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Manual de Apoio 10 Ano 1

de Matemática: 0
Funções Reais de A
Variável Real n
o

FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL

CONCEITO DE FUNÇÃO

 Uma correspondência entre dois conjuntos não vazio A e B, em que a cada elemento
do conjunto A faz corresponder um e um só elemento do conjunto B chama-se Função real
de variável real.

A b1 B

b2

b3

Os elementos do conjunto Achamam-se Objectos e os elementos do conjunto B que lhes


correspondem chamam-se Imagens.

a1 b1

a2 Objectos b2 Imagens
a3 b3
 O conjunto dos objectos chama-se Conjunto de partida ou domínio da função e
representa-se por Df , ou seja:

Df ={ a 1 , a2 , a3 }

 O conjunto B, onde no diagrama chegam as setas chama-se Conjunto de chegada


da função f .
 O conjunto das imagens chama-se Contradomínio da função e representa-se por
'
D f , isto é:
D' f = { b1 , b2 ,b 3 } .
Em resumo, numa função podemos considerar três conjuntos
 O domínio;
 O conjunto de chegada;
 O contradomínio.

Obs: Para indicar que temos uma função f definida em A com valores em B, escreve-se:

AB

x f ( xProf:
) = y Belna Q. Biquinsa Liceu Dr. Rui Barcelos da Cunha Edição: 2016/2017 22
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sendo:

x ⟶ chama-se Variável independente, ela representa um elemento qualquer do domínio


da função f .

y ⟶ chama-se Variável dependente.

EXERCÍCIOS

1º- Considere a correspondência de A para B definida no seguinte diagrama:

M Ca N
1 Sa
2 Co a) Indica, justificando se a correspondência
3 Te
4 é uma função.
Ra
b) Indique o domínio da função.
Ma
c) Qual é o contradomínio? E o conjunto de
te chegada?

2º- Complete:

g ( 1 )=¿ ¿; g ( 2 )=¿ ¿; g ( 3 ) =¿ ¿; g ( 4 )=¿ ¿

Resoluções

a) A correspondência dada e uma função, porque cada elemento do conjunto A corres-


ponde um e um só elemento do conjunto B.
b) B= {1 , 2 ,3 , 4 , }; c) D ' f = {Ca , Sa , Te , Ra } e B= {Ca , Sa , Co ,Te , Ra, Ma }.

3º- Considere os seguintes diagramas, indique e justificando se as correspondências são


funções ou não.
-2 15 Ne
A a B C D
3 20 Ma
b
Rui 4 22 Feia
f g
Teo 25 Mana
Pe
Teia 22 Tito
E Do P R S
Prof: Tio 20Cunha
Belna Q. Biquinsa Liceu Dr. Rui Barcelos da Edição:Raul
2016/2017 22
Te
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f i

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Resoluções

R: A correspondência f não é uma função, porque há um elemento do conjunto A que


corresponde mais do que um elemento do conjunto B.

R: A correspondência g é uma função, porque cada elemento do conjunto C corresponde um


e um só elemento do conjunto D.

R: A correspondência h não é uma função, pois há um elemento do conjunto E que não está
associado a nenhum elemento do conjunto P.

R: A correspondência i é uma função, pois cada elemento do conjunto R corresponde um e


um só elemento do conjunto S.

MODO DE DEFINIR UMA FUNÇÃO

Uma função pode ser representada de várias maneiras e em todas elas é sempre possível
determinar a imagem de um objecto qualquer.

1º Diagrama

Fenda f 35
2º Tabela
Belna 28 3ºPares Ordenados
X 1 2 3 4
Rosa 20 Y 2 4 6 8 f ={ ( 1,2 ) ; ( 2,4 ) ; ( 3,6 ) ;( 4,8) }
8
Félix 30 44
6

5º Expressão algébrica ou 2
analítica
0 1 2 3 4
f ( x )=2 x
4º Gráfico

EXERCÍCIOS D’APLICAÃO

1º- Considere a seguinte função f definida pela tabela:

X 0 1 2 -1 -2
Y 0 2 4 -2 -4
Represente por:

a) Diagrama sagital; b) Pares ordenados; c) Gráfico; d) Expressão analítica.

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Resolução

0 0

a) 1 2 b) f ={ ( 0,0 ) ; ( 1,2 ) ; ( 2,4 ) ; (−1 ,−2 ) ;(−2 ,−4) }


2 4 c) 4
-1 -2 2
-2 -4 -2 -1 0 1 2
-2 d) f ( x )=2 x
f -4
2º- Dada a função representada graficamente:
Y
3
2
1
-3 -2 -1 0 1 2 3 X
-1
-2
-3
CLASSIFICAÇÃO DE FUNÇÕES
 Uma função diz-se Injectiva quando objectos diferentes se faz corresponder também
imagens diferents. M
X Sá Cá Có Té Rá
Ex.: a) A C1 f 1 B b)
Y 12 15 10 18 20
C2 2

C3 3
4

 Uma função Não-injectiva quando objectos diferentes corresponde a mesma


imagem.

