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Caderno de exercícios (Resoluções) 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
10.1. Derivadas parciais
∂P kg
e o volume (em m3), então tem unidades 2 4 ;
∂V s m
∂f ∂f
b) Para f ( x, y ) , tem as mesmas unidades que ;
∂x ∂y
∂f
c) A derivada parcial não está definida nos casos em que y não aparece explicitamente na
∂y
fórmula de f, tal como em f ( x, y ) = x2 + x +5;
∂P ∂P
quando novo. Então e têm o mesmo sinal.
∂n ∂c
Resolução:
kg
a) Recorde-se que bar tem unidades de Pascal [=] (P = F/A e F = ma …).
s2m
Portanto
∂P
[=]
kg / s 2 m ( )kg
[=] 2 4 . Portanto aquelas unidades estão corretas;
∂V m 3
s m
d) Sabe-se que o preço do automóvel usado diminui com os quilómetros (com n) e aumenta com
∂P ∂P
o custo quando novo (com c). Ou seja, <0e > 0, logo aquela afirmação está errada.
∂n ∂c
2. Obtenha uma estimativa de fx(2, 6) com base nas curvas de nível de f ( x, y ) representadas na
2 4 6 8 x 10
1 3
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Resolução:
Podemos ler no gráfico (por interpolação gráfica), para um intervalo em x centrado em x = 2 (y
= 6, const), f (1) = 14.9 e f (3) = 13.2. Usando a definição:
f ( 2 + h ,6 ) − f ( 2 − h ,6 ) f (3,6) − f (1,6) 13.2 − 14.9
fx(2, 6) = lim ≈ ≈ = − 0.9.
h→0 2h 3 −1 3 −1
3. Use o gráfico da função f ( x, y ) (na figura abaixo) no domínio 0 ≤ x ≤ 4 ∧ 0 ≤ y ≤ 4 para ordenar
por ordem decrescente os seguintes valores: fx(3, 2), fx(1, 2), fy(3, 2), fy(1, 2), 0.
y
x
Resolução:
fy(1, 2) > fy(3, 2) > 0 > fx(3, 2) > fx(1, 2).
4. A temperatura (em °C) no ponto (x, y) de uma placa metálica plana é dada pela função T(x,
y) = x3 + 2y2 + x. Determine a taxa de variação da temperatura quando, a partir do ponto (1, 2),
se move:
a) Para a direita numa direção paralela ao eixo Ox;
b) Para cima, numa direção paralela ao eixo Oy;
c) Esboce T(x, y) na vizinhança de (1, 2).
Resolução:
( )
a) ∂T (1,2) = 3 x 2 + 1 ( x,y )= (1,2 ) = 4ºC/u. de comprimento;
∂x
c) Na vizinhança de (1, 2) podemos aproximar T(x, y) pelo plano tangente à superfície neste
ponto: Tp = 10 + 4(x – 1) + 8(y – 2).
z
∡=4 ∡=8
(1, 2, 10)
y
x
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FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
5. Calcule fx, fy e fz das seguintes funções:
a) f ( x, y, z ) = z xxy; b) f ( x, y, z ) = z ln(x2y cos z);
xz 1
c) f ( x, y, z ) = y−3/2 sec ; d) f ( x, y, z ) = arctg 2 3 ;
xy z
y
z
e) f ( x, y, z ) =arcsen ; f) f ( x, y, z ) = cosh z senh2(x2yz).
xy
Resolução:
∂f
a) = z(xy xxy–1 + yxx ln x) = z(y xxy + yxxyln x);
∂x
∂f
= z xxxy ln x = z xxy+1 ln x;
∂y
∂f
= xxy;
∂z
∂f 2 z ∂f z ∂f
b) = ; = ; = ln(x2y cos z) – z tg z;
∂x x ∂y y ∂z
∂f z xz xz z xz xz
c) = y−3/2 tg sec = tg sec ;
∂x y y y
5 / 2 y
y y
∂f 3 xz xz xz xz
= − y−5/2 sec –
∂y y 2 tg y sec y ;
2 y
∂f x xz xz x xz xz
= y−3/2 tg sec = 5 / 2 tg sec .
∂z y y y y y y
1
− 2 2 3
d) ∂f = x y z = −
y2z3
;
∂x 1 + 1 1+ x2 y4z6
x2 y4z6
2
− 3 3
∂f xy z 2 xyz 3
= =− ;
∂y 1 1 + x2 y4z6
1+ 2 4 6
x y z
3
− 2 4
∂f xy z 3 xy 2 z 2
= =− ;
∂z 1 1 + x2 y4z6
1+ 2 4 6
x y z
z
− 2
∂f x y = z
e) = − ;
∂x z2 x x y2 − z2
2
1− 2 2
x y
z
−
∂f xy 2 z
= =− ;
∂y z 2
y x y − z2
2 2
1−
x2 y2
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1
∂f xy 1
= = ;
∂z z2 x y − z2
2 2
1− 2 2
x y
∂f
f) = 4xyz cosh z senh (x2yz) cosh(x2yz);
∂x
∂f
= 2x2z cosh z senh (x2yz) cosh(x2yz);
∂y
∂f 1
= 2x2y cosh z senh (x2yz) cosh(x2yz) – senh z senh2(x2yz).
∂z 2 z
∂2 f ∂2 f
6. Mostre que as seguintes equações satisfazem a equação de Laplace, + =0:
∂x 2 ∂y 2
a) f ( x, y ) = 5xy; b) f ( x, y ) =ex sen y + ey cos x;
y
c) f ( x, y ) = ln(x2 + y2); d) f ( x, y ) =arctg .
x
Resolução:
∂2 f ∂2 f
a) = 0; = 0;
∂x 2 ∂y 2
∂2 f ∂2 f
b) = ex sen y – ey cos x; = – ex sen y + ey cos x;
∂x 2
∂y 2
∂2 f 2 y 2 − 2x2 ∂2 f 2x2 − 2 y2
= ; 2 = ;
( ) ( )
c)
∂x 2 x2 + y2
2
∂y x2 + y 2
2
∂ f
2
2 xy ∂ f
2
2 xy
= =− .
(x ) (x )
d) ;
∂x 2 2
+y 2 2 ∂y 2 2
+ y2
2
∂2z ∂2z
7. Mostre que as seguintes equações satisfazem a equação da Onda, a 2 = :
∂x 2 ∂t 2
a) z = sen(x – at); b) z = cos(4x + 4at);
c) z = ln(x + at); d) z = sen(wat) sen(wx).
Resolução:
∂2z ∂2z
a) = – sen(x – at) ; = – a2 sen(x – at);
∂x 2
∂t 2
∂2z ∂2z
b) = – 16 cos(4x + 4at); = – 16a2 cos(4x + 4at);
∂x 2
∂t 2
∂2z 1 ∂2z a2
c) =− ; =− ;
∂x 2 ( x + at ) 2 ∂t 2 ( x + at ) 2
∂2z ∂2z
d) = –w2 sen(wat) sen(wx) ; = –a2 w2 sen(wat) sen(wx).
∂x 2 ∂x 2
∂y
8. Determine , i = 1, n, nos seguintes casos:
∂xi
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FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
1/ n
n
a) y = cos(x1 + 2x2 + … + nxn); b) y =
∑
xk
.
k =1
Resolução:
∂y
a) = – i sen(x1 + 2x2 + … + nxn);
∂xi
1 / n −1
∂y 1
n
b) = xk
∂xi n k =1 ∑ .
9. Seja f ( x, y, z ) = yex + x ln z. Verifique que fxz = fzx e que fzzx = fzxz = fxzz. Diga também como
exprime estas derivadas na notação com os “∂”.
Resolução:
fxz =
∂2 f
=
∂
∂ z ∂ x ∂z
( 1
ye x + ln z = ;
z
) fzx=
∂2 f
=
∂ x 1
= ;
∂ x ∂ z ∂x z z
∂3 f ∂ ∂ 2 f x
− = − 1 ;
fzzx = =
∂x∂z 2 ∂x ∂z 2 z 2
z2
∂3 f ∂ ∂ x 1
fzxz = = =− 2 ;
∂z∂x∂z ∂z ∂x z z
fxzz =
∂3 f
=
∂z ∂x ∂z
2
∂2
2
( 1
ye x + ln z = − 2 .
z
)
10. Mostre que, sendo u(x, y) e v(x, y) funções que satisfazem as equações de Cauchy-Riemann, isto
∂u ∂v ∂u ∂v
é, que = ∧ =− , então u, v e (u + v) satisfazem a equação de Laplace (ver problema 3).
∂x ∂y ∂y ∂x
Resolução:
∂ 2u ∂ 2v ∂ 2u ∂ 2v ∂ 2v ∂ 2v ∂ 2u ∂ 2u
De facto, já que = ∧ 2 =− e como = ⇒ 2 + 2 = 0;
∂x 2 ∂x∂y ∂y ∂y∂x ∂x∂y ∂y∂x ∂x ∂y
∂ 2v ∂ 2u ∂ 2 v ∂ 2u ∂ 2v ∂ 2v
Também: =− ∧ 2 = ⇒ 2 + 2 = 0;
∂x 2 ∂x∂y ∂y ∂y∂x ∂x ∂y
∂ 2 (u + v ) ∂ 2u ∂ 2v ∂ 2 (u + v ) ∂ 2u ∂ 2v
Quanto a (u + v), como = + ∧ = + ⇒
∂x 2 ∂x 2 ∂x 2 ∂y 2 ∂y 2 ∂y 2
∂ 2 (u + v ) ∂ 2 (u + v )
⇒ + = 0.
∂x 2 ∂y 2
Caderno de exercícios (Resoluções) 10.1. Derivadas parciais 10.1. 6
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10.2. Diferencial de funções de várias variáveis
1. Em cada caso, verifique que a aproximação linear local no ponto indicado é a apresentada:
2x + 1
a) ex sen y ≈ y em (0, 0); b) ≈ 1 + 2x – y em (0, 0);
y +1
2x 2x − y − z + 2
c) ≈ em (1, 1, 1).
y+z 2
Resolução:
∂z ∂z
∆f ≈ df = z – z0 = ( x0 , y 0 ) (x – x0) + ( x0 , y 0 ) (y – y0) para z = f ( x, y ) :
∂x ∂y
∂z ∂z
a) z0 = 0; ( 0 ,0 ) = 0 ; (0,0) = 1 ⇒ ex sen y ≈ y à volta de (0, 0);
∂x ∂y
∂z ∂z 2x + 1
b) z0 = 1; ( 0 ,0 ) = 2 ; (0,0) = –1 ⇒ ≈ 1 + 2x – y à volta de (0, 0);
∂x ∂y y +1
∂z ∂z
∆f ≈ df = w – w0 = ( x0 , y 0 , z 0 ) (x – x0) + ( x0 , y0 , z0 ) (y – y0) +
∂x ∂y
∂z
+ ( x0 , y 0 , z 0 ) (z – z0) para w = f ( x, y, z ) ;
∂z
∂z ∂z ∂z
c) w0 = 1; (1,1,1) = 1; (1,1,1) = – 1/2; (1,1,1) = – 1/2
∂x ∂y ∂z
2x 2x − y − z + 2
⇒ ≈ em (1, 1, 1).
y+z 2
x2 y2 z2
2. Mostre que a equação do plano tangente ao elipsoide + + = 1 no ponto P0(x0, y0, z0),
a2 b2 c2
xx0 yy0 zz0
z0 ≥ 0 é 2
+ 2
+ = 1.
a b c2
Resolução:
x2 y2 z2
+ + = 1 define z(x, y) implicitamente. A equação do plano tangente é:
a2 b2 c2
∂z ∂z
z = z0 + ( x0 , y 0 , z 0 ) (x – x0) + ( x0 , y0 , z0 ) (y – y0)
∂x ∂y
2x
∂z Fx 2 c 2 x0
onde =− = − a = − e
∂x Fz 2z a 2 z0
c2 ( x0 ,y 0 ,z 0 )
2y
∂z F 2 c 2 y0
= − b
y
=− = −
∂y Fz 2z b 2 z0
c2 ( x0 ,y 0 ,z 0 )
Caderno de exercícios (Resoluções) 10.2. Diferencial de funções de várias variáveis 10.2. 1
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
Substituindo:
c 2 x0 c 2 y0
z+ ( x − x0 ) + ( y − y0 ) = z0 multiplicando por z0 e dividindo por c2:
a 2 z0 2
b z0
zz 0 x0 y0 z 02
+ ( x − x0 ) + ( y − y0 ) = ⇒
c2 a 2
b2 c2
Resolução:
Usando a aproximação linear à volta de (x0, y0):
T(x, y) ≈ T(x0, y0) + Tx(x0, y0)(x – x0) + Ty(x0, y0)(y – y0)
Com (x0, y0) = (2, 1):
T(2.04, 0.97) ≈ 135 + 16(2.04 – 2) – 15(0.97 – 1) = 135 + 0.64 – 0.45 = 135.19.
