Você está na página 1de 7

1

DIREITO CREDITÓRIO

Administrar os recursos disponíveis com o objetivo de produzir resultados positivos para todos os
Acionistas e colaboradores da companhia é uma tarefa cada vez mais difícil e esses recursos estão
mais escassos. Por quê?

Um dos motivos é que o Brasil bate recorde sobre recorde em arrecadação tributária. Em 2014 a
soma foi de R$ 1,8 trilhão.
Em uma simples água mineral, 40% do seu preço é composto de tributo. Fonte: Isto É 2204,
08/02/2012.

Os 63 tributos cobrados pelos governos federal, estaduais e municipais respondem, em média, por
40% do PIB brasileiro, calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
Com o objetivo de reduzir a carga de tributos e os problemas gerados por ela, possuímos um cabedal
de informações técnico-legais que podem auxiliá-lo em sua decisão.

DIFERENCIAIS

A Havila&Pisom oferece um Produto e Assessoria Empresarial com o objetivo de construir um


cenário estratégico POSITIVO e VENCEDOR, ofertando SOLUÇÕES para os casos acima
elencados, dentre outros, propiciando ECONOMIA, VANTAGEM MERCADOLÓGICA e
PRESERVAÇÃO DA RIQUEZA já conquistada.

Esse PLANO DE AÇÃO ESTRATÉGICO é capaz de criar um DIFERENCIAL COMPETITIVO e


SEGURANÇA para sua empresa com possíveis aplicações em:

✓ Oferecimento em penhora;
✓ Garantia de execuções fiscais;
✓ Aporte de capital;
✓ Busca de substituição de garantias;
✓ Estratégia Constitucional para reduzir TRIBUTOS em até 50% (cinquenta por cento).

Trata-se da quitação e compensação de débitos fiscais inscritos e


não inscritos através de Direito Creditório transitado em julgado.

FUNDAMENTO LEGAL

A autarquia que recebe e fiscaliza os tributos, e da qual a União se faz representar, é a RFB.
Destarte, se o Direito Creditório é contra a União e se a RFB é quem apura o montante do crédito
tributário em favor dela, afasta-se a aplicação da lei que, atualmente disciplina a compensação
tributária, pelo art. 74 da Lei nº. 9.430/96, com redação dada pelas Leis nº. 10.637/02, nº. 10.833/03
e nº. 11.051/04, que assim dispõe:

1
2

Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo
a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou
de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer
tributos e contribuições administrados por aquele Órgão.

“Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada
caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a COMPENSAÇÃO com créditos líquidos e
certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pública.”

PROCESSO

1 - DA VIABILIDADE DO USO DE DIREITO CREDITÓRIO PARA COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS


TRIBUTÁRIOS

Segundo a PORTARIA RFB 1453/2016, é possível o reconhecimento de Direito Creditório em


processo de restituição, compensação, ressarcimento ou reembolso perante a Receita.

Essa portaria, desnecessária, diga-se de passagem, apenas conforma, no âmbito da Receita Federal
do Brasil, aquilo que já estava consagrado pela Constituição Federal e legislações
infraconstitucionais.

“Qualquer contribuinte que possua ou seja cessionário de Direito Creditório em face da União
e que atenda os requisitos constitucionais e legais, ou seja, o crédito provenha de processo
judicial, com trânsito em julgado, sendo capaz de ensejar a expedição de Ofício Requisitório,
pode fazer uso dele para buscar o encontro de contas com os eventuais créditos tributários
não adimplidos.”

2
3

Conforme a normatização, poderá requerer a instauração de contencioso administrativo, a fim de


que a Receita Federal do Brasil promova a restituição deste crédito, bem como promova a
compensação de ofício, nos termos da PORTARIA RFB 1453/2016, IN 1300/2012 – art. 61,
parágrafo 1º, com redação alterada pela IN 1425/2013 – colimando a extinção de débitos tributários.

2 – DO MÉRITO:

2.1 – DA RECLAMAÇÃO ADMINISTRATIVA:

A Reclamação encontra amparo nos artigos 5º, inciso XXXIV, alínea “a”, LIII, LIV e LV da
Constituição Federal e no artigo 5º da Lei nº 9.784/1999, não podendo a administração se eximir de
emitir decisão, conforme artigo 48 da supracitada lei. Para melhor elucidação, transcrevemos abaixo
os artigos mencionados.

Constituição Federal:
“Art. 5º (...)

XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso
de poder;

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados
o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

Lei nº 9.784/1999:

Art. 5º. O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.

Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos
e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência.”(grifos nosso)

A reclamação administrativa materializa o direito de petição consagrado pela Constituição Federal e


vem caracterizar conflito de interesses e instalar litígio entre o fisco e o contribuinte, dando origem
ao processo administrativo.

O art. 3° da Instrução Normativa 1300/2012 da Receita Federal do Brasil prevê que pedidos de
restituição de créditos junto ao Fisco, poderão ser através de requerimento do contribuinte.