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Ex.: a) g b) T
Bafata
Milho X Sá Cá Có Té Rá
Catio Y 20 15 10 15 20
Arroz
Gabu
 Uma função classifica-se como Sobrejectiva quando o seu contradomínio coincide
com o conjunto de chegada.
a) Into h 49 b) R
22 X Sabá Djoy Tony Fanta
Cátia
Y 20 35 22 35
Buine 57

 Uma função hé Não-sobrejectiva se o contradomínio é sub-conjunto do conjunto de


chegada, ou seja, quando o contradomínio está contido no conjunto de chegada.
Banana
Danfa Y
Cajú
Ex.: F Silva G 3
Manga
Costa 2 r
Pera
j 1
0 a b c X
 Uma função chama-se Bijectiva quando é, simultaneamente (ao mesmo tempo),
injectiva e sobrejectiva.
Leite
a) E Sabali l F b)
Biquinsa Sumo
X Ma Fa Da To
Abacate Y 20 25 18 30
Sami

INTERPRETAÇÃO GEOMETRICA DE UMA FUNÇÃO


 Se uma função é injectiva se ao traçarmos rectas paralelas com o eixo das abcissas (
OX) nenhuma delas corta o gráfico em mais de que um ponto.
Y

X
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EXERCÍCIOS
1º- Classifique as seguintes funções: Y
a) A Seco 25 B b) c
Rosa 35 b

Tuti 45 c) a

Fabi 30 25 15 20 25 X
20
20 d) L a
30
b
15 50
c
f = 10 2030 40
e) (
sa ra sa na ) 0 a b c
d
60
70

Resoluções
a) Não é injectiva e nem sobrejectiva. Porque?
b) É bijectiva. Porque?
c) Não é injectiva e nem sobrejectiva. Porque?
d) É injectiva e não é sobrejectiva. Porque?
e) Não é injectiva e é sobrejectiva. Porque?

2º- Considere a função: f ( x )=2 x +1.

a) Indique o seu contradomíno sabendo que Df ={ 1 ,2 , 3 }


b) Represente graficamente a função.
Resoluções

a) f ( x )=2 x +1; se x=1 ⟹ f ( 1 )=2.1+1 ⟹ f (1 )=3

se x=2 ⟹ f ( 2 )=2.2+1 ⟹ f ( 2 )=5; se x=3 ⟹ f ( 3 )=2.3+1⟹ f ( 3 )=7

b) Y
7
5
3
0 1 2 3 X

3º- Dada a função f ( x )=5 x−12, determine o objecto cuja imagem é −15. Resoluções

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−3
f ( x )=−15⟹ 5 x−12=−15 ⟹ 5 x=−15+12 ⟹5 x=−3 ⟹ x=
5

−3 −3

5
é o objecto cuja imagem por meio de f é −15: f
5
=−15 ( )
FUNÇÃO INVERSA DE UMA FUNÇÃO INJECTIVA
 Se f é uma função de A em B, então sabemos que f associa cada elemento x ∈ A um
único elemento f (x)∈ B. Se f , porém, é uma função bijectiva de A em B, é possível
definir uma nova função de domínio B e contradomínio A que associa a cada
elemento f (x)∈ B um único elemento x ∈ A. Tal função é chamada Função Inversa
de f e é denotada pelo símbolo f ' ( x ).

Se f : A ⟶ B é uma função bijectiva;

f : X ⟶ f ( x ) [ x ∈ A e f ( x )∈ B ]; f −1 : f ( x ) =x [ f ( x ) ∈ B e x ∈ A ].

Ex.: Se A={ 1, 2 , 3 , 4 }; B= {3 , 6 , 9 , 12 } e f : A ⟶ B é definida por f ( x )=3 x, teremos:

A 1 f 3 B f : X=3 x ; f ( 1 ) =3.1=3
2 6
f ( 2 ) =3.2=6 ; f ( 3 )=3.3=9
3 9
12 f ( 4 ) =3.4=12
4
4
f : A⟶ B

1 3
A B f −1 :3 x ⟶ x
2 6
3 9 f −1 ( 3 )=1; f −1 ( 6 )=2
4 12
f −1 ( 9 )=3; f −1 ( 12 ) =4

f −1 : B ⟶ A
Representando essas funções por meio de pares ordenados, teremos:

f ={ ( 1,3 ) ; ( 2,6 ) ; ( 3,9 ) ;(4,12) }; f −1= {( 3,1 ) ; ( 6,2 ) ; ( 9,3 ) ; (12,4) }

Note que, se ( x , y )∈ f , então ( y , x)∈ f −1. A partir disso, podemos formalizar uma definição
para uma função inversa:

Se f : A ⟶ B é uma função bijectiva qualquer, chama-se inversa de f a função f −1 : B ⟶ A .

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DETERMINAÇÃO DA FÓRMULA DA FUNÇÃO

Dada a função f : A ⟶ B, bijectva, definida por y=f (x ), podemos obter a lei da função
inversa f −1 da seguinte forma:

1º. – Na lei de f (x) trocamos a variável x por y e y por x;

2º. – Em seguida, isolarmos y, obtemos a lei da função inversa f −1.

Ex.: Determine o inverso da seguinte função: f ( x )=2 x−4.

