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AFO

Orçamento Público

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
AFO
Orçamento Público

Sumário
Manuel Piñon

Apresentação. . .................................................................................................................................. 4
Orçamento Público.......................................................................................................................... 5
1. Conceito.......................................................................................................................................... 5
1.1. Dimensões do Orçamento Público......................................................................................... 7
2. Conhecendo mais sobre o Orçamento Público. . .................................................................... 9
2.1. Consolidando Definições......................................................................................................... 9
2.2. Orçamento Autorizativo x Impositivo x Híbrido.............................................................. 10
2.3. Teto de Gastos das Despesas Primárias – Novo Regime Fiscal da União. . .................19
2.4. Natureza Jurídica do Orçamento.. ....................................................................................... 24
2.5. Outros Aspectos Relevantes do Orçamento Público...................................................... 26
2.6. Orçamento de Guerra e Regimes Fiscais Extraordinários. . ........................................... 30
3. Técnicas /Métodos /Espécies de Orçamento. . .................................................................... 32
3.1. Orçamento Tradicional ou Clássico..................................................................................... 32
3.2. Orçamento Desempenho ou de Realizações.................................................................... 34
3.3. Orçamento-Programa........................................................................................................... 35
3.4. Orçamento Base Zero............................................................................................................ 39
3.5. Orçamento Participativo....................................................................................................... 41
3.6. Orçamento Incremental........................................................................................................ 43
3.7. Orçamento por Resultados ou Novo Orçamento Desempenho....................................44
3.8. PART..........................................................................................................................................44
4. Tipos de Orçamentos................................................................................................................44
4.1. Orçamento Legislativo. . ......................................................................................................... 45
4.2. Orçamento Executivo............................................................................................................ 45
4.3. Orçamento Misto. . .................................................................................................................. 45
5. Objetivos da Política Orçamentária e Funções do Orçamento Público. . ........................46
5.1. Função Alocativa..................................................................................................................... 47
5.2. Função Distributiva................................................................................................................48

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5.3. Função Estabilizadora...........................................................................................................49


Resumo............................................................................................................................................. 50
Mapa Mental................................................................................................................................... 56
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 57
Gabarito............................................................................................................................................60
Questões de Concurso – Lista I. . ..................................................................................................61
Gabarito............................................................................................................................................ 72
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 73
Referências......................................................................................................................................98
Questões de Concurso – Lista II.. ................................................................................................ 99
Gabarito.......................................................................................................................................... 103
Gabarito Comentado................................................................................................................... 104
Questões de Concurso – Lista III............................................................................................... 112
Gabarito.......................................................................................................................................... 123
Gabarito Comentado................................................................................................................... 124

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Apresentação
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nesta aula é, principalmente, avançar no conhecimento do Orça-
mento Público, aprofundando os conceitos das primeiras aulas.

Como disse Abraham Lincoln:

“A melhor maneira de prever o futuro é cria-lo”.

Então, vamos fazer nossa parte e criar nosso futuro.


Espero que aproveite bem esta aula que preparei com muito carinho para você.
Bom proveito,
Prof. Manuel Piñon

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ORÇAMENTO PÚBLICO
1. Conceito

O Orçamento Público é um documento que prevê as receitas – quantias de moeda que,


num período determinado (normalmente um ano), devem entrar – e fixa as despesas, com
especificação de suas principais fontes de financiamento e das categorias de despesas mais
relevantes. Assim, o Orçamento Público é a nossa conhecida LOA – Lei Orçamentária Anual.

DICA
Fique atento aos termos: no Orçamento as receitas são previs-
tas e as despesas são fixadas.

ORÇAMENTO PÚBLICO

PREVISÃO DOS VALORES A RECEBER RECEITAS

FIXAÇÃO DAS AÇÕES PÚBLICAS A REALIZAR DESPESAS

Vamos conhecer o conceito doutrinário de Orçamento Público, segundo autores renoma-


dos na matéria.
De acordo com os autores Abrúcio e Loureiro:

“O Orçamento é um instrumento fundamental de governo, seu principal documento de políticas pú-


blicas. Por meio dele, os governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os recursos
extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos sociais, conforme seu peso ou

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força política. Portanto, nas decisões orçamentárias, os problemas centrais de uma ordem demo-
crática como representação e accountability estão presentes. (...) A Constituição de 1988 trouxe
inegável avanço na estrutura institucional que organiza o processo orçamentário brasileiro. Ela não
só introduziu o processo de planejamento no ciclo orçamentário, medida tecnicamente importante,
mas, sobretudo, reforçou o Poder Legislativo”.

Para o saudoso mestre Aliomar Baleeiro:

“O Orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza, por
certo período de tempo, a execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços Pú-
blicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação
das receitas já criadas em lei”.

Finalmente, para Giacomoni, autor muito cobrado nas provas do Cespe:

“De acordo com o modelo de integração entre planejamento e Orçamento, o Orçamento anual cons-
titui-se em instrumento, de curto prazo, que operacionaliza os programas setoriais e regionais de
médio prazo, os quais, por sua vez, cumprem o marco fixado pelos planos nacionais em que estão
definidos os grandes objetivos e metas, os projetos estratégicos e as políticas básicas”.

001. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O Orçamento Público, um instrumento fundamen-


tal de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse assun-
to, julgue o seguinte item.
Com base no Orçamento Público, os governantes selecionam as prioridades e decidem como
empregar os recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos
sociais, conforme o peso ou a força política desses grupos.

Veja a definição dos doutrinadores Ciro Biderman e Paulo Arvate, na obra Economia do Setor
Público no Brasil:

“O Orçamento é um instrumento fundamental de governo, seu principal documento de políticas pú-


blicas. Por meio dele, os governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os recursos
extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos sociais, conforme seu peso ou
força política”.
Certo.

Então, em linguagem técnica, porém mais simples, o que é Orçamento na Administração


Pública?

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Simplificadamente, podemos dizer que Orçamento é um processo contínuo, dinâmico e


flexível, que traduz em termos financeiros para determinado período (um ano), os planos e
programas de trabalho do governo.
Com palavras um pouco mais técnicas, é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arreca-
dação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legis-
lativo lhe autoriza, por meio de LEI, a execução das despesas destinadas ao funcionamento
da máquina administrativa.
De modo mais direto, podemos dizer que o Orçamento do Estado é o ato contendo a apro-
vação prévia das Receitas e Despesas Públicas para um período determinado.

002. (CESPE/MPE-PI/TÉCNICO/2018) Julgue o item seguinte, relativo ao Orçamento Público.


O Orçamento, importante instrumento de planejamento de qualquer entidade pública ou pri-
vada, representa o fluxo previsto de ingressos financeiros e a aplicação desses recursos em
determinado período de tempo.

Aproveite e confira a literalidade do MCASP:

“O Orçamento é um importante instrumento de planejamento de qualquer entidade, seja pública


ou privada, e representa o fluxo previsto de ingressos e de aplicações de recursos em determinado
período”.
Certo.

1.1. Dimensões do Orçamento Público


Na verdade, o Orçamento Público pode ser analisado sob diversos aspectos: político, eco-
nômico, social, administrativo, jurídico, etc., e, de acordo com a evolução da sociedade e com
a variação de suas necessidades, um ou outro aspecto surge como o mais importante do
Orçamento naquele momento.
Importante saber que para parte da Doutrina, o Orçamento Público apresenta três impor-
tantes dimensões, todas de interesse direto para a sociedade: dimensão jurídica, dimensão
econômica e dimensão política.
Existe ainda outra parte da doutrina que elenca ainda outros dois aspectos: administrativo
e técnico.
De acordo com a atuação jurídica, o Orçamento tem caráter e força de lei, e enquanto tal
define limites a serem respeitados pelos governantes e agentes Públicos – no tocante à rea-
lização de despesas e à arrecadação de receitas.

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Seguindo a regra geral relativa à elaboração e à aprovaçaõ das leis em nosso país, tam-
bém o processo legislativo relativo ao Orçamento Público (PPA, LDO e LOA) passa obrigato-
riamente pelas etapas de discussão nas comissões e no plenário, as votações nas comissões
e em plenário, inclusive acerca de eventuais emendas e destaques, até a sanção presidencial.
Já em relação à sua pegada administrativa, o Orçamento é visto como importante peça
de planejamento, na medida em que o Estado busca saber o quanto disporá em termos de
recursos financeiros para aplicar em prol das necessidades coletivas.
Segundo o doutrinador Giacomoni, o Orçamento auxilia os responsáveis pelas finanças
públicas na consecução das diversas etapas do processo administrativo, tais como a progra-
mação, a execução e o controle.
Ainda existe a pegada sob o aspecto técnico. Nesse quadrante, foram estabelecidos inú-
meros mandamentos que visam disciplinar e dar uniformidade à estrutura da lei orçamentária
no país, por meio da apresentação de demonstrativos, estimativa da receita, demonstração de
resultados e contabilização da execução orçamentária, dentre outros.
Note outra maneira de visualizar as dimensões do Orçamento Público:

DIMENSÕES OU ASPECTOS DO ORÇAMENTO

FORMA DE OBSERVAÇÃO (PARADIGMA, VISÃO):


► Jurídica: STF considera o orçamento uma lei formal.
► Econômica: plano de ação governamental, isto é, o poder de intervir na
atividade econômica (emprego, renda).
► Financeira: fluxo de entrada e saída de recursos.
► Política: definição de prioridades, visando à inclusão e à realização de
programas governamentais no plano de ação a ser executado.
► Técnica: formalidades técnicas e legais exigidas no processo orçamentário.

Em suma, podemos dizer que o Orçamento, portanto, tem aspecto político, porque revela
ações sociais e regionais na destinação das verbas. Tem também características econômi-
cas, porque manifesta a realidade da economia. É técnico, porque utiliza cálculos de receita e
de despesa e tem, ainda, aspectos jurídicos, porque atende às normas da Constituição Fede-
ral e de leis infraconstitucionais.

003. (CESPE/IPHAN/AUXILIAR/2018) Em relação ao Orçamento Público e seus preceitos, jul-


gue o item.
Orçamento é o plano contábil que expressa como as ações de governo serão executadas, por
meio da aplicação de recursos (despesas) e suas formas de financiamento (receitas).

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Na verdade, o Orçamento não é apenas plano contábil, já que contempla uma multiplicidade
de aspectos: político, jurídico, contábil, econômico, financeiro e administrativo.
Errado.

2. Conhecendo mais sobre o Orçamento Público


2.1. Consolidando Definições
Nosso objetivo agora é avançar no tema Orçamento Público, também chamado de “Orça-
mentos Anuais”, mas que tecnicamente falando, de forma restritiva, é a LOA – Lei Orçamen-
tária Anual.

Vamos agora pensar o Orçamento como o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arreca-
dação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legis-
lativo lhe autoriza, por meio de LEI, a execução das despesas destinadas ao funcionamento
da máquina administrativa.
Outra forma de vermos o Orçamento é como um processo mais amplo, englobando tam-
bém o PPA e a LDO:

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ENTENDENDO ORÇAMENTO PÚBLICO


O que é orçamento público?
Planejamento de previsão de arrecadação de receitas (impostos taxas,
contribuições etc.) e fixação de despesas públicas para realização das po-
líticas públicas por meio de programas, projetos atividades e operações
especiais para um determinado período de tempo, aprovados nas leis do
Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orça-
mentária Anual (LOA).
Iniciativa do Poder Executivo enviado ao Poder Legislativo para apreciação
e aprovação, sancionado pelo Poder Executivo.

Temos a ideia de Orçamento Público em sentido amplo quando trata das Leis Or-
çamentárias:
PPA – Plano Plurianual
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
LOA – Lei Orçamentária Anual
Tenha em mente que o termo Orçamento Público também é usado em sentido estrito
quando se refere especificamente à LOA, que é o Orçamento Público anual propriamente dito.
Além dos sentidos amplo e estrito, o termo Orçamento Público ainda pode ser usado em
sentido técnico, ou seja, quando se refere à autorização legislativa para execução das despe-
sas, ou melhor, à autorização dos representantes do povo “convertida” em créditos orçamen-
tários para que se possa efetuar o gasto Público.
Note que o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo lhe autoriza (temos um sistema
misto), por certo período, e em pormenor, a execução das despesas destinadas ao funciona-
mento dos serviços Públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país,
assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei.
Em suma, podemos dizer que o Orçamento do Estado é o ato contendo a aprovação prévia
das Receitas e Despesas Públicas para um período determinado.

2.2. Orçamento Autorizativo x Impositivo x Híbrido


Antes de nos aprofundarmos no tema, preciso que você entenda bem o significado das
expressões “Orçamento autorizativo”, “Orçamento impositivo” e “Orçamento híbrido” que são
conceitos doutrinários de nossa matéria.
Assim, guarde que a o conceito de Orçamento autorizativo nada mais é, sinteticamen-
te falando, uma autorização legal para realização de gastos Públicos. Nessa toada, o Poder
Executivo elabora a sua proposta orçamentária e o Congresso Nacional a aprova, autorizando
que o Executivo efetue os respectivos gastos. Nesse caso, note que os parlamentares não de-

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finem em que e quanto gastar, mas simplesmente aprovam (ou não) a proposta enviada pelo
Poder Executivo (com algumas emendas).
De modo distinto, no conceito de Orçamento impositivo existe uma transferência de res-
ponsabilidade de definir “em que e quanto gastar” para o Congresso Nacional, como é o caso
dos Estados Unidos, onde o Parlamento ocupa o papel principal na peça orçamentária.

DICA
Até a EC 86/2015 inexistia dúvida: para qualquer questão de
prova você podia marcar que o Orçamento brasileiro era au-
torizativo. De lá para cá, temos ainda que a maior parte do Or-
çamento brasileiro continua sendo autorizativo para as des-
pesas discricionárias, MAS NÃO MAIS 100% AUTORIZATIVO.
Assim, HOJE leve para a prova que a maior parte do Orça-
mento Federal Brasileiro continua sendo autorizativo, mas em
menor parte também impositivo, situação que a Doutrina de-
nominou de Orçamento Híbrido.

Entendendo esses conceitos, na hora da prova TENHA MUITA ATENÇÃO na redação da


assertiva para não cair em uma eventual pegadinha.
Feita essa introdução, vamos nos aprofundar.
Importante deixar registrado que, no Brasil, o Orçamento Público é, em relação às despe-
sas discricionárias, autorizativo, e não impositivo, ou seja, a fixação de despesas é uma mera
sugestão ou previsão de gastos, sem que haja o dever legal de executá-los.
A Doutrina então classifica os créditos orçamentários em autorizativos, para aqueles que
o governo está autorizado a realizar a despesa; e impositivos, para aqueles que o governo
está obrigado a realizar a despesa.

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Em verdade, em nossa pátria, a realização de uma despesa pública (gasto público) está
condicionada à disponibilidade financeira de receitas arrecadadas durante o exercício finan-
ceiro (1º de janeiro a 31 de dezembro, conforme artigo 34 da Lei n. 4.320/1964).
Nesse sentido, nossa Carta Magna determina que o Poder Executivo publique, até 30 dias
após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
Ainda de acordo com a CF/1988 em seu artigo 168 “os recursos correspondentes às do-
tações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública,
ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês”.
A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam ficar sem
o correspondente financeiro por conta de frustração na arrecadação da receita, anualmente, o
presidente da República tem publicado um decreto de contingenciamento (decreto de progra-
mação orçamentária e financeira), bloqueando recursos, que passam a não estar disponíveis
para empenho até segunda ordem.
Com a entrada da Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC do Orçamento
impositivo”, tornou obrigatória a execução da programação orçamentária relativas às emen-
das individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais emendas serão aprovadas
até 1,2% da Receita Corrente Líquida – RCL prevista no projeto de LOA encaminhado ao Con-
gresso Nacional.
Registre-se que esse apelido não corresponde à realidade, uma vez que apenas uma pe-
quena fatia da LOA passou a ser de execução obrigatória, divergindo assim do conceito dou-
trinário de Orçamento impositivo, aquele em que a aprovação da lei obriga o Executivo a exe-
cutar a LOA de forma mais amarrada.
Existem ainda alguns Doutrinadores que entendem que somente após a EC 100/2019
(adiante comentada) é que o Orçamento impositivo passou a ter vez no Brasil.
O que você deve levar para a prova é que hoje algumas despesas consignadas no Orça-
mento devem necessariamente ser executadas, ou seja, não podemos mais dizer que o Or-
çamento brasileiro é plenamente autorizativo, sendo, em verdade, em sua maior parte ainda
autorizativo, mas também impositivo para as situações previstas na própria CF/1988.
Na verdade, temos que ter muito cuidado com a interpretação da assertiva no dia da pro-
va. Veja a seguir duas questões muito sutis elaboradas de forma maldosa para lhe pegar, em
que além de conhecer o tema, você precisa ficar muito atendo à redação da assertiva.

004. (CESPE/PREF-JOÃO-PESSOA/PROCURADOR/2018-ADAPTADO) Em relação ao concei-


to, às espécies e à natureza jurídica do Orçamento Público, julgue o item a seguir.
De acordo com a jurisprudência do STF, o Orçamento Público, em regra, possui caráter auto-
rizativo, ou seja, o simples fato de uma despesa ser incluída no Orçamento, não gera direito
subjetivo à sua realização.

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Para as despesas discricionárias, o STF já decidiu que, em regra, “a previsão de despesa, em


Lei Orçamentária, não gera direito subjetivo a ser assegurado por via judicial”.
Assim, o Cespe entende que o simples fato de uma despesa discricionária ser incluída no Or-
çamento não gera direito subjetivo à sua realização.
Considerando ser essa uma questão do ano de 2018 e que, nessa época, já tínhamos a Emen-
da Constitucional – EC 86/2015, aquela apelidada de “EC do Orçamento impositivo” que tor-
nou obrigatória a execução da programação orçamentária relativas às emendas individuais
à LOA por parte dos congressistas (até 1,2% da Receita Corrente Líquida – RCL prevista no
projeto de LOA), mas ainda assim o Cespe considerou a assertiva correta.
Certo.

005. (CESPE/PREF-SALVADOR/PROCURADOR/2015) Julgue o item a seguir.


A CF estabelece que a LOA possua caráter meramente autorizativo, ou seja, inexiste a obriga-
toriedade de o Poder Executivo exaurir a verba orçamentária prevista nas diferentes dotações.
Dessa forma, a CF não acolheu em seus dispositivos a hipótese de Orçamento impositivo.

A assertiva é falsa, uma vez que a Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC do
Orçamento impositivo”, tornou obrigatória a execução da programação orçamentária relati-
vas às emendas individuais à LOA por parte dos congressistas.
Errado.

De acordo com o artigo 166, parágrafo 11, da nossa CF/1988, é obrigatória a execução
orçamentária e financeira das emendas parlamentares individuais em montante correspon-
dente a 1,2% da RCL realizada no ano anterior.
De acordo com o artigo 166, parágrafo 13, da nossa CF/1988, as programações orçamen-
tárias do parágrafo 11, NÃO SERÃO DE EXECUÇÃO OBRIGATÓRIA, nos casos dos impedimen-
tos de ordem técnica.
Também de acordo com o artigo 166, parágrafo 18, da nossa CF/1988, se for verificado
que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de
resultado fiscal estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias, os montantes previstos no
§ 11 deste artigo poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limitação incidente
sobre o conjunto das despesas discricionárias.
Agora vamos ler juntos o artigo 166, parágrafo 17, da CF/1988:

§ 17. Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12


poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira até o limite de 0,6%

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(seis décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, para as progra-
mações das emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por cento), para as progra-
mações das emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal.
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019 – produção de efeito).

Dessa forma, até 0,6% de execução via restos a pagar poderá ser considerado como com-
putados dentro dos 1,2% das emendas individuais.
Guarde ainda que a EC 86/2015 tornou impositiva apenas emendas individuais dos par-
lamentares, mas não trouxe qualquer novidade em relação às chamadas emendas de banca-
das, aquelas que são apresentadas, por exemplo, por parte de uma bancada de determinado
estado da Federação.

Apenas com a promulgação da EC 100/2019, é que as emendas de bancada também passa-


ram a ser obrigatórias (limite para a execução de 0,8% em 2020 e, a partir de 2021, de 1% da
RCL) e houve a revogação dos incisos I a IV do § 14, que tratavam das medidas a serem toma-
das em caso de impedimento de ordem técnica que inviabilizassem a execução das emendas.

Ainda de acordo com a nova redação de nossa Carta Magna, trazida pela EC 100/2019,
quando as emendas impositivas resultarem em transferências obrigatórias a estados e mu-
nicípios, os recursos transferidos não integram a RCL – Receita Corrente Líquida dos entes
destinatários.
Além dessas novidades, a EC 100/2019, no artigo 166, em seu § 17, dispôs acerca dos
restos a pagar no âmbito do Orçamento impositivo, determinando que os restos a pagar pro-
venientes das programações orçamentárias previstas nos § 11 e 12 (emendas impositivas
individuais e de bancada) poderão ser consideradas para fins de cumprimento da execução
financeira até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da RCL realizada no exercício anterior,
para as programações das emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por
cento), para as programações das emendas de bancada.
Atente-se, portanto, ao fato de que metade das emendas impositivas (0,6% e 0,5%, respec-
tiva dos 1,2% para as emendas individuais e do 1% para as emendas de bancada) podem ser
destinadas para o pagamento de restos a pagar .

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Mas guarde que as emendas impositivas podem ser contingenciadas, de acordo com os
ditames da LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal.

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Ainda temos o § 19 do artigo 166, que dispôs acerca do critério equitativo para execução
das emendas, definindo como equitativa a execução das programações de caráter obrigatório
que observe critérios objetivos e imparciais e que atendam de forma igualitária e impessoal
às emendas apresentadas, independentemente da autoria.

O PULO DO GATO
Em suma, guarde o seguinte: Emendas individuais impositivas – trazidas pela EC 86 – têm
como limite para execução de 1,2% da RCL, e Emendas de bancada impositivas – trazidas
pela EC 100/2019 têm como limite para a execução de 1% da RCL a partir de 2021, sendo em
2020 esse limite de 0,8% da RCL.

Ainda tratando das chamadas emendas impositivas, a partir do 3º ano da promulgação,


ou seja, em 2022, até o último exercício de vigência do regime de teto de gastos públicos (EC

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95), o limite para a execução das emendas impositivas de bancada será o montante do exer-
cício anterior corrigido pela inflação.

No dia 12/12/2019, o Congresso Nacional promulgou a EC - Emenda Constitucional 105/2019,


acrescentando o artigo 166-A em nossa Carta Magna, tratando das emendas individuais
impositivas.

O objetivo desse artigo 166-A é, resumidamente, autorizar a transferência direta de re-


cursos de emendas parlamentares para estados, ao DF e a municípios sem vinculação a uma
finalidade específica, ou seja, o congressista e o Ente que receber os recursos de sua emenda
parlamentar passam a dispor de maior liberdade na aplicação dos recursos Públicos.
Trocando em miúdos, o resultado dessa EC 105/2019 é que vai ficar mais fácil o acesso
aos recursos das emendas parlamentares individuais, já a partir do Orçamento Geral da União
de 2020, destinadas aos municípios, estados e Distrito Federal.
A CF determinava que as emendas individuais dos parlamentares fossem obrigatoria-
mente executadas, embora sujeitas a bloqueios e metade do valor das emendas devia ser
destinado à área de saúde.

O PULO DO GATO
Uma importante inovação trazida pela EC 105/2019 é a previsão de que seja feita a transfe-
rência direta de recursos federais para os demais Entes, sem a necessidade de convênio ou
instrumento similar com um órgão público intermediário.

A ideia é de que a descentralização dos recursos realizada dessa forma, com a liberação
imediata da verba para os cofres dos estados, DF e municípios, traga agilidade e melhoria nos
serviços prestados ao cidadão, especialmente nos pequenos municípios.
Após a EC 105/2019, o parlamentar pode escolher se o dinheiro será transferido com
vinculação a um objeto específico (transferência com finalidade definida) ou para uso livre
(transferência especial), sob certas condições. Em outras palavras, temos dois tipos de trans-
ferências: a especial (no texto original era chamado de “doação”), que é quando o parlamentar
encaminha recursos para o Ente sem destinação específica; e a com finalidade definida, que
é quando a verba vai “carimbada” para um uso determinado.
A EC 105/2019 estabeleceu que 60% das transferências especiais realizadas no primeiro
ano de vigência da emenda constitucional devem ser executadas até o mês de junho e que
70% dos recursos oriundos das emendas parlamentares individuais terão que ser utilizados
em investimentos.

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DICA
Esses recursos não podem ser usados para despesas com
pessoal (ativos, inativos ou pensionistas) e para pagar encar-
gos sociais e também não poderão ser usados para pagar ju-
ros da dívida.

De acordo com esse novo artigo, os municípios, o Distrito Federal e estados poderão dei-
xar esses recursos de fora do cálculo de limites com despesas de pessoal, de endividamento
e para repartição – no caso dos estados, para com os municípios em seu território.
Guarde alguns aspectos presentes na EC 105/2019 que podem aparecer em sua prova:
• Transferência especial – o dinheiro é repassado diretamente, sem necessidade de con-
vênio ou qualquer outro instrumento e pertencerá ao Ente federado após concluído o
repasse. Uma vez incorporado à receita do beneficiado, o recurso deverá ser aplicado
em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo.
• Utilização dos recursos – deve ser respeitado o mínimo de 70% para despesas de capi-
tal, exceto encargos da dívida. Assim, 30% podem ser usados para despesas de custeio,
como insumos, materiais de consumo, contas de serviços públicos, entre outras.
• Cooperação técnica – o município beneficiado pode firmar contratos de cooperação
técnica relacionados ao acompanhamento da execução orçamentária. Atualmente,
esse serviço é prestado pela Caixa Econômica Federal.

Importante registar que a Doutrina já começa mencionar aqui no Brasil a existência de um


novo princípio orçamentário: o princípio do Orçamento impositivo.

