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Orçamento Público
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AFO
Orçamento Público
Sumário
Manuel Piñon
Apresentação. . .................................................................................................................................. 4
Orçamento Público.......................................................................................................................... 5
1. Conceito.......................................................................................................................................... 5
1.1. Dimensões do Orçamento Público......................................................................................... 7
2. Conhecendo mais sobre o Orçamento Público. . .................................................................... 9
2.1. Consolidando Definições......................................................................................................... 9
2.2. Orçamento Autorizativo x Impositivo x Híbrido.............................................................. 10
2.3. Teto de Gastos das Despesas Primárias – Novo Regime Fiscal da União. . .................19
2.4. Natureza Jurídica do Orçamento.. ....................................................................................... 24
2.5. Outros Aspectos Relevantes do Orçamento Público...................................................... 26
2.6. Orçamento de Guerra e Regimes Fiscais Extraordinários. . ........................................... 30
3. Técnicas /Métodos /Espécies de Orçamento. . .................................................................... 32
3.1. Orçamento Tradicional ou Clássico..................................................................................... 32
3.2. Orçamento Desempenho ou de Realizações.................................................................... 34
3.3. Orçamento-Programa........................................................................................................... 35
3.4. Orçamento Base Zero............................................................................................................ 39
3.5. Orçamento Participativo....................................................................................................... 41
3.6. Orçamento Incremental........................................................................................................ 43
3.7. Orçamento por Resultados ou Novo Orçamento Desempenho....................................44
3.8. PART..........................................................................................................................................44
4. Tipos de Orçamentos................................................................................................................44
4.1. Orçamento Legislativo. . ......................................................................................................... 45
4.2. Orçamento Executivo............................................................................................................ 45
4.3. Orçamento Misto. . .................................................................................................................. 45
5. Objetivos da Política Orçamentária e Funções do Orçamento Público. . ........................46
5.1. Função Alocativa..................................................................................................................... 47
5.2. Função Distributiva................................................................................................................48
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
Apresentação
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nesta aula é, principalmente, avançar no conhecimento do Orça-
mento Público, aprofundando os conceitos das primeiras aulas.
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AFO
Orçamento Público
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ORÇAMENTO PÚBLICO
1. Conceito
DICA
Fique atento aos termos: no Orçamento as receitas são previs-
tas e as despesas são fixadas.
ORÇAMENTO PÚBLICO
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Orçamento Público
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força política. Portanto, nas decisões orçamentárias, os problemas centrais de uma ordem demo-
crática como representação e accountability estão presentes. (...) A Constituição de 1988 trouxe
inegável avanço na estrutura institucional que organiza o processo orçamentário brasileiro. Ela não
só introduziu o processo de planejamento no ciclo orçamentário, medida tecnicamente importante,
mas, sobretudo, reforçou o Poder Legislativo”.
“O Orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza, por
certo período de tempo, a execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços Pú-
blicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação
das receitas já criadas em lei”.
“De acordo com o modelo de integração entre planejamento e Orçamento, o Orçamento anual cons-
titui-se em instrumento, de curto prazo, que operacionaliza os programas setoriais e regionais de
médio prazo, os quais, por sua vez, cumprem o marco fixado pelos planos nacionais em que estão
definidos os grandes objetivos e metas, os projetos estratégicos e as políticas básicas”.
Veja a definição dos doutrinadores Ciro Biderman e Paulo Arvate, na obra Economia do Setor
Público no Brasil:
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Orçamento Público
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Seguindo a regra geral relativa à elaboração e à aprovaçaõ das leis em nosso país, tam-
bém o processo legislativo relativo ao Orçamento Público (PPA, LDO e LOA) passa obrigato-
riamente pelas etapas de discussão nas comissões e no plenário, as votações nas comissões
e em plenário, inclusive acerca de eventuais emendas e destaques, até a sanção presidencial.
Já em relação à sua pegada administrativa, o Orçamento é visto como importante peça
de planejamento, na medida em que o Estado busca saber o quanto disporá em termos de
recursos financeiros para aplicar em prol das necessidades coletivas.
Segundo o doutrinador Giacomoni, o Orçamento auxilia os responsáveis pelas finanças
públicas na consecução das diversas etapas do processo administrativo, tais como a progra-
mação, a execução e o controle.
Ainda existe a pegada sob o aspecto técnico. Nesse quadrante, foram estabelecidos inú-
meros mandamentos que visam disciplinar e dar uniformidade à estrutura da lei orçamentária
no país, por meio da apresentação de demonstrativos, estimativa da receita, demonstração de
resultados e contabilização da execução orçamentária, dentre outros.
Note outra maneira de visualizar as dimensões do Orçamento Público:
Em suma, podemos dizer que o Orçamento, portanto, tem aspecto político, porque revela
ações sociais e regionais na destinação das verbas. Tem também características econômi-
cas, porque manifesta a realidade da economia. É técnico, porque utiliza cálculos de receita e
de despesa e tem, ainda, aspectos jurídicos, porque atende às normas da Constituição Fede-
ral e de leis infraconstitucionais.
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Orçamento Público
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Na verdade, o Orçamento não é apenas plano contábil, já que contempla uma multiplicidade
de aspectos: político, jurídico, contábil, econômico, financeiro e administrativo.
Errado.
Vamos agora pensar o Orçamento como o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arreca-
dação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legis-
lativo lhe autoriza, por meio de LEI, a execução das despesas destinadas ao funcionamento
da máquina administrativa.
Outra forma de vermos o Orçamento é como um processo mais amplo, englobando tam-
bém o PPA e a LDO:
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Orçamento Público
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Temos a ideia de Orçamento Público em sentido amplo quando trata das Leis Or-
çamentárias:
PPA – Plano Plurianual
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
LOA – Lei Orçamentária Anual
Tenha em mente que o termo Orçamento Público também é usado em sentido estrito
quando se refere especificamente à LOA, que é o Orçamento Público anual propriamente dito.
Além dos sentidos amplo e estrito, o termo Orçamento Público ainda pode ser usado em
sentido técnico, ou seja, quando se refere à autorização legislativa para execução das despe-
sas, ou melhor, à autorização dos representantes do povo “convertida” em créditos orçamen-
tários para que se possa efetuar o gasto Público.
Note que o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo lhe autoriza (temos um sistema
misto), por certo período, e em pormenor, a execução das despesas destinadas ao funciona-
mento dos serviços Públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país,
assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei.
Em suma, podemos dizer que o Orçamento do Estado é o ato contendo a aprovação prévia
das Receitas e Despesas Públicas para um período determinado.
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Orçamento Público
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finem em que e quanto gastar, mas simplesmente aprovam (ou não) a proposta enviada pelo
Poder Executivo (com algumas emendas).
De modo distinto, no conceito de Orçamento impositivo existe uma transferência de res-
ponsabilidade de definir “em que e quanto gastar” para o Congresso Nacional, como é o caso
dos Estados Unidos, onde o Parlamento ocupa o papel principal na peça orçamentária.
DICA
Até a EC 86/2015 inexistia dúvida: para qualquer questão de
prova você podia marcar que o Orçamento brasileiro era au-
torizativo. De lá para cá, temos ainda que a maior parte do Or-
çamento brasileiro continua sendo autorizativo para as des-
pesas discricionárias, MAS NÃO MAIS 100% AUTORIZATIVO.
Assim, HOJE leve para a prova que a maior parte do Orça-
mento Federal Brasileiro continua sendo autorizativo, mas em
menor parte também impositivo, situação que a Doutrina de-
nominou de Orçamento Híbrido.
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Em verdade, em nossa pátria, a realização de uma despesa pública (gasto público) está
condicionada à disponibilidade financeira de receitas arrecadadas durante o exercício finan-
ceiro (1º de janeiro a 31 de dezembro, conforme artigo 34 da Lei n. 4.320/1964).
Nesse sentido, nossa Carta Magna determina que o Poder Executivo publique, até 30 dias
após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
Ainda de acordo com a CF/1988 em seu artigo 168 “os recursos correspondentes às do-
tações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública,
ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês”.
A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam ficar sem
o correspondente financeiro por conta de frustração na arrecadação da receita, anualmente, o
presidente da República tem publicado um decreto de contingenciamento (decreto de progra-
mação orçamentária e financeira), bloqueando recursos, que passam a não estar disponíveis
para empenho até segunda ordem.
Com a entrada da Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC do Orçamento
impositivo”, tornou obrigatória a execução da programação orçamentária relativas às emen-
das individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais emendas serão aprovadas
até 1,2% da Receita Corrente Líquida – RCL prevista no projeto de LOA encaminhado ao Con-
gresso Nacional.
Registre-se que esse apelido não corresponde à realidade, uma vez que apenas uma pe-
quena fatia da LOA passou a ser de execução obrigatória, divergindo assim do conceito dou-
trinário de Orçamento impositivo, aquele em que a aprovação da lei obriga o Executivo a exe-
cutar a LOA de forma mais amarrada.
Existem ainda alguns Doutrinadores que entendem que somente após a EC 100/2019
(adiante comentada) é que o Orçamento impositivo passou a ter vez no Brasil.
O que você deve levar para a prova é que hoje algumas despesas consignadas no Orça-
mento devem necessariamente ser executadas, ou seja, não podemos mais dizer que o Or-
çamento brasileiro é plenamente autorizativo, sendo, em verdade, em sua maior parte ainda
autorizativo, mas também impositivo para as situações previstas na própria CF/1988.
Na verdade, temos que ter muito cuidado com a interpretação da assertiva no dia da pro-
va. Veja a seguir duas questões muito sutis elaboradas de forma maldosa para lhe pegar, em
que além de conhecer o tema, você precisa ficar muito atendo à redação da assertiva.
