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Números.
Universidade Pedagógica
Departamento de Ciências Naturais e Matemática.
Direitos de autor (copyright)
Este módulo não pode ser reproduzido para fins comerciais. Caso haja necessidade de reprodução,
deverá ser mantida a referência à Universidade Pedagógica e aos seus Autores.
Universidade Pedagógica
Rua Comandante Augusto Cardoso, nº 135
Telefone: 21-320860/2
Telefone: 21 – 306720
Fax: +258 21-322113
Maputo, 2013
www.up.ac.mz
Ficha Técnica
Autor: Nelson Bonifácio Somar1
Desenho Instrucional:
Revisão Linguística:
Maquetização:
Ilustração:
1
Licenciado em ensino de Matemática com habilitações em Ensino de Fisica pela Universidade pedagógica-
Nampula, actualmente mestrando em Educação Matemática pela Universidade Rovuma-Nampula.
Agradecimentos
À COMMONWEALTH of LEARNING (COL) pela disponibilização do Template usado na produção
dos Módulos.
Ao Magnífico Reitor, Directores de Faculdade e Chefes de Departamento pelo apoio prestado em todo
o processo.
Módulo de Teoria de Números. i
Índice
Visão geral 1
Bem-vindo ao módulo de Teoria de Numeros ................................................................ 1
Objectivos do modulo .................................................... Error! Bookmark not defined.
Quem deve estudar este módulo? ................................................................................... 2
Como está estruturado este módulo? .............................................................................. 3
Ícones de actividade ...................................................................................................... 4
Acerca dos ícones ................................................................................................................... 4
Habilidades de estudo .................................................................................................... 5
Precisa de apoio? ........................................................................................................... 5
Autoavaliação................................................................................................................ 5
Avaliação ...................................................................................................................... 5
Tempo de estudo e outras actividades ............................................................................ 6
Unidade nº 01 7
Introdução à .................................................................................................................. 7
Introdução ............................................................................................................ 7
Lição no 01 8
Fundamentos ................................................................. Error! Bookmark not defined.
Introdução ............................................................................................................ 8
Exercícios.................................................................................................................... 13
Resumo ....................................................................................................................... 13
Auto-avaliação ............................................................................................................ 14
Módulo de Teoria de Números. 1
Visão geral
Bem-vindo ao módulo de Teoria
de Números.
Estimado estudante!
Neste módulo, vai aprender sobre a Teoria de Números. Este módulo irá
permitir-lhe desenvolver as suas habilidades matemáticas na construção
algébrica dos conjuntos Númericos e suas propriedades.
A unidade VI: Por ultimo esta ultima unidade, versa sobre a construção
dos números complexos e suas propriedades.
Módulo de Teoria de Números. 2
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada do módulo, resumindo os aspectos-chave que você precisa de
conhecer para completar o estudo. Recomendamos vivamente que leia esta secção com
atenção antes de começar o seu estudo.
Conteúdo do módulo
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista de recursos
adicionais para você explorar. Estes recursos podem incluir livros, documentos normativos
e regulamentos.
As tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada lição. Sempre que
necessário, dão-se folhas individuais para desenvolver as tarefas, assim como instruções
para as completar. Estes elementos encontram-se no final do módulo.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários sobre a estrutura e o
conteúdo do módulo. Os seus comentários serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar
este módulo.
Módulo de Teoria de Números. 4
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das
folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do processo
de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de um texto,
uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
(excelência/
autenticidade)
Actividade Auto-avaliação Avaliação / Exemplo /
Teste Estudo de caso
“[Ajuda-me] deixa-
“Pronto a enfrentar “Nó da sabedoria” Apoio /
me ajudar-te” as vicissitudes da encorajamento
vida”
Leitura (fortitude /
Terminologia Dica
preparação)
Resumo
Módulo de Teoria de Números. 5
Habilidades de estudo
Este módulo foi concebido tendo-se em consideração que você vai
estudar sozinho. É por isso que, no fim de cada unidade/lição, você tem
actividades que o ajudam a verificar tudo o que nela aprendeu.
Precisa de apoio?
Se você tiver dificuldades, tem o Centro de Recursos e lá irá encontrar
tutores gerais em todas as semanas e tutores de especialidade duas vezes
por semestre. Estes podem ser consultados também por e-mail ou pelo
telefone. Os endereços serão fornecidos no início de cada semestre. Não
hesite em recorrer a esse centro, pois ele foi criado para si, podendo
encontrar acervo bibliográfico e outros materiais de consulta.
Autoavaliação
Ao longo deste módulo ira encontrar varias tarefas que acompanham o
seu estudo. Tente semprea soluciona-las. Consulte a resolução para
confrontar o seu método e a solução aprsentada. O estudante deve
promover o hábito de pesquisa e a capacidade de selecção de fontes de
informação, tanto na internet como em livros.
Avaliação
o modulo de Teoria de Número terá dois testes, para alem dos trabalhos
de campo e um exame final, que sera online ou devera ser feito no Centro
de Recursos maus próximo, ou em local a ser indicado pela admnistração
do curso.
Módulo de Teoria de Números. 6
Quanto tempo?
Módulo de Teoria de Números. 7
Unidade nº 01
Introdução ao estudo das
Relações.
Introdução.
Bem-vindo à primeira unidade I da disciplina de Teoria de Números.
Lição no 01
Introdução ao conceito de
Relação.
Introdução
Nesta sua primeira lição você estudará o conceito de relação Matemática.
Uma relação pode ser apresentada: na forma analítica, por extensão dos
seus elementos, por meio do seu gráfico, por dígrafos e na forma
matricial.
Exemplos 1.1.4
o seu gráfico.
Grafos Direccionados (Digrafos) : Seja R uma relação em um
conjunto A={a1 ,a2,...,am}. Os elementos de A são representados
por pontos ou círculos chamados “nós” ou “vértices”.
• O dígrafo de R é:
Módulo de Teoria de Números. 12
1 1
A matriz procurada é 𝑀 = [0 0]
1 0
𝑥𝑆𝑦 ↔ 2𝑥 + 𝑦 ≤ 7 .
Assim temos 𝑆 = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,5), (2,1), (2,2), (2,3), (3,1)}.
Exercícios
Caro estudante como forma de consolidar a lição resolve as sequintes
actividades:
1. Dê o conceito de relação.
Resumo
Nesta lição foram tratados os conceitos de relação, produto cartesiano e a
definição da relação binária.
Módulo de Teoria de Números. 14
Auto-avaliação
Terminada a lição 1 tem em seguida uma actividade de auto-avaliação
para verificar o seu grau de assimilação do conteúdo. Caso não consiga
resolver todas as perguntas volte a ler a lição ou contacte o seu tutor.
1. Para cada uma das relações binárias R definidas a seguir em N,
decida quais entre os pares ordenados pertencem a R:
a) 𝒙𝑹𝒚 = {(𝒙, 𝒚)| 𝒙 = 𝒚 + 𝟏}. (𝟐, 𝟐); (𝟐, 𝟑); (𝟑, 𝟑); (𝟑, 𝟐).
b) 𝒙𝑹𝒚 = {(𝒙, 𝒚)| 𝒙 > 𝒚𝟐 }. Pares (𝟏, 𝟐); (𝟐, 𝟏); (𝟓, 𝟐); (𝟒, 𝟑).
2. Dados os conjuntos 𝑨 = {𝟏, 𝟐, 𝟑} 𝒆 𝑩 = {−𝟐, 𝟏}, encontre:
a) 𝑨𝒙𝑩
b) 𝑩𝟐
Solução:
1.a) (𝟑, 𝟐). b) (𝟐, 𝟏) ; (𝟓, 𝟐)
2.a) 𝑨𝒙𝑩 = {(𝟏, −𝟐); (𝟏, 𝟏); (𝟐, −𝟐); (𝟐, 𝟏); (𝟑, 𝟏); (𝟑, 𝟏)}
Lição no 02
As propriedades das relações.
