Você está na página 1de 8

3.a Lista de Exercı́cios de Cálculo III Prof.

Marcelo Melo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ


DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA
CAMPUS MINISTRO REIS VELLOSO
3.a Lista de Exercı́cios de Cálculo III
(Derivadas)

Aluno(a):
Prof.: Marcelo Melo

1. Determine as derivadas parciais das seguintes funções.

a) f (x, y) = xy + logy x;
b) f (x, y, z) = arctg(xy 2 z 3 ) + sec(x3 + z 5 ) − y e ;
Z x6 Z z+2w
−t2 dt
c) f (x, y, z, w) = e dt + .
y 1 1 + t2009

2. Seja φ : R −→ R uma função diferenciável e tal que φ0 (1) = 4. Para g(x, y) = φ( xy ),


calcule:
∂g ∂g
a) ∂x
(1, 1) b) ∂y
(1, 1).

3. Seja f : R −→ R contı́nua com f (3) = 4. Seja


Z x2 +y 3 +z 4
g(x, y, z) = f (t)dt .
0

∂g ∂g ∂g
Calcule: a) ∂x
(1, 1, 1) b) ∂y
(1, 1, 1) c) ∂z
(1, 1, 1).

4. Seja f (x, y) = x2 + y 2 e seja γ(t) = (t, t, z(t)), t ∈ R uma curva cuja imagem está contida
no gráfico de f .

a) Determine z(t);
b) Esboce os gráficos de f e γ;
c) Determine a reta tangente a γ no ponto (1, 1, 2);
d) Seja T a reta do item c). Mostre que T está contida no plano de equação

∂f ∂f
z − f (1, 1) = (1, 1)(x − 1) + (1, 1)(y − 1) .
∂x ∂y

5. Suponha que z = f (x, y) admita derivadas parciais em (x0 , y0 ). Considere as curvas cujas
imagens estão contidas no gráfico de f :
 
 x =
 x0  x =
 t
γ1 : y = t γ2 : y = y0
 
z = f (x0 , t) z = f (t, y0 )
 

Matemática -1- UFPI-Parnaı́ba


3.a Lista de Exercı́cios de Cálculo III Prof. Marcelo Melo

Sejam T1 e T2 as retas tangentes a γ1 e γ2 nos pontos γ1 (y0 ) e γ2 (x0 ), respectivamente.


Mostre que a equação do plano determinada pelas retas T1 e T2 é
∂f ∂f
z − f (x0 , y0 ) = (x0 , y0 )(x − x0 ) + (x0 , y0 )(y − y0 ) .
∂x ∂y

6. Encontre a inclinação da reta tangente à curva de interseção da superfı́cie 36x2 − 9y 2 +



4z 2 + 36 = 0 com o plano x = 1 no ponto P = (1, 12, −3).

7. De acordo com a Lei dos gases ideais para um gás confinado, se P newtons por metro
quadrado for a pressão, V metros cúbicos for o volume e T graus for a tempreatura
teremos a fórmula
P V = kT

onde k é uma constante de proporcionalidade. Mostre que


∂V ∂T ∂P
· · = −1 .
∂T ∂P ∂V

8. Verifique as relações:
p
a) Se f = x2 + y 2 arctg xy , então xfx + yfy = f ;
b) Se z = f (x − y, y − x), então zx + zy = 0;
c) Se f = (x2 + y 2 + z 2 )−1/2 , então fxx + fyy + fzz = 0.

9. Dê exemplo de uma função f : R2 −→ R que possui derivadas parciais em todos os pontos
de R2 , mas que f não seja diferenciável.

10. Dê exemplo de uma função f : R2 −→ R tal que f seja diferenciável em todos os pontos
de R2 , mas que nem todas as derivadas parciais de f sejam contı́nuas.
∂f
11. Dê exemplo de uma função f : R2 −→ R tal que ∂y
seja contı́nua em R2 , mas que f não
seja contı́nua em nenhum ponto de R2 .

12. Verifique se as funções dadas são diferenciáveis.

a) f (x, y) = 2x y 2 + cos(x sen(4y));


Z y √
ln(t2 + 1)dt + z 2 + 8;
4
b) f (x, y, z) =
x
 2 2
 x − y ; (x, y) 6= (0, 0)
c) f (x, y) = x2 + y 2 .
0 ; (x, y) = (0, 0)

13. Determine a diferencial:

a) f 0 (0, 0), onde f (x, y) = tg(x + y) + π x−y ;


b) f 0 (1, 1, 1), onde f (x, y, z) = 2x + 3y + 5z ;

Matemática -2- UFPI-Parnaı́ba


3.a Lista de Exercı́cios de Cálculo III Prof. Marcelo Melo

c) f 0 ( 21 , 12 ),onde f (x, y) = arcsen(xy).

