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a) Determine qual ou quais das funções h1 (x) = x2 , h2 (x) = x3 e h3 (x) = e−x são
soluções da equação (eq1).
Resolução:
(x + 3)h′′1 + (x + 2)h′1 − h1 = (x + 3)2 + (x + 2)2x − x2 = x2 + 6x + 6 ̸= 0
(x + 3)h′′2 + (x + 2)h′2 − h2 = (x + 3)6x + (x + 2)6 − x3 = 3x3 + 12x2 + 18x ̸= 0
(x + 3)h′′3 + (x + 2)h′3 − h3 = (x + 3)e−x − (x + 2)e−x − e−x = 0.
Logo, h1 (x) = x2 e h2 (x) = x3 não são soluções da equação e h3 (x) = e−x é solução da
equação.
b) Seja y1 (x) uma das soluções obtidas na alínea anterior. Determine uma segunda
solução y2 (x) e verifique se y1 (x) e y2 (x) formam um sistema fundamental de soluções.
Resolução: y1 = e−x é a única solução de (eq1). Temos que achar y2 .
Vamos supor y = vy1 , v = v(x), solução da equação. Assim, y ′ = v ′ y1 + vy1′ e
y ′′ = v ′′ y1 + 2v ′ y1′ + vy1′′ . Substituído na equação (eq1), temos:
(x + 3)(v ′′ y1 + 2v ′ y1′ + vy1′′ ) + (x + 2)(v ′ y1 + vy1′ ) − vy1 = 0
e−x (x + 3)v ′′ + (−2e−x (x + 3) + e−x (x + 2))v ′ + ((x + 3)y1′′ + (x + 2)y1′ − y1 )v = 0
Como y1 é solução, (x + 3)y1′′ + (x + 2)y1′ − y1 = 0. Sendo e−x ̸= 0 ficamos com
(x + 3)v ′′ − (x + 4)v ′ = 0. Seja v ′ = u, logo v ′′ = u′ . Então temos
u′ u′
(x + 3)u′ − (x + 4)u = 0 ⇒ u
= x+4
x+3
⇒ u
=1+ 1
x+3
⇒ ln u = x + ln |x + 3| + k1
⇒ u = k(x + 3)ex , (k = ek1 ). Como u = v ′ temos
∫ ∫
v = k (x + 3)e dx ⇒ v = k((x + 3)e − 1 · ex dx) = k((x + 3)ex − ex + k2 ) =
x x
k((x + 2)ex + k2 ).
1
Como y = vy1 , então y = k((x + 2)ex + k2 ) · e−x ⇒ y = k(x + 2) + k · k2 e−x . Daqui
concluímos que a segunda solução é y2 = x + 2.
Achemos o wronskiano
x + 2 e−x
|W | = = −(x + 2)e−x − e−x ̸= 0 (y1 e y2 são L.I.). Logo formam um
1 −e−x
sistema fundamental de soluções.
c) Determine a solução da equação ( eq1) para y(1) − 1 = y ′ (1) − 3 = 0.
Resolução: A solução geral da equação é da forma y = C1 (x + 2) + C2 e−x . Temos a
condição y(1) − 1 = y ′ (1) − 3 = 0 ⇒ y(1) − 1 = 0 ∧ y ′ (1) − 3 = 0 ⇒ y(1) = 1 ∧ y ′ (1) = 3,
sendo y ′ = C1 − C2 e−x .
{ { {
3C1 + C2 e−1 = 1 4C1 = 4 C1 = 1
−1 ⇒ ⇒ ⇒ y = 1 · (x + 2) − 2e · e−x .
C1 − C2 e = 3 C2 = e(C1 − 3) C2 = −2e
Portanto, a solução da equação ( eq1) para y(1) − 1 = y ′ (1) − 3 = 0 é y = x + 2 − 2e1−x .
y dy
(y 3 − log x)y ′ + x−1 y = 0 ⇒ + (y 3 − log x) =0
x dx
Resolução: A equação (eq2) tem um factor integrante do tipo µ = µ(y) se a equação
resultante da multiplicação de (eq2) por µ for uma equação exacta. Vejamos se assim
é: multiplicando a equação dada por uma função µ(y) tem-se
µ(y) xy + µ(y)(y 3 − log x) dx
dy
=0
Temos M (x, y) = µ(y) xy e N (x, y) = µ(y)(y 3 − log x). Para que µ(y) seja um factor
integrante para a equação é necessário (embora não seja suficiente) que se tenha
∂M ∂N y µ µ 2
= ⇒ µ′ + = − ⇒ µ′ = − µ.
∂y ∂x x x x y
Como esta última equação não depende da variável x, as suas soluções também não irão
depender da variável x.
De facto, integrando esta equação tem-se:
∫ ∫
′ 2 dµ dy ( )
µ =− µ⇒ = −2 ⇒ log |µ| = −2 log |y| + C ⇒ log |µ| = log eC |y|−2
y µ y
Estando só interessados em um factor integrante pode-se tomar C = 0 e considerar um
factor integrante estritamente positivo definido em R+ , vindo então µ(y) = y12 .
b) Prove que o µ encontrado na alínea anterior é realmente um factor integrante da
equação (eq2) e resolva-a.