Introdução
Nesta lição estudará as propriedades das relações, onde também falaremos
das relações de equivalência e suas respectivas classes.
Seja então 𝑅 uma relação num conjunto não vazio 𝐴. Diz se que 𝑅 é:
1.Reflexiva: se𝑎𝑅𝑎 ∀𝑎 ∈ 𝐴;
Exemplo 1.2:
Solução:
Não é reflexiva, porque por exemplo os pares (3,3); (4,4) e (5,5) não aparecem na
relação. Não é transitiva, porque por exemplo o par (3,3) não aparece na relação.
Não é simétrica, porque por exemplo 1𝑅5 mas não se verifica 5𝑅1;
Não é anti−antisimetrica, porque, por exemplo, o facto de, 1𝑅2 𝑒 2𝑅1 não
implica 1 = 2; É dicotómica e tricotómica, justifique.
Exemplo 1.2.1
Para (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑍02 𝑠𝑒𝑗𝑎 𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎 𝑢𝑚𝑎 𝑟𝑒𝑙𝑎ção 𝑇 ∶ 𝑥𝑇𝑦 ↔ "𝑦 − 𝑥é numero par".
Solução:
[𝑎]𝑅 = {𝑥 ∈ 𝐴: 𝑥𝑅𝑎}
[𝑎]𝑅 = {𝑎, 𝑏}
[𝑏]𝑅 = {𝑏, 𝑎}
[𝑐]𝑅 = {𝑐}
Nenhuma delas é vazia, pois o representante esta lá dentro: 0 ∈ [0], 1 ∈ [1]. Cada
elemento duma classe se relaciona com os elementos da classe:
[0] ∪ [1] = 𝑍 0
1.[𝑎] ≠ ∅ ∀𝑎 ∈ 𝐴;
2. se aR b ⟹ [𝑎] = [𝑏]
Módulo de Teoria de Números. 19
4.
a = 𝐴
a A
Demonstração:
Seja [𝑎] ∩ [𝑏] ≠ ∅ ⇒ ∃𝑥 ∈ [𝑎] ∩ [𝑏]. 𝑥 ∈ [𝑎] 𝑒 𝑥 ∈ [𝑏] ⇒ 𝑥𝑅𝑎, 𝑥𝑅𝑏. Pela
simetria de 𝑅 tem se que 𝑎𝑅𝑥 e consequentemente 𝑎𝑅𝑏.Entao 𝑎 ∈ [𝑏]𝑒 𝑏 ∈
[𝑎]. 𝑅 é reflexivo, logo 𝑎𝑅𝑎 ou seja 𝑎 = 𝑏 o que contradiz a hipótese 𝑎 ≠ 𝑏.
Exercícios
Exercícios
Caro estudante como forma de consolidar a lição resolve as sequintes actividades:
1. Dada 𝑅 = {(𝑎, 𝑎), (𝑏, 𝑏), 𝑐, 𝑐), (𝑎, 𝑏), (𝑏, 𝑎)}
𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝐸 = {𝑎, 𝑏, 𝑐}.
a) Verifique se R é uma relação de equivalência.
Actividade b) Encontre [𝑎]; [𝑏] 𝑒 [𝑐]
Resumo
Nesta lição foram tratados os conceitos de relação de
equivalência e as respectivas classes de equivalência.
Módulo de Teoria de Números. 20
Lição n° 03
Conjunto-Quociente e Partição de um
Conjunto.
Introdução
Nesta lição você estudará o conceito de conjunto quociente e partição de um
conjunto.
𝐴
= {[𝑎]𝑅 : 𝑎 ∈ 𝐴}
𝑅
Exemplo 1.3. Na relação de equivalência 𝑅 = {(𝑎, 𝑎), (𝑏, 𝑏), (𝑐, 𝑐), (𝑎, 𝑏), (𝑏, 𝑎)}
temos:
[𝑎]𝑅 = {𝑎, 𝑏}
[𝑏]𝑅 = {𝑏, 𝑎}
[𝑐]𝑅 = {𝑐}
𝐴
Então = {[𝑎], [𝑏], [𝑐]} ⇒ {{𝑎, 𝑏}, {𝑐}}, o conjunto quociente.
𝑅
𝑍0
= {[𝑎]2𝑍 0 : 𝑎 ∈ 𝑍 0 } = {[0], [1]} = {𝑛𝑢𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑠, 𝑛𝑢𝑚𝑒𝑟𝑜𝑟 𝑖𝑚𝑝𝑎𝑟𝑒𝑠}
2𝑍 0
= 𝑍0
1) 𝑋𝑖 ≠ ∅ para 𝑖 = 1 ,2, 3, … , 𝑛 ;
2) Para 𝑖 ≠ 𝑗: 𝑋𝑖 ∩ 𝑋𝑗 = ∅ (conjuntos disjuntos)
3) ∪ 𝑋𝑖 = 𝑋 Para todos 𝑖.
Módulo de Teoria de Números. 22
Exercícios
Exercícios
Caro estudante como forma de consolidar a lição resolve as sequintes actividades:
1. Sejam 𝐴 = {1,2,3,4}
Resumo
Nesta lição foram tratados os conceitos de conjunto
quociente e partição de um conjunto.
Módulo de Teoria de Números. 23
Lição n° 04
Relação de Ordem e Conjunto Ordenado.
Introdução.
Nesta lição você estudará o conceito de relação de ordem e conjunto ordenado.
Objectivos da
lição
Módulo de Teoria de Números. 24
I. 𝑆𝑒 𝑥 ∈ 𝐸, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑥𝑅𝑥;
II. 𝑆𝑒 𝑥, 𝑦 ∈ 𝐸, 𝑥𝑅𝑦 𝑒 𝑦𝑅𝑥, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑥 = 𝑦 ;
III. 𝑆𝑒 𝑥, 𝑦, 𝑧 ∈ 𝐸, 𝑥𝑅𝑦 𝑒 𝑦𝑅𝑧, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑥𝑅𝑧.
Quando R é uma relação de ordem parcial sobre E, para exprimir que (a, b)∈ 𝑅,
usaremos a notação a≤ 𝑏 (R), que se lê “ a precede b”. Para exprimir que (a, b)∈
𝑅 e 𝑎 ≠ 𝑏, usaremos a notação a< 𝑏 (R), que se lê “ a precede estritamente b”.
Definição 1.4.2: seja R uma relação de ordem parcial sobre E. Os elementos (a,
b)∈ 𝑅 se dizem comparáveis mediante a R se a≤ 𝑏.
Exemplo 1.4: A relação R sobre ℕ definida por xRy se, somente se, x|y “ x divide
y” é uma relação de ordem, pois:
∀𝑥 ∈ ℕ ⇒ 𝑥|𝑥
(∀𝑥, 𝑦 ∈ ℕ ); 𝑥 |𝑦 𝑒 𝑦|𝑥 ⟹ 𝑥 = 𝑦
(∀𝑥, 𝑦, 𝑧 ∈ ℕ), 𝑥|𝑦 𝑒 𝑦|𝑧 ⟹ 𝑥|𝑧
Como se pode provar facilmente usando-se o conceito de divisor que o conjunto
N é parcialmente ordenado por essa relação. Essa ordem não ordena totalmente N
porque há elementos de N não comparáveis por divisibilidade, por exemplo, o 2 e
3, “2 não divide 3 e 3 não divide 2”.
Módulo de Teoria de Números. 25
Exercícios
Exercicios
Caro estudante como forma de consolidar a lição resolve as sequintes actividades:
Resumo
Nesta lição foram tratados os conceitos de relação de
ordem e o conjunto ordenado.
