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FACULDADE DE CIÊNCIAS
Departamento de Física
Definição: As curvas de níveis de uma função z = f (x, y) são aquelas em que f (x, y) = k, onde k é uma
constante.
f (x, y) = k
p
9 − x2 − y 2 = k
9 − x2 − y 2 = k 2
x2 + y 2 = 9 − k 2
Solução: A função
x2 − y 2
x2 + y 2
não é contínua no ponto (0, 0), por isso antes de calcular vamos investigar se o limite existe ou não. Seja:
• y = 0, então
x2 − y 2 x2
lim = =1
(x,y)→(0,0) x2 + y 2 x2
• x = 0, então
x2 − y 2 y2
lim = − = −1
(x,y)→(0,0) x2 + y 2 y2
2
como o limite possue valores diferentes, então o limite não existe.
Nota 1.1. Se lim(x,y)→(0,0) f (x, y) = L1 ao longo do caminho C1 e lim(x,y)→(0,0) f (x, y) = L2 ao longo do caminho
C2 com L1 6= L2 , então lim(x,y)→(0,0) f (x, y) não existe.
Exemplo 1.6. Determine
xy
lim .
(x,y)→(0,0) x2 + y2
Solução: Vamos investigar se o limite existe ou não. Assumimos que:
• y = 0, então
xy
lim =0
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
• x = 0, então
xy
lim =0
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
• y = x, então
xy x2 1
lim = = ,
(x,y)→(0,0) x + y
2 2 2x 2 2
como o limite tem valores distintos, logo o limite não existe.
• y = x2 , então
3x2 y 3x4
lim = =0
(x,y)→(0,0) x2 + y 2 x2 + x4
para todos os limites obtemos o mesmo valor, o que nos leva a suspeitar que o limite existe e seja igual a 0.
Para mostrar que o limite existe, vamos usar a definição do limite.
Seja > 0, existe um δ > 0 tal que
p 3x2 y
0< x2 + y 2 < δ então − 0 < .
x2 + y2
Como
x2
≤1
x2 + y2
então
3x2 y 3x2 |y| p p
− 0 ≤ ≤ 3|y| = 3 y 2 ≤ 3 x2 + y 2 < 3δ.
x2 + y 2 x2 + y 2
Vamos assumir que δ =
3 e obtemos
3x2 y p
− 0 ≤ 3 x2 + y 2 < 3δ = 3 = ,
x +y
2 2 3
3
logo
3x2 y
lim = 0.
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
4
Exercícios 1.
x2 − y 2
f (x, y) = .
2xy
cos(xy)
(b) lim(x,y)→(1,0) 1−x−cos y
x2 −y 2
(c) lim(x,y)→(0,0) x2 +y 2
x2 (y−1)2
(d) lim(x,y)→(0,1) x2 +(y−1)1
∂f f (x + ∆x, y) − f (x, y)
= lim = fx0 (x, y) = f1 (x, y) (3)
∂x ∆x→0 ∆x
e em relação a variável y é dada por
5
Exemplo 1.9. Seja z = f (x, y) = x3 + x2 y 3 − 2y 2 , determine f1 (2, 1) e f2 (2, 1).
Solução: A derivada parcial em relação a x é f1 (x, y) = 3x2 + 2xy 3 e f1 (2, 1) = 3.22 + 2.2.1 = 16. A derivada
parcial em relação a y é f2 (x, y) = 3x2 y 2 − 4y e f2 (2, 1) = 3.22 .1 − 4.1 = 8.
Exemplo 1.12. Dada a função f (x, y) = 3x2 − xy. Determine o acréscimo total.
∂f ∂f
df = dx + dy. (6)
∂x ∂y
∂f 1 2y y
= p (x2 + y 2 )0 = p =p .
∂y 2 x +y
2 2 2 x +y
2 2 x + y2
2
6
De acordo com (6), o diferencial total é
∂f ∂f
df = dx + dy
∂x ∂y
x y
=p dx + p dy
x2 + y 2 x2 + y 2
xdx ydy
=p +p .
x +y
2 2 x2 + y 2
Apartir da definição do diferencial total da função, segue que, para valores suficietmente pequenos ∆x ≈ dx e
∆y ≈ dy. desta forma, o acréscimo total pode ser escrito na forma
∂f ∂f
f (x + ∆x, y + ∆y) ≈ f (x, y) + ∆x + ∆y. (7)
∂x ∂y
Esta fórmula é geralmente usada para cálculos de valores aproximados.