4. Mostre que qualquer plano tangente ao cone z2 = a(x2 + y2) no ponto P0(x0, y0, z0) que não seja
o vértice, passa pelo vértice.
Resolução:
A equação do cone também é implícita: z2 – a(x2 + y2) = 0
ax0 ay
Assim, a equação do plano tangente é z = z0 + ( x − x0 ) + 0 ( y − y0 )
z0 z0
éz=
(
z02 − a x02 + y02 )
= 0, ou seja, o plano passa na origem de coordenadas, como se queria
z0
demonstrar.
5. Suponha que f ( x, y , z ) é diferenciável no ponto (2, 1, −2) com f ( 2,1,−2) = 0, f x ( 2,1,−2) = –1,
Resolução:
Caderno de exercícios (Resoluções) 10.2. Diferencial de funções de várias variáveis 10.2. 2
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
6. A lei dos gases perfeitos estabelece que a pressão, P, o volume, V, e a temperatura, T, de um gás
perfeito estão relacionados de acordo com PV = RT, onde R é uma constante. Estime a variação
percentual da pressão quando a temperatura do gás aumenta de 3% e o volume também
incrementado de 5%.
Resolução:
RT
R
ΔT − 2 ΔV
RT R RT Δ P
P = ⇒ ΔP ≈ ΔT + − 2 ΔV ⇒ ≈ V + V ⇒
V V V P RT RT
V V
ΔP ΔT ΔV ΔP
⇒ ≈ + − ⇒ ≈ 0.03 + 0.05 = 0.08 ou 8%.
P T V P
7. A equação de estado de van der Waals relaciona a pressão, P, com o volume, V, a temperatura,
T, de uma certa quantidade, n, de um gás:
2
P + n a (V − b) = nRT
V 2
Para a, b, n e R constantes, determine uma aproximação linear que lhe permita determinar a
variação de pressão, ∆P = P – P0, que resulta de uma variação de temperatura, ∆T = T – T0, e de
uma variação de volume, ∆V = V – V0.
Resolução:
∂P ∂P
Por linearização à volta de à volta de (P0, T0, V0): ∆P = ∆T + ∆V
∂T T0 ,V0 ∂V T0 ,V0
nRT n2a
de imediato. Tem-se que P = − 2 ⇒
(V − b) V
∂P nR ∂P nRT0 2n 2 a
donde = e =− +
∂T T0 ,V0 (V0 − b) ∂V T0 ,V0 (V0 − b) 2 V03
2
⇒ ∆P =
nR
∆T + − nRT0 + 2n a ∆V .
(V0 − b) (V − b) 2 V03
0
Resolução:
Estão em causa erros relativos.
Caderno de exercícios (Resoluções) 10.2. Diferencial de funções de várias variáveis 10.2. 3
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
∆z y∆x x∆y ∆z ∆x ∆y
a) ∆z = y ∆x + x ∆y ⇒ ≈ + ⇒ ≈ + = r% + s%;
z xy xy z x y
∆x x ∆z ∆x / y x / y2 ∆z ∆x ∆y
b) ∆z ≈ + − 2 ∆y ⇒ ≈ + − ∆y ⇒ ≈ + = r% + s%;
y y z x/ y x/ y z x y
∆z 2 xy3 3x 2 y 2 ∆z ∆x ∆y
c) ∆z ≈ 2 xy 3∆x + 3 x 2 y 2 ∆y ⇒ ≈ 2 3 ∆x + 2 3 ∆y ⇒ ≈ 2 + 3 =
z x y x y z x y
= 2r% + 3s%;
x3
x3 ∆z 3 x 2 y ∆z
2 y ∆x 1 ∆y
d) ∆z ≈ 3x 2 y ∆x + ∆y ⇒ ≈ 3 ∆x + 3 ∆y ⇒ ≈ 3 + =
2 y z x y x y z x 2 y
= 3r% + ½ s%.
9. O período de um pêndulo (o tempo que decorre entre duas passagens sucessivas pela mesma
da gravidade, g, num certo local. Determine o erro relativo máximo que pode afetar o resultado
deste cálculo se o erro do valor medido para o período, T, e para o comprimento, L, for de 1% e
0.5%, respetivamente.
Resolução:
4π 2 L 4π 2 8π 2 L
g= ⇒ ∆g = ∆L + − ∆T ⇒
T2 T2 T3
∆g 4π 2 / T 2 8π 2 L / T 3 ∆g ∆L ∆T
⇒ = ∆L + − ∆T ⇒ = + −2 =
g 4π L / T
2 2
4π L / T
2 2
g L T
10. Um fluido atravessa um tubo de 1m de comprimento com um raio r = 0.005 ± 0.00025m sob uma
pressão p=105 ± 1000Pa, a um caudal volúmico v= 0.625 × 10−9m3/s. Estime o erro máximo que
π p r4
se comete ao calcular a viscosidade, η, do fluido através da equação v = .
8η
Resolução:
π p r4 ∂η ∂η π r4 4π p r3
η = ⇒ |∆η | = ∆p + ∆r = ∆p + ∆r =
8v ∂p ∂r 8v 8v
=
(
π 5 × 10-3 )
4
1000 +
(
4 × 105 × 5 × 10-3 )
3
25 × 10−5 Pascal × m =
8 625 × 10-12 625 × 10-12
π 4
= 1000 + 1000 = 225π Pa × m .
8 5
Caderno de exercícios (Resoluções) 10.2. Diferencial de funções de várias variáveis 10.2. 4
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
a) A linearização local de f ( x , y ) = x2 + y2 em qualquer ponto (x, y) conduz a uma estimativa por
b) Se duas funções f e g têm o mesmo diferencial em qualquer ponto (x, y) do seu domínio, então
f = g;
c) df = 0 ⇔ f = const;
d) Fazendo zoom para suficientemente perto do ponto (a, b) no diagrama com as curvas de nível
de f, as curvas de nível serão exatamente paralelas e igualmente separadas.
Resolução:
a) É falsa, antes pelo contrário. Em qualquer ponto (x, y) a estimativa que se obtém por
linearização tem um valor menor que o valor verdadeiro da função. É uma estimativa por
defeito. Percebe-se que assim é se verificarmos que o gráfico desta função é um paraboloide
circular de concavidade virada para cima. A linearização em qualquer ponto é traduzida pelo
plano tangente. Este plano tangente encontra-se sempre abaixo da superfície z = f ( x , y ) . Mas
esta observação geométrica pode ser complementada por uma demonstração algébrica:
f ( x , y ) = (x0 + ∆x)2 + (y0 + ∆y)2 = x02 + 2x0∆x + (∆x)2 + y02 + 2y0∆y + (∆y)2
b) É falsa. Se o diferencial de f ( x , y ) é df = P(x, y)dx + Q(x, y)dy, então todas as funções (ou
c) É falsa. A implicação f = const ⇒ df = 0 é verdadeira, mas a contrária não se verifica. A não ser
que fosse referido que df = 0, ∀(x, y), ou em qualquer ponto do domínio no caso de se tratar
de funções de mais de duas variáveis. Não sendo o caso, df pode ser nulo num número finito
de pontos (no caso de funções de duas variáveis são pontos onde o plano tangente é
horizontal) mas não significa que f = const.
Caderno de exercícios (Resoluções) 10.2. Diferencial de funções de várias variáveis 10.2. 5
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
d) É falsa. Comece-se por perceber que curvas de nível exatamente paralelas e igualmente
espaçadas ocorrem apenas para funções lineares. Logo a afirmação é desde logo falsa porque
aquela característica das curvas de nível não depende do zoom. Porém, é certo que quando
ampliamos suficientemente a escala junto do ponto (a,b), significa que consideramos uma
vizinhança cada vez mais próxima daquele ponto e, portanto, uma aproximação linear é cada
vez mais precisa. Nessas circunstâncias, as curvas de nível tendem a ser “mais paralelas” e
“mais igualmente espaçadas”, mas nunca serão exatamente paralelas e igualmente espaçadas.
Caderno de exercícios (Resoluções) 10.2. Diferencial de funções de várias variáveis 10.2. 6
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
10.3. Derivação de funções compostas de duas ou mais variáveis
1. Em cada caso, utilize a regra de derivação em cadeia (ou regra de derivação de funções
compostas) para calcular as derivadas da variável dependente em ordem a todas as variáveis
independentes:
ye y
a) Se w = w(x, y) com y = y(x). Aplique na situação em que w = e y = sen x;
x
b) Se w = w(y, z) com y = y(x) e z = z(x). Aplique na situação em que w = z cos y onde y
2
= sen x e z = e x ;
x− y
c) Se w = w(x, y), com x(u, v) e y(u, v). Aplique em w = , se x = uv e y = u/v;
x+ y
x− y x+ y
d) Se w = w(u, v, x, y), com x(u, v) e y(u, v). Aplique em w =u +v , se x = uv e y
x+ y x− y
= u/v;
e) Se w = w(x1, x2, …, xn, y1, y2, …, ym), com cada um dos yi = yi(x1, …, xn). Verifique que todos
os casos possíveis de funções compostas são apenas casos particulares desta situação mais
1/ n 1/ m
n m
geral. Aplique para o caso de w =
∑ xk
∑ yj
se yj = cos j(x1 + 2x2 …+ nxn) .
k =1 j =1
Resolução:
dw ∂w ∂w dy ye y
a) = + ⇒ dw = − 2 + 1 (e y + ye y ) cos x ;
dx ∂x ∂y dx dx x x
dw ∂w dy ∂w dz 2
b) = + ⇒ dw = − z sen y cos x + 2 x e x cos y ;
dx ∂y dx ∂z dx dx
∂w ∂w ∂x ∂w ∂y ∂w 2y 2x 1
c) = + ⇒ = v − ;
∂u ∂x du ∂y ∂u ∂u ( x + y )2 (x + y ) 2
v
∂w ∂w ∂x ∂w ∂y ∂w 2y 2x u
= + ⇒ = u + ;
∂v ∂x dv ∂y ∂v ∂v (x + y )2 (x + y ) 2
v2
∂w ∂w ∂w ∂x ∂w ∂y
d) = + + ⇒
∂u ∂u ∂x du ∂y ∂u
∂w x − y 2 y 2y − 2x 2x 1
⇒ = + u − vv + u + v ;
∂u x + y ( x + y )2
(x − y ) (x + y )
2 2
(x − y )2 v
∂w ∂w ∂w ∂x ∂w ∂y
= + + ⇒
∂v ∂v ∂x dv ∂y ∂v
∂w x + y 2 y 2y − 2x 2x u
⇒ = + u − v u + u + v − 2 ;
∂v x − y ( x + y )2
(x − y ) (x + y )
2 2
(x − y ) v
2
Caderno de exercícios (resoluções) 10.3. Derivação de funções compostas de duas ou mais variáveis 10.3. 2
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e) É a situação geral na medida em que contempla a situação em que, na fórmula da
função w, surgem não apenas as variáveis intermédias, y, mas também as variáveis
independentes, x. Portanto:
∂w ∂y j
m
∂w ∂ w
= +
∂xi ∂xi y ∑ ∂y
j=1 j ∂xi
j
∂w
(no caso, particular, de só surgirem as variáveis intermédias, y, o termo seria
∂xi y j
nulo). Assim:
1− n 1− m
n m
∂w 1 n n
n m m
1 m
=
∂xi n ∑ xk
∑ yj –
∑ m ∑ yk
j cos
j −1
∑ kx x i sen
∑ kxk .
k =1 j =1 j =1 k =1 k =1 k =1
2. A equação de van der Waals estabelecendo a relação P-V-T de um gás é a seguinte:
1
P + 2 (V − b) = k T , onde k, a e b são constantes.