O princípio do Orçamento impositivo estabelece o dever de execução das programações


orçamentárias, de modo a dar efetividade ao sistema constitucional de planejamento e Or-
çamento, prevalecendo, assim, no entender de parte da Doutrina, o caráter vinculante da Lei
Orçamentária.
A adotar esse princípio, leva-se em consideração o § 10 do artigo 165 da CF/1988, que
nos revela que a Administração tem o dever de executar as programações orçamentárias,
adotando os meios e as medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega
de bens e serviços à sociedade.
Com a EC 100/2019, tivemos a ampliação para todo o Orçamento Público, do regime jurí-
dico de execução que já se encontrava definido para as programações incluídas por emendas
individuais com a EC n. 85/2015.
Interessante registrar que a CF/1988 deixa claro que o dever de execução não se aplica
nos casos em que exista impedimentos de ordem técnica ou legal. Veja, por exemplo, a ques-

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tão relativa à necessidade legal de cumprir metas fiscais, o que requer contingenciamento
das despesas. Nessa toada, a execução do Orçamento atinge apenas para as chamadas des-
pesas discricionárias (não obrigatórias). Repare que a execução das despesas “obrigatórias”,
cuja orçamentação, empenho e pagamento decorrem da existência de legislação anterior,
que cria vínculos obrigacionais, define-se pela própria norma substantiva, e não pelo fato de
constar na LOA.

2.3. Teto de Gastos das Despesas Primárias – Novo Regime Fiscal da


União

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A EC 95/2016, também chamada de “PEC do Teto de Gastos”, que estabeleceu o “Novo


Regime Fiscal da União”, que se aplica aos Orçamentos fiscal e da seguridade social da União
em 20 exercícios financeiros, e deve ser calculado sobre as despesas primárias.
Dessa forma, não são objeto do Novo Regime Fiscal da União as despesas do Orçamento
de investimentos da União e as despesas financeiras dos Orçamentos fiscal e da seguridade
social. Obviamente, também ficam de fora os Orçamentos dos estados, DF e municípios.
Como a ideia-chave é que a despesa primária de União não aumente em ritmo superior
ao da taxa de inflação, os gastos financeiros (DESPESAS NÃO PRIMÁRIAS) relativos aos Or-
çamentos fiscal e da seguridade social da União, também estão fora do teto. Em suma, sujei-
tam-se ao teto de gastos apenas as despesas primárias (NÃO FINANCEIRAS) dos Orçamen-
tos fiscal e da seguridade social.

O QUE DIZ O NOVO REGIME FISCAL


• Também conhecido como “teto de gastos”, foi instituído pela Emenda
Constitucional 95.
• O novo regime estabelece que a despesa primária da União não poderá
crescer em ritmo superior ao da taxa de inflação (medida pelo IPCA) pelo
período de 20 anos (2017-2036).
• Trata-se de uma regra fiscal de crescimento real zero da despesa.
• Os limites de cada ano corresponderão aos limites do ano anterior, atuali-
zados pelo IPCA acumulado no período de 12 meses, encerrado em junho.
• Para 2018, o teto foi equivalente ao limite de 2017, atualizado em 3%. O re-
sultado é um limite de R$ 1,347 trilhão.
• Este valor global está dividido entre 15 “órgãos” (por exemplo, Câmara dos
Deputados, Ministério da Educação, Ministério da Defesa, Supremo Tribu-
nal Federal e outros).
• Cada órgão deve aproveitar seu limite individual para fazer os pagamentos
do ano, incluindo os restos a pagar de anos anteriores.

Importante registrar que foram estabelecidos nessa EC 95/2016 quais são os poderes e
órgãos com limites individuais, quais sejam:

Poder Órgãos com Limites Individuais

Executivo -

STF, STJ, CNJ, Justiça do Trabalho, Justiça Federal,


Judiciário Justiça Eleitoral, Justiça do DF e Territórios e Justiça
Militar da União.

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Legislativo Senado, Câmara e TCU.

Ministério Público da União MPU e CNMP

Defensoria Pública da União –

Para o ano de 2017, os limites individualizados devem corresponder à despesa primária


paga no ano de 2016, devendo ser incluídos os restos a pagar pagos e demais operações que
afetam o resultado primário, corrigidos por 7,2 %.
Para os anos de 2018 em diante, os limites individualizados das despesas primárias de-
vem corresponder ao valor do limite do ano imediatamente anterior corrigido pela variação do
IPCA ou de outro índice que o venha a substituir, para o período de 12 meses encerrado em
junho do ano anterior a que se refere à LOA.
Importante destacar que existem alguns itens que mesmo sendo despesas primárias de-
vem ficar de fora da base de cálculo:
1– Despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral com a realização de eleições.
2 – Despesas com aumento de capital de estatais não dependentes.
3 – Créditos Extraordinários a que se refere o parágrafo 3º do artigo 167 da CF/1988.
4 – Transferências constitucionais relativas a royalties e compensações financeiras, ao
Simples Nacional, ao IOF Ouro, ao IR dos estados, DF e municípios, ao Impostos Residuais,
a 50% do ITR, ao FPE, FPM, FCO, FNE e FNO, as cotas estaduais e municipais do Salário Edu-
cação, os valores destinados às Polícias Civil e Militar e aos Bombeiros Militares do DF e à
Complementação do Fundeb.
Importante destacar também que a partir do décimo ano desse regime, é possível ser
revista essa metodologia por meio de uma Lei Complementar de iniciativa do Presidente da
República.
É inegável que essa EC 95/2016 impactou a autonomia orçamentária e financeira dos
demais Poderes, pois os artigos da CF/1988 que reforçam tal autonomia, como os artigos 51,
52, 99, 127 e 134, foram relativizados pela EC 95/2016.
Além desse impacto, a EC 95/2016 também trouxe reflexos ao Ciclo Orçamentário.
Quanto à fase de elaboração da LOA, passou a ser necessário que na mensagem presidencial
sejam demonstrados os valores máximos de programação de acordo com os limites individuais.
No que diz respeito à fase de execução da LOA, as despesas primárias autorizadas na LOA
ficam sujeitas aos limites individuais, não podendo exceder os valores máximos da mensa-
gem presidencial. Além disso, fica vedada a abertura de crédito suplementar ou especial que
aumente o valor total autorizado da despesa primária.
Ressalte-se que, para os anos de 2017, 2018 e 2019, o Poder Executivo pôde ajudar os
demais poderes por meio da compensação dos limites individuais de outros Poderes, desde
que o executivo reduza as suas despesas primárias no montante correspondente.
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Aí você me pergunta: professor, e se os limites individualizados de gastos forem ultrapas-


sados? O que acontece?

Nesse caso, são previstas restrições, sendo que algumas delas contagiam os demais ór-
gãos do mesmo poder e outras restrições ficam vinculadas ao órgão que estourou seu limite.
As chamadas “restrições contagiantes” aos demais órgãos impedem que todos os ór-
gãos do mesmo Poder concedam aumento de remuneração aos seus servidores, exceto os
derivados de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal relativa a atos
anteriores à entrada em vigor da EC 95/2016. Além dessa, todos os órgãos ficam proibidos
de alterar a estrutura de carreira que implique aumento de gastos e também de criar ou ma-
jorar auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou benefícios de qual-
quer natureza.
Por outro lado, as restrições que ficam vinculadas ao órgão do poder são relativas a:
1 – Criação de despesa obrigatória;
2 – Criação de cargo, emprego ou função que gere aumento de gastos;
3 – Realização de concurso Público, exceto para as reposições de vacâncias de cargos
efetivos ou vitalícios;
4 – Adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da
inflação, observada a preservação do poder aquisitivo;
5 – Admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvadas as reposições de
cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa e aquelas decorrentes
de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios.

O PULO DO GATO
Apenas para o Poder Executivo existem mais 2 (duas) restrições extras: a vedação para cria-
ção ou expansão de programas e linhas de financiamento, bem como a remissão, renego-
ciação ou refinanciamento de dívidas que gerem ampliação de despesas com subvenções e
subsídios, e a vedação de concessão ou ampliação de incentivos fiscais.

Além das restrições “contagiantes”, das restrições vinculadas ao órgão do poder e das restri-
ções adicionais específica do Poder Executivo, temos uma restrição geral, ou seja, uma res-
trição que se aplica a todos os órgãos de todos os Poderes. Se um poder desrespeitar o seu
limite individual: fica vedada a concessão de revisão geral da remuneração prevista no artigo
37, X, da CF/1988.

Importante saber que a EC 95/2016 previu alguns casos especiais, notadamente relativos
à saúde, à educação e às chamadas emendas individuais impositivas da EC 86/2015.
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Para a área de saúde, a EC 95/2016 definiu para o ano 1 (2017) o limite de 15% da RCL
– Receita Corrente Líquida arrecadada da LOA de 2017 e para os anos seguintes o valor do
exercício anterior corrigido pelo IPCA.
Para a área de educação, a EC 95/2016 definiu para o ano 1 (2017) o limite de 18% dos
impostos líquidos LOA de 2017 e para os anos seguintes o valor do exercício anterior corrigido
pelo IPCA.
A EC 95/2016, por meio do artigo 111 do ADCT da nossa CF/1988 nos diz que:

“Art. 111. A partir do exercício financeiro de 2018, até o último exercício de vigência do Novo Regime
Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da Constituição Federal cor-
responderão ao montante de execução obrigatória para o exercício de 2017, corrigido na forma es-
tabelecida pelo inciso II do § 1º do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.”

Assim, para o ano 1 (2017) definiu o limite de 1,2% da RCL arrecadada em 2016 LOA, e a
partir de 2018 até o fim do Novo Regime Fiscal, a aprovação e execução das emendas indi-
viduais de execução obrigatória terão como limite o valor do exercício anterior acrescido do
IPCA de 12 meses.
O chamado Novo Regime Fiscal da União também inovou ao constitucionalizar os fa-
mosos “restos a pagar”, uma vez que, até então, os resíduos passivos relativos às despesas
empenhadas e ainda não pagas dentro do mesmo ano, só tinham previsão em legislação in-
fraconstitucional, determinando que os restos a pagar podem ser considerados, até o limite
de 0,6% da RCL do ano anterior, para fins de cumprimento da execução financeira obrigatória
de emendas individuais.
Ressalte-se ainda que a o Novo Regime Fiscal da União não alterou os demais dispositi-
vos de metas e limites fiscais da LRF.

006. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Em relação às técnicas e aos princípios do Orçamento


Público, julgue o item a seguir:
O Orçamento Base-Zero facilita o processo de revisão da decisão a respeito da alocação dos
recursos Públicos, sendo, por essa razão, adequado às situações em que as despesas públi-
cas são limitadas por um teto de gastos.

Em função da nossa grave crise fiscal, com déficits elevados e crescentes, foi aprovada uma
PEC para estabelecer um “teto” para os gastos Públicos.
Nessa linha de raciocínio, torna-se razoável admitir que uma técnica como a do Orçamento
de base-zero, a qual tem o poder de extinguir ou redimensionar programas desnecessários,
possa vir a ser utilizada com o fito de atingir o equilíbrio fiscal.

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Orçamento Público
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Assim, os órgãos governamentais terão que justificar anualmente, na fase de elaboração da


sua proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem utilizar o ano anterior como va-
lor inicial mínimo.
Certo.

Ainda em função das consequências das medidas de combate à pandemia da Covid-19,


LDO para o ano de 2021, apresentou meta fiscal flexível. Em função disso, a Doutrina já apre-
senta um novo conceito, o de Orçamento Federal Flexível para o ano de 2021.
Nessa toada, a meta fiscal para 2021 dependerá das receitas projetadas menos as despe-
sas apuradas conforme o teto dos gastos Públicos definido na EC 95. A ideia é de que a pan-
demia da Covid-19 e os efeitos do isolamento social impedem cálculos mais precisos sobre
o desempenho da atividade econômica e, portanto, da arrecadação. Assim, diferentemente
do que ocorreu no passado, a meta fiscal foi ancorada principalmente em despesas fixadas.

2.4. Natureza Jurídica do Orçamento


Importante deixar registrado que o Orçamento Público, embora tenha formato de lei, sen-
do aprovado como tal, é entendido predominantemente no Brasil, como lei apenas em sen-
tido formal.
Para o famoso doutrinador Ricardo Lobo Torres:

“A teoria de que o Orçamento é lei formal, que apenas prevê as receitas públicas e autoriza gastos,
sem criar direitos subjetivos e sem modificar as leis financeiras e tributárias, é que melhor se adap-
ta ao Direito Constitucional Brasileiro”.

Em relação à sua natureza jurídica, é bom deixar registrado que o Orçamento Público embora
tenha formato de lei, sendo aprovado como tal, a DOUTRINA dominante, embora não pacífica,
é a de que o Orçamento Público, no Brasil, é lei em sentido formal.

JURISPRUDÊNCIA
Entretanto, no que diz ao controle abstrato de constitucionalidade de uma Lei Orçamen-
tária, o STF entende que é possível sim (ADI 4048 e 4049), embora normalmente só seja
possível esse controle para leis consideradas em sentido material.

Quando mencionamos o sentido formal da LOA é que temos uma lei que tem “cara”, ou
“forma” de lei, sendo formalmente aprovada pelo Poder Legislativo.
A LOA pode ser chamada de lei de efeitos concretos, sendo apenas lei quanto à forma
(aprovada pelo Legislativo), mas não quanto à matéria.

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Note que a ideia central da classificação da lei em sentido formal é a “forma”, o rito, o pro-
cesso pelo qual a norma passa para ser produzida.

Lei em
sentido
material

Lei em sentido
formal

Em contraste, uma lei em sentido material é aquela norma que possui abstração e gene-
ralidade, não tendo destinatário certo.
Em outras palavras, a lei em sentido material é toda norma de caráter geral e abstrato que
disciplina as relações jurídicas entre os sujeitos de direito.
É um conjunto de hipóteses normativas abstratas, como o Código Penal Brasileiro, que
tipifica, por exemplo, o crime de furto, e assim elenca explicitamente o tipo penal como “sub-
trair coisa alheia móvel”, especificando as penalidades para quem comete o ilícito, não men-
cionando quem será penalizado. Qualquer pessoa, em regra, que subtrair coisa alheia móvel
de terceiro, estará cometendo o crime, não tendo a lei destinatário certo. É uma norma gené-
rica, portanto. Assim sendo, o Código Penal é uma lei em sentido material.

ORÇAMENTO PÚBLICO (NATUREZA JURÍDICA)

Lei formal – apenas prevê as receitas e autoriza os gastos.


Orçamento autorizativo.
Temporária – vigência limitada.
Especial – de conteúdo determinado e processo legislativo peculiar.
Lei ordinária – aprovada por maioria simples.

007. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Julgue:


Prevalece no Brasil a compreensão de que o Orçamento Público é lei apenas em sentido for-
mal, visto que é aprovado pelo Poder Legislativo, mas é substancialmente ato de natureza
político-administrativa, insuscetível de hospedar normas gerais ou abstratas próprias de lei
em sentido material.

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Em regra, o entendimento que você deve levar para a prova é o de que o Orçamento Público é
uma lei em sentido formal. Esse é o entendimento doutrinário predominante.
Entretanto, as bancas examinadoras costumam colocar “complicadores” em assertivas que
tratam desse tema. Ou seja, provavelmente, não vai aparecer em sua prova uma assertiva que
apenas afirme ou negue esse aspecto.
Assim, a assertiva anterior afirmou que é uma lei formal, mas botou uma casca de banana na
parte final: “mas é substancialmente ato de natureza político-administrativa, insuscetível de
hospedar normas gerais ou abstratas próprias de lei em sentido material”.
Nesse ponto, o entendimento do examinador, baseado nas ADIS 408 e 409 do STF, é de que
como o STF entendeu que a Lei Orçamentária pode ser objeto de Controle em sede abstrata
de constitucionalidade, e, por tabela, a Lei Orçamentária PODE hospedar normas gerais ou
abstratas próprias de lei em sentido material.
Errado.

Assim, leve para a prova que, embora com natureza de lei formal de efeitos concretos, pode
ser objeto de controle concentrado de constitucionalidade, característica essa típica de lei
em sentido material. Em suma, não é uma lei tipicamente material, mas não é uma lei apenas
formal em sentido estrito, o que vai exigir muita atenção na hora da prova.

2.5. Outros Aspectos Relevantes do Orçamento Público


Quem elabora e executa o Orçamento Público no Brasil?
É apenas o Poder Executivo?
O que você acha?

Na realidade, todos os Poderes e o Ministério Público elaboram suas propostas orçamen-


tárias, porém quem executa a maior parte das despesas públicas é o Poder Executivo, mesmo
porque essa é a sua principal função.

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Orçamento Público
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Basicamente, em termos de elaboração da proposta orçamentária, genericamente falan-


do, temos o seguinte: todos os Poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e mais o Ministério
Público), e demais órgãos (Unidades Orçamentárias) elaboram as suas propostas orçamen-
tárias e encaminham para o Poder Executivo (Ministério da Economia, que absorveu o antigo
MPOG – Planejamento, Orçamento e Gestão), que faz a consolidação de todas as propostas
e encaminha um projeto de Lei de Orçamento ao Congresso Nacional.

O PULO DO GATO
Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser encaminhada
diretamente ao Congresso Nacional pelo órgão que elabora a sua proposta orçamentária.
Essa competência é privativa do presidente da República (inciso XXIII, do art. 84, da CF).
O famoso doutrinador Alexandre de Moraes, agora ministro do STF, descreve que:

“a iniciativa das Leis Orçamentárias é exclusiva e obrigatória para estados e municípios e ainda
argumenta que se trata de iniciativa legislativa vinculada, uma vez que deverá ser remetida ao Con-
gresso Nacional no tempo estabelecido pela própria Constituição Federal (in Direito Constitucional,
16ª edição, p.594).

É até comum, em provas de concurso, perguntarem sobre quem tem competência para dispor
sobre Orçamento Público no Brasil. Essa competência é exclusiva do Congresso Nacional.

DICA
O termo dispor (na área orçamentária) significa votar, apre-
sentar e rejeitar emendas, manter ou derrubar vetos do presi-
dente da República, aprovar créditos adicionais, fiscalizar, etc.

Aí eu lhe pergunto:
Caso o presidente da República se omita, deixando de encaminhar o projeto de lei de Or-
çamento ao Congresso Nacional, pode, qualquer parlamentar, apresentar esse projeto de
lei?

Não. Essa competência é exclusiva do CHEFE DO PODER EXECUTIVO, função essa exerci-
da pelo presidente da República. A proposta apresentada por parlamentar caracteriza incons-
titucionalidade formal.
Nessa mesma linha de pensamento, se o envio ao Congresso Nacional do Projeto de Lei
Orçamentária Anual é de competência privativa (art. 84, caput, inciso XXIII) do chefe do Poder
Executivo e o parágrafo único desse artigo não menciona explicitamente o inciso XXIII como

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possibilidade de delegação pelo presidente da República da matéria nele constante, significa


dizer que a iniciativa do Orçamento Público é indelegável.
Assim, o Doutrinador Alexandre de Moraes, agora ministro do STF, e, portanto, “produtor”
de jurisprudência, prefere, portanto, chamá-la de competência exclusiva.

O PULO DO GATO
Essa distinção é feita em razão da existência de uma diferenciação entre a competência pri-
vativa e a competência exclusiva; esta indelegável, a primeira passível de delegação. En-
tretanto, muitas vezes, existe confusão e tratam-se os dois conceitos de forma indistinta.
Registre que o fato de a iniciativa ser exclusiva do presidente da República, no caso da União,
dentre outras características, faz com que a LOA seja uma lei ordinária especial.

Importante reforçar ainda que a CF/1988 concedeu autonomia administrativa e financeira


ao Poder Judiciário, ao Ministério Público, ao Poder Legislativo e ao Tribunal de Contas da
União para elaborarem suas próprias propostas orçamentárias, encaminhando-as ao Poder
Executivo para consolidação final.
Assim, a partir dessa consolidação final, realizada no âmbito do Ministério da Economia
(antes era no MPOG – Planejamento, Orçamento e Gestão), uma proposta consolidada de
Orçamento da unidade da Federação é encaminhada ao Legislativo, que a apreciará.
Vale ressaltar também que, apesar de o Executivo receber inúmeras propostas setoriais
de Orçamento Público, por força do princípio da unidade orçamentária (implícito no art. 165, §
5º da CF/1988, combinado com art. 2º, caput, Lei n. 4.320/1964, onde está explícito), somente
poderá haver um único projeto de LOA, para cada ente político, e em cada exercício financeiro,
de sorte que o Congresso Nacional só recebe um PLOA.

PEGADINHA DA BANCA
Cuidado com essa pegadinha. Existem questões de concursos que alegam que seria possível
um Poder enviar sua própria proposta orçamentária diretamente ao Poder Legislativo. Fique
atento, não vacile, marque falsa. Só quem envia é o presidente da República.

A Lei Orçamentária Anual – LOA é o Orçamento Público propriamente dito, devendo conter
exclusivamente duas matérias: previsão de receita e fixação de despesa.
Importante atentarmos para a palavra previsão para receita, já a receita orçamentária
pode ser arrecadada acima do valor previsto no Orçamento Público, por não existir teto para
a receita, ou abaixo do previsto.
Por outro lado, em se tratando da despesa, usamos a expressão fixação, por ser prevista
com um limite até o qual poderá ser executada. A esse limite de autorização de gastos dá-se
o nome de dotação orçamentária, que é a expressão monetária do crédito orçamentário, au-
torização discriminada para se gastar recursos.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Assim, no tocante às despesas, o Orçamento Público estabelece autorizações de gastos


por meio dos chamados créditos orçamentários, limitados por suas respectivas dotações.
Destaque-se ainda que, de acordo com o artigo 166 da nossa Carta Magna, os projetos de
lei relativos ao PPA, à LDO, à LOA e aos créditos adicionais devem ser apreciados pelas duas
Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum, ou seja, devem ser analisados
e votados pelo Poder Legislativo.
O próprio artigo 167, VII, CF/1988 estabelece a seguinte vedação orçamentária:

“Art. 167. São vedados:


(...)
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados.”

Raciocine comigo: se é o Poder Legislativo quem autoriza a LOA e, portanto, os créditos


orçamentários com suas respectivas dotações, significa dizer que o Legislativo não poderá
conceder um crédito ilimitado para o Poder Executivo gastar ilimitadamente.

Concorda?

Por essa razão, existem limites de gastos preestabelecidos para cada crédito orça-
mentário...

“Professor, na prática, como se elabora o Orçamento Público”?

Aí, eu lhe digo que essa tarefa é bastante complexa e é chamada de processo de ela-
boração da proposta orçamentária, entretanto pode ser simplificadamente explicada da se-
guinte forma.
Pense no seu Orçamento familiar, em que são orçados os gastos do mês em função das
receitas recebidas.
Só que tenho que lhe dizer que na Administração Pública funciona um pouco diferente,
pois as receitas a serem arrecadadas já estão previstas em lei, e incumbe ao Poder Executivo
prever o quanto será arrecadado no ano subsequente e a fixação das despesas em função
dessas receitas, cabendo ao Congresso Nacional autorizar sua execução.
A previsão das receitas e a fixação das despesas são semelhantes à ideia do seu Orça-
mento familiar, só que com muito mais complexidade e burocracia.
Assim, para atender o que determinam as normas atuais e as mais avançadas técnicas
orçamentárias, no atual modelo orçamentário brasileiro deve existir estreita conexão entre
planejamento e Orçamento, formando assim, o poderíamos chamar de binômio inseparável.

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Orçamento Público
Manuel Piñon

Na verdade, a distribuição de recursos são Políticas Públicas. Para tanto, deve haver pla-
nejamento para o entrelaçamento entre Planejamento, Orçamento-Programa e Implementa-
ção das ações.
Esse inter-relacionamento, no caso brasileiro, teve seu marco inicial, pelo menos do ponto
de vista legal, com o advento da Lei n. 4.320/1964, que pretendeu instituir o Orçamento-Pro-
grama, instrumento de alocação de recursos com ênfase não no objeto de gasto.
Amigo(a), você não precisa ser entendido no assunto para saber que os principais proble-
mas da economia brasileira têm sido a deficiência ou até mesmo a ausência de planejamento
de longo prazo.

2.6. Orçamento de Guerra e Regimes Fiscais Extraordinários


Apelidado de Emenda Constitucional do Orçamento de Guerra, a EC 106/2020 publicada
em 07/05/2020, implantou em nosso país o chamado regime extraordinário fiscal, financeiro
e de contratações para enfrentamento de calamidade pública nacional decorrente da pande-
mia da Covid-19.
Basicamente, seu objetivo é dar maior flexibilidade aos gastos do governo federal de modo
a facilitar a tomada de medidas para combater a pandemia e seus efeitos valeram apenas
para o ano de 2020.

O chamado “Orçamento de Guerra” tem vigência temporária limitada ao encerramento do


estado de calamidade decorrente da pandemia Covid-19.
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Orçamento Público
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Assim, com o reconhecimento por parte do Congresso Nacional do encerramento do es-


tado de calamidade pública, a EC 106/2020 será automaticamente revogada e o Orçamento
de Guerra deixará de vigorar.
Registre-se ainda que a situação de calamidade pública em razão da pandemia foi reconhe-
cida pelo Congresso Nacional por meio do DL - Decreto Legislativo 06/2020 até 31/12/2020.

DICA
Entenda o Orçamento de Guerra como um Orçamento sepa-
rado do Orçamento normal, que foi objeto de LOA, ou seja, o
Orçamento de Guerra tem seus gastos vinculados ao comba-
te da pandemia, ficando os demais alocados na LOA.

