Você está na página 1de 5

10º ano – Matemática A

ESCOL A SECUNDÁRIA DE R IO T INT O

FICHA INFORMATIVA TEMA: Sinal e zeros. Monotonia, extremos e concavidade

1. SINAL e ZEROS
Na figura, em referencial cartesiano Oxy, está representada a função 𝑔: [−4, 6] → 𝐼𝑅

Da observação do gráfico conclui-se que:

Assim, podemos apresentar num quadro ao qual se designa por quadro (ou tabela) de sinais.

Seja g uma função real de variável real e 𝐴 ⊂ 𝐷𝑔 Zero de uma função: são os elementos
Diz-se que: do domínio de g cuja imagem é zero, ou
 g é positiva em A se e só se ∀𝑥 ∈ 𝐴, 𝑔(𝑥 ) > 0 seja, são as soluções da equação g (x)
 g é negativa em A se e só se ∀𝑥 ∈ 𝐴, 𝑔(𝑥 ) < 0 =0

2. MONOTONIA
Na figura, em referencial cartesiano Oxy, está representada a função
𝑓: [−6, 8] → 𝐼𝑅

Da observação do gráfico conclui-se que:

Assim, podemos apresentar num quadro ao qual se designa por quadro (ou tabela) de variação

1
Seja f uma função real de variável real e 𝐴 ⊂ 𝐷𝑓 . Diz-se que:
 f é (estritamente) crescente em A se ∀𝑥1 , 𝑥2 ∈ 𝐴, 𝑥1 < 𝑥2 ⟹ 𝑓(𝑥1 )< 𝑓(𝑥2 )
 f é crescente em sentido lato se ∀𝑥1 , 𝑥2 ∈ 𝐴, 𝑥1 < 𝑥2 ⟹ 𝑓(𝑥1 ) ≤ 𝑓(𝑥2 )
 f é (estritamente) decrescente em A se ∀𝑥1 , 𝑥2 ∈ 𝐴, 𝑥1 < 𝑥2 ⟹ 𝑓 (𝑥1 ) > 𝑓(𝑥2 )
 f é decrescente em sentido lato se ∀𝑥1 , 𝑥2 ∈ 𝐴, 𝑥1 < 𝑥2 ⟹ 𝑓(𝑥1 ) ≥ 𝑓(𝑥2 )
 f é constante em A se ∀𝑥1 , 𝑥2 ∈ 𝐴, 𝑓 (𝑥1 ) = 𝑓(𝑥2 )
Nota:
Quando se refere que uma função é crescente ou decrescente fica implícito que é
estritamente.

Seja f uma função real de variável real e 𝐴 ⊂ 𝐷𝑓 .


 A função f diz-se (estritamente) monótona em A se for crescente ou decrescente (em
sentido estrito) em A.
 A função f diz-se monótona em sentido lato se for crescente ou decrescente em
sentido lato.
Nota:
Quando se afirma que uma função é crescente, ou decrescente, ou monótona sem indicar a
parte do domínio é porque tal acontece no domínio da função.

 Dada uma função real de variável real f, um intervalo 𝐼 ⊂ 𝐷𝑓 , diz-se de (estrita)


monotonia de f quando a função 𝑓|𝐼 é (estritamente) monótona.

MONOTONIA DAS FUNÇÕES AFINS:

MONOTONIA DAS FUNÇÕES QUADRÁTICAS DO TIPO:

2
3. Extremos
EXTREMOS ABSOLUTOS

Na figura seguinte está representada a função 𝑓: [0, 7] → [2, 5].

Da observação do gráfico:
 Diz-se que 5 ∈ 𝐷´𝑓 é o máximo absoluto da função e 2 ∈ 𝐷𝑓 é o

maximizante.
 Diz-se que 2 ∈ 𝐷´𝑓 é o mínimo absoluto da função e 6 ∈ 𝐷𝑓 é o
minimizante.

Dada uma função f, real de variável real, diz-se que:


 𝒇(𝒂) ∈ 𝐷´𝑓 é máximo absoluto de f se ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥) ≤ 𝑓(𝑎)
 𝒇(𝒂) ∈ 𝐷´𝑓 é mínimo absoluto de f se ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥) ≥ 𝑓(𝑎)

Nota:
O máximo absoluto e o mínimo absoluto são designados por extremos absolutos de f

Assim,
 ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥) ≤ 5. Diz-se que 5 é o majorante de f
 ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥) ≥ 2. Diz-se que 2 é o minorante de f

Seja f uma função que toma valores em IR e M um número real.