V
Admitindo que o gás atravessa um processo transiente (em que as propriedades estão sujeitas a
dT dP
alterações com o tempo, t), escreva a expressão que lhe permite calcular em temos de ,
dt dt
dV
, P e V.
dt
Resolução:
A situação é relativamente simples porque se pode explicitar a equação em ordem a T:
1 1
T = P + 2 (V − b)
k V
Assim, temos uma situação em que T = T(P, V) com P = P(t) e V = V(t). Portanto:
dT ∂T dP ∂T dV
= +
dt ∂P dt ∂V dt
dT V − b dP 1 b − V 1 dV .
Ou seja: = + 2 3 + P + 2
dt k dt k V V dt
x = t
3. Um móvel desloca-se sobre a curva C dada pelas equações 2 . Se z = x + y , determine
2 2
y = −t
dz
(sendo s o comprimento do arco) sobre a curva C no ponto P = (2, –4).
ds
Resolução:
Tem-se que z = z(x, y) onde x = x(t) e y = y(t) e, por fim, t = t(s). Logo:
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dz ∂z dx ∂z dy dt
= + (*)
ds ∂x dt ∂y dt ds
Recorde-se que o comprimento de arco é definido como sendo: (∆s)2 = (∆x)2 + (∆y)2
∆ x 2 ∆ y 2
que multiplicando e dividindo por (∆t)2: (∆s )2 = + (∆t )
2
∆ t ∆ t
rearranjando e tomando o limite quando ∆t → 0:
∂z dx ∂z dy
+
dt 1 dt ∂x dt ∂y dt
= , que substituindo em (*): =
ds 2 2 ds 2
dx dy
2
dx dy
+ +
dt dt dt dt
dt 2 x − 4 zy
Calculando as derivadas e substituindo: =
ds 1 + 4t 2
dt 36
No ponto P = (2, –4) ⇒ t = 2 ⇒ = .
ds 17
dw
4. Seja w = w(x, y) onde x = x(t) e y = y(t). Tendo em atenção que é agora uma função de t, x(t)
dt
e y(t), w’(t, x, y):
2 2
d 2w ∂w d 2 x ∂w d 2 y ∂ 2 w dx ∂ 2 w dx dy ∂ 2 w dy
a) Mostre que: = + + + 2 +
dt 2 ∂x dt 2 ∂y dt 2 ∂x 2 dt ∂x∂y dt dt ∂y 2 dt
d 2w d dw ∂ ∂ dx ∂ dy dw
= + + ;
dt dt ∂t ∂x dt ∂y dt dt
nota: verifique que =
dt 2
d 2w
b) Calcule para w = xy, com x = t2 e y = t + 1 de 3 maneiras diferentes: i) por
dt 2
dw
substituição de x(t) e y(t) em w; ii) Derivando em ordem a t; iii) Usando a expressão
dt
dada na alínea anterior.
Resolução:
dw ∂w dx ∂w dy ∂w
a) = + é, para além de uma função de x e y que surgem em ∂w e ,
dt ∂x dt ∂y dt ∂x ∂y
d 2w
uma função de t, que surge em dx e dy . Para obter 2 derivamos em ordem a t a
dt dt dt
dw
função = w’(t, x, y). Esta derivada em ordem a t, nestas condições, implica derivar em
dt
dx
ordem a t (mantendo x e y constantes) e derivar em ordem a x e y, multiplicados por e
dt
dy
, respetivamente. Isto é:
dt
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d dw ∂ ∂ dx ∂ dy dw ∂ ∂ dx ∂ dy ∂w dx ∂w dy
= + + = + + + .
dt dt ∂t ∂x dt ∂y dt dt ∂t ∂x dt ∂y dt ∂x dt ∂y dt
d dw ∂ ∂w dx ∂w dy dx ∂ ∂w dx ∂w dy dy ∂ ∂w dx ∂w dy
= + + + + +
dt dt ∂t ∂x dt ∂y dt dt ∂x ∂x dt ∂y dt dt ∂y ∂x dt ∂y dt
A derivada que constitui a primeira parcela obtém-se tendo em conta que t surge
dx dy
apenas em e :
dt dt
∂ ∂w dx ∂w dy ∂w d 2 x ∂w d 2 y
+ = + ;
∂t ∂x dt ∂y dt ∂x dt 2 ∂y dt 2
A derivada que constitui a segunda parcela obtém-se tendo em conta que x surge em
∂w ∂w
e :
∂x ∂y
dx ∂ ∂w dx ∂w dy dx ∂ w dx ∂ w dy ∂ 2 w dx
2
2 2
∂ 2 w dx dy
+ = + = + ;
dt ∂x ∂x dt ∂y dt dt ∂x 2 dt ∂x∂y dt ∂x 2 dt ∂x∂y dt dt
dy ∂ ∂w dx ∂w dy dy ∂ w dx ∂ w dy ∂ w dx dy ∂ 2 w dy
2 2 2
+ = + 2 = + 2 ;
dt ∂y ∂x dt ∂y dt dt ∂y∂x dt ∂y dt ∂y∂x dt dt ∂y dt
d 2w
= 6t + 2;
dt 2
dw ∂w dx ∂w dy d 2w
ii) = + = y.2t + x = 2t(t+1) + t2 = 3t2 + 2t ⇒ = 6t + 2;
dt ∂x dt ∂y dt dt 2
2 2
d 2w ∂w d 2 x ∂w d 2 y ∂ 2 w dx ∂ 2 w dx dy ∂ 2 w dy
iii) = + + + 2 + =
dt 2 ∂x dt 2 ∂y dt 2 ∂x 2 dt ∂x∂y dt dt ∂y 2 dt
Caderno de exercícios (resoluções) 10.3. Derivação de funções compostas de duas ou mais variáveis 10.3. 5
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Resolução:
A resolução é semelhante à efetuada no problema anterior. A primeira derivada:
∂w ∂w ∂x ∂w ∂y
= +
∂u ∂ x ∂u ∂y ∂u
∂w ∂w ∂x ∂y
é agora função, não apenas de x e y (em e ), mas também de u e v (em e
∂x ∂y ∂u ∂u
∂ 2w ∂ ∂w ∂ ∂ ∂x ∂ ∂y ∂w ∂x ∂w ∂y
= + + + =
∂u 2 ∂u ∂u ∂u ∂x ∂u ∂y ∂u ∂x ∂u ∂y ∂u
∂w ∂ 2 x ∂w ∂ 2 y 2 2 2 2
+ ∂ w ∂x + ∂ w ∂x ∂y + ∂ w ∂x ∂y + ∂ w ∂y =
2 2
= + 2
∂x ∂u ∂y ∂u ∂x ∂u ∂x∂y ∂u ∂u ∂y∂x ∂u ∂u ∂y ∂u
2 2 2
∂w ∂ 2 x ∂w ∂ 2 y ∂ 2 w ∂x 2 ∂ 2 w ∂x ∂y ∂ 2 w ∂y
2
= + 2
+ + 2 + ;
∂x ∂u ∂y ∂u
∂x ∂u ∂x ∂y ∂u ∂u ∂y ∂u
2 2 2
∂ 2w ∂w ∂ 2 x ∂w ∂ 2 y ∂ 2 w ∂x 2 ∂ 2 w ∂x ∂y ∂ 2 w ∂y
2
= + + + 2 + .
∂v 2 ∂x ∂v 2 ∂y ∂v 2 ∂x 2 ∂v ∂x∂y ∂v ∂v ∂y 2 ∂v
∂w ∂w ∂x ∂w ∂y ∂w ∂w
= + = cos θ + sen θ
∂r ∂x ∂r ∂ y ∂ r ∂x ∂y
∂2w ∂w ∂ 2 x ∂w ∂ 2 y ∂ 2 w ∂x 2 ∂ 2 w ∂x ∂y ∂ 2 w ∂y
2
= + +
2 + 2 + =
∂r 2 ∂x ∂r ∂y ∂r ∂x ∂r ∂x∂y ∂r ∂r ∂y ∂r
2 2 2
∂2w ∂2w ∂ 2w
= cos 2 θ + 2cos θ sen θ + sen 2 θ
∂x 2 ∂x∂y ∂y 2
∂2w ∂w ∂ 2 x ∂w ∂ 2 y ∂ 2 w ∂x 2 ∂ 2 w ∂x ∂y ∂ 2 w ∂y
2
= + + +2 + =
∂θ 2 ∂x ∂θ 2 ∂y ∂θ 2 ∂x 2 ∂θ ∂x∂y ∂θ ∂θ ∂y 2 ∂θ
∂w ∂w ∂2w ∂2w ∂ 2w
= − r cos θ − r sen θ + (− r sen θ )2 2 + 2r 2 sen θ cos θθ + (r cos θ )2 2
∂x ∂y ∂x ∂x∂y ∂y
Caderno de exercícios (resoluções) 10.3. Derivação de funções compostas de duas ou mais variáveis 10.3. 6
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
10.4. Derivação de integrais em ordem a um parâmetro
Resolução:
∞ ∞ ∞
df d 1 − xy 2 d 1 − xy 2
∫ ∫ (− y )e
2
∫
− xy
a) = e dy = e dy = dy =
dx dx y dx y
1 1 1
∞
e− x
b
2 b
lim e − xy = −
1
∫ (− 2 xy )e ∫ (− 2 xy )e
1 − xy 2 1 − xy 2
= dy = lim dy = ;
2x 2 x b →∞ 2 x b →∞ 1 2x
1 1
∞ ∞ ∞
d 1 d 1 y2
1 + xy 3 dy =
df
b)
dx
=
dx y ∫ ∫
dx y
1 + xy 3 dy =
∫2 1 + xy 3
dy =
1 1 1
b
1 3xy 2 b
π d 2 J 0 ( x) 1 dJ 0 ( x)
1 + + J 0 ( x) = 0 .
2. **
Se J0(x) =
π ∫ 0
cos ( x sen φ ) dφ , mostre que
dx 2 x dx
Resolução:
dJ 0 ( x ) π d 2 J 0 ( x) π
1 1
dx = −
π ∫
sen ( x sen φ ) sen φ dφ ⇒
0
dx 2 = −
π
cos ( x sen φ ) sen 2φ dφ ; ∫
0
π π
d 2 J 0 ( x) 1 1
+ J ( x )
∫ φ − φ φ cos ( x sen φ ) cos 2φ dφ ∫
2
0 = cos ( x sen ) (1 sen ) d =
dx 2 π π
0 0
Caderno de exercícios (resoluções) 10.4. Derivadas de integrais em ordem a um parâmetro 10.4. 0
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∞
2 π
3.* Sabendo que ∫
0
e − x dx =
2
, mostre, por derivação em ordem a α, que:
∞
cos (α x ) dx =
− x2 π −α 2 / 4
∫e
0
2
e .
