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Questões modelo para Exame MIEC-FEUP - AM2 - 2013/14

1. Considere a função es alar:


(
x3 +y 2
x2 +2y 2
, se (x, y) 6= (0, 0)
f (x, y) =
0 , se (x, y) = (0, 0)

(a) Considere a restrição ao domínio S = {(x, y) ∈ R2 : y = 0}. Cal ule o lim(x,y)→(0,0) f (x, y).
(x,y)∈S

(b) Verique se existe lim f (x, y).


(x,y)→(0,0)

( ) Cal ule a derivada par ial ∂f


∂x
na origem usando a denição.
(d) Determine uma equação do plano tangente ao grá o da função f no ponto (1, 0, f (1, 0)).
(e) Seja g : R2 → R2 de lasse C 1 dado por g(x, y) = ( x2 − y, −xy). Cal ule D(f ◦
2

g)(0, −1) usando a regra da adeia.


Resolução 1 (a) Considerando y = 0 em lim f (x, y)  a o limite
(x,y)→(0,0)

x3
lim f (x, y) = lim f (x, 0) = lim = lim x = 0
(x,y)→(0,0) x→0 x→0 x2 x→0
y=0

(b) tem-se,
y2 1
lim f (x, y) = lim f (0, y) = lim = .
(x,y)→(0,0) y→0 y→0 2y 2 2
x=0

Como,
lim f (x, y) 6= lim f (x, y)
(x,y)→(0,0) (x,y)→(0,0)
y=0 x=0

on luimos que o lim f (x, y) não existe.


(x,y)→(0,0)

( )
h3
∂f f [(0, 0) + h(1, 0)] − f (0, 0) h2
−0 h3
(0, 0) = lim = lim = lim 3 = 1
∂x h→0 h h→0 h h→0 h

(d) Usemos a fórmula, z − z0 = ∂f ∂x


(x0 , y0 )(x − x0 ) + ∂f
∂y
(x0 , y0)(y − y0 ). Sendo x0 = 1 e
y0 = 0, z0 = f (1, 0) = 1 temos que al ular as derivadas par iais em (1, 0),
∂f 3x2 (x2 + 2y 2 ) − 2x(x3 + y 2)
(x, y) =
∂x (x2 + 2y 2)2
∂f 2y(x2 + 2y 2) − 4y(x3 + y 2)
(x, y) = .
∂y (x2 + 2y 2)2

1
2 Questões modelo para Exame

logo,
∂f ∂f
(1, 0) = 1 e (1, 0) = 0
∂x ∂y
Assim vem z − 1 = x − 1 para a equação do plano tangente ao grá o de f no ponto
(1, 0, 1).

(e) Pela regra da adeia, sabemos que D(f ◦g)(0, −1) = Df (g(0, −1))·Dg(0, −1). Como
g(0, −1) = (1, 0), pela alínea anterior sabemos que Df (1, 0) = (1, 0), e dado que
   
x −1 0 −1
Dg(x, y) = vem
Dg(0, −1) = .
−y −x 1 0
 
 0 −1
Assim, D(f ◦ g)(0, −1) = 1 0 = 0 −1 .
  
1 0

2. Seja f : R2 → R de lasse C 2 tal que f (x, y) = 2xy − 21 x4 + y 4 . Determine e


lassique os pontos ríti os de f .

Resolução 2 Por ser uma função polinomial a função é diferen iável em todo o seu
domínio. Assim, os pontos ríti os são a solução do sistema,
 ∂f
=0
∂x
∂f (1)
∂y
=0

resolvendo vem:
2y − 2x3 = 0 y = x3 y = x3
   
y=0
⇐⇒ ⇐⇒ ⇐⇒
2x + 4y 3 = 0 2x + 4x9 = 0 x(1 + 2x8 ) = 0 x=0
y = x3

∨ (2)
x8 = −1/2 (impossível)

A matriz Hessiana de f é:
" #
∂2f ∂2f
−6x2
 
∂x2 ∂y∂x 2
Hf (x, y) = =
∂2f ∂2f 2 12y 2
∂x∂y ∂y 2

No ponto (0, 0) temos  


0 2
Hf (0, 0) =
2 0
Os valores próprios da matriz Hessiana de f na origem são as raízes da equação ara -
terísti a, |Hf (0, 0) − λI| = 0. Resolvendo vem λ2 − 4 = 0 ⇐⇒ λ = ±2. Dado que um
valor próprio é negativo e o outro é positivo on luimos que o ponto (0, 0) é um ponto sela
de f .
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Determine a fórmula de segunda ordem de Taylor para f (x, y) = e−x em torno


2 −y 2
3.

da origem.