Resol.:
x +4
y=2 x−4 ⟹ x=2 y −4 ⟹ 2 y=x +4 ⟹ y =
2

−1 x +4
Assim, para f ( x )=2 x−4, tem-se f ( x ) 0
2
Nota: Para que uma função f admite o seu inverso é necessário que ela seja bijectiva.
EXERCÍCIOS
1º. – Das funções definidas pelos seguintes diagramas de setas, qual delas admite função
inversa? Justifique.
4
A a1 g 4 B M a1 h N D t 4 C
6 a 1
a2 6 a2 6
8 a 2
a3 8 a3 8
10 a 3
10 a4 10
a 4

Resol.: A função h é única que admite o seu inverso, porque ela é bijectiva.
2º. – Considere as funções de A em B:

A 1 f 10 B
2 20
3 30
g= (101202330440 )
4 40

a) Justifique que a aplicação g não tem inversa.


b) Justifique que existe função inversa de f e define-a por tabela.
Resol.:

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a) g não tem inversa porque ela não é bijectiva.
b) Existe inversa de f , pois ela é bijectiva.

f −1= 10 2030 40
(12 3 4 )
3º. – Determine o inverso das seguintes funções:

a) f ( x )=x−5⟹ y=x −5⟹ x= y −5⟹ y= x+5 ⟹ f −1=x+ 5 //


x x y
b) m ( x ) = ⟹ y= ⟹ x= ⟹ y =12 x //
12 12 12
2 x−5 2 x−5 2 y−5 3 x +5
c) g ( x )= ⟹ y= ⟹ x= ⟹ 2 y−5=3 x ⟹ 2 y =3 x +5 ⟹ y= ⟹
3 3 3 2
3 x +5
g−1 ( x )= //
2

d ¿ l ( x )=x 2 ⟹ y =x2 ⟹ x = y 2 ⟹ y 2=x ⟹ y=± √ x ⟹ l−1 ( x )=¿


1 1 1−x
e) i ( x )= ⟹ x= ⟹ x . ( y +1 )=1⟹ xy + x=1⟹ xy=1−x ⟹ y= ⟹
x +1 y +1 x
1−x
i−1= //
x
x−5 x−5 y−5
f) j ( x )= ⟹ y= ⟹ x= ⟹ x ( y+ 6 )= y−5 ⟹ xy +6 x= y−5 ⟹
x+ 6 x +6 y +6
−6 x+5 −6 x +5
xy− y =−5−6 x ⟹ y ( x−1 ) =−5−6 x ⟹ y= ⟹ j−1 ( x )= //
x −1 x−1

FUNÇÕES COMPOSTAS
 Dadas duas funções f e g, chama-se função composta de f com g e representa-se
por fog a função definida por: fog ( x )=f [ g( x ) ]
A notação fog é lida como “f círculo g” ou “f a pois g” e em geral, fog ≠ gof , pois:
fog ( x )=f [ g( x ) ] e gof ( x )=g [ f (x) ]

1º. - Considerando f : A ⟶ B e g :B ⟶ C, podemos representar gof por diagramas:


a B
2º. - Sendo as funções:
b

f = 12 3 ; g= 1 23
1
f c g 5 ( )
21 3 ( )
231
A C
2 6 Determine:
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3 a ¿ fog e b ¿ gof
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Resol.
1 ⟶2 ⟶ 1 2 ⟶3 ⟶ 3
gof ; gof : A ⟶ C a)
fog fog

3 ⟶ 1⟶ 2
fog= 1 2 3
fog ( )
132

1 ⟶2 ⟶ 3 2 ⟶1 ⟶ 2 3 ⟶ 3⟶ 1
b)
gof gof gof

fog= 1 2 3
( )
132

Ex.: Consideremos agora as funções f ( x )=x 2 +1 e g ( x )=2 x −3 e determine algumas


imagens nas funções fog(x ) e gof (x).

a) Cálculo de fog(1):

Resol.:

fog ( 1 )=f [ g (1) ] ; como g ( x )=2 x −3⟹ g ( 1 )=2.1−3⟹ g ( 1 )=−1

Logo, fog ( 1 )=f [ g (1) ] =f (−1)

f ( x )=x 2 +1 ⟹ f (−1 )=(−1)2 +1=1+1=2⟹ fog ( 1 )=2

b) Cálculo de fog(5):

fog ( 5 )=f [ g (5) ], sendo g ( x )=2 x −3⟹ g ( 5 )=2.5−3=10−3=7 ⟹ g ( 5 ) =7

Logo, fog ( 5 )=f [ g (5) ] =f (7)

f ( x )=x 2 +1 ⟹ f (7 )=7 2+1=49+1=50⟹ fog ( 5 )=50//

c) Cálculo de gof (4 ):

gof ( 4 )=g [ f ( 4) ]; se f ( x )=x 2 +1 ⟹ f ( 4 )=4 2 +1=16+1=17 ⟹ f ( 4 )=17

Logo, gof ( 4 )=g [ f (4) ] =g(17); se g ( x )=2 x −3⟹ g ( 17 )=2.17−3 ⟹ g (17 )=31

⟹ gof ( 4 )=31//

DETERMINAÇÃO DA LEI DE UMA FUNÇÃO COMPOSTA

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Até o momento, calculamos o valor de expressões como fog(a) em duas etapas
consecutivas:

1ª-) Determinamos o valor de g( a);

2ª-) Determinamos p valor de f [ g(a) ].

No entanto, podemos calcular directamente a imagem de qualquer x numa função composta


se conseguirmos determinar a lei que define a função composta. Para isso, basta
substituirmos a variável x em f (x) por g( x ), determinando, assim, f [ g(x ) ]. Da mesma forma
se substituirmos x em g( x ) por f (x), estaremos obtendo g [ f ( x ) ].

Ex.: Dadas as funções f ( x )=2 x +3 e g ( x )=x 2−1. Vamos determinar as leis de definição de
fog e gof .

