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CÁLCULO DIFERENCIAL

1.NOÇÃO DE DERIVADA. INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA

Seja C uma curva representativa de uma função y = f(x)e sejam P 0(x0, y0) e P(x, y) dois pontos sobre a curva, sendo
P0 ponto fixo e P um ponto móvel sobre a curva, conforme a figura que se segue.

A partir da figura, o declive da recta


P y  y0
Y=f(x) secante P0P será a  (1) ou
x  x0

f ( x)  f ( x0 )
a (2).
x  x0

P0 f ( x)  f ( x0 )
Y0=f(x0) chama  se razao
x  x0
incremental da funcao entre x0 e x.

X0 X

OBS: O valor do declive da recta secante mede a taxa de variação média dessa função. Tal valor indica-nos em
quantas unidades varia a função, para cada unidade de variação da abcissa num intervalo [ x 0, x]. Por outra, é a
rapidez (ou velocidade) com a qual a função varia num intervalo [ x0, x].

Considerando agora, o movimento do ponto P sobre a curva, este ocupará várias posições P 1, P2,… Pn
aproximando-se de P0. Assim, as secantes definidas por P0 e tais pontos, aproximam-se da posição limite, pois
neste movimento, x tende a x0. A posição limite das secantes é a tangente à curva no ponto P0. Veja a figura a
seguir.

Y=f(x) Neste caso, se existir


P1 f ( x)  f ( x 0 )
lim (3)
x  x0 x  x0
P2
Tangente este dará o coeficiente angular
da recta tangente no ponto P0.
P0
Y0=f(x0) Assim, teremos:

f ( x)  f ( x 0 )
m  lim (4)
x  x0 x  x0
X0 X2 X1 X

Em (4) teremos: se x  x0  x  x  x0  x. Assim, quando x  x0 , x  0


f ( x0  x)  f ( x0 )
Substituindo em (4) obteremos: m  lim (5)
x 0 x

A equação da recta tangente no ponto P0(x0, y0) será : y – y0 = m (x – x0)

1
A equação da recta norma à recta tangente será : y  y 0   ( x  x0 )
m

Exemplo:

Determine a equação da recta tangente e da recta normal à curva f(x) = x2 + 2x no ponto de abcissa 1.

Resolução: Do problema, x0 = 1 e y0 = f(1) = 12 + 2 . 1 = 3. Assim P0(1, 3).

O coeficiente da recta tangente é calculado da seguinte maneira:

f ( x 0  x )  f ( x 0 ) ( x  x) 2  2 ( x 0  x)  [ x 02  2 x 0 ]
m  lim  m  lim 0 
x  0 x x  0 x
x 2  2 x 0 x  (x) 2  2 x 0  2x  x 02  2 x 0 2 x x  (x) 2  2x x ( 2 x 0   x  2 )
m  lim 0  lim 0  lim 
x  0 x x  0 x x 0 x
m  lim (2 x 0  x  2)  m  2  1  0  2  m  4
x  0

Equacao da tan gente : y  y 0  m( x  x 0 )  y  3  4 ( x  1)  y  3  4 x  4  y  4 x  1  0


1 1
Equacao da normal: y  y 0   ( x  x 0 )  y  3   ( x  1)  4 y  12   x  1  4 y  x  13  0
m 4

Definição: Chama-se derivada da função y = f(x) no ponto de abcissa x0 ao limite da razão incremental da função
entre x0 e x, quando x  0 , se o limite existir e indica-se por f ( x0 ) .
f ( x0  x)  f ( x0 ) f ( x)  f ( x 0 )
Assim, f ( x0 )  lim (6) ou f ( x0 )  lim (7)
x  0 x x  x0 x  x0

2.SIGNIFICADOS DA DERIVADA DE UMA FUNÇÃO NUM PONTO

2.1.SIGNIFICADO GEOMÉTRICO
Em termos geométricos, o valor da derivada da função y = f(x) num ponto de abcissa x 0 dá-nos o coeficiente
angular da recta tangente nesse ponto.
Neste caso a equação da recta tangente no ponto P0 será dada pela seguinte expressão:
y – y0 = f ( x0 ) (x – x0 )
E a equação da recta normal à recta tangente (recta perpendicular à recta tangente) no ponto P0 será dada pela
seguinte expressão: y  y0  
1
x  x0 
f ( x0 )

2.2.SIGNIFICADO ANALÍTICO
Em termos analíticos, o valor da derivada da função y = f(x) num ponto de abcissa x0 mede a taxa de variação
instantânea da função (ou taxa de variação da função) no ponto x0. Esta indica em quantas unidades varia a
função y = f(x), para cada unidade de variação da abcissa em x0.
Por outra, é a rapidez (ou velocidade) com a qual a função varia em x0.

3.DERIVADAS LATERAIS
f ( x0  x)  f ( x0 )
Nota: Pode acontecer o caso de não existir lim , mas existirem os limites laterais em x0.
x  0 x
Neste caso, a função tem derivadas laterais em x0. Assim,
f ( x0  x)  f ( x0 ) f ( x0  x)  f ( x0 )
f  ( x0 )  lim  e f  ( x0 )  lim para derivada à esquerda e à
x  0 x x  0 x
direita, respectivamente.

A condição necessária e suficiente para que uma função f(x) tenha derivada num ponto é que existam e sejam
iguais as derivadas laterais. Isto é,
f ( x0 )  f ( x0 )

Exemplo
3 x  2, se x  1
Dada a função f ( x)   .
2 x  1, se x  1
a)Determine o domínio da função. b)Investigue se f(x) tem derivada no ponto x = 1.

Resolução
a)Domínio: Df: x  R
f (1 )  f ( 1 )
b)Se f (x) tem derivada no ponto x = 1 significa que:

Calculemos as derivadas laterais no ponto x0 = 1, usando a expressão (7).

f ( x)  f (1) 3 x  2  ( 3 1  2 ) 3x  2 1 3x  3 3 ( x  1)
f (1 )  lim  f (1 )  lim  lim  lim  lim 3
x 1 x 1 x 1 x 1 x 1 x 1 x 1 x  1 x 1 x 1
f ( x)  f (1) 2 x  1  (3 1  2) 2 x 1 1 2x  2 2 ( x  1)
f (1 )  lim  f (1 )  lim  lim  lim  lim  2
x 1 x 1 x 1 x 1 x 1 x 1 x 1 x 1 x 1 x 1
Assim, f (1 )  f (1 )  f (1) na~o existe.

4.DOMÍNIO DE DERIVABILIDADE
Domínio de derivabilidade: É o conjunto dos valores de x para os quais a função tem derivada.
O domínio de derivabilidade nem sempre coincide com o domínio da função.

Exemplo
3 x  2, se x  1
Indique o domínio de derivabilidade da função f ( x)   do exemplo anterior.
2 x  1, se x  1
Vimos que a função em causa não tem derivada em x = 1. Assim, o domínio de derivabilidade da função é
constituído por todos os valores de x reais, excepto para x = 1.
5.FUNÇÃO DERIVADA
Definição: Chama-se função derivada da função y = f(x), a uma função de domínio D’ que associa a todo número
real x do domínio ao valor da derivada nesses pontos.
df ( x) dy
A função derivada indica-se por f ( x) ou y  ou ou .
dx dx

f ( x  x)  f ( x)
Por definição, a função derivada calcula-se pela expressão f ( x)  lim
x 0 x

Exemplo
Determine, pela definição, a primeira derivada de f(x) = x2 – 4x – 5.
Resolução:
f ( x  x)  f ( x) ( x  x) 2  4( x  x)  5  ( x 2  4 x  5)
f ( x)  lim 
 f ( x)  lim
x  0 x x 0 x
x  2 x x  (x)  4 x  4x  5  x  4 x  5
2 2 2
2 x x  (x) 2  4x 0
f ( x)  lim  lim    
x 0 x x  0 x 0
x (2 x  x  4)
f ( x)  lim  lim (2 x  x  4)  2 x  0  4  f ( x)  2 x  4
x  0 x x 0

EXERCÍCIOS
1.Determine, pela definição, a primeira derivada das seguintes funções:
1
a) f ( x)  x 2  2 b) f ( x )  x 2  3 x  1 c) f ( x)  d ) f ( x)  senx e) y  cos x
x

6.DERIVABILIDADE E CONTINUIDADE

Teorema: “ Toda função que tem derivada finita num ponto, é contínua nesse ponto.”
Obs: O recíproco deste teorema é falso, pois a função pode ser contínua num ponto e não ter derivada nesse
ponto.

y
7

6
Ex: Consideremos a função f(x)
= | x - 2 | representada pelo
5
y= |x- 2 | seu gráfico a seguir.
4

3
O gráfico mostra que em x = 2
a função não apresenta
2
nenhuma interrupção, por isso
1
é contínua nesse ponto.
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 x

-1

Analisemos as derivadas laterais da função em x = 2.


 x  2 , se x  2  1, se x  2
f ( x)  | x  2 |    f ( x)   .
 x  2 , se x  2 1 , se x  2

f ( x)  f (2)  x  2  (2  2)  x 20  ( x  2)
f (2  )  lim  f (2  )  lim  lim  lim  1
x 2 x2 x  2 x2 x  2 x2 x  2 x2
f ( x)  f (2) x  2  (2  2) x  20 x 2
f (2  )  lim  f (2  )  lim  lim  lim 1
x2 x2 x2 x2 x2 x2 x2 x  2

Assim, f (2  )  f (2  )  f (2) na~o existe.

O resultado mostra que f ( 2 )   1 e f ( 2 )  1 . Assim, como as derivadas laterais são diferentes, a função
 

não tem derivada nesse ponto.

Geometricamente significa que em x = 2 existem duas semi-tangentes com inclinações diferentes, por isso no
ponto considerado temos um vértice ( ponto anguloso).

7.TÉCNICAS DE DERIVAÇÃO
f ( x0  x)  f ( x0 )
Com base na expressão f ( x0 )  lim pode-se calcular a derivada de qualquer função,
x  0 x
desde que esta exista, contudo o cálculo pode ser moroso sob ponto de vista operacional. Por isso, existem
técnicas básicas de derivação que permitem realizar o cálculo de uma forma directa e simples que a partir de
agora usaremos. (Ver as regras e a tabela de derivação).

