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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA-AFO

AFO: PROF. CARLOS ALBERTO 1


ORÇAMENTO PÚBLICO
1. Teoria
Conceito/Origem: o orçamento público é um instrumento
de política de governo, alicerçado na premissa que as
despesas devem ser fixadas e as receitas estimadas para
um determinado período de tempo. O orçamento no Brasil,
coincide com o calendário civil, o que chamamos de
exercício financeiro (1º de janeiro até 31 de dezembro)

OBS: A evolução do orçamento público coincide com a


própria evolução da democracia. Mas foi principalmente
após a crise da Bolsa de Nova York em 1929, e com base
nas teorias keynesianas, que os governos começaram a
utilizar efetivamente o orçamento público como
ferramenta de política econômica e social.

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ORÇAMENTO PÚBLICO
Receitas
Públicas

Despesas
Direito Públicas
AFO AFE
Financeiro

Orçamento
Público

Crédito
Público

ORÇAMENTO PÚBLICO: DESPESAS = RECEITA Qualidade dos serviços


públicos

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ORÇAMENTO PÚBLICO
Tipos de Orçamento:
CF. 1824 Lei 4.320/64 DL nº 200/67 PPA 2003/2006

Orçamento tradicional Orçamento Orçamento Orçamento


desempenho programa Por Resultado (OpR)

Lembrete

Orçamento tradicional- foco: objeto do gasto. Controle contábil e político

Orçamento de desempenho- foco: o programa de trabalho. Resultado da


ação
Orçamento programa- foco: elo entre planejamento e orçamento através
de programas de governo.
Orçamento por Resultado ou Novo Orçamento desempenho-(OpR)
corresponde a uma forma de elaborar programas com foco nos resultados.

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ORÇAMENTO PÚBLICO
Técnicas Orçamentárias:
Orçamento Base zero: O Orçamento Base Zero exige a análise
e revisão de todos os programas do ano anterior. A base
então é o “zero”, não o orçamento anterior.
Orçamento Incremental: O Orçamento Incremental é a
antítese do OBZ. Enquanto este efetua a revisão de todos os
programas, aquele apenas realiza ajustes marginais em itens
de receitas e despesas, mantendo a estrutura do ano anterior.
Orçamento Participativo: Deveria haver a participação da
sociedade no processo de construção do orçamento através
das entidades de classes.

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ORÇAMENTO PÚBLICO
Funções Clássicas do Orçamento:
1. Função alocativa: está associada à alocação de recursos
pelo Estado, nos casos em que o setor privado não tem
interesse ou é ineficiente. Ex: Estradas, energia, subsídios
à produção, etc.
2. Função distributiva: quando o governo tenta tornar a
sociedade mais igualitária, tanto sob o ponto de vista de
distribuição de renda, quanto de acesso a serviços
públicos. Ex: Programa minha casa minha vida, Luz para
todos, etc.
3. Função estabilizadora: o Estado busca manter a
estabilidade econômica, principalmente no controle de
variáveis macroeconômicas, como: controle da inflação,
taxa de juros, desemprego, etc.

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Tá na hora de Exercitar
1. O orçamento público passa a ser utilizado sistematicamente como
instrumento da política fiscal do governo a partir da década de 30 do
século XX, por influência da doutrina keynesiana, tendo função
relevante nas políticas de estabilização da economia, na redução ou
expansão do nível de atividade.
( ) Certo ( ) Errado
2. O orçamento de desempenho é primordialmente calcado nos
aspectos contábeis e está dirigido mais para os produtos gerados pela
administração pública que para os resultados propriamente ditos.
( ) Certo ( ) Errado

3. Quando o Estado pretende priorizar a melhoria da distribuição de


renda, utiliza a política fiscal, aumentando a tributação e(ou)
diminuindo os gastos públicos.
( ) Certo ( ) Errado

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ORÇAMENTO PÚBLICO
Instrumentos de Política Governamental

PPA (Plano
plurianual)

LDO (Lei de
Diretrizes
Orçamentárias)

LOA (Lei de
Orçamento Anual)

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ORÇAMENTO PÚBLICO
O PPA é o instrumento de planejamento estratégico de médio
prazo do Governo Federal, de alta administração, de baixa
flexibilidade , alto risco de viabilidade. Orienta todos os
programas de governo, sejam nacionais, regionais ou setoriais.

