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PÚBLICO
Receita Pública
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Receita Pública
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro
Sumário
Receita Pública..................................................................................................................................................................3
1. Receita Pública. . ............................................................................................................................................................3
1.1. Classificação................................................................................................................................................................5
1.2. Estágios/Etapas da Receita. . ...........................................................................................................................18
1.3. Dívida Ativa...............................................................................................................................................................23
2. Noções de Contabilidade Pública: Conceito, Objeto, Objetivo, Campo de Atuação............26
2.1. NBC TSP Estrutura Conceitual......................................................................................................................30
2.2. Composição do Patrimônio Público – Procedimentos Contábeis Patrimoniais:
Elementos das Demonstrações Contábeis. ....................................................................................................30
2.3. PCASP.........................................................................................................................................................................35
2.4. Relacionamento entre o Regime Orçamentário e o Regime Contábil (Receita
Pública)................................................................................................................................................................................39
3. Conta Única do Tesouro.. .......................................................................................................................................40
Resumo................................................................................................................................................................................43
Mapa Mental.....................................................................................................................................................................45
Questões de Concurso................................................................................................................................................46
Gabarito...............................................................................................................................................................................53
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................54
Referências........................................................................................................................................................................63
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Receita Pública
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RECEITA PÚBLICA
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ramento constante deste trabalho.
1. Receita Pública
Em seu sentido amplo, receita pública é qualquer ingresso nos cofres públicos. Sendo divi-
dida em receita orçamentária e ingresso/receita extraorçamentária.
Receitas orçamentárias são entradas de recursos nos cofres da União, que não caracteri-
zem operações de compensação, gerando disponibilidade financeira para o Governo.
Em sentido estrito, apenas as receitas orçamentárias são consideradas receitas, tanto que se
costuma utilizar, para as receitas extraorçamentárias, o termo “ingresso” ao invés de receita.
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Receita Pública
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001. (FGV/TCE-AM/2021) Os valores expressos no quadro a seguir foram extraídos dos re-
gistros de movimentação de um ente público em um dado mês do último exercício financeiro.
002. (FGV/TJ-CE/2019) Em geral entende-se receita pública como todo ingresso de recurso
nos cofres públicos, mas nem todo ingresso corresponde a uma receita orçamentária que
pode ser utilizada como fonte de financiamento das ações públicas.
Uma das características dos chamados ingressos extraorçamentários é que:
a) constituem dívida fundada do ente;
b) possuem caráter compensatório e não devolutivo;
c) podem ser destinados à cobertura de créditos extraordinários;
d) são registrados como excesso de arrecadação;
e) suas restituições não se sujeitam à autorização legislativa.
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Receita Pública
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1.1. Classificação
As receitas públicas podem ser classificadas sob vários aspectos. Quanto à natureza
da receita, ao indicador de resultado primário, à fonte/destinação de recurso e à esfera or-
çamentária.
Essas classificações são obrigatórias para todos os Entes da Federação, podendo, no en-
tanto, serem feitos detalhamentos por esses Entes, se necessário.
Natureza da Receita
Essa forma de classificação da receita busca identificar qual a origem do recurso de acor-
do com seu fato gerador.
Formada por oito dígitos e utilizada por todos os entes da Federação, a natureza da recei-
ta representa o nível mais analítico da receita, auxiliando na análise econômico-financeira da
atuação estatal.
1. Categoria Econômica:
• Receita Corrente (em regra, afetam o Patrimônio Líquido): receitas tributárias (impostos,
taxas e contribuições de melhoria), de contribuições, patrimoniais, agropecuárias, indus-
triais, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos
de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas
classificáveis em Despesas Correntes.
• Receita de Capital (em regra, não afetam o Patrimônio Líquido): receitas provenientes
da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão,
em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito públi-
co ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e,
ainda, o superávit do Orçamento Corrente (esse superávit não constitui item da receita
orçamentária, apesar de sua classificação como receita de capital).
003. (FGV/IMBEL/2021) A receita pública pode ser classificada como corrente e de capital.
Nesse sentido, assinale a opção que indica somente receitas de capital.
a) Receita tributária e receita de serviços.
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Receita Pública
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004. (FGV/IMBEL/2021) De acordo com a Lei n. 4.320/64, as receitas orçamentárias são clas-
sificadas nas seguintes categorias econômicas:
a) fixas e variáveis.
b) diretas e indiretas.
c) correntes e de capital.
d) previstas e realizadas.
e) operacionais e não operacionais.
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Receita Pública
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Como tanto quem paga quanto quem recebe são órgãos e entidades do orçamento fiscal e
da seguridade social, não faria sentido considerar na consolidação dos gastos públicos essas
“transações”.
2. Origem:
É o detalhamento das Categorias Econômicas “Receitas Correntes” e “Receitas de Capi-
tal”, com vistas a identificar a procedência das receitas no momento em que ingressam nos
cofres públicos.
Receitas de Capital:
Operações de Crédito
• Recursos financeiros oriundos da colocação de títulos públicos ou da
contratação de empréstimos junto a entidades públicas ou privadas,
internas ou externas.
