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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

LDO
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LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de nível tático porque o PPA foi divi-
são estratégica.
O LDO vai balizar a LOA que é instrumento operacional.

A vigência da LDO é de, aproximadamente, um ano e meio, o que a torna um


instrumento de curto prazo.
O PPA é um instrumento estratégico, a LDO uma divisão tática e a LOA uma
divisão operacional.
O PPA, apesar de ser estratégico, não é de longo prazo, é de médio prazo,
enquanto a LDO e a LOA são de curto prazo.
A atual lei do PPA é a Lei n. 13.707/2018: ela tem o número de 2018, mas é
denominada LDO/2019, é a atual lei de diretrizes que orienta a Lei Orçamentária
Anual (LOA) de 2019.
Quem criou a LDO?
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Ao longo da História e até 1988, não existia a LDO, muito menos o PPA. A
partir da Constituição atual, houve a criação do Plano Plurianual (PPA) e da LDO
para que a visão de planejamento ficasse completa (estratégica, tática e opera-
cional), para que o orçamento fosse, de fato, efetivado dentro de um programa
planejado.
O art. 165, § 2º, da CF estrutura a LDO.

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação
das agências financeiras oficiais de fomento.

A LDO compreenderá metas e prioridades extraídas por ela do PPA e a partir


dessas diretrizes definirá para a LOA quais despesas devem ser executadas a
partir de receitas e recursos arrecadados no período da sua vigência (a LOA tem
vigência anual).
Na CF está previsto que a LDO apenas orientará a elaboração, aprovação e
execução da LOA. O texto constitucional não está errado, mas também não está
completo, porque, na prática, a LDO não orienta apenas a etapa da elaboração,
mas TODAS as etapas da LOA.
A LOA passa pelas seguintes etapas:
• Elaboração – quando ainda nem é lei, é um projeto de lei orçamentária
anual, elaborado pelo Poder Executivo, que é balizado na LDO; de acordo
com tudo o que consta da LDO, o Executivo deve elaborar a sua proposta
de lei orçamentária anual;
• Aprovação – cabe ao Legislativo (Congresso Nacional) apreciar, votar e
aprovar esse projeto de lei, pautando as suas resoluções na LDO refe-
rente. Por essa razão, a LDO é feita um ano antes da LOA, porque ela
orienta essa LOA durante a etapa da elaboração e da aprovação;
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• Execução – é da competência do Poder Executivo, que deve executá-la


segundo as metas, prioridades da LDO.

A LDO deve orientar a LOA em todas suas etapas ou em todo o seu ciclo.
Dispõe também a CF que a LDO disporá sobre as alterações na legislação tri-
butária, e não que a LDO fará as alterações, ela trará no seu texto as alterações
promovidas pela lei tributária.
Quem altera o tributo não é a LDO, e sim as normas de Direito Tributário.
Dispor sobre as alterações na legislação tributária NÃO É O MESMO que alterar
ou condicionar/disciplinar as alterações, por exemplo, sobre aumento de alíquo-
tas. A LDO NÃO VAI alterar nem dar condições, orientar e disciplinar.
O Direito é um só. O Direito Tributário (atividade tributária do Estado, aumento
de alíquotas) está ao lado do Direito Financeiro (PPA, LDO, LOA).
Todas as vezes em que houver alterações no Direito Tributário, estas influenciarão,
diretamente, o Direito Financeiro – há treze fontes de receitas, uma delas é a tributária.
A LDO está sempre atenta ao Direito Tributário para poder comunicar à LOA
desde o projeto para que esta faça uma estimativa mais próxima da realidade
tendo em vista as alterações ocorridas no Direito Tributário.
O que é uma Agência Financeira Oficial de Fomento (AFOF)?
São bancos do Estado criados por este para dar fomento a alguma área, a
algum setor da economia ou região. Por exemplo, a Caixa foi criada para fomento
à habitação; o Banco do Brasil, à agropecuária; o BNDES, ao desenvolvimento
econômico e social; o Banco do Nordeste; o Banco da Amazônia.
Esses bancos poderão utilizar recursos da LOA para realizar empréstimos: o
empréstimo a juros feito por um banco significa despesa, mas esse valor empres-
tado é um recurso, é uma receita do banco disponibilizada para benefício de
outrem (mediante pagamento de juros). Essa concessão é uma despesa feita
pelo banco para que o outro lado obtenha uma receita.
Boa parte da proveniência do dinheiro desses bancos procede da LOA,
receita que não estará bancando despesas diretamente ligadas a cultura, edu-
cação, saúde, segurança, defesa. São recursos dados como empréstimos cujos
critérios e condições para a liberação têm contribuído, e muito, para a corrupção.
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Na essência, é bom que o Estado constitua algumas AFOFs nas quais ele
detenha o controle ou, pelo menos, a maior parte do controle para que possa
administrar isso e fomentar algumas regiões, algumas áreas.
O PPA definiu o programa temático “Minha Casa, Minha Vida”.
A Caixa, se tiver dúvidas sobre esse programa, quais são as diretrizes, obje-
tivos, metas, se quiser entender o programa, deve recorrer ao PPA.
Se a Caixa quiser saber quanto de recurso a LOA deste ano disponibilizará
para gastos na forma de concessão e empréstimo, é necessário consultar a LOA.
Se a Caixa quiser saber por onde começa o uso desse recurso, como aplicar,
conceder a quais famílias de quais regiões, o cronograma, é necessário consul-
tar a LDO, porque esta estabelece como aplicar as suas regras para a conces-
são e empréstimos e financiamentos.
O PPA de médio prazo (4 anos) estabelece diretrizes objetivas e metas, faz
isso de forma regionalizada, com critérios não definidos por lei complementar
que ainda não existe, e tudo isso para atender despesas de capital, bem como
outras delas decorrentes e as relativas aos programas de duração continuada.
O PPA visa atender, em especial, as despesas de capital (não todas) que a
LOA, mais tarde, executará. Se traz despesas de capital, estas precisarão de
um filtro: como o PPA define para quatro anos e a LOA é só de um ano, em uma
só LOA não é possível executar todas as despesas de capital que o PPA trouxe.
Por essa razão, a LDO estabelece quais dentre as despesas definidas pelo
PPA que a LOA daquele ano específico executará.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Anderson Ferreira.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.
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