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ORÇAMENTO PÚBLICO

Prof. JOSAIAS SANTANA


NOÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS

O que é Política?

Política é a resolução pacífica dos conflitos


(Schmitter)

Compreende um conjunto de procedimentos destinados à resolução


pacífica de conflitos em torno da alocação de bens e recursos
públicos, onde há o envolvimento de vários atores, cujos interesses
serão afetados (positiva ou negativamente), pelo rumo tomado por
uma política pública qualquer.
NOÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS

As políticas públicas decorrem da atividade política


e compreende o conjunto das decisões e ações
relativas à alocação imperativa de valores,
decorrente das reivindicações dos atores
(trabalhadores, servidores públicos, ONGs,
igrejas, políticos, empresários, mídia,
determinado grupo social e até mesmo os
agentes internacionais (FMI, Banco Mundial
etc.), dentre outros).
NOÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Democracia é o
governo do povo,
para o povo e pelo
povo. Ela, além de
ser um princípio,
está numa eterna
construção.
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Por que o Governo Precisa de um Orçamento?


NOÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS

As demandas que as políticas públicas buscam atender podem


ser, por exemplo, reivindicações de bens e serviços, como saúde,
educação, estradas, transportes, segurança pública, previdência
social, etc.
Grande parte da atividade política dos governos se destina
à tentativa de satisfazer essas demandas vindas dos atores
sociais.
Entram em cena aqueles "procedimentos formais e
informais de resolução pacífica de conflitos" que
caracterizam a política.
NOÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Conceituação de Orçamento Participativo


É um processo de gestão compartilhada, entre Estado e
Sociedade, de uma parcela do Orçamento Público, que deve se
adequar a realidade do local em que é implantado,
possibilitando uma maior eficiência do gasto público, ao
permitir a escolha direta das prioridades por aqueles que
participam do processo de deliberação e conhecem as
necessidades locais.
Bruno Lopes - 2009
Noções de Políticas Públicas

Após definidas, as políticas públicas compõem a agenda


governamental, constituindo-se diretrizes do governo para a
elaboração de planos e orçamentos

A fase seguinte seria então planificá-las


Integração de Políticas, Planos e Orçamentos
Planejamento Público
É a definição de objetivos e o
estabelecimento dos meios
para atingi-los

Base Legal CF/88

Art. 174, que diz: Como agente normativo e regulador da atividade


econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções
de.....planejamento, sendo este determinante para o setor público e
indicativo para o setor privado.

Art. 165: apresenta os instrumentos de planejamento: PPA, LDO e


LOA.
Planejamento /Orçamento Público: Exigências Legais

 Participação Social
Fundamentos: Art. 1º da CF/88 - Estado Democrático de Direitos
Art. 48, Parágrafo único da LRF - participação popular na elaboração e discussão dos planos e
orçamentos

 Ênfase nas Realizações e Resultados


Fundamento: Orçamento Moderno - ênfase nos fins (sociedade) e não nos meios
(administração)

 Deve Refletir a Realidade


Fundamentos: LRF (princípio do equilíbrio das contas públicas e metas realistas)

 Requer setores estruturados, com quadro de pessoal suficiente e


capacitado.
Planejamento / Orçamento Público

Instrumentos Fundamentais de Planejamento/Orçamento:


PPA, LDO e LOA (Art. 165, I, II e III da CF)

PPA
PPA
Conjunto de LDO
Programas Priorização
p/ 4 anos anual dos
programas Orçamento
Anual
Metas Fiscais Alocação de
recursos para
execução dos
programas
Planejamento / Orçamento Público

Processo Integrado de Planejamento/Orçamento

INTEGRAÇÃO PPA x LDO x LOA

LDO 2010  LOA 2010


PPA LDO 2011  LOA 2011
2010/2013 LDO 2012  LOA 2012
LDO 2013  LOA 2013

A execução de cada LOA alimentará, se for o caso,


reavaliações do PPA
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Peças de Planejamento e Orçamento na CF/88


(Art. 165, I, II e III)

Conteúdo Básico

A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de forma


PPA regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada. (Art. 165, §1º)

A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e


LDO prioridades da administração Pública federal, incluindo as despesas
de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na
legislação tributária (....). (Art.. 165, §2º).

LOA A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal dos


Poderes, órgãos e demais entidades da administração direta e
indireta; II - o orçamento de investimento das empresas III - o
orçamento da seguridade social. (Art.165,§5º).
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Leis Orçamentárias : Leis de Rito Especial

O Executivo tem prazos constitucionais para enviar os


projetos do PPA/LDO/LOA e o Legislativo para devolvê-
los para sanção.

(Orçamento Misto. Elaboração pelo Executivo.


Aprovação pelo Legislativo)
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Programas para Atender a Sociedade


PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Planejar com Sustentabilidade Fiscal

 Priorização de demandas (necessidades


públicas) tendo por base o lastro de recursos.
 No PPA há de ter os objetivos da política fiscal,
com base em estimativas de evolução de suas
receitas, gastos, resultados primários,
endividamento e patrimônio público.
 Planejamento voltado a atingir resultados e
metas fiscais por exigência da LRF.
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO
O Processo Orçamentário - os três instrumentos de
planejamento

PPA
LDO
LOA
Progra. Exe-
Financ. cução
• A compatibilidade da LOA com o PPA e com a LDO
• Programas/Ações com suas metas (LDO e PPA) requerem
recursos
• Dotações da LOA: provêm recursos para as ações

Sistema de codificações permite identificar


se há compatibilidade
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Instrumento de Integração: o Programa

PLANEJAMENTO ORÇAMENTO

PROGRAMA

GESTÃO
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Prática Atual: o Orçamento-Programa

O orçamento programa é um instrumento de planejamento que permite


identificar os programas, os projetos e as atividades que o Governo pretende
realizar, além de estabelecer os objetivos, as metas, os custos e os resultados
esperados e oferecer maior transparência dos gastos públicos.