1
Resolução: Multiplicando (eq2) por µ(y) = y2
temos
1 log x dy 1 log x ∂M 1 ∂N
+ (y − 2 ) = 0 ⇒ M (x, y) = ∧ N (x, y) = y − 2 ⇒ =− 2 = .
xy y dx xy y ∂y xy ∂x
2
∂u 1 ∂u
Vamos encontrar uma função u(x, y) tal que = M (x, y) = ∧ = N (x, y) =
∂x xy ∂y
log x
y− . Então
y2
∫ ∫
1 log x
u(x, y) = M (x, y)dx = dx + C(y) = + C(y)
xy y
∫ ∫
log x 1 log x
u(x, y) = N (x, y)dy = y − 2 dy + C(x) = y 2 + + C(x)
y 2 y
Associando as duas expressões acima e anulando as possíveis constantes temos u(x, y) =
y + logy x . Assim temos como solução geral 12 y 2 + logy x = C.
1 2
2
3. (1.5v.) Suponha que r1 e r2 são duas raízes reais e distintas da equação ar2 +(b−a)r+c =
0. Verifique se a função y = d1 xr1 + d2 xr2 , onde d1 e d2 são constantes arbitrárias, é
uma solução da equação diferencial ax2 y ′′ + bxy ′ + cy = 0.
Resolução: y = d1 xr1 + d2 xr2 ⇒ y ′ = r1 d1 xr1 −1 + r2 d2 xr2 −1 ⇒ y ′′ = r1 (r1 − 1)d1 xr1 −2 +
r2 (r2 − 1)d2 xr2 −2
Substituindo no primeiro membro de ax2 y ′′ + bxy ′ + cy = 0 temos
ax2 y ′′ + bxy ′ + cy =
= ax2 (r1 (r1 −1)d1 xr1 −2 +r2 (r2 −1)d2 xr2 −2 )+bx(r1 d1 xr1 −1 +r2 d2 xr2 −1 )+c(d1 xr1 +d2 xr2 ) =
= ad1 (r12 −r1 )xr1 +ad2 (r22 −r2 )xr2 +bd1 r1 xr1 +bd2 r2 xr2 +cd1 xr1 +cd2 xr2 =
= d1 xr1 (ar12 + (b − a)r1 + c) + d2 xr2 (ar22 + (b − a)r2 + c) = 0
| {z } | {z }
=0(r1 é raiz) =0(r2 é raiz)
Daqui concluímos que y = d1 xr1 +d2 xr2 é uma solução da equação ax2 y ′′ +bxy ′ +cy = 0.
3
√
√
E assim concluímos que x = 43 y 2 + C y.
(1)
b) ddt3x + 3t ddt2x + t−2 dx
3 2
dt
+ ln t
=0
(1)
Resolução: ddt3x + 3t ddt2x + t−2 dx = 0 ⇒ x′′′ + 3t x′′ + 1 ′
3 2
dt
+ ln t t2
x = ln t
Primeiro resolvemos a equação homogénea x′′′ + 3t x′′ + t12 x′ = 0 (xh =?). Multiplicando
por t2 temos t2 x′′′ + 3tx′′ + x′ = 0 (Eq. que não tem o termo x). Seja x′ (t) = y(t). Então,
x′′ = y ′ e x′′′ = y ′′ . Substituíndo obtemos uma equação de Euler t2 y ′′ + 3ty ′ + y = 0
com a equação característica r2 + (3 − 1)r + 1 = 0 ⇒ (r + 1)2 = ∫ 0 ⇒ r = −1 (com
1 ln t ′ 1 ln t
multiplicidade 2). Assim temos y = C1 + C2 = x ⇒ xh = C1 + C2 dt ⇒
t t t t
xh = C1 ln t + C2 ln2 t + C3 .
Agora procuremos a solução particular (xp ) o qual terá a forma xp = A ln t + B ln2 t + C
Pelo método de Lagrange (variação de parâmetros) temos
′
A ln t + B ′ ln t + C ′ = 0 C ′ = B ′ ln2 t = t2 ln3 t
2 2
4
{ { {
dx
=y−t x′ = y − t x′′ = y ′ − 1
Resolução: dt
⇒ ⇒ ⇒
d2 y
= 8x{+ cos 2t y ′′ = 8x + cos 2t y ′′ = 8x + cos 2t
{ ′′′ dt2
x = y ′′ x′′′ = y ′′
⇒
y ′′ = 8x + cos 2t x′′′ = 8x + cos 2t
Trabalhando primeiro com a segunda equação a qual é não homogénea da 3a ordem e
com coeficientes constantes temos
x′′′ − 8x = cos 2t
Resolvemos em primeiro a equação homogénea x′′′ − 8x = 0 a qual tem a equação
característica:
√
r3 − 8 = 0 ⇒ (r − 2)(r2 + 2r + 4) = 0 ⇒ r = 2 ∨ r = −1 ± 3i
√ √
Daqui, xh = C1 e2t + e−t (C2 cos 3t + C3 sin 3t).
Pelo método de coeficientes indeterminados a solução particular será da forma xp =
A cos 2t + B sin 2t. Logo, x′p = −2A sin 2t + 2B cos 2t, x′′p = −4A cos 2t − 4B sin 2t e
x′′′
p = 8A sin 2t − 8B cos 2t.