7.1.REGRAS DE DERIVAÇÃO

1. c   0 sendo c uma constante

Se u = f(x) e v = g(x) são funções que possuem derivada, teremos:


  
2. x   1 3. u  v   u   v 4. c  u   c  u  (c  cons tan te)
 
  u  u   v  v  u c c  v
5. u  v   u   v  v   u 6.    ( v  0) 7.     2 (c  const. , v  0)
v v2 v v

7.2.TABELA DE DERIVAÇÃO
  
1, u n  n  u n 1  u   

2. u 
u
(u.  0)   
3. n u 
u
n n 1

4. sen u   u   cos u
2 u n u
  u  u  u
5. cosu    u   sen u 6. tg u   2
7. ctg u    2
8.arcsenu  
cos u sen u 1 u2
u u u 

9. arccosu   

10. arctg u  

11. arcctg u     
12. e u  u   e u
1 u2 1 u2 1 u 2

  u  u
13. a u   u  a u ln a (a  0, a  1) 14. ln u   15. logua   (u  0, a  0 , a  1 )
u u ln a
8. CÁLCULO DA DERIVADA

Exemplo I: Calcule a 1ª derivada das funções seguintes:


1. f ( x)  x 3 2. f ( x)  3x 5  2 x 3  3x  5  
3. y  x 2  2 x  2 e x 4. y 
senx
cos x
Resolução
1.f(x) = x3    3  x
f ( x)  x 3 31
 3 x 2 Faça directamente f ( x)  3 x 2 , usando 1 da tabela.

  
2.f(x) =3 x5+2x3 – 3x – 5      
 
 f ( x)  3x 5  2 x 3  3x  5  3x 5  2 x 3  3x   5 pela regra 3.
 
f ( x)  3x 5   2x 3   3x   5 pela regra 4 e teremos: f ( x) 15 x 4  6 x 2  3 tabela 1 e

Resulta
derivada de 5 é zero, pois 5 é constante.

Faça directamente f ( x)  3x 5  2 x 3  3x  5  15 x  6 x  3  4 2

   
3.y = (x2 – 2x + 2)ex  y   x 2  2 x  2 e x  x 2  2 x  2 e x  e x    x  2 x  2 pela regra 5 do produto.
2

Resulta y   2 x  2e  e
x x
x 2
 2 x  2 evidenciando e teremos y   e (2 x  2  x  2 x  2)
x x 2

E finalmente: y   x  e
2 x

  
4. y 
senx  senx 
 y  
senx  cos x  cos x   senx
  pela regra 6, onde teremos:
cos x  cos x  cos x 2
cos x  cos x  ( senx senx) cos2 x  sen2 x 1
y  2
 2
 y  sen2x + cos2 = 1
cos x cos x cos2 x
Ver a tabela pelo número 4. ( sen u )  u  cos u na nossa função temos ( sen x)   x  cos x  1 cos x  cos x ,
e pelo número 5. (cosu )    u  sen u na nossa função temos (cos x)   x  senx  1 sen x   senx .

EXERCÍCIO 1
Calcule a derivada das funções seguintes:
x3 2 2
1. f ( x)  x 5 2. f ( x)  4. h(u )  u 2  u 3
5. g (a)  6. g ( y)  y 7 7. f (v)  v  3 v
3
x 2 a  a 2
5

3 3x 3 u 4  3u 3  u 2 x2
8. f ( x)   x 5 9. f ( x)  2 / 3 10. f ( x)  5 x 2  x 3  2 x  4 11. f (u )  1/ 3
12. f ( x) 
5 4x u x
x 1
2
x3  x
13. f ( x)  ( x  3) (3x  2)14. f ( x)  15. f ( x)  (1  3x 2 )( x 3  4 x) 16. f ( x)  e x  cos x 17. f ( x)  2
x2 x 1
x 3
x  5x  6
2
1 ( x  3)( x  1)
18. f ( x)  x 3 ln x  19. f ( x)  20. f ( x)  ln x  lg x  21. f ( x) 
3 x5 x x

8.1.REGRA DE DERIVAÇÃO DE FUNÇÕES COMPOSTAS

Se y = f(u), onde u = g(x), teremos a função composta y = f[g(x)], onde y e u possuem derivadas.
dy dy du
Assim, y (x )  y (u )  u (x ) ou   .
dx du dx
EXEMPLOS RES)LVIDOS: Calcule a derivada das seguintes fuções:
1. y  e 3 x  2 2. y  a  x 2 3. y  ln(senx) 4. y  cos3 x

Resolução do exemplo 1
 
1. y  e 3 x  2 Usando o nº 12 da tabela , teremos: e u  u  e u .

Na função em causa, seja u = 3x – 2. Segue que y   e   3x  2  e 3 x2 3 x 2


 3 e 3 x2 .

EXERCÍCIO1 COM TÉCNICA DE RESOLUÇÃO PARECIDA AO EXEMPLO ACIMA

Calcule a derivada das seguintes funções:


1
 10
13 x
1. y  e 2. y  a 3x
3. y  e x
4. y  3ln x 5. P(t )  6. f (t )  e 0, 03t 7. D(t )  200  150e 0, 005t
1  4,05e 0,5t

Resolução do exemplo 2

2. y  a  x 2 Usando o nº 2 da tabela, teremos:  u   2 u  u .


Na função, seja u = a – x . Segue y  
2
 ax   2
2
 a  x 2

 2x

x
.
a  x2 2 a  x2 a  x2
Obs.: A variável de independente é x, por isso, a derivada de a ou de qualquer outra letra é zero pois
representam constantes.

EXERCÍCIOS 2 COM TÉCNICA DE RESOLUÇÃO PARECIDA AO EXEMPLO ACIMA

Calcule a derivada das funções seguintes:

1 u 1 4t 2
1. y  3x  2 2. y  3. y  1  x
3 2
4. f (u )  5. f (t ) 
2x 2  x 3u  2 2t 2  2t  1
100 x 1 4
6. y  4 e 2 x 5 7. y  x  2 x 2  7 8. f ( p)  810.000  p 2 9. y  10. f (t ) 
9 x 1 3
t3  2

Resolução do exemplo 3

3. y  ln( senx)  u
Usando o nº14 da tabela, teremos: ln u   .
u
Na função, seja u = senx ( veja que substituiu-se o argumento da função logaritmica).

Segue y   lnsenx 
 senx 
cos x
 ctgx .
senx senx

EXERCÍCIOS 3 COM TÉCNICA DE RESOLUÇÃO PARECIDA AO EXEMPLO ACIMA

Calcule a derivada das funções seguintes:



1. y  sen x 2  5x  3  2. y  arccos x 3. y  lg (senx) 4. y  arcsene 3x 5. y  arcsen x 2  arccos x 2

6. y  ln x  a 2  x 2   
7. y  arcsen1  x  8. y  cos x 3  4 9. y  arctg
1
x
10. y  ln
xa
xa
11. y  lg (3x  2)

Resolução do exemplo 4
4. y  cos3 x  
Usando o nº1 da tabela, teremos: u n  n  u n 1  u  .
Na função, seja u = cosx ( a base da potência).
 
  3 
 
Segue y   cos3 x  cos x   3  cos2 x  cos x   3 cos2 x ( senx)   3  cos2 x  senx

EXERCÍCIOS 4 COM TÉCNICA DE RESOLUÇÃO PARECIDA AO EXEMPLO ACIMA


Calcule y  , se:
x2  3
1. y  3  2 senx
5
2. y  2 x  5sen2 x 
3. y  x 3  2 x 2  4 
3/ 2
4. y   
5. f (t )  sen2 t 3
x  1 2

3/ 2


6. y  x a  2 x
4

3 2
7. y 
x8
 2

4
8. y  x  3 2 x  5 3

3
9. y 
1  1
10. g ( s)   s 2  
8 x  3
4
4 x 4
x 
3/ 2
 s

9.EQUAÇÃO DA RETA TANGENTE E DA RECTA NORMAL

Exemplo Resolvido 1
Determine a equação da recta tangente e da recta normal à curva f(x) = 1/x no ponto de abcissa 2.

Resolução

A curva é f(x) = 1/x e a abcissa do ponto de tangencia é x = 2.

Assim, o ponto de tangência é P(2, f(2)) = (2, ½).



1 1
O coeficiente angular da recta tangente é: m  f ( 2 ), onde f ( x )     2.
 x x
A equação da recta é dada por y – yA = m (x – xA)  y  12   14  x  2 onde
1 1
m  f (2)   2   .
2 4
x
resulta a seguinte expressão: y    1 ou 4 y  x  4
4

Exemplo Resolvido 2:
Encontre o ponto do gráfico da função f(x) = x2 + 4x, onde a tangente é paralela à recta y –2 x = 1.

Resolução
Se a recta tangente é paralela à recta dada, significa que as duas rectas têm coeficientes angulares iguais.
A recta y – 2x = 1 tem coeficiente angular a = 2 que é o coeficiente de x, achado ao resolver a equação em ordem a
y. A partir do significado geométrico de derivada num ponto temos: f ( x)  a  x  4 x  2 
2
 
2x  4  2  x   1 enta~o y  (1) 2  4  (1)  1  4  y   3 .
Assim, o ponto da curva f(x) = x2 + 4x é paralela à y – 2x = 1 é P(-1, -3).

EXERCÍCIOS SOBRE EQUAÇÃO DA TANGENTE E DA NORMAL

1.Determine a equação da recta tangente e da recta normal à curva :

a)f(x) = 3x2 + 2x no ponto de abcissa 1. b) f(x) = 1/x no ponto de abcissa 2.


c)f(x) = senx no ponto de abcissa 0. d)f(x) = lnx no ponto de abcissa e.

2.Determine os pontos da curva f(x) = x3 + 1 onde o declive da recta tangente é 12.

3.Seja f(x) = 2/3 x3 + x2 – 12x + 6. Determine os valores de x para os quais a recta tangente é horizontal.

4.Determine os pontos da curva f(x) = x3 – 4x2 +x -1, nos quais a tangente é paralela à recta y + 4x + 1 = 0.

5.Dada a curva f(x) = x3 – 3x +1, determine:


a)o declive, no ponto A(1,-1); b)os pontos da curva em que o declive é 9.