É um sistema que presta particular atenção àquilo que um governo


realiza como educação, assistência médica e segurança, mais do
que ao que adquire como serviços, materiais e equipamento.
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Prática Atual: o Orçamento-Programa

Foi introduzido com o Decreto-Lei nº 200/67, porém entrou


efetivamente em atividade a partir de 2000, por efeito da Portaria nº
42/99 que introduziu a classificação gerencial da despesa: funcional e
programática.
Características:

PROGRAMA
- Integração planejamento-orçamento;
- quantificação dos objetivos e fixação de metas;
- relação insumo-produto;
- alternativas programáticas;
-acompanhamento físico financeiro;
- avaliação de resultados e gerência por objetivos.
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

A importância da Pesquisa

Só é possível elaborar um plano


voltado para resultados junto à
sociedade se houver pesquisas
visando formar banco de dados e
assim obter um diagnóstico.
Com base nela se criam os programas
para solucionar problemas com
objetivos claramente definidos,
mensurados por indicadores.
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

LÓGICA DA CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA


PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

O que é programa?
 Instrumento de organização da Ação Governamental

Programa

Ações

Projetos Atividades Operações Especiais


Metas
Valores

 Cada programa identifica as AÇÕES necessárias para atingir os seus


OBJETIVOS, sob forma de PROJETOS, ATIVIDADES e OPERAÇÕES ESPECIAIS,
especificando os respectivos VALORES e METAS.
Fonte: STN
Programa

Visam à solução de
problema ou demanda
da sociedade
Instrumento de
ação
governamental

Programa

Articula iniciativas Mensurado por


públicas e privadas indicadores, metas e
custos estabelecidos no
PPA

Fonte: STN
Programa

Fonte: STN
Ações

Operações das quais


resultam produtos (bens
ou serviços)

Projetos

Ações
Atividades

Operações
Contribuem para Especiais
atender ao objetivo de
um programa

Fonte: STN
Ação

Fonte: STN
Projeto

Resulta em produto que


aperfeiçoa ou expande
ação do governo

Projeto

É limitado no
Geralmente dá origem a
tempo
atividades ou
expande/aperfeiçoa as
existentes
Ação / Projeto
Atividade

Visa à manutenção dos


serviços públicos ou Resulta em produto
administrativos já necessário à
existentes manutenção de
ação do governo

Atividade

É permanente e
contínua no tempo

Fonte: STN
Ação / Atividade

Fonte: STN
TIPOS DE PROGRAMAS DO PPA

Apoio
Administrativo

Governo

Programas
Finalísticos

SOCIEDADE
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Conteúdo PPA

Conforme art. 165, inciso I, §1º da CF/88, a lei que


instituir o Plano Plurianual estabelecerá as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública para as
despesas de capital e outras despesas decorrentes, bem
como os programas de duração continuada.
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Explicando o Conteúdo
PPA
DIRETRIZES  orientações gerais que nortearão todas as etapas do PPA.

OBJETIVOS  discriminação dos resultados que se pretende alcançar. Exemplos: melhorar


a qualidade do ensino; combater a carência alimentar.

METAS  Especificação e quantificação física dos objetivos definidos. Exemplos:


capacitação de 100 professores; distribuição de 500 cestas básicas; construção de 5 postos
de saúde.

DESPESA DE CAPITAL São os investimentos (ex.: aquisições de bens móveis e


aquisição/construção de bens imóveis).

DESPESA DECORRENTE São as despesas decorrentes dos investimentos previstos no


PPA . Ex.: pessoal, material de consumo, equipamentos etc.

PROGRAMA DE DURAÇÃO CONTINUADA Programas cuja execução ultrapassa um


exercício financeiro. Ex. Programas de Assistência Social de caráter permanente.
PPA
PPA
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Explicando o Conteúdo LDO


A lei de diretrizes orçamentárias estabelece as metas e prioridades para
o exercício financeiro subseqüente, dando ênfase aos programas e ações
(projetos e atividades) planejados no PPA para serem realizados naquele
exercício a que se refere, conforme a previsão/confirmação de recursos.

Há também outras determinações da Constituição e da LRF em termos


de conteúdo, inclusive a necessidade dos Anexos de Metas e de Riscos
Fiscais (serão apresentados em slides posteriores).
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

CONTEÚDO DA LDO

Conforme a Constituição (art. 165, §2º), a LDO:

- Compreenderá as metas e prioridades da administração


pública, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subseqüente;

- Orientará a elaboração da lei orçamentária anual;

- Disporá sobre as alterações na legislação tributária; e

- Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras


oficiais de fomento.
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

CONTEÚDO DA LDO

Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal

- Equilíbrio entre receitas e despesas (Art. 4º, I, a)


- Critérios e forma de limitação de empenho (Art. 4º, I, b)
- Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos
programas financiados com recursos dos orçamentos (Art. 4º, I, e)
- Condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas
e privadas (Art.4º, I, f)
- Anexo de Metas Fiscais (Art. 4º, §1º)
- Anexo de Riscos Fiscais (Art. 4º, §3º)
- Regulamentação sobre a programação financeira e o cronograma de
execução mensal de desembolso (Art. 9º)
- Forma de utilização e montante da reserva de contingência (Art. 5º, III)
- Regulamentação sobre concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de
natureza tributária da qual decorra renúncia de receita (Art.14)
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Explicando o Conteúdo
LOA
A lei orçamentária anual deverá conter, de forma consolidada,
todas as receitas e despesas da administração direta e indireta
(Poderes, autarquias, fundações e empresas estatais
dependentes), com destaques para os orçamentos fiscal, da
seguridade social e de investimentos em empresas estatais
independentes).