Módulo de Teoria de Números. 26
SEMINÁRIO-1
1. Dada a relação 𝑅 = {(1,1); (1,2); (2,1); (2,2); (3,3); (3,4); (4,4)}.
Verifique se a relação é reflexiva, simétrica, assimétrica, anti-simétrica
,transitiva e dicotómica.
2. Seja A={1,2,3,4} e seja a relação de equivalência R sobre A definida por
R={(1,1),(1,2),(2,1),(2,2),(3,4),(4,3),(3,3),(4,4). Determine todas as
classes de equivalência de R.
3. Sejam 𝐴 e 𝐵conjuntos finitos,𝑚 = 𝑐𝑎𝑟𝑑𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐴,𝑛 = 𝑐𝑎𝑟𝑑𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐵.
Quantas relações no máximo podem ser definidas de 𝐴 para 𝐵 ?
4. Uma relação R definida por uma matriz identidade de ordem 3x3, é uma
relação reflexiva ou ela é simétrica? Justifique.
5. Seja 𝐴 = {𝑎, 𝑏, 𝑐}, determine se, a relação R cuja matriz é dada abaixo é
uma relação de equivalência. Quais são as classes de equivalência?
1 0 0
𝑀𝑅 (3𝑥3) = 0 1 1
0 0 1
6. No conjunto dos primeiros quatro números naturais 𝑁4 = {1,2,3,4} define
se a relação 𝑆: = {(1,1); (1,2); (1,3); (1,4); (2,1); (3,4)}.
a) Diga como está representada a relação 𝑆;
b) Represente 𝑆 num digrafo direccionado; o digrafo é anti-simétrica ?
c) Determine a matriz de 𝑆.
10. Uma relação definida num conjunto não vazio chama−se relação de ordem
parcial, quando é reflexiva, anti−simétrica e transitiva. O conjunto designa−se
conjunto parcialmente ordenado.
Fim !
Módulo de Teoria de Números. 28
Unidade II
Conjunto ℕ. Conjunto dos Números
Naturais.
Introdução.
Na unidade I aprendeste o conceito de relações binárias e estabeleceu-se algumas
propriedades. As relações de equivalência, aquelas que são reflexivas, simétricas
e transitivas, assumiram tamanha importância, pelo facto de fornecerem uma
estrutura algébrica importante, o conjunto quociente, que permite estabelecer
definições dos conjuntos numéricos.
Objectivos da Unidade
Lição n° 01
Introdução ao estudo de números
Naturais,Construção axiomática de N.
Introdução
Desde os primórdios existiram a necessidade de contagem e são exactamente os
números naturais que estão envolvidos com esta ideia de quantidade, os números
naturais tiveram suas origens nas palavras utilizadas para a contagem de objectos,
começando com o número um.
O número natural pode ser abordado como ordinal – quando visto como elemento
da colecção 0,1,2,3,4,. ou cardinal – quando visto como quantidade de elementos
dum conjunto ,ou seja, cardinal de um conjunto.
Estas diferentes abordagens dos números naturais, ou seja, estas diferentes formas
de construção do conjunto de números naturais, condicionaram ao surgimento de
duas" escolas",as escolas formalista e lógica para fundamentá− los.
Zero são um ente matemático, número é uma classe e sucessor uma relação.
Módulo de Teoria de Números. 31
Axioma 5: Toda a propriedade que pertence a zero e ao sucessor dum número que
goze dessa propriedade pertence a todos os números.
Ax1) Este axioma refere que 0 é o primeiro número natural; alguns autores que
seguem a tradição antiga, consideram 1 como primeiro número, mas nada altera o
conteúdo dos mesmos.
i. postulado: 1∈ ℕ
ii. Para qualquer : n∈ ℕ, existe um único numero n* denominado
sucessor de n
iii. Para n∈ ℕ, 𝑛 ∗≠ 1
iv. Se m, n∈ ℕ e 𝑛 ∗= 𝑚 ∗ então n=m, isto é, cada numero natural tem
um só sucessor
v. Qualquer subconjunto K de ℕ (𝐾 ⊂ ℕ) tendo as propriedades (a)1 ∈
𝐾 e (b) k*∈ 𝐾 sempre 𝑘 ∈ 𝐾, então K é igual a ℕ = {1,2,3, … . . }
1 2 3 4
1 1* (1*)* ((1*)*)*
𝑁 0 = {0,1,2,3, … . . . }
Suc ∶ N0 → N;
Suc(n) = n + 1
Ax2) Suc(n) ∈ N ∀n ∈ N;
Ax3) A expressão "Dois números não podem ter mesmo sucessor " significa
que,se Suc(n) = Suc(m)então n = m ∀n, m ∈ 𝑁,ou seja, a função Sucessor é
injectiva; Os axiomas 2 e 3 referem que cada numeronatural, excepto o
zero,possui um e único sucessor, que também é um número natural.
[𝑷𝟏]: Dados dois números naturais diferentes,um deles precede o outro este
Módulo de Teoria de Números. 33
sucede aquele;
[𝑷𝟓]: Todo o natural, excepto o natural zero ( que não tem antecessor) tem um e
único antecessor, também natural.
Ax4) Zero não é sucessor de nenhum numero natural significa que não existe
algum natural n com Suc(n) = 0,ou seja 0 ∉ Im(Suc(n)).
Se 1.0∈ 𝑋
2. 𝑛 ∈ 𝑋 ⇒ 𝑆𝑢𝑐(𝑛) ∈ 𝑋
Então𝑋 = 𝑁.
" Se uma propriedade for valida para zero, supondo- se que sua validade para um
natural n implica validade para 𝑆𝑢𝑐 (𝑛), então essa propriedade será valida para
todo n∈ 𝑁"
a) P(𝑛0 )é verdadeira;
b) 𝑚 ∈ 𝐴 e 𝑃(𝑛) é verdadeira para todos n∈ 𝐴 tal que para 𝑛 < 𝑚, então P(𝑚) é
verdadeira; Então P(n) é verdadeira para qualquer n∈ 𝑁 .
Tese (T.) : 𝑃(𝑛 + 1) (significa que queremos demonstrar que 𝑃(𝑛 + 1)é
verdadeira)
P(n) : 1 + 3 + 5+….+(2𝑛 − 1) = 𝑛2
Tese: 𝑃(𝑛 + 1)
Demonstração
1 + 3 + 5 + ⋯ . +(2𝑛 − 1) + 2𝑛 + 1
= [1 + 3 + 5 + ⋯ . +(2𝑛 − 1)] + 2𝑛 + 1 = 𝑛2 + 2𝑛 + 1
= (𝑛 + 1)2 ■
( Principio de indução ,2𝑎 forma): Seja 𝐴0 = 𝑁 ∪ {0}e P(n) uma proposição que
depende de 𝑛 ∈ 𝑛 ∈ 𝐴0 ,tal que:
a) P(0) é verdadeira,
b) Para cada 𝑛 ∈· 0 ·, o facto de P(n) ser verdadeira implica P(n+1)
também ser verdadeira.
pondo 𝐴0 = 𝑁 ∪ {0} = 𝐴.
Como se pode constatar, o inicio da indução é P(0),o que significa que a segunda
formulação do principio de indução corresponde a indução completa
(Desigualdade de Bernoulli)
Solução:
P(0): (1 + ℎ )0 ≥ 1 + 0 = 1; 1 ≥ 1 (v)
Hipótese: P(n),
Tese: P(n+1)
(1 + ℎ )𝑛 ≥ 1 + 𝑛ℎ |(1+h)
(1 + ℎ )𝑛 .(1+h) ≥ (1 + 𝑛ℎ ). (1 + ℎ );
(1 + ℎ )𝑛+1 ≥ 1 + (𝑛 + 1). ℎ
Exercícios
Módulo de Teoria de Números. 37
Exercicios
Caro estudante como forma de consolidar a lição resolve as sequintes actividades:
b) 2n ≥ n + 1 para todo n ≥ 0;
Resumo
Nesta lição foram tratados os seguintes conteúdos: a
construção axiomática do conjunto dos naturais e o
princípio de indução Matemática.
