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E-BOOK Estratégia Concursos | Finanças Públicas | Blocos 1 a 7 | Questões comentadas da Cesgranrio 2

APRESENTAÇÃO

Olá, pessoal!

É com imensa satisfação que damos continuidade a este projeto de E-books de Questões Comentadas da Cesgranrio para o CNU!
Como, ao longo de sua preparação, é fundamental que vocês resolvam diversas questões de concursos passados, sabemos que esta série
de e-books será de grande utilidade. Nosso objetivo é proporcionar mais uma valiosa ferramenta de estudo para deixá-los mais perto de sua
aprovação.
Aproveitem muito este material! Bons estudos!

Equipe Estratégia Concursos

Estratégia Concursos @estrategiaconcursos

@estrategia.concursos Estrategia Concursos


E-BOOK

CESGRANRIO - ANA DESENV (AGERIO)/AGERIO/CONTABILIDADE/2023

01. No processo de planejamento dos entes públicos, estão previstos instrumentos de planejamento de curto e médio prazos com objetivos
e conteúdos específicos para favorecer a melhoria da gestão dos recursos públicos.
Ao se analisar o conjunto das peças orçamentárias de um ente, um item previsto em instrumento com perspectiva de médio prazo, mas
com reflexos no orçamento anual, é(são)

A) a definição de condições para transferências de recursos a entidades públicas e privadas.


B) a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
C) o orçamento de investimento das empresas estatais.
D) as normas para avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos do orçamento.
E) os objetivos e as diretrizes para as despesas relativas aos programas de duração continuada.

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre Plano Plurianual (PPA).


Note que a questão faz alusão a um instrumento orçamentário de médio prazo. Nesse caso, podemos concluir pela peça chamada
Plano Plurianual (PPA), na medida em que os demais instrumentos, Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA), são
instrumentos de curto prazo.
a. ERRADO. Cuida-se de atribuição da LDO, conforme dispõe a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF):

“Art. 4° A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no §2° do art. 165 da Constituição e:

I - disporá também sobre:

f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;” [grifou-se]

b. ERRADO. Conteúdo da LDO, conforme a Constituição Federal:

“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

§2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de
política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.”
[grifou-se]

c. ERRADO. Conteúdo da LOA, conforme a Constituição Federal:

“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

§5º A lei orçamentária anual compreenderá:

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I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a
voto;

III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem
como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.” [grifou-se]

d. ERRADO. Cuida-se de atribuição da LDO, conforme dispõe a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF):

“Art. 4° A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no §2° do art. 165 da Constituição e:

I - disporá também sobre:

e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos;” [grifou-se]

e. CORRETO. Perfeito, conteúdo relativo ao PPA, o instrumento orçamentário de médio prazo solicitado pela questão. Vejamos o que diz a
Constituição Federal:

“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

§1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.” [grifou-se]

O gabarito encontra-se na alternativa E.

Gabarito: E

CESGRANRIO - ANA DESENV (AGERIO)/AGERIO/CONTABILIDADE/2023

02. Um determinado ente público mantinha o controle das empresas discriminadas no Quadro a seguir.

Área de atuação/ Receita Operacional


% do ente no capital Pessoal + Custeio
Atividade fim Líquida

Coleta e tratamento
Empresa A 100% R$ 2,3 R$ 23
de resíduos

Gestão e fomento
Empresa B 95% R$ 11,5 R$ 9
ao turismo

Empresa C Serviços financeiros 51% R$ 79 R$ 19

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Adicionalmente, sabe-se que:


• O valor da receita operacional líquida de cada empresa foi exclusivamente auferido pelo exercício de sua atividade fim junto a
terceiros e não contempla repasses do ente controlador.
• Os valores da receita operacional líquida e das despesas de pessoal + custeio estão expressos em milhões de reais, referem-se ao
último exercício financeiro encerrado e não apresentaram alterações significativas em relação aos exercícios anteriores.
• O capital social das três empresas é composto apenas por ações com direito a voto.
• O percentual de participação do ente no capital de todas as empresas não foi alterado desde a criação das mesmas.
A partir de tais informações hipotéticas, no contexto do planejamento e do orçamento governamental e à luz do conceito de empresa
estatal dependente, disposto na LRF, verifica-se que

A) a empresa B não pode ser enquadrada como empresa estatal dependente, pois gerou resultado positivo no período.
B) ainda que despesas de capital da empresa A sejam custeadas pelo ente, ela pode continuar enquadrada como empresa estatal dependente.
C) as três empresas devem constar no orçamento fiscal do ente, em decorrência de serem empresas controladas.
D) por atuar na área de serviços financeiros, a empresa C não pode ser enquadrada como empresa estatal dependente.
E) se o ente aumentar o capital da empresa C, esta pode ser enquadrada como empresa estatal dependente.

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
a. ERRADO. Gerar, ou não, resultado positivo no período não determina se a empresa pode ser enquadrada como estatal dependente (art. 2°,
inc. III, da LRF):

“Art. 2° Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:

III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas
com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;”
[grifou-se]

Note que a empresa B é perfeitamente enquadrada em estatal dependente: é controlada (mais de 50% de participação de ente público
em seu capital) e recebe recursos financeiros para custeio de pessoal e geral.

b. CORRETO. Perfeitamente. Como vimos no art. 2°, inc. III, da LRF, é possível o custeio de despesa de capital da empresa estatal dependente:

“Art. 2° Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:

III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas
com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;”
[grifou-se]

c. ERRADO. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), empresas estatais dependentes devem figurar no orçamento fiscal e da seguridade
social. A questão peca por afirmar que é por conta de serem controladas. Lembre-se: toda empresa estatal dependente é controlada, mas o
contrário não é verdade. Podemos ter empresas controladas que figurem no orçamento de investimento, logo item errado.

