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Relatório 2

3 de maio de 2023

Spectra:
uma coleção de empresas fechadas para
investidores muito pacientes
No relatório de hoje, você vai encontrar:
๏ A apresentação de um tipo de fundo diferente: o private equity, que aplica em empresas não listadas em
Bolsa e por isso exige um horizonte mais longo, sem acesso aos recursos investidos, que - no caso do
fundo recomendado de hoje - pode chegar a 12 anos;
๏ A recomendação do Spectra VI Latam, um fundo de fundos de private equity pela primeira vez
disponível a investidores quali cados, ou seja, que declaram mais de R$ 1 milhão em investimentos
Pauloa Cesar
nanceiros (até então a gestora só atendia Sampaulo
pro ssionais, com mais de R$ 10 milhões), com aplicação
pcsampaulo@hotmail.com
mínima de R$ 25 mil e, atenção, reserva somente até 15 de maio.
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Casa do Pão de Queijo, SmartFit, iFood, Zee.Dog… o que essas empresas têm em comum? É possível que
somente sejam nomes familiares pra você porque um dia estiveram nas carteiras de fundos de private
equity. E assim ganharam escala, e visibilidade.

Um amigo costuma dizer que "Private Equity" parece nome de balada chique. Parece mesmo. Um pouco
menos chique do que no passado, entretanto. O que até pouco tempo atrás só era oferecido a investidores
pro ssionais – com mais de R$ 10 milhões em patrimônio nanceiro – de uns tempos pra cá tem aparecido
também na oferta para clientes quali cados, que declaram mais de R$ 1 milhão em investimentos.

Nem tudo que tem sido oferecido é bom e, importante dizer, esse é um mercado de alto risco e baixa
liquidez – você vai entender tudo no relatório de hoje. Mas não vou esconder meu contentamento em
recomendar pela primeira vez investimentos do tipo pra você compor o portfólio. E por meio do instrumento
que considero ideal para você: fundo de fundos.

Se você me acompanha há algum tempo, já me viu falar em um podcast que, no dia em que houvesse uma
forma de meus clientes acessarem o fundo que vou recomendar hoje, poderia me aposentar. A alegria que
me dá escrever este relatório, entretanto, me faz pensar que estou mais feliz trabalhando e que você vai ter
que me aguentar por muito mais tempo recomendando fundos.

Mas, reitero, estou muito satisfeita em poder recomendar hoje o fundo de fundos de private equity da
Spectra, gestora que acompanho há muito tempo e até então acessível somente a investidores
pro ssionais, distribuída discretamente nas gestoras de fortunas e serviços de private banking. E, sim,
tenho a pele em jogo: também serei investidora do produto.

Mas vamos por partes…

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O que é um fundo de private equity?

Um fundo de private equity investe em empresas. Ele tem duas diferenças principais, entretanto, em relação
aos fundos de ações com os quais você já tem intimidade.

A primeira diferença é que as empresas em que esses fundos compram participações não estão
listadas em Bolsa. São fechadas. E, sendo assim, não seguem todas as regras de governança e
transparência das companhias que já zeram o famoso IPO (Inicial Public Offering).

Com frequência, inclusive, antes de estrear na Bolsa, as companhias passam por um fundo de private
equity, dentro do qual ganham estrutura de governança e injeção de capital para crescimento e preparação
para uma nova fase, a de capital aberto.

Ou seja, aqui está um tipo de fundo que, de forma geral, não tem equivalente no investimento direto. Você
di cilmente conseguiria ter sociedade nessas companhias, porque esse acesso não existe via Bolsa. Às
vezes é uma empresa familiar ou com um número limitado de sócios.
Paulo Cesar Sampaulo
pcsampaulo@hotmail.com
A segunda distinção é que a equipe do fundo costuma participar de forma direta da gestão das
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empresas compradas. É comum que executivos da gestora se transformem em executivos das
companhias, façam parte efetivamente do dia a dia. O papel da gestão aqui vai além de identi car
empresas promissoras – é também de ajudá-las a destravar valor.

Diferentemente da maior parte dos fundos aos quais você se acostumou, o fundo de private equity tem
começo, meio e m. Ele abre por um período para captar recursos, depois fecha as portas e investe os
recursos em uma seleção de empresas.

A equipe da gestora acompanha essas companhias de perto, participa da gestão e o desinvestimento só


acontece muitos anos depois, com a devolução dos recursos aos cotistas. E assim o fundo de private equity
se desfaz.

