Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Roteiro
1. INTRODUÇÃO
2. PERMISSÃO
3. DADOS NECESSÁRIOS
4. PRAZO
5. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
6. CONSULTA DO PEDIDO
7. PREENCHIMENTO DO PEDIDO DE COMPENSAÇÃO – PER/DCOMP PGD
7.1. Criar documento
7.1.1. Dados do processo que originou o crédito alvo da compensação
7.2. Ficha Dados Iniciais
7.3. Ficha Dados dos Responsáveis da Pessoa Jurídica
7.4. Ficha Créditos
7.5. Ficha Débitos
8. PREENCHIMENTO DO PEDIDO DE COMPENSAÇÃO – PER/DCOMP WEB
1. INTRODUÇÃO
Esta matéria visa ilustrar o trâmite aplicável ao Pedido de Compensação sobre créditos judiciais previamente habilitados na Receita Federal do Brasil (RFB), realizado via
PER/DCOMP Web ou programa (PGD) PER/DCOMP, disponibilizado pela RFB.
Sendo assim, nesse material partiremos do pressuposto de que os créditos referidos já foram reconhecidos contabilmente e habilitados perante a RFB.
Informações adicionais sobre o tema reconhecimento contábil de créditos judiciais estão disponíveis no boletim indicado abaixo:
2. PERMISSÃO
O método a ser empregado para o uso do crédito judicial se dá através do programa Pedido de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação
(PER/DCOMP PGD), o qual, a partir de 2018, com a nova versão, o PERDCOMP Web, tornou-se possível a compensação de débitos utilizando créditos decorrentes de
ação judicial.
O PER/DCOMP é o meio disponibilizado pela RFB com o objetivo de facilitar e simplificar o acesso do contribuinte à restituição ou à compensação de quantias
recolhidas a maior, a título de tributo ou contribuição administrados pela RFB. Todos os trâmites são regulamentados pela Instrução Normativa RFB n° 2.055/2021.
A permissão exigida, nesse caso, é a habilitação do crédito reconhecido judicialmente em favor do contribuinte, cuja decisão já tenha transitado em julgado, previamente
habilitado na RFB. (Instrução Normativa RFB n° 2.055/2021, artigos 100 e 101)
Mais detalhes sobre o assunto habilitação de crédito estão disponíveis no boletim indicado abaixo:
3. DADOS NECESSÁRIOS
É preciso muita cautela e atenção para a elaboração de tal solicitação ao Fisco, sendo recomendado ao profissional executor que ele saiba, de forma pormenorizada, a
situação da empresa, bem como o teor do processo originário do crédito.
a) CNPJ da PJ;
b) qualificação da PJ requerente da compensação;
c) data do trânsito em julgado;
d) analisar se na decisão judicial há menção de hipótese de restituição ou apenas compensação;
e) número do Processo Judicial, bem como a Seção Judiciária e a Vara correspondente;
f) número do Processo de Habilitação do Crédito;
g) conhecer os dados pormenorizados do responsável pela PJ perante a RFB;
h) ter em mãos os dados do Responsável pelo Preenchimento do Pedido, podendo ser o mesmo representante da PJ, como o contador ou ainda um terceiro contratado
para tal finalidade;
i) conhecer a forma de cálculo de atualização do crédito existente, bem como seu valor atualizado.
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
4. PRAZO
A declaração de compensação poderá ser apresentada no prazo de cinco anos, contados a partir da data do trânsito em julgado da decisão ou da homologação da
desistência da execução do título judicial. (Instrução Normativa RFB n° 2.055/2021, artigo 106)
O prazo de cinco anos ficará suspenso no período compreendido entre o protocolo do pedido de habilitação do crédito decorrente de ação judicial e a ciência do seu
deferimento. (Instrução Normativa RFB n° 2.055/2021, artigo 106, parágrafo único)
O Auditor Fiscal da RFB poderá exigir do sujeito passivo, como condição para a homologação da compensação de crédito decorrente de decisão judicial, que lhe seja
apresentada cópia do inteiro teor da decisão. (Instrução Normativa RFB n° 2.055/2021, artigo 107)
5. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
O crédito passível de restituição ou de reembolso será restituído, reembolsado ou compensado acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de
Liquidação e de Custódia (Selic), acumulados mensalmente, e de juros de 1% no mês de disponibilização ao sujeito passivo, da compensação, da compensação na GFIP
ou da compensação de ofício. (Lei n° 9.430/96, artigo 61 e Instrução Normativa RFB n° 2.055/2021, artigo 148)
A atualização monetária de um indébito fica sujeita a juros não capitalizáveis, ou seja, juros simples incidentes a partir do trânsito em julgado. (Lei n° 5.172/66 – CTN,
artigo 167)
6. CONSULTA DO PEDIDO
A partir de 01.09.2020, o acesso aos serviços digitais se dá via sistema “Gov.br”, que nada mais é que uma Plataforma de Cidadania Digital, regida pelo Decreto n°
8.936/2016.