Alienação de Bens
•Venda de bens móveis, imóveis e intangíveis.
Amortização de Empréstimos
•Recebimento
O conteúdo deste do valor
livro eletrônico é licenciado principal
para Antonio Rafael dade
Silvaempréstimos concedidos.
- 06789312323, vedada, Embora
por quaisquer meios a título,
e a qualquer
amortização do empréstimo seja classificada como uma receita de capital,
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os juros recebidos são classificados como receitas correntes de serviço,
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pois representam a remuneração do capital.
contratação de empréstimos junto a entidades públicas ou privadas,
internas ou externas.
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Alienação de Bens Receita Pública
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•Venda de bens móveis, imóveis e intangíveis.
Amortização de Empréstimos
•Recebimento do valor principal de empréstimos concedidos. Embora a
amortização do empréstimo seja classificada como uma receita de capital,
os juros recebidos são classificados como receitas correntes de serviço,
pois representam a remuneração do capital.
Transferências de Capital
•Recebimento de recursos financeiros de outras pessoas de direito público
ou privado destinados a atender despesas de capital. Vinculam-se à
determinação constitucional ou legal, ou ao objeto pactuado.
3. Origem:
• Correntes:
Tributárias
•Impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Contribuições
•Contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse
das categorias profissionais ou econômicas.
Receitas Patrimoniais
•Rendimentos provenientes da fruição de patrimônio pertencente ao ente
público, tais como as decorrentes de compensações financeiras/royalties,
concessões/permissões, remuneração de aplicações, dividendos,
reavaliação de ativos, entre outras.
Receitas Agropecuárias
• Receitas de atividades de exploração ordenada dos recursos naturais
vegetais em ambiente natural e protegido. Compreende as atividades de
cultivo agrícola, de cultivo de espécies florestais para produção de madeira,
celulose e para proteção ambiental, de extração de madeira em florestas
nativas, de coleta de produtos vegetais, além do cultivo de produtos
agrícolas.
Receitas Industriais
• Receitas provenientes de atividades industriais exercidas pelo ente
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público,
a sua reprodução, tais
cópia, comoouadistribuição,
divulgação extração e o beneficiamento
sujeitando-se de matérias-primas,
aos infratores à responsabilização civil e criminal. a
produção e a comercialização de bens relacionados às indústrias mecânica,
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química e de transformação em geral. 8 de 64
Receitas Agropecuárias
• Receitas de atividades de exploração ordenada dos recursos naturais
vegetais em ambiente natural e protegido. Compreende asORÇAMENTOatividades dePÚBLICO
cultivo agrícola, de cultivo de espécies florestais para produção de madeira,
celulose e para proteção ambiental, de extração de madeira em florestas Receita Pública
nativas, de coleta de produtos vegetais, além do cultivo de Allanprodutos
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agrícolas.
Receitas Industriais
• Receitas provenientes de atividades industriais exercidas pelo ente
público, tais como a extração e o beneficiamento de matérias-primas, a
produção e a comercialização de bens relacionados às indústrias mecânica,
química e de transformação em geral.
Receitas de Serviços
•Prestação de serviços por parte do ente público, tais como comércio,
transporte, comunicação, serviços hospitalares, armazenagem, serviços
recreativos, culturais etc.
Transferências Correntes
•Recebimento de recursos financeiros de outras pessoas de direito público
ou privado destinados a atender despesas correntes. Vinculam-se à
determinação constitucional ou legal, ou ao objeto pactuado.
Um detalhe sobre a origem receitas tributárias (termo utilizado pela Lei 4.320/64). No MTO
2022, há um quadro de origens que, no lugar de receitas tributárias, coloca “impostos, taxas e
contribuição de melhoria”, que confunde com a espécie.
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3. Espécie
Detalhamento da Origem. Permite qualificar com maior detalhamento o fato gerador
das receitas.
EXEMPLO
Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria, da origem “Tributárias”.
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EXEMPLO
Impostos (Espécie) - Impostos sobre a Renda de Pessoa Física (Desdobramento).
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Receita Pública
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A partir do exercício de 2016, a classificação da receita por natureza passou a ser dividida em
Categoria Econômica, Origem, Espécie, Desdobramento para identificação de peculiaridades
e Tipo. Anteriormente, a classificação era dividida em Categoria Econômica, Origem, Espécie,
Rubrica, Alínea e Subalínea.
Observa-se que o item Desdobramento para identificação de peculiaridades resumiu as infor-
mações contidas na Rubrica, Alínea e Subalínea. Já o Tipo representa uma inovação, tendo o
objetivo de demonstrar o tipo de arrecadação da receita.
Essa alteração teve como objetivo trazer maior celeridade, simplicidade e transparência na
extração de informações sobre a natureza da receita.
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Receita Pública
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ção a que se refere aquela natureza. Uma diferenciação permitida por meio dessa categoria é
entre receitas:
a) financeira e não financeira;
b) originária e derivada;
c) principal e de multa e juros;
d) própria e de transferências;
e) vinculada e ordinária.
