,00058 2,3
2 0,79 0,79 0,79 0,00146 11,6
3 0,79 0,69 0,74 0,00304 22,5
2D,10D 3,64 58,0 15,9 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,69 0,68 0,69 0,00216 14,8
5 0,68 0,69 0,69 0,00079 5,4
6 0,69 0,00 0,35 0,00043 1,5
1 0,00 0,81 0,41 0,00005 0,2
2 0,81 0,76 0,79 0,00038 3,0
4D,8D 3 0,76 0,65 0,71 0,00061 4,3 2,67 17,1 6,4 11,3 Ф // ,
4 0,65 0,65 0,65 0,00128 8,3
5 0,13 0,13 0,13 0,00105 1,3
1 0,40 0,69 0,55 0,00105 5,7
5D,7D 2 0,69 0,77 0,73 0,00098 7,1 2,07 13,6 6,6 11,3 Ф // ,
3 0,77 0,82 0,80 0,00009 0,7
1 0,00 0,69 0,35 0,00057 2,0
2 0,69 0,68 0,69 0,00090 6,2
3 0,68 0,68 0,68 0,00186 12,6
2F,10F 3,63 57,3 15,8 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,68 0,65 0,67 0,00278 18,5
5 0,65 0,65 0,65 0,00190 12,3
6 0,65 0,56 0,61 0,00095 5,7
1 0,11 0,11 0,11 0,00070 0,7
4F e 8F 3,34 49,0 14,7 15,7 Ф // , +Ф // ,
2 0,63 0,70 0,67 0,00088 5,9

39
3 0,70 0,65 0,68 0,00168 11,3
4 0,65 0,78 0,72 0,00233 16,7
5 0,78 0,79 0,79 0,00147 11,5
6 0,79 0,00 0,40 0,00072 2,8
1 0,00 0,61 0,31 0,00083 2,5
2 0,61 0,61 0,61 0,00088 5,4
6B 3 0,61 0,63 0,62 0,00107 6,7 2,90 28,3 9,8 11,3 Ф // ,
4 0,63 0,72 0,68 0,00109 7,3
5 0,72 0,66 0,69 0,00093 6,4

Tabela A. 22 Piso 13 armadura superior em Y

Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado Configuração
Banda-Secção Nó As,Sd nó (m2)
(m) (m) (m) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m) de varões
1 0,00 0,69 0,35 0,00045 1,6
2 0,69 0,68 0,69 0,00054 3,7
3 0,68 0,68 0,68 0,00063 4,3
2E,10E 3,63 22,0 10,1 Ф // ,
4 0,68 0,65 0,67 0,00068 4,5
5 0,65 0,65 0,65 0,00066 4,3
6 0,65 0,56 0,61 0,00060 3,6 6,1

Tabela A. 23 Piso 13 armadura inferior em Y

Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado
Banda-Secção Nó Configuração de varões
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
1 0,00 0,30 0,15 0,00194 2,9
2 0,30 0,65 0,48 0,00166 7,9
B2,10 e F2,10 2,39 17,1 7,2 10,1 Ф // ,
3 0,65 0,58 0,62 0,00078 4,8
4 0,58 0,61 0,60 0,00024 1,4

