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APRESENTAÇÃO
CURRÍCULO LATTES
#CURRÍCULO LATTES#
APRESENTAÇÃO DA APOSTILA
Plano de Estudo:
• Conceito e definição de conjuntos;
• Extensão ou enumeração;
• Compreensão;
• Diagrama de Venn-Euler;
• Pertinência;
• Conjuntos especiais: conjunto vazio, conjunto unitário, conjunto numérico, conjunto
universo, conjunto complementar;
• Subconjuntos, continência e igualdade de conjuntos;
• Operações com conjuntos: união de conjuntos, intersecção de conjuntos, diferença
entre conjuntos, complementar de um conjunto;
• Conjunto das partes de um conjunto.
Objetivos de Aprendizagem:
• Descrever e representar conjuntos;
• Estabelecer a relação de pertinência ou não entre um elemento e um conjunto;
• Determinar o conjunto das partes de um conjunto;
• Determinar à união, interseção, diferença entre conjuntos;
• Conhecer o Diagrama de Venn-Euler;
• Representar e reconhecer subconjuntos.
INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a)!
Boa leitura!
1 CONCEITO E DEFINIÇÃO DE CONJUNTOS
_____________________________________________________________________
Observação
A ordem dos elementos não importa e eles nunca se repetem no conjunto.
______________________________________________________________________
1.2 Compreensão
Muitas vezes é mais fácil e rápido representar um conjunto por meio de uma
propriedade:
______________________________________________________________________
Importante: Diagramas de Venn são excelentes ferramentas para nos ajudar a
visualizar um problema, principalmente para gerar exemplos e contra-exemplos.
Entretanto, argumentos e raciocínios baseados em diagramas de Venn não servem
como demonstração da validade de uma proposição. (KIRILOV, 2017, p. 25).
______________________________________________________________________
1.4 Pertinência
1 ∈ {1, 2, 3, 4}
1∉{𝑥|𝑥 é 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑝𝑎𝑟}
5 ∈ {𝑥|𝑥 é 𝑢𝑚 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 í𝑚𝑝𝑎𝑟}
10∉{𝑥|𝑥 é 𝑢𝑚 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑜}
1.5 Conjuntos especiais
Exemplos:
⊘ = {}
Se 𝐴 é um conjunto vazio, então 𝐴 = {}.
Exemplos:
𝐴 = {1}
𝐵 = {𝑎}
𝐶 = {𝐵𝑖𝑎}
Exemplos:
Conjunto dos números naturais (inteiros não negativos) ou 𝑁 = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Conjunto dos números inteiros ou 𝑍 = {... − 3, − 2, − 1, 0, 1, 2, 3,...}
Conjunto dos números racionais ou 𝑄 (número racionais são aquelas que
podem ser expressos na forma de uma razão de inteiros, como 1/3, − 7/11
etc… Dízimas periódicas como 0, 445544...também são racionais)
Conjunto dos números reais ou ℜ (conjunto dos números racionais e
irracionais)
Conjunto dos números complexos ou 𝐶.
SAIBA MAIS
#SAIBA MAIS#
Dessa maneira:
Exemplo:
Se 𝐴 = {1, 2}e 𝐵 = {1, 2, 3}, então 𝐴 ⊂ 𝐵 , pois os elementos 1 e 2 de A
pertencem a B. Por outro lado, temos 𝐵 ⊄ 𝐴, pois nem todos os elementos de B
pertencem a A (há, neste caso, uma exceção, o elemento 3).
É importante observar que a relação de continência expressa pelo símbolo ⊂
envolve dois conjuntos apenas, nunca um elemento e um conjunto ou dois elementos.
O estudo das operações entre conjuntos vem da facilidade que elas trazem para
a resolução de problemas numéricos do cotidiano. Utilizaremos algumas ferramentas
gráficas, como o diagrama de Venn-Euler, para definir as principais operações entre os
mais conjuntos, sendo elas: união de conjuntos, intersecção de conjuntos, diferença
entre conjuntos e complementar de um conjunto.
Símbolo: ∪
Chamamos de união de dois conjuntos A e B (𝐴 ∪ 𝐵)o conjunto formado por
todos os elementos de A e de B.
Matematicamente:
𝐴 ∪ 𝐵 = { 𝑋 ∈ ℜ | 𝑥 ∈ 𝐴 𝑜𝑢 𝑥 ∈ 𝐵}
Exemplos:
Nos diagramas de Venn-Euler apresentados, 𝐴 ∪ 𝐵 = {1, 2, 3}.
Fonte: Oliveira (2016, p. 16).
Símbolo: ∩
Chamamos de intersecção entre dois conjuntos A e B (𝐴 ∩ 𝐵) o conjunto
formado pelos elementos comuns a ambos os conjuntos, ou seja, aqueles que
aparecem nos dois ao mesmo tempo.
Matematicamente:
𝐴 ∩ 𝐵 = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 ∈ 𝐴 𝑒 𝑥 ∈ 𝐵}
Exemplos
Símbolo: −
Pela diferença de dois conjuntos A e B chegamos a um terceiro conjunto,
formado pelos elementos que pertencem ao conjunto A e não a B.
Matematicamente:
𝐴 − 𝐵 = {𝑥 ∈ ℜ| 𝑥 ∈ 𝐴 𝑒 𝑥 ∉ 𝐵}
Exemplos:
Fonte: Oliveira (2016, p. 17).
𝐵
Símbolo: 𝐶 𝐴
𝐵
Se 𝐵 ⊂ 𝐴, então 𝐶 𝐴
= 𝐴 − 𝐵, ou seja, se 𝐵 for subconjunto de 𝐴, então o
Símbolo: 𝑃
É o conjunto formado por todos os subconjuntos possíveis de um dado conjunto.
Por definição, o conjunto vazio é subconjunto dele mesmo, ou seja, ⊘⊂⊘.
______________________________________________________________________
Importante: Na teoria dos conjuntos, a existência do conjunto das partes não é tida
como óbvia. Como a existência de um conjunto das partes não é consequência do
axioma da especificação, um novo axioma é necessário; este axioma é habitualmente
chamado o Axioma do Conjunto das Partes e pode ser assim enunciado: Para cada
conjunto, existe um conjunto de conjuntos que consiste de todos os subconjuntos do
conjunto dado. (SAMPAIO, 2016).
