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lim f (x, y) = L
(x,y)→(a,b)
ou
lim
x→a
f (x, y) = L ou ainda f (x, y) → L quando (x, y) → (a, b)
y→b
se para todo ε > 0 existe um número correspondente δ > 0 tal que para todos os pontos
p
(x, y) do domínio que satisfazem 0 < (x − a)2 + (y − b)2 < δ cumpre-se a desigualdade
|f (x, y) − L| < ε.
x2 y
lim = 0.
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
p
Resolução: Dado ε > 0, temos que encontrar δ > 0 tal que se 0 < x2 + y 2 < δ então
x2 y
− 0 < ε.
x2 + y 2
x2
Avaliando o módulo da diferença, usando o facto de que y 2 ≥ 0 e, portanto, ≤ 1,
x2 + y 2
obtemos
x2 y x2 |y| p
2 ≤
p
− 0 = ≤ |y| = y x2 + y 2 .
x2 + y 2 x2 + y 2
p
Logo, se escolhermos δ = ε assumindo que 0 < x2 + y 2 < δ, concluimos que
x2 y p
2 2
− 0 ≤ x2 + y 2 < δ = ε.
x +y
Observação 1.1. A definição (4.2) diz que a distância entre f (x, y) e L pode se tornar
arbitrariamente pequena fazendo a distância de (x, y) a (a, b) suficientemente pequena
(mas não nula). A definição se refere apenas à distância entre (x, y) e (a, b) e não à direcção
ou caminho de aproximação. Portanto, se o limite existe, f (x, y) deve-se aproximar ao
mesmo valor-limite, independentemente do caminho que o (x, y) toma para se aproximar
Definição 1.3. Consideremos uma recta que passa pelo ponto (a, b) e possui a orientação
do vector →
−
v = (α, β), com a seguinte equação paramétrica:
(
x = a + αt
,
y = b + βt
ao limite
lim f (a + αt, b + βt)
t→0
chama-se limite de f (x, y), quando (x, y) tende para (a, b), segundo a orientação do vector
→
−v = (α, β).
ou seja x = αt e y = βt.
xy αtβt αβt2 αβ
lim = lim = lim = .
(x,y)→(0,0) x2 + y 2 t→0 α2 t2 + β 2 t2 t→0 t2 (α2 + β 2 ) α2 + β 2
Visto que o resultado depende de α e/ou β, isto é, da orientação ou caminho que usámos
para nos aproximar do ponto (0, 0), concluímos que não existe o limite dado.
Note que, nas condições do Exemplo 1.7, ainda que o resultado não dependa de α e
nem de β não se pode concluir que existe o limite, pois pode ser que o resultado venha
ser diferente quando se toma outros caminhos de aproximação que não sejam rectas (vide
a Observação 1.1).
Diz-se que a função f é contínua em, seu domínio, D se ela for contínua em todos os
pontos de D.
no ponto (0,0).
Resolução: Temos que achar f (x, y) e compará-lo, caso exista, com o valor de
lim
(x,y)→(0,0)
f (0, 0). Tomando a orientação do vector →
−v = (α, β), vem:
p p p p
3
x3 + y 3 3
α 3 t3 + β 3 t3 t 3 α3 + β 3 3
α3 + β 3
lim = lim = lim = .
(x,y)→(0,0) x+y t→0 t(α + β) t→0 t(α + β) α+β
Concluímos, então, que a função dada não é contínua, pois lim f (x, y) não existe,
(x,y)→(0,0)
uma vez que depende do caminho de aproximação.
Nota: Tudo o que foi abordado acima pode ser estendido para as funções de três ou mais
variáveis.
1.4 Exercícios
2x2 y
1.3 lim
(x,y)→(0,0) x4 + x2
x2 + y 2
1.4 lim
(x,y)→(0,0) y
cos xy
1.5 lim
(x,y)→(1,π) 1 − x cos y
2x2 − xy
1.6 lim
(x,y)→(1,2) 4x2 − y 2
x2
1.7 lim
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto, quanto você. . .
Richard Bach