Princípios da Unidade e da Universalidade


PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Explicando o Conteúdo LOA


Art. 165, §8º da CF LOA para 2012
Receitas Despesas
Oper.Créd. Créd.Suplemen.
(orçam./ARO) No montante de..

A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão


da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.

Princípio da Exclusividade
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

LOA
Conteúdo, estrutura e forma da proposta orçamentária

Nos termos do art. 22 da Lei nº 4.320/64, a proposta orçamentária deve


conter:

I – Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação


econômico-financeira, documentada com demonstração da dívida
fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e
outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da
política econômico-financeira do Governo; justificação da receita e
despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital.

II – Projeto de Lei de Orçamento.

III – Tabelas e Quadros das Receitas / Despesas e Programas de


Trabalho
FLUXO DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA

Órgão Central de Órgão Setorial de Unidade Chefe do Poder


Orçamento Orçamento Orçamentária Executivo

INÍCIO

Fixa Diretrizes
DEFINE:
Setoriais
- Diretrizes Estratégicas
- Parâmetros PROPOSTA
Quantitativos
- Normas para
Elaboração
PROGRAMAS
- Projetos
Estuda, Define e
Divulga Limites - Atividades
- Operações Espec.

Consolida e
Valida Propostas
Compara Limites / Formaliza
Projetos / Atividades / Proposta
Operações Especiais Formaliza
Propostas

Ajusta Propostas
Setoriais Decide

Consolida e Envia o PLOA


Formaliza o PLOA ao Legislativo
CONTROLE/GESTÃO DO ORÇAMENTO PÚBLICO

Quem Controla a Gestão Pública?


Controle Interno (órgão de controle e setoriais)
Controle Externo
Tribunal de Contas (Fiscaliza e emite Parecer sobre contas)
Poder Legislativo (Fiscaliza e julga politicamente o chefe do
Executivo)

Controle Social (Participa do planejamento, acompanha


a execução, examina a prestação de contas)
CONTROLE/GESTÃO DO ORÇAMENTO PÚBLICO

Fase da Monitoramento e Avaliação

O controle poderá ser interno, quando realizado por


agentes do próprio órgão, ou externo, quando
realizado pelo Poder Legislativo, auxiliado
tecnicamente pelo Tribunal de Contas.
Classificação dos Controles

Controle prévio: quando as ações de controle acontecem antes que os atos e fatos
ocorram, como é o caso do exame dos atos de admissão de pessoal, de editais de licitação
etc.

Controle concomitante: é quando controle se realiza enquanto os atos se encontram em


andamento, como nas prestações de serviço e execução de obras públicas.

Controle subseqüente: é aquele aplicado posteriormente aos atos e fatos realizados pela
administração, tal como a análise de prestações de contas.
CONTROLE/GESTÃO DO ORÇAMENTO PÚBLICO

Fase da Revisão / Correção

A revisão acontece após as avaliações


periódicas.

Corrigi-se as falhas de concepção e execução


de planos e orçamentos, constituindo em
aprendizado.
Tanto o PPA como o orçamento não são peças rígidas ao
ponto de não ser permitido modificações.
Podem ser alterados da mesma forma que foram
concebidos (por lei), dentro de uma razoabilidade.
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Mas o Que é Orçamento Público?


É uma previsão de quanto
dinheiro o Governo vai
arrecadar no ano,
especificando-se no mesmo
documento onde esses
recursos serão gastos.
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Funções Econômicas do Estado cumpridas através do


Orçamento

Função Alocativa
Quando o Estado aloca recursos para prover a sociedade de determinados
bens e serviços, em que o setor privado não teria a plena capacidade
e a mesma eficiência em supri-la.

Função Distributiva
Se caracteriza, por exemplo, quando o Estado impõe maior carga
tributária a alguns para melhorar a situação da camada mais pobre da
população (distribuição de renda).

Função Estabilizadora
Quando o Estado intervém na economia para manter estáveis os preços
de bens e serviços oferecidos pelo setor privado, por exemplo.
Princípios orçamentários
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO
Princípios Orçamentários a serem observados na
elaboração e execução do Orçamento
 Unidade/Totalidade
 Universalidade
 Anualidade/Periodicidade
 Exclusividade
 Equilíbrio
 Orçamento Bruto
 Publicidade
 Especificação/Especialização
 Não-afetação de receitas
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

RECEITA PÚBLICA

Conceito

A Receita Pública é a entrada de recursos que, integrando-se ao


patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou
correspondências no passivo, vem acrescer o seu vulto, como
elemento novo e positivo (Aliomar Baleeiro).