Nessa classificação, as receitas podem ser classificadas em primárias, quando seus valo-
res são incluídos no cálculo do resultado primário, e em financeiras, quando não são incluídas
nesse cálculo.
As receitas primárias referem-se principalmente às receitas correntes. Já as receitas fi-
nanceiras são aquelas que não alteram o endividamento líquido do Governo (setor público não
financeiro) no exercício financeiro correspondente, uma vez que criam uma obrigação ou ex-
tinguem um direito, ambos de natureza financeira, junto ao setor privado interno e/ou externo.
Essas receitas são captadas junto ao mercado financeiro, decorrentes da emissão de títulos,
da contratação de operações de crédito por organismos oficiais, das receitas de aplicações
financeiras da União (juros recebidos, por exemplo) e outras.
012. (FGV/TJ-RO/2021) Embora não haja previsão legal expressa da classificação das recei-
tas públicas em primárias e não primárias, tal identificação é necessária para fins de apuração
do Resultado Primário, que é um indicador fiscal importante para o governo.
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Receita Pública
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Das receitas a seguir, a única que pode ser considerada uma receita primária é a decorrente de:
a) amortização de empréstimos concedidos;
b) aplicações financeiras; Características:
- Obrigatória apenas para união;
c) contratação de operações de crédito;
- Resultado Primário: Receitas Primárias - Despesa
d) doações e convênios; Primárias;
- Resultado Financeiro: Receitas Financeiras - Despesas
e) emissão de títulos.
Financeiras.
Fonte/Destinação de Recurso
Outra classificação existente é a destinação do recurso, que faz o vínculo entre a classifica-
ção da receita e da despesa, classificando as receitas em vinculadas ou ordinárias. A definição
das fontes de recurso deve estar definida já na lei orçamentária, indicando de onde virão os
recursos para realizar as despesas. A pergunta-chave da fonte de recursos é: de onde virão os
recursos para realizar a despesa?
A classificação por fonte de recursos possibilita ao Poder Legislativo e aos órgãos de con-
trole fazer o acompanhamento da destinação dos recursos públicos, seja com relação às vin-
culações constitucionais e legais, como as despesas com manutenção e desenvolvimento do
ensino, ou mesmo para os recursos sem vinculação prévia.
Esfera Orçamentária
De acordo com essa classificação, é possível determinar se a receita faz parte do orçamen-
to fiscal, de seguridade social ou de investimento das empresas Estatais. A pergunta-chave
aqui é: em qual orçamento?
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Receita Pública
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10 Orçamento Fiscal
30 Orçamento de Investimento
Quanto à coercitividade/procedência:
• Originárias: são receitas resultantes do exercício da atividade econômica do Estado,
em pé de igualdade com o particular. Nessas receitas, aplicam-se as regras do direito
privado. São exemplos as receitas patrimoniais, que exigem contraprestação. As tarifas
(preços públicos), como o pedágio, estão nessa categoria.
• Derivadas: são as receitas derivadas de imposição legal ou constitucional, representa-
das pelos tributos (exemplos: impostos, que não exigem contraprestação específica;
taxas, que exigem alguma contraprestação), multas, sendo compulsório/obrigatório ao
particular o pagamento. As transferências como os Fundos de Participação (dos Muni-
cípios – FPM; e dos Estados – FPE) também entram nessa categoria.
A Lei n. 4.320/64 trouxe em seu texto uma definição de tributo, conforme art. 9º:
Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito público, compreendendo
os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria
financeira, destinado-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por
essas entidades.
Perceba que a Lei cita como tributos os impostos, as taxas e contribuições de melhoria. De
acordo com o Supremo Tribunal Federal - STF, são tributos também os empréstimos compul-
sórios e as contribuições sociais. No entanto, cuidado com a cobrança da literalidade da lei.
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Receita Pública
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013. (FGV/CGU/2022) As receitas são um dos pilares do orçamento público e sua correta
classificação contribui para gerar relatórios relevantes para o processo de gestão pública. A
classificação econômica das receitas públicas apresenta as categorias correntes e de capital.
Ao examinar um relatório analítico de receitas ao final de um dado exercício para identificar
eventuais inconsistências, um servidor técnico da área de controle deve considerar que:
a) as disponibilidades financeiras do ente são diversamente afetadas pela arrecadação de re-
ceitas correntes e de capital;
b) as operações intraorçamentárias são restritas a receitas correntes;
c) as receitas correntes e as de capital provocam efeitos diferentes no patrimônio líqui-
do do ente;
d) as receitas de capital são reconhecidas em base diferente das receitas correntes;
e) os investimentos devem ser custeados prioritariamente por receitas de capital.
Vejamos.
a) Errada. O patrimônio líquido é diversamente afetado; as disponibilidades financeiras aumen-
tam em ambos os casos.
b) Errada. Tem na de capital também.
c) Certa. A questão trouxe a regra. Há exceções, mas em itens de múltipla escolha, você pode
aceitar a regra como verdade se não há outra opção melhor. Em regra, receitas correntes são
efetivas (exceção: recebimento da dívida ativa) e receitas de capital são não efetivas (exceção:
transferências de capital)
d) Errada. Não tem essa.
e) Errada. Por operações de crédito (não são todas as receitas de capital).