Resol.:

 fog( x )=f [ g (x) ] ; como f ( x )=2 x +3 e g ( x )=x 2−1, vamos substituir g( x ) em f (x):

fog ( x )=f [ g( x ) ] =2. g ( x ) +3=2. ( x2−1 )+ 3=2 x 2−2+3=2 x 2 +1⟹

fog ( x )=2 x2 +1//

 gof ( x )=g [ f (x) ]; como g ( x )=x 2−1 e f ( x )=2 x +3, vamos substituir f (x) em g( x ):

gof ( x )=g [ f (x) ] =(2 x+3)2−1=4 x 2 +12 x+ 9−1=4 x 2 +12 x +8 ⟹

gof ( x )=4 x 2 +12 x +8

EXERCÍCIOS

1º-) Sendo f ( x )=x 2−x e g ( x )=x+ 1, calcule:

a) fog (−5 ) =¿; b) fog ( 0 ) =¿; c) gof ( 0 )=¿; d) gof (−2 )=¿

Resol.:

a) fog (−5 ) =f [ g(−5) ] ; ♣g (−5 )=−5+1=−4

fog (−5 ) =f [ g(−5) ] =f (−4 ) ⟹ (−4 )2−(−4 ) ⟹ f (−4 )=16 +4 ⟹ f (−4 )=20//

b) fog ( 0 ) =f [ g(0)] ; ♣ g ( 0 )=0+1=1 ⟹ g ( o )=1

fog ( 0 ) =f [ g(0) ] =f (1); f ( x )=x 2−x ⟹ f ( 1 )=12−1=0 ⟹ fog ( 0 )=0

c) gof ( 0 )=g [ f (0) ]; ♣ f ( 0 )=02 −0=0⟹ f ( 0 )=0

gof ( 0 )=g [ f (0) ] =g(0); g ( x )=x+ 1⟹ ( 0 )=0+1⟹ g ( 0 )=1

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d) gof (−2 )=g [ f (−2) ] ; ♣ f (−2 )=(−2)2−(−2 )=4 +2=6 ⟹ f (−2 ) =6

gof (−2 )=g [ f (−2) ] =g (6)

g ( x )=x+ 1⟹ g ( 6 )=6+ 1=7 ⟹ gof (−2 ) =7//

2º-) Sendo f ( x )=2 x−1 e g ( x )=x 2+5 x , determine:

a) fog ( x )=¿; fog ( 1 )=¿; fog (−3 ) =¿


b) g2 of ( x ) =¿; gof (2 )=¿; gof (−1 )=¿

3º-) Sejam f ( x )=x 2 +2 x ⋀ g ( x )=x+ 3.

a) Determine fog(x ) ; b) Resolva a equação fog ( x )=0

x2 −2
4º-) Sejam g ( x )=x+ 1 ⋀ h ( x )= , determine hog ( x ) .
x +1

OPERAÇÕES COM FUNÇÕES: Soma, Diferença, Produto e Quociente


As operações com funções definem-se da seguinte maneira:
1º-) Soma e Diferença de funções: f (x) ± g ( x)

Ex.: a) Dadas as funções f ( x )=2 x +1∧ g ( x ) 6 x−5, calcula: fx ¿+g (x).

Resol.: f ( x ) + g ( x )=( 2 x +1 ) + ( 6 x−5 ) =2 x +1+6 x−5=2 x +6 x +1−5=8 x−4//


2 3
b) Dadas as funções f ( x )= ∧ g ( x )= , calcular: f ( x )−g ( x).
5 x
2 3 2 x−15
f ( x )−g ( x )=
− =
Resol.: 5 x 5 x //
(x) (5)
f (x) × g(x )
2º-) Produto de funções
3x x +2
Ex.: a) Dadas as funções f ( x )= ∧ g ( x )= , calcula: f (x) × g(x )
x +1 x

3 x x +2 3 x .( x+ 2) 3( x +2)
Resol.: f ( x ) × g ( x )=
× = = //
x +1 x x .( x +1) x +1
1 f (x )
3º-) Quociente de funções f ( x ) ÷ g ( x ) =f ( x)× =
g( x) g ( x)
2x 1
Ex.: dadas as funções: f ( x )= g ( x )= , calcula: f (x) ÷ g (x)
3 x +2

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2x 1 2 x x +2 2 x .(x +2) 2 x2 + 4 x
Resol.: f ( x ) ÷ g ( x )= ÷ = × = = //
3 x+2 3 1 3.1 3

EXERCÍCIOS
3 5
1º-) Dadas as seguintes funções f ( x )= ∧ g ( x) = , calcule f ( x )−g ( x )=¿
4x 12 x
3 5 9−5 4 1
f ( x )−g ( x )= − = = =
Resol.: 4 x 12 x 12 x 12 x 3 x //
(3) (1)
x +1 x−1
2º-) Dadas as seguintes funções i ( x )= ∧ j (x )= , calcule: i ( x ) + j( x )
x−1 x +1

x+1 x−1 x2 +2 x+ 1+ x2−2 x +1 2 x 2+ 2 2(x 2 +1)


i ( x ) + j ( x )= + = = ⟹ i ( x ) + j ( x ) =
Resol.: x−1 x +1 x 2−1 x 2−1 x 2−1 //
( x+1) ( x−1)
x−6
3º-) Dadas as seguintes funções l ( x ) = m ( x ) =x+2, calcule: l( x)× m( x ).
x+2
x−6
l ( x ) ×m ( x ) = × ( x +2 ) ⟹l ( x ) × m ( x )=x−6 //
x+ 2

x 2−4
4º-) Dadas as funções que se seguem: f ( x )= g ( x )=x−2, calcule: f (x) ÷ g (x).
x

x 2−4 x 2−4 1 ( x 2−4) ( x−2 ) (x+ 2)


