Você está na página 1de 5

O que é uma carteira de

investimentos?

Uma carteira de investimentos é um portfólio em que um investidor


divide seu patrimônio aplicado em diferentes tipos de ativos. Ou seja,
é a representação do conjunto dos investimentos escolhidos e
realizados com o intuito de acumular mais dinheiro.
Por exemplo, um investidor pode ter a seguinte carteira teórica, que
possui ativos de renda fixa e também ações:
Na maioria das vezes, as carteiras de investimentos são
representadas em gráficos como esse, em formato de pizza. Isto para
conseguir demonstrar melhor a divisão e a proporção de cada um dos
investimentos do portfólio.

Para que serve uma carteira


de investimentos?

Uma carteira de investimentos serve, principalmente, para orientar o


investidor em sua tomada de decisão. Afinal, ela consegue demonstrar
como está distribuído o patrimônio investido nos diferentes ativos.
Então, caso o investidor deseje realizar um novo investimento, a
carteira pode ajudar na decisão se essa nova aplicação é, ou não,
interessante. Por exemplo, imagine que determinada pessoa possui
30% do seu patrimônio investido em diferentes empresas do setor
bancário: seguradoras, bancos, financeiras, corretoras, etc.
Então, esse investidor descobre uma nova ação de um outro banco e
fica interessado em adicioná-la ao seu portfólio. Caso ele não tivesse
um controle de carteira de investimentos, provavelmente não
perceberia que já está muito concentrado nesse setor, e acabaria
concentrando ainda mais seu patrimônio no setor bancário.
Além disso, a carteira também pode ser pré-definida pelo investidor
para orientá-lo em suas aplicações. Para isso, muitos costumam criar
um “portfólio ideal”. Sendo que ele irá orientar os novos aportes e
aplicações ao longo do tempo de maneira a chegar nesse ideal
definido.

5 passos para montar uma


carteira de investimentos

1 Perfil de investidor
O primeiro ponto, e o mais importante, para construir uma carteira de
investimentos é entender qual o perfil de investidor. Afinal, para cada
tipo de perfil existe um portfólio mais recomendado de investimentos.
Mas, primeiramente, é preciso deixar claro que todos os perfis de
investidor podem ter os mesmos tipos de investimentos que serão
tratados ao longo deste artigo. Contudo, o que irá mudar é a
proporção de cada um desses ativos dentro de uma carteira de
investimento.
E para determinar esse peso, o investidor deve saber qual o seu
perfil de investidor, que pode ser:
Perfil conservador: investidores com um perfil conservador
tendem a concentrar a maior parte do seu patrimônio em
investimentos de renda fixa. Tendo uma parte menor destinada para
investimentos em renda variável, como ações, FIIs e  ETFs
(Exchange Traded Funds).

Perfil moderado: Por conta disso, investidores moderados tendem


a alocar praticamente de maneira igual os investimentos em  renda
fixa  e em renda variável. Isto é, não renunciam ter parte de seu
capital em aplicações estáveis e seguras, mas também possuem
investimentos em renda variável, para conseguirem alcançar uma
rentabilidade maior ao longo do tempo.

Perfil arrojado: Os investidores com perfil arrojado, ou agressivo,


são aqueles que estão mais acostumados com o ambiente de bolsa
de valores e que toleram com tranquilidade ver as oscilações
patrimoniais decorrentes do investimento em ativos de renda variável,
como as ações, os FIIs e os ETFs.

2 Objetivos de investimento
Outro critério fundamental de ser analisado na hora de montar uma
carteira de investimentos diz respeito aos objetivos do investimento.
Isso porque, dependendo do propósito, as aplicações mais
recomendadas para o portfólio podem se alterar.
Por exemplo, caso o objetivo seja de comprar um imóvel em 10 anos,
talvez grande parte da carteira do investidor deve ser aplicada em
investimentos pós-fixados no tesouro direto indexados à inflação.
Já na hipótese de o objetivo ser de formar uma reserva de
emergência, talvez a melhor opção seja encontrar investimentos
de renda fixa com liquidez diária.

3.Prazo do Investimento:
Diretamente relacionado ao objetivo, o prazo do investimento também
se configura como um dos principais critérios que devem ser
analisados na hora de montar uma careira de investimento. Isso
porque, dependendo do tempo disponível, o peso de cada ativo no
portfólio pode ser diferente. No caso de investidores mais jovens, com
um espaço de tempo maior para investir, as aplicações em renda
variável deveriam ser mais relevantes na carteira. Por outro lado,
investidores mais maduros, com menos tempo, deveriam ter uma
parcela maior portfólio em renda fixa.

4.Tolerância ao risco:
A tolerância ao risco é, também, outro fator fundamental, e que se
relaciona com o tempo de investimento. Isso porque, quanto maior o
tempo do investimento, maior também a possibilidade de assumir
maiores riscos.
Nesse sentido, não é plausível que um investidor com aversão a
risco coloque em ações um dinheiro que vai precisar para fazer uma
viagem no final do ano. Afinal, os papéis podem perfeitamente
desvalorizar nesse tempo.
Contudo, caso o objetivo seja de se aposentar em, por exemplo, 10
anos, então talvez as ações e os FIIs (Fundos Imobiliários) podem ser
a melhor alternativa, apesar de mais arriscados em relação à renda
fixa.
Esse risco, portanto, é relativo. Por isso costumamos ouvir:
 “Investir em ações no curto prazo é arriscado. Não investir em
ações no longo prazo é mais arriscado ainda”.

Ou seja, investidores com um horizonte de tempo maior para investir


devem assumir mais riscos na renda variável. Contudo, aqueles com
menos tempo devem tentar equilibrar as aplicações em renda fixa e
variável dentro do seu portfólio.

5.Valor investido e aportes:


Por último, outro critério a ser considerado para montar a carteira de
investimentos é o valor investido e aportes. Isso porque, dependendo
da quantia, alguns investimentos podem não valer a pena.
Por exemplo, caso o investidor que deseja investir 1000 reais, sua
carteira pode ter um número reduzido de ativos. Afinal, ao longo do
tempo ele pode ir montando o portfólio segundo as oportunidades do
mercado.
Contudo, quem deseja investir 100 mil reais , já deve começar a
considerar montar uma carteira com mais ativos, para proteger melhor
seu patrimônio. Afinal, com essa quantia já é possível realizar a
compra de diversos ativos.
Existe também a questão dos aportes. Nesse sentido, caso o
investidor tenha uma quantia relevante para investir a cada mês, não
há tanto problema em montar uma carteira com menos investimentos
no início. Afinal, ao longo do tempo ele poderá acrescentar novos
ativos na carteira.
Contudo, se o investidor for investir uma grande quantia e se seus
aportes forem menos relevantes, então já é preciso começar a montar
uma carteira de investimentos com mais investimentos desde o início.
Isto porque será mais difícil de mudar o portfólio ao longo do tempo
com os aportes, que terão pouco peso sobre o patrimônio total.

Você também pode gostar