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A assertiva é falsa, uma vez que a Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC do
Orçamento impositivo”, tornou obrigatória a execução da programação orçamentária relati-
vas às emendas individuais à LOA por parte dos congressistas.
Errado.
De acordo com o artigo 166, parágrafo 11, da nossa CF/1988, é obrigatória a execução
orçamentária e financeira das emendas parlamentares individuais em montante correspon-
dente a 1,2% da RCL realizada no ano anterior.
De acordo com o artigo 166, parágrafo 13, da nossa CF/1988, as programações orçamen-
tárias do parágrafo 11, NÃO SERÃO DE EXECUÇÃO OBRIGATÓRIA, nos casos dos impedimen-
tos de ordem técnica.
Também de acordo com o artigo 166, parágrafo 18, da nossa CF/1988, se for verificado
que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de
resultado fiscal estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias, os montantes previstos no
§ 11 deste artigo poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limitação incidente
sobre o conjunto das despesas discricionárias.
Agora vamos ler juntos o artigo 166, parágrafo 17, da CF/1988:
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(seis décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, para as progra-
mações das emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por cento), para as progra-
mações das emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal.
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019 – produção de efeito).
Dessa forma, até 0,6% de execução via restos a pagar poderá ser considerado como com-
putados dentro dos 1,2% das emendas individuais.
Guarde ainda que a EC 86/2015 tornou impositiva apenas emendas individuais dos par-
lamentares, mas não trouxe qualquer novidade em relação às chamadas emendas de banca-
das, aquelas que são apresentadas, por exemplo, por parte de uma bancada de determinado
estado da Federação.
Ainda de acordo com a nova redação de nossa Carta Magna, trazida pela EC 100/2019,
quando as emendas impositivas resultarem em transferências obrigatórias a estados e mu-
nicípios, os recursos transferidos não integram a RCL – Receita Corrente Líquida dos entes
destinatários.
Além dessas novidades, a EC 100/2019, no artigo 166, em seu § 17, dispôs acerca dos
restos a pagar no âmbito do Orçamento impositivo, determinando que os restos a pagar pro-
venientes das programações orçamentárias previstas nos § 11 e 12 (emendas impositivas
individuais e de bancada) poderão ser consideradas para fins de cumprimento da execução
financeira até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da RCL realizada no exercício anterior,
para as programações das emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por
cento), para as programações das emendas de bancada.
Atente-se, portanto, ao fato de que metade das emendas impositivas (0,6% e 0,5%, respec-
tiva dos 1,2% para as emendas individuais e do 1% para as emendas de bancada) podem ser
destinadas para o pagamento de restos a pagar .
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Mas guarde que as emendas impositivas podem ser contingenciadas, de acordo com os
ditames da LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal.
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Ainda temos o § 19 do artigo 166, que dispôs acerca do critério equitativo para execução
das emendas, definindo como equitativa a execução das programações de caráter obrigatório
que observe critérios objetivos e imparciais e que atendam de forma igualitária e impessoal
às emendas apresentadas, independentemente da autoria.
O PULO DO GATO
Em suma, guarde o seguinte: Emendas individuais impositivas – trazidas pela EC 86 – têm
como limite para execução de 1,2% da RCL, e Emendas de bancada impositivas – trazidas
pela EC 100/2019 têm como limite para a execução de 1% da RCL a partir de 2021, sendo em
2020 esse limite de 0,8% da RCL.
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95), o limite para a execução das emendas impositivas de bancada será o montante do exer-
cício anterior corrigido pela inflação.
O PULO DO GATO
Uma importante inovação trazida pela EC 105/2019 é a previsão de que seja feita a transfe-
rência direta de recursos federais para os demais Entes, sem a necessidade de convênio ou
instrumento similar com um órgão público intermediário.
A ideia é de que a descentralização dos recursos realizada dessa forma, com a liberação
imediata da verba para os cofres dos estados, DF e municípios, traga agilidade e melhoria nos
serviços prestados ao cidadão, especialmente nos pequenos municípios.
Após a EC 105/2019, o parlamentar pode escolher se o dinheiro será transferido com
vinculação a um objeto específico (transferência com finalidade definida) ou para uso livre
(transferência especial), sob certas condições. Em outras palavras, temos dois tipos de trans-
ferências: a especial (no texto original era chamado de “doação”), que é quando o parlamentar
encaminha recursos para o Ente sem destinação específica; e a com finalidade definida, que
é quando a verba vai “carimbada” para um uso determinado.
A EC 105/2019 estabeleceu que 60% das transferências especiais realizadas no primeiro
ano de vigência da emenda constitucional devem ser executadas até o mês de junho e que
70% dos recursos oriundos das emendas parlamentares individuais terão que ser utilizados
em investimentos.
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DICA
Esses recursos não podem ser usados para despesas com
pessoal (ativos, inativos ou pensionistas) e para pagar encar-
gos sociais e também não poderão ser usados para pagar ju-
ros da dívida.
De acordo com esse novo artigo, os municípios, o Distrito Federal e estados poderão dei-
xar esses recursos de fora do cálculo de limites com despesas de pessoal, de endividamento
e para repartição – no caso dos estados, para com os municípios em seu território.
Guarde alguns aspectos presentes na EC 105/2019 que podem aparecer em sua prova:
• Transferência especial – o dinheiro é repassado diretamente, sem necessidade de con-
vênio ou qualquer outro instrumento e pertencerá ao Ente federado após concluído o
repasse. Uma vez incorporado à receita do beneficiado, o recurso deverá ser aplicado
em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo.
• Utilização dos recursos – deve ser respeitado o mínimo de 70% para despesas de capi-
tal, exceto encargos da dívida. Assim, 30% podem ser usados para despesas de custeio,
como insumos, materiais de consumo, contas de serviços públicos, entre outras.
• Cooperação técnica – o município beneficiado pode firmar contratos de cooperação
técnica relacionados ao acompanhamento da execução orçamentária. Atualmente,
esse serviço é prestado pela Caixa Econômica Federal.
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tão relativa à necessidade legal de cumprir metas fiscais, o que requer contingenciamento
das despesas. Nessa toada, a execução do Orçamento atinge apenas para as chamadas des-
pesas discricionárias (não obrigatórias). Repare que a execução das despesas “obrigatórias”,
cuja orçamentação, empenho e pagamento decorrem da existência de legislação anterior,
que cria vínculos obrigacionais, define-se pela própria norma substantiva, e não pelo fato de
constar na LOA.
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Importante registrar que foram estabelecidos nessa EC 95/2016 quais são os poderes e
órgãos com limites individuais, quais sejam:
Executivo -
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Nesse caso, são previstas restrições, sendo que algumas delas contagiam os demais ór-
gãos do mesmo poder e outras restrições ficam vinculadas ao órgão que estourou seu limite.
As chamadas “restrições contagiantes” aos demais órgãos impedem que todos os ór-
gãos do mesmo Poder concedam aumento de remuneração aos seus servidores, exceto os
derivados de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal relativa a atos
anteriores à entrada em vigor da EC 95/2016. Além dessa, todos os órgãos ficam proibidos
de alterar a estrutura de carreira que implique aumento de gastos e também de criar ou ma-
jorar auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou benefícios de qual-
quer natureza.
Por outro lado, as restrições que ficam vinculadas ao órgão do poder são relativas a:
1 – Criação de despesa obrigatória;
2 – Criação de cargo, emprego ou função que gere aumento de gastos;
3 – Realização de concurso Público, exceto para as reposições de vacâncias de cargos
efetivos ou vitalícios;
4 – Adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da
inflação, observada a preservação do poder aquisitivo;
5 – Admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvadas as reposições de
cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa e aquelas decorrentes
de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios.
O PULO DO GATO
Apenas para o Poder Executivo existem mais 2 (duas) restrições extras: a vedação para cria-
ção ou expansão de programas e linhas de financiamento, bem como a remissão, renego-
ciação ou refinanciamento de dívidas que gerem ampliação de despesas com subvenções e
subsídios, e a vedação de concessão ou ampliação de incentivos fiscais.
Além das restrições “contagiantes”, das restrições vinculadas ao órgão do poder e das restri-
ções adicionais específica do Poder Executivo, temos uma restrição geral, ou seja, uma res-
trição que se aplica a todos os órgãos de todos os Poderes. Se um poder desrespeitar o seu
limite individual: fica vedada a concessão de revisão geral da remuneração prevista no artigo
37, X, da CF/1988.
Importante saber que a EC 95/2016 previu alguns casos especiais, notadamente relativos
à saúde, à educação e às chamadas emendas individuais impositivas da EC 86/2015.
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Para a área de saúde, a EC 95/2016 definiu para o ano 1 (2017) o limite de 15% da RCL
– Receita Corrente Líquida arrecadada da LOA de 2017 e para os anos seguintes o valor do
exercício anterior corrigido pelo IPCA.
Para a área de educação, a EC 95/2016 definiu para o ano 1 (2017) o limite de 18% dos
impostos líquidos LOA de 2017 e para os anos seguintes o valor do exercício anterior corrigido
pelo IPCA.
A EC 95/2016, por meio do artigo 111 do ADCT da nossa CF/1988 nos diz que:
“Art. 111. A partir do exercício financeiro de 2018, até o último exercício de vigência do Novo Regime
Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da Constituição Federal cor-
responderão ao montante de execução obrigatória para o exercício de 2017, corrigido na forma es-
tabelecida pelo inciso II do § 1º do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.”
Assim, para o ano 1 (2017) definiu o limite de 1,2% da RCL arrecadada em 2016 LOA, e a
partir de 2018 até o fim do Novo Regime Fiscal, a aprovação e execução das emendas indi-
viduais de execução obrigatória terão como limite o valor do exercício anterior acrescido do
IPCA de 12 meses.