10.TAXAS DE VARIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO

EXEMPLO RESOLVIDO
Uma cadeia de lojas de lojas femeninas, Chamada Lady Bug, encontrou que após t dias do final de promoção, o
volume de vendas (em dólares) era dado por S(t) = 20.000 (1 + e – 0,5t ), onde (0  t  5) .
a)Determine a taxa média das vendas entre o 1º e o 5º dia. Qual é o significado gráfico ?
b)Com que rapidez as vendas variaram no 3º dia? Interprete o resultado.

RESOLUÇÃO
a)Determine a taxa média das vendas entre o 1º e o 5º dia. Qual é o significado gráfico ?
Dados: S(t) = 20.000 (1 + e – 0,5t ) t1= 1 e t5= 5

Tmedia  
   

S (5)  S (1) 20.000 1  e 0,55  20.000 1  e 0,51 21.600  32.200

10.600
  2.650 dolares/ dia
t 5  t1 5 1 4 4
R: O valor achado é o coeficiente angular da recta secante à curva S(t) nos pontos t1=1 e t2=5.

b)Com que rapidez as vendas variaram no 3º dia? Interprete o resultado.


A rapidez de variação das vendas (ou velocidade de varição das vendas) no 3º dia é dado pela derivada da função
 
S(t) em t = 3. Logo, S (t )  20.000 1  e 0,5t    0,5  20.000e 0,5t   10.000e 0,5t

10.000 10.000
Assim, S (3)  10.000e 0,53  10.000 e 1,5   1, 5
   2.231,30 dolares/ dia Significa que
e 4,4817
em cada dia, as vendas diminuem em 2.231,30 dólares.

EXERCÍCIOS SOBRE TAXAS DE VARIAÇÃO

1. Seja f(x) = 2x2 + 1.


a) Calcule a taxa de variação média de f de x = 2 a x = 2,5.
b) Determine a taxa de variação de f em x = 2. Interprete o resultado.
2.Numa indústria química, considerou-se a produção de detergente como função do capital investido em
equipamento e estabeleceu-se P(q) = 3q2, onde a produção é dada em milhares de litros e o capital investido q é
dado em milhares de meticais.
a)Determine a taxa de variação média da produção para o intervalo 3  q  5. Qual é o seu significado gráfico?
b)Determine a derivada de P. c) Estime a derivada da produção em q = 1. Qual é a unidade de medida?
d) Qual é o seu significado gráfico?

3.O produto interno bruto (PIB) de um certo país ( em milhões de dólares) é descrito pela função G(t) = -2t3 + 45t2
+ 20t + 6000 (0  t  11), onde t = 0 corresponde ao início do ano de 1990.
a) Qual era a taxa de variação do PIB no início de 1995? E no início de 1997? Interprete os resultados.
b) Qual era a taxa média de crescimento do PIB no período de 1995 – 2000? Interprete o resultado.

4.A demanda semanal por certa linha de perfume é dada pela equação de demanda p = 100e– 0,0002x + 150, onde p
é o preço de varejo por unidade (em dólares) e x é quantidade (em frasco de 1 onça) em demanda.
a)Determine a taxa de variação do preço por frasco quando a quantidade é de 1000 frascos. Interprete.
b)Qual é o preço por frasco quando a quantidade é de 2000 frascos?

5.Projecta-se que a percentagem da população de Moçambique com telemóveis está dada por P(t) = 24,4 t0,34 ( 1
 t  10), onde t está medido em anos, com t =1 correspondendo ao início do ano de 1998.
a)Determine a percentagem da população que se espera ter telemóveis no início de 1998.
b) Com que rapidez se espera que a percentagem da população varie no início de 2006?

6.A Companhia Universal julga que a demanda mensal para sua nova linha de computadores t meses após ter
lançar a linha no mercado foi dada por D(t) = 2000 – 1500e– 0,05t (t > 0).
a)Qual é a demanda após 1 ano?
b) Ache a taxa de crescimento da demanda após o 10º mês e interprete o resultado.

7.O número de sócios de uma academia de ginástica aberta há algumas semanas é dado aproximadamente pela
função N(t) = 100 ( 64 + 4t)2/3 ( 0  t  52), onde N(t) expressa o número de sócios no início da semana t.
a) Determine N’ (t). b) Com que rapidez o número de sócios aumentou no início ( t = 0)?
c) Com que rapidez o número de sócios aumentou no início da 40ª semana?
d) Qual era o número de sócios quando a academia abriu? E no início da 40ª semana?

11.DERIVADA DE FUNÇÃO INVERSA

Se derivada da função y = f(x) é y x  f (x) , onde y x  0 então, a derivada da função inversa x = f 1


( x) será:
1 1 dx 1
x y   ou  .
y x f ( x ) dy dy
dx
EXEMPLOS RESOLVIDOS
Determine a derivada x y , se: 1. Y = 3x – 5 2. Y = senx

RESOLUÇÃO
1.Y = 3x – 5

Método1: Calculando primeiro a derivada da função dada. Método2: Calculando primeiro a função inversa
y5
y x  f ( x)  (3x  5)  3 Y = 3x – 5  y  5  3x  x 
3
 
1 1 1  y 5  y 5 1
Em segundo lugar x y    Em segundo lugar x y       
y x f ( x) 3  3   3 3 3

2. Y = senx
Método1: Achar a derivada Método2: Achar a função inversa
y x  f ( x)  ( senx)  cos x Y = senx  x  arcsen y

Em segundo lugar x y 
1

1

1
Em segundo lugar xy  arcseny 
 1 1

y x f ( x) cos x 1 y2 1  sen2 x
1 1
Onde 1 – sen2x = cos2x  x y  
cos2 x cos x

Nota: Ao optarmos pelo segundo método temos que nos recordar que a função admite inversa, se for bijectiva
por isso, o método 1 é o recomendável para qualquer função.

EXERCÍCIOS SOBRE DERIVADA DE FUNÇÃO INVERSA


Detemine a derivada x y , se:
1.y = 3x + x2 2. Y = x + lnx 3. Y = x - ½ senx 4. Y = 2x + ex/2 5. Y = cos x 6. Y = 2x  1

12. FUNÇÃO IMPLÍCITA

Até agora escrevemos a maior parte das funções por meio da notação y = f(x), ou seja, expressando a variável y
explicitamente em função da variável x, como, por exemplo:

350
1.y = 100x2 + 10x 2. y = 4x3 – 10x2 + 30x +50 3. y =
x2

Contamos às vezes com situações em que a relação entre as variáveis x e y é definida implicitamente, por
exemplo:

1.50x2 – 10y + = 30 2. -10x +2y = 4 3. x2 + y2 = 2x2 – 2

Nestes exemplos, em que a função é dada na forma implícita, dizemos que y é uma função implícita de x e, para
cada caso anterior, podemos explicitar a variável y em função de x simplesmente “isolando” a variável y. Veja a
seguir:
30  50 x 2
1.50x2 – 10y = 30  -10y = 30 - 50x2  y =  y = -3 + 5x2
 10
4  10 x
2.-10x + 2y = 4  2y = 4 + 10x  y =  y = 2 + 5x
2
3.x2 + y2 = 4  y 2 = 4 – x2  y = ± 4  x2 ou y=+ 4 x e
2
y=- 4 x
2

Entretanto, existem funções expressas na forma implícita, cuja determinação da forma explícita é muito
complicada como, por exemplo:

1. x2 + xy – y = xy2 2. x  y  xy  6; 3. 2y5 + 2x2y2 + 20x4 = 25 4. x2y + xy2 = 10x


Assim, uma função F(x, y) = 0 define, implicitamente y como função de x.

Para obter a derivada destas funções, devemos usar a técnica de derivação implícita. Exemplificaremos tal técnica
a seguir, ressaltando a utilização de regras já estudadas, como a regra do produto e a regra de cadeia.

12.1.TÉCNICA DE DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA


A técnica de derivação implícita, Consiste em:

1. Diferencie ambos membros da equação com relação a x, garantindo que a derivada de termos envolvendo
dy
y inclua o factor (ou y');
dx
dy
2. Resolver a equação resultante para = y' em termos de x e y.
dx

EXEMPLOS RESOLVIDOS

dy
Determine = y' , se:
dx

1.y3 = x 2. X2 – y3 + xy = 5 3. X2y4 + 2xy2 = y – 3 4. x  y  3x

RESOLUÇÃO

dy
1.y3 = x Buscamos y', ou seja, . Primeiramente, obtemos a derivada com respeito a x nos dois lados da
dx
expressão y3 = x.
d 3 d
y3 = x  (y )  ( x) Como y é uma função ( implícita ) de x, temos que y3 é uma função
dx dx
composta. Para derivar y3, utilizamos a regra da cadeia, ou seja:
d 3 d dy d
( y )  3 y 2 ( y)  3 y 2 , onde 3y2 representa a “derivada da função externa” e ( y ) representa a
dx dx dx dx
“derivada da função interna”.
d 3 d dy dy 1
Assim, para (y )  ( x) , obtemos 3 y 2 . 1  
dx dx dx dx 3y 2

2. X2 – y3 + xy = 5  
x 2  y 3  xy  5  2 x  3 y 2 y   y  xy   0   3 y 2 y   xy    2 x  y
 2x  y dy  2 x  y
y   3 y 2  x    2 x  y  y   ou 
 3y  x
2
dx  3 y 2  x

Obs: xy   x y  xy   1 y  xy   y  x y  Aplica-se a regra da derivada do produto.


3. X2y4 + 2xy2 = y – 3 
 x 2 y 4  2 xy 2    y  3  2 xy 4  4 x 2 y 3 y   2 y 2  4 xyy   y   0
 2 xy 4  2 y 2
 
4 x 2 y 3 y   4 xyy   y    2 xy 4  2 y 2  y  4 x 2 y 3  4 xy  1   2 xy 4  2 y 2  y  
4 x 2 y 3  4 xy  1
4. x  y  3x   x y 

 3x 
x  y  3 
1  y
 3  y  6 x  y 1
2 x y 2 x y

EXERCÍCIOS SOBRE DERIVAÇÃO IMPLÍCITA


dy
1.Encontre = y' por diferenciação implícita para cada item a seguir:
dx
a) y4 = x b) x2 + y2 = 16 c) x3 + 3x2y – 6xy2 – y3 =0 d) x  y 8 e) x 2  y 2  x 2  20

x y
f) y3 – xy = 3 g) (x + y2)10 = x2 + 25 h) x3 + 5x2y + y2 = 10 i) x3y2 – xy = 8x j)  3x
x y
1 1
l) ln ( x – y) + y3 x = 7 m) exy – 3 = y – 2x2 n) sen( x3 + y2) = 3x – y o) 2  2  1
x y
2.Encontre a equação da recta tangente e da recta normal à curva:
a) y3 – xy = 3 no ponto ( 8 ; 3 ). b) x2y3 – y2 + xy – 1 = 0 no ponto (1, 1) c) x2+ 3xy + y2 = 5 no ponto (1, 1)

3.Encontre pontos da curva x2 – xy + y2 = 27 onde as rectas tangentes são horizontais e os pontos onde as rectas
tangentes são verticais.