É todo recurso obtido pelo Estado, de origem orçamentária, para


atender as despesas públicas (ponto de vista orçamentário/financeiro)
Estágios da receita orçamentária

PREVISÃO

LANÇAMENTO

METODOLOGIA
ARRECADAÇÃO

UNIDADE DE
CAIXAS BANCOS RECOLHIMENTO
CAIXA

Fonte: STN
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA

No orçamento a receita apresenta menor quantidade de


quadros e demonstrativos do que a despesa, por ser menos
rígido seu controle.

Não se exige prévia autorização orçamentária para


arrecadação das receitas tributárias e outras, basta que estas
tenham sido criadas por legislação específica e serem
estimadas no orçamento.

É necessário ordená-las segundo classificações, por serem os


recursos orçamentários de variada natureza e origem.
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Classificações da receita orçamentária


NATUREZA DA RECEITA ORIGEM
(1) TRIBUTÁRIA
(2) DE CONTRIBUIÇÕES
(3) PATRIMONIAL
(4) AGROPECUÁRIA
CORRENTE (1)
(5) INDUSTRIAL
(6) DE SERVIÇOS
(7) TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
(9)OUTRAS RECEITAS CORRENTES
(1) OPERAÇÕES DE CRÉDITO
(2) ALIENAÇÃO DE BENS
DE CAPITAL (2) (3) AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
(4) TRANSFERÊNCIA DE CAPITAL
(5) OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL

Fonte: STN
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

EX: CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA


1 1 1 2 04 10

CATEGORIA ECONÔMICA
Receita Corrente
ORIGEM
Receita Tributária
ESPÉCIE
Impostos
RUBRICA
Imposto Sobre Patrimônio Renda
ALÍNEA
Imp. S/ Renda e Prov. Qualquer Natureza
SUBALÍNEA
Pessoas Físicas

Fonte: STN
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Classificação por Fontes de Recursos – a mais nova classificação da Receita

A Fonte de Recursos é o passo obrigatório entre a receita e a


despesa do governo
Metodologia para a classificação dos ingressos financeiros

ORIGENS DAS ORIGENS DAS


IDENTIFICAR

2º PASSO

3º PASSO

4º PASSO

5º PASSO

6º PASSO
1º PASSO
RECEITAS RECEITAS REGISTRO DE
INGRESSOS CATEGORIA
ORÇAMENT. ORÇAMENTÁRI INGRESSOS DE IDENTIFICAR
ORÇAMENT. OU ECONÔMICA AS DE CAPITAL E
CORRENTES E TERCEIROS CONTA
EXTRAOR.? DA RECEITA INTRAOR. DE
INTRAOR. (EXTRAOR.)
ORÇAMENT. CAPITAL
CORRENTES

TRIBUTÁRIA
CONTRIBUI. EX. TRIBUTÁRIA:
PATRIMONIAL IMPOSTOS
CORRENTE
AGROPEC. TAXAS
- INTRA INDUSTRIAL CONT. MELHORIA
CORRENTE SERVIÇOS ETC.
TRANSFER.
ORÇAMENTÁRIO OUTRAS

OP. CRÉDITO
ALIENAÇÕES BENS EX. OP. CRÉD.:
CAPITAL /
AMORT. EMPREST. INTERNAS
INTRA EXTERNAS
CAPITAL TRANSF. CAPITAL
OUTRAS
DEPÓSITOS
EXTRA CAUÇÕES
ORÇAMENTÁRIO RECEITAS
EXTRAORÇAM. DOAÇÕES
INSC. D. ATIVA
Fonte: STN
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

DESPESA PÚBLICA

Conceito

Em termos gerais corresponde aos gastos efetuados pelo Estado


com vistas ao atendimento das necessidades coletivas
(econômicas e sociais) e ao cumprimento das responsabilidades
institucionais do setor público, devendo ser realizadas por
autoridades competentes e com base em autorizações do Poder
Legislativo, por meio da lei orçamentária ou de créditos
adicionais.
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Fases (Estágios) da Despesa Orçamentária

São as etapas ou passos que devem ser observados na execução


da despesa pública.
Segundo a doutrina majoritária, a despesa pública possui quatro
estágios: Fixação, Empenho, Liquidação e Pagamento; no
entanto, doutrinadores mais recentes têm considerado como um
dos estágios a Licitação.

FIXAÇÃO  LICITAÇÃO EMPENHO  LIQUIDAÇÃO  PAGAMENTO


Esquema da Execução da Despesa Pública

PPA

LDO

LOA

PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA

LICITAÇÃO

EMPENHO CONTRATO

LIQUIDAÇÃO

PAGAMENTO
Classificações da despesa orçamentária

INSTITUCIONAL

Quem é o responsável?

FUNCIONAL

Em que área fazer?


ESTRUTURA PROGRAMÁTICA
Por que é feito, para que é feito e o que se espera?

NATUREZA DA DESPESA
Efeito econômico, classe de gasto, estratégia para realização
e insumos necessários.
FONTE DE RECURSO
Recursos utilizados correspondem à contrapartida? São de
que exercício? De onde vêm?
Fonte: STN
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Classificação institucional

25 9 01

ORGÃO
Secretaria de Saúde UO

TIPO ADMINISTRAÇÃO
1 – Direta
2 – Autarquia, Fundação e Agência
9 – Fundo
UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
Fundo Municipal de Saúde

Fonte: STN
Classificação funcional

FUNÇÕES SUBFUNÇÕES
01 – Legislativa 031 – Ação Legislativa
032 – Controle Externo

12 361 02 – Judiciária 061 – Ação Judiciária


062 – Defesa do Interesse Público no Processo Judiciário
03 - Essencial à Justiça 091 – Defesa da Ordem Jurídica
092 – Representação Judicial e Extrajudicial
04 – Administração 121 – Planejamento e Orçamento
122 – Administração Geral