Solução: Como a expressão está na forma de potência, vamos assumir que a função é da forma f (x, y) = xy , então
1, 023,01 = (x + ∆x)y+∆y , onde x = 1, ∆x = 0, 02, y = 3 e ∆y = 0, 01. Usando a fórmula (7) temos
∂f ∂f
1, 023,01 ≈ f (x, y) + ∆x + ∆y,
∂x ∂y
onde
∂f ∂f ∂f ∂f
= yxy−1 , = 3, = xy ln x, =0
∂x ∂x (1,3) ∂y ∂y (1,3)
e f (1, 3) = 1. Assim,
1, 023,01 ≈ 1 + 3 · 0, 02 + 0 · 0, 01
≈ 1 + 0, 06 = 1, 06.
∂z ∂z ∂u ∂z ∂v
= +
∂x ∂u ∂x ∂v ∂x
∂z ∂z ∂u ∂z ∂v
= +
∂y ∂u ∂y ∂v ∂y
Exemplo 1.15. Seja z = u3 + v 2 , com u(x, y) = xy 2 e v(x, y) = x2 sin y. Calcule as derivadas parciais.
7
Assim,
∂z ∂z ∂u ∂z ∂v
= +
∂x ∂u ∂x ∂v ∂x
= 3u2 · y 2 + 2v · 2x sin y, substituindo u = xy 2 e v = x2 sin y obtemos
= 3x y + 4x sin y.
2 4 3 2
Solução: Como a equação (x2 + y 2 )3 − 3(x2 + y 2 ) + 1 = 0 está dada na forma implícita, para determinar a derivada
temos que assumir que F (x, y) = (x2 + y 2 )3 − 3(x2 + y 2 ) + 1 e aplicando (8), obtemos
dy F0
= − x0
dx Fy
6x(x2 + y 2 )2 − 6x
=−
6y(x2 + y 2 )2 − 6y
x
=−
y
Teorema 1.1. Se uma equação F (x, y, z) = 0 define uma função diferenciável f de duas variáveis z = f (x, y), então
Exemplo 1.17. Determine as derivadas parciais da função z definida pela equação x2 z 2 + xy 2 − z 3 + 4yz − 5 = 0.
Solução: Seja F (x, y, z) = x2 z 2 + xy 2 − z 3 + 4yz − 5, então Fx0 (x, y, z) = 2xz 2 + y 2 , Fy0 (x, y, z) = 2xy + 4z e
Fz0 (x, y, z) = 2x2 z − 3z 2 + 4y. Usando (9), a derivada dada na forma implícita é
∂z 2xz 2 + y 2 ∂z 2xy + 4z
=− 2 e =− 2 .
∂x 2x z − 3z 2 + 4y ∂y 2x z − 3z 2 + 4y
8
1.2.4 Derivada de ordem superior
Definição: Chama-se derivada de ordem superior de uma função f (x, y) às derivadas parciais de suas derivadas
parciais da primeira ordem. A derivada da segunda ordem é
∂2f
∂ ∂f
= = fxx
00
== f11
∂x ∂x ∂x2
∂2f
∂ ∂f
= = fxy00
== f12
∂x ∂y ∂x∂y
∂2f
∂ ∂f
= = fyx00
== f21
∂y ∂x ∂y∂x
∂2f
∂ ∂f
= = fyy
00
== f22 .
∂y ∂y ∂y 2
∂2f
∂ ∂f ∂
= = 4x3 − 4xy 3 = 12x2 − 4y 3
∂x2 ∂x ∂x ∂x
∂2f
∂ ∂f ∂
= = −6x2 y 2 + 5y 4 == −12xy 2
∂x∂y ∂x ∂y ∂x
∂2f
∂ ∂f ∂
= = 4x3 − 4xy 3 = −12xy 2
∂y∂x ∂y ∂x ∂y
∂2f
∂ ∂f ∂
= = −6x2 y 2 + 5y 4 = −12x2 y + 20y 4 .
∂y 2 ∂y ∂y ∂y
Note que
∂2f ∂2f
= = −12xy 2 .
∂x∂y ∂y∂x
Teorema 1.2. Seja f (x, y) uma função de duas variáveis. Se as derivadas parciais da primeira ordem e segunda
ordem são contínuas, então
∂2f ∂2f
= .