É comum que uma gestora de private equity tenha vários fundos, em diferentes fases do processo. Ela pode
estar captando em um produto novo, por exemplo, enquanto outro já entrou em fase de desinvestimento.

Por que investir em private equity?


David Swensen, o diretor de investimentos da Universidade Yale e maior referência em alocação de fundos
do mundo, costumava falar em uma aceitação inteligente da iliquidez. Abrir mão do acesso a uma parte
dos seus recursos no curto prazo tem um potencial de aumentar seu retorno no longo prazo – desde que,
obviamente, esse dinheiro seja bem investido.

Na abordagem que cou conhecida como “Modelo de Yale”, Swensen escalou o fundo da universidade de
US$ 1,3 bilhão, em 1985, a US$ 30 bilhões quando faleceu, em maio de 2021. Dentre os seus princípios
está o de que, como a maior parte dos participantes do mercado valoriza excessivamente a liquidez,
investidores sérios se bene ciam ao abraçar ativos menos líquidos.

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Em bom português, assim como o tomate encarece quando todo mundo quer comprar tomate, ativos
líquidos são mais caros porque são mais desejados – poucas pessoas topam esperar. Quem tem paciência
tende a se bene ciar ao comprar ativos menos desejados, muitas vezes mais baratos não porque são ruins,
mas por ainda não estarem maduros.

É como comprar um bom vinho e esperar por seu envelhecimento em vez de bebê-lo às pressas. A
paciência tem valor.

Será que tem mesmo? A Spectra, gestora que vou apresentar a você no relatório de hoje, pode nos ajudar
aqui. Ela fomenta uma base de dados quantitativos e qualitativos sobre a indústria de private equity em
parceria com o Insper.

Spectra e Insper zeram um estudo profundo de 381 fundos de private equity e venture capital (que
investem em empresas ainda menos maduras) captados entre 1994 e 2020, incluindo produtos de toda a
América Latina que investem no Brasil.

A conclusão do levantamento foi que private equity e venture capital são investimentos lucrativos apesar
das turbulências econômicas locais e mesmo tendo em conta a desvalorização do real no período. A taxa
média anual de ganho foi de 17,5% no período, o que equivale a, descontados todos os custos, um
retorno, em média, de 1,93 o valor investido pelos cotistas. Ou seja, para cada R$ 100 investidos,
voltaram R$ 193.

Os resultados superaram o desempenho do Ibovespa e do CDI no período, assim como do MSCI Emerging
Markets, índice que acompanha o desempenho de ações de média e alta liquidez em 24 países
emergentes.

Você que está aqui já sabe, mas nunca é demais repetir: retorno passado não signi ca retorno futuro, mas
isso pode ajudar você a ter uma ideia de Paulo
resultados nessa
Cesar indústria. O fato é que, ao investir em private
Sampaulo
equity, se espera que abrir mão de liquidez no presente se pague no longo prazo.
pcsampaulo@hotmail.com
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Por que um fundo de fundos?


Poder recomendar a você a adição de fundos de private equity ao portfólio é um desejo antigo meu, como
boa discípula de David Swensen. Por muito tempo, entretanto, isso foi impossível, já que a maior parte dos
produtos era restrita a investidores pro ssionais, que declaram mais de R$ 10 milhões em investimentos
nanceiros, como expliquei.

Mesmo com a ampliação da oferta, mais recentemente, de fundos de private equity a quali cados – que
declaram mais de R$ 1 milhão em investimentos nanceiros – restou um entrave à recomendação: eu não
gostaria que você tivesse apenas um fundo de private equity. Nem três.

Pensando na sua construção de portfólio, gostaria que você tivesse vários fundos de private equity e que os
comprasse em momentos diferentes.

No m das contas, estamos falando do investimento em companhias fechadas, nem sempre líderes em
seus setores ou consolidadas. Diversi car o momento de entrada nelas é importante, ainda mais
considerando que vivemos em um país emergente, em que a macroeconomia não é exatamente um
passeio no parque – e isso, claro, afeta a vida das empresas, mesmo as melhores.

Com a aplicação mínima em geral elevada dos bons fundos de private equity, seria difícil compor essa
carteira com qualidade.

Daí vem o fundo de fundos: uma cesta com uma seleção de fundos de private equity, construída a
partir de análises quantitativas e qualitativas de uma equipe especialista no segmento. Foi o que vi na
Spectra, como vou mostrar pra você abaixo. Você investe em um único fundo e se expõe ao potencial de
retorno da categoria com risco, sim, porém mais controlado, graças à diversi cação.