FUNÇÃO 123 – Administração Financeira


124 – Controle Interno
Educação 125 – Normalização e Fiscalização
126 – Tecnologia da Informação
127 – Ordenamento Territorial
128 – Formação de Recursos Humanos
129 – Administração de Receitas
130 – Administração de Concessões
SUBFUNÇÃO 05 - Defesa Nacional
131 – Comunicação Social
151 – Defesa Aérea
Ensino Fundamental 152 – Defesa Naval
153 – Defesa Terrestre
06 - Segurança Pública 181 – Policiamento
182 – Defesa Civil
183 – Informação e Inteligência
07 – Relações Exteriores 211 – Relações Diplomáticas
212 – Cooperação Internacional
08 – Assistência Social 241 – Assistência ao Idoso
242 – Assistência ao Portador de Deficiência
243 – Assistência à Criança e ao Adolescente
244 – Assistência Comunitária
09 – Previdência Social 271 – Previdência Básica
272 – Previdência do Regime Estatutário
273 – Previdência Complementar
274 – Previdência Especial
10 – Saúde 301 – Atenção Básica
302 – Assistência Hospitalar e Ambulatorial
303 – Suporte Profilático e Terapêutico
304 – Vigilância Sanitária
Fonte: STN
Classificação Programática

0044 2992

PROGRAMA
Educação Nota 10

AÇÃO (Projeto, Atividade e Operação Especial)


Aquisição de material didático

Fonte: STN
Classificação: Natureza da Despesa

3 3 90 30 XX

CATEGORIA ECONÔMICA ND
Despesa Corrente

GRUPO DE DESPESA
Outras Despesas Correntes
MODALIDADE DE APLICAÇÃO
Aplicação Direta
ELEMENTO DE DESPESA
Material de Consumo
DETALHAMENTO DA DESPESA
Combustíveis e Lub. Automotivos
Fonte: STN
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO
Classificações PÚBLICO
da Despesa Orçamentária

CATEGORIA ECONÔMICA E GRUPO DA NATUREZA DA DESPESA.

GRUPO DE DESPESA

1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS

DESPESAS 2 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA


CORRENTES
3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES

4 INVESTIMENTOS

DESPESAS DE
5 INVERSÕES FINANCEIRAS
CAPITAL
6 AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA

RESERVA DE CONTINGÊNCIA/RESERVA DO
9
RPPS

Fonte: STN
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO
ClassificaçõesPÚBLICO
da Despesa Orçamentária

MODALIDADE DE APLICAÇÃO

20 TRANSFERÊNCIAS À UNIÃO

22 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA À UNIÃO

30 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL

31 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL – FUNDO A FUNDO

32 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA À ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL

40 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS

41 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS – FUNDO A FUNDO

42 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA À MUNICÍPIOS

50 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS

60 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS COM FINS LUCRATIVOS

70 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES MULTIGOVERNAMENTAIS

71 TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS

72 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA À CONSÓRCIOS PÚBLICOS

80 TRANSFERÊNCIAS AO EXTERIOR

90 APLICAÇÕES DIRETAS

91 APLICAÇÃO DIRETA DECORRENTE DE OPERAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS, FUNDOS E ENTIDADES INTEGRANTES DOS
ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

99 A DEFINIR
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

 ELEMENTO DA DESPESA: identifica os objetos de gastos, o que vai ser


adquirido para consecução dos programas.

 DESDOBRAMENTO FACULTATIVO DO ELEMENTO DA DESPESA: cada ente poderá


detalhar os elementos de despesa conforme a necessidade de informação mais
analítica.
Compreendendo os Códigos do Orçamento
Metodologia para a classificação quanto à natureza da despesa

GND DAS GND DAS


IDENTIFICAR

2º PASSO

3º PASSO

5º PASSO

6º PASSO
4º PASSO
1º PASSO
DESPESAS DESPESAS REGISTRO DE
FATO ORÇAMENT. CATEGORIA
ORÇAMENT. ORÇAMENT. DE INGRESSOS DE IDENTIFICAR
OU EXTRA ECONÔMICA CAPITAL E
CORRENTES E TERCEIROS CONTA
ORÇAMENTÁRIO DA DESPESA INTRAOR. DE
INTRAOR. (EXTRAOR.)
ORÇAMENT. CAPITAL
CORRENTES

• PESSOAL E
ENCARGOS EX. OUTRAS
• JUROS E DESPESAS
CORRENTE
ENCARGOS CORRENTES:
- INTRA DA DÍVIDA 30-Material de
CORRENTE • OUTRAS Consumo
DESPESAS
ORÇAMENTÁRIO CORRENTES

• INVESTIMENTOS
• INVERSÕES EX.INVERSÕES
CAPITAL /
FINANCEIRAS FINANCEIRAS:
INTRA 61-Aquisição de
CAPITAL • AMORTIZAÇÃO
DA DÍVIDA Imóveis

Devolução
EXTRA SAÍDAS valores terceiros
ORÇAMENTÁRIO COMPENSATÓRIAS Recolhimento
PAGAMENTO RP retenções

Fonte: STN
Créditos orçamentários

Inicial

Créditos
Orçamentários

Suplementares
Adicionais Especiais
Extraordinários

Fonte: STN
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Classificação dos Créditos Adicionais (Lei nº 4.320/64, art. 42)