∂x∂y ∂y∂x
1 ∂2f ∂2f
∂f ∂f
f (x, y) = f (a, b) + (a, b)(x − a) + (a, b)(y − b) + (a, b)(x − a)2
+ 2 (a, b)(x − a)(y − b)
∂x ∂y 2! ∂x2 ∂x∂y
n
∂2f 1 ∂f
∂f
+ 2 (a, b)(y − b) + · · · +
2
(x − a) + (y − b) f (a, b) (10)
∂y n! ∂x ∂y
Exemplo 1.19. Determine o polinómio de Taylor da segunda ordem da função f (x, y) = x2 + y 3 no ponto
p
P (1, 2).
9
Solução: A fórmula de Taylor para o polinómio do segundo grau é
1 ∂2f
∂f ∂f
f (x, y) = f (a, b) + (a, b)(x − a) + (a, b)(y − b) + (a, b)(x − a)2
∂x ∂y 2! ∂x2
∂2f ∂2f
+2 (a, b)(x − a)(y − b) + 2 (a, b)(y − b)2 , (11)
∂x∂y ∂y
onde
f (1, 2) = 3
∂f x ∂f 1
=p e =
∂x x + y3
2 ∂x (1,2) 3
∂f 3y 2 ∂f
= p e =2
∂y 2 x2 + y 3 ∂y (1,2)
∂2f y3 ∂ f 2
8
=p e =
∂x2
(x2 + y 3 )3 ∂x2 (1,2) 27
∂2f 3xy 2 ∂2f 2
=− p e =−
∂x∂y 2 (x2 + y 3 )3 ∂x∂y (1,2) 9
2
∂ f 12x y + 3y 2 4 2
∂ f 2
= p e = .
∂y 2 4 (x2 + y 3 )3 ∂y 2 (1,2) 3
1 1 8 4 1
f (x, y) = 3 + (x − 1) + 2(y − 2) + (x − 1)2 − (x − 1)(y − 2) + (y − 2)2 .
3 2 27 9 3
1 ∂2f ∂2f
∂f ∂f
f (a + h, b + k) = f (a, b) + (a, b)h + (a, b)k + (a, b)h2
+ 2 hk
∂x ∂y 2! ∂x2 ∂x∂y
n
∂2f 1 ∂f
∂f
+ 2 (a, b)k + · · · +
2
h+ k f (a, b). (12)
∂y n! ∂x ∂y
Definição: O gradiente no ponto P (x, y), onde as derivadas parciais existem é definida por
∂f ∂f
∇f = i+ j. (13)
∂x ∂y
∂f ∂f ∂f ∂f
= 2x, =2 e = 3y 2 , = 12 .
∂x ∂x (1,2) ∂y ∂y (1,2)
∂f ∂f
∇(1, 2) = (1, 2)i + (1, 2)j
∂x ∂y
= 2i + 12j.
10
−−→
Definição: Chama-se derivada de uma função z = f (x, y) no ponto P (x, y) na direcção l = P Q a expressão
∂f ∂f
Du f (x, y) = cos α + sin α. (14)
∂x ∂y
Exemplo 1.21. Determine a derivada direcional da função f (x, y) = x3 − 3xy + 4y 2 no ponto P (1, 2) e ~u é o
vector unitário dado pelo ângulo α = π3 .
∂f ∂f ∂f ∂f
= 3x2 − 3y, = −3 e = −3x + 8y, = 13.
∂x ∂x (1,2) ∂y ∂y (1,2)
∂f π ∂f π
Du f (x, y) = cos + sin
∂x 3 ∂y 3
e no ponto P (1, 2) é √ √
3 13 3 −3 + 13 3
Du f (1, 2) = − + = .
2 2 2
Exemplo 1.22. Calcule a derivada direcional da função f (x, y) = x3 y 2 no ponto (−1, 2) na direcção do vector
~u = 4i − 3j.
∂f ∂f ∂f ∂f
= 3x2 y 2 , = 12 e = 2x3 y, = −4.
∂x ∂x (−1,2) ∂y ∂y (−1,2)
O gradiente da função é
∇f (−1, 2) = 12i − 4j.
Repare que o vector ~u = 4i − 3j não é unitário e como |u| = 42 + (−3)2 = 5. O vector unitário é
p
u 4i − 3j 4 3
v= = = i − j.
|u| 5 5 5
4 3
Du (−1, 2) = i− j · (12i − 4j) = 12.
