Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FINANCEIRO
Dívida Pública
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Apresentação. . .................................................................................................................................. 4
Dívida Pública................................................................................................................................... 5
1. Crédito Público. . ............................................................................................................................ 5
1.1. Introdução................................................................................................................................... 5
1.2. O Financiamento do Déficit Público...................................................................................... 7
1.3. Conceito de Crédito Público.................................................................................................... 9
1.4. Crédito Público - Embasamento........................................................................................... 11
1.5. Classificações.......................................................................................................................... 14
1.6. Fases.......................................................................................................................................... 18
1.7. Condições ................................................................................................................................. 18
1.8. Garantias ..................................................................................................................................19
1.9. Amortização .............................................................................................................................19
1.10. Conversão ...............................................................................................................................19
2. Dívida Pública............................................................................................................................. 20
2.1. Déficit Público.......................................................................................................................... 20
2.2. Dívida Pública do Brasil........................................................................................................ 24
2.3. Embasamento......................................................................................................................... 27
2.4. Controle, Fiscalização e Prestação de Contas................................................................. 36
2.5. Vedações na LRF.....................................................................................................................46
2.6. A Famosa Pedalada Fiscal.................................................................................................... 47
Resumo.............................................................................................................................................48
Mapa Mental....................................................................................................................................51
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 52
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 2 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Questões de Concurso.................................................................................................................. 54
Gabarito............................................................................................................................................ 65
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 66
Referências Bibliográficas. . ..........................................................................................................91
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Apresentação
Como diria Walt Disney: “Todos os seus sonhos podem se tornar realidade se você tiver
coragem para persegui-los”.
Então vamos nos esforçar ao máximo nessa aula e transformar nossa aprovação em realidade!
Acredite!
Boa aula!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
DÍVIDA PÚBLICA
1. Crédito Público
1.1. Introdução
Dentre as receitas públicas destaca-se a receita tributária já que, sem dúvida, essa á princi-
pal financiadora do Estado.
Mas aqui vale registrar que o Governo “recebe” também outras receitas como, por exemplo,
do aluguel dos seus imóveis ou dos dividendos de estatais como a Petrobrás ou ainda de leilões
e concessões como os realizados pela ANP – Agência Nacional do Petróleo na camada pré-sal.
Já a fonte oriunda de recursos transferidos por outra entidade, vale dizer que é mais usual
para os Estados e Municípios que realizam convênios com a União para aplicarem recursos em
determinada obra ou Programa de Governo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
O Setor Público corresponde à presença o Governo nas três esferas: a União, os Estados e o
Distrito Federal, e os Municípios, bem como os três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Basicamente, o Governo interfere na economia por meio da Tributação (T) e dos Gastos
Públicos (G).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Quando temos déficit público, o governo recorre a duas fontes de recursos: a emissão de
moeda e a venda de títulos da dívida pública.
• Emissão de moeda: ocorre através de criação de moeda pelo Banco Central para fi-
nanciar dívida do Tesouro Nacional. Este procedimento traz a vantagem de não gerar
déficits futuros e não ter que elevar a taxa de juros. Porém, traz a desvantagem de gerar
pressão inflacionária, em face da colocação de moeda em quantidade superior a neces-
sidade da economia.
• Colocação de títulos da dívida pública: possibilita ao governo trocar título, ativo finan-
ceiro não-monetário, por moeda que está em circulação para financiar seu déficit. É O
CRÉDITO PÚBLICO!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
De modo bem simplório, podemos conceituar crédito público como sendo a operação de
crédito em que o Estado toma emprestado recursos, isto é, ocorre uma transferência de liquidez.
Em outras palavras, pode-se dizer que o crédito público é um processo financeiro consis-
tente em vários métodos de obtenção de dinheiro pelo Estado, sob a condição de devolver, em
geral, acrescido de juros e dentro de determinado prazo preestabelecido.
Pode-se dizer que o Crédito público é, em verdade, uma faculdade do Estado, baseada na
confiança que inspira e nas vantagens que oferece, obter, em obter, mediante empréstimo,
recursos de quem deles dispõe, assumindo, em contrapartida, a obrigação de restituí-los nos
prazo e condições fixados.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
não as condições impostas pelo Estado, decidindo se empresta ou não o dinheiro, ou se com-
pra ou não comprar o título emitido pelo Estado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Assim, vemos que esse tema é muito importante, já que pode gerar até mesmo uma in-
tervenção federal. Em função disso a LRF lhe deu grande ênfase de modo a preservar a saúde
financeira dos entes.
Nesse contexto, é importante não confundir dívida pública (que é um passivo) com dívida
ativa (que é um ativo). Enquanto a dívida pública representa as obrigações do Ente Público
para com terceiros, a dívida ativa abrange os direitos/créditos a favor da Fazenda Pública.
Na prática, a função de fiscalizar atribuída a União é exercida pelo Ministério da Economia,
que tem essa competência amparada pelo artigo 32 da Lei de Responsabilidade Fiscal, que es-
tabelece que tal órgão verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à realização
de operações de crédito de cada ente da Federação.
Nessa toada, os entes da Federação devem encaminhar seus pleitos fundamentados técni-
co e juridicamente, demonstrando o interesse social e econômico, a existência de autorização
prévia em lei orçamentária, inclusão no orçamento recursos e observância dos limites e con-
dições fixados pelo Senado.
A CF/88, em seu artigo 32, estabelece que compete privativamente ao Senado Federal:
Resta claro que o Senado deve dar o aval para serem realizados os contratos de créditos
envolvendo entidades externas, e deve fixar até que ponto o Poder Executivo pode compro-
meter o orçamento com o pagamento de dívidas e juros e as condições sob as quais serão
realizadas essas operações de crédito.
Atendendo essa demanda, nosso Senado Federal editou em 2007, a Resolução Nº 48 que es-
tabelece os limites globais para operações de crédito e concessão de garantia nessas operações.
O art. 6° dessa Resolução, refere ao limite estabelecido no artigo 167, inciso III, da CF/88,
de que as operações de créditos não devem exceder o montante das despesas de capital, com
exceção dos créditos suplementares ou especiais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Essa Resolução fixa como critério de verificação desse limite, o previsto no artigo 32, §
3° da Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece que nas despesas de capital não serão
computados os empréstimos e financiamentos com o intuito de promover incentivo fiscal
para fins de fixação do limite das operações de crédito.
A Lei de Responsabilidade Fiscal, esclarece o que é dívida consolidada, de acordo com seu
artigo 29, inciso I:
Dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumida em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados ou
da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.
Vale destacar que a dívida consolidada ou fundada tem prazo de amortização superior a
doze meses, com exceção das autorizações de operações de crédito feitas no orçamento e os
precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento que tiverem sido incluídos.