Resolução 3 Pre isamos do valor de f na origem, f (0, 0) = 1 e das seguintes derivadas


par iais; ∂f
, que em (0, 0) vale 0, ∂f (x, y) = −2ye−x −y que em (0, 0)
2 2 2 2
∂x
(x, y) = −2xe−x −y ∂y
vale , que em (0, 0) vale −2, ∂x∂y (x, y) = 4xye−x −y , que
2 ∂2f
0 ∂∂xf2 (x, y) = (−2 + 4x2 )e−x −y
2 2 2 2

em vale , e ∂2f
4y 2 )e−x −y que em (0, 0) vale −2. A fórmula de
2 2
(0, 0) 0 ∂y 2
(x, y) = (−2 +
Taylor de segunda ordem no ponto (x0 , y0 ) é,
∂f ∂f
f (x, y) = f (x0 , y0 ) + (x0 , y0 )(x − x0 ) + (x0 , y0)(y − y0 ) +
∂x ∂y
1 ∂2f ∂2f ∂2f
 
2 2
+ (x0 , y0)(x − x0 ) + 2 (x0 , y0)(x − x0 )(y − y0 ) + 2 (x0 , y0 )(y − y0 ) +
2! ∂x2 ∂x∂y ∂y
+ R2 ((x, y); (x0 , y0 )).

onde R2 ((x, y); (x0, y0 )) é o resto de ordem 2. Assim, substituindo na fórmula vem,
f (x, y) = 1 − x2 − y 2 + R2 ((x, y); (0, 0)).

4. Considere o integral,
Z 1 Z x2 +1
I= ydydx
−1 2x2

(a) Esbo e a região de integração, D ⊂ R2 de I .


(b) Inverta a ordem de integração de I .
( ) Considere o ampo ve torial F (x, y) = (−y 2 , −yx) de lasse C 1 . Use o teorema de
Green para al ular o integral de F ao longo da fronteira de D, C , no sentido positivo
(anti-horário), C + f.ds (Caso não onsiga al ule o integral de linha diretamente).
R

Resolução 4 (a) A região D está na gura 1.


(b) Se olharmos para a região de integração de I fazendo x função de y veri amos que
quando y varia de 0 a 1, x está entre asp urvas que p
resultam de resolver a equação
y = 2x em ordem a y , ou seja, x = − 2 ou x = y2 . Quando y varia de 1 a 2
2 y

apare em duas regiões uma do lado negativo do eixo dos x e outra do lado positivo
pelo que são ne essários 2 integrais. Assim tem-se:
Z 1 Z √y Z 2 Z √
− y−1 Z 2 Z √y
2 2

√ y ydxdy + √y ydxdy + √
ydxdy
0 − 2
1 − 2
1 y−1
4 Questões modelo para Exame

Figura. 1: Região de integração

( ) Pretende-se al ular ∂D+ F.ds onde F é o ampo dado por F = (P, Q) om P (x, y) =
R

−y 2 e Q(x, y) = −yx, usando o teorema de Green, vem que


ZZ  
∂Q ∂P
Z
F.ds = − dydx
C+ D ∂x ∂y

. Assim,
ZZ   Z 1 Z x2 +1
∂Q ∂P
ZZ ZZ
− dydx = (−y + 2y)dydx = ydydx = ydydx
D ∂x ∂y D D −1 2x2
Z 1  2 x2 +1 1
1 1 2 −3x5 x3 x

y 16
Z
2 2 2
= dx = [(x + 1) − (2x ) ]dx = + + = .
−1 2 2x2 2 −1 10 3 2 −1 15

5. Considere a região do espaço V = {(x, y, x) ∈ R3 : x ≥ 0, y ≥ 0, z ≥ 0, x2 +


y 2 + z 2 ≤ 4}. Use oordenadas esféri as para al ular o integral da função f denida por,
f (x, y, z) = z na região V .

Resolução 5 A região V é uma esfera de raio 2, no primeiro o tante. O seguinte sistema,



 x = ρ cos(θ) sin(φ)
y = ρ sin(θ) sin(φ)
z = ρ cos(φ)

rela iona as oordenadas esféri as (ρ, θ, φ) om as artesianas (x, y, z). Tem-se



∂(x, y, z) 2
∂(ρ, θ, φ) = ρ sin(φ).