Lição n° 02
Módulo de Teoria de Números. 38
Aplicar as propriedades em N.
Objectivos da
lição
2.2.1. Adição:
Módulo de Teoria de Números. 39
(A1) 𝑛 + 1 = 𝑆𝑢𝑐(𝑛);
Exemplo: 3 + 1 = 𝑆𝑢𝑐(3) = 4
Demonstração
T.: 𝑃(𝑛 + 1)
Demonstração
⇒𝑎 + 𝑛 = numero natural ∀ 𝑛 ∈ 𝑁■
𝑃(𝑛) ∶ 𝑎 + 𝑛 = 𝑏 + 𝑛
⇒ 𝑎 + 𝑆𝑢𝑐(𝑛) = 𝑏 + 𝑆𝑢𝑐(𝑛) ■
((𝐴2))
a) Comutativa : 𝑛 + 𝑚 = 𝑚 + 𝑛;
b) Associativa : (𝑛 + 𝑚) + 𝑙 = 𝑛 + (𝑚 + 𝑙);
c) Existência de elemento neutro :n+0=n;
Demonstração:
H. : 𝑎 = 𝑐 𝑒 𝑏 = 𝑐
T. : 𝑎 = 𝑏
Demonstração:
𝑎 = 𝑐 = 𝑏o que mostra 𝑎 = 𝑏 ■.
Seja 𝑃(𝑙) ∶. ∶ (𝑛 + 𝑚) + 𝑙 = 𝑛 + (𝑚 + 𝑙)
a)𝑃(1) ∶ 𝑆𝑢𝑐(𝑛 + 𝑚) = (𝑛 + 𝑚) + 1
(𝑛 + 𝑚) + 1 = 𝑛 + 𝑆𝑢𝑐(𝑚)
T.: 𝑃(𝑙 + 1)
Demonstração: (𝑛 + 𝑚) + 𝑙 = 𝑛 + (𝑚 + 𝑙) ( H.)
Demonstração:
a) Existência de x
Demonstração:
𝑛 = 𝑏+𝑥 ( H.)
⇒ 𝑦 = 𝑆𝑢𝑐(𝑥) ■
b) Unicidade de x
Pela lei do corte ( que será provada nos exercícios): 𝑥 = 𝑥’o que
mostra que x é único. ■
𝑀1) 𝑛. 1 = 𝑛
𝑀2) … 𝑛. 𝑆𝑢𝑐(𝑚) = 𝑛. 𝑚 + 𝑛 .
Exemplo 2.4:
a) 5.1 = 5;
b) 4. 𝑆𝑢𝑐(3) = 4.3 + 4 = 16 .
Demonstração:𝑎. 𝑏 ∈ 𝑁
𝑎. 𝑆𝑢𝑐(𝑏) = 𝑎. 𝑏 + 𝑎 (𝑀2);
a) 𝑃(1) ∶ 𝑖. ) 𝑎. 1 = 𝑎 (𝑀1));
iii) 𝑏. 1 = 𝑏 ( 𝑀1);
b) H.: 𝑃(𝑛)
T.: 𝑃(𝑆𝑢𝑐(𝑛))
Demonstração:
𝑎 = 𝑏 (H.do teorema);
𝑎. 𝑛 = 𝑏. 𝑛 ( H. da indução );
𝑎. 𝑛 + 𝑎 = 𝑏. 𝑛 + 𝑏 ( Unicidade da adição );
𝑛. 𝑆𝑢𝑐(𝑛) = 𝑛. 𝑆𝑢𝑐(𝑛) ■
a) Comutativa :𝑎. 𝑏 = 𝑏. 𝑎;
b) Associativa : (𝑎. 𝑏) 𝑐 = 𝑎. (𝑏. 𝑐),
c) 1 é elemento neutro da multiplicação: 𝑎. 1 = 𝑎 ;
d) 0 é elemento absorvente da multiplicaçã :𝑎. 0 = 0nstraçãdeste
(𝑎 + 𝑏). 𝑛 = 𝑎. 𝑛 + 𝑏. 𝑛
Demonstração (Indução em n )
𝑃(𝑛) ∶ (𝑎 + 𝑏). 𝑛 = 𝑎. 𝑛 + 𝑏. 𝑛
H.: 𝑃(𝑛)
T.:𝑃(𝑛 + 1)
Demonstração:
(𝑎 + 𝑏). 𝑛 = 𝑎. 𝑛 + 𝑏. 𝑛 (H da indução);
Demonstração: 𝑎 > 𝑏 ⇒ ∃! 𝑥 ∈ 𝑁 ∶ 𝑎 = 𝑏 + 𝑥.
𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐴𝑟𝑞𝑢𝑖𝑚𝑒𝑑𝑒𝑠
Demonstração:
2.3 Potenciação em N.
Módulo de Teoria de Números. 45
[Pot1] a1 =a ;
[Pot2] aSuc(n) = an . a .
Exemplo 2.5
a) 41 = 4,
b) 34 = 3Suc(3) = 33 . 3 = 3Suc(2) . 3 = 32 . 3.3 = 3Suc(1) . 3.3 =
31 . 3.3.3 = 81.
Exercícios
Exercicios
Caro estudante como forma de consolidar a lição resolve as sequintes actividades:
2. Prove que: a) 1. 𝑎 = 𝑎. 1; b) 𝑎. 𝑏 = 𝑏. 𝑎;
a) 𝑎𝑛 . 𝑎𝑝 = 𝑎𝑛+𝑝 ∀𝑎, 𝑛, 𝑝 ∈ N;
Resumo
Nesta lição foram tratados os seguintes conteúdos:
operações em N e suas propririedades.
Unidade III
Módulo de Teoria de Números. 46
Objectivos da Unidade
Lição n° 01
Módulo de Teoria de Números. 47
Objectivos da
Efectuar operações com números inteiros;
lição
(𝑎, 𝑏)𝑅(𝑐, 𝑑) ↔ 𝑎 + 𝑑 = 𝑏 + 𝑐
(𝑎, 𝑏)𝑅(𝑐, 𝑑) ⟺ 𝑎 + 𝑑 = 𝑏 + 𝑐 ⟺ 𝑐 + 𝑏 = 𝑑 + 𝑎
(iii) Transitividade: Sejam (𝑎, 𝑏), (𝑐, 𝑑), (𝑒, 𝑓) ∈ ℕ𝑥ℕ, se (𝑎, 𝑏)𝑅(𝑐, 𝑑)
e(𝑐, 𝑑)𝑅(𝑒, 𝑓) ⟹ (𝑎, 𝑏)𝑅(𝑒, 𝑓) .
Observação 3.1
Como vimos nas propriedades de relações de equivalência, unidade I
(i) Nenhuma classe é vazia.
(ii) Os elementos da classe se relacionam entre si
: (5,3)𝑅(3,1) ; (4,2)𝑅(12,10) , … .
Esta propriedade induz igualdade de classes: [5,3] = [3,1] =
[4,2]; [12,10] = ⋯.