Resolução:
∞ ∞ ∞
e − x cos (α x ) dx = − xe− x sen(α x ) dx = ∫ (− 2 x )e sen (α x ) dx
d 2 2 1 − x2
dα ∫
0
2 ∫
0 0
g’ = α cos(α x) dx :
∞ ∞
1 b
e − x cos (α x ) dx = lim e-x sen(αx ) − α e − x cos(αx)dx
d 2 2
∫
2
dα ∫ 2 b →∞ 0
0 0
∞ ∞
e − x cos (α x ) dx = − e cos (α x ) dx
d 2 α − x2
⇒
dα ∫0
2 ∫
0
∞
α
e − x cos (α x ) dx , podemos escrever:
2
∫
dI
Designando por I o integral, I = =− I
dα 2
0
Separando variáveis e integrando ambos os membros:
α2
dI α α2 −
∫ I
=− ∫
2
dα ⇒ ln I = –
4
+C ⇒ I = k e 4 (onde k = eC)
∞ α2
−
Ou seja:
∫e
− x2
cos (α x ) dx = k e 4
∞
−x2 π π π
Como se sabe que ∫e
0
dx =
2
, ou seja, para α = 0, I =
2
⇒k=
2
∞ α2
π −
Assim, e finalmente: ∫e
− x2
cos (α x ) dx = e 4 c.q.d.
2
0
x /( 2 kt )
−u 2 ∂ 2C ∂C
4.*
Mostre que C= ∫
0
e du satisfaz a equação às derivadas parciais k
∂x 2
=
∂t
.
Resolução:
Podemos tentar generalizar. A situação geral seria:
h ( x,t )
∂C dF ∂h dF ∂g
Assim, = − = f ( h( x, t )) − f ( g ( x, t ))
∂t dh ∂t dg ∂t
Caderno de exercícios (resoluções) 10.4. Derivadas de integrais em ordem a um parâmetro 10.4. 1
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
2
x
∂C x − 4kt
Neste caso: ∂t = − 3/ 2 e
4t k
x2 x2 x2
∂C 1 − 4kt ∂2C 1 − 2x − 4kt − x − 4kt
= e ⇒ ∂x2 = e = e
∂x 2 kt 2 kt 4kt 4(kt )3/ 2
Resolução:
Devemos usar a regra de Leibniz generalizada aplicada a este caso:
v( x) v
d ∂f ( x,y )
∫ f ( x, y ) dy = f ( x,v) dv − f ( x,u ) du +
∫
dF ( x )
= dy
dx dx dx dx ∂x
u ( x) u
o que dá:
∫ dx [e ]
x x
d d
∫
−y
e -y ( x − y )3 / 2 dy = e − x ( x − x) 3 / 2 .1 − e −1 ( x − 1)3 / 2 .0 + ( x − y )3 / 2 dy
dx
1 1
∫ [ ]
x x
d −y 3 −y
=
1
dx
e ( x − y )3 / 2 dy =
2 ∫
e ( x − y )1/ 2 dy
1
c.q.d.
Caderno de exercícios (resoluções) 10.4. Derivadas de integrais em ordem a um parâmetro 10.4. 2
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
10.5. Funções implícitas e a sua derivação
1.* Considere que a equação F(x, y) = 0 define implicitamente y(x) num certo domínio. Determine a
d2y
expressão que lhe permite calcular . Aplique para o caso de x2 + 3xy + y2 – 2x + y = 5.
dx 2
Resolução:
É possível obter esta expressão de dois modos:
i) Derivando implicitamente a equação da primeira derivada:
2
∂ ∂ dy ∂F ∂F dy dy d2y dy dy
+ + = 0 ⇒ Fxx + Fyx + Fy + Fxy + Fyy = 0
∂x ∂y dx ∂x ∂y dx
2
dx dx dx dx
d2y dy
que pode ser resolvida em ordem a 2
após substituir = − Fx/Fy :
dx , dx
dy d2y ∂ ∂ Fx Fx
+ −
ii) Derivando implicitamente
dx
= − Fx/Fy :
dx 2
=
∂x ∂y Fy − Fy =
F xx F y − F yx F x F x F xy F y − F yy F x 2 F xy F x F y − F xx F y − F yy F x
2 2
= − + = ;
F y2 Fy F y2 F y3
Sendo x2 + 3xy + y2 – 2x + y = 5, tem-se que:
Fx = 2x + 3y –2; Fxx = 2;
Fxy = 3;
Fy = 2y + 3x + 1; Fyy = 2;
∂z ∂z ∂2z ∂2 z
a) e ; b) e .
∂x ∂y ∂x 2 ∂y 2
Resolução:
∂z 2( x + y ) ∂z 2( x + y ) − 3( y − z ) 2
= –Fx/Fz = − ; = –Fy/Fz = −
∂x 3( y − z ) 2 ∂y 3( y − z ) 2
Caderno de exercícios (resoluções) 10.5. Funções implícitas e sua derivação 10.5. 1
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
Fxz = 0;
Fz = 3(y – z)2; Fzz = –6(y – z);
∂2z
=
[ ] [
36( y − z ) 2( x + y ) − 3( y − z ) 2 ( y − z ) 2 − 9( 2 − 6 y )( y − z ) 4 + 6( y − z ) 2( x + y ) − 3( y − z ) 2 ]
2
.
∂y 2 27( y − z ) 6
F ( x, y, z) = 0
3.* Considere que as equações simultâneas definem implicitamente, por exemplo,
G ( x, y, z) = 0
y(x) e z(x) (alternativamente, pode considerar que definem x(y) e z(y), ou ainda x(z) e y(z)).
dy dz
a) Por derivação implícita, encontre as expressões que lhe permitem calcular e
dx dx
dx dz dx
(alternativamente, encontre as expressões que lhe permitem calcular e , ou ainda
dy dy dz
dy
e );
dz
x 2 + y 2 + z 2 = 4
b) Aplique no caso de 2 e interprete geometricamente o problema.
x − y + 2 z = 0
2 2
Resolução:
a) Obtemos as duas derivadas derivando implicitamente ambas as equações:
∂F ∂F dy ∂F dz
∂x + ∂y dx + ∂z dx = 0
que constitui um sistema de duas equações em duas incógnitas,
∂G + ∂G dy + ∂G dz = 0
∂x ∂y dx ∂z dx
dy dz
e . Resolvendo em ordem a estas variáveis:
dx dx
∂F ∂F ∂F ∂F
− −
∂x ∂z ∂y ∂x
∂G ∂G ∂G ∂G
− −
dy ∂x ∂z = Fz G x − Fx G z dz ∂y ∂x Fx G y − Fy G x
= e = = ;
dx ∂F ∂F Fy G z − Fz G y dx ∂F ∂F Fy G z − Fz G y
∂y ∂z ∂y ∂z
∂G ∂G ∂G ∂G
∂y ∂z ∂y ∂z
Caderno de exercícios (resoluções) 10.5. Funções implícitas e sua derivação 10.5. 2
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
dy − 4 xz x dz − 8 xy 2x
b) = = − e = = −
dx 12 yz 3y dx 12 yz 3z
y = y(x)
Geometricamente, o gráfico de é uma curva no espaço, interseção da esfera de raio
z = z(x)
2 (de equação x2 + y2 + z2 = 4) com o cone elíptico (x2 – 2y2 + z2 = 0).
4.* Seja k uma constante positiva e considere o plano tangente à superfície xyz = k num ponto do
primeiro octante. Mostre que o tetraedro definido por este plano tangente e os planos
coordenados tem volume constante, independente do ponto de tangência. Qual é esse volume?
(nota: volume do tetraedro V = 1/3Abh, onde Ab é a área da base e h a altura).
Resolução:
A equação xyz = k define z = z(x, y) que até pode ser explicitada: z = k/xy. O ponto tangente num
ponto qualquer (x, y) = (a, b) é:
∂z ∂z
z = z(a, b) + ( x − a) + ( y − b) ⇒
∂x ( a ,b ) ∂y ( a ,b )
k k k
⇒ z= + − ( x − a ) + − 2 ( y − b ) ⇒
ab a 2b ab z
⇒ z = 3k − k2 x − k 2 y
ab a b ab
3k k
y0 obtém-se para x = 0 e z = 0 ⇒ − y0 = 0 ⇒ y0 = 3b;
ab ab 2
x0
3k x
z0 obtém-se para x = 0 e y = 0 ⇒ z0 = ;
ab
Verifique-se agora que a Ab, a área da base do tetraedro definido por este plano tangente e os
x0 y 0 9 ab 3k
planos coordenados é Ab = = . Por outro lado, a altura do tetraedro é h = z0 = .
2 2 ab
1 9 ab 3k 9k
Portanto, o volume: V = 1/3Abh = = , independentemente do ponto de tangência
3 2 ab 2
3k
(a, b, ).
ab
Caderno de exercícios (resoluções) 10.5. Funções implícitas e sua derivação 10.5. 3
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
5. A equação f ( y / x, z / x) =0 define implicitamente z como função de x e y, z = z(x, y). Mostre que
∂z ∂z
x + y = G (z ) e determine G(z). (exame EN 2014.06.30)
∂x ∂y
Resolução:
Comece-se por reescrever f em termos de u e v: f (u, v) = 0, com u = y/x e v = z(x, y)/x.
∂f ∂u ∂f ∂v ∂u 1 ∂v 1 ∂z
+ = 0 onde = e =
∂u ∂y ∂v ∂y ∂y x ∂y x ∂y
1 1 ∂z ∂z f
⇔ fu + fv = 0 ⇔ y = − y u
x x ∂y ∂y fv
∂z ∂z
Assim: x + y = z ( x, y ) ⇒ G(z) = z.
∂x ∂y
_____________
Também se pode fazer, já que para todos os efeitos se tem que f ( x, y, z ) =0 define
∂f ∂u ∂v
fu + fv
∂z ∂y ∂y ∂y f (1 / x) f
=− = − = − u = − u …
∂y ∂f ∂v f v (1 / x) fv
fv
∂z ∂z
Caderno de exercícios (resoluções) 10.5. Funções implícitas e sua derivação 10.5. 4
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10.6. Máximos e mínimos de funções de duas ou mais variáveis
1. Mostre que entre todos os paralelogramos de perímetro L, o quadrado de lado L/4 é o que tem
área máxima (nota: a área do paralelogramo é dada por A = absenα, onde a e b são os
comprimentos de dois lados adjacentes, e α o ângulo por eles formado).
Resolução:
A = ab sen α a( L − 2a)
⇒ A(a, α) = sen α a
2a + 2b = L 2
α
b
∂A L − 2a
∂a = 0 2 − a sen α = 0
∂A ⇒ ⇒ (da 2ª equação) a = L/2 ∨ cos α = 0
= 0 a(L − 2 a)
cos αα= 0
∂α 2
A solução a = L/2 não interessa porque implica b = 0, logo não haveria realmente um
paralelogramo.
2. Uma caixa retangular com 18 l, aberta no topo, deve ser construída com diferentes materiais com
diferentes custos: Para a base o material custa 3 c€/cm2, para a frente 2 c€/cm2, e para os lados e
parte posterior 1 c€/cm2. Determine as dimensões da caixa de modo a que o custo seja mínimo.
Resolução:
C = 3xy + 2xz + 2yz + xz = 3xy + 3xz + 2yz
54 36
xyz = 18 ⇒ C(x, y) = 3xy + +
y x
∂C 36
∂x = 0 3 y - = 0
⇒ x2 ⇒ x = 2 ∧ y = 3 ⇒ z = 3. z 18 l
∂C 54
= 0 y
= 0 3 x -
∂y y2 x
3. Se uma caixa retangular sem tampa deve ter um volume fixo V, que dimensões relativas
minimizam a área das suas faces.
Resolução:
Caderno de exercícios (resoluções) 10.6. Máximos e mínimos de funções de duas ou mais variáveis 10.6. 1
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
4. Uma caixa retangular tem três faces sobre os planos coordenados e um vértice sobre o plano ax
+ by + cz = 1. Calcule o volume da maior caixa com estas características.