O chamado Novo Regime Fiscal da União também inovou ao constitucionalizar os fa-
mosos “restos a pagar”, uma vez que, até então, os resíduos passivos relativos às despesas
empenhadas e ainda não pagas dentro do mesmo ano, só tinham previsão em legislação in-
fraconstitucional, determinando que os restos a pagar podem ser considerados, até o limite
de 0,6% da RCL do ano anterior, para fins de cumprimento da execução financeira obrigatória
de emendas individuais.
Ressalte-se ainda que a o Novo Regime Fiscal da União não alterou os demais dispositi-
vos de metas e limites fiscais da LRF.
Em função da nossa grave crise fiscal, com déficits elevados e crescentes, foi aprovada uma
PEC para estabelecer um “teto” para os gastos Públicos.
Nessa linha de raciocínio, torna-se razoável admitir que uma técnica como a do Orçamento
de base-zero, a qual tem o poder de extinguir ou redimensionar programas desnecessários,
possa vir a ser utilizada com o fito de atingir o equilíbrio fiscal.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
“A teoria de que o Orçamento é lei formal, que apenas prevê as receitas públicas e autoriza gastos,
sem criar direitos subjetivos e sem modificar as leis financeiras e tributárias, é que melhor se adap-
ta ao Direito Constitucional Brasileiro”.
Em relação à sua natureza jurídica, é bom deixar registrado que o Orçamento Público embora
tenha formato de lei, sendo aprovado como tal, a DOUTRINA dominante, embora não pacífica,
é a de que o Orçamento Público, no Brasil, é lei em sentido formal.
JURISPRUDÊNCIA
Entretanto, no que diz ao controle abstrato de constitucionalidade de uma Lei Orçamen-
tária, o STF entende que é possível sim (ADI 4048 e 4049), embora normalmente só seja
possível esse controle para leis consideradas em sentido material.
Quando mencionamos o sentido formal da LOA é que temos uma lei que tem “cara”, ou
“forma” de lei, sendo formalmente aprovada pelo Poder Legislativo.
A LOA pode ser chamada de lei de efeitos concretos, sendo apenas lei quanto à forma
(aprovada pelo Legislativo), mas não quanto à matéria.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
Note que a ideia central da classificação da lei em sentido formal é a “forma”, o rito, o pro-
cesso pelo qual a norma passa para ser produzida.
Lei em
sentido
material
Lei em sentido
formal
Em contraste, uma lei em sentido material é aquela norma que possui abstração e gene-
ralidade, não tendo destinatário certo.
Em outras palavras, a lei em sentido material é toda norma de caráter geral e abstrato que
disciplina as relações jurídicas entre os sujeitos de direito.
É um conjunto de hipóteses normativas abstratas, como o Código Penal Brasileiro, que
tipifica, por exemplo, o crime de furto, e assim elenca explicitamente o tipo penal como “sub-
trair coisa alheia móvel”, especificando as penalidades para quem comete o ilícito, não men-
cionando quem será penalizado. Qualquer pessoa, em regra, que subtrair coisa alheia móvel
de terceiro, estará cometendo o crime, não tendo a lei destinatário certo. É uma norma gené-
rica, portanto. Assim sendo, o Código Penal é uma lei em sentido material.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
Em regra, o entendimento que você deve levar para a prova é o de que o Orçamento Público é
uma lei em sentido formal. Esse é o entendimento doutrinário predominante.
Entretanto, as bancas examinadoras costumam colocar “complicadores” em assertivas que
tratam desse tema. Ou seja, provavelmente, não vai aparecer em sua prova uma assertiva que
apenas afirme ou negue esse aspecto.
Assim, a assertiva anterior afirmou que é uma lei formal, mas botou uma casca de banana na
parte final: “mas é substancialmente ato de natureza político-administrativa, insuscetível de
hospedar normas gerais ou abstratas próprias de lei em sentido material”.
Nesse ponto, o entendimento do examinador, baseado nas ADIS 408 e 409 do STF, é de que
como o STF entendeu que a Lei Orçamentária pode ser objeto de Controle em sede abstrata
de constitucionalidade, e, por tabela, a Lei Orçamentária PODE hospedar normas gerais ou
abstratas próprias de lei em sentido material.
Errado.
Assim, leve para a prova que, embora com natureza de lei formal de efeitos concretos, pode
ser objeto de controle concentrado de constitucionalidade, característica essa típica de lei
em sentido material. Em suma, não é uma lei tipicamente material, mas não é uma lei apenas
formal em sentido estrito, o que vai exigir muita atenção na hora da prova.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
O PULO DO GATO
Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser encaminhada
diretamente ao Congresso Nacional pelo órgão que elabora a sua proposta orçamentária.
Essa competência é privativa do presidente da República (inciso XXIII, do art. 84, da CF).
O famoso doutrinador Alexandre de Moraes, agora ministro do STF, descreve que:
“a iniciativa das Leis Orçamentárias é exclusiva e obrigatória para estados e municípios e ainda
argumenta que se trata de iniciativa legislativa vinculada, uma vez que deverá ser remetida ao Con-
gresso Nacional no tempo estabelecido pela própria Constituição Federal (in Direito Constitucional,
16ª edição, p.594).
É até comum, em provas de concurso, perguntarem sobre quem tem competência para dispor
sobre Orçamento Público no Brasil. Essa competência é exclusiva do Congresso Nacional.
DICA
O termo dispor (na área orçamentária) significa votar, apre-
sentar e rejeitar emendas, manter ou derrubar vetos do presi-
dente da República, aprovar créditos adicionais, fiscalizar, etc.
Aí eu lhe pergunto:
Caso o presidente da República se omita, deixando de encaminhar o projeto de lei de Or-
çamento ao Congresso Nacional, pode, qualquer parlamentar, apresentar esse projeto de
lei?
Não. Essa competência é exclusiva do CHEFE DO PODER EXECUTIVO, função essa exerci-
da pelo presidente da República. A proposta apresentada por parlamentar caracteriza incons-
titucionalidade formal.
Nessa mesma linha de pensamento, se o envio ao Congresso Nacional do Projeto de Lei
Orçamentária Anual é de competência privativa (art. 84, caput, inciso XXIII) do chefe do Poder
Executivo e o parágrafo único desse artigo não menciona explicitamente o inciso XXIII como
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
O PULO DO GATO
Essa distinção é feita em razão da existência de uma diferenciação entre a competência pri-
vativa e a competência exclusiva; esta indelegável, a primeira passível de delegação. En-
tretanto, muitas vezes, existe confusão e tratam-se os dois conceitos de forma indistinta.
Registre que o fato de a iniciativa ser exclusiva do presidente da República, no caso da União,
dentre outras características, faz com que a LOA seja uma lei ordinária especial.
PEGADINHA DA BANCA
Cuidado com essa pegadinha. Existem questões de concursos que alegam que seria possível
um Poder enviar sua própria proposta orçamentária diretamente ao Poder Legislativo. Fique
atento, não vacile, marque falsa. Só quem envia é o presidente da República.
A Lei Orçamentária Anual – LOA é o Orçamento Público propriamente dito, devendo conter
exclusivamente duas matérias: previsão de receita e fixação de despesa.
Importante atentarmos para a palavra previsão para receita, já a receita orçamentária
pode ser arrecadada acima do valor previsto no Orçamento Público, por não existir teto para
a receita, ou abaixo do previsto.
Por outro lado, em se tratando da despesa, usamos a expressão fixação, por ser prevista
com um limite até o qual poderá ser executada. A esse limite de autorização de gastos dá-se
o nome de dotação orçamentária, que é a expressão monetária do crédito orçamentário, au-
torização discriminada para se gastar recursos.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
Concorda?
Por essa razão, existem limites de gastos preestabelecidos para cada crédito orça-
mentário...
Aí, eu lhe digo que essa tarefa é bastante complexa e é chamada de processo de ela-
boração da proposta orçamentária, entretanto pode ser simplificadamente explicada da se-
guinte forma.
Pense no seu Orçamento familiar, em que são orçados os gastos do mês em função das
receitas recebidas.
Só que tenho que lhe dizer que na Administração Pública funciona um pouco diferente,
pois as receitas a serem arrecadadas já estão previstas em lei, e incumbe ao Poder Executivo
prever o quanto será arrecadado no ano subsequente e a fixação das despesas em função
dessas receitas, cabendo ao Congresso Nacional autorizar sua execução.
A previsão das receitas e a fixação das despesas são semelhantes à ideia do seu Orça-
mento familiar, só que com muito mais complexidade e burocracia.
Assim, para atender o que determinam as normas atuais e as mais avançadas técnicas
orçamentárias, no atual modelo orçamentário brasileiro deve existir estreita conexão entre
planejamento e Orçamento, formando assim, o poderíamos chamar de binômio inseparável.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
Na verdade, a distribuição de recursos são Políticas Públicas. Para tanto, deve haver pla-
nejamento para o entrelaçamento entre Planejamento, Orçamento-Programa e Implementa-
ção das ações.
Esse inter-relacionamento, no caso brasileiro, teve seu marco inicial, pelo menos do ponto
de vista legal, com o advento da Lei n. 4.320/1964, que pretendeu instituir o Orçamento-Pro-
grama, instrumento de alocação de recursos com ênfase não no objeto de gasto.
Amigo(a), você não precisa ser entendido no assunto para saber que os principais proble-
mas da economia brasileira têm sido a deficiência ou até mesmo a ausência de planejamento
de longo prazo.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
DICA
Entenda o Orçamento de Guerra como um Orçamento sepa-
rado do Orçamento normal, que foi objeto de LOA, ou seja, o
Orçamento de Guerra tem seus gastos vinculados ao comba-
te da pandemia, ficando os demais alocados na LOA.