Letra c.
014. (FGV/CÂMARA DE ARACAJU - SE/2021) Receita pública engloba os recursos que o go-
verno arrecada com tributos e outras fontes para oferecer serviços à sociedade.
Sobre receita pública, analise as afirmativas a seguir.
I – Receita pública efetiva provém da cobrança de tributos.
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Receita Pública
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Vejamos:
I – Certa. Um dos exemplos mais comuns das receitas efetivas são as receitas provenientes
de tributos, são aquelas receitas que afetam o PL da entidade.
II – Errada. Quando o examinador fala em mutação patrimonial, está tratando de uma receita
não efetiva, caracterizada em regra pelas receitas de capital. Já, Receitas originárias são ca-
racterizadas pela exploração do patrimônio público pelo Estado. Ou seja, buscamos uma recei-
ta não efetiva e também originária. Os três exemplos apresentados são espécies de receitas
originárias, contudo, apenas as operações de crédito são receitas não efetivas.
III – Certa. Receitas Derivadas advêm do poder coercitivo do Estado, como por exemplo, por
meio da cobrança de taxas relativas ao poder de polícia Estatal ou da prestação de um servi-
ço público.
Letra e.
015. (FGV/TJ-RO/2021) Embora não seja legalmente exigida nos instrumentos orçamentá-
rios, a classificação das receitas públicas quanto à procedência é abordada em diversos pon-
tos do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público e também na estrutura da Demons-
tração dos Fluxos de Caixa. Entre as origens da receita corrente, uma que apresenta diversas
espécies de receitas originárias é:
a) tributária;
b) patrimonial;
c) de contribuições;
d) de transferências correntes;
e) de amortização de empréstimos.
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Receita Pública
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Fique atento para o fato que não há total uniformidade sobre a utilização dos termos estágios
e etapas. Contudo, percebe-se a preferência de utilizar o termo etapas quando se insere a fase
anterior à execução (planejamento) e o termo estágios quando se refere apenas às fases de
execução da receita e despesa.
Previsão (Planejamento)
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das
alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qual-
quer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos
três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo
e premissas utilizadas.
Alterações
Legislativas
Crescimento
Econômico
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Receita Pública
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A previsão de receitas é a etapa que antecede à fixação do montante de despesas que irão constar
nas leis de orçamento, além de ser base para se estimar as necessidades de financiamento do go-
verno.
A previsão de receitas é a etapa que antecede à fixação do montante de despesas que irão
constar nas leis de orçamento, além de ser base para se estimar as necessidades de financia-
mento do governo.
Letra b.
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Lançamento
Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição competente, que verifica a procedência do cré-
dito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Obs.: Impostos diretos são os impostos arrecadados diretamente dos cidadãos, sobre sua
renda ou patrimônio. Ex: Imposto de renda, IPVA, IPTU etc.
Impostos indiretos são os impostos arrecadados indiretamente do cidadão, ou seja,
por meio do seu consumo. Ex: ICMS, ISS, IPI etc.
Lei 4.320/64 Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com
vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
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Arrecadação
Importante dizer que a apuração e a classificação da receita arrecadada, com vistas à des-
tinação constitucional que lhe cabe, é feita pelo Ministério da Fazenda (Economia, hoje).
Os agentes da arrecadação devem fornecer recibos das importâncias que arrecadarem,
contendo o nome da pessoa que paga a soma arrecadada, proveniência e classificação, bem
como a data a assinatura do agente arrecadador.
019. (FGV/SEFAZ-ES/2022) Assinale a opção que indica o estágio da receita pública que cor-
responde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro.
a) Previsão.
b) Lançamento.
c) Arrecadação.
d) Recolhimento.
e) Recebimento.
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Atenção, apesar das receitas serem recolhidas aos cofres do tesouro apenas na etapa do reco-
lhimento, a etapa de arrecadação já corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro
pelos contribuintes ou devedores.
Letra c.
Recolhimento
Lei n. 4.320/64 Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao prin-
cípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.
Art. 164
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
Nem todas as receitas públicas irão passar por todos esses estágios. Além do estágio de
lançamento, quer só é obrigatório em algumas espécies específicas de tributos, poderá ha-
ver receitas arrecadadas que não foram previstas na LOA, como é o caso de doações em
espécie recebidas pelos entes públicos. Essas doações só passam pela arrecadação e pelo
recolhimento.
020. (FGV/IMEL/2021) Dentre os estágios da receita pública, aquele em que acontece a trans-
ferência dos valores arrecadados para a conta específica do Tesouro, vedada qualquer frag-
mentação para criação de caixas especiais, é denominado
a) previsão.
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b) lançamento.
c) arrecadação.
d) recolhimento.
e) reconhecimento.
A dívida ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional (PGFN).
Tanto a dívida ativa tributária quanto a não tributária da União serão cobradas pela PGFN, por
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meio da emissão de certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União. Essa certidão tem
natureza de título executivo, ou seja, caráter líquido e certo.
