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DIREITO

FINANCEIRO
Dívida Pública

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon

Apresentação. . .................................................................................................................................. 4
Dívida Pública................................................................................................................................... 5
1. Crédito Público. . ............................................................................................................................ 5
1.1. Introdução................................................................................................................................... 5
1.2. O Financiamento do Déficit Público...................................................................................... 7
1.3. Conceito de Crédito Público.................................................................................................... 9
1.4. Crédito Público - Embasamento........................................................................................... 11
1.5. Classificações.......................................................................................................................... 14
1.6. Fases.......................................................................................................................................... 18
1.7. Condições ................................................................................................................................. 18
1.8. Garantias ..................................................................................................................................19
1.9. Amortização .............................................................................................................................19
1.10. Conversão ...............................................................................................................................19
2. Dívida Pública............................................................................................................................. 20
2.1. Déficit Público.......................................................................................................................... 20
2.2. Dívida Pública do Brasil........................................................................................................ 24
2.3. Embasamento......................................................................................................................... 27
2.4. Controle, Fiscalização e Prestação de Contas................................................................. 36
2.5. Vedações na LRF.....................................................................................................................46
2.6. A Famosa Pedalada Fiscal.................................................................................................... 47
Resumo.............................................................................................................................................48
Mapa Mental....................................................................................................................................51
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 52

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Questões de Concurso.................................................................................................................. 54
Gabarito............................................................................................................................................ 65
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 66
Referências Bibliográficas. . ..........................................................................................................91

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Apresentação

Olá, amigo(a) concurseiro(a)!


O nosso objetivo hoje nessa aula é conhecer os principais aspectos relacionados ao Cré-
dito Público e à Dívida Pública no âmbito do Direito Financeiro. Vamos aproveitar e estudar
também a parte da LRF que trata desse tema.

Como diria Walt Disney: “Todos os seus sonhos podem se tornar realidade se você tiver
coragem para persegui-los”.
Então vamos nos esforçar ao máximo nessa aula e transformar nossa aprovação em realidade!
Acredite!
Boa aula!

Prof. Manuel Piñon

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DÍVIDA PÚBLICA
1. Crédito Público

1.1. Introdução

Amigo(a), a Atividade Financeira do Estado existe para atender às necessidades de sua


sociedade organizada. Assim, o Estado, seja ele a União, Estados, DF ou Municípios é na verda-
de o sujeito, ou seja, todos os entes da Federação são titulares do dever de garantir a manuten-
ção da estrutura administrativa estatal, de modo satisfazer as necessidades públicas usando
para isso o s recursos públicos.
O bem comum, por meio do atendimento das necessidades públicas, como por exemplo
da educação, saúde, segurança, alimentação, habitação, transporte, lazer, etc., é obrigação do
Estado atender, como cansa a nossa CF/88 de reforçar.
E como obter dinheiro para suprir essas necessidades?
Se financiando. E uma das fontes é o crédito público.
O financiamento das atividades públicas é obtido por diversas fontes, tais como:
• A arrecadação de receitas públicas;
• Os empréstimos tomados pelo governo (crédito público);
• Os recursos transferidos por outra entidade; e
• A emissão de moeda (senhoriagem).

Dentre as receitas públicas destaca-se a receita tributária já que, sem dúvida, essa á princi-
pal financiadora do Estado.
Mas aqui vale registrar que o Governo “recebe” também outras receitas como, por exemplo,
do aluguel dos seus imóveis ou dos dividendos de estatais como a Petrobrás ou ainda de leilões
e concessões como os realizados pela ANP – Agência Nacional do Petróleo na camada pré-sal.
Já a fonte oriunda de recursos transferidos por outra entidade, vale dizer que é mais usual
para os Estados e Municípios que realizam convênios com a União para aplicarem recursos em
determinada obra ou Programa de Governo.

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Um dos princípios orçamentários mais significativos é o Princípio do equilíbrio, que visa


dar transparência maior à obtenção de recursos, ou seja, o orçamento sempre deve estar equi-
librado, uma vez que se trata de uma demonstração contábil.
Dispositivos constitucionais contidos no art. 166, § 3°, II, da Constituição Federal tratam
da necessidade de se indicar os recursos disponíveis para o atendimento às emendas ao
projeto de lei orçamentária ou aos projetos que a modifiquem, de forma a manter o equilíbrio
entre receitas e despesas.
Apesar de equilibrado, o orçamento pode ser deficitário, o que significa que contém auto-
rizações de despesas acima dos recursos previstos, estabelecendo modalidades de financia-
mento do déficit.
A Constituição Federal prevê a contratação de operações de crédito para a cobertura do ex-
cesso de gastos em relação à receita primária. Contudo, não há sentido em orçamento superavi-
tário, uma vez que significaria exigência, à sociedade, de contribuição financeira sem justificativa.
A gestão fiscal visando o equilíbrio orçamentário apoia-se no seguinte:
• Receita Pública: representa os ingressos de recursos que entrarão para os cofres públi-
cos, servindo para financiar as atividades estatais;
• Despesa Pública: representa a aplicação desses recursos, ou seja, de que forma o Go-
verno irá gastar os recursos arrecadados, obtidos junto a sociedade, quando estiver
executando suas ações;
• A Dívida Pública: representa os compromissos assumidos pelo Governo no passado,
perante a sociedade, e que deverão ser de alguma forma financiados pela obtenção de
novos recursos no futuro;
• E o Orçamento Público: que vai permitir ao Governo controlar seus fluxos de receita e de
despesa, com impactos sobre o montante da dívida pública.

O Setor Público corresponde à presença o Governo nas três esferas: a União, os Estados e o
Distrito Federal, e os Municípios, bem como os três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Basicamente, o Governo interfere na economia por meio da Tributação (T) e dos Gastos
Públicos (G).

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Fazendo-se um encontro de contas, ou seja, considerando o que o Governo cobra da so-


ciedade por meio da Tributação (T) em comparação com o seu retorno por meio dos Gastos
Públicos (G), o Governo poderá apresentar, durante um determinado período de tempo, as
seguintes situações:
1 - Se os Gastos Públicos forem superiores à Tributação (G > T) teremos o temido déficit
fiscal (DÉFICIT PÚBLICO);
2 – Por sua vez, se os Gastos Públicos forem no mesmo montante da Tributação (G = T)
teremos o equilíbrio no orçamento público (é o famoso zero a zero);
3 – Mas se os Gastos Públicos forem inferiores à Tributação (G < T) teremos tão desejado
superávit fiscal.

1.2. O Financiamento do Déficit Público

Quando temos déficit público, o governo recorre a duas fontes de recursos: a emissão de
moeda e a venda de títulos da dívida pública.
• Emissão de moeda: ocorre através de criação de moeda pelo Banco Central para fi-
nanciar dívida do Tesouro Nacional. Este procedimento traz a vantagem de não gerar
déficits futuros e não ter que elevar a taxa de juros. Porém, traz a desvantagem de gerar
pressão inflacionária, em face da colocação de moeda em quantidade superior a neces-
sidade da economia.
• Colocação de títulos da dívida pública: possibilita ao governo trocar título, ativo finan-
ceiro não-monetário, por moeda que está em circulação para financiar seu déficit. É O
CRÉDITO PÚBLICO!

Este procedimento traz, também, vantagem e desvantagem.


Como vantagem, a venda de títulos públicos evita a ocorrência de pressões inflacionárias
uma vez que não necessita recorrer à emissão de moeda.
Mas traz também desvantagem, uma vez que a colocação de títulos públicos à disposição
no mercado implica em oferecer taxas de juros atrativas, com impacto no total do endivida-
mento e no custo do seu financiamento.

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O importante é sabermos que tais procedimentos implicam em riscos e normalmente tra-


zem consequências desastrosas para a economia.
Vamos vê-las!
A persistente emissão de moeda como forma de enfrentar o déficit público estimula o pro-
cesso inflacionário a perseguir trajetória ascendente, com riscos de ocorrência de hiperinflação.
Essa receita que o governo passa a obter com a emissão de moeda para pagar suas con-
tas é chamada de receita de senhoriagem (vem de senhorio, ou melhor, de “signorage”). Se
um desses 3 termos aparecer em sua prova não se assuste, é apenas o governo usando a sua
maquininha de fabricar dinheiro.
Nesta situação, a taxa de inflação, chega a superar dois dígitos mensais, provoca sérios
danos na estrutura produtiva, dentre os quais a perda do valor da moeda nacional, e sua con-
sequente substituição como meio de troca.
O exemplo clássico é a inflação da Alemanha no ano de 1923, quando em janeiro 1 dólar
valia 18 mil marcos e no final do ano, em novembro, a cotação passou a ser 1 dólar por 4,2
trilhões de marcos e as mercadorias passaram a ser trocadas por outras mercadorias, já que a
moeda não valida mais nada.
Em menor escala, vivemos situação com alguma semelhança no Brasil até a implantação
do Plano Real. Pessoal vale aqui o registro do aniversário de 20 anos do Plano Real no último
01 de julho. Quem sabe o seu examinador não faz uma homenagem fazendo alguma menção
na sua prova?
Por outro lado, o forte financiamento do déficit público, a partir da colocação de títulos,
pode chegar numa situação em que o montante de títulos atinge um valor tão expressivo, que
exige cada vez mais taxas de juros elevadas para atrair o credor privado, neste quadro, gerando
dúvidas sobre a capacidade do governo honrar os seus compromissos e impulsionam cada
vez mais a elevação da taxa de juros, com impacto sobre o serviço da dívida pública (amorti-
zação e juros). É um ciclo vicioso, pois a dívida cresce porque a taxa de juros sobe e esta taxa
de juros sobe porque a dívida cresce.
No Brasil temos como exemplo, o crescimento da dívida interna no final do ano 1989 sob
governo José Sarney, cuja taxa de juros elevada era a única forma de manter os credores ad-

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quirindo títulos do governo, levando, posteriormente o governo Collor de Mello, no início de


1990, a bloquear os ativos financeiros por 18 meses.

Guarde o conceito de Necessidade de Financiamento do Setor Público – NFSP. De modo bem


simples, podemos dizer que a NFSP representa a necessidade do setor público em se finan-
ciar por meio de dívida.

1.3. Conceito de Crédito Público

De modo bem simplório, podemos conceituar crédito público como sendo a operação de
crédito em que o Estado toma emprestado recursos, isto é, ocorre uma transferência de liquidez.
Em outras palavras, pode-se dizer que o crédito público é um processo financeiro consis-
tente em vários métodos de obtenção de dinheiro pelo Estado, sob a condição de devolver, em
geral, acrescido de juros e dentro de determinado prazo preestabelecido.
Pode-se dizer que o Crédito público é, em verdade, uma faculdade do Estado, baseada na
confiança que inspira e nas vantagens que oferece, obter, em obter, mediante empréstimo,
recursos de quem deles dispõe, assumindo, em contrapartida, a obrigação de restituí-los nos
prazo e condições fixados.

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O Estado pode obter crédito público contraindo empréstimos de entidades públicas ou


privadas, nacionais, estrangeiras ou internacionais, ou ainda emitindo títulos e colocando-os
junto aos tomadores privados de um determinado mercado.
Destaque-se que empréstimo público não é um tributo, já que não é compulsório e deve
ser devolvido. Se de um lado, os tributos são obrigatórios e, em regra, não possuem promessa
de devolução, por seu turno, no empréstimo público o Estado é obrigado a restituir o capital
recebido acrescido dos juros combinados.
Ressalte-se que essa natureza contratual do empréstimo público não existirá no caso de em-
préstimos obrigatórios, como o empréstimo compulsório previsto no artigo 148 da nossa Carta
Magna, já que os empréstimos compulsórios ou obrigatórios são, em verdade, tributos restituíveis.
O crédito público é, em verdade, um pressuposto de confiança de que o Estado possui
para poder contrair dívidas junto a instituições financeiras de Direito Público (outros estados
internacionais) ou de Direito Privado (bancos internacionais de desenvolvimento, fundos mo-
netários internacionais).
Outra definição é a de que o Crédito público é a capacidade de o governo cumprir obriga-
ções financeiras com quem quer que seja, inclusive e principalmente com os próprios cidadãos.
Nessa toada, o crédito público é a capacidade que tem os governos de obter recursos da
esfera privada nacional ou de organizações internacionais, por meio de empréstimos. Essa
capacidade é medida sob diversos ângulos: capacidade legal, administrativa, econômica, mas,
principalmente, na capacidade de convencimento, medida pela confiabilidade que o candidato
ao empréstimo desperta nos potenciais emprestadores. Considerando-se que o empréstimo
terá que ser, um dia, amortizado, teoricamente, com as receitas regulares, trata-se, na verdade,
de antecipação de receita futura.
A Doutrina dominante apresenta o entendimento de que a natureza jurídica do emprésti-
mo público é de um contrato. A parte minoritária da Doutrina, por seu turno, entende que o em-
préstimo público tem como característica ser uma obrigação unilateral assumida pelo Estado
em que fonte direta seria a lei e a vontade voluntária das partes.
Tenha em mente que o empréstimo público tem natureza contratual de contrato de ade-
são, embora em regime jurídico de direito público, o mutuante tem a faculdade de aceitar ou

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não as condições impostas pelo Estado, decidindo se empresta ou não o dinheiro, ou se com-
pra ou não comprar o título emitido pelo Estado.

O crédito público, quando materializado em empréstimos, dá origem à dívida pública.

1.4. Crédito Público - Embasamento


O crédito público é regulado na CF/88, especialmente no que tange à competência para
legislar, fiscalizar, limite global e condições de operações de crédito público.
Além da CF/88, alguns de seus aspectos são tratados em leis complementares, que traz
definições precisas sobre vários aspectos envolvendo esse tipo de operação, e por Resoluções
do Senado Federal.
O crédito público deve atende aos seguintes princípios, dentre outros:
1. Princípio da legalidade, que dispõe que os empréstimos públicos devem ser regulados
por lei específica legislada pelo Congresso Nacional e que tais empréstimos somente poderão
ser efetuados em conformidade com tal lei.
2. Princípio da transparência, que obriga a inclusão, no orçamento, de todos os em-
préstimos.
3. Princípio da seriedade, caracterizada pela irretratabilidade da promessa de restituição
do empréstimo.
No artigo 21 da CF/88 é atribuída à União o papel de fiscalizadora das operações de crédi-
to público, e o artigo 22 da CF/88 atribui à União a competência privativa para legislar sobre
o assunto.
Em relação ao tema dívida pública, é importante destacar de início que o artigo 34, V, da
CF/88 dispõe que a União não intervirá nos estados e nem no Distrito Federal, exceto, entre
outros motivos, para reorganizar as finanças da unidade da Federação que suspender o pa-
gamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
ou deixar de entregar aos municípios receitas tributárias fixadas na Constituição, dentro dos
prazos estabelecidos em lei.

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Assim, vemos que esse tema é muito importante, já que pode gerar até mesmo uma in-
tervenção federal. Em função disso a LRF lhe deu grande ênfase de modo a preservar a saúde
financeira dos entes.
Nesse contexto, é importante não confundir dívida pública (que é um passivo) com dívida
ativa (que é um ativo). Enquanto a dívida pública representa as obrigações do Ente Público
para com terceiros, a dívida ativa abrange os direitos/créditos a favor da Fazenda Pública.
Na prática, a função de fiscalizar atribuída a União é exercida pelo Ministério da Economia,
que tem essa competência amparada pelo artigo 32 da Lei de Responsabilidade Fiscal, que es-
tabelece que tal órgão verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à realização
de operações de crédito de cada ente da Federação.
Nessa toada, os entes da Federação devem encaminhar seus pleitos fundamentados técni-
co e juridicamente, demonstrando o interesse social e econômico, a existência de autorização
prévia em lei orçamentária, inclusão no orçamento recursos e observância dos limites e con-
dições fixados pelo Senado.
A CF/88, em seu artigo 32, estabelece que compete privativamente ao Senado Federal:

V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do


Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
VI – fixar por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida conso-
lidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII – dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades
controladas pelo Poder Público federal;

Resta claro que o Senado deve dar o aval para serem realizados os contratos de créditos
envolvendo entidades externas, e deve fixar até que ponto o Poder Executivo pode compro-
meter o orçamento com o pagamento de dívidas e juros e as condições sob as quais serão
realizadas essas operações de crédito.
Atendendo essa demanda, nosso Senado Federal editou em 2007, a Resolução Nº 48 que es-
tabelece os limites globais para operações de crédito e concessão de garantia nessas operações.
O art. 6° dessa Resolução, refere ao limite estabelecido no artigo 167, inciso III, da CF/88,
de que as operações de créditos não devem exceder o montante das despesas de capital, com
exceção dos créditos suplementares ou especiais.