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d. ERRADO. A empresa C é, sim, estatal dependente. Uma vez que é controlada e recebe recursos financeiros para pessoal e custeio.
e. ERRADO. Ela já é considerada empresa estatal dependente. Ademais, receber recursos financeiros para aumentar capital é exceção à
classificação de estatal dependente, vejamos:

“Art. 2° Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:

III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas
com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;”
[grifou-se]

O gabarito encontra-se na alternativa B.

Gabarito: B

CESGRANRIO - ANA DESENV (AGERIO)/AGERIO/CONTABILIDADE/2023

03. Um analista foi designado para analisar a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso de um ente
público, que é um instrumento tratado na LRF no contexto do controle da execução orçamentária e financeira.
Esse instrumento deve ser publicado após a aprovação do orçamento anual dos entes públicos, e, na análise da sua adequação, o analista
deve considerar que

A) atos que limitam a execução orçamentária financeira são prerrogativas exclusivas do Poder Executivo do ente.
B) limitações para execução orçamentária não devem ser baseadas no comportamento da programação financeira, dado o seu caráter
estimativo.
C) o cronograma de execução mensal de desembolso deve contemplar somente despesas empenhadas no exercício a que se refere.
D) a programação financeira indica que recursos arrecadados em um exercício não podem custear despesas de outro exercício.
E) recursos legalmente vinculados devem ser alocados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que arrecadados em
exercícios anteriores.

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Nosso gabarito encontra-se na alternativa E:
e. CORRETO. Cuida-se da literalidade do parágrafo único, do art. 8°, da LRF:

“Art. 8° Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o
disposto na alínea c do inciso I do art. 4°, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de
desembolso.

Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua
vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.” [grifou-se]

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Vejamos os erros das demais alternativas:


a. ERRADO. Não se trata de competência exclusiva do Poder Executivo. Vejamos o que diz a LRF:

“Art. 9° Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado
primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos
montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela
lei de diretrizes orçamentárias.” [grifou-se]

b. ERRADO. A limitação da execução orçamentária obedece a programação financeira, pessoal. A prova disso é o próprio art. 9°, da LRF, que
estabelece que a falta de cumprimento de metas de resultado pode ensejar a limitação de empenho e movimentação financeira.

“Art. 9° Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado
primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos
montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela
lei de diretrizes orçamentárias.” [grifou-se]

c. ERRADO. Não contempla apenas despesas empenhadas no exercício a que se refere, pois também há restos a pagar, que são despesas
empenhadas em exercícios anteriores, mas que não houve o pagamento. Vejam a disposição do Decreto n° 11.415/2023, que estabelece a
programação orçamentária e financeira e também o cronograma de execução mensal de desembolso do Executivo para 2023:

“Art. 2º O pagamento de despesas no exercício de 2023, inclusive dos restos a pagar de exercícios anteriores e aquelas relativas aos créditos
suplementares e especiais abertos e aos créditos especiais reabertos nesse exercício, observará os cronogramas de pagamento constantes
deste Decreto.” [grifou-se]

d. ERRADO. Note que o parágrafo único, do art. 8°, da LRF, permite a aplicação de recursos em exercício diverso daquele em que ocorrer o
ingresso.

“Art. 8° (...)

Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua
vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.” [grifou-se]

O gabarito é a alternativa E.

Gabarito: E

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CESGRANRIO - ANA DESENV (AGERIO)/AGERIO/GESTÃO, ADMINISTRAÇÃO E


PLANEJAMENTO/2023

04. Um integrante da comissão de orçamento de órgão público busca analisar as despesas continuadas.
De acordo com a Lei Complementar no 101/2000, considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei que
fixe para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a

A) dois exercícios
B) trinta dias
C) quatro meses
D) vinte horas
E) três anos

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Literalidade do art. 17, da LRF:

“Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios.” [grifou-se]

O gabarito é a alternativa A.

Gabarito: A

CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

05. Um administrador atua no setor que organiza o orçamento de determinado órgão público. Todos os anos, ele estabelece a previsão das
receitas e a fixação das despesas em determinado período de tempo.
Segundo a doutrina, o orçamento público é um instrumento de

A) pesquisa
B) elaboração
C) desenvolvimento
D) articulação
E) planejamento

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Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre orçamento.


O orçamento é um instrumento de planejamento, alternativa E. Vejamos o que diz o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público
(MCASP 10ª ed), pg. 37:

“O orçamento é um importante instrumento de planejamento de qualquer entidade, seja pública ou privada, e representa o fluxo previsto
de ingressos e de aplicações de recursos em determinado período.” [grifou-se]

O gabarito é a alternativa E.

Gabarito: E

CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

06. Na elaboração do Plano Plurianual, de acordo com as disposições constitucionais, os objetivos, as diretrizes e as metas da Administração
Pública Federal devem ser estabelecidas

A) a partir de critérios de desempenho


B) de forma regionalizada
C) em conformidade com a LDO
D) em alinhamento ao programa de governo
E) para atendimento das metas fiscais

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre Plano Plurianual (PPA).


Pessoal, para resolver esta questão, é preciso o conhecimento do art. 165, §1°, da CF/88:

“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

§1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.” [grifou-se]

O gabarito é a alternativa B, portanto. Quanto às demais alternativas, vale destacar que, na alternativa D, temos disposição contrária
prevista no art. 165, §4°, da CF/88, afirmando que são os programas de governo é que deverão estar em consonância com o PPA, não o contrário,
como intenta a alternativa em comento. Vejamos:

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“Art. 165. (...)

