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Administração Financeira e Orçamentária

Prof. Guilherme Pedrozo

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Administração Financeira e Orçamentária
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Administração Financeira e
Orçamentária
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RECEITAS E DESPESAS PÚBLICAS 3


Receitas Públicas – Aspectos Gerais 3
Receitas Públicas – Créditos Adicionais 4
Despesas Públicas – Aspectos Gerais 6
Endividamento Público 7

Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
Concursos Públicos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso,
recomenda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.

Bons estudos, Equipe Ceisc.

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RECEITAS E DESPESAS PÚBLICAS

Prof. Guilherme Pedrozo


@prof.guilhermepedrozo

Receitas Públicas – Aspectos Gerais


As receitas públicas são a entrada de dinheiro no público definitivamente. Esta definição
envolve assumir a diferença entre a receita do governo e receita simples ou fluxo de caixa, que
inclui valores transferidos para a Administração, mas seja por lei, ou por contrato estabelecido,
seja, ao um dado momento, descontado do Tesouro não é, portanto, não é uma entrada
definitiva, afastando-se da noção de renda.
Existem vários conceitos de receita. Ela apresenta, a depender da esfera doutrinária, vários
conceitos. Entretanto, para efeitos dos nossos estudos, interessa o conceito de receita pública.
Afinal de contas, do que se trata? Trata-se da entrada de dinheiro na conta corrente dos entes
competentes, conforme previsão orçamentária.
Ademais, quais são as etapas do dinheiro público?
a) Previsão de Arrecadação;
b) Receita Arrecadada de Forma Efetiva;
c) Depósito na Conta Única do Tesouro (não afetação | cada ente terá sua conta)
Igualmente, do que se trata o conceito de receita orçamentária? Esta servirá para custear
o gasto do orçamento, notadamente, financiamento o atendimento das políticas públicas. Tais
despesas estarão fixadas na LOA.
Importante ainda ressaltar que nem toda receita estará prevista, como por exemplo as
doações.
Reza o artigo 11 da Lei 4.320/64 que as receitas públicas serão classificadas em receitas
correntes e de capital.
Lei 4.320/64
Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas
Correntes e Receitas de Capital.
Art. 57 - Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão
classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas
arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não
previstas no Orçamento.

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São denominadas receitas correntes:


a) Impostos, Taxas;
b) Patrimonial;
c) Agropecuária;
d) Serviços;
e) Industrial;
f) Transferências Correntes;
g) Receitas Correntes;
h) Outras Contribuições.
Após compreendido o conceito de receita orçamentária, passaremos a estudar as
receitas extraorçamentárias. O que são estas receitas? São aquelas que não estarão previstas
na LOA e basicamente se resumem à 3 (três) tipos:
a) Operação de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO): é receita extra,
mas que por ser uma antecipação, não se computa para gerar duplicidade. Assim, para muitos
doutrinadores, trata-se de um empréstimo que o ente faz, dando como garantia, um receita
futura. Normalmente tal contratação se dá para atender insuficiência de caixa. Importante
ressaltar que gera dívida flutuante (deverá ser paga em menos de 12 meses e não poderá ser
contratada em duplicidade para uma mesma finalidade.
b) Emissão de Papel Moeda: substituição de notas antigas, não considerando-se
ingresso de novo papel moeda no mercado.
c) Entrada Compensatórias no Ativo e Financeiro: município recebe uma garantia quando
da contratação de uma licitação pública. Como esta garantia não lhe pertence, ele será
considerado extraorçamentário.
Logo, podemos resumir as receitas públicas em:
a) Orçamentárias: disponibilidade de recursos financeiros;
b) Extra Orçamentárias: apenas entradas compensatórias;

Receitas Públicas – Créditos Adicionais


Dentro de um PLOA várias serão as previsões de receitas para cumprir com os gastos
igualmente programados. Entretanto, por diversas razões e circunstâncias, poderá ocorrer que
as receitas não sejam suficientes para cumprir com os gastos quando da execução do

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planejamento. Logo, será necessário a abertura de créditos adicionais.


Assim, retomando conceitos, é importante dizer que existem os créditos orçamentários
(aqueles já previstos), mas também teremos os créditos adicionais, referente as despesas não
previstas. Quais serão os tipos de créditos adicionais:
a) Crédito Suplementar | Quantitativo: reforça crédito ordinário;
b) Crédito Especial | Qualitativo: atende nova despesa, não urgente;
c) Crédito Extraordinário | Imprevistas | Qualitativo: nova despesa, porém urgente.
Qual será a grande diferença entre eles? É que apenas o Crédito Extraordinário estará
dispensado, inicialmente, de questões burocráticos, sendo, portanto, aberto o crédito
independentemente de autorização do Legislativo, normalmente sendo criado através de Medida
Provisória na forma do artigo 62 da CF. Os demais, precisarão de lei.

Lei n. 4.320/1964:
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
Art. 167, §3º da CF:
A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou
calamidade pública, observado o disposto no art. 62.

Os créditos suplementares poderão reforçar apenas os créditos ordinários. Lembra-se


ainda que não existe um limite para pedir crédito, porém deverá ser observado o valor estimado
da fonte de recursos para atender.
Quem fará a análise da abertura do crédito será o Poder Executivo, junto com o Ministério
da Economia será a Secretaria de Orçamento Federal.

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Despesas Públicas – Aspectos Gerais


A despesa pública pode ser definida como todo o Estado, cujo objetivo é promover a
satisfação das necessidades públicas, o que implica o bom funcionamento e desenvolvimento
dos serviços dos serviços públicos e a manutenção do administrativas necessárias para isso. É
óbvio que a despesa pública, depende de uma contrapartida nas receitas e o nível de é
determinante na qualidade e na amplitude das necessidades.
Despesas Públicas e/ou Orçamentárias são os gastos realizados com base na previsão de
receitas orçamentárias. Lembrando que, inclusive, despesas não previstas na LOA poderão ser
realizadas, como por exemplo: para retificação de despesas e/ou inserção de novas despesas.
Igualmente é importante salientar que novas despesas poderão ser inseridas na LOA desde
que existam recursos para tanto. Logo, muitos doutrinadores costumam afirmar que a despesa
orçamentária está associada à um limite (dotação).
E como será realizado o ciclo (execução) da despesa:
a) Empenho (mera expectativa)
b) Liquidação
c) Pagamento (saída efetiva do dinheiro do Caixa Único)
As despesas, assim como as receitas, poderão ser orçamentária ou extraorçamentária.
As despesas orçamentárias são aquelas previstas na LOA (anual) e serão classificadas em
corrente e de capital. Dependerão de autorização legal (em razão da LOA). São exemplos de
despesa orçamentária: quando a administração pública adquire um bem para o seu uso, bem

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como as subvenções sociais para o custeio de determinada instituição sem fins lucrativos.
Já as despesas extraorçamentárias são as devoluções das receitas extraorçamentárias.
Lembrando que estas não dependerão de autorização legislativa. São exemplo de devolução:
devolução de restos a pagar | garantia | caução.

Endividamento Público
A definição do endividamento público encontra-se respaldado no artigo 29 da Lei de
Responsabilidade Fiscal. No referido artigo vamos encontrar duas questões bastantes distintas,
porém importantes: a dívida poderá ser consolidada ou mobiliária.
A dívida consolidada será “montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados
e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses”.
Já a dívida mobiliária será aquela que “representada por títulos emitidos pela União,
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios”.

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