A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento


estratégico (PPA) e o planejamento operacional (LOA). Sua
relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a distância
entre o plano estratégico e as LOAs, as quais dificilmente
conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos
estratégicos existentes antes da CF/1988.

A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos


públicos, sendo operacionalizada por meio de diversas ações. É o
orçamento propriamente dito. Divide-se em orçamentos fiscal,
de investimentos de estatais independentes e de seguridade
social.

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PPA – Plano Plurianual

PPA - Segundo o § 1º do art. 165 da CF/1988:


“§ 1º A lei que instituir o plano plurianual
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal
para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de
duração continuada”.

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LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
LDO - Segundo o § 2º do art. 165 da CF/1988:
“§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias
compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, estabelecerá
as diretrizes de política fiscal e respectivas
metas, em consonância com trajetória
sustentável da dívida pública, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual,
disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais
de fomento.
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LDO de acordo com a LRF
- Equilíbrio entre receitas e despesas;
- Programação financeira e cronograma mensal dos
desembolsos;
- Critérios e forma de limitação de empenho
(contingenciamentos);
- Normas relativas ao controle de custos e à avaliação
dos resultados dos programas

Conterá, ainda:
- Anexo de Metas Fiscais; e
- Anexo de Riscos Fiscais.

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Lei Orçamentária Anual - LOA

A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o Poder


Público prevê a arrecadação de receitas e fixa a realização de
despesas para o período de um ano. A LOA é o orçamento por
excelência ou o orçamento propriamente dito.

Segundo o § 5º, I, II e III, do art. 165 da CF/1988, a LOA conterá


o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o
orçamento de investimento das empresas (ou investimentos
das estatais):

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ORÇAMENTO PÚBLICO - LOA
“§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,


órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II – o orçamento de investimento das empresas em que a União,


direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto;

III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as


entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público”.

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CRÉDITOS ADICIONAIS

TIPOS FINALIDADE FORMA DE FORMA DE PRECISA


ABERTURA - ABERTURA – INDICAR FONTE
UNIÃO EST-DF-MUN ?

SUPLEMENTAR REFORÇO DE - DECRETO - AUTORIZADOS


DOTAÇÃO ORÇ - LEI ORDINÁRIA POR LEI E SIM
ABERTOS POR
DECRETOS
ESPECIAL CRIA NOVA - LEI ORDINÁRIA - AUTORIZADOS
DOTAÇÃO ORÇ POR LEI E
ABERTOS POR SIM
DECRETOS

EXTRAORDINÁRIO DESPESAS - ABERTOS POR


URGENTES E - MEDIDA DECRETO NÃO
IMPREVISÍVEIS PROVISÓRIA-MP
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RESTOS A PAGAR

1. RP Processados – despesas empenhadas,


liquidadas e não pagas
2. RP Não Processados – despesas
empenhadas, não liquidadas e não pagas

Obs: Devem ser distinguidos por exercício e


por credor

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DESPESAS DE EXERCÍCIO ANTERIOR-DEA

1. Despesas que não tenham se processado


na época correta
2. Compromissos assumidos após o
encerramento do exercício
3. Restos a Pagar com prescrição
interrompida

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Tá na hora de Exercitar
1. Integram os orçamentos fiscal e da seguridade social as empresas públicas que
efetuarem investimentos com recursos próprios e os conselhos de fiscalização de
profissões regulamentadas em relação às suas finalidades institucionais.
( ) Certo ( ) Errado

2. Vigente por um período de quatro anos, o plano plurianual deve estabelecer, em


âmbito nacional, as diretrizes, os objetivos e as metas para as despesas de capital e
os programas de duração continuada.
( ) Certo ( ) Errado

3. O plano plurianual (PPA) é instrumento que possibilita a participação social,


apresenta as diretrizes que devem orientar os gestores públicos, estipula os
objetivos que se buscam alcançar na gestão e estabelece as metas para os
programas de governo.
( ) Certo ( ) Errado

4. As metas fiscais anuais são definidas em anexo da lei de diretrizes


orçamentárias.
( ) Certo ( ) Errado

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Princípios Orçamentários
PRINCÍPIO DA UNIDADE
O Princípio da Unidade está explícito no Art. 2º da Lei 4.320/64 e no § 5º do
Art. 165 da CF 88. Tal princípio determina que o orçamento deva ser único, ou
seja, deve existir apenas um orçamento para cada exercício financeiro

PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE
Princípio também explicito no Art. 2º e reforçado pela Art. 3º da Lei 4.320/64, o
qual determina que o orçamento deve conter todas as receitas e todas as
despesas do Estado. Não há execução da receita ou da despesa sem inclusão no
orçamento.