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0
2
1 1.5
0 0.5 1
−1 −0.5 0
−2 −1.5 −1

Figura. 2: Região de integração

Como z = ρ cos(φ) vem:


π π
2 2 π π
ρ4
Z Z Z Z Z 
2 2 2 2
vol(V) = 3
ρ sin(φ) cos(φ)dρdφdθ = sin(φ) cos(φ) dφdθ (3)
0 0 0 0 0 4 0
Z π Z π Z πZ π Z π
2 2 2 2 2 π
= 4 cos(φ) sin(φ)dφ = 2 sin(2φ)dφdθ = [− cos(2φ)]02 dθ
0 0 0 0 0
π
π
Z
2
= (1 + 1)dθ = 2 = π. (4)
0 2

6. Considere a região do espaço V = {(x, y, x) ∈ R3 : x2 + y 2 + z 2 ≤ 6 ∧ z ≥ x2 + y 2 }.

(a) Esbo e a região V .

(b) Use oordenadas ilíndri as para al ular o volume da região V .

( ) Considere a função es alar f de lasse C 1 dada por f (x, y, z) = 2. Cal ule


RR
S
f dS
onde S é a superfí ie do parabolóide z = x2 + y 2 , 0 ≤ z ≤ 1.

Resolução 6 (a) A região de integração está a ima do parabolóide z = x2 + y 2 e abaixo


da esfera x2 + y 2 + z 2 = 6, ver gura 2.

(b) Os pontos (x, y, z) da urva C de interseção do parabolóide om a esfera são soluções


do sistema (5),

x2 + y 2 = 6 − z 2


x2 + y 2 = z, z > 0
6 Questões modelo para Exame

Resolvendo vem:

 −


⇐⇒ zW> 0
z 2 + z − 6 = 0, z > 0
z = 2 z = −3

Os pontos (x, y, z) de C veri am x2 + y 2 = 2 e z = 2. Os ponto (x, y, z) da


proje ção no plano z = 0 veri am x√2 + y =2 e z = 0. Como a projeção da região V
no plano oxy dá um ír ulo de raio 2 e entro em (0, 0) então é onveniente usar
oordenadas ilíndri as, 
 x = r cos(θ)
y = r sin(θ)
z = z


e ∂(x,y,z)
∂(r,θ,z)
= r . Tem-se,
√ √ √
Z 2π Z 2 Z 6−r 2 Z 2π Z 2 √
vol(V) =
2
rdzdrdθ = [z]r26−r rdrdθ
0 0 r2 0 0
√  √2
2π Z 2 √ r4 2π 
1
Z Z
= r( 6 − r 2 − r 2 )drdθ = − (6 − r 2 )3/2 − dθ
0 0 0 3 4 0
Z 2π    
1 3/2 1
= (6 − 43/2 ) − 1 dθ = (63/2 − 43/2 ) − 1 [θ]2π 0
0 3 3
" √ #
6 6−8
= 2π −1
3
(5)
( ) Para al ular S f dS pre isamos obter a equação da superfí ie z = x2 +y 2 nas novas
RR

variáveis (r, θ, z). Assim, o parabolóide z = x2 +y 2, em oordenadas ilíndri as, tem


equação z = r2 . Assim faz sentido usar a parametrização que deriva das oordenadas
ilíndri as. A parametrização da superfí ie S denida por z = x2 + y 2 e 0 ≤ z ≤ 1
é então a apli ação T : D ∈ R2 → S denida por T (θ, r) = (r cos(θ), r sin(θ), r2 )
om (θ, r) ∈ D onde D = [0, 2π] × [0, 1] que a ada ponto (θ, r) faz orresponder um
ponto na superfí ie parabóli a z = r2 . Note que o signi ado das novas variáveis
é o mesmo das oordenadas polares, isto é, na projeção da superfí ie S em z = 0,
que é um dis o de raio 1, o θ varia de 0 a 2π e r varia de zero até 1. Os vetores
tangentes à superfí ie S num ponto genéri o (r, θ, T (r, θ)) são:
Tθ = (−r sin(θ), r cos(θ), 0), Tr = (cos(θ), sin(θ), 2r).
Logo é
~i ~j ~k


Tθ × Tr = −r sin(θ) r cos(θ) 0 = 2r 2 cos(θ)~i + 2r 2 sin(θ)~j − r~k.

cos(θ) sin(θ) 2r
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uja norma é r 1 + 4r2 .
ZZ ZZ √ Z 2π Z 1
f ds = r 1 + 4r 2 drdθ
f (T (θ, r))kTθ × Tr kdudθ = 2
S D 0 0
Z 2π  2 3/2 1
 Z 2π √
2 (1 + 4r ) 1 3/2 5 5−1
= dθ = (5 − 1)dθ = π .
8 0 3/2 0 6 0 3

7. Considere a equação da esfera V , x2 + y 2 + z 2 − 4 = 0.

(a) Mostre que a equação x2 + y 2 +


√ z √− 4 = 0 permite denir z omo função de x e y
2

numa vizinhança do ponto (0, 2, 2).