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Dívida Pública
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Essa Resolução fixa como critério de verificação desse limite, o previsto no artigo 32, §
3° da Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece que nas despesas de capital não serão
computados os empréstimos e financiamentos com o intuito de promover incentivo fiscal
para fins de fixação do limite das operações de crédito.
A Lei de Responsabilidade Fiscal, esclarece o que é dívida consolidada, de acordo com seu
artigo 29, inciso I:

Dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumida em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados ou
da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.

Vale destacar que a dívida consolidada ou fundada tem prazo de amortização superior a
doze meses, com exceção das autorizações de operações de crédito feitas no orçamento e os
precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento que tiverem sido incluídos.
A LRF também conceitua operação de crédito no artigo 29, inciso III:

Operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito,


emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores prove-
nientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações asseme-
lhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.

Assim, o legislador regulou amplamente às operações de créditos, incluindo toda a con-


ceituação jurídica, visando dar o máximo de segurança, controle, transparência e limite nesse
tipo de procedimento.
Nota-se claramente a preocupação do legislador em impor limites aos governantes no
uso desse meio de obter recursos para o financiamento dos serviços e obras públicas. Fixa-
ram-se critérios legais que devem ser obrigatoriamente atendidos para que esses recursos
sejam considerados regulares.
Também restou claro que a norma jurídica cuidou de estabelecer definições técnicas so-
bre o assunto para não deixar na discricionariedade dos administradores sua conceituação.
Com isso deu-se segurança a operacionalização desse instituto.

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1.5. Classificações

Existem algumas classificações dos empréstimos públicos. Vamos a elas:


1) Quanto ao prazo:

Pela Lei 4.320/64

a) flutuante, ou seja, aquele empréstimo com pagamento em até doze meses, em conso-
nância com o artigo 92 da Lei n. 4.320/64. Esse tipo de empréstimo é usado, normalmente,
para suprir deficiências de caixa e custear despesas correntes (custeio da máquina pública),
não sendo permitido captar esse tipo de empréstimo para a realização de investimentos.
b) fundada ou consolidada, ou seja, aquela operação de crédito com prazo de resgate su-
perior a doze meses, em consonância com o artigo 98 da Lei n. 4.320/64 e com o artigo 29,
inciso I da LRF. Esse tipo de empréstimo é usado, normalmente, para amenizar desequilíbrio
orçamentário ou financiar obras e serviços públicos.
Veja o artigo 92 da Lei 4.320/64 de modo esquematizado:

I - os restos a pagar, excluídos os servi-


ços da dívida;
II - os serviços da dívida a pagar;
FLUTUANTE Artigo 92 - Compreende
III - os depósitos;
IV - os débitos de tesouraria.

Dívida Flutuante x Fundada A dívida fundada compreende os compromissos de

- Lei 4.320/64 exigibilidade superior a dozes meses, contraídos


para atender a desequilíbrio orçamentário ou a
financeiro de obras e serviços públicos;

FUNDADA Artigo 98
A dívida fundada será escriturada com individuação
e especificações que permitam verificar, a qualquer
momento, a posição dos empréstimos, bem como
os respectivos serviços de amortização e juros.

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Questão 1 (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Considere que a Defensoria Pública da União


(DPU) tenha contraído, em janeiro de 2014, um empréstimo internacional junto ao Banco Inte-
ramericano de Desenvolvimento (BID) no valor R$ 100 milhões, para pagamento em vinte anos,
com carência de cinco anos. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a
seguir.
A dívida flutuante da DPU será acrescida de R$ 100 milhões.

Errado.
Note que como o prazo de pagamento é de 20 anos, resta claro que a dívida em tela é do tipo
fundada, ou seja, de médio ou longo prazo, e não flutuante que é de curto prazo.

Pela linguagem de mercado

a) Longo Prazo, quando a devolução pelo Estado é realizada a longo prazo.


b) Curto Prazo, quando o Estado tem que efetivar o pagamento em um curto período.
c) Perpétuo, quando não existe previsão de data para pagamento.

2) Quanto à soberania
Aqui temos a Dívida Soberana que é aquela garantida por um Estado ou pelo seu Banco
Central, de modo distinto da não soberana.

3) Quanto ao modo de formalização


a) contratual, aquela que conta contrato escrito com cláusulas bem definidas.
b) mobiliária, via emissão de títulos da dívida pública.

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4) Quanto à documentação
a) física, em que ocorre a emissão de documentos físicos
b) virtual, quando são realizados apenas registros eletrônicos

5) Quanto à nacionalidade
a) dívida interna, operação de crédito contraída pelo Estado em moeda nacional e com
credores residentes no país.
b) dívida externa, operação de crédito contraída pelo Estado moeda estrangeira e junto a
credores não-residentes no país.

Questão 2 (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Considere que a Defensoria Pública da União


(DPU) tenha contraído, em janeiro de 2014, um empréstimo internacional junto ao Banco Intera-
mericano de Desenvolvimento (BID) no valor R$ 100 milhões, para pagamento em vinte anos, com
carência de cinco anos. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A dívida interna da DPU será acrescida de R$ 100 milhões.

Errado.
Note que é um empréstimo internacional junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID) e, dessa forma, a dívida que foi contraída é externa e não interna.

6) Quanto à titularidade jurídica do devedor


a) dívida direta, aquela que é contraída diretamente pelo Poder Público.
b) dívida indireta: aquela que é contraída pelo particular, mas que é garantida pelo Estado.

7) Quanto à natureza do credor


a) dívida multilateral, quando os credores são organismos multilaterais, tais como o Ban-
co Mundial ou o Fundo Monetário Internacional – FMI.

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b) dívida bilateral, para empréstimos em que os credores são governos ou bancos públi-
cos de outros países.
c) dívida comercial, quando os credores dos empréstimos públicos são bancos privados
internacionais.

8) Quanto à composição
a) dívida bruta, aquela que representa a totalidade das obrigações assumidas pelo Esta-
do, servindo de base para cálculo dos juros nominais, amortizações e de eventuais custos
adicionais.
b) dívida líquida, basicamente é a diferença entre a dívida bruta e eventuais valores a re-
ceber de ativos financeiros e créditos.

9) Quanto aos Juros


a) juros nominais, referentes aqueles empréstimos em que a taxa de juros aplicada já tem
em si embutida a inflação do período.
b) juros reais: taxa calculada pela diferença entre a taxa de juros nominais e a inflação
do período.

10) Quanto à forma


a) voluntários, quando o Estado para obter os recursos não aplica qualquer forma
de coação;
b) Patrióticos ou semi obrigatórios, aqueles em que o Estado, usando meios de pressão
social, indiretamente coage o poupador à conceder o recurso.
c) Obrigatórios, quando o Estado obriga o poupador a emprestar o recurso. Esse tipo de
operação perde sua natureza contratual e passa e ter uma natureza tributária.

11) Quanto à competência


a) Federal - empréstimo público tomado pela União.
b) Estadual - empréstimo público realizado pelo Estado-membro.
c) Municipal - empréstimo público feito pelo Município.

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1.6. Fases

As fases para a contratação de um empréstimo público basicamente são autorização, ne-


gociação ou emissão, contratação ou colocação e administração e controle.
No que diz a forma de quitação ou extinção de um empréstimo público, temos:
1) resgate (à vista) ou amortização (pagamentos sucessivos). É a forma mais comum
de extinção dos empréstimos e pode-se efetuar através da compra de papéis no mercado ou
diretamente junto ao credor;
2) conversão (troca). É quando o Estado modifica as condições anteriores do empréstimo,
normalmente com a redução dos juros devidos;
3) consolidação (flutuante em fundada);
4) compensação (encontro de contas). Acontece pelo processo de equilíbrio compensató-
rio entre os débitos e os créditos tributários do Estado;
5) repúdio. Extinguir a dívida pública assumida pelos regimes não políticos, não consoli-
dados ou mediante atos de corrupção, atos repudiáveis e que ferem pelo menos a três princí-
pios: legalidade, moralidade e seriedade.
6) prescrição (perda do direito de reclamar o crédito);
7) pagamento de tributos (artigo 6º da Lei 10.179/2001).

1.7. Condições

Enquanto em um empréstimo particular, a regra geral é a de que os juros sejam a única


vantagem oferecida ao mutuante, no empréstimo público, são oferecidas outras vantagens
que vão além dos juros.
Assim, podemos listar algumas condições favoráveis ao emprestador, tais como:
1) a realização dos denominados empréstimos em loteria, caracterizados pela realização
de sorteios periódicos em que os sortudos recebem na hora os juros e a quantia emprestada;
2) concessão de privilégios fiscais, como, por exemplo, a concessão de isenção tributária
sobre os rendimentos dos títulos;

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3) concessão de vantagens jurídicas aos títulos como, por exemplo, a sua impenho-
rabilidade.

1.8. Garantias

Basicamente temos dois tipos de garantias concedidas pelo Estado ao receber recursos
emprestados:
1) garantia de devolução do valor tomado emprestado, como, por exemplo, via vinculação
de determinadas rendas do Estado ao pagamento ou indicação de fiadores.
2) Garantia contra a perda do poder de compra da moeda, como, por exemplo via garantia
de câmbio, em que é feita a vinculação do valor do pagamento a determinado moeda estran-
geira no momento da devolução, ou a chamada cláusula ouro, em que o valor do pagamento
fica vinculado a cotação internacional do ouro.

1.9. Amortização

As formas clássicas de pagamento, de resgate do empréstimo público são:


1- Todos os títulos são resgatados simultaneamente na data do vencimento;
2 - Pagamento em série por meio de sorteios periódicos;
3 - Por meio do pagamento de rendas vitalícias;
4 - Através de saldos orçamentários (o Estado compra seus próprios títulos na Bolsa, geral-
mente quando a cotação está abaixo do valor nominal).

1.10. Conversão

Chama-se conversão a alteração feita pelo Estado, depois da emissão do título ou con-
tratação do empréstimo, em qualquer uma das condições fixadas anteriormente quando da
obtenção do crédito público, com o fito de reduzir os custos da operação.
Do ponto de vista jurídico, a Doutrina classifica a conversão em três tipos:
a) forçada, quando o Estado obriga o mutuante a substituir o título original por outro menos
vantajoso. Essa imposição unilateral pode ser feita ainda que indiretamente, como, por exem-

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plo, quando o Estado decreta a caducidade dos títulos que não forem substituídos, agredindo,
assim, o direito adquirido do mutuante.
b) obrigatória, quando o Estado oferece ao mutuante a opção que de ter seu valor reembol-
sado nas condições pactuadas até aqui ou trocá-lo por outro título menos vantajoso.
c) facultativa, quando o Estado faz uma imposição para a substituição do título, mas con-
cede ao mutuante a opção de escolher trocar seu título primitivo por um novo (sem perdas) ou
de permanecer com o título antigo.

2. Dívida Pública

2.1. Déficit Público

Antes de aprofundarmos nosso estudo da dívida pública, precisamos conhecer melhor a


sua origem: o Déficit Público!
Déficit Público é o nome que se dá para a situação em que o valor total das despesas pú-
blicas é maior que valor total das receitas públicas.
Embora essa conceituação do déficit público em termo de diferença entre as receitas e
despesas de setor público seja de definição simples e de fácil compreensão, ela também pode
ser elaborada de modo mais aprofundado, por meio da inclusão de diversos componentes do
processo orçamentário que são indispensáveis para a determinação das causas do déficit,
permitindo uma avaliação mais apurada da política fiscal de um Governo.
Desse modo, “embutidos” na definição de déficit, temos certos fatores que aparentemen-
te estavam “escondidos”:
1 - os métodos de financiamentos utilizados;
2 - a contribuição de déficits passados para o atual déficit;
3 - o impacto das dívidas interna e externa sobre o déficit;
4 - a necessidade de emissão de moeda;
5 - o efeito da inflação sobre a receita e os gastos do governo;
6 - o efeito de variações nas taxas de juros;

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7 - a cobrança de imposto inflacionário;


8 - a existência de erros e omissões nas contas governamentais;
Como podemos ver, o déficit público (também chamado de governamental) engloba diver-
sas características do processo orçamentário, cuja análise é fundamental para a determina-
ção das causas do “rombo”.
Alguns desses fatores são: a contribuição do déficit passado para o atual, o efeito da in-
flação sobre a receita e despesa do governo e o efeito da variação das taxas de juros.
A partir dos fatores mencionados acima, é possível chegar aos outros conceitos de déficit,
derivados do público, como por exemplo:
Resultado (Superávit ou Déficit) Primário: representa a origem e a fonte de realimentação
do déficit público, e, consequentemente, da dívida pública, desconsiderando seus respecti-
vos juros.
É o resultado das contas públicas que inclui o Tesouro Nacional, Previdência Social e
Banco Central, além de constituir o melhor método de avaliação do impacto da política fiscal.
De modo simplificado, podemos dizer que o déficit primário (também chamado de défi-
cit fiscal) ocorre quando os gastos do governo superam a arrecadação de tributos no perí-
odo considerado.
É muito comum ouvirmos nos noticiários a respeito da meta de superávit primário do Go-
verno. É verdade, o Governo tenta de todo modo gerar o tal superávit primário, ou seja, ter um
valor maior de arrecadação de tributos do que seus gastos (excetos juros) justamente para
pagar os juros dos seus credores (aqueles que compraram seus títulos públicos tipo Tesouro
Direto, por exemplo).
Podemos concluir, portanto, que uma situação de déficit primário é muito grave, é como
se você tivesse uma dívida com um Banco X, mas gastasse todo o seu salário sem conseguir
pagar nada ao Banco X. A consequência é o aumento da dívida, como uma bola de neve.

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Questão 3 (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A propósito da sustentabilidade do endivida-


mento público e das formas de financiamento dos déficits do governo adotadas pelo Brasil em
sua história econômica, julgue o item que se segue.
A presença de superávits primários recorrentes é condição insuficiente para garantir a susten-
tabilidade do endividamento público.

Certo.
Mesmo com o resultado primário representando o esforço fiscal do governo para que sobrem
recursos de modo a pagar os juros da dívida, não existe garantia que de que o endividamento
não cresça de modo descontrolado, já o valor do superávit obtido pode ser pequeno se com-
parado ao valor dos juros incorridos no mesmo período.

Vamos ver agora outra “modalidade” de déficit: o déficit nominal.


Resultado (Superávit ou Déficit) Nominal: representa a diferença entre as receitas de des-
pesas públicas, em especial a parcela referente aos juros nominais incidentes sobre a dívida
interna e externa. É também obtido por meio da soma dos incrementos da base monetária e
do incremento da dívida interna e da dívida externa expressa em moeda nacional.
Quando se fala em déficit nominal ou total inclui-se mais uma despesa nas contas: o
gasto do governo com as dívidas passadas. O Estado pode ter emitido dinheiro ou pegado
empréstimo para pagá-las. No último caso, vendeu títulos da dívida pública a brasileiros ou
estrangeiros, para quem precisa pagar juros.
Vale destacar que o déficit nominal é também chamado de Necessidades de Financia-
mento do Setor Público (NFSP), já que corresponde à quantidade de empréstimos a que o
setor público precisa recorrer.

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Resultado (Superávit ou Déficit) Operacional: consiste no deflacionamento dos valores

monetários das variáveis orçamentárias e financeiras, bem como pelo cálculo dos juros por

meio da taxa de juros real esperada para um determinado período.

Em outras palavras podemos dizer que o déficit operacional, do qual se ouve falar mais

em tempos de inflação alta, inclui nos gastos o pagamento dos juros (juros reais, ou seja,

descontada a inflação do período).

Isso porque, com o aumento de preços, a moeda nacional perde poder de compra. Em

períodos de inflação elevada, pode ser que os juros pagos ao final do período sequer cubram

essa perda.