5 5
Definição: Se f (x, y, z) é uma função de 3 variáveis e ~u = (cos α, cos β, cos γ) é um vector unitário de ângulo
directores α, β e γ, então o gradiente é
∂f ∂f ∂f
∇f (x, y, z) = i+ j+ k (16)
∂x ∂y ∂z
11
e a derivada direcional é expressa por
∂f ∂f ∂f
Du f (x, y, z) = cos α + cos β + cos γ. (17)
∂x ∂y ∂z
Exemplo 1.23. Dada a função f (x, y, z) = x2 −yz+xz 2 no ponto P (1, −4, 3) na direcção de P para Q(2, −1, 8).
Determine a derivada direcional e a taxa máxima de crescimento da função em P.
∂f ∂f ∂f ∂f ∂f ∂f
= 2x+z 2 , = 11 = −z, = −2 e = −y +2xz, = 10.
∂x ∂x (1,−4,3) ∂y ∂y (1,−4,3) ∂z ∂z (1,−4,3)
−−→
O vector P Q = (1, 3, 5) e normalizando obtemos
PQ i + 3j + 5k 1 3 5
u= = √ = √ i + √ j + √ k.
|P Q| 35 35 35 35
O gradiente é
∂f ∂f ∂f
∇f (x, y, z) = i+ j+ k
∂x ∂y ∂z
e no ponto P
∇f (1, −4, 3) = 11i − 3j + 10k.
Desta forma, a derivada direcional é dada por
√
1 3 5 52 35
Du f (1, −4, 3) = √ i + √ j + √ k · (11i − 3j + 10k) = .
35 35 35 35
Definição:
(a) A equação do plano tangente que passa pelo ponto (a, b, f (a, b)) é dada por
∂f ∂f
z = f (a, b) + (a, b)(x − a) + (a, b)(y − b). (18)
∂x ∂y
(b) A normal á superfície da função z = f (x, y) que passa pelo ponto (a, b, f (a, b)) é dada por
Exemplo 1.24. Dada a função f (x, y) = sin(xy) que passa pelo ponto P (π/3, 1). Determine a equação do plano
tangente e da normal á superfície.
∂f ∂f 1 ∂f ∂f π
= y cos(xy), = e = x cos(xy), = .
∂x ∂x (π/3,1) 2 ∂y ∂y (π/3,1) 6
12
√
O valor da função no ponto P (π/3, 1) é 2
3
e usando (18), o plano tangente será
√
3 1 π π
z= + x− + (y − 1).
2 2 3 6
De acordo com (19), a normal á superfície é dada por
√
x − π/3 y−1 z − 23
= = ,
1/2 π/6 −1
ou seja √
2π 6(y − 1) 3
2x − = = − z.
3 π 2
13
Exercícios 2.
(c) f (x, y) =
p
x2 − y 2
(d) f (x, y) = √ x
x2 +y 2
(f) e xy
cos(x + y
3
q
x2 −y 2
(g) f (x, y) = arcsin x2 +y 2
(e)
x+y
f (x, y) = arctan
x−y
6. Achar o acréscimo total e a diferencial total no ponto (1, 2) da função f (x, y) = x2 y e compara-las entre
si, se:
(a) ∆x = 1, ∆y = 2
(b) ∆x = 0, 1, ∆y = 0, 2
7. Um dos lados de um rectangulo é a = 10cm, o outro lado b = 24cm. Como variará a diagonal l, se a
aumentar 4mm e o b diminuir em 1mm. Achar a grandeza aproximada da variação e compara-la com
a exacta.
8. Achar aproximadamente
a) (1, 02)3 · (0, 97)2 , b) (4, 05)2 + (2, 93)2 , c) ln[(0, 09)3 + (0, 99)3 ]
p
9. Achar df
se f (x, y) = xy , onde x = et , y = ln t.
dt ,
√
dt , se u = ln sin y , onde x = 3t , y =
10. Achar du t2 + 1.
√x 2
√
dt , se u = ln sin y , onde x = 3t , y =
11. Achar du t2 + 1.
√x 2
dz
12. Achar dx , se
1 u
z= ln ,
2 v
onde u = tan2 x, v = arctan2 x.