Outro ponto relevante é que o Orçamento de Guerra foi válido apenas para a União e deve
estar voltado exclusivamente para atender as necessidades inerentes ao combate à pande-
mia e naquilo que for incompatível com o regime ordinário de gastos.
Assim, o processo simplificado de gastos aplicado no Orçamento de Guerra é uma exce-
ção para a regra geral de contratação no serviço Público que é a sua realização via licitação
e concurso Público.
Em outras palavras, esse processo simplificado de contratação deve assegurar, sempre
que possível, competição e igualdade de condições a todos os concorrentes e que eles só
podem ser usados exclusivamente para o enfrentamento do vírus.
Ainda tratando de regime de gastos e de contratação, a EC 106/2020 “liberou”, no âmbito
do combate ao Corona vírus, a contratação por tempo determinado de atender as exigências
de que trata o artigo 37, IX da CF/1988 e também de atender as exigências previstas no § 1º
do artigo 169 da Carta Magna e de estar prevista na LDO.
Merece destaque também o fato de que a EC 106/2020 dispensou ainda o cumprimento
das limitações legais ao aumento de despesa e renúncia de receitas decorrentes da conces-
são de incentivos fiscais ou benefícios tributários.
Assim, desde que não implique aumento permanente de despesas, as proposições legis-
lativas e os atos do Poder Executivo que tenham o propósito exclusivo de enfrentar a pan-
demia e suas consequências sociais e econômicas ficam dispensados da observância das
limitações legais relativas a aumento de despesas e renúncia de receitas previstas na LRF.
Outro ponto relevante para nossa matéria é que a EC 106/2020 dispensou, durante a inte-
gralidade do exercício financeiro em que vigore a calamidade pública nacional da pandemia
(2020), a obrigatoriedade de atender a chamada regra de ouro das finanças públicas.
Em outros termos, o “Orçamento de Guerra” autoriza que o governo realize operações de
crédito para gastar mais com despesas correntes como os salários dos profissionais de saú-
de e materiais de consumo como remédios e EPIs – Equipamentos de Proteção Individual.

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Orçamento Público
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Nessa toada, visando dotar de transparência as operações de crédito e os gastos Públicos


relacionados ao enfrentamento da pandemia, o Ministério da Economia deve publicar, a cada
30 (trinta) dias, relatório com os valores e o custo das operações de crédito realizadas no pe-
ríodo de vigência do estado de calamidade pública nacional relativa à pandemia (Covid-19).
Além disso, as autorizações de despesas relacionadas ao enfrentamento da calamidade
pública nacional decorrente da pandemia, e de seus efeitos sociais e econômicos, deverão ser
separadamente avaliadas na prestação de contas do presidente da República e evidenciadas,
até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, no Relatório Resumido da Execu-
ção Orçamentária – RREO.
Como o Congresso Nacional não prorrogou a validade do Orçamento de Guerra por meio
de novo Decreto Legislativo, com o agravamento da pandemia da Covid-19 no início do ano
de 2001, no dia 16 de março de 2021, foi publicada a EC – Emenda Constitucional 109/2021,
oriunda da PEC 186, também conhecida como PEC EMERGENCIAL, que foi amplamente divul-
gada pela mídia por viabilizar a volta do pagamento do Auxílio-Emergencial por parte do Go-
verno Federal. Entretanto, essa EC também alterou e trouxe também importantes dispositivos
de nossa Constituição que impactam diretamente as nossas aulas de AFO, Direito Financeiro
e Orçamento Público e criou os chamados regimes fiscais transitórios extraordinários.
Preliminarmente, a EC 109/2021 modificou o regime e dispôs sobre princípios e normas
da Administração Pública, servidores e agentes políticos, controle de despesas e finanças
públicas e custeio de atividades a cargo do Distrito Federal, entre outras providências.
Por meio da EC 109/2021, foi inserido o artigo 167-A em nossa Carta Magna, relativo a um
regime fiscal facultativo para estados e municípios. A ideia é de que o Poder Executivo Esta-
dual ou Municipal seja pressionado nas renegociações com a União para a adotar tal regime.
Também por meio da EC 109/2021 passaram a integrar a nossa CF/1988 os artigos 167-
B a 167-G, que tratam do regime extraordinário na União em caso de pandemia. São regras
permanentes que podem ser acionadas, caso seja declarada calamidade pública.

3. Técnicas /Métodos /Espécies de Orçamento


Ao longo da história, o Orçamento Público evoluiu em termos de conceito, funções e téc-
nicas de elaboração, ganhando gradativa importância no sentido de uma ferramenta funda-
mental para a boa gestão de recursos por parte da Administração Pública.
Registre-se que alguns autores chamam essa classificação de tipos de Orçamento e a
que vimos anteriormente como espécies de Orçamento.

3.1. Orçamento Tradicional ou Clássico


Com o surgimento do Estado Liberal inglês no século XIX, tivemos alguns reflexos tam-
bém na Administração Pública e em suas ferramentas de Gestão, sendo destacada a criação

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Orçamento Público
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do chamado “Orçamento Tradicional ou Clássico”, cuja ideia principal era de permitir a ma-
nutenção do equilíbrio econômico-financeiro, com o fito de controlar eventuais aumentos dos
gastos Públicos.
Pode-se dizer ainda esse modelo orçamentário que serviu também como uma ferramenta
de controle político sobre o Poder Executivo. Deixava em segundo plano os seus demais as-
pectos, quais sejam: econômico, contábil, administrativo e jurídico.

ESPÉCIES DE ORÇAMENTO
Clássico ou Tradicional

Falta de planejamento da ação governamental.


Mero instrumento contábil.
Despreocupação do gestor público com o atendimento das necessida-
des da população.
Não há preocupação com a realização dos programas de governo.
A alocação de recursos visa a aquisição de meios.
Apenas um documento de previsão de receita e autorização de despesa.

De acordo com a metodologia Clássica adotada na elaboração do Orçamento, a Admi-


nistração Pública e seus respectivos órgãos e entidades recebiam dotações de recursos que
seriam destinados ao pagamento dos funcionários e das compras de matérias e insumos do
período, sem que qualquer vinculação entre esses recursos e o seu planejamento, seus pla-
nos detalhados de trabalho e seus objetivos de curto, médio e longo prazo.
Importante deixar registrado que, o que era levado em consideração no que diz respeito
à distribuição de recursos para determinado exercício, era o valor gasto no ano anterior, sem
considerar, portanto, as ações, planos e programas de trabalho previstos para o ano seguinte,
sendo a falta de planejamento da ação governamental uma das principais características do
Orçamento tradicional.
Esse tipo de orçamentação pública ficou conhecido como “lei de meios”, já que focava
nos meios e não nas metas e objetivos do Estado.
Vale destacar também que não existiam ferramentas de controle adequadas para garantir
a efetividade do gasto Público, sendo os únicos parâmetros a honestidade do agente Público
e a adequação do produto Público às necessidades da população.

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Orçamento Público
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Orçamento tradicional

Por meio do
controle contábil

Função: controle político

Classificações para instrumentalizar o controle das despesas:


1. por unidades administrativas (órgãos responsáveis pelo gasto);
2. por objeto ou item da despesa.

Aqui no Brasil, as primeiras demandas para a implementações de Orçamentos formais


surgiram após a Independência, com a Constituição Federal de 1822.
Merece ser mencionada a primeira lei de Orçamento no Brasil, a Carta de Lei de 15/12/1830,
cujo objeto era orçar a Receita e fixar a Despesa para o período 1831-1832.

3.2. Orçamento Desempenho ou de Realizações


A principal mudança da metodologia de orçamentação pública, ou melhor, a mais impor-
tante evolução do Orçamento para o Orçamento de desempenho ou de realizações foi mudar
o foco de “com o que o Estado” gasta, para “qual a finalidade do gasto”.

Orçamento Desempenho – Realizações

Preocupa-se em saber as
coisas que o governo faz e
não as coisas que o
governo compra.

Gasto Resultado

Desvinculado a um planejamento centro das ações do governo.

O Orçamento de Desempenho é considerado o precursor do Orçamento-Programa e sua


característica fundamental é trazer para o Orçamento uma dimensão programática aliada

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Orçamento Público
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com a explicação detalhada dos gastos de cada unidade, buscando atender à população com
eficiência e economia, sem, entretanto, vincular os objetivos governamentais de longo prazo,
ou seja, seu Planejamento Estratégico ao Orçamento.

3.3. Orçamento-Programa
Como tudo na vida, as técnicas orçamentárias evoluíram ao longo da nossa história, des-
de o Orçamento tradicional, com ênfase no gasto, passando pelo Orçamento de Desempenho,
até o que denominamos hoje de Orçamento-programa, com ênfase nas realizações.
O Orçamento-Programa deve ser visto como um plano de trabalho expresso por um con-
junto de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários para a sua execução.

ORÇAMENTO
Integração
planejamento - orçamento

METAS & OBJETIVOS


Quantificação de metas
& fixação de objetivos

PROGRAMAS
Alternativas programáticas

DESEMPENHO CUSTO
Acompanhamento Insumo - produto
físico-financeiro

PRODUTO FINAL
Avaliação de resultados

ANÁLISE GERENCIAL
Gerencia por objetivos

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Orçamento Público
Manuel Piñon

Fazendo um “link” entre os temas Orçamento-Programa e Princípios Orçamentários,


podemos dizer que no Orçamento-Programa estão embutidos dois princípios: o da progra-
mação e o da especificação ou discriminação.
O Orçamento-Programa explicita o princípio da programação ao apresentar os progra-
mas de cada órgão do governo, incluindo os objetivos a serem alcançados, determinando
as ações que serão desenvolvidas para atingir esses objetivos e calcular e consignar os
recursos para efetivar essas ações.
O Orçamento-Programa também explicita o princípio da especificação ou da discrimi-
nação ao impedir que as dotações sejam feitas de forma globalizada, tanto no que se refere
à arrecadação de receitas quanto para gastar recursos financeiros obtidos.
Importante que saiba que desde a entrada em vigor da Lei n. 4.320/1964, o Orçamento-
-Programa vem sendo adotado no Brasil.
Sua mola mestra é fixar as Despesas Públicas a partir da identificação das necessida-
des públicas sob a responsabilidade de determinado nível de governo e da sua organização,
de acordo com as suas prioridades.
É notório que os seus aspectos administrativos e econômicos são privilegiados em de-
trimento do aspecto político.
Merece destaque o Decreto-Lei 200/1967, que detalhou os aspectos operacionais do
Orçamento-Programa e orientou a Administração Pública Federal de modo a estabelecer o
Orçamento-Programa anual como um instrumento de planejamento, a ideia de discriminar
a despesa pública por objetivo.
Entretanto, o Orçamento-Programa tornou-se realidade com o Decreto 2.829/1998,
que estabeleceu normas para elaboração e execução do plano plurianual e dos Orçamen-
tos da União.
A ideia do Orçamento-Programa é fazer com que o gasto Público possa ser detalhado
de modo a enfatizar a sua finalidade, identificando para cada gasto a respectiva a ação,
definindo o responsável pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar indi-
vidualmente os resultados esperados para cada uma delas. Veja um exemplo hipotético na
figura a seguir:

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Orçamento Público
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EXEMPLO DE ORÇAMENTO-PROGRAMA

Qual a finalidade?

Função Educação

Subfunção Educação Fundamental


Secretaria de
R$ 50 milhões
Educação
Programa de redução de analfabetismo

Quais as ações necessárias?

Como benefícios mais relevantes do Orçamento-Programa podemos citar a integração


ente o planejamento e o Orçamento, a quantificação dos objetivos e metas, a utilização das
relações de insumo-produto e das diversas alternativas programáticas em seu processo de-
cisório, além permitir o uso de ferramentas para medir os seus resultados.

O PULO DO GATO
Guarde que Orçamento-Programa PRIORIZA atender aos objetivos, metas e prioridades defi-
nidos no Planejamento das ações do governo, integrando planejamento e Orçamento.

Guarde algumas características positivas do Orçamento-Programa:


1 – Permite melhor planejamento das ações do Governo
2 – Facilita a identificação dos gastos e a realização por programas e sua comparação em
termos absolutos e relativos
3 – Contribui para uma orçamentação mais precisa
4 – Inter-relação entre custo e programação vinculada a objetivos
5 – Permite maior possibilidade de redução de custos
6 – Torna mais fácil identificar funções duplas
7 – Foca no que a instituição realiza e não no que ela gasta
8 – Permite melhor controle e execução dos programas.

008. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA/2019) No que se refere ao sistema de planejamento e Orça-


mento do governo federal, julgue o item subsequente.

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Orçamento Público
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Na elaboração do Orçamento-Programa são considerados todos os custos dos programas


subtraindo-se aqueles que extrapolem o exercício.

Na verdade, na elaboração do Orçamento-Programa devem ser considerados todos os custos


dos programas, inclusive aqueles que extrapolem o exercício.
Errado.

Orçamento-programa - VANTAGENS

• Melhor planejamento das ações;


• Maior precisão na elaboração dos orçamentos;
• Identificação dos gastos e realizações por programa e sua comparação
em termos absolutos e relativos;
• Enfase no que a instituição realiza e não no que ela gasta

Destaque-se que outras espécies de Orçamento podem ser usadas como apoio ao Orça-
mento-Programa. Veja, por exemplo, que a elaboração do Orçamento de algumas ações pode
ocorrer de maneira incremental. Assim, como o valor a ser pago, em condições normais, para
as contas de energia elétrica e telefone, sofre pequena variação de um ano para outro, pode-
-se aplicar apenas a inflação acumulada, utilizando, assim, o método tradicional, acrescen-
tando a inflação do período sobre o valor do Orçamento desta ação no ano anterior.
A seguir um resumo comparativo entre as principais características dos Orçamentos tra-
dicional e programa.

ORÇAMENTO TRADICIONAL X Orçamento-programa

Orçamento Tradicional Orçamento Moderno


O processo orçamentário é dissociado dos O orçamento é o elo entre o planejamento
processos de planejamento e programação. e as funções executivas da organização.
A alocação do recursos visa à aquisição de A alocação de recursos visa à consecução
meios. de objetivos e metas.
As decisões orçamentárias são tomadas As decisões orçamentárias são tomadas
tendo em vista as necessidades das com base em avaliações e análises técnicas
unidades organizacionais. das alternativas possíveis.
Na elaboração do orçan1ento são
Na elaboração do orçamento são
considerados todos os custos dos
consideradas as necessidades financeiras
programas, inclusive os que extrapolam o
das unidades organizacionais.
exercício.
A estrutura do orçamento está voltada
A estrutura do orçamento dá ênfase aos
para os aspectos administrativos e de
aspectos contábeis de gestão.
planejamento.
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Orçamento Público
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3.4. Orçamento Base Zero


Logo após a implementação do Orçamento-Programa no Brasil, apareceu nos Estados
Unidos o chamado “Orçamento Base Zero”.
Esse modelo de orçamentação foi criado por uma empresa privada, a Texas Instruments
Co., que posteriormente ficou conhecida no mundo inteiro por suas excelentes calculadoras
financeiras, e foi trazido do setor empresarial para o setor governamental.

Orçamento Base Zero

Planejamento: identifica o resultado desejado, estabelece me-


tas, objetivos, programas e define decisões básicas sobre polí-
ticas para a organização.
Orçamento: identifica os insumos necessários e analisa deta-
lhadamente as funções e atividades da organização necessá-
rias para atingir os resultados necessários. Forma de geren-
ciar recursos.

A sua ideia-chave é fazer com que todas as despesas de todos os órgãos sejam justifica-
das detalhadamente, sem permitir que o simples fato de que uma despesa que já estivesse
no Orçamento do ano anterior, fosse simplesmente repetida, tratando cada gasto demandado
como um novo gasto.

DICA
A ideia é passar um pente-fino em TODOS OS GASTOS.

Importante destacar que quando da elaboração da proposta orçamentária para o ano pos-
terior, toda informação prévia relativa aos anos anteriores era desprezada, ou seja, a neces-
sidade e a utilidades de cada despesa deveria ser vista como se fosse completamente nova.

O PULO DO GATO
O foco desse modelo de orçamentação era identificar gastos, programas, e até mesmo órgãos
que não tinham utilidade prática para a Administração Pública.

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Orçamento Público
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Seguindo essa linha de raciocínio, para que um gasto fosse “aprovado”, ele deveria ser
eficiente e eficaz, não poderia ter ainda mais suas operações reduzidas ou eliminadas.

CONCEITO DO ORÇAMENTO BASE ZERO

OBZ OUTROS ORÇAMENTOS

Visão das contas por


Visão das contas por áreas
pacotes e por áreas

Se baseiam no orçamento
Incentiva revisão dos processos
do exercício anterior

Propõe priorização na Tratam todos os


alocação de recursos custos igualmente

Envolvimento de todos A alta gestão tem menor


os níveis da organização visão da parte operacional

Vamos agora ver um comparativo entre os Orçamentos Base Zero –OBZ e Tradicional:

ORÇAMENTO TRADICIONAL ORÇAMENTO BASE ZERO (OBZ)

O histórico serve como base, sendo necessário Folha de papel em branco, ou seja, do zero.
somente o acerto de alguns gastos.

Custos não são revistos e podem ocorrer Custos são detalhados e justificados.
desperdícios. Devidamente alocados e alinhados aos objetivos.

Autonomia baixa. Não demanda tomada de Autonomia (alta) total do gestor para tomada
decisões. de decisões.

Planejamento financeiro pode não estar Planejamento financeiro 100% orientado para
alinhado à estratégia. atingir as metas.

009. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/TÉCNICO/2018) A respeito de Orçamento Público, julgue o


item seguinte.
O Orçamento-Programa consiste no processo de elaboração de Orçamento que exige dos
gestores, a cada novo exercício, a justificativa detalhada dos recursos solicitados.

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AFO
Orçamento Público
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A assertiva refere-se ao Orçamento Base Zero, técnica que consiste na obrigação de que o
administrador justifique, a cada ano, todas as dotações solicitadas em seu Orçamento, in-
cluindo alternativas, análise de custo, finalidade, medidas de desempenho, e as consequên-
cias da não aprovação do Orçamento.
A ênfase é na eficiência, e não se preocupa com as classificações orçamentárias, mas com o
porquê de se realizar determinada despesa.
Errado.

DICA
O grande legado trazido pela metodologia do Orçamento Base
Zero foi o combate àquela ideia, que existia até então, de gas-
tos simplesmente repetidos de períodos anteriores, acrescen-
tado a expectativa de inflação. Tudo tinha que ser revisto e
novamente justificado.

010. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Acerca de administração financeira e orçamentária e do


Orçamento Público no Brasil, julgue o item.
Os programas executados de acordo com a técnica do Orçamento-Programa devem ser
zerados ao final do exercício financeiro, a fim de que os órgãos Públicos sejam obrigados
a demonstrar os custos e benefícios de cada programa, sob pena de descontinuidade dos
programas.

Na verdade, é o Orçamento Base Zero que deve ser zerado ao final do exercício. O Orçamen-
to-Programa deve ser é analisado ao final do exercício, e ajustado para o atendimento das
metas do PPA.
Errado.

3.5. Orçamento Participativo


O Orçamento Participativo é um instrumento que deve ser usado para colocar o cidadão
comum como parte da gestão pública, permitindo a participação da população nos proces-
sos de elaboração e alocação dos recursos Públicos, levando em conta as suas demandas,
usando para isso diversos canais de participação, seja por meio de lideranças, seja via audi-
ências públicas.

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AFO
Orçamento Público
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Ciclo do orçamento participativo

Debate de ideias

Execução Desenvolvimento

Votação pública Avaliação técnica

O processo de Orçamento Participativo ainda não possui uma metodologia única, varian-
do entre os entes municipais e estaduais que começam a usá-lo.

011. (CESPE/MPE-PI/ANALISTA/2018) Julgue o próximo item, relativo aos tipos de Orçamen-


tos Públicos.
O Orçamento participativo contempla a participação da população no processo decisório por
meio de lideranças ou de audiências públicas.

A modalidade de Orçamento participativo contempla a participação da população na alocação


de alguns recursos do Orçamento, seja por meio da participação direta (audiências públicas)
ou grupos organizados (lideranças), estimulando o exercício da cidadania, o compromisso
da população com o bem Público. É um importante espaço de debate e decisão político-par-
ticipativa. Nele, a população interessada decide as prioridades de investimentos em obras e
serviços a serem realizados, a cada ano, com os recursos do Orçamento.
Por meio dessa técnica orçamentária, a alocação de alguns recursos contidos no Orçamento
Público é decidida com a participação direta da população, ou por meio de grupos organi-
zados da sociedade civil, como a associação de moradores. Entretanto, até o momento, sua
aplicação em solo brasileiro restringe-se ao âmbito municipal.
Certo.

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Orçamento Público
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3.6. Orçamento Incremental


O Orçamento Incremental usa a base de dados gerada a partir de períodos anteriores. É
um tipo de Orçamento básico, rápido e fácil de elaborar.
Em outras palavras, é um modelo orçamentário baseado na aplicação de ajustes margi-
nais nos itens de receita e despesa.

ORÇAMENTO INCREMENTAL

• Elaborado através de ajustes marginais de seus itens de receita e


despesa.
• Repetição do orçamento anterior acrescido da variação de preços
ocorrida no período.

012. (CESPE/STM/TÉCNICO/2018) Com relação a técnicas e princípios orçamentários, julgue


o item seguinte.
O Orçamento incremental tem como base as receitas e despesas ocorridas no período ante-
rior, sobre as quais são feitos ajustes marginais.

O Orçamento Incremental funciona exatamente de modo inverso ao Orçamento Base Zero, ou


seja, é a técnica que se baseia nos quantitativos do Orçamento do período anterior.
Pode-se dizer ainda que Orçamento Incremental é o Orçamento feito por meio de ajustes
marginais nos seus itens de receita e despesa, ou seja, a partir dos gastos atuais, propõe um
aumento percentual para o ano seguinte, considerando apenas o aumento ou diminuição dos
gastos, sem análise de alternativas possíveis.
Certo.

Com o surgimento do chamado regime do teto de gastos (novo regime Fiscal) no âmbito
das finanças públicas da União, e copiada por alguns estados, começam a existir debates no
meio acadêmico acerca da utilização da técnica do Orçamento Incremental no Brasil.
A tese elaborada por quem defende essa ideia é que como o regime do teto de gastos
baseia-se na execução orçamentária do ano anterior com incremento apenas dos índices
inflacionários, indiretamente, seria uma aplicação prática desse modelo orçamentário.
Interessante conhecer esses argumentos, mas não entremos nessa polêmica. Adote a
ideia de que no Brasil usa-se o Orçamento-Programa.

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3.7. Orçamento por Resultados ou Novo Orçamento Desempenho


Temos atualmente a tendência de se tentar melhorar o desempenho dos governos e, para
isso, faz-se necessário dotar as decisões governamentais, no que diz respeito a Orçamento,
de ainda mais racionalidade.

A principal mudança em relação ao Orçamento Desempenho é que no novo foca-se no


resultado e na sua aferição por meio de indicadores no que diz respeito ao Sistema de Estru-
tura de Programa, ao Sistema de Mensuração de Desempenho e ao Sistema de Determinação
de Custos.

3.8. PART
Basicamente, leve para a prova que o PART, sigla em inglês para Program Assessment Ra-
ting Tool, usado nos Estados Unidos nos anos 2001 e 2002, funciona por meio de um questio-
nário utilizado para avaliar o propósito, o desenho, o planejamento, a gestão, os resultados e
a prestação de contas, com o fito de verificar se um programa é realmente eficaz. Como resul-
tado das avaliações efetuadas, o PART ainda fornece informações e sugestões para melhorar
os resultados dos programas avaliados.

4. Tipos de Orçamentos
Quando falamos em tipos de Orçamento Público, estamos relacionando esse tema ao re-
gime político em que é elaborado o Orçamento Público combinado com o sistema de governo

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Orçamento Público
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vigente. Aqui no Brasil, já tivemos a oportunidade de conviver com três tipos de Orçamen-
to Público:

4.1. Orçamento Legislativo


É o tipo de Orçamento Público típico de países parlamentaristas, em que a elaboração,
a votação e o controle do Orçamento são de competência do Poder Legislativo, cabendo ao
Poder Executivo apenas a sua execução. Esse tipo vigorou no Brasil à época da CF/1891.

4.2. Orçamento Executivo


É o tipo de Orçamento Público típico de países ditatoriais, em que elaboração, a votação,
a execução e o controle do Orçamento são de competência do Poder Executivo. Esse tipo vi-
gorou no Brasil à época da CF/1937.

4.3. Orçamento Misto


É o tipo de Orçamento Público em que a votação e o controle do Orçamento são de com-
petência do Poder Legislativo, enquanto a elaboração e a execução são de competência do
Poder Executivo. Esse é o tipo que vigora no Brasil atual e está previsto em nossa CF de 1988.
Veja um exemplo:

ORÇAMENTO PÚBLICO

ORÇAMENTO MISTO - MUNICÍPIO

PODER EXECUTIVO
ELABORAÇÃO
PREFEITURA MUNICIPAL

PODER LEGISLATIVO
APROVAÇÃO
CÂMARA DE VEREADORES

PODER EXECUTIVO
EXECUÇÃO
PREFEITURA MUNICIPAL

013. (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) Julgue o próximo item:


Considerando a evolução conceitual da terminologia usada em referência ao Orçamento, o
Brasil utilizou o Orçamento Legislativo, o Executivo e o Misto ao longo de sua história.

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Aqui no Brasil, já tivemos a oportunidade de conviver com três tipos de Orçamento Público.
O do tipo Legislativo, aquele em que elaboração, a votação e o controle do Orçamento são de
competência do Poder Legislativo, cabendo ao Poder Executivo apenas a sua execução, vigo-
rou no Brasil à época da CF/1891.
O do tipo Executivo, em que elaboração, a votação, a execução e o controle do Orçamento são
de competência do Poder Executivo vigorou no Brasil à época da CF/1937.
E, finalmente, o do tipo Misto, que vigora no Brasil atual e está previsto em nossa CF de 1988,
em que a votação e o controle do Orçamento são de competência do Poder Legislativo, en-
quanto a elaboração e a execução são de competência do Poder Executivo.
Certo.

Em suma:

TIPOS DE ORÇAMENTO
• LEGISLATIVO - usado em países parlamentaristas, a elaboração, a
votação, aprovação e controle cabe ao Legislativo.
• EXECUTIVO - usado em países onde impera o poder absoluto, a
elaboração, aprovação, execução e controle cabe ao Executivo.
• MISTO - a elaboração e a execução cabe ao Executivo, enquanto a
votação, aprovação e controle cabe ao Legislativo. É o tipo utilizado
no Brasil.