O acesso ao Portal e-CAC é somente via Código de Acesso ou via Acesso Gov.br.
a) data de criação: informar a data do preenchimento inicial, é possível alteração caso a transmissão não se dê no mesmo dia;
b) contribuinte: selecionar a opção “Pessoa Jurídica”;
c) qualificação do contribuinte: identificar qual é a qualificação do requerente;
d) tipo de documento: “Declaração de Compensação”;
e) tipo de crédito: para o caso em análise, selecionaremos “Outros Créditos”.
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
a) data do trânsito em julgado: essa informação é obrigatória. Para a habilitação desse campo, deve clicar no “flag” acima do campo “Transitou em Julgado”.
b) tipo de ação: somente é possível a compensação sobre tais créditos, assim selecionaremos a opção “Compensação”.
a) Tipo de ação: nesse campo, o contribuinte deverá selecionar o tipo de ação judicial na qual foi reconhecido o direito à restituição ou à compensação do crédito, dentre
as seguintes opções:
I) repetição de indébito;
II) compensação (opção disponível apenas no preenchimento da Declaração de Compensação).
Para solicitar em espécie (Pedido Eletrônico de Restituição ou Pedido Eletrônico de Ressarcimento) crédito oriundo de ação judicial, é necessário que esta reconheça o
direito à restituição.
Caso a ação somente reconheça o direito à compensação, o Programa PER/DCOMP não permitirá que seja elaborado um Pedido Eletrônico de Restituição ou
Ressarcimento, somente Declaração de Compensação.
Deste ponto em diante, o preenchimento seguirá o rito comum, conforme informações extraídas do Manual de Ajuda do programa PER/DCOMP 6.9b.
No campo “Nome Empresarial”, deverá ser informado o nome empresarial da pessoa jurídica detentora do crédito, em nome da qual está sendo formulada a Declaração
de Compensação ou o Pedido de Cancelamento.
Na ficha “Dados dos Responsáveis da Pessoa Jurídica”, deverão ser preenchidos os campos referentes à pessoa física responsável perante a RFB pela pessoa jurídica,
em nome da qual está sendo formulado o documento, bem como à pessoa física responsável pelo preenchimento do documento.
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
a) descrição do tipo de crédito: preencher com informações sobre o tipo do crédito objeto da Declaração de Compensação, ou seja, indicação do tributo ou contribuição
administrados pela RFB a que o crédito se refere, o evento que deu origem ao crédito etc.
Por exemplo:
b) valor atualizado do crédito inicial: informar o valor do total do crédito objeto de reconhecimento judicial, sem nenhuma dedução. (ver tópico 5)
C) Crédito Atualizado na Data da Transmissão: Informar o valor do crédito relativo a tributo ou contribuição pagos indevidamente ou a maior, referente ao
período compreendido entre as datas informadas nos campos “Data do Período Inicial” e “Data do Período Final”, que foi reconhecido judicialmente e que, à
data do envio do Pedido Eletrônico de Restituição (retificado) ou da Declaração de Compensação, será detido pela pessoa jurídica em nome da qual está
sendo formulado o pedido (retificador) ou a declaração (montante do crédito reconhecido judicialmente, deduzido dos valores já restituídos ou já utilizados
na compensação de débitos relativos aos tributos e contribuições administrados pela RFB, até a data de envio do documento).
a) código da receita (DARF): informar o código do tributo devido (Ato Declaratório Executivo Codac n° 99/2011 e Ato Declaratório Executivo Codac n° 36/2014);
b) período de sua respectiva apuração: informar a competência do débito;
c) caso se trate de débito em processo administrativo na RFB, assinalar o “flag” e informar o número do processo;
d) valor do principal devido;
e) multa: caso esteja em atraso, nos termos definidos na Lei n° 9.430/96, artigo 61;
f) juros: caso esteja em atraso, nos termos definidos na Lei n° 9.430/96, artigo 61;
g) data de vencimento: data de vencimento do tributo, original.
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Já na próxima página, deve ser feito o detalhamento do crédito de forma manual, conforme o teor da ação judicial.
Os valores devem ser os mesmos descritos na ação judicial. Havendo valores divergentes ocasionará em indeferimento do pedido.
Após esses preenchimentos, basta conferir todos os dados e enviar o documento e aguardar a análise da RFB.
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Nos termos da Lei n° 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais, é proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas com
base nesta obra, por qualquer forma, meio eletrônico ou mecânico, inclusive por meio de processos reprográficos, fotocópias ou gravações sem a permissão por escrito
dos autores. A reprodução não autorizada, além das sanções civis (apreensão e indenização), está sujeita às penalidades de que trata o artigo 184 do Código Penal.
Nome *
Seu comentário
Seu nome
Email *
Seu email
Enviar Comentário