A LRF também conceitua operação de crédito no artigo 29, inciso III:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
1.5. Classificações
a) flutuante, ou seja, aquele empréstimo com pagamento em até doze meses, em conso-
nância com o artigo 92 da Lei n. 4.320/64. Esse tipo de empréstimo é usado, normalmente,
para suprir deficiências de caixa e custear despesas correntes (custeio da máquina pública),
não sendo permitido captar esse tipo de empréstimo para a realização de investimentos.
b) fundada ou consolidada, ou seja, aquela operação de crédito com prazo de resgate su-
perior a doze meses, em consonância com o artigo 98 da Lei n. 4.320/64 e com o artigo 29,
inciso I da LRF. Esse tipo de empréstimo é usado, normalmente, para amenizar desequilíbrio
orçamentário ou financiar obras e serviços públicos.
Veja o artigo 92 da Lei 4.320/64 de modo esquematizado:
FUNDADA Artigo 98
A dívida fundada será escriturada com individuação
e especificações que permitam verificar, a qualquer
momento, a posição dos empréstimos, bem como
os respectivos serviços de amortização e juros.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Errado.
Note que como o prazo de pagamento é de 20 anos, resta claro que a dívida em tela é do tipo
fundada, ou seja, de médio ou longo prazo, e não flutuante que é de curto prazo.
2) Quanto à soberania
Aqui temos a Dívida Soberana que é aquela garantida por um Estado ou pelo seu Banco
Central, de modo distinto da não soberana.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
4) Quanto à documentação
a) física, em que ocorre a emissão de documentos físicos
b) virtual, quando são realizados apenas registros eletrônicos
5) Quanto à nacionalidade
a) dívida interna, operação de crédito contraída pelo Estado em moeda nacional e com
credores residentes no país.
b) dívida externa, operação de crédito contraída pelo Estado moeda estrangeira e junto a
credores não-residentes no país.
Errado.
Note que é um empréstimo internacional junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID) e, dessa forma, a dívida que foi contraída é externa e não interna.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
b) dívida bilateral, para empréstimos em que os credores são governos ou bancos públi-
cos de outros países.
c) dívida comercial, quando os credores dos empréstimos públicos são bancos privados
internacionais.
8) Quanto à composição
a) dívida bruta, aquela que representa a totalidade das obrigações assumidas pelo Esta-
do, servindo de base para cálculo dos juros nominais, amortizações e de eventuais custos
adicionais.
b) dívida líquida, basicamente é a diferença entre a dívida bruta e eventuais valores a re-
ceber de ativos financeiros e créditos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
1.6. Fases
1.7. Condições
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
3) concessão de vantagens jurídicas aos títulos como, por exemplo, a sua impenho-
rabilidade.
1.8. Garantias
Basicamente temos dois tipos de garantias concedidas pelo Estado ao receber recursos
emprestados:
1) garantia de devolução do valor tomado emprestado, como, por exemplo, via vinculação
de determinadas rendas do Estado ao pagamento ou indicação de fiadores.
2) Garantia contra a perda do poder de compra da moeda, como, por exemplo via garantia
de câmbio, em que é feita a vinculação do valor do pagamento a determinado moeda estran-
geira no momento da devolução, ou a chamada cláusula ouro, em que o valor do pagamento
fica vinculado a cotação internacional do ouro.
1.9. Amortização
1.10. Conversão
Chama-se conversão a alteração feita pelo Estado, depois da emissão do título ou con-
tratação do empréstimo, em qualquer uma das condições fixadas anteriormente quando da
obtenção do crédito público, com o fito de reduzir os custos da operação.
Do ponto de vista jurídico, a Doutrina classifica a conversão em três tipos:
a) forçada, quando o Estado obriga o mutuante a substituir o título original por outro menos
vantajoso. Essa imposição unilateral pode ser feita ainda que indiretamente, como, por exem-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
plo, quando o Estado decreta a caducidade dos títulos que não forem substituídos, agredindo,
assim, o direito adquirido do mutuante.
b) obrigatória, quando o Estado oferece ao mutuante a opção que de ter seu valor reembol-
sado nas condições pactuadas até aqui ou trocá-lo por outro título menos vantajoso.
c) facultativa, quando o Estado faz uma imposição para a substituição do título, mas con-
cede ao mutuante a opção de escolher trocar seu título primitivo por um novo (sem perdas) ou
de permanecer com o título antigo.
2. Dívida Pública
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Certo.
Mesmo com o resultado primário representando o esforço fiscal do governo para que sobrem
recursos de modo a pagar os juros da dívida, não existe garantia que de que o endividamento
não cresça de modo descontrolado, já o valor do superávit obtido pode ser pequeno se com-
parado ao valor dos juros incorridos no mesmo período.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
monetários das variáveis orçamentárias e financeiras, bem como pelo cálculo dos juros por
Em outras palavras podemos dizer que o déficit operacional, do qual se ouve falar mais
em tempos de inflação alta, inclui nos gastos o pagamento dos juros (juros reais, ou seja,
Isso porque, com o aumento de preços, a moeda nacional perde poder de compra. Em
períodos de inflação elevada, pode ser que os juros pagos ao final do período sequer cubram
essa perda.
Nesse caso limite, o governo sairá ganhando da transação, já que vai devolver menos po-
der de compra do que pegou emprestado. Sendo assim, os juros não podem entrar com sinal
Por isso, o déficit operacional é, muitas vezes, considerado a medida mais adequada dos
resultados do governo.
Nessa toada, a NFSP também é chamada de déficit nominal ou resultado nominal, e cor-
responde à variação nominal dos saldos da dívida interna líquida, mais os fluxos externos
co Central, nos últimos dois anos o resultado fiscal do setor público foi deficitário, o que re-
sultou no aumento da dívida pública em termos de percentual do PIB. Julgue o item a seguir,
nado período, entre o fluxo agregado de receitas totais (inclusive de aplicações financeiras) e
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Errado.
A assertiva está errada, já que conceituou o resultado nominal!
Repare que o resultado nominal é o mais amplo, já que apresenta a diferença entre as receitas
e despesas TOTAIS, sem deduzir as despesas financeiras e correção monetária.
Guarde que o resultado operacional, por seu turno, é aquele que foca em eliminar o efeito in-
flacionário, retirando assim a correção monetária sobre o serviço da dívida.
Certo.
O resultado primário representa o esforço fiscal do governo no presente para que sobrem
recursos de modo a pagar parcial ou totalmente os juros da dívida incorridos no período e, se
possível, ainda reduzir o principal dessa dívida.
De modo distinto, como no cálculo do resultado nominal são computados os juros e encargos
da dívida (e também as receitas de natureza financeira), mas se excluirmos esses itens
teremos exatamente o resultado primário.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
O conceito de dívida público estrito NÃO abarca aquelas obrigações gerais da Administração
Pública como aluguéis, folha de pagamentos, aquisição de bens, etc.
Nessa pegada, a Dívida Pública pode ser dividida em Dívida Administrativa e Dívida
Financeira.