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Essa é a solução ideal, ao meu ver, para você adicionar esse tipo de produto à sua SuperCarteira.
Nela, o fundo da Spectra entra na caixa da Valorização, no tipo Pimentinha – dado o risco mais alto do
que em fundos de ações e a necessidade de um horizonte muito mais longo de investimento, em geral de
mais de dez anos em fundos de private equity.

Quem é a Spectra?
A Spectra foi fundada em 2012 e se especializou em analisar e selecionar fundos de private equity em toda
a América Latina. Apenas os aprovados no crivo da equipe, hoje de 24 pessoas, entram no portfólio.

Pra cada fundo em que deseja investir, a Spectra destaca um sócio e um analista responsável pela análise
da oportunidade. Esse time coleta todas as informações relevantes sobre a transação e as resume em um
memorando de investimentos. A esse memorando são adicionados pareceres de advogados e consultores.

Depois dessa etapa, é convocado um comitê de investimentos do qual participam os sócios da Spectra. Os
investimentos são realizados se houver o aval da maioria, mas o objetivo é, sempre que possível, chegar a
aprovações unânimes.

O trabalho não termina aí. Depois que o investimento é feito, a equipe se mantem atualizada por meio do
contato permanente com as gestoras dos fundos investidos – além de buscar oportunidades no mercado
secundário.

Uma das marcas da Spectra é combinar diferentes estratégias na composição do portfólio. Ela vai além de
investir em ofertas primárias, ou seja, de fundos de private equity que estão estreando no mercado.
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A isso se somam a entrada em ofertas secundárias – comprando barato de investidores que desejam sair
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de fundos antes do vencimento – e também os coinvestimentos. No último caso, o fundo da Spectra compra
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participação direta nas empresas juntamente com outros fundos de private equity que identi caram essas
oportunidades.

A estratégia mista tem vários benefícios. Ao atuar também no mercado secundário, o fundo de fundos ca
menos sujeito a um único ciclo econômico – já que passa a ter momentos distintos de compra de empresas.
Além disso, acaba tendo no portfólio empresas em diferentes estágios de maturidade na criação de valor
que se espera de um fundo de private equity, que precisa de tempo para funcionar.

Pra completar, ao atuar no mercado secundário, a Spectra aproveita o que poderíamos chamar de
promoções: na média até aqui, as aquisições foram feitas com 40% de desconto em relação ao preço
estimado para os ativos.

O coinvestimento, por sua vez, traz uma economia de custos. Ao entrar diretamente em empresas
juntamente com gestores parceiros, o fundo de fundos evita pagar taxa de administração para o fundo que a
selecionou.

Até aqui, o Múltiplo de Capital Investido (MOIC) para os desinvestimentos já feitos foi de 3,9 vezes. De
forma simpli cada, isso signi ca que, para cada real investido, voltaram R$ 3,90. É claro que isso não
signi ca que o mesmo vai se repetir no futuro – private equity é um investimento de risco.

A gestora também se preocupa em não focar os investimentos em uma única tese ou setor. Até aqui, o
recordista foi o segmento de tecnologia, porém sem concentração excessiva, com 19,9% dos recursos
investidos. Varejo, serviços nanceiros, construção, agronegócio, óleo e gás, infraestrutura, utilidade
pública, saúde, imobiliário, educação, logística e alimentação estão entre os setores que já passaram pelas
carteiras.

A estrutura de fundo de fundos também evita concentração em uma única empresa. Para se ter uma ideia, a
exposição máxima por companhia no Spectra V, o fundo mais recente captado, foi de 2,8%. A média é de
0,2%.

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A diversi cação é uma característica que traz tranquilidade ao investir em empresas não listadas, já
que se espera que várias delas sejam investimentos ruins. Mas, de forma alguma, o gestor de private
equity espera acertar sempre. Ele espera, sim, que os acertos sejam grandes tacadas, que
compensem os fracassos.

Quer dois exemplos de empresas que podem ter feito parte do seu dia a dia e se multiplicaram de valor
dentro dos portfólios da Spectra? Zee.Dog, de itens para pet, e Liv Up, de refeições congeladas. Não sei
você, mas eu já passei meu cartão nos dois.

Spectra VI Latam: nosso fundo recomendado


Diferentemente dos fundos de investimento que apresentei a você até aqui, os produtos da Spectra
nascem, crescem e morrem, assim como os fundos de private equity que os recheiam.