Resol.: f ( x ) ÷ g ( x )= ÷ ( x−2 )= × = = ⟹
x x x−2 x .(x−2) x (x−2)
x+ 2
f ( x ) ÷ g ( x )= //
x
CARACTERÍSTICAS DE UMA FUNÇÃO
 Consideremos a função representada graficamente:
Y

+¿ +¿ →f

−¿ X1 X2 −¿ X3 X

 Zeros de uma função, é todo o objecto que tem imagem nula.


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Interpretação geométrica de zero de uma função, é o ponto onde o gráfico da função
intersecta o eixo das abcissas (0 X ).
f ( x 1 ) =f ( x 2 )=f ( x3 ) =0

Diz-se que x 1, x 2 e x 3 são os zeros da função.

 Sinais de uma função, é o intervalo em que o gráfico da função encontra por


debaixo do eixo das abcissas ou encima do mesmo.

Nota: f (x)>0, significa que está a referir partes positivas.

f (x)<0, significa que está a referir partes negativas.

f (x)>0 ⟹ x ∈ ¿ x 1 , x 2 ¿

f (x)<0 ⟹ x ∈ ¿−∞, x 1 [∪] x 2 , x 3 ¿

Obs.: Recorrendo aos sinais de uma função pode resolver as condições do tipo:
k ( x ) >0 ∨ k (x) ≥0

k ( x)<0 ∨ k ( x) ≤0
FUNÇÃO MONÓTONA
y2 ♣ Uma função f (x) é
crescente num dado intervalo
do seu domínio se:
y1

x1 x2 x 1< x2 ⟹ f (x 1)< f ( x ¿¿ 2) ¿

Y ♣ Uma função f (x) é decrescente


y2 num determinado intervalo do seu
domínio se:

y1 x 1< x2 ⟹ f ( x 1)> f (x 2)

x1 x2 X

Y
♣ Uma função é constante num
dado intervalo do seu domínio se
y1 para todo objecto nesse intervalo
Prof: Belna Q. Biquinsa faz corresponder
Liceu Dr. Rui Barcelos da Cunha a mesma imagem.
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x 1< x2 ⟹ f ( x 1 )=f ( x ¿¿ 2)¿


x1 x2 X

Então, Função Monótona é uma função crescente, decrescente ou constante.

EXERCÍCIOS
1º-) Considere a função representada graficamente:
Y

2 → g (x) a) Determine Dg(x), D' g ( x ) , zeros,


sinais, injectividade e monotonia.
1
−2 −1 0 1 2 3 X Resol. Dg( x)∈¿−∞ ;+∞ ¿ ∨ Dg( x )∈ R
−1
D' g ( x)∈¿−∞;+ ∞ ¿ ∨ D' g (x) ∈ R
−2
Injectividade: não é injectiva Zeros: −2, Sinais: g( x )> 0 ⟹ x ∈¿−2; +∞ ¿

g( x )< 0 ⟹ x ∈¿−∞;−2 ¿
Monotonia: Crescente : −∞; 1 ∪¿
{ ]
¿
Nota: ⟶Significa pertence; ⟶ Significa não pertence

2º-) Considere a função representada graicamente:


Y a) Determine Dh( x), D' h(x), zeros,
sinais, Monotonia e Injectividade.
5 Resol. Dh( x)∈¿−5 ; 4 ¿ ¿;
h D' h(x) ∈¿−2 ;5 ¿ ¿

−5 −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 5 X 3
Zeros: −3 ;− e 0
2
−2
Sinais:
h(x )> 0⟹ x ∈ −3 ;− 3 [∪]0 ; 4 ¿ h(x)<0 ⟹ x ∈ ¿−5 ;−
¿
{
Monotonia:{Crescente : −5 ;−2 ] ∪ [ −1 ; 4 ] ¿ Decrescente : [ −2 ;−1
¿ ]¿¿¿ 2 ] h( x ) não
Injectividade:
é injectiva
TABELA DE VARIAÇÃO
Estudar o sentido da variação de uma função é procurar os intervalos de maior amplitude
onde a função é estritamente crescente, estritamente decrescente e constante.
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Estes dados podem ser representados em tabelas chamadas tabelas de variação.
Ex.: Considere a função representada graficamente: Y
5
3
1
−3 0 2 5 6 8 X

−3

a) Construa a tabela de variação.

x −3 2 5 6 8

f (x) −3 3 3 1 5

↗ , indica o crescimento da umafunção ;


Nota: ⟶
{ , indica que uma funçãoé constante num dado intervalodo seu domínio ;
↘ ,indica o decrescimentode umafunção num dadointervalo do seu dominio .