14. Use a diferencial para calcular:

a) o valor aproximado para a variação ∆A na área A de um retângulo quando os lados


variam de x = 2 m e y = 3 m para x = 2, 01 m e y = 2, 97 m;
b) o valor aproximado para a variação ∆z na hipotenuza de um triângulo retângulo
quando os lados variam de x = 3 cm e y = 4 cm para x = 3, 01 cm e y = 3, 9 cm;
c) o valor aproximado de (1, 01)2,03 ;
p
d) o valor aproximado de (0, 01)2 + (3, 02)2 + (3, 97)2 .

15. Uma lata cilı́ndrica de estanho deve ter raio interno 2 dm e altura interna 4 dm, sendo
5 mm a espessura das paredes. Use a diferencial para calcular o volume aproximado do
estanho necessário para fabricá-la.

16. Uma indústria vai produzir 10.000 caixas fechadas de papelão, com dimensões 3 cm, 4 cm
e 5 cm. O custo do papelão a ser usado é de cinco centavos por m2 . Se as máquinas usadas
para cortar os pedaços de papelão têm um possı́vel erro de 0, 05 cm em cada dimensão,
use a diferencial para calcular o máximo erro possı́vel na estimativa do custo do papelão.

17. Um cilindro tem 10 m de altura e 5 m de raio da base. Aumenta-se h de 10 cm e r de


1 cm. Calcule a variação do volume.

18. Determine:

a) as equações do plano tangente e da reta normal à superfı́cie x2 + 3y 2 + 4z 2 = 8 no


ponto (1, −1, 1);
11
b) um plano que seja tangente à superfı́cie x2 + 3y 2 + 2z 2 = 6
e paralelo ao plano
x + y + z = 10;
c) a equação do “plano normal”, em (1, 2, 3), à interseção das superfı́cies x2 +y 2 +z 2 = 14
e xyz = 6;
d) um plano que passe pelos pontos (5, 0, 1) e (1, 0, 3) e que seja tangente à superfı́cie
x2 + 2y 2 + z 2 = 7.

19. Prove que toda reta normal a uma esfera passa pelo centro da esfera.

20. Mostre que todo plano que é tangente ao cone x2 + y 2 = z 2 passa pela origem.

21. Mostre que o produto das iterseções com os eixos x, y e z de qualquer plano tangente à
superfı́cie xyz = c3 é uma constante.

22. Uma parede vertical forma um ângulo de 32 π radianos com o chão. Uma escada de 200 cm
de comprimento está apoiada na parede e sua parte superior desliza para baixo à razão
de 30 cm/s. Com que rapidez varia a área do triângulo formado pela escada, parede e
π
chão, quando a escada forma um ângulo de 6
radianos com o chão?

Matemática -3- UFPI-Parnaı́ba


3.a Lista de Exercı́cios de Cálculo III Prof. Marcelo Melo

23. De um funil cônico escoa água à razão de 18π cm2 /seg. Sabendo que a geratriz faz com
o eixo do cone um ângulo de 30◦ , achar a velocidade com que baixa o nı́vel da água no
funil, no momento em que o raio da base do volume lı́quido é 6 cm.

24. Uma quantidade de gás obedece à lei dos gases ideais (P V = kT ) com k = 1, 2, e o gás
encontra-se em um recipiente que está sendo aquecido a uma taxa de 3◦ por segundo. Se
em um dado instante quando a temperatura é 300◦ , a pressão é 6 N/m2 e decresce a uma
taxa de 0,1 N/m2 por segundo, ache a taxa de variação do volume naquele instante.

25. Calcule a derivada direcional de f (x, y) = x2 sen xy no ponto a = (1, π2 ) e na direção:


a) do eixo x b) do eixo y;
c) do vetor v = (2, 1) d) em que ela é máxima.

26. Determine a derivada direcional de f (x, y) = 2x3 y 3 − 3x3 y 2 no ponto a = (1, 2) e na


direção da tangente à curva y = x3 + 1.

27. No ponto a = (1, 2), uma função tem derivada direcional igual a 2 na direção do vetor
v = (2, 2) e igual a −3 na direção do vetor w = (1, −1). Ache:

a) o gradiente da função;
b) a derivada direcional na direção do vetor u = (−2, −2).

28. Uma equação da superfı́cie de uma montanha é f (x, y) = 1200−3x2 −2y 2 , onde a distância
é dada em metros, o eixo x aponta para direção leste e o eixo y fica à norte. Um alpinista
está no ponto (−10, 5).

a) Qual é a direção na parte que tem inclinação mais acentuada?


b) Se o alpinista se mover na direção leste, ele estará subindo ou descendo? Qual será
esta razão?
c) Quando se move na direção sudoeste, o alpinista estará subindo ou des-cendo? Qual
será esta razão?
d) Em que direção ele estará percorrendo uma curva de nı́vel?