Eles abrem as portas para investidores quando nascem, depois investem os recursos comprometidos ao
longo de muitos anos com o objetivo de rentabilizá-los. Por m, os investimentos são liquidados e o dinheiro
de cotistas, devolvido.

Até aqui a Spectra geriu cinco fundos de fundos, pelos quais passaram 576 empresas, em que investiu de
forma direta ou, principalmente, por meio de fundos de private equity de outros gestores.

Ao todo, hoje, a casa tem R$ 6 bilhões sob gestão de fundos em estágios diferentes de vida, sendo que já
devolveu R$ 1,2 bilhão a clientes.

O fundo recomendado neste relatório é o Spectra


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É o sexto captado pela gestora em sua história e o
primeiro que não é restrito somente a investidores pro ssionais, ou seja, com mais de R$ 10 milhões de
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patrimônio.
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Para o sexto fundo, a casa está captando também com quali cados, que declaram mais de R$ 1 milhão
de patrimônio – e com uma aplicação mínima acessível para os padrões do segmento, de R$ 25 mil.

Ainda assim, a captação tem sido feita de forma bastante discreta, porque a gestora se preocupa com a
qualidade do passivo: ou seja, que quem invista saiba exatamente o que está fazendo. O produto tem risco
e exige horizonte de longuíssimo prazo, acima do de fundos de ações.

O Spectra VI tem acesso ao mesmo fundo master, que concentra a estratégia, de investidores estrangeiros
e institucionais. Ao todo, o alvo da gestora é captar R$ 2 bilhões.

Os fundos na Spectra seguem um rito: ao longo dos dois primeiros anos, a casa pode fazer investimentos
primários. Ao longo dos quatro primeiros, pode ir além e fazer também secundários e coinvestimentos. Daí
em diante, o plano é rentabilizar, para em seguida desinvestir os recursos e devolver.

O plano para o Spectra VI é fazer os investimentos de 2023 a 2027, sendo que o per l esperado do
portfólio é de 30% do patrimônio investido em fundos de private equity comprados no mercado
primário, 35% no secundário e 35% diretamente em empresas fechadas, via coinvestimentos.

O fundo VI já tem um investimento no portfólio, realizado no mercado secundário em conjunto com o


Spectra V: o private equity Invest Tech, especializado em tecnologia e telecomunicações e que tem
tem três empresas em carteira, SkyOne, Quality e Ahgora.

Até a devolução total dos recursos aos clientes o horizonte estimado é de 10 anos, prorrogáveis por
outros 2 – prazo importante para o caso de o momento previsto para encerramento do fundo não oferecer
uma boa janela para venda das empresas que compõem o portfólio, segundo explica Ricardo Kanitz, sócio-
fundador da casa, que tem no currículo a também renomada GP Investimentos.

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Depois que se encerra o prazo ao longo do qual o fundo pode fazer investimentos novos, de quatro anos, o
dinheiro proveniente de todos os fundos de private equity da carteira que têm seu prazo encerrado e das
empresas que são vendidas é devolvido aos cotistas à medida que essas operações acontecem.

Nos últimos fundos, a Spectra começou a devolver recursos aos cotistas – aproveitando oportunidades de
desinvestimento – por volta do quinto ano depois do investimento. Não é regra, entretanto – importante
contar que o dinheiro poderá car imobilizado por até 12 anos.

Além de private equity, o fundo pode investir em venture capital, que inclui empresas em fases menos
avançadas de maturidade. E pode ir além da América Latina, investindo em fundos globais até o limite de
5% do patrimônio.

A oferta do fundo para quali cados se encerra em 17 de maio, com reserva até o dia 15. A captação
para investidores pro ssionais está prevista para se encerrar no terceiro trimestre deste ano.

E os custos?
Ao analisar um fundo de fundos, a primeira pergunta a se fazer é sobre o custo. Nessa estrutura, dois níveis
de taxas se somam. É preciso remunerar a gestora que seleciona os fundos – nesse caso, a Spectra – e
também os fundos que recheiam a carteira, geridos por outras equipes e, portanto, com suas próprias taxas.

É como fazer um pedido no aplicativo de delivery. Você paga ao iFood pela seleção dos estabelecimentos e
por toda a logística, mas também precisa pagar pela refeição um valor que será repassado aos
restaurantes, certo?
Paulo Cesar Sampaulo
No nosso caso, a Spectra é o iFood. Ela cobra 1,25% ao ano de taxa de administração mais uma taxa de
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performance cujo percentual varia de 5% a 15%, de acordo com o desempenho do fundo de fundos. Ela só
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é cobrada se o retorno exceder IPCA + 8% ao ano.