A certidão da dívida ativa deverá conter:
I – o nome do devedor e, sendo caso, o dos corresponsáveis, bem como, sempre que pos-
sível, o domicílio ou a residência de um e de outros;
II – a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III – a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em
que seja fundado;
IV – a data em que foi inscrita;
V – sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito; e
VI – Indicação do livro e da folha da inscrição.
O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será convertido ao corres-
pondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da notificação
ou intimação do devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição
da Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de
acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários.
O pagamento da dívida ativa se dará nas formas definidas em lei, podendo ocorrer tanto
em dinheiro como em bens, tanto pela adjudicação quanto pela dação em pagamento, sendo
que o recebimento na forma de bens também poderá corresponder a uma receita orçamentária
no momento do recebimento do bem, efetuando-se o registro da execução orçamentária da
despesa com a sua aquisição, mesmo que não tenha havido fluxo financeiro.
Como visto na parte que trata da classificação da receita, atualmente o valor recebido da
dívida ativa é identificado pelo “tipo”, ou seja, o recebimento é vinculado diretamente ao tribu-
to/receita a qual se deu aquele direito para o Estado.
Sob a ótica patrimonial, na inscrição da dívida ativa é realizado apenas um fato contábil
permutativo, o crédito já foi reconhecido contabilmente no momento do lançamento! O rece-
bimento de dívida ativa corresponde a uma receita (não efetiva), pela ótica orçamentária, com
simultânea baixa contábil do crédito registrado anteriormente no ativo, sob a ótica patrimonial.
O registro das receitas orçamentárias oriundas do recebimento da dívida ativa deve ser dis-
criminado em contas contábeis de acordo com a natureza do crédito original. Também devem
ser classificados em classificações específicas os recebimentos referentes a multas, juros e
outros encargos.
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Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada no exercício; quando a anulação ocor-
rer após o encerramento dêste considerar-se-á receita do ano em que se efetivar.
c) Errada. Liquidação é fase da despesa, ok? Aqui, o que vale é a arrecadação:
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados
como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias.
d) Errada. É na data da notificação ou da inscrição da Dívida Ativa:
§ 4º - A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos parágrafos anteriores, bem
como os valores correspondentes à respectiva atualização monetária, à multa e juros de mora e ao
encargo...
Letra b.
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a) a execução de valores inscritos em dívida ativa deve ser registrada exclusivamente em con-
tas de controle;
b) a execução da dívida ativa, na perspectiva patrimonial, gera um lançamento credor em uma
conta de passivo;
c) o recebimento de dívida ativa deve ser registrado em contas contábeis conforme a natureza
do crédito original;
d) o recebimento de dívida ativa corresponde a uma receita, exclusivamente sob a ótica
patrimonial;
e) o recebimento de dívida ativa na forma de bens não tem impacto na execução orçamentária.
O recebimento da dívida ativa fica vinculado aos registros contábeis, conforme a natureza do
crédito original (ou seja, manterão a vinculação a receita principal, com segregação pelo tipo).
Letra c.
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Os RCPGs são relatórios contábeis elaborados para atender às necessidades dos usuários em
geral, não tendo o propósito de atender a finalidades ou necessidades específicas de determi-
nados grupos de usuários (abrangem as demonstrações contábeis, incluindo as suas notas
explicativas).
Os elementos definidos na NBC TSP – Estrutura Conceitual são:
a) Ativo;
b) Passivo;
c) Receita (Variação Patrimonial Aumentativa);
d) Despesa (Variação Patrimonial Diminutiva);
e) Contribuição dos proprietários;
f) Distribuição aos proprietários.
CASP
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Desses grupos que formam o Patrimônio da Entidade, podemos deduzir uma famosa equa-
ção contábil:
ATIVO PASSIVO PL
2.2.1. Ativo
Como visto, ativo é um recurso controlado por uma entidade como consequência de even-
tos passados e do qual se espera que flua benefícios econômicos ou potencial de serviços
futuros. Desta forma, podemos elencar três elementos necessários para caracterização de um
ativo: gerar benefício econômico ou potencial de serviço, ser controlado pela entidade e ser
resultante de um evento ocorrido no passado.
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Vamos ver com mais detalhes esses elementos que compõe o ativo:
Elementos
Definição Exemplo
do Ativo
O potencial de serviços é
a capacidade de prestar
Potencial de serviços que contribuam
Serviços (típico do para alcançar os objetivos Bens públicos recreativos, culturais etc.
Setor Público) da entidade, sem,
necessariamente, gerar
entrada líquida de caixa.
a) propriedade legal;
b) acesso ao recurso ou a capacidade de
negar ou restringir o acesso a esse;
c) meios que assegurem que o recurso
Capacidade da entidade em
Controle pela seja utilizado para alcançar os seus
utilizar o recurso ou controlar
Entidade objetivos; ou
sua utilização.
d) a existência de direito legítimos ao
potencial de serviços ou a capacidade
para gerar os benefícios econômicos
advindos do recurso.
