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O que são fundos imobiliários?

Fundos imobiliários são fundos de investimento fechados e sem resgate possível, porém que
investidores podem vender suas cotas, sempre constituídos por um administrador com o
principal objetivo de investir em ativos imobiliários, tais como hospitais, imóveis residenciais,
lajes corporativas, galpões logísticos, sedes empresariais, shoppings, imóveis residenciais,
imóveis de varejo e títulos de dívida imobiliária. Exemplos: CRI e LCI.

Ou seja, o brasileiro sempre gostou de investir em imóveis.

Mas existe uma forma bastante eficiente de aplicar recursos no mercado imobiliário evitando
alta concentração financeira, portanto, com ótima diluição de riscos.

Os fundos imobiliários foram introduzidos no Brasil em 1993 através da criação da Lei


8668/93.

Em 2004, a Lei 11.033 proporcionou a isenção de impostos de renda sobre os rendimentos de


vários instrumentos, tais como: CRIs, LCIs e LHs.

Já em 2005, a Lei 11.196 fez com que os fundos imobiliários ficassem isentos também, desde
que respeitassem algumas regras básicas, tais como:

• Nenhum cotista pode deter mais do que 10% do fundo

• O fundo deve ter no mínimo 50 cotistas em sua base

• O fundo deve ser listado na bolsa de valores (B3)

• Obrigação de distribuir 95% do resultado semestral

Já em caso de vendas das cotas, o investidor deverá pagar 20% de imposto de renda sobre o
ganho de capital. Eventuais prejuízos podem ser compensados no futuro.

Vale ressaltar que, os fundos imobiliários são instrumentos criados no modelo de um


condomínio fechado, onde o resgate das cotas não é possível.

Portanto, para “você entrar, alguém tem que sair”, ou pelo menos, vender uma parte das
cotas que possui.

Veja, portando, que FII é um “veículo” usado no mercado de capitais para dar acesso a
investidores que se interessam pelo ramo imobiliário (real estate).

No entanto, é de extrema relevância que os investidores saibam de fato o que é por trás
daquela “sopa de letrinhas” e busque conhecer os ativos imobiliários que fazem parte dos
fundos presentes na B3 hoje.
Conheça os empreendimentos

Não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível.

É importante dedicar uma parte do seu dia para isso e buscar pelo próprio Google Maps
acessar os endereços dos empreendimentos.

Quando possível, visite-os pessoalmente. Será um grande salto em seu processo de ensino-
aprendizagem e ainda terá muito mais segurança ao investidor o seu capital.

Possivelmente, se dedicar uma semana inteira para andar pelas principais avenidas de São
Paulo e Rio de Janeiro, você terá conhecido boa parte dos ativos presentes nos FIIs.

Claro, dá trabalho e te custará fazer isso. Mas valerá muito este esforço. Acredite!

A tangibilidade dos fundos imobiliários é mesmo algo fascinante. Conhecer os ativos, a região,
dá consistência e fica sempre aquele sentimento de que “está fazendo a coisa certa”.

Respirar o mesmo ar te colocará num patamar acima de vários outros investidores sem a
mesma disposição que você.

Mas como todos os investimentos, sempre há riscos.

Importante não só conhecê-los como também saber quantificá-los dentro de um contexto de


uma carteira amplamente diversificada.

No mercado de fundos imobiliários, isso não seria diferente.

Trataremos mais à frente sobre o tema com maior riqueza de detalhes, visto sua importância
no processo de maturação de um investidor que busca investir em fundos imobiliários de
forma consciente.

Destacamos apenas inicialmente que vacância (prolongada), revisionais (negativas) dos


aluguéis, inadimplência, deterioração, enfim, é importante observar como os ativos são
administrados para que o resultado de longo prazo seja de fato consistente.
Edifício Athenas, pertencente ao FII KNRI11. Nos fundos imobiliários você se torna sócio deste
prédio com aproximadamente R$ 150,00.

O que saber antes de investir

Observe que os pontos colocados acima podem, de alguma forma, serem “facilmente”
administrados quando se busca conhecimento de maneira adequada.