CRÉDITOS ADICIONAIS
TIPO FINALIDADE
SUPLEMENTARES Os destinados a reforço de dotação orçamentária já existente
que se tornou insuficiente durante a execução do orçamento,
decorrentes, geralmente, de erros de orçamentação.
ESPECIAIS Os destinados a despesas com programas ou categoria de
programas (projeto, atividade ou operações especiais) novos,
por não haver dotações orçamentárias anteriormente criadas.
Sua ocorrência indica, geralmente, a existência de erros de
planejamento.
EXTRAORDINÁRIOS Os destinados a atender despesas imprevisíveis e urgentes,
como as decorrentes de guerra, comoção interna, ou
calamidade pública.
Créditos orçamentários

Superávit
Financeiro
CF 88

Recursos
Excesso de
sem
Arrecadação
Despesas

Fontes
de 4320/64

Recursos
Reserva de Operações
Contingência de Crédito

Decreto
Anulação de
Lei 200/67 Dotação

Fonte: STN
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO

Forma de Abertura dos Créditos Adicionais (Arts. 42 e 43 da Lei


nº 4.320/64)

Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e


abertos por decreto do Poder Executivo. Dependem da existência
de recursos para sua abertura.

Os créditos extraordinários independem de lei autorizativa, mas


sua abertura será feita por decreto do Poder Executivo.

As fontes de recursos para abertura dos créditos adicionais


suplementares e especiais são: superávit financeiro do ano
anterior; anulação de dotação; excesso de arrecadação;
operações de crédito.
Inscrição de Restos a pagar
Inscrição de Restos a Pagar
Art. 36 da Lei 4.320: Inscrevem-se em restos a pagar as despesas empenhadas e não pagas até
31 de dezembro.(Princípio da anualidade)
• Processados Conforme os Manuais de
• Não Processados Procedimentos Orçamentários e
Patrimoniais da STN, bem como
Liquidado Decisões do TCE-RO
RP Processado

Não existe condição para inscrever em restos a pagar,


Empenho
Empenho pois já existe a dívida (o serviço já foi prestado ).

Não liquidado RP Não Processado

Condições para a inscrição do RP não processado


• O serviço se acha dentro do prazo de execução;

• O serviço/entrega do bem já aconteceu, mas ainda não


houve o atesto pela Administração;

• Disponibilidade de caixa.

X1 X2
Fonte: STN
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
Prof. JOSAIAS SANTANA
LRF – OBJETIVO

Responsabilidade na gestão fiscal


Mediante o cumprimento de:

• Metas de resultado entre receita e despesa


Ação planejada e transparente
• Limites e condições sobre renúncia de receita

• Geração de despesas com pessoal


Prevenção de riscos e correção de
desvios • Seguridade social

• Dívida Pública e outras ...

Equilíbrio das contas públicas


Transparência

Publicação das
Fiscalização
Informações

Participação
Planejamento
Popular
Instrumentos de
Transparência

Fonte: STN
PRINCÍPIOS / PILARES DA LRF

EQUILÍBRIO DAS CONTAS PÚBLICAS

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Limites da LRF

1. Despesa com pessoal;


2. Dívida, endividamento e operações de crédito;
3. Antecipação de Receita Orçamentária - ARO;
4. Garantia e Contragarantias;
5. Restos a pagar.

Fonte: STN
Sanções da LRF e do CP

SANÇÕES

RESTRIÇÕES SANÇÕES
INSTITUCIONAIS PESSOAIS
RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

“Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:


IV- receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e
outras receitas também correntes, deduzidos: ...”

Receitas Vinculadas
Fundeb ?
(Convênios) ?
RCL – RECEITAS VINCULADAS
(Convênios)
• As receitas vinculadas como, por exemplo, as
transferências relativas a convênios, as receitas
comprometidas com o Sistema Único de Saúde,
os royalties, o salário-educação e o Fundo de
Combate à Pobreza, NÃO deverão ser
deduzidas para efeito de cômputo da RCL.
ROYALTIES – Lei 7.990/89
Compensação financeira pela exploração
de petróleo ou gás natural
• Regra: é vedada a aplicação dos recursos em pagamento de
dívida e no quadro permanente de pessoal. 
• Exceção: pagamento de dívidas para com a União e suas
entidades; custeio de despesas com manutenção e
desenvolvimento do ensino (salários e outras verbas de natureza
remuneratória a profissionais do magistério)   
Também pode utilizar para capitalização de fundos de
previdência. 
• Lei Estadual 8.308/2006 – Fundo para a Redução das
Desigualdades Regionais - recursos repassados aos municípios
serão aplicados exclusivamente em investimentos.
RCL – PERIODICIDADE DE APURAÇÃO

 Mutável, de apuração quadrimestral e sempre contemplando 12 meses.