(b) Determine
√ √ uma equação do√plano tangente à esfera x2 + y 2 + z 2 − 4 = 0 no ponto
(0, 2, 2). Cal ule ∂x (0, 2).
∂z

( ) Use o teorema de Gauss para al ular f · dS onde S é a superfí ie esféri a de


RR
S+
raio 2 e f (x, y, z) = (x, y, 0).

Resolução 7 (a) Façamos f (x, y, z) = x2 +y 2 +z 2 −4, pelo √


que √
a equação do enun iado
se es reve omo f (x, y, z) = 0. Veri amos que: f (0, √2, √2) = 0, f é de lasse
C 1 em R3 (trata-se de uma função polinomial) e ∂f ∂z
(0, 2, 2) 6= 0. Assim, temos
ondições su ientes para que, numa vizinhança do ponto indi ado, z esteja denido
impli itamente à usta de (x, y).
b) Derivando impli itamente em ordem a x a equação x2 + y 2 + z 2 − 4 = 0 vem,
∂z ∂z x
2x + 2z = 0 ⇐⇒ =− .
∂x ∂x z

Isto é, ∂z
∂x
(0, 2) = − xz |(0,√2,√2) = 0. Usemos a fórmula:

∂z ∂z
z − z0 =
(x0 , y0 )(x − x0 ) + (x0 , y0)(y − y0 )
∂x ∂y
√ √ √
om (x√0 , y0 ) = (0, 2) e z0 = 2. Já temos a derivada ∂x ∂z
(0, 2) pre isamos da
∂z
∂y
(0, 2), pelo que derivando impli itamente x2 + y 2 + z 2 − 4 = 0 em ordem a y
vem,
∂z ∂z y
2y + 2z = 0 ⇐⇒ =− .
∂y ∂y z

Assim ∂y
∂z
(0, 2) = −1. Uma equação do plano tangente à esfera x2 + y 2 + z 2 = 4

no ponto (0, 2) é, √ √
z− 2 = −y + 2.
8 Questões modelo para Exame

) Pelo teorema de Gauss sabemos que


ZZ ZZZ
f.dS = div(f )dzdydx
S V

onde S é a superfí ie fe hada que é a fronteira da região V do espaço. Assim temos


que, ZZZ ZZZ
div(f )dzdydx = 2 dzdydx
V V

É sabido que o volume da esfera é 43 πr3 onde r é o raio e assim, 2


RRR
V
dzdydx =
2
3
π23 = 16
3
π.

8. Considere o ampo ve torial de lasse C 1 dado por f (x, y, z) = (z + y 2 , 2yx, x).

(a) Mostre que f é um ampo gradiente.


(b) Determine uma função poten ial φ : R3 → R tal que ∇φ = f .
( ) RSeja C o segmento de re ta que liga os pontos A(−1, 0, 1) a B(2, 1, 1). Cal ule
C+
f.ds onde o sentido positivo é aquele que per orre a urva de A para B.

Resolução 8 (a) Uma das formas mais diretas de mostrar quando um ampo de lasse
C em R é gradiente é mostrar que o seu rota ional é zero. No entanto, omo na
1 3

alínea seguinte é pedido para a har o ampo gradiente podemos responder às duas
questões em simultâneo tentando en ontrar a função poten ial φ : R3 → R que dá
origem ao gradiente. Usando a equação ∂φ ∂x
= z + y 2 integramos em x obtendo,
φ(x, y, z) = (z + y )x + C1 (y, z). Usando a segunda equação,
2