• Uma carteira de fundos imobiliários bem estruturada pode dar acesso a centenas de
imóveis e milhares de inquilinos.

• É possível começar a investir com pouco mais de R$ 2 reais, fazendo dos fundos
imobiliários o investimento mais “democrático” de toda indústria no mercado de
capitais.

• O investidor que começa da maneira correta e busca conhecimento tem mais


segurança e conforto para perpetuar seus investimentos.

Some tudo isso ao fato de que o conhecimento sólido é uma conquista para o resto da vida.

E, de alguma forma, podemos fazer parte de tudo isso ao longo de sua vida financeira.

Uma longa corrida rumo ao sucesso

Investir não é uma corrida de 100 metros.

É uma maratona.

Então a estrada é longa e temos de dedicar parte do nosso dia para isso. Não há almoço grátis.

Importante focar em materiais especializados em pesquisa imobiliária, bem como conteúdo


produzido como foco e ancoragem nos FIIs.

Algumas perguntas que precisam sempre estar na mente de um investidor de longo prazo:

• Quanto custa o m² do seu ativo e quanto está sendo negociado no mercado


secundário?

• Qual o valor do aluguel praticado no empreendimento?


• Qual a vocação da região e se os preços estão em linha com os mesmos praticados no
ativo avaliado no FII?

Após esta coleta de dados, é importante validá-los com seus pares.

A bem da verdade, no início tudo irá parecer muito difícil. E realmente, não é tão simples
quanto parece.

Veja esta analogia: quando começa a praticar exercícios físicos, especialmente uma academia,
o seu corpo fica dolorido, não é mesmo?

Logo depois de algumas semanas, observe que este incômodo começa a mudar, as dores
diminuem e o seu corpo irá responder de forma diferente.

Falhar um dia de academia irá te incomodar e lhe trará, inevitavelmente, um sentimento de


culpa, não é mesmo?

Investir em fundos imobiliários não é diferente.

No início, tudo parece muito confuso, mas aos poucos você vai se acostumando e quanto
menos perceber, magicamente, tudo ficará bastante cristalino e você fará parte de todo este
“universo”.

Cuidar do seu dinheiro de forma mais eficiente é um prazer incomparável.

Jogo de acertos e erros

Ao longo de uma vida de investimentos, é natural acertar e errar.

Obviamente, nos fundos imobiliários teremos casos de sucesso e fracasso.

A grande vantagem é que estamos em constante processo de evolução.

Se tivéssemos de fazer uma linha do tempo para os fundos imobiliários, até mesmo projetando
o que seria o futuro, teríamos algo assim:

Origem

• Mono imóvel e mono inquilino

• Gestão Passiva

• Investidor focado em renda

Presente

• Multi ativos e multi inquilinos

• Gestão Ativa

• Investidor mais diligente e ativista

Futuro

• Multi, multi, multi.

• Gestão Participativa

• Investidor “literalmente” qualificado (e parceiro)


O processo de evolução tem um longo caminho pela frente. É desafiador, mas é possível.

Espelharmos no mercado americano é um caminho óbvio, mas isso não quer dizer que
devemos replicá-lo integralmente. Basta absorver o que há de mais positivo e que seja
exequível em um país como o Brasil.

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Tipos e características dos fundos imobiliários

• Fundos de Renda (Tijolo)

Este é o tipo de fundo imobiliário mais tradicional que temos no mercado.

É simples de entendê-lo pelo fato de que o imóvel que gera receita para o fundo é puramente
tangível e o investidor consegue fazer um juízo de valor adequado.

Normalmente são lajes corporativas, galpões logísticos e industriais, hospitais, escolas,


agências bancárias, hotéis, shoppings centers, dentre outros.

Claro que os riscos deste fundo são maiores em termos de linearização de receitas, face o que
pode acontecer com um imóvel ao longo do tempo.

Neste caso, a “caneta” do Gestor tem grande peso para que os resultados sejam, de fato,
consistentes para o cotista.

• Fundos de Recebíveis

Estes são os chamados fundos de CRIs, conhecidos no mercado de maneira informal como
fundos de “papel”.