Nesse caso limite, o governo sairá ganhando da transação, já que vai devolver menos po-

der de compra do que pegou emprestado. Sendo assim, os juros não podem entrar com sinal

negativo nas suas contas.

Por isso, o déficit operacional é, muitas vezes, considerado a medida mais adequada dos

resultados do governo.

Nessa toada, a NFSP também é chamada de déficit nominal ou resultado nominal, e cor-

responde à variação nominal dos saldos da dívida interna líquida, mais os fluxos externos

efetivos, convertidos para reais pela taxa média de câmbio de compra.

Questão 4 (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Conforme números divulgados pelo Ban-

co Central, nos últimos dois anos o resultado fiscal do setor público foi deficitário, o que re-

sultou no aumento da dívida pública em termos de percentual do PIB. Julgue o item a seguir,

com relação à dívida pública e à necessidade de financiamento do governo.

O resultado operacional é o conceito fiscal mais amplo e representa a diferença, em determi-

nado período, entre o fluxo agregado de receitas totais (inclusive de aplicações financeiras) e

de despesas totais (inclusive despesas com juros).

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Errado.
A assertiva está errada, já que conceituou o resultado nominal!
Repare que o resultado nominal é o mais amplo, já que apresenta a diferença entre as receitas
e despesas TOTAIS, sem deduzir as despesas financeiras e correção monetária.
Guarde que o resultado operacional, por seu turno, é aquele que foca em eliminar o efeito in-
flacionário, retirando assim a correção monetária sobre o serviço da dívida.

Questão 5 (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) No que se refere aos conceitos de déficit pú-


blico e de dívida pública, julgue o seguinte item.
O resultado primário do setor público corresponde ao déficit nominal deduzido dos juros no-
minais incidentes sobre a dívida pública.

Certo.
O resultado primário representa o esforço fiscal do governo no presente para que sobrem
recursos de modo a pagar parcial ou totalmente os juros da dívida incorridos no período e, se
possível, ainda reduzir o principal dessa dívida.

De modo distinto, como no cálculo do resultado nominal são computados os juros e encargos
da dívida (e também as receitas de natureza financeira), mas se excluirmos esses itens
teremos exatamente o resultado primário.

2.2. Dívida Pública do Brasil

O conceito de dívida pública no Brasil pode ser apresentado em dois sentidos:


a) amplo, que abarca tudo que um Estado deve de modo amplo e irrestrito, seja qual for a
origem do débito.

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b) estrito, que abarca somente os débitos oriundos de empréstimos públicos.


Tenha em mente que, para fins de prova, a dívida pública brasileira abrange apenas aque-
les empréstimos captados no mercado financeiro, seja ele nacional ou internacional, por meio
de contratos assinados com os bancos e instituições credoras, ou seja, considera-se apenas
a dívida em sentido estrito.

O conceito de dívida público estrito NÃO abarca aquelas obrigações gerais da Administração
Pública como aluguéis, folha de pagamentos, aquisição de bens, etc.

Nessa pegada, a Dívida Pública pode ser dividida em Dívida Administrativa e Dívida
Financeira.
A Dívida Administrativa aquela resultante do desempenho das finalidades próprias da
Gestão Pública e que não necessita de lei especial para que possa ser contraída.
Já a Dívida Financeira, aquela que nos interessa e que é decorrente de um empréstimo
público, precisa, necessariamente, ser autorizada em lei especial, ou seja, é a dívida pública
em sentido estrito.
Seguindo a mesma linha de raciocínio dos empréstimos públicos, temos também a clas-
sificação da dívida pública em interna e externa. A dívida será interna quando decorrer de
obrigação assumida no próprio território do Estado por meio de um empréstimo público inter-
no, e será externa quando a obrigação é assumida pelo Estado fora dos limites de seu territó-
rio, através de um empréstimo público externo.
A dívida pública deriva do empréstimo público que pode ser de natureza:
a) soberana, quando for o caso de uma obrigação de direito público unilateralmente criada
pelo Estado.
b) de contrato de direito privado, quando usado um contrato de direito privado, versão
essa aceita por parte da doutrina.
c) de contrato de direito administrativo, que é o entendimento de maioria da doutrina tra-
dicional e é a que considera os empréstimos como contratos de direito administrativo de
natureza semelhante às demais relações contratuais do Estado.

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Temos também algumas classificações quanto aos tipos da dívida pública, como interna
ou externa, e voluntária (assumida espontaneamente pelos investidores e instituições finan-
ceira) ou forçada (assumida em razão de ato de império do Estado e podem ser sobre a forma
de empréstimos compulsórios, depósitos compulsórios e títulos de curso forçado emitidos
pelo Governo).
Basicamente a extinção da dívida pública pode se dar por:
a) amortização, forma mais comum de extinção dos empréstimos e podendo ser realiza
por compra no mercado, por sorteio ou diretamente junto ao credor.
b) conversão, quando o estado modifica condições anteriores do empréstimo pela redução
dos juros devidos
c) compensação, via compensação dos débitos com os créditos tributários do Estado.
d) repúdio, extinção da dívida pública assumida pelos regimes não políticos não consolida-
dos ou mediante atos de corrupção.
Amigo(a), vamos ver agora uma síntese dos conceitos relevantes sobre dívida pública no
Brasil a partir das definições adotadas pelo Banco Central do Brasil – BACEN e da Secretaria
do Tesouro Nacional -STN.
Dívida Pública Bruta: Dívida do setor público não-financeiro e do Banco Central com o sis-
tema financeiro (público e privado), o setor privado não-financeiro e o resto do mundo.
Dívida Pública Líquida: Dívida Pública Bruta menos a soma dos créditos do setor público
não-financeiro e do Banco Central. Deve-se mencionar ainda que, diferentemente de outros pa-
íses, o conceito de dívida líquida utilizado no Brasil considera os ativos e passivos financeiros
do Banco Central, incluindo, dessa forma, a base monetária.
Dívida Pública Mobiliária do Governo Federal (DPMF): Total dos títulos públicos federais
fora do Banco Central. Inclui, além dos títulos de emissão do Tesouro Nacional, os títulos de
emissão do Banco Central. Como se trata de dívida consolidada, os títulos de emissão do Te-
souro Nacional pertencentes à carteira do Banco Central não entram.
Dívida Pública Mobiliária do Governo Federal Interna (DPMFi): Total dos títulos públicos
federais fora do Banco Central em poder do público. Inclui, além dos títulos de emissão do Te-
souro Nacional, os títulos de emissão do Banco Central.

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Dívida Mobiliária dos Governos Estaduais e Municipais: Total dos títulos emitidos pelos
tesouros desses entes da Federação.
Dívida Externa Bruta: Soma da dívida externa bruta do setor público não-financeiro, das 3
esferas de Governo e do Banco Central.
Dívida Externa Líquida: Dívida Externa Bruta menos as aplicações em moeda estrangeira.
Como o Banco Central está incluído, as reservas internacionais do Banco Central também são
consideradas como aplicações e, portanto, deduzidas do total.
Dívida Mobiliária Externa: Dívida Reestruturada (Bradies) mais Dívida Soberana (Títulos
de emissão Voluntária).Dívida Contratual Externa: BID/BIRD, Clube de Paris e Agências Go-
vernamentais.
Dívida Pública Federal: DPMFi + Dívida Mobiliária Externa + Dívida Contratual Externa.

Falou em “GOVERNO GERAL”, falou nas 3 esferas de Governo.

Dessa forma, o mencionado indicador é adequado para comparar a dívida do Brasil com a
de outros países, já que não a subestima. MAS cuidado para não confundir Governo com Setor
Público! Tecnicamente falando, quando usamos o termo “GOVERNO” as empresas Estatais
NÃO estão incluídas. Já quando falamos em “SETOR PÚBLICO”, aí sim incluímos as Estatais.

2.3. Embasamento

Em relação ao tema dívida pública, é importante destacar de início que o artigo 34, V, da
CF/88 dispõe que a União não intervirá nos estados nem no Distrito Federal, exceto, entre
outros motivos, para reorganizar as finanças da unidade da Federação que suspender o paga-
mento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
ou deixar de entregar aos municípios receitas tributárias fixadas na Constituição, dentro dos
prazos estabelecidos em lei.

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Captou a importância do tema?

Então vamos reexplicar com outras palavras. Podemos dizer que, tendo em vista a rele-
vância do tema para a economia e para as finanças públicas brasileira, a nossa Carta Magna
dispõe que uma das causas para a União intervir nos estados ou no DF, em decorrência da
necessidade de reorganizar as finanças da unidade da Federação, é a suspensão por parte do
ente do pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de
força maior, ou deixar de entregar aos municípios receitas tributárias fixadas na Constituição,
dentro dos prazos estabelecidos em lei
Assim, vemos que esse tema é muito importante, já que pode gerar até mesmo uma in-
tervenção federal. Em função disso a LRF lhe deu grande ênfase de modo a preservar a saúde
financeira dos entes.

Nesse contexto, é importante não confundir dívida pública (que é um passivo) com dívida ati-
va (que é um ativo). Enquanto a dívida pública representa as obrigações do Ente Público para
com terceiros, a dívida ativa abrange os direitos/créditos a favor da Fazenda Pública.

Temos os conceitos de dívida pública presentes na Lei 4.320/64, também conhecida como
norma geral das finanças públicas e dos orçamentos.

Dívida Flutuante

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II - os serviços da dívida a pagar;
III - os depósitos;
IV - os débitos de tesouraria.

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Dívida Fundada

Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.

Questão 6 (CESPE/EBSRH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o


item subsequente.
O resultado da operação de crédito por antecipação da receita orçamentária feito por determi-
nado órgão público deve ser incluído no montante da dívida fundada.

Errado.
Enquanto a Dívida Fundada tem exigibilidade superior a 12 meses e o pagamento depende de
autorização legislativa, a Dívida Flutuante representa um compromisso exigível e o pagamen-
to independe de autorização orçamentária.
Assim, a assertiva é falsa já que as operações de crédito por Antecipação de Receita - ARO
devem ser incluídas no montante da dívida flutuante, e não na dívida fundada.

O Decreto 93.872/1986, que detalhou os conceitos de dívida fundada e de dívida flutuante


presentes na Lei 4.320/64, conceitua dívida flutuante como sendo aquela que compreende
os compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização orçamentária, assim
entendidos os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida, os serviços da dívida, os depó-
sitos, inclusive consignações em folha, as operações de crédito por antecipação de receita e o
papel-moeda ou moeda fiduciária.
Já para a dívida fundada ou consolidada o Decreto 93.872/1986 a define como sendo
aquela que compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 meses contraídos

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mediante emissão de títulos ou celebração de contratos para atender a desequilíbrio orça-


mentário, ou a financiamento de obras e serviços públicos, e que dependam de autorização
legislativa para amortização ou resgate.

Questão 7 (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) De acordo com a Lei n.º 4.320/1964 e o De-


creto n.º 93.872/1986, a dívida flutuante compreende
a) créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores
numerários.
b) as despesas de exercícios anteriores.
c) os restos a pagar e as operações de crédito por antecipação de receitas.
d) a dívida pública representada por títulos emitidos pela União, incluídos os do Banco Central
do Brasil.
e) obrigações que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

Letra c.
Realmente os restos a pagar e as operações de crédito por antecipação de receitas integram
a dívida flutuante, conforme Decreto 93.872/86. Confira com grifos nossos:

Art. 115.
(...)
§ 1º A dívida flutuante compreende os compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de au-
torização orçamentária, assim entendidos:
a) os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
b) os serviços da dívida;
c) os depósitos, inclusive consignações em folha;
d) as operações de crédito por antecipação de receita;
e) o papel-moeda ou moeda fiduciária

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Partindo dos conceitos apresentados, a LRF, em seu artigo 29, estabeleceu regras mais
rígidas para o endividamento público, até mesmo redefinindo conceitos da Lei 4.320/1964 e
do Decreto 93.872/1986.
De acordo com esse dispositivo, a dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao
montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação,
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações
de crédito, para amortização em prazo superior a 12 meses.

Além disso, a LRF manda incluir também na dívida pública consolidada da União os valores re-
lativos à emissão de títulos de responsabilidade do BACEN e as operações de crédito de prazo
inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado do orçamento, e determina que, para fins
de aplicação dos limites ao endividamento, integrem a dívida pública consolidada, os preca-
tórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos.

Veja a figura a seguir a título meramente ilustrativo:

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Acerca do montante da dívida pública brasileira, a CF/1988 atribuiu competências ao Con-


gresso Nacional e separadamente ao Senado Federal.
Assim, ficou definido que compete privativamente ao Senado Federal, via resolução:
1) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos esta-
dos, do Distrito Federal, dos Territórios e dos municípios.
2) fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida
consolidada da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios.
3) dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno
da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, de suas autarquias e demais enti-
dades controladas pelo Poder Público federal.
4) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações
de crédito externo e interno.
5) estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos esta-
dos, do Distrito Federal e dos municípios.

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Questão 8 (CESPE/MUNICÍPIO-MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca de crédito públi-


co, julgue o seguinte item.
Nem todo empréstimo público tomado pelo município precisa, para sua realização, de autori-
zação específica do Senado Federal.

Certo.
Na verdade, apenas as operações externas necessitam de autorização específica, conforme
especificado na LRF que determinou a necessidade de autorização específica do Senado Fede-
ral quando se tratar de operação de crédito externo. Confira, com grifos nossos:

Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à rea-
lização de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles con-
troladas, direta ou indiretamente.
§ 1º O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técni-
cos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da opera-
ção e o atendimento das seguintes condições:
...
IV - autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de crédito externo;

Nessa pegada, exercendo essa competência, a Resolução do Senado Federal nº 43/01 con-
ceituou dívida pública consolidada, mobiliária e dívida consolidada líquida da seguinte forma:

Dívida pública consolidada: “montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras,
inclusive as decorrentes de emissão de títulos, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, assu-
midas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito
para amortização em prazo superior a 12 (doze) meses, dos precatórios judiciais emitidos a partir
de 5 de maio de 2000 e não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluí-
dos, e das operações de crédito, que, embora de prazo inferior a 12 (doze) meses, tenham constado
como receitas no
orçamento”;

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Dívida pública mobiliária: “dívida pública representada por títulos emitidos pelos Estados, pelo Dis-
trito Federal ou pelos Municípios”

Dívida consolidada líquida: “Dívida pública consolidada deduzidas as disponibilidades de caixa, as


aplicações financeiras e os demais haveres financeiros”. Deve-se considerar ainda as obrigações
a pagar, posto que devam ser deduzidas das disponibilidades financeiras.

Já ao CN - Congresso Nacional coube, com a sanção do Presidente da República, dispor


sobre matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações; bem
como sobre moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.
Importante destacar ainda que os limites para o montante da dívida mobiliária federal que
decorrem de projeto de lei encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo da União ao CN, en-
viado também 90 dias após a publicação da LRF. Tenha também em mente que, sempre que
alterados os fundamentos das propostas enviadas ao Senado Federal (artigo 30, I, da LRF)
ou ao Congresso Nacional (artigo 30, II, da LRF), em razão de instabilidade econômica ou al-
terações nas políticas monetária ou cambial, o Presidente da República poderá encaminhar
solicitação de revisão dos limites.
No que diz respeito à sua origem a dívida pública pode ser interna (pagamentos e recebi-
mentos realizados na moeda corrente em circulação no país - Real) ou externa (fluxos finan-
ceiros em moeda estrangeira).
No âmbito da LRF devemos entender uma operação de crédito como sendo o compromis-
so financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título,

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aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a


termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusi-
ve com o uso de derivativos financeiros.
Guarde ainda que para fins de LRF são equiparadas à operação de crédito a assunção, o
reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação, sem prejuízo do cumpri-
mento das exigências dos artigos 15 e 16 da LRF, relacionados à geração de despesa.
Vamos falar agora sobre como a LRF normatizou a contratação de operações de crédito,
mas antes precisamos saber que as operações de credito, nesse contexto de LRF, podem ser
segregadas em dois tipos:
1) Operações de créditos normais ou usuais; e
2) Operações de crédito por antecipação da receita.
As operações de crédito por antecipação de receita orçamentária, usualmente denomina-
da de antecipação de receita orçamentária – ARO são empréstimos realizados com o objetivo
de atender as insuficiências de caixa durante o exercício financeiro.
De acordo com a LRF, a operação de crédito ARO deve cumprir as exigências usuais para as
operações de crédito e especificamente as seguintes constantes no seu artigo 38:

“I – realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício.


II – deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de dezembro de cada ano.
III – não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação,
obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir.
IV – estará proibida enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgata-
da, bem como no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal”.

Importante destacar que, como as operações de crédito do tipo ARO integram a dívida flutu-
ante, não são computadas nos limites ao endividamento público (dívida fundada). Além disso,
também não são computadas para efeito do que dispõe a regra de ouro, mas somente se fo-
rem liquidadas com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de dezembro de cada ano.
Ainda no âmbito das operações do tipo ARO, aquelas realizadas por estados ou muni-
cípios, conforme determina a LRF, devem ser efetuadas mediante abertura de crédito junto à
instituição financeira vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pelo BACEN,

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o qual mantem um sistema de acompanhamento e controle do saldo do crédito aberto e, no


caso de inobservância dos limites, aplicará as sanções cabíveis à instituição credora.
As operações de créditos normais ou usuais são subdivididas nas seguintes espécies:
• Compromisso financeiro assumido em razão de mútuo;
• Abertura de crédito;
• Emissão e aceite de título;
• Aquisição financiada de bens;
• Recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços;
• Arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de de-
rivativos financeiros.

2.4. Controle, Fiscalização e Prestação de Contas

A LRF determina que o Ministério da Fazenda (atual Ministério da Economia) seja o órgão
público responsável para verificar o cumprimento dos limites e condições à realização de ope-
rações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles controladas,
direta ou indiretamente. Também o Ministério da Fazenda (atual Ministério da Economia) deve
divulgar, mensalmente, a relação dos entes que tenham ultrapassado os limites das dívidas
consolidada e mobiliária.
Inicialmente estas funções estavam delegadas ao Banco Central por Portaria do Ministério
da Fazenda -MF, mas passaram e ser realizadas pela Secretaria do Tesouro Nacional do Minis-
tério da Fazenda.
Nessa pegada, o artigo 32 da LRF dispõe que o MF (atual Ministério da Economia) deve veri-
ficar os pleitos dos entes e avaliar se estão sendo cumpridas as condições nela estabelecidas:
I – existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei orçamen-
tária, em créditos adicionais ou lei específica.
II – inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da opera-
ção, exceto no caso de operações por antecipação de receita.
III – observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal.

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IV – autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de crédi-


to externo.
V – atendimento da regra de ouro (inciso III do art. 167 da CF/1988).
VI – observância das demais restrições estabelecidas na LRF.
Cabe ainda ao Ministério da Fazenda (atual Ministério da Economia) fazer o registro ele-
trônico centralizado e atualizado das dívidas públicas interna e externa, garantido o acesso
público às informações, que incluirão, conforme o artigo 32 da LRF:

I - encargos e condições de contratação;


II - saldos atualizados e limites relativos às dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito
e concessão de garantias.

Destaque-se que a LC 159/2017, acrescentou o seguinte parágrafo ao artigo 32 a LRF:

§ 6º O prazo de validade da verificação dos limites e das condições de que trata este artigo e da
análise realizada para a concessão de garantia pela União será de, no mínimo, 90 (noventa) dias e,
no máximo, 270 (duzentos e setenta) dias, a critério do Ministério da Fazenda.

Guarde ainda que os contratos de operação de crédito externo não podem conter cláusula
que importe na compensação automática de débitos e créditos.

Quando tivermos operações relativas à dívida mobiliária federal autorizadas na LOA ou em cré-
ditos adicionais aplica-se um processo simplificado que atenda às suas especificidades.

Na LRF temos também os parâmetros para a apuração das operações de crédito e das des-
pesas de capital para efeito da regra de ouro. De acordo com a LRF, considerar-se-á, em cada exer-
cício financeiro, o total dos recursos de operações de crédito nele ingressados e o das despesas
de capital executadas, observado o seguinte disposto em seu artigo 32, parágrafo 3º:

I – não serão computadas nas despesas de capital as realizadas


sob a forma de empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fis-
cal, tendo por base tributo de competência do ente da Federação, se resultar a diminuição, direta ou
indireta, do ônus deste.

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II – se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for


concedido por instituição financeira controlada pelo ente da Federação, o valor da operação será
deduzido das despesas de capital

Uma operação realizada com infração do disposto na LRF


deve ser considerada nula e, assim, cancelada e efetuada a
devolução do principal, vedados o pagamento de juros e de-
mais encargos financeiros. Caso a devolução não seja efetu-
ada no exercício de ingresso dos recursos, deve ser consigna-
da reserva específica na LOA do exercício seguinte.

Guarde ainda que, enquanto não efetuado o cancelamento ou a amortização da operação


irregular, ou constituída a reserva específica na LOA do ano seguinte, aplicam-se as sanções
previstas nos incisos do § 3º do artigo 23 (iguais as das despesas com pessoal). Também deve
ser constituída reserva específica na LOA do ano seguinte de valor equivalente ao excesso, se
não atendido o disposto na LRF sobre a regra de ouro.
Vamos agora falar das garantias!
A concessão de qualquer garantia em operações de crédito, que corresponde a compro-
misso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação
ou entidade a ele vinculada, está sujeita às normas do artigo 32 da LRF que dispõe sobre os
limites e condições das operações de crédito.

Como pré-condição, qualquer garantia exige que o seu beneficiário ofereça contra garantia,
em valor igual ou superior à garantia a ser recebida, e, adicionalmente, a plena adimplência
para com o ente garantidor.

No âmbito das garantias, as entidades da Administração indireta, inclusive suas empresas


controladas e subsidiárias, não podem conceder garantia, ainda que com recursos de fundos,
não sendo, entretanto, aplicada essa proibição se a concessão de garantia for realizar por:

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I – empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à prestação de contra garan-


tia nas mesmas condições;
II – instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei.
São exceção às regras dispostas na LRF acerca de garantia, aquelas prestadas por institui-
ções financeiras estatais, que se submeterão às normas aplicáveis às instituições financeiras
privadas, de acordo com a legislação pertinente; bem como a prestada pela União, na forma
de lei federal, a empresas de natureza financeira por ela controladas, direta e indiretamente,
quanto às operações de seguro de crédito à exportação.
No artigo 29 da LRF temos que o refinanciamento da dívida mobiliária equivale à emissão
de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária, e o refinanciamen-
to do principal da dívida mobiliária não poderá exceder, ao término de cada exercício financei-
ro, o montante do final do exercício anterior, somado ao das operações de crédito autorizadas
no orçamento para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualização monetária.

Questão 9 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito da Lei de Responsabilidade Fiscal e


do novo regime fiscal, julgue o item subsequente.
Se determinado ente da Federação emitir títulos para pagamento do principal da dívida mobili-
ária acrescido de atualização monetária, o montante da emissão integrará obrigatoriamente a
dívida consolidada do ente.

Errado.
Leve para a prova que a emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualiza-
ção monetária está relacionada ao conceito de refinanciamento da dívida mobiliária. Confira
na LRF, com grifos nossos:

Art. 29 V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal


acrescido da atualização monetária.

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Importante ter em mente aquelas restrições geradas por ultrapassagem das despesas de
pessoal, que se não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o exces-
so, o ente não poderá contratar, entre outros, operações de crédito, podendo apenas contratar
aquelas destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das
despesas com pessoal.
No que se refere ao endividamento, a LRF restringiu-se a dispor sobre limites e condições
quanto à dívida fundada, exceção somente quanto as Antecipações de Receita Orçamen-
tária – ARO.
Vale destacar que a LRF não dispôs sobre os limites e condições para a dívida flutuante
(curto prazo), dos Entes Federados.
Portanto, os limites e condições para realização de operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita orçamentária, é um dos princípios a serem alcançados durante toda a
gestão pública.
A principal regra acerca dos limites e condições para realização de operações de crédito
encontra-se no artigo 59. Assim, esse artigo prevê que o Poder Legislativo, diretamente ou
com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Mi-
nistério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas da LRF com ênfase no que se refere
a limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar.
Amigo(a), em relação aos Restos a Pagar não existem limites estabelecidos na LRF, mas
sim condições, conforme estabelecido em seu artigo 42, cujo foco é coibir abusos com os re-
cursos públicos no final de um mandato.

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro
dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponi-
bilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão
considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.

Ao promulgar a LRF, essa norma estabeleceu que o Presidente da República teria prazo de
noventa dias para submeter ao Senado Federal proposta de limites globais para o montante

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da dívida consolidada, tanto da União quanto dos Estados e Municípios, em cumprimento ao


que dispõe o art. 52 da Constituição Federal.
Tenha em mente que os limites globais para a dívida consolidada dos três níveis de go-
verno deverão ser verificados a partir de percentual da Receita Corrente Líquida - RCL, re-
presentando o nível máximo admitido para cada um deles, sendo que a verificação do seu
atendimento será realizada ao final de cada quadrimestre (art. 30, § 3º e 4º), ou semestre, no
caso dos Municípios com menos de 50 mil habitantes.
Assim, se verificada a ultrapassagem dos seus limites ao final de um quadrimestre, a eles
deverão retornar nos três quadrimestres seguintes, eliminando-se pelo menos 25% já no pri-
meiro período.
A forma prevista na LRF para o retorno ao limite legal é a geração de superávit primário
para amortização da dívida, pagamento do principal até a eliminação do excesso. A relação
dos Entes Federados que ultrapassarem esses limites será divulgada mensalmente pelo Minis-
tério da Fazenda (atualmente, Ministério da Economia).

A LRF embora tenha estabelecido regras mais rígidas para o endividamento público, até mes-
mo redefinindo conceitos da Lei 4.320/1964 e do Decreto 93.872/1986, quando em seu artigo
29 apresenta as definições relacionadas ao crédito público e ao endividamento, não deter-
mina os limites de endividamento, nem a trajetória, ou mesmo o prazo máximo para que os
entes atinjam os limites (15 anos), cabendo essas definições ao Senado Federal.

Exercendo a sua competência constitucional, o Senado Federal por intermédio das Reso-
luções do Senado 40/2001, 43/2001 e 48/2007 definiu os limites de endividamento da União,
Estados, DF e Municípios em relação à Receita Corrente Líquida, conforme a seguinte tabela:

% DE LIMITE DE ENDIVIDAMENTO EM RELAÇÃO À RCL

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OBJETO UNIÃO ESTADOS/DF MUNICÍPIOS


Dívida Consolidada Não existe 200 120
Contratação de operação
60 16 16
de crédito
Concessão de garantias 60 22 22
Pagamento de
Não existe 11,5 11,5
serviços da dívida
Contratação de
Não existe 7 7
operações via ARO

Questão 10 (CESPE/MUNICÍPIO-JOÃO-PESSOA/PROCURADOR/2018) Os limites globais


para o montante da dívida consolidada da União, dos estados e dos municípios são estipula-
dos por meio de
a) lei de iniciativa do Congresso Nacional.
b) lei de iniciativa do presidente da República.
c) decreto do presidente da República.
d) resolução do Congresso Nacional.
e) resolução do Senado Federal.

Letra e.
Leve para a prova que os limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos
estados e dos municípios são estipulados por meio de Resolução do Senado Federal, conforme
determina nossa Carta Magna cujo respectivo trecho reproduzimos abaixo com grifos nossos:

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:


VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida con-
solidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

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No que diz respeito à recondução da dívida ao seu limite, quando verificada a ultrapas-
sagem ao final de um quadrimestre, a ele deve retornar nos três quadrimestres seguintes,
eliminando-se pelo menos 25% já no primeiro período.
A forma prevista na LRF para o retorno ao limite legal é a geração de superávit primário
para amortização da dívida, pagamento do principal até a eliminação do excesso.
A relação dos Entes Federados que ultrapassarem esses limites será divulgada mensal-
mente pelo Ministério da Economia.
A LRF ainda determina que, enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorri-
do está sujeito às seguintes sanções:
1) fica proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipa-
ção de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
2) terá que obter resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promo-
vendo, entre outras medidas, limitação de empenho.
Destaque-se ainda que, nos casos em que o ente não consegue readequar sua dívida ao
limite no prazo, enquanto perdurar o excesso, ele fica impedido de receber transferências vo-
luntárias da União ou do estado, exceto aquelas relativas a ações de educação, saúde e assis-
tência social. Nesse ponto também valem aquelas exceções aos prazos definidas no artigo
31 da LRF.
Como as bancas adoram cobrar as exceções, guarde as exceções aos prazos do artigo 31
da LRF para recondução da dívida aos limites:
1) as restrições devem ser aplicadas imediatamente se o montante da dívida exceder o
limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo.
2) em caso de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União,
ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese dos estados e municípios; e em caso de estado
de defesa ou de sítio decretado na forma da constituição, enquanto perdurar a situação, ficam
suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas no artigo 31.
3) em caso de crescimento real baixo ou negativo do PIB - Produto Interno Bruto nacional,
regional ou estadual, por período igual ou superior a quatro trimestres, os prazos do artigo 31
ficam duplicados. Baixo crescimento, nesse caso, é a taxa de variação real acumulada do PIB

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inferior a 1%, no período correspondente aos quatro últimos trimestres.


4) quando ocorrerem mudanças drásticas na condução das políticas
monetária e cambial, reconhecidas pelo Senado Federal, o prazo poderá ser ampliado em
até quatro quadrimestres.
Vale reforçar que a LRF não determina os limites de endividamento, nem a trajetória, ou
mesmo o prazo máximo para que os entes atinjam os limites (15 anos), cabendo essas defi-
nições, conforme mencionado, ao Senado Federal.

Importante destacar que a Lei Complementar 159/2017 acrescentou um parágrafo ao artigo


32 da LRF, acerca do prazo de validade da verificação dos limites e das condições de opera-
ções de crédito e concessão de garantia. Entretanto, a Lei Complementar 164/2018 acabou
flexibilizando as regras para o cumprimento dos limites de despesas com pessoal. A referida
Lei retirou as restrições aos municípios em caso de limite ultrapassado por queda na arreca-
dação. Confira:

“§ 5º As restrições previstas no § 3º deste artigo não se aplicam ao Município em caso de queda


de receita real superior a 10% (dez por cento), em comparação ao correspondente quadrimestre do
exercício financeiro anterior, devido a:
I – diminuição das transferências recebidas do Fundo de Participação dos Municípios decorrente de
concessão de isenções tributárias pela União; e
II – diminuição das receitas recebidas de royalties e participações especiais.
§ 6º O disposto no § 5º deste artigo só se aplica caso a despesa total com pessoal do quadrimestre
vigente não ultrapasse o limite percentual previsto no art. 19 desta Lei Complementar, considerada,
para este cálculo, a receita corrente líquida do quadrimestre correspondente do ano anterior atuali-
zada monetariamente”.

Vamos agora ler e comentar as vedações presentes nos artigos 34 a 37 da LRF:


“Das Vedações

Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da dívida pública a partir de dois anos após a
publicação desta Lei Complementar.
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou
por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive

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suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou
postergação de dívida contraída anteriormente.
§ 1o Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição financeira es-
tatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se
destinem a:
I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;
II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.
§ 2o O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União
como aplicação de suas disponibilidades.
Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federa-
ção que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adquirir, no
mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de
emissão da União para aplicação de recursos próprios.
Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:
I - captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gera-
dor ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7o do art. 150 da Constituição;
II - recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou in-
diretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da
legislação;
III - assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com fornece-
dor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se
aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes;
IV - assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento
a posteriori de bens e serviços”.