2.2.2. Passivo
Como visto, passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados,
cujo pagamento se espera que resulte para a entidade saída de recursos capazes de gerar
benefícios econômicos ou potencial de serviços. Desta forma, dá mesma forma que o ativo
podemos elencar três elementos necessários para caracterização de um passivo: obrigação
presente, resulta de um evento passado e sua extinção deve resultar na saída de recursos
da entidade.
Vamos ver com mais detalhes esses elementos que compõe o passivo:
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• o ativo seja caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para paga-
mento de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data das
demonstrações contábeis.
Ainda é necessário conhecer a classificação adotada pela Lei n. 4.320/64, que determina que
o Balanço Patrimonial compreenderá:
I – Ativo Financeiro: compreende os créditos e valores realizáveis independentemente de auto-
rização orçamentária e os valores numerários;
II – Ativo Permanente: compreende os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação
dependa de autorização legislativa;
III – Passivo Financeiro: compreende as dívidas fundadas, crédito empenhado a liquidar e ou-
tros pagamentos que independam de autorização orçamentária;
IV – Passivo Permanente: compreende as dívidas fundadas e outras que dependam de autori-
zação legislativa para amortização ou resgate;
V – Saldo Patrimonial;
VI – Contas de Compensação: compreende os bens, valores, obrigações e situações não com-
preendidas nos parágrafos anteriores e que, imediata ou indiretamente, possam vir a afetar o
patrimônio.
Essas informações continuam presentes no Balanço Patrimonial, mas essas classificações
perderam importância, fazendo parte de quadro específico desse demonstrativo.
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Fatos Contábeis: são os eventos/ocorrências verificados pela entidade que resultam nas varia-
ções patrimoniais, sejam qualitativas ou quantitativas.
Os Fatos Contábeis são classificados em:
1. Permutativos;
2. Modificativos;
3. Mistos.
2.3. PCASP
Com o objetivo de uniformizar as práticas contábeis, a Secretaria do Tesouro Nacional
(STN), em conjunto com o Grupo Técnico de Procedimentos Contábeis (GTCON), elaborou o
Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), adequado aos dispositivos legais vigentes,
às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBC T SP), aos padrões
internacionais de Contabilidade do Setor Público e às regras e procedimentos de Estatísticas
de Finanças Públicas reconhecidas por organismos internacionais, permitindo o detalhamento
das contas contábeis, a partir do nível mínimo estabelecido pela STN, de modo que possa ser
adequado às peculiaridades de cada ente.
Formado por uma relação padronizada de contas apresentada em conjunto com atributos
conceituais, o PCASP permite a consolidação das Contas Públicas Nacionais, conforme de-
terminação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Além disso, o PCASP permitiu diversas
inovações, como por exemplo a segregação das informações orçamentárias e patrimoniais;
registro dos fatos que afetam o patrimônio público segundo o regime de competência; e regis-
tro de procedimentos contábeis gerais em observância às normas internacionais.
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PCASP
Natureza da
Classes
Informação
6. Controles da Execução do
5. Controles da Aprovação do
Planejamento e Orçamento
Planejamento e Orçamento
Orçamentária (Execução do Planejamento,
(Planejamento Aprovado, Orçamento
Execução do Orçamento, Execução
Aprovado, Inscrição de Restos a Pagar)
de Restos a Pagar)
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As classes da coluna da esquerda têm natureza devedora, ou seja, aumentam ou tem saldo
positivo ao serem debitadas. Já as classes do lado direto têm natureza credora, ou seja, au-
mentam ou tem saldo positivo ao serem creditadas.
Na Contabilidade Aplicada ao Setor Público há uma importância especial ao orçamento
público, decorrente da importância dada a esse instrumento pela legislação e própria dinâmi-
ca do Estado. Desta forma, é comum apontar ao tratar dessa disciplina qual o enfoque que se
está adotando, ou orçamentário ou patrimonial. Inclusive, como visto, há contas específicas
para tratarem de cada registro a depender da natureza da informação. Por exemplo, a aprova-
ção do orçamento e a disponibilidade inicial da dotação envolverá apenas lançamentos contá-
beis orçamentários, havendo, no entanto, outras situações que envolvam registro patrimoniais
e orçamentários simultaneamente.
A contabilidade deve respeitar o princípio da competência, o mesmo se aplica à contabili-
dade do Setor Público, logo despesas e receitas (sob o aspecto patrimonial) devem ser regis-
tradas no momento/exercício de sua ocorrência (fato gerador).
Por exemplo a aquisição de um veículo deve afetar o patrimônio líquido da entidade apenas
quando do efetivo recebimento do bem. Por outro lado, sob o enfoque orçamentário, deve-se
observar o disposto na Lei n. 4.320/64 que prevê que pertencem ao exercício financeiro as
receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas, assim, entende-se que
há um regime misto sob o aspecto orçamentário, regime de caixa para receitas e regime de
competência para as despesas.
Os estágios da despesa (empenho, liquidação e pagamento) serão vistos na próxima aula.