Os fundos de recebíveis imobiliários não possuem imóveis gerando receitas diretamente, e sim
são operações no mercado imobiliário onde os imóveis são usados como “lastro” no negócio.

Via de regra, estes fundos pagam prêmios robustos frente aos títulos públicos e mesmo ativos
de renda fixa privada.

Muitas das vezes, percebemos retornos líquidos superiores a 50%. Neste sentido, não temos
dúvidas quando falamos que os fundos de papel funcionam como ativos de renda fixa
“turbinada”.

A dissipação de risco nestes fundos é bem expressiva, visto que são tomadores corporativos
que buscam “funding”, portanto recursos para financiar suas próprias operações.

Além disto, temos CRIs ligados a shoppings centers, galpões logísticos com contratos BTS,
empreendimentos residenciais e loteamentos.

A função do gestor neste caso é ser extremamente diligente na escolha dos ativos que irão
compor a carteira do fundo. É uma operação de crédito como outra qualquer e tem que ser
avaliada com cuidado.

• Fundos de Desenvolvimento Imobiliário

Estes fundos são os mais complexos de serem avaliados por pessoas físicas em geral.

Os recursos captados são usados para desenvolver projetos, normalmente residenciais.


Durante o período de construção e posterior entrega, o lucro das vendas das unidades é
distribuído para os cotistas.

A questão é que este tipo de ativo pode ter rentabilidades muito variáveis e, para a pessoa
física, pode ser difícil interpreta-las de maneira assertiva.

Qualquer mudança de alguma premissa, o resultado pode ser fortemente impactado, por isso
a importância de acompanhar bem de perto os números que são colocados pelo gestor em
seus relatórios gerenciais mensais.

• Fundos de Fundos (FOF)

Este fundo funciona como uma grande cesta, onde todos os outros tipos de fundos
imobiliários podem ser adquiridos com o objetivo de integralizar o portfólio.

Aqui, a eficiência do gestor na troca de posições tem forte relação com a eficácia do resultado
no longo prazo.

Tem que ter consistência.

Não basta ter resultados isolados no tempo, até porque este tipo de fundo, evidentemente,
tem custos totais mais altos.

Por outro lado, os fundos de fundos são indicados para aqueles que não possuem tempo e
disposição para investir em FIIs.

É uma porta de entrada para aqueles também com pouco capital inicial, mas querem começar
a “testar” o funcionamento do mercado.

Sem dúvida alguma, são os fundos menos arriscados, justamente pelo fato de funcionarem
como uma grande cesta.

Via de regra, os FOFs possuem entre 20 e 25 fundos imobiliários em carteira, o que traz
naturalmente uma excelente dissipação (pulverização) de riscos específicos.

O que observar ao investir em FIIs?

Destacamos como principais pontos, os itens abaixo:

• Renda média anual real acima dos títulos públicos

• Benefícios Fiscais

• Renda recorrente

Por outro lado, não podemos deixar de observar que investir em fundos imobiliários lhe
permite receber receitas de várias fontes diferentes, além de 2 pontos de extrema relevância:

• Embarcando no negócio junto de locatários que também são interessados na operação

• Lastro (em case de “pane”), portanto, estatisticamente falando, um investidor de uma


carteira diversificada em fundos imobiliários não irá ver seu patrimônio ir a zero.

Dificilmente, você irá encontrar em outra classe de ativos uma diversificação interna com
tamanha eficiência.
Portanto, estamos certos de que a relação de risco/retorno é o que há de mais importante a
ser observado pelos investidores. E esta relação se torna extremamente sólida quando se opta
por uma carteira imobiliária no mercado de capitais.

O investidor deve sempre observar a origem de seu fluxo de caixa. Nos fundos imobiliários,
esta questão tem uma incrível tangibilidade, o que facilita a escolhas e o caminho a ser
tomado.

Logo mais adiante, trataremos deste tema com uma riqueza maior de detalhes.

Uma importante reflexão para o investidor

Possivelmente, uma das maiores dificuldades iniciais de um investidor que manifesta o


interesse em começar a investir em fundos imobiliários é não saber diferenciar o que é
Patrimônio do que é Investimento.