A Dívida Administrativa aquela resultante do desempenho das finalidades próprias da
Gestão Pública e que não necessita de lei especial para que possa ser contraída.
Já a Dívida Financeira, aquela que nos interessa e que é decorrente de um empréstimo
público, precisa, necessariamente, ser autorizada em lei especial, ou seja, é a dívida pública
em sentido estrito.
Seguindo a mesma linha de raciocínio dos empréstimos públicos, temos também a clas-
sificação da dívida pública em interna e externa. A dívida será interna quando decorrer de
obrigação assumida no próprio território do Estado por meio de um empréstimo público inter-
no, e será externa quando a obrigação é assumida pelo Estado fora dos limites de seu territó-
rio, através de um empréstimo público externo.
A dívida pública deriva do empréstimo público que pode ser de natureza:
a) soberana, quando for o caso de uma obrigação de direito público unilateralmente criada
pelo Estado.
b) de contrato de direito privado, quando usado um contrato de direito privado, versão
essa aceita por parte da doutrina.
c) de contrato de direito administrativo, que é o entendimento de maioria da doutrina tra-
dicional e é a que considera os empréstimos como contratos de direito administrativo de
natureza semelhante às demais relações contratuais do Estado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Temos também algumas classificações quanto aos tipos da dívida pública, como interna
ou externa, e voluntária (assumida espontaneamente pelos investidores e instituições finan-
ceira) ou forçada (assumida em razão de ato de império do Estado e podem ser sobre a forma
de empréstimos compulsórios, depósitos compulsórios e títulos de curso forçado emitidos
pelo Governo).
Basicamente a extinção da dívida pública pode se dar por:
a) amortização, forma mais comum de extinção dos empréstimos e podendo ser realiza
por compra no mercado, por sorteio ou diretamente junto ao credor.
b) conversão, quando o estado modifica condições anteriores do empréstimo pela redução
dos juros devidos
c) compensação, via compensação dos débitos com os créditos tributários do Estado.
d) repúdio, extinção da dívida pública assumida pelos regimes não políticos não consolida-
dos ou mediante atos de corrupção.
Amigo(a), vamos ver agora uma síntese dos conceitos relevantes sobre dívida pública no
Brasil a partir das definições adotadas pelo Banco Central do Brasil – BACEN e da Secretaria
do Tesouro Nacional -STN.
Dívida Pública Bruta: Dívida do setor público não-financeiro e do Banco Central com o sis-
tema financeiro (público e privado), o setor privado não-financeiro e o resto do mundo.
Dívida Pública Líquida: Dívida Pública Bruta menos a soma dos créditos do setor público
não-financeiro e do Banco Central. Deve-se mencionar ainda que, diferentemente de outros pa-
íses, o conceito de dívida líquida utilizado no Brasil considera os ativos e passivos financeiros
do Banco Central, incluindo, dessa forma, a base monetária.
Dívida Pública Mobiliária do Governo Federal (DPMF): Total dos títulos públicos federais
fora do Banco Central. Inclui, além dos títulos de emissão do Tesouro Nacional, os títulos de
emissão do Banco Central. Como se trata de dívida consolidada, os títulos de emissão do Te-
souro Nacional pertencentes à carteira do Banco Central não entram.
Dívida Pública Mobiliária do Governo Federal Interna (DPMFi): Total dos títulos públicos
federais fora do Banco Central em poder do público. Inclui, além dos títulos de emissão do Te-
souro Nacional, os títulos de emissão do Banco Central.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Dívida Mobiliária dos Governos Estaduais e Municipais: Total dos títulos emitidos pelos
tesouros desses entes da Federação.
Dívida Externa Bruta: Soma da dívida externa bruta do setor público não-financeiro, das 3
esferas de Governo e do Banco Central.
Dívida Externa Líquida: Dívida Externa Bruta menos as aplicações em moeda estrangeira.
Como o Banco Central está incluído, as reservas internacionais do Banco Central também são
consideradas como aplicações e, portanto, deduzidas do total.
Dívida Mobiliária Externa: Dívida Reestruturada (Bradies) mais Dívida Soberana (Títulos
de emissão Voluntária).Dívida Contratual Externa: BID/BIRD, Clube de Paris e Agências Go-
vernamentais.
Dívida Pública Federal: DPMFi + Dívida Mobiliária Externa + Dívida Contratual Externa.
Dessa forma, o mencionado indicador é adequado para comparar a dívida do Brasil com a
de outros países, já que não a subestima. MAS cuidado para não confundir Governo com Setor
Público! Tecnicamente falando, quando usamos o termo “GOVERNO” as empresas Estatais
NÃO estão incluídas. Já quando falamos em “SETOR PÚBLICO”, aí sim incluímos as Estatais.
2.3. Embasamento
Em relação ao tema dívida pública, é importante destacar de início que o artigo 34, V, da
CF/88 dispõe que a União não intervirá nos estados nem no Distrito Federal, exceto, entre
outros motivos, para reorganizar as finanças da unidade da Federação que suspender o paga-
mento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
ou deixar de entregar aos municípios receitas tributárias fixadas na Constituição, dentro dos
prazos estabelecidos em lei.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Então vamos reexplicar com outras palavras. Podemos dizer que, tendo em vista a rele-
vância do tema para a economia e para as finanças públicas brasileira, a nossa Carta Magna
dispõe que uma das causas para a União intervir nos estados ou no DF, em decorrência da
necessidade de reorganizar as finanças da unidade da Federação, é a suspensão por parte do
ente do pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de
força maior, ou deixar de entregar aos municípios receitas tributárias fixadas na Constituição,
dentro dos prazos estabelecidos em lei
Assim, vemos que esse tema é muito importante, já que pode gerar até mesmo uma in-
tervenção federal. Em função disso a LRF lhe deu grande ênfase de modo a preservar a saúde
financeira dos entes.
Nesse contexto, é importante não confundir dívida pública (que é um passivo) com dívida ati-
va (que é um ativo). Enquanto a dívida pública representa as obrigações do Ente Público para
com terceiros, a dívida ativa abrange os direitos/créditos a favor da Fazenda Pública.
Temos os conceitos de dívida pública presentes na Lei 4.320/64, também conhecida como
norma geral das finanças públicas e dos orçamentos.
Dívida Flutuante
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Dívida Fundada
Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.
Errado.
Enquanto a Dívida Fundada tem exigibilidade superior a 12 meses e o pagamento depende de
autorização legislativa, a Dívida Flutuante representa um compromisso exigível e o pagamen-
to independe de autorização orçamentária.
Assim, a assertiva é falsa já que as operações de crédito por Antecipação de Receita - ARO
devem ser incluídas no montante da dívida flutuante, e não na dívida fundada.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Letra c.
Realmente os restos a pagar e as operações de crédito por antecipação de receitas integram
a dívida flutuante, conforme Decreto 93.872/86. Confira com grifos nossos:
Art. 115.