5. Objetivos da Política Orçamentária e Funções do Orçamento Público


Bem, importante afirmar que a ação econômica do setor Público está vinculada às fun-
ções que promove junto à sociedade, dentre as quais: contribuir no fornecimento de bens Pú-
blicos, melhorar a distribuição da renda, promover a estabilidade e impulsionar o crescimento
econômico.
Basicamente, os objetivos da política orçamentária são corrigir as falhas de mercado e as
distorções, visando manter a estabilidade, além de melhorar a distribuição de renda, e alocar
recursos com mais eficiência nos gastos.
Para que o governo possa realizar políticas de alocação e de realocação de recursos es-
cassos, torna-se imprescindível a existência de fontes de arrecadação de recursos, neces-
sárias ao pagamento do que chamamos de estrutura pública, responsável pelos estudos e
aplicações de políticas econômicas objetivadas na equidade e no crescimento e distribuição
da renda no país.

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Nessa linha de raciocínio, para alcançar os objetivos das políticas públicas, a política or-
çamentária tem como objetivos de modo amplo, fomentar o crescimento econômico, assegu-
rar o cumprimento das funções elementares do Estado, como justiça e segurança, melhorar a
distribuição de renda, corrigir as imperfeições do mercado ou atenuar os seus efeitos e man-
ter a estabilidade econômica e social e universalizar o acesso aos bens e serviços produzidos
pelo setor Público ou pelo setor privado.
Os objetivos da política orçamentária são alcançados em razão da capacidade do Estado
de influenciar na economia por meio da recombinação dos recursos arrecadados no momen-
to da realização das despesa pública.
Segundo a classificação de Richard Musgrave, sobre as funções do setor Público (Esta-
do), e também do Orçamento, em economias de mercado, existem 3 funções exercidas pelo
Estado comentadas a seguir.

Promoção de ajustamentos na
Função Alocativa
alocação de recursos

Promoção de ajustamento na
Função Distributiva
distribuição de renda

Manutenção da estabilidade
Função Estabilizadora
econômica

5.1. Função Alocativa


A função alocativa do setor Público está relacionada às ações empreendidas no forneci-
mento de bens e serviços não disponibilizados pela economia de mercado. Nesse sentido, o
setor Público disponibiliza bens e serviços para consumo coletivo e não exclusivo a esta ou
aquela faixa da população. Em referência, cita-se como exemplo de bens Públicos a segurança.

Funções do Orçamento Público

Função Alocativa

Visa à promoção de ajustamentos na alocação de


recursos. É o Estado oferecendo determinados bens e
serviços necessários e desejados pela sociedade.

Incentivar certos setores, conceder anistias

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A ideia básica da função alocativa é de o setor Público atuar onde a iniciativa privada so-
zinha não consegue ou não tem interesse de atuar.

014. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Os Jogos Olímpicos transformaram o Rio de Janeiro,


avalia o jornalista suíço Jean-Jacques Fontaine, que lançou recentemente o livro Rio de Ja-
neiro e os Jogos Olímpicos, uma cidade reinventada. Para o jornalista, foram os Jogos que
permitiram investimentos importantes na mobilidade urbana, na segurança, na saúde e na
educação. Entre os projetos alavancados incluem-se a construção de quatro corredores de
BRT e a expansão do metrô, embora tais projetos existissem desde a década de 60 do século
XX; o crescimento das unidades de polícia pacificadora (UPPs), apesar de agora a política de
segurança estar em declínio; e a ampla reforma urbana na região portuária, que, no entanto,
ainda não conseguiu decolar a maior parte dos investimentos imobiliários previstos no Porto
Maravilha. Valor Econômico, 26/7/16. Internet: <http://www.valor.com.br> (com adaptações).
Considerando as informações apresentadas, julgue o item a seguir, acerca das funções eco-
nômicas do Estado e de suas formas de atuação.
Por meio da implantação de UPPs em comunidades carentes dominadas pelo crime organi-
zado, o Estado atuou no âmbito de sua função alocativa, garantindo a oferta do bem Público
segurança.

Via sua função alocativa, o Estado realizou a oferta do bem Público segurança que, no caso
das UPPs, foca nas comunidades carentes dominadas pelo crime organizado.
Certo.

5.2. Função Distributiva


A função distributiva refere-se às ações de caráter redistributivo efetuadas por meio de
medidas de transferência que o Estado executa em favor dos segmentos menos favorecidos
na sociedade.
Ressalta-se, como exemplo, a implementação de estrutura tributária progressiva cujos
valores arrecadados de impostos dos possuidores de riqueza sejam transferidos para pesso-
as de baixa renda, mediante a oferta de educação e saúde de qualidade.
O Bolsa Família talvez seja o exemplo mais emblemático da função distributiva (estilo
Robin Wood), uma vez que o governo transfere para os mais pobres os valores arrecadados
de toda a sociedade de acordo com a capacidade contributiva de cada um.

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DICA
As medidas de combate à pandemia da Covid-19, como o Au-
xílio Emergencial, também são exemplos de medidas tomadas
pelo Governo por meio da função estabilizadora do Orçamen-
to Público. Note que foi criado inclusive um Orçamento Para-
lelo, apelidado de Orçamento de Guerra, com essa finalidade.

5.3. Função Estabilizadora


A terceira ação econômica do setor Público se dá no âmbito da função estabilizadora
realizada pelo setor Público, expressa por ações de intervenção na economia no intuito de
contribuir para seu melhor funcionamento.
Destacam-se, por exemplo, as intervenções voltadas à redução da inflação, bem como
ações destinadas ao combate do desemprego em determinado setor produtivo.
Fora da mencionada classificação do velho Musgrave, há quem diga, e quem sabe não
será o caso do seu examinador, que faz parte dos atributos sob responsabilidade do setor
Público, a função de crescimento econômico expressa pelas ações voltadas em fomentar
investimentos Públicos e privados na economia.
Guarde, portanto, que o Orçamento Público se reveste como sendo um importante instru-
mento de planejamento operacional das ações governamentais, considerando que é a LOA
que o autoriza a receber e gastar os recursos financeiros arrecadados de diversas fontes.

015. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Com relação à economia do setor Público, julgue o


item que se segue.
Entre as funções governamentais estabelecidas por meio da política fiscal inclui-se a função
estabilizadora, a qual objetiva alterar o modo de distribuição da renda nacional.

A assertiva está errada já que conceituou a função distributiva. A estabilizadora é aquela que
foca em contribuir para o melhor funcionamento da economia.
Errado.

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Orçamento Público
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RESUMO
O Orçamento Público é um documento que prevê as quantias de moeda que, num período
determinado (normalmente um ano), devem entrar e sair dos cofres Públicos (receitas e des-
pesas públicas), com especificação de suas principais fontes de financiamento e das catego-
rias de despesas mais relevantes.
No que diz respeito às suas dimensões, podemos dizer que o Orçamento tem aspecto po-
lítico, porque revela ações sociais e regionais na destinação das verbas. Possui também ca-
racterísticas econômicas, porque manifesta a realidade da economia. É técnico, porque utiliza
cálculos de receita e de despesa e tem, ainda, aspectos jurídicos, porque atende às normas da
Constituição Federal e de leis infraconstitucionais.
O Orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação de receitas
e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legislativo lhe autoriza,
por meio de LEI, a execução das despesas destinadas ao funcionamento da máquina admi-
nistrativa.
Temos a ideia de Orçamento Público em sentido amplo quando trata das Leis Or-
çamentárias:
PPA – Plano Plurianual
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
LOA – Lei Orçamentária Anual
Tenha em mente que o termo Orçamento Público também é usado em sentido estrito
quando se refere especificamente à LOA, que é o Orçamento Público anual propriamente dito.
Além dos sentidos amplo e estrito, o termo Orçamento Público ainda pode ser usado em
sentido técnico, ou seja, quando se refere à autorização legislativa para execução das despe-
sas, ou melhor, à autorização dos representantes do povo “convertida” em créditos orçamen-
tários para que se possa efetuar o gasto Público.
Até a EC 86/2015 inexistia dúvida: para qualquer questão de prova você podia marcar que
o Orçamento brasileiro era autorizativo. De lá para cá, temos ainda que a maior parte do Or-
çamento brasileiro continua sendo autorizativo para as despesas discricionárias, MAS NÃO
MAIS 100% AUTORIZATIVO. Assim, HOJE leve para a prova que a maior parte do Orçamento
brasileiro continua sendo autorizativo, mas em menor parte também impositivo.

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Orçamento Público
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A entrada da Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC do Orçamento Im-


positivo”, tornou obrigatória a execução da programação orçamentária relativas às emendas
individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais emendas serão aprovadas até
1,2% da Receita Corrente Líquida – RCL prevista no projeto de LOA encaminhado ao Congres-
so Nacional.
Com a promulgação da EC 100/2019, é que as emendas de bancada também passaram a
ser obrigatórias (limite para a execução de 0,8% em 2020 e, a partir de 2021, de 1% da RCL).

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Orçamento Público
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Após a EC 105/2019, o parlamentar pode escolher se o dinheiro de sua Emenda Parla-


mentar Individual será transferido com vinculação a um objeto específico (transferência com
finalidade definida) ou para uso livre (transferência especial) sob certas condições.
Importante deixar registrado que, embora tenha formato de lei, sendo aprovado como tal,
entende-se que o Orçamento Público, no Brasil, é lei apenas em sentido formal. Embora com
natureza de lei formal de efeitos concretos, pode objeto de controle concentrado de consti-
tucionalidade, característica essa típica de lei em sentido material. Em suma, não é uma lei
tipicamente material, mas não é uma lei apenas formal em sentido estrito, o que vai exigir
muita atenção na hora da prova.
A EC 95/2016, também chamada de “PEC dos Gastos”, que estabeleceu o “Novo Regime
Fiscal da União”, que se aplica aos Orçamentos fiscal e da seguridade social da União em 20
exercícios financeiros, e deve ser calculado sobre as despesas primárias.
Dessa forma, não são objeto do Novo Regime Fiscal da União, as despesas do Orçamento
de investimentos da União e as despesas financeiras dos Orçamentos fiscal e da seguridade
social. Obviamente, também ficam de fora os Orçamentos dos Estados, DF e Municípios.
Apelidado de Emenda Constitucional do Orçamento de Guerra, a EC 106/2020 publicada
em 07/05/2020 implantou em nosso país o chamado regime extraordinário fiscal, financeiro
e de contratações para enfrentamento de calamidade pública nacional decorrente de pande-
mia”. Basicamente, seu objetivo é dar maior flexibilidade aos gastos do governo federal de
modo a facilitar a tomada de medidas para combater a pandemia (COVID-19) e seus efeitos.
Entenda o Orçamento de Guerra como um Orçamento separado do Orçamento normal, que
foi objeto de LOA, ou seja, o Orçamento de Guerra tem seus gastos vinculados ao combate da
pandemia, ficando os demais alocados na LOA, valendo apenas para o ano de 2020.
Como o Congresso Nacional não prorrogou a validade do Orçamento de Guerra por meio
de novo Decreto Legislativo, com o agravamento da pandemia da Covid-19 no início do ano
de 2001, no dia 16/03/2021 foi publicada a EC - Emenda Constitucional 109/, oriunda da PEC
186, também conhecida como PEC EMERGENCIAL, que foi amplamente divulgada pela mídia
por viabilizar a volta do pagamento do Auxílio Emergencial por parte do Governo Federal. En-
tretanto, essa EC também alterou e trouxe também importantes dispositivos de nossa Cons-
tituição que impactam diretamente as nossas aulas de AFO, Direito Financeiro e Orçamento
Público e criou os chamados regimes fiscais transitórios extraordinários.
Preliminarmente, a EC 109/2021 modificou o regime e dispôs sobre princípios e normas
da Administração Pública, servidores e agentes políticos, controle de despesas e finanças
públicas e custeio de atividades a cargo do Distrito Federal, dentre outras providências.
Por meio da EC 109/2021, foi inserido o artigo 167-A em nossa Carta Magna, relativo a um
regime fiscal facultativo para estados e municípios. A ideia é que o Poder Executivo Estadual
ou Municipal seja pressionado nas renegociações com a União para adotar tal regime.

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Orçamento Público
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Também por meio da EC 109/2021 passaram a integrar a nossa CF/1988 os artigos 167-
B a 167-G, que tratam do regime extraordinário na União em caso de pandemia. São regras
permanentes que podem ser acionadas, caso seja declarada calamidade pública.
No quadro seguinte, você pode ver um resumo da evolução histórica do Orçamento e suas
principais espécies:

- Foco - Objeto do gasto


- Preocupação - Aspectos políticos/contábeis/financeiros/numéricos
Clássico
- Planejamento - Não há

- Realizações
- Programa
Moderno - Base zero
- Participativo

REALIZAÇÕES (DESEMPENHO)

• Foco → o que o órgão fez no exercício anterior.


• Preocupação → desempenho governamental.
• Planejamento → existe, mas não é vinculado (pode exceder o planejado).

BASE ZERO (POR ESTRATÉGIA)

• Necessidade de justificativa de todos os programas cada vez que se inicia um novo


ciclo orçamentário.
• Análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas e não apenas as das
solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente.

PARTICIPATIVO

• Participação direta do povo.


• Democratização do orçamento.
• Conscientização político-orçamentária.
• Não vincula o gestor.
• Normalmente, em municípios.

ORÇAMENTO-PROGRAMA

• Foco → objetivos.
• Preocupação → resolver problemas da sociedade.
• Planejamento → flexível, mas vinculado.
• Elo integrador entre o Plano (PPA) e o Orçamento (LOA).
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Orçamento Público
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Essas são algumas características positivas do Orçamento-programa:


1 – Permite melhor planejamento das ações do Governo
2 – Facilita a identificação dos gastos e a realização por programas e sua comparação em
termos absolutos e relativos
3 – Contribui para uma orçamentação mais precisa
4 – Inter-relação entre custo e programação vinculada a objetivos
5 – Permite maior possibilidade de redução de custos
6 – Torna mais fácil identificar funções duplas
7 – Foca no que a instituição realiza e não no que ela gasta
8 – Permite melhor controle e execução dos programas.
Em termos de tipos de Orçamento, temos:
1 - Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do Orçamento são com-
petências do Poder Legislativo. Ao executivo, cabe apenas a execução.
2 - Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a execução são competên-
cias do Poder Executivo.
3 - Orçamento Misto: elaboração e execução são de competência do Executivo, cabendo
ao Legislativo a votação e o controle. Vigora em nossa CF/1988.
As Funções do Orçamento conforme Musgrave são:

Promoção de ajustamentos na
Função Alocativa
alocação de recursos

Promoção de ajustamento na
Função Distributiva
distribuição de renda

Manutenção da estabilidade
Função Estabilizadora
econômica

Segundo a classificação de Richard Musgrave sobre as funções do Orçamento Público,


em economias de mercado, existem 3 funções exercidas pelo estado comentadas a seguir.

• Alocação de recursos em pontos necessários, onde o mercado não se interessa


(falhas do mercado);
ALOCATIVA
• Grandes obras, estradas, saúde, educação, serviços públicos;
• Necessidades públicas.

• Distribuição de renda, buscando reduzir as desigualdades sociais e regionais;


• Programas sociais, políticas fiscais vantajosas aos mais pobres, impostos
DISTRIBUTIVA
progressivos sobre a renda;
• Escolas públicas também podem ser consideradas.

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Orçamento Público
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• Interferência no mercado, por meio de políticas econômicas;


ESTABILIZADORA • Alterações sobre taxa de juros, câmbio etc;
• Monitoramento dos índices de inflação, desemprego etc.

A função alocativa do setor Público está relacionada às ações empreendidas no forne-


cimento de bens e serviços não disponibilizados pela economia de mercado. Nesse senti-
do, o setor Público disponibiliza bens e serviços para consumo coletivo e não exclusivo a
esta ou aquela faixa da população. Em referência, cita-se como exemplo de bens Públicos a
segurança.
Por sua vez, a função distributiva refere-se às ações de caráter redistributivo efetuadas
por meio de medidas de transferência que o Estado executa em favor dos segmentos menos
favorecidos na sociedade.
A terceira ação econômica do setor Público se dá no âmbito da função estabilizadora
realizada pelo setor Público, expressa por ações de intervenção na economia no intuito de
contribuir para seu melhor funcionamento. Destacam-se, por exemplo, as intervenções vol-
tadas à redução da inflação, bem como ações destinadas ao combate do desemprego em
determinado setor produtivo.
Agora vamos fazer mais questões.

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Orçamento Público
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MAPA MENTAL
Ato contendo a aprovação prévia
das receitas e despesas públicas
para um período determinado Conceito

Política
Econômica

Social

Administrativa Dimensões
Jurídica Unidade/Totalidade

Técnica Anualidade/Periodicidade
Universalidade/Totalização

Alocativa Legalidade

Distributiva Equilíbrio
Funções de Orçamento
Estabilizadora Exclusividade/Pureza
Especificação/Discriminação
Legislativo
Princípios Clareza/Objetividade
Executivo Orçamentários
Tipos de Orçamento Precedência
Misto
Programação

ORÇAMENTO PÚBLICO Uniformidade/Consistência


Proibição/Vedação ao Estorno
Tradicional ou clássico Orçamento Bruto
De desempenho ou de realizações Técnicas/
Publicidade
Espécies de
Orçamento-programa Orçamento Unidade de Caixa ou Tesouraria
Base zero Não vinculação da receita de impostos
Participativo Quantificação dos Créditos
Transparência Orçamentária

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AFO
Orçamento Público
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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público, um instrumento fundamen-
tal de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse assunto,
julgue o seguinte item.
Com base no orçamento público, os governantes selecionam as prioridades e decidem como
empregar os recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos so-
ciais, conforme o peso ou a força política desses grupos.

002. (CESPE/MPE-PI/TÉCNICO/2018) Julgue o item seguinte, relativo ao orçamento público.


O orçamento, importante instrumento de planejamento de qualquer entidade pública ou pri-
vada, representa o fluxo previsto de ingressos financeiros e a aplicação desses recursos em
determinado período de tempo.

003. (CESPE/IPHAN/AUXILIAR/2018) Em relação ao orçamento público e seus preceitos, jul-


gue o item.
Orçamento é o plano contábil que expressa como as ações de governo serão executadas, por
meio da aplicação de recursos (despesas) e suas formas de financiamento (receitas).

004. (CESPE/PREF-JOÃO-PESSOA/PROCURADOR/2018-ADAPTADO) Em relação ao con-


ceito, às espécies e à natureza jurídica do orçamento público, julgue o item a seguir.
De acordo com a jurisprudência do STF, o orçamento público, em regra, possui caráter auto-
rizativo, ou seja, o simples fato de uma despesa ser incluída no orçamento não gera direito
subjetivo à sua realização.

005. (CESPE/PREF-SALVADOR/PROCURADOR/2015) Julgue o item a seguir.


A CF estabelece que a LOA possua caráter meramente autorizativo, ou seja, inexiste a obriga-
toriedade de o Poder Executivo exaurir a verba orçamentária prevista nas diferentes dotações.
Dessa forma, a CF não acolheu em seus dispositivos a hipótese de orçamento impositivo.

006. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Em relação às técnicas e aos princípios do orçamen-


to público, julgue o item a seguir:
O orçamento base-zero facilita o processo de revisão da decisão a respeito da alocação dos
recursos públicos, sendo, por essa razão, adequado às situações em que as despesas públicas
são limitadas por um teto de gastos.

007. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Julgue:


Prevalece no Brasil a compreensão de que o orçamento público é lei apenas em sentido for-
mal, visto que é aprovado pelo Poder Legislativo, mas é substancialmente ato de natureza

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

político-administrativa, insuscetível de hospedar normas gerais ou abstratas próprias de lei em


sentido material.

008. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA/2019) No que se refere ao sistema de planejamento e orça-


mento do governo federal, julgue o item subsequente.
Na elaboração do orçamento- programa, são considerados todos os custos dos programas
subtraindo-se aqueles que extrapolem o exercício.

009. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/TÉCNICO/2018) A respeito de orçamento público, julgue o


item seguinte.
O orçamento-programa consiste no processo de elaboração de orçamento que exige dos
gestores, a cada novo exercício, a justificativa detalhada dos recursos solicitados.

010. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Acerca de administração financeira e orçamentária e do


orçamento público no Brasil, julgue o item.
Os programas executados de acordo com a técnica do orçamento-programa devem ser ze-
rados ao final do exercício financeiro, a fim de que os órgãos públicos sejam obrigados a
demonstrar os custos e benefícios de cada programa, sob pena de descontinuidade dos
programas.

011. (CESPE/MPE-PI/ANALISTA/2018) Julgue o próximo item, relativo aos tipos de orçamen-


tos públicos.
O orçamento participativo contempla a participação da população no processo decisório por
meio de lideranças ou de audiências públicas.

012. (CESPE/STM/TÉCNICO/2018) Com relação a técnicas e princípios orçamentários, julgue


o item seguinte.
O orçamento incremental tem como base as receitas e despesas ocorridas no período ante-
rior, sobre as quais são feitos ajustes marginais.

013. (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) Julgue o próximo item.


Considerando a evolução conceitual da terminologia usada em referência ao orçamento, o
Brasil utilizou o orçamento legislativo, o executivo e o misto ao longo de sua história.

014. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Os Jogos Olímpicos transformaram o Rio de Janeiro,


avalia o jornalista suíço Jean-Jacques Fontaine, que lançou recentemente o livro Rio de Ja-
neiro e os Jogos Olímpicos, uma cidade reinventada. Para o jornalista suíço, foram os Jogos
que permitiram investimentos importantes na mobilidade urbana, na segurança, na saúde e
na educação. Entre os projetos alavancados incluem-se a construção de quatro corredores de
BRT e a expansão do metrô, embora tais projetos existissem desde a década de 60 do século

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

XX; o crescimento das unidades de polícia pacificadora (UPPs), apesar de agora a política de
segurança estar em declínio; e a ampla reforma urbana na região portuária, que, no entanto,
ainda não conseguiu decolar a maior parte dos investimentos imobiliários previstos no Porto
Maravilha. Valor Econômico, 26/7/16. Internet: <http://www.valor.com.br> (com adaptações).
Considerando as informações apresentadas, julgue o item a seguir, acerca das funções eco-
nômicas do Estado e de suas formas de atuação.
Por meio da implantação de UPPs em comunidades carentes dominadas pelo crime organi-
zado, o Estado atuou no âmbito de sua função alocativa, garantindo a oferta do bem público
segurança.

015. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Com relação à economia do setor público, julgue o item


que se segue.
Entre as funções governamentais estabelecidas por meio da política fiscal inclui-se a função
estabilizadora, a qual objetiva alterar o modo de distribuição da renda nacional.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

GABARITO
1. C 6. C 11. C
2. C 7. E 12. C
3. E 8. E 13. C
4. C 9. E 14. C
5. E 10. E 15. E

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Orçamento Público
Manuel Piñon

QUESTÕES DE CONCURSO – LISTA I


Cespe

001. (CESPE/TJ-PA/ANALISTA-JUDICIÁRIO/2020) No que tange ao Orçamento-Programa,


assinale a opção correta.
a) A alocação de recursos visa exclusivamente à aquisição de insumos para a execução orça-
mentária dos programas.
b) O principal critério para classificação orçamentária é o que indica a entidade responsável
pela execução do programa.
c) É necessária a criação de alternativas para se determinar uma escala de prioridades a se-
rem executadas.
d) O Orçamento-Programa apresenta vinculação com o planejamento governamental na exe-
cução de programas, projetos e atividades do Estado.
e) Metas e resultados a serem alcançados devem ser estabelecidos necessariamente com
base no menor custo das ações e aquisições demandadas pelos programas.

002. (CESPE/COGE-PE/AUDITOR/2019) Com o objetivo de melhor atender aos interesses da


sociedade, as nações procuram aprimorar o seu sistema orçamentário; isso dá origem a vá-
rios modelos orçamentários. Nesse sentido, assinale a opção correta relativa a modelos or-
çamentários.
a) A alocação de recursos, no modelo de Orçamento tradicional, visa ao alcance de objetivos
e metas preestabelecidas.
b) A estrutura do Orçamento-Programa está associada ao planejamento e à adoção de indi-
cadores de medição de resultados.
c) O Orçamento-Desempenho é fundamentado nos custos dos programas e nas metas qua-
litativas para alcance de resultados.
d) A elaboração do Orçamento base zero é realizada a partir da perspectiva do Orçamento
incremental.
e) O Orçamento por resultados é fundamentado em padrões de alocação de recursos, com
ênfase na economia de recursos.

003. (CESPE/PREF-JOÃO-PESSOA/PROCURADOR/2018) Em relação ao conceito, às espé-


cies e à natureza jurídica do Orçamento Público, julgue os itens a seguir.
I – De acordo com a jurisprudência do STF, o Orçamento Público, em regra, possui caráter au-
torizativo, ou seja, o simples fato de uma despesa ser incluída no Orçamento não gera direito
subjetivo à sua realização.
II – O Orçamento Público é instrumentalizado por meio de lei que possui caráter formal, o que
torna inviável o seu controle em sede abstrata.

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Orçamento Público
Manuel Piñon

III – O Orçamento base-zero constitui uma técnica de elaboração do Orçamento em que há o


reexame crítico dos dispêndios de cada área governamental, de modo que não há compromis-
so com o montante de dispêndios do exercício anterior.
Assinale a opção correta:
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

004. (CESPE/PREF-JOÃO-PESSOA/PROCURADOR/2018-ADAPTADO) Em relação ao concei-


to, às espécies e à natureza jurídica do Orçamento Público, julgue o item a seguir.
O Orçamento Público é instrumentalizado por meio de lei que possui caráter formal, o que
torna inviável o seu controle em sede abstrata.

005. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) Considerando o regime constitucional das leis que tra-


tam do Orçamento Público, assinale a opção correta.
a) Em razão do princípio da eficiência orçamentária, o Poder Executivo, mesmo sem prévia
autorização legislativa, pode utilizar os recursos que não tenham despesa correspondente
aprovada em virtude de emenda no projeto da LOA.
b) A LOA compreende o Orçamento da seguridade social das entidades e órgãos vinculados à
União, inclusive de todas as fundações, autarquias, empresas públicas e sociedades de eco-
nomia mista.
c) O modelo de Orçamento anual adotado na CF é meramente autorizativo, apesar da exis-
tência de dispositivos constitucionais que tornam obrigatória a despesa nas áreas de saúde
e educação.
d) A LOA prevê a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas
de capital, desde que a proposta seja aprovada por maioria qualificada.
e) O plano plurianual tem por objetivo estabelecer a previsão da receita e a fixação da despesa
para o período de quatro anos.

006. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Com relação a técnicas e princípios orçamentários, jul-


gue o item seguinte.
O Orçamento de desempenho surgiu nos Estados Unidos da América, na década de 50 do
século passado, com o nome de PPBS (Planning Programming Budgeting System), onde foi
primeiramente adotado por empresas privadas.

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Orçamento Público
Manuel Piñon

007. (CESPE/MPE-PI/TÉCNICO/2018) Julgue o item seguinte, relativo ao Orçamento Público.


O Orçamento-programa, que é o Orçamento Público no qual constam apenas a previsão da
receita e a fixação da despesa, constitui uma peça meramente contábil-financeira, sem ne-
nhum planejamento de ação do governo, voltada preferencialmente às necessidades dos ór-
gãos Públicos.

008. (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018) A sistemática de elaboração orçamentária que exige


a justificativa de cada recurso solicitado, sem fixar de antemão um valor orçamentário inicial e
sem considerar os valores previstos no Orçamento anterior, denomina-se
a) Orçamento base zero.
b) Orçamento participativo.
c) Orçamento-Programa.
d) Orçamento tradicional.
e) Orçamento de desempenho.

009. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Acerca dos conceitos básicos de Orçamento Públi-


co, julgue o item a seguir.
O objetivo principal dos Orçamentos Públicos modernos é mostrar à sociedade a natureza do
gasto governamental.

010. (CESPE/CAGE-RS/AUDITOR/2018) A função alocativa, uma das funções básicas do go-


verno, visa:
a) ofertar bens e serviços Públicos que não seriam oferecidos pelo mercado privado ou que
seriam ofertados em condições ineficientes.
b) combater choques monetários, com o ajuste no nível geral de preços, estabilização da mo-
eda, alteração do câmbio e modificação da taxa de juros.
c) interferir no ambiente econômico e elevar o nível de emprego e bem-estar da população por
meio do emprego de instrumentos de política fiscal.
d) gerar condições para a oferta de bens privados no mercado pelos produtores, corrigindo
imperfeições no sistema de mercado e, também, criando externalidades negativas.
e) distribuir a riqueza na sociedade de modo a torná-la menos desigual, com o emprego de
mecanismos como tributos, transferências financeiras governamentais, subsídios e incenti-
vos fiscais.

011. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Considerando as disposições constitucionais e as


normas gerais relativas ao direito financeiro, bem como os princípios orçamentários, julgue o
item a seguir:
Integram o Orçamento fiscal, previsto na lei orçamentária anual, os fundos de incentivos fiscais
e o Orçamento das empresas públicas independentes.

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Orçamento Público
Manuel Piñon

012. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Ao oferecer ensino Público e gratuito a amplos seto-


res da população — ação estatal que promove um ajuste na oferta de bens e serviços à socie-
dade, permitindo, entre outros benefícios, o acesso à educação para os setores mais carentes
da sociedade —, o Estado brasileiro
a) acentua o desequilíbrio de mercado, pois concorre em condições desiguais com a iniciati-
va privada.
b) produz um serviço Público, fato que caracteriza a função alocativa.
c) promove um ajustamento na distribuição de renda, atendendo à função distributiva.
d) cumpre sua função estabilizadora, pois estimula a manutenção do nível de emprego.
e) atende a uma necessidade social da população, porém sem interferência na função
econômica.

013. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Os Jogos Olímpicos transformaram o Rio de Janeiro,


avalia o jornalista suíço Jean-Jacques Fontaine, que lançou recentemente o livro Rio de Ja-
neiro e os Jogos Olímpicos, uma cidade reinventada. Para o jornalista suíço, foram os Jogos
que permitiram investimentos importantes na mobilidade urbana, na segurança, na saúde e
na educação. Entre os projetos alavancados incluem-se a construção de quatro corredores de
BRT e a expansão do metrô, embora tais projetos existissem desde a década de 60 do século
XX; o crescimento das unidades de polícia pacificadora (UPPs), apesar de agora a política de
segurança estar em declínio; e a ampla reforma urbana na região portuária, que, no entanto,
ainda não conseguiu decolar a maior parte dos investimentos imobiliários previstos no Porto
Maravilha. Valor Econômico, 26/7/16. Internet: <http://www.valor.com.br> (com adaptações).
Considerando as informações apresentadas, julgue o item a seguir, acerca das funções eco-
nômicas do Estado e de suas formas de atuação.
As necessidades públicas, de que são exemplos a mobilidade urbana e a educação, são inte-
resses gerais da coletividade satisfeitos por meio de serviços Públicos, cuja prestação é de
responsabilidade do Estado.

014. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) O defeso é a paralisação das atividades de pesca para


proteger as espécies de peixes durante o seu período de reprodução, garantir a manutenção
de forma sustentável dos estoques pesqueiros e, consequentemente, manter a atividade e a
renda dos pescadores. Assim, todo pescador profissional que exerce suas atividades de for-
ma individual ou em regime de economia familiar fica impedido de pescar durante a época de
reprodução das espécies-alvo de suas pescarias. Nesse período, os pescadores profissionais
recebem seguro-desemprego ou seguro-defeso em parcelas mensais, na quantia de um sa-
lário mínimo, em número equivalente ao período de paralisação. Internet: < www.mpa.gov.br
> (com adaptações).

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Orçamento Público
Manuel Piñon

Com referência ao assunto abordado no texto e sua relação com as funções econômicas go-
vernamentais, julgue o item a seguir.
A instituição do defeso é uma ação do governo no âmbito de sua função alocativa, uma vez
que, nessa ação, é estabelecido o nível de pesca ao longo de determinado período.

015. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Os motoristas de carros particulares que circulam na


cidade de São Paulo têm de respeitar um rodízio. Eles são proibidos de circular pelo centro
expandido, em certos horários, de acordo com os finais de suas placas. Alguns motoristas,
como os portadores de deficiência, não são obrigados a obedecer ao rodízio, mas precisam
preencher um formulário para conseguir a permissão da prefeitura. Internet: < http://noticias.
r7.com > (com adaptações).
Acerca das funções econômicas governamentais relacionadas à política pública abordada no
texto, julgue o item subsequente.
A atuação governamental de que trata o texto se insere no âmbito da função econômica alo-
cativa, pois a possibilidade de ônus para quem desrespeita as normas do rodízio influência na
decisão das pessoas de usar ou não o transporte privado em vez do Público.

016. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016-ADAPTADA) Julgue o item que se segue.


Entre as funções governamentais estabelecidas por meio da política fiscal inclui-se a função
estabilizadora, a qual objetiva alterar o modo de distribuição da renda nacional.

017. (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Acerca das funções do governo na economia, jul-


gue o item seguinte.
Na execução de projetos que integram o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego, o governo exerce diretamente função econômica distributiva.

018. (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Acerca das funções do governo na economia, jul-


gue o item seguinte.
Ao desenvolver os programas Fome Zero, Bolsa Família e Bolsa Escola, o governo brasileiro
exerce primordialmente uma função alocativa de recursos.

019. (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Acerca das funções do governo na economia, jul-


gue o item seguinte.
A função estabilizadora relaciona-se à manutenção da solidez e da segurança da economia
por meio de incentivos cujo objetivo é resolver problemas de ineficiência da economia.

020. (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016) A função do Orçamento Público que visa melhorar a


posição de algumas pessoas em detrimento de outras e, com isso, corrigir falhas do mercado
é denominada função

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

a) controladora.
b) alocativa.
c) distributiva.
d) estabilizadora.
e) econômica.

021. (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue o próximo item.


A técnica orçamentária que exige análise, revisão e avaliação de todas as despesas propos-
tas, e não apenas daquelas que ultrapassem o nível de gastos já existente, é denominada
Orçamento base-zero.

022. (CESPE/DPU/ANALISTA/2016) Julgue o próximo item.


O Orçamento tradicional ou clássico adotava linguagem contábil-financeira e se caracteriza-
va como um documento de previsão de receita e de autorização de despesas, sem a preocu-
pação de planejamento das ações do governo.

023. (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) Julgue o item seguinte.


No Orçamento-programa, as decisões orçamentárias estão diretamente relacionadas às ne-
cessidades financeiras dos entes da administração pública.

024. (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) Julgue o item seguinte.


O principal critério de classificação orçamentária previsto no Orçamento-Programa corres-
ponde às unidades administrativas.

025. (CESPE/FUB/ADMINISTRADOR/2015) Julgue:


O Orçamento Público possui três funções distintas que coexistem simultaneamente: alocati-
va, distributiva e estabilizadora.

026. (CESPE/FUB/ADMINISTRADOR/2015) Ainda com relação ao Orçamento Público, julgue


o item que se segue.
O elemento básico de um Orçamento são as contas que o compõem, a partir das quais é
possível antecipar situações patrimoniais e demonstrar resultados, o que na prática as tor-
na um instrumento de análise e de síntese para compreensão do comportamento de uma
organização.

027. (CESPE/ENAP/ADMINISTRADOR/2015) Julgue:


A função econômica do Orçamento corresponde ao controle do fluxo financeiro gerado pelas
entradas de recursos obtidos com a arrecadação da receita e pelos dispêndios gerados com
as saídas de recursos para as despesas.

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Orçamento Público
Manuel Piñon

028. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue o item a seguir, relativo a políticas públicas e


planejamento governamental.
Por meio do Orçamento-programa é possível expressar, com maior veracidade, a responsabi-
lidade do governo para com a sociedade, visto que o Orçamento deve indicar com clareza os
objetivos da nação.

029. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) A respeito da administração financeira e orçamentária,


julgue o item a seguir.
O Orçamento de desempenho, por considerar o resultado dos gastos e os níveis organizacio-
nais responsáveis pela execução dos programas, distingue-se do Orçamento clássico.

030. (CESPE/CÂMARA-DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Tendo em vista que fiscalizar as


ações do Poder Executivo é uma das funções do Poder Legislativo, e que o Orçamento é um
instrumento auxiliar para o cumprimento dessa função, julgue o item subsequente, relativo
ao planejamento, aos métodos, técnicas e instrumentos do Orçamento Público e às leis a ele
relacionadas.
O Orçamento pode ser considerado como um plano que expressa, em termos de dinheiro e por
um período de tempo definido, o programa de operações do governo e os meios de financia-
mento desse programa.

031. (CESPE/PF/APF/2014) No que se refere ao funcionamento e às normas que regem a


elaboração do Orçamento Público, julgue o próximo item.
O Orçamento Público constitui norma legal a ser aplicada integralmente e contém a previsão
de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas pelo governo em determinado exer-
cício financeiro, sendo objeto de estudo tanto do direito financeiro quanto do direito tributário.

032. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Três leis compõem o ciclo orçamentário: o PPA, a LDO


e a LOA. O papel dessas leis é integrar as atividades de planejamento e Orçamento para as-
segurar o sucesso da ação governamental. Com respeito a essas leis, julgue o item seguinte.
O PPA, no Brasil, é uma demonstração da aplicação do sistema de planejamento, programação
e Orçamento (PPBS) inspirado no modelo norte-americano de Orçamento Público. Assim, na
elaboração da lei orçamentária, a ênfase é dada às necessidades financeiras das unidades
organizacionais.

033. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Acerca dos conceitos, princípios, normas e classifica-


ções orçamentárias, julgue o próximo item.
O Orçamento tradicional tinha como função principal a de possibilitar ao parlamento discutir
com o órgão de execução as formas de planejamento relacionadas aos programas de governo,
visando ao melhor aproveitamento dos recursos, com base nos aspectos relativos a custo/
benefício.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

034. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Acerca dos conceitos, princípios, normas e classifica-


ções orçamentárias, julgue o próximo item.
De acordo com o conceito de Orçamento-programa, devem-se valorizar o gasto Público e o
que o governo adquire, em detrimento do que se pretende realizar.

035. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010-ADAPTADA) Acerca da atividade financeira do Estado, jul-


gue o item a seguir.
O mecanismo de intervenção em que o Estado retira parte das riquezas dos contribuintes mais
abastados, também a redistribui, mediante subvenção ou outra classe de auxílio, aos grupos
sociais de baixa capacidade econômica faz parte da função distributiva do Orçamento.

036. (CESPE/TJ-PA/ANALISTA-JUDICIÁRIO/2020) A técnica-orçamentária que utiliza o Or-


çamento com função precípua de controle político é chamada de
a) Orçamento clássico.
b) Orçamento por desempenho.
c) Orçamento por resultados.
d) Orçamento burocrático.
e) Orçamento-programa.

037. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA/2020) A respeito de finanças públicas, julgue o item


que se segue.
A técnica orçamentária do Orçamento clássico ou tradicional caracteriza-se por uma acentu-
ada preocupação com o atendimento das necessidades da coletividade.

038. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA/2020) A respeito de Orçamento participativo, governo ele-


trônico, gestão por resultados na produção de serviços Públicos e comunicação na gestão
pública, julgue o item subsecutivo.
No Brasil, por meio do Orçamento participativo, a população pode definir, de forma flexível,
onde será alocada a maior parte dos recursos orçamentários.

039. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-CEX/2021) Acerca de Orçamento Público, julgue o


item a seguir.
O governo pode deixar de executar despesas fixadas na lei orçamentária anual, à exceção de
casos específicos previstos na legislação vigente.

040. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Com relação ao Orçamento Público, julgue o


item seguinte.
Orçamento Público é um mecanismo de controle político dos órgãos de representação sobre o
Poder Executivo, independentemente das mudanças ocorridas nas funções do Estado.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

(INÉDITA/2021) A Emenda Constitucional – EC 106/2020, conhecida como “Orçamento de


Guerra”, publicada em 07/05/2020 implantou em nosso país o chamado regime extraordinário
fiscal, financeiro e de contratações para enfrentamento de calamidade pública nacional decor-
rente de pandemia (Covid-19). Esse regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações
valeu para o ano de 2020. Acerca do Orçamento de Guerra, julgue as assertivas seguintes.

041. A EC 106/2020 modificou permanentemente o texto da CF/1988.

042. O Orçamento de Guerra teve vigência limitada no tempo.

043. A EC 106/2020 (Regime extraordinário / Orçamento de Guerra) é válida para a União, os


estados, os Distrito Federal e os municípios.

044. A EC 106/2020 (Regime extraordinário / Orçamento de Guerra) dispensou, durante a in-


tegralidade do exercício financeiro em que vigore a calamidade pública nacional da pandemia
(2020), a obrigatoriedade de atender a chamada regra de ouro das finanças públicas.

045. No ano de 2020, os gastos relativos ao combate à pandemia da COVID-19 devem inte-
grar a prestação de contas ordinária anual do Presidente da República.

046. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) Após a aprovação da reforma da previdência social,


o governo correu para estabelecer uma agenda de reformas econômicas. Batizado de Mais
Brasil, o plano do governo propõe transformar radicalmente o Estado — racionalizando os
gastos Públicos. Entre as propostas encontra-se a previsão de gatilhos, que possibilitam a
redução de salários de servidores, de forma a evitar que o governo descumpra a chamada
regra de ouro.
Internet: <www.economia.ig.com.br> (com adaptações).

Com relação ao assunto abordado no texto precedente, julgue o item a seguir.


A proposta de emenda constitucional voltada a permitir que o governo possa reduzir o salário
dos servidores Públicos em caso de grave desequilíbrio orçamentário qualifica-se, essencial-
mente, como um instrumento do Estado para o exercício de sua função distributiva.

047. (CESPE/APEX/ASSISTENTE/2021) Para que o poder Público possa desempenhar suas


funções com critério, é necessário que haja um planejamento orçamentário consistente que
estabeleça com clareza as prioridades da gestão.
A respeito desse assunto, assinale a opção correta.
a) Orçamento Público é um conceito estático cujas funções têm permanecido inalteradas
desde a sua criação.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

b) O Orçamento Público constitui norma legal a ser aplicada integralmente e contém a fixação
das receitas e a estimativa/previsão das despesas a serem realizadas pelo governo em deter-
minado exercício financeiro.
c) O Orçamento Público é um documento contábil e financeiro desvinculado do planejamento
governamental.
d) A Constituição Federal de 1988 introduziu um modelo orçamentário para a gestão do di-
nheiro Público no Brasil, o qual consiste basicamente em três documentos: plano plurianual
(PPA), lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e lei orçamentária anual (LOA).

048. (CESPE/APEX/ASSISTENTE/2021) O Orçamento Público é um processo dinâmico que


evoluiu com o tempo. Nesse percurso histórico, o Orçamento tradicional ficou conhecido por
a) importar-se apenas com as necessidades dos órgãos Públicos para realização de suas
tarefas, sem questionamento sobre objetivos e metas.
b) se necessariamente ao planejamento.
c) ser utilizado como instrumento de administração.
d) ser objeto de controle, com vistas a avaliar a eficiência e eficácia das ações.

049. (CESPE/SEFAZ-CE/AUDITOR/2021) O Orçamento Público é o instrumento utilizado pelo


governo para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com os tributos (impostos, taxas,
contribuições de melhoria, entre outros). Esse planejamento é essencial para oferecer servi-
ços Públicos adequados, além de especificar gastos e investimentos que foram priorizados
pelos poderes. A respeito desse assunto, julgue o item a seguir.
O Orçamento de desempenho é primordialmente calcado nos aspectos contábeis e está diri-
gido mais para os produtos gerados pela administração pública que para os resultados pro-
priamente ditos.

050. (INÉDITA/2021) Acerca do Orçamento Público no brasil, avalie as assertivas e marque a


alternativa correspondente.
I – O Orçamento-Programa pode ser entendido como um plano de trabalho, um instrumento de
planejamento da ação do governo, através da identificação dos seus programas de trabalho,
projetos e atividades, além dos estabelecimentos de objetivos e metas a serem implementa-
dos, bem como a previsão dos custos relacionados.
II – O Orçamento - programa foi introduzido no Brasil por meio da Lei de responsabilidade Fis-
cal (LC 101/2000).
III – O Orçamento de Base-Zero é uma técnica que consiste basicamente em uma análise críti-
ca de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

IV – A Constituição Federal de 1988 implantou definitivamente o Orçamento-programa no Bra-


sil, ao estabelecer a normatização da matéria orçamentária através do Plano Plurianual - PPA,
da Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e da Lei Orçamentária Anual - LOA, ficando evidente o
extremo zelo do constituinte para com o planejamento das ações do governo.
a) I, III e IV estão corretas.
b) Apenas I, II e III estão corretas.
c) Apenas I e IV estão corretas.
d) Apenas III e IV estão corretas.
e) I, II, III e IV estão incorretas.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

GABARITO
1. d 37. E
2. b 38. E
3. c 39. C
4. E 40. E
5. c 41. E
6. E 42. C
7. E 43. E
8. a 44. C
9. E 45. E
10. a 46. E
11. E 47. d
12. c 48. a
13. C 49. E
14. C 50. a
15. C
16. E
17. E
18. E
19. C
20. c
21. C
22. C
23. E
24. E
25. C
26. C
27. E
28. C
29. C
30. C
31. E
32. E
33. E
34. E
35. C
36. a

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/TJ-PA/ANALISTA-JUDICIÁRIO/2020) No que tange ao Orçamento-Programa,
assinale a opção correta.
a) A alocação de recursos visa exclusivamente à aquisição de insumos para a execução orça-
mentária dos programas.
b) O principal critério para classificação orçamentária é o que indica a entidade responsável
pela execução do programa.
c) É necessária a criação de alternativas para se determinar uma escala de prioridades a se-
rem executadas.
d) O Orçamento-Programa apresenta vinculação com o planejamento governamental na exe-
cução de programas, projetos e atividades do Estado.
e) Metas e resultados a serem alcançados devem ser estabelecidos necessariamente com
base no menor custo das ações e aquisições demandadas pelos programas.

Orçamento-Programa é um instrumento focado na ideia de planejamento, ou seja, preocupa-


-se com o que se pretende realizar, sendo que ele PRIORIZA atender aos objetivos, metas e
prioridades definidos no Planejamento das ações do Governo. Como benefícios mais relevan-
tes do Orçamento-Programa podemos citar a integração ente o planejamento e o Orçamento,
a quantificação dos objetivos e metas, a utilização das relações de insumo-produto e das
diversas alternativas programáticas em seu processo decisório, além permitir o uso de ferra-
mentas para medir os seus resultados.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Já que, na verdade, a alocação de recursos visa a consecução de objetivos e metas.
b) Errada. Já que seu principal critério de classificação é o programático.
c) Errada. Já que é Orçamento base-zero não leva em conta a série histórica e define as prio-
ridades em função do custo-benefício de cada gasto.
e) Errada. Já que o menor custo NÃO é obrigatório.
Letra d.

002. (CESPE/COGE-PE/AUDITOR/2019) Com o objetivo de melhor atender aos interesses


da sociedade, as nações procuram aprimorar o seu sistema orçamentário; isso dá origem a
vários modelos orçamentários. Nesse sentido, assinale a opção correta relativa a modelos
orçamentários.
a) A alocação de recursos, no modelo de Orçamento tradicional, visa ao alcance de objetivos
e metas preestabelecidas.
b) A estrutura do Orçamento-Programa está associada ao planejamento e à adoção de indi-
cadores de medição de resultados.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

c) O Orçamento-Desempenho é fundamentado nos custos dos programas e nas metas qualita-


tivas para alcance de resultados.
d) A elaboração do Orçamento base zero é realizada a partir da perspectiva do Orçamento
incremental.
e) O Orçamento por resultados é fundamentado em padrões de alocação de recursos, com
ênfase na economia de recursos.

O Orçamento-Programa deve ser visto como um plano de trabalho expresso por um conjun-
to de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários para a sua execução,
fazendo com que o gasto Público possa ser detalhado de modo a enfatizar a sua finalidade,
identificando para cada gasto a respectiva a ação, definindo o responsável pela respectiva
execução de cada ação, além de apresentar individualmente os resultados esperados para
cada uma delas.
Nessa linha de raciocínio, o Orçamento-Programa destaca a integração ente o planejamento
e o Orçamento, a quantificação dos objetivos e metas, a utilização das relações de insumo-
-produto e das diversas alternativas programáticas em seu processo decisório, além permitir
o uso de ferramentas para medir os seus resultados, priorizando atender aos objetivos, metas
e prioridades definidos no Planejamento das ações do Governo, integrando planejamento e
Orçamento.
Vamos comentar as demais alternativas:
a) Errada. Já que essa é uma característica do Orçamento-programa.
c) Errada. Já que essa é uma característica do Orçamento-programa.
d) Errada. Já que o Orçamento Base Zero não leva em conta a série histórica de gastos, mas
sim a realização de uma análise detalhada dos gastos.
e) Errada. Já que a ênfase do Orçamento por resultados é na efetividade dos seus atos.
Letra b.

003. (CESPE/PREF-JOÃO-PESSOA/PROCURADOR/2018) Em relação ao conceito, às espé-


cies e à natureza jurídica do Orçamento Público, julgue os itens a seguir.
I – De acordo com a jurisprudência do STF, o Orçamento Público, em regra, possui caráter au-
torizativo, ou seja, o simples fato de uma despesa ser incluída no Orçamento não gera direito
subjetivo à sua realização.
II – O Orçamento Público é instrumentalizado por meio de lei que possui caráter formal, o que
torna inviável o seu controle em sede abstrata.
III – O Orçamento base-zero constitui uma técnica de elaboração do Orçamento em que há
o reexame crítico dos dispêndios de cada área governamental, de modo que não há compro-
misso com o montante de dispêndios do exercício anterior.
Assinale a opção correta:

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

a) Apenas o item I está certo.


b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

Vamos julgar os itens e marcar a alternativa correspondente:


I – Certa. O STF já decidiu que “a previsão de despesa, em lei orçamentária, não gera direito
subjetivo a ser assegurado por via judicial. Assim, o simples fato de uma despesa ser incluída
no Orçamento não gera direito subjetivo à sua realização.
II – Errada. Já que é possível a impugnação de lei orçamentária em sede controle de constitu-
cionalidade. Veja decisão na ADI 5.449-MC:”leis orçamentárias que materializem atos de apli-
cação primária da Constituição Federal podem ser submetidas a controle de constitucionalidade
em processos objetivos”.
III – Certa. O Orçamento Base Zero parte do ZERO, realizando uma análise detalhada dos
gastos governamentais. Analisando as despesas propostas, passa um pente fino, definindo
prioridades e verificando o custo benefício de determinado gasto em detrimento de outro.
Letra c.

004. (CESPE/PREF-JOÃO-PESSOA/PROCURADOR/2018-ADAPTADO) Em relação ao con-


ceito, às espécies e à natureza jurídica do Orçamento Público, julgue o item a seguir.
O Orçamento Público é instrumentalizado por meio de lei que possui caráter formal, o que
torna inviável o seu controle em sede abstrata.

Errada. Já que é possível a impugnação de lei orçamentária em sede controle de constitucio-


nalidade. Veja decisão na ADI 5.449-MC:

”eis orçamentárias que materializem atos de aplicação primária da Constituição Federal podem ser
submetidas a controle de constitucionalidade em processos objetivos”.
Errado.

005. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) Considerando o regime constitucional das leis que tra-


tam do Orçamento Público, assinale a opção correta.
a) Em razão do princípio da eficiência orçamentária, o Poder Executivo, mesmo sem prévia
autorização legislativa, pode utilizar os recursos que não tenham despesa correspondente
aprovada em virtude de emenda no projeto da LOA.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

b) A LOA compreende o Orçamento da seguridade social das entidades e órgãos vinculados à


União, inclusive de todas as fundações, autarquias, empresas públicas e sociedades de eco-
nomia mista.
c) O modelo de Orçamento anual adotado na CF é meramente autorizativo, apesar da exis-
tência de dispositivos constitucionais que tornam obrigatória a despesa nas áreas de saúde
e educação.
d) A LOA prevê a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas
de capital, desde que a proposta seja aprovada por maioria qualificada.
e) O plano plurianual tem por objetivo estabelecer a previsão da receita e a fixação da despesa
para o período de quatro anos.