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Nesse sentido, assinale a opção que preenche I, II, III e IV, respectivamente, no quadro acima.
a) Contábil / Patrimonial / Controle / Controle.
b) Contábil / Contábil / Controle / Orçamentária.
c) Contábil / Orçamentária / Orçamentária / Controle.
d) Patrimonial / Patrimonial / Orçamentária / Controle.
e) Patrimonial / Planejamento / Controle / Controle.
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EXEMPLO
As legislações que regulamentam o IPTU e IPVA estabelecem, de modo geral, que o fato gera-
dor destes tributos ocorrerá no dia 1º de janeiro de cada ano.
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Nesse momento, os registros contábeis sob a ótica do Plano de Contas Aplicado ao Setor
Público são os seguintes:
• Lançamento no momento do fato gerador (dia 1º de janeiro). Esse registro provoca o
aumento do ativo e do resultado do exercício:
− Natureza da informação: patrimonial;
− D 1.1.2.2.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber (P);
− C 4.1.1.2.x.xx.xx Impostos Sobre o Patrimônio e a Renda.
• Na arrecadação, registra-se a receita orçamentária e procede-se à baixa do ativo regis-
trado.
• Natureza da informação: patrimonial
− D 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F)
− C 1.1.2.2.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber (P)
• Natureza da informação: orçamentária
− D 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a Realizar
− C 6.2.1.2.x.xx.xx Receita Realizada
• Natureza da informação: controle
− D 7.2.1.1.x.xx.xx Controle da Disponibilidade de Recursos
− C 8.2.1.1.1.xx.xx Disponibilidade por Destinação de Recursos (DDR)
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CF/88 - Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo
banco central.
[...]
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
Receitas de
Contribuições
Receitas Receitas
Tributárias Patrimoniais
Conta
Única do
Tesouro
A realização da receita e da despesa da União far-se-á por via bancária, em estrita obser-
vância ao princípio de unidade de caixa. O pagamento de despesas será feito por meio de sa-
ques da conta do Tesouro Nacional. Essa movimentação da Conta é efetuada pelas Unidades
Gestoras (UG) integrantes do SIAFI, com acesso on-line, utilizando como Agente Financeiro,
para efetuar os pagamentos e recebimentos, o Banco do Brasil ou outros agentes financeiros
autorizados pelo Ministério da Economia em situações excepcionais e o Sistema de Pagamen-
tos Brasileiro – SPB para transferências diretas às instituições financeiras.
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RESUMO
Classificação
Orçamento Fiscal;
Esfera
Orçamento da Seguridade Social;
Orçamentária
Orçamento de Investimento.
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Estágios/Etapas
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MAPA MENTAL
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FGV/SEFAZ-AM/2022) Segundo a Lei n. 4.320/1964, assinale a opção que apresenta as
duas categorias econômicas em que as receitas orçamentárias são classificadas.
a) Públicas e privadas.
b) Originárias e derivadas.
c) Correntes e de capital.
d) Ordinárias e extraordinárias.
e) Operacionais e patrimoniais.
004. (FGV/TCE-RO/2021) Embora não seja legalmente exigida nos instrumentos orçamen-
tários, a classificação das receitas públicas quanto à procedência é abordada em diversos
pontos do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público e também na estrutura da De-
monstração dos Fluxos de Caixa.
Entre as origens da receita corrente, uma que apresenta diversas espécies de receitas ori-
ginárias é:
a) tributária;
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b) patrimonial;
c) de contribuições;
d) de transferências correntes;
e) de amortização de empréstimos.
005. (FGV/TCE-RO/2021) Embora não haja previsão legal expressa da classificação das recei-
tas públicas em primárias e não primárias, tal identificação é necessária para fins de apuração
do Resultado Primário, que é um indicador fiscal importante para o governo.
Das receitas a seguir, a única que pode ser considerada uma receita primária é a decorrente de:
a) amortização de empréstimos concedidos;
b) aplicações financeiras;
c) contratação de operações de crédito;
d) doações e convênios;
e) emissão de títulos.
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c) lançamento;
d) arrecadação;
e) inscrição em dívida ativa.
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d) patrimonial.
e) de contribuição.
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016. (FGV/IBGE/2017) Uma condição necessária para o reconhecimento de uma receita pú-
blica para fins de controle patrimonial, sob o regime de competência, é:
a) a arrecadação da receita nos cofres públicos;
b) a previsão da receita no orçamento;
c) a ocorrência do fato gerador;
d) o lançamento contábil da receita;
e) o registro de uma variação patrimonial aumentativa.
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aluguéis 9.000,00 Royalties 16.250,00 Serviços prestados 20.250,00 Tributos 97.500,00 Venda
de títulos públicos 30.000,00
O montante de receitas arrecadadas com impacto financeiro, mas sem reflexos no patrimônio,
representa, em milhares de reais:
a) 117.250,00;
b) 115.000,00;
c) 110.250,00;
d) 96.250,00;
e) 94.000,00.