Outro ponto relevante é que o Orçamento de Guerra foi válido apenas para a União e deve
estar voltado exclusivamente para atender as necessidades inerentes ao combate à pande-
mia e naquilo que for incompatível com o regime ordinário de gastos.
Assim, o processo simplificado de gastos aplicado no Orçamento de Guerra é uma exce-
ção para a regra geral de contratação no serviço Público que é a sua realização via licitação
e concurso Público.
Em outras palavras, esse processo simplificado de contratação deve assegurar, sempre
que possível, competição e igualdade de condições a todos os concorrentes e que eles só
podem ser usados exclusivamente para o enfrentamento do vírus.
Ainda tratando de regime de gastos e de contratação, a EC 106/2020 “liberou”, no âmbito
do combate ao Corona vírus, a contratação por tempo determinado de atender as exigências
de que trata o artigo 37, IX da CF/1988 e também de atender as exigências previstas no § 1º
do artigo 169 da Carta Magna e de estar prevista na LDO.
Merece destaque também o fato de que a EC 106/2020 dispensou ainda o cumprimento
das limitações legais ao aumento de despesa e renúncia de receitas decorrentes da conces-
são de incentivos fiscais ou benefícios tributários.
Assim, desde que não implique aumento permanente de despesas, as proposições legis-
lativas e os atos do Poder Executivo que tenham o propósito exclusivo de enfrentar a pan-
demia e suas consequências sociais e econômicas ficam dispensados da observância das
limitações legais relativas a aumento de despesas e renúncia de receitas previstas na LRF.
Outro ponto relevante para nossa matéria é que a EC 106/2020 dispensou, durante a inte-
gralidade do exercício financeiro em que vigore a calamidade pública nacional da pandemia
(2020), a obrigatoriedade de atender a chamada regra de ouro das finanças públicas.
Em outros termos, o “Orçamento de Guerra” autoriza que o governo realize operações de
crédito para gastar mais com despesas correntes como os salários dos profissionais de saú-
de e materiais de consumo como remédios e EPIs – Equipamentos de Proteção Individual.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
do chamado “Orçamento Tradicional ou Clássico”, cuja ideia principal era de permitir a ma-
nutenção do equilíbrio econômico-financeiro, com o fito de controlar eventuais aumentos dos
gastos Públicos.
Pode-se dizer ainda esse modelo orçamentário que serviu também como uma ferramenta
de controle político sobre o Poder Executivo. Deixava em segundo plano os seus demais as-
pectos, quais sejam: econômico, contábil, administrativo e jurídico.
ESPÉCIES DE ORÇAMENTO
Clássico ou Tradicional
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
Orçamento tradicional
Por meio do
controle contábil
Preocupa-se em saber as
coisas que o governo faz e
não as coisas que o
governo compra.
Gasto Resultado
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
com a explicação detalhada dos gastos de cada unidade, buscando atender à população com
eficiência e economia, sem, entretanto, vincular os objetivos governamentais de longo prazo,
ou seja, seu Planejamento Estratégico ao Orçamento.
3.3. Orçamento-Programa
Como tudo na vida, as técnicas orçamentárias evoluíram ao longo da nossa história, des-
de o Orçamento tradicional, com ênfase no gasto, passando pelo Orçamento de Desempenho,
até o que denominamos hoje de Orçamento-programa, com ênfase nas realizações.
O Orçamento-Programa deve ser visto como um plano de trabalho expresso por um con-
junto de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários para a sua execução.
ORÇAMENTO
Integração
planejamento - orçamento
PROGRAMAS
Alternativas programáticas
DESEMPENHO CUSTO
Acompanhamento Insumo - produto
físico-financeiro
PRODUTO FINAL
Avaliação de resultados
ANÁLISE GERENCIAL
Gerencia por objetivos
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Orçamento Público
Manuel Piñon
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
EXEMPLO DE ORÇAMENTO-PROGRAMA
Qual a finalidade?
Função Educação
O PULO DO GATO
Guarde que Orçamento-Programa PRIORIZA atender aos objetivos, metas e prioridades defi-
nidos no Planejamento das ações do governo, integrando planejamento e Orçamento.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
Orçamento-programa - VANTAGENS
Destaque-se que outras espécies de Orçamento podem ser usadas como apoio ao Orça-
mento-Programa. Veja, por exemplo, que a elaboração do Orçamento de algumas ações pode
ocorrer de maneira incremental. Assim, como o valor a ser pago, em condições normais, para
as contas de energia elétrica e telefone, sofre pequena variação de um ano para outro, pode-
-se aplicar apenas a inflação acumulada, utilizando, assim, o método tradicional, acrescen-
tando a inflação do período sobre o valor do Orçamento desta ação no ano anterior.
A seguir um resumo comparativo entre as principais características dos Orçamentos tra-
dicional e programa.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
A sua ideia-chave é fazer com que todas as despesas de todos os órgãos sejam justifica-
das detalhadamente, sem permitir que o simples fato de que uma despesa que já estivesse
no Orçamento do ano anterior, fosse simplesmente repetida, tratando cada gasto demandado
como um novo gasto.
DICA
A ideia é passar um pente-fino em TODOS OS GASTOS.
Importante destacar que quando da elaboração da proposta orçamentária para o ano pos-
terior, toda informação prévia relativa aos anos anteriores era desprezada, ou seja, a neces-
sidade e a utilidades de cada despesa deveria ser vista como se fosse completamente nova.
O PULO DO GATO
O foco desse modelo de orçamentação era identificar gastos, programas, e até mesmo órgãos
que não tinham utilidade prática para a Administração Pública.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
Seguindo essa linha de raciocínio, para que um gasto fosse “aprovado”, ele deveria ser
eficiente e eficaz, não poderia ter ainda mais suas operações reduzidas ou eliminadas.
Se baseiam no orçamento
Incentiva revisão dos processos
do exercício anterior
Vamos agora ver um comparativo entre os Orçamentos Base Zero –OBZ e Tradicional:
O histórico serve como base, sendo necessário Folha de papel em branco, ou seja, do zero.
somente o acerto de alguns gastos.
Custos não são revistos e podem ocorrer Custos são detalhados e justificados.
desperdícios. Devidamente alocados e alinhados aos objetivos.
Autonomia baixa. Não demanda tomada de Autonomia (alta) total do gestor para tomada
decisões. de decisões.
Planejamento financeiro pode não estar Planejamento financeiro 100% orientado para
alinhado à estratégia. atingir as metas.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
A assertiva refere-se ao Orçamento Base Zero, técnica que consiste na obrigação de que o
administrador justifique, a cada ano, todas as dotações solicitadas em seu Orçamento, in-
cluindo alternativas, análise de custo, finalidade, medidas de desempenho, e as consequên-
cias da não aprovação do Orçamento.
A ênfase é na eficiência, e não se preocupa com as classificações orçamentárias, mas com o
porquê de se realizar determinada despesa.
Errado.
DICA
O grande legado trazido pela metodologia do Orçamento Base
Zero foi o combate àquela ideia, que existia até então, de gas-
tos simplesmente repetidos de períodos anteriores, acrescen-
tado a expectativa de inflação. Tudo tinha que ser revisto e
novamente justificado.
Na verdade, é o Orçamento Base Zero que deve ser zerado ao final do exercício. O Orçamen-
to-Programa deve ser é analisado ao final do exercício, e ajustado para o atendimento das
metas do PPA.
Errado.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
Debate de ideias
Execução Desenvolvimento
O processo de Orçamento Participativo ainda não possui uma metodologia única, varian-
do entre os entes municipais e estaduais que começam a usá-lo.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
ORÇAMENTO INCREMENTAL
Com o surgimento do chamado regime do teto de gastos (novo regime Fiscal) no âmbito
das finanças públicas da União, e copiada por alguns estados, começam a existir debates no
meio acadêmico acerca da utilização da técnica do Orçamento Incremental no Brasil.
A tese elaborada por quem defende essa ideia é que como o regime do teto de gastos
baseia-se na execução orçamentária do ano anterior com incremento apenas dos índices
inflacionários, indiretamente, seria uma aplicação prática desse modelo orçamentário.
Interessante conhecer esses argumentos, mas não entremos nessa polêmica. Adote a
ideia de que no Brasil usa-se o Orçamento-Programa.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
3.8. PART
Basicamente, leve para a prova que o PART, sigla em inglês para Program Assessment Ra-
ting Tool, usado nos Estados Unidos nos anos 2001 e 2002, funciona por meio de um questio-
nário utilizado para avaliar o propósito, o desenho, o planejamento, a gestão, os resultados e
a prestação de contas, com o fito de verificar se um programa é realmente eficaz. Como resul-
tado das avaliações efetuadas, o PART ainda fornece informações e sugestões para melhorar
os resultados dos programas avaliados.
4. Tipos de Orçamentos
Quando falamos em tipos de Orçamento Público, estamos relacionando esse tema ao re-
gime político em que é elaborado o Orçamento Público combinado com o sistema de governo
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
vigente. Aqui no Brasil, já tivemos a oportunidade de conviver com três tipos de Orçamen-
to Público:
ORÇAMENTO PÚBLICO
PODER EXECUTIVO
ELABORAÇÃO
PREFEITURA MUNICIPAL
PODER LEGISLATIVO
APROVAÇÃO
CÂMARA DE VEREADORES
PODER EXECUTIVO
EXECUÇÃO
PREFEITURA MUNICIPAL
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
Aqui no Brasil, já tivemos a oportunidade de conviver com três tipos de Orçamento Público.
