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CÁLCULO DIFERENCIAL

1.NOÇÃO DE DERIVADA. INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA

Seja C uma curva representativa de uma função y = f(x)e sejam P 0(x0, y0) e P(x, y) dois pontos sobre a curva, sendo
P0 ponto fixo e P um ponto móvel sobre a curva, conforme a figura que se segue.

A partir da figura, o declive da recta


P y− y 0
Y=f(x) a= (1 )
secante P0P será x−x 0 ou

f (x )−f ( x0 )
a= (2).
x−x 0

P0 f ( x )−f ( x 0 )
Y0=f(x0) chama−se razao
x−x 0
incremental da funcao entre x 0 e x .

X0 X

OBS: O valor do declive da recta secante mede a taxa de variação média dessa função. Tal valor indica-nos em
quantas unidades varia a função, para cada unidade de variação da abcissa num intervalo [ x 0, x]. Por outra, é a
rapidez (ou velocidade) com a qual a função varia num intervalo [ x 0, x].

Considerando agora, o movimento do ponto P sobre a curva, este ocupará várias posições P 1, P2,… Pn
aproximando-se de P0. Assim, as secantes definidas por P 0 e tais pontos, aproximam-se da posição limite, pois
neste movimento, x tende a x 0. A posição limite das secantes é a tangente à curva no ponto P 0. Veja a figura a
seguir.

Y=f(x)
Neste caso, se existir
P1
f ( x ) − f ( x0)
lim ( 3)
P2 x → x0 x−x 0
Tangente

P0 este dará o coeficiente angular


Y0=f(x0)

da recta tangente no ponto P0.

X0 X2 X1 X Assim, teremos:
Em (4) teremos:
se x − x 0 = Δx ⇒ x = x 0 + Δx. Assim , quando x → x 0 , Δx → 0

f ( x 0 + Δx) − f ( x0 )
m = lim (5 )
Δx →0 Δx
Substituindo em (4) obteremos:

A equação da recta tangente no ponto P 0(x0, y0) será : y – y0 = m (x – x0)

1
y − y0 = − ( x − x0 )
A equação da recta norma à recta tangente será : m

Exemplo:

Determine a equação da recta tangente e da recta normal à curva f(x) = x 2 + 2x no ponto de abcissa 1.

Resolução: Do problema, x0 = 1 e y0 = f(1) = 12 + 2 . 1 = 3. Assim P0(1, 3).

O coeficiente da recta tangente é calculado da seguinte maneira:

f ( x 0 + Δx ) − f ( x 0 ) ( x 0 + Δx )2 + 2 ( x0 + Δx ) − [ x20 + 2 x 0 ]
m = lim ⇒ m = lim ⇒
Δx→0 Δx Δx→0 Δx
x 20 +2 x 0 Δx+( Δx )2 +2 x 0 +2 Δx−x20−2 x 0 2 x 0 Δx + ( Δx )2 +2 Δx Δx(2 x 0 + Δx+ 2)
m = lim = lim = lim ⇒
Δx →0 Δx Δx →0 Δx Δx →0 Δx
m = lim (2 x 0 + Δx+ 2) ⇒ m = 2⋅ 1 + 0 + 2 ⇒ m = 4
Δx→ 0
Equacao da tan gente : y− y 0 =m( x−x 0 ) ⇒ y−3 = 4 ( x−1) ⇒ y−3 = 4 x −4 ⇒ y − 4 x +1 = 0
1 1
Equacao da normal : y− y 0 = − ( x−x 0 ) ⇒ y −3 = − ( x−1 ) ⇒ 4 y −12 = −x + 1 ⇒ 4 y +x −13 = 0
m 4

Definição: Chama-se derivada da função y = f(x) no ponto de abcissa x 0 ao limite da razão incremental da função
'
entre x0 e x, quando Δx→0 , se o limite existir e indica-se por f ( x 0 ) .
' f ( x 0 + Δx ) − f ( x 0 ) ' f ( x ) − f ( x0 )
f ( x 0 ) = lim (6) ou f ( x0 ) = lim (7 )
Δx → 0 Δx x → x0 x − x0
Assim,

2.SIGNIFICADOS DA DERIVADA DE UMA FUNÇÃO NUM PONTO

2.1.SIGNIFICADO GEOMÉTRICO
Em termos geométricos, o valor da derivada da função y = f(x) num ponto de abcissa x 0 dá-nos o coeficiente
angular da recta tangente nesse ponto.
Neste caso a equação da recta tangente no ponto P0 será dada pela seguinte expressão:
'
y – y0 = f ( x 0 ) (x – x0 )
E a equação da recta normal à recta tangente (recta perpendicular à recta tangente) no ponto P 0 será dada pela
1
y − y0 = − ' ( x − x0 )
seguinte expressão: f ( x0 )

2.2.SIGNIFICADO ANALÍTICO

Em termos analíticos, o valor da derivada da função y = f(x) num ponto de abcissa x 0 mede a taxa de variação
instantânea da função (ou taxa de variação da função) no ponto x 0. Esta indica em quantas unidades varia a
função y = f(x), para cada unidade de variação da abcissa em x 0.
Por outra, é a rapidez (ou velocidade) com a qual a função varia em x 0.

3.DERIVADAS LATERAIS
f ( x0 + Δx ) − f ( x 0 )
lim
Nota: Pode acontecer o caso de não existir Δx → 0 Δx , mas existirem os limites laterais em x 0.
Neste caso, a função tem derivadas laterais em x0. Assim,
' f ( x 0 + Δx ) − f ( x 0 ) ' f ( x 0 + Δx ) − f ( x 0 )
f ( x−
0 ) = lim f ( x +0 ) = lim
Δx → 0− Δx e Δx → 0 + Δx para derivada à esquerda e à
direita, respectivamente.

A condição necessária e suficiente para que uma função f(x) tenha derivada num ponto é que existam e sejam
iguais as derivadas laterais. Isto é,
' − ' +
f ( x0 ) = f ( x0 )

Exemplo

Dada a função
f(x)= ¿ {3 x−2, se x ≤1¿¿¿ .
a)Determine o domínio da função. b)Investigue se f(x) tem derivada no ponto x = 1.

Resolução
Domínio: Df: x∈R
a)
' − ' +
f (1 ) = f ( 1 )
b)Se f (x) tem derivada no ponto x = 1 significa que:

Calculemos as derivadas laterais no ponto x0 = 1, usando a expressão (7).

f ( x) − f (1 ) 3 x−2 − ( 3 ⋅1 − 2 ) 3x −2− 1 3 x−3 3 ( x−1)


f (1− ) = lim
' ' −
⇒ f (1 ) = lim = lim = lim = lim =3
x →1− x−1 x →1− x − 1 x →1− x − 1 x→1− x−1 x →1− x−1
f ( x) − f (1 ) 2 x−1− (3⋅1−2 ) 2x−1 −1 2 x− 2 2 ( x−1)
f (1+ ) = lim
' ' +
⇒ f (1 )= lim = lim = lim = lim =2
x→1 + x − 1 x →1
+x − 1
x→1
+x−1
x →1
+x − 1
x→1
+ x−1

Assim , f (1 ) ≠ f (1 ) ⇒ f (1 ) n ~
' − ' + '
a o existe.

4.DOMÍNIO DE DERIVABILIDADE
Domínio de derivabilidade: É o conjunto dos valores de x para os quais a função tem derivada.
O domínio de derivabilidade nem sempre coincide com o domínio da função.

Exemplo

Indique o domínio de derivabilidade da função


f(x)= ¿ {3 x−2, se x ≤1¿¿¿
do exemplo anterior.
Vimos que a função em causa não tem derivada em x = 1. Assim, o domínio de derivabilidade da função é
constituído por todos os valores de x reais, excepto para x = 1.

5.FUNÇÃO DERIVADA
Definição: Chama-se função derivada da função y = f(x), a uma função de domínio D ’ que associa a todo número
real x do domínio ao valor da derivada nesses pontos.
' ' df ( x ) dy
f ( x ) ou y ou ou
A função derivada indica-se por dx dx .

f (x + Δx) − f ( x )
f ' ( x ) = lim
Por definição, a função derivada calcula-se pela expressão Δx→0 Δx

Exemplo
Determine, pela definição, a primeira derivada de f(x) = x 2 – 4x – 5.
Resolução:
f ( x + Δx ) − f ( x ) ( x +Δx )2−4 (x +Δx )−5 − ( x 2−4 x−5 )
f ' ( x ) = lim ⇒ f ' ( x ) = lim
Δx→0 Δx Δx→ 0 Δx

[]
2 2 2 2
' x +2 x Δx+( Δx) −4 x−4 Δx−5−x +4 x+5 2 x Δx +( Δx ) −4 Δx 0
f ( x ) = lim = lim = ⇒
Δx→0 Δx Δx →0 Δx 0
Δx (2 x + Δx −4 )
f ' ( x ) = lim = lim (2 x + Δx −4 ) = 2 x + 0 −4 ⇒ f ' ( x ) = 2 x − 4
Δx→0 Δx Δx→0

EXERCÍCIOS
1.Determine, pela definição, a primeira derivada das seguintes funções:
1
a ) f ( x ) = x2 −2 b ) f ( x ) = x2 +3 x −1 c) f ( x) = d ) f ( x ) = senx e ) y = cos x
x

6.DERIVABILIDADE E CONTINUIDADE

Teorema: “ Toda função que tem derivada finita num ponto, é contínua nesse ponto.”
Obs: O recíproco deste teorema é falso, pois a função pode ser contínua num ponto e não ter derivada nesse
ponto.
y
7

6
Ex: Consideremos a função f(x)
= | x - 2 | representada pelo
seu gráfico a seguir.
5
y=|x- 2|

3
O gráfico mostra que em x = 2
a função não apresenta
2

nenhuma interrupção, por isso


1
é contínua nesse ponto.
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 x

-1

Analisemos as derivadas laterais da função em x = 2.

f (x )= |x − 2 | = ¿ {−x + 2 , se x < 2 ¿ ¿¿ .

f ( x ) − f (2 ) −x+2 − ( 2 − 2 ) −x +2 − 0 −( x−2 )
f ' (2− ) = lim ⇒ f ' (2− ) = lim = lim = lim = −1
x →2− x−2 x→2− x − 2 x→2− x − 2 x →2− x −2
f (x ) − f (2) x−2− (2−2) x−2 − 0 x− 2
f (2+ ) = lim
' ' +
⇒ f (2 ) = lim = lim = lim =1
x→2+ x − 2 x →2
+x − 2
x→2
+x −2
x→2
+x −2

Assim , f ' (2− ) ≠ f ' (2+ ) ⇒ f ' (2) n ~ a o existe.


' − ' +
O resultado mostra que f ( 2 ) = −1 e f ( 2 ) = 1 . Assim, como as derivadas laterais são diferentes, a função
não tem derivada nesse ponto.

Geometricamente significa que em x = 2 existem duas semi-tangentes com inclinações diferentes, por isso no
ponto considerado temos um vértice ( ponto anguloso).