14
13. Achar ∂f
∂u e ∂f
∂v , se f (x, y) = arctan xy , onde x = u sin v e y = u cos v.
14. Achar
dy d2 y
, .
dx dx2
se
1 + xy − ln(exy + e−xy ) = 0.
x+y x2 − y 2 x2 − y 2
r
e) f (x, y) = ln f ) f (x, y) = f ) f (x, y) = g) f (x, y) = ln(x2 + y).
x−y 1 + sin 3y 1 + sin 3y
18. Se r
x2 y2
f (x, y) = c 2
+ 2,
a b
determine
∂2f ∂2f ∂2f
, , .
∂x2 ∂x∂y ∂y 2
19. Se
x+1
f (x, y) = arctan ,
1 − xy
determine
∂2f
.
∂x∂y
∂2f ∂2f
, .
∂x2 ∂x∂y
21. Demonstre que
∂2f ∂2f
=
∂x∂y ∂y∂x
se r
x−y
f (x, y) = arcsin
x
√
22. Mostre que qualquer função dada por w = sin(ax) cos(by)e a2 +b2
satisfaz a equação de Laplace
15
23. Demonstrar que a função u = 1/r, onde
r= (x − a)2 + (y − b)2 ,
p
24. Demonstrar que a função u(x, t) = A sin(aλt + b sin tλx) satisfaz a equação das vibrações de corda
∂2u 2
2∂ u
= a .
∂t2 ∂x2
27. Desenvolver pela fórmula de Mauclaurim até a quarta ordem a função f (x, y) = cos x cos y.
√
28. Aplicando a fórmula de Taylor até a segunda ordem e calcula aproximadamente a) 1, 03 e b)(0, 95)2,01 .
29. Determine a derivada direcional da função no ponto P na dirreção dada
16
1.2.6 Extremos da função
1. Extremos locais
Definição: A função z = f (x, y) tem um máximo local no ponto (a, b) se f (x, y) ≤ f (a, b) e tem um
mínimo local no ponto (a, b) se f (x, y) ≥ f (a, b). Os pontos máximos e mínimos chamam-se extremos da
função.
Teorema 1.3. Se uma função z = f (x, y) tem um máximo e mínimo local no ponto (a, b) e as derivadas parciais
da primeira ordem existem nesses pontos, então fx0 (x, y) = 0 e fy0 (x, y) = 0. O ponto (a, b) é denominado ponto
crítico.
Solução: Como fx0 = −2x e fy0 = −2y o ponto crítico da função é determinado resolvendo o sistema
então o ponto crítico é (0, 0). A função f (x, y) = 4 − x2 − y 2 ≤ 4, logo a função possue extremo máximo local
no ponto (0, 0).
Teste de extremo
Seja z = f (x, y) uma função com derivadas parciais da segunda ordem contínuas numa certa vizinhaça do
ponto (a, b) e ∆ = AC − B 2 , onde A = fxx
0
, B = fxy
0
e C = fyy
0
então:
(a) Se ∆ > 0 e A < 0, a função tem máximo local
(b) Se ∆ > 0 e A > 0, a função tem mínimo local
(c) Se ∆ < 0, a função não tem extremos.
Exemplo 1.26. Investigue os extremos da função f (x, y) = x3 + 3xy 2 − 15x − 12y.
Solução:
Passo 1: Achar os pontos críticos
Temos fx0 = 3x2 + 3y 2 − 15 e fy0 = 6xy − 12. Igualando as derivadas parciais a 0 obtemos o sistema
3x2 + 3y 2 − 15 = 0 x2 + y 2 = 5
∼
6xy − 12 = 0 y = x2
onde x = ±2 e x = ±1. Desta forma, y = ±1 e y = ±2. Os pontos críticos são: P1 (2, 1), P2 (−2, −1), P3 (1, 2)
e P4 (−1, −2).
Passo 2: Aplicar o teste de extremos
Vamos determinar as derivadas da segunda ordem A = fxx
0
= 2x, B = fxy
0
= 2y e C = fyy
0
= x.
• Para P1 (2, 1), temos A = 4, B = 2, C = 2 e ∆ = AC − B 2 = 4.2 − 2 = 6 > 0. Como ∆ > 0 e A > 0,
então a função possue um mínimo local no ponto (2, 1) e f (2, 1) = −31.