(...)
§ 1º A dívida flutuante compreende os compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de au-
torização orçamentária, assim entendidos:
a) os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
b) os serviços da dívida;
c) os depósitos, inclusive consignações em folha;
d) as operações de crédito por antecipação de receita;
e) o papel-moeda ou moeda fiduciária
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Partindo dos conceitos apresentados, a LRF, em seu artigo 29, estabeleceu regras mais
rígidas para o endividamento público, até mesmo redefinindo conceitos da Lei 4.320/1964 e
do Decreto 93.872/1986.
De acordo com esse dispositivo, a dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao
montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação,
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações
de crédito, para amortização em prazo superior a 12 meses.
Além disso, a LRF manda incluir também na dívida pública consolidada da União os valores re-
lativos à emissão de títulos de responsabilidade do BACEN e as operações de crédito de prazo
inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado do orçamento, e determina que, para fins
de aplicação dos limites ao endividamento, integrem a dívida pública consolidada, os preca-
tórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Certo.
Na verdade, apenas as operações externas necessitam de autorização específica, conforme
especificado na LRF que determinou a necessidade de autorização específica do Senado Fede-
ral quando se tratar de operação de crédito externo. Confira, com grifos nossos:
Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à rea-
lização de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles con-
troladas, direta ou indiretamente.
§ 1º O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técni-
cos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da opera-
ção e o atendimento das seguintes condições:
...
IV - autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de crédito externo;
Nessa pegada, exercendo essa competência, a Resolução do Senado Federal nº 43/01 con-
ceituou dívida pública consolidada, mobiliária e dívida consolidada líquida da seguinte forma:
Dívida pública consolidada: “montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras,
inclusive as decorrentes de emissão de títulos, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, assu-
midas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito
para amortização em prazo superior a 12 (doze) meses, dos precatórios judiciais emitidos a partir
de 5 de maio de 2000 e não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluí-
dos, e das operações de crédito, que, embora de prazo inferior a 12 (doze) meses, tenham constado
como receitas no
orçamento”;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Dívida pública mobiliária: “dívida pública representada por títulos emitidos pelos Estados, pelo Dis-
trito Federal ou pelos Municípios”
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Importante destacar que, como as operações de crédito do tipo ARO integram a dívida flutu-
ante, não são computadas nos limites ao endividamento público (dívida fundada). Além disso,
também não são computadas para efeito do que dispõe a regra de ouro, mas somente se fo-
rem liquidadas com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de dezembro de cada ano.
Ainda no âmbito das operações do tipo ARO, aquelas realizadas por estados ou muni-
cípios, conforme determina a LRF, devem ser efetuadas mediante abertura de crédito junto à
instituição financeira vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pelo BACEN,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
A LRF determina que o Ministério da Fazenda (atual Ministério da Economia) seja o órgão
público responsável para verificar o cumprimento dos limites e condições à realização de ope-
rações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles controladas,
direta ou indiretamente. Também o Ministério da Fazenda (atual Ministério da Economia) deve
divulgar, mensalmente, a relação dos entes que tenham ultrapassado os limites das dívidas
consolidada e mobiliária.
Inicialmente estas funções estavam delegadas ao Banco Central por Portaria do Ministério
da Fazenda -MF, mas passaram e ser realizadas pela Secretaria do Tesouro Nacional do Minis-
tério da Fazenda.
Nessa pegada, o artigo 32 da LRF dispõe que o MF (atual Ministério da Economia) deve veri-
ficar os pleitos dos entes e avaliar se estão sendo cumpridas as condições nela estabelecidas:
I – existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei orçamen-
tária, em créditos adicionais ou lei específica.
II – inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da opera-
ção, exceto no caso de operações por antecipação de receita.
III – observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
§ 6º O prazo de validade da verificação dos limites e das condições de que trata este artigo e da
análise realizada para a concessão de garantia pela União será de, no mínimo, 90 (noventa) dias e,
no máximo, 270 (duzentos e setenta) dias, a critério do Ministério da Fazenda.
Guarde ainda que os contratos de operação de crédito externo não podem conter cláusula
que importe na compensação automática de débitos e créditos.
Quando tivermos operações relativas à dívida mobiliária federal autorizadas na LOA ou em cré-
ditos adicionais aplica-se um processo simplificado que atenda às suas especificidades.
Na LRF temos também os parâmetros para a apuração das operações de crédito e das des-
pesas de capital para efeito da regra de ouro. De acordo com a LRF, considerar-se-á, em cada exer-
cício financeiro, o total dos recursos de operações de crédito nele ingressados e o das despesas
de capital executadas, observado o seguinte disposto em seu artigo 32, parágrafo 3º:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Como pré-condição, qualquer garantia exige que o seu beneficiário ofereça contra garantia,
em valor igual ou superior à garantia a ser recebida, e, adicionalmente, a plena adimplência
para com o ente garantidor.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Errado.
Leve para a prova que a emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualiza-
ção monetária está relacionada ao conceito de refinanciamento da dívida mobiliária. Confira
na LRF, com grifos nossos:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Importante ter em mente aquelas restrições geradas por ultrapassagem das despesas de
pessoal, que se não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o exces-
so, o ente não poderá contratar, entre outros, operações de crédito, podendo apenas contratar
aquelas destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das
despesas com pessoal.
No que se refere ao endividamento, a LRF restringiu-se a dispor sobre limites e condições
quanto à dívida fundada, exceção somente quanto as Antecipações de Receita Orçamen-
tária – ARO.
Vale destacar que a LRF não dispôs sobre os limites e condições para a dívida flutuante
(curto prazo), dos Entes Federados.
Portanto, os limites e condições para realização de operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita orçamentária, é um dos princípios a serem alcançados durante toda a
gestão pública.
A principal regra acerca dos limites e condições para realização de operações de crédito
encontra-se no artigo 59. Assim, esse artigo prevê que o Poder Legislativo, diretamente ou
com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Mi-
nistério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas da LRF com ênfase no que se refere
a limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar.
Amigo(a), em relação aos Restos a Pagar não existem limites estabelecidos na LRF, mas
sim condições, conforme estabelecido em seu artigo 42, cujo foco é coibir abusos com os re-
cursos públicos no final de um mandato.
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro
dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponi-
bilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão
considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.
Ao promulgar a LRF, essa norma estabeleceu que o Presidente da República teria prazo de
noventa dias para submeter ao Senado Federal proposta de limites globais para o montante
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
A LRF embora tenha estabelecido regras mais rígidas para o endividamento público, até mes-
mo redefinindo conceitos da Lei 4.320/1964 e do Decreto 93.872/1986, quando em seu artigo
29 apresenta as definições relacionadas ao crédito público e ao endividamento, não deter-
mina os limites de endividamento, nem a trajetória, ou mesmo o prazo máximo para que os
entes atinjam os limites (15 anos), cabendo essas definições ao Senado Federal.
