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DERIVADAS PARCIAIS
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é chamada de função derivada parcial de 1a ordem de f em relação a variável x.
De modo análogo, definimos a função derivada parcial de 1a ordem de f em relação
a variável y por
∂f
: B ⊆ A ⊆ R2 −→ R
∂y (0.4)
∂f f (x, y + ∆y) − f (x, y)
(x, y) −→ (x, y) = lim ,
∂y ∆y→0 ∆y
∂f
onde B ⊆ A é o conjunto formado por todos os pontos (x, y) ∈ A tais que (x, y) existe.
∂y
∂f
OBSERVAÇÃO 2: Na prática, para se calcular (x, y), considera-se y constante
∂x
e deriva z = f (x, y) (considerando f função apenas da variável x) em relação a variável x.
∂f
Da mesma forma, para se calcular (x, y), considera-se x constante e deriva z = f (x, y)
∂y
(considerando f função apenas da variável y) em relação a variável y.
∂f
(x, y) = Dx f (x, y) = D1 f (x, y) = fx (x, y)
∂x
∂f
(x, y) = Dy f (x, y) = D2 f (x, y) = fy (x, y).
∂y
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EXEMPLOS
SOLUÇÃO: Temos:
∂f f (x + ∆x, y) − f (x, y) 5(x + ∆x)y − (x + ∆x)2 − (5xy − x2 )
(x, y) = lim = lim =
∂x ∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x
5xy + 5y∆x − (x2 + 2x∆x + (∆x)2 ) − 5xy + x2
= lim =
∆x→0 ∆x
5xy + 5y∆x − x2 − 2x∆x − (∆x)2 − 5xy + x2
= lim =
∆x→0 ∆x
5y∆x − 2x∆x − (∆x)2 (5y − 2x − ∆x)∆x
= lim = lim =
∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x
e
∂f f (x, y + ∆y) − f (x, y) 5x(y + ∆y) − x2 − (5xy − x2 )
(x, y) = lim = lim =
∂y ∆y→0 ∆y ∆y→0 ∆y
5xy + 5x∆y − x2 − 5xy + x2 5x∆y
= lim = lim = lim (5x) = 5x.
∆y→0 ∆y ∆y→0 ∆y ∆y→0
3
EXEMPLO 3: Seja
xy
, (x, y) 6= (0, 0)
f (x, y) = x2
+ y2
0, (x, y) = (0, 0).
∂f ∂f
Calcular (x, y) e (x, y).
∂x ∂y
∂f
SOLUÇÃO: Inicialmente notemos que para calcularmos as derivadas parciais (x, y)
∂x
∂f
e (x, y) precisamos considerar duas etapas. Uma para os pontos (x, y) 6= (0, 0) e a outra
∂y
para o ponto (x, y) = (0, 0). Com isso, temos:
∂f
Derivada parcial (x, y)
∂x
(x, y) 6= (0, 0) (aqui usamos a observação 2 acima)
∂ ∂
∂f (xy) · (x2 + y 2 ) − xy (x2 + y 2 ) y · (x2 + y 2 ) − 2x2 y
(x, y) = ∂x ∂x = .
∂x (x2 + y 2 )2 (x2 + y 2 )2
Portanto,
y · (x2 + y 2 ) − 2x2 y
, (x, y) 6= (0, 0)
∂f
(x2 + y 2 )2
(x, y) =
∂x
0, (x, y) = (0, 0).
∂f
Derivada parcial (x, y)
∂y
(x, y) 6= (0, 0) (aqui usamos a observação 2 acima)
∂ ∂
(xy) · (x2 + y 2 ) − xy (x2 + y 2 )
∂f ∂y ∂y x · (x2 + y 2 ) − 2xy 2
(x, y) = = .
∂y (x2 + y 2 )2 (x2 + y 2 )2
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(x, y) = (0, 0) (aqui usamos a definição (0.1))
Portanto,
x · (x2 + y 2 ) − 2xy 2
, (x, y) 6= (0, 0)
∂f
(x2 + y 2 )2
(x, y) =
∂y
0, (x, y) = (0, 0).
quentemente, concluimos que a função definida no exemplo 3 NÃO é contı́nua em (0, 0).
Portanto, acabamos de ver um exemplo em que uma função de duas variáveis admite as
derivadas parciais de primeira ordem em (0, 0), mas não é contı́nua nesse ponto. Logo,
acabamos de aprender que a existêncis das derivadas parciais de uma função
num ponto não garante a continuidade da função nesse ponto. É por esse motivo
que não usamos as derivadas parciais para analisar a ”suavidade” dos gráficos das funções
a duas variáveis. Como veremos nas próximas aulas, será necessário uma outra condição
(envolvendo as derivadas parciais) para garantir a continuidade do gráfico de uma função a
duas variáveis.