7.TÉCNICAS DE DERIVAÇÃO
' f ( x 0 + Δx ) − f ( x 0 )
f ( x 0 ) = lim
Com base na expressão Δx → 0 Δx pode-se calcular a derivada de qualquer função,
desde que esta exista, contudo o cálculo pode ser moroso sob ponto de vista operacional. Por isso, existem
técnicas básicas de derivação que permitem realizar o cálculo de uma forma directa e simples que a partir de
agora usaremos. (Ver as regras e a tabela de derivação).

7.1.REGRAS DE DERIVAÇÃO

1. ( c ) = 0 sendo c uma constante
Se u = f(x) e v = g(x) são funções que possuem derivada, teremos:
′ ′ ' ' ′ '
2. ( x ) = 1 3 . (u ± v ) = u ± v 4 . ( c⋅u ) = c⋅u (c = cons tan te)
() ()
′ ' ' ′ '
′ ' ' u u ⋅v − v ⋅u c c⋅v
5 . ( u ⋅v ) = u ⋅v + v ⋅u 6. = (v ≠ 0) 7. = − 2 ( c=const . , v≠0 )
v v2 v v
7.2.TABELA DE DERIVAÇÃO
' '
u ′ u
3 . ( √u ) =
′ ′ n
1 , ( u n ) = n⋅un−1⋅u

2. ( √ u ) =
' '
(u .> 0) 4 . ( sen u ) = u ⋅cos u
2 √u n √u'
n n−1
' '
′ ' ′ u ′ u ′ u
5 . ( cos u ) =− u ⋅sen u 6 . ( tg u ) = 7 . ( ctg u ) =− 8 . ( arcsen u ) =
cos 2 u sen 2 u √1−u2
' ' '
u u u ′
12. ( e u ) =u ⋅e u
′ ′ ′ '
9 . ( arccos u ) = − 10 . ( arctg u ) = 11. ( arcctg u ) =−
√ 1−u2 1+ u2 1+u2
' '
′ u ′ u
13 . ( au ) =u au ln a ( a>0 , a ≠ 1 ) 15. ( log ua ) =
' ′
14 . ( ln u ) = (u >0 , a > 0 , a ≠1 )
u u ln a
8. CÁLCULO DA DERIVADA

Exemplo I: Calcule a 1ª derivada das funções seguintes:


senx
1. f ( x ) = x3 2. f (x ) = 3 x5 +2 x3 −3 x−5 3 . y = ( x 2 −2 x+2 ) e x 4. y =
cos x
Resolução

1.f(x) = x3 f ' ( x)= ( x 3 ) = 3⋅x 3−1 = 3 x 2 Faça directamente
'
f ( x)= 3 x
2
, usando 1 da tabela.

′ ′ ′
5
2.f(x) =3 x +2x – 3x – 5 3 ⇒ f ' ( x) = ( 3x 5 + 2 x 3−3 x−5 ) = ( 3x 5 ) + ( 2 x3 ) − (3 x )′ −( 5 )′ pela regra 3.
5′ 3′
'
Resulta f ( x )= 3 x +2 x −3 ( x ) ( ) ( ) ′
−5
'
pela regra 4 e teremos: f ' ( x)= 15 x 4 + 6 x 2 −3 tabela 1 e
derivada de 5 é zero, pois 5 é constante.

f ( x) = ( 3 x + 2x −3 x−5 ) = 15 x 4+ 6 x 2−3
' 5 3
Faça directamente


3.y = (x – 2x + 2)e ⇒ y = [ ( x −2 x+2 ) e ] = ( x −2 x +2 ) e + ( e ) ( x −2 x+2 ) pela regra 5 do produto.
' 2 x 2 x x 2 ′ ′
2 x

Resulta y = ( 2 x −2 ) e + e ( x −2 x +2 ) evidenciando e teremos y = e (2 x−2+x −2 x +2)


' x x 2 x ' x 2

' 2 x
y = x ⋅e
E finalmente:

′ ′

4.
y=
senx
cos x
'
⇒ y=
senx ′ ( senx ) ⋅cos x − ( cos x ) ⋅senx
cos x
=
( cos x )2 ( ) pela regra 6, onde teremos:
2 2
cos x ⋅ cos x − (−senx⋅senx ) cos x + sen x 1
y'= 2 2
⇒ y' = 2 =
cos x cos x cos x sen2x + cos2 = 1
' ' ' '
Ver a tabela pelo número 4. (sen u ) = u cos u na nossa função temos (sen x ) = x cos x = 1⋅ cos x = cos x ,
' ' ' '
e pelo número 5. (cos u ) = −u sen u na nossa função temos (cos x ) = −x senx = − 1⋅sen x = −senx .

EXERCÍCIO 1
Calcule a derivada das funções seguintes:
2
x3 2
6 . g( y ) = √ y
3
7 . f ( v ) = √ v⋅√ v
5 2 3 7
1. f ( x ) = x 2. f (x)= 4 . h (u ) = u ⋅u 5 . g (a ) =
√x
3 2 a ⋅a−2
5

3 −5 3 x−3 2 3 u4 −3u 3−u 2 x−2


8 . f ( x) = − x 9 . f ( x) = 2/3 10 . f ( x ) = 5 x −x +2 x −4 11 . f (u ) = 12 . f ( x)=
5 4x u 1 /3
√x
x2 −1 x3 −x
13 . f ( x ) = ( x+3) (3 x−2) 14 . f ( x) = 15 . f ( x) = (1+3 x 2 )( x 3 −4 x ) 16 . f ( x ) = e x⋅cos x 17 . f (x ) = 2
x+2 x +1
3 2
x
3 x −5 x+6 1 ( x−3 )( x+1 )
18 . f ( x ) = x ln x− 19 . f ( x ) = 20 . f ( x ) = ln x⋅lg x− 21. f ( x ) =
3 x−5 x √x
8.1.REGRA DE DERIVAÇÃO DE FUNÇÕES COMPOSTAS

Se y = f(u), onde u = g(x), teremos a função composta y = f[g(x)], onde y e u possuem derivadas.
dy dy du
' '
y( x ) = y( u)⋅u( x )
' = ⋅
Assim, ou dx du dx .

Exemplo Resolvidos: Calcule a derivada das seguintes fuções:


1
1. y = e 3 x−2 2. y = √ a− x2 3 . y = ln( senx) 4 . y = cos 3 x 5 . y = ( 2 x 3 −x+2 )
4
6 . y = arctg
x

Resolução

u′
1. y = e 3 x−2 Usando o nº 12 da tabela , teremos: ( e ) = u e .
' u


Na função em causa, seja u = 3x – 2. Segue que y ' = ( e3 x−2) = ( 3 x−2 )′⋅e 3 x−2 = 3 e 3 x−2 .
EXERCÍCIOS

Calcule a derivada das seguintes funções:


1
− 10
1−3 x √3 x x
1. y = e 2. y = a 3. y = e 4. y = 3 ln x 5 . P(t ) = −0,5 t
6 . f (t ) = e−0 , 03t 7 . D(t ) = 200−150 e−0 , 005t
1+4 ,05 e

2 . y= √ a−x2
'
( √ u )′ = u
Usando o nº 2 da tabela, teremos: 2⋅ √u .

2′ ( a−x 2 ) −2 x x
y = (√a − x ) =
'
= =−
Na função, seja u = a – x2 . Segue 2 a−x 2 a−x a−x . √ 2
√ 2
√ 2

Obs.: A variável de independente é x, por isso, a derivada de a ou de qualquer outra letra é zero pois
representam constantes.

EXERCÍCIOS
Calcule a derivada das funções seguintes:


2
1 u+1 4t
3 . y = √1−x 2
3
1. y = √ 3 x −2 2. y = 4 . f (u) = 5 . f (t ) =
√2 x 2+x 3 u+2 √2 t2 +2t−1
6 . y = √e 2 x −5
4
7 . y = x ⋅ √ 2 x 2 +7 8 . f ( p )=
100
9
√810 . 000− p 2 9. y =
√ x −1
x+1
10. f (t ) =
4
√ t −2
3 3

'
3. y = ln(senx ) ( ln u )′ = u
Usando o nº14 da tabela, teremos: u .
Na função, seja u = senx ( veja que substituiu-se o argumento da função logaritmica).
′ ( senx )′ cos x
y = [ ln ( senx ) ] =
'
= = ctgx
Segue senx senx .

EXERCÍCIOS

Calcule a derivada das funções seguintes:


1. y = sen ( x 2 +5 x−3 ) 2. y = arccos √ x 3 . y = lg (senx ) 4 . y = arcsen e 3 x 5. y = arcsen x 2 + arccos x2

1 x−a
6 . y = ln ( x+ √a 2 +x 2 ) 7 . y = arcsen ( 1−x ) + √ 2 x−x 2 8 . y = cos ( x 3−4 ) 9 . y = arctg
2
10. y = ln
x x+a

4. y = cos x
3
Usando o nº1 da tabela, teremos: ( un ) = n⋅u n−1⋅u' .
Na função, seja u = cosx ( a base da potência).
3′
y = ( cos3 x ) = [ ( cos x ) ] = 3⋅cos 2 x ⋅ ( cos x ) = 3 cos 2 x (−senx ) = −3⋅cos2 x⋅senx
' ′ ′
Segue

EXERCÍCIOS
'
Calcule y , se:
2
3 /2 x +3
1. y = ( 3−2 senx ) 2. y = 2 x+5 sen x 3 . y = ( x +2 x −4 )
5 2 3 2
4. y = 2
5 . f (t ) = sen 2 ( t 3 )
( x +1 )

( )
8 3/2
2 x 4 3 1 2 1
6 . y = x 4 ( a−2 x3 ) 7. y = 4
8 . y = ( x 2
+3 ) ( 2 x 3
−5 ) 9 . y = 10 . g (s) = s +
8 ( x−3 ) ( 4 x 4+x ) 3/2 s

EXERCÍCIOS

Equação da recta tangente e da recta normal


1.Determine a equação da recta tangente e da recta normal à curva :

a)f(x) = 3x2 + 2x no ponto de abcissa 1. b) f(x) = 1/x no ponto de abcissa 2.


c)f(x) = senx no ponto de abcissa 0. d)f(x) = lnx no ponto de abcissa e.

Resolução 1b)
A curva é f(x) = 1/x e a abcissa do ponto de tangencia é x = 2.
Assim, o ponto de tangência é P(2, f(2)) = (2, ½).

()

' ' 1 1
m = f (2), onde f ( x) = =− 2
O coeficiente angular da recta tangente é: x x .
' 1 1
m = f (2) = − 2 = − 1 1
2 4 . A equação da recta é dada por y – y A = m (x – x A)
⇒ y − 2 = − 4 ( x − 2 ) onde
x
y = − + 1 ou 4 y +x = 4
resulta a seguinte expressão: 4
2.Determine os pontos da curva f(x) = x 3 + 1 onde o declive da recta tangente é 12.

3.Seja f(x) = 2/3 x3 + x2 – 12x + 6. Determine os valores de x para os quais a recta tangente é horizontal.