Exercendo a sua competência constitucional, o Senado Federal por intermédio das Reso-
luções do Senado 40/2001, 43/2001 e 48/2007 definiu os limites de endividamento da União,
Estados, DF e Municípios em relação à Receita Corrente Líquida, conforme a seguinte tabela:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Letra e.
Leve para a prova que os limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos
estados e dos municípios são estipulados por meio de Resolução do Senado Federal, conforme
determina nossa Carta Magna cujo respectivo trecho reproduzimos abaixo com grifos nossos:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
No que diz respeito à recondução da dívida ao seu limite, quando verificada a ultrapas-
sagem ao final de um quadrimestre, a ele deve retornar nos três quadrimestres seguintes,
eliminando-se pelo menos 25% já no primeiro período.
A forma prevista na LRF para o retorno ao limite legal é a geração de superávit primário
para amortização da dívida, pagamento do principal até a eliminação do excesso.
A relação dos Entes Federados que ultrapassarem esses limites será divulgada mensal-
mente pelo Ministério da Economia.
A LRF ainda determina que, enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorri-
do está sujeito às seguintes sanções:
1) fica proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipa-
ção de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
2) terá que obter resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promo-
vendo, entre outras medidas, limitação de empenho.
Destaque-se ainda que, nos casos em que o ente não consegue readequar sua dívida ao
limite no prazo, enquanto perdurar o excesso, ele fica impedido de receber transferências vo-
luntárias da União ou do estado, exceto aquelas relativas a ações de educação, saúde e assis-
tência social. Nesse ponto também valem aquelas exceções aos prazos definidas no artigo
31 da LRF.
Como as bancas adoram cobrar as exceções, guarde as exceções aos prazos do artigo 31
da LRF para recondução da dívida aos limites:
1) as restrições devem ser aplicadas imediatamente se o montante da dívida exceder o
limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo.
2) em caso de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União,
ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese dos estados e municípios; e em caso de estado
de defesa ou de sítio decretado na forma da constituição, enquanto perdurar a situação, ficam
suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas no artigo 31.
3) em caso de crescimento real baixo ou negativo do PIB - Produto Interno Bruto nacional,
regional ou estadual, por período igual ou superior a quatro trimestres, os prazos do artigo 31
ficam duplicados. Baixo crescimento, nesse caso, é a taxa de variação real acumulada do PIB
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da dívida pública a partir de dois anos após a
publicação desta Lei Complementar.
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou
por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou
postergação de dívida contraída anteriormente.
§ 1o Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição financeira es-
tatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se
destinem a:
I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;
II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.
§ 2o O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União
como aplicação de suas disponibilidades.
Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federa-
ção que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adquirir, no
mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de
emissão da União para aplicação de recursos próprios.
Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:
I - captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gera-
dor ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7o do art. 150 da Constituição;
II - recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou in-
diretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da
legislação;
III - assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com fornece-
dor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se
aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes;
IV - assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento
a posteriori de bens e serviços”.
Note que o artigo 34 proíbe a emissão de títulos da dívida pública pelo BACEN (a partir de
maio de 2002), com o fito de melhor controlar o endividamento, limitando a atuação do BACEN
apenas via títulos do Tesouro Nacional no âmbito da Política Monetária.
Nessa toada, no artigo 35 os Entes Federativos ficam, em regra, proibidos de realizar ope-
rações de crédito entre si, seja direta, seja indiretamente via fundos, autarquias, estatal depen-
dente ou qualquer entidade da administração indireta. A ideia aqui é manter o equilíbrio fede-
rativo e evitar eventuais pendências financeiras entre eles. Contudo, são previstas exceções,
permitindo a realização de operação de crédito entre instituição financeira estatal e outro ente
da federação (com alguns condicionantes) e a compra de títulos da dívida da União por outros
entes federativos para fins de aplicação financeira de suas disponibilidades.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Jurisprudência
Acerca do artigo 35 da LRF, o STF se manifestou na ADI 2250 e firmou jurisprudência no
sentido de que a União pode por meio de Lei Complementar (no caso a própria LRF) dis-
ciplinar as normas de gestão financeira aplicáveis a todos os entes da federação.
O artigo 36 vem a complementar o artigo 35, e o artigo 37 elenca os casos em que há ope-
rações equiparadas às operações de crédito.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente. Em outras palavras, é permito
o refinanciamento de dívidas contraídas junto à instituição concedente.
Vamos ver mais algumas vedações de operações equiparadas a operações diretamente no
artigo 37 da LRF, com grifos nossos:
A LRF deixou claro que não é permitida a realização de operação de crédito entre uma ins-
tituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário
do empréstimo.
No famoso caso da “pedalada fiscal”, a CEF - Caixa Econômica Federal foi utilizada para
financiar despesas correntes de programas sociais instituídos pelo Governo Federal, caracte-
rizando a situação apelidada de “pedalada fiscal”. A seguir vamos explicar como, na prática, a
pedalada fiscal funcionou.
A CEF, para evitar o calote dos benefícios sociais, pagou a conta que era do Governo Fede-
ral e, somente depois, apresentou a conta ao Governo, com ou sem juros. Entretanto, essa dife-
rença de tempo entre o pagamento da despesa e o dispêndio efetivo dos recursos do Tesouro
Nacional configura uma operação de crédito, similar ao que nós usamos: o cheque especial!
Tecnicamente falando, essa operação é denominada de antecipação da receita na Ad-
ministração Pública, que é proibida pela LRF (art. 38, IV, b) no último ano de mandato do
Presidente da República, Governador ou Prefeito. A ideia da LRF com essa proibição é evitar
que, para garantir a sua reeleição ou do seu sucessor indicado, um governante desequilibre as
contas públicas e deixe um rombo para a população e para os futuros opositores.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
RESUMO
No artigo 21 da CF/88 é atribuída à União o papel de fiscalizadora das operações de cré-
dito público, e o artigo 22 da CF/88 atribui à União a competência privativa para legislar sobre
o assunto.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
DÍVIDA PÚBLICA
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.
No tocante à Dívida pública, a LRF obriga o ente a reconduzi-la ao limite nos próximos 3
quadrimestres, sendo pelo menos 25% no primeiro.
A LRF também determinou que os recursos destinados a cobrir déficits de pessoas físicas
e jurídicas (inclusive instituições do Sistema Financeiro) só podem ser autorizados mediante
lei específica.
Reforçou o papel do Senado Federal no que diz respeito à dívida consolidada e do Congres-
so Nacional no tocante à dívida mobiliária federal.
A LRF vedou expressamente a realização de operações de crédito entre um ente e outro,
com exceção do caso de operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Fede-
ração, desde que não se trate de financiamento de despesa corrente ou refinanciamento de
dívidas, sendo, portanto, proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal
e o ente da Federação que a controle.