Um ganho acima de IPCA + 10% ao ano ativa a taxa de performance de 10% e superior a IPCA + 12% ao
ano, os 15%.

O custo, entretanto, não acaba aí, é preciso pagar os restaurantes, digo, os fundos selecionados pela
equipe da Spectra para compor a carteira. No quinto produto da casa, por exemplo, entraram fundos de
private equity de diferentes gestoras, como Astella, Crescera, Kinea, BRZ Investimentos, apenas para citar
alguns nomes. E é preciso também remunerar a equipe delas.

A taxa média dos fundos em que a Spectra já investiu é de 0,8% de administração, mais 8,2% de
performance.

O resultado consolidado até aqui, somados todos os custos, é de uma taxa média de 1,8% de
administração com 18,2% de performance – o que considero atraente dada a complexidade da gestão. Bom
lembrar que a maior parte dos fundos multimercados e de ações no Brasil cobram 2% de taxa de
administração ao ano mais 20% de performance sobre algum referencial.

Como faço pra investir no fundo da Spectra?


Os fundos de private equity também costumam ter sua própria dinâmica de investimento. Em geral, a
pessoa se compromete a investir um volume de recursos e vai sendo chamada a aportar os recursos à
medida que as oportunidades aparecem.

Essa dinâmica era vista como um entrave para distribuição desses fundos de forma mais ampla, para
investidores que não teriam necessariamente mais de uma dezena de milhões de reais.

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O risco visto pelos gestores era o de ir à caça de oportunidades de investimento com base no valor
comprometido e, na hora de chamar capital, com a aquisição à vista, ouvir do cliente que o dinheiro já teria
sido usado para outro m.

Daí foi desenvolvido um formato especí co para captações mais amplas, chamadas de ofertas 400, ou
ofertas públicas, em que não há um número restrito de investidores que podem ter acesso.

A saída cada vez mais usada – e que vale para o fundo recomendado aqui hoje – é de que a pessoa física
invista todo o dinheiro comprometido em um fundo de renda xa, pós- xado, que funciona como um caixa:
no nosso exemplo, o SPECTRA VI FIC RENDA FIXA, de CNPJ 47.293.973/0001-20.

Aos poucos, um fundo de investimento em participações (FIP) – o Spectra VI Latam FIP Multiestratégia –,
estrutura usada pelo private equity de fato, vai chamando capital desse fundo caixa, ao mesmo tempo em
que chama o de outros investidores, sejam famílias multimilionárias ou institucionais.

Investir mais para o m do processo de captação de um fundo desse tipo é, assim, uma vantagem, de forma
a minimizar o tempo em que o dinheiro vai car parado em caixa. Por isso, a recomendação desse relatório
se dá na última janela de captação da oferta 400.

Isso signi ca que é preciso ser ágil. Você tem até o próximo dia 15 de maio para fazer a reserva do
fundo. O recurso será investido de fato no dia 17 de maio.

A oferta 400, recomendada neste relatório, está sendo distribuída somente pelas corretoras BTG e
Empiricus. De acordo com a Spectra, o produto não deverá car disponível nos aplicativos, será
preciso pedir ajuda a assessores, que vão fazer a aplicação.

A gestora quer que só invista no fundo quem realmente conhece a oportunidade, os riscos e o horizonte
longo. É o caso de você, que está lendo esse
Paulorelatório.
Cesar Sampaulo
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Apenas investidores quali cados podem aplicar no fundo e o tíquete mínimo é de R$ 25 mil. O pedido de
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reserva será para o fundo de renda xa Spectra VI (CNPJ 47.293.973/0001-20).

Feita a reserva, é preciso transferir os recursos a tempo. Pra que o investimento de fato seja feito, é preciso
que você tenha saldo na conta da corretora no dia 17 de maio. Caso contrário, a reserva será cancelada.

Como mencionei anteriormente, na nossa SuperCarteira, o fundo da Spectra entra na caixa


Valorização, no tipo Pimentinha, pelo risco embutido nos investimentos de private equity e também
pelo prazo longo de investimento. E por isso não recomendo que você invista nele mais de 3% de
todo seu patrimônio nanceiro.