∂φ ∂C1
= 2yx e 2yx + = 2yx logo C1 (y, z) = C1 (z).
∂y ∂y

isto é, mostramos que C1 pode ser função de apenas z . Usamos a ter eira equação
para a determinar,
∂φ d
= x pelo que x + C1 (z) = x e C1 (z) = C1 .
∂z dz
ou seja, C1 é uma função onstante pelo que φ(x, y, z) = (z + y 2 )x + C1 .
(b) questão já respondida na alínea anterior.
( ) Seja −

v o ve tor −

v = B − A = (3, 1, 0), a equação da re ta que passa nos pontos
A e B é parametrizada por −

r (t) = (−1, 0, 1) + t(3, 1, 0) = (−1 + 3t, t, 1). Quando
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Figura. 3: Região de integração

t varia no intervalo [0, 1] a imagem por r de [0, 1] é o segmento de reta que une os
pontos A e B . Assim o integral de linha é,
Z 1 Z 1

→′
Z
f.ds = −

f ( r (t)) · r (t)dt = (1 + t2 , 2t(3t − 1), 3t − 1) · (3, 1, 0)dt
ZC1 0 0
1
3 + 3t2 + 2t(3t − 1)dt = 3t + t3 + 2t3 − t2 0 = 5.

=
0

9. Seja D ⊂ R2 tal que D = {0 ≤ x ≤ 1 ∧ x2 ≤ y ≤ x} e uja fronteira ∂C +


está orientada positivamente. Seja f (x, y) = (y 2x, xy 2 ) um ampo de velo idades, al ule
f.ds usando o teorema de Green.
R
C+

Resolução 9 A região D está na gura 3. Sendo o ampo f dado por f = (P, Q) e ∂D


a urva fronteira de D, o teorema de Green diz que
ZZ  
∂Q ∂P
Z
f.ds = − dydx.
C+ D ∂x ∂y

Assim, omo P (x, y) = y 2 x e Q(x, y) = xy 2 ,


x
1
y3
Z ZZ Z 
2 2
f.ds = (y − 2yx)dydx = − y x dx
C+ D 0 3 x2
Z 1 3  6  4 7
1
x6

x 3 x 5 x x 1
= −x − −x dx = − − + =− .
0 3 3 6 21 6 0 21

10. Seja f (x, y) = (xy 2 , yx4) um ampo ve torial de lasse C 1 e D o quadrado de


10 Questões modelo para Exame

vérti es (0, 0), (0, 1), (1, 0), (1, 1) uja fronteira, orientada positivamente, é C + . Seja −

n a


normal unitária exterior a C . Cal ule o C + f. n ds usando o teorema da divergên ia no
+
R

plano.
Resolução 10 O teorema da divergên ia no plano diz que sendo −

n a normal unitária
exterior à urva C , Z ZZ
f ·−

n ds = div(f )dydx
C+ D
Assim, al ulando para o segundo integral,
1 1 1 1 1
y3
  
1
Z Z Z Z
2 4
+ x4 y 4
 
y + x dydx = = + x dx
0 0 0 3 0 0 3
1
x x5

8
= + = .
3 5 0 15

11. Considere a superfí ie do ilindro S1 = {x2 + y 2 = 1 ∧ 0 ≤ z ≤ 1} juntamente


om o topoS que onstitui a superfí ie S2 = {x2 + y 2 ≤ 1 ∧ z = 1} e C + a urva bordo
de S = S1 S2 orientada positivamente. Seja f (x, y, z) = (x, zy, xy) um ampo de lasse
C 1.
(a) Cal ule o rota ional de f , rotf .
(b) Cal ule o f.ds usando o teorema de Stokes.
R
C+

Resolução 11 (a) O rota ional al ula-se usando o determinante:


~i ~j ~k


rot f = ∂x = (x − y)~i − y~j
∂ ∂ ∂

∂y ∂z
x zy xy

(b) RR
O teorema de Stokes diz que sendo C o bordo da superfí ie S , vem C + f · ds =
R

S
rotf · dS . A superfí ie ilíndri a é parametrizada usando a apli ação, T (θ, z) =
(cos(θ), sin(θ), z) onde 0 ≤ θ ≤ 2π e 0 ≤ z ≤ 1. Os ve tores tangentes à superfí ie
do ilindro obtêm-se por derivação da parametrização T relativamente a ada uma
das variáveis e são:
Tθ = (− sin(θ), cos(θ), 0), Tz = (0, 0, 1)
o ve tor normal a S1 num ponto (θ, z, T (θ, z)) é o produto vetorial Tθ × Tz ,