______________________________________________________________________
Por exemplo, se 𝐴 = {1, 2}, então 𝑃(𝐴) = {⊘, {{1}, {2}, {1, 2}}. Ou seja, para
chegarmos ao número de subconjuntos de um conjunto, basta calcularmos 2 elevado
ao número de elementos do conjunto. Dessa maneira, sabendo que 𝑛(𝐴) = 2, então
𝑛𝑃(𝐴) = 2² = 4.
Se calcularmos os subconjuntos das letras da palavra 𝐶𝐴𝑆𝐴, veremos que o
conjunto será formado por {𝐶, 𝐴, 𝑆}.Como esse conjunto tem 3 elementos, o número de
subconjuntos será dado por 2³ = 8.
______________________________________________________________________
Observações
1. Muitas vezes, representamos as operações entre conjuntos como regiões dentro
deles. Assim, podemos representar as operações a seguir desta forma:
Exemplos:
Assim, 𝑛 = 10 + 5 + 5 + 10 + 15 + 5 + 10 + 10 = 70.
Resposta: Ao todo 70 pessoas foram entrevistadas.
REFLITA
Muitas das falhas da vida acontecem quando as pessoas não percebem o quão perto
estão quando desistem. (Thomas Edison).
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) acadêmico(a),
Boa leitura!
LEITURA COMPLEMENTAR
• Título.
Teoria dos números e teoria dos conjuntos
• Autor.
Fernando Ferreira
• Editora.
Editora InterSaberes
• Sinopse
Ao contrário do que se imagina, o estudo da matemática é simples, desde que seja
realizado de maneira criteriosa. Assim, é fundamental ter como base uma sequência
lógica de conteúdos, com textos que dialogam com o estudante e exemplos de
exercícios resolvidos. Esta obra tem o propósito de facilitar o estudo da matemática.
Por isso, os temas presentes são abordados de forma didática e descomplicada, com
ilustrações e propostas de exercícios. Embarque nesta jornada repleta de novos
conhecimentos e descubra quanto o estudo da matemática pode ser prazeroso e
empolgante.
FILME/VÍDEO
• Título.
O Jogo da Imitação
• Ano.
2014
• Sinopse.
Baseado na história real de Alan Turing, matemático considerado o pai da computação,
o filme é sobre sua atuação na Segunda Guerra Mundial. Com um grupo de
pesquisadores, ele busca decodificar as as mensagens enviadas pelos alemães para o
exército, ajudando os ingleses a prever as próximas ações no conflito.
Além desse desafio, Turing tem dificuldade de se relacionar com as pessoas ao seu
redor, mas para desvendar as codificações deve aprender a trabalhar em equipe.
• Link do vídeo (se houver).
Disponível na Netflix, no Google Play e no YouTube.
REFERÊNCIAS
Plano de Estudo:
• Conceito e definição de função;
• Notação de função;
• Domínio de uma função;
• Tipos de função: simetria, função par, função ímpar, crescimento de uma função;
• Classificação das funções: função injetora, função sobrejetora, função bijetora, função
composta, função inversa;
• Funções de primeiro e segundo graus: função polinomial do primeiro grau, raiz de
uma função do primeiro grau, funções do primeiro grau e seus gráficos, função
polinomial do segundo grau, raízes de uma função do segundo grau, funções do
segundo grau e seus gráficos, funções polinomiais, raízes das funções polinomiais,
função exponencial, gráficos de funções exponenciais, base da função dada pelo
número 𝑒.
Objetivos de Aprendizagem:
• Entender o que é função e sua notação;
• Entender o que é domínio e imagem;
• Perceber a diferença entre funções crescentes e decrescentes;
• Reconhecer funções de primeiro e de segundo graus, polinomiais e exponenciais;
• Entender gráficos dos tipos de funções;
• Extrair raízes das funções polinomiais.
INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a)!
Boa leitura!
1 CONCEITO E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
Uma função pode ser escrita como a relação entre os elementos do domínio e
os elementos da imagem. A Figura 2(a) mostra uma função que relaciona elementos do
domínio 𝑋 com os elementos da imagem 𝑌. A Figura 2(b) apresenta uma relação que
não é de uma função, uma vez que a regra de que o elemento 𝑥1associa a um único
Figura 2 O diagrama em (a) retrata uma relação de 𝑋em𝑌, que é uma função. O diagrama em
(b) retrata uma relação de 𝑋em𝑌, que não é uma função
SAIBA MAIS
Acadêmico(a), acesse os links abaixo, para saber mais sobre funções, domínio e
imagem.
http://educacao.globo.com/matematica/assunto/funcoes/conceito-de-funcoes.html
https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/funcao.htm
#SAIBA MAIS#
REFLITA
Você sabe como reconhecer funções a partir de gráficos? Lembrem-se de que para
que o conjunto represente uma função, cada elemento do domínio deve ter no máximo
um elemento correspondente no contradomínio.
#REFLITA#
1.2 Notação de função
𝑓: 𝐴 → 𝐵
𝑦 = 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 1
(b) Consideremos os conjuntos 𝐴 = {− 1, 1, 2, 5}e 𝐵 = {0, 1, 2, 3, 17, 24, 33}. Vamos
2
definir a função 𝑓 de 𝐴 em 𝐵 com 𝑓(𝑥) = 𝑥 − 1. Assim, teremos os dados a
seguir.
2
A imagem do elemento − 1representada por 𝑓(− 1) = (− 1) − 1 = 0 ,ou
seja, o par (− 1, 0) ∈ 𝑓.
2
A imagem do elemento 1representa por 𝑓(1) = 1 − 1 = 0, ou seja, o par
(1, 2) ∈ 𝑓.
2
A imagem do elemento 2 representa por 𝑓(2) = 2 − 1 = 3, ou seja, o par
(2, 3) ∈ 𝑓.
2
A imagem do elemento 5 representada por 𝑓(5) = 5 − 1 = 24, ou seja, o par
(5, 24) ∈ 𝑓.
Notemos aqui, estudante que existem dois elementos do conjunto 𝐴 com uma
mesma imagem no conjunto 𝐵. Isso é permitido pela definição de função. O que não
pode ocorrer é um mesmo elemento com mais de uma imagem ou um elemento sem
imagem.