E isso deverá gerar efeitos colaterais não muito confortáveis. Querer vender o apartamento
onde mora, o carro, objetos pessoais, enfim, a vontade de começar a investir sem avaliar todo
o contexto, poderá gerar frustações.

Patrimônio é aquilo que lhe traz conforto, não só a você, como a toda sua família.

Escolher bons FIIs é fundamental, justamente pelo fato de buscar a perenidade no seu retorno
de forma consistente, crescente e sustentável.

Por fim, deixamos então uma mensagem de que o investidor deve procurar evitar conflito
próprio de interesses e valores.

Não misture o que é patrimônio do que é investimento.

O que esperar de ativos imobiliários?

Investir no mercado imobiliário é acreditar que a região será capaz de ser atrativa ao longo do
tempo e que a demanda por estes espaços será cada vez mais necessária a fim de se gerar
“negócios”.

Um imóvel tende a proteger o investidor contra a inflação quando avaliamos um longo


período.

Nem sempre esta premissa será verdadeira, mas, se imaginarmos que os ciclos imobiliários
devem ser levados geração a geração, podemos então assumir que é uma hipótese bastante
consistente.

Por outro lado, temos fundos que oferecem ao investidor ainda mais segurança quanto a isso.

Portanto, pensando numa carteira com alta diversificação interna de origem de receitas,
dificilmente um investidor ficará refém da inflação no longo prazo ao optar pelos fundos
imobiliários.

Todos investidores que se interessam por uma carteira diversificada devem ancorar suas
decisões nas 03 grandes fases de sua vida financeira.

• Acumulação de Patrimônio: fase em que o investidor busca adquirir bons ativos que
sejam capazes de gerar renda (dividendos) que possam ser reinvestidos integralmente.
• Fruição de Renda: nesta fase, o investidor busca equacionar suas despesas com a
geração de renda mensal a fim de trazer mais conforto pessoal e familiar. De toda
forma, uma parte será reinvestida a fim de preservar a segurança do próprio
patrimônio.

• Sucessão Patrimonial: é a última fase e deve ser observada com bastante atenção,
pois agora os herdeiros devem ser capazes de perpetuar todo esforço acumulado ao
longo destes anos.

Os Fundos Imobiliários são instrumentos fantásticos justamente pelo fato de permitir ao


investidor um planejamento mais adequado e sistêmico do fluxo mensal financeiro.

Ativos de valor

O mercado de fundos imobiliários no Brasil basicamente é formado por escritórios


corporativos (lajes comerciais) e galpões logísticos / industriais.

De forma simples e direta, queremos trazer aqui alguns pontos que devem ser observados ao
escolher ativos imobiliários de alto valor agregado:

• Sustentabilidade do Espaço

• Racionalização do Uso da Água

• Eficiência Energética

• Qualidade Ambiental Interna

• Materiais e Recursos

• Inovação e Processos de Projeto

Para isso, existem certificações ambientais que são emitidas por instituições com
reconhecimento internacional.

Em tempo, trazemos aqui alguns pontos que são específicos com relação aos galpões. Veja que
interessante e o que deve ser observado:

• Altura do pé direito

• Capacidade do piso

• Quantidade de docas por metro quadrado

• Eficiência de ocupação (área fabril x área locável)

• Distância entre pilares

• Sprinklers

• Pátio de manobras

• Vagas de espera

A tendência é que o mercado demande com mais intensidade ativos que sejam, de fato,
sustentáveis. Por consequência, os locatários serão cada vez mais seletivos em suas escolhas.

Os 03 pilares
Ao conhecer os fundos imobiliários, é fácil constatar que estes pilares se encaixam como uma
luva no processo de construção da vida financeira de um investidor maduro e consciente.

• Risco: uma carteira pode gerar receitas de diversas fontes.

• Retorno: a renda mensal harmônica e consistente consegue “bater” os principais


indicadores de mercado.

• Liquidez: dificilmente um investidor de pequeno e médio porte terá dificuldades de


“montar e desmontar” posições ao longo de uma semana, visto que R$ 25 milhões são
negociados por dia.