Dum modo geral, para um representante (𝑎,𝑏) tem-se que:
[𝑎, 𝑏] = [𝑎 + 1, 𝑏 + 1] = [𝑎 + 2, 𝑏 + 2] =. . = [𝑎 + 𝑘, 𝑏 + 𝑘] ou,caso
tenha sentido:
[𝑎, 𝑏] = [𝑎 − 1, 𝑏 − 1] = [𝑎 − 2, 𝑏 − 2] =. . = [𝑎 − 𝑘, 𝑏 − 𝑘]
Exemplo: [5,3] = [5 + 1,3 + 1] = [6,4]
[5,3] = [5,3] = [5 − 2,3 − 2] = [3,1]
[22,20] = [22 − 19,20 − 19] = [3,1] = [5,3], Portanto [22, 20] =
[5,3]
Atenção: [22,20] = [5,3] implica ((22,20), (5,3)) ∈ 𝑅.
2
Definição: conjunto Z : O conjunto quociente ℕ𝑅 chama-se conjunto de
números inteiros e simboliza-se Z:
𝟐
ℕ
𝒁 ≝ = {[𝒎, 𝒏] ∶ (𝒎, 𝒏) ∈ 𝑵𝟐}
𝑹
Lição n° 02
Operações em Z e suas propriedades.
Módulo de Teoria de Números. 50
Introdução
Nesta lição, estudará sobre as operações em Z e sua propriedades.
Aplicar as propriedades em Z.
Objectivos da
lição
Demonstração: a) sejam [(𝑎, 𝑏)] = [(𝑎′, 𝑏′)] 𝑒 [(𝑐, 𝑑)] = [(𝑐′, 𝑑′)].
Precisamos mostrar que [(𝑎 + 𝑐, 𝑏 + 𝑑)] = [(𝑎′ + 𝑐′, 𝑏′ + 𝑑′)]. De
facto (𝑎,𝑏)𝑅(𝑎′,𝑏′) e (𝑐,𝑑)𝑅(𝑐′,𝑑′), Implica 𝑎 + 𝑏′ = 𝑏 + 𝑎′ 𝑒 𝑐 + 𝑑′ =
𝑑 + 𝑐′. Somando e associando adequadamente temos (𝑎 + 𝑐) +
(𝑏′, 𝑑′) = (𝑏 + 𝑑) + (𝑏′ + 𝑑′) = (𝑏 + 𝑑) + (𝑎′ + 𝑐′), ou seja (𝑎 +
𝑐, 𝑏 + 𝑑)𝑅(𝑎′ + 𝑐′, 𝑏′ + 𝑑′), portanto , [(𝑎 + 𝑐, 𝑏 + 𝑑)] = [(𝑎′ +
𝑐′ , 𝑏′ + 𝑑′)].
Vamos repetir as operações do exemplo 3.4 usando classes de
equivalências iguais, ou seja, trocando as classes com outras iguais.
a) [3,1] + [5,9] = [3 + 5,1 + 9] = [8,10] = [1,3];
Demonstração:
1ª. 𝑓 é injectiva ,se 𝑓(𝑚) = 𝑓(𝑛) implica 𝑚 = 𝑛 ∀𝑚, 𝑛 ∈ 𝑁.
Ora 𝑓(𝑚) = 𝑓(𝑛) ↔ [𝑚 + 1,1] = [𝑛 + 1,1] ↔ (𝑚 + 1,1)𝑅(𝑛 + 1,1) ↔
𝑚 + 1 + 1 = 𝑛 + 1 + 1 ↔ 𝑚 = 𝑛 pela lei de corte.
A injectividade desta função implica que cada número natural corresponde
à uma e única classe.
Módulo de Teoria de Números. 53
Exercícios
Caro estudante como forma de consolidar as lições resolve as sequintes
actividades:
Módulo de Teoria de Números. 55
2.1. [2,1]
2.2. [1,1]
Resumo
Nas lições anteriores foram tratados o seguinte a construção algébrica do
conjunto Z e suas propriedades.
Lição n° 03
Módulo de Teoria de Números. 56
3.1. Divisibilidade.
Definição: Sejam 𝑎,𝑏 inteiros. Diz-se que 𝒂 é divisível por 𝒃,se existir um
inteiro 𝒒 tal que 𝑎 = 𝑏. 𝑞 e escreve-se 𝑏 | a :
Módulo de Teoria de Números. 57
𝑏|𝑎 ⇔ ∃𝑞 ∈ ℤ0 : 𝑎 = 𝑏. 𝑞
1 1 1 1 1 1
+ = ⟺ = − ⟺ 4𝑏 = 𝑎(𝑏 − 4) (1)
𝑎 𝑏 4 𝑎 4 𝑏
4𝑏
⟹ 𝑎 = 𝑏−4, de acordo o enunciado a,b devem ser positivos, ou seja: 𝑎 >
4𝑏
0 ; 𝑏 > 0 ⟺ 𝑏−4 > 0 ⟺ 𝑏 − 4 > 0 ⟺ 𝑏 > 4.
𝑏 − 4|4𝑏
De (1) tira-se: { pela propriedade 𝐷7 , então :
𝑏 − 4|𝑏 − 4
𝑏 − 4|4𝑏. (1) + (𝑏 − 4). (−4) ⟹ 𝑏 − 4|.
⟹ 𝑏 − 1 ∈ {1,2,4, 𝟖, 𝟏𝟔}. 𝑏 − 4 > 0 ⟹ 𝑏 − 4 pode tomar os valores 8 e
16.
4.12 48
𝑏 − 4 = 8 ⟹ 𝑏 = 12 ⟹ 𝑎 = = =6
12 − 4 8
4.20
𝑏 − 4 = 16 ⟹ 𝑏 = 20 ⟹ 𝑎 = =5
20 − 4
Provando os pares obtidos conclui-se que os inteiros positivos procurados
são : (𝑎, 𝑏) = {(6,12); (5,20)}.
Exemplo:
Múltiplos de 8 são : 8,16,24,32,64 ou 𝑀8 = {8,16,32,64, … }
Múltiplos de 24 são :24,48,72, ou 𝑀24 = {24,48,72, … . }
Módulo de Teoria de Números. 60
Lição n° 04
Módulo de Teoria de Números. 61
𝒂 = 𝒃. 𝒒 + 𝒓 , 𝒓 < 𝒃 (4.1.1)
𝑞 Chama-se quociente e 𝑟 resto ( da divisão de 𝑎 por 𝑏). Notemos que,
quando 𝑟=0, temos 𝑎 = 𝑏. 𝑞 o que equivale 𝑏|𝑎,ou seja temos divisão
exacta ou divisibilidade.
Exemplo:
a) Na divisão de 𝑎 = 267 por 𝑏 = 12 , o quociente é 𝑞=22 e resto 𝑟=3.
Assim: 267 = 12.22 + 3
Dividindo-se −312 por 23 obtêm-se quociente −13 e resto −13,assim:
−312 = 23. (−13) + (−13)
A existência da divisão com resto é garantida pelo seguinte teorema.
Teorema 4.1 : (Euclides sobre divisão com resto): Para quaisquer inteiros
não negativos, existem únicos inteiros 𝑞 e 𝑟, tais que:
𝑎 = 𝑏. 𝑞 + 𝑟 , 𝑜 ≤ 𝑟 < 𝑏
𝑞 e 𝑟 tem os mesmos significados dados na relação (4.1.1) e
denominaremos fórmula de divisão com resto.
Demonstração: consulte uma das obras indicadas.
4.2. Algoritmo de Euclides
O algoritmo de Euclides (ALE) é um procedimento que consiste na
repetição da fórmula de divisão com resto e é útil, entre outros,
Na determinação do máximo divisor comum;
Na resolução de equações diofantianas lineares;
Na representação de inteiros em bases de sistemas de numeração
Vejamos então a essência deste algoritmo:
Dados sejam inteiros 𝑎, 𝑏 > 0 , 𝑎 > 𝑏; caso não, trocam -se os números.