Resolução: z
1/c
V = xyz com ax + by + cz = 1 ⇒ V(x, y) =
xy
(1 − ax − by)
c
∂V = 0 y axy
∂x c (1 − ax − by) − c =0
∂V ⇒ x ⇒
= 0 bxy
(1 − ax − by) − = 0 1/b
∂y c c
y
1 1/a
x=
1 − 2ax − by = 0 3a
1 − ax − 2by = 0 ⇒ x
y = 1
3b
1 1
⇒z= ⇒ V= .
3c 27abc
5. Determine as dimensões da caixa retangular de maior volume que pode ser circunscrita no
elipsoide 4x2 + 9y2 + 16z2 = 144.
Resolução:
z = 144 − 4 x 2 − 9 y 2 .
32 x 2 y
∂V = 0 8 y 144 − 4 x 2
− 9 y 2
− =0
∂x 144 − 4 x 2 − 9 y 2
∂V ⇒ ⇒
= 0 8 x 144 − 4 x 2 − 9 y 2 − 36 xy 2
∂y =0
144 − 4 x 2
− 9 y 2
( )
y 144 − 4 x 2 − 9 y 2 − 4 x 2 y = 0
⇒
( )
x 144 − 4 x − 9 y − 9 xy = 0
2 2 2
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x2 y2 z2
6. Generalize o problema anterior para o elipsoide + + = 1.
a2 b2 c2
Resolução:
2 2
V(x, y) = 8 xy 1 − x −
y
a b
x
2
2 2 8 y a
8 y 1 − x − y − =0
a b 2 2
∂V = 0 1 − −
x y
∂x a b
∂V ⇒ 2 ⇒
= 0 y
∂y 2
x − y −
2 8 x
b
8 x 1 − a b =0
2
y
2
1 − −
x
b
a
2
y
2 2
1 − − − = 0
x x
a b a b
⇒ ⇒ y = x
x y y
2 2 2 a
1 − a − b − b = 0
2
a 3 b 3 c 3 8abc 3
1 − 3 = 0 ⇒ x =
x
⇒y= ⇒ z= ⇒ V= .
a 3 3 3 9
Resolução:
( )
∂ d 2 1
∂x = 0 4 x + 4 y = 2 x = − 6 1
( )
2
∂ d = 0
⇒
4 x + 10 y = 6
⇒
y =
2
⇒ z = − .
6
∂y 3
x = t x = 2s
8. Mostre que o quadrado da distância entre as curvas no espaço y = t + 1 e y = s − 1 tem um
z = 2t z = s + 1
Resolução:
d2 = (x1 – x2)2 + (y1 – y2)2 + (z1 – z2)2 ⇒ d2(t, s) = (t – 2s)2 + [t+1 – (s–1)]2 + [2t – (s +1)]2
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( )
∂ d 2
t =
1
∂t = 0 12t − 8s = 0 5 z
( )
2
∂ d
⇒
− 8t + 12s = 2
⇒
s = 3
∂s = 0 10
Mostra-se que é um mínimo usando o valor do hessiano, ∆(s, t):
2
∂ 2 (d 2 ) ∂ 2 (d 2 ) ∂ 2 (d 2 ) x
∆(s, t) = −
∂t 2 ∂s 2 ∂s∂t
∂ 2 (d 2 ) ∂ 2 (d 2 ) ∂ 2 (d 2 )
onde =12; =12; =–8 ⇒
∂t 2 ∂s 2 ∂s∂t
y
∂ 2 (d 2 ) ∂ 2 (d 2 )
∆(s, t) = 144 – 64 = 80 > 0 com >0 (e > 0 ), é um ponto de mínimo.
∂t 2 ∂t 2
Resolução:
d2 f
= 8 > 0 ⇒ (0, 0) é um ponto de mínimo;
dx 2
df
ii) 0 ≤ x ≤ 1 ∧ y = 1 ⇒ f (x,1) = 4x2+ 2x – 3 ; = 0 ⇒ 8x + 2 = 0 ⇒ x = –1/4;
dx
Está fora do domínio de definição de x. Não há ponto crítico da função sobre lado do
quadrado 0 ≤ x ≤ 1 ∧ y = 1;
df
iii) x = 0 ∧ 0 ≤ y ≤ 1 ⇒ f (0, y) = –3y2 ; = 0 ⇒ –6y = 0 ⇒ y = 0;
dy
d2 f
= − 6 < 0 ⇒ (0, 0) é um ponto de máximo;
dx 2
df
iv) x = 1 ∧ 0 ≤ y ≤ 1 ⇒ f (1, y) = 4 – 3y2 + 2y ; = 0 ⇒ –6y + 2 = 0 ⇒ y = 1/3;
dy
d2 f
= − 6 < 0 ⇒ (1, 1/3) é um ponto de máximo;
dx 2
b) Há duas diagonais: i) x = y; e ii) y = 1 – x:
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FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
df
i) x = y: f ( x, x) = 3x2 ; = 0 ⇒ 6x = 0 ⇒ x = 0;
dx
d2 f
= 6 > 0 ⇒ (0, 0) é um ponto de mínimo;
dx 2
df
ii) y = 1 – x: f ( x,1 − x) = 8x – x2 – 3 ; = 0 ⇒ 8 – 2x = 0 ⇒
dx
⇒ x = 4;
Está fora do domínio de definição de x.
Não há ponto crítico da função sobre a diagonal do quadrado
0 ≤ x ≤ 1 ∧ y = 1 – x;
∂f
∂x = 0 8 x + 2 y = 0
c) ⇒ ⇒ só tem a solução (0, 0).
∂f
= 0 2 x − 6 y = 0
∂y
2
∂2 f ∂2 f ∂2 f
∆(x, y) = − = 8×(–6) – 4 = – 52 < 0 é um ponto de sela, como se esperava.
∂x 2 ∂y 2 ∂x∂y
10. Determine os extremos absolutos das seguintes funções nas regiões limitadas indicadas:
a) f ( x, y) = xey – x2 – ey, na região retangular de vértices (0, 0), (0, 1), (2, 1) e (2, 0);
Resolução:
Extremos absolutos são i) máximo ou mínimos locais interiores; ii) Pontos onde as derivadas não
estão definidas; iii) Pontos fronteira.
a) Comece-se pode determinar os pontos críticos interiores:
∂f e y − 2 = 0
∂x = 0 x = 1
i) ⇒ ⇒ ⇒ f (1, ln 2) = –1;
∂f
= 0 xe y - ey = 0 y = ln 2
∂y
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FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
df
c) Sobre o lado x = 0 ∧ 0 ≤ y ≤ 1 ⇒ f (0, y) = – ey; = 0 ⇒ – ey = 0 não tem qualquer
dy
solução, isto é, não existem pontos críticos sobre este lado do quadrilátero;
df
d) Sobre o lado x = 2 ∧ 0 ≤ y ≤ 1 ⇒ f (2, y) = 2 ey – 4 – ey; = 0 ⇒ ey = 0 não tem
dy
z
qualquer solução…; y
(sobre o lado 0 ≤ x ≤ 2 ∧ y = 0)
O mínimo absoluto é o
∂f y2 = 0
= 0 ∀ x
∂x
i) ⇒ ⇒ ⇒ f (x,0) = 0;
∂f
= 0 2 xy = 0 y = 0
∂y
áreas destes quadrados, mostre que tem um único ponto crítico e é um mínimo local. Verifique
que, no entanto, será possível maximizar aquela área total. Explique esta situação.
Resolução:
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∂f 1
= 0 ( 2 x + y − 120 ) = 0 x = 40
∂x
2 2 2
x y 120 − x − y
f ( x, y) = + + ⇒ ⇒ 8 ⇒ ,
4 4 4 ∂f 1
= 0 (x + 2 y − 120 ) = 0
y = 40
∂y 8
f = 300m2.
2
∂2 f ∂2 f ∂2 f 1 1 1
2
3 ∂2 f ∂2 f
∆(x, y) = − × − com > (e > 0 ), é um
4 4 8
= = > 0 0
∂x 2 ∂y 2 ∂x∂y 64 ∂x 2 ∂y 2
ponto de mínimo.
Porém, este é apenas um mínimo local. Extremos absolutos encontram-se nos pontos fronteira
do domínio de interesse. Este domínio é: x ≥ 0 ∧ y ≥ 0 ∧ x + y ≤ 120 (um triângulo no primeiro
quadrante de lado 120). Procuremos estes extremos:
2 2
y 120 − y df
i) Sobre o lado x = 0 ∧ 0 ≤ y ≤ 120: f (0, y) = + ; = 0 ⇒ y = 60;
4 4 dy
f (0,60) = 450m2; Nos extremos: f (0,0) = 900m2; f (0,120) = 900m2;
2 2
x 120 − x df
ii) Sobre o lado y = 0 ∧ 0 ≤ x ≤ 120: f (0, y) = + ; = 0 ⇒ x = 60;
4 4 dx
f (60,0) = 450m2; Nos extremos: f (0,0) = 900m2 ; f (120,0) = 900m2;
2 2
x 120 − x
iii) Sobre o lado y =120 – x : f ( x,120 − x) = + , função idêntica às anteriores.
4 4
Conclusão: O mínimo absoluto é f = 300m2 com x = 40m e y = 40m (todos os segmentos iguais).
O máximo absoluto ocorre se x = y = 0, isto é, se apenas tivermos um segmento de
120m, um quadrado de 30m de lado, obtendo-se uma área de 900m2.
z
f =900
f =900
f =900
(0,120)
y
(40,40)
(120,0)
x
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12.* O designado método dos mínimos quadrados consiste em ajustar um modelo matemático a um
conjunto de dados experimentais por minimização dos resíduos, isto é, as diferenças entre os
valores calculados pelo modelo matemático e os valores experimentais. Por exemplo, se tivermos
um conjunto de n pares de valores experimentais, (yi, xi), i = 1, n, e se o modelo for linear, y = a1
x + a0, então designa-se de resíduo, ri, a diferença entre o valor tabelado, yi, e o valor calculado,
y = a1 xi + a0 , ou seja, ri = a1 xi + a0 – yi. Assim, pelo método dos mínimos quadrados, a melhor
reta que ajusta os pontos experimentais é aquela que minimiza a soma do quadrado dos resíduos,
n
SQR(a0, a1) = ∑ (a x
i =1
1 i + a0 − yi )2 .
a) Mostre que os parâmetros da reta (declive e ordenada na origem), a0, a1, que melhor ajusta os
n pares de pontos (yi, xi), i = 1, n, devem satisfazer as condições:
n n n
∑ xi2 a1 +
i =1 ∑xi a0 =
∑x y i i
i =1 i =1
;
n
n
∑ x a + n a =
i 1 0 ∑ yi
i =1 i =1
Resolução:
n
a) Sendo a soma dos quadrados dos resíduos, SQR(a0, a1) = ∑ (a x
i =1
1 i + a0 − yi )2 , função de duas
variáveis a0 e a1, os parâmetros da reta, então o mínimo de SQR será um ponto crítico.
Portanto:
n n n
∂SQR 2 (a1xi + a0 − yi ) = 0
∂a = 0
∑ n a0 + a1 xi =
∑ ∑ yi
0
∂SQR ⇒ i =n1 ⇒ n
i =1
n
i =1
n
2 (a x + a − y )x = 0 a
∂a1
= 0
∑
1 i 0 i i 0 ∑ xi + a1 ∑xi
2
= ∑
xi yi
i =1 i =1 i =1 i =1 c.q.d.