§4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano
plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.” [grifou-se]

Por fim, reputa-se importante, também, afirmar que as metas fiscais estão previstas no Anexo de Metas Fiscais da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO), instrumento elaborado posteriormente ao PPA. Logo, as alternativas C e E estão incorretas, pois, em relação à primeira,
o PPA vem em um momento anterior à LDO, logo não é correto que sua elaboração deve estar em conformidade com a LDO, já, em relação à
segunda, as metas fiscais são estabelecidas no momento da LDO. Vejamos o que diz a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF):

“Art. 4° A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:

§1° Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.” [grifou-se]

Gabarito: B

CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

07. Considerando-se o impacto de uma receita pública na situação líquida patrimonial do ente, uma espécie de receita que, quando
arrecadada, tem efeito nulo no patrimônio do ente refere-se a

A) royalties
B) outorga de direitos de uso
C) alienação de títulos mobiliários
D) inscrição em concursos e processos seletivos
E) serviços de registro, certificação e fiscalização

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre receita pública.


Receitas com efeito nulo no patrimônio são, em regra, receitas de capital. O efeito é nulo porque elas representam fato permutativo. É o
caso, por exemplo, da venda de imobilizado sem lucro. O contador vai registrar ingresso no caixa e baixa do imobilizado, gerando um impacto
nulo no PL. Vejam:
Uma máquina registrada por R$ 1.000,00 é vendida por exatamente R$ 1.000,00. Registro contábil:

D - Caixa … R$ 1.000,00 (aumento no PL)


C - Máquina … R$ 1.000,00 (baixa no PL)

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Como se trata do mesmo montante, o impacto no PL é zero/nulo.


Assim, nosso gabarito é a alternativa C, pois a alienação de títulos imobiliários é a única receita de capital presente na questão, todas as
demais são receitas correntes, gerando aumento no PL.

Gabarito: C

CESGRANRIO - TEC (UNIRIO)/UNIRIO/CONTABILIDADE/2019

08. As receitas orçamentárias por categoria econômica são classificadas em Receitas Correntes e Receitas de Capital e especificadas em
Receitas Correntes Intraorçamentárias e Receitas de Capital Intraorçamentárias. O MCASP na Tabela-Resumo: Origens e Espécies de
Receitas Orçamentárias na ótica da nova Estrutura de Codificação, válida para União a partir de 2016, e, para Estados e Municípios, a
partir de 2018, ratifica a classificação das receitas orçamentárias por categoria, origem e espécie.
Nesse contexto, analise as receitas, a seguir, apresentadas por um determinado estado, em 2018.

Receita Valor em R$ milhões

Alienação de bens intangíveis 60

Cessão de direitos 120

Contribuições para custeio de iluminação pública 70

Multas administrativas, contratuais e judiciais 10

Resgate de títulos do tesouro 80

Serviços e atividades financeiras 100

Considerando-se exclusivamente as informações recebidas e as orientações do MCASP, o valor das Receitas Correntes / Intraorçamentárias,
em R$ milhões, é

A) 140
B) 240
C) 300
D) 360
E) 440

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Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre receita pública.


Vamos calcular o valor da soma das receitas correntes:
• Cessão de direitos: R$ 120,00
• Contribuições para custeio de iluminação pública: R$ 70,00
• Multas administrativas, contratuais e judiciais: R$ 10,00
• Serviços e atividades financeiras: R$ 100,00

A soma das receitas correntes é: 120+70+10+100 = R$ 300,00 (alternativa C). ‘Alienação de bens intangíveis’ e ‘Resgate de títulos do
tesouro’ são receitas de capital.

Gabarito: C

CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

09. Uma das classificações da receita pública no orçamento federal refere-se ao identificador de apuração do resultado primário, que tem
como objetivo identificar quais são as receitas e as despesas que compõem o resultado primário. Nessa classificação, as receitas primárias
são
aquelas que contribuem para alterar o endividamento líquido do Governo.
Em geral, as receitas correntes são consideradas primárias, no entanto uma espécie de receita corrente NÃO considerada no cálculo do
resultado primário refere-se a recursos oriundos de

A) doações
B) concessões
C) dividendos
D) cota-parte de compensações financeiras
E) remuneração de depósitos bancários

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre receita pública.


Façamos a leitura do item 3.2.5 - Classificação da Receita para Apuração do Resultado Primário, do Manual de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público (MCASP) 10ª ed. pg. 57:

“As receitas do Governo Federal podem ser divididas entre primárias e financeiras. O primeiro grupo refere-se predominantemente a receitas
correntes (exceto receitas de juros) e é composto daquelas que advêm dos tributos, das contribuições sociais, das concessões (alternativa
B), dos dividendos (alternativa C) recebidos pela União, da cota-parte das compensações financeiras (alternativa D), das decorrentes do
próprio esforço de arrecadação das unidades orçamentárias, das provenientes de doações (alternativa A) e convênios e outras também
consideradas primárias. Além disso, há receitas de capital primárias, decorrentes da alienação de bens e transferências de capital.