2.2 – DO EFEITO SUSPENSIVO:

Indubitável a concessão do efeito suspensivo ao presente contencioso administrativo, conforme


dispõe o artigo 151, inciso III, do Código Tributário Nacional. Segundo o supracitado artigo, as
reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo,
suspendem a exigibilidade do crédito tributário. Neste sentido:

“Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:(...)

III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo


tributário administrativo;”

3
4

A exegese do artigo 151, inciso III, é bastante clara no sentido de que a mera interposição de
reclamação ou recurso administrativo já é condição suficiente para suspender a exigibilidade do
tributo.

Ademais, é cediço que enquanto perdurar a discussão administrativa do tributo o contribuinte terá a
seu favor a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, permitindo ao contribuinte a obtenção
da certidão positiva com efeitos de negativa.

2.3 – DO ENCONTRO DE CONTAS:

A ordem jurídica delineada pelo caso em concreto prevê que o contribuinte, por conta e risco, pode
apurar crédito contra a União e compensá-lo perante a Receita Federal, respeitado o direito do fisco
de aferição e homologação do encontro de contas.

O pedido encontra respaldo no art. 100 da Constituição Federal:

“Art. 100 (...)


§ 9º da CF: No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação,
deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e
certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública
devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução
esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009).

§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora,
para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação
sobre os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). (...)

§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros,
independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto nos
§§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição
protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
62, de 2009).”

A pretensão da requerente também se encontra amparada pela Lei nº 12.431, de 24 de junho de


2.011, Resolução nº 168, de 05 de dezembro de 2011 do Conselho Nacional de Justiça e Instrução
Normativa 1.300/12 da RFB:

• RESOLUÇÃO Nº 168, DE 05 DE DEZEMBRO DE 2011, DO CONSELHO NACIONAL DE


JUSTIÇA:

Artigo 12: O juízo da execução, antes da elaboração do precatório, para os efeitos da


compensação prevista nos §§9º e 10 do art. 100 da Constituição Federal, intimará o órgão de
representação judicial da entidade executada por mandado, o qual conterá os dados do beneficiário
e sua inscrição no CPF ou CNPJ para que informe em 30 dias a existência de débitos do beneficiário
para com a pessoa jurídica devedora do precatório que preencham as condições estabelecidas no
§9º do art. 100 da CF, sob pena de perda do direito de abatimento, e apresente
discriminadamente(grifamos).

4
5

Art. 26. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros,
independentemente da concordância do devedor.

Art. 27. Havendo cessão de crédito, a mudança de beneficiário na requisição somente ocorrerá se
o cessionário juntar aos autos da execução o respectivo contrato antes da elaboração do
requisitório pelo juízo da execução. (grifamos).

• IN 1.300/12 DA RFB:

Artigo 61. A restituição e o ressarcimento de tributos administrados pela Secretaria da Receita


Federal do Brasil ou a restituição de pagamentos efetuados mediante DARF e GPS cuja receita não
seja administrada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil será efetuada depois de verificada a
ausência de débitos em nome do sujeito passivo credor perante a Fazenda Nacional. (com redação
alterada pela IN 1425/2013)

§ 1º Existindo débito, ainda que consolidado em qualquer modalidade de parcelamento, inclusive de


débito já encaminhado para inscrição em Dívida Ativa da União, de natureza tributária ou não, o
valor da restituição ou do ressarcimento deverá ser utilizado para quitá-lo, mediante compensação
em procedimento de ofício.

• LEI Nº 12.431, DE 24 DE JUNHO DE 2.011,

Art. 30. A compensação de débitos perante a Fazenda Pública Federal com créditos provenientes
de precatórios, na forma prevista nos §§ 9º e 10 do art. 100 da Constituição Federal, observará o
disposto nesta Lei.

§ 3o A Fazenda Pública Federal, antes da requisição do precatório ao Tribunal, será intimada para
responder, no prazo de 30 (trinta) dias, sobre eventual existência de débitos do autor da ação,
cujos valores poderão ser abatidos a título de compensação.

§ 4o A intimação de que trata o § 3o será dirigida ao órgão responsável pela representação judicial
da pessoa jurídica devedora do precatório na ação de execução e será feita por mandado, que
conterá os dados do beneficiário do precatório, em especial o nome e a respectiva inscrição no
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).

Art. 35. Antes do trânsito em julgado da decisão mencionada no art. 34 desta Lei, somente será
admissível a requisição ao Tribunal de precatório relativo à parte incontroversa da compensação.

Art. 36. A compensação operar-se-á no momento que a decisão judicial que a determinou transitar
em julgado, ficando sob condição resolutória de ulterior disponibilização financeira do precatório.

Diante disso, resta clara a legalidade do pleito da requerente, uma vez que o texto Constitucional
prevê a possibilidade de compensação de débitos independentemente de regulamentação. Do
mesmo modo, o crédito é de natureza judicial, com trânsito em julgado, ainda pendente de expedição
de precatório. Portanto, antes da expedição do precatório todos os débitos da titular/cessionário, de
acordo com a norma, poderão ser extintos.