Caderno de exercícios (resoluções) 10.6. Máximos e mínimos de funções de duas ou mais variáveis 10.6. 8
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
b) Usando a regra de Cramer para resolver o sistema de equações, obtém-se diretamente (todos
os somatórios são extensivos de i = 1 até n):
∑y
n
∑ x ∑ xy = n∑ xy - ∑ x ∑ y
∑ x n∑ x − (∑ x )
a1 = 2
n 2
(c. q. d.)
∑ x ∑ x2
Por outro lado, resolvendo a primeira equação em ordem a a0:
n n n n
∑1 yi ∑1 xi ∑
i =1
xi ∑y
i =1
i
i= i= ou a0 = y − a1 x , onde x = e x=
a0 = − a1 (c.q.d);
n n n n
c)
x y
1,0 4,1
2,0 3,4
3,0 3,1
4,0 2,4
5,0 1,9 n= 5
4.5
x-y data
4 y = -0,54x + 4,6
Linear (x-y data)
3.5
2.5
1.5
0.5
0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0
Caderno de exercícios (resoluções) 10.6. Máximos e mínimos de funções de duas ou mais variáveis 10.6. 9
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
10.7. Derivada direcional e gradiente
r r r r 4r 3r
no ponto (1, 0) na direção de v = 4i + 3 j foi: Dur f( 1, 0 ) = ∇f( 1,0 ) • u = i + j.
5 5
Como sabe, de imediato, que a resposta está errada? Qual a resposta correta?
Resolução:
r 4 3 4 3 11
Dur f( 0 , 1 ) = ∇f( 1,0 ) • u = 2 xe y , x 2e y ( 1,0 ) • , = 2, 1 • , = .
5 5 5 5 5
r r r
2. a) Determine Q que dista 0.1 de P = (0, 0) na direção de v = − i + 3 j ;
r r r
b) Use P e Q para estimar a derivada direcional de f ( x, y) =x + y2 na direção de v = − i + 3 j ;
Resolução:
∆y 2 1 3
⇒ ∆x 2 1 + = 10–2 ⇒ ∆x = − , ∆y = ;
∆x 20 20
1 3
− + 2 −0
f (Q) − f ( P) 20 20 17
b) Dur f ( P) = r lim
r r r ≈ =− ≈ – 0.425…;
Q − P →0 Q−P 0.1 40
1 3 1
c) Dur f ( P) = 1, 2 y ( 0 ,0 ) • − , =− .
2 2 2
3. Determine a derivada direcional de f no ponto P na direção do vetor que faz um ângulo θ com a
parte positiva do eixo Ox na direção contrária ao movimento dos ponteiros do relógio.
Resolução:
r 1 3
a) O vetor unitário cuja direção faz um ângulo π/3 com Ox é o vetor u = , .
2 3
Caderno de exercícios (resoluções) 10.7. Derivada direcional e gradiente 10.7. 1
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
r
A derivada direcional é: Dur f( 1, 4 ) = ∇f( 1, 4 ) • u .
y x 1 1
∇f = , ⇒ ∇f( 1, 4 ) = 1, ⇒
2 x 2 y 4
π/3
⇒ Dur f( 1, 4 ) = 1 × 1 + 1 3 = 1 + 3 ;
2 4 2 2 8 1/2
r 2 2
b) O vetor unitário cuja direção faz um ângulo 7π/4 com Ox é o vetor u = ,− .
2 2
r
A derivada direcional é: Dur f(π / 6, π / 3 ) = ∇f(π / 6, π / 3 ) • u .
∇ f( π / 6 , π / 3) = 8 ,4 ; 1
4. Determine a derivada direcional de f ( x, y) =ex sec y no ponto P = (0, π/4), na direção da origem.
Resolução:
r
O vetor unitário cuja direção da origem a partir do ponto P = (0, π/4) é o vetor u = 0,−1 .
r
A derivada direcional é: Dur f (0, π/4) = ∇f (0, π/4) • u .
x r
5. Seja f ( x, y) = . Encontre o vetor u na direção do qual Dur f (2, 3) = 0 .
x+ y
Resolução:
y −x 3 −2 r
∇f = , ⇒ ∇f( 2, 3 ) = , . Se u = a, b : Dur f (2, 3) = 0 ⇒
(x + y ) ( x + y )
2 2 25 25
3a 2b r 2 13
⇒ − = 0 ⇒ b = 3/2 a. Como u é um vetor unitário: a 2 + 9 / 4a 2 = 1 ⇒ a = e
25 25 13
3 13
b= .
13
r 3 4 r 4 3
6. Considere que Dur f (1, 2) = − 5 e Dvr f (1, 2) = 10 sendo u = ,− e v= , , determine:
5 5 5 5
a) fx(1, 2); b) fy(1, 2); c) A derivada direcional de f na direção da origem.
Resolução:
Caderno de exercícios (resoluções) 10.7. Derivada direcional e gradiente 10.7. 2
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
3 4
fx = 5
f ( 1,2 ) − f y( 1,2 ) = −5
5 x 5
a) e b) ⇒ ;
f x( 1,2 ) + 3 f y( 1,2 ) = 10
4 f y = 10
5 5
r −1 − 2
c) w = 0,0 − 1,2 = − 1,−2 ⇒ Dwr f (1, 2) = 5,10 • , = 5 5.
5 5
a) f ( x, y) = 4x – 2y + 3, P = (1, 2);
Resolução:
a) ∇ f( 1,2 ) = 4 , − 2 (a curva de nível e ∇f são normais);
2y 1 1 1
b) ∇f (−2,2) = − , = , (a curva de nível e ∇f são normais);
x3 x 2 ( −2 ,2 )
2 4
2
a) ∇f ∇f
∇f 2.0
2 4 6
1.5
8. Determine o vetor unitário normal à curva de nível de f ( x, y) =4 x2y, no ponto P = (1, –2).
Resolução:
r ∇f 16 4 1
o vetor unitário, então u = = − , = − 4,1 . O vetor simétrico,
f 16 + 16
2
16 + 16
2 17
1
4,−1 também é normal à curva de nível.
17
Caderno de exercícios (resoluções) 10.7. Derivada direcional e gradiente 10.7. 3
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
9. Determine o vetor unitário na direção do qual f decresce mais rapidamente no ponto P e qual a
taxa de variação de f nessa direção:
Resolução:
1
a) ∇f ( −1, − 3) = − 2 x, − 2 y = 2 ,6 ; a direção pretendida é a de − 2,6 ; a taxa de
( −1,− 3) 40
variação é − 40 ;
1
b) ∇f ( 2 ,3) = xe xy , − ye xy = e 6 3,2 ; a direção pretendida é a de − 3,2 ; a taxa de
( 2 ,3) 13
variação é − e 6 13 ;
c) ∇ f (π / 6 ,π / 4) = 2 2 ; a direção pretendida é
− 3 sen (3 x − y ) , sen (3 x − y ) = −3 ,
( π / 6 ,π / 4 ) 2 2
2
a de 3,−1 ; a taxa de variação é − 5 .
2 5
10. Um caminhante encontra-se no ponto (–100, –100, 430) duma montanha cuja altitude é dada por
z = 500 – 0.003x2 –0.004y2 (todas as dimensões em m).
a) Suponha que pretende deslocar-se na direção Este (direção positiva do eixo do Ox). Nesse
instante, qual é o ângulo de inclinação da sua trajetória?
b) Repita a a alínea anterior para o caso de se deslocar na direção Norte (na direção positiva do
eixo Oy);
Resolução:
a) Na direção Este a taxa de variação é zx = –0.006x. Para x = –100 ⇒ zx = –0.6. O ângulo pedido
é arctg 0.6;
b) Na direção Norte a taxa de variação é zy = –0.008y. Para y = –100 ⇒ zy = –0.8. O ângulo pedido
é arctg 0.8;
Caderno de exercícios (resoluções) 10.7. Derivada direcional e gradiente 10.7. 4
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
−6 −8
Dur f (−100, − 100) = ∇f (−100, − 100) • a,b ⇒ x, y a,b = 1 ⇒
1000 1000
2
10 − 6a 10 − 6a
⇒ b= ; como a ,b é um vetor unitário ⇒ a 2 + =1 ⇒
8 8
⇒ a = 0.6 ⇒ b = 0.8;
Portanto, na direção do vetor 0.6, 0.8 a taxa de variação é 1, o ângulo de subida é 45°. Por
outro lado, na direção contrária, na do vetor simétrico − 0.6, − 0.8 a taxa de variação é –1 e o
Resolução:
r − 1,2
v1
∇z(2, 1) • r = − 2 5 ⇒ z x ,z y • = − 2 5 ⇒ −zx + 2zy = –10
v1 ( 2 , 1) 5
r 3,4
v2
∇z (2, 1) • r = 1 ⇒ z x ,z y • = 1 ⇒ 3zx + 4zy = 5
v2 (2 , 1) 5
− z x + 2 z y = −10 zx = 5
⇒ .
3z x + 4 z y = 5 z y = −5 / 2
r
b) A derivada direcional Dur f é paralela a u ;
r
c) Se grad f (a, b) = i ⇒ f (a + 1, b) > f (a, b) ;
Caderno de exercícios (resoluções) 10.7. Derivada direcional e gradiente 10.7. 5
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
Resolução:
a) É falsa. Seja c , d o vetor que tem a direção da tangente a f ( x, y) no ponto (a, b).
de Ox+. Porém, isso só é verdade na vizinhança imediata de (a, b). O ponto (a + 1, b) pode ser
“demasiado longe” e f ( x, y) tornar-se decrescente entre f (a, b) e f (a + 1, b) ;
d) É falsa. Embora esteja correto a parte em que se refere que grad f ( x, y) é perpendicular às
curvas de nível, mas se estas estiverem mais juntas (e correspondendo cada uma a valores de
f igualmente separados) significa que f varia mais rapidamente e, portanto, o vetor grad f é
maior (e não menor);
r
e) É verdadeira. De facto Dur f = 1,1 • u = 2 cosθ 1 ≤ 2
r r r r r
1
Usando v • u = v • u cosθ , e onde u é o vetor unitário, por definição de derivada direcional;
x y x y
∇f = + 1, ; ∇g = − 1, ⇒
x2 + y2 x2 + y2 x2 + y2 x2 + y2
1
13. Se grad f = 2 xy + 1, x 2 + qual é a função f ( x, y) se f(0, 0) = 0 ?
1+ y
Resolução:
∂f
Dado que
∂x
= 2xy + 1 ⇒ f ( x, y) = ∫ (2 xy + 1)dx = x y + x + K(y)
2
Caderno de exercícios (resoluções) 10.7. Derivada direcional e gradiente 10.7. 6
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
onde K(y) é a constante de integração, que pode ser função de y. A determinação desta
“constante” de integração faz-se derivando agora f ( x, y) = x2y + x + K(y) e comparando com x2
1 dK ( y ) 1
+ ⇒ x2 + = x2 + ⇒
1+ y dy 1+ y
dK ( y ) 1
⇒ = ⇒ K(y) = ln(1 + y) + C
dy 1+ y
⇒ f ( x, y) = x2y + x + ln(1 + y) + C
∂ ∂
14. Mostre que o operador ∇ ≡ , tem as seguintes propriedades:
∂x ∂y
u v∇u − u∇v
a) ∇(uv) = u∇v + v∇u; b) ∇ = , onde u = u(x, y) e v = v(x, y).
v v2
Resolução:
∂ ∂ ∂u ∂v ∂u ∂v ∂u ∂u ∂v ∂v
a) ∇(uv) = , (uv) = v + u , v +u = v ,v + u ,u =
∂x ∂y ∂x ∂x ∂y ∂y ∂x ∂y ∂x ∂y
∂u ∂v v ∂u − u ∂v
v −u
u ∂ ∂ u ∂x ∂x , ∂y ∂y
b) ∇ = , = =
v ∂x ∂y v v 2
v 2
1 ∂u ∂u ∂v ∂v v∇u − u∇v
= v ,v − u ,u = cqd. ,
2
v ∂x ∂y ∂x ∂y v2
15. Em ’45, Londres era atingida pelas bombas V-1 e V-2. Um matemático mapeia as ocorrências e
desenvolve modelos probabilísticos no sentido de prever onde será a próxima explosão. Certo dia
Resolução:
Caderno de exercícios (resoluções) 10.7. Derivada direcional e gradiente 10.7. 7
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
a) ∇f = 2 x + 2 y,2x − 2 y ⇒ ∇f (5,5) = 20,0
1
b) D ur f = 20,0 • − 5,−5 = −20 50 < 0 ⇒ a probabilidade decresce;
50
unitário 0,1 .