Note que o artigo 34 proíbe a emissão de títulos da dívida pública pelo BACEN (a partir de
maio de 2002), com o fito de melhor controlar o endividamento, limitando a atuação do BACEN
apenas via títulos do Tesouro Nacional no âmbito da Política Monetária.
Nessa toada, no artigo 35 os Entes Federativos ficam, em regra, proibidos de realizar ope-
rações de crédito entre si, seja direta, seja indiretamente via fundos, autarquias, estatal depen-
dente ou qualquer entidade da administração indireta. A ideia aqui é manter o equilíbrio fede-
rativo e evitar eventuais pendências financeiras entre eles. Contudo, são previstas exceções,
permitindo a realização de operação de crédito entre instituição financeira estatal e outro ente
da federação (com alguns condicionantes) e a compra de títulos da dívida da União por outros
entes federativos para fins de aplicação financeira de suas disponibilidades.

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DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
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Jurisprudência
Acerca do artigo 35 da LRF, o STF se manifestou na ADI 2250 e firmou jurisprudência no
sentido de que a União pode por meio de Lei Complementar (no caso a própria LRF) dis-
ciplinar as normas de gestão financeira aplicáveis a todos os entes da federação.

O artigo 36 vem a complementar o artigo 35, e o artigo 37 elenca os casos em que há ope-
rações equiparadas às operações de crédito.

2.5. Vedações na LRF

Vamos conhecer as principais vedações previstas na LRF em termos de operações de cré-


dito e dívida pública. Algumas delas já foram apresentadas ao longo da aula, mas agora temos
a oportunidade de vermos elas reunidas.
De acordo com a LRF, o BACEN não pode emitir títulos da dívida pública a partir de dois
anos após a publicação da LRF. Assim, desde são quase 20 anos já dessa proibição.
Também é proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o
ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. Entretanto, a
instituição financeira controlada pode adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para aten-
der investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para aplicação de
recursos próprios.
Temos também a proibição no que diz respeito à realização de operações de crédito en-
tre entes da Federação, sob qualquer forma, seja diretamente ou por intermédio de fundo,
autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, mesmo que sob a forma de novação,
refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente. Entretanto, essa vedação
não proíbe estados e municípios de comprar títulos da dívida da União como aplicação de suas
disponibilidades.
No entanto, excetuam-se dessa as operações entre instituição financeira estatal e outro
ente da Federação, inclusive suas entidades da Administração indireta, que não se destinem
a financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes; e que não se destinem a refinanciar

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Dívida Pública
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dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente. Em outras palavras, é permito
o refinanciamento de dívidas contraídas junto à instituição concedente.
Vamos ver mais algumas vedações de operações equiparadas a operações diretamente no
artigo 37 da LRF, com grifos nossos:

Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:


I – captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato ge-
rador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7º do art. 150 da Constituição;
II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou
indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da
legislação;
III – assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com forne-
cedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não
se aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes;
IV – assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a
posteriori de bens e serviços.

2.6. A Famosa Pedalada Fiscal

A LRF deixou claro que não é permitida a realização de operação de crédito entre uma ins-
tituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário
do empréstimo.
No famoso caso da “pedalada fiscal”, a CEF - Caixa Econômica Federal foi utilizada para
financiar despesas correntes de programas sociais instituídos pelo Governo Federal, caracte-
rizando a situação apelidada de “pedalada fiscal”. A seguir vamos explicar como, na prática, a
pedalada fiscal funcionou.
A CEF, para evitar o calote dos benefícios sociais, pagou a conta que era do Governo Fede-
ral e, somente depois, apresentou a conta ao Governo, com ou sem juros. Entretanto, essa dife-
rença de tempo entre o pagamento da despesa e o dispêndio efetivo dos recursos do Tesouro
Nacional configura uma operação de crédito, similar ao que nós usamos: o cheque especial!
Tecnicamente falando, essa operação é denominada de antecipação da receita na Ad-
ministração Pública, que é proibida pela LRF (art. 38, IV, b) no último ano de mandato do
Presidente da República, Governador ou Prefeito. A ideia da LRF com essa proibição é evitar
que, para garantir a sua reeleição ou do seu sucessor indicado, um governante desequilibre as
contas públicas e deixe um rombo para a população e para os futuros opositores.

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Dívida Pública
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RESUMO
No artigo 21 da CF/88 é atribuída à União o papel de fiscalizadora das operações de cré-
dito público, e o artigo 22 da CF/88 atribui à União a competência privativa para legislar sobre
o assunto.

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Dívida Pública
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DÍVIDA PÚBLICA

Existem 2 conceitos de dívida pública presentes na Lei 4.320/64:

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II - os serviços da dívida a pagar;
III - os depósitos;
IV - os débitos de tesouraria.

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Dívida Pública
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Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.

No tocante à Dívida pública, a LRF obriga o ente a reconduzi-la ao limite nos próximos 3
quadrimestres, sendo pelo menos 25% no primeiro.
A LRF também determinou que os recursos destinados a cobrir déficits de pessoas físicas
e jurídicas (inclusive instituições do Sistema Financeiro) só podem ser autorizados mediante
lei específica.
Reforçou o papel do Senado Federal no que diz respeito à dívida consolidada e do Congres-
so Nacional no tocante à dívida mobiliária federal.
A LRF vedou expressamente a realização de operações de crédito entre um ente e outro,
com exceção do caso de operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Fede-
ração, desde que não se trate de financiamento de despesa corrente ou refinanciamento de
dívidas, sendo, portanto, proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal
e o ente da Federação que a controle.
A LRF também proibiu os entes de realizar operação de crédito por antecipação de receita
no último ano de mandato do Executivo.
A LRF permitiu aos entes conceder garantia em operações de crédito interna ou externa,
observados os limites definidos pelo Senado. A garantia é condicionada ao oferecimento de
contra garantia, ressaltando que essa deve ser igual ou superior ao valor da garantia.
A LRF determinou ainda que, no caso do DF, Estados ou Municípios, a União pode exigir
como garantia a vinculação de receitas provenientes de transferências constitucionais.
A LRF proibiu ainda que o titular de Poder ou órgão possa contrair, nos últimos 2 quadri-
mestres de seu mandato, obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro do mandato.
Espero que tenha gostado da aula!
Agora é fazer mais questões para fixar o entendimento e treinar para a prova!

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MAPA MENTAL
Restos a pagar, excluídos os ser-
viços da dívida.

Serviços da dívida a pagar.


Flutuante
O empréstimo público tem natureza contratual de con-
trato de adesão, embora em regime jurídico de direito
Depósitos.
Pela Lei n. 4.320/1964 público, o mutuante tem a faculdade de aceitar ou não as
condições impostas pelo Estado.
Débitos de tesouraria.
Operação em que o Estado Processo financeiro consistente
toma emprestado, isto é, em vários métodos de obtenção de
Compromissos de Fundada ou ocorre uma transferência de dinheiro pelo Estado, sob a condição de
exigibilidade superior a consolidada. liquidez. devolvê-lo, em geral, acrescido de juros
12 meses. e dentro de determinado prazo preesta-
belecido.
Resultado do desempenho
das finalidades próprias da
gestão pública e que não Dívida Flutuante – prazo de até
necessita de lei especial administrativa 12 meses
Pela Lei n.
para que possa ser con-
4.320/1964
traída. Fundada – prazo maior
Classificação do que 12 meses
Decorrente de um emprés-
timo público que precisa,
necessariamente, ser autori- Dívida Quanto
Longo prazo
zada em lei especial, ou seja, financeira Crédito ao prazo
Pela
é dívida pública em sentido Público
estrito. linguagem
Curto prazo
de mercado

Dívida pública consolidada. Dívida Perpétuo


Pública
Pelo Senado Federal (Reso-
Dívida pública mobiliária. lução n. 43/2001)
Quanto à Soberana
soberania
Dívida pública líquida. Principais
Não soberana
classificações
Endividamento Público

Amplo.
Sentidos Contratual
Quanto ao modo de
Estrito. formalização
Mobiliária

Soberana.
Interna
Deriva do empréstimo Quanto à
De contrato de direito público e pode ser de nacionalidade Externa
privado. natureza:

De contrato de Direito
Administrativo.
Bruta
Quanto
Por amortização. à composição
Líquida

Por conversão.
Extinção

Por compensação.

Por repúdio.

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Dívida Pública
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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


Questão 1 (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Considere que a Defensoria Pública da União
(DPU) tenha contraído, em janeiro de 2014, um empréstimo internacional junto ao Banco Inte-
ramericano de Desenvolvimento (BID) no valor R$ 100 milhões, para pagamento em vinte anos,
com carência de cinco anos. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a
seguir.
A dívida flutuante da DPU será acrescida de R$ 100 milhões.

Questão 2 (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Considere que a Defensoria Pública da União (DPU)


tenha contraído, em janeiro de 2014, um empréstimo internacional junto ao Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID) no valor R$ 100 milhões, para pagamento em vinte anos, com carência
de cinco anos. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A dívida interna da DPU será acrescida de R$ 100 milhões.

Questão 3 (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A propósito da sustentabilidade do endivida-


mento público e das formas de financiamento dos déficits do governo adotadas pelo Brasil
em sua história econômica, julgue o item que se segue.
A presença de superávits primários recorrentes é condição insuficiente para garantir a sus-
tentabilidade do endividamento público.

Questão 4 (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Conforme números divulgados pelo Ban-


co Central, nos últimos dois anos o resultado fiscal do setor público foi deficitário, o que re-
sultou no aumento da dívida pública em termos de percentual do PIB. Julgue o item a seguir,
com relação à dívida pública e à necessidade de financiamento do governo.
O resultado operacional é o conceito fiscal mais amplo e representa a diferença, em determi-
nado período, entre o fluxo agregado de receitas totais (inclusive de aplicações financeiras) e
de despesas totais (inclusive despesas com juros).

Questão 5 (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) No que se refere aos conceitos de déficit pú-


blico e de dívida pública, julgue o seguinte item.
O resultado primário do setor público corresponde ao déficit nominal deduzido dos juros no-
minais incidentes sobre a dívida pública.

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Dívida Pública
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Questão 6 (CESPE/EBSRH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item


subsequente.
O resultado da operação de crédito por antecipação da receita orçamentária feito por deter-
minado órgão público deve ser incluído no montante da dívida fundada.

Questão 7 (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) De acordo com a Lei n.º 4.320/1964 e o De-


creto n.º 93.872/1986, a dívida flutuante compreende
a) créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores
numerários.
b) as despesas de exercícios anteriores.
c) os restos a pagar e as operações de crédito por antecipação de receitas.
d) a dívida pública representada por títulos emitidos pela União, incluídos os do Banco Central
do Brasil.
e) obrigações que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

Questão 8 (CESPE/MUNICÍPIO-MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca de crédito público,


julgue o seguinte item.
Nem todo empréstimo público tomado pelo município precisa, para sua realização, de autori-
zação específica do Senado Federal.

Questão 9 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito da Lei de Responsabilidade Fiscal e do


novo regime fiscal, julgue o item subsequente.
Se determinado ente da Federação emitir títulos para pagamento do principal da dívida mobi-
liária acrescido de atualização monetária, o montante da emissão integrará obrigatoriamente
a dívida consolidada do ente.

Questão 10 (CESPE/MUNICÍPIO-JOÃO-PESSOA/PROCURADOR/2018) Os limites globais


para o montante da dívida consolidada da União, dos estados e dos municípios são estipula-
dos por meio de
a) lei de iniciativa do Congresso Nacional.
b) lei de iniciativa do presidente da República.
c) decreto do presidente da República.
d) resolução do Congresso Nacional.
e) resolução do Senado Federal.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito dos principais mecanismos no plane-
jamento e execução do orçamento público, julgue o item que se segue.
O órgão público que realizar operação de crédito por antecipação da receita orçamentária
deverá liquidar essa operação antes do final do exercício financeiro.

Questão 2 (CESPE/MUNICÍPIO-MANAUS/PROCURADOR/2018) Considerando o disposto


na LRF, julgue o item a seguir.
Se o município pretender celebrar operação de crédito externo com garantia da União, esta
poderá exigir como contra garantia a receita de ISSQN.

Questão 3 (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018) O montante das obrigações financeiras de


ente federativo decorrentes da aquisição de bens móveis financiados em prazo superior a
doze meses deverá ser enquadrado em
a) dívida pública mobiliária.
b) operação de crédito.
c) concessão de garantias.
d) derivativo financeiro.
e) transferência de capital.

Questão 4 (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamen-


tária, julgue o item.
São restos a pagar apenas as despesas regularmente empenhadas e liquidadas, do exercício
atual ou anterior, mas não pagas ou canceladas até 31 de dezembro.

Questão 5 (CESPE/MPE-PI/TÉCNICO/2018) A tabela a seguir, em que os valores estão em


milhares de reais, mostra contas extraídas do balanço financeiro encerrado em 31/12/20XX,
de determinado ente público.

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receitas orçamentárias 12.250


despesas orçamentárias 13.480
inscrição de restos a pagar 900
empréstimos de longo prazo 5.000

Considerando os valores mostrados na tabela precedente, julgue o item que se segue, relativo
às dívidas flutuante e fundada.
O valor da dívida fundada desse ente público é de R$ 5.000.000.

Questão 6 (CESPE/ESTADO-SERGIPE/PROCURADOR/2017) Quando decorrentes de ope-


rações de antecipação de receita orçamentária, as entradas de valores que integram o orça-
mento público
a) são lançamentos dos juros que o Estado aufere como credor de empréstimos a terceiros.
b) geram, em contrapartida, lançamento no passivo.
c) são classificadas como receitas tributárias.
d) podem ser consideradas receita, mas não ingresso.
e) são classificadas como receita em sentido estrito.

Questão 7 (CESPE/PREFEITURA-FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Julgue o item subse-


quente, a respeito de regime constitucional dos precatórios, crédito público e dívida ativa.
Integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses
e cujas receitas tenham sido contabilizadas no orçamento.

Questão 8 (CESPE/PREFEITURA-FORTALEZA/PROCURADOR/2017) A respeito de endivi-


damento e de receita e despesa públicas, julgue o item seguinte.
De acordo com a LRF, é vedada a realização de transferência voluntária ao ente federativo
que exceder o limite da despesa total com pessoal no primeiro quadrimestre do último ano
do mandato do titular do Poder Executivo, mas não é vedada a contratação de operação de
crédito.

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Questão 9 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Com base na Lei Complementar n.º


101/2000 — Lei de Responsabilidade Fiscal —, julgue o seguinte item.
Operação de crédito com prazo inferior a doze meses realizada por ente da Federação será
excluída da dívida pública consolidada.

Questão 10 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) À luz das disposições da Lei Complementar


nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF), julgue o item seguinte.
Situação hipotética: O município XY, controlador da empresa estatal XY-Gás, determinou
que essa empresa repassasse, de forma antecipada, recursos financeiros não compreendi-
dos como lucros ou dividendos, na forma da legislação, ao caixa municipal, para devolução no
prazo de trinta dias.
Assertiva: Nessa situação, a operação realizada pelo município equipara-se a uma operação
de crédito que é vedada pela LRF.

Questão 11 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) À luz das disposições da Lei Complementar


nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF), julgue o item seguinte.
Operações de crédito cujas receitas constem do orçamento integram a dívida pública consoli-
dada, ainda que tenham prazo inferior a doze meses.

Questão 12 (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Julgue:


Restos a pagar são despesas pendentes de empenho e pagamento quando do encerramento
do exercício financeiro.

Questão 13 (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Julgue:


A despesa com inscrição em restos a pagar cancelada constitui uma despesa de exercício
anterior se o direito do credor ainda estiver em vigor.

Questão 14 (CESPE/TRT-7/ANALISTA/2017) De acordo com os dispositivos constitucio-


nais sobre finanças públicas, ordem econômica e financeira, devem ser disciplinadas por lei
complementar matérias como a
a) remessa de lucros ao exterior por empresas de capital estrangeiro.

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b) repressão ao abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados.


c) concessão de garantias pelas entidades públicas.
d) emissão de moeda pelo Banco Central do Brasil.

Questão 15 (CESPE/PGE-AM/PROCURADOR/2016) À luz da legislação e da doutrina em


matéria de responsabilidade fiscal, julgue o item a seguir.
Em operação de crédito firmada por um estado da Federação junto a banco estrangeiro com a
garantia da União, esta pode exigir do ente mutuário, a título de contra garantia, a vinculação
de receitas provenientes de transferências constitucionais, mas não de receitas tributárias dire-
tamente arrecadadas, porquanto elas são indispensáveis ao funcionamento da administração
estadual.