O do tipo Legislativo, aquele em que elaboração, a votação e o controle do Orçamento são de
competência do Poder Legislativo, cabendo ao Poder Executivo apenas a sua execução, vigo-
rou no Brasil à época da CF/1891.
O do tipo Executivo, em que elaboração, a votação, a execução e o controle do Orçamento são
de competência do Poder Executivo vigorou no Brasil à época da CF/1937.
E, finalmente, o do tipo Misto, que vigora no Brasil atual e está previsto em nossa CF de 1988,
em que a votação e o controle do Orçamento são de competência do Poder Legislativo, en-
quanto a elaboração e a execução são de competência do Poder Executivo.
Certo.
Em suma:
TIPOS DE ORÇAMENTO
• LEGISLATIVO - usado em países parlamentaristas, a elaboração, a
votação, aprovação e controle cabe ao Legislativo.
• EXECUTIVO - usado em países onde impera o poder absoluto, a
elaboração, aprovação, execução e controle cabe ao Executivo.
• MISTO - a elaboração e a execução cabe ao Executivo, enquanto a
votação, aprovação e controle cabe ao Legislativo. É o tipo utilizado
no Brasil.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
Nessa linha de raciocínio, para alcançar os objetivos das políticas públicas, a política or-
çamentária tem como objetivos de modo amplo, fomentar o crescimento econômico, assegu-
rar o cumprimento das funções elementares do Estado, como justiça e segurança, melhorar a
distribuição de renda, corrigir as imperfeições do mercado ou atenuar os seus efeitos e man-
ter a estabilidade econômica e social e universalizar o acesso aos bens e serviços produzidos
pelo setor Público ou pelo setor privado.
Os objetivos da política orçamentária são alcançados em razão da capacidade do Estado
de influenciar na economia por meio da recombinação dos recursos arrecadados no momen-
to da realização das despesa pública.
Segundo a classificação de Richard Musgrave, sobre as funções do setor Público (Esta-
do), e também do Orçamento, em economias de mercado, existem 3 funções exercidas pelo
Estado comentadas a seguir.
Promoção de ajustamentos na
Função Alocativa
alocação de recursos
Promoção de ajustamento na
Função Distributiva
distribuição de renda
Manutenção da estabilidade
Função Estabilizadora
econômica
Função Alocativa
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
A ideia básica da função alocativa é de o setor Público atuar onde a iniciativa privada so-
zinha não consegue ou não tem interesse de atuar.
Via sua função alocativa, o Estado realizou a oferta do bem Público segurança que, no caso
das UPPs, foca nas comunidades carentes dominadas pelo crime organizado.
Certo.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
DICA
As medidas de combate à pandemia da Covid-19, como o Au-
xílio Emergencial, também são exemplos de medidas tomadas
pelo Governo por meio da função estabilizadora do Orçamen-
to Público. Note que foi criado inclusive um Orçamento Para-
lelo, apelidado de Orçamento de Guerra, com essa finalidade.
A assertiva está errada já que conceituou a função distributiva. A estabilizadora é aquela que
foca em contribuir para o melhor funcionamento da economia.
Errado.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
RESUMO
O Orçamento Público é um documento que prevê as quantias de moeda que, num período
determinado (normalmente um ano), devem entrar e sair dos cofres Públicos (receitas e des-
pesas públicas), com especificação de suas principais fontes de financiamento e das catego-
rias de despesas mais relevantes.
No que diz respeito às suas dimensões, podemos dizer que o Orçamento tem aspecto po-
lítico, porque revela ações sociais e regionais na destinação das verbas. Possui também ca-
racterísticas econômicas, porque manifesta a realidade da economia. É técnico, porque utiliza
cálculos de receita e de despesa e tem, ainda, aspectos jurídicos, porque atende às normas da
Constituição Federal e de leis infraconstitucionais.
O Orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação de receitas
e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legislativo lhe autoriza,
por meio de LEI, a execução das despesas destinadas ao funcionamento da máquina admi-
nistrativa.
Temos a ideia de Orçamento Público em sentido amplo quando trata das Leis Or-
çamentárias:
PPA – Plano Plurianual
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
LOA – Lei Orçamentária Anual
Tenha em mente que o termo Orçamento Público também é usado em sentido estrito
quando se refere especificamente à LOA, que é o Orçamento Público anual propriamente dito.
Além dos sentidos amplo e estrito, o termo Orçamento Público ainda pode ser usado em
sentido técnico, ou seja, quando se refere à autorização legislativa para execução das despe-
sas, ou melhor, à autorização dos representantes do povo “convertida” em créditos orçamen-
tários para que se possa efetuar o gasto Público.
Até a EC 86/2015 inexistia dúvida: para qualquer questão de prova você podia marcar que
o Orçamento brasileiro era autorizativo. De lá para cá, temos ainda que a maior parte do Or-
çamento brasileiro continua sendo autorizativo para as despesas discricionárias, MAS NÃO
MAIS 100% AUTORIZATIVO. Assim, HOJE leve para a prova que a maior parte do Orçamento
brasileiro continua sendo autorizativo, mas em menor parte também impositivo.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
Também por meio da EC 109/2021 passaram a integrar a nossa CF/1988 os artigos 167-
B a 167-G, que tratam do regime extraordinário na União em caso de pandemia. São regras
permanentes que podem ser acionadas, caso seja declarada calamidade pública.
No quadro seguinte, você pode ver um resumo da evolução histórica do Orçamento e suas
principais espécies:
- Realizações
- Programa
Moderno - Base zero
- Participativo
REALIZAÇÕES (DESEMPENHO)
PARTICIPATIVO
ORÇAMENTO-PROGRAMA
• Foco → objetivos.
• Preocupação → resolver problemas da sociedade.
• Planejamento → flexível, mas vinculado.
• Elo integrador entre o Plano (PPA) e o Orçamento (LOA).
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Orçamento Público
Manuel Piñon
Promoção de ajustamentos na
Função Alocativa
alocação de recursos
Promoção de ajustamento na
Função Distributiva
distribuição de renda
Manutenção da estabilidade
Função Estabilizadora
econômica
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Orçamento Público
Manuel Piñon
MAPA MENTAL
Ato contendo a aprovação prévia
das receitas e despesas públicas
para um período determinado Conceito
Política
Econômica
Social
Administrativa Dimensões
Jurídica Unidade/Totalidade
Técnica Anualidade/Periodicidade
Universalidade/Totalização
Alocativa Legalidade
Distributiva Equilíbrio
Funções de Orçamento
Estabilizadora Exclusividade/Pureza
Especificação/Discriminação
Legislativo
Princípios Clareza/Objetividade
Executivo Orçamentários
Tipos de Orçamento Precedência
Misto
Programação
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Orçamento Público
Manuel Piñon
XX; o crescimento das unidades de polícia pacificadora (UPPs), apesar de agora a política de
segurança estar em declínio; e a ampla reforma urbana na região portuária, que, no entanto,
ainda não conseguiu decolar a maior parte dos investimentos imobiliários previstos no Porto
Maravilha. Valor Econômico, 26/7/16. Internet: <http://www.valor.com.br> (com adaptações).
Considerando as informações apresentadas, julgue o item a seguir, acerca das funções eco-
nômicas do Estado e de suas formas de atuação.
Por meio da implantação de UPPs em comunidades carentes dominadas pelo crime organi-
zado, o Estado atuou no âmbito de sua função alocativa, garantindo a oferta do bem público
segurança.
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Orçamento Público
Manuel Piñon
GABARITO
1. C 6. C 11. C
2. C 7. E 12. C
3. E 8. E 13. C
4. C 9. E 14. C
5. E 10. E 15. E
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Orçamento Público
Manuel Piñon
Com referência ao assunto abordado no texto e sua relação com as funções econômicas go-
vernamentais, julgue o item a seguir.
A instituição do defeso é uma ação do governo no âmbito de sua função alocativa, uma vez
que, nessa ação, é estabelecido o nível de pesca ao longo de determinado período.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
a) controladora.
b) alocativa.
c) distributiva.
d) estabilizadora.
e) econômica.
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Orçamento Público
Manuel Piñon
045. No ano de 2020, os gastos relativos ao combate à pandemia da COVID-19 devem inte-
grar a prestação de contas ordinária anual do Presidente da República.
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Orçamento Público
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b) O Orçamento Público constitui norma legal a ser aplicada integralmente e contém a fixação
das receitas e a estimativa/previsão das despesas a serem realizadas pelo governo em deter-
minado exercício financeiro.
c) O Orçamento Público é um documento contábil e financeiro desvinculado do planejamento
governamental.
d) A Constituição Federal de 1988 introduziu um modelo orçamentário para a gestão do di-
nheiro Público no Brasil, o qual consiste basicamente em três documentos: plano plurianual
(PPA), lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e lei orçamentária anual (LOA).
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Orçamento Público
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GABARITO
1. d 37. E
2. b 38. E
3. c 39. C
4. E 40. E
5. c 41. E
6. E 42. C
7. E 43. E
8. a 44. C
9. E 45. E
10. a 46. E
11. E 47. d
12. c 48. a
13. C 49. E
14. C 50. a
15. C
16. E
17. E
18. E
19. C
20. c
21. C
22. C
23. E
24. E
25. C
26. C
27. E
28. C
29. C
30. C
31. E
32. E
33. E
34. E
35. C
36. a
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Orçamento Público
Manuel Piñon
GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/TJ-PA/ANALISTA-JUDICIÁRIO/2020) No que tange ao Orçamento-Programa,
assinale a opção correta.
a) A alocação de recursos visa exclusivamente à aquisição de insumos para a execução orça-
mentária dos programas.
b) O principal critério para classificação orçamentária é o que indica a entidade responsável
pela execução do programa.
c) É necessária a criação de alternativas para se determinar uma escala de prioridades a se-
rem executadas.
d) O Orçamento-Programa apresenta vinculação com o planejamento governamental na exe-
cução de programas, projetos e atividades do Estado.
e) Metas e resultados a serem alcançados devem ser estabelecidos necessariamente com
base no menor custo das ações e aquisições demandadas pelos programas.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
O Orçamento-Programa deve ser visto como um plano de trabalho expresso por um conjun-
to de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários para a sua execução,
fazendo com que o gasto Público possa ser detalhado de modo a enfatizar a sua finalidade,
identificando para cada gasto a respectiva a ação, definindo o responsável pela respectiva
execução de cada ação, além de apresentar individualmente os resultados esperados para
cada uma delas.