Caderno de exercícios (resoluções) 10.7. Derivada direcional e gradiente 10.7. 8
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
10.8. Máximos e/ou mínimos com restrições: Método dos multiplicadores de Lagrange
A função f ( x, y) tem um máximo, no valor de cerca de 200, para (x, y) ≈ (3.5, 2.8).
r r
2. Seja f uma função diferenciável e seja grad f (2,1) = − 3i + 4 j . Verifique se o ponto (2, 1) é um
ponto de máximo ou de mínimo de f sujeita à restrição:
a) x2 + y2 = 5;
proporcional a ∇g (2,1) :
~∃ λ ∈ ℝ: − 3,4 = λ 4,2 ⇒
∃ λ = 2 ∈ ℝ: − 3,4 = λ − 6,8 ⇒
3. Use o método dos multiplicadores de Lagrange para resolver os seguintes problemas da Secção
10.6:
a) Problema 2; b) Problema 4; c) Problema 5; d) Problema 7.
Resolução:
a) f ( x, y, z) = 3xy + 3xz + 2yz
g( x, y, z) = 0 ≡ xyz = 18 z 18 l
y
x
Caderno de exercícios (resoluções) 10.8. Máximos e/ou mínimos c/ restrições: multiplicadores de Lagrange 10.8. 1
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
∂f ∂g
∂x = λ ∂x
∂f ∂g 3 y + 3 z = λyz
=λ 3 x + 2 z = λxz
∇f = λ ∇g ⇒ ∂y ∂y ⇒
3 x + 2 y = λxy
∂f ∂g
=λ xyz − 18 = 0
∂z ∂z
g(x, y, z) = 0
Multiplicando a primeira por x, a 2ª por y e subtraindo: 2y – 3x = 0;
Multiplicando a 2ª por y, a 3ª por z e subtraindo: 3x(z – y) = 0 ⇒ x = 0 ∨ z = y; Como x = 0
não é opção, só interessa z = y;
9 3
Substituindo na 4ª (y = z = 3/2 x): x = 18 ⇒ x = 2 ⇒ y = z = 3;
4
b) f ( x, y, z) = xyz z
g( x, y, z) = 0 ≡ ax + by + cz – 1 = 0. 1/c
∂f ∂g
∂x = λ ∂x
∂f ∂g yz = λa
=λ xz = λb
∇f = λ ∇g ⇒ ∂y ∂y ⇒
xy = λc 1/b
∂f ∂g y
=λ + by + cz = 1
ax
∂z ∂ z 1/a
g(x, y, z) = 0
Dividindo a 1ª pela 2ª: y/x = a/b; x
1 1 1 1
Substituindo na 4ª: ax + ax + ax = 1 ⇒ x = ;y= ;z= ⇒V= ;
3a 3b 3c 27abc
c) f ( x, y, z) = 8xyz
∂f ∂g
∂x = λ ∂x 8 yz = 8 λx
∂f ∂g 8 xz = 18 λy
=λ
∇f = λ ∇g ⇒ ∂y ∂y ⇒
∂f ∂g 8 xy = 32 λz
= λ 4 x 2 + 9 y 2 + 16 z 2 = 144
∂z ∂z
g(x, y, z) = 0
4 2
Dividindo a 1ª pela 2ª: y/x = x/y ⇒ y = ± x (só interessa a raiz positiva);
9 3
9 3
Dividindo a 2ª pela 3ª: z/y = y/z ⇒ z = ± y (só interessa a raiz positiva);
16 4
⇒ z = x/2.
Caderno de exercícios (resoluções) 10.8. Máximos e/ou mínimos c/ restrições: multiplicadores de Lagrange 10.8. 2
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
4 3
⇒y= ⇒z= 3 ⇒ V = 64 3 ;
3
d) f ( x, y, z) = x2 + (y – 1)2 + z2
g( x, y, z) = 0 ≡ x + 2y + z – 1 = 0
∂f ∂g
∂x = λ ∂x 2 x = λ
∂f ∂g 2(y − 1 ) = 2 λ
=λ
∇f = λ ∇g ⇒ ∂y ∂y ⇒ ⇒ y = 2x +1 ∧ z = x ⇒
∂f ∂g 2 z = z
=λ x + 2 y + z = 1
∂z ∂z
g(x, y, z) = 0
1 2
⇒ x + (4x + 2) + x = 1 ⇒ x = − =z∧y= .
6 3
x2 y2
4. Use o método dos multiplicadores de Lagrange para determinar a elipse + = 1 que passa
a2 b2
pelo ponto (4, 1) e tem área mínima (nota: a área da elipse é π ab).
Resolução:
f (a, b) = π ab
∂f ∂g 32
∂a = λ ∂a πb = −λ a 3
∂f ∂g
16 1 2
g (a, b) = 0 ≡ 2 + 2 − 1 = 0 ⇒ ∇f = λ ∇g ⇒ =λ ⇒ πa = −λ 3 ⇒
a b ∂b ∂b b
g(a, b) = 0 16 + 1 = 1
a 2 b 2
Multiplicando a primeira por a, a 2ª por b e subtraindo: a = 4b;
x2 y2
Substituindo na 3ª: b= 2 ; a=4 2 e a elipse de menor área que passa por (4, 1) é + =1
32 2
(pode demonstrar-se que é um ponto de mínimo pelo teste da 2ª derivada procurando os pontos
críticos da área apenas função de um dos coeficientes, a por exemplo, A(a) = πab(a), em b(a) é
x2 y2
conhecida implicitamente como sendo + = 1 ).
a2 b2
x2 y2 z2
5. Use o método dos multiplicadores de Lagrange para determinar o elipsoide + + = 1 que
b2 c 2a2
4
passa pelo ponto (1, 2, 3) e tem volume mínimo (nota: o volume do elipsoide é π abc).
3
Resolução:
4
f (a, b, c) = π abc
3
Caderno de exercícios (resoluções) 10.8. Máximos e/ou mínimos c/ restrições: multiplicadores de Lagrange 10.8. 3
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
∂f ∂g
∂a = λ ∂a
∂f ∂g
g(a, b, c) = 0 ≡ 2 + 2 + 2 − 1 = 0 ⇒ ∇f = λ ∇g ⇒ ∂b = λ ∂b
1 4 9
⇒
a b c ∂f ∂g
∂c = λ ∂c
g (a, b, c ) = 0
4 2
3 πbc = −λ a3
4
πac = −λ 8
b3 ⇒ 2 = 8 = 18 ⇒ a
⇒ 3 = 3;b =2 3;c =3 3.
4 18 a2 b2 c2
πab = −λ
3 c3
1 4 9
2 + 2 + 2 =1
a b c
x2 y 2 z 2
O elipsóide é + + = 1 de volume V = 24 3 π.
3 12 27
6. Use o método dos multiplicadores de Lagrange para determinar o vetor tridimensional cujo
comprimento é 5 e cuja soma das suas componentes é máxima.
Resolução:
f ( x, y, z) = x + y + z
∂f ∂g
∂x = λ ∂x
∂f ∂g
=λ
g( x, y, z) = 0 ≡ x + y + z = 5 ⇒ ∇f = λ ∇g ⇒ ∂y
2 2 2
∂y ⇒
∂f ∂g
∂z = λ ∂z
g (x, y, z ) = 0
x
1 = λ
x2 + y2 + z2
y
1 = λ 5
⇒ x2 + y2 + z2 ⇒ x=y=z= .
z 3
1 = λ
x2 + y2 + z2
2
x + y2 + z2 = 5
7. A base de uma caixa retangular custa, por m2, três vezes mais do que os lados e topo. Use o
método dos multiplicadores de Lagrange para determinar as dimensões da caixa com custo
mínimo se o seu volume for de 54m3.
Resolução:
f ( x, y, z) = 4xy + 2xz + 2yz
z 54 m3
g( x, y, z) = 0 ≡ xyz = 54 y
x
Caderno de exercícios (resoluções) 10.8. Máximos e/ou mínimos c/ restrições: multiplicadores de Lagrange 10.8. 4
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
∂f ∂g
∂x = λ ∂x
∂f 4 y + 2 z = λyz
∂g 4 x + 2 z = λxz
=λ
∇f = λ ∇g ⇒ ∂y ∂y ⇒
2 x + 2 y = λxy
∂f ∂g
∂z = λ ∂z xyz − 54 = 0
g (x, y, z ) = 0
Multiplicando a primeira por x, a 2ª por y e subtraindo: 2z(y – x) = 0 ⇒ z = 0 ∨ y = x; como z
= 0 não é opção, só interessa y = x;
Multiplicando a 2ª por y, a 3ª por z e subtraindo: z = 2y ⇒ z = 2x;
Substituindo na 4ª: 2 x3 = 54 ⇒ x = 3 = y, z = 6.
Resolução:
Se o perímetro é fixo, seja P, s é uma constante, s = P/2. O máximo da Área, A, é o mesmo que o
máximo de A2. Portanto:
f ( x, y, z) = s(s – x)(s – y)(s – z)
g( x, y, z) = 0 ≡ x + y + z – s = 0
∇f = λ ∇g ⇒
∂f ∂g
∂x = λ ∂x
∂f − s ( s − y )(s − z ) = λ
∂g − s ( s − x)(s − z ) = λ
=λ
⇒ ∂y ∂y ⇒ − s ( s − x)(s − y ) = λ ⇒ (s – x) = (s – y) ∧ (s – y) = (s – z) ⇒
∂f ∂g
∂z = λ ∂z x + y + z − s = 0
g (x, y, z ) = 0
⇒ x = y = z, o triângulo é equilátero.
9. Use o método dos multiplicadores de Lagrange para determinar as dimensões relativas do cilindro
circular de volume fixo, V, e de menor área de superfície.
Resolução:
f (r, h) ≡ A(r, h) = 2πr2 + 2πrh
∂A ∂g
∂r = λ ∂r
∂A ∂g
g(r, h) = 0 ≡ π r2 h – V = 0 ⇒ ∇A = λ ∇g ⇒ =λ ⇒
∂ h ∂h
g (r, h) = 0
Caderno de exercícios (resoluções) 10.8. Máximos e/ou mínimos c/ restrições: multiplicadores de Lagrange 10.8. 5
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
4π r + 2π h = 2 λπ rh
⇒ 2π r = λπ r 2 ⇒ h = 2r ⇒ r = 3
V / 2π .
π r 2h = V
10. Use o método dos multiplicadores de Lagrange para determinar o ponto da interseção dos planos
x + 3y – 2z = 11 e 2x – y + z = 3 que se encontra mais próximo da origem de coordenadas.
Resolução:
f ( x, y, z) ≡ d 2 = x2 + y2 + z2
g1( x, y, z) = 0 ≡ x + 3y – 2z – 11 = 0 ∧ g2 ( x, y, z) = 0 ≡ 2x – y + z – 3 = 0
∂f ∂g1 ∂g 2
∂x = λ1 ∂x + λ2 ∂x 2 x = λ1 + 2 λ2
∂f ∂g ∂g 2 2 y = 3 λ − λ
= λ1 1 + λ2 1 2 x=3
∂y ∂y ∂y
∂f ∂g1 ∂g 2 ⇒ 2 z = −2 λ1 + λ2 ⇒ y=2
= λ1 + λ2 x + 3 y − 2 z = 11 z = −1
∂z ∂z ∂z
g1 ( x, y, z ) = 0 2 x-y + z = 3
g 2 ( x, y, z ) = 0
g (k , h) = 0 ≡ 0.36πh + 0.12 π k – 27 = 0
∂A ∂g
∂h = λ ∂h 1.2π = 0.36 λπ 6π
k=
∂A ∂g 225 − π 2
∇A = λ ∇g ⇒ = λ ⇒ 0.6 k
= 0.12 λπ ⇒ .