Investimentos é aquilo que você deve fazer para buscar gerar renda passiva, portanto, ter uma
carteira previdenciária alocada em fundos imobiliários para que, no futuro, possa lhe trazer
mais tranquilidade.

IFIX – Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários

O IFIX é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com os critérios
pré-estabelecidos.

Estes índices utilizam procedimentos e regras constantes do Manual de Definições e


Procedimentos dos Índices da BM&FBOVESPA.

Seu objetivo principal é funcionar como um indicador do desempenho médio das cotações dos
fundos imobiliários negociados no mercado secundário (balcão e B3).

Os ativos que fazem parte deste índice precisam ser listados, obviamente, onde a liquidez e o
patrimônio líquido (tamanho do fundo) são os principais indicadores na composição deste
índice.

Principais expectativas para o mercado Fundos Imobiliários no Brasil

É importante sempre observar se os gestores estão buscando realizar bons contratos. Esta é,
sem dúvida alguma, uma das principais proteções que o investidor pode ter, pois mostra que
seu imóvel está se mantendo competitivo ao longo do tempo.

Os gestores devem buscar ser cada vez mais ativos, mesmo que sejam em mercados
diferentes. Vivemos num país continental, com riquezas espalhadas e que precisariam ser
melhor aproveitadas.

Grandes centros urbanos e distritos industriais podem fazer com que o os fundos mobiliários
abra fronteiras e não fiquem concentrados apenas no eixo RJ/SP.

Afinal, quem tem o poder de compra? São os fundos imobiliários que, muitas das vezes, estão
com o caixa cheio e que podem fazer aquisições importantes.

Neste sentido, vale observar a capacidade do gestor gerar “alfa” aos investidores (cotistas),
portanto, extrair do mercado um resultado acima da média, onde você, não seria capaz de
fazê-lo de forma consistente e eficiente no longo prazo.

Um outro ponto que precisa evoluir cada vez mais, e é fato que já estamos percebendo
melhoras significativas neste sentido é a Relação com Investidores.
É importante ser transparente na exibição dos resultados pois os investidores de fundos
imobiliários precisam sempre de “dados” consistentes e claros para que possa manter seu
plano de alocação coerente com suas premissas.

Costumamos dizer que todo investidor de FIIs tem sempre um “problema” todo mês: onde
alocar o capital?

E esta resposta só é possível quando se tem informação de qualidade.

Alguns gestores começaram a perceber que é importante ter um website na Internet dedicado
ao fundo, para que o cotista possa ter sempre um retrato atualizado de seu patrimônio.

Possivelmente, nestes próximos anos, isso será uma realidade.

Entendemos que será um grande salto para a indústria de FIIs no Brasil e que diminuíram
consideravelmente os desencontros de informações que muitas vezes são percebidos no dia a
dia do mercado.

Investimento em Valor nos Fundos Imobiliários

É sempre bom ter parâmetros na hora de avaliar de o valor de um fundo imobiliário é mesmo
válido com base nas suas premissas.

Quero colocar 05 tópicos que irão ajudá-lo a traçar um ranking de valor que deverá ser útil não
só na formação, como também na manutenção de sua carteira de FIIs.

• Localização: é notório que imóveis bem localizados são mais resilientes e se


recuperam mais rápido após as crises. Alguns itens que podem ser usados como
referência à boa localização: fácil acesso, transporte público e integração com os
principais serviços.

• Padrão Construtivo: Cada vez mais os edifícios são premiados em função da sua
eficiência: energia, ambiente interno, tecnologia embarcada, dentre outros. Empresas
especializadas monitoram imóveis desde a construção até a entrega final, fazendo do
padrão construtivo um dos pontos mais importantes na escolha de um ativo
imobiliário.

• Inquilinos: Bons ativos funcionam como imãs para inquilinos de alta qualidade e
consequentemente, bons contratos. É importante observar o histórico das últimas
locações e avaliar se aquele ativo tem atraído inquilinos com bom perfil de risco.

• Gestão: Não é difícil perceber que um ativo com histórico de vacância prolongada, por
exemplo, tem retorno comprometido. Cada vez mais, a “caneta” do Gestor é capaz de
mudar completamente o resultado de um fundo imobiliário quando avaliamos
períodos maiores de tempo.