4.Determine os pontos da curva f(x) = x 3 – 4x2 +x -1, nos quais a tangente é paralela à recta y + 4x + 1 = 0.

5.Encontre o ponto do gráfico da função f(x) = x2 + 4x, onde a tangente é paralela à recta y –2 x = 1.
Resolução
Se a recta tangente é paralela à recta dada, significa que as duas rectas têm coeficientes angulares iguais.
A recta y – 2x = 1 tem coeficiente angular a = 2 que é o coeficiente de x, achado ao resolver a equação em ordem a

y. A partir do significado geométrico de derivada num ponto temos: f ' ( x) = a ⇒ ( x 2 +4 x ) = 2 ⇒
2x+4 = 2 ⇒ x = −1 ent { ~
2
a o y = (−1) + 4⋅(−1) = 1 − 4 ⇒ y = −3¿ .
Assim, o ponto da curva f(x) = x2 + 4x é paralela à y – 2x = 1 é P(-1, -3).

6.Dada a curva f(x) = x3 – 3x +1, determine:


a)o declive, no ponto A(1,-1); b)os pontos da curva em que o declive é 9.

9.DERIVADA DE FUNÇÃO INVERSA

' ' ' −1


Se derivada da função y = f(x) é y x = f ( x ) , onde y x ≠ 0 então, a derivada da função inversa x = f ( x) será:
dx 1
1 1 =
'
xy = ' = ' dy dy
yx f ( x) ou dx .

EXEMPLOS
'
Determine a derivada x y , se: 1. Y = 3x – 5 2. Y = senx

RESOLUÇÃO
1.Y = 3x – 5

Método1: Calculando primeiro a derivada da função dada. Método2: Calculando primeiro a função inversa
y +5
' ' ' ⇒ y +5 = 3x ⇒ x =
y x = f ( x ) = (3 x −5) = 3 Y = 3x – 5 3
( ) ( )
′ ′
1' 1 1 y +5' y 5 1
xy = ' = ' = xy = = + =
yx f ( x) 3 3 3 3 3
Em segundo lugar Em segundo lugar

2. Y = senx
Método1: Achar a derivada Método2: Achar a função inversa
' ' '
y x = f ( x ) = (senx { ) = cos x ¿ Y = senx ⇒ x = arcsen y
1 1 1 1 1
x y = ( arcseny )′ =
'
'
xy = = ' = =
Em segundo lugar y x f ( x ) cos x
'
Em segundo lugar √ 1− y √ 1−sen 2 x
2

' 1 1
⇒ xy = =
Onde 1 – sen2x = cos2x cos x √ 2 cos x
Nota: Ao optarmos pelo segundo método temos que nos recordar que a função admite inversa, se for bijectiva
por isso, o método 1 é o recomendável para qualquer função.

EXERCÍCIOS
'
Detemine a derivada x y , se:
1.y = 3x + x2 2. Y = x + lnx 3. Y = x - ½ senx 4. Y = 2x + e x/2 5. Y = cos x 6. Y = √ 2x−1

10. FUNÇÃO IMPLÍCITA

Até agora escrevemos a maior parte das funções por meio da notação y = f(x), ou seja, expressando a variável y
explicitamente em função da variável x, como, por exemplo:

350
2
2
1.y = 100x + 10x 3 2
2. y = 4x – 10x + 30x +50 3. y = x

Contamos às vezes com situações em que a relação entre as variáveis x e y é definida implicitamente, por
exemplo:

1.50x2 – 10y + = 30 2. -10x +2y = 4 3. x2 + y2 = 2x2 – 2

Nestes exemplos, em que a função é dada na forma implícita, dizemos que y é uma função implícita de x e, para
cada caso anterior, podemos explicitar a variável y em função de x simplesmente “isolando” a variável y. Veja a
seguir:
2
30−50 x
1.50x2 – 10y = 30 ⇒ -10y = 30 - 50x2 ⇒ y = −10 ⇒ y = -3 + 5x2
4+10 x
2.-10x + 2y = 4 ⇒ 2y = 4 + 10x ⇒ y = 2 ⇒ y = 2 + 5x

3.x2 + y2 = 4 ⇒ y2 = 4 – x 2 ⇒ y = ± √ 4−x 2
ou y=+ √ 4−x 2 e y=- √ 4−x 2
Entretanto, existem funções expressas na forma implícita, cuja determinação da forma explícita é muito
complicada como, por exemplo:

1. x2 + xy – y = xy2 2. √ x+ y + √ xy = 6; 3. 2y5 + 2x2y2 + 20x4 = 25 4. x2y + xy2 = 10x

Assim, uma função F(x, y) = 0 define, implicitamente y como função de x.

Para obter a derivada destas funções, devemos usar a técnica de derivação implícita. Exemplificaremos tal técnica
a seguir, ressaltando a utilização de regras já estudadas, como a regra do produto e a regra de cadeia.

10.1.TÉCNICA DE DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA

A técnica de derivação implícita, Consiste em:

1. Diferencie ambos membros da equação com relação a x, garantindo que a derivada de termos envolvendo
dy
y inclua o factor dx (ou y');
dy
2. Resolver a equação resultante para dx = y' em termos de x e y.

EXEMPLOS

dy
Determine dx = y' , se:

1.y3 = x 2. X2 – y3 + xy = 5 3. X2y4 + 2xy2 = y – 3 4. √x + y = 3x


RESOLUÇÃO

dy
3
1.y = x Buscamos y', ou seja, dx . Primeiramente, obtemos a derivada com respeito a x nos dois lados da
expressão y3 = x.
d 3 d
(y ) = ( x)
y3 = x ⇒ dx dx Como y é uma função ( implícita ) de x, temos que y 3 é uma função
3
composta. Para derivar y , utilizamos a regra da cadeia, ou seja:
d 3 d dy d
( y )=3 y 2 ( y )=3 y 2 ( y)
dx dx dx , onde 3y2 representa a “derivada da função externa” e dx representa a
“derivada da função interna”.
d 3 d dy dy 1
(y ) = ( x) 3 y2 . =1 ⇒ =
Assim, para dx dx , obtemos dx dx 3 y2


2. X2 – y3 + xy = 5 ( x 2 − y 3 + xy ) = 5' ⇒ 2 x − 3 y 2 y ' + y + x y ' = 0 ⇒ −3 y 2 y ' + x y ' = −2 x − y
−2 x − y dy −2 x− y
y ( −3 y 2 +x ) = −2 x − y ⇒ y =
' '
ou =
2
−3 y +x dx −3 y 2 + x

Obs: ( xy )′ = x' y + x y' = 1 y + x y ' = y + x y ' Aplica-se a regra da derivada do produto.

′ '
2 4 2
3. X y + 2xy = y – 3 ⇒ ( x 2 y 4 + 2 xy 2 ) = ( y−3 )′ ⇒ 2xy 4 +4 x 2 y 3 y ' +2 y 2 +4 xy { y = y ' − 0¿
4 2
−2 xy −2 y
2 3 ' ' '
( 2 3 4
) 24 2' '
4 x y y + 4 xy { y − y = −2xy − 2 y ⇒ y 4 x y +4 xy−1 = −2 xy −2 y ⇒ y = 2 3 ¿
4 x y +4 xy−1

′ ( x+ y )′ 1+ y '
⇒ ( √ x+ y ) = 3 x ⇒ '
=3 ⇒ =3 ⇒ y ' = 6 √ x+ y −1
4. √x + y = 3x 2 √ x+ y 2 √ x+ y

EXERCÍCIOS
dy
1.Encontre dx = y' por diferenciação implícita para cada item a seguir:

a) y4 = x b) x2 + y2 = 16 c) x3 + 3x2y – 6xy2 – y3 =0 d) √x + √y = 8 e) √ x2+ y2 +x2 = 20


x+ y
= 3x
f) y3 – xy = 3 g) (x + y2)10 = x2 + 25 h) x3 + 5x2y + y2 = 10 i) x3y2 – xy = 8x j) x− y
1 1
2
+ 2 =1
l) ln ( x – y) + y3 x = 7 m) exy – 3 = y – 2x2 n) sen( x3 + y2) = 3x – y o) x y

2.Encontre a equação da recta tangente e da recta normal à curva:


a) y3 – xy = 3 no ponto ( 8 ; 3 ). b) x2y3 – y2 + xy – 1 = 0 no ponto (1, 1) c) x 2+ 3xy + y2 = 5 no ponto (1, 1)

3.Encontre pontos da curva x 2 – xy + y2 = 27 onde as rectas tangentes são horizontais e os pontos onde as rectas
tangentes são verticais.

4.Dada a função demanda p + q2 = 64, onde p é o preço unitário ( em Mt ) e q é a quantidade demandada ( em


unidades ), determine:
dq dp dq dp
e e
a) dp dq . b) b) Para q = 6 (unidades) e p = 28 (Mt), calcule e interprete dp dq .

11.DERIVADA DE ORDEM SUPERIOR A 1ª DERIVADA


2
d y
'' 2
Chama-se derivada de 2ª ordem a derivada de sua derivada , isto é, y ou dx .
3 n
d y d y
( n)
Da mesma maneira podemos definir a 3ª derivada y ou dx e a derivada de ordem n y ou dx .
'' ' 3 n
NOTA: Para calcular a derivada de qualquer ordem superior a 1ª derivada, é necessário passar pelas derivadas das
ordens intermediárias. Isto significa que não é possível ter a derivada de 3ª ordem, sem ter calculado a 1ª e a 2ª
derivadas.

EXERCÍCIOS
I. Para as funções que se segue, calcule:
1. A 4ª derivada, se y = x8 + 7x6 – 5x + 4 2. A derivada de 3ª ordem, se y = sen 2x.
3.A 3ª derivada, se y = e3x 4.A 2ª derivada, se y = arcsenx

II.Calcule a 2ª derivada das funções seguintes:


2 x −3 ( 2
) 2 −2 x 1 1+ x x 2 −1
5 . y = cos2 x 6 . y = 7 . y = ln 3 + x 8. y = x e 9. y = 10 . y = 11 . y = 2
3x+ 1 x+1 1−x x
3
x +2 1
12. y = 13 . y = x 2⋅ln x 14 . y = sen 2 x 15. y = log (2x +3 ) 16 . y = arctg 17 . y = ( x 2 +2 ) e x
x−1 x
2 2 2 x 2−2 x +2 4x x−1 3 x3
18 . y = x + 19 . y = x − 20. y = 21 . y = 22. y = 2 22. y = 2
x x x−1 4+x 2 x −4 x +3 x −4

CONTINUA

PARA A SEMANA de 13/04/20 a 17/04/20


APLICAÇÃO DA DERIVADA NA
Taxas de variação e sua interpretação;
Funções marginais;
Elasticidade – preço da demanda;
Diferencial de uma função e sua aplicção no cálculo aproximado.