4.Dada a função demanda p + q2 = 64, onde p é o preço unitário ( em Mt ) e q é a quantidade demandada ( em


unidades ), determine:
dq dp dq dp
a) e . b) b) Para q = 6 (unidades) e p = 28 (Mt), calcule e interprete e .
dp dq dp dq

13.DERIVADA DE ORDEM SUPERIOR A 1ª DERIVADA

d2y
Chama-se derivada de 2ª ordem a derivada de sua derivada , isto é, y ou .
dx 2
d3y n  dny
Da mesma maneira podemos definir a 3ª derivada y ou e a derivada de ordem n y ou .
dx3 dx n
NOTA: Para calcular a derivada de qualquer ordem superior a 1ª derivada, é necessário passar pelas derivadas das
ordens intermediárias. Isto significa que não é possível ter a derivada de 3ª ordem, sem ter calculado a 1ª e a 2ª
derivadas.

EXERCÍCIOS SOBRE DERIVADA DE ORDEM SUPERIOR A 1ª DERIVADA

I. Para as funções que se segue, calcule:


1. A 4ª derivada, se y = x8 + 7x6 – 5x + 4 2. A derivada de 3ª ordem, se y = sen2x.
3.A 3ª derivada, se y = e3x 4.A 2ª derivada, se y = arcsenx

II.Calcule a 2ª derivada das funções seguintes:


2x  3 1 x x2 1
5. y  3x 5  2 x 3 6. y 
3x  1

7. y  ln 3  x 2  8. y  x 2 e  2 x 9. y 
1
x 1
10. y 
1 x
11. y 
x2
x3  2 1
12. y  13. y  x 2  ln x 14. y  sen2 x 15. y  log(2x 3) 16. y  arctg 17. y  ( x 2  2) e x
x 1 x

2 2 x 2  2x  2 4x x 1 3x 3
18. y  x  19. y  x 2  20. y  21. y  22. y  22. y 
x x x 1 4  x2 x  4x  3
2
x2  4

14.APLICAÇÕES DA DERIVADA

14.1.Funções Marginais

A análise marginal é o estudo das taxas de variação das quantidades económicas. Por .exemplo, um produtor não
só está interessado no custo total correspondente a um certo nível de produção de um certo bem, mas também
na taxa de variação do custo total, em relação a um certo nível de produção.
Os economistas usam a palavra marginal para a derivada ou para a taxa de variação.
Portanto, se C(x) é o custo total de produção de x artigos, C´(x) é o custo marginal em relação a x da produção de x
artigos. O custo médio marginal, a receita marginal, o lucro marginal e outras grandezas marginais são definidos
da mesma maneira.

O exemplo a seguir, ajuda a entender o significado do adjectivo marginal , tal como é usado pelos economistas.

Exemplo: Suponha que o custo total semanal em dólares para a fabricação de x refrigeradores pela Companhia
Polaraire seja dado pela função custo total

C(x) = 8000 + 200x – 0,2x2 ( 0  x  400 ).

a) Qual o custo total envolvido na fabricação do 251-ésimo refrigerador?


b) Determine a taxa de variação da função custo total com relação a x quando x = 250.
c) Compare os resultados obtidos nas alíneas a) com os da alínea b).
Solução: a) O custo envolvido na produção do 251-ésimo refrigerador é igual a diferença entre o custo de
produção de 251 refrigeradores e o custo de fabricação de 250 refrigeradores. Isto é:

  
C(251) – C(250) = 8000  200(251)  0,2(251)  8000  200(250)  0,2(250)
2 2

= 45.599,8 – 45.500 = 99,80

R: O custo total envolvido na prodoção do 251-ésimo, refrigerador é de 99,80 dólares.

b) A taxa de variação do custo total ( ou custo marginal) é dada pela derivada de C(x), isto é, C ´(x) = 200 – 0,4x.
Assim, quando a produção é de 250 refrigeradores, a taxa de variação do custo total com relação a x é dada por
C(250) = 200 – 0,4 (250) = 100 dólares.

c)Os resultados obtidos são muito aproximados, pois o custo marginal da fabricação de 250 refrigeradores é
aproximadamente igual ao custo da fabricação do 251-ésimo refrigerador.

Em geral, diria-se que o custo real envolvido na produção de uma unidade adicional de um certo bem por uma
fábrica que já opera com um certo nível de produção é chamado custo marginal.
PROBLEMAS VARIADOS

1. Receita Marginal: A gerência da Companhia Acrosonic planeia lançar no mercado o sistema Electro- Stat, um
sistema de caixas de som electrostáticas. A divisão de marketing determinou que a demanda destes sistemas é de
p = -0,04x + 800
(0  x  20.000) onde p denota o preço unitário (em dólares) do sistema e x denota a quantidade demandada.
a) Determina a função receita R. b) Determina a função receita marginal.
c) Calcule a receita total obtida na venda da 5001-ésima unidade ou R’ (5000) e interprete os resultados.

2. Lucro Marginal: Reporte-se ao exercício 1. A divisão de produção da companhia Acrosonic, estima que o custo
total (em dólares) envolvidos na fabricação de x sistemas Electro- Stat no primeiro ano de produção será de C(x) =
200x + 300.000.
a) Determina a função lucro P. b)Determina a função lucro mariginal. C) Calcule o lucro total da
produção e venda da 5001-ésima unidade ou P’ (5000) e da 8001-ésima unidade ou P’ (8000).
d)Esboçe a função lucro e interprete os resultados.

3. Receita Marginal: A quantidade demandada mensal de relógios de pulso Sicard está relacionada com o preço
unitário pela equação p 
50
0  x  20 onde p está medido em dólares e x em milhares.
0,01x 2  1
a)Determina a função receita. b) Determina a função receita marginal.
c)Calcule R’ (2) e interprete o resultado.

4. Custo, Receita e Lucro Marginais: A demanda semanal pelo modelo de televisão Pulsar25 é igual a p = 600 –
0,05x (0  x  12000), onde p denota o preço unitário por atacado em dólares e x denota a quantidade
demandada. A função custo total semanal associada com a produção do modelo Pulsar25é dada por C(x) = 0
000002x3 – 0,03x2 + 400x + 80000 onde C(x) denota o custo total envolvido na produção de x unidades.
Determine:

a)As funções receita R(x) e lucro P(x). b)As funções custo marginal, receita marginal e lucro marginal.
c)Calcule C´(2000), R´(2000) e P´(2000), interpretando os resultados.

5. O custo total para confecção de uniforme escolar para uma determinada empresa é dado por C(q) = 0,001q3 –
0,3q2 + 45q + 5000 Mt.
a)Obtenha a função custo marginal. Determine o custo marginal para q = 50, 100 e 200 e explique o significado.
b)Obtenha a função custo médio e a função custo médio marginal.

6.A demanda por certa marca de pneus é p = - 0,4q + 400 (0  q  1.000) , onde q é a quantidade demandada e p
o preço unitário, em Mt. O Custo para o fabrico dos pneus é de C(q) = 80q + 28.000Mt, determine:
a)As funções receita e lucro. b) A receita marginal e o lucro marginal.
c)A receita margina para os níveis q = 400, 500 e 600 e interprete os significados.
d)Esboce no mesmo sistema de eixos os gráficos da função receita e da função receita marginal e explique a
relação entre os gráficos.
e)Determine o lucro marginal para q = 300, 600 e interprete os resultados.

14.2 ELASTICIDADE- PREÇO DA DEMANDA


Sabemos que, em relação aos consumidores, a demanda de um produto pode ser associada a seu preço. Em geral,
se o preço aumenta, a demanda diminui.
Para produtos diferentes, existem diferentes comportamentos de mudança da demanda em relação às variações
de preços. Por exemplo, se houver um considerável aumento no preço de sal, a demanda dos consumidores
praticamente não se altera, uma vez que tal produto é indispensável e tem pouco peso no orçamento doméstico;
entretanto, se houver um considerável aumento no preço da carne bovina, a demanda se alterará, uma vez que
tal produto pode ser substituído por outros tipos de carnes, além de ter grande peso no orçamento doméstico.
Assim, de maneiras diferenciadas, a demanda por um produto é “ sensível” à mudança dos preços. Avaliaremos a
“sensibilidade” da demanda em relação às mudanças de preços com o auxílio do conceito elasticidade – preço da
demanda. Neste contexto, medir a “elasticidade” da demanda significa medir a “sensibilidade” da demanda em
relação à variação do preço. Para tal é conveniente escrever a função demanda como função do preço, isto é x =
f(p). (Veja figura1)

14.2.1. EXPRESSÃO QUE DÁ A ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA


Suponha que o preço unitário de um bem

x
aumente  p dólares, de p para (p+  p)
dólares (Fig.1), a quantidade demandada cai de
f(p) unidades para f(p+  p) unidades. A
variação percentual do preço será:

f(p)
p = D(x) Variação do preço unitário p
100  100
preço unitário p

f(p+∆p)
E a variação percentual correspondente da
p quantidade será dada pela expressão seguinte:
p+∆p p
Fig. 1

var iação da quantidade demandada f ( p  p )  f ( p )


 100   100
quantidade demandada pelo preço f ( p)

Para medir o efeito que a variação percentual de preços produz na variação percentual da quantidade
demandada, façamos a razão entre a última variação e a primeira. Assim, teremos:

f ( p  p )  f ( p )
 100
f ( p) f ( p  p)  f ( p ) p p  f ´ ( p )
  
p f ( p) p f ( p)
 100
p

f ( p  p )  f ( p )
Se f(p) é diferenciável em p a razão  f ( p ) . Assim, o negativo da expressão acima dá-nos a
p
p  f ( p)
Elasticidade da demanda para o preço p. Assim, E p  
f ( p)
14.2.2. CLASSIFICAÇÃO DA ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA

 Se E(p) < 1, então a demanda é inelástica em relação ao preço.