2
𝑓: 𝐴 → 𝐵; 𝑢 = 𝑓(𝑥) = 𝑥 − 1
______________________________________________________________________
Observação
No estudo das funções é muito frequente utilizarmos, tanto para primeiro
conjunto como para segundo conjunto de uma função, o conjunto dos números reais.
Nessas condições, convencionou-se que podemos omitir a colocação dos dois
conjuntos e a função será denominada, simplesmente, função real. Para uma função
real, basta apresentarmos a sentença matemática que relaciona os elementos do
domínio às imagens no contradomínio.
Exemplo:
3
Para apresentarmos a função 𝑓 de 𝑅 em 𝑅 com 𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 3, bata apenas
3
dizermos que é uma função real com 𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 3.
1.3 Domínio de uma função
caso de exceção. Assim, devemos explicitar o domínio como sendo 𝑑𝑜𝑚(𝑓) = ℜ − {0}
*
ou ℜ .
Outro exemplo é 𝑓(𝑥) = 𝑥. Perceba que essa função não permite que 𝑥 seja
SAIBA MAIS
#SAIBA MAIS#
1.4.1 Simetria
Uma função é par se para todo 𝑥 do seu domínio 𝑓(𝑥) = 𝑓(− 𝑥). O gráfico
desse tipo de função é simétrico em relação ao eixo 𝑌.
Veja alguns exemplos:
(c) 𝑓(𝑥) = 𝑥⁴ − 𝑥²
______________________________________________________________________
Observação
Uma função polinomial é par quando todos os expoentes da variável são pares. Assim,
6 4 2
𝑓(𝑥) = 2𝑥 − 5𝑥 + 3𝑥 é par; enquanto que 𝑦 = 2𝑥² − 5𝑥 não é.
______________________________________________________________________
1.4.3 Função ímpar
1
(b) 𝑓(𝑥) = 𝑥
(c) 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(𝑥)
______________________________________________________________________
Observação
1. Uma função polinomial é ímpar quando todos os expoentes da variável foram
5 3 3
ímpares. Desse modo, 𝑓(𝑥) = 2𝑥 − 2𝑥 − 5𝑥 é ímpar, mas 𝑓(𝑥) = 3𝑥 − 4𝑥 = 1
3 0
não é, pois pode ser escrita como 𝑓(𝑥) = 3𝑥 − 4𝑥 = 1𝑥 .
2. Quando a função não apresenta nenhuma dessas características, dizemos que ela
não é par nem ímpar.
______________________________________________________________________
Outro conceito de função que você estudante vai entender de forma fácil
graficamente é a propriedade de ser crescente, decrescente ou constante sobre um
intervalo.
Definição: Uma função 𝑓 é crescente sobre um intervalo se, para quaisquer dois
valores de 𝑥 no intervalo, uma variação positiva em 𝑥 resulta em uma variação positiva
em 𝑓(𝑥).
1 2 1 2
(a) Função crescente: Quando para todo 𝑥 do domínio 𝑥 < 𝑥 ⇒ 𝑓(𝑥 ) < 𝑓(𝑥 ) ,
Definição: Uma função 𝑓 é decrescente sobre um intervalo se, para quaisquer dois
valores de 𝑥 no intervalo, uma variação positiva em 𝑥 resulta em uma variação negativa
em 𝑓(𝑥).
(b) Função decrescente: Quando, para todo 𝑥 do domínimo
1 2 1 2
𝑥 < 𝑥 ⇒ 𝑓(𝑥 ) > 𝑓(𝑥 ) , dizemos que a função é decrescente. Perceba que,
Definição: Uma função 𝑓 é constante sobre um intervalo se, para quaisquer dois
valores de 𝑥 no intervalo, uma variação positiva em 𝑥 resulta em uma variação nula em
𝑓(𝑥).
1 2 1 2
(c) Função constante: Quando 𝑥 < 𝑥 ⇒ 𝑓(𝑥 ) = 𝑓(𝑥 ) .
SAIBA MAIS
#SAIBA MAIS#
1 2 1 2
Uma função é injetora se qualquer 𝑥 ≠ 𝑥 implicar 𝑓(𝑥 ) ≠ 𝑓(𝑥 ). Ou seja, se
tomarmos dois elementos diferentes do domínio, suas imagens também serão
diferentes. É importante observar que isso só ocorre se a função for crescente ou
decrescente em todo seu domínio.
Em diagramas:
Uma função será bijetora quando for ao mesmo tempo injetora e sobrejetora. A
função do primeiro grau, cujo gráfico é uma reta, é bijetora. A função do segundo grau,
cujo gráfico é uma parábola, não é bijetora.
Uma função admite inversa, ou seja, é inversível, se, e somente se, for bijetora.
−1 −1
Esse tipo de função é representado por 𝑓 (𝑥) ou 𝑦 .
Uma maneira prática de analisar uma função inversa é lembrar do máximo: o
−1
que 𝑓faz, 𝑓 desfaz.
A imagem de uma é o domínio da outra:
Fonte: adaptado de Oliveira (2016, p. 50).
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏
SAIBA MAIS
#SAIBA MAIS#
Uma função do grau 1 é uma função polinomial de grau 1 e, assim, tem a forma:
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, onde 𝑎 e 𝑏 são constantes e 𝑎 ≠ 0.
O coeficiente angular 𝑚 de uma reta não vertical que passa pelos pontos (𝑥1, 𝑦1)
𝑌2−𝑌1
e (𝑥2, 𝑦2)é dado por 𝑚 = 𝑋2−𝑋1
.
A equação da reta que passa pelo ponto (𝑥1𝑦1) e tem coeficiente angular 𝑚 é
Retas verticais não são gráficos de funções porque elas falham no teste da linha
vertical. Uma reta no plano cartesiano é o gráfico de uma função do primeiro grau se, e
somente se, ela é uma reta inclinada ou uma reta horizontal.
A taxa média de variação de uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥) entre 𝑥 = 𝑎 e 𝑥 = 𝑏, com
𝑓(𝑏)−𝑓(𝑎)
𝑎 ≠ 𝑏, é 𝑏−𝑎
.
A função do primeiro grau definida para todos os números reais tem uma taxa
média de variação constante, diferente de zero, entre quaisquer dois pontos sobre seu
gráfico.