12.TAXAS DE VARIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO

EXEMPLO: Taxa de variação


Uma cadeia de lojas de lojas femeninas, Chamada Lady Bug, encontrou que após t dias do final de promoção, o
volume de vendas (em dólares) era dado por S(t) = 20.000 (1 + e – 0,5t ), onde (0 ≤ t ≤ 5) .
a)Determine a taxa média das vendas entre o 1º e o 5º dia. Qual é o significado gráfico ?
b)Com que rapidez as vendas variaram no 3º dia? Interprete o resultado.

RESOLUÇÃO
a)Determine a taxa média das vendas entre o 1º e o 5º dia. Qual é o significado gráfico ?
Dados: S(t) = 20.000 (1 + e – 0,5t ) t1= 1 e t5= 5
S (5 ) − S (1) 20. 000 ( 1+e−0,5×5 )−20 . 000 ( 1+e−0,5×1 ) 21. 600−32. 200 10. 600
T media= = = =− = −2 .650 dolares /dia
t 5 − t1 5−1 4 4
R: O valor achado é o coeficiente angular da recta secante à curva S(t) nos pontos t 1=1 e t2=5.

b)Com que rapidez as vendas variaram no 3º dia? Interprete o resultado.


A rapidez de variação das vendas (ou velocidade de varição das vendas) no 3º dia é dado pela derivada da função

S(t) em t = 3. Logo, S (t ) = [ 20.000 ( 1+e ) ] = − 0,5 ⋅ 20. 000 e−0,5 t = −10 .000 e−0,5 t
' −0,5 t
' 10 . 000 10. 000
S (3)=−10. 000 e−0,5×3 = − 10 . 000 e−1,5 = − =− = −2.231 , 30 dolares/dia
Assim, e 1,5 4 , 4817 Significa que
em cada dia, as vendas diminuem em 2.231,30 dólares.

EXERCÍCIOS

1. Seja f(x) = 2x2 + 1.


a) Calcule a taxa de variação média de f de x = 2 a x = 2,5.
b) Determine a taxa de variação de f em x = 2. Interprete o resultado.

2.Numa indústria química, considerou-se a produção de detergente como função do capital investido em
equipamento e estabeleceu-se P(q) = 3q 2, onde a produção é dada em milhares de litros e o capital investido q é
dado em milhares de meticais.
a)Determine a taxa de variação média da produção para o intervalo 3 ≤ q ≤5. Qual é o seu significado gráfico?
b)Determine a derivada de P. c) Estime a derivada da produção em q = 1. Qual é a unidade de medida?
d) Qual é o seu significado gráfico?

3.O produto interno bruto (PIB) de um certo país ( em milhões de dólares) é descrito pela função G(t) = -2t 3 + 45t2
+ 20t + 6000 (0 ¿ t ¿ 11), onde t = 0 corresponde ao início do ano de 1990.
a) Qual era a taxa de variação do PIB no início de 1995? E no início de 1997? Interprete os resultados.
b) Qual era a taxa média de crescimento do PIB no período de 1995 – 2000? Interprete o resultado.

4.A demanda semanal por certa linha de perfume é dada pela equação de demanda p = 100e – 0,0002x + 150, onde p é
o preço de varejo por unidade (em dólares) e x é quantidade (em frasco de 1 onça) em demanda.
a)Determine a taxa de variação do preço por frasco quando a quantidade é de 1000 frascos. Interprete.
b)Qual é o preço por frasco quando a quantidade é de 2000 frascos?

5.Projecta-se que a percentagem da população de Moçambique com telemóveis está dada por P(t) = 24,4 t 0,34 ( 1
¿ t ¿ 10), onde t está medido em anos, com t =1 correspondendo ao início do ano de 1998.
a)Determine a percentagem da população que se espera ter telemóveis no início de 1998.
b) Com que rapidez se espera que a percentagem da população varie no início de 2006?

6.A Companhia Universal julga que a demanda mensal para sua nova linha de computadores t meses após ter
lançar a linha no mercado foi dada por D(t) = 2000 – 1500e – 0,05t (t > 0).
a)Qual é a demanda após 1 ano?
b) Ache a taxa de crescimento da demanda após o 10º mês e interprete o resultado.

7.O número de sócios de uma academia de ginástica aberta há algumas semanas é dado aproximadamente pela
função N(t) = 100 ( 64 + 4t)2/3 ( 0 ¿ t ¿ 52), onde N(t) expressa o número de sócios no início da semana t.
a) Determine N’ (t). b) Com que rapidez o número de sócios aumentou no início ( t = 0)?
c) Com que rapidez o número de sócios aumentou no início da 40ª semana?
d) Qual era o número de sócios quando a academia abriu? E no início da 40ª semana?

13.APLICAÇÕES DA DERIVADA

13.1.Funções Marginais
A análise marginal é o estudo das taxas de variação das quantidades económicas. Por .exemplo, um produtor não
só está interessado no custo total correspondente a um certo nível de produção de um certo bem, mas também
na taxa de variação do custo total, em relação a um certo nível de produção.
Os economistas usam a palavra marginal para a derivada ou para a taxa de variação.
Portanto, se C(x) é o custo total de produção de x artigos, C´(x) é o custo marginal em relação a x da produção de x
artigos. O custo médio marginal, a receita marginal, o lucro marginal e outras grandezas marginais são definidos
da mesma maneira.

O exemplo a seguir, ajuda a entender o significado do adjectivo marginal , tal como é usado pelos economistas.

Exemplo: Suponha que o custo total semanal em dólares para a fabricação de x refrigeradores pela Companhia
Polaraire seja dado pela função custo total

C(x) = 8000 + 200x – 0,2x2 ( 0 ¿ x ¿ 400 ).

a) Qual o custo total envolvido na fabricação do 251-ésimo refrigerador?


b) Determine a taxa de variação da função custo total com relação a x quando x = 250.
c) Compare os resultados obtidos nas alíneas a) com os da alínea b).
Solução: a) O custo envolvido na produção do 251-ésimo refrigerador é igual a diferença entre o custo de
produção de 251 refrigeradores e o custo de fabricação de 250 refrigeradores. Isto é:

C(251) – C(250) = [ 8000 + 200(251) − 0,2(251) ] − [ 8000 + 200(250) − 0,2(250 ) ]


2 2

= 45.599,8 – 45.500 = 99,80

R: O custo total envolvido na prodoção do 251-ésimo, refrigerador é de 99,80 dólares.

b) A taxa de variação do custo total ( ou custo marginal) é dada pela derivada de C(x), isto é, C ´(x) = 200 – 0,4x.
Assim, quando a produção é de 250 refrigeradores, a taxa de variação do custo total com relação a x é dada por
C(250) = 200 – 0,4 (250) = 100 dólares.

c)Os resultados obtidos são muito aproximados, pois o custo marginal da fabricação de 250 refrigeradores é
aproximadamente igual ao custo da fabricação do 251-ésimo refrigerador.

Em geral, diria-se que o custo real envolvido na produção de uma unidade adicional de um certo bem por uma
fábrica que já opera com um certo nível de produção é chamado custo marginal.

PROBLEMAS VARIADOS

1. Receita Marginal: A gerência da Companhia Acrosonic planeia lançar no mercado o sistema Electro- Stat, um
sistema de caixas de som electrostáticas. A divisão de marketing determinou que a demanda destes sistemas é de
p = -0,04x + 800
(0 ¿ x ¿ 20.000) onde p denota o preço unitário (em dólares) do sistema e x denota a quantidade demandada.
a) Determina a função receita R. b) Determina a função receita marginal.
c) Calcule a receita total obtida na venda da 5001-ésima unidade ou R’ (5000) e interprete os resultados.
2. Lucro Marginal: Reporte-se ao exercício 1. A divisão de produção da companhia Acrosonic, estima que o custo
total (em dólares) envolvidos na fabricação de x sistemas Electro- Stat no primeiro ano de produção será de C(x) =
200x + 300.000.
a) Determina a função lucro P. b)Determina a função lucro mariginal. C) Calcule o lucro total da
produção e venda da 5001-ésima unidade ou P’ (5000) e da 8001-ésima unidade ou P’ (8000).
d)Esboçe a função lucro e interprete os resultados.

3. Receita Marginal: A quantidade demandada mensal de relógios de pulso Sicard está relacionada com o preço
50
p= ( 0 ≤ x ≤ 20 )
unitário pela equação 0,01 x 2 + 1 onde p está medido em dólares e x em milhares.
a)Determina a função receita. b) Determina a função receita marginal.
c)Calcule R’ (2) e interprete o resultado.

4. Custo, Receita e Lucro Marginais: A demanda semanal pelo modelo de televisão Pulsar25 é igual a p = 600 –
0,05x (0 ¿ x ¿ 12000), onde p denota o preço unitário por atacado em dólares e x denota a quantidade
demandada. A função custo total semanal associada com a produção do modelo Pulsar25é dada por C(x) = 0
000002x3 – 0,03x2 + 400x + 80000 onde C(x) denota o custo total envolvido na produção de x unidades. Determine:

a)As funções receita R(x) e lucro P(x). b)As funções custo marginal, receita marginal e lucro marginal.
c)Calcule C´(2000), R´(2000) e P´(2000), interpretando os resultados.

5. O custo total para confecção de uniforme escolar para uma determinada empresa é dado por C(q) = 0,001q 3 –
0,3q2 + 45q + 5000 Mt.
a)Obtenha a função custo marginal. Determine o custo marginal para q = 50, 100 e 200 e explique o significado.
b)Obtenha a função custo médio e a função custo médio marginal.

6.A demanda por certa marca de pneus é p = - 0,4q + 400 (0≤q≤1. 000) , onde q é a quantidade demandada e p
o preço unitário, em Mt. O Custo para o fabrico dos pneus é de C(q) = 80q + 28.000Mt, determine:
a)As funções receita e lucro. b) A receita marginal e o lucro marginal.
c)A receita margina para os níveis q = 400, 500 e 600 e interprete os significados.
d)Esboce no mesmo sistema de eixos os gráficos da função receita e da função receita marginal e explique a
relação entre os gráficos.
e)Determine o lucro marginal para q = 300, 600 e interprete os resultados.

