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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Plano Plurianual – PPA


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PLANO PLURIANUAL - PPA

• Plano plurianual (PPA) é um instrumento com visão estratégica. A partir dele, há um


direcionamento no nível operacional pela Lei Orçamentária Anual (LOA) conforme prio-
rizações destacadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO (intermediária entre o
PPA e a LOA).
• O PPA tem base constitucional (Art. 165, § 1º).
• Foi criado primeiramente em âmbito federal, pelo Presidente da República.
• Posteriormente, as constituições estaduais e leis orgânicas municipais passaram a
adotar o PPA.
• O PPA é uma lei, logo, a cada quatro anos pode haver mudanças conceituais. Foi o
que aconteceu com o novo PPA 2020-2023, que resgatou o conceito de programas
finalísticos.

Aspecto Constitucional do PPA


• Art. 165, § 1º, CF: dispõe que o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, diretrizes,
objetivos e métodos (D.O.M.).
– Diretrizes: caminhos a serem percorridos.
– Objetivos: resultados que se pretende alcançar.

5m – Metas: parcelas do objetivo (tanto quantitativas quanto qualitativas). Ex.: Se o obje-


tivo é construir 10 km de rodovia, pode-se ter a meta de, nos dois primeiros anos,
construir 5 km e de, nos dois últimos, mais 5.
• O PPA deve ser regionalizado (conforme CF).
• Os critérios para a regionalização ainda não foram definidos por falta de lei complemen-
tar. Essa lei complementar, inclusive, é citada como necessária no art. 165, § 9º, CF.

ATENÇÃO
Os critérios de regionalização caem muito em prova.

• No PPA, não precisam constar os mínimos gastos, mais corriqueiros (como energia e
combustível, por exemplo). Alguns desses gastos podem estar na LOA.
ANOTAÇÕES

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• No PPA, constam os gastos maiores, de relevância estratégica. Para se alcançar esses


resultados maiores, é preciso estabelecer diretrizes, objetivos e metas, mas se respei-
tando as particularidades de cada necessidade.
• Nesse sentido, o PPA da União leva em consideração as necessidades particulares de
cada região, por isso a Constituição estabelece que ele deve ser regionalizado.
• Há critérios para dividir as regiões:
– Um deles se chama macrorregional, pois divide o Brasil em cinco grandes blocos:
Sul, Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-oeste.
– O critério microrregional faz a divisão por entes da federação.
– Há também um critério de regionalização internacional, a partir do qual valores são
atribuídos a despesas internacionais, como ajuda financeira a embaixadas, socorro
financeiro em situações calamitosas etc.
10m – Outro critério de regionalização pode ser o populacional: despesas podem ser des-
tinadas a este ou àquele município, por exemplo, de acordo com o tamanho de sua
população.
• A CF não definiu o critério pelo qual deve ocorrer a regionalização: todos esses listados
acima são utilizados na prática.
• Essa falta de critério só existe para o PPA da União. Nas leis orgânicas dos outros entes
da federação, é diferente: a Lei Orgânica do Distrito Federal, por exemplo, já definiu o
seu critério de regionalização, que é o de regiões administrativas.

ATENÇÃO
Se a pergunta da prova for sobre o PPA de maneira genérica, sem especificar nenhum ente,
deve-se considerar o que diz a CF, ou seja, que não há critério de regionalização definido.

• O PPA é um planejamento de médio prazo, com duração de quatro anos.

Obs.: Esses quatro anos não coincidem com o mandato, pois eles são contados a partir do
2º ano do mandato até o término do 1º ano do mandato seguinte.

• Ele não visa atender todas as despesas, mas apenas algumas despesas de capital e
despesas com programa de duração continuada.
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Obs.: As despesas de capital que o PPA visa atender podem gerar outras despesas, que
podem ser também de capital ou, então, correntes.
– Despesa com programa de duração continuada: mais de um exercício financeiro (1º
de janeiro a 31 de dezembro).

• “Exercício financeiro” é o período em que se executa o orçamento público por meio


da LOA. No Brasil, ele é de 12 meses e coincide com o ano civil, mas não é assim em
15m
todo país. Em países como Itália, Suíça e EUA, o exercício financeiro também é de 12
meses, mas não necessariamente coincide com o ano civil.
• Despesa com programa de duração continuada é diferente de despesa obrigatória de
caráter continuado (DOCC: está no art. 17, LRF).
• Na despesa com programa de duração continuada, há um programa, nesse programa
estão as ações, que são traduzidas em despesas, correntes ou de capital, ultrapas-
sando um exercício financeiro. Já a despesa obrigatória de caráter continuado neces-
sariamente é uma despesa corrente que passa de dois exercícios financeiros.

ATENÇÃO
A mistura desses dois conceitos pode cair na prova para confundir.

Obs.: Esta aula não é sobre despesas, mas é preciso ter uma noção geral sobre o assunto
para entender o PPA.

• Despesa orçamentária (DO) é o gasto público, dividindo-se em despesa corrente (DC)


e despesa de capital (DK).
• DK é aquela que contribui para aquisição ou formação de bem de capital (patrimônio);
20m
ou ainda para redução do principal da dívida.
– Inversão financeira: aquisição de um bem de capital;
– Investimento: formação de um bem de capital;
– Amortização da dívida: redução do principal da dívida.
• DC é aquela que não contribui para nenhum dos elementos para os quais a DK contribui.
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• Diferença entre investimento e inversão financeira:


– Se o bem de capital (um carro, por exemplo) for novo, é investimento; se for usado,
25m
é inversão financeira.
– O investimento agrega ao PIB, a inversão financeira não.
• A amortização da dívida não contribui para criar nem para formar bem de capital, porque
ela é a redução do principal da dívida.

ATENÇÃO
Se na prova não for dito se o produto é novo ou usado, deve-se considerá-lo novo.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Anderson de Sousa Ferreira.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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