Quando a função está definida para valores de 𝑥 que sejam maiores ou iguais a
zero, então podemos dizer que o valor inicial da função é do por 𝑓(0). Nesse caso, se
𝑓(0) = 𝑏, então o início do gráfico está no ponto (0, 𝑏), localizado no eixo vertical 𝑦.
Ela é chamada simplesmente de taxa de variação da função do primeiro grau. O
coeficiente angular 𝑚 na fórmula 𝑓(𝑥) = 𝑚𝑥 + 𝑏 é a taxa de variação da função do
primeiro grau.
2
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏𝑥 + 𝑐
Onde 𝑎, que determina a concavidade da parábola, 𝑏, que define a inclinação da curva,
e 𝑐, ponto em que a parábola intercepta o eixo 𝑦 são números reais, com 𝑎 ≠ 0, para
todo 𝑥 ∈ ℜ.
2
Onde o termo 𝑏 − 4𝑎𝑐 é denominado de discriminante e é representado pela
letra grega delta maiúsculo (∆), tal que:
● Se o discriminante for maior que zero (∆ > 0) obteremos duas raízes reais;
● Se o discriminantes for igual à zero (∆ = 0) obtemos apenas uma única raiz
real;
● Se o discriminante for menor que zero (∆ < 0) não haverá raízes reais.
2 2
Figura 5: O gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑥 mostrado com (a) 𝑔(𝑥) =− (1/2)𝑥 + 3 e (b)
2
ℎ(𝑥) = 3(𝑥 + 2) − 1.
Fonte: adaptado de Bonafini (2012, p. 75).
2
O gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 , com 𝑎 > 0, é uma parábola com concavidade para
cima. Quando 𝑎 < 0, o gráfico é uma parábola com concavidade para baixo.
Independentemente do sinal de 𝑎, o eixo vertical 𝑦 é a reta de simetria para o gráfico de
2
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 . A reta de simetria para uma parábola é seu eixo de simetria. O ponto sobre
a parábola que cruza seu eixo de simetria é o vértice da parábola. Pelo fato de uma
função do segundo grau ser sempre uma parábola com concavidade para cima ou para
baixo, seu vértice é sempre o ponto mais baixo ou o ponto mais alto da parábola. O
2
vértice de 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 é sempre a origem, como pode ser visto na Figura 6.
2
Figura 6: O gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 para a(a) 𝑎 > 0 e (b) 𝑎 < 0.
2
𝑓(𝑥) = 𝑎(𝑥 − ℎ) +𝑘
2 2
= 𝑎(𝑥 − 2ℎ𝑥 + ℎ ) + 𝑘
2 2
= 𝑎𝑥 + (− 2𝑎ℎ)𝑥 + (𝑎ℎ + 𝑘)
2
= 𝑎𝑥 + 𝑏𝑥 + 𝑐
2+𝑘
Como 𝑏 =− 2𝑎ℎ e 𝑐 = 𝑎ℎ na última linha desenvolvida anteriormente, você
2
estudante tem ℎ = − 𝑏/2𝑎 e 𝑘 = 𝑐 − 𝑎ℎ . Usando essas fórmulas, qualquer função
2
do segundo grau 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏𝑥 + 𝑐 pode ser reescrita na forma
2
𝑓(𝑥) = 𝑎(𝑥 − ℎ) +𝑘
Essa é a forma canônica para uma função do segundo grau, o que torna fácil a
identificação do vértice e o eixo de simetria do gráfico da função.
2
−(𝑏 +4𝑎𝑐)
O valor de 𝑘 também é conhecido como 2𝑎
.
Fonte: Bonafini (2012, p. 74).
𝑛 𝑛−1 2
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 + 𝑎𝑛−1 𝑥 + ... + 𝑎2 𝑥 + 𝑎1𝑥 + 𝑎0 , com 𝑎𝑛 ≠ 0.
Uma função polinomial escrita nessa forma, com termos apresentado graus
descendentes, está na forma-padrão.
As constantes 𝑎𝑛, 𝑎𝑛−1, ..., 𝑎0 são os coeficientes do polinômio.
𝑛
O termo 𝑎𝑛𝑥 é o termo principal e 𝑎0 é o termo constante.
Toda função polinomial está definida e é contínua para todos os números reais.
Além de os gráficos serem sem quebra, pulo nem buraco, eles também não têm
“bicos”. Gráficos típicos de funções cúbicas e quárticas são demonstrados nas figuras 6
e 7.
Imagine retas horizontais passando através dos gráficos nas figuras 7 e 8, como
se fosse o eixo horizontal 𝑥. Cada intersecção corresponde a uma raiz da função.
Podemos concluir que funções cúbicas têm, no máximo, três raízes, e as funções
quárticas têm, no máximo, quatro raízes. As funções cúbicas apresentam, no máximo,
dois extremos locais, e as funções quárticas, três extremos locais. Essas observações
generalizam o resultado.
Figura 7: Gráfico de quatro funções cúbicas típicas: (a) dois com coeficientes principal positivo
e (b) com coeficiente principal negativo
3 2
Figura 9: O gráfico de 𝑓(𝑥) = (𝑥 − 2) (𝑥 + 1) .
SAIBA MAIS
#SAIBA MAIS#
𝑥
𝑓(𝑥) = 𝑎
2 𝑥
Estudante você pode perceber que as funções 𝑓(𝑥) = 𝑥 e 𝑔(𝑥) = 2 envolvem
uma base e uma potência, porém com características diferentes.
2
● Para 𝑓(𝑥) = 𝑥 , a base é a variável 𝑥 e o expoente é a constante 2; 𝑓 é tanto
uma função potência como uma função monomial conhecida.
𝑥
● Para 𝑔(𝑥) = 2 , a base é a constante 2e o expoente é a variável 𝑥; 𝑔é uma
função exponencial. Veja a Figura 9.
𝑥
Figura 10: Esboço de 𝑔(𝑥) = 2
𝑥
Tabela 1: Valores de 𝑓(𝑥) = 2 para números racionais aproximando π por 3, 14159265.
2
𝑥 8 8,5... 8,81... 8,821... 8,8244... 8,82496...