Até antes da entrada em vigência da Emenda Constitucional n. 86/2015, o nosso Orçamento


era pacificamente considerado “autorizativo”, assim, até então, a não execução de um crédito
orçamentário autorizado pela LOA não era considerado crime de responsabilidade. Mas isso
mudou com a entrada em vigor da mencionada Emenda à Constituição, e, atualmente, o Orça-
mento é considerado, em parte, impositivo.
Letra c.

006. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Com relação a técnicas e princípios orçamentários, jul-


gue o item seguinte.
O Orçamento de desempenho surgiu nos Estados Unidos da América, na década de 50 do
século passado, com o nome de PPBS (Planning Programming Budgeting System), onde foi
primeiramente adotado por empresas privadas.

Na verdade, a assertiva refere-se ao Orçamento-programa. Guarde que o PPBS foi um prede-


cessor do Orçamento-programa no Brasil.
Errado.

007. (CESPE/MPE-PI/TÉCNICO/2018) Julgue o item seguinte, relativo ao Orçamento Público.


O Orçamento-programa, que é o Orçamento Público no qual constam apenas a previsão da
receita e a fixação da despesa, constitui uma peça meramente contábil-financeira, sem ne-
nhum planejamento de ação do governo, voltada preferencialmente às necessidades dos ór-
gãos Públicos.

Na verdade, a assertiva refere-se ao Orçamento Tradicional. Confira a distinção entre o Orça-


mento Tradicional e o Orçamento-Programa nas palavras de do autor Augustinho Paludo no
Livro Orçamento Público (AFO e LRF), 4ª edição:
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
“O Orçamento Tradicional é um documento de previsão de receita e autorização de despesas com
ênfase no gasto. É um processo orçamentário em que apenas uma dimensão do Orçamento é
explicitada, qual seja, o objeto de gasto. Esse Orçamento refletia apenas os meios que o Estado
dispunha para executar suas tarefas. Sua finalidade era ser um instrumento de controle político
do Legislativo sobre o Executivo – sem preocupação com o planejamento, com a intervenção na
economia ou com as necessidades da população”.
“Orçamento-Programa é o atual e mais moderno Orçamento Público, está intimamente ligado ao
planejamento, e representa o maior nível de classificação das ações governamentais. O Orçamen-
to-Programa é um plano de trabalho que integra – numa concepção gerencial – planejamento e
Orçamento com objetivos e metas a alcançar. A ênfase do Orçamento-programa é nas realizações
e a avaliação de resultados abrange a eficácia (alcance das metas) e a efetividade (análise do im-
pacto final das ações)”.
Errado.

008. (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018) A sistemática de elaboração orçamentária que exige


a justificativa de cada recurso solicitado, sem fixar de antemão um valor orçamentário inicial e
sem considerar os valores previstos no Orçamento anterior, denomina-se
a) Orçamento base zero.
b) Orçamento participativo.
c) Orçamento-Programa.
d) Orçamento tradicional.
e) Orçamento de desempenho.

É denominada Orçamento Base Zero a técnica orçamentária que consiste na obrigação de


que o administrador justifique, a cada ano, todas as dotações solicitadas em seu Orçamento,
incluindo alternativas, análise de custo, finalidade, medidas de desempenho, e as consequên-
cias da não aprovação do Orçamento.
Letra a.

009. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Acerca dos conceitos básicos de Orçamento Públi-


co, julgue o item a seguir.
O objetivo principal dos Orçamentos Públicos modernos é mostrar à sociedade a natureza do
gasto governamental.

A assertiva refere-se ao Orçamento Tradicional, aquele cujo foco é a fixação de despesas e a


previsão de receitas, não havendo preocupação com o planejamento, sendo a sua ênfase os
aspectos contábeis do Orçamento e na natureza do gasto governamental, não havendo uma
preocupação com os resultados obtidos com os programas de governo, sendo, portanto, uma
peça meramente contábil-financeiro.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Já o Orçamento-Programa tem como marca principal a integração entre planejamento e Or-


çamento, existindo uma preocupação com os resultados obtidos, no que tange à economici-
dade, eficiência, eficácia e efetividade dos gastos Públicos. A estrutura do Orçamento-Pro-
grama é baseada em aspectos administrativos de planejamento, e não apenas em aspectos
contábeis-financeiros.
Errado.

010. (CESPE/CAGE-RS/AUDITOR/2018) A função alocativa, uma das funções básicas do go-


verno, visa:
a) ofertar bens e serviços Públicos que não seriam oferecidos pelo mercado privado ou que
seriam ofertados em condições ineficientes.
b) combater choques monetários, com o ajuste no nível geral de preços, estabilização da mo-
eda, alteração do câmbio e modificação da taxa de juros.
c) interferir no ambiente econômico e elevar o nível de emprego e bem-estar da população por
meio do emprego de instrumentos de política fiscal.
d) gerar condições para a oferta de bens privados no mercado pelos produtores, corrigindo
imperfeições no sistema de mercado e, também, criando externalidades negativas.
e) distribuir a riqueza na sociedade de modo a torná-la menos desigual, com o emprego de
mecanismos como tributos, transferências financeiras governamentais, subsídios e incenti-
vos fiscais.

É por meio da função alocativa que o Estado oferta bens e serviços Públicos no sentido am-
plo, ou seja, oferta bens e serviços Públicos puros ou semipúblicos. Os bens semipúblicos
são aqueles que, como geram externalidades positivas, não seriam ofertados de forma so-
cialmente ótima.
Agora vamos apontar os erros das demais alternativas:
b) aqui temos uma medida estabilizadora de política monetária.
c) aqui temos uma medida estabilizadora de política fiscal.
d) não tem lógica criar externalidade negativa.
e) aqui temos uma medida de natureza distributiva.
Letra a.

011. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Considerando as disposições constitucionais e as


normas gerais relativas ao direito financeiro, bem como os princípios orçamentários, julgue o
item a seguir:
Integram o Orçamento fiscal, previsto na lei orçamentária anual, os fundos de incentivos fis-
cais e o Orçamento das empresas públicas independentes.

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Orçamento Público
Manuel Piñon

Na verdade, os investimentos das estatais não dependentes integram o Orçamento de inves-


timentos das estatais, já que não recebem recursos Públicos para custeio.
Errado.

012. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Ao oferecer ensino Público e gratuito a amplos seto-


res da população — ação estatal que promove um ajuste na oferta de bens e serviços à socie-
dade, permitindo, entre outros benefícios, o acesso à educação para os setores mais carentes
da sociedade —, o Estado brasileiro
a) acentua o desequilíbrio de mercado, pois concorre em condições desiguais com a iniciati-
va privada.
b) produz um serviço Público, fato que caracteriza a função alocativa.
c) promove um ajustamento na distribuição de renda, atendendo à função distributiva.
d) cumpre sua função estabilizadora, pois estimula a manutenção do nível de emprego.
e) atende a uma necessidade social da população, porém sem interferência na função
econômica.

Importante notar que ao ofertar educação pública gratuita, existe um direcionamento dos
recursos aplicados para a população de baixa renda, que não consegue ter acesso à rede
particular de ensino.
Nesse aspecto, repare que o Público alvo é distinto daquele que o Estado atinge, por exemplo,
com os investimentos em iluminação pública, que a todos ilumina, sem existir um Público
alvo específico.
Nessa toada, podemos dizer que, a situação exposta no enunciado da questão por ser não ex-
cludente e não rival no consumo, ao não ser fornecida pelo Estado, não terá solução eficiente
do ponto de vista do mercado.
Agora, vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Pelo contrário. Em verdade, o Estado oferta ensino amplo e gratuito pelo fato de que
a educação é um bem semipúblico ou meritório.
b) Errada. Na verdade, a educação é ofertada de forma eficiente pelo mercado, mas na ini-
ciativa privada funciona como bem excludente e rival. Assim, o Estado ao ofertar educação
pública gratuita, existe um direcionamento dos recursos aplicados para a população de baixa
renda, que não consegue ter acesso à rede particular de ensino.
d) Errada. A função estabilizadora trabalha com variáveis macroeconômicas de curto prazo,
nada tendo a ver com a situação exposta.

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Orçamento Público
Manuel Piñon

e) Errada. Existe, sim, interferência no domínio econômico, na medida em que atua distribuin-
do renda de forma indireta para aquelas pessoas que podem/querem pagar por educação
para seus filhos para aquelas que não podem/não querem.
Letra c.

013. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Os Jogos Olímpicos transformaram o Rio de Janeiro,


avalia o jornalista suíço Jean-Jacques Fontaine, que lançou recentemente o livro Rio de Ja-
neiro e os Jogos Olímpicos, uma cidade reinventada. Para o jornalista suíço, foram os Jogos
que permitiram investimentos importantes na mobilidade urbana, na segurança, na saúde e
na educação. Entre os projetos alavancados incluem-se a construção de quatro corredores de
BRT e a expansão do metrô, embora tais projetos existissem desde a década de 60 do século
XX; o crescimento das unidades de polícia pacificadora (UPPs), apesar de agora a política de
segurança estar em declínio; e a ampla reforma urbana na região portuária, que, no entanto,
ainda não conseguiu decolar a maior parte dos investimentos imobiliários previstos no Porto
Maravilha. Valor Econômico, 26/7/16. Internet: <http://www.valor.com.br> (com adaptações).
Considerando as informações apresentadas, julgue o item a seguir, acerca das funções eco-
nômicas do Estado e de suas formas de atuação.
As necessidades públicas, de que são exemplos a mobilidade urbana e a educação, são inte-
resses gerais da coletividade satisfeitos por meio de serviços Públicos, cuja prestação é de
responsabilidade do Estado.

É por meio da função alocativa dos serviços Públicos, prestados direta ou indiretamente pelo
Estado, que as necessidades da população são atendidas.
Ressalte-se que a responsabilidade pelos serviços Públicos é, em última instância, do Estado,
mesmo que ele tenha delegado a sua execução à iniciativa privada.
Certo.

014. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) O defeso é a paralisação das atividades de pesca para


proteger as espécies de peixes durante o seu período de reprodução, garantir a manutenção
de forma sustentável dos estoques pesqueiros e, consequentemente, manter a atividade e a
renda dos pescadores. Assim, todo pescador profissional que exerce suas atividades de for-
ma individual ou em regime de economia familiar fica impedido de pescar durante a época de
reprodução das espécies-alvo de suas pescarias. Nesse período, os pescadores profissionais
recebem seguro-desemprego ou seguro-defeso em parcelas mensais, na quantia de um salário
mínimo, em número equivalente ao período de paralisação. Internet: < www.mpa.gov.br > (com
adaptações).
Com referência ao assunto abordado no texto e sua relação com as funções econômicas go-
vernamentais, julgue o item a seguir.

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Orçamento Público
Manuel Piñon

A instituição do defeso é uma ação do governo no âmbito de sua função alocativa, uma vez
que, nessa ação, é estabelecido o nível de pesca ao longo de determinado período.

É exercendo a sua função alocativa que o governo atua sobre a oferta de bens e serviços, al-
terando, assim, a alocação de recursos. A instituição do defeso consiste em restringir a oferta
de peixes no curto prazo para mantê-la sustentável no longo prazo, ou seja, ao intervir no
mercado proibindo a pesca em determinada época, o governo está tentando garantir a manu-
tenção desta atividade de maneira sustentável.
Certo.

015. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Os motoristas de carros particulares que circulam na


cidade de São Paulo têm de respeitar um rodízio. Eles são proibidos de circular pelo centro
expandido, em certos horários, de acordo com os finais de suas placas. Alguns motoristas,
como os portadores de deficiência, não são obrigados a obedecer ao rodízio, mas precisam
preencher um formulário para conseguir a permissão da prefeitura. Internet: < http://noticias.
r7.com > (com adaptações).
Acerca das funções econômicas governamentais relacionadas à política pública abordada no
texto, julgue o item subsequente.
A atuação governamental de que trata o texto se insere no âmbito da função econômica alo-
cativa, pois a possibilidade de ônus para quem desrespeita as normas do rodízio influência na
decisão das pessoas de usar ou não o transporte privado em vez do Público.

A função alocativa é aquela em que o governo intervém na alocação dos bens e recursos na eco-
nomia, provendo bens e serviços Públicos de modo a diminuir os efeitos das falhas de mercado.
Na situação exposta nessa questão, temos justamente a ação do governo para diminuir os
efeitos da externalidade negativa gerada por um trânsito congestionado, onde gerando ônus
para quem desrespeita as normas do rodízio, o governo proporciona um custo privado para
desestimular o motorista a utilizar seu veículo particular.
Certo.

016. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016-ADAPTADA) Julgue o item que se segue.


Entre as funções governamentais estabelecidas por meio da política fiscal inclui-se a função
estabilizadora, a qual objetiva alterar o modo de distribuição da renda nacional.

Na verdade, essa seria a função distributiva, aquela ondo o Estado tributa e transfere renda
para gerar uma distribuição considerada mais justa pela sociedade. Já a função estabilizado-
ra está relacionada normalmente às políticas macroeconômicas.
Errado.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

017. (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Acerca das funções do governo na economia, jul-


gue o item seguinte.
Na execução de projetos que integram o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego, o governo exerce diretamente função econômica distributiva.

Exerce a função alocativa, já que está prestando um serviço à sociedade. A distributiva é


aquela que visa transferir/equilibrar a renda, tipo o bolsa família.
Errado.

018. (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Acerca das funções do governo na economia, jul-


gue o item seguinte.
Ao desenvolver os programas Fome Zero, Bolsa Família e Bolsa Escola, o governo brasileiro
exerce primordialmente uma função alocativa de recursos.

Na verdade, exerce a função distributiva, aquela que visa transferir/equilibrar a renda, tipo o
Bolsa Família. A função alocativa é aquela que presta, direta ou indiretamente, um serviço à
sociedade.
Errado.

019. (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Acerca das funções do governo na economia, jul-


gue o item seguinte.
A função estabilizadora relaciona-se à manutenção da solidez e da segurança da economia
por meio de incentivos cujo objetivo é resolver problemas de ineficiência da economia.

A ideia é estabilizar e melhorar a eficiência da economia, controlando a inflação, focando no


crescimento da renda e do emprego.
Certo.

020. (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016) A função do Orçamento Público que visa melhorar a


posição de algumas pessoas em detrimento de outras e, com isso, corrigir falhas do mercado
é denominada função
a) controladora.
b) alocativa.
c) distributiva.
d) estabilizadora.
e) econômica.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

A função distributiva consiste em intervir na economia para tornar a sociedade menos de-
sigual em todos os seus aspectos, tanto em relação à renda quanto no que diz respeito ao
acesso a bens e serviços Públicos e aos benefícios gerais da vida em sociedade.
Letra c.

021. (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue o próximo item.


A técnica orçamentária que exige análise, revisão e avaliação de todas as despesas propos-
tas, e não apenas daquelas que ultrapassem o nível de gastos já existente, é denominada
Orçamento base-zero.

Esse é o diferencial da metodologia do Orçamento Base Zero: o combate àquela ideia, que
existia até então, de gastos simplesmente repetidos de períodos anteriores, acrescentado a
expectativa de inflação. Tudo tinha que ser revisto e novamente justificado.
Certo.

022. (CESPE/DPU/ANALISTA/2016) Julgue o próximo item.


O Orçamento tradicional ou clássico adotava linguagem contábil-financeira e se caracteriza-
va como um documento de previsão de receita e de autorização de despesas, sem a preocu-
pação de planejamento das ações do governo.

Exato, o Orçamento tradicional ou clássico apenas repetia o valor gasto no ano anterior, sem
considerar, portanto, as ações, planos e programas de trabalho previstos para o ano seguinte,
sendo a falta de planejamento da ação governamental uma das principais características do
Orçamento tradicional.
Certo.

023. (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) Julgue o item seguinte.


No Orçamento-programa, as decisões orçamentárias estão diretamente relacionadas às ne-
cessidades financeiras dos entes da administração pública.

As decisões orçamentárias estão diretamente relacionadas às necessidades financeiras dos


entes da administração pública para o Orçamento Tradicional e não no Orçamento-programa,
que foca em planejamento.
Errado.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

024. (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) Julgue o item seguinte.


O principal critério de classificação orçamentária previsto no Orçamento-Programa corres-
ponde às unidades administrativas.

Na verdade, esse é principal critério de classificação orçamentária previsto no Orçamento


tradicional, já que no Orçamento-programa é por programa.
Errado.

025. (CESPE/FUB/ADMINISTRADOR/2015) Julgue:


O Orçamento Público possui três funções distintas que coexistem simultaneamente: alocati-
va, distributiva e estabilizadora.

Para resolver esta questão, basta ter em mente, de modo bem resumido, as Funções Orça-
mentárias de Musgrave que são a Alocativa (aquela realizada por meio de ajustamentos na
alocação de recursos), a Distributiva (que atua na redistribuição da renda) e a Estabilizadora
(que visa garantir a estabilização econômica).
Certo.

026. (CESPE/FUB/ADMINISTRADOR/2015) Ainda com relação ao Orçamento Público, julgue


o item que se segue.
O elemento básico de um Orçamento são as contas que o compõem, a partir das quais é
possível antecipar situações patrimoniais e demonstrar resultados, o que na prática as tor-
na um instrumento de análise e de síntese para compreensão do comportamento de uma
organização.

Trata-se de um trecho escrito por Giacomoni em sua obra Orçamento Público, 16ª edição:

“A classificação é a chave estrutural para a organização consciente e racio­nal do Orçamento do


governo.
A linguagem orçamentária é essencialmente contábil. O Orçamento nasceu com tal forma de repre-
sentação e a mantém por ser a que melhor atende a suas múltiplas finalidades. O elemento básico
de expressão do Orçamento é a conta, por meio da qual é possível:
antecipar as situações patrimoniais (no Orçamento propriamente dito);
registrar a movimentação patrimonial (na execução do Orçamento); e
demonstrar resultados patrimoniais (nos balanços).”
Certo.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

027. (CESPE/ENAP/ADMINISTRADOR/2015) Julgue:


A função econômica do Orçamento corresponde ao controle do fluxo financeiro gerado pelas
entradas de recursos obtidos com a arrecadação da receita e pelos dispêndios gerados com
as saídas de recursos para as despesas.

Para resolver esta questão, basta ter em mente, de modo bem resumido, as Funções Orça-
mentárias de Musgrave que são a Alocativa (aquela realizada por meio de ajustamentos na
alocação de recursos), a Distributiva (que atua na redistribuição da renda) e a Estabilizadora
(que visa garantir a estabilização econômica).
Dito isso, quando o examinador fala em “função econômica” do Orçamento, na verdade ele
quis dizer que sob o aspecto econômico, o Orçamento é um instrumento usado pelo governo
para retirar recursos da sociedade, especialmente via tributação da renda, do patrimônio e do
consumo, alocando-os em determinadas áreas da sociedade.
Errado.

028. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue o item a seguir, relativo a políticas públicas e


planejamento governamental.
Por meio do Orçamento-programa é possível expressar, com maior veracidade, a responsabi-
lidade do governo para com a sociedade, visto que o Orçamento deve indicar com clareza os
objetivos da nação.

Desde a entrada em vigor da Lei n. 4.320/1964, o Orçamento-programa vem sendo adotado


no Brasil e a sua mola mestra é fixar as Despesas Públicas a partir da identificação das ne-
cessidades públicas sob a responsabilidade de determinado nível de governo e da sua orga-
nização, de acordo com as suas prioridades.
A ideia é fazer com que o gasto Público possa ser detalhado de modo a enfatizar a sua fi-
nalidade e seus os objetivos, identificando para cada gasto a respectiva a ação, definindo o
responsável pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar individualmente os
resultados esperados para cada uma delas.
Certo.

029. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) A respeito da administração financeira e orçamentária,


julgue o item a seguir.
O Orçamento de desempenho, por considerar o resultado dos gastos e os níveis organizacio-
nais responsáveis pela execução dos programas, distingue-se do Orçamento clássico.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

A evolução do modelo tradicional de Orçamento para o Orçamento de desempenho ou de rea-


lizações trouxe como principal vantagem a mudança no foco de “com o que o Estado” gasta,
para “qual a finalidade do gasto”.

Orçamento Desempenho – Realizações

Preocupa-se em saber as
coisas que o governo faz e
não as coisas que o
governo compra.

Gasto Resultado

Desvinculado a um planejamento centro das ações do governo.

Nesse sentido, o Orçamento de Desempenho é considerado o precursor do Orçamento-Pro-


grama e sua característica fundamental é trazer para o Orçamento uma dimensão progra-
mática aliada com a explicação detalhada dos gastos de cada unidade, buscando atender à
população com eficiência e economia, sem, entretanto, vincular os objetivos governamentais
de longo prazo, ou seja, seu Planejamento Estratégico ao Orçamento.
Certo.

030. (CESPE/CÂMARA-DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Tendo em vista que fiscalizar as


ações do Poder Executivo é uma das funções do Poder Legislativo, e que o Orçamento é um
instrumento auxiliar para o cumprimento dessa função, julgue o item subsequente, relativo
ao planejamento, aos métodos, técnicas e instrumentos do Orçamento Público e às leis a ele
relacionadas.
O Orçamento pode ser considerado como um plano que expressa, em termos de dinheiro e por
um período de tempo definido, o programa de operações do governo e os meios de financia-
mento desse programa.

A questão trouxe um conceito bem antigo de Orçamento Público, feito por Allan D. Manvel em
1944. Entretanto, ainda é um conceito moderno e contemporâneo que identifica a finalidade do

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Orçamento como um instrumento de gestão. Observe que o mestre Giacomoni utiliza o concei-
to de Manvel em sua obra Orçamento Público:

“A reforma orçamentária na sua essência exigia que os Orçamentos Públicos deveriam constituir-
-se em instrumentos de administração, de forma que auxiliassem o Executivo nas várias etapas do
processo administrativo: programação, execução e controle. A partir de suas características como
documento de “antecipação”, o Orçamento representaria a própria programação de trabalho do go-
verno. Tal é o sentido da definição de Allan D. Manvel, publicada em 1944: o Orçamento é um plano
que expressa em termos de dinheiro, para um período de tempo definido, o programa de operações
do governo e os meios de financiamento desse programa.”
Certo.

031. (CESPE/PF/APF/2014) No que se refere ao funcionamento e às normas que regem a


elaboração do Orçamento Público, julgue o próximo item.
O Orçamento Público constitui norma legal a ser aplicada integralmente e contém a previsão
de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas pelo governo em determinado exer-
cício financeiro, sendo objeto de estudo tanto do direito financeiro quanto do direito tributário.

Guarde que o Orçamento Público não é objeto do direito tributário, que tem por objeto a origem
de receita pública denominada receita tributária.
Já o Orçamento Público corresponde a um dos focos da Atividade Financeira do Estado e o di-
reito financeiro, que tem por objeto a disciplina jurídica de toda atividade financeira do Estado e
abrange receitas, despesas e créditos Públicos. O direito tributário, por sua vez, tem por objeto
específico a disciplina jurídica de uma das origens da receita pública: o tributo.
Errado.

032. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Três leis compõem o ciclo orçamentário: o PPA, a LDO


e a LOA. O papel dessas leis é integrar as atividades de planejamento e Orçamento para as-
segurar o sucesso da ação governamental. Com respeito a essas leis, julgue o item seguinte.
O PPA, no Brasil, é uma demonstração da aplicação do sistema de planejamento, programação
e Orçamento (PPBS) inspirado no modelo norte-americano de Orçamento Público. Assim, na
elaboração da lei orçamentária, a ênfase é dada às necessidades financeiras das unidades
organizacionais.

Importante registrar que o chamado sistema de planejamento, programação e Orçamento


(PPBS) vem do termo em inglês “Planning, Programming and Budgeting System”, que é um
modelo de Planejamento e Orçamento com muitos elementos conceituais parecidos com os
do Orçamento-Programa.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Dessa forma, vemos que a assertiva está errada, já que quem enfatiza as necessidades finan-
ceiras das unidades organizacionais é o modelo tradicional de Orçamento, já que o Orçamen-
to-programa PRIORIZA atender aos objetivos, metas e prioridades definidos no Planejamento
das ações do Governo.
Errado.

033. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Acerca dos conceitos, princípios, normas e classifica-


ções orçamentárias, julgue o próximo item.
O Orçamento tradicional tinha como função principal a de possibilitar ao parlamento discutir
com o órgão de execução as formas de planejamento relacionadas aos programas de go-
verno, visando ao melhor aproveitamento dos recursos, com base nos aspectos relativos a
custo/benefício.

O Orçamento Tradicional ou Clássico serviu também como uma ferramenta de controle po-
lítico sobre o Poder Executivo, deixando em segundo plano os seus demais aspectos, quais
sejam: econômico, contábil, administrativo e jurídico.

Orçamento tradicional

Por meio do
controle contábil

Função: controle político

Classificações para instrumentalizar o controle das despesas:


1. por unidades administrativas (órgãos responsáveis pelo gasto);
2. por objeto ou item da despesa.

De acordo com a metodologia Tradicional ou Clássica adotada na elaboração do Orçamento,


a Administração Pública e seus respectivos órgãos e entidades recebiam dotações de re-
cursos que seriam destinados ao pagamento dos funcionários e das compras de matérias e
insumos do período, sem que qualquer vinculação entre esses recursos e o seu planejamento,
seus planos detalhados de trabalho e seus objetivos de curto, médio e longo prazo.
No Orçamento Tradicional o que era levado em consideração no que diz respeito à distribuição
de recursos para determinado exercício, era o valor gasto no ano anterior, sem considerar, por-

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

tanto, as ações, planos e programas de trabalho previstos para o ano seguinte, sendo a falta
de planejamento da ação governamental uma das principais características do Orçamento
tradicional.
Esse tipo de orçamentação pública ficou conhecido como “lei de meios”, já que focava nos
meios e não nas metas e objetivos do Estado.
Errado.

034. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Acerca dos conceitos, princípios, normas e classifica-


ções orçamentárias, julgue o próximo item.
De acordo com o conceito de Orçamento-programa, devem-se valorizar o gasto Público e o
que o governo adquire, em detrimento do que se pretende realizar.

Orçamento-programa é um instrumento focado na ideia de planejamento, ou seja, preocupa-


-se com o que se pretende realizar.
Guarde que Orçamento-Programa PRIORIZA atender aos objetivos, metas e prioridades defi-
nidos no Planejamento das ações do Governo.
Como benefícios mais relevantes do Orçamento-Programa podemos citar a integração ente o
planejamento e o Orçamento, a quantificação dos objetivos e metas, a utilização das relações
de insumo-produto e das diversas alternativas programáticas em seu processo decisório,
além permitir o uso de ferramentas para medir os seus resultados.
Errado.

035. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010-ADAPTADA) Acerca da atividade financeira do Estado,


julgue o item a seguir.
O mecanismo de intervenção em que o Estado retira parte das riquezas dos contribuintes mais
abastados, também a redistribui, mediante subvenção ou outra classe de auxílio, aos grupos
sociais de baixa capacidade econômica faz parte da função distributiva do Orçamento.

A função distributiva do Orçamento Público está relacionada às ações de caráter redistri-


butivo efetuadas por meio de medidas de transferência que o Estado executa em favor dos
segmentos menos favorecidos na sociedade.
A implementação de estrutura tributária progressiva cujos valores arrecadados de impostos
dos possuidores de riqueza sejam transferidos para pessoas de baixa renda, por meio da
oferta de educação e saúde de qualidade, é um bom exemplo.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Lembre-se do bolsa família, que talvez seja o exemplo mais emblemático da função distributi-
va (estilo Robin Wood), uma vez que o governo transfere para os mais pobres os valores arre-
cadados de toda a sociedade de acordo com a capacidade contributiva de cada um.
Certo.

036. (CESPE/TJ-PA/ANALISTA-JUDICIÁRIO/2020) A técnica-orçamentária que utiliza o Or-


çamento com função precípua de controle político é chamada de
a) Orçamento clássico.
b) Orçamento por desempenho.
c) Orçamento por resultados.
d) Orçamento burocrático.
e) Orçamento-programa.

O Orçamento Clássico ou Tradicional foca apenas no objeto do gasto. Quando ele era usado,
não havia participação da sociedade, sendo o controle político feito pelo Poder Legislativo so-
bre o Poder executivo. Dando ênfase apenas questões contábeis, era composto basicamente
pela previsão das receitas e pela fixação das despesas.
Vamos apresentar as características básicas dos demais tipos de Orçamento.
b) O Orçamento de Desempenho ou Funcional foca naquilo que o governo faz, mas não há
vinculação ao sistema de planejamento.
c) O Orçamento por Resultados é baseado em resultados sendo a administração pública con-
trolada e responsabilizada pelo seu alcance.
d) Não existe esse tipo orçamentário.
e) O Orçamento-Programa funciona como instrumento de planejamento, gerenciamento e
controle dos recursos Públicos, de forma a otimizar o cumprimento dos objetivos previamen-
te definidos.
Letra a.

037. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA/2020) A respeito de finanças públicas, julgue o item


que se segue.
A técnica orçamentária do Orçamento clássico ou tradicional caracteriza-se por uma acentu-
ada preocupação com o atendimento das necessidades da coletividade.

O Orçamento Clássico ou Tradicional foca apenas no objeto do gasto. Dando ênfase apenas
questões contábeis, era composto basicamente pela previsão das receitas e pela fixação das
despesas, sem levar em consideração as reais necessidades da coletividade.
Errado.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

038. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA/2020) A respeito de Orçamento participativo, governo ele-


trônico, gestão por resultados na produção de serviços Públicos e comunicação na gestão
pública, julgue o item subsecutivo.
No Brasil, por meio do Orçamento participativo, a população pode definir, de forma flexível,
onde será alocada a maior parte dos recursos orçamentários.

Por meio da técnica orçamentária do Orçamento Participativo, a alocação de apenas alguns


poucos recursos (normalmente investimentos) contidos no Orçamento Público é decidida
com a participação direta da população, ou por meio de grupos organizados da sociedade
civil, como a associação de moradores, normalmente ao âmbito orçamentário municipal.
Errado.

039. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-CEX/2021) Acerca de Orçamento Público, julgue o


item a seguir.
O governo pode deixar de executar despesas fixadas na lei orçamentária anual, à exceção de
casos específicos previstos na legislação vigente.

Em regra, a LOA é uma lei de caráter autorizativo, ou seja, o administrador Público não é obri-
gado a realizar todas as despesas fixadas no Orçamento, exceto quanto aos casos previstos
na legislação (normalmente, emendas parlamentares individuais e de bancada de execução
obrigatória).
Certo.

040. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Com relação ao Orçamento Público, julgue o


item seguinte.
Orçamento Público é um mecanismo de controle político dos órgãos de representação sobre
o Poder Executivo, independentemente das mudanças ocorridas nas funções do Estado.

Na verdade, era o Orçamento Público tradicional que tinha como finalidade o controle político
do Poder Legislativo sobre o Poder Executivo, mas como atualmente usamos no Brasil o Or-
çamento-Programa que serve de instrumento de planejamento, gerenciamento e controle dos
recursos Públicos, de forma a otimizar o cumprimento dos objetivos previamente definidos,
não podemos mais dizer que o Orçamento Público é um mecanismo de controle político dos
órgãos de representação sobre o Poder Executivo. Também o trecho da assertiva que fala

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

“independentemente das mudanças ocorridas nas funções do Estado” serve para reforçar o
entendimento de que ela está errada.
Errado.

(INÉDITA/2021) A Emenda Constitucional – EC 106/2020, conhecida como “Orçamento de


Guerra”, publicada em 07/05/2020 implantou em nosso país o chamado regime extraordiná-
rio fiscal, financeiro e de contratações para enfrentamento de calamidade pública nacional
decorrente de pandemia (Covid-19). Esse regime extraordinário fiscal, financeiro e de con-
tratações valeu para o ano de 2020. Acerca do Orçamento de Guerra, julgue as assertivas
seguintes.

041. A EC 106/2020 modificou permanentemente o texto da CF/1988.

A EC 106/2020 é uma Emenda Constitucional avulsa, ou seja, uma emenda constitucional que
não modifica o texto da CF/1988. Em outras palavras, a EC 106/2020 é uma norma constitu-
cional não prevista no texto da CF/1988, mas integra o chamado bloco de constitucionalida-
de, ou seja, mesmo sem estar escrita no texto da CF/1988, o que a EC 106/2020 dispõe vale
como se estive escrito no próprio texto da CF/1988.
Errado.

042. O Orçamento de Guerra teve vigência limitada no tempo.

A EC 106/2020 (Orçamento de Guerra) teve vigência temporária limitada ao encerramento do


estado de calamidade decorrente da pandemia (COVID-19). A situação de calamidade pública
em razão da pandemia (COVID-19) foi reconhecida pelo Congresso Nacional por meio do DL
- Decreto Legislativo 06/2020, com validade até 31/12/2020.
Certo.

043. A EC 106/2020 (Regime extraordinário / Orçamento de Guerra) é válida para a União, os


estados, os Distrito Federal e os municípios.

Na verdade, o mencionado regime extraordinário é válido apenas para a União e deve estar
voltado exclusivamente para atender as necessidades inerentes ao combate à pandemia e
naquilo que for incompatível com o regime ordinário.
Errado.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

044. A EC 106/2020 (Regime extraordinário / Orçamento de Guerra) dispensou, durante a in-


tegralidade do exercício financeiro em que vigore a calamidade pública nacional da pandemia
(2020), a obrigatoriedade de atender a chamada regra de ouro das finanças públicas.

Sim, a EC 106/2020 dispensou, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore


a calamidade pública nacional da pandemia (2020), a obrigatoriedade de atender a chamada
regra de ouro das finanças públicas.
Em outros termos, o “Orçamento de guerra” autoriza que o governo realize operações de cré-
dito para gastar mais com despesas correntes como os salários dos profissionais de saúde e
materiais de consumo como remédios e EPIs.
Nessa toada, visando dotar de transparência as operações de crédito e os gastos Públicos
relacionados ao enfrentamento da pandemia, o Ministério da Economia deve publicar, a cada
30 (trinta) dias, relatório com os valores e o custo das operações de crédito realizadas no pe-
ríodo de vigência do estado de calamidade pública nacional relativa à pandemia (Covid-19).
Certo.

045. No ano de 2020, os gastos relativos ao combate à pandemia da COVID-19 devem integrar
a prestação de contas ordinária anual do Presidente da República.

De acordo com o artigo 5º da EC 106/2020, as autorizações de despesas relacionadas ao en-


frentamento da calamidade pública nacional decorrente da pandemia (COVID-19) e de seus
efeitos sociais e econômicos deverão ser separadamente avaliadas na prestação de contas
do Presidente da República e evidenciadas, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada
bimestre, no Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RREO.
Errado.

046. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) Após a aprovação da reforma da previdência social,


o governo correu para estabelecer uma agenda de reformas econômicas. Batizado de Mais Bra-
sil, o plano do governo propõe transformar radicalmente o Estado — racionalizando os gastos
Públicos. Entre as propostas encontra-se a previsão de gatilhos, que possibilitam a redução de
salários de servidores, de forma a evitar que o governo descumpra a chamada regra de ouro.
Internet: <www.economia.ig.com.br> (com adaptações).

Com relação ao assunto abordado no texto precedente, julgue o item a seguir.


A proposta de emenda constitucional voltada a permitir que o governo possa reduzir o salário
dos servidores Públicos em caso de grave desequilíbrio orçamentário qualifica-se, essencial-
mente, como um instrumento do Estado para o exercício de sua função distributiva.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Na verdade, a função desejada para o Orçamento apresentada na assertiva é a estabilizadora,


aquela que atua sobre os agregados macroeconômicos, como nível geral de preços, nível de
emprego, nível de renda, PIB, estabilidade da moeda, crescimento econômico e outros, sendo
o Orçamento Público um instrumento de intervenção na economia, por meio de políticas mo-
netária, fiscal, creditícia e cambial, visando a estabilidade política, social e econômica do país.
Errado.

047. (CESPE/APEX/ASSISTENTE/2021) Para que o poder Público possa desempenhar suas


funções com critério, é necessário que haja um planejamento orçamentário consistente que
estabeleça com clareza as prioridades da gestão.
A respeito desse assunto, assinale a opção correta.
a) Orçamento Público é um conceito estático cujas funções têm permanecido inalteradas
desde a sua criação.
b) O Orçamento Público constitui norma legal a ser aplicada integralmente e contém a fixação
das receitas e a estimativa/previsão das despesas a serem realizadas pelo governo em deter-
minado exercício financeiro.
c) O Orçamento Público é um documento contábil e financeiro desvinculado do planejamento
governamental.
d) A Constituição Federal de 1988 introduziu um modelo orçamentário para a gestão do di-
nheiro Público no Brasil, o qual consiste basicamente em três documentos: plano plurianual
(PPA), lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e lei orçamentária anual (LOA).

Confira na CF/1988 os três instrumentos orçamentários:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os Orçamentos anuais.

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errada. Na verdade, o Orçamento Público historicamente tem evoluído ao longo do tem-
po, desde o tradicional ou clássico até o Orçamento-Programa que está em uso no Brasil
atualmente.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

b) Errada. Na verdade, a LOA apresenta as receitas previstas e as despesas fixadas para o


exercício financeiro.
c) Errada. Na verdade, o Orçamento-Programa é um instrumento de planejamento, gerencia-
mento e controle dos recursos Públicos.
Letra d.

048. (CESPE/APEX/ASSISTENTE/2021) O Orçamento Público é um processo dinâmico que


evoluiu com o tempo. Nesse percurso histórico, o Orçamento tradicional ficou conhecido por
a) importar-se apenas com as necessidades dos órgãos Públicos para realização de suas
tarefas, sem questionamento sobre objetivos e metas.
b) se necessariamente ao planejamento.
c) ser utilizado como instrumento de administração.
d) ser objeto de controle, com vistas a avaliar a eficiência e eficácia das ações.

De acordo com a metodologia Clássica adotada na elaboração do Orçamento, a Administra-


ção Pública e seus respectivos órgãos e entidades recebiam dotações de recursos que seriam
destinados ao pagamento dos funcionários e das compras de matérias e insumos do período,
sem que qualquer vinculação entre esses recursos e o seu planejamento, seus planos deta-
lhados de trabalho e seus objetivos de curto, médio e longo prazo.
Importante deixar registrado que, o que era levado em consideração no que diz respeito à
distribuição de recursos para determinado exercício, era o valor gasto no ano anterior, sem
considerar, portanto, as ações, planos e programas de trabalho previstos para o ano seguinte,
sendo a falta de planejamento da ação governamental uma das principais características do
Orçamento tradicional.
Esse tipo de orçamentação pública ficou conhecido como “lei de meios”, já que focava nos
meios e não nas metas e objetivos do Estado.
Vale destacar também que não existiam ferramentas de controle adequadas para garantir a
efetividade do gasto Público, sendo os únicos parâmetros a honestidade do agente Público e
a adequação do produto Público às necessidades da população.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
b) Errada. Esse Orçamento não está vinculado ao planejamento governamental.
c) Errada. Esse Orçamento foca no controle político.
d) Errada. Foca no gasto em si e não na sua eficiência e eficácia.
Letra a.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

049. (CESPE/SEFAZ-CE/AUDITOR/2021) O Orçamento Público é o instrumento utilizado pelo


governo para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com os tributos (impostos, taxas,
contribuições de melhoria, entre outros). Esse planejamento é essencial para oferecer serviços
Públicos adequados, além de especificar gastos e investimentos que foram priorizados pelos
poderes. A respeito desse assunto, julgue o item a seguir.
O Orçamento de desempenho é primordialmente calcado nos aspectos contábeis e está dirigi-
do mais para os produtos gerados pela administração pública que para os resultados propria-
mente ditos.

Na verdade, o item apresentou características do Orçamento tradicional ou clássico. O Orça-


mento de Desempenho é considerado o precursor do Orçamento-Programa e sua caracterís-
tica fundamental é trazer para o Orçamento uma dimensão programática aliada com a expli-
cação detalhada dos gastos de cada unidade, buscando atender à população com eficiência e
economia, sem, entretanto, vincular os objetivos governamentais de longo prazo, ou seja, seu
Planejamento Estratégico ao Orçamento.
Errado.

050. (INÉDITA/2021) Acerca do Orçamento Público no brasil, avalie as assertivas e marque a


alternativa correspondente.
I – O Orçamento-Programa pode ser entendido como um plano de trabalho, um instrumento
de planejamento da ação do governo, através da identificação dos seus programas de traba-
lho, projetos e atividades, além dos estabelecimentos de objetivos e metas a serem imple-
mentados, bem como a previsão dos custos relacionados.
II – O Orçamento - programa foi introduzido no Brasil por meio da Lei de responsabilidade
Fiscal (LC 101/2000).
III – O Orçamento de Base-Zero é uma técnica que consiste basicamente em uma análise
crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais.
IV – A Constituição Federal de 1988 implantou definitivamente o Orçamento-programa no
Brasil, ao estabelecer a normatização da matéria orçamentária através do Plano Plurianual
- PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e da Lei Orçamentária Anual - LOA, ficando
evidente o extremo zelo do constituinte para com o planejamento das ações do governo.
a) I, III e IV estão corretas.
b) Apenas I, II e III estão corretas.
c) Apenas I e IV estão corretas.
d) Apenas III e IV estão corretas.
e) I, II, III e IV estão incorretas.

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Orçamento Público
Manuel Piñon

I – Certa. A mola mestra do Orçamento-programa é fixar as Despesas Públicas a partir da


identificação das necessidades públicas sob a responsabilidade de determinado nível de go-
verno e da sua organização, de acordo com as suas prioridades. É notório que os seus aspec-
tos administrativos e econômicos são privilegiados em detrimento do aspecto político.
II – Errada. Guarde que desde a entrada em vigor da Lei n. 4.320/1964, o Orçamento-pro-
grama vem sendo adotado no Brasil. Merece destaque também o Decreto-Lei 200/1967 que
detalhou os aspectos operacionais do Orçamento-Programa e orientou a Administração Pú-
blica Federal de modo a estabelecer o Orçamento-programa anual como um instrumento de
planejamento, a ideia de discriminar a despesa pública por objetivo. Além disso, guarde que
o Orçamento-programa virou realidade com o Decreto 2.829/1998, que estabeleceu normas
para elaboração e execução do plano plurianual e dos Orçamentos da União.
III – Certa. O Orçamento base-zero é uma técnica orçamentária que tem dentre as suas prin-
cipais características um reexame crítico dos dispêndios de cada área governamental, ine-
xistindo “direitos adquiridos” no que diz respeito ao montante dos dispêndios ou com o nível
de atividade do exercício anterior, fazendo com que o administrador, a cada novo exercício,
justifique detalhadamente os recursos solicitados.
IV – Certa. Devemos destacar as disposições constitucionais relativas às leis orçamentárias,
especialmente o artigo 165, §§ 1º, 2º, 4º e 7º, com destaque para o planejamento e a progra-
mação, com o estabelecimento de metas, objetivos e estimativas de receitas.
Letra a.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

REFERÊNCIAS

AUGUSTINHO PALUDO. Orçamento Público (AFO e LRF). Editora Juspodivm, 10ª edição.

JAMES GIACOMONI. Orçamento Público. Editora Atlas.

VALDECIR PASCOAL. Direito Financeiro e Controle Externo. Editora Método, 10ª edição.

GIOVANNI PACELLI. Administração Financeira e Orçamentária. Editora Juspodivm, 2ª edição.

HARRISON LEITE. Manual de Direito Financeiro. Editora Juspodivm, 9ª edição.

KYOSHI HARADA. Financeiro e Tributário. Editora Atlas

TATHIANE PISCITELLI. Direito Financeiro. Editora Método, 6ª edição.

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Orçamento Público
Manuel Piñon

QUESTÕES DE CONCURSO – LISTA II


FCC

001. (FCC/CL-DF/CONSULTOR/2018) Se o orçamento público for elaborado com base na


concepção do orçamento-programa, terá como um dos principais critérios de classificação da
despesa orçamentária aquele por
a) natureza e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o nú-
mero de vacinas adquiridas.
b) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser aumentar o número de livros adquiridos.
c) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser a redução do analfabetismo.
d) ações e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o número
de médicos contratados.
e) elementos de despesa e o objetivo de um programa vinculado à função assistência social
poderá ser a redução da população em situação de vulnerabilidade

002. (FCC/TRT-11/ANALISTA/2017) Sobre o Orçamento-Programa é INCORRETO afirmar que


a) o orçamento é o elo de interação entre o planejamento e as funções executivas da organização.
b) a ênfase está nos meios (o que se compra) e não nas diretrizes, prioridades, objetivos e metas.
c) o controle visa avaliar a eficiência, eficácia e efetividade das ações governamentais.
d) a Lei n. 4.320/1964 contém determinações para a elaboração da Lei Orçamentária Anual
que são típicas do Orçamento- Programa.
e) o principal critério de classificação está contido na Portaria STN e MOG no 42/1999.

003. (FCC/FUNAPE/ANALISTA/2017) A Emenda Constitucional no 86, de 2015, introduziu o


caráter equitativo para a execução orçamentária e financeira, segundo critérios a serem defini-
dos em lei complementar, consolidando o que se convencionou chamar de “orçamento impo-
sitivo”, que, entre outros aspectos, contempla
a) a obrigatoriedade da execução orçamentária e financeira das emendas individuais ao pro-
jeto de lei orçamentária, aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente líquida do exercício
anterior, das quais 50% deverão, necessariamente, ser destinadas à ações e serviços públicos
na área da saúde, afastada a obrigatoriedade no caso de impedimentos de ordem técnica.
b) a inviabilidade de apresentação de emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária
encaminhado pelo Poder Executivo, salvo se respaldadas na revisão das estimativas das proje-
ções de receita constantes do anexo de metas fiscais que integra a Lei de Diretrizes Orçamen-
tárias ou para ações destinadas à área da saúde.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

c) a obrigatoriedade de destinar ao menos um terço do valor da estimativa de receitas prevista


na Lei Orçamentária Anual para emendas individuais de parlamentares, das quais 50% deverão,
necessariamente, ser destinadas a ações e serviços públicos na área da educação e saúde.
d) a vedação à apresentação de emendas individuais de parlamentares ao projeto de lei orça-
mentária anual encaminhado pelo Poder Executivo, salvo para correção de erros e inexatidões,
ou para assegurar a aplicação dos limites mínimos previstos na Constituição Federal para pro-
gramas e ações nas áreas da saúde e educação
e) a obrigatoriedade do estrito cumprimento da execução orçamentária e financeira dos pro-
gramas consignados na Lei Orçamentária Anual, inclusive os oriundos de emendas individuais
de qualquer natureza, salvo na hipótese de revisão das metas fiscais ou materialização de
passivos contingentes.

004. (FCC/TCM-RJ/PROCURADOR/2015-ADAPTADA) O orçamento é conceituado pela dou-


trina como uma lei formal, especial (trata de matéria específica), de efeito concreto e com
certo prazo de vigência. Por isso, sua natureza jurídica é de “lei”, sendo uma lei autorizativa,
porque autoriza a Administração a praticar atos administrativos, assim como cobrar tributos e
efetuar despesas. Sobre as espécies de orçamento, julgue:
A doutrina afirma que a Constituição Federal brasileira adotou o chamado Orçamento Misto,
em que o Poder Executivo tem a competência para elaboração dos projetos de leis orçamentá-
rias e o envio destes projetos ao Poder Legislativo, para sua discussão e aprovação.

005. (FCC/TCM-RJ/AUDITOR/2015) A espécie de orçamento cuja técnica utilizada para sua


confecção consiste em desconsiderar os valores do ano anterior como valor inicial mínimo, e
proceder a uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais,
e de suas efetivas necessidades, sem qualquer compromisso com montantes iniciais de dota-
ções, denomina-se orçamento
a) real ou efetivo.
b) de base zero ou por estratégia.
c) participativo.
d) democrático.
e) de desempenho ou por realizações.

006. (FCC/TCM-RJ/AUDITOR/2015) O orçamento do qual consta apenas a previsão da recei-


ta e a fixação da despesa, constituindo uma peça meramente contábil-financeira, sem nenhu-
ma espécie de planejamento da ação do governo, sem qualquer objetivo econômico e social
de forma clara e sem preocupação com objetivos e metas e voltado preferencialmente às
necessidades dos órgãos públicos, denomina-se orçamento

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AFO
Orçamento Público
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a) de desempenho ou por realizações.


b) estatal.
c) clássico ou tradicional.
d) pragmático.
e) de base zero ou por estratégia.

007. (FCC/TRT-5/ANALISTA/2013) No orçamento-programa, uma das dimensões do contro-


le é a efetividade. Para isso, são utilizados indicadores que representam o produto final dos
programas governamentais, tal como,
a) aumento da expectativa de vida.
b) despesa per capita em educação.
c) número de hospitais.
d) professor/aluno.
e) número de consultas médicas.

008. (FCC/TJ-PE/ANALISTA/2012) O instrumento de gestão em que se registra o ato pelo


qual o poder legislativo autoriza ao poder executivo, por certo período de tempo e, em porme-
nores, as receitas a serem arrecadadas, e fixa as despesas a serem realizadas no exercício
financeiro vindouro, objetivando a continuidade, eficácia, eficiência, efetividade e a economici-
dade dos serviços prestados à sociedade, denomina-se orçamento
a) estático.
b) público.
c) financeiro.
d) operacional.
e) flexível.

009. (FCC/TJ-PE/ANALISTA/2012) O orçamento que enfatiza os fins, em vez de os meios, e


que a base fundamental é o planejamento, em vez de ser apenas um instrumento contábil de
controle, é o orçamento
a) programa.
b) base zero.
c) clássico.
d) tradicional.
e) legislativo.

010. (FCC/TRF1/ANALISTA-ADAPTADA/2007) O orçamento-programa foi introduzido no


Brasil por meio da Lei no 4.320/64 e do Decreto-Lei no 200/67. A Constituição Federal de 1988
consolidou definitivamente o orçamento-programa no Brasil, ao vincular o processo orçamen-
tário ao PPA, à LDO e à LOA. Julgue:

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Orçamento-programa é um documento que prevê apenas a fixação da despesa e a previsão


da receita, constituindo a principal peça contábil-financeira para a orientação da ação go-
vernamental.

011. (FCC/MPU/TÉCNICO/2007) Em relação ao orçamento-programa, é correto afirmar que


a) seu único critério de classificação de despesas são as unidades administrativas.
b) é totalmente dissociado do processo de planejamento.
c) sua estrutura enfatiza os aspectos contábeis da gestão.
d) sua prioridade é respeitar as necessidades financeiras das unidades orçamentárias.
e) constitui um dos instrumentos do planejamento governamental.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

GABARITO
1. c
2. b
3. a
4. C
5. b
6. c
7. a
8. b
9. a
10. E
11. e

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

GABARITO COMENTADO
001. (FCC/CL-DF/CONSULTOR/2018) Se o orçamento público for elaborado com base na
concepção do orçamento-programa, terá como um dos principais critérios de classificação da
despesa orçamentária aquele por
a) natureza e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o nú-
mero de vacinas adquiridas.
b) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser aumentar o número de livros adquiridos.
c) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser a redução do analfabetismo.
d) ações e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o número
de médicos contratados.
e) elementos de despesa e o objetivo de um programa vinculado à função assistência social
poderá ser a redução da população em situação de vulnerabilidade

O Orçamento-Programa tem como principal critério de classificação da despesa orçamen-


tária o funcional-programático, com foco na realização dos programas e não no objeto da
compra em si.
Note que na alternativa c temos a classificação das despesas com base na estrutura progra-
mática e naquilo que o governo realiza, ou seja, na redução do analfabetismo.
Vamos comentar as demais alternativas:
a) Errada. O foco deve ser na realização dos programas e não no objeto da compra em si (vacina).
b) Errada. O foco deve ser na realização dos programas e não no objeto da compra em si (livros).
d) Errada. O foco deve ser na realização dos programas e não no objeto da compra em si (con-
tratação de médicos)
e) Errada. A classificação por elementos de despesa não é um dos principais critérios utiliza-
dos de acordo com o orçamento-programa.
Letra c.