A LRF também proibiu os entes de realizar operação de crédito por antecipação de receita
no último ano de mandato do Executivo.
A LRF permitiu aos entes conceder garantia em operações de crédito interna ou externa,
observados os limites definidos pelo Senado. A garantia é condicionada ao oferecimento de
contra garantia, ressaltando que essa deve ser igual ou superior ao valor da garantia.
A LRF determinou ainda que, no caso do DF, Estados ou Municípios, a União pode exigir
como garantia a vinculação de receitas provenientes de transferências constitucionais.
A LRF proibiu ainda que o titular de Poder ou órgão possa contrair, nos últimos 2 quadri-
mestres de seu mandato, obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro do mandato.
Espero que tenha gostado da aula!
Agora é fazer mais questões para fixar o entendimento e treinar para a prova!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 50 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
MAPA MENTAL
Restos a pagar, excluídos os ser-
viços da dívida.
Amplo.
Sentidos Contratual
Quanto ao modo de
Estrito. formalização
Mobiliária
Soberana.
Interna
Deriva do empréstimo Quanto à
De contrato de direito público e pode ser de nacionalidade Externa
privado. natureza:
De contrato de Direito
Administrativo.
Bruta
Quanto
Por amortização. à composição
Líquida
Por conversão.
Extinção
Por compensação.
Por repúdio.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 51 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 52 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 53 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito dos principais mecanismos no plane-
jamento e execução do orçamento público, julgue o item que se segue.
O órgão público que realizar operação de crédito por antecipação da receita orçamentária
deverá liquidar essa operação antes do final do exercício financeiro.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 54 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Considerando os valores mostrados na tabela precedente, julgue o item que se segue, relativo
às dívidas flutuante e fundada.
O valor da dívida fundada desse ente público é de R$ 5.000.000.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 55 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 56 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 57 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Questão 21 (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 58 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 59 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Nos termos da Lei nº 4.320/1964, os itens I, II, III e IV integram, correta e respectivamente, a
a) dívida flutuante, dívida flutuante, dívida flutuante e dívida flutuante.
b) dívida fundada, dívida flutuante, dívida flutuante e dívida flutuante.
c) dívida flutuante, dívida fundada, dívida flutuante e dívida flutuante.
d) dívida flutuante, dívida flutuante, dívida fundada e dívida flutuante.
e) dívida flutuante, dívida flutuante, dívida flutuante e dívida fundada.
De acordo com as disposições da LRF quanto à dívida consolidada líquida (DCL), é correto
afirmar que, no quadrimestre:
a) a DCL do ente é de 95,5 bilhões de reais;
b) a DCL ultrapassou o limite máximo em menos de 2%;
c) a DCL ultrapassou o limite máximo em mais de 10%;
d) a DCL está abaixo do limite prudencial;
e) a DCL está 4,4% abaixo do limite máximo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 60 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
a) independe de autorização legislativa, sendo legítima desde que a União respeite o limite de
endividamento previsto em resolução do Senado Federal.
b) configura operação de antecipação de receita orçamentária – ARO, devendo ser liquidada no
mesmo exercício financeiro.
c) não caracteriza operação de crédito para os fins da LRF, desde que a União ofereça, como
garantia, o fluxo de dividendos futuros a que tem direito como acionista da companhia.
d) corresponde à operação de crédito, podendo ser realizada, independentemente do ofereci-
mento de garantia, desde que conte com a necessária autorização legislativa.
e) é expressamente vedada pela LRF, independentemente da existência de limite disponível
para contratação de operação de crédito pela União.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 61 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 62 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 63 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 64 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
GABARITO
1. C 27. E
2. C 28. a
3. b 29. b
4. E 30. e
5. C 31. d
6. b 32. b
7. C 33. d
8. E 34. e
9. E 35. d
10. C 36. E
11. C 37. C
12. E 38. C
13. C 39. E
14. C 40. a
15. E
16. E
17. C
18. C
19. C
20. E
21. C
22. C
23. C
24. d
25. C
26. C
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 65 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito dos principais mecanismos no plane-
jamento e execução do orçamento público, julgue o item que se segue.
O órgão público que realizar operação de crédito por antecipação da receita orçamentária de-
verá liquidar essa operação antes do final do exercício financeiro.
Certo.
Note que as operações de crédito do tipo ARO (por antecipação de receita orçamentária) são
consideradas receitas extraorçamentárias, já que correspondem a um “adiantamento” de va-
lores que serão incorporados ao patrimônio público futuramente, objetivando compor caixa
devido à insuficiência momentânea. Nessa toada, considerando que todas as operações des-
se tipo devem ser encerradas até o dia 10 de dezembro de cada ano, podemos afirmar que
essa data sempre será antes do final do exercício financeiro.
Certo.
A resposta está no artigo 40 da LRF, que determinou que a União pode exigir como contraga-
rantia de município a vinculação de receita tributária. Confira com grifos nossos:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 66 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Letra b
Independentemente do tempo do financiamento, uma operação de aquisição de forma parce-
lada deve ser classificada como operação de crédito, conforme disposto no artigo 29 da LRF,
abaixo reproduzido com grifos nossos:
III – operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de cré-
dito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;
Errado.
A assertiva ERRA ao afirmar que apenas as despesas empenhadas e liquidadas são restos a
pagar. Na verdade, se a despesa foi ou não liquidada só mudará a classificação entre proces-
sada ou não processada.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 67 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Considerando os valores mostrados na tabela precedente, julgue o item que se segue, relativo
às dívidas flutuante e fundada.
O valor da dívida fundada desse ente público é de R$ 5.000.000.
Certo.
Tenha em mente que a dívida fundada é formada pelas dívidas com prazo de amortização
superior a 12 meses. Nessa toada, dentre os itens apresentados pelo enunciado, destaque-se
que a receita e a despesa não integram a dívida pública, os restos a pagar integram a dívida
flutuante e somente os empréstimos de longo prazo integram a dívida fundada.
Letra b.
Quando decorrentes de operações de antecipação de receita orçamentária, as entradas de
valores que integram o orçamento público, assim como com qualquer tipo de operação de
crédito, deve ser feito o registro do respectivo passivo para demonstrar a obrigação de paga-
mento correspondente ao montante contratado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 68 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Certo.
Fique ligado, pois o CESPE pode lhe cobrar a literalidade da LRF. Veja o que nos diz o § 3o do
artigo 29 da LRF:
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e
da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;
...
§ 3o Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a
doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.
Errado.
Para resolver essa questão precisamos nos lembrar do artigo 23 da LRF:
Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites
definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente
terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro,
adotando-se, entre outras, as providências previstas nos §§ 3º e 4o do art. 169 da Constituição.