∂k ∂k
k 2 + 0.36 h = 1 225 − 6π
g ( h , k ) = 0 0.36 πh + 0.12 πk = 27
3 π
225 − π 2
12. Um marco é constituído por três secções, dois cones e um cilindro entre eles. Todos com a mesma
altura. Para uma área de superfície especificada, qual a forma com maior volume?
Resolução:
5
f (r, h) ≡ V (r, h) = π r 2 h ;
3
Caderno de exercícios (resoluções) 10.8. Máximos e/ou mínimos c/ restrições: multiplicadores de Lagrange 10.8. 6
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
g(r, h) = 0 ≡ 2π r h + r 2 + h2 – A = 0;
h
∂V ∂g
∂r = λ ∂r
∂g
∇V = λ ∇g ⇒ ∂V = λ ⇒ h
∂h ∂h
g (r, h) = 0
h
10 r2 r
π rh = 2πλ r 2 + h 2 + + h
3
r 2 + h2
5 rh
⇒ π r 2 = 2πλ + r ; Dividindo a 1ª pela 2ª e definindo x = h/r :
3 r +h
2 2
2
2π r h + r + h = A
2
(1 + x 2 ) + 1 + x 1 + x 2 2
2x = ⇒ x=
x + 1+ x 2 5
A = 2π r 2 x + 1 + x 2 ⇒ r =
A 2A
Substituindo na última: ;h= .
2π 5 π5 5
13.* a) Use o método dos multiplicadores de Lagrange para demonstrar que o produto de três
números positivos, x, y e z, cuja soma é S, fixa, é máximo se forem todos iguais;
x + y + z
b) Use o resultado para demonstrar que 3 xyz ≤ ;
3
x1 + x2 + ... + xn
n x1 x2 ...xn ≤ o que demonstra que a média geométrica nunca é maior
n
que a média aritmética.
Resolução:
a) f ( x, y, z) = xyz;
g( x, y, z) = 0 ≡ x + y + z – S = 0;
∂f ∂g
∂x = λ ∂x yz = λ
∂f ∂g xz = λ
= λ ∂y
⇒ ∂y ⇒ ⇒ x = y = z = S/3 c.q.d.;
∂f = λ ∂g xy = λ
∂z ∂z x + y + z = S
g ( x, y, z ) = 0
Caderno de exercícios (resoluções) 10.8. Máximos e/ou mínimos c/ restrições: multiplicadores de Lagrange 10.8. 7
FEUP – MIEQ – Análise Matemática II 10. Funções de várias variáveis: Derivadas parciais
(1)
S3 x + y + z
b) xyz ≤ 3
⇒ 3 xyz ≤ c.q.d.;
3 3
(1) – Se x, y e z forem números diferentes, decorre do resultado da alínea anterior que o seu produto é inferior ao
que se obteria se fossem todos iguais e esse produto seria S3/33 …
g ( x1, x2 ,..., xn ) = 0 ≡ x1 + x2 + … + xn – S = 0;
∂f ∂g
∂x1 = λ ∂x1
∂f x2 x3...xn = λ
∂g x x ...x = λ
=λ 1 3 n
∂x2 ∂x2
⇒ ⇒ ... ⇒ x1 = x2 =… = xn = S/n ⇒
...
x x ...x = λ
∂f = λ ∂g 1 2 n −1
∂xn ∂xn x1 + x2 + ... + xn = S
1 2 ..., xn ) = 0
g ( x ,x ,
Sn x1 + x2 + ... + xn
⇒ x1x2…xn ≤ n
⇒ n x1x2...xn ≤ c.q.d..
n n
14. Use o método dos multiplicadores de Lagrange para determinar os pontos mais alto e mais baixo
x = cos t
da linha no espaço y = sen t . Interprete graficamente o problema.
z = sen t
z
Resolução:
f ( x, y, z) = z;
g1( x, y, z) = 0 ≡ x2 + y2 – 1 = 0 ∧ g2 ( x, y, z) = 0 ≡ y – z = 0;
y
∂f ∂g1 ∂g 2
∂x = λ1 ∂x + λ2 ∂x
∂f 0 = 2 λ1 x
∂g ∂g 2 0 = 2 λ y + λ x
= λ1 1 + λ2 x = 0
∂y ∂y ∂y 1 2
⇒ ∂f ∂g1 ∂g 2 ⇒ 1 = − λ2 ⇒ y = ±1 ⇒ há 2 pontos críticos:
= λ1 + λ2 x2 + y2 = 1 z = ±1
∂z ∂z ∂z
g1 ( x, y, z ) = 0 y = z
g 2 ( x, y, z ) = 0
(0, 1, 1) ∧ (0, –1, –1). Naturalmente (0, 1, 1) é o ponto mais elevado e (0, –1, –1) o mais baixo.
Consiste na localização dos “pólos Norte e Sul” de uma circunferência no espaço definida pela
interseção do cilindro x2 + y2 = 1 com o plano y = z.
Caderno de exercícios (resoluções) 10.8. Máximos e/ou mínimos c/ restrições: multiplicadores de Lagrange 10.8. 8
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15. Use o método dos multiplicadores de Lagrange para determinar os pontos da linha no espaço
x = sen t
y = 1 + 2 cos t mais próximos e mais afastados da origem. Interprete graficamente o
z = 3 sen t
problema.
Resolução:
f ( x, y, z) ≡ d 2 = x2 + y2 + z2; y
g1( x, y, z) = 0 ≡ x2 +
( y − 1)
2
–1 = 0 ∧ g2 ( x, y, z) = 0 ≡ z – 3x = 0;
4 z
∂f ∂g1 ∂g 2 2 x = 2 λ1 x − 3 λ2
∂x = λ1 ∂x + λ2 ∂x
∂f ∂g ∂g 2 2 y = λ1(y − 1 ) x = 0
= λ1 1 + λ2
∂y ∂y ∂y 2
⇒ ∂f ∂g1 ∂g 2 ⇒ 2 z = λ2 ⇒ y = −1 ∧ y = 3
= λ1 + λ2
∂z
∂z ∂z
x 2 +
( y − 1)2 = 1 z = 0 x
g1 ( x, y, z ) = 0 4
z = 3 x
g 2 ( x, y, z ) = 0
(0, 3, 0) e (0, –1, 0) são os pontos mais afastado e mais próximo, respetivamente, da elipse na
Resolução:
f (r, h) ≡ A(r, h) =4π r2 + 2π r h;
g(r, h) = 0 ≡ 4/3π r3 + π r2 h – 1000 = 0;
∂A ∂g 4 r + h = λ ( 2 r 2 + r h)
∂r = λ ∂r
∂A ∂g
∇A = λ ∇g ⇒ =λ ⇒ 2 = λ r . Substituindo a 2ª na 1ª:
∂h ∂h 4 3
g (r, h) = 0 π r + π r h = 1000
2
3
4r + h = 4r + 2h ⇒ h = 0. Portanto, pretendendo minimizar a área superficial, o tanque de
armazenamento deve reduzir-se a uma esfera e não ter aquela forma cilíndrica.
Caderno de exercícios (resoluções) 10.8. Máximos e/ou mínimos c/ restrições: multiplicadores de Lagrange 10.8. 9
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laterais, também por unidade de área, é tripla da que se verifica pelo chão. Determine as
dimensões do compartimento que minimizam as perdas de calor e, por conseguinte, minimizam
o custo de aquecimento.
Resolução:
Seja QC a perda de calor por unidade de área (em w/m2, por exemplo);
f ( x, y, z) = QC [6xy + 3(2xz + 2yz)];
g( x, y, z) = 0 ≡ xyz – 1000 = 0;
z
∂f ∂g λ y
∂x = λ ∂x 6 y + 6 z = Q yz
C x
∂f ∂g λ
= λ ∂y 6 x + 6 z = xz 6QC
⇒ ∂y ⇒ QC ⇒ x=y=z= ⇒
∂f = λ ∂g λ
λ
∂z ∂z 6 x + 6 y = xy
QC
g (x, y, z ) = 0 xyz = 1000
3QC
⇒λ= ⇒ x = y = z = 10m.
5
18. Repita o problema anterior mas para a situação em que as perdas de calor pelo topo e lados se
mantêm, mas o chão é agora melhor isolado de modo a que as perdas por este lado se podem
considerar nulas.
Resolução:
f ( x, y, z) = QC [5xy + 3(2xz + 2yz)];
g( x, y, z) = 0 ≡ xyz – 1000 = 0;
∂f ∂g λ
∂x = λ ∂x 5 y + 6 z = Q yz
∂f ∂g C
∂y = λ ∂y 5 x + 6 z = λ xz λ
⇒ ⇒ QC ⇒ Subtraindo a 2ª à 1ª: 5( y − x) = z ( y − x)
∂f = λ ∂g λ
QC
∂z ∂z 6 x + 6 y = xy
QC
g (x, y, z) = 0 xyz = 1000
λ λ
⇒ z = 5 ∨ y = x. Para z = 5 , substituindo na 1ª ⇒ z = 0 que é uma solução que não
QC QC
12QC
interessa. Portanto, terá que ser y = x. Substituindo na 3ª: y = x = . Substituindo na 2ª: z
λ
10QC QC
= . Da última equação tira-se que λ = 3 180 , donde, finalmente:
λ 5
60 50
x=y= 3
m e z= 3
m.
180 180
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19. Um canal de irrigação, com forma trapezoidal, tem uma área da secção reta transversal de 50m2.
O caudal que suporta é inversamente proporcional ao perímetro molhado, P, isto é, ao perímetro
do trapézio exceto o topo (ver figura). Assim, para maximizar o
b
caudal no canal é necessário proceder à minimização daquele
perímetro. Determine os valores da profundidade, d, da largura, x d
w e do valor do ângulo θ que maximizam o caudal suportado pelo θ θ
canal. w
Resolução:
P = w + 2x
2d
d = x senθ ⇒ x = d/senθ ⇒ P = w +
sen θ
A = 50m2 = wd + bd
b = x cosθ ⇒ wd + d 2 cotg θ = 50
∂P ∂A
∂d = λ ∂d 2
∂P sen θ = λ(w + 2d cotg θ)
∂A
∇P = λ∇A ⇒ =λ ⇒ 1 = λd
∂w ∂w
∂P = λ ∂A
− 2d cotg θ cosec θ = d 2 λ − cosec2 θ
( )
∂θ ∂θ
50 50
substituindo a 2ª na 3ª: ⇒ cotgθ = ½ cosecθ ⇒ θ = π/3 ⇒ d = ,w= 2 .
3 3 3
20. Classifique como verdadeira ou falsa cada uma das seguintes proposições:
Resolução:
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r
b) Falsa. Embora seja possível. ∇f (a, b) = 0 ⇒ (a, b) é um ponto crítico de f. Os pontos de
c) Verdadeira. A restrição implica x = y ⇒ f ( x, y( x)) =2x que é uma função monótona crescente
d) É falsa. Pode ser ponto de máximo ou de mínimo. Significa que λ < 0, mas isto não tem
qualquer significado quanto ao tipo de extremo em análise. Recorde até que a restrição
g( x, y) = c pode ser arbitrariamente escrita como sendo c – g( x, y) = 0 que tem o vetor
gradiente com sentido contrário a da equação g ( x, y) = c original, não sendo por esta alteração
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