𝑥
Tabela 2: Valores para uma função exponencial 𝑓(𝑥) = 𝑎 . 𝑏
𝑥
A função 𝑓(𝑥) = 𝑒 é uma função de crescimento exponencial. Vamos fazer um
resumo também para essa função exponencial.
𝑥
Figura 11: O gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑒 .
Prezado(a) acadêmico(a),
Boa leitura!
LEITURA COMPLEMENTAR
• Título.
Funções
• Autor.
Heliana Cloccia Campiteli e Vicente Coney Campiteli
• Editora.
• Sinopse .
Destinado a professores de matemática do ensino fundamental e médio, este livro
aborda o conceito de função, um dos temas mais centrais da matemática, destacando
a importância da utilização de recursos significativos, obtidos através de episódios da
história da matemática, de fatos do dia-a-dia e de objetos concretos, como ferramentas
pedagógicas.
FILME/VÍDEO
• Título.
Uma Mente Brilhante (A Beautiful Mind)
• Ano.
• Sinopse.
O filme conta a história do matemático norte-americano John Nash (1928-2015). Na
constante busca por uma “ideia original”, Nash transforma seus estudos na
Universidade de Princeton em obsessão, causando problemas de relacionamento. Sua
incrível capacidade de decifrar códigos e padrões acaba lhe rendendo um emprego no
governo norte-americano. Aos 21 anos, formulou um teorema que provou sua
genialidade, tornando- aclamado. Mas, acometido pela esquizofrenia, se transforma em
um homem sofrido e atormentado. Após anos de luta para se recuperar, ele consegue
retornar à sociedade e acaba sendo premiado com o Nobel.
• Link do vídeo (se houver).
WEB
• Funções: Noções Básicas (Aula 1 de 15). Aula inicial sobre o assunto funções. Uma
noção básica sobre o assunto, sem perder o foco no aprofundamento.
• Link do site.
https://www.youtube.com/watch?v=SPZqQ5qn3P0
REFERÊNCIAS
Plano de Estudo:
• Potenciação e propriedades;
• Produto de potenciação: produto de potência de bases iguais, Potência de uma
potência, potência de um produto, quociente de potência de bases iguais, potência com
expoente negativo, potência de um quociente;
• Equações e Inequações Exponenciais: equação exponencial, inequação exponencial.
• Logaritmo;
• Propriedades de logaritmos: logaritmo do produto, logaritmo do quociente, logaritmo
de potência, mudança de base de logaritmo;
• Equações logarítmicas;
• Inequações logarítmicas.
Objetivos de Aprendizagem:
• Estudar os seguintes conteúdos: potenciação e suas propriedades, equações e
inequações exponenciais, definição de logaritmo, propriedades de logaritmos e
equações logarítmicas, inequações logarítmicas.
INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a)!
Boa leitura!
1 POTENCIAÇÃO E PROPRIEDADES
𝑎 ∈ ℜe𝑛 ∈ ℵ
𝑛
𝑎 = 𝑎. 𝑎. 𝑎. ...
𝑛 vezes
𝑚 𝑛 𝑚+𝑛
𝑎 . 𝑎 =𝑎
𝑚 𝑛 𝑚.𝑛
(𝑎 ) =𝑎
Essa propriedade indica que, quando temos a potência de uma potência, a base
permanece e os expoentes são multiplicados.
𝑛 𝑛 𝑛
(𝑎 . 𝑏) =𝑎 . 𝑏
𝑚
𝑎 𝑚−𝑛
𝑛 = 𝑎 ,𝑎 ≠ 0
𝑎
−𝑛
𝑎 = ( )
1
𝑎
𝑛
,𝑎 ≠ 0
( ) 𝑎
𝑏
𝑛
=
𝑎
𝑏
𝑛 ,𝑏 ≠ 0
𝑥+3 𝑥
2 = 8 4 = 64
𝑥 𝑦
𝑎 =𝑎
𝑥=𝑦
Veja o exemplo:
𝑥+3
2 = 8
𝑥+3 3
2 =2
𝑥+3 =3
𝑥+3 −3 = 3 −3
𝑥=0
CASO HIPOTÉTICO
Resolução:
𝑡
1 000 . 2 = 512 000
𝑡 512 000
2 = 1 000
𝑡
2 = 512
𝑡 9
2 =2
𝑡=9
Desse modo, podemos concluir que se passaram 9 horas para que a cultura
tenha atingido o número de 512 000 bactérias.
Estudante, algumas equações exponenciais demandam o uso de propriedades
de potência antes da fatoração. Observe:
𝑥+2 𝑥+3
2 +2 = 384
𝑥+2 𝑥 2
2 = 2 . 2
𝑥+3 𝑥 3
2 = 2 . 2
𝑥 2 𝑥 3
2 . 2 + 2 . 2 = 384
𝑥 2 3
2 . (2 + 2 ) = 384
𝑥
2 . (4 + 8) = 384
𝑥
2 . 12 = 384
𝑥 384
2 = 12
𝑥
2 = 32
𝑥 5
2 =2
𝑥=5
Caso a equação apresente subtração no expoente, é possível utilizarmos a
propriedade de quociente de potência de bases iguais. Vejamos o exemplo a seguir:
𝑥+4
2 > 8
𝑥+4 3
2 >2
𝑥+4 >3
𝑥+4 −4 > 3 −4
𝑥> −1
𝑥 𝑦
1. 𝑎 > 𝑎 → 𝑥 > 𝑦 (𝑠𝑒 𝑎 > 1)
𝑥 𝑦
2. 𝑎 < 𝑎 → 𝑥 < 𝑦 (𝑠𝑒 0 < 𝑎 < 1)
Quando as bases iguais estiverem entre zero e 1, ao simplificar essas bases, o