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Já as receitas financeiras são aquelas que não contribuem para o resultado primário no exercício financeiro correspondente, uma vez
que criam uma obrigação ou extinguem um direito, ambos de natureza financeira, junto ao setor privado interno e/ou externo, alterando
concomitantemente o ativo e o passivo financeiros. São adquiridas junto ao mercado financeiro, decorrentes da emissão de títulos, da
contratação de operações de crédito por organismos oficiais, das receitas de aplicações financeiras da União (juros recebidos - alternativa
E), por exemplo), das privatizações, amortização de empréstimos concedidos e outras.” [grifou-se]

Portanto, apesar de os juros (=remuneração de depósitos bancários) serem receitas correntes, eles não entram no cálculo do resultado
primário, pois são consideradas receitas financeiras, não primárias.
O gabarito encontra-se na alternativa E.

Gabarito: E

CESGRANRIO - TEC (UNIRIO)/UNIRIO/CONTABILIDADE/2019

10. A pessoa jurídica de direito público TTA possui dotação para investimento, independentemente de contraprestação direta em bens ou
serviços.
Nos termos da Lei nº 4.320/1964, tal dotação é uma transferência de

A) auxílio
B) capital
C) contribuição
D) dívida
E) moeda

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre despesa pública.


Cobrou-se a literalidade do art. 12, §6°, da Lei n° 4.320/64:

“Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: (...)

§ 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou
privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou
contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização
da dívida pública.” [grifou-se]

O gabarito é, por conseguinte, a alternativa B, não existindo os termos transferência de auxílio (alternativa A), transferência de contribuição
(alternativa C), transferência de dívida (alternativa D) e transferência de moeda (alternativa E).

Gabarito: B

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CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

11. Uma das classificações legalmente requeridas para a despesa pública refere-se à classificação institucional, que reflete a estrutura de
alocação dos créditos orçamentários em níveis hierárquicos.
Na classificação institucional da despesa, uma autarquia de ensino superior federal, subordinada ao Ministério da Educação,

A) constitui um agrupamento de unidades orçamentárias com dotações próprias.


B) recebe dotações orçamentárias diretamente do Tesouro Nacional.
C) é considerada uma unidade orçamentária, identificada com três dígitos.
D) é considerada um órgão orçamentário, identificado com dois dígitos.
E) está impedida de receber transferências não autorizadas pelo Ministério a que está subordinada.

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre despesa pública.


Façamos a leitura do item 4.2.1 - Classificação Institucional, do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pública (MCASP) 10ª ed:

“A classificação institucional reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada em dois níveis hierárquicos:
órgão orçamentário e unidade orçamentária. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou
repartição a que serão consignadas dotações próprias (art. 14 da Lei nº 4.320/1964). Os órgãos orçamentários, por sua vez, correspondem
a agrupamentos de unidades orçamentárias. As dotações são consignadas às unidades orçamentárias, responsáveis pela realização das
ações.

No caso do Governo Federal, o código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à
identificação do órgão e os demais à unidade orçamentária.” [grifou-se]

Fonte: MCASP 10ª ed. pg. 74.

Vejam, então, que o Ministério da Educação é órgão orçamentário (OO) e a autarquia federal é uma unidade orçamentária (UO).
a. ERRADO. A autarquia é uma UO, logo é um agrupamento de serviços subordinado ao Ministério da Educação (OO), não um agrupamento de
unidades orçamentárias, que se refere ao conceito de órgão orçamentário.
b. ERRADO. Quem recebe as dotações diretamente do Tesouro Nacional é o órgão. Com o montante recebido, são consignadas dotações para as
diversas unidades orçamentárias.
c. CORRETO. Perfeito. A autarquia é uma unidade orçamentária e, portanto, identificada com três dígitos, como vimos acima, já que os dois
primeiros referem-se ao órgão orçamentário.

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d. ERRADO. Vimos que se trata de UO. Com um pouco de malícia de prova, vejam que, mesmo que o aluno não soubesse se uma autarquia é uma
OO ou uma UO, daria para eliminar as alternativas A e D caso se soubesse o conceito de UO. Pois, se fosse uma OO, tanto a alternativa A quanto
a alternativa D estariam corretas, já que elas trazem o conceito de órgão orçamentário.
a. ERRADO. Em que pese o MCASP afirmar que a unidade orçamentária é um agrupamento de serviços “subordinados” ao mesmo órgão, não
há subordinação entre a autarquia e o Ministério, como aprendemos em Direito Administrativo. Dessa forma, não é correto afirmar que cabe
ao Ministério da Educação autorizar transferências para as unidades orçamentárias. Autarquias fazem parte da Administração Indireta e são
vinculadas ao Ministério (Administração Direta), não subordinadas.

O gabarito é a alternativa C.

Gabarito: C

CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

12. No processo de execução da despesa pública, o estágio que consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico

A) depende da verificação da procedência do respectivo crédito fiscal.


B) será anulado somente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido.
C) ocorre, em geral, antes da publicação da programação financeira e do cronograma de desembolso.
D) representa a garantia ao credor de que existe crédito orçamentário disponível e suficiente para atender à despesa objeto do contrato.
E) não está sujeito à limitação de movimentação financeira.

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre despesa pública.