Questão 16 (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Considerando o disposto na Lei de Responsa-


bilidade Fiscal, julgue o item que se segue.
Para viabilizar empréstimos a segurados, admite-se a aplicação das disponibilidades de cai-
xa tanto do regime geral de previdência social quanto do regime próprio de previdência dos
servidores públicos.

Questão 17 (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Com base nas normas legais relativas à ges-


tão de recursos financeiros da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, como
a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), julgue o item a seguir.
De acordo com a LRF, são proibidas operações de crédito entre uma instituição financeira es-
tatal e o ente federativo que a controle na qualidade de beneficiário do empréstimo.

Questão 18 (CESPE/PGE-AM/PROCURADOR/2016) À luz da legislação e da doutrina em


matéria de responsabilidade fiscal, julgue o item a seguir.
O fato de o estado-membro não poder celebrar operação de crédito com a União não obsta
que ele aplique suas disponibilidades em títulos da dívida federal.

Questão 19 (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue:


Se um órgão público reconhecer dívida referente a exercício financeiro já encerrado, a despe-
sa poderá ser inscrita na conta de despesas de exercícios anteriores, ainda que o orçamento
respectivo não consignasse crédito próprio para o pagamento.

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Questão 20 (CESPE/EBSRH/ANALISTA/2018) Em relação às disposições da Lei de Respon-


sabilidade Fiscal, julgue o item subsecutivo.
As despesas de capital de determinado estado que não se refiram ao refinanciamento de
dívidas poderão ser financiadas por operações de crédito com instituições financeiras con-
troladas pela União.

Questão 21 (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016)

Considerando o gráfico Resultado primário do setor público, em que são apresentados os


resultados primários do setor público a partir de 2002, e os conceitos de contabilidade fiscal,
julgue o item subsequente.
A necessidade de financiamento do setor público (NFSP), quando positiva, corresponde ao
aumento da dívida líquida do setor público.

Questão 22 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue o item, relativo a receita e despesa públicas.


A dívida fundada deve ser registrada no passivo financeiro.

Questão 23 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo às receitas e


despesas públicas.
No final do exercício, as despesas orçamentárias empenhadas e não pagas deverão ser ins-
critas em restos a pagar e, assim, constituirão dívida flutuante.

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Questão 24 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue o item, relativo a receita e despesa públi-


cas.Uma despesa que for regularmente inscrita em restos a pagar ao final do exercício finan-
ceiro terá de ser contabilizada como despesas de exercícios anteriores no exercício em que
ocorrer o pagamento.

Questão 25 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal,


julgue o item a seguir.
Se o prazo para pagamento de determinada operação de crédito for inferior a doze meses e se
as respectivas receitas constarem do orçamento, a operação será incluída na dívida pública
consolidada.

Questão 26 (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Considere que a Defensoria Pública da União


(DPU) tenha contraído, em janeiro de 2014, um empréstimo internacional junto ao Banco Inte-
ramericano de Desenvolvimento (BID) no valor R$ 100 milhões, para pagamento em vinte anos,
com carência de cinco anos.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A dívida fundada da DPU será acrescida de R$ 100 milhões.

Questão 27 (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue o item a seguir, relativo à implementa-


ção do orçamento público no Brasil.
Os conceitos de dívida fundada e dívida flutuante aplicam-se indistintamente à dívida ativa e à
dívida passiva.

Questão 28 (FCC/SEMPLAN-TERESINA/ANALISTA/2016) Um Técnico de Nível Superior −


Analista de Orçamento e Finanças Públicas foi incumbido de fazer uma análise da dívida da
Prefeitura de Teresina registrada nos seus balanços. Foi verificada a existência de
I – restos apagar, excluídos os serviços da dívida.
II – serviços da dívida a pagar.
III – depósitos.
IV – débitos de tesouraria.

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DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
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Nos termos da Lei nº 4.320/1964, os itens I, II, III e IV integram, correta e respectivamente, a
a) dívida flutuante, dívida flutuante, dívida flutuante e dívida flutuante.
b) dívida fundada, dívida flutuante, dívida flutuante e dívida flutuante.
c) dívida flutuante, dívida fundada, dívida flutuante e dívida flutuante.
d) dívida flutuante, dívida flutuante, dívida fundada e dívida flutuante.
e) dívida flutuante, dívida flutuante, dívida flutuante e dívida fundada.

Questão 29 (FGV/ALERJ/ESPECIALISTA/2017) Os dados apresentados no quadro a seguir


foram retirados do Relatório de Gestão Fiscal de um ente estadual relativo ao segundo quadri-
mestre de 2016 e estão expressos em milhares de reais.

Dívida mobiliária 4.855


Dívida contratual 102.870.680
Precatórios 410.645
Outras dívidas 16.225
Disponibilidade de caixa bruta 5.929.145
Demais haveres financeiros 1.914.340
Restos a pagar processados 3.072.730
RCL 48.793.305

De acordo com as disposições da LRF quanto à dívida consolidada líquida (DCL), é correto
afirmar que, no quadrimestre:
a) a DCL do ente é de 95,5 bilhões de reais;
b) a DCL ultrapassou o limite máximo em menos de 2%;
c) a DCL ultrapassou o limite máximo em mais de 10%;
d) a DCL está abaixo do limite prudencial;
e) a DCL está 4,4% abaixo do limite máximo.

Questão 30 (FCC/TRT-24/ANALISTA/2017) Suponha que a União, passando por forte crise


financeira decorrente da queda da arrecadação de impostos e enfrentando dificuldades para
fazer frente a despesas com serviços públicos essenciais, tenha tomado empréstimo junto a
sociedade de economia mista por ela controlada. De acordo com as disposições da Lei Com-
plementar nº 101/2000 − Lei de Responsabilidade Fiscal), tal conduta

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Dívida Pública
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a) independe de autorização legislativa, sendo legítima desde que a União respeite o limite de
endividamento previsto em resolução do Senado Federal.
b) configura operação de antecipação de receita orçamentária – ARO, devendo ser liquidada no
mesmo exercício financeiro.
c) não caracteriza operação de crédito para os fins da LRF, desde que a União ofereça, como
garantia, o fluxo de dividendos futuros a que tem direito como acionista da companhia.
d) corresponde à operação de crédito, podendo ser realizada, independentemente do ofereci-
mento de garantia, desde que conte com a necessária autorização legislativa.
e) é expressamente vedada pela LRF, independentemente da existência de limite disponível
para contratação de operação de crédito pela União.

Questão 31 (FCC/PREF-SÃO-LUÍS/PROCURADOR/2016) Art. 8º − Fica o Poder Executivo


autorizado a realizar operações de crédito por antecipação de receita, com a finalidade de
manter o equilíbrio orçamentário financeiro do Município, observados os preceitos legais apli-
cáveis à matéria, conforme inciso I, art. 8º da LDO 2015.” LOA 2015, de 23/12/2014.
A Lei n.º 5.928, de 23/12/2014, LOA 2015, do Município de São Luís, que dispõe sobre o orça-
mento anual de 2015, permite, em seu artigo 8º, a realização de operação de crédito por ante-
cipação de receita no exercício de 2015.
Com relação ao exercício de 2016, ano em que se elegerá novo prefeito para a cidade de São
Luís, as operações de crédito por antecipação de receita (AROs), nos termos da legislação
nacional vigente,
a) poderão ser realizadas, normalmente, desde que a LDO e a LOA de 2016 assim permitam.
b) poderão ser realizadas, desde que exista permissão na LOA de 2016.
c) não poderão ser realizadas, exceto se houver o pagamento integral das eventualmente re-
alizadas no exercício de 2015.
d) não poderão ser realizadas, em decorrência das exigências feitas na Lei de Responsabilida-
de Fiscal (LC 101/00).
e) não poderão ser realizadas, exceto se ocorrerem nos primeiros 9 dias no ano.

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Dívida Pública
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Questão 32 (FCC/TCE-GO/ANALISTA/2014) Com relação à dívida pública, a receita corrente


líquida − RCL apresentada no relatório de Gestão Fiscal − RF de determinado Estado, refe-
rente ao período de janeiro a dezembro de 2013, totaliza R$ 1.700.000,00. Assim, nos termos
da Resolução nº 43/2001 do Senado Federal, o saldo devedor das operações de crédito por
antecipação da receita orçamentária, no referido exercício, NÃO poderá exceder ao valor de,
em reais,
a) 3.400.000,00
b) 119.000,00
c) 2.040.000,00
d) 195.500,00
e) 272.000,00

Questão 33 (FCC/SEFAZ-PI/ANALISTA/2015) A fixação dos limites globais para o montante


da dívida consolidada dos entes federativos, o que inclui o Estado do Piauí, compete
a) à Secretaria do Tesouro Nacional.
b) aos Tribunais de Contas.
c) ao Congresso Nacional.
d) ao Senado Federal.
e) à Câmara dos Deputados.

Questão 34 (CESPE/TCE-CE/TÉCNICO/2015) Sobre os conceitos de déficit fiscal e dívida


pública, é correto afirmar que
a) superávits fiscais mais elevados tornam mais difícil o controle do endividamento público,
pois significam que o governo está gastando mais com investimentos públicos.
b) quanto maior for a taxa de juros cobrada pelo mercado financeiro para comprar os títulos
públicos, mais sustentável será o estoque de dívida.
c) o resultado nominal do setor público considera apenas as receitas e despesas primárias
não financeiras.
d) a Lei de Responsabilidade Fiscal, instituída no Brasil no ano 2000, passou a transferir o
déficit fiscal de estados e municípios para o governo federal, para evitar a interrupção dos
serviços públicos locais.

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Dívida Pública
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e) há uma relação positiva entre a ocorrência de resultados fiscais deficitários e o aumento da


dívida pública, caso o governo dispense o financiamento por meio de senhoriagem real.

Questão 35 (CESPE/TRF2/JUIZ/2009) com relação às normas de finanças públicas previs-


tas na CF e ao direito financeiro, assinale a opção correta.
a) o direito financeiro cuida do crédito público e da dívida pública.
b) cabe à lei complementar instituir o plano plurianual.
c) À lei ordinária cabe dispor acerca do exercício financeiro da lei orçamentária anual.
d) A despesa, a receita, o orçamento e o crédito públicos são objeto de estudo do direito financeiro.
e) A compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas
as características e as condições operacionais plenas daquelas voltadas ao desenvolvimento
regional, não é matéria de norma legal a ser observada à lei complementar.

Questão 36 (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Com base na Lei n.º 4.320/1964, julgue o item


que se segue, acerca de contabilidade pública.
Registram-se os restos a pagar por credor, independentemente do exercício a que se referem,
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas.

Questão 37 (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o próximo item, acerca dos restos a pa-


gar no orçamento público.
Resíduos passivos consistem em despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de de-
zembro, que não tenham sido canceladas pelo processo de análise e depuração e que aten-
dam aos requisitos previstos na Lei no 4.320/1964, podendo ser inscritas como tal por cons-
tituírem encargos incorridos no exercício vigente.

Questão 38 (CESPE/FHS-SE/CONTABILIDADE/2009) A respeito da contabilidade pública e


da administração orçamentária e financeira, julgue os itens a seguir.
O poder público, ao conceder um empréstimo, efetua uma despesa de capital, da mesma for-
ma que quando amortiza sua dívida. Ao pagar juros, entretanto, efetua uma despesa corrente.

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Dívida Pública
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Questão 39 (CESPE/TCU/AUDITOR/2009) Julgue:


No que se refere às finanças públicas, julgue o item que se segue.
Compete a lei complementar dispor sobre finanças públicas e sobre os limites globais e condi-
ções para o montante da dívida mobiliária dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios.

Questão 40 (CESPE/MPE-PI/PROMOTOR-DE-JUSTIÇA/2019) De acordo com a Lei de Res-


ponsabilidade Fiscal, determinado município interessado em obter autorização para contrair
um empréstimo internacional — não classificado como antecipação de receita — poderá obtê-
-lo ainda que
a) não leve em conta os limites e as condições fixados pela respectiva câmara de vereadores.
b) inexista a prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei orçamentária, em
créditos adicionais ou lei específica.
c) desconsidere os limites e condições fixados pelo Senado Federal.
d) não tenha obtido autorização específica do Senado Federal, por ser essa uma operação de
crédito externo.
e) tenha omitido no orçamento ou em créditos adicionais os recursos provenientes da opera-
ção de empréstimo.

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Dívida Pública
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GABARITO

1. C 27. E
2. C 28. a
3. b 29. b
4. E 30. e
5. C 31. d
6. b 32. b
7. C 33. d
8. E 34. e
9. E 35. d
10. C 36. E
11. C 37. C
12. E 38. C
13. C 39. E
14. C 40. a
15. E
16. E
17. C
18. C
19. C
20. E
21. C
22. C
23. C
24. d
25. C
26. C

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Dívida Pública
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito dos principais mecanismos no plane-
jamento e execução do orçamento público, julgue o item que se segue.
O órgão público que realizar operação de crédito por antecipação da receita orçamentária de-
verá liquidar essa operação antes do final do exercício financeiro.

Certo.
Note que as operações de crédito do tipo ARO (por antecipação de receita orçamentária) são
consideradas receitas extraorçamentárias, já que correspondem a um “adiantamento” de va-
lores que serão incorporados ao patrimônio público futuramente, objetivando compor caixa
devido à insuficiência momentânea. Nessa toada, considerando que todas as operações des-
se tipo devem ser encerradas até o dia 10 de dezembro de cada ano, podemos afirmar que
essa data sempre será antes do final do exercício financeiro.

Questão 2 (CESPE/MUNICÍPIO-MANAUS/PROCURADOR/2018) Considerando o disposto


na LRF, julgue o item a seguir.
Se o município pretender celebrar operação de crédito externo com garantia da União, esta
poderá exigir como contragarantia a receita de ISSQN.

Certo.
A resposta está no artigo 40 da LRF, que determinou que a União pode exigir como contraga-
rantia de município a vinculação de receita tributária. Confira com grifos nossos:

Art. 40 - § 1º A garantia estará condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual ou


superior ao da garantia a ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente
a suas obrigações junto ao garantidor e às entidades por este controladas, observado o seguinte:
I - não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio ente;
II - a contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios, po-
derá consistir na vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de
transferências constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para retê-las e empregar o
respectivo valor na liquidação da dívida vencida.

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Dívida Pública
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Questão 13 (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018) O montante das obrigações financeiras de


ente federativo decorrentes da aquisição de bens móveis financiados em prazo superior a
doze meses deverá ser enquadrado em
a) dívida pública mobiliária.
b) operação de crédito.
c) concessão de garantias.
d) derivativo financeiro.
e) transferência de capital.

Letra b
Independentemente do tempo do financiamento, uma operação de aquisição de forma parce-
lada deve ser classificada como operação de crédito, conforme disposto no artigo 29 da LRF,
abaixo reproduzido com grifos nossos:

III – operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de cré-
dito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

Questão 14 (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamen-


tária, julgue o item.
São restos a pagar apenas as despesas regularmente empenhadas e liquidadas, do exercício
atual ou anterior, mas não pagas ou canceladas até 31 de dezembro.

Errado.
A assertiva ERRA ao afirmar que apenas as despesas empenhadas e liquidadas são restos a
pagar. Na verdade, se a despesa foi ou não liquidada só mudará a classificação entre proces-
sada ou não processada.

Questão 15 (CESPE/MPE-PI/TÉCNICO/2018) A tabela a seguir, em que os valores estão em


milhares de reais, mostra contas extraídas do balanço financeiro encerrado em 31/12/20XX,
de determinado ente público.

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Dívida Pública
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receitas orçamentárias 12.250


despesas orçamentárias 13.480
inscrição de restos a pagar 900
empréstimos de longo prazo 5.000

Considerando os valores mostrados na tabela precedente, julgue o item que se segue, relativo
às dívidas flutuante e fundada.
O valor da dívida fundada desse ente público é de R$ 5.000.000.

Certo.
Tenha em mente que a dívida fundada é formada pelas dívidas com prazo de amortização
superior a 12 meses. Nessa toada, dentre os itens apresentados pelo enunciado, destaque-se
que a receita e a despesa não integram a dívida pública, os restos a pagar integram a dívida
flutuante e somente os empréstimos de longo prazo integram a dívida fundada.