PRINCÍPIO DA ANUIDADE
O orçamento deve ser planejado, elaborado e aprovado para a execução em
um determinado período de tempo. A CF de 1988, em seu Art. 165, § 5º
consagra o princípio da anuidade, bem como fica determinado que o período
para o qual o orçamento é determinado é o período anual e coincide com a ano
civil.

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Princípios Orçamentários
PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE
Este princípio determina que a Lei do Orçamento deve conter apenas matéria
orçamentária, sendo vedado qualquer matéria estranha à estimativa da
receita e fixação da despesa, conforme reza o art. 165, § 8º da CF/88. Exceção à
proibição é a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operação de crédito, ainda que por ARO.

PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO


Outro princípio explicito na Lei 4.320/1964, desta vez no Art. 6º, que
determina: "Todas as receitas e despesas constarão da Lei do Orçamento pelos
seus totais, vedadas quaisquer deduções." O objetivo aqui é impedir a inclusão
de valores líquidos ou saldos de confrontos entre receitas e despesas.

PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO
Aqui o objetivo é equilibrar as contas, o montante da despesas não poderá ser
maior que a previsão da receita para o período. A ideia aqui é não permitir o
déficit nas contas públicas, ou seja, só pode fixar a despesa até o limite da
estimativa da receita. O problema são as operações de crédito, então a CF/88
trouxe o que chamamos de "regra de ouro", onde determina o equilíbrio entre
operações de crédito e as despesas de capital (art. 167, inciso III).
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Princípios Orçamentários

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
No Brasil o orçamento público é uma Lei, portanto as receitas previstas e as
despesas fixadas precisam estar previstas na Lei Orçamentária, que é anual. Ou
seja, a aprovação do orçamento deve observar ao processo legislativo porque
trata-se de um dispositivo legal e de grande interesse da sociedade.

PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
No Brasil o orçamento público é uma Lei, sendo portanto publicada no diário
oficial para eficácia de sua validade. Mas pela sua importância e função, além
do interesse que desperta, o orçamento público deve ser amplamente
divulgado, inclusive com resumos comentados, possibilitando o conhecimento
ao maior número de pessoas.

PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO
Aqui o princípio tem a finalidade de apoiar o trabalho fiscalizador sobre as
finanças públicas. Assim, as receitas e despesas públicas devem ser
apresentadas no orçamento de maneira discriminada, de maneira que se possa
saber a origem dos recursos e onde serão aplicados.

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Princípios Orçamentários

PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO DA RECEITA


Princípio estabelecido pelo inciso IV do art. 167 da CF, estabelece que nenhuma
receita poderá ser reservada ou comprometida para atender a gastos
específicos. Recursos vinculados indicam dificuldades para os administradores
públicos, pois podem significar sobra de recursos em programas de menor
importância e carência em programas de maior relevância.

PRINCÍPIO DA CLAREZA
O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e
compreensível a todos aqueles que por interesse ou por ofício precisam
apreciá-lo. Todavia, o orçamento é uma peça técnica e como tal há linguagem
complexa.

PRINCÍPIO DA EXATIDÃO
A exatidão orçamentária envolve não apenas questões técnicas, mas sobretudo
questões culturais e éticas. A prática de superdimensionar a solicitação de
recursos, configura clara violação ao princípio da exatidão, artificializando a
peça orçamentária.

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01. São consideradas como exceções ao princípio da exclusividade no orçamento
a autorização para a abertura de créditos suplementares e a contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.
( ) Certo ( ) Errado

02. O princípio orçamentário da programação determina que as receitas e


despesas sejam integralmente programadas no orçamento, sendo vedada
qualquer dedução.
( ) Certo ( ) Errado

03. O princípio orçamentário da universalidade consiste em integrar, em um único


documento legal, todas as receitas previstas e todas as despesas fixadas para
cada esfera de poder e em cada exercício financeiro.
( ) Certo ( ) Errado

04. Os restos a pagar podem ser classificados em orçamentários e não


orçamentários.
( ) Certo ( ) Errado

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BONS ESTUDOS!!!

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