O estágio que consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico é chamado de empenho. Vejamos o que diz o item
4.4.2.1 - Empenho, do Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP) 10ª ed:

“Empenho, segundo o art. 58 da Lei nº 4.320/1964, é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição. Consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico.”

a. ERRADO. Verificar a procedência do crédito fiscal refere-se ao lançamento, estágio da receita pública. Vejamos o art. 53, da Lei n° 4.320/64:

“Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora
e inscreve o débito desta.” [grifou-se]

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b. ERRADO. Não é somente no caso de contrato não cumprido. Há outras situações que ensejam o anulamento. Uma delas, por exemplo, é o
empenho incorreto. Vejam o que diz o MCASP 10ª ed:

“Será anulado totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido, ou ainda, no caso de ter sido emitido incorretamente.”
[grifou-se]

c. ERRADO. A programação financeira e o cronograma de desembolso ocorrem na etapa de planejamento, antes do empenho, que ocorre na
etapa de execução.
d. CORRETO. Perfeito, conforme MCASP 10ª ed:

“É recomendável constar no instrumento contratual o número da nota de empenho, visto que representa a garantia ao credor de que existe
crédito orçamentário disponível e suficiente para atender a despesa objeto do contrato.” [grifou-se]

e. ERRADO. É possível, sim, a limitação da movimentação financeira. Segundo o MCASP 10ª ed:

“Se houver frustração da receita estimada no orçamento, deverá ser estabelecida limitação de empenho e movimentação financeira, com
objetivo de atingir os resultados previstos na LDO e impedir a assunção de compromissos sem respaldo financeiro, o que acarretaria uma
busca de socorro no mercado financeiro, situação que implica em encargos elevados.” [grifou-se]

Ademais, segue-se a disposição da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF):

“Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado
primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos
montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela
lei de diretrizes orçamentárias.” [grifou-se]

O gabarito é a alternativa D.

Gabarito: D

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13. Um parâmetro definido pela LRF para acompanhamento dos limites fiscais é a Receita Corrente Líquida (RCL), que consiste no somatório
das receitas correntes, deduzido de valores também definidos em lei, correspondentes a destinações de recursos vinculados.
Na apuração da RCL da União, uma das deduções previstas corresponde a

A) recursos para pagamento de serviço da dívida D) compensação financeira entre regimes previdenciários
B) recursos para aplicação mínima em saúde e educação E) repasse para os poderes Legislativo e Judiciário
C) transferências de convênios firmados com outros entes

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Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).


Entre as alternativas previstas na questão, a única que tem respaldo na LRF é a alternativa D, conforme art. 2°, inc. IV, al. c:

“Art. 2° Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:

IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços,
transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:

c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e
as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.” [grifou-se]

O gabarito é a alternativa D, sendo as demais criações do examinador.

Gabarito: D

CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

14. A Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal especificam os conteúdos dos instrumentos de planejamento orçamentário,
mas há pontos que são tratados de forma complementar na LDO e na LOA.
Um desses pontos refere-se

A) à renúncia de receita
B) às alterações na legislação tributária
C) ao controle de custos
D) aos critérios para limitação de empenho
E) aos objetivos das políticas macroeconômicas

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).


a. CORRETO. Perfeito. Questão inteligente. Renúncia de receita é tratada tanto na LDO como na LOA. Vejamos o que diz o art. 4°, §2°, inc. V, e o
art. 5°, inc. I, da LRF:

“Art. 4° A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no §2° e do art. 165 da Constituição e:

§ 2° O Anexo conterá, ainda:

V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter
continuado.” [grifou-se]

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“Art. 5° O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e
com as normas desta Lei Complementar:

I - será acompanhado do documento a que se refere o §6° do art. 165 da Constituição, bem como das medidas de compensação a renúncias
de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado;” [grifou-se]

b. ERRADO. Não é assunto tratado de forma complementar, conforme o art. 165, §2°, da CF/88:

“Art. 165. (...)

§2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.” [grifou-se]

c. ERRADO. Não é assunto tratado de forma complementar, conforme o art. 4, inc. I, al. e, da LRF:

“Art. 4° A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no §2° do art. 165 da Constituição e:

I - disporá também sobre:

e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos;”

d. ERRADO. Não é assunto tratado de forma complementar, conforme o art. 4, inc. I, al. b, da LRF:

“Art. 4° A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:

I - disporá também sobre:

b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9° e no
inciso II do §1° do art. 31.” [grifou-se]

e. ERRADO. Não é assunto tratado na LOA, apenas na LDO, por meio do Anexo de Metas Fiscais (AMF). Vejamos o que diz a LRF:

“Art. 4° A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:

§1° Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.(Vide ADI 7064)

§2° O Anexo conterá, ainda:

II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-
as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica
nacional;” [grifou-se]

O gabarito é a alternativa A.

Gabarito: A

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CESGRANRIO - TEC (UNIRIO)/UNIRIO/CONTABILIDADE/2019

15. OP trabalha no setor de orçamento do Congresso Nacional e recebe os números de determinadas pessoas jurídicas para integrá-las nas
rubricas orçamentárias.
Nos termos da Lei Complementar nº 101/2000, integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as despesas de
um determinado banco relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência
aos servidores e a investimentos.
Tal banco é o

A) Banco Central do Brasil


B) Banco de Descontos
C) Banco do Estado do RJ
D) Banco Nacional de Desenvolvimento Social
E) Banco Regional Financeiro

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).


Pessoal, questão que cobra a literalidade do §6°, do art. 5°, da LRF.

“Art. 5° O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e
com as normas desta Lei Complementar:

§ 6° Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos
sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos.” [grifou-se]

O gabarito é, por conseguinte, a alternativa A, pois as demais alternativas não têm respaldo legal.

Gabarito: A

CESGRANRIO - TEC (UNIRIO)/UNIRIO/CONTABILIDADE/2019

16. O orçamento foi aprovado no prazo estabelecido, e os órgãos públicos aguardam a liberação das verbas previstas.
Nos termos da Lei Complementar nº 101/2000, caberá ao Poder Executivo estabelecer a programação financeira e o cronograma de
execução de desembolso

A) diário D) bimensal
B) quinzenal E) trimestral
C) mensal

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Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).


