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Introdução.............................................................................................................................................................1
Objectivos.............................................................................................................................................................2
Metodologia..........................................................................................................................................................2
Impactos dos principais indicadores macroeconómicos de Moçambique..............................................................3
As demonstrações financeiras..............................................................................................................................3
Índices económicos...............................................................................................................................................3
O Produto Interno Bruto (PIB)............................................................................................................................3
Indicadores Macroeconómicos de Moçambique...................................................................................................4
Panorama Económico...........................................................................................................................................5
Desafios ao desenvolvimento................................................................................................................................5
Conclusão.............................................................................................................................................................7
Bibliografia...........................................................................................................................................................8
Introdução
As demonstrações contáveis fornecem inúmeros dados sobre as empresas, tais como bens, direitos,
obrigações, lucros e prejuízos. Contudo, para que estes dados possam produzir informações e
assim nortear decisões dentro da empresa é necessário analisá-los. Analisar envolve escolher
indicadores, compará-los, chegar a conclusões e tomar decisões. O objectivo das empresas com fins
lucrativos é garantir retorno satisfatório aos seus accionistas, diante disso, uma análise financeira
criteriosa pode tornar um diferencial para estas.
Os índices constituem o instrumento básico para análise de balanços e para diagnóstico da situação da
empresa. Os índices mais utilizados e apresentados na literatura podem ser divididos em três
grupos: liquidez, estrutura e rentabilidade (SECURATO, 2012; MATARAZZO, 2010). Estes são os
mais utilizados, pois permitem uma visão ampla da situação financeira da empresa, das decisões de
endividamento e da rentabilidade sobre o capital investido, captando assim informações sobre a
parte económica e financeira da entidade. Além disso, a análise do desempenho de indicadores
macroeconómicos do país torna-se fundamental, pois interferem directamente nas vendas,
investimentos e captações. Este trabalho tem o objectivo de verificar a influência dos indicadores
macroeconómicos nos índices de rentabilidade em Moçambique.
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Objectivos
Geral - Conhecer o impactos dos principais indicadores macroeconómicos de Moçambique.
Específicos
Conceituar o produto interno bruto (PIB)
Analisar os principais indicadores macroeconómico moçambicanos.
Esclarecer os panoramas económicos do crescimento económico moçambicano.
Descrever os desafios que Moçambique tem no crescimento macroeconómico.
Metodologia
Este trabalho é uma pesquisa bibliográfica, desenvolvida a partir de material já elaborado,
principalmente de livros e artigos científicos. O método foi à análise das diferentes obras e compará-
los, até obter-se um contexto harmonioso e sensato para o desenvolvimento deste artigo.
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Impactos dos principais indicadores macroeconómicos de Moçambique.
As demonstrações financeiras
Para Matarazzo (2010), a análise de balanços interessa um amplo grupo de usuários tais como:
fornecedores, clientes, bancos, corretoras de valores e público investidor, concorrentes, governo e
os dirigentes da empresa.
Índices económicos
A macroeconomia analisa a determinação e o comportamento dos grandes agregados como renda e
produto nacional, poupança e consumo agregados, investimento, emprego e desemprego, nível geral
de preços, stock de moeda e taxa de juros, balanço de pagamentos e taxa de câmbio.
A política macroeconómica visa alcançar o pleno emprego dos recursos, estabilidade de preços,
distribuição justa da renda e crescimento económico, para tanto, o governo utiliza a política fiscal, a
política monetária, a cambial e comercial e a de rendas (VASCONCELLOS, 2002).
Diante disso, este tópico apresenta seis indicadores macroeconómicos que serão analisados
juntamente com os índices de rentabilidade das empresas: Produto Interno Bruto (PIB), taxa SELIC,
taxa de câmbio, Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) e a taxa de desemprego, sendo a maioria destes indicadores já
tradicionalmente utilizados em pesquisas anteriores (PEREIRA et al., 2015; CERETTA et al., 2009;
DOROFTI; JAKUBIK, 2015; COMBEY;
TOGBENOU, 2017). Estes indicadores permitem uma análise do cenário económico do país, e foram
seleccionados para indicar o desempenho do país com sua produção, o controle de suas taxas de juros
e câmbio e como reflexo destas acções, como estão a confiança do empresário, a inflação e o
desemprego. Estes indicadores permitem mensurar o que ocorre no país e interferir nas expectativas.
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O Produto Interno Bruto (PIB)
É definido como o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um país em um
dado período de tempo. Dessa forma, ele soma tanto os bens tangíveis quanto serviços intangíveis não
incluindo bens intermediários (MANKIW, 2009). Segundo Classificação Nacional de Actividades
Económicas (CNAE, 2017) a indústria de produtos alimentícios situa-se no grupo da indústria de
transformação.