• Preço: observar valor negociado no secundário do m² além do aluguel médio do ativo.


Claro que é importante comparar “laranja com laranja”, então observe sempre a
região do imóvel e veja se há coerência nos preços praticados.

A Renda Mensal

Parece antagônico, mas estudos passados já nos mostraram que uma carteira de fundos
imobiliários tem um componente que se torna um seguro natural: A Renda Mensal.
Sim, ela mesma.

A Renda Mensal dá o “direito” de reinvestir em fundos que supostamente estejam sendo


castigados naquele período.

É como se fosse uma “Tropa de Cavalos”, onde você não tem a tarefa de alimentá-los para que
não deixar nenhum pelo caminho.

Escolher os “cavalos mais sadios”, ou seja, os melhores fundos (mais baratos) dentro do mês,
pode ser uma atividade leve e simples.

Alguns podem até achar desgastante, mas a nossa visão é que reservar uma parte do seu
tempo para cuidar do seu dinheiro é uma tarefa importante e que deve ser observada na sua
rotina diária (ou semanal).

Vamos seguir a seguinte linha de pensamento.

Vejamos:

• Observe o Passado:

Se o seu “seguro” é justamente a Renda Mensal, é importante (e fundamental) você buscar


ativos os quais, historicamente, não tenham “falhado” em sua distribuição mensal.

• Foque no Presente:

Estamos vivendo um momento de profunda crise econômica. Talvez, a mais grave da história
do Brasil. E o seu fundo? Como ele se comportou?

• Crie seu Futuro:

Você consegue visualizar de alguma forma este ativo gerando renda passiva? Observe a
propriedade, o negócio, a vocação da região, os concorrentes… enfim: “observe”.

Operacional de uma carteira diversificada

Com o tempo, uma carteira de fundos imobiliários vai se “auto remunerando” cada vez mais, e
claro, meu esforço adicional vai diminuindo.

Mais um motivo para mantermos fundos com perspectiva de renda crescente no longo prazo,
pois isso naturalmente irá diminuir a necessidade de aportes mais robustos a cada mês.

Cabe observar:

• Reinvista o máximo que puder e lembre-se que a “parte” da inflação é “obrigatória”.

• Procure manter metas mensais para novos aportes.

Esta é a mágica dos juros compostos.

À medida que o tempo passa, eles começam a agir e o resultado se torna cada vez mais
surpreendente porque os aportes já não influenciam tanto mais assim o resultado final.

Curioso é perceber que ao mudar estas projeções para outros investimentos mais tradicionais:
poupança, fundos de renda fixa com altas taxas de administração, previdência privada, dentre
outros, o resultado fica muito diferente.

Sobrevivendo ao mercado
Quando converso com pessoas que buscam conhecimento de forma autodidata dentro do
mercado de capitais, eles me dizem que, via de regra, gastam entre 3h e 4h diárias entre 8 e 12
meses.

Dizem também que ao longo do caminho, muitos compromissos pessoais e profissionais


surgem e isso dificulta o processo de formação de opinião e os estudos se perdem.

E acredite: poucos sobrevivem a esta “enxurrada” de informações.

Muitos ficam pelo caminho, o que é de certa forma, natural.

Ao tentar retomar, tudo parece confuso e distante.

Essa é a realidade mais comum que pude perceber nestes anos de “estrada”.

O maior desafio em um primeiro momento é:

• Como encontrar informações iniciais

• O que é importante observar

• O que deve ser evitado

• Diversificação seletiva de uma carteira

Por outro lado, com um pouco de dedicação, o investidor vai se acostumando com esta
dinâmica do mercado.

Afinal, investir em fundos imobiliários não é difícil. Possivelmente, é uma das classes de ativos
mais simples.

Não é simplório. É simples.

E isso é fascinante, pois o investidor começa a aprender a criar seus próprios racionais para
realizar escolhas estratégicas a fim de estruturar uma carteira verdadeiramente alinhada ao
seu perfil.

Ninguém nasce conservador ou agressivo.

O seu perfil (e suas escolhas) vai sendo moldado de acordo com o seu conhecimento.