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GABARITO
1. c
2. e
3. b
4. b
5. d
6. d
7. c
8. c
9. e
10. d
11. d
12. d
13. c
14. a
15. d
16. c
17. a
18. e
19. a
20. a
21. e
22. d
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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/SEFAZ-AM/2022) Segundo a Lei n. 4.320/1964, assinale a opção que apresenta as
duas categorias econômicas em que as receitas orçamentárias são classificadas.
a) Públicas e privadas.
b) Originárias e derivadas.
c) Correntes e de capital.
d) Ordinárias e extraordinárias.
e) Operacionais e patrimoniais.
Trata-se das receitas não efetivas, em regra representadas pelas receitas de capital, por exem-
plo, a receita de alienação de bens móveis e imóveis.
Letra e.
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A mera assinatura do contrato ainda não é fato capaz de alterar a situação patrimonial da enti-
dade. Lembre-se que deve ocorrer o fato gerador, que é a prestação do serviço.
Letra b.
004. (FGV/TCE-RO/2021) Embora não seja legalmente exigida nos instrumentos orçamen-
tários, a classificação das receitas públicas quanto à procedência é abordada em diversos
pontos do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público e também na estrutura da De-
monstração dos Fluxos de Caixa.
Entre as origens da receita corrente, uma que apresenta diversas espécies de receitas ori-
ginárias é:
a) tributária;
b) patrimonial;
c) de contribuições;
d) de transferências correntes;
e) de amortização de empréstimos.
005. (FGV/TCE-RO/2021) Embora não haja previsão legal expressa da classificação das recei-
tas públicas em primárias e não primárias, tal identificação é necessária para fins de apuração
do Resultado Primário, que é um indicador fiscal importante para o governo.
Das receitas a seguir, a única que pode ser considerada uma receita primária é a decorrente de:
a) amortização de empréstimos concedidos;
b) aplicações financeiras;
c) contratação de operações de crédito;
d) doações e convênios;
e) emissão de títulos.
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Receita Pública
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Operações de crédito não devem ultrapassar o valor das despesas de capital; receita de alie-
nação de bens não impactam a situação líquida patrimonial; receitas extraorçamentárias têm
caráter temporário para o Estado; originárias decorrem de exploração de atividades econômi-
cas; tributárias tem caráter coercitivo; e transferências correntes reduzem a autonomia finan-
ceira do ente.
Letra a.
Extraorçamentária é transitória.
Letra d.
016. (FGV/IBGE/2017) Uma condição necessária para o reconhecimento de uma receita pú-
blica para fins de controle patrimonial, sob o regime de competência, é:
a) a arrecadação da receita nos cofres públicos;
b) a previsão da receita no orçamento;
c) a ocorrência do fato gerador;
d) o lançamento contábil da receita;
e) o registro de uma variação patrimonial aumentativa.
Precisa ocorrer o fato gerador para que seja reconhecida a receita no regime de competência.
Letra c.
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c) 200.
d) 30.
e) 0.
Não fique com medo de marcar o “zero”. Confie na sua convicção, caso você tenha estudado
e/ou vem estudando ao longo dos anos. Isso vale para todas as matérias. Não tem receita de
serviços aí.
Letra e.
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Descrição Valor (milhares de R$) Alienação de bens 14.000,00 Aplicações financeiras 4.750,00
Contribuições 26.250,00 Doações 7.000,00 Operação de crédito interna 50.000,00 Receita de
aluguéis 9.000,00 Royalties 16.250,00 Serviços prestados 20.250,00 Tributos 97.500,00 Venda
de títulos públicos 30.000,00
O montante de receitas arrecadadas com impacto financeiro, mas sem reflexos no patrimônio,
representa, em milhares de reais:
a) 117.250,00;
b) 115.000,00;
c) 110.250,00;
d) 96.250,00;
e) 94.000,00.
São não efetivas: alienação, operação de crédito e venda de títulos públicos = 14 + 50 +30 = 94.
Letra e.
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REFERÊNCIAS
Livro/Texto Autor
Orçamento Público Giacomoni
Manual Técnico de Orçamento SOF
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ramento constante deste trabalho.
Allan Mendes
Auditor de Controle Interno do Distrito Federal. Ex-servidor do Ministério Público da União (MPU), onde
atuou como diretor administrativo e financeiro do Programa de Saúde dos Membros e Servidores. Ex-
servidor do Fundo Nacional de Educação (FNDE), onde atuou como chefe da Divisão de Prestação de
Contas de Convênios. Graduado em Ciências Contábeis pela UnB e em Direito pela UPIS. Pós-graduado em
Contabilidade Pública na WPÓS e mestre em Direito pela Universidade Católica de Brasília.
Vinicius Ribeiro
Analista Legislativo na Câmara dos Deputados, onde trabalha com as leis orçamentárias. Aprovado
no concurso de Consultor de Orçamento na Câmara dos Deputados. Formado em Administração na
Universidade Federal de Uberlândia. É autor do livro Administração para Concursos, publicado pela
editora GEN. Professor de cursos online para concursos há 7 anos. Foi, ainda, Analista de Planejamento e
Orçamento no Ministério do Planejamento; Analista Judiciário – Área Administrativa no CNJ e no STF; e
Especialista no FNDE. Possui pós-graduação – MBA em Negócios Internacionais e Comércio Exterior na
FGV.
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