13.2 ELASTICIDADE- PREÇO DA DEMANDA


Sabemos que, em relação aos consumidores, a demanda de um produto pode ser associada a seu preço. Em geral,
se o preço aumenta, a demanda diminui.
Para produtos diferentes, existem diferentes comportamentos de mudança da demanda em relação às variações
de preços. Por exemplo, se houver um considerável aumento no preço de sal, a demanda dos consumidores
praticamente não se altera, uma vez que tal produto é indispensável e tem pouco peso no orçamento doméstico;
entretanto, se houver um considerável aumento no preço da carne bovina, a demanda se alterará, uma vez que
tal produto pode ser substituído por outros tipos de carnes, além de ter grande peso no orçamento doméstico.
Assim, de maneiras diferenciadas, a demanda por um produto é “ sensível” à mudança dos preços. Avaliaremos a
“sensibilidade” da demanda em relação às mudanças de preços com o auxílio do conceito elasticidade – preço da
demanda. Neste contexto, medir a “elasticidade” da demanda significa medir a “sensibilidade” da demanda em
relação à variação do preço. Para tal é conveniente escrever a função demanda como função do preço, isto é x =
f(p). (Veja figura1)
13.2.1. EXPRESSÃO QUE DÁ A ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA
Suponha que o preço unitário de um bem

x
aumente Δ p dólares, de p para (p+ Δ p)
dólares (Fig.1), a quantidade demandada cai de
f(p) unidades para f(p+ Δ p) unidades. A
variação percentual do preço será:

f(p)
p = D(x) Variação do preço unitário Δp
⋅100 = ⋅100
preço unitário p

f(p+∆p)
E a variação percentual correspondente da
p quantidade será dada pela expressão seguinte:
p+∆p p
Fig. 1

variação da quantidade demandada f ( p +Δp) − f ( p )


⋅ 100 = ⋅ 100
quantidade demandada pelo preço f ( p)

Para medir o efeito que a variação percentual de preços produz na variação percentual da quantidade
demandada, façamos a razão entre a última variação e a primeira. Assim, teremos:

f ( p+ Δp) − f ( p )
⋅ 100
f ( p) f ( p+Δp) − f ( p ) p p⋅ f ¿ ( p )
= ⋅ =
Δp f ( p) Δp f (p)
⋅ 100
p

f ( p+Δp) −f ( p ) '
= f ( p)
Se f(p) é diferenciável em p a razão Δp . Assim, o negativo da expressão acima dá-nos a
p ⋅f ' ( p )
E ( p )= −
Elasticidade da demanda para o preço p. Assim, f (p)

13.2.2. CLASSIFICAÇÃO DA ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA

 Se E(p) < 1, então a demanda é inelástica em relação ao preço.


 Se E(p) > 1, então a demanda é elástca em relação ao preço.
 Se E(p) = 1, então a demanda elasticidade unitária em relação ao preço.
Assim, podemos descrever a maneira pelo qual a receita reage a variações no preço unitário usando a noção de
elasticidade:

1. Se a demanda é inelástica em p ( E (p) < 1), então um pequeno aumento do preço unitário resulta em
um aumento da receita, ao passo que uma diminuição do preço unitário irá causar um decréscimo da
receita.
2. Se a demanda é elástica em p ( E (p) > 1), então um pequeno aumento do preço unitário resulta em uma
diminuição da receita, ao passo que um pequeno decréscimo do preço unitário irá causar um aumento
da receita.
3. Se a demanda é unitário em p ( E(p) = 1), então um aumento do preço unitário não produz nenhuma
variação da receita.

Exemplo: Considere a equação de demanda p = - 0.02x + 400 ( 0 ¿ x ¿ 20.000 ) que descreve a relação entre
o preço unitário em dólares e a quantidade demandada x do sistema de caixas de som da marca Acrosonic.
a)Determine a elasticidae da demanda E(p). b)Calcule E(100) e E(300). Interprete os resultados.
c)Obtenha o gráfico da demanda, indicando as faixas de preços onde a demanda é elástica, inelástica e unitária.
d)Obtenha a função receita como função do preço e esboce os gráficos da demanda e da receita. Indique no
gráfico da demanda os intervalos correspondentes às diferentes elasticidades. Indique no gráfico da receita os
intervalos de crescimento e decrescimento, bem como o ponto máximo, associado à elasticidade.

Resolução: a) Resolvendo a equação de demanda em ordem a x, teremos: x = f(p) = - 50 p + 20.000

Onde veremos que f ¿ ( p) = (−50 p + 20.000 {)' = − 50 ¿


¿
p ⋅f ( p) −50 p 50 p p
E( p) = − − = =
Assim, f ( p) = −50 p + 20 .000 50 (400 − p) 400 − p

100 100 1
E(100) = = =
b) 400 − 100 300 3 E(100) < 1 a demanda é inelástica. O resultado indica que, se ocorrer
um aumento de 1% no preço de $100, a demanda diminuirá em 0,33% aproximadamente

300 300
E(300 ) = = =3
400 − 300 100 E(300) > 1 a demanda é elástica. O resultado indica que, se ocorrer um
aumento de 1% no preço de $300, a demanda cairá em 3% aproximadamente.

c) Gráfico da demanda: para p = 0, q = 20.000 e para q = 0, p = 400.


q

20.000

Demanda inelást.

Demanda unitária.

Demanda elást.

0 E(p) < 1 200 E(p) > 1 400 p

d) Gráfico da receita: q = -50p + 20.000. Assim, R(p) = p q = -50p2 + 20.000p

R(p)
R(p) = p q = -50p2 + 20.000p
E(p) = 1 Receita máx.
2.000.000

Zeros da função :

P1 = 0 ou p2 = 400

Vértice: média aritmética dos


Receita crescente Receita decrescente
zeros dá-nos a abcissa p = 200

0 E(p) < 1 200 E(p) > 1 400 p

EXERCÍCIOS

1. A Gerência da Companhia Acrosinic planeia lançar no mercado o sistema Electro-Stat, um sistema de caixas de
som electrostáticas. A divisão de marketing determinou que a demanda destes sistemas é de p = - 0,04x + 800 (
0≤ x ≤20. 000 ) onde p denota o preço unitário ( em dólares ) do sistema e x denota a quantidade demandada.
a) Determine a função receita R. b)Determine a função receita marginal R ' .
c) Calcule R'(5000) e interprete seus resultados. d) Determine a elasticidade da demanda E(p).
e) Qual é a faixa de preços para que a demanda seja unitária, inelástica ou elástica?
f) Esboce os gráficos da demanda e da receita. Indique no gráfico da demanda os intervalos correspondentes às
diferentes elasticidades. Indique no gráfico da receita os intervalos de crescimento e decrescimento, bem como o
ponto máximo, associado à elasticidade.

2.A demanda semanal por videocassetes Pulsar é dada pela equação de demanda p = - 0,02x +300
( 0≤ x ≤15 . 000) onde p denota o preço unitário por atacado em dólares e x denota a quantidade demandada..
Determine se a demanda é inelástica, elástica ou unitária quando p = 100 e quando p = 200. Interprete os
resultados obtidos.

3.Considere a demanda para um certo produto dada por q = 1000 – 20p, onde o preço varia no intervalo
0≤ p ≤50 .
a)Obtenha a função que dá a elasticidade-preço da demanda.
b)Indique a faixa de preços para os quais a demanda é inelástica, é elástica e é unitária.
c)Obtenha a elasticidade para os preços p = 20, p = 25, p = 30 e interprete os resultados.

4.A demanda por de certa marca é dada por 0,4 x + p − 20 =0 ( 0 ≤ p ≤ 20 ) , onde x é a quantidade
demandada e p, o preço unitário em Mt.
a) Determne a expressão que dá a elasticidade da demanda. (1,5 val.)
b) Classifique a demanda para p = 5 Mt e para p = 15 Mt e interprete o resultado. Qual é o comportamento da
receita para esses casos ? (2,0 val.)

5.A gerência duma companhia de pneus da marca Titan determinou que a quantidade demandada semanamente

x de seus pneus está relacionada com o preço unitário pela equação x = √144 − p , onde p está medido em
dólares e x em milhares.
a)Calcule a elasticidade da demanda para p = 63, p = 96 e para p = 108.
b)Interprete os resultados obtidos e classifique a demanda.

6.A equação de demanda para uma certa marca de relógios de pulso é dada por
x = 10
√ 50 − p
p 0< p ≤50 ,
onde x (medido em milhares) é a quantidade demandada semanalmente e p é o preço unitário em dólares. Calcule
a elasticidade da demanda e determine a faixa de preços correspondentes à demanda inelástica, unitária e
elástica.

8.O proprietário da videoamadora Showplays estimou que o preço do aluguer p (em dólares) de fitas de vídeo está
2
x=
3
√ 36 − p2
0≤ p ≤6 .
relacionado com a quantidade semanal x de fitas alugadas através da equação
a)Actualmente, o aluguer é de $2 por fita.A demanda é inelástica ou elástica para este preço de aluguer?
b)Se o preço de aluguer da fita for ligeiramente aumentado, a receita aumentará ou diminuirá?

14.PROPENSÃO MARGINAL A CONSUMIR E A POUPAR


Analisando a economia num certo mercado, percebe-se que a renda das famílias é um factor que mais influencia
no consumo e na poupança dessas famílias. Neste caso, teremos em conta que o consumo c e a poupança s são
funções da renda y. Isto é c = f(y) e s = f(y) .

Estas são funções crescentes, pois aumentando a renda y, supõe-se que notar-se-á um aumento no consumo e na
poupança. Para as famílias: Renda = Consumo + Poupança ou y = c + s

Assim, se c = f(y) a taxa de variação do consumo em relação à renda (derivada do consumo em relação à renda)
dc
ou c mg = c ( y ) chama−se propens { ~
' '
c ( y) = a o m arginal a consumir ¿
dy
Do mesmo modo, se s = f(y) a taxa de variação da poupança em relação à renda (derivada da poupança em
ds
ou s mg = s ( y ) chama−se propens { ~
' '
s ( y) = a o marginal a poupar ¿
relação à renda) dy
d dc ds dc ds
⇒ ( y) = + ⇒ 1= + ou c mg + smg = 1
Sendo y = c + s dy dy dy dy dy
onde cmg e smg assumem valores no intervalo ]0, 1[.

EXEMPLO
1.Para uma certa população, a função consumo é dada por c = 0,8y + 320, onde y é a renda dos consumidores.
a)Determine a função poupança s.
b)Determine a propensão marginal a consumir e a propensão marginal a poupar e interprete os resultados.
c)Esboce o gráfico c = y. O que representa o gráfico?
d)Esboce no mesmo S.C. os gráficos c = y, c(y) e s(y). Interprete o ponto em que em que se cruzam c = y e c(y).

Resolução:
a)Determine a função poupança s.
Poupança = renda – consumo ⇒ S = y – c = y – (0,8y + 320) ⇒ S = y – 0,8y – 320 = 0,2y – 320

b)Determine a propensão marginal a consumir e a propensão marginal a poupar e interprete os resultados.



A propensão marginal a consumir é: mg
C = ( 0,8 y + 320 ) = 0,8 Significa que o aumento de uma unidade na
renda, proporciona um aumento de 0,8 no consumo.

A propensão marginal a poupar é: mg
S = ( 0,2 y + 320 ) = 0,2 Significa que o aumento de uma unidade na renda,
proporciona um aumento de 0,2 na poupança.
c)Esboce o gráfico c = y. O que representa o gráfico?

C C=y
O gráfico c = y é uma recta que divide o 1º quadrante ao meio.
100
Este indica níveis em que o consumo igual à renda, isto é, toda
renda é dirigida para o consumo.

0 y
100
d)Esboce no mesmo S.C. os gráficos c = y, c(y) e s(y). Interprete o ponto em que em que se cruzam c = y e c(y).