§ 1o No caso do inciso I do § 3º do art. 169 da Constituição, o objetivo poderá ser alcançado tanto
pela extinção de cargos e funções quanto pela redução dos valores a eles atribuídos. (Vide ADIN
2.238-5)
§ 2o É facultada a redução temporária da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos à
nova carga horária. (Vide ADIN 2.238-5)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 69 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
§ 3o Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não
poderá:
I - receber transferências voluntárias;
II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;
III - contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobi-
liária e as que visem à redução das despesas com pessoal.
§ 4o As restrições do § 3o aplicam-se imediatamente se a despesa total com pessoal exceder o li-
mite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de Poder ou órgão referidos
no art. 20.
Observe que dentre as vedações, como destacado em vermelho no § 3o III acima, a contrata-
ção de operação de crédito é vedada o que torna a assertiva errada.
Errado.
Na verdade, como determina o § 3º do artigo 29 da LRF, as operações de crédito de prazo in-
ferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento também integram a dívida
pública consolidada.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 70 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Certo.
A LRF, seu artigo 37, inciso II, confirma a assertiva como verdadeira. Confira com grifos nos-
sos:
Certo.
Tenha em mente que a dívida pública consolidada ou fundada é o total das obrigações finan-
ceiras do Ente (União, Estados, Municípios e DF), assumidas em virtude de leis, contratos, con-
vênios ou tratados, além das operações de crédito com prazo para amortização superior a 12
meses.
Vale destacar que, no caso da União, deve ser incluída na dívida pública consolidada os valo-
res relativos à emissão de títulos de responsabilidade do BACEN e as operações de crédito de
prazo inferior a 12 meses cujas receitas já tenham constado na LOA.
Errado.
Na verdade, Restos a pagar são despesas JÁ EMPENHADAS cujo pagamento ainda está quan-
do do encerramento do exercício financeiro.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 71 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Certo.
Os Restos a Pagar cuja inscrição tenha sido cancelada, ou seja, com prescrição interrompida,
mas com o direito do credor ainda vigente, poderão ser pagos à conta de despesas de exercí-
cios anteriores, respeitada a categoria de despesa.
Letra c.
A previsão constitucional mencionada no enunciado da questão é aquela do artigo 163 da nos-
sa CF/88. Confira com grifos nossos:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 72 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Errado.
Aluno(a), na verdade a assertiva comete um erro ao afirmar que as receitas tributárias direta-
mente arrecadadas não podem ser usadas como contra garantia. Veja o artigo 40 da LRF:
Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas, obser-
vados o disposto neste artigo, as normas do art. 32 e, no caso da União, também os limites e as
condições estabelecidos pelo Senado Federal.
§ 1o A garantia estará condicionada ao oferecimento de contra garantia, em valor igual ou superior
ao da garantia a ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente a suas obri-
gações junto ao garantidor e às entidades por este controladas, observado o seguinte:
I - não será exigida contra garantia de órgãos e entidades do próprio ente;
II - a contra garantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios,
poderá consistir na vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de
transferências constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para retê-las e empregar o
respectivo valor na liquidação da dívida vencida.
Errado.
O artigo 43 da LRF dispõe acerca das disponibilidades de caixa, incluindo dos regimes de pre-
vidência social.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 73 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Art. 43. As disponibilidades de caixa dos entes da Federação serão depositadas conforme estabe-
lece o § 3o do art. 164 da Constituição.
§ 1o As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servido-
res públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da
Constituição, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente
e aplicadas nas condições de mercado, com observância dos limites e condições de proteção e
prudência financeira.
§ 2o É vedada a aplicação das disponibilidades de que trata o § 1o em:
I - títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como em ações e outros papéis relativos às
empresas controladas pelo respectivo ente da Federação;
II - empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Público, inclusive a suas empre-
sas controladas.
Certo.
Cobrou o conhecimento da literalidade do caput do artigo 36 da LRF:
Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Fede-
ração que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adquirir, no
mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida
de emissão da União para aplicação de recursos próprios.
A ideia aqui é impedir que o Governo use os bancos públicos para se financiar (a famosa pe-
dalada fiscal).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 74 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Certo.
Verdade! Como diria o poeta: uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, e vice-versa!
Basta ler o artigo 35 da LRF!
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou
por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive
suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou
postergação de dívida contraída anteriormente.
§ 1o Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição financeira es-
tatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se
destinem a:
I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;
II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.
§ 2o O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União
como aplicação de suas disponibilidades.
Certo.
Guarde que as despesas de exercícios anteriores envolvem despesas relativas a exercícios
encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo su-
ficiente para atendê-la, que não se tenham processado na época própria.
Mas não se esqueça que, além dessa situação, as despesas de exercícios anteriores envol-
vem os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após
o encerramento do exercício correspondente.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 75 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Errado.
De acordo com a LRF pode-se a realizar operação de crédito entre uma instituição financeira
estatal e outro ente da federação, desde que a operação de crédito não se destine a financiar
despesas correntes ou refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.
Nessa linha de raciocínio, vemos que a assertiva é falsa, já que as despesas de capital de de-
terminado ente da Federação que não se refiram ao refinanciamento de dívidas não poderão
ser financiadas por operações de crédito com instituições financeiras controladas por outro
ente, apenas podendo ser financiadas despesas de capital que se refiram ao refinanciamento
de dívidas contraídas junto à própria instituição financeira concedente.
Questão 31 (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016)
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 76 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Observe que o gráfico demonstra a diferença positiva entre receitas e despesas não financei-
ras, ou seja, o resultado primário do setor público.
Quando temos um resultado primário do setor público negativo, significa dizer que existe NFSP
- Necessidade de Financiamento do Setor Público positiva, que pode ser calculada nos concei-
tos primário, nominal ou operacional.
Guarde, portanto, que independente do conceito aplicado, se dizemos que houve necessidade
de financiamento positiva, então é porque houve déficit, ou seja, o valor gasto foi maior que o
valor arrecadado, indicando aumento do endividamento.
Certo.
Questão que deveria ter sido ser anulada, mas não foi. Vamos à literalidade da Lei nº 4.320/1964,
com grifos nossos:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 77 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Certo.
Em atendimento ao artigo 36 da Lei 4320/64, as despesas empenhadas e não pagas no exer-
cício devem ser inscritas em restos a pagar, e, atendendo ao artigo 92 dessa mesma Lei, os
restos a pagar integram a dívida flutuante.
Errado.
Restos a pagar e Despesas de Exercício anteriores não são a mesma coisa! Restos a pagar
são despesas empenhadas e que não foram pagas até o fim do exercício. Apenas, eventual-
mente, um valor relativo a Restos a pagar com prescrição interrompida, pode ser atendida à
conta de DEA.
Vamos ver os conceitos na Lei 4.320/64, com grifos nossos:
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhe-
cidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação
específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível,
a ordem cronológica.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 78 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Certo.
Veja a resposta da questão na definição da dívida pública consolidada no artigo 29 da LRF,
com grifos nossos:
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obriga-
ções financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tra-
tados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;
(....)
§ 3º Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a
doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.