1° Passo: Existem 𝑞0 , 𝑟1 ∈ 𝑁 ∪ {0} tais que:
𝑎 = 𝑏. 𝑞0 + 𝑟1 𝑒 0 ≤ 𝑟1 < 𝑏. 𝑆𝑒 𝑟1 ≠ 0 , segue passo a seguir
2° Passo: Existem 𝑞1, 𝑟2 ∈ 𝑁 ∪ {0} tais que:
𝑏 = 𝑟1. 𝑞1 + 𝑟2 𝑒 0 ≤ 𝑟2 < 𝑞1. 𝑆𝑒 𝑟2 ≠ 0 ,segue passo a seguir
3° Passo: Existem 𝑞3 , 𝑟3 ∈ 𝑁 ∪ {0} tais que
𝑟1 = 𝑟2. 𝑞2 + 𝑟3 𝑒 0 ≤ 𝑟3 < 𝑞2 . 𝑆𝑒 𝑟3 ≠ 0 ,Segue passo a seguir
⋮
𝑘0 Passo: Existem 𝑞𝑘−1 , 𝑟𝑘 ∈ 𝑁 ∪ {0} tais que
𝑟𝑘 − 2 = 𝑞𝑘 − 1. 𝑟𝑘 − 1 + 𝑟𝑘 𝑒 0 ≤ 𝑟𝑘 < 𝑞𝑘 − 1 .
O processo continua até que apareça um resto 0 num passo;
𝑛°-éssimo Passo : 𝑟𝑛 = 0.
Módulo de Teoria de Números. 63
Exemplo:
a) 4𝑥 + 5𝑦 = 6 (𝑎 = 4, 𝑏 = 5, 𝑐 = 6);
Demonstração:
𝑏 𝑎 𝑎.𝑏
𝑎. 𝑥 + 𝑏. 𝑦 = 𝑎. (𝑥0 + 𝐷 . 𝑘) + 𝑏. (𝑦0 − 𝐷 . 𝑘) = 𝑎. 𝑥0 + 𝑏. 𝑦0 + 𝐷 𝑘 −
𝑏.𝑎
𝐷
. 𝑘 = 𝑎. 𝑥0 + 𝑏. 𝑦0 + 0 = 𝑐
Notas
1. Antes da resolução da EDL verificamos se ela possui solução pelo
teorema 3.9;
2. Cada inteiro 𝑘 gera uma solução (𝑥,𝑦) o que significa que, se uma EDL
verificar o teorema 4.3,então ela terá uma infinidade de soluções.
(𝑥,𝑦)=(𝑥(𝑘),𝑦(𝑘))
Uma vez verificada a existência da solução, deve-se encontrar a solução
particular para se obter a solução geral. Para determinarmos a solução
particular, podemos usar o método de tentativa ou o seguinte
procedimento:
1.Aplicamos o algoritmo Euclidiano sobre 𝑎 e 𝑏 e estabelecemos a
combinação linear do mdc segundo o teorema de Bézout.
2.Caso 𝑐 ≠ 1, multiplicamos ambos os membros da combinação de D para
ter 𝑐;
3.Depois da multiplicação, escrevemos a expressão numérica de 2. de
modo a obtermos a solução particular (𝑥0,𝑦0);
4.Obtida a solução particular, compomos a solução geral pela formula
(4.3). Caso seja um problema redutível à uma EDL dá-se uma resposta
conveniente ao problema.
Exemplo :
a) Resolver a EDL 32𝑥 + 9𝑦 = 7.
Solução: Neste exemplo, vamos executar as operações passo à passo.
Temos que verificar, primeiro, se a equação tem solução em Z.
𝑎 = 32 e 𝑏 = 9; 𝑚𝑑𝑐(32,9) = 1 e 1|32. Pelo teorema 4.3 a equação tem:
Solução.
Procuremos a solução particular para depois compormos a solução geral.
Procurando a solução particular (𝒙𝟎 , 𝒚𝟎 )
Módulo de Teoria de Números. 66
52 = 37.1 + 15;
37 = 15.2 + 7;
15 = 7.2 + 1;
7 = 7.1.
A combinação linear do mdc é: 37. (−7) − 52. (−5) = 1 , da qual resulta
,por multiplicação ambos membros da mesma por 6,a solução particular
(𝑥0, 𝑦0) = (−42, −30) e que por sua vez gera a solução geral
(𝑥, 𝑦) = (−42 − 52. 𝑡, −30 + 37. 𝑡) , 𝑡 ∈ 𝑧 0 .
A solução do problema deve obedecer as seguintes restrições:
𝑥≥0
(1) { (por serem números naturais).
𝑦≥0
(2) Os números procurados N devem satisfazer a condição 𝑁 ≤ 10000
Ora 𝑥,𝑦 e 𝑁 dependem do parâmetro 𝑡.Neste contexto estaremos
procurando valores do parâmetro que verificam as duas restrições.
Analisemos o que cada restrição implica na determinação dos valores do
parâmetro.
𝑥≥0 −42 − 52. 𝑡 ≥ 0
(1) { ⇔{
𝑦≥0 −30 − 37. 𝑡 ≥ 0
−52. 𝑡 ≥ 42 𝑡 ≤ −0.806
⟺{ ⇔{ ⟺ 𝑡 ≤ −1
−37. 𝑡 ≥ 30 𝑡 ≤ −0.81
Como t deve ser inteiro.
Lição n° 05
Módulo de Teoria de Números. 70
Teorema 5.2. ( teste de número primo) :Se o inteiro 𝑎 < 𝑛2 não for
divisível por qualquer inteiro 𝑞 < 𝑛 ,então 𝑎 é primo.
Demonstração (por absurdo)
Admitamos que 𝑎 não é primo. Então 𝑎 admite um divisor efectivo, seja
ele 𝑝 Assim teremos 𝑎 = 𝑝. 𝑞
Como, por hipótese,𝑎 não admite nenhum divisor menor que 𝑛,então
teremos
𝑝 ≥ 𝑛 e 𝑞 ≥ 𝑛 donde 𝑝. 𝑞 ≥ 𝑛2 𝑒 consequentemente 𝑎≥𝑛2,o que contradiz
a hipótese.
Exemplo : Verificar, se 17 é primo.
Solução: 17<52. pondo 𝑛 = 5,os inteiros menores que este são 𝑞 =
1,2,3,4. Como 17 não é divisível por nenhum destes 𝑞,então 17 é primo.
Este teorema é utilizado no processo de determinação de números
menores ou iguais à um inteiro 𝑎 dado.
Este processo é conhecido pelo nome de crivo de Eratóstenes (275-194
a.C) e consiste no seguinte:
1°. Escrevem-se todos inteiros desde 2 até 𝑎;
2° Eliminam-se todos os múltiplos de 2. (exceptuando 2).
Pelo teorema anterior, todos os inteiros menores do que 22=4,não
eliminados, são primos, portanto 3 é primo;
3° Eliminam-se todos os múltiplos de 3,exceptuando 3;
Pelo mesmo teorema, todos os inteiros menores do 32 =9,não eliminados,
são primos; portanto 5,7 são primos.
Assim se procede sucessivamente até chegar um inteiro não eliminado
cujo quadrado seja igual ou maior do que 𝑎. Então todos inteiros não
eliminados e menores do que 𝑎 são primos.
Um dos resultados notáveis no estudo de inteiros primos é estabelecido
pelo (teorema fundamental da aritmética): qualquer inteiro 𝑎 , diferente de
1,admite pelo menos um divisor primo.