Você já se acostumou a horizontes longos de investimento. Sabe, por exemplo, que recomendamos fundos
de ações para prazos mínimos de cinco anos. Está ciente, entretanto, de que, caso precise resgatar antes,
muitos desses fundos têm cotização em 30 dias. Ou seja, é possível resgatar, ainda que com perdas.

No caso do fundo de private equity, não se trata apenas de horizonte de investimentos, mas de
restrição real ao resgate. Por isso, essa precisa ser uma decisão bastante consciente. Depois de investir
no fundo, você vai perceber que, ao pedir resgate, aparecerá uma mensagem do tipo: “Não é permitido o
resgate pra fundos de condomínio fechado. Será necessário aguardar o término do prazo de duração do
fundo”.

Mesmo o acompanhamento dos resultados do fundo no curto prazo é mais limitado. Lembre-se de que, no
m das contas, o produto estará recheado de empresas fechadas, que não têm cotação em Bolsa todos os
dias. E que o valor real só será sabido quando a companhia for vendida lá na frente, depois de destravado
todo seu valor.

É claro que vamos acompanhar o fundo ao longo de sua história, conversando com a Spectra e trazendo
novidades. Porém, é importante você estar ciente de que será preciso ter paciência no caminho e lidar com
um pouco menos de dados sobre o retorno ao longo do processo, combinado?

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Spectra VI FIC FIRF

Qual é o CNPJ? 47.293.973/0001-20

Qual é a aplicação mínima? R$ 25 mil

Investidores quali cados: aqueles que


Quem pode investir? declaram mais de R$ 1 milhão em
investimentos nanceiros

Qual é o prazo de
Pode chegar a 12 anos
investimento?

Qual é a data limite para


15 de maio
reserva?
Paulo Cesar Sampaulo
pcsampaulo@hotmail.com
Quando o dinheiro precisa estar118.912.808-05
disponível na conta da 17 de maio, quando a liquidação acontece
corretora?

BTG e Empiricus/Vitreo
Onde encontrar?
(É preciso pedir ao assessor)

Um abraço,

Luciana Seabra.

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Luciana Seabra

Sou sócia-fundadora e chefe de análise da Indê Investimentos, analista CNPI e


planejadora nanceira (CFP®). Tenho formação em Comunicação e Economia e me
especializei em fundos de investimento e previdência. Oriento pessoas a investirem
melhor a partir de recomendações quali cadas tendo como princípio a
independência – me recuso a ser patrocinada por bancos, gestoras e corretoras, ou
receber comissões de qualquer natureza. Apenas clientes pagam pelo meu trabalho.

Fui premiada pela CVM, o órgão regulador do mercado, pelo meu trabalho de
educação a investidores. Fundei a casa de análise Spiti, da qual fui CEO até junho
de 2022. Escrevi o livro “Conversas com Gestores de Ações Brasileiros”, publicado
pela Companhia das Letras, e sou colunista convidada do E-Investidor, do Estadão.

Paulo Cesar Sampaulo


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Disclaimer. Este relatório de análise foi elaborado pela Indê Investimentos, de acordo com todas as exigências previstas na
Resolução CVM nº 20, de 25 de fevereiro de 2021. Tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar quem investe a
tomar sua própria decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de compra e/ou venda de
qualquer produto. As informações contidas neste relatório são consideradas válidas na data de sua divulgação. O(s) signatário(s)
deste relatório declara(m) que as recomendações re etem única e exclusivamente suas análises e opiniões pessoais, que foram
produzidas de forma independente, e que estão sujeitas a modi cações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas
condições de mercado. A analista responsável pelo conteúdo deste relatório e pelo cumprimento da Resolução CVM nº 20/2021 está
indicada acima, sendo que, caso conste a indicação de mais um autor no relatório, o responsável será o primeiro analista
credenciado a ser mencionado. Luciana Seabra está obrigada ao cumprimento de todas as regras previstas no Código de Conduta
da APIMEC para analistas de valores mobiliários. Os produtos apresentados neste relatório podem não ser adequados para todos os
tipos de investidor. Antes de qualquer decisão, investidores deverão realizar o processo de suitability e con rmar se os produtos
apresentados são indicados para o seu per l de investidor em sua corretora ou banco. A rentabilidade de produtos nanceiros pode
apresentar variações e seu preço ou valor pode aumentar ou diminuir num curto espaço de tempo. Os desempenhos anteriores não
são necessariamente indicativos de resultados futuros. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de
relacionamento da Indê Investimentos. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte,
qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da autora. A autora se exime de qualquer responsabilidade por
quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste relatório ou seu conteúdo.

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