Pessoal, questão que cobra a literalidade do art. 8°, caput, da LRF.

“Art. 8° Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o
disposto na alínea c do inciso I do art. 4o, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de
desembolso.” [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a alternativa C.

Gabarito: C

CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

17. Um servidor defende, no âmbito das receitas que compõem o orçamento, a necessidade de renúncia de receita para gerar desenvolvimento
em determinada região.
Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, a renúncia pode compreender crédito

A) presumido
B) especial
C) majorado
D) provisório
E) extensivo

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar
acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender
ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:

§ 1° A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota
ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a
tratamento diferenciado.” [grifou-se]

A alternativa B traz o crédito especial, espécie do gênero crédito adicional. As demais alternativas, C, D e E são invenções da banca.
O gabarito é, portanto, a alternativa A.

Gabarito: A

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CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

18. Com o objetivo de prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, a LRF estabeleceu limites para a
despesa com pessoal dos entes públicos.
Considerada uma Receita Corrente Líquida (RCL) na União de R$ 2 bilhões de reais, a despesa com pessoal atingirá o limite prudencial
com o valor de

A) R$ 1,2 bilhão
B) R$ 1,08 bilhão
C) R$ 1 bilhão
D) R$ 950 milhões
E) R$ 900 milhões

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).


Leve para a sua prova o seguinte:
• limite prudencial → 95% do limite máximo da despesa com pessoal.
• limite de alerta → 90% do limite máximo da despesa com pessoal.

— Professor, então a resposta é 95% de R$ 2 de bilhões, uma vez que o enunciado da questão solicita o limite prudencial?

Caro aluno, 95% de R$ 2 bilhões resulta em R$ 1,9 bilhões, valor que, por sorte, não está em nenhuma alternativa.
Pessoal, o limite de despesa com pessoal ocorre em função da Receita Corrente Líquida (RCL), para a União, ele é de 50%, nos termos da
LRF, vejam:

“Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada
ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:

I - União: 50% (cinqüenta por cento);” [grifou-se]

Assim, a conta é a seguinte:


Limite de despesa com pessoal (União) = 50% da RCL União = 50% de 2 bilhões = 1 bilhão
Limite prudencial (União) = 95% do limite de despesa com pessoal (União) = 95% de 1 bilhão = R$ 950 milhões

Ou, de forma mais direta:


Limite prudencial (União)=95% de 50% da RCL União
Limite prudencial (União)=95% de 50% de 2 bilhões
Limite prudencial (União)=95% de 1 bilhão
Limite prudencial (União)=R$ 950,00 milhões

Gabarito: D

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CESGRANRIO - TEC (UNIRIO)/UNIRIO/CONTABILIDADE/2019

19. Para fins de controle das despesas públicas que promova uma gestão equilibrada dos gastos, a LRF impôs limite quanto à despesa de
pessoal, que consiste em um dos principais gastos públicos. Esse limite foi definido por poderes pela Lei de Responsabilidade para maior
responsabilização dos gestores.
Considerando a composição da administração pública federal, um órgão que tem suas despesas com pessoal incluídas no limite atribuído
ao Poder Executivo (40,9% da RCL) é a(o)

A) Controladoria Geral da União


B) Ministério Público Federal
C) Supremo Tribunal Federal
D) Tribunal Regional Federal
E) Tribunal de Contas da União

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).


Pessoal, entre as alternativas, a única que traz um órgão federal do Poder Executivo é a A (Controladoria-Geral da União - CGU). Assim, suas
despesas com pessoal são incluídas no orçamento do Poder Executivo da União.
O Ministério Público possui limite próprio, nos termos da LRF:

“Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os seguintes percentuais:

I - na esfera federal:

d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Público da União;” [grifou-se]

O Tribunal de Contas da União (TCU) está incluído no limite do Poder Legislativo Federal. O Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal
Regional Federal (TRF) estão dentro do limite do Poder Judiciário Federal. Vejamos o que diz a LRF:

“Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os seguintes percentuais:

I - na esfera federal:

a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União;

b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;” [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a alternativa A.

Gabarito: A

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CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

20. Um cidadão participa da organização de audiências públicas durante os processos de elaboração e discussão dos planos, da lei de
diretrizes orçamentárias e dos orçamentos.
Nesse caso, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, está sendo assegurada a

A) operação
B) referência
C) antecipação
D) transparência
E) captação

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).


Suficiente é a leitura do inc. I, § 1°, do art. 48, da LRF:

“Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de
acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório
Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.

§ 1° A transparência será assegurada também mediante:

I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de
diretrizes orçamentárias e orçamentos; [grifou-se]

O gabarito é a alternativa D.

Gabarito: D

CESGRANRIO - TEC (UNIRIO)/UNIRIO/CONTABILIDADE/2019

21. O orçamento público no Brasil é regido pela Constituição e por Lei complementar e ordinária que definem conteúdos e características
dos instrumentos básicos de planejamento, de forma a prover a sociedade com informações prévias sobre os planos do governo.
Se um cidadão desejar saber quais as medidas aprovadas pelo governo para controle de custos e avaliação dos resultados dos programas
financiados com recursos do orçamento de um dado período, ele deve consultar o(a)

A) Plano Plurianual D) Lei Orçamentária Anual


B) Anexo de Metas Fiscais E) Lei de Diretrizes Orçamentárias
C) Relatório de Gestão Fiscal

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Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).


Suficiente é a leitura da al. e, inc. I, art. 4°, da LRF:

“Art. 4° A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:

I - disporá também sobre:

e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos;“ [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a alternativa E.