 Se E(p) > 1, então a demanda é elástca em relação ao preço.
 Se E(p) = 1, então a demanda elasticidade unitária em relação ao preço.

Assim, podemos descrever a maneira pelo qual a receita reage a variações no preço unitário usando a noção de
elasticidade:

1. Se a demanda é inelástica em p ( E (p) < 1), então um pequeno aumento do preço unitário resulta em
um aumento da receita, ao passo que uma diminuição do preço unitário irá causar um decréscimo da
receita.
2. Se a demanda é elástica em p ( E (p) > 1), então um pequeno aumento do preço unitário resulta em uma
diminuição da receita, ao passo que um pequeno decréscimo do preço unitário irá causar um aumento
da receita.
3. Se a demanda é unitário em p ( E(p) = 1), então um aumento do preço unitário não produz nenhuma
variação da receita.

Exemplo: Considere a equação de demanda p = - 0.02x + 400 ( 0  x  20.000 ) que descreve a relação entre
o preço unitário em dólares e a quantidade demandada x do sistema de caixas de som da marca Acrosonic.
a)Determine a elasticidae da demanda E(p). b)Calcule E(100) e E(300). Interprete os resultados.
c)Obtenha o gráfico da demanda, indicando as faixas de preços onde a demanda é elástica, inelástica e unitária.
d)Obtenha a função receita como função do preço e esboce os gráficos da demanda e da receita. Indique no
gráfico da demanda os intervalos correspondentes às diferentes elasticidades. Indique no gráfico da receita os
intervalos de crescimento e decrescimento, bem como o ponto máximo, associado à elasticidade.

Resolução: a) Resolvendo a equação de demanda em ordem a x, teremos: x = f(p) = - 50 p + 20.000

Onde veremos que f  ( p)  (50 p  20.000)   50


´

p  f ´ ( p )  50 p 50 p p
Assim, E ( p )   =   
f ( p)  50 p  20.000 50 (400  p) 400  p

100 100 1
b) E (100)    E(100) < 1 a demanda é inelástica. O resultado indica que, se ocorrer
400  100 300 3
um aumento de 1% no preço de $100, a demanda diminuirá em 0,33% aproximadamente

300 300
E (300)    3 E(300) > 1 a demanda é elástica. O resultado indica que, se ocorrer um
400  300 100
aumento de 1% no preço de $300, a demanda cairá em 3% aproximadamente.

c) Gráfico da demanda: para p = 0, q = 20.000 e para q = 0, p = 400.


q

20.000

Demanda inelást.

Demanda unitária.

Demanda elást.

0 E(p) < 1 200 E(p) > 1 400 p

d) Gráfico da receita: q = -50p + 20.000. Assim, R(p) = p q = -50p2 + 20.000p


R(p)
R(p) = p q = -50p2 + 20.000p
E(p) = 1 Receita máx.
2.000.000

Zeros da função :

P1 = 0 ou p2 = 400
Receita crescente Receita decrescente

Vértice: média aritmética dos


zeros dá-nos a abcissa p = 200
0 E(p) < 1 200 E(p) > 1 400 p

R(200) = -50x 200+


20.000x200 = 20.000. É a
EXERCÍCIOS receita máxima.

1. A Gerência da Companhia Acrosinic planeia lançar no mercado o sistema Electro-Stat, um sistema de caixas de
som electrostáticas. A divisão de marketing determinou que a demanda destes sistemas é de p = - 0,04x + 800 (
0  x  20.000) onde p denota o preço unitário ( em dólares ) do sistema e x denota a quantidade demandada.
a) Determine a função receita R. b)Determine a função receita marginal R' .
c) Calcule R'(5000) e interprete seus resultados. d) Determine a elasticidade da demanda E(p).
e) Qual é a faixa de preços para que a demanda seja unitária, inelástica ou elástica?
f) Esboce os gráficos da demanda e da receita. Indique no gráfico da demanda os intervalos correspondentes às
diferentes elasticidades. Indique no gráfico da receita os intervalos de crescimento e decrescimento, bem como o
ponto máximo, associado à elasticidade.

2.A demanda semanal por videocassetes Pulsar é dada pela equação de demanda p = - 0,02x +300
( 0  x  15.000) onde p denota o preço unitário por atacado em dólares e x denota a quantidade demandada..
Determine se a demanda é inelástica, elástica ou unitária quando p = 100 e quando p = 200. Interprete os
resultados obtidos.
3.Considere a demanda para um certo produto dada por q = 1000 – 20p, onde o preço varia no intervalo
0  p  50 .
a)Obtenha a função que dá a elasticidade-preço da demanda.
b)Indique a faixa de preços para os quais a demanda é inelástica, é elástica e é unitária.
c)Obtenha a elasticidade para os preços p = 20, p = 25, p = 30 e interprete os resultados.

4.A demanda por de certa marca é dada por 0,4 x  p  20  0 0  p  20 , onde x é a quantidade
demandada e p, o preço unitário em Mt.
a) Determne a expressão que dá a elasticidade da demanda.
b) Classifique a demanda para p = 5 Mt e para p = 15 Mt e interprete o resultado. Qual é o comportamento da
receita para esses casos ?

5.A gerência duma companhia de pneus da marca Titan determinou que a quantidade demandada semanamente
x de seus pneus está relacionada com o preço unitário pela equação x  144  p , onde p está medido em
dólares e x em milhares.
a)Calcule a elasticidade da demanda para p = 63, p = 96 e para p = 108.
b)Interprete os resultados obtidos e classifique a demanda.

50  p
6.A equação de demanda para uma certa marca de relógios de pulso é dada por x  10 0  p  50 ,
p
onde x (medido em milhares) é a quantidade demandada semanalmente e p é o preço unitário em dólares. Calcule
a elasticidade da demanda e determine a faixa de preços correspondentes à demanda inelástica, unitária e
elástica.

8.O proprietário da videoamadora Showplays estimou que o preço do aluguer p (em dólares) de fitas de vídeo está
2
relacionado com a quantidade semanal x de fitas alugadas através da equação x  36  p 2 0  p 6 .
3
a)Actualmente, o aluguer é de $2 por fita.A demanda é inelástica ou elástica para este preço de aluguer?
b)Se o preço de aluguer da fita for ligeiramente aumentado, a receita aumentará ou diminuirá?

15.PROPENSÃO MARGINAL A CONSUMIR E A POUPAR

Analisando a economia num certo mercado, percebe-se que a renda das famílias é um factor que mais influencia
no consumo e na poupança dessas famílias. Neste caso, teremos em conta que o consumo c e a poupança s são
funções da renda y. Isto é c = f(y) e s = f(y) .

Estas são funções crescentes, pois aumentando a renda y, supõe-se que notar-se-á um aumento no consumo e na
poupança. Para as famílias: Renda = Consumo + Poupança ou y = c + s

Assim, se c = f(y) a taxa de variação do consumo em relação à renda (derivada do consumo em relação à renda)
dc
c ( y )  ou c mg  c ( y ) chama  se propensa~o m arg inal a consumir
dy
Do mesmo modo, se s = f(y) a taxa de variação da poupança em relação à renda (derivada da poupança em
ds
relação à renda) s ( y )  ou s mg  s ( y ) chama  se propensa~o m arg inal a poupar
dy
d dc ds dc ds
Sendo y = c + s  ( y)   1   ou c mg  s mg  1
dy dy dy dy dy
onde cmg e smg assumem valores no intervalo ]0, 1[.

EXEMPLO RESOLVIDO
1.Para uma certa população, a função consumo é dada por c = 0,8y + 320, onde y é a renda dos consumidores.
a)Determine a função poupança s.
b)Determine a propensão marginal a consumir e a propensão marginal a poupar e interprete os resultados.
c)Esboce o gráfico c = y. O que representa o gráfico?
d)Esboce no mesmo S.C. os gráficos c = y, c(y) e s(y). Interprete o ponto em que em que se cruzam c = y e c(y).

Resolução:
a)Determine a função poupança s.
Poupança = renda – consumo  S = y – c = y – (0,8y + 320)  S = y – 0,8y – 320 = 0,2y – 320

b)Determine a propensão marginal a consumir e a propensão marginal a poupar e interprete os resultados.



A propensão marginal a consumir é: C mg  0,8 y  320  0,8 Significa que o aumento de uma unidade na
renda, proporciona um aumento de 0,8 no consumo.

A propensão marginal a poupar é: S mg  0,2 y  320  0,2 Significa que o aumento de uma unidade na renda,
proporciona um aumento de 0,2 na poupança.
c)Esboce o gráfico c = y. O que representa o gráfico?

C C=y
O gráfico c = y é uma recta que divide o 1º quadrante ao meio.
100
Este indica níveis em que o consumo igual à renda, isto é, toda
renda é dirigida para o consumo.

0 y
100

d)Esboce no mesmo S.C. os gráficos c = y, c(y) e s(y). Interprete o ponto em que em que se cruzam c = y e c(y).

C, S C=y

Y 0 -400 1600 C = 0,8y+320


C(y) 320 0

y 0 1600 320 S = 0,2y – 320


S(y) -320 0
y
0 1600

-320
No gráfico C = y , para y = 1600, C = 1600. Neste caso toda renda é dirigida ao consumo e a poupança é nula. Para
níveis de renda inferiores a 1600, a poupança é negativa pois o consumidor está a consumir mais do que dispõe
em renda. Para níveis de renda superiores a 1600, a poupança é positiva, significa que o excedente da renda é
poupado em relação ao consumo.

EXERCÍCIOS

1.Para uma certa população, a função consumo é dada por c = 0,7y + 210, onde y é a renda dos consumidores.
a)Determine a função poupança s.
b)Determine a propensão marginal a consumir e a propensão marginal a poupar e interprete os resultados.
c)Esboce o gráfico c = y. O que representa o gráfico?
d)Esboce no mesmo S.C. os gráficos c = y, c(y) e s(y). Interprete o ponto em que em que se cruzam c = y e c(y).