Diz-se que:
 M é um majorante de f se ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥) ≤ 𝑀 (se f admite majorantes diz que é uma
função majorada)
 M é um minorante de f se ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥) ≥ 𝑀 (se f admite minorantes diz que é uma

função minorada)
NOTA:
Se uma função é majorada e minorada diz-se limitada

Exemplos:

3
EXTREMOS RELATIVOS

Noção de Vizinhança:

Dado um número real positivo 𝑟 e um número real 𝑥0 dá-se o nome de vizinhança de raio 𝑟 de 𝑥0 ao

intervalo de números reais ]𝑥0 − 𝑟, 𝑥0 + 𝑟[ e representa-se por 𝑉𝑟 (𝑥0 )

Seja f a função de [-6, 3] em IR representada no referencial da figura:

Por observação da representação gráfica, verifica-se que:

 Máximo absoluto: 6
Maximizante: -6
Repare que ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥) ≤ 6

 Mínimo absoluto: -4
Minimizante: 1
Repare que ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥 ) ≥ −4

Na imagem seguinte podemos identificar a existência de máximos ou mínimos em partes do domínio.

 Existe uma vizinhança de -3, 𝑉𝑟 (−3), tal que:


∀𝑥 ∈ 𝑉𝑟 (−3) ∩ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥) ≤ 𝑓(−3), sendo 𝑓(−3) = 5
Então ∀𝑥 ∈ 𝑉𝑟 (−3) ∩ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥) ≤ 5.

Diz-se que 5 é um máximo relativo e -3 é


maximizante.
 Existe uma vizinhança de 3, 𝑉𝑟 (3), tal que:
∀𝑥 ∈ 𝑉𝑟 (3) ∩ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥) ≤ 𝑓(3), sendo 𝑓(3) = 3

Então ∀𝑥 ∈ 𝑉𝑟 (3) ∩ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥) ≤ 3.


Diz-se que 3 é um máximo relativo e 3 é
maximizante
 Existe uma vizinhança de -5, 𝑉𝑟 (−5), tal que:
∀𝑥 ∈ 𝑉𝑟 (−5) ∩ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥) ≥ 𝑓(−5), sendo 𝑓(−5) = 4

Então ∀𝑥 ∈ 𝑉𝑟 (−5) ∩ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥) ≥ 4.

Diz-se que 4 é um mínimo relativo e -5 é


minimizante
 Existe uma vizinhança de 1, 𝑉𝑟 (1), tal que:
∀𝑥 ∈ 𝑉𝑟 (1) ∩ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥) ≥ 𝑓(1), sendo 𝑓(1) = −4
Então ∀𝑥 ∈ 𝑉𝑟 (1) ∩ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥 ) ≥ −4.

Diz-se que -4 é um mínimo relativo e 1 é


minimizante
4
Dado uma função f, real de variável real, diz-se que:
 f atinge um máximo relativo (ou Local) em 𝑎 ∈ 𝐷𝑓 , se existir 𝑟 > 0, tal que:
∀𝑥 ∈ 𝑉𝑟 (𝑎) ∩ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥) ≤ 𝑓(𝑎).
- f(a) é o máximo relativo
- a é o maximizante
 f atinge um mínimo relativo (ou Local) em 𝑎 ∈ 𝐷𝑓 , se existir 𝑟 > 0, tal que:
∀𝑥 ∈ 𝑉𝑟 (𝑎) ∩ 𝐷𝑓 , 𝑓(𝑥) ≥ 𝑓(𝑎).

- f(a) é o mínimo relativo


- a é o minimizante
Nota:
Os extremos absolutos também são extremos relativos.

4. CONCAVIDADE DO GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO


No referencial da figura está representada uma função f de [-3, 7] em IR.

Dada uma função f, real de variável real, diz-se que:


 O gráfico de f tem a concavidade (estritamente)
voltada para cima num intervalo 𝐼 ⊂ 𝐷𝑓 se, dado
qualquer três pontos A, B e C do gráfico, de abcissas
em I tais que 𝑥𝐴 < 𝑥𝐵 < 𝑥𝐶 , o declive da reta AB é inferior
ao declive da reta BC.
 O gráfico de f tem a concavidade (estritamente)
voltada para baixo num intervalo 𝐼 ⊂ 𝐷𝑓 se, dado
qualquer três pontos P, Q e R do gráfico, de abcissas
em I tais que 𝑥𝑃 < 𝑥𝑄 < 𝑥𝑅 , o declive da reta PQ é
superior ao declive da reta QR.

Da observação do gráfico conclui-se:


 O declive da reta PQ é maior do que o declive da reta QR.
 O declive da reta AB é menor do que o declive da reta BC

Pode-se mostrar que da definição dada resulta que:

Uma função f, real de variável real, num intervalo 𝐼 ⊂ 𝐷𝑓 tem:

 A concavidade voltada para cima se e só se, dados quaisquer


dois pontos A e B de abcissa 𝑎 𝑒 𝑏 ∈ 𝐼, o gráfico de f está abaixo de
[AB], ∀𝑥 ∈ ]𝑎, 𝑏[
 A concavidade voltada para baixo se e só se, dados quaisquer
dois pontos A e B de abcissa 𝑎 𝑒 𝑏 ∈ 𝐼, o gráfico de f está acima de
[AB], ∀𝑥 ∈ ]𝑎, 𝑏[

5

Você também pode gostar