Gabarito: E

CESGRANRIO - PROF JR (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/ECONOMIA/2018

22. Segundo a Constituição Federal e Leis Complementares, no Brasil, a Lei do Plano Plurianual de Ação (PPA) deve dispor sobre as(os)

A) limitações para a elaboração das propostas orçamentárias do Poder Judiciário e do Ministério Público.
B) diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e programas de duração continuada.
C) autorizações para a concessão de vantagens ou de aumentos de remuneração e criação de cargos.
D) avaliações de resultados dos programas financiados com recursos do orçamento federal.
E) riscos fiscais, ou seja, situações que podem impactar as metas estabelecidas.

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre Plano Plurianual (PPA).


a. ERRADO. Trata-se de conteúdo da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), conforme a Constituição Federal:

“Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.

§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de
diretrizes orçamentárias.” [grifou-se]

“Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.” [grifou-
se]

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b. CORRETO. Literalidade do art. 165, §1°, da CF/88:

“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.” [grifou-se]

c. ERRADO. A aludida autorização para a concessão de vantagens, aumentos de remuneração e criação de cargos está presente na LDO. Vejamos
o que diz a CF/88:

“Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo e pensionistas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não pode exceder
os limites estabelecidos em lei complementar.

§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de
carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:

I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia
mista.” [grifou-se]

d. ERRADO. Conteúdo da LDO, conforme Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF):

“Art. 4° A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2° do art. 165 da Constituição e:

I - disporá também sobre:

e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos;” [grifou-se]

e. ERRADO. Riscos fiscais são tratados no Anexo de Riscos Fiscais, presente na LDO. Vejamos o que diz a LRF:

“Art. 4° (...)

§ 3° A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes
de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.” [grifou-se]

O gabarito é, por tudo, a alternativa B.

Gabarito: B

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CESGRANRIO - PROF JR (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/ECONOMIA/2018

23. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) exerce um papel importante no sistema orçamentário federal brasileiro. Essa lei

A) estabelece um plano de quatro anos para a ação governamental.


B) orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA).
C) inclui o orçamento monetário relativo às políticas e às ações do Banco Central do Brasil.
D) é aprovada anualmente, após a elaboração do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA).
E) é constituída por três orçamentos: fiscal, seguridade social e investimentos das empresas.

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).


a. ERRADO. Trata-se de Plano Plurianual, não da LDO.
b. CORRETO. Perfeito, nos termos do art. 165, §2°, da CF/88:

“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de
política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.”
[grifou-se]

c. ERRADO. Orçamento monetário não existe mais. Conforme a CF/88, temos três tipos de orçamento: fiscal, investimento e seguridade social.
Ademais, estão previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA):

“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a
voto;

III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem
como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.” [grifou-se]

d. ERRADO. A LDO precede à LOA, servindo de orientação, como vimos na alternativa B, para a confecção desta última.
e. ERRADO. É a LOA que é constituída por três orçamentos, conforme vimos na alternativa C.
O gabarito é, por tudo, a alternativa B.

Gabarito: B

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CESGRANRIO - PROF JR (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/AUDITORIA/2018

24. As receitas com operações de crédito, nos termos da Lei nº 4.320/1964, são consideradas como Receitas de

A) Investimento
B) Operação
C) Capital
D) Gerência
E) Constituição

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre receita pública.


Para a resolução da questão, façamos a leitura do art. 11, §2°, da Lei n° 4.320/64, a seguir reproduzido.

“Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.

§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em
espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis
em Despesas de Capital e, ainda, o superavit do Orçamento Corrente.

As demais alternativas trazem invenções do examinador. Operação de crédito é, basicamente, financiamento, classificando-se como
receita de capital.
O gabarito é, portanto, a alternativa C.

Gabarito: C

CESGRANRIO - PROF JR (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/AUDITORIA/2018

25. De acordo com a Lei nº 4.320/1964, as Receitas Tributárias são classificadas como Receitas

A) Originárias
B) Essenciais
C) Específicas
D) Correntes
E) Capitalizadas

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Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre receita pública.


As receitas tributárias, conforme a Lei n° 4.320/64, são classificadas como receitas correntes. Vejamos:

“Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.

§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda,
as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas
classificáveis em Despesas Correntes.” [grifou-se]

A alternativa A traz o conceito de receita originária, que é a que deriva do patrimônio do Estado, sem o uso da sua soberania. Em verdade,
receitas tributárias são classificadas como receita derivada. As demais alternativas, B, C e E são invenções do examinador.
O gabarito é, portanto, a alternativa D.

Gabarito: D

CESGRANRIO - PROF JR (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/ADMINISTRAÇÃO/2018

26. A execução orçamentária de um projeto, no âmbito da administração pública, requer que o projeto

A) esteja definido no planejamento plurianual.


B) possa ser concluído dentro do ciclo orçamentário.
C) seja acompanhado por um órgão da controladoria.
D) tenha saldo de dotação disponível.
E) tenha sido previsto na proposta orçamentária inicial.

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre execução orçamentária.


a. ERRADO. Somente investimentos cuja execução ultrapasse um exercício financeiro é que precisam estar previstos no PPA ou em lei que
autorize sua inclusão, nos termos do art. 167, §1°, da CF/88:

“Art. 167. São vedados:

§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou
sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.” [grifou-se]

b. ERRADO. A execução de um projeto não exige que ele seja concluído dentro de um ciclo orçamentário. A prova disso é o próprio art. 167, §1°,
da CF/88, mencionado na alternativa A. Vejam que traz a hipótese de um investimento ultrapassar o exercício financeiro.