40
5 0,61 0,50 0,56 0,00002 0,1
1 0,00 0,64 0,32 0,00023 0,7
2 0,64 0,64 0,64 0,00060 3,8
3 0,64 0,65 0,65 0,00149 9,6
D2,10 4 0,65 0,61 0,63 0,00235 14,8 3,84 39,4 10,3 11,3 Ф // ,
5 0,61 0,60 0,61 0,00136 8,2
6 0,60 0,61 0,61 0,00036 2,2
7 0,61 0,18 0,40 0,00001 0,1
1 0,23 0,23 0,23 0,00034 0,8
2 0,75 0,30 0,53 0,00073 3,8
3 0,30 0,65 0,48 0,00127 6,0
B4,B8 2,99 34,0 11,4 11,3 Ф // ,
4 0,65 0,58 0,62 0,00200 12,3
5 0,58 0,61 0,60 0,00130 7,7
6 0,61 0,50 0,56 0,00060 3,3
1 0,22 0,22 0,22 0,00082 1,8
2 0,79 0,82 0,81 0,00190 15,3
F4,8 3 0,82 0,64 0,73 0,00316 23,1 3,00 63,7 21,2 20,1 Ф // ,
4 0,64 0,62 0,63 0,00231 14,5
5 0,62 0,62 0,62 0,00145 9,0
1 0,66 0,62 0,64 0,00094 6,0
G4,8 1,30 17,0 13,1 20,1 Ф // ,
2 0,62 0,70 0,66 0,00166 10,9
1 0,00 0,64 0,32 0,00054 1,7
2 0,64 0,64 0,64 0,00119 7,6
3 0,64 0,65 0,65 0,00196 12,6
D4,8 3,84 59,2 15,4 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,65 0,61 0,63 0,00292 18,4
5 0,61 0,60 0,61 0,00188 11,4
6 0,60 0,61 0,61 0,00099 6,0

41
7 0,61 0,18 0,40 0,00037 1,5
1 0,22 0,22 0,22 0,00078 1,7
2 0,79 0,82 0,81 0,00176 14,2
F6 3 0,82 0,64 0,73 0,00282 20,6 3,00 53,0 17,7 20,1 Ф // ,
4 0,64 0,62 0,63 0,00178 11,2
5 0,62 0,62 0,62 0,00086 5,3
1 0,66 0,62 0,64 0,00050 3,2
G6 1,30 8,9 6,8 10,1 Ф // ,
2 0,62 0,70 0,66 0,00087 5,7

Tabela A. 24 Terraço armadura superior em x

Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado Configuração
Banda-Secção Nó
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m) de varões
1 0,22 0,22 0,22 0,00055 1,2
2 0,79 0,82 0,81 0,00076 6,1
B3,9 e F3,9 3 0,82 0,64 0,73 0,00091 6,7 3,00 23,4 7,8 10,1 Ф // ,
4 0,64 0,62 0,63 0,00109 6,8
5 0,62 0,62 0,62 0,00042 2,6
1 0,00 0,64 0,32 0,00062 2,0
2 0,64 0,64 0,64 0,00070 4,4
3 0,64 0,65 0,65 0,00068 4,4
D3,9 4 0,65 0,61 0,63 0,00068 4,3 3,84 25,0 6,5 10,1 Ф // ,
5 0,61 0,60 0,61 0,00064 3,9
6 0,60 0,61 0,61 0,00061 3,7
7 0,61 0,18 0,40 0,00059 2,3
1 0,22 0,22 0,22 0,00056 1,2
F5,7 2 0,79 0,82 0,81 0,00080 6,5 3,00 24,2 8,1 10,1 Ф // ,
3 0,82 0,64 0,73 0,00100 7,3

42
4 0,64 0,62 0,63 0,00082 5,1
5 0,62 0,62 0,62 0,00065 4,0
1 0,66 0,62 0,64 0,00054 3,5
G5,7 1,30 8,0 6,2 10,1 Ф // ,
2 0,62 0,70 0,66 0,00069 4,6

Tabela A. 25 Terraço armadura inferior em x

Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Sd nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado
Banda-Secção Nó Configuração de varões
(m) (m) (m) (m2) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
1 0,11 0,11 0,11 0,00052 0,6
2 0,70 0,65 0,68 0,00116 7,8
4B e 8B 3 0,65 0,78 0,72 0,00179 12,8 2,68 31,5 11,7 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,78 0,79 0,79 0,00108 8,5
5 0,79 0,00 0,40 0,00047 1,8
1 0,38 0,68 0,53 0,00052 2,8
2 0,68 0,69 0,69 0,00120 8,2
3 0,69 0,55 0,62 0,00216 13,4
4F e 8F 3,32 39,9 12,0 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,55 0,74 0,65 0,00155 10,0
5 0,74 0,69 0,72 0,00073 5,2
6 0,13 0,13 0,13 0,00025 0,3
1 0,00 0,69 0,35 0,00008 0,3
2 0,69 0,55 0,62 0,00028 1,8
3 0,55 0,54 0,55 0,00092 5,0
6F 4 0,54 0,48 0,51 0,00157 8,0 3,53 23,1 6,5 10,1 Ф // ,
5 0,48 0,51 0,50 0,00100 4,9
6 0,51 0,76 0,64 0,00040 2,5
7 0,76 0,00 0,38 0,00015 0,6
2D e 10D 1 0,00 0,79 0,40 0,00069 2,7 2,40 41,8 17,4 20,1 Ф // ,