• Para P2 (−2, −1), temos A = −4, B = −2, C = −2 e ∆ = AC − B 2 = (−4).(−2) − 4 = 4 > 0. Como
∆ > 0 e A < 0, logo a função possue extremo máximo local e f (−2, 1) = 31.
• Para P3 (1, 2), temos A = 2, B = 4, C = 1 e ∆ = AC − B 2 = 2.1 − 4 = −2 < 0. Como ∆ < 0, logo a
função não possue extremos.
17
• Para P4 (−1, −2), temos A = −2, B = −4, C = −1 e ∆ = AC − B 2 = (−2).(−1) − 16 = −14 < 0.
Como ∆ < 0, logo a função não possue extremos.
2. Extremos absolutos
Seja z = f (x, y) uma função definida e contínua no domínio fechado D. Então, a função z = f (x, y) atinge em
algum ponto de D o maior e menor valor. Para determinar esses valores é necessário:
Solução:
2x − y + 1 = 0 2x − y = −1
∼
2y − x + 1 = 0 −x + 2y = −1
multiplicando a primeira linha por 2 e adicionando esta a segunda temos x = −1 e y = −1. vamos
investigar os pontos críticos na fronteira, sendo:
• Para x = 0 temos f (0, y) = y 2 + y e f 0 (0, y) = 2y + 1 = 0, onde y = − 21 = −0.5. Daqui obtemos
P2 (0, −0.5)
• Para y = 0 temos f (x, 0) = x2 + x e f 0 (x, 0) = 2x + 1 = 0, onde x = − 21 = −0.5. Daqui obtemos
P3 (−0.5, 0)
• Para x + y = −3 então y = −3 − x. Substituíndo y na função dada temos f (x, −3 − y) = 3x2 + 9x + 6
e f 0 (x, 0) = 6x + 9 = 0, onde x = − 32 = −1.5 e y = 23 = 1.5. Daqui obtemos P4 (−1.5, 1.5).
Passo 2: Determinar o maior e menor da função z = f (x, y) na fronteira
Temos f (−1, −1) = −1 f (0, −0.5) = −0.25, f (−0.5, 0) = −0.25 e f (−1.5, 1.5) = 6, 75.
Passo 3: Comparar todos os valores obtidos nos passos anteriores e escolher o maior e menor valor.
O menor valor é f (−1, −1) = −1 e o maior valor é f (−1.5, 1.5) = 6, 75. Daqui concluímos que, o valor
mínimo absoluto é f (−1, −1) = −1 e o valor máximo absoluto é f (−1.5, 1.5) = 6, 75.
3. Extremos condicionais
O extremo condicionado da função f (x, y) é o máximo e mínimo obtido com a condição de que seus argumentos
estejam ligados entre si pela equação h(x, y) = 0. Para determinar o extremo condicionado é necessário:
Passo 1: Compor a função de Lagrange
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Solução:
Passo 1: Compor a função de Lagrange
F (x, y) = 6 − 4x − 3y + λ(x2 + y 2 − 1)
−4 + 2λx = 0 x = λ2
−3 + 2λy ∼ y= 3
2 2λ2
x +y =1 x +y =1
2 2
4 3 4 3 4 3 4 3
f , = 6 − 4. − 3. = 1 e f − ,− = 6 + 4. + 3. = 11.
5 5 5 5 5 5 5 5
Exemplo 1.29. Achar os extremos da função f (x, y, z) = (x−3)2 +(y−1)2 +(z+1)2 sujeita a condição x2 +y 2 +z 2 = 4.
Solução:
Passo 1: Compor a função de Lagrange
x +y +z =4
2 2 2
x + y + z2 = 4
2 2
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Portanto, a função atinge o mínimo no ponto P1 e atinge o máximo no ponto P2 .
Exemplo 1.30. Determine o valor máximo e mínimo da função f (x, y, z) = x + 2y + 3z na curva de intersecção do
plano x − y + z = 1 com o cilíndro x2 + y 2 = 1.
Solução:
Passo 1: Compor a função de Lagrange
Neste problema temos que a função f (x) está sujeita a duas condições g(x, y, z) = x − y + z − 1 e h(x, y) =
x2 + y 2 − 1. Portanto, a função de Lagrange será composto por dois multiplicadores λ e µ. Assim,
x= µ 5
1
x = − 2µ
λ = −3 (20)
− + = 1
x y z
x + y2 = 1
2
20
Exercícios 3.
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