Questão 16 (CESPE/ESTADO-SERGIPE/PROCURADOR/2017) Quando decorrentes de ope-


rações de antecipação de receita orçamentária, as entradas de valores que integram o orça-
mento público
a) são lançamentos dos juros que o Estado aufere como credor de empréstimos a terceiros.
b) geram, em contrapartida, lançamento no passivo.
c) são classificadas como receitas tributárias.
d) podem ser consideradas receita, mas não ingresso.
e) são classificadas como receita em sentido estrito.

Letra b.
Quando decorrentes de operações de antecipação de receita orçamentária, as entradas de
valores que integram o orçamento público, assim como com qualquer tipo de operação de
crédito, deve ser feito o registro do respectivo passivo para demonstrar a obrigação de paga-
mento correspondente ao montante contratado.

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Questão 17 (CESPE/PREFEITURA-FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Julgue o item sub-


sequente, a respeito de regime constitucional dos precatórios, crédito público e dívida ativa.
Integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses
e cujas receitas tenham sido contabilizadas no orçamento.

Certo.
Fique ligado, pois o CESPE pode lhe cobrar a literalidade da LRF. Veja o que nos diz o § 3o do
artigo 29 da LRF:

Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e
da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;
...
§ 3o Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a
doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.

Questão 18 (CESPE/PREFEITURA-FORTALEZA/PROCURADOR/2017) A respeito de endivi-


damento e de receita e despesa públicas, julgue o item seguinte.
De acordo com a LRF, é vedada a realização de transferência voluntária ao ente federativo que
exceder o limite da despesa total com pessoal no primeiro quadrimestre do último ano do man-
dato do titular do Poder Executivo, mas não é vedada a contratação de operação de crédito.

Errado.
Para resolver essa questão precisamos nos lembrar do artigo 23 da LRF:

Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites
definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente
terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro,
adotando-se, entre outras, as providências previstas nos §§ 3º e 4o do art. 169 da Constituição.
§ 1o No caso do inciso I do § 3º do art. 169 da Constituição, o objetivo poderá ser alcançado tanto
pela extinção de cargos e funções quanto pela redução dos valores a eles atribuídos. (Vide ADIN
2.238-5)
§ 2o É facultada a redução temporária da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos à
nova carga horária. (Vide ADIN 2.238-5)

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§ 3o Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não
poderá:
I - receber transferências voluntárias;
II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;
III - contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobi-
liária e as que visem à redução das despesas com pessoal.
§ 4o As restrições do § 3o aplicam-se imediatamente se a despesa total com pessoal exceder o li-
mite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de Poder ou órgão referidos
no art. 20.

Observe que dentre as vedações, como destacado em vermelho no § 3o III acima, a contrata-
ção de operação de crédito é vedada o que torna a assertiva errada.

Questão 19 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Com base na Lei Complementar n.º


101/2000 — Lei de Responsabilidade Fiscal —, julgue o seguinte item.
Operação de crédito com prazo inferior a doze meses realizada por ente da Federação será
excluída da dívida pública consolidada.

Errado.
Na verdade, como determina o § 3º do artigo 29 da LRF, as operações de crédito de prazo in-
ferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento também integram a dívida
pública consolidada.

Questão 20 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) À luz das disposições da Lei Complementar


nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF), julgue o item seguinte.
Situação hipotética: O município XY, controlador da empresa estatal XY-Gás, determinou
que essa empresa repassasse, de forma antecipada, recursos financeiros não compreendi-
dos como lucros ou dividendos, na forma da legislação, ao caixa municipal, para devolução no
prazo de trinta dias.
Assertiva: Nessa situação, a operação realizada pelo município equipara-se a uma operação
de crédito que é vedada pela LRF.

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Certo.
A LRF, seu artigo 37, inciso II, confirma a assertiva como verdadeira. Confira com grifos nos-
sos:

Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:


...
II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou
indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da
legislação;

Questão 21 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) À luz das disposições da Lei Complementar


nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF), julgue o item seguinte.
Operações de crédito cujas receitas constem do orçamento integram a dívida pública conso-
lidada, ainda que tenham prazo inferior a doze meses.

Certo.
Tenha em mente que a dívida pública consolidada ou fundada é o total das obrigações finan-
ceiras do Ente (União, Estados, Municípios e DF), assumidas em virtude de leis, contratos, con-
vênios ou tratados, além das operações de crédito com prazo para amortização superior a 12
meses.
Vale destacar que, no caso da União, deve ser incluída na dívida pública consolidada os valo-
res relativos à emissão de títulos de responsabilidade do BACEN e as operações de crédito de
prazo inferior a 12 meses cujas receitas já tenham constado na LOA.

Questão 22 (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Julgue:


Restos a pagar são despesas pendentes de empenho e pagamento quando do encerramento
do exercício financeiro.

Errado.
Na verdade, Restos a pagar são despesas JÁ EMPENHADAS cujo pagamento ainda está quan-
do do encerramento do exercício financeiro.

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Questão 23 (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Julgue:


A despesa com inscrição em restos a pagar cancelada constitui uma despesa de exercício
anterior se o direito do credor ainda estiver em vigor.

Certo.
Os Restos a Pagar cuja inscrição tenha sido cancelada, ou seja, com prescrição interrompida,
mas com o direito do credor ainda vigente, poderão ser pagos à conta de despesas de exercí-
cios anteriores, respeitada a categoria de despesa.

Questão 24 (CESPE/TRT-7/ANALISTA/2017) De acordo com os dispositivos constitucio-


nais sobre finanças públicas, ordem econômica e financeira, devem ser disciplinadas por lei
complementar matérias como a
a) remessa de lucros ao exterior por empresas de capital estrangeiro.
b) repressão ao abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados.
c) concessão de garantias pelas entidades públicas.
d) emissão de moeda pelo Banco Central do Brasil.

Letra c.
A previsão constitucional mencionada no enunciado da questão é aquela do artigo 163 da nos-
sa CF/88. Confira com grifos nossos:

Art. 163. Lei complementar disporá sobre:


I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades contro-
ladas pelo Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta;
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as
características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.

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Questão 25 (CESPE/PGE-AM/PROCURADOR/2016) À luz da legislação e da doutrina em


matéria de responsabilidade fiscal, julgue o item a seguir.
Em operação de crédito firmada por um estado da Federação junto a banco estrangeiro com a
garantia da União, esta pode exigir do ente mutuário, a título de contra garantia, a vinculação de re-
ceitas provenientes de transferências constitucionais, mas não de receitas tributárias diretamente
arrecadadas, porquanto elas são indispensáveis ao funcionamento da administração estadual.

Errado.
Aluno(a), na verdade a assertiva comete um erro ao afirmar que as receitas tributárias direta-
mente arrecadadas não podem ser usadas como contra garantia. Veja o artigo 40 da LRF:

Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas, obser-
vados o disposto neste artigo, as normas do art. 32 e, no caso da União, também os limites e as
condições estabelecidos pelo Senado Federal.
§ 1o A garantia estará condicionada ao oferecimento de contra garantia, em valor igual ou superior
ao da garantia a ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente a suas obri-
gações junto ao garantidor e às entidades por este controladas, observado o seguinte:
I - não será exigida contra garantia de órgãos e entidades do próprio ente;
II - a contra garantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios,
poderá consistir na vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de
transferências constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para retê-las e empregar o
respectivo valor na liquidação da dívida vencida.

Questão 26 (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Considerando o disposto na Lei de Responsa-


bilidade Fiscal, julgue o item que se segue.
Para viabilizar empréstimos a segurados, admite-se a aplicação das disponibilidades de caixa
tanto do regime geral de previdência social quanto do regime próprio de previdência dos servi-
dores públicos.

Errado.
O artigo 43 da LRF dispõe acerca das disponibilidades de caixa, incluindo dos regimes de pre-
vidência social.

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Dívida Pública
Professor Manuel Piñon

Art. 43. As disponibilidades de caixa dos entes da Federação serão depositadas conforme estabe-
lece o § 3o do art. 164 da Constituição.
§ 1o As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servido-
res públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da
Constituição, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente
e aplicadas nas condições de mercado, com observância dos limites e condições de proteção e
prudência financeira.
§ 2o É vedada a aplicação das disponibilidades de que trata o § 1o em:
I - títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como em ações e outros papéis relativos às
empresas controladas pelo respectivo ente da Federação;
II - empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Público, inclusive a suas empre-
sas controladas.

Repare que existe vedação para o que dispõe a assertiva!

Questão 27 (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Com base nas normas legais relativas à ges-


tão de recursos financeiros da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, como
a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), julgue o item a seguir.
De acordo com a LRF, são proibidas operações de crédito entre uma instituição financeira es-
tatal e o ente federativo que a controle na qualidade de beneficiário do empréstimo.

Certo.
Cobrou o conhecimento da literalidade do caput do artigo 36 da LRF:

Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Fede-
ração que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adquirir, no
mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida
de emissão da União para aplicação de recursos próprios.

A ideia aqui é impedir que o Governo use os bancos públicos para se financiar (a famosa pe-
dalada fiscal).

Questão 28 (CESPE/PGE-AM/PROCURADOR/2016) À luz da legislação e da doutrina em


matéria de responsabilidade fiscal, julgue o item a seguir.
O fato de o estado-membro não ser liberado para celebrar operação de crédito com a União
não obsta que ele aplique suas disponibilidades em títulos da dívida federal.

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Dívida Pública
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Certo.
Verdade! Como diria o poeta: uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, e vice-versa!
Basta ler o artigo 35 da LRF!

Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou
por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive
suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou
postergação de dívida contraída anteriormente.
§ 1o Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição financeira es-
tatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se
destinem a:
I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;
II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.
§ 2o O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União
como aplicação de suas disponibilidades.

Questão 29 (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue:


Se um órgão público reconhecer dívida referente a exercício financeiro já encerrado, a despe-
sa poderá ser inscrita na conta de despesas de exercícios anteriores, ainda que o orçamento
respectivo não consignasse crédito próprio para o pagamento.

Certo.
Guarde que as despesas de exercícios anteriores envolvem despesas relativas a exercícios
encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo su-
ficiente para atendê-la, que não se tenham processado na época própria.
Mas não se esqueça que, além dessa situação, as despesas de exercícios anteriores envol-
vem os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após
o encerramento do exercício correspondente.

Questão 30 (CESPE/EBSRH/ANALISTA/2018) Em relação às disposições da Lei de Respon-


sabilidade Fiscal, julgue o item subsecutivo.
As despesas de capital de determinado estado que não se refiram ao refinanciamento de
dívidas poderão ser financiadas por operações de crédito com instituições financeiras con-
troladas pela União.

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Dívida Pública
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Errado.
De acordo com a LRF pode-se a realizar operação de crédito entre uma instituição financeira
estatal e outro ente da federação, desde que a operação de crédito não se destine a financiar
despesas correntes ou refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.
Nessa linha de raciocínio, vemos que a assertiva é falsa, já que as despesas de capital de de-
terminado ente da Federação que não se refiram ao refinanciamento de dívidas não poderão
ser financiadas por operações de crédito com instituições financeiras controladas por outro
ente, apenas podendo ser financiadas despesas de capital que se refiram ao refinanciamento
de dívidas contraídas junto à própria instituição financeira concedente.

Questão 31 (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016)

Considerando o gráfico Resultado primário do setor público, em que são apresentados os


resultados primários do setor público a partir de 2002, e os conceitos de contabilidade fiscal,
julgue o item subsequente.
A necessidade de financiamento do setor público (NFSP), quando positiva, corresponde ao
aumento da dívida líquida do setor público.

Certo.

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Dívida Pública
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Observe que o gráfico demonstra a diferença positiva entre receitas e despesas não financei-
ras, ou seja, o resultado primário do setor público.
Quando temos um resultado primário do setor público negativo, significa dizer que existe NFSP
- Necessidade de Financiamento do Setor Público positiva, que pode ser calculada nos concei-
tos primário, nominal ou operacional.
Guarde, portanto, que independente do conceito aplicado, se dizemos que houve necessidade
de financiamento positiva, então é porque houve déficit, ou seja, o valor gasto foi maior que o
valor arrecadado, indicando aumento do endividamento.

Questão 32 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue o item, relativo a receita e despesa públicas.


A dívida fundada deve ser registrada no passivo financeiro.

Certo.
Questão que deveria ter sido ser anulada, mas não foi. Vamos à literalidade da Lei nº 4.320/1964,
com grifos nossos:

Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:


I - O Ativo Financeiro;
II - O Ativo Permanente;
III - O Passivo Financeiro;
IV - O Passivo Permanente;
V - O Saldo Patrimonial;
VI - As Contas de Compensação.
(...)
§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outras cujo pagamento independa
de autorização orçamentária.
§ 4º Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autoriza-
ção legislativa para amortização ou resgate.

Questão 33 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo às receitas


e despesas públicas.
No final do exercício, as despesas orçamentárias empenhadas e não pagas deverão ser ins-
critas em restos a pagar e, assim, constituirão dívida flutuante.

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Dívida Pública
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Certo.
Em atendimento ao artigo 36 da Lei 4320/64, as despesas empenhadas e não pagas no exer-
cício devem ser inscritas em restos a pagar, e, atendendo ao artigo 92 dessa mesma Lei, os
restos a pagar integram a dívida flutuante.

Questão 34 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue o item, relativo a receita e despesa públicas.


Uma despesa que for regularmente inscrita em restos a pagar ao final do exercício financeiro
terá de ser contabilizada como despesas de exercícios anteriores no exercício em que ocorrer
o pagamento.

Errado.

Restos a pagar e Despesas de Exercício anteriores não são a mesma coisa! Restos a pagar
são despesas empenhadas e que não foram pagas até o fim do exercício. Apenas, eventual-
mente, um valor relativo a Restos a pagar com prescrição interrompida, pode ser atendida à
conta de DEA.
Vamos ver os conceitos na Lei 4.320/64, com grifos nossos:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhe-
cidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação
específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível,
a ordem cronológica.

Questão 35 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal,


julgue o item a seguir.
Se o prazo para pagamento de determinada operação de crédito for inferior a doze meses e se as
respectivas receitas constarem do orçamento, a operação será incluída na dívida pública consoli-
dada.

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Dívida Pública
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Certo.
Veja a resposta da questão na definição da dívida pública consolidada no artigo 29 da LRF,
com grifos nossos:

Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obriga-
ções financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tra-
tados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;
(....)
§ 3º Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a
doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.

Questão 36 (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Considere que a Defensoria Pública da União


(DPU) tenha contraído, em janeiro de 2014, um empréstimo internacional junto ao Banco Intera-
mericano de Desenvolvimento (BID) no valor R$ 100 milhões, para pagamento em vinte anos, com
carência de cinco anos. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A dívida fundada da DPU será acrescida de R$ 100 milhões.

Certo.
Note que como o prazo de pagamento é de 20 anos, resta claro que a dívida em tela é do tipo
fundada, ou seja, de médio ou longo prazo.

Questão 37 (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue o item a seguir, relativo à implementa-


ção do orçamento público no Brasil.
Os conceitos de dívida fundada e dívida flutuante aplicam-se indistintamente à dívida ativa e
à dívida passiva.

Errado.

Não confunda os conceitos de dívida ativa e dívida passiva. Enquanto a dívida ativa refere-se
a um ativo, dívida de terceiros com a entidade, a e dívida passiva corresponde a uma dívida
da própria entidade com terceiros, como, por exemplo, a contratação de empréstimos junto à
instituição financeira.

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Dívida Pública
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Questão 38 (FCC/SEMPLAN-TERESINA/ANALISTA/2016) Um Técnico de Nível Superior −


Analista de Orçamento e Finanças Públicas foi incumbido de fazer uma análise da dívida da
Prefeitura de Teresina registrada nos seus balanços. Foi verificada a existência de
I – restos a pagar, excluídos os serviços da dívida.
II – serviços da dívida a pagar.
III – depósitos.
IV – débitos de tesouraria.