~i ~j ~k


= cos(θ)~i + sin(θ)~j

Tθ × Tz = − sin(θ) cos(θ) 0


0 0 1
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Tθ × Tz = (cos(θ), sin(θ), 0). O ponto da superfí ie (1, 0, 1/2) é a imagem por T


de (0, 1/2) e nesse ponto, Tθ × Tz (0, 1/2) = (1, 0, 1/2) pelo que se trata da normal
exterior. Assim temos para a superfí ie S1 :
ZZ Z 2π Z 1
~ × f.dS =
∇ ~ × f (T (θ, z))dzdθ · Tθ × Tz =

S 0 0
Z 2π Z 1
= (cos(θ) − sin(θ), − sin(θ), 0) · (cos(θ), sin(θ), 0)dzdθ
0 0
Z 2π Z 1 Z 2π  
 2 2
 sin(2θ)
= (cos(θ)) − sin(θ) cos(θ) − (sin(θ)) dzdθ = cos(2θ) − dθ
0 0 0 2
 2π
sin(2θ) cos(2θ)
= + = 0.
2 4 0

Para a superfí ie S2 temos a parametrização, T (x, y) = (x, y, 1) om (x, y) a variar


no dis o D tal que D = {(x, y) ∈ R2 : x2 + y 2 ≤ 1}. Os ve tores tangentes à
superfí ie S2 no ponto (x, y, T (x, y)) são:
Tx = (1, 0, 0), Ty = (0, 1, 0)

, O ve tor normal a S2 no ponto (x, y, T (x, y)) é


~i ~j ~k


T~x × T~y = ~k

= 1 0 0
0 1 0

Tx × Ty = (0, 0, 1). Assim temos para a superfí ie S2 :


ZZ ZZ ZZ
~ × f.dS =
∇ ~ × f (T (x, y)) · Tx × Ty dydx =
∇ (x − y, −y, 0) · (0, 0, 1)dydx
ZZ S D D

= 0dydx = 0
D

on luimos então que f · ds = 0.


R
C+

12. Considere o ampo ve torial de lasse C 1 dado por F (x, y, z) = (xy, y 2, 4x).
Usando o teorema de Gauss al ule o uxo de F pelo ilindro dado por x2 + y 2 ≤ 4,
0 ≤ z ≤ 5 segundo a normal exterior (orientação positiva).

Resolução 12 O teorema de Gauss diz que sendo S uma superfí ie fe hada ontendo a
região V do espaço, ZZ ZZZ
f.dS = div(f )dzdydx
S V
12 Questões modelo para Exame

Sendo div(f ) = 3y e usando oordenadas ilíndri as,



 x = r cos(θ)
y = r sin(θ)
z=z


e ∂(x,y,z)
∂(r,θ,z)
= r . Tem-se:
ZZZ Z 2π Z 2 Z 5 Z 2π Z 2
2
div(f )dzdydx = 3r sin(θ)dzdrdθ = 3 r 2 sin(θ)[z]50
V 0 0 0 0 0
Z 2π  3 2 Z 2π
r
= 15 dθ = 40 sin(θ)dθ = 0.
0 3 0 0

logo, pelo teorema de Gauss, S f.dS =0. 13. Seja F : R3 → R um ampo es alar de
RR



lasse C 2 . Mostre que ∇ × ∇F = 0 .

Resolução 13 O gradiente de F é ∇F = ( ∂F , ∂F , ∂F ), o produto vetorial do operador ∇


∂x ∂y ∂z
om o gradiente é,

|~i ~j ~k 
∂2F ∂2F ~
  2
∂2F ~
  2
∂2F ~

~ ∇F

~ = ∂ ∂ ∂ ∂ F ∂ F
∇× ∂x ∂y ∂z = − i+ − j+ − k.
∂F ∂F ∂F ∂y∂z ∂z∂y ∂x∂z ∂z∂x ∂x∂y ∂y∂x
∂x ∂y ∂z

uma vez que F é de lasse C 2 podemos on luir pelo teorema de S hwarz que as derivadas
mistas são iguais e portanto ∇ × ∇F = 0.

14. Determine a fórmula de segunda ordem de Taylor para f (x, y) = x sin y + y sin x
em torno da origem.

Resolução 14 Pre isamos do valor de f na origem f (0, 0) = 0 e das seguintes derivadas


par iais de f na origem; ∂f (0, 0) = 0, ∂f (0, 0) = 0, ∂∂xf2 (0, 0) = 0, ∂x∂y (0, 0) = 2,
2 ∂2f
∂x ∂y
∂2f
∂y 2
(0, 0) = 0. A fórmula de Taylor de f de segunda ordem em (0, 0) é:

f (x, y) = 2xy + R2 ((x, y); (0, 0)).

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