2.Responde todas as questões do problema 1 para a seguinte função consumo: c = 0,6y + 240

PROBLEMAS PARA AUTO-AVALIAÇÃO

1.O número de telespectadores de um seriado de TV lançado há alguns anos é dado aproximadamente pela
função N(x) = ( 60 + 2x )2/3 ( 1  x  26), onde N(x) denota o número semanal de espectadores do seriado na x-
ésima semana e é medido em milhões. Determine a taxa de crescimento da audiência semanal no final da 2ª e
12ª semana. Interprete os resultados.

2.A percentagem total de realocação da população devido as cheias no ano t (t = 0 corresponde ao ano de 1960)
pode ser aporoximado pela fórmula P(t) = 20,6e– 0,009t (0  t  35) . Com que velocidade a percentagem mudou
no ano de 1980? E no ano de 1990? Interprete os resultados obtidos.

3.Para um certo produto, a demanda q e o preço p são relacionados por q = 50 – p, com 0  p  50 .


a)Obtenha os intervalos de preços para os quais a demanda é inelástica, unitária e elástica.
b)A partir dos resultados anteriores, descreva o comportamento da receita.
c)Obtenha a função receita como função do preço e esboce os gráficos da demanda e da receita. Indique no
gráfico da demanda os intervalos correspondentes às diferentes elasticidades. Indique no gráfico da receita os
intervalos de crescimento e decrescimento, bem como o ponto máximo, associado à elasticidade.

4. Para uma certa população, a função poupança é dada por s = 0,3y – 540, onde y é a renda dos consumidores.
a)Determine a função consumo C.
b)Determine a propensão marginal a consumir e a propensão marginal a poupar e interprete os resultados.
c)Esboce o gráfico c = y. O que representa o gráfico?
d)Esboce no mesmo S.C. os gráficos c = y, c(y) e s(y). Interprete o ponto em que em que se cruzam c = y e c(y).

16. APLICAÇÃO DA DERIVADA NO ESTUDO DA FUNÇÃO

16.1.ESTUDO DA VARIAÇÃO DA FUNÇÃO (MONOTONIA).

O estudo da variação da função (monotonia) e a determinação de extremos relativos, num dado intervalo, é feito
recorrendo à primeira derivada, tomando em conta os seguintes teoremas:
 Se uma função f(x) tem derivada finita num dado intervalo e, em todos os pontos desse intervalo a 1ª
derivada é nula ( f ( x)  0 ) , então f(x) é constante nesse intervalo. Significa que o declive da tangente
é nulo nesse intervalo.
 Se uma função f(x) tem derivada finita num dado intervalo e, em todos os pontos desse intervalo a 1ª
derivada é positiva ( f ( x )  0 ) , então f(x) é crescente nesse intervalo. Significa que o declive da
tangente em qualquer ponto é positivo e a função é crescente nesse intervalo.
 Se uma função f(x) tem derivada finita num dado intervalo e, em todos os pontos desse intervalo a 1ª
derivada é negativa ( f ( x)  0 ) , então f(x) é decrescente nesse intervalo. Significa que o declive da
tangente em qualquer ponto é negativo e a função é decrescente nesse intervalo.

7
y

y = f(x)
5

f(x) constante f(x) crescente


2 f ' < 0
f ' = 0 f ' > 0
1
f(x) decrescente

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
x

-1

16.2. DETERMINAÇÃO DE EXTREMOS RELATIVOS DE UMA FUNÇÃO

Consideremos f(x) uma função de domínio D e seja x = c um ponto pertencente ao intervalo ] a, b [  D.

P(c, f(c)) Definição: Diz-se que f(x) tem máximo relativo em x = c se f(x)  f(c)
para todos os pontos pertencentes ao intervalo. Isto é, o ponto
máximo relativo é o ponto mais alto do gráfico de f(x) quando
comparado com outros pontos no intervalo. O número f(c) é o valor
máximo relativo da função.
c x
Em P existe maximo

Definição: Diz-se que f(x) tem mínimo relativo em x = c se f(x)  f(c)


para todos os pontos pertencentes ao intervalo. Isto é, o ponto
mínimo relativo é o ponto mais baixo do gráfico de f(x) quando
comparado com outros pontos desse intervalo. O número f(c) é o valor
P(c, f(c)) mínimo relativo da função.
c x
P e ponto minimo
NOTA: Se as condições f(x)  f(c) e f(x)  f(c) forem válidas para todos os pontos x do domínio D, então f(x)
tem um máximo absoluto em x = c, por um lado e, mínimo absoluto em x = c, por outro lado.

TEOREMA: Se uma função tem um máximo (ou mínimo) local em x = c e a 1ª derivada de f(x) existe nesse ponto,
então f (c)  0 .

Ao ponto x = c chamamos ponto crítico. Neste ponto, a primeira é nula ou é um ponto onde a derivada não
existe.

16.3.PROCEDIMENTO PARA DETERMINAR EXTREMO RELATIVO

Determine valores x = c para os quais f ( x)  0 ( pontos críticos) e se verificar que:


 A função f(x) tem derivada nula no ponto x = c e a 1ª derivada passa, nesse ponto, de positiva e a negativa,
então f(x) tem um máximo relativo no ponto x = c.
( Se f (c)  0, com f (c )  0 e f (c )  0  em x  c existe máximo relativo )
 

 A função f(x) tem derivada nula no ponto x = c e a 1ª derivada passa, nesse ponto, de negativa a positiva,
então f(x) tem um mínimo relativo no ponto x = c..
( Se f (c)  0, com f (c )  0 e f (c )  0  em x  c existe min imo relativo )
 

Assim, uma função f(x) tem extremo num ponto x = c se:

 A 1ª derivada for nula nesse ponto e,


 As derivadas laterais no ponto x = c forem de sinais contrários.

EXEMPLO RESOLVIDO :

Determine os extremos relativos e os intervalos de monotonía da função definida por f(x) = x3–2x2 + x.

Resolução: Tratando-se de uma função polinomial, o domínio da função é o conjunto dos números reais.

Determinando os pontos críticos, teremos:

f ‘ (x) = 0  3x2 – 4x + 1 = 0  ( 3x – 1 ) ( x – 1) = 0  x = 1/3 ou x = 1 são pontos críticos.

Constrói-se a tabela a seguir, tendo em conta o domínio da função:

x    , 1/ 3  1/3  1/ 3 , 1  1  1,   
f ’(x) + 0 - 0 +

f(x) Crescente 0,814 Decrescente 0 Crescente

A partir da tabela verifica-se que a derivada à esquerda de x = 1/3 é positiva e, à direita deste ponto é negativa.
Logo, em x = 1/3 existe máximo relativo e o ponto máximo é ( 1/3; 0,814).

Considerando x = 1 verifica-se que a derivada à esquerda deste ponto é negativa e, à direita deste é positiva. Logo,
em x = 1 existe mínimo relativo e o ponto mínimo é ( 1, 0).
Veja o gráfico a seguir.
y

1
max.

-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7
x
min.

-1

-2

-3

-4

NOTA 1: Existem casos em que a derivada é nula num determinado ponto x = c, mas as derivadas laterais ,
nesse ponto possuem o mesmo sinal. Assim, a função não possui extremo. Veja o exemplo a seguir.

Exemplo: f(x) = x3
4

3 y = f(x) f ( x)  0  3x 2  0  x  0 que é o

2
ponto crítico.

1
Para x < 0,

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 f  ( 0 )  0  f ( x) é crescente e
-1

Para x > 0,
-2
f  ( 0 )  0  f ( x ) é crescente
-3

-4

NOTA 2: Existem casos em que a derivada não existe num determinado ponto x = c, mas as derivadas laterais,
nesse ponto, são de sinais contrarios. Nesse caso, a função possui extremo.

Exemplo 3: Consideremos a função f(x) = |x - 2| representada pelo seu gráfico a seguir.


O gráfico mostra que em x = 2 a função não
apresenta nenhuma
y
7 interrupção, por isso é contínua nesse ponto.
Analisemos as derivadas laterais da função em x = 2.
6
 x  2 , se x  2
f ( x)  | x  2 |   
5
y= |x- 2 |
 x  2 , se x  2
 1, se x  2
4
f ( x)  
1 , se x  2
3

O resultado mostra que


f ( 2 )   1 e
1
f ( 2 )  1 são de
0
sinais contrários, por isso existe mínimo em x = 2.
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 x
Contudo, nesse ponto
-1 a derivada não existe porque as derivadas laterais
são diferentes.

16.4. ESTUDO DO SENTIDO DA CONCAVIDADE DO GRÁFICO

O estudo do sentido da concavidade do gráfico da função num dado intervalo, é feito recorrendo à segunda
derivada, tomando em conta os seguintes teoremas:

 Se num dado intervalo] a, b [ f ( x)  0 para todos os pontos do intervalo, então a função tem a
concavidade voltada para cima, nesse intervalo. (  )
 Se num dado intervalo ] a, b [ f ( x)  0 para todos os pontos do intervalo, então a função tem a
concavidade voltada para baixo, nesse intervalo. (  )

16.4.1 PROCEDIMENTOS PARA O ESTUDO DO SENTIDO DA CONCAVIDADE DO GRÁFICO

 Determine valores x = c para os quais f ( x)  0 ou não f (x) não existe e indique os intervalos
abertos definidos por esses valores.

 Escolhe alguns pontos em cada intervalo achado e faça o estudo do sinal de f (x) :
- Se f ( x)  0 para todos os pontos do intervalo, então a função tem a concavidade voltada para
cima, nesse intervalo. (  )
Isto significa que num dos pontos deste intervalo existe um mínimo relativo.

- Se f ( x)  0 para todos os pontos do intervalo, então a função tem a concavidade voltada para
baixo, nesse intervalo. (  )
Isto significa que num dos pontos deste intervalo existe um máximo relativo.

16.4.2.PONTO DE INFLEXÃO

Definição: O ponto do gráfico da função f(x) onde a concavidade muda chamamos ponto de inflexão.
15.4.3.PROCEDIMENTOS PARA ENCONTRAR O PONTO DE INFLEXÃO

 Calcula-se f (x) ;
 Determina-se os pontos x = c do dominio de f(x) para os quais f ( x)  0 ou f (x) não existe.
 Determine o sinal de f (x) à esquerda e à direita de cada ponto x = c achado no passo anterior. Se
houver mudança de sinal de f (x) ao pasarmos por x = c, então (c, f(c) ) é ponto de inflexão.