C, S C=y

Y 0 -400 1600 C = 0,8y+320


C(y) 320 0

y 0 1600 320 S = 0,2y – 320


S(y) -320 0
y
0 1600

-320

No gráfico C = y , para y = 1600, C = 1600. Neste caso toda renda é dirigida ao consumo e a poupança é nula. Para
níveis de renda inferiores a 1600, a poupança é negativa pois o consumidor está a consumir mais do que dispõe
em renda. Para níveis de renda superiores a 1600, a poupança é positiva, significa que o excedente da renda é
poupado em relação ao consumo.

EXERCÍCIOS

1.Para uma certa população, a função consumo é dada por c = 0,7y + 210, onde y é a renda dos consumidores.
a)Determine a função poupança s.
b)Determine a propensão marginal a consumir e a propensão marginal a poupar e interprete os resultados.
c)Esboce o gráfico c = y. O que representa o gráfico?
d)Esboce no mesmo S.C. os gráficos c = y, c(y) e s(y). Interprete o ponto em que em que se cruzam c = y e c(y).

2.Responde todas as questões do problema 1 para a seguinte função consumo: c = 0,6y + 240

PROBLEMAS PARA AUTO-AVALIAÇÃO (ENVIAR PARA O EMAIL RESOLVIDO)

1.O número de telespectadores de um seriado de TV lançado há alguns anos é dado aproximadamente pela
função N(x) = ( 60 + 2x ) 2/3 ( 1 ¿ x ¿ 26), onde N(x) denota o número semanal de espectadores do seriado na x-
ésima semana e é medido em milhões. Determine a taxa de crescimento da audiência semanal no final da 2ª e
12ª semana. Interprete os resultados.

2.A percentagem total de realocação da população devido as cheias no ano t (t = 0 corresponde ao ano de 1960)
pode ser aporoximado pela fórmula P(t) = 20,6e – 0,009t (0 ≤ t ≤ 35) . Com que velocidade a percentagem mudou
no ano de 1980? E no ano de 1990? Interprete os resultados obtidos.

3.Para um certo produto, a demanda q e o preço p são relacionados por q = 50 – p, com 0≤ p ≤50 .
a)Obtenha os intervalos de preços para os quais a demanda é inelástica, unitária e elástica.
b)A partir dos resultados anteriores, descreva o comportamento da receita.
c)Obtenha a função receita como função do preço e esboce os gráficos da demanda e da receita. Indique no
gráfico da demanda os intervalos correspondentes às diferentes elasticidades. Indique no gráfico da receita os
intervalos de crescimento e decrescimento, bem como o ponto máximo, associado à elasticidade.
4. Para uma certa população, a função poupança é dada por s = 0,3y – 540, onde y é a renda dos consumidores.
a)Determine a função consumo C.
b)Determine a propensão marginal a consumir e a propensão marginal a poupar e interprete os resultados.
c)Esboce o gráfico c = y. O que representa o gráfico?
d)Esboce no mesmo S.C. os gráficos c = y, c(y) e s(y). Interprete o ponto em que em que se cruzam c = y e c(y).

PARA A SEMANA de 20/04/20 a 24/04/20

15. APLICAÇÃO DA DERIVADA NO ESTUDO DA FUNÇÃO

15.1.ESTUDO DA VARIAÇÃO DA FUNÇÃO (MONOTONIA).


O estudo da variação da função (monotonia) e a determinação de extremos relativos, num dado intervalo, é feito
recorrendo à primeira derivada, tomando em conta os seguintes teoremas:

 Se uma função f(x) tem derivada finita num dado intervalo e, em todos os pontos desse intervalo a 1ª
'
derivada é nula ( f ( x ) = 0 ) , então f(x) é constante nesse intervalo. Significa que o declive da tangente
é nulo nesse intervalo.
 Se uma função f(x) tem derivada finita num dado intervalo e, em todos os pontos desse intervalo a 1ª
'
derivada é positiva ( f ( x ) > 0 ) , então f(x) é crescente nesse intervalo. Significa que o declive da
tangente em qualquer ponto é positivo e a função é crescente nesse intervalo.
 Se uma função f(x) tem derivada finita num dado intervalo e, em todos os pontos desse intervalo a 1ª
'
derivada é negativa ( f ( x ) < 0 ) , então f(x) é decrescente nesse intervalo. Significa que o declive da
tangente em qualquer ponto é negativo e a função é decrescente nesse intervalo.

7
y

y = f(x)
5

f(x) constante f(x) crescente


2 f' < 0
f' = 0 f' > 0
1
f(x) decrescente

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
x

-1

15.2. DETERMINAÇÃO DE EXTREMOS RELATIVOS DE UMA FUNÇÃO

Consideremos f(x) uma função de domínio D e seja x = c um ponto pertencente ao intervalo ] a, b [ ⊂ D.


y

P(c, f(c)) Definição: Diz-se que f(x) tem máximo relativo em x = c se f(x) ¿ f(c)
para todos os pontos pertencentes ao intervalo. Isto é, o ponto
máximo relativo é o ponto mais alto do gráfico de f(x) quando
comparado com outros pontos no intervalo. O número f(c) é o valor
máximo relativo da função.
c x
Em P existe maximo

Definição: Diz-se que f(x) tem mínimo relativo em x = c se f(x) ¿ f(c)


para todos os pontos pertencentes ao intervalo. Isto é, o ponto
mínimo relativo é o ponto mais baixo do gráfico de f(x) quando
comparado com outros pontos desse intervalo. O número f(c) é o valor
P(c, f(c)) mínimo relativo da função.
c x
P e ponto minimo

NOTA: Se as condições f(x) ¿ f(c) e f(x) ¿ f(c) forem válidas para todos os pontos x do domínio D, então f(x)
tem um máximo absoluto em x = c, por um lado e, mínimo absoluto em x = c, por outro lado.

TEOREMA: Se uma função tem um máximo (ou mínimo) local em x = c e a 1ª derivada de f(x) existe nesse ponto,
'
então f (c ) = 0 .

Ao ponto x = c chamamos ponto crítico. Neste ponto, a primeira é nula ou é um ponto onde a derivada não
existe.

15.3.PROCEDIMENTO PARA DETERMINAR EXTREMO RELATIVO

'
Determine valores x = c para os quais f ( x ) = 0 ( pontos críticos) e se verificar que:
 A função f(x) tem derivada nula no ponto x = c e a 1ª derivada passa, nesse ponto, de positiva e a negativa,
então f(x) tem um máximo relativo no ponto x = c.
' ' + ' −
( Se f (c ) = 0 , com f (c ) > 0 e f (c ) < 0 ⇒ em x = c existe máximo relativo )

 A função f(x) tem derivada nula no ponto x = c e a 1ª derivada passa, nesse ponto, de negativa a positiva,
então f(x) tem um mínimo relativo no ponto x = c..
Se f ' (c ) = 0 , com f ' (c− ) < 0 e f ' (c + ) > 0 ⇒ em x = c existe min imo relativo )
(

Assim, uma função f(x) tem extremo num ponto x = c se:

 A 1ª derivada for nula nesse ponto e,


 As derivadas laterais no ponto x = c forem de sinais contrários.

Exemplo 1: Determine os extremos relativos e os intervalos de monotonía da função definida por f(x) = x 3–2x2 + x.

Resolução: Tratando-se de uma função polinomial, o domínio da função é o conjunto dos números reais.

Determinando os pontos críticos, teremos:

f ‘ (x) = 0 ⇒ 3x2 – 4x + 1 = 0 ⇒ ( 3x – 1 ) ( x – 1) = 0 ⇒ x = 1/3 ou x = 1 são pontos críticos.

Constrói-se a tabela a seguir, tendo em conta o domínio da função:

x ] −∞ , 1/3 [ 1/3 ] 1/3 , 1 [ 1 ] 1 ,+∞ [


f ’(x) + 0 - 0 +

f(x) Crescente 0,814 Decrescente 0 Crescente

A partir da tabela verifica-se que a derivada à esquerda de x = 1/3 é positiva e, à direita deste ponto é negativa.
Logo, em x = 1/3 existe máximo relativo e o ponto máximo é ( 1/3; 0,814).

Considerando x = 1 verifica-se que a derivada à esquerda deste ponto é negativa e, à direita deste é positiva. Logo,
em x = 1 existe mínimo relativo e o ponto mínimo é ( 1, 0).
Veja o gráfico a seguir.
y

1
max.

-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7
x
min.
-1

-2

-3

-4

NOTA 1: Existem casos em que a derivada é nula num determinado ponto x = c, mas as derivadas laterais , nesse
ponto possuem o mesmo sinal. Assim, a função não possui extremo. Gráfico a seguir.

Exemplo2: f(x) = x3

' 2
f ( x) = 0 ⇒ 3 x = 0 ⇒ x = 0 que é o
ponto crítico.

Para x < 0,
e

3 y = f(x)

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

-1

-2

-3

-4

FIG. 2

NOTA 2: Existem casos em que a derivada não existe num determinado ponto x = c, mas as derivadas laterais,
nesse ponto, são de sinais contrarios. Nesse caso, a função possui extremo.

Exemplo 3: Consideremos a função f(x) = |x - 2| representada pelo seu gráfico a seguir.

O gráfico mostra que em x = 2 a função não


apresenta nenhuma
y
7 interrupção, por isso é contínua nesse ponto.
Analisemos as derivadas laterais da função em x = 2.

f(x)=|x− 2|= ¿ {−x + 2 , se x < 2 ¿¿¿ ¿


6

5
y= |x- 2 |

¿
4

' −
2 O resultado mostra que f ( 2 ) = −1 e
' +
1
f (2 ) =1 são de
sinais contrários, por isso existe mínimo em x = 2.
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 x Contudo, nesse ponto
a derivada não existe porque as derivadas laterais
-1
são diferentes.

FIG. 3

15.4. ESTUDO DO SENTIDO DA CONCAVIDADE DO GRÁFICO

O estudo do sentido da concavidade do gráfico da função num dado intervalo, é feito recorrendo à segunda
derivada, tomando em conta os seguintes teoremas:
''
 Se num dado intervalo] a, b [ f ( x ) > 0 para todos os pontos do intervalo, então a função tem a
concavidade voltada para cima, nesse intervalo. ( ¿ )
''
 Se num dado intervalo ] a, b [ f ( x ) < 0 para todos os pontos do intervalo, então a função tem a
concavidade voltada para baixo, nesse intervalo. ( ¿ )

15.4.1 PROCEDIMENTOS PARA O ESTUDO DO SENTIDO DA CONCAVIDADE DO GRÁFICO


'' ''
 Determine valores x = c para os quais f ( x ) = 0 ou não f ( x ) não existe e indique os intervalos
abertos definidos por esses valores.

''
 Escolhe alguns pontos em cada intervalo achado e faça o estudo do sinal de f ( x ) :
''
- Se f ( x ) > 0 para todos os pontos do intervalo, então a função tem a concavidade voltada para
cima, nesse intervalo. ( ¿ )
Isto significa que num dos pontos deste intervalo existe um mínimo relativo.