Nessa linha de raciocínio, o Orçamento-Programa destaca a integração ente o planejamento
e o Orçamento, a quantificação dos objetivos e metas, a utilização das relações de insumo-
-produto e das diversas alternativas programáticas em seu processo decisório, além permitir
o uso de ferramentas para medir os seus resultados, priorizando atender aos objetivos, metas
e prioridades definidos no Planejamento das ações do Governo, integrando planejamento e
Orçamento.
Vamos comentar as demais alternativas:
a) Errada. Já que essa é uma característica do Orçamento-programa.
c) Errada. Já que essa é uma característica do Orçamento-programa.
d) Errada. Já que o Orçamento Base Zero não leva em conta a série histórica de gastos, mas
sim a realização de uma análise detalhada dos gastos.
e) Errada. Já que a ênfase do Orçamento por resultados é na efetividade dos seus atos.
Letra b.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
”eis orçamentárias que materializem atos de aplicação primária da Constituição Federal podem ser
submetidas a controle de constitucionalidade em processos objetivos”.
Errado.
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Orçamento Público
Manuel Piñon
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
“O Orçamento Tradicional é um documento de previsão de receita e autorização de despesas com
ênfase no gasto. É um processo orçamentário em que apenas uma dimensão do Orçamento é
explicitada, qual seja, o objeto de gasto. Esse Orçamento refletia apenas os meios que o Estado
dispunha para executar suas tarefas. Sua finalidade era ser um instrumento de controle político
do Legislativo sobre o Executivo – sem preocupação com o planejamento, com a intervenção na
economia ou com as necessidades da população”.
“Orçamento-Programa é o atual e mais moderno Orçamento Público, está intimamente ligado ao
planejamento, e representa o maior nível de classificação das ações governamentais. O Orçamen-
to-Programa é um plano de trabalho que integra – numa concepção gerencial – planejamento e
Orçamento com objetivos e metas a alcançar. A ênfase do Orçamento-programa é nas realizações
e a avaliação de resultados abrange a eficácia (alcance das metas) e a efetividade (análise do im-
pacto final das ações)”.
Errado.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
É por meio da função alocativa que o Estado oferta bens e serviços Públicos no sentido am-
plo, ou seja, oferta bens e serviços Públicos puros ou semipúblicos. Os bens semipúblicos
são aqueles que, como geram externalidades positivas, não seriam ofertados de forma so-
cialmente ótima.
Agora vamos apontar os erros das demais alternativas:
b) aqui temos uma medida estabilizadora de política monetária.
c) aqui temos uma medida estabilizadora de política fiscal.
d) não tem lógica criar externalidade negativa.
e) aqui temos uma medida de natureza distributiva.
Letra a.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
Importante notar que ao ofertar educação pública gratuita, existe um direcionamento dos
recursos aplicados para a população de baixa renda, que não consegue ter acesso à rede
particular de ensino.
Nesse aspecto, repare que o Público alvo é distinto daquele que o Estado atinge, por exemplo,
com os investimentos em iluminação pública, que a todos ilumina, sem existir um Público
alvo específico.
Nessa toada, podemos dizer que, a situação exposta no enunciado da questão por ser não ex-
cludente e não rival no consumo, ao não ser fornecida pelo Estado, não terá solução eficiente
do ponto de vista do mercado.
Agora, vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Pelo contrário. Em verdade, o Estado oferta ensino amplo e gratuito pelo fato de que
a educação é um bem semipúblico ou meritório.
b) Errada. Na verdade, a educação é ofertada de forma eficiente pelo mercado, mas na ini-
ciativa privada funciona como bem excludente e rival. Assim, o Estado ao ofertar educação
pública gratuita, existe um direcionamento dos recursos aplicados para a população de baixa
renda, que não consegue ter acesso à rede particular de ensino.
d) Errada. A função estabilizadora trabalha com variáveis macroeconômicas de curto prazo,
nada tendo a ver com a situação exposta.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
e) Errada. Existe, sim, interferência no domínio econômico, na medida em que atua distribuin-
do renda de forma indireta para aquelas pessoas que podem/querem pagar por educação
para seus filhos para aquelas que não podem/não querem.
Letra c.
É por meio da função alocativa dos serviços Públicos, prestados direta ou indiretamente pelo
Estado, que as necessidades da população são atendidas.
Ressalte-se que a responsabilidade pelos serviços Públicos é, em última instância, do Estado,
mesmo que ele tenha delegado a sua execução à iniciativa privada.
Certo.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
A instituição do defeso é uma ação do governo no âmbito de sua função alocativa, uma vez
que, nessa ação, é estabelecido o nível de pesca ao longo de determinado período.
É exercendo a sua função alocativa que o governo atua sobre a oferta de bens e serviços, al-
terando, assim, a alocação de recursos. A instituição do defeso consiste em restringir a oferta
de peixes no curto prazo para mantê-la sustentável no longo prazo, ou seja, ao intervir no
mercado proibindo a pesca em determinada época, o governo está tentando garantir a manu-
tenção desta atividade de maneira sustentável.
Certo.
A função alocativa é aquela em que o governo intervém na alocação dos bens e recursos na eco-
nomia, provendo bens e serviços Públicos de modo a diminuir os efeitos das falhas de mercado.
Na situação exposta nessa questão, temos justamente a ação do governo para diminuir os
efeitos da externalidade negativa gerada por um trânsito congestionado, onde gerando ônus
para quem desrespeita as normas do rodízio, o governo proporciona um custo privado para
desestimular o motorista a utilizar seu veículo particular.
Certo.
Na verdade, essa seria a função distributiva, aquela ondo o Estado tributa e transfere renda
para gerar uma distribuição considerada mais justa pela sociedade. Já a função estabilizado-
ra está relacionada normalmente às políticas macroeconômicas.
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Orçamento Público
Manuel Piñon
Na verdade, exerce a função distributiva, aquela que visa transferir/equilibrar a renda, tipo o
Bolsa Família. A função alocativa é aquela que presta, direta ou indiretamente, um serviço à
sociedade.
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Orçamento Público
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A função distributiva consiste em intervir na economia para tornar a sociedade menos de-
sigual em todos os seus aspectos, tanto em relação à renda quanto no que diz respeito ao
acesso a bens e serviços Públicos e aos benefícios gerais da vida em sociedade.
Letra c.
Esse é o diferencial da metodologia do Orçamento Base Zero: o combate àquela ideia, que
existia até então, de gastos simplesmente repetidos de períodos anteriores, acrescentado a
expectativa de inflação. Tudo tinha que ser revisto e novamente justificado.
Certo.
Exato, o Orçamento tradicional ou clássico apenas repetia o valor gasto no ano anterior, sem
considerar, portanto, as ações, planos e programas de trabalho previstos para o ano seguinte,
sendo a falta de planejamento da ação governamental uma das principais características do
Orçamento tradicional.
Certo.
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Orçamento Público
Manuel Piñon
Para resolver esta questão, basta ter em mente, de modo bem resumido, as Funções Orça-
mentárias de Musgrave que são a Alocativa (aquela realizada por meio de ajustamentos na
alocação de recursos), a Distributiva (que atua na redistribuição da renda) e a Estabilizadora
(que visa garantir a estabilização econômica).
Certo.
Trata-se de um trecho escrito por Giacomoni em sua obra Orçamento Público, 16ª edição:
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Orçamento Público
Manuel Piñon
Para resolver esta questão, basta ter em mente, de modo bem resumido, as Funções Orça-
mentárias de Musgrave que são a Alocativa (aquela realizada por meio de ajustamentos na
alocação de recursos), a Distributiva (que atua na redistribuição da renda) e a Estabilizadora
(que visa garantir a estabilização econômica).
Dito isso, quando o examinador fala em “função econômica” do Orçamento, na verdade ele
quis dizer que sob o aspecto econômico, o Orçamento é um instrumento usado pelo governo
para retirar recursos da sociedade, especialmente via tributação da renda, do patrimônio e do
consumo, alocando-os em determinadas áreas da sociedade.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
Preocupa-se em saber as
coisas que o governo faz e
não as coisas que o
governo compra.
Gasto Resultado
A questão trouxe um conceito bem antigo de Orçamento Público, feito por Allan D. Manvel em
1944. Entretanto, ainda é um conceito moderno e contemporâneo que identifica a finalidade do
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
Orçamento como um instrumento de gestão. Observe que o mestre Giacomoni utiliza o concei-
to de Manvel em sua obra Orçamento Público:
“A reforma orçamentária na sua essência exigia que os Orçamentos Públicos deveriam constituir-
-se em instrumentos de administração, de forma que auxiliassem o Executivo nas várias etapas do
processo administrativo: programação, execução e controle. A partir de suas características como
documento de “antecipação”, o Orçamento representaria a própria programação de trabalho do go-
verno. Tal é o sentido da definição de Allan D. Manvel, publicada em 1944: o Orçamento é um plano
que expressa em termos de dinheiro, para um período de tempo definido, o programa de operações
do governo e os meios de financiamento desse programa.”
Certo.
