Continuidade de uma Função de varias Variáveis

Uma função w = f (x) = f (x 1 , x 2 , x 3 ,… x n ) é CONTÍNUA NO PONTO x 0 ∈ R n se:

 ∃ f (x 0 );

 ∃ x→
lim f (x );
x 0

lim f (x) = f (x 0) ;
 x→ x 0

Caso particular do R2
Seja f : D ⊂ R2 → R uma função de duas variáveis e ( x 0, y 0) ∈D.
Dizemos que f é contínua em ( x 0, y 0) se satisfaz as condições:
(i) f ( x 0, y 0) existe
lim f (x , y) existe
(ii) (x , y)→(x
0 ,y ) 0

lim f (x , y) = f ( x , y )
(iii) (x , y)→(x ,y ) 0 0
0 0

Uma função é CONTÍNUA quando é contínua em todos os pontos de seu domínio.

Proposição:
Sejam f e g funções de duas variáveis contínuas no ponto ( x 0, y 0), então:
 f +g é contínua em ( x 0, y 0)
 f- g é contínua em ( x 0, y 0)
 f .g é contínua em ( x 0, y 0)
 f /g é contínua em ( x 0, y 0) , desde que g( x 0, y 0)≠ 0
Sejam w= f(u) e z= g(x , y ). Se g é contínua em ( x 0, y 0) e f é contínua em ( x 0, y 0) , então
a função composta f og é contínua em ( x 0, y 0) .
A partir das proposições anteriores podemos afirmar que:
 Uma função polinomial de duas variáveis é contínua em R2
 Uma função racional de duas variáveis é contínua em todos os pontos do seu
domínio.
 Uma função é CONTÍNUA quando é contínua em todos os pontos de seu
domínio.

xy
Exemplo : 2 2 se (x, y) ≠ (0, 0)
x +y
Vamos verificar se a função f (x, y) =
 0, se (x, y) = (0, 0)
é contínua em (0, 0) .

Resolução: Devemos verificar se f satisfaz as condições citadas acima, então temos:

(i) Como f (0, 0) = 0, a primeira condição está satisfeita.

(ii) Consideremos C 1 = {(x, y)∈ R 2 ; x = 0} . Notemos que C 1 é exatamente o

eixo y e é um caminho que passa pelo ponto (0, 0) . Assim:
2 2
lim f (x , y)= lim f (x , y )= 0 .y
lim 2 2
=0
(x , y)→(0 , 0) (0 , y)→ (0 , 0) (x , y)→(x , y ) 0 + y
0 0

Considere agora C 2 = {(x, y)∈ R 2 ; y = kx}. Note que C 2 é o conjunto de retas que
passam pelo ponto (0, 0) . Assim:
x . kx
lim f (x , y)= lim f (x , y)=¿ lim f ( x , kx)= lim 2 2 2
¿
(x , y)→(0 , 0) (x , kx)→(0 ,0) (x , y)→(0 ,0) ( x, kx)→(0 ,0 ) x +k x

2
x2 k x (k ) k
¿ lim = lim =
(x ,kx)→(0 , 0) x + k x ( x, kx)→(0 ,0 ) x (1+k ) 1+ k 2
2 2 2 2 2

lim f (x , y)≠ lim f ( x , y ) . Então não f não existe.

Considerando C 1 e C 2 então(x , y)→(0 , 0) (x , kx)→(0 ,0)

Logo, f(x, y) não é contínua em (0, 0).

Filipe Carlitos Alfredo
CD Rn
Mestre ABUBACAR, Nurdin
Bibliografia
GALVÃO, Lauro César e NUNES, Luiz Fernando. Apostila-Cálculo Diferencial e
Integral II. Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
DE FIGUEIREDO, Elisandra Bär. Et all. Apostila de cálculo Diferencial e integral
ii.UDESC.2012