''
- Se f ( x ) < 0 para todos os pontos do intervalo, então a função tem a concavidade voltada para
baixo, nesse intervalo. ( ¿ )
Isto significa que num dos pontos deste intervalo existe um máximo relativo.

15.4.2.PONTO DE INFLEXÃO

Definição: O ponto do gráfico da função f(x) onde a concavidade muda chamamos ponto de inflexão.

15.4.3.PROCEDIMENTOS PARA ENCONTRAR O PONTO DE INFLEXÃO

''
 Calcula-se f ( x ) ;
'' ''
 Determina-se os pontos x = c do dominio de f(x) para os quais f ( x ) = 0 ou f ( x ) não existe.
''
 Determine o sinal de f ( x ) à esquerda e à direita de cada ponto x = c achado no passo anterior. Se
''
houver mudança de sinal de f ( x ) ao pasarmos por x = c, então (c, f(c) ) é ponto de inflexão.

Exemplo: Considerando a função definida por f(x) = x 3 – 2x2 + x do exemplo 1 cujo gráfico está representado na
FIG.1 .

f ' ( x) = 3 x 2 − 2x + 1 é a primeira derivada e f ' ' ( x ) = 6 x − 2 é a segunda derivada – Passo1

''
Passo2: f ( x ) = 0 ⇒ 6x – 2 = 0 ⇒ x = 1/3 é o ponto que anula a segunda derivada.
''
Passo 3: Para x < 1/3, f ( x ) < 0 significa que a função tem a concavidade voltada para baixo neste intervalo e
''
para x > 1/3 , f ( x ) > 0 significa que a função tem a concavidade voltada para cima neste intervalo.

O estudo do sinal da segunda derivada à esquerda e à direita de cada ponto x = 1/3 mostra que há mudança de
sinal quando passamos da esquerda para direita desse valor. Assim, o ponto ( 1/3, f(1/3) ) é ponto de inflexão.

15.4.4.PONTO DE INFLEXÃO E SEU SIGNIFICADO

A interpretação da segunda derivada na economía é mostrada no exemplo a seguir, onde é considerada uma
função I(t) representando o índice de preços ao consumidor (IPC) de uma economia num intervalo de tempo.
'
Assim, a 1ª derivada da função I(t) isto é I (t ) mede a taxa de inflação num instante t.
''
A 2ª derivada da função I(t), I (t ) fornece a variação da taxa de inflação em qualquer instante t. Por isso, quando
os economistas dizem “a inflação está a diminuir” , significa que a taxa de inflação está a decrescer.
''
Matemáticamente equivale a notar que a 2ª derivada da função I(t), I (t ) é negativa no instante t sob
'
consideração. Note que a 1ª derivada da função I(t) isto é I (t ) poderia ser positiva num instante em que a 2ª
''
derivada I (t ) fosse negativa, veja o exemplo a seguir.

EXEMPLO

1.O índice de preços ao consumidor ( IPC) de uma economia é descrito pela função I(t) = -0,2t 3 + 3t2 = 100 (0 ¿ t
¿ 10), onde t = 0 corresponde ao início de 1989. Ache o ponto de inflexão da função e discuta o seu significado.
Use o resultado para mostrar que a pesar de o IPC estar a subir no início de 1995, a inflação estava moderada
naquele periodo.

RESOLUÇÃO
O ponto de inflexão é calculado a partir da segunda derivada da função dada. Assim, as derivadas 1ª e 2ª serão:
′ ′
I ' (t ) = (−0,2 t 3+3t 2 +100 ) = −0,6t2 +6t e I' ' (t ) = (−0,6t 2+6 t ) = −1,2t + 6
'' 6
I (t ) = 0 ⇒ −1,2 t + 6 = 0 ⇒ −1,2 t = −6 ⇒ t = =5
Fazendo 1,2 . Este é o unico candidato a ponto de

inflexão.
{Para t < 5 , I ''(t) > 0 significa que a func {~a ¿o tem a concavidade voltada para cima. ¿ ¿¿¿
Logo, o ponto (5; 137,5) é o ponto de inflexão.

' 2
Veja que no início de 1995 (t = 6) I (6) = −0,6 ×6 + 6×6 = −21,6+36 = 14 , 4 pontos/ano e
''
I (6 ) = −1,2 ×6 + 6 = −7,2 + 6 = −1,2 pontos/ano/ano
Os cálculos mostram que no início de 1995 o IPC crescia a razão de 14,4 pontos por ano, enquanto a taxa de
inflação decrescía a razão de 1,2pontos por ano. Isto significa que no ponto (5; 137,5) , isto é no início de 1994 (t =
5) a taxa de inflação mostrava certo alívio.

15.5. TESTE DA SEGUNDA DERIVADA


' ''
1. Calculamos f ( x ) e f ( x ) .
'
2. Encontramos todos os pontos críticos x = c para os quais f ( x ) = 0 .
''
3. Calculamos f (c ) para cada ponto crítico x = c, e se:
 f ' ' (c ) > 0 , então f(x) tem mínimo em x = c.
''
 f (c ) < 0 , então f(x) tem máximo em x = c.
''
 f (c ) = 0 , então o teste é inconclusivo, isto é nada se pode dizer da existência de extremo.

EXERCÍCIOS SOBRE EXTREMOS RELATIVOS E PROBLEMAS SOBRE OPTIMIZAÇÃO

1.Use o teste da primeira derivada e classifique os extremos das funções seguintes, se existirem:
a) f(x) = x3 – 9x2 + 15x + 50 b) f(x) = x2 – 6x + 20 c) f(x) = x4 – 18x2 + 100

2. Use o teste da segunda derivada e classifique os extremos das funções seguintes, se existirem:
a) f(x) = x3 – 12x2 + 36x + 10 b) f(x) = - x3 + 15x2 c) f(x) = 2x4 – 8x3 + 100

RESOLUÇÃO c) f(x) = 2x4 – 8x3 + 100

1.Calcular pontos críticos: f ' ( x ) = 0 ⇒ 8 x 3−24 x2 =0 ⇒ 8 x2 ( x−3)=0 ⇒ x=0 ∨ x=3


'' 2
2. f ( x )= 24 x −48 x para testar os pontos críticos x = 0 e x = 3.
' 2
3.Teste: Se x = 0 ⇒ f (0 ) = 24⋅0 −48⋅0 = 0 Significa que nada se pode dizer da existência de extremo no
ponto x = 0.
Se x = 3 ⇒ f ' (3) = 24⋅3 2−48⋅3 = 216−144 = 72 > 0 . Logo em x = 3 existe um mínimo relativo.

PROBLEMAS

EXEMPLO: Para um certo produto, a demanda é dada por p = - 0,0005x + 60 ( 0 ≤ x ≤ 120.000 ) , onde x é a
quantidade demandada e p, denota o preço unitário (em Meticais). O custo para produção desse produto é
dado por C(x) = 0,001x2 + 18x + 16.000 Mt.
'
a) Obtenha a função lucro. b) Calcule L (3000 ) e interprete o resultado.
c) Obtenha o nível de produção que minimiza o custo médio. Use um teste para provar o nível optimo de
produção.
d)Determine o menor custo médio obtido.

RESOLUÇÃO
a) Obtenha a função lucro.
R: L(x) = R(x) – C(x) = x p – C(x) = - 0,0005x 2 + 60x – 0,001x2 – 18x – 16.000
L(x) = - 0,0015x2 + 42x – 16.000
'
b) Calcule L (3000 ) e interprete o resultado

' '
R: L ( x ) = −0 , 003 x + 42 ⇒ L (3 . 000) = −0 , 003 × 3. 000 + 42 = −9 + 42 = 33 Mt /unidade . Significa que na
venda da unidade adicional, o lucro total adquirido será de 33Mt, para um nível de venda de 3000 unidades.

c) Obtenha o nível de produção que minimiza o custo médio. Use um teste para provar o nível optimo de
produção.
C( x) 0 , 001 x 2 +18 x+16 . 000 16 .000 '
C me = = = 0 , 001 x + 18 + ⇒ C me( x ) = 0
R: x x x

0,001 −
16 .000
x2
= 0 ⇒ 0,001
x = 4 .000 uidades .do produto
x 2
− 16 .000 = 0 ⇒ 0,001 x2
= 16 .000 ⇒ x = ±
16 .000
0 ,001 √
= ±4.000

Teste:
''
( 16 . 000⋅
C me( x) = 0 − −
x 4
2x
) =
32. 000
x 3
''
⇒ C me (4 . 000) =
32 . 000
( 4 .000 )3
>0
Significa que existe
mínimo em x = 4.000 o que prova que é a quantidade que minimiza o custo médio.
Nota: Pode-se usar o teste da primeira derivada.

d)Determine o menor custo médio obtido.


R: Cmemin. = Cme(4.000) = 0.001 x 4.000 + 18 + 16.000/ 4000 = 4 + 18 + 4 = 26 Mt/ unidade.

Estima-se que a produção total de óleo de um certo poço de petróleo é dada por T(t) = – 1000(t + 10)e– 0,1t+10.000
milhares de barris t anos após o início da produção. Determine em que ano a capacidade de produção de óleo
deste poço será máxima.

EXERCÍCIOS

1.Maximizando Lucros: A gerência de uma certa Companhia, fabricante de molho picante estima que seu lucro
(em MZM) pela produção e venda diária de x caixas de molho picante é dado por P(x) = -0,000002x 3 + 6x – 400.
Qual é o maior lucro possível que a Companhia pode obter por dia?

2.Minimizando Custo Médio: O custo médio (em dólares) obtido por uma certa Gravadora por semana na
2000
C( x) = −0 , 0001 x + 2 + (0 < x ≤ 6000)
fabricação de x CDs é dado por x .
Mostre que o custo médio é decrescente no intervalo dado.

3.Maximizando Lucros: Um certo complexo residencial tem 100 unidades de 2 dormitórios. O lucro mensal (em
dólares) obtido no aluguer de x apartamentos é dado por P(x) = -10x 2 + 1760x – 50.000. Quantas unidades
devem ser alugadas para maximizar o lucro mensal? Qual é o máximo lucro mensal realizável?
4.Minimizando Custos Médios: Suponha que a função custo total de fabrico de um certo produto é C(x) =
0,2( 0,01x2 + 120) Mt, onde x representa o nº de unidades produzidas. Determine o nível de produção que
minimizará o custo médio.

5.O custo total mensal (em dólares) da Cannon Precision Instruments Corporation na fabricação de x unidades de
câmaras fotográficas modelo M1 é dado pela equação C(x) = 0,0025x 2 + 80x + 10.000.
a)Determine a função custo médio.
b)Determine o nível de produção para o qual o custo médio é igual ao custo marginal.
c)Determine o nível de produção que resulta no menor custo médio de produção.
d) Compare os resultados achados em c) com os de b).

6. Suponha que a relação entre o preço unitário p em dólares e a quantidade demandada x do sistema de caixas
de som Acrosonic é dada por p = -0,02x + 400 (0 ¿ x ¿ 20000). O custo de produção de x unidades do sistema
de caixas de som é de C(x) = 100x + 200000 dólares. Determine:
a)As funções receita R(x) e lucro P(x). b) As funções receita marginal e lucro marginal.
c)Calcule C´(2000) e P´(2000), interpretando os resultados.
d)Qual é o nível de produção que maximiza o lucro? Qual é o lucro máximo?