002. (FCC/TRT-11/ANALISTA/2017) Sobre o Orçamento-Programa é INCORRETO afirmar que


a) o orçamento é o elo de interação entre o planejamento e as funções executivas da organização.
b) a ênfase está nos meios (o que se compra) e não nas diretrizes, prioridades, objetivos e metas.
c) o controle visa avaliar a eficiência, eficácia e efetividade das ações governamentais.
d) a Lei n. 4.320/1964 contém determinações para a elaboração da Lei Orçamentária Anual
que são típicas do Orçamento- Programa.
e) o principal critério de classificação está contido na Portaria STN e MOG no 42/1999.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

O Orçamento Programa visa fazer com que o gasto público possa ser detalhado de modo a
enfatizar a sua finalidade, identificando para cada gasto a respectiva a ação, definindo o res-
ponsável pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar individualmente os resul-
tados esperados para cada uma delas.
Assim, a ênfase do Orçamento Programa NÃO está nos meios (o que se compra), MAS SIM nas
diretrizes, prioridades, objetivos e metas.
Letra b.

003. (FCC/FUNAPE/ANALISTA/2017) A Emenda Constitucional no 86, de 2015, introduziu o


caráter equitativo para a execução orçamentária e financeira, segundo critérios a serem defini-
dos em lei complementar, consolidando o que se convencionou chamar de “orçamento impo-
sitivo”, que, entre outros aspectos, contempla
a) a obrigatoriedade da execução orçamentária e financeira das emendas individuais ao pro-
jeto de lei orçamentária, aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente líquida do exercício
anterior, das quais 50% deverão, necessariamente, ser destinadas à ações e serviços públicos
na área da saúde, afastada a obrigatoriedade no caso de impedimentos de ordem técnica.
b) a inviabilidade de apresentação de emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária
encaminhado pelo Poder Executivo, salvo se respaldadas na revisão das estimativas das proje-
ções de receita constantes do anexo de metas fiscais que integra a Lei de Diretrizes Orçamen-
tárias ou para ações destinadas à área da saúde.
c) a obrigatoriedade de destinar ao menos um terço do valor da estimativa de receitas prevista
na Lei Orçamentária Anual para emendas individuais de parlamentares, das quais 50% deverão,
necessariamente, ser destinadas a ações e serviços públicos na área da educação e saúde.
d) a vedação à apresentação de emendas individuais de parlamentares ao projeto de lei orça-
mentária anual encaminhado pelo Poder Executivo, salvo para correção de erros e inexatidões,
ou para assegurar a aplicação dos limites mínimos previstos na Constituição Federal para pro-
gramas e ações nas áreas da saúde e educação
e) a obrigatoriedade do estrito cumprimento da execução orçamentária e financeira dos pro-
gramas consignados na Lei Orçamentária Anual, inclusive os oriundos de emendas individuais
de qualquer natureza, salvo na hipótese de revisão das metas fiscais ou materialização de
passivos contingentes.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Após a entrada em vigor da Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC do orça-


mento impositivo”, passou a ser obrigatória a execução da programação orçamentária relati-
vas às emendas individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais emendas serão
aprovadas até 1,2% da Receita Corrente Líquida - RCL prevista no projeto de LOA encaminhado
ao Congresso Nacional.
Letra a.

004. (FCC/TCM-RJ/PROCURADOR/2015-ADAPTADA) O orçamento é conceituado pela dou-


trina como uma lei formal, especial (trata de matéria específica), de efeito concreto e com
certo prazo de vigência. Por isso, sua natureza jurídica é de “lei”, sendo uma lei autorizativa,
porque autoriza a Administração a praticar atos administrativos, assim como cobrar tributos e
efetuar despesas. Sobre as espécies de orçamento, julgue:
A doutrina afirma que a Constituição Federal brasileira adotou o chamado Orçamento Misto,
em que o Poder Executivo tem a competência para elaboração dos projetos de leis orçamentá-
rias e o envio destes projetos ao Poder Legislativo, para sua discussão e aprovação.

Excelente questão para confirmar que o entendimento da FCC acompanha a doutrina no sen-
tido de que o Orçamento é uma lei formal, especial (trata de matéria específica), de efeito con-
creto e com certo prazo de vigência e que, por isso, sua natureza jurídica é de “lei”, sendo uma
lei autorizativa, porque autoriza a Administração a praticar atos administrativos, assim como
cobrar tributos e efetuar despesas.
Realmente a Doutrina entende que o Orçamento brasileiro é misto, já que o Poder Executivo
tem a competência para elaboração dos projetos de leis orçamentárias e ao Poder Legislativo
cabe a sua discussão e aprovação, diferentemente dos modelos Legislativo e Executivo, em
que apenas um dos Poderes atua.
Certo.

005. (FCC/TCM-RJ/AUDITOR/2015) A espécie de orçamento cuja técnica utilizada para sua


confecção consiste em desconsiderar os valores do ano anterior como valor inicial mínimo, e
proceder a uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais,
e de suas efetivas necessidades, sem qualquer compromisso com montantes iniciais de dota-
ções, denomina-se orçamento
a) real ou efetivo.
b) de base zero ou por estratégia.
c) participativo.
d) democrático.
e) de desempenho ou por realizações.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

A espécie de orçamento cuja técnica utilizada para sua confecção consiste em desconsiderar
os valores do ano anterior como valor inicial mínimo, e proceder a uma análise crítica de todos
os recursos solicitados pelos órgãos governamentais, e de suas efetivas necessidades, sem
qualquer compromisso com montantes iniciais de dotações, denomina-se orçamento base
zero ou por estratégia.
A sua ideia-chave é fazer com que todas as despesas de todos os órgãos sejam justificadas
detalhadamente, sem permitir que o simples fato de que uma despesa que já estivesse no or-
çamento do ano anterior, fosse simplesmente repetida, tratando cada gasto demandado como
um novo gasto.
O foco desse modelo de orçamentação é identificar gastos, programas, e até me órgãos que
não tinham utilidade prática para a Administração Pública. Seguindo essa linha de raciocínio,
para que um gasto fosse “aprovado” ela deveria ser eficiente e eficaz, não poderia ter ainda
mais suas operações reduzidas ou eliminadas.
Letra b.

006. (FCC/TCM-RJ/AUDITOR/2015) O orçamento do qual consta apenas a previsão da recei-


ta e a fixação da despesa, constituindo uma peça meramente contábil-financeira, sem nenhu-
ma espécie de planejamento da ação do governo, sem qualquer objetivo econômico e social
de forma clara e sem preocupação com objetivos e metas e voltado preferencialmente às
necessidades dos órgãos públicos, denomina-se orçamento
a) de desempenho ou por realizações.
b) estatal.
c) clássico ou tradicional.
d) pragmático.
e) de base zero ou por estratégia.

Conheça a visão do Mestre Harrison Leite sobre o orçamento tradicional:

O orçamento tradicional era o orçamento desvinculado de qualquer planejamento, com foco mais
em questões contábeis, em detrimento de um foco administrativo de ges­tão. Aqui o orçamento era
uma mera peça contábil e não havia menção a qualquer obje­tivo ou meta a ser atingida. Demonstra
despreocupação do gestor com o atendimento das necessidades populacionais, uma vez que se
atenta mais para as necessidades das unidades organizacionais.
Letra c.

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Orçamento Público
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007. (FCC/TRT-5/ANALISTA/2013) No orçamento-programa, uma das dimensões do contro-


le é a efetividade. Para isso, são utilizados indicadores que representam o produto final dos
programas governamentais, tal como,
a) aumento da expectativa de vida.
b) despesa per capita em educação.
c) número de hospitais.
d) professor/aluno.
e) número de consultas médicas.

Vamos aproveitar a oportunidade para aplicar os conceitos de eficiência, eficácia, economici-


dade e efetividade.
A eficiência é a relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e os
custos dos insumos empregados para produzi-los, em um determinado período de tempo,
mantidos os padrões de qualidade. Essa dimensão refere-se ao esforço do processo de trans-
formação de insumos em produtos.
A eficácia é o grau de alcance das metas programadas (bens e serviços) em um determinado
período de tempo, independentemente dos custos implicados. Diz respeito se aquilo que foi
traçado como meta foi cumprido, sem levar em consideração os custos envolvidos.
A economicidade é a minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de uma
atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade. Refere-se à capacidade de uma
instituição gerir adequadamente os recursos financeiros colocados à sua disposição. De certa
forma, o conceito de economicidade se confunde com o de eficiência.
A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo. Refe-
re-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos de efeitos so-
bre a população-alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos esperados),
traduzidos pelos objetivos finalísticos da intervenção. Ou seja, uma ação é efetiva quando gera
uma mudança, um impacto na sociedade.
Nesse sentido, a única alternativa que trata de efetividade é a letra “a”. O aumento da expecta-
tiva de vida de uma população é um indicador que traduz essa ideia de geração de valor para
a sociedade. Os demais indicadores (n. consultas médicas, n. de hospitais, professor/aluno e
etc.) não permitem auferir resultados perante a população-alvo, sendo meras ferramentas de
gestão para dar suporte à análise da eficiência/eficácia/economicidade.
Letra a.

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Orçamento Público
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008. (FCC/TJ-PE/ANALISTA/2012) O instrumento de gestão em que se registra o ato pelo


qual o poder legislativo autoriza ao poder executivo, por certo período de tempo e, em porme-
nores, as receitas a serem arrecadadas, e fixa as despesas a serem realizadas no exercício
financeiro vindouro, objetivando a continuidade, eficácia, eficiência, efetividade e a economici-
dade dos serviços prestados à sociedade, denomina-se orçamento
a) estático.
b) público.
c) financeiro.
d) operacional.
e) flexível.

Aproveite para ver mais um conceito doutrinário de Orçamento Público, dessa vez do Mestre
Caldas Furtado:

orçamento público é o instrumento através do qual os cidadãos, por intermédio de lei aprovada
por seus representantes no Parlamento, fixam a despesa e preveem a receita para o período de um
ano, a partir da determinação dos serviços públicos que serão prestados pelo Estado e dos demais
objetivos da política orçamentária, bem como da definição de quais, e de que forma, setores da so-
ciedade financiarão a atividade estatal.
Letra b.

009. (FCC/TJ-PE/ANALISTA/2012) O orçamento que enfatiza os fins, em vez de os meios, e


que a base fundamental é o planejamento, em vez de ser apenas um instrumento contábil de
controle, é o orçamento
a) programa.
b) base zero.
c) clássico.
d) tradicional.
e) legislativo.

O orçamento que enfatiza os fins, em vez de os meios, e que a base fundamental é o planeja-
mento, em vez de ser apenas um instrumento contábil de controle, é o orçamento programa,
que tem como características principais, as seguintes:
1) o orçamento representa o elo entre o planejamento e as ações governamentais;
2) a destinação dos recursos está atrelada ao alcance de objetivos e metas;
3) as decisões sobre alocações de recursos são realizadas mediante avaliação com base cien-
tificadas possibilidades existentes;

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Orçamento Público
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4) as despesas são agrupadas não só pela sua natureza econômica, mas também segundo a
classificação funcional-programática, ou seja, os recursos são alocados segundo as funções
e programas de governo;
5) a organização administrativa do ente e o planejamento são os delineadores da estrutura
do orçamento
6) o controle vai além do exame da legalidade, avaliando a eficiência, a eficácia e efetividade
das ações governamentais, com base em índices e padrões de mensuração dos resultados
dos programas.
Letra a.

010. (FCC/TRF1/ANALISTA-ADAPTADA/2007) O orçamento-programa foi introduzido no


Brasil por meio da Lei no 4.320/64 e do Decreto-Lei no 200/67. A Constituição Federal de 1988
consolidou definitivamente o orçamento-programa no Brasil, ao vincular o processo orçamen-
tário ao PPA, à LDO e à LOA. Julgue:
Orçamento-programa é um documento que prevê apenas a fixação da despesa e a previsão
da receita, constituindo a principal peça contábil-financeira para a orientação da ação go-
vernamental.

O orçamento-programa é um método de orçamentação por meio do qual as despesas públicas


são fixadas a partir da identificação das necessidades públicas sob a responsabilidade de
certo nível de governo e da sua organização segundo níveis de prioridades e estruturas apro-
priadas de classificação da programação.
Nessa pegada, podemos dizer sim que o orçamento-programa é o plano operacional de tra-
balho por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, além
do estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados, bem como a previsão dos
custos relacionados, ou seja, vai muito além do que disse a assertiva.
Errado.

011. (FCC/MPU/TÉCNICO/2007) Em relação ao orçamento-programa, é correto afirmar que


a) seu único critério de classificação de despesas são as unidades administrativas.
b) é totalmente dissociado do processo de planejamento.
c) sua estrutura enfatiza os aspectos contábeis da gestão.
d) sua prioridade é respeitar as necessidades financeiras das unidades orçamentárias.
e) constitui um dos instrumentos do planejamento governamental.

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Orçamento Público
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Com exceção da letra e, todas as outras tratam do orçamento tradicional. Guarde que o orça-
mento-programa é um instrumento de planejamento da ação do governo, por meio da identifi-
cação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento de objeti-
vos e metas a serem implementados e previsão dos custos relacionados.
Letra e.

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QUESTÕES DE CONCURSO – LISTA III


FGV

001. (FGV/DPE-RJ/CONTADOR/2019) A situação deficitária das contas públicas do governo


federal fez com que candidatos à presidência nas eleições de 2018 propusessem mudanças
drásticas na técnica de elaboração do orçamento utilizada pelo governo. Uma dessas pro-
postas apresentava a necessidade de que os gestores públicos justificassem anualmente de
forma detalhada cada gasto público empregado, sem compromisso com qualquer montante
inicial de dotação.
Trata-se de técnica conhecida como orçamento:
a) clássico;
b) programa;
c) base zero;
d) por desempenho;
e) de teto móvel.

002. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR/2019) A Emenda Constitucional (EC) n. 86/2015


criou dispositivos para regular a aprovação e a execução de emendas individuais ao projeto de
lei orçamentária.
De acordo com os dispositivos da EC n. 86/2015, o limite para aprovação das emendas indivi-
duais ao projeto de lei orçamentária corresponde a 1,2% da receita corrente líquida:
a) prevista no projeto de LOA;
b) prevista no projeto de LOA, corrigida pela meta de inflação;
c) realizada no exercício anterior;
d) realizada no exercício anterior, corrigida pela inflação do período;
e) sendo 50% para ações e serviços públicos de saúde.

003. (FGV/SEFIN-RO/CONTADOR/2018) Em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA), assina-


le a afirmativa correta.
a) Deve conter uma estimativa das receitas e das despesas em um exercício.
b) Deve conter a fixação para as receitas e para as despesas em um exercício.
c) As despesas e as receitas apresentadas devem ter valores iguais.
d) Deve compreender o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
e) Deve compreender o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos
e entidades da administração direta e indireta, sem incluir as fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público.

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Orçamento Público
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004. (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) A Lei Orçamentária Anual (LOA.) é o orçamento


propriamente dito, com vigência de 1 (um) ano, e compreende três orçamentos: o fiscal, o de
investimento de empresas estatais e o da seguridade social, tendo, cada um deles, uma função
específica.
Sobre o orçamento fiscal, assinale a opção que indica sua função específica.
a) Distributiva, a qual visa à redução das desigualdades.
b) Alocativa, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
c) Distributiva, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.
d) Estabilizadora, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
e) Estabilizadora, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.

005. (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) A edição do Decreto Federal n. 2.829/1998, que


disciplinou o plano plurianual, tornou o orçamento- programa uma realidade no país. Sobre o
orçamento-programa, assinale a afirmativa correta.
a) É elaborado a partir de ajustes incrementais nas receitas e despesas, com base nos orça-
mentos anteriores.
b) Integra o orçamento com o planejamento, quantificando objetivos e fixando metas.
c) Contempla a participação direta da população no processo decisório sobre a alocação dos
recursos públicos.
d) Enfatiza a legalidade das ações do gestor e a aquisição dos meios.
e) Evidencia o objeto dos gastos, pautando-se nas necessidades financeiras de cada unidade.

006. (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) A Lei Orçamentária Anual (LOA.) é o orçamento


propriamente dito, com vigência de 1 (um) ano, e compreende três orçamentos: o fiscal, o de
investimento de empresas estatais e o da seguridade social, tendo, cada um deles, uma função
específica.
Sobre o orçamento fiscal, assinale a opção que indica sua função específica.
a) Distributiva, a qual visa à redução das desigualdades.
b) Alocativa, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
c) Distributiva, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.
d) Estabilizadora, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
e) Estabilizadora, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.

007. (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) A edição do Decreto Federal n. 2.829/1998, que


disciplinou o plano plurianual, tornou o orçamento- programa uma realidade no país. Sobre o
orçamento-programa, assinale a afirmativa correta.
a) É elaborado a partir de ajustes incrementais nas receitas e despesas, com base nos orça-
mentos anteriores.
b) Integra o orçamento com o planejamento, quantificando objetivos e fixando metas.

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c) Contempla a participação direta da população no processo decisório sobre a alocação dos


recursos públicos.
d) Enfatiza a legalidade das ações do gestor e a aquisição dos meios.
e) Evidencia o objeto dos gastos, pautando-se nas necessidades financeiras de cada unidade.

008. (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) O governante de um pequeno país, preocupado


com as finanças públicas, decide pesquisar uma nova espécie de orçamento para adotá-la em
sua administração. Ele entende que a espécie de orçamento ideal é aquela que justifica anual-
mente cada uma das despesas, enfatizando as necessidades do momento.
Sendo assim, a espécie de orçamento adequada às necessidades desse país é o
a) base zero.
b) tradicional.
c) legislativo.
d) autorizativo.
e) típico.

009. (FGV/CM-SALVADOR/ANALISTA/2018) Um dos modelos orçamentários difundidos a


partir da aplicação da lógica empresarial no setor público tem como base para elaboração do
orçamento atual a não vinculação com os montantes de despesa ou nível de atividade do exer-
cício anterior. Embora de difícil operacionalização, o modelo propicia reavaliações constantes
das alocações de recursos. Esse modelo orçamentário é denominado orçamento:
a) programa;
b) base zero;
c) incremental;
d) operacional;
e) com teto móvel.

010. (FGV/TJ-SC/ANALISTA/2018) Desde o surgimento das primeiras práticas orçamentárias


até a vigência dos atuais instrumentos de planejamento, o processo de orçamentação no setor
público passou por várias modificações relacionadas diretamente com o papel do Estado.
Uma das características das práticas modernas de orçamento que marca essa evolução é o(a):
a) foco no controle de insumos e produtos;
b) ênfase no impacto econômico do gasto público;
c) independência dos instrumentos de planejamento;
d) reforço no controle contábil das unidades orçamentárias;
e) tendência à contenção da despesa pública.

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Orçamento Público
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011. (FGV/TJ-SC/ANALISTA/2018) A Emenda Constitucional (EC) n. 86/2015 criou dispositi-


vos para regular a aprovação e a execução de emendas individuais ao projeto de lei orçamentá-
ria. À luz do que dispõe essa EC, considere os dados apresentados no quadro a seguir relativos
ao orçamento de um ente público:

Receita Orçamentária Prevista para o exercício R$ 240 milhões

Receita Corrente Líquida Prevista para o exercício R$ 200 milhões

Meta de inflação para o exercício 4%

Receita Orçamentária realizada no exercício anterior R$ 220 milhões

Receita Corrente Líquida realizada no exercício anterior R$ 180 milhões

Inflação anual registrada no exercício anterior 5%


Para o ente público citado, no exercício corrente é obrigatória a execução orçamentária e finan-
ceira das emendas individuais, em milhões de reais, no montante de:
a) 2,16;
b) 2,27;
c) 2,40;
d) 2,50;
e) 2,64.

012. (FGV/ALE-RO/ANALISTA/2018) Em relação à despesa salarial da ASSEMBLÉIA LEGIS-


LATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, é correto afirmar que pertence à esfera orçamentária rela-
tiva ao orçamento
a) da Seguridade Social.
b) Fiscal.
c) de Investimento.
d) Base zero.
e) Extrafiscal.

013. (FGV/ALE-RJ/ESPECIALISTA/2017) O orçamento surgiu no setor público como instru-


mento de controle. A consolidação da democracia e o crescimento das atribuições do Estado
criaram a necessidade de desenvolvimento de modelos orçamentários condizentes com as
necessidades da Administração Pública. Um elemento que caracteriza a concepção moderna
de orçamento público é:
a) ausência de integração entre planejamento e orçamento;
b) ênfase na redução dos gastos públicos;
c) influência da lógica empresarial;
d) neutralidade das finanças públicas;
e) papel secundário do aspecto econômico.
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Orçamento Público
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014. (FGV/ALE-RJ/ESPECIALISTA/2017/ADAPTADA) Julgue a assertiva abaixo:


Um elemento que caracteriza a concepção moderna de orçamento público é ausência de inte-
gração entre planejamento e orçamento.

015. (FGV/ALE-RJ/ESPECIALISTA/2017/ADAPTADA) Julgue:


A elaboração do orçamento público é baseada em alguns princípios que servem como bali-
zadores do formato e do conteúdo do orçamento. A elaboração detalhada do orçamento, que
expresse a origem dos recursos e sua aplicação em cada exercício está em consonância com
o princípio da transparência.

016. (FGV/IBGE/ANALISTA/2017) Desde o surgimento das primeiras práticas orçamentárias


na administração pública, o orçamento tem evoluído e têm surgido modelos e conceitos or-
çamentários com o objetivo de fornecer informações para a gestão adequada dos recursos
públicos. Um dos modelos orçamentários mais difundidos é o chamado orçamento-programa,
que tem entre as suas características:
a) enfatizar as metas e objetivos de curto prazo;
b) ser instrumento disciplinador das finanças públicas;
c) priorizar as necessidades financeiras das unidades organizacionais;
d) manter o equilíbrio financeiro e evitar ao máximo a expansão dos gastos públicos;
e) adotar medidas de desempenho com a finalidade de acompanhar o cumprimento das metas
definidas.

017. (FGV/ALE-RJ/PROCURADOR/2017) A Emenda Constitucional n. 86/2015 (que torna


obrigatória a execução de emendas individuais ao projeto de lei orçamentária no limite de 1,2%
da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Executivo, sendo que a me-
tade desse percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde), veio a consagrar,
ainda que parcialmente, aquilo que em sede doutrinária convenciona-se denominar orçamento:
a) facultativo;
b) discricionário;
c) impositivo;
d) autorizativo;
e) formal.

018. (FGV/TJ-RO/ADMINISTRADOR/2015) Os conceitos de orçamento tradicional e orça-


mento moderno não são modelos definidos, mas concepções extremas a partir das quais os
modelos e técnicas orçamentárias são elaborados. Uma das características da concepção
tradicional do orçamento público é:
a) a alocação de recursos com vistas à aquisição de meios;
b) a existência de associação entre orçamento e planejamento;

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Orçamento Público
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c) a preponderância do aspecto econômico, que reflete a intervenção do Estado;


d) a utilização do orçamento como instrumento de administração;
e) o controle com vistas a avaliar a eficiência e eficácia das ações.

019. (FGV/TJ-SC/ANALISTA/2015) A prática de elaboração de um orçamento para as ati-


vidades governamentais tem origem na Inglaterra e apresentou diversas características que
marcam sua evolução ao longo do tempo. O método de elaboração de orçamento em que a
cada novo exercício deve haver justificativa detalhada dos recursos solicitados é o orçamento:
a) programa;
b) por desempenho;
c) participativo;
d) base zero;
e) operacional.

020. (FGV/TCM-SP/ECONOMISTA/2015) Relacione as funções do governo com suas res-


pectivas características ou descrições.
1. Função Alocativa
2. Função Distributiva
3. Função Estabilizadora
O mecanismo eleitoral é imprescindível para que uma sociedade revele suas preferências
de distribuição dos recursos públicos disponíveis na provisão de bens e serviços por parte
do Estado.
Uma taxa de inflação elevada tende a impactar mais fortemente os mais pobres, visto que es-
tes têm maior perda de poder de compra de seus rendimentos. Essa é uma das razões pelas
quais o governo deve usar a política monetária e fiscal para combater a inflação.
A tributação de grandes fortunas pode ser um mecanismo importante para financiar progra-
mas de construção de moradias populares.
A relação correta, de cima para baixo, é:
a) 1, 2 e 3;
b) 1, 3 e 2;
c) 2, 1 e 3;
d) 2, 3 e 1;
e) 3, 1 e 2.

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Orçamento Público
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021. (FGV/DPE-MT/ECONOMISTA/2015) Segundo muitos analistas, a economia brasileira


apresentou um crescimento próximo de 0% em 2014. Aliado a uma taxa de inflação próxima
de 6,5%, podemos dizer que a economia se encontra em um cenário de estagflação, mas ainda
mantendo uma baixa taxa de desemprego. Nesse sentido, o governo não tem cumprido total-
mente a sua função
a) alocativa, por meio da política fiscal.
b) distributiva, por meio da política monetária.
c) estabilizadora, por meio de uma combinação das políticas monetária e fiscal.
d) estabilizadora, por meio do melhor provimento de serviços públicos.
e) alocativa, por meio da elevação das contribuições relativas a seguridade social.

022. (FGV/DPE-RO/ANALISTA/2015) Em relação às funções do Estado, considere V para a(s)


afirmativa(s) verdadeira(s) ou F para a(s) falsa(s):
Um candidato eleito que eleva os gastos com segurança pública, está exercendo a sua função
alocativa.
A implementação de um imposto sobre grandes fortunas e a redução daqueles cobrados so-
bre os extratos menores de renda estão relacionados à função distributiva.
Políticas que reduzam os custos admissionais a fim de elevar o emprego estão relacionadas à
função estabilizadora.
A sequência correta é:
a) V – V – V;