EXERCÍCIO
1º-) Considere a representação gráfica da função g:
Y
4
→g

−9 −3 3 6 8 X

−5

−7

a) Indique o Dg(x), o D' g ( x), Os zeros os sinais, um intervalo onde a função é injectiva.
b) Construa a tabela de variação de g( x ).
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Resol. a) Dg( x)∈¿ ; D' g (x) ∈¿; Zeros: −3 ; 3 e 8

Sinais:¿ Injectividade a funçãog não é injectiva.


b) Tabela
x −9 0 6 +∞

g( x ) −7 4 −5 +∞

MAXIMOS E MÍNIMOS DE UMA FUNÇÃO


Sejam f uma função real de variável real, I um intervalo do domínio e a um número de x.
Máximo

Diz-se que f (x) é um máximo de f em I, se para todo x ∈ I , f (a)≥ f ( x).

f (x)

u a v

♣ f (a) é máximo em I =[ u ; v ]
f (a) é máximo de f em I, se ∀ x ∈ f (a)≥ f ( x )

♣ a chama-se maximizante de f .
Mínimo

Diz-se que f (x) é um mínimo de f em I, se para todo x ∈ I, f (a) ≤ f ( x).


Y

f (x)
u a v X

♣ f (a) é mínimo em I =[ u ; v ]
f (a) é mínimo de f em I, se ∀ x ∈ f (a) ≤ f ( x )

♣ a chama-se minimizante de f .

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 Uma função pode admitir vários mínimos e vários máximos num dado intervalo do seu
domínio. Entre os mínimos ao menor de todos dá-se o nome mínimo absoluto. E
entre os máximos ao maior de todos dá-se o nome máximo absoluto.
Obs.: Aos mínimos e aos máximos de uma função chamam-se Extremos.
EXERCÍCIOS
1º-) Considere as funções definidas graficamente:
a) Y b) Y
2 →g
1 →f 1
1 2 X −2 −1 0 1 2 X
1 −1
2

Para cada uma das alíneas, determine o domínio, contradomínio, zeros, sinais, injetividade,
inervalo da monotonia e extremos.

Resol.: a) Df ( x)∈ R; D' f ( x )∈ [−2 ; 1 ] ; Zero: 1; Sinais: ¿

Injectividade: f (x) não é injectiva; Monotonia: constante :−∞; 0 ∪ ¿


{ ]
¿
Máximo absoluto é 1
Extremos: {Mínimoabsoluto é −2

a) Dg( x)∈¿−∞ ; 2¿ ¿; D' g ( x)∈ [ −2 ;1 ]; Zeros: 1; Sinais:


g ( x ) >0 ⟹ x ∈ 1 ; 2 ¿ g ( x ) <0 x ∈ ¿−∞; 1 ¿
{ ¿ ]
Injectividade: g( x ) não é injectiva; Monotonia:
Crescente : −∞;−1 ∪ [ 0 ; 2 ] ¿ Constante : [ −1; 0 ] ¿ ¿ ¿
{ ¿ ]
max . absoluto é 2
{
Extremos: Min. absoluto não tem
Mín .relativo é 1

FUNÇÃO DO 1º GRAU
 Uma função é do 1º grau se é do tipo:
f :R⟶ R

x ⟶ y=ax+ b
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Em que a e b são números reais e a ≠ 0.
−1
Ex.: a) f ( x )=x +5; b) g ( x )= x+2
2

Obs.: Uma função de 1º grau é crescente em todo o seu domínio quando a é positivo (a> 0)
e é decrescente em todo o seu domínio quando a é negativo (a< 0).

Ela é constante em todo o seu domínio quando a=0.


REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UMA FUNÇÃO DO 1º GRAU
Na representação gráfica da função do 1º grau atribuímos valores de números reais a
variável independente ( x) e obtemos os valores da variável dependente ( y ).

Ex.: Represente o gráfico das seguintes funções:


a) y=x +2; b) – x +1 C.A.
Resol. Y x=1 ⟹ y=1+2=3
a) y=x +2 4 →y x=2 ⟹ y=2+2=4
x=0 ⟹ y=0+ 2=2
3
X Y x=−1 ⟹ y=−1+2=1
1 3 2
2 4 x=−2 ⟹ y=−2+2=0
0 2 1
- 1
−2 −1 0 1 2 3 X
1
- 0 −1

Y
3 C.A.

b) y=−x+1 2 x=1 ⟹ y=−1+1=0

X Y x=2 ⟹ y=−2+1=−1
1
1 0 x=0 ⟹ y=0+ 1=1
2 -1 −2 −1 0 1 2 X X
x=−1 ⟹ y=−(−1 ) +1=2
0 1
−1 x=−2 ⟹ y=−(−2 ) +1=3
- 2
1 −2
- 3
EXERCÍCIO
1º-) Represente graficamente cada uma das funções:

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−1
a) y= x +1; b) y=3 x−2
2
−1
Resol. a) y= x +1 3 Y
2
2
X Y
1 1 1
2 −2 −1 0 1 2 X
2 0
0 1 −1
- 3
1 2 −2 Y

b)- 2y=3 x−2 4

X Y
1 1
2 4
0 −2
1
−1 −5
−2 −8
2 0
3

−3 −2 −1 0 1 2 3 X

−¿5
−8

2º-) Considere a função f ( x )=( k−1 ) x+ 6; k ∈ R, determine k de modo que:

a) Seja uma função do 1º grau;


b) Seja uma função crescente;
c) Seja uma função decrescente;
d) Seja uma função constante.

Resol. a) f ( x )=( k−1 ) x+ 6 b)k −1>0 ⟹ k >1 c) k −1=0 ⟹ k =1

d)k −1≠ 0 ⟹ k ≠ 1

3º-) Considere a família da função g ( x )=( p+3 ) x−1, determine p de modo que:

a) g( x ) defina uma função decrescente;


b) −1 seja zero da função;
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c) Fazendo p=1, determine o objecto cuja imagem é 7.