43
2 0,79 0,79 0,79 0,00163 12,9
3 0,79 0,53 0,66 0,00247 16,3
4 0,53 0,58 0,56 0,00177 9,8
1 0,50 0,58 0,54 0,00119 6,4
1D e 11D 0,83 9,3 11,2 20,1 Ф // ,
2 0,58 0,00 0,29 0,00101 2,9
1 0,11 0,11 0,11 0,00045 0,5
2 0,70 0,65 0,68 0,00143 9,7
4D e 8D 3 0,65 0,78 0,72 0,00182 13,0 2,68 35,4 13,2 15,7 Ф // , +Ф // ,
4 0,78 0,79 0,79 0,00112 8,8
5 0,79 0,00 0,40 0,00085 3,4

Tabela A. 26 Terraço armadura superior em y

Linfluencia,esq Linfluencia,dir Linfluencia nó As,Ed nó*Linfluencia Lbanda As,Sd banda As,Sd As,adotado Configuração
Banda-Secção Nó As,Sd nó (m2)
(m) (m) (m) (cm2) (m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m) de varões
1 0,00 0,55 0,28 0,00076 2,1
1C,E e 11C,E 0,83 6,1 7,4 10,1 Ф // ,
2 0,55 0,56 0,56 0,00073 4,0
1 0,60 0,54 0,57 0,00069 4,0
2 0,54 0,71 0,63 0,00066 4,1
2C,E e 10C,E 2,39 14,6 6,1 10,1 Ф // ,
3 0,71 0,71 0,71 0,00058 4,1
4 0,71 0,26 0,49 0,00048 2,3
1 0,11 0,11 0,11 0,00046 0,5
2 0,70 0,65 0,68 0,00060 4,1
4C e 8C 3 0,65 0,78 0,72 0,00072 5,1 2,68 17,9 6,7 10,1 Ф // ,
4 0,78 0,79 0,79 0,00072 5,7
5 0,79 0,00 0,40 0,00064 2,5