Demonstração:
Lembremo-nos que qualquer inteira ou é primo ou é composto. Por isso
conduziremos a demonstração observando estes dois casos.
a) Se 𝑎 é primo, 𝑎 é o próprio divisor primo;
b) Se 𝑎 é composto, então admite pelo menos um divisor efectivo e se
admite mais que um, então indiquemos o menor por 𝑝.
Módulo de Teoria de Números. 75
Lição n° 06
CONGRUÊNCIA NOS INTEIROS.
Introdução
Desde os primórdios existiram a necessidade de contagem e são
exactamente os números naturais que estão envolvidos com esta ideia de
quantidade, os números naturais tiveram suas origens nas palavras
utilizadas para a contagem de objectos, começando com o número um.
Teorema de Fermat
Módulo de Teoria de Números. 77
0 1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12 13
… … … … … … …
1520 − 𝑘 = 7𝑞
1520 7
217 Resto 1.
Módulo de Teoria de Números. 78
Conclui -se que esse resto é 1 e que, portanto, 1520 está na segunda
coluna. Logo, daqui a 1520 dias será um sábado.
Inteiros Congruentes
Definição: Sejam a e b inteiros quaisquer e seja m > 0 um inteiro fixo não
nulo. Dizemos que a é congruente a b modulo m se, somente se, m | a-b.
Escreve-se em notação: 𝑎 ≡ 𝑏(𝑚𝑜𝑑 𝑚).
Exemplo 3.3: se 𝑎 = 15 ; 𝑏 = 3, 𝑒 𝑚 = 4.
1. 15≡ 3 (𝑚𝑜𝑑 4), 𝑝𝑜𝑖𝑠 15 − 3 =
3.4, 𝑞𝑢𝑒𝑟 𝑑𝑖𝑧𝑒𝑟 𝑞𝑢𝑒 4 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒 12, 𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑗𝑎 4|12.
2. −4 ≡ 2 (𝑚𝑜𝑑 3); 𝑝𝑜𝑖𝑠 3| (−4 − 2), 𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑗𝑎 −
6 é 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑠𝑖𝑣𝑒𝑙 𝑝𝑜𝑟 3.
+
[0] [0] [1] [2]
EXERCICIOS
Módulo de Teoria de Números. 81
[0]
[1] [1]
[2] [3]
[3] [2]
Unidade IV
Conjunto ℚ. Conjunto dos Números Racionais.
Construção Algébrica.
Introdução.
Na unidade III aprendeste a construção dos números inteiros e suas
propriedades. Nesta unidade descreveremos o conjunto dos números
racionais, conjunto sobre o qual construiremos algebricamente. No
contexto do ensino básico ou médio, um número racional é apresentado
como razão entre dois inteiros, onde razão significa divisão. Aqui
definiremos razão e divisão a partir do conjunto dos inteiros e suas
propriedades já demonstradas. Utilizaremos o conceito de relação de
equivalência a partir dos inteiros, ou seja o que nos interessa é a
construção lógica formal (conceito na base de classe de equivalência) do
conjunto dos racionais, do mesmo modo que utilizamos para construção
dos inteiros a partir dos naturais.
Objectivos da Unidade
Lição n° 01
Construção Algébrica de Q.
Introdução
Nesta sua lição você estudará a construção algébrica do conjunto dos
números racionais.
Operações em Q.
Objectivos da Propriedades em Q.
lição.
Módulo de Teoria de Números. 84
Demonstração:
Solução:
equivalência, isto é :
𝑆
ℚ= = {[(𝑎, 𝑏)]: (𝑎, 𝑏) ∈ ℤ 𝑥ℤ∗ }
𝑅
Observações:
A definição (4.1.4) exprime que o conjunto dos números racionais
é colecção de todas as classes de equivalência dos elementos
(𝑎, 𝑏) ∈ ℤ 𝑥ℤ∗ ) da relação de equivalência em consideração.
𝑎
Cada classe de equivalência [(𝑎, 𝑏)] = 𝑏 pode ser identificada
𝑎
como quociente ou com a fracção 𝑏 e algebricamente representa o
𝑎 𝑥
conjunto solução da equação𝑏 =𝑦 em ℤ.
4.1.2. Operações em ℚ.
𝑎 𝑐 𝑎𝑑 + 𝑏𝑐 2 1 2.4 + 3.1 8 + 3 11
+ = = + = = =
𝑏 𝑑 𝑏𝑑 3 4 3.4 12 12
𝑎 𝑐 𝑎𝑐 2 1 2.1 2 1
Multiplicação: 𝑏 . 𝑑 = 𝑏𝑑 = 3 ∗ 4 = 3.4 = 12 = 6
Módulo de Teoria de Números. 86
𝑎 𝑐 𝑎 𝑑 𝑎𝑑 2 1 2 4 8
Divisão: 𝑏 : 𝑑 = 𝑏 . 𝑐 = 𝑏𝑐
= 3:4 = 3∗ 1 = 3
iguais.
4.1.2. Propriedades em Q.
Demonstração:
1. Comutativa da adição:
𝑎 𝑐 𝑒
Sejam 𝑟, 𝑠, 𝑡 ∈ ℚ com 𝑟 = 𝑏 , 𝑠 = 𝑑 , 𝑡 = 𝑓
𝑟+𝑠 =𝑠+𝑟?
𝑎 𝑐 𝑎𝑑 + 𝑏𝑐 𝑏𝑐 + 𝑑𝑎 𝑐 𝑎
𝑟+𝑠 = + = = = + = 𝑠+𝑟
𝑏 𝑑 𝑏𝑑 𝑑𝑏 𝑑 𝑏
𝑓: 𝑧 ⟶ 𝑄
𝑛 𝑛
𝑛 ∋ ℤ∗ ⟶ , 𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑗𝑎 𝑓(𝑛) = = 𝑛.
1 1
Pela definição desta aplicação, fica obvio, que ℤ ⊂ ℚ . Ainda esta função
garante uma extensão de ℤ para ℚ , por possuir as seguintes propriedades:
1.Injectividade :
𝑛 m
Se 𝑓(𝑛) = 𝑓(𝑚), então temos 1 = (pela definicao)
1
Lição n° 03
Equações Diofantianas Lineares com
Coeficientes Racionais. (EDLr)
Introdução.
Nesta lição, você vai ter a noção de equação diofantiana linear racional;
aprender a resolver este tipo de equações como foi feito em
ℤ, agora em ℚ e a aplicar na modelação de certos problemas.
Objectivos da
lição.
Módulo de Teoria de Números. 89
𝑆(𝑞) = ∑ 𝑎. 𝑞𝑘 = 𝑎 + 𝑎. 𝑞 + 𝑎. 𝑞2 …
𝑘=0
Módulo de Teoria de Números. 90
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
Exemplo: para a P.G 𝒂𝒏 = 𝟐𝒌 = 𝟏 + 𝟐 + 𝟒 + 𝟖 + ⋯ +
𝑆𝑁 = ∑ 𝑎. 𝑞𝑘 = 𝑎 + 𝑎. 𝑞 + 𝑎. 𝑞𝑁 + ⋯ + 𝑎. 𝑞𝑁−1
𝑘=0
1 − 𝑞𝑁
= 𝑎. , 𝑐𝑜𝑚 1 − 𝑞 ≠ 0.
1−𝑞
𝟏 𝟏 𝟏
Exemplo: Dada seja a progressão geométrica 𝒂𝒏 = 𝟐𝒌 = 𝟏 + 𝟐 + 𝟒 + ⋯ +
𝟏
𝟐𝑵−𝟏
.
Solução:
1
2 1 1−𝑞 𝑛 1− 𝑁
3
Para a P.G, 𝑎𝑛 = 3𝑘 , temos 𝑎 = 2 , 𝑞 = 3 𝑒 𝑆𝑁 = 𝑎. 1−𝑞
= 2. 1 =
1−
3
3. (1 − (3−𝑁 )).