2.4 – DO DIREITO SUBJETIVO ÀS CERTIDÕES:

Conforme já mencionado, o Artigo 151, inciso III, do Código Tributário Nacional, determina a
suspensão da exigibilidade do crédito tributário enquanto a reclamação estiver pendente de
discussão administrativa, tendo o contribuinte o direito a obtenção da certidão positiva com efeitos
de negativa.

5
6

Neste sentido é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. PEDIDO DE COMPENSAÇÃO DO


CRÉDITO COM PRECATÓRIO. EXPEDIÇÃO DE CPEN, NOS TERMOS DO ART. 206 DO CTN.
POSSIBILIDADE.

1. A orientação desta Corte é no sentido de que enquanto pendente processo administrativo


em que se discute a compensação do crédito tributário, o Fisco não pode negar a entrega da
Certidão Positiva de Débito com Efeito de Negativa - CPD-EN ao contribuinte, conforme o art.
206 do CTN, eis que a situação configura hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito
tributário inscrito no inciso III do art. 151 do CTN. Precedentes.

2. Agravo regimental não provido.


(AgRg no REsp 949498/PR, Min. Rel. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça, j. 23/02/2010, DJe 08/03/2010).(Grifamos)

Portanto, o contribuinte faz jus à obtenção de certidão positiva com efeitos de negativa, ao passo
que há contencioso administrativo em que se discute a compensação de débitos.

Óbvio que deve ser considerado as variáveis relacionadas a quem analisa e julga, podendo
empregar uma carga política e pessoal ao arrepio da norma, e que poderá afetar o resultado
almejado.

Todavia, esse risco é minorado, haja vista que, se o Direito Creditório estiver maduro juridicamente
falando, tornar-se-á precatório. E o histórico é que a União adimple os precatórios orçamentados.

CONCLUSÕES
Por óbvio, seja qual for o procedimento adotado, administrativo e/ou judicial, deve ser considerado
as variáveis relacionadas a quem analisa e julga, e que pode empregar uma carga política e pessoal
ao arrepio da norma, podendo afetar o resultado almejado.

Todavia, esse risco é minorado, haja vista que, se o Direito Creditório estiver maduro juridicamente
falando, tornar-se-á precatório. E o histórico é que a União adimple os precatórios orçamentados. O
ganho financeiro se torna compensador.

Podemos afirmar que se trata de um processo seguro e legal, garantindo pelas leis que regem nosso
país e pelo processo que foi submetido e avaliado o Fundo/crédito em questão, trazendo total
idoneidade, transparência e segurança ao processo.

O Planejamento tributário é saúde para a empresa, pois representa maior capitalização do negócio,
possibilidade de menores preços e ainda facilita a geração de novos empregos, pois os recursos
economizados poderão possibilitar novos investimentos.

6
7

Dúvidas Frequentes:

Quitação dos Débitos com o Direto Creditório:

Qual é o Processo? R:Trata-se da quitação dos débitos federais inscritos em PGFN, ou não de
pessoas jurídicas.

Como é feito? R: É feito mediante a cessão de crédito reconhecido, homologado e aceito pela
procuradoria. Trata-se de um crédito judicial ao qual pode ser transferido e utilizado por terceiros.

Qual o prazo? R: Todo procedimento é feito com prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias e
máximo de 120 (cento e vinte) dias.

Qual o procedimento? R: Assina-se o contrato de prestação de serviço afim de trazer tranquilidade


para contratante e contratado e após assinatura, habilita-se procuração para o levantamento dos
débitos. Em seguida, faz-se a cessão do crédito no valor a ser utilizado. De posse do crédito
protocola-se o pedido de quitação dos débitos existentes com o pagamento através dos créditos
cedidos.

Como funciona o prazo após a cessão do crédito? R: De 30 (trinta) a 45 (quarenta e cinco) dias,
obtém-se a suspensão de todas as CDA’s e de seus respectivos processos e no prazo de 45
(quarenta e cinco) a 120 (cento e vinte) dias gera- se o êxito, vindo a quitação e extinção do débito,
com o aceite do órgão competente seja procuradoria (PGNF) ou Receita, com o respectivo despacho
decisório.

O pagamento é feito antecipado? R: Não, o pagamento é feito 7 (sete) dias úteis após o término
do processo de extinção e quitação dos débitos existentes. Prazo para que o corpo administrativo
da empresa possa atestar a validade do despacho (decisão), obtida no êxito do processo.

Qual a segurança do contratante? R: O processo por se tratar de um procedimento legal e


transparente, durante o tramite o cliente e seu corpo administrativo (advogado e contador) pode
acompanhar a evolução.

Qual a garantia / validação do crédito pela PGFN / RF? R: Todos os pagamentos realizados aos
órgãos públicos inclusive em dinheiro, podem ser contestados pelo período de 5 (cinco) anos, por
esta virtude damos a garantia de 5 (anos) e 1 dia, para deixar o cliente totalmente seguro.

É possível parcelar o crédito? R: Sim. Em até́ 48 (quarenta e oito vezes) vezes, de acordo com o
valor e a disponibilidade do cliente vs garantias apresentadas, tudo acordado previamente a
execução do trabalho e cessão do crédito.

Você também pode gostar