29. (Equação do Calor) A lei de variação da temperatura u(x, t) numa barra uniforme com a
superfı́cie lateral isolada termicamente, chamada equação do calor, é a equação diferencial
parcial
∂u ∂ 2u
= α2 2
∂t ∂x
2
onde u = u(x, t), x ∈ R, t > 0 e α é uma constante.
d2 f
a) Mostre que se f for uma função de x satisfazendo a equação diferencial dx2
(x) +
2 dg
λ f (x) = 0 e g for uma função de t satisfazendo a equação diferencial dt (t) +
α2 λ2 g(t) = 0, então u(x, t) = f (x)g(t) será uma solução da equação do calor;
b) Utilize o item anterior para encontrar uma solução particular da equação do calor.

Matemática -4- UFPI-Parnaı́ba


3.a Lista de Exercı́cios de Cálculo III Prof. Marcelo Melo

30. (Solução de d’Alembert para a equação da onda) Mostre que a solução da equação da
onda
∂2u 2


 ∂t2
= c2 ∂∂xu2
u(x, 0) = f (x)

∂u
(x, 0) = g(x)

∂t

onde f ∈ C 2 (R) e g ∈ C 1 (R) é dada por


x+ct
f (x + ct) + f (x − ct)
Z
1
u(x, t) = + g(s)ds.
2 2c x−ct

31. Seja f : R2 → R uma função diferenciável. Prove que:


a) se h∇f (x, y), (x − y)i = 0, então g(t) = f (t, 2t ), t > 0 é constante;
b) a função F (x, y) = f ( xy , xy ) satisfaz a equação diferencial parcial

∂F ∂F
x +y =0
∂x ∂y

32. (Função Homogênea) Uma função f : U ⊂ R2 → R, denomina-se homogênea de grau λ


se
f (tx, ty) = tλ f (x, y)

para todo t > 0 e para todo (x, y) ∈ U. Mostre que:


p
a) f (x, y) = x4 + y 4 é homogênea de grau 2;
∂f
b) se f (x, y) é diferenciável no aberto U ⊂ R2 e homogênea de grau λ então ∂x

homogênea de grau λ − 1;
c) se f (x, y) é diferenciável então f é homogênea de grau λ ⇐⇒ f cumpre a relação de
Euler x ∂f
∂x
(x, y) + y ∂f∂y
(x, y) = λf (x, y).
( 2 2
xy xx2 −y
+y 2
se (x, y) 6= (0, 0) ∂2f ∂2f
33. Seja f (x, y) = Calcule ∂x∂y
(0, 0) e ∂y∂x
(0, 0).
0 se (x, y) = (0, 0)

34. Seja Ω ⊂ Rn um aberto. Para toda função f : Ω → R, de classe C 2 , o Laplaciano de f é


∂2f ∂2f
a função ∆f : Ω → R, definida por ∆f = ∂x21
+ ··· + ∂x2n
. Uma função f : Ω → R é dita
harmônica quando ∆f (x) = 0, ∀x ∈ Ω.
Mostre que as funções abaixo são harmônicas:

a) p : R3 → R, p(x, y, z) = 3x2 − y 2 − 2z 2 ;
b) f : R2 → R, f (x, y) = (A cos(ax) + Bsen(ax))eay
1
c) u : R3 − {0} → R, u(x) = ||x||
;
p
d) v : R2 − {0} → R, v(x, y) = ln x2 + y 2 ;

Matemática -5- UFPI-Parnaı́ba


3.a Lista de Exercı́cios de Cálculo III Prof. Marcelo Melo

35. Mostre que se u : Ω ⊂ Rn → R é de classe C 2 e T : Rn → Rn é uma transformação linear


ortogonal (i.e. a matriz de T é ortogonal) então

∆(u ◦ T )(x) = ∆u(T (x)), ∀x ∈ T −1 (Ω).

36. Seja u : Rn → R uma função de classe C 2 . Mostre que as únicas funções v : R+ → R que
satisfazem ( 1
u(x) = v(r), r = ||x|| = (x21 + · · · + x2n ) 2
∆u = 0

são do tipo (
a · ln(r) + b (n = 2)
v(r) = a
rn−2
+ b (n ≥ 3)

onde a e b são constantes.

37. Seja f : Rn → R uma função diferenciável em 0. Se f (tx) = tf (x) para todo t > 0 e todo
x3
x ∈ Rn , prove que f é linear. Conclua que a função ϕ(x, y) = x2 +y 2
se (x, y) 6= (0, 0) e
ϕ(0, 0) = 0, não é diferenciável na origem.