• Regra Geral (§ 3º, do art. 2º):


§ 3º A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas
arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as
duplicidades.
• Mutabilidade definida no art. 22:
Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts.
19 e 20 será realizada ao final de cada quadrimestre.
CONCEITO DE DESPESA COM
PESSOAL (LRF – art. 18)

• A despesa total com pessoal compreende o


somatório dos gastos do Ente da Federação
com ativos, inativos e pensionistas (despesa
bruta com pessoal), com quaisquer espécies
remuneratórias, feitas algumas deduções
indicadas pela própria LRF (art. 19, § 1º ).
DESPESA COM PESSOAL (Exemplos)
CONSIDERA NÃO CONSIDERA
Abono de permanência Ajuda de custo
Abono provisório Auxílio alimentação
Adicionais Auxílio creche / escola
Aposentadorias e reformas Auxílio educação
Auxílio reclusão Auxílio funeral
13º salário Auxílio moradia
Férias Auxílio natalidade
Gratificações Auxílio acidente
Pensões Diárias
Prêmio por produtividade Indenização de transporte
Salário-família RPPS Pecúlio
Salário-maternidade Plano de saúde
Hora extra Serviços de saúde
Soldo Vale transporte
Subsídios
Vantagens incorporadas
LRF - LIMITE DA DESPESA COM
PESSOAL

Limite por Nível - Município


Descrição
Máximo Prudencial (95%) Alerta (90%)

Executivo 54% 51,30% 48,60%

Legislativo 6% 5,70% 5,40%

Ente - Município 60% 57,00% 54,00%


LRF – LIMITE DESPESA COM PESSOAL

Limite por Nível - Estado


Descrição
Máximo Prudencial (95%) Alerta (90%)
Poder Executivo 49,00% 46,55% 44,10%
Poder Judiciário 6,00% 5,70% 5,40%
Assembleia Legislativa 1,70% 1,62% 1,53%
Tribunal de Contas 1,30% 1,24% 1,17%
Ministério Público 2,00% 1,90% 1,80%
Ente - Estado 60,00% 57,00% 54,00%
ULTRAPASSOU O LIMITE PRUDENCIAL
Restrições ao Poder/Órgão (LRF, art. 22, Parágrafo único)
 Conceder vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração, salvo os derivados de
sentença judicial ou de determinação legal ou contratual e revisão geral anual da CF
 Criar cargo, emprego ou função
 Alterar estrutura de carreira que implique aumento de despesa
 Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a
reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e
segurana
  contratação de hora extra, salvo as situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias
ULTRAPASSOU O LIMITE MÁXIMO
Medidas p/Recondução ao Limite Prazo eliminar excedente
(CF, art. 169, §3º e §4º) (LRF, art. 23, Caput)

 redução em pelo menos 20% das despesas com cargos


em comissão e funções de confiança podendo ser 2 Quadrimestres seguintes, sendo
alcançado pela extinção de cargos e funções. pelos menos 1/3 do excedente no 1º
Quadrimestre
 Exoneração dos servidores não estáveis.
 Servidor estável poderá perder o cargo ( no último caso)
Não alcançada a redução no prazo, e
enquanto perdurar o excesso:
• Mantém as restrições ao Poder/Órgão por ultrapassar o limite
prudencial, e além disso cria para o ENTE as seguintes RESTRIÇÕES
[LRF, art. 23, §3º]:
1. Receber transferências voluntárias, exceto educação, saúde e assistência social (§3º art. 25, LRF).
2. Obter garantia, direta ou indireta, de outro ente

3. Contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao financiamento da dívida mobiliária e as


que vissem à redução das despesas com pessoal

As restrições ao ENTE aplicam-se imediatamente se


exceder o limite legal no 1º Qd do último ano de
mandato
PRAZOS EM DOBRO – BAIXO
CRESCIMENTO PIB

Art. 66. Os prazos estabelecidos nos arts. 23, 31 e 70 serão


duplicados no caso de crescimento real baixo ou negativo do
Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por
período igual ou superior a quatro trimestres.

   § 1o Entende-se por baixo crescimento a taxa de variação real


acumulada do Produto Interno Bruto inferior a 1% (um por cento),
no período correspondente aos quatro últimos trimestres. (...)
ÚLTIMOS 180 DIAS DO MANDATO

Art. 21. (...)
Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito
o ato de que resulte aumento da despesa com
pessoal expedido nos cento e oitenta dias
anteriores ao final do mandato do titular do
respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.
DOIS ÚLTIMOS QUADRIMESTRES DO
MANDATO
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20,
nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação
de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem
que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa


serão considerados os encargos e despesas compromissadas a
pagar até o final do exercício.
RENÚNCIA DE RECEITA (Art. 14 LRF)
Concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária
(Ex. anistia, remissão, isenção, incentivos fiscais)

DEVERÁ ESTAR ACOMPANHADA:


1. Estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e
nos 2 seguintes, e
2. Atender ao disposto na LDO e a pelo menos uma das seguintes CONDIÇÕES:           

a) Demonstrar que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da LOA, e de que não
afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da LDO;

b) Apresentar medidas de compensação por meio do aumento de receita, proveniente da elevação


de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA
Conceito:

Entrega de recursos correntes ou de capital a


outro ente da Federação, a título de cooperação,
auxílio ou assistência financeira, que não decorra
de determinação constitucional, legal ou os
destinados ao Sistema Único de Saúde.

(Art. 25 LRF)
TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA
Exigências para realização:

LRF - Art. 25 - Repassador


• Dotação específica;
• Não destinação para pagamento de despesas com
pessoal ativo, inativo e pensionista. (CF 88 – art. 167, X)

Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO


• Pode conter outras exigências
TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA
Exigências para realização:

Lei Complementar Estadual 621/2012, Art. 113.

• Regularidade das obrigações dos jurisdicionados perante


o TCEES.
 hoje especificamente em relação as obrigações junto
ao CidadES.