E conhecimento gera segurança e conforto para investir.

Queda da Cota “versus” Queda na Renda

Esta matemática talvez seja um dos pontos mais complexos de ser observado pelos
investidores de fundos imobiliários.

Este movimento não é nada linear.

A grande questão é que no longo prazo, esta equação tende a se aproximar e tudo fará muito
mais sentido.

Portanto, um investidor deve buscar preservar o valor de sua carteira com ativos que tenham
mais consistência na geração de renda passiva real e que, acima de tudo, tenha um histórico
de distribuição sólido.
Veja, entraremos em um tema polêmico agora. Mas é importante que seja dito, até mesmo
para que o conhecimento seja levado de forma mais didática.

Quando uma área fica vaga ou mesmo quando ocorre uma revisional negativa em um ativo
imobiliário, é como se aquela área deixasse de existir para o investidor.

Repito. É polêmico.

Mas é importante entender que há um impacto real no patrimônio de um investidor quando


aquele ativo deixa de gerar renda (por algum motivo).

E isso refletirá, inevitavelmente, no valor patrimonial (VP) do fundo em algum momento.

Aceite esta premissa que tudo ficará mais fácil na hora de conduzir e se convencer de suas
escolhas.

Não há crescimento eterno.

Por outro, temos de observar os ciclos imobiliários, mas sabendo também que há “miniciclos”
individualmente em cada fundo.

Isso é fato e apenas um investidor com mais experiência no mercado será capaz de visualizar
isso com tamanha nitidez.

Observar os “sinais” dos fundos, pois um investidor diligente será capaz de perceber quando o
ativo começa a mostrar “cansaço”.

Repito.

Eis a importância da figura do gestor no sentido de observar o desenvolvimento da vocação da


região e criar alternativas (inovações) suficientes para o que o mercado continue olhando para
o ativo dando a mesma importância.

Ativos imobiliários precisam de reformas, modernizações e somente uma boa gestão será
capaz de manter aquele ativo competitivo na perenidade.

Só que isso tem um custo, claro.

Entendemos que avaliar relatórios gerenciais, informes mensais e trimestrais com certa
frequência e disciplina são caminhos mais seguros que um investidor de fundos imobiliários
deve buscar.

Além disto, aproxime-se de profissionais que levam informações de maneira imparcial, linear e
com qualidade para que possa ter acesso a visões holísticas do mercado imobiliário e de cada
fundo.

Sua decisão terá ainda mais segurança e conforto.

Mitos, Mistérios e Emoções

Investir nunca foi e dificilmente será uma tarefa trivial. A bem da verdade, buscar simplificar
seus estudos (e suas escolhas) é uma grande virtude.

É bem possível que a Tangibilidade dos fundos imobiliários seja nossa melhor expressão no
sentido em que o investidor consegue visualizar com mais consciência suas escolhas.

Mas até que ponto isso é mesmo um benefício real?


Difícil responder, ao passo que o investidor poderá criar uma relação de amor e ódio e
esquecer dos critérios matemáticos que moldam as suas próprias escolhas, ou que ao menos,
deveriam ser usadas como parâmetros verdadeiramente importantes para pautar suas
decisões.

O “Teste do Travesseiro” é a principal ferramenta a ser utilizada. Um sono tranquilo não tem
preço. E muitas das vezes, o investidor faz escolhas com certa dose de desconforto. Ele pagará
caro por isso, em algum momento.

A conta sempre chega, seja pelo retorno ao investimento pelas noites perdidas de sono.

Investir é também um estado de espírito. Não basta colocar seu dinheiro em algo que irá,
inevitavelmente, te fazer mal ao longo de sua vida financeira.

Muitas das vezes, os profissionais de mercado são questionados sobre o real sentido da
diversificação.

Não temos dúvidas que o tema é polêmico e, necessariamente, haverá diversas abordagens
com conclusões diametralmente opostas.

Não há resposta linear.

O próprio Warren Buffett, um dos mais bem-sucedidos investidores da história da


humanidade, diz que a diversificação mais muito pouco sentido quando se sabe o que está
fazendo.