38. Seja f : Rn → R de classe C 2 , tal que f (tx) = t2 f (x), ∀t > 0, ∀x ∈ Rn . Prove que existe
uma matriz simétrica A = (aij )n×n tal que
n
X
f (x) = aij xi xj , ∀x = (x1 , · · · , xn ) ∈ Rn .
i,j=1

39. Seja GLn (R) o conjunto das matrizes de ordem n × n invertı́veis e considere a função
suave det : GLn (R) → R.

a) Prove que para cada matriz A = (aij ) ∈ GLn (R) tem-se que


det(A) = cofator de aij .
∂aij

b) Conclua que a diferencial da função determinante é

d(det)A (B) = det(A)tr(A−1 B)


n
X
para cada A ∈ GLn (R) e B ∈ Mn (R), onde trA = aii é o traço de A
i=1

∂f
40. Seja f : U ⊂ Rn −→ R uma função que possui todas as derivadas direcionais ∂v
(a) num
ponto a ∈ U , onde U ⊂ Rn é aberto. Se não existirem pelo menos n − 1 vetores v,
∂f
linearmente independentes, tais que ∂v
(a) = 0, então f não é diferenciável no ponto a.

Respostas e Sugestões

Matemática -6- UFPI-Parnaı́ba


3.a Lista de Exercı́cios de Cálculo III Prof. Marcelo Melo


6. − 3 412 .

14. a) -0,03 b) -0,074 c) 1,02 d) 4,988

15. ∆V ≈ π dm3 .

16. ∆C ≈ 12 centavos.

17. ∆V ≈ 3, 5π m3 .

18.
a) Plano tangente: x − 3y + 4z = 8; reta normal: (x, y, z) = (1 + 2t, −1 − 6t, 1 + 8t), t ∈ R;
b) x + y + z = ± 11
6
; c) −5x + 16y − 9z = 0 d) x − 2y + 2z = 7 ou x + 2y + 2z = 7

22. 0 cm2 /s; 23. −0, 5 cm/s.

24. crescente à taxa de 1, 6 L/min.


(
ξ = x + ct
30. Faça a mudança de variáveis e observe que v(ξ, η) = u(x, t) satisfaz a
η = x − ct
equação diferencial parcial
∂ 2v
= 0,
∂ξ∂η
donde v(ξ, η) = ϕ(ξ) + ψ(η) (∀ϕ, ψ ∈ C 2 (R)), e u(x, t) = ϕ(x + ct) + ψ(x − ct).

32.
f (tx,ty)
c) (⇐) Mostre que a função g(t) = tλ
, t > 0 é constante.

33. Utilize a definição de derivada parcial.

∂ 2 (u◦T )
35. Utilize a regra da cadeia para calcular ∂x2i
(x) para cada i = 1, · · · , n.

36. Note que para cada i = 1, · · · , n


∂r 1 1 xi
= (x21 + · · · + x2n )− 2 2xi = (x 6= 0).
∂xi 2 r

Daı́, pela regra da cadeia,

∂ 2u x2i 1 x2i
 
∂u xi
= v 0 (r) , 2
= v (r) 2 + v 0 (r)
00
− 3
∂xi r ∂xi r r r

Matemática -7- UFPI-Parnaı́ba


3.a Lista de Exercı́cios de Cálculo III Prof. Marcelo Melo

para cada i = 1, · · · , n, e assim


n−1 0
∆u = v 00 (r) + v (r).
r

∂f
37. Tem-se f (0) = lim+ f (tx) = lim+ t · f (x) = 0. Logo para todo v ∈ Rn , ∂v
(0) =
t→0 t→0
f (tv) tf (v)
lim+ = lim+ = f (v), ou seja, f = f 0 (0). A função ϕ cumpre ϕ(tx, ty) = tϕ(x, y)
t→0 t t→0 t
para todo t > 0 mas não é linear.

38. Derive duas vezes em relação a t, a igualdade f (tx) = t2 f (x) e obtenha f (x) =
n
1
X ∂ 2f
2
(tx)xi xj . Em seguida tome o limite quando t → 0 por valores positivos.
i,j=1
∂x i ∂x j

39. n
X
a) Utilize o desenvolvimento de Laplace: detA = (−1)i+j aij det(Aij ), onde Aij é a submatriz
j=1
(n − 1) × (n − 1) que se obtém omitindo a i-ésima linha e a j-ésima coluna de A;
b) Utilize o fato que A · adj(A) = (detA)In , onde In é a matriz identidade e adj(A) é a matriz
adjunta de A.

40. Utilize seus conhecimentos de Álgebra Linear.

Matemática -8- UFPI-Parnaı́ba

Você também pode gostar