O Comité de Política Monetária (CPMO), órgão do Banco de Moçambique, considera que a evolução
dos principais indicadores macroeconómicos do país, com destaque para o Produto Interno Bruto e a
Inflação, mantêm uma trajectória favorável e consistente com o programa estabelecido.
Em face do comportamento favorável destes indicadores e das suas previsões de curto e médio prazo
que indicam uma inflação baixa e estável, inferior à meta anual de 6,0%, aquele o Banco Central
decidiu intervir nos mercados interbancários de modo a assegurar o cumprimento da meta da Base
Monetária, fixada em 54.250 milhões de Meticais.
O CPMO também decidiu reduzir a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência em 75pb, para
7,5%, com efeitos imediatos, manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Depósitos em 1,50%
e Manter o Coeficiente de Reservas Obrigatórias, fixado em 8,0%.
No primeiro ponto, o banco considera que no mercado cambial, o dólar norte-americano voltou a
fortalecer-se face às moedas das restantes economias do bloco. Os bancos centrais deste grupo de
países decidiram manter as suas taxas de juro de política no mês de Setembro, num cenário em que o
Federal Reserve dos EUA anunciou o fim do seu programa de compras mensais de activos financeiros,
enquanto o Banco Central do Japão o manteve com vista a estimular a actividade económica.
A nível regional, as economias locais registaram em Setembro, uma desaceleração da inflação anual,
com a excepção de Angola, onde este indicador observou um ténue incremento. Informação preliminar
indica um aumento da inflação anual na Zâmbia (7,9%) e uma redução em Moçambique (1,28%).
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Todas as moedas da região registaram perdas nominais face ao dólar dos EUA, com destaque para o
kwacha do Malawi, que aumentou a depreciação nominal para 27,9%, enquanto o Rand sul-africano
reduziu para 10,3%. Os bancos centrais destes países decidiram manter as suas taxas de juro de
política, com a excepção de Angola e do Malawi, que incrementaram as suas taxas em 25 pb e 2,5 pp,
para 9,0% e 25,0%, respectivamente.
Segundo Instituto Nacional de Estatística (INE) “O Banco Central considera que o Índice de Preços
no Consumidor (IPC) da cidade de Maputo registou uma variação positiva de 0,06%, após cinco
meses consecutivos de variação mensal negativa, contra a variação de 0,23% em igual período de
2013”.
Desta forma, a inflação acumulada acelerou para 0,05%, enquanto a inflação anual e média
mantiveram o comportamento de desaceleração, fixando-se em 1,28% e 2,63%, respectivamente. O
comportamento da inflação mensal na cidade de Maputo continuou a reflectir a variação dos preços da
classe de bens alimentares e bebidas não alcoólicas, cuja contribuição foi igual à variação mensal do
índice geral (0,60 pp). Os produtos com as maiores contribuições para a variação mensal positiva de
preços foram o tomate, os veículos automóveis, o repolho, a alface e o arroz.
Seguindo a trajectória do IPC Maputo, o IPC de Moçambique, indicador que incorpora os índices de
preços das cidades de Maputo, Beira e Nampula, registou em Outubro uma variação mensal positiva
de 0,13%, após -0,17% em Setembro de 2014, tendo a inflação acumulada incrementado para 0,85%.
Contudo, a inflação anual e média anual reduziu para 2,12% e 2,88%, respectivamente. A trajectória
do IPC Moçambique foi influenciada pela classe de alimentação e bebidas não alcoólicas, tendo
contribuído com 0,12 pp positivos para a variação do índice geral.
Panorama Económico
Espera-se que a economia de Moçambique recupere gradualmente em 2021, mas subsistem riscos
substanciais de uma queda devido à incerteza em torno do caminho que seguirá a pandemia da
COVID-19 (coronavírus). Embora a economia tenha registado em 2020 a sua primeira contracção em
quase três décadas, espera-se que o crescimento recupere a médio prazo, atingindo cerca de 4% em
2022.
Como assinalado na recente actualização Económica de Moçambique (Março de 2021), o país precisa
de avançar com a sua agenda de reformas estruturais à medida que a pandemia se vai atenuando. A
curto prazo, as medidas de apoio às empresas viáveis e às famílias seriam cruciais para uma
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recuperação resiliente e inclusiva. Na fase de recuperação, as políticas centradas no apoio à
transformação económica e à criação de empregos, especialmente para os jovens, terão uma
importância crítica. Intervenções direccionadas para apoiar as mulheres e aliviar as desigualdades de
género, assim como para aproveitar o poder da tecnologia móvel, podem apoiar o crescimento
sustentável e inclusivo a médio prazo.
Desafios ao desenvolvimento
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Conclusão
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Bibliografia
ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
BANCO de Moçambique. Taxa de câmbio.
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