Certo.
Note que como o prazo de pagamento é de 20 anos, resta claro que a dívida em tela é do tipo
fundada, ou seja, de médio ou longo prazo.
Errado.
Não confunda os conceitos de dívida ativa e dívida passiva. Enquanto a dívida ativa refere-se
a um ativo, dívida de terceiros com a entidade, a e dívida passiva corresponde a uma dívida
da própria entidade com terceiros, como, por exemplo, a contratação de empréstimos junto à
instituição financeira.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 79 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Nos termos da Lei nº 4.320/1964, os itens I, II, III e IV integram, correta e respectivamente, a
a) dívida flutuante, dívida flutuante, dívida flutuante e dívida flutuante.
b) dívida fundada, dívida flutuante, dívida flutuante e dívida flutuante.
c) dívida flutuante, dívida fundada, dívida flutuante e dívida flutuante.
d) dívida flutuante, dívida flutuante, dívida fundada e dívida flutuante.
e) dívida flutuante, dívida flutuante, dívida flutuante e dívida fundada.
Letra a.
A Lei 4.320/64, em seu artigo 92, definiu a composição da dívida flutuante, e no artigo 98 a
composição da dívida fundada. Repare que grifei os trechos da norma onde aparecem os itens
da questão:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 80 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
De acordo com as disposições da LRF quanto à dívida consolidada líquida (DCL), é correto
afirmar que, no quadrimestre:
a) a DCL do ente é de 95,5 bilhões de reais;
b) a DCL ultrapassou o limite máximo em menos de 2%;
c) a DCL ultrapassou o limite máximo em mais de 10%;
d) a DCL está abaixo do limite prudencial;
e) a DCL está 4,4% abaixo do limite máximo.
Letra b
Vamos calcular primeiro a Dívida Consolidada, que é composta por:
Dívida mobiliária + 4.855
Dívida contratual + 102.870.680
Precatórios + 410.645
Outras dívidas + 16.225
Dívida Consolidada = 103.302.405
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 81 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Dívida consolidada líquida = 98.531.605 / 48.793.305 = 201,94% da RCL. Assim, a DCL ultra-
passou o limite máximo em menos de 2%.
Letra e.
Conforme determina no artigo 35 da LRF, a operação de crédito entre o ente e uma entidade da
administração indireta é vedada, independente da disponibilidade de limite para contratação
de operação de crédito. Confira com grifos nossos:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 82 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou
por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive
suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou
postergação de dívida contraída anteriormente.
§ 1º Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição financeira
estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se
destinem a:
I financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;
II refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.
§ 2º O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União
como aplicação de suas disponibilidades.
Letra d.
A LRF proíbe a contratação de ARO - operações de crédito por antecipação de receita em ano
eleitoral, sem exceções.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 83 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Tendo essa premissa em mente, vamos fixar a literalidade do artigo 38 da LRF que trata da
situação abordada pela questão:
Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de
caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as
seguintes:
(...)
IV - estará proibida:
(...)
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.
Letra b.
O enunciado nos informa que o Estado tem RCL de R$ 1.700.000,00 e questiona acerca do
montante que pode ser contratado de Operação de Crédito Por Antecipação de Receita Orça-
mentária ARO.
Assim, a Resolução nº 43/2001 do Senado Federal, em seu artigo 10, que trata do assunto nos
informa que:
Art. 10. O saldo devedor das operações de crédito por antecipação de receita orçamentária não
poderá exceder, no exercício em que estiver sendo apurado, a 7% (sete por cento) da receita cor-
rente líquida, definida no art. 4, observado o disposto nos arts. 14 e 15.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 84 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Letra d.
Trata-se de competência é privativa do Senado Federal e não do Congresso Nacional, como
dispõe o inciso VI do artigo 52 da CF/88. Confira com grifos nossos:
Letra e.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 85 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Letra d.
Leia primeiro a alternativa D.
Leu? E aí?
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 86 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Sem dúvida, A despesa, a receita, o orçamento e o crédito públicos são objeto de estudo do
direito financeiro!
Agora, vamos ver os erros das demais alternativas.
a) essa alternativa não está totalmente errada, mas está incompleta. O direito financeiro cuida
do crédito público e da dívida pública, mas não só disso, já trata da despesa, da receita e do
orçamento públicos.
b) O PPA – Plano Plurianual é instituído por Lei Ordinária.
c) na verdade, quem dispõe acerca do exercício financeiro da lei orçamentária anual é a Lei
Complementar. Veja o que dispõe o artigo 165, § 9ª da CF/88, abaixo:
e) É matéria de Lei Complementar sim, conforme inciso VII do artigo 163 da CF/88.
Errado.
Na verdade, os restos a pagar devem ser registrados por exercício e por credor. Confira na lite-
ralidade do parágrafo único do artigo 92 da Lei nº 4.320/1964, com grifos nossos:
Art. 92
...
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguindo-se
as despesas processadas das não processadas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 87 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Certo.
Resíduos passivos e restos a pagar são as despesas empenhadas mas não pagas dentro do
exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezembro e estão em conformidade com o artigo 36 da
Lei nº 4.320/1964:
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que não
tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do
crédito.
Certo.
Os juros e encargos são despesas correntes, pois são o custo do respectivo passivo. Já a
concessão de empréstimos e a amortização da dívida, ou seja, a parte do principal, são des-
pesas de capital.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 88 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
Compete a lei complementar dispor sobre finanças públicas e sobre os limites globais e condi-
ções para o montante da dívida mobiliária dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municí-
pios.
Errado.
Para resolver essa questão, vamos aproveitar o que nos dizem o Inciso I do artigo 163 da
CF/88 e o inciso IX do artigo 52 da CF/88.
No Inciso I do artigo 163 da CF/88 podemos ver que é de competência de Lei Complementar
dispor sobre finanças públicas.
Até aqui, beleza!
Mas no inciso IX do artigo 52 da CF/88, vemos que essa competência é Do Senado Federal e
não de Lei Complementar.
Podemos ver, portanto, que, na verdade, o Senado exerce sua competência constitucional por
meio de Resolução do Senado e não via Lei Complementar.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 89 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 90 de 94
DIREITO FINANCEIRO
Dívida Pública
Professor Manuel Piñon
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2 –Uma Introdução à Ciência das Finanças – 18ª Edição – Editora Método – Autor Aliomar
Baleeiro.
4 – Direito Financeiro e Controle Externo – 10ª Edição – Editora Método – Autor Valdecir Pas-
coal.
Espero que você tenha gostado dessa aula e que nos avalie bem! Caso não tenha gostado
de algo, nos diga, por favor. Sei que estudar para um concurso como esse não é fácil e está
exigindo muito de você, mas, como disse Henry Ford:
“Os dias prósperos não vêm por acaso; nascem de muita fadiga e persistência”.
Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a
área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 91 de 94
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 92 de 94
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 93 de 94
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.