Nos termos da Lei nº 4.320/1964, os itens I, II, III e IV integram, correta e respectivamente, a
a) dívida flutuante, dívida flutuante, dívida flutuante e dívida flutuante.
b) dívida fundada, dívida flutuante, dívida flutuante e dívida flutuante.
c) dívida flutuante, dívida fundada, dívida flutuante e dívida flutuante.
d) dívida flutuante, dívida flutuante, dívida fundada e dívida flutuante.
e) dívida flutuante, dívida flutuante, dívida flutuante e dívida fundada.

Letra a.
A Lei 4.320/64, em seu artigo 92, definiu a composição da dívida flutuante, e no artigo 98 a
composição da dívida fundada. Repare que grifei os trechos da norma onde aparecem os itens
da questão:

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I. os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II. os serviços da dívida a pagar;
III. os depósitos;
IV. os débitos de tesouraria.
...
Art. 98. A divida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos”.

Questão 39 (FGV/ALERJ/ESPECIALISTA/2017) Os dados apresentados no quadro a seguir


foram retirados do Relatório de Gestão Fiscal de um ente estadual relativo ao segundo qua-
drimestre de 2016 e estão expressos em milhares de reais.

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Dívida Pública
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Dívida mobiliária 4.855


Dívida contratual 102.870.680
Precatórios 410.645
Outras dívidas 16.225
Disponibilidade de caixa bruta 5.929.145
Demais haveres financeiros 1.914.340
Restos a pagar processados 3.072.730
RCL 48.793.305

De acordo com as disposições da LRF quanto à dívida consolidada líquida (DCL), é correto
afirmar que, no quadrimestre:
a) a DCL do ente é de 95,5 bilhões de reais;
b) a DCL ultrapassou o limite máximo em menos de 2%;
c) a DCL ultrapassou o limite máximo em mais de 10%;
d) a DCL está abaixo do limite prudencial;
e) a DCL está 4,4% abaixo do limite máximo.

Letra b
Vamos calcular primeiro a Dívida Consolidada, que é composta por:
Dívida mobiliária + 4.855
Dívida contratual + 102.870.680
Precatórios + 410.645
Outras dívidas + 16.225
Dívida Consolidada = 103.302.405

Agora vamos calcular o valor das deduções, que é composto por:


Disponibilidade de caixa bruta + 5.929.145
Demais haveres financeiros + 1.914.340
(-) Restos a pagar processados – 3.072.730
Deduções = (4.770.755)

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Dívida Pública
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Vamos agora calcular a Dívida Consolidada líquida


Dívida Consolidada Líquida = 103.302.405 – 4.770.755 = 98.531.650
A resolução do Senado 40/2001, determinou que o limite para a dívida consolidada líquida para
um ente estadual é duas vezes (200%) a receita corrente líquida (RCL). Além disso, a questão
informou que a RCL foi 48.793.305, logo temos:

Dívida consolidada líquida = 98.531.605 / 48.793.305 = 201,94% da RCL. Assim, a DCL ultra-
passou o limite máximo em menos de 2%.

Questão 40 (FCC/TRT-24/ANALISTA/2017) Suponha que a União, passando por forte crise


financeira decorrente da queda da arrecadação de impostos e enfrentando dificuldades para
fazer frente a despesas com serviços públicos essenciais, tenha tomado empréstimo junto a
sociedade de economia mista por ela controlada. De acordo com as disposições da Lei Com-
plementar nº 101/2000 − Lei de Responsabilidade Fiscal), tal conduta
a) independe de autorização legislativa, sendo legítima desde que a União respeite o limite de
endividamento previsto em resolução do Senado Federal.
b) configura operação de antecipação de receita orçamentária – ARO, devendo ser liquidada no
mesmo exercício financeiro.
c) não caracteriza operação de crédito para os fins da LRF, desde que a União ofereça, como
garantia, o fluxo de dividendos futuros a que tem direito como acionista da companhia.
d) corresponde à operação de crédito, podendo ser realizada, independentemente do ofereci-
mento de garantia, desde que conte com a necessária autorização legislativa.
e) é expressamente vedada pela LRF, independentemente da existência de limite disponível
para contratação de operação de crédito pela União.

Letra e.
Conforme determina no artigo 35 da LRF, a operação de crédito entre o ente e uma entidade da
administração indireta é vedada, independente da disponibilidade de limite para contratação
de operação de crédito. Confira com grifos nossos:

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Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou
por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive
suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou
postergação de dívida contraída anteriormente.
§ 1º Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição financeira
estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se
destinem a:
I financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;
II refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.
§ 2º O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União
como aplicação de suas disponibilidades.

Questão 41 (FCC/PREF-SÃO-LUÍS/PROCURADOR/2016) Art. 8º − Fica o Poder Executivo


autorizado a realizar operações de crédito por antecipação de receita, com a finalidade de
manter o equilíbrio orçamentário financeiro do Município, observados os preceitos legais apli-
cáveis à matéria, conforme inciso I, art. 8º da LDO 2015.” LOA 2015, de 23/12/2014.
A Lei n.º 5.928, de 23/12/2014, LOA 2015, do Município de São Luís, que dispõe sobre o orça-
mento anual de 2015, permite, em seu artigo 8º, a realização de operação de crédito por ante-
cipação de receita no exercício de 2015.
Com relação ao exercício de 2016, ano em que se elegerá novo prefeito para a cidade de São
Luís, as operações de crédito por antecipação de receita (AROs), nos termos da legislação
nacional vigente,
a) poderão ser realizadas, normalmente, desde que a LDO e a LOA de 2016 assim permitam.
b) poderão ser realizadas, desde que exista permissão na LOA de 2016.
c) não poderão ser realizadas, exceto se houver o pagamento integral das eventualmente rea-
lizadas no exercício de 2015.
d) não poderão ser realizadas, em decorrência das exigências feitas na Lei de Responsabili-
dade Fiscal (LC 101/00).
e) não poderão ser realizadas, exceto se ocorrerem nos primeiros 9 dias no ano.

Letra d.
A LRF proíbe a contratação de ARO - operações de crédito por antecipação de receita em ano
eleitoral, sem exceções.

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Dívida Pública
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Tendo essa premissa em mente, vamos fixar a literalidade do artigo 38 da LRF que trata da
situação abordada pela questão:

Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de
caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as
seguintes:
(...)
IV - estará proibida:
(...)
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.

Questão 42 (FCC/TCE-GO/ANALISTA/2014) Com relação à dívida pública, a receita corrente


líquida − RCL apresentada no relatório de Gestão Fiscal − RF de determinado Estado, refe-
rente ao período de janeiro a dezembro de 2013, totaliza R$ 1.700.000,00. Assim, nos termos
da Resolução nº 43/2001 do Senado Federal, o saldo devedor das operações de crédito por
antecipação da receita orçamentária, no referido exercício, NÃO poderá exceder ao valor de,
em reais,
a) 3.400.000,00
b) 119.000,00
c) 2.040.000,00
d) 195.500,00
e) 272.000,00

Letra b.
O enunciado nos informa que o Estado tem RCL de R$ 1.700.000,00 e questiona acerca do
montante que pode ser contratado de Operação de Crédito Por Antecipação de Receita Orça-
mentária ARO.
Assim, a Resolução nº 43/2001 do Senado Federal, em seu artigo 10, que trata do assunto nos
informa que:

Art. 10. O saldo devedor das operações de crédito por antecipação de receita orçamentária não
poderá exceder, no exercício em que estiver sendo apurado, a 7% (sete por cento) da receita cor-
rente líquida, definida no art. 4, observado o disposto nos arts. 14 e 15.

Agora é só fazer a conta:


RCL (R$ 1.700.000,00) x 0,07 = R$ 119.000,00.

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Dívida Pública
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Questão 43 (FCC/SEFAZ-PI/ANALISTA/2015) A fixação dos limites globais para o montan-


te da dívida consolidada dos entes federativos, o que inclui o Estado do Piauí, compete
a) à Secretaria do Tesouro Nacional.
b) aos Tribunais de Contas.
c) ao Congresso Nacional.
d) ao Senado Federal.
e) à Câmara dos Deputados.

Letra d.
Trata-se de competência é privativa do Senado Federal e não do Congresso Nacional, como
dispõe o inciso VI do artigo 52 da CF/88. Confira com grifos nossos:

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:


VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida con-
solidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

Questão 44 (CESPE/TCE-CE/TÉCNICO/2015) Sobre os conceitos de déficit fiscal e dívida


pública, é correto afirmar que
a) superávits fiscais mais elevados tornam mais difícil o controle do endividamento público,
pois significam que o governo está gastando mais com investimentos públicos.
b) quanto maior for a taxa de juros cobrada pelo mercado financeiro para comprar os títulos
públicos, mais sustentável será o estoque de dívida.
c) o resultado nominal do setor público considera apenas as receitas e despesas primárias não
financeiras.
d) a Lei de Responsabilidade Fiscal, instituída no Brasil no ano 2000, passou a transferir o
déficit fiscal de estados e municípios para o governo federal, para evitar a interrupção dos
serviços públicos locais.
e) há uma relação positiva entre a ocorrência de resultados fiscais deficitários e o aumento da
dívida pública, caso o governo dispense o financiamento por meio de senhoriagem real.

Letra e.

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Dívida Pública
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Vamos julgar, e, em seguida, comentar cada uma das assertivas ou “errativas”.


a) Incorreta. Note que a presença de superávits fiscais mais elevados, tornam o controle do endivi-
damento público mais fácil, pois significam que o governo está reduzindo o endividamento público.
b) Incorreta. Quanto maior for a taxa de juros, mais o governo gasta com os encargos da
dívida. O mesmo vale para você. Se a taxa de juros for alta, o estoque de dívida pública será
insustentável, porque a dívida irá aumentar rapidamente pela alta taxa de juros. É bem pare-
cido com um empréstimo pessoal: quanto mais alta a taxa de juros, mais você pagar no final
do empréstimo e, assim, menos sustentável será o financiamento.
c) Incorreta. O resultado nominal do setor público considera apenas as receitas e despesas
financeiras. Aquelas receitas e despesas primárias não financeiras são consideradas pelo
resultado primário.
d) Incorreta. Cada ente federativo é responsável por produzir seu próprio superávit ou déficit.
e) Correta. É claro que se o governo produz resultados fiscais deficitários, sua dívida aumenta!

Questão 45 CESPE/TRF2/JUIZ/2009) com relação às normas de finanças públicas previstas


na CF e ao direito financeiro, assinale a opção correta.
a) o direito financeiro cuida do crédito público e da dívida pública.
b) cabe à lei complementar instituir o plano plurianual.
c) À lei ordinária cabe dispor acerca do exercício financeiro da lei orçamentária anual.
d) A despesa, a receita, o orçamento e o crédito públicos são objeto de estudo do direito financeiro.
e) A compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas
as características e as condições operacionais plenas daquelas voltadas ao desenvolvimento
regional, não é matéria de norma legal a ser observada à lei complementar.

Letra d.
Leia primeiro a alternativa D.

Leu? E aí?

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Sem dúvida, A despesa, a receita, o orçamento e o crédito públicos são objeto de estudo do
direito financeiro!
Agora, vamos ver os erros das demais alternativas.
a) essa alternativa não está totalmente errada, mas está incompleta. O direito financeiro cuida
do crédito público e da dívida pública, mas não só disso, já trata da despesa, da receita e do
orçamento públicos.
b) O PPA – Plano Plurianual é instituído por Lei Ordinária.
c) na verdade, quem dispõe acerca do exercício financeiro da lei orçamentária anual é a Lei
Complementar. Veja o que dispõe o artigo 165, § 9ª da CF/88, abaixo:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 9º Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;

e) É matéria de Lei Complementar sim, conforme inciso VII do artigo 163 da CF/88.

Questão 46 (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Com base na Lei n.º 4.320/1964, julgue o item


que se segue, acerca de contabilidade pública.
Registram-se os restos a pagar por credor, independentemente do exercício a que se referem,
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas.

Errado.
Na verdade, os restos a pagar devem ser registrados por exercício e por credor. Confira na lite-
ralidade do parágrafo único do artigo 92 da Lei nº 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 92
...
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguindo-se
as despesas processadas das não processadas.

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Questão 47 (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o próximo item, acerca dos restos a pa-


gar no orçamento público.
Resíduos passivos consistem em despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de de-
zembro, que não tenham sido canceladas pelo processo de análise e depuração e que atendam
aos requisitos previstos na Lei no 4.320/1964, podendo ser inscritas como tal por constituírem
encargos incorridos no exercício vigente.

Certo.
Resíduos passivos e restos a pagar são as despesas empenhadas mas não pagas dentro do
exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezembro e estão em conformidade com o artigo 36 da
Lei nº 4.320/1964:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que não
tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do
crédito.

Questão 48 (CESPE/FHS-SE/CONTABILIDADE/2009) A respeito da contabilidade pública e


da administração orçamentária e financeira, julgue os itens a seguir.
O poder público, ao conceder um empréstimo, efetua uma despesa de capital, da mesma for-
ma que quando amortiza sua dívida. Ao pagar juros, entretanto, efetua uma despesa corrente.

Certo.
Os juros e encargos são despesas correntes, pois são o custo do respectivo passivo. Já a
concessão de empréstimos e a amortização da dívida, ou seja, a parte do principal, são des-
pesas de capital.

Questão 49 (CESPE/TCU/AUDITOR/2009) Julgue:


No que se refere às finanças públicas, julgue o item que se segue.

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Compete a lei complementar dispor sobre finanças públicas e sobre os limites globais e condi-
ções para o montante da dívida mobiliária dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municí-
pios.

Errado.
Para resolver essa questão, vamos aproveitar o que nos dizem o Inciso I do artigo 163 da
CF/88 e o inciso IX do artigo 52 da CF/88.
No Inciso I do artigo 163 da CF/88 podemos ver que é de competência de Lei Complementar
dispor sobre finanças públicas.
Até aqui, beleza!
Mas no inciso IX do artigo 52 da CF/88, vemos que essa competência é Do Senado Federal e
não de Lei Complementar.
Podemos ver, portanto, que, na verdade, o Senado exerce sua competência constitucional por
meio de Resolução do Senado e não via Lei Complementar.

Questão 50 (CESPE/MPE-PI/PROMOTOR-DE-JUSTIÇA/2019) De acordo com a Lei de Res-


ponsabilidade Fiscal, determinado município interessado em obter autorização para contrair
um empréstimo internacional — não classificado como antecipação de receita — poderá ob-
tê-lo ainda que
a) não leve em conta os limites e as condições fixados pela respectiva câmara de vereadores.
b) inexista a prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei orçamentária, em
créditos adicionais ou lei específica.
c) desconsidere os limites e condições fixados pelo Senado Federal.
d) não tenha obtido autorização específica do Senado Federal, por ser essa uma operação de
crédito externo.
e) tenha omitido no orçamento ou em créditos adicionais os recursos provenientes da opera-
ção de empréstimo.

Letra a.

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De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, determinado município interessado em obter


autorização para contrair um empréstimo internacional — não classificado como antecipação
de receita — poderá obtê-lo ainda que não leve em conta os limites e as condições fixados
pela respectiva câmara de vereadores, pois a competência é do Senado Federal. Confira na
VF/88, com grifos nossos:

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:


...
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades
controladas pelo Poder Público federal;

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 –Direito Financeiro– 6ª Edição – Editora Método – Autora Tathiane Piscitelli.

2 –Uma Introdução à Ciência das Finanças – 18ª Edição – Editora Método – Autor Aliomar
Baleeiro.

3 – Direito Financeiro e Tributário –Editora Atlas – Autor Kyoshi Harada.

4 – Direito Financeiro e Controle Externo – 10ª Edição – Editora Método – Autor Valdecir Pas-
coal.

Espero que você tenha gostado dessa aula e que nos avalie bem! Caso não tenha gostado
de algo, nos diga, por favor. Sei que estudar para um concurso como esse não é fácil e está
exigindo muito de você, mas, como disse Henry Ford:

“Os dias prósperos não vêm por acaso; nascem de muita fadiga e persistência”.

Esse é o segredo: determinação, disciplina e resiliência!


SEJA IMPARÁVEL!
Até a próxima ou ao fórum de dúvidas!
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com
Siga-me (profmanuelpinon) no instagran e facebook. Temos excelentes cards para revisão!

Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a
área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

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