EXEMPLO RESOLVIDO

Considerando a função definida por f(x) = x3 – 2x2 + x do exemplo 1 cujo gráfico está no exemplo resolvido acima.

f ( x)  3x 2  2 x  1 é a primeira derivada e f ( x)  6 x  2 é a segunda derivada – Passo1

Passo2: f ( x)  0  6x – 2 = 0  x = 1/3 é o ponto que anula a segunda derivada.

Passo 3: Para x < 1/3, f ( x)  0 significa que a função tem a concavidade voltada para baixo neste intervalo e
para x > 1/3 , f ( x)  0 significa que a função tem a concavidade voltada para cima neste intervalo.

O estudo do sinal da segunda derivada à esquerda e à direita do ponto x = 1/3 mostra que há mudança de sinal
quando passamos da esquerda para direita desse valor. Assim, o ponto ( 1/3, f(1/3) ) é ponto de inflexão.

16.4.4.PONTO DE INFLEXÃO E SEU SIGNIFICADO

A interpretação da segunda derivada na economía é mostrada no exemplo a seguir, onde é considerada uma
função I(t) representando o índice de preços ao consumidor (IPC) de uma economia num intervalo de tempo.
Assim, a 1ª derivada da função I(t) isto é I (t ) mede a taxa de inflação num instante t.
A 2ª derivada da função I(t), I (t ) fornece a variação da taxa de inflação em qualquer instante t. Por isso, quando
os economistas dizem “a inflação está a diminuir” , significa que a taxa de inflação está a decrescer.
Matemáticamente equivale a notar que a 2ª derivada da função I(t), I (t ) é negativa no instante t sob
consideração. Note que a 1ª derivada da função I(t) isto é I (t ) poderia ser positiva num instante em que a 2ª
derivada I (t ) fosse negativa, veja o exemplo a seguir.

EXEMPLO RESOLVIDO

1.O índice de preços ao consumidor ( IPC) de uma economia é descrito pela função I(t) = -0,2t3 + 3t2 = 100 (0  t
 10), onde t = 0 corresponde ao início de 1989. Ache o ponto de inflexão da função e discuta o seu significado.
Use o resultado para mostrar que a pesar de o IPC estar a subir no início de 1995, a inflação estava moderada
naquele periodo.

RESOLUÇÃO
O ponto de inflexão é calculado a partir da segunda derivada da função dada. Assim, as derivadas 1ª e 2ª serão:
 
 
I (t )   0,2t 3  3t 2  100   0,6t 2  6t e  
I (t )   0,6t 2  6t   1,2t  6
6
Fazendo I (t )  0   1,2t  6  0   1,2t   6  t   5 . Este é o unico candidato a ponto de
1,2
 Para t  5 , I (t )  0 significa que a funca~o tem a concavidade voltada para cima.
inflexão.  ~
 Para t  5 , I (t )  0 significa que a funca o tem a concavidade voltada para baixo.
Logo, o ponto (5; 137,5) é o ponto de inflexão.

Veja que no início de 1995 (t = 6) I (6)   0,6  6 2  6  6   21,6  36 14,4 pontos/ ano e
I (6)   1,2  6  6   7,2  6   1,2 pontos/ ano / ano
Os cálculos mostram que no início de 1995 o IPC crescia a razão de 14,4 pontos por ano, enquanto a taxa de
inflação decrescía a razão de 1,2pontos por ano. Isto significa que no ponto (5; 137,5) , isto é no início de 1994 (t =
5) a taxa de inflação mostrava certo alívio.

16.5. TESTE DA SEGUNDA DERIVADA

1. Calculamos f  (x ) e f (x) .
2. Encontramos todos os pontos críticos x = c para os quais f ( x)  0 .
3. Calculamos f (c) para cada ponto crítico x = c, e se:
 f (c)  0 , então f(x) tem mínimo em x = c.
 f (c)  0 , então f(x) tem máximo em x = c.
 f (c)  0 , então o teste é inconclusivo, isto é nada se pode dizer da existência de extremo.

EXEMPLO RESOLVIDO
Determine os extremos da função f(x) = 2x4 – 8x3 + 100, se existirem e use o teste da segunda derivada para
classificar tais extremos.

RESOLUÇÃO
1.Calcular pontos críticos: f ( x)  0  8 x 3  24x 2  0  8 x 2 ( x  3)  0  x  0  x  3
2. f ( x)  24x 2  48x para testar os pontos críticos x = 0 e x = 3.
3.Teste: Se x  0  f (0)  24  0 2  48  0  0 Significa que nada se pode dizer da existência de extremo no
ponto x = 0.
Se x  3  f (3)  24  32  48  3  216  144  72  0 . Logo em x = 3 existe um mínimo relativo.

EXERCÍCIOS SOBRE EXTREMOS RELATIVOS E PROBLEMAS SOBRE OPTIMIZAÇÃO

1.Use o teste da primeira derivada e classifique os extremos das funções seguintes, se existirem:
a) f(x) = x3 – 9x2 + 15x + 50 b) f(x) = x2 – 6x + 20 c) f(x) = x4 – 18x2 + 100

2. Use o teste da segunda derivada e classifique os extremos das funções seguintes, se existirem:
a) f(x) = x3 – 12x2 + 36x + 10 b) f(x) = - x3 + 15x2 c) f(x) = 2x4 – 8x3 + 100

PROBLEMA RESOLVIDO
EXEMPLO: Para um certo produto, a demanda é dada por p = - 0,0005x + 60 0  x  120.000 , onde x é a
quantidade demandada e p, denota o preço unitário (em Meticais). O custo para produção desse produto é
dado por C(x) = 0,001x2 + 18x + 16.000 Mt.
a) Obtenha a função lucro. b) Calcule L (3000) e interprete o resultado.
c) Obtenha o nível de produção que minimiza o custo médio. Use um teste para provar o nível optimo de
produção.
d)Determine o menor custo médio obtido.

RESOLUÇÃO
a) Obtenha a função lucro.
R: L(x) = R(x) – C(x) = x p – C(x) = - 0,0005x2 + 60x – 0,001x2 – 18x – 16.000
L(x) = - 0,0015x2 + 42x – 16.000

b) Calcule L (3000) e interprete o resultado

R: L ( x)   0,003x  42  L (3.000)   0,003 3.000  42   9  42  33 Mt / unidade. Significa que na


venda da unidade adicional, o lucro total adquirido será de 33Mt, para um nível de venda de 3000 unidades.

c) Obtenha o nível de produção que minimiza o custo médio. Use um teste para provar o nível optimo de
produção.
C ( x) 0,001x 2  18x  16.000 16.000
R: C me    0,001x  18   ( x)  0
 C me
x x x
16.000 16.000
0,001  2
 0  0,001x 2  16.000  0  0,001x 2  16.000  x     4.000
x 0,001
x  4.000 uidades .do produto
 16.000 2 x  32.000 32.000
Teste:  ( x)  0   
C me   (4.000) 
 C me  0 Significa que existe
 x 4
 x 3
4.0003
mínimo em x = 4.000 o que prova que é a quantidade que minimiza o custo médio.
Nota: Pode-se usar o teste da primeira derivada.

d)Determine o menor custo médio obtido.


R: Cmemin. = Cme(4.000) = 0.001 x 4.000 + 18 + 16.000/ 4000 = 4 + 18 + 4 = 26 Mt/ unidade.

Estima-se que a produção total de óleo de um certo poço de petróleo é dada por T(t) = – 1000(t + 10)e– 0,1t+10.000
milhares de barris t anos após o início da produção. Determine em que ano a capacidade de produção de óleo
deste poço será máxima.

PROBLEMAS PARA RESOLVER

1.Maximizando Lucros: A gerência de uma certa Companhia, fabricante de molho picante estima que seu lucro
(em MZM) pela produção e venda diária de x caixas de molho picante é dado por P(x) = -0,000002x3 + 6x – 400.
Qual é o maior lucro possível que a Companhia pode obter por dia?
2.Minimizando Custo Médio: O custo médio (em dólares) obtido por uma certa Gravadora por semana na
2000
fabricação de x CDs é dado por C ( x)  0,0001x  2  (0  x  6000) .
x
Mostre que o custo médio é decrescente no intervalo dado. OBS: retirar sinal no 1º termo

3.Maximizando Lucros: Um certo complexo residencial tem 100 unidades de 2 dormitórios. O lucro mensal (em
dólares) obtido no aluguer de x apartamentos é dado por P(x) = -10x2 + 1760x – 50.000. Quantas unidades
devem ser alugadas para maximizar o lucro mensal? Qual é o máximo lucro mensal realizável?

4.Minimizando Custos Médios: Suponha que a função custo total de fabrico de um certo produto é C(x) = 0,2(
0,01x2 + 120) Mt, onde x representa o nº de unidades produzidas. Determine o nível de produção que minimizará
o custo médio.

5.O custo total mensal (em dólares) da Cannon Precision Instruments Corporation na fabricação de x unidades de
câmaras fotográficas modelo M1 é dado pela equação C(x) = 0,0025x2 + 80x + 10.000.
a)Determine a função custo médio.
b)Determine o nível de produção para o qual o custo médio é igual ao custo marginal.
c)Determine o nível de produção que resulta no menor custo médio de produção.
d) Compare os resultados achados em c) com os de b).

6. Suponha que a relação entre o preço unitário p em dólares e a quantidade demandada x do sistema de caixas
de som Acrosonic é dada por p = -0,02x + 400 (0  x  20000). O custo de produção de x unidades do sistema
de caixas de som é de C(x) = 100x + 200000 dólares. Determine:
a)As funções receita R(x) e lucro P(x). b) As funções receita marginal e lucro marginal.
c)Calcule C´(2000) e P´(2000), interpretando os resultados.
d)Qual é o nível de produção que maximiza o lucro? Qual é o lucro máximo?