Tabela A. 27 Terraço armadura inferior em y

44
Laje do hlaje d a b bX bY u1 Vd Md,X Md,Y eX eY vEd vRd,c vd,max vRd,max Asw,tot Asw,adotado Configuração
Pilar β
piso (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (kN) (kNm) (kNm) (m) (m) (MPa) (Mpa) (MPa) (Mpa) (cm2) (cm2) de varões
fundação 0,50 0,43 0,30 0,55 2,04 2,29 7,15 2885,38 4,40 219,17 0,002 0,076 1,067 0,99176 0,64238 4,17346 6,02000 44,17 54,24 RФ
P1 -2 e -1 0,37 0,32 0,30 0,55 1,56 1,81 5,66 415,85 0,16 162,83 0,000 0,392 1,452 0,33872 0,60731 1,12741 6,02000
0 0,42 0,37 0,30 0,55 1,76 2,01 6,29 1229,61 0,45 116,37 0,000 0,095 1,097 0,58772 0,70549 2,17344 6,02000
fundação 0,50 0,43 0,30 1,00 2,04 2,74 8,05 4752,10 28,73 683,65 0,006 0,144 1,127 1,53255 0,64238 4,74725 6,02000 102,45 113,00 RФ
P2 -2 e -1 0,37 0,32 0,30 1,00 1,56 2,26 6,56 882,49 8,12 101,92 0,009 0,115 1,133 0,48418 0,68176 1,22133 6,02000
0 0,42 0,37 0,30 1,00 1,76 2,46 7,19 2191,36 13,38 68,62 0,006 0,031 1,032 0,86240 0,76630 2,38379 6,02000 22,11 25,28 RФ
fundação 1,00 0,88 1,75 0,50 5,26 4,01 15,53 16757,68 3821,90 774,71 0,228 0,046 1,104 1,35595 0,58688 4,68052 6,02000 287,26 293,80 RФ
-2 e -1 0,37 0,32 1,75 0,50 3,01 1,76 8,46 752,54 74,42 142,06 0,099 0,189 1,152 0,32525 0,62775 0,61136 6,02000
1a6 0,27 0,22 1,75 0,45 2,61 1,31 7,10 763,36 1585,37 465,95 2,077 0,610 3,885 1,94206 0,58564 3,13456 6,02000 75,54 85,88 RФ
P3
7 a 12 0,27 0,22 1,25 0,35 2,11 1,21 5,90 762,32 1131,67 338,84 1,485 0,444 3,241 1,94694 0,67179 3,59074 6,02000 60,28 66,36 RФ
13 0,29 0,24 0,75 0,20 1,69 1,14 4,85 816,84 318,42 96,44 0,390 0,118 1,628 1,16618 0,60757 2,97872 6,02000 26,24 31,60 RФ
terraço 0,29 0,24 0,75 0,20 1,69 1,14 2,73 350,61 85,27 28,78 0,243 0,082 1,394 0,76174 0,51652 1,09449 6,02000 7,78 8,00 RФ
P3 alinhamento
-2 e -1 0,37 0,32 1,75 0,50 3,01 1,76 5,83 477,42 245,19 73,60 0,514 0,154 1,533 0,39860 0,60731 0,51641 6,02000
1
P3 alinhamento
fundação 1,00 0,88 1,75 0,50 5,26 4,01 15,53 1064,25 1626,87 94,55 1,529 0,089 1,687 0,13161 0,58688 0,45428 6,02000
A-1
fundação 1,00 0,88 0,45 1,65 3,96 5,16 15,23 13485,98 1,29 5440,59 0,000 0,403 1,183 1,19312 0,58688 4,32740 6,02000 231,62 248,60 RФ
-2 e -1 0,37 0,32 0,45 1,65 1,71 2,91 8,16 582,86 132,96 359,79 0,228 0,617 1,665 0,37761 0,62775 0,73350 6,02000
1a6 0,27 0,22 0,40 1,65 1,26 2,51 6,80 652,69 568,69 1296,72 0,871 1,987 3,906 1,74340 0,55449 2,89224 6,02000 63,91 66,36 RФ
P4
7 a 12 0,27 0,22 0,30 1,25 1,16 2,11 5,80 633,83 338,17 1181,37 0,534 1,864 3,928 1,99583 0,55449 3,73527 6,02000 64,88 66,36 RФ
13 0,29 0,24 0,20 0,80 1,14 1,74 4,95 483,12 75,29 602,73 0,156 1,248 2,976 1,23540 0,60757 3,05954 6,02000 29,40 31,60 RФ
terraço 0,29 0,24 0,20 0,80 1,14 1,74 4,95 685,71 31,83 395,99 0,046 0,577 1,913 1,12701 0,68750 2,79110 6,02000 23,05 31,60 RФ
P4 alinhamento
13 0,29 0,24 0,20 0,80 1,14 1,74 2,73 245,95 116,83 131,64 0,475 0,535 1,978 0,75814 0,52679 1,03486 6,02000 7,54 8,00 RФ
B
fundação 1,00 0,88 0,40 2,20 3,91 5,71 16,23 15559,68 1,08 277,73 0,000 0,018 1,008 1,10066 0,58688 3,43601 6,02000 216,52 226,00 RФ
-2 e -1 0,37 0,32 0,40 2,20 1,66 3,46 9,16 679,98 0,20 66,99 0,000 0,099 1,107 0,26088 0,58276 0,45947 6,02000
P5
0 0,40 0,35 0,40 2,20 1,78 3,58 9,54 1137,83 0,55 100,17 0,000 0,088 1,089 0,37667 0,69148 0,69071 6,02000
1a6 0,27 0,22 0,30 2,20 1,16 3,06 7,70 836,52 0,54 105,35 0,001 0,126 1,195 0,60390 0,61031 0,93022 6,02000