Logo: lim 3. (1 − (3−𝑁 )) = 3. lim (1 − (3−𝑁 )) = 3.1 = 3.
𝑁→∞ 𝑁→∞
Exercicios.
Caro estudante verifique a convergência ou a divergência das seguintes
series Geométricas abaixo:
I. ∑∞
𝑛=0 5
−𝑛
e II. ∑∞ 𝑘
𝑘=0 4 .
Módulo de Teoria de Números. 91
Lição n° 02
Representação de Dízimas Finitas e
Infinitas Periódicas em Fracções.
Introdução.
Nesta sua lição você estudará representação das dízimas finitas e infinitas
periódicas em fracções.
Objectivos da
lição.
Módulo de Teoria de Números. 92
Exemplo:
𝒓 = 𝒂. 𝒔
2 4
Exemplo : 𝑠 = 3 é divisor inteiro de 𝑟 = 3, pois existe um inteiro a,
4 2
nomeadamente 𝑎 = 2, tal que 3 = 𝑎. 3
Exemplo:
3 9 1
𝑢 = 𝑚𝑑𝑐𝑔 ( , ) =
2 5 15
1 3 9
Porque 𝑢 = 15 é divisor inteiro comum de 2
𝑒 5, em virtude de existirem
1 3 1 9
inteiros 𝑠 𝑒 𝑡 tais que 15 = 𝑡. 2 ⟹ 𝑡 = 10; 15
= 𝑠. 5 ⟹ 𝑠 = 27
𝑢 𝑟
Onde 𝑣 é a forma irredutível da fracção 𝑠 .
3 7
Exemplo: achar 𝑚𝑑𝑐𝑔 ( , ).
2 4
Solução:
3 3
3 7 𝑢 2 3 4 6 3 7 𝑢 2 3
𝑟= , 𝑠= ; = = . = ⟹ 𝑚𝑑𝑐𝑔 ( , ) = = =
2 4 𝑣 7 2 7 7 2 4 𝑟 6 12
4
1
=
4
3 7 1
Resposta: 𝑚𝑑𝑐𝑔 (2 ; 4) = 4
𝑎 𝑐 𝑚𝑑𝑐(𝑎,𝑐)
Então: 𝑚𝑑𝑐𝑔 (𝑏 ; 𝑑) = 𝑚𝑚𝑐(𝑏,𝑑)
Exemplo:
3 7 mdc(3,7) 1
mdcg ( ; ) = = .
2 4 mmc(2,4) 4
Módulo de Teoria de Números. 94
Exemplo:
Solução:
31 23
Os coeficientes da equação são: 𝑎 = 3,1 = 10 ; 𝑏 = 2,3 = 10.
31 23 𝑚𝑑𝑐(31,23)
Pelo teorema ou proposição 4.3.4: temos: 𝑚𝑑𝑐𝑔 (10 ; 10) = 𝑚𝑚𝑐(10,10) =
1
10
= 0,1.
Módulo de Teoria de Números. 95
1
Está claro que 10
é divisor de 13, pois existe um 𝑎 ∈ ℤ, tal que 13 =
1
𝑎. 10 ⟹ (𝑎 = 130).
0,7 = 1. (0,1) + 0
0,1 = 0,8 − 0,7 = (3,1 − 2,3) − (2,3 − 2[0,8]) = 3,1 − 2,3 + 2. (0,8)
= 3. (3,1) − 4. (2,3)
𝑏 2,3
𝑥0 + 𝑢 . 𝑘 ⟹ 𝑥 = 390 + 0,1 . 𝑘 ⟺ 𝑥 = 390 + 23. 𝑘
onde: 𝑘 ∈ ℤ0
𝑎 3,1
𝑦0 − 𝑢 . 𝑘 𝑦 = −520 + 0,1 . 𝑘 𝑦 = −520 + 31. 𝑘
𝑥 = 390 + 23. 𝑘
Solução:
1 1 𝑚𝑑𝑐(1,1) 1
Temos que : 𝑚𝑑𝑐𝑔(0,25 ; 0,10) = 𝑚𝑑𝑐𝑔 (4 ; 10) = 𝑚𝑚𝑐(4,10) = 20 =
ℤ ∋ 𝑚 ∈ [−247, −202].
𝑥 = 500 + 2. (−202) = 96
𝑦 = −1000 − 5. (−202) = 10
Unidade V
Conjunto ℝ. Conjunto dos Números
Reais. Construção algébrica.
Introdução.
Na unidade IV aprendeste a construção dos números racionais e suas
propriedades. Nesta unidade descreveremos o conjunto dos números reais,
conjunto sobre o qual construiremos algebricamente, a partir dos cortes de
Dedikind.
Objectivos da Unidade
Lição n° 01
Construção Algébrica do
Conjunto dos Números Reais.
Introdução
Nesta sua lição você estudará a construção algébrica do conjunto dos
números reais.
Operar em R.
lição.
Módulo de Teoria de Números. 99
Estas são formas nas quais os números reais são abordados na matemática
escolar, entretanto,faremos aqui uma construção rigorosa deste conjunto a
partir dos números racionais com suas propriedades, assim como foi feito
nos conjuntos anteriores.
dado 0 < 𝜀 ∈ ℚ, pelo lema anterior existe um numero natural 𝑛ℇ tal que
𝑛ℰ . 𝜀 > 2, (𝑞 = 2, cota superior para o conjunto (𝑥𝑛 ≤ 𝑞)), escrever
2 1 𝜖
𝑛𝜖 . 𝜀 > 2, isto equivale a 𝑛𝜖 > 𝜀 que por sua vez equivale a 𝑛𝜖
< 2.
1 1 𝜖 𝜖
|𝑥𝑚 − 𝑥𝑛 | = |𝑥𝑚 + (−𝑥𝑛 )| ≤ |𝑥𝑚 | + |𝑥𝑛 | = + < + =𝜖
𝑚 𝑛 2 2
Portanto (𝑥𝑛 ) é uma sequência de Cauchy.
Definição 5.3: uma sequência (𝑥𝑛 ) de números racionais é dita ser
convergente em ℚ , se existe 𝐿 ∈ ℚ tal que , para todo 𝜔 > 0, existe 𝑛0 ∈
ℕ com a propriedade, |𝑥𝑛 − 𝐿| < 𝜔, ∀𝑛 > 𝑛0 .
O número L, defenido acima, se existir, sera chamado de limite da
sequência (𝑥𝑛 ). Neste caso, diremos que a sequencia converge para L e
indicaremos por 𝑥𝑛 → 𝐿.
Existem tantas sequências de Cauchy quantos são os números
racionais,pois, qualquer que seja o número racional r, a sequência
constante (𝑟𝑛 ) = (𝑟, 𝑟, 𝑟, . . . ) é de Cauchy. Dentre as sequências de
Cauchy, algumas são convergentes: como as sequências constantes; uma
1 2 3
como (2 , 3 , 4 , . . . ) e uma infinidade de outras mais.
Unidade VI
Conjunto ℂ. Conjunto dos Números
Complexo. Construção algébrica.
Introdução.
Na unidade V aprendeste a construção dos números reais e suas
propriedades, a partir das classes de equivalência das sequências de
Cauchy. Nesta unidade descreveremos o conjunto dos números complexo,
conjunto sobre o qual construiremos algebricamente, a partir dos reais.
Objectivos da Unidade
Lição n° 01
Construção Algébrica do Conjunto
dos Números Complexos.
Introdução.
Nesta sua lição você estudará a construção algébrica do conjunto dos
números complexos (imaginários).
Operar em ℂ.
lição.
Módulo de Teoria de Números. 106
Demonstração:
2. Associativa da Adição.
4. Comutativa da Multiplicação