Guarde que o Orçamento Público não é objeto do direito tributário, que tem por objeto a origem
de receita pública denominada receita tributária.
Já o Orçamento Público corresponde a um dos focos da Atividade Financeira do Estado e o di-
reito financeiro, que tem por objeto a disciplina jurídica de toda atividade financeira do Estado e
abrange receitas, despesas e créditos Públicos. O direito tributário, por sua vez, tem por objeto
específico a disciplina jurídica de uma das origens da receita pública: o tributo.
Errado.
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Orçamento Público
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Dessa forma, vemos que a assertiva está errada, já que quem enfatiza as necessidades finan-
ceiras das unidades organizacionais é o modelo tradicional de Orçamento, já que o Orçamen-
to-programa PRIORIZA atender aos objetivos, metas e prioridades definidos no Planejamento
das ações do Governo.
Errado.
O Orçamento Tradicional ou Clássico serviu também como uma ferramenta de controle po-
lítico sobre o Poder Executivo, deixando em segundo plano os seus demais aspectos, quais
sejam: econômico, contábil, administrativo e jurídico.
Orçamento tradicional
Por meio do
controle contábil
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tanto, as ações, planos e programas de trabalho previstos para o ano seguinte, sendo a falta
de planejamento da ação governamental uma das principais características do Orçamento
tradicional.
Esse tipo de orçamentação pública ficou conhecido como “lei de meios”, já que focava nos
meios e não nas metas e objetivos do Estado.
Errado.
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Lembre-se do bolsa família, que talvez seja o exemplo mais emblemático da função distributi-
va (estilo Robin Wood), uma vez que o governo transfere para os mais pobres os valores arre-
cadados de toda a sociedade de acordo com a capacidade contributiva de cada um.
Certo.
O Orçamento Clássico ou Tradicional foca apenas no objeto do gasto. Quando ele era usado,
não havia participação da sociedade, sendo o controle político feito pelo Poder Legislativo so-
bre o Poder executivo. Dando ênfase apenas questões contábeis, era composto basicamente
pela previsão das receitas e pela fixação das despesas.
Vamos apresentar as características básicas dos demais tipos de Orçamento.
b) O Orçamento de Desempenho ou Funcional foca naquilo que o governo faz, mas não há
vinculação ao sistema de planejamento.
c) O Orçamento por Resultados é baseado em resultados sendo a administração pública con-
trolada e responsabilizada pelo seu alcance.
d) Não existe esse tipo orçamentário.
e) O Orçamento-Programa funciona como instrumento de planejamento, gerenciamento e
controle dos recursos Públicos, de forma a otimizar o cumprimento dos objetivos previamen-
te definidos.
Letra a.
O Orçamento Clássico ou Tradicional foca apenas no objeto do gasto. Dando ênfase apenas
questões contábeis, era composto basicamente pela previsão das receitas e pela fixação das
despesas, sem levar em consideração as reais necessidades da coletividade.
Errado.
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Orçamento Público
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Em regra, a LOA é uma lei de caráter autorizativo, ou seja, o administrador Público não é obri-
gado a realizar todas as despesas fixadas no Orçamento, exceto quanto aos casos previstos
na legislação (normalmente, emendas parlamentares individuais e de bancada de execução
obrigatória).
Certo.
Na verdade, era o Orçamento Público tradicional que tinha como finalidade o controle político
do Poder Legislativo sobre o Poder Executivo, mas como atualmente usamos no Brasil o Or-
çamento-Programa que serve de instrumento de planejamento, gerenciamento e controle dos
recursos Públicos, de forma a otimizar o cumprimento dos objetivos previamente definidos,
não podemos mais dizer que o Orçamento Público é um mecanismo de controle político dos
órgãos de representação sobre o Poder Executivo. Também o trecho da assertiva que fala
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“independentemente das mudanças ocorridas nas funções do Estado” serve para reforçar o
entendimento de que ela está errada.
Errado.
A EC 106/2020 é uma Emenda Constitucional avulsa, ou seja, uma emenda constitucional que
não modifica o texto da CF/1988. Em outras palavras, a EC 106/2020 é uma norma constitu-
cional não prevista no texto da CF/1988, mas integra o chamado bloco de constitucionalida-
de, ou seja, mesmo sem estar escrita no texto da CF/1988, o que a EC 106/2020 dispõe vale
como se estive escrito no próprio texto da CF/1988.
Errado.
Na verdade, o mencionado regime extraordinário é válido apenas para a União e deve estar
voltado exclusivamente para atender as necessidades inerentes ao combate à pandemia e
naquilo que for incompatível com o regime ordinário.
Errado.
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045. No ano de 2020, os gastos relativos ao combate à pandemia da COVID-19 devem integrar
a prestação de contas ordinária anual do Presidente da República.
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REFERÊNCIAS
AUGUSTINHO PALUDO. Orçamento Público (AFO e LRF). Editora Juspodivm, 10ª edição.
VALDECIR PASCOAL. Direito Financeiro e Controle Externo. Editora Método, 10ª edição.
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GABARITO
1. c
2. b
3. a
4. C
5. b
6. c
7. a
8. b
9. a
10. E
11. e
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GABARITO COMENTADO
001. (FCC/CL-DF/CONSULTOR/2018) Se o orçamento público for elaborado com base na
concepção do orçamento-programa, terá como um dos principais critérios de classificação da
despesa orçamentária aquele por
a) natureza e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o nú-
mero de vacinas adquiridas.
b) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser aumentar o número de livros adquiridos.
c) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser a redução do analfabetismo.
d) ações e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o número
de médicos contratados.
e) elementos de despesa e o objetivo de um programa vinculado à função assistência social
poderá ser a redução da população em situação de vulnerabilidade
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O Orçamento Programa visa fazer com que o gasto público possa ser detalhado de modo a
enfatizar a sua finalidade, identificando para cada gasto a respectiva a ação, definindo o res-
ponsável pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar individualmente os resul-
tados esperados para cada uma delas.
Assim, a ênfase do Orçamento Programa NÃO está nos meios (o que se compra), MAS SIM nas
diretrizes, prioridades, objetivos e metas.
Letra b.
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Excelente questão para confirmar que o entendimento da FCC acompanha a doutrina no sen-
tido de que o Orçamento é uma lei formal, especial (trata de matéria específica), de efeito con-
creto e com certo prazo de vigência e que, por isso, sua natureza jurídica é de “lei”, sendo uma
lei autorizativa, porque autoriza a Administração a praticar atos administrativos, assim como
cobrar tributos e efetuar despesas.
Realmente a Doutrina entende que o Orçamento brasileiro é misto, já que o Poder Executivo
tem a competência para elaboração dos projetos de leis orçamentárias e ao Poder Legislativo
cabe a sua discussão e aprovação, diferentemente dos modelos Legislativo e Executivo, em
que apenas um dos Poderes atua.
Certo.
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A espécie de orçamento cuja técnica utilizada para sua confecção consiste em desconsiderar
os valores do ano anterior como valor inicial mínimo, e proceder a uma análise crítica de todos
os recursos solicitados pelos órgãos governamentais, e de suas efetivas necessidades, sem
qualquer compromisso com montantes iniciais de dotações, denomina-se orçamento base
zero ou por estratégia.
A sua ideia-chave é fazer com que todas as despesas de todos os órgãos sejam justificadas
detalhadamente, sem permitir que o simples fato de que uma despesa que já estivesse no or-
çamento do ano anterior, fosse simplesmente repetida, tratando cada gasto demandado como
um novo gasto.
O foco desse modelo de orçamentação é identificar gastos, programas, e até me órgãos que
não tinham utilidade prática para a Administração Pública. Seguindo essa linha de raciocínio,
para que um gasto fosse “aprovado” ela deveria ser eficiente e eficaz, não poderia ter ainda
mais suas operações reduzidas ou eliminadas.
Letra b.
O orçamento tradicional era o orçamento desvinculado de qualquer planejamento, com foco mais
em questões contábeis, em detrimento de um foco administrativo de gestão. Aqui o orçamento era
uma mera peça contábil e não havia menção a qualquer objetivo ou meta a ser atingida. Demonstra
despreocupação do gestor com o atendimento das necessidades populacionais, uma vez que se
atenta mais para as necessidades das unidades organizacionais.
Letra c.
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Aproveite para ver mais um conceito doutrinário de Orçamento Público, dessa vez do Mestre
Caldas Furtado:
orçamento público é o instrumento através do qual os cidadãos, por intermédio de lei aprovada
por seus representantes no Parlamento, fixam a despesa e preveem a receita para o período de um
ano, a partir da determinação dos serviços públicos que serão prestados pelo Estado e dos demais
objetivos da política orçamentária, bem como da definição de quais, e de que forma, setores da so-
ciedade financiarão a atividade estatal.
Letra b.
O orçamento que enfatiza os fins, em vez de os meios, e que a base fundamental é o planeja-
mento, em vez de ser apenas um instrumento contábil de controle, é o orçamento programa,
que tem como características principais, as seguintes:
1) o orçamento representa o elo entre o planejamento e as ações governamentais;
2) a destinação dos recursos está atrelada ao alcance de objetivos e metas;
3) as decisões sobre alocações de recursos são realizadas mediante avaliação com base cien-
tificadas possibilidades existentes;
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4) as despesas são agrupadas não só pela sua natureza econômica, mas também segundo a
classificação funcional-programática, ou seja, os recursos são alocados segundo as funções
e programas de governo;
5) a organização administrativa do ente e o planejamento são os delineadores da estrutura
do orçamento
6) o controle vai além do exame da legalidade, avaliando a eficiência, a eficácia e efetividade
das ações governamentais, com base em índices e padrões de mensuração dos resultados
dos programas.