Resol. a) p+3<0 ⟹ p←3; b) g ( x )=( p+3 ) x−1⟹ 0=( p +3 ) . (−1 ) −1⟹


− p−3−1=0⟹− p=4 ⟹ p=−4
8
d) g ( x )=( p+3 ) x−1⟹ 7=( 1+ 3 ) x −1⟹ 7=4 x−1 ⟹ 4 x=7 +1⟹ x=
4
x=2.

FUNÇÃO DO 2º GRAU
 Uma função é do 2º grau se é do tipo:
f :R⟶ R

x ⟶ y=a x2 +bx +c
Em que a , b e c são números reais e a ≠ 0
2 1
Ex.: a) f ( x )=2 x −4 x+ ; b) g ( x )=x 2−1
2
☺lhos: ♣ Se a> 0 a concavidade do gráfico é voltada pra cima;
♣ Se a< 0 a concavidade é volta para baixo.
Ex.: a> 0 a> 0

a< 0
a< 0

ESTUDO ANALÍTICO DE UMA FUNÇÃO DO 2º GRAU

O gráfico da função y=a x2 +bx +c , a ≠ 0, é uma parábola cujo vértice é o ponto de


−b x 2−4 ac
coordenadas ( ,− )
2a 4a −b b2 −4 ac
V( ,− )
2a 4a
De outra forma pode ser escrito:
−b
E o eixo de simetria é a recta de equação x=
2a

DEMONSTRAÇÃO DA FÓRMULA RESOLVENTE


 Consideremos agora a equação:

a x 2+ bx+ c=0 com a ≠ 0

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2 2
a 2 b c 0
x + x + = ⟹ x2 + b x =−c ⟹ x 2 +2. b x +( b ) =−c +( b ) ⟹
a a a a a a 2a 2a a 2a

b b2 b2 c b 2 b2−4 ac b b 2−4 ac
x 2+ 2.
2a
x + 2= 2 −
4a 4 a a
(4 a)
⟹( x + ) =
2a 4 a2
⟹ x+
2a

4 a2


b2 4 ac −b √ b2−4 ac −b ± √ b 2−4 ac ⟶Fórmula
Resolvente
x=
−b
2a
±

4 a2
⟹ x=
2a
±
2a
⟹ X 1,2 =
2a

Ou seja:

−b+ √ b2−4 ac −b−√ b2−4 ac


X1= ⋁ X 2=
2a 2a

SOMA E PRODUTO DE RAÍZES

−b+ √ b2−4 ac −b−√ b2−4 ac


Sabendo que X 1 = ⋁ X 2=
2a 2a

 Soma de Raízes:

−b+ √ b2−4 ac −b−√ b2 −4 ac


X 1 + X 2= ( 2a )(
+
2a )
−b+ √ b2 4 ac−b−√ b2−4 ac −2b −b
X 1 + X 2= = =
2a 2a a
−b
X 1 + X 2= ⟼ Soma das raízes
a

 Produto de Raízes:

−b+ √ b2−4 ac −b−√ b2 −4 ac


X 1 × X 2= ( 2a )(
×
2a )
=(−b)2−¿ ¿ ¿

c
X 1 × X 2=
a

2 2 b
Como, a x + bx+ c=0 ⟹ x + x + x=0, para a ≠ 0, então podemos escrever:
a
x 2−Sx+ P=0 S= X 1 + X 2 ∧ P= X 1 × X 2
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Onde:

A expressão b 2−4 ac chama-se Binómio Discriminante e representa-se por Δ (lê-se delta).

 Se Δ=0, a função tem um zero e o gráfico está “acima” ou “abaixo” do eixo X ,


intersectando-o num único ponto.
Y
X 1 =X 2 +¿ +¿

−¿ −¿ X

 Se Δ>0, a função tem dois zeros e o gráfico apresenta uma parte positiva e outra
negativa. Y

+¿ +¿ a> 0 +¿ X
−X 1 −X 2 X1 −X 2

a< 0

 Se Δ<0, a função não tem zeros e o gráfico está acima ou abaixo de X .


Y a> 0
+¿ +¿

a< 0

PARIDADE DE UMA FUNÇÃO


 Uma função é par se objecto simétricos se faz corresponder a mesma imagem.
−x e xpertence o domínio da função.
f ( x )=f (−x )

INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DE UMA FUNÇÃO PAR

O gráfico de uma função par é simétrico relativamente ao eixo das ordenadas (OY )

Ex.: Y
2
−1 X
−2
f (−x )=−f (x )
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Uma função é impar se e só se existe f (x) e f (−x) e , para todo x ∈ Df .

INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DE UMA FUNÇÃO ÍMPAR


O gráfico de uma função ímpar é simétrico em relação a origem das ordenadas.
Y
X

REPRSENTAÇÃO GRÁFICA DE UMA FUNÇÃO DO 2º GRAU


Iº- Determinamos os zeros da função;
IIº- Determinamos as coordenadas do vértice da função;
IIIº- Determinamos o ponto em que o gráfico intersecta o eixo das ordenadas;
IVº- Determinamos o sentido da concavidade e por fim representamos o mesmo.