45
7 a 12 0,27 0,22 0,25 1,70 1,11 2,56 6,60 859,37 0,25 65,11 0,000 0,076 1,123 0,67984 0,61031 1,15080 6,02000 10,38 20,00 RФ
13 0,29 0,24 0,20 1,00 1,14 1,94 5,35 885,72 0,06 22,99 0,000 0,026 1,041 0,73293 0,57983 1,63478 6,02000 12,14 16,00 RФ
terraço 0,29 0,24 0,20 1,00 1,14 1,94 5,35 860,89 0,04 11,86 0,000 0,014 1,022 0,69923 0,63317 1,55959 6,02000 9,14 16,00 RФ
fundação 1,00 0,88 1,10 0,30 4,61 3,81 13,83 3565,30 5,31 2,26 0,001 0,001 1,001 0,29377 0,58688 1,45133 6,02000
-2 e -1 0,22 0,17 1,10 0,30 1,76 0,96 4,87 147,59 11,38 1,20 0,077 0,008 1,145 0,21013 0,66547 0,36573 6,02000
0 0,25 0,20 1,10 0,30 1,88 1,08 5,25 310,94 12,34 1,12 0,040 0,004 1,066 0,32382 0,51948 0,60721 6,02000
P6 1a6 0,27 0,22 1,10 0,25 1,96 1,11 5,40 256,24 16,01 1,25 0,062 0,005 1,101 0,24301 0,49392 0,48618 6,02000
7 a 12 0,27 0,22 0,75 0,20 1,61 1,06 4,60 292,25 8,38 0,67 0,029 0,002 1,049 0,30980 0,59845 0,75032 6,02000
13 0,29 0,24 0,30 0,20 1,24 1,14 3,95 181,37 0,50 0,37 0,003 0,002 1,005 0,19625 0,55639 0,77581 6,02000
terraço 0,29 0,24 0,30 0,20 1,24 1,14 3,95 156,27 0,24 0,19 0,002 0,001 1,003 0,16873 0,46925 0,66699 6,02000
fundação 1,00 0,88 1,65 0,65 5,16 4,16 15,63 16312,21 6026,87 161,50 0,369 0,010 1,160 1,37836 0,58688 4,68440 6,02000 296,19 316,40 RФ
-2 e -1 0,37 0,32 1,65 0,65 2,91 1,91 8,56 680,75 81,85 20,18 0,120 0,030 1,115 0,28150 0,60731 0,52373 6,02000
0 0,40 0,35 1,65 0,65 3,03 2,03 8,94 900,37 4641,33 774,48 5,155 0,860 5,599 1,63540 0,46918 3,17673 6,02000 117,67 122,04 RФ
P7 1a6 0,27 0,22 1,65 0,55 2,51 1,41 7,10 827,54 1504,32 911,24 1,818 1,101 3,451 1,87054 0,66645 3,01912 6,02000 68,90 75,84 RФ
7 a 12 0,27 0,22 1,35 0,40 2,21 1,26 6,20 797,08 1229,69 735,10 1,543 0,922 3,328 1,98968 0,66645 3,52559 6,02000 65,40 66,36 RФ
13 0,29 0,24 0,75 0,20 1,69 1,14 4,85 736,91 426,11 60,22 0,578 0,082 1,917 1,23874 0,62462 3,16407 6,02000 28,45 31,60 RФ
terraço 0,29 0,24 0,75 0,20 1,69 1,14 4,85 783,48 21,03 1,60 0,027 0,002 1,042 0,71613 0,65093 1,82918 6,02000 8,42 16,00 RФ