Letra a.
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Com exceção da letra e, todas as outras tratam do orçamento tradicional. Guarde que o orça-
mento-programa é um instrumento de planejamento da ação do governo, por meio da identifi-
cação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento de objeti-
vos e metas a serem implementados e previsão dos custos relacionados.
Letra e.
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A doutrina afirma que a Constituição Federal brasileira adotou o chamado Orçamento Misto,
em que o Poder Executivo tem a competência para elaboração dos projetos de leis orçamentá-
rias e o envio destes projetos ao Poder Legislativo, para sua discussão e aprovação.
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GABARITO
1. c 13. c 25. E
2. a 14. E 26. C
3. d 15. E 27. a
4. a 16. e 28. C
5. b 17. c 29. a
6. a 18. a 30. c
7. b 19. d 31. b
8. a 20. b 32. a
9. b 21. c 33. c
10. b 22. a 34. d
11. a 23. e 35. a
12. b 24. E
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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/DPE-RJ/CONTADOR/2019) A situação deficitária das contas públicas do governo
federal fez com que candidatos à presidência nas eleições de 2018 propusessem mudanças
drásticas na técnica de elaboração do orçamento utilizada pelo governo. Uma dessas pro-
postas apresentava a necessidade de que os gestores públicos justificassem anualmente de
forma detalhada cada gasto público empregado, sem compromisso com qualquer montante
inicial de dotação.
Trata-se de técnica conhecida como orçamento:
a) clássico;
b) programa;
c) base zero;
d) por desempenho;
e) de teto móvel.
Muito noticiado na mídia no início do Governo Bolsonaro, o Orçamento Base Zero, que não
leva em conta a série histórica de gastos, busca passar um pente fino em todos os gastos go-
vernamentais. Assim, a ideia é avaliar as despesas propostas com lupa, definindo prioridades
e verificando o custo-benefício de cada gasto em detrimento de outro. Trata-se de uma das
ideias de Paulo Guedes para conter o déficit do Orçamento Público.
Letra c.
O limite para aprovação das emendas individuais ao projeto de lei orçamentária corresponde a
1,2% da receita corrente líquida prevista no projeto de LOA. Confira na letra da CF/1988, com
grifos nossos:
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Perceba que a função do orçamento fiscal é a redução das desigualdades, que representa a
função distributiva do Estado. Confira diretamente do texto constitucional, com grifos nossos:
Art. 165, § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
Letra a.
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Perceba que a função do orçamento fiscal é a redução das desigualdades, que representa a
função distributiva do Estado. Confira diretamente do texto constitucional, com grifos nossos:
Art. 165, § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
Letra a.
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Trata-se do Orçamento Base Zero. Confira a conceituação desse modelo orçamentário, nas pa-
lavras de Augustinho Paludo, no livro Orçamento Público (AFO e LRF) 4ª Edição (Ed. Elsevier),
com grifos nossos:
Orçamento Base Zero surgiu no Texas, Estados Unidos, na década de 1970, e nele não há direito
adquirido no orçamento. Cada despesa é tratada como uma nova iniciativa de despesa, e a cada ano
é necessário provar as necessidades de orçamento, competindo com outras prioridades e projetos.
Inicia-se todo ano, partindo do “zero” – daí o nome Orçamento Base Zero.
O Orçamento Base Zero exige que o administrador justifique, a cada ano, todas as dotações solici-
tadas em seu orçamento, incluindo alternativas, análise de custo, finalidade, medidas de desempe-
nho, e as consequências da não aprovação do orçamento. A ênfase é na eficiência, não se preocupa
com as classificações orçamentárias, mas com o porquê de se realizar determinada despesa.
Letra a.
O enunciado da questão traz características do Orçamento Base zero (OBZ), técnica orçamen-
tária de difícil implementação por parte dos gestores públicos, já que exige uma avaliação
de toda programação de gastos a cada novo exercício – por isso, a denominação base zero.
Toda ação, projeto ou atividade, seja nova ou de natureza contínua, deve ser detalhadamente
justificada a cada ano, ou seja, há sempre uma reavaliação constante da necessidade de ma-
nutenção do gasto ao longo do tempo.
Letra b.
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Aspectos administrativos e de
Aspectos contábeis.
planejamento.
Indicadores e padrões de
Não há medição de resultados.
desempenho.
Letra b.
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Vamos ler o que a Emenda Constitucional n. 86/2015 trouxe de novo para a CF/1988, com
grifos nossos:
Art. 166, § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de
1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminha-
do pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços
públicos de saúde.
§ 11 É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º
deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita
corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da
programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165.
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despesas executadas a título de restos a pagar para tal finalidade, desde que não ultrapassem
o limite de 0,6% da RCL realizada no exercício anterior, ou seja, a metade do percentual de exe-
cução obrigatória.
O PULO DO GATO
Guarde, portanto, que temos aprovação de 1,2% da RCL prevista no projeto de LOA encami-
nhado pelo Executivo e execução obrigatória de 1,2% da RCL realizada no exercício anterior.
O examinador pede então o montante de execução obrigatória das emendas individuais em
milhões de reais. Confira:
Execução obrigatória: RCL realizada do ano anterior X 1,2%
Execução obrigatória: 180 X 1,2%
Execução obrigatória: 2,16 milhões.
Letra a.
Na verdade, a elaboração detalhada do orçamento que expresse a origem dos recursos e sua
aplicação em cada exercício está em consonância com o princípio da especificação.
Errado.
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Observe que uma das principais características desse modelo de orçamentação (Orçamento-
-programa) é justamente realizar a quantificação dos objetivos e metas para que seja possível
acompanhar o cumprimento das metas definidas.
Letra e.
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O Orçamento Tradicional ficou conhecido como “lei de meios”, já que focava nos meios e não
nas metas e objetivos do Estado.
Letra a.
O Orçamento Base zero, cujo foco era passar um pente fino em TODOS OS GASTOS, é o méto-
do de elaboração de orçamento em que, a cada novo exercício, deve haver justificativa detalha-
da dos recursos solicitados – é o orçamento, já que toda informação prévia relativa aos anos
anteriores era desprezada, ou seja, a necessidade e a utilidade de cada despesa deveria ser
vista como se fosse completamente nova.
Letra d.
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a) 1, 2 e 3;
b) 1, 3 e 2;
c) 2, 1 e 3;
d) 2, 3 e 1;
e) 3, 1 e 2.
Numa lida do enunciado já podemos ver que estamos falando da função estabilizadora, aquela
responsável por manter a estabilidade do nível de preços, o que já elimina as alternativas, a,
b e e. Bem, a função estabilizadora normalmente é exercida pela combinação adequada das
políticas monetária e fiscal.
Letra c.
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Políticas que reduzam os custos admissionais a fim de elevar o emprego estão relacionadas à
função estabilizadora.
A sequência correta é:
a) V – V – V;
b) V – V – F;
c) F – V – V;
d) F – F – V;
e) F – F – F.
Na verdade, o orçamento tem aspecto político, porque revela ações sociais e regionais na des-
tinação das verbas. Tem também características econômicas, porque manifesta a realidade
da economia. É técnico, porque utiliza cálculos de receita e de despesa e tem, ainda, aspectos
jurídicos, porque atende às normas da Constituição Federal e de leis infraconstitucionais.
Errado.
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d) professor/aluno.
e) número de consultas médicas.
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d) ações e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o número
de médicos contratados.
e) elementos de despesa e o objetivo de um programa vinculado à função assistência social
poderá ser a redução da população em situação de vulnerabilidade
O Orçamento-programa visa fazer com que o gasto público possa ser detalhado de modo a en-
fatizar a sua finalidade, identificando para cada gasto a respectiva ação, definindo o responsá-
vel pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar individualmente os resultados
esperados para cada uma delas.
Assim, a ênfase do Orçamento-programa NÃO está nos meios (o que se compra), MAS SIM nas
diretrizes, prioridades, objetivos e metas.
Letra b.
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tindo “direitos adquiridos” no que diz respeito ao montante dos dispêndios ou com o nível de
atividade do exercício anterior, fazendo com que o administrador, a cada novo exercício, justifi-
que detalhadamente os recursos solicitados.
Letra a.
No Brasil atual, está previsto em nossa CF de 1988 o tipo de orçamento público MISTO, em
que a votação e o controle do orçamento são de competência do Poder Legislativo, enquanto
a elaboração e a execução são de competência do Poder Executivo.
Letra c.
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Modelo orçamentário pouco conhecido, o Orçamento com Teto Fixo é aquele que utiliza o crité-
rio de alocação de recursos através deste quantitativo fixo. Vamos apontar os erros dos demais:
a) Errada. É o tradicional.
b) Errada. É o de desempenho.
c) Errada. É o incremental.
Letra d.
A questão foi elaborada com base no livro de Sérgio Jund, cujos trechos são reproduzidos em
associação com a respectiva dimensão do orçamento:
(I) Dimensão técnica:
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Não obstante todas as divergências existentes na doutrina, atualmente é posição dominante, diver-
sas vezes reiteradas pelo STF, considerar o orçamento como uma lei formal. Dessa forma, a dimen-
são jurídica é aquela em que se define ou integra a lei orçamentária no conjunto de leis do país.
Representa o fluxo financeiro gerado pelas entradas de recursos obtidos com a arrecadação de
receitas e os dispêndios com as saídas de recursos proporcionados pelas despesas, evidenciando
a execução orçamentária.
Corresponde à característica que atribui ao orçamento, como plano de ação governamental que o é,
o poder de intervir na atividade econômica, propiciando a geração de emprego e renda em função
dos investimentos que podem ser previstos e realizados pelo setor público, resultando com isso no
desenvolvimento do país.
Letra a.
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