sinal inverte, como no exemplo abaixo:
( )
1
2
(𝑥−1)
≥ ( )
1
2
2
1
Perceba que 2
= 0, 5 , ou seja, está entre zero e 1. Sendo assim, o sinal
𝑥−1 ≤2
𝑥−1 +1 ≤ 2 +1
𝑥≤3
3 LOGARITMO
𝑥
2 = 3
𝑙𝑜𝑔625 5 = 𝑥
𝑥
625 = 5
1
(54) 𝑥
= 52
1
4𝑥
5 = 52
1
4𝑥 = 2
1 1 1
4𝑥. 4
= 2
. 4
1
𝑥= 8
SAIBA MAIS
#SAIBA MAIS#
3.1 Propriedades de Logaritmos
𝑙𝑜𝑔𝑑( ) = 𝑙𝑜𝑔 𝑚
𝑚
𝑛 𝑑
− 𝑙𝑜𝑔𝑑𝑛
Um logaritmo para o qual o seu logaritmando é uma potência, pode ser reescrito
de maneira que o expoente do logaritmando passe a multiplicar o logaritmo dado, sem
o expoente, ou seja:
𝑛
𝑙𝑜𝑔𝑎𝑏 = 𝑛. 𝑙𝑜𝑔𝑎𝑏
𝑙𝑜𝑔𝑐𝑏
𝑙𝑜𝑔𝑎𝑏 = 𝑙𝑜𝑔𝑐𝑎
Exemplos:
𝑙𝑜𝑔57
𝑙𝑜𝑔37 = 𝑙𝑜𝑔53
𝑙𝑜𝑔455 𝑐 𝑐 𝑐
𝑙𝑜𝑔155 = 𝑙𝑜𝑔4515
= 𝑙𝑜𝑔45(3.5)
= 𝑙𝑜𝑔453+𝑙𝑜𝑔455
= 𝑎+𝑐
𝑙𝑜𝑔𝑎𝑏 = 𝑙𝑜𝑔𝑎𝑐
𝑏=𝑐
𝑥
𝑙𝑜𝑔𝑎𝑏 = 𝑥 → 𝑎 = 𝑏
3. 𝑙𝑜𝑔3𝑥 + 𝑙𝑜𝑔3𝑥 = 8
3. 𝑦 + 𝑦 = 8
4𝑦 = 8
8
𝑦= 4
𝑦=2
𝑙𝑜𝑔3𝑥 = 2
Pela definição:
2
3 = 𝑥
9=𝑥
SAIBA MAIS
𝑥
𝑙𝑜𝑔2 = 𝑙𝑜𝑔3
𝑥. 𝑙𝑜𝑔2 = 𝑙𝑜𝑔3
𝑙𝑜𝑔3
𝑥= 𝑙𝑜𝑔2
−0,8𝑡
65 = 200. 2 + 25
−0,8𝑡
40 = 200. 2
40 −0,8𝑡
200
=2
1 −0,8𝑡
5
=2
−1 −0,8𝑡
5 =2
−1 −0,8𝑡
𝑙𝑜𝑔5 = 𝑙𝑜𝑔2
− 1. 𝑙𝑜𝑔5 = − 8, 8𝑡. 𝑙𝑜𝑔2
10
− 1. 𝑙𝑜𝑔2 2
= − 0, 8𝑡. 𝑙𝑜𝑔2
#SAIBA MAIS#
(a)𝑙𝑜𝑔3𝑥 > 10
Por fim, podemos perceber que, para satisfazer às duas condições ao mesmo
tempo, teremos um intervalo aberto, que vai de 5 até 7, representado na Figura 3.
Prezado(a) acadêmico(a),
Boa leitura!
LEITURA COMPLEMENTAR
• Título.
Organizações exponenciais: Por que elas são 10 vezes melhores, mais rápidas e mais
baratas que a sua (e o que fazer a respeito).
• Autor.
Michael S. Malone (Autor), Salim Ismail (Autor), Yuri Van Geest (Autor), Gerson
Yamagami (Tradutor)
• Editora.
Alta Books
• Sinopse .
Bem-vindo à época das mudanças exponenciais, o melhor momento para se viver. É o
momento em que a concorrência não é mais a empresa multinacional no exterior, mas
o cara em uma garagem no Vale do Silício ou em Bandra (Mumbai), utilizando as mais
recentes ferramentas on-line para projetar e imprimir a partir da nuvem sua última
criação. Essas empresas estão cada vez mais rápidas, contam com pessoas cada vez
mais capazes de se reinventar a uma velocidade ímpar. São pessoas e empresas
extremamente criativas. Como aproveitar todo esse poder criativo? Como construir
uma empresa que seja tão ágil, hábil e inovadora como as pessoas que farão parte
dela? Como competir nesse acelerado mundo novo? Como se organizar para
expandir? A resposta é a organização exponencial.
FILME/VÍDEO
• Título.
O Homem que Viu o Infinito
• Ano.
2015
• Sinopse.
Outra película baseada numa história real. Dessa vez o público conhece a vida do
matemático indiano Srinivasa Ramanujan (1887–1920), um dos mais influentes do
século XX. De origem humilde e sem formação acadêmica, ele contribuiu para a
matemática com diversos trabalhos, como teoria dos números e séries infinitas. O
filme mostra sua relação de amizade com Godfrey Harold Hardy e o conflito entre a
razão (matemática) e a crença de que suas teorias eram de origem divina
REFERÊNCIAS
Plano de Estudo:
• Progressões aritméticas (PA);
• Conceito e Classificação;
• Fórmula do termo geral de uma PA;
• Fórmula da soma dos termos de uma PA;
• Progressões geométricas (PG);
• Fórmula geral da PG;
• Fórmula da soma dos termos de uma PG finita;
• Fórmula da soma dos termos de uma PG infinita;
• Diferença entre PA e PG.
Objetivos de Aprendizagem:
• Abordar os seguintes conteúdos: progressões aritméticas e progressões geométricas.
INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a).
Boa leitura!
1 PROGRESSÕES ARITMÉTICAS (PA)
5 + 17 = 22; e 𝑎3 − 𝑎4, 9 − 13 = − 4.
É possível encontrar uma sequência com base em uma fórmula geral. Por
*
exemplo, veja como os cinco primeiros termos da sequência 𝑎𝑛 = 5𝑛 + 1, 𝑛 ⊂ ℵ
foram encontradas:
𝑎1 = 5 . 1 + 1 = 6
𝑎2 = 5 . 2 + 1 = 11
𝑎3 = 5 . 3 + 1 = 16
𝑎4 = 5 . 4 + 1 = 21
𝑎5 = 5 . 5 + 1 = 26
SAIBA MAIS
#SAIBA MAIS#
1
𝑟 =− 2
● 7, 7, 7, 7, 7, ...)
𝑟 = 0 (𝑃𝐴 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒)
ATENÇÃO!