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c. ERRADO. Invenção do examinador. Não há essa necessidade.


d. CORRETO. Perfeito, pessoal. Para que ocorra a execução orçamentária é necessário ter dotação disponível. Não há como empenhar sem
recursos, por exemplo. Inclusive, eventuais prorrogações contam com a devida dotação.
e. ERRADO. Não é necessário estar previsto na proposta orçamentária inicial, uma vez que é possível a execução por meio de créditos adicionais.
O gabarito é a alternativa D.

Gabarito: D

27. CESGRANRIO - ERPDACGN (ANP)/ANP/ECONOMIA/2008

27. É INCORRETO afirmar que a descentralização fiscal, com governos locais e um governo central auferindo partes da arrecadação tributária,
tem a vantagem de permitir que

A) haja a adoção, por parte do governo central, de políticas macroeconômicas, de distribuição de renda, de segurança nacional e outras
uniformes em todo o país.
B) haja um certo grau de competição dos governos locais na oferta de alguns bens públicos à população.
C) as regiões mais pobres passem a estabelecer tarifas alfandegárias para os produtos das regiões desenvolvidas do país, levando à substituição
de importações e ao desenvolvimento local.
D) ao menos uma parte da arrecadação tributária reflita as preferências regionais, locais, mais facilmente captadas pelos governantes locais.
E) a população participe e fiscalize mais diretamente o uso dos recursos públicos locais.

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre federalismo fiscal.


A princípio, é importante que vocês, caros alunos, entendam que federalismo fiscal é uma forma de estruturar a arrecadação e a repartição
fiscal dos recursos públicos entre os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
Nessa esteira, é possível constatar, por exemplo, que o IPTU cabe aos municípios, mas o ITCMD, por sua vez, é de competência estadual.
O objetivo é, portanto, garantir a distribuição equitativa dos recursos públicos entre esses entes e, dessa forma, alcançar a eficiência econômica,
reduzindo disparidades regionais e locais.
a.CORRETO. Exatamente, pessoal. Como vimos acima, é fito do federalismo fiscal a equidade/uniformidade na arrecadação e na distribuição dos
recursos públicos.
b.CORRETO. Como o federalismo preza pela repartição fiscal entre os entes federativos, dando competências sobre certos tributos a eles, é natural
que haja uma certa competência local. Por exemplo, se você pagar o IPVA de um determinado carro no estado X, no estado Y, considerando esse
mesmo carro, você poderá pagar mais ou menos. Assim, pode até ensejar a chamada guerra fiscal. Vejam que a população pode sair beneficiada,
uma vez que, em tese, poderá contar com alguém ofertando o mesmo serviço/produto com menores cargas tributárias ou, até mesmo, com
incentivos fiscais.
Especificamente no contexto de bens públicos, podemos pensar que, quanto mais pessoas, empresas e investimentos uma área atrair,
maior será sua base tributária e, consequentemente, sua receita fiscal. Então, com maior disponibilidade de recursos, os governos locais podem
competir para oferecer uma melhor qualidade e variedade de bens públicos, como infraestrutura, transporte público, parques e espaços de lazer.
Eles podem investir em projetos que melhorem a qualidade de vida e atraiam residentes e empresas para sua área.

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c.ERRADO. Com o federalismo fiscal, as regiões mais pobres não têm esse poder de interferir nas regiões mais nobres. Lembre-se de que o
almejado pelo instituto do federalismo fiscal é a distribuição justa dos recursos e da arrecadação. Cada ente com a sua devida competência
tributária.
d.CORRETO. Exato. Com a descentralização fiscal, teremos maior autonomia local e regional, favorecendo quem de fato conhece a realidade da
sociedade.
e.CORRETO. Com certeza, se há descentralização, passamos a ter um menor impacto da verticalização, já que a base (entes locais, por exemplo),
com a suas devidas competências, passam a ter mais autonomia, permitindo uma maior e efetiva interface com os cidadãos.
O gabarito é, por tudo, a alternativa C.

Gabarito: C

28. CESGRANRIO - TCE (TCE-RO)/TCE RO/ECONOMIA/2007

28. Assinale a opção que NÃO pode ser considerada como uma das funções básicas da política orçamentária brasileira.

A) Promover a redução das desigualdades sociais através de aplicações em benefício das classes menos favorecidas.
B) Prover o atendimento das necessidades coletivas da população.
C) Ajustar o superavit ou o deficit, destinando-o ou financiando-o de acordo com os objetivos da política econômica vigente.
D) Regular o nível da demanda agregada, contribuindo para o maior ou menor emprego dos fatores de produção.
E) Definir as fontes, as destinações e o emprego de recursos de acordo com a orientação das instituições credoras do país.

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre funções de governo.


As funções de governo são assim divididas:
• alocativa: visa atuar nas falhas de mercado, fornecendo bens e serviços públicos para melhor eficiência dos mercados;
• distributiva: visa equalizar a distribuição de rendas na sociedade; faz-se o uso preponderante da tributação para tal;
• estabilizadora: visa o crescimento da economia, alto nível de empregabilidade e estabilidade dos preços; os principais instrumentos
são a política monetária e a política fiscal.

Vejamos as alternativas:
a.CORRETO. Função distributiva;
b.CORRETO. Função alocativa;
c.CORRETO. Função estabilizadora;
d.CORRETO. Função estabilizadora;
e.ERRADO. Não é função de governo. Ademais, vejam que a B vai no sentido contrário da alternativa E. O fim do estado é o bem estar social, logo
ele leva em conta as demandas sociais, não a orientação de instituições credoras. Item descabido.
O gabarito é a alternativa E.

Gabarito: E

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