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FIP CPA-20

FIP – FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES

Cabeção, participe comigo dessa aula, por que vou falar sobre Fundo de Investimento em Participa-
ções.
Tem gente que fala que os “FIP” são os futuros “FII” (Fundos Imobiliários). Os “FIP” são os novos
“FII”.
Sabe aquela “modinha” de Fundo Imobiliário, que todoyoutuber gravava um vídeo sobre eles? Da-
qui a pouco vai existir a moda dos vídeos sobre Fundo de Participação, por que eles vão ficar cada
vez mais populares.
“Participação” do quê? Participar, de estar junto e misturado. É ser sócio. Estou falando de socieda-
de. E a maneira dessa sociedade é comprando uma ação. Esses fundos compram ações de compa-
nhias, empresas. Em geral, sociedade aberta.
Eles são conhecimento popularmente como fundos de Private Equity. Pelo próprio nome, ele já
deixa claro o que faz. Ele vai comprar “equity” (patrimônio líquido da empresa). “Private” significa
privado. Portanto, o foco será se tornar sócio de empresas privadas.
Na escala do financiamento de terceiros para uma empresa, você encontra o “Love Money”, inves-
timento feito pelos familiares ou amigos. Pessoas próximas e queridas.
Depois de estruturado um pouco o negócio, pode chegar o anjo que vem do céu. Investidor anjo.
Um profissional, pessoa física. Pouco dinheiro, mas talvez suficiente pra alavancar.
Um degrau acima aparece o investidor semente, aquele investidor com uma carteira de empresas,
bem diversificada. Uma pessoa que pode agregar muito mais que dinheiro.
Quando for ver, chegou no venture capital. Praticamente, um tipo de FIP. Porém com foco em em-
presas mais embrionárias. No último degrau mesmo dessa escada, está o private equity. Não é obri-
gado a seguir todos nessa ordem, é possível pular etapas até chegar ao IPO (Initial Public Offering),
a oferta pública inicial na Bolsa de Valores.

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AULA EM PDF EXCLUSIVA PARA ALUNOS

Quando eu falo em IPO, quer dizer que a empresa bateu o martelo e decidiu abrir capital na Bolsa
de Valores. Pode ser no Brasil, por meio da B3 ( Brasil, Bolsa e Balcão) ou nos Estados Unidos, na
Nasdaq, por exemplo. Cada uma terá sua regulamentação. No Brasil, o órgão responsável por auto-
rizar e fiscalizar o processo de abertura de capital é a CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Nos
Estados Unidos, fica por conta da SEC (Securities and Exchange Commission ), a CVM deles.
Os Fundos de Investimentos em Participações precisam ter o mínimo de 90% do seu fundo cons-
tituído por ações, bônus de subscrição ou debêntures conversíveis (podendo ser convertidos em
ações, caso os titulares exerçam seus direitos). É possível investir também no exterior com limite de
até 20% do patrimônio do fundo. O gestor pode realizar operações via derivativos com a finalidade
de proteção.
Presta atenção aqui, cabeção! Tem exceção: investimento em Debêntures simples tem limite de
33%.
Vamos de um exemplo fácil pra ficar claro.
Uma empresa vale R$ 1 milhão. Eu vou com o Fundo e compro R$ 100 mil de equity (ações da em-
presa). E invisto mais R$ 100 mil, porém agora em debênture não conversíveis. Uma forma de em-
préstimo. A empresa terá que me retornar essa quantia no futuro.
A ideia de um Fundo de Investimentos em Partipacões é estar envolvido na empresa, sendo parte
dela. E não emprestar. Se o objetivo fosse emprestar, poderia ir em um FIDC, por exemplo. Por isso,
o percentual de 33%, o foco deve ser se tornar sócio dessas empresas.

Cabeção, um tópico muito importante para sua prova!


Existem quatro tipos de Fundo de Participações:
• Semente: foco em empresas com faturamento anual de R$ 16 milhões. Empresa de porte
pequeno. Taxas de crescimento elevadas. Maior risco.
• Empresas Emergentes: faturamento anual de até R$ 300 milhões.
• Infraestrutura: nichos específicos. Focado em empresas responsáveis pela infraestrutura
do país: energia, transporte, água e saneamento básico, irrigação e outras áreas tidas como
prioridade pela união (instrução CVM nº 578).
• Multigestão (Multiestratégia): não há regras.

Governo possui enorme interesse em fomentar a captação, uma vez que esse fundo irá trazer liqui-
dez para as empresas e desenvolvimento ao país. Isenção de imposto de renda a investidor pessoa
física (válido para ganho de capital e dividendos). Investimento destinado somente a investidor
qualificado. Condomínio fechado.

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