7.Numa fábrica de ventiladores, a receita adquirida na venda de um tipo de ventilador é dada por R(q) = - 2q2 +
800q, onde 0  q  400 . Suponha que o custo para a produção dos ventiladores seja dado por C(q) = 200q +
25.000. Com base nos dados, determine:
a)A função lucro. b) A função lucro marginal. c) Lmg nos níveis q = 100 e q = 200.
d) A quantidade que dá o lucro máximo. Qual é o lucro máximo?

8. Numa fábrica de sapatos, a receita adquirida na venda de um tipo de sapatos é dada por R(q) = - 0,001q2 + 10q,
onde 0  q  10.000 . Suponha que o custo para a produção desses sapatos seja dado por C(q) = 2q + 12.000.
Com base nos dados, determine:
a)A função lucro. b) A função lucro marginal. c) Lmg nos níveis q = 3.000 e q = 5.000.
d) A quantidade que dá o lucro máximo. Qual é o lucro máximo?

9.Efeito da propaganda nas vendas: O total de vendas S da Cannon Precision Instruments Corporation está
relacionado à quantidade de dinheiro x que a Cannon gasta em propaganda de seus produtos através da função
S(x) = - 0,002x3 + 0,6x2 + x + 500 0  x  200 onde S e x são medidos em milhões de dólares. Determine o ponto
de inflexão da função S e discuta o seu significado.

10.Projectando lucos: Com o resultado do aumento dos custos de energia, a taxa de crescimento dos lucros nos
últimos 4 anos da Companhia Venice Glassblowing tem começado a declinar. A gerência da Venice, após consultar
um especialista em energia, decide implantar medidas de economia de energia, visando à contenção das
despesas. O gerente relata que, de acordo com seus cálculos, a taxa de crescimento dos lucros da Venice pode
aumentar novamente dentro de 4 anos . Se os lucros (em centenas de dólares), x anos a partir de hoje, são dados
pela função P(x) = x3 – 9x2 + 40x + 50 0  x  8 , determine se a projecção do gerente está correcta.
Sugestão: Determine o ponto de inflexão e analise a concavidade da função.

17.DIFERENCIAIS

dy
A notação tem sido usada para indicar a derivada de uma função y = f(x). Neste capítulo, será interpretada
dx
como quociente diferencial, isto é, como quociente entre o acréscimo da função dy e o acréscimo da variável
independente dx.
Para isso, analisemos o gráfico da função y = f(x) que irá ajudar a obter de uma maneira simples e rápida, uma
aproximação para y , a variação de y debido uma pequena variação x .

Vejamos que perto do ponto de tangência P, a recta tangente está muito próxima do gráfico y = f(x). Assim,
quanto menor for x , menor será a diferença entre dy e o acréscimo y . Por isso, dy pode ser considerada uma
boa aproximação de y .
dy
Atendendo que o declive da recta tangente que passa pelo ponto P é dada pela expressão f ( x )  ou seja,
x
dy  f ( x) x , teremos a aproximação a y dada por y  dy  f ( x) x , onde dy é a diferencial de y.

Definição: Seja y = f(x) uma função diferenciável em x.


A diferencial dy da variável y é dada pelo produto da derivada da função pela diferencial da variável
independente dx. Assim, dy  f ( x) x ou dy  f ( x) dx , sendo dx = x .
EXEMPLO RESOLVIDO
Ache dy, se f(x)= esenx
  
Se f(x) = esenx , dy  f ( x) dx  e senx dx  senx e senx dx  cos x e senx dx

EXERCÍCIOS
Ache dy, se:

2. y  x 2  2 x  2e x
ex
1. y  3. y  1  x 2 4. y  3  2senx 5. y  2 x  5 cos3 x
5

x2

17.1. APLICAÇÃO DA DIFERENCIAL NO CÁLCULO APROXIMADO

EXEMPLO RESOLVIDO
Use diferenciais para aproximar a quantidade 10 .

RESOLUÇÃO
Consideramos a função y = f(x) = x e como 9 é o quadrado perfeito mais próximo de 10, tomamos x = 9.
Pretende-se saber a variação em y ( y ), quando x varia de x1 = 9 a x2 = 10, isto é x = 10 – 9 = 1.
Usando a equação

y  dy  f ( x) x   x  x  1 
  y  dy     y  dy 
1
6
 0,16666...
2 x  x 9
Assim, y  10  9  0,16666...  10  9  0,16666....  3,16666....
10 = 3,16228 O ERRO ENVOLVIDO NA APROXIMAÇÃO É 0,00438.

EXERCÍCIOS
1.Use diferenciais para aproximar as seguintes quantidades:
3
a) 9,3 b) 49,5 c) 7,8 d) 99,7

2.Seja y = f(x) = x2 – 1 e determine:


a)A diferencial da função y = f(x). b)A variação aproximada em y se x varia de 1 a 1,02.
c)A variação real de y se x varia de 1 a 1,02 e compare com o resultado anterior.

3.Considere a função y = f(x) = 1 / x e reporte-se ao exercício anterior, considerando que x varia de -1 a -0,95.

4.Um economista determinou que o PIB de um certo país é aproximado pela função f(x) = 60 x 1 / 5 , onde f(x) é
medido em milhões de dólares. Use diferenciais para estimar a variação do PIB, sabendo que o gasto de capitais
do país varia de $243milhões a $248 milhões.

5.A equação de oferta para uma determinada marca de radio transmisor é dada por p  s( x)  0,3 x  10 ,
onde x é a quantidade oferecida e p o preço unitario em dólares. Use diferenciais para estimar a variação do preço
quando a quantidade oferecida varia de 10.000 unidades para 10.500 unidades.
UNIVERSIDADE SÃO TOMÁS DE MOÇAMBIQUE
Faculdade Cicias Económicas e Empresariais

2ªAV ALI AÇÃO DE M ATE M ÁTI C A I


Cursos: Todos Turmas: Todas
Ano Lectivo:2020 Duracção: 120min
Data: Pontuação: 20 val.
Obs: Responde as questões a seguir e apresente todos os passos que justifiquem as respostas achadas.
1.Sob condições ideais, o número de bactérias numa cultura cresce de acordo com a expressão
Q(t )  10.000e 0,8959t onde Q(t) é o número de bactérias e t está medido em horas.
a)Quantas bactérias haverá na cultura no fim de 2 horas? (1,5 val.)
b) Determine em quanto cresceu o número de bactérias no final de 4 horas? Interprete o resultado.
(2,5 val.)

2.Numa carpintaria, a demanda por bancos de jardim é dada por p = - 0,001q + 10 0  q  10.000 ,
onde q é a quantidade demandada e p, denota o preço unitário (em milhares de Meticais). O custo para
produção dos bancos é dado por C(q) = 2q + 12.000 Mt.
a) Obtenha a função lucro. (1,0 val.)
b) Obtenha o lucro marginal para os níveis q = 5.000 e interprete o resultado. (2,0 val.)
c) Obtenha o nível de produção que maximiza o lucro. Use um teste que prove a condição optima.
d)Determine o lucro máximo obtido. (2,5 val.)

3.A demanda por certo produto é dada por x 


5
p  20  0 0  p  16 , onde x é a quantidade
4
demandada e p, o preço unitário em Mt.
a) Determne a expressão que dá a elasticidade da demanda. (2,0 val.)
b) Classifique a demanda para p = 10 Mt e para p = 6 Mt, interpretando o resultado. (2,0 val.)
c) Esboce o gráfico da demanda e indique nele, a faixa de preços para a demanda unitária, demanda
elástica e demanda inelástica. (1,5 val.)

4.Para certa população, a função consumo é dada por c = 0,6y + 480, onde y é a renda dos
consumidores.
a) Determine a propensão marginal ao poupar e interprete o resultado. (2,0 val.)
b) Esboce , no mesmo sistema cartesiano, os gráficos das funções consumo, poupança e c = y. (1,5 val.)
c)Interprete a situação em b) para um consumidor que faz parte dessa população. (1,5 val.)
FIM
UNIVERSIDADE SÃO TOMÁS DE MOÇAMBIQUE
Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais

2ªAV ALI AÇÃO DE M ATE M ÁTI C A I


Cursos: Todos Faculdade Cicias Económicas e EmpresariaisTurmas: Todas
Ano Lectivo:2020 Duracção: 120min
Data: Pontuação: 20 val.

Obs: Responde as questões a seguir e apresente todos os passos que justifiquem as respostas achadas.
1.O consumo médio de energia de uma geleira comum, produzido pelas indústrias York, é
aproximadamente C (t )  1486e  0,073t  500 KWh 0  t  20 onde C(t) é o consumo em Quilowatts-
hora e t está medito em ano e (t = 0 corresponde ao início do ano de 1972).
a)Qual foi o consumo de energia no início de 1972? (1,5 val.)
b) Determine em quanto variou o consumo no início de 1992? Interprete o resultado. (2,5 val.)

2.Numa fábrica de caixas de papelão, a demanda por tais caixas é dada por p = - 0,003x + 60
0  x  20.000 , onde x é a quantidade demandada e p, denota o preço unitário (em milhares de
Meticais). O custo para produção das caixas é dado por C(x) = 0,001x2 + 18x + 4.000 Mt.
a) Obtenha a função receita. (1,0 val.)
b) Obtenha a receita marginal para os níveis x = 5.000 e interprete o resultado. (2,0 val.)
c) Obtenha o nível de produção que minimiza o custo médio. Use um teste para provar a condição
optima. Determine o menor custo médio obtido. (2,5 val.)

3.A demanda por esferográficas de certa marca é dada por 0,4 x  p  20  0 0  p  20 , onde x é a
quantidade demandada e p, o preço unitário em Mt.
a) Determne a expressão que dá a elasticidade da demanda. (2,0 val.)
b) Classifique a demanda para p = 10 Mt e para p = 15 Mt. Como varia a receita para esses casos? (2,0
val.)
c) Esboce o gráfico da demanda e indique nele, a faixa de preços para a demanda unitária, demanda
elástica e demanda inelástica. (1,5 val.)

4.Para certa população, a função poupança é dada por s = 0,2y – 540 , onde y é a renda dos
consumidores.
a) Determine a propensão marginal ao consumir e interprete o resultado. (2,0 val.)
b) Esboce , no mesmo sistema cartesiano, os gráficos das funções consume, poupança e c = y. (1,5 val.)
c)Interprete a situação para um consumidor que faz parte dessa população. (1,5 val.)
FIM

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