Há quem diga que a diversificação não passa de uma simples proteção contra sua própria
ignorância.

É mesmo um tema polêmico.

Por outro lado, olhando para uma carteira de fundos imobiliários, onde a correção é bastante
positiva entre os ativos, a diversificação possa fazer mais sentido.

A proteção não será contra a ignorância, e sim, como forma de explorar a principal vantagem
dos fundos imobiliários: fluxo de caixa.

Sim, o fluxo de caixa é sem dúvida alguma, o principal chamariz para o investidor, que busca
através de uma carteira, a pulverização de fontes de receitas.

Veja que interessante. Seremos obrigados a voltar no próprio Warren Buffett que defende a
ferro e fogo a tese de que todo investidor deve diversificar sua fonte de receita.

Pois bem.

Uma carteira diversificada de FIIs poderá proporcionar milhares de fontes de receitas distintas.

Isso é simplesmente fascinante e deve ser levado em conta pelos investidores na hora de
realizar o balanceamento de sua carteira global, independentemente de sua fase da vida
financeira (acumulação, fruição ou sucessão).

O mercado imobiliário proporciona por diversas vezes momentos de dicotomia, onde o


investidor fica com dificuldades de se posicionar em ativos atrelados aos juros do mercado
(Selic / CDI) ou mesmo nos imóveis, especialmente nos fundos imobiliários.
De tempos em tempos, é importante reavaliar o contexto o qual estamos inseridos e nossas
premissas, e a partir daí ajustar as velas. Faça disto uma rotina.

Estratégias para Fundos Imobiliários

“O que seria do amarelo se todos gostassem apenas o azul?”

Não, não há uma única estratégia de investimentos.

Aliás, nunca haverá um caminho único.

Essencialmente, temos apenas 02 tipos de investidores no mercado: os passivos e os ativos.

O investidor passivo tende a montar sua estratégia de alocação comprando fundos após um
estudo mais aprofundado.

Esta posição dificilmente será substituída, a não ser em casos mais extremos.

Já o investidor com perfil mais ativo produz trocas na carteira em função de diversos critérios
(gatilhos).

Alguns são mais intensos e chegam a trocar de posições diariamente.

Outros procuram fazer alterações mais espaçadas, mesmo que seja apenas 1 ou 2 vezes
durante o ano.

De novo, não há melhor nem pior.

Tudo é uma questão de conforto (conhecimento) para que as decisões se mantenham em


linha com o perfil de cada investidor.

Independente do perfil (passivo ou ativo) de cada investidor, para se gerenciar uma carteira de
fundos imobiliários é importante definir parâmetros para que os mesmos possam manter uma
certa simetria no momento da alocação.

É válido destacar que não um piloto automático único e absoluto. Portanto, suas ações não
irão ficar engessadas. Pelo contrário.

Ao optar por sistematizar a alocação, o investidor é “forçado” de alguma forma a ter disciplina,
e isso evitará exposições desnecessárias a riscos desconhecidos, na maioria das vezes.

Em tempo, vale destacar que não há um tamanho exato para a carteira de fundos imobiliários,
apesar de que, em média, elas são estruturadas entre 20 e 25 fundos, divididos em diversos
setores e tipos.

A diversificação também é um ponto de extrema relevância para este contexto.

O investidor poderá buscar a diversificação ingênua, portanto, com percentuais semelhantes.


Esta estratégia é comprovadamente eficiente e elimina bastante os riscos específicos de cada
ativo.

Por outro lado, o investidor poderá buscar alocações direcionais com pesos diferenciados com
base nas oportunidades especificadas de cada um fundo naquele momento, seja por um
desconto maior ou mesmo por questão de diversificação interna do fundo.

Disciplina será sempre o nome do jogo.


Considerações finais

“Se todos os investimentos fosse carros, os FIIs seriam carros de corrida”

Acreditamos neste produto por entender que os fundos imobiliários sempre irão merecer um
espaço em uma carteira diversificada.

Da mesma forma, a nossa visão é de que conhecimento é a força motriz para gerar retornos
consistentes com segurança e conforto.

Portanto, informação de qualidade é o nosso compromisso.

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