• Comprovação por meio da CRTV – Certidão de


Regularidade para Transferências Voluntárias. (IN TC
37/2016).
TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA
Comprovação pelo beneficiário:
LRF - Art. 25 - Beneficiário

 da existência de previsão orçamentária de contrapartida;

 que se encontra em dia quanto:


 ao pagamento de tributos, empréstimos e
financiamentos devidos ao ente transferidor;
 à prestação de contas de recursos anteriormente
dele recebidos;
TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA
Comprovação pelo beneficiário:
LRF - Art. 25 - Beneficiário
 da observação dos limites constitucionais/legais relativos à:
 educação e saúde;
 dívida consolidada e dívida mobiliária;
 operações de crédito, inclusive por antecipação de receita
(ARO);
 inscrição em restos a pagar;
 despesas com pessoal;
 publicação do RREO e RGF *.
* prazos.
TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA
Observações:
§ 2o É vedada a utilização de recursos transferidos em
finalidade diversa da pactuada.

§ 3o Para fins da aplicação das sanções de suspensão


de transferências voluntárias constantes desta Lei
Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações
de educação, saúde e assistência social.

(Art. 25 LRF)
TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL
Capítulo X – alterado pela LC 156/2016

São instrumentos de transparência da gestão fiscal:

• os planos, orçamentos e leis de diretrizes


orçamentárias;
• as prestações de contas e o respectivo parecer
prévio;
• o Relatório Resumido da Execução Orçamentária -
RREO e
• o Relatório de Gestão Fiscal – RGF.
(Art. 48 LRF)
TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL
RREO

O relatório a que se refere o § 3o do art. 165 da CF


(RREO) abrangerá todos os Poderes e o Ministério
Público, será publicado até 30 dias após o encerramento
de cada bimestre e será composto pelo:

• Balanço Orçamentário;
• Demonstrativos da execução da receita e da despesa.
(Art. 52 LRF)
TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL
RREO

Acompanharão o RREO demonstrativos relativos a:


 Apuração da receita corrente líquida – RCL;
 Receitas e despesas previdenciárias;
 Resultados nominal e primário;
 Despesas com juros;
 Restos a pagar.
(Art. 53 LRF)
TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL
RREO

No último bimestre o RREO será acompanhado por


demonstrativos: (art. 53, § 1º LRF)
I – do atendimentos das vedações nas contratações de
operações de crédito x despesas de capital;
II - das projeções atuariais dos regimes de previdência
social;
III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação
de ativos e a aplicação dos recursos dela decorrentes.
TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL
RGF

Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares


dos Poderes e órgãos o Relatório de Gestão Fiscal - RGF.
(Art. 54 LRF)

O RGF será publicado até 30 dias após o encerramento do


período a que corresponder, com amplo acesso ao público,
inclusive por meio eletrônico.
(Art. 54, § 2º LRF)
TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL
RGF

O RGF conterá:
I - comparativo com os limites de que trata a LRF:
• despesa total com pessoal;
• dívidas consolidada e mobiliária;
• concessão de garantias;
• operações de crédito, inclusive ARO.
(Art. 55 LRF)
TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL
RGF

No último quadrimestre o RGF também conterá


demonstrativos:

 do montante das disponibilidades de caixa em


31/12/xxxx;
 da inscrição em Restos a Pagar:

  (Art. 55 LRF)
TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL
RREO e RGF (modelos)

O RREO e o RGF deverão ser elaborados de


forma padronizada, segundo modelos definidos
pela Secretaria do Tesouro Nacional, nos termos
do Manual de Demonstrativos Fiscais – MDF.

(Art. 55, § 4º c/c art. 67 LRF)


PRINCIPAIS SANÇÕES AO TITULAR
DO PODER/ÓRGÃO
DESCUMPRIMENTO LEGAL SANÇÃO
Ultrapassar o limite de Despesa Total com Pessoal em Cassação do mandato (Decreto-Lei nº 201, art. 4º,
cada período de apuração (LRF, art 19 e 20). inciso VII).

Deixar de ordenar ou promover, na forma e nos prazos


Multa de responsabilidade pessoal correspondente
da lei, a execução de medida para redução do montante
a 30% dos vencimentos anuais do agente que der
da despesa total com pessoal que houver excedido a
causa. Art. 5º, inc. IV da Lei n° 10.028/2000.
repartição por Poder do limite máximo.

Expedir ato que provoque aumento da Despesa com


Pessoal nos cento e oitenta dias anteriores ao final do Nulidade do ato (LRF, art. 21, § único); Reclusão de
mandato do titular do respectivo Poder ou órgão (LRF, um a quatro anos (Lei nº 10.028/2000, art. 2º)
art. 21).
PRINCIPAIS SANÇÕES AO TITULAR
DO PODER/ÓRGÃO
DESCUMPRIMENTO LEGAL SANÇÃO

Deixar de adotar as medidas previstas na LRF,


quando a Despesa Total com Pessoal do respectivo Reclusão de um a quatro anos (Lei nº 10.028/2000, art.
Poder ou órgão exceder a 95% do limite (LRF, art. 2º).Proibições previstas em lei (LRF, art. 22, § único).
22).

Deixar de adotar as medidas previstas na lei, quando


Reclusão de um a quatro anos (Lei nº 10.028/2000, art.
a Despesa Total com Pessoal ultrapassar o limite
2º).
máximo do respectivo Poder ou órgão (LRF, art. 23).

Manter gastos com inativos e pensionistas acima do


Cassação do mandato (Decreto-Lei nº 201, art. 4º,
limite definido em lei (LRF, artigos 18 a 20; art. 24, §
inciso VII).
2º; art. 59, § 1º, inciso IV).
MUITO OBRIGADO!

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