Ex.: 1º-) Represente graficamente a função y=x 2−4 x +3

Resol. y=x 2−4 x +3 Y

Iº- y=0⟹ x 2−4 x+ 3=0 IVº- 3 ⟶ f ( x )= y

−(−4)± √ 16−12 4 ± 2
⟹ x 1=3
x=
2
=
2 x 2=1 { 2

b 2−4 ac +4 16−12
IIº- V ( −b
2a
;−
4a ) (
⟹V
2
;−
4 ) 1

4
(
V 2 ;−
4)⟹ V( 2 ;−1 ) 0 1 2 3 4

IIIº- x=0 ⟹ y=x 2−4.0+3 ⟹ y =3 −1

−2

EXERCÍCIOS

2º-) Represente e caracterize a seguinte função: h ( x )=−x 2 +6 x

Resol. h ( x )=−x 2 +6 x

h ( x )=0 ⟹−x 2 +6 x=0 ⟹ x (−x +6 )=0 ⟹ x=0 ∪−x +6=0 ⟹ x=0 ∪ x=6

b 2−4 ac 36+ 4.0


V( −b
2a
;−
4a ) (
⟹V
−6
−2
;−
−4 )
⟹V ( 3 ; 9 ) 9 Y

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Se x=0 ⟹ h ( x )=−02 +6.0 ⟹ h ( x )=0

0 3 6 X

Características:

Dh( x) ∈ R; D' h(x) ∈¿−∞ , 9 ¿¿ ; zeros: 0 e 6; monotonia: crescente : −∞ , 3 ¿ decrescente :¿


{ ]
¿

extremos : {mínimáx . absol .: 9


. absol . :não existe
; injectividade: h(x ) não é injectiva;

paridade: não existe. Eixo de simetria: x=3; sinais:¿

3º-) Represente graficamente a função i ( x )=x 2−2 x−1 e caracterize-a.

4º-) Dada a função m ( x ) =( a+3 ) x 3−( b−1 ) x 2 +4 x −1, determine a , b de modo que a função
m( x) seja de 2º grão.

Resol. m ( x ) =( a+3 ) x 3−( b−1 ) x 2 +4 x −1

a+ 3=0 ∧ b−1 ≠ 0
a=−3 ∧b ≠ 1

5º-) Dada a família da função f ( x )=−x 2−( p−2) x−1, determine o valor de p de modo que
admite uma única solução.

Resol. f ( x )=−x 2-(p-2)x-1

∆=0 ⟹ b2−4 ac=0⟹ ( p−2)2−4 (−1 )(−1 ) =0 ⟹ p2 −4 p+ 4−4=0 ⟹ p2−4 p=0

⟹ p ( p−4 )=0 ⟹ p=0 ∨ p−4=0⟹ p=0∨ p=4

FUNÇÕES DEFINIDAS POR RAMOS OU TROÇOS


 Uma função definida por duas ou mais expressões algébricas diz-se que a função
está definida po ramos ou troços.

1
{
Ex.: a) j ( x )= 3
x ,−3 ≤ x ≤0
3,3≤x ≤6

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UMA FUNÇÃO DEFINIDA POR RAMOS OU TROÇOS.


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A representação gráfica de função definida por ramos é o mesmo com as outras funções
representadas atrás.

2 x−3 , x ≥−1
Ex.: 1º-) Dada a função: f ( x )= {
−4 x+ 2, x ←1
, represente-a graficamente.

f ( x )=2 x−3 f ( x )=−4 x +2


Se x=0 ⟹ f ( x )=−3 Se x=0 ⟹ f ( 0 )=2
Se f ( x )=0⟹ 2 x−3=0⟹ Se f ( x )=0⟹−4 x +2=0 ⟹ 4 x=2 ⟹
3 2 1
2 x=3 ⟹ x= x= ⟹ x=
2 4 2
Se x=−1 ⟹ f (−1 )=−2−3 Se x=−1 ⟹ f (−1 )=4+2
f (−1 ) =−5 f (−1 ) =6
Y

2
−2 −1 1 2

−3
−5

EXERCÍCIOS

2º-) Represente graficamente a função real de variável real definida por:


2
h ( x )= x +2 x , x ≠ 0
{ 2, x=o

Resol. h ( x )=x 2+ 2 x

Zeros: h ( x )=0 ⟹ x 2+2 x=0 ⟹ x ( x +2 )=0 ⟹ x=0 ∨ x +2=0⟹ x=0 ∨ x =−2

Se x=0 ⟹ h ( x )=02 +2.0 ⟹ h ( x ) =0

b 2−4 ac 4−4.1 .0
V ( −b
2a
;−
4a ) (
⟹V
−2
2.1
;−
4 .1 )
⟹ V (−1 ,−1 )

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2

−2 −1 1 2
−1

x +1 , x ←1

{
3º-) Dada a função: t ( x )= x −1 ,−1 ≤ x ≤2 , represente-a graficamente.
2

3 ,2< x ≤6

Resol.

t ( x )=x +1 t ( x )=x 2−1


Se x=0 ⟹ t ( 0 )=1 Se x=0 ⟹ t ( x )=0 2−1⟹ t ( x )=−1
Se t ( x )=0⟹ x +1=0 ⟹ x=−1 Se t ( x )=0⟹ x 2−1=0⟹ x 2=1
Se x=−1 ⟹ t (−1 )=−1+1 ⟹ x=± √ 1⟹ x=± 1⟹ x 1=1∨ x2=−1
t (−1 ) =0

3 → t( x )
1
−1 1 2 6 X

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