(1, 2, − 2, 3, − 3, 4, − 4,...)
Essa sequência não é uma progressão aritmética, por mais que ela tenha uma
regularidade e a gente consiga prever os próximos termos, não há uma soma de uma
razão que gere o próximo termo.
Além da classificação quanto ao comportamento, uma progressão pode ser
finita, quando ela possui uma quantidade limitada de termos, ou infinita, quando ela
possui quantidade infinita de termos. Uma progressão pode ser classificada como
crescente, decrescente ou constante, e essa classificação depende diretamente do
valor da razão 𝑟.
Para classificar a PA, precisamos compreender o cálculo da razão. Dada a
sequência, para encontrarmos a razão, basta fazer a subtração de um termo pelo seu
antecessor. Quaisquer dois termos consecutivos da PA geram a razão, ou seja, a
diferença de dois números consecutivos será sempre igual a 𝑟.
● Crescente:
(− 9, − 3, 3, 9, 15, 21)
𝑟 = 21 − 15 = 6
Essa é uma PA crescente de razão 𝑟 = 6. Sempre que a razão for positiva, a PA
será crescente. Note que o segundo termo é maior que o primeiro, o terceiro é maior
que o segundo, e assim sucessivamente.
● Constante:
(1, 1, 1, 1, 1, 1, 1, 1, 1, 1, 1)
𝑟=1 −1 = 0
Essa é uma PA constante de razão 𝑟 = 0. Note que os termos são sempre
iguais.
● Decrescente:
(10, 8, 6, 4, 2, 0, − 2)
𝑟 = 8 − 10 = −2
Essa é uma PA decrescente, de razão 𝑟 = − 2. Sempre que a razão for
negativa, a progressão será decrescente.
Para facilitar, tomemos a progressão (4, 7, 10, 13, 16, 19, 22) como exemplo.
Assim:
● 7 = 4 + 3, ou seja, 𝑎2 = 𝑎1 + 1𝑟;
● 10 = 4 + 3 + 3, ou seja, 𝑎3 = 𝑎1 + 2𝑟;
● 13 = 4 + 3 + 3 + 3, ou seja, 𝑎4 = 𝑎1 + 3𝑟.
●
Analisando esses ítens, concluímos que:
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1) . 𝑟
Em que:
● 𝑎1 é o primeiro termo;
● 𝑛 é o número de termos;
● 𝑟 é a razão.
______________________________________________________________________
Exemplos
1. Calcule o 100º termo da PA (1, 5, 9, 13,...).
Pela fórmula, sabemos que: 𝑎100 = 𝑎1 + (100 − 1) . 𝑟
735 = 7 + (𝑛 − 1) . 7
735 = 7 + 7𝑛 − 7
735 = 7𝑛
𝑛 = 105
Fonte: (OLIVEIRA, 2016, p. 75).
______________________________________________________________________
1.3 Fórmula da soma dos termos de uma PA
Johann Carl Friedrich Gauss, o Príncipe da Matemática, quando era ainda aluno
nas séries iniciais do ensino fundamental, recebeu de seu professor a incumbência de
somar todos os números naturais entre 1 e 100. Pouco tempo depois, Gauss
apresentou ao professor o cálculo pronto, o que provocou surpresa. Ele havia deduzido
a fórmula da soma dos termos da PA.
Gauss percebeu que, se a sequência fosse disposta de maneira crescente e
depois decrescente e em seguida somadas, chegava-se a:
(𝑎1+𝑎𝑛) . 𝑛
𝑆𝑛 = 2
______________________________________________________________________
Exemplo
Calcule a soma dos 100º primeiros números ímpares.
Primeiramente, precisamos achar o 100º número natural ímpar, uma vez que o
conhecemos apenas os primeiros (1, 3, 5, 7, 9,...). Assim:
𝑎100 = 𝑎1 + (100 − 1) . 𝑟
𝑎100 = 1 + 99 . 2 = 199
Resolução:
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1) . 𝑟
𝑎20 = 1 + (20 − 1) . 2
𝑎20 = 1 + (19) . 2
𝑎20 = 1 + 38
𝑎20 = 39
1+39
𝑆20 = 20 . 2
40
𝑆20 = 20 . 2
𝑆20 = 20 . 20
𝑆20 = 400
1
𝑞 = 2
(𝑃𝐺 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑎)
𝑎2 = 2 . 3 = 𝑎1 . 𝑞
2
𝑎3 = 2 . 3 . 3 = 𝑎1 . 𝑞 . 𝑞 = 𝑎1 . 𝑞
3
𝑎4 = 2 . 3 . 3 . 3 = 𝑎1 . 𝑞 . 𝑞. 𝑞 = 𝑎1 . 𝑞
4
𝑎5 = 2 . 3 . 3 . 3 . 3 = 𝑎1 . 𝑞. 𝑞. 𝑞. 𝑞 = 𝑎1 . 𝑞
Em que:
● 𝑎1 é o primeiro termo;
● 𝑛 é o número de termos;
● 𝑞 é a razão (única letra que difere da PA).
______________________________________________________________________
Exemplos
1) Calcule o 20º termo da PG (1, 2, 4, 8, …).
𝑛−1
𝑎𝑛 = 𝑎1 . 𝑞
20−1 19 19
𝑎20 = 𝑎1 . 𝑞 = 1. 2 = 2 (que pode ficar na forma de potência mesmo).
2) Calcule o número de termos da PG (1, 3, 9, …, 2 187).
Substituímos os valores na fórmula geral
𝑛−1
𝑎𝑛 = 𝑎1 . 𝑞
𝑛−1
2 187 = 1 . 3
7
Fatorando 2 187, temos 3 :
𝑛−1
37 = 3 → 7 = 𝑛 − 1 →𝑛 = 8
______________________________________________________________________
Existem duas fórmulas conhecidas para calcular a soma dos termos de uma PG,
cada uma delas empregada de acordo com a necessidade:
𝑛
𝑎1. (𝑞 −1)
𝑆𝑛 = 𝑞−1
Ou ainda:
𝑎1. 𝑞− 𝑎1
𝑆𝑛 = 𝑞−1
𝑞 = 𝑟𝑎𝑧ã𝑜
𝑛 = 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜 𝑠𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎
A primeira fórmula é mais interessante, pois normalmente não se conhece o
último termo da PG.