P7 alinhamento fundação 1,00 0,88 1,65 0,65 5,16 4,16 15,63 815,12 2521,93 155,36 3,094 0,191 2,340 0,13894 0,58688 0,47221 6,02000
1 -2 e -1 0,37 0,32 1,65 0,65 2,91 1,91 5,71 1199,26 878,39 47,57 0,732 0,040 1,691 1,12728 0,54100 1,39930 6,02000 39,48 41,08 RФ
fundação 1,00 0,88 1,80 0,45 5,31 3,96 15,53 8477,43 2205,87 198,98 0,260 0,023 1,118 0,69524 0,58688 2,39986 6,02000 80,01 94,92 RФ
-2 e -1 0,37 0,32 1,80 0,45 3,06 1,71 8,46 355,64 293,97 108,01 0,827 0,304 1,888 0,25204 0,54100 0,47375 6,02000
0 0,40 0,35 1,80 0,45 3,18 1,83 8,84 524,93 4257,76 304,63 8,111 0,580 8,985 1,54728 0,51041 3,03796 6,02000 105,56 108,48 RФ
P8 1a6 0,27 0,22 1,80 0,40 2,66 1,26 7,10 589,26 2379,93 844,75 4,039 1,434 6,851 2,64388 0,53936 4,26732 6,02000 112,57 108,48 RФ
7,9,10e12 0,27 0,22 1,30 0,30 2,16 1,16 5,90 639,22 1957,09 395,50 3,062 0,619 5,779 2,91116 0,53936 5,36906 6,02000 104,71 108,48 RФ
13 0,29 0,24 0,80 0,20 1,74 1,14 2,73 358,23 332,29 106,28 0,928 0,297 2,496 1,39396 0,51242 1,90275 6,02000 20,98 25,28 RФ
Terraço 0,29 0,24 0,80 0,20 1,74 1,14 4,95 682,78 330,26 46,75 0,484 0,068 1,767 1,03651 0,65971 2,56697 6,02000 20,42 24,00 RФ

Tabela A. 28 Armadura de punçoamento

46
PEÇAS DESENHADAS
ÍNDICE

ARQUITETURA

PLANTA DO PISO -3 ............................................................................................................................ 1/58

PLANTA DO PISO -2 ............................................................................................................................ 2/58

PLANTA DO PISO -1 ............................................................................................................................ 3/58

PLANTA DO PISO 0 ............................................................................................................................. 4/58

PLANTAS DOS PISOS 1 E 2 .................................................................................................................. 5/58

PLANTAS DOS PISOS 3 E 4 .................................................................................................................. 6/58

PLANTAS DOS PISOS 5 E 6 .................................................................................................................. 7/58

PLANTAS DOS PISOS 7 E 8 .................................................................................................................. 8/58

PLANTAS DOS PISOS 9 E 10 ................................................................................................................ 9/58

PLANTAS DOS PISOS 11 E 12 ............................................................................................................ 10/58

PLANTAS DO PISO 13, TERRAÇO E COBERTURA ............................................................................... 11/58

ALÇADO POENTE .............................................................................................................................. 12/58

ALÇADO NASCENTE .......................................................................................................................... 13/58

ALÇADO SUL ..................................................................................................................................... 14/58

ALÇADO NORTE ................................................................................................................................ 15/58

CORTE 1-1 ........................................................................................................................................ 16/58

CORTE 2-2 ........................................................................................................................................ 17/58

DIMENSIONAMENTO

PLANTA DO PISO -3/FUNDAÇÕES .................................................................................................... 18/58

PLANTAS DOS PISOS -2 E -1 .............................................................................................................. 19/58

PLANTA DO PISO 0 ........................................................................................................................... 20/58

PLANTAS DOS PISOS 1 A 11 .............................................................................................................. 21/58

PLANTAS DOS PISOS 12 AO TERRAÇO .............................................................................................. 22/58

ALÇADOS DOS PAINEIS DAS FACHADAS POENTE E NASCENTE ........................................................ 23/58

ALÇADO DOS PAINEIS DA FACHADA SUL ......................................................................................... 24/58

ALÇADO DOS PAINEIS DA FACHADA NORTE .................................................................................... 25/58


BETÃO ARMADO

LAJE DE FUNDAÇÃO ARMADURA SUPERIOR DE FLEXÃO ................................................................. 26/58

LAJE DE FUNDAÇÃO ARMADURA INFERIOR DE FLEXÃO .................................................................. 27/58

LAJES DOS PISOS -2 E -1 ARMADURA SUPERIOR DE FLEXÃ .............................................................. 28/58

LAJES DOS PISOS -2 E -1 ARMADURA INFERIOR DE FLEXÃO ............................................................ 29/58

LAJE DO PISO 0 (COTA 26.97) ARMADURA SUPERIOR DE FLEXÃO .................................................. 30/58

LAJE DO PISO 0 (COTA 26.97) ARMADURA INFERIOR DE FLEXÃO ................................................... 31/58

LAJE DO PISO 0 (COTA 27.40) ARMADURA DE FLEXÃO .................................................................... 32/58

LAJES DOS PISOS 1 A 7, 9, 10 E 12 ARMADURA DE FLEXÃO ............................................................. 33/58

LAJES DOS PISOS 8 E 11 ARMADURA DE FLEXÃO ............................................................................. 34/58

LAJE DO PISO 13 ARMADURA DE FLEXÃO ........................................................................................ 35/58

LAJE DO TERRAÇO DE FLEXÃO.......................................................................................................... 36/58

LAJE DE FUNDAÇÃO ARMADURA DE PUNÇOAMENTO .................................................................... 37/58

LAJES DOS PISOS -2 E -1 ARMADURA DE PUNÇOAMENTO .............................................................. 38/58

LAJE DO PISO 0 ARMADURA DE PUNÇOAMENTO ............................................................................ 39/58

LAJES DOS PISOS 1 A 6 ARMADURA DE PUNÇOAMENTO ................................................................ 40/58

LAJES DOS PISOS 7 A 12 ARMADURA DE PUNÇOAMENTO .............................................................. 41/58

LAJE DO PISO 13 ARMADURA DE PUNÇOAMENTO .......................................................................... 42/58

LAJE DO TERRAÇO ARMADURA DE PUNÇOAMENTO ....................................................................... 43/58

LAJE DO PISO 0 ARMADURA DE COLAPSO PROGRESSIVO ............................................................... 44/58

LAJES DOS PISOS 1 A 6 ARMADURA DE COLAPSO PROGRESSIVO .................................................... 45/58

LAJES DOS PISOS 7, 9, 10 E 12 ARMADURA DE COLAPSO PROGRESSIVO ........................................ 46/58

LAJES DOS PISOS 8 E 11 ARMADURA DE COLAPSO PROGRESSIVO .................................................. 47/58

LAJE DO PISO 13 ARMADURA DE COLAPSO PROGRESSIVO ............................................................. 48/58

LAJE DO TERRAÇO ARMADURA DE COLAPSO PROGRESSIVO .......................................................... 49/58

NÚCLEO PISOS -3 A -1 ...................................................................................................................... 50/58

NÚCLEO PISOS 0 A 5 ......................................................................................................................... 51/58

NÚCLEO PISOS 6 AO TERRAÇO ......................................................................................................... 52/58

PILARES PISOS -3 A 13 ...................................................................................................................... 53/58


PRÉ-ESFORÇO

LAJES DOS PISOS 1 A 12 ................................................................................................................... 54/58

LAJES DO PISO 13 E TERRAÇO .......................................................................................................... 55/58

TRAÇADOS DE CABOS (1/3) .............................................................................................................. 56/58

TRAÇADOS DE CABOS (2/3) .............................................................................................................. 57/58

TRAÇADOS DE CABOS (3/3) .............................................................................................................. 58/58

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