7.Numa fábrica de ventiladores, a receita adquirida na venda de um tipo de ventilador é dada por R(q) = - 2q 2 +
800q, onde 0 ≤ q ≤ 400 . Suponha que o custo para a produção dos ventiladores seja dado por C(q) = 200q +
25.000. Com base nos dados, determine:
a)A função lucro. b) A função lucro marginal. c) Lmg nos níveis q = 100 e q = 200.
d) A quantidade que dá o lucro máximo. Qual é o lucro máximo?

8. Numa fábrica de sapatos, a receita adquirida na venda de um tipo de sapatos é dada por R(q) = - 0,001q 2 + 10q,
onde 0 ≤ q ≤ 10.000 . Suponha que o custo para a produção desses sapatos seja dado por C(q) = 2q + 12.000.
Com base nos dados, determine:
a)A função lucro. b) A função lucro marginal. c) Lmg nos níveis q = 3.000 e q = 5.000.
d) A quantidade que dá o lucro máximo. Qual é o lucro máximo?

9.Efeito da propaganda nas vendas: O total de vendas S da Cannon Precision Instruments Corporation está
relacionado à quantidade de dinheiro x que a Cannon gasta em propaganda de seus produtos através da função
S(x) = - 0,002x3 + 0,6x2 + x + 500 0 ≤ x ≤ 200 onde S e x são medidos em milhões de dólares. Determine o ponto
de inflexão da função S e discuta o seu significado.

10.Projectando lucos: Com o resultado do aumento dos custos de energia, a taxa de crescimento dos lucros nos
últimos 4 anos da Companhia Venice Glassblowing tem começado a declinar. A gerência da Venice, após consultar
um especialista em energia, decide implantar medidas de economia de energia, visando à contenção das
despesas. O gerente relata que, de acrdo com seus cálculos, a taxa de crescimento dos lucros da Venice pode
aumentar novamente dentro de 4 anos . Se os lucros (em centenas de dólares), x anos a partir de hoje, são dados
pela função P(x) = x3 – 9x2 + 40x + 50 0 ≤ x ≤ 8 , determine se a projecção do gerente está correcta.
Sugestão: Determine o ponto de inflexão e analise a concavidade da função.
16.DIFERENCIAIS

dy
A notação dx tem sido usada para indicar a derivada de uma função y = f(x). Neste capítulo, será interpretada
como quociente diferencial, isto é, como quociente entre o acréscimo da função dy e o acréscimo da variável
independente dx.
Para isso, analisemos o gráfico da função y = f(x) que irá ajudar a obter de uma maneira simples e rápida, uma
aproximação para Δy , a variação de y debido uma pequena variação Δx .

Vejamos que perto do ponto de tangência P, a recta tangente está muito próxima do gráfico y = f(x). Assim,
quanto menor for Δx , menor será a diferença entre dy e o acréscimo Δy . Por isso, dy pode ser considerada uma
boa aproximação de Δy .
' dy
f ( x) =
Atendendo que o declive da recta tangente que passa pelo ponto P é dada pela expressão Δx ou seja,
dy = f ' ( x ) Δx , teremos a aproximação a Δy dada por Δy ≈ dy = f ' ( x ) Δx , onde dy é a diferencial de y.

Definição: Seja y = f(x) uma função diferenciável em x.


A diferencial dy da variável y é dada pelo produto da derivada da função pela diferencial da variável
' '
independente dx. Assim, dy = f ( x ) Δx ou dy = f ( x ) dx , sendo dx = Δx .


dy = f ( x) dx = ( e ) dx = ( senx ) e dx = cos x e dx
' senx ′ senx senx
senx
Exemplo: Se f(x) = e ,

EXERCÍCIOS
Ache dy, se:
x
e
1. y = 2 2. y = ( x 2 − 2 x + 2 ) e x 3 . y = √1 − x 2 4 . y = ( 3 − 2 senx )5 5 . y = 2 x + 5 cos3 x
x
6.Use diferenciais para aproximar as seguintes quantidades:
3
a) √ 10 b) √ 49 ,5 c) √7,8 d) √ 99 , 7

RESOLUÇÃO: a) √ 10
Consideramos a função y = f(x) = √x e como 9 é o quadrado perfeito mais próximo de 10, tomamos x = 9.
Pretende-se saber a variação em y ( Δy ), quando x varia de x1 = 9 a x2 = 10, isto é Δx = 10 – 9 = 1.
Usando a equação
' ′
Δy ≈ dy = f ( x) Δx = ( √ x ) Δx ⇒ Δ y ≈ dy =
[ √]
2 x
1
x=9
⇒ Δy ≈ dy =
1
6
= 0,16666 ...

Assim, Δy = √ 10 − √ 9 = 0,16666... ⇒ √ 10 = √ 9 + 0 ,16666.... = 3,16666....


√ 10 = 3,16228 O ERRO ENVOLVIDO NA APROXIMAÇÃO É 0,00438.

7.Seja y = f(x) = x2 – 1 e determine:


a)A diferencial da função y = f(x). b)A variação aproximada em y se x varia de 1 a 1,02.
c)A variação real de y se x varia de 1 a 1,02 e compare com o resultado anterior.

8.Considere a função y = f(x) = 1 / x e reporte-se ao exercício anterior, considerando que x varia de -1 a -0,95.

9.Um economista determinou que o PIB de um certo país é aproximado pela função f(x) = 60 x 1 / 5 , onde f(x) é
medido em milhões de dólares. Use diferenciais para estimar a variação do PIB, sabendo que o gasto de capitais
do país varia de $243milhões a $248 milhões.

10.A equação de oferta para uma determinada marca de radio transmisor é dada por p = s( x) 0,3 x + 10 , √
onde x é a quantidade oferecida e p o preço unitario em dólares. Use diferenciáis para estimar a variação do preço
quando a quantidade oferecida varia de 10.000 unidades para 10.500 unidades.

UNIVERSIDADE SÃO TOMÁS DE MOÇAMBIQUE


Faculdade Cicias Económicas e Empresariais

2ªAVALIAÇÃO DE MA TEMÁ TIC A I


Cursos: Todos Turmas: Todas
Ano Lectivo:2020 Duracção: 120min
Data: Pontuação: 20 val.
Obs: Responde as questões a seguir e apresente todos os passos que justifiquem as respostas achadas.
1.Sob condições ideais, o número de bactérias numa cultura cresce de acordo com a expressão
0 ,8959t
Q(t ) = 10.000 e onde Q(t) é o número de bactérias e t está medido em horas.
a)Quantas bactérias haverá na cultura no fim de 2 horas? (1,5 val.)
b) Determine em quanto cresceu o número de bactérias no final de 4 horas? Interprete o resultado.
(2,5 val.)

2.Numa carpintaria, a demanda por bancos de jardim é dada por p = - 0,001q + 10 ( 0 ≤ q ≤ 10.000 ) ,
onde q é a quantidade demandada e p, denota o preço unitário (em milhares de Meticais). O custo para
produção dos bancos é dado por C(q) = 2q + 12.000 Mt.
a) Obtenha a função lucro. (1,0 val.)
b) Obtenha o lucro marginal para os níveis q = 5.000 e interprete o resultado. (2,0 val.)
c) Obtenha o nível de produção que maximiza o lucro. Use um teste que prove a condição optima.
d)Determine o lucro máximo obtido. (2,5 val.)

5
x+ p − 20 =0
3.A demanda por certo produto é dada por 4 ( 0 ≤ p ≤ 16 ) , onde x é a quantidade
demandada e p, o preço unitário em Mt.
a) Determne a expressão que dá a elasticidade da demanda. (2,0 val.)
b) Classifique a demanda para p = 10 Mt e para p = 6 Mt, interpretando o resultado. (2,0 val.)
c) Esboce o gráfico da demanda e indique nele, a faixa de preços para a demanda unitária, demanda
elástica e demanda inelástica. (1,5 val.)

4.Para certa população, a função consumo é dada por c = 0,6y + 480, onde y é a renda dos
consumidores.
a) Determine a propensão marginal ao poupar e interprete o resultado. (2,0 val.)
b) Esboce , no mesmo sistema cartesiano, os gráficos das funções consumo, poupança e c = y. (1,5 val.)
c)Interprete a situação em b) para um consumidor que faz parte dessa população. (1,5 val.)
FIM

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Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais

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2ªAVALIAÇÃO Económicas
MA TEMÁe Empresariais
TIC A I
Cursos: Todos Turmas: Todas
Ano Lectivo:2020 Duracção: 120min
Data:
Obs: Pontuação:
Responde as questões a seguir e apresente todos os passos que justifiquem 20 val. achadas.
as respostas
1.O consumo médio de energia de uma geleira comum, produzido pelas indústrias York, é
− 0 ,073t
aproximadamente C(t ) = 1486 e + 500 KWh ( 0 ≤ t ≤ 20 ) onde C(t) é o consumo em Quilowatts-
hora e t está medito em ano e (t = 0 corresponde ao início do ano de 1972).
a)Qual foi o consumo de energia no início de 1972? (1,5 val.)
b) Determine em quanto variou o consumo no início de 1992? Interprete o resultado. (2,5 val.)

2.Numa fábrica de caixas de papelão, a demanda por tais caixas é dada por p = - 0,003x + 60
( 0 ≤ x ≤ 20 .000 ) , onde x é a quantidade demandada e p, denota o preço unitário (em milhares de
Meticais). O custo para produção das caixas é dado por C(x) = 0,001x 2 + 18x + 4.000 Mt.
a) Obtenha a função receita. (1,0 val.)
b) Obtenha a receita marginal para os níveis x = 5.000 e interprete o resultado. (2,0 val.)
c) Obtenha o nível de produção que minimiza o custo médio. Use um teste para provar a condição
optima. Determine o menor custo médio obtido. (2,5 val.)

3.A demanda por esferográficas de certa marca é dada por 0,4 x + p − 20 =0 ( 0 ≤ p ≤ 20 ) , onde x é a
quantidade demandada e p, o preço unitário em Mt.
a) Determne a expressão que dá a elasticidade da demanda. (2,0 val.)
b) Classifique a demanda para p = 10 Mt e para p = 15 Mt. Como varia a receita para esses casos? (2,0
val.)
c) Esboce o gráfico da demanda e indique nele, a faixa de preços para a demanda unitária, demanda
elástica e demanda inelástica. (1,5 val.)

4.Para certa população, a função poupança é dada por s = 0,2y – 540 , onde y é a renda dos
consumidores.
a) Determine a propensão marginal ao consumir e interprete o resultado. (2,0 val.)
b) Esboce , no mesmo sistema cartesiano, os gráficos das funções consume, poupança e c = y. (1,5 val.)
c)Interprete a situação para um consumidor que faz parte dessa população. (1,5 val.)
FIM

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