______________________________________________________________________
Exemplos
1) Calcule a soma dos termos da PG (1, 2, 4, 8, 16,..., 1 024).
O primeiro problema é saber quantos termos tem a PG. Para isso, precisamos
usar a fórmula geral:
𝑛−1
𝑎𝑛 = 𝑎1 . 𝑞
𝑛−1
1 024 = 1 . 2
10
Fatorando 1 024, chegamos a 2 .
10 𝑛−1
2 = 2
10 = 𝑛 − 1
𝑛 = 11
Agora, podemos calcular a soma:
𝑛
𝑎1. (𝑞 −1) 11
1 . (2 −1)
𝑆𝑛 = 𝑞−1
= 2−1
= 2 048 − 1 = 2 047
𝑎6 = 2. 243
𝑎6 = 486
O sexto termo da PG é o número 486. Vamos agora calcular a soma dos seis
primeiros termos da sequência.
𝑛
𝑎1. (𝑞 −1)
𝑆𝑛 = 𝑞−1
6
2. (3 −1)
𝑆𝑛 = 3−1
2. (729−1)
𝑆𝑛 = 3−1
2. (728)
𝑆𝑛 = 2
1 456
𝑆𝑛 = 2
𝑆𝑛 = 728
Por mais incrível que pareça, é possível calcular uma soma infinita, mas para
isso é fundamental que − 1 < 𝑞 < 1(ou seja, a razão deve estar entre − 1e 1) e que 𝑞
seja diferente de zero (𝑞 ≠ 0).
Usaremos para símbolo da soma infinita 𝑆∞. Dessa maneira:
𝑎1
𝑆∞ = 1−𝑞
______________________________________________________________________
Exemplo
1) Calcule a soma dos termos da seguinte PG:
1 1
(3, 1, 3
, 9
, ...).
1
Para começar, a razão é 𝑞 = 3
, ou seja, está entre − 1e 1.
Assim:
𝑎1 3 3 9
𝑆∞ = 1−𝑞
= 1 = 2 = 3
1− 3 3
______________________________________________________________________
3 DIFERENÇA ENTRE PA E PG
𝑎1 = 1
𝑎2 = 1 + 2 = 3
𝑎3 = 3 + 2 = 5
𝑎4 = 5 + 2 = 7
𝑎5 = 7 + 2 = 9
𝑎6 = 9 + 2 = 11
𝑎7 = 11 + 2 = 13
𝑎8 = 13 + 2 = 15
𝑎9 = 15 + 2 = 17
𝑎10 = 17 + 2 = 19
𝑎1 = 1
𝑎2 = 1 . 2 = 2
𝑎3 = 2 . 2 = 4
𝑎4 = 4 . 2 = 8
𝑎5 = 8 . 2 = 16
𝑎6 = 16 . 2 = 32
𝑎7 = 32 . 2 = 64
𝑎8 = 64 . 2 = 128
𝑎9 = 128 . 2 = 256
Prezado(a) acadêmico(a),
Boa leitura!
LEITURA COMPLEMENTAR
• Título.
Aritmética. 1.463 Problemas Resolvidos e Explicados. Ensino Fundamental, Ensino
Médio, Vestibular e Concursos
• Autor.
Prof. Darcy Chaves Silveira (Autor), Prof.ª Maria Sueli Gomes Saldanha (Autor), Prof.ª
Laura de O. Ramalho Misiti (Autor)
• Editora.
Ícone
• Sinopse .
Matemática fácil e sem mistérios! “Este livro de Matemática, que o mercado ora recebe,
é consideravelmente diferente dos demais por uma série de fatores, conforme será
visto pelos leitores. Entretanto, vale destacar que, embora o mercado editorial possua
um vasto acervo nessa área, pode-se afirmar que esta obra classifica-se como “única”
no gênero. Os Professores Darcy Chaves Silveira, Maria Sueli Gomes Saldanha e
Laura de O. Ramalho Misiti centraram esforços na solução e explicação dos problemas
apresentados, o que torna o estudo autoinstrucional, de modo que os leitores
percebam, naturalmente, as diversas passagens matemáticas de forma simples e
objetiva, o que facilitará o entendimento das soluções apresentadas. A Matemática é
apresentada ao leitor de uma forma desmistificada, já que os autores “dissecam”
literalmente as soluções dos problemas propostos, levando a uma aventura prazerosa
em torno dos diversos temas abordados. Esta obra, destinada tanto ao leitor dos níveis
fundamental e médio, como àquele que busca sucesso nos vestibulares e concursos, é
totalmente focada na solução dos problemas de aritmética fundamental, o que o leva a
viajar de maneira fascinante pelas trilhas das 1.463 soluções apresentadas, passo a
passo e minuciosamente explicadas. Uma boa viagem com muito prazer!” Prof. Dr.
Carlos Rivera. Aritmética e introdução à Álgebra: 1.463 problemas resolvidos e
explicados: ensino fundamental, ensino médio, vestibular e concursos. Principais temas
abordados: • Teoria dos conjuntos • Sistema de numeração decimal e não decimal •
Conjunto dos números naturais ou números de contagem • Conjunto dos números
inteiros • Múltiplos e divisores • Conjunto dos números racionais • Conjunto dos
números reais • Unidades de medidas • Introdução à álgebra, • Razões, proporções e
médias • Regra de três • Porcentagem • Noções de matemática financeira • Os
princípios fundamentais da contagem • Noções de lógica • Misturas e ligas •
Curiosidades da matemática.
FILME/VÍDEO
• Título.
A Prova (Proof)
• Ano.
2005
• Sinopse.
Nesta ficção, nos deparamos com a trajetória de Catherine, uma jovem filha de um
gênio matemático que em seus últimos anos de vida sofre de esclerose. Durante os
anos que cuida do pai, se vê atormentada com a possibilidade de ter herdado a
facilidade para a matemática, mas também os problemas mentais. Tudo piora quando
um dos ex-alunos do pai cisma em procurar provas de um teorema nos papéis
deixados por ele. Baseado no livro “A Prova”, de David Auburn, ganhador do prêmio
Pullitzer.
• Link do vídeo: https://filmow.com/a-prova-t7596/
REFERÊNCIAS