Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Série de Problemas 04
Pequenas oscilações
8 de Março de 2023
b) Tomando m = 1 e definindo
c) Faça um gráfico dos valores próprios em função de k/∆. O que acontece aos valores próprios quando
V 2 < k 2 + ∆2 ?
d) Designando por a1α e a2α as componentes do vector próprio correspondente ao valor próprio λα = ωα2
e definindo a matriz A pelas seus elementos Ai α = aiα , mostre que as equações que determinam so
dois vectores próprios se podem escrever colectivamente como
e) Explique detalhadamente que A é uma matriz ortogonal e que, como tal, se pode escrever sempre
como
cθ −sθ
A= . (4)
sθ cθ
Determine usando duas formas diferentes o valor de tθ = sθ /cθ e mostre que são consistentes.
f ) Defina os modos normais como
ζ1 T x1
=A . (5)
ζ2 x2
g) Voltemos à alı́nea c). Admita que ω22 < 0 e faça um gráfico de V 0 em função de ζ2 , tomando ζ1 = 0.
Isto é legı́timo? Generalize o conceito, e descreva de forma simbólica o que tem que ser pedido aos
valores próprios de um potencial para que seja admissı́vel fisicamente.
a) Mostre que este problema é um caso particular do problema 1 desta Série 4. Compare-os e estude-os
em conjunto.
e, com as normalizações1
AT TA = 1 , (8)
ζ~ = AT T ~η , (9)
as componentes
1 1 1 1
~a− = √ , ~a+ = √ , (10)
2m 1 2m −1
donde
r r
m m
ζ− = (x1 + x2 ) , ζ+ = (x1 − x2 ) . (11)
2 2
1
Nos casos em que T é proporcional à matriz unidade 1, a normalização AT A = 1 é boa, necessitando apenas de cuidado
que todas as outras definições sejam consistentes. Neste caso, a normalização alternativa corresponde a tomar m = 1 nas
equações (10) e (11).
Assim, a solução geral deste problema é (a parte real de)
1 −iω− t 1
~xH (t) ≡ ~xlivre (t) = C− e + C+ e−iω+ t , (12)
1 −1
F1 = ma0 Re e−iΩt .
(13)
com F2 = 0.
xi (t) = Re Bi e−iΩt ,
(15)
onde
a0
b0 = 2 2) . (17)
(Ω2 − ω− )(Ω2 − ω+
~x(t) = ~xlivre (t) + ~xforc (t) = ~xH (t) + ~xP (t) , (19)
sendo as constantes complexas C+ e C− fixadas pelas condições iniciais do problema. São um total de
quarto constantes, fixadas por duas posições e duas velocidades iniciais.
3. [Silva] Forçamento com atrito.
É muitas vezes dito que as frequências de ressonância de um sistema coincidem com as frequências de
sistema livre. Isso é verdade para um sistema sem atrito (prove!) mas em geral falso para um sistema
com atrito.
Considere a equação
z̈ + γ ż + ω02 z = 0 . (20)
Vamos assumir que γ/2 < ω0 , correspondente a um amortecimento fraco o suficiente para termos os-
cilações amortecidas.
a) Tente uma solução do tipo
b) Mostre que
a0
AF = p , (27)
(ω02 − Ω2 )2 + γ 2 Ω2
γΩ
tan δF = . (28)
ω02− Ω2
c) Encontre o valor de Ω para o qual AF atinge o seu máximo. Mostre que isso acontece para uma
frequência que não é a frequência ωγ do sistema livre (nem a frequência ω0 que teria o sistema livre
se não houvesse amortecimento).
2
T = 1
2 m (η̇1 + η̇32 ) + 12 M η̇22 ,
V = 1
2 k (η2 − η1 )2 + 12 k (η3 − η2 )2 . (29)
2
Um exemplo concreto está discutido em “Surprises of the transformer as a coupled oscillator system”, J. P. Silva e
A. J. Silvestre, Eur. J. Phys. 29 (2008) 413-420, e na secção 4.4 do livro Vibrações e Ondas, João Paulo Silva, IST Press
(2012).
Figura 1: Gráficos de AF e δF em função da frequência ωF ≡ Ω, para diversos valores do factor de
qualidade Q. Figura retirada do livro Vibrações e Ondas, João Paulo Silva, IST Press (2012), onde
poderão ser consultados mais pormenores.
det V − ω 2 T = 0 .
(30)
d) Para cada “valor próprio” ωα2 , encontre as componentes do respectivo “vector próprio” resolvendo
a equação
com a normalização
e) Calcule
ζ~ = AT T ~η , (33)
5. Pêndulo duplo.
A figura 3 mostra um pêndulo duplo, de massas m1 e m2 , com comprimentos `1 e `2 .
c) Para o ponto de equilı́brio estável identificado em b), utilize o formalismo das pequenas oscilações
para construir o Lagrangiano na forma
1 1
L = Tij θ̇i θ̇j − Vij θi θj . (35)
2 2
f ) Voltemos ao problema com ângulos finitos de (34). Mostre que as equações do movimento se podem
escrever
m2 `2 h i g
0 = θ̈1 + θ̈2 cos (θ1 − θ2 ) + θ̇22 sin (θ1 − θ2 ) + sin θ1 , (36)
m1 + m2 `1 `1
`1 h i g
0 = θ̈2 + θ̈1 cos (θ1 − θ2 ) − θ̇12 sin (θ1 − θ2 ) + sin θ2 . (37)
`2 `2
Não existe uma forma fechada para estas equações. Pelo que teriam que ser integradas numerica-
mente. Acontece que estas equações exibem caos! Ver uma discussão detalhada com exemplificação
experimental em (começando no segundo 23:53):
https://www.youtube.com/watch?v=OecZ3K-7W7w&list=PLotxEOxVaaoKDo2GFPZsg04p3OnlwYBkR&
index=10
6. Pêndulo elástico.
A figura 4 mostra uma mola sem massa, de constante k e comprimento natural ` que só se deforma ao
longo do seu eixo. A mola está suspensa do tecto e presa a uma massa m que apenas pode mover-se num
plano vertical fixo.
c) Encontre o ponto de equilı́brio do sistema, assumindo que x > −` e −π/2 < θ < π/2. Calcule a
Hessiana e mostre que é um ponto de equilı́brio estável.
d) Utilize o formalismo das pequenas oscilações para construir o Lagrangiano na forma
1 ˙T ˙ 1 T
L= ~η T ~η − ~η V ~η . (40)
2 2
Obtenha as frequências e vectores dos modos normais de vibração do sistema. Interprete fisicamente.
e) O pêndulo elástico é um sistema muito interessante pois exibe comportamento caótico. Isto é, o
seu comportamento é muito sensı́vel às condições iniciais. As equações de movimento, eqs. (39),
podem ser resolvidas numericamente em Mathematica com, por exemplo, o método de Runge-Kutta:
https://demonstrations.wolfram.com/2DSpringPendulum/ . Com “source code”:
https://demonstrations.wolfram.com/2DSpringPendulum/2DSpringPendulum-source.nb
Variando os parâmetros do sistema é possı́vel encontrar casos em que existe uma elevada sensibili-
dade às condições iniciais, como se vê na figura 5.
A análise de trajetórias para sistemas dinâmicos que apresentam regimes caóticos como este convi-
dam à introdução5 de Secções de Poincaré, para descrever as trajetórias, e de expoentes de Liapunov,
que avaliam a evolução de dois pontos inicialmente próximos. Em particular, o pêndulo elástico
apresenta, com o aumento da energia do sistema, uma transição de regime predominantemente
regular para um regime caótico e depois de volta a predominantemente regular 6 .
c) Mostre que
e) Mostre que o movimento circular com raio costante r = r0 corresponde a uma velocidade angular
constante
r
g
ω ≡ θ̇ = . (44)
r0 tα
f ) Considere pequenas perturbações δ(t) em torno das órbitas circulares r0 , através da expansão
δ̈ = −Ω2 δ , (46)
onde
3`2θ s2α 3g s2α √ 2
Ω2 = = = 3 sα ω . (47)
m2 r04 2r0
g) Para que valor de α é que Ω = ω? Descreva o movimento da partı́cula nesta situação. O que
acontece quando Ω/ω = 1/2? Generalizando, diga o que acontece quando Ω/ω = p/q, onde p e q
são números inteiros sem factores comuns.
h) Use o Mathematica para fazer gráficos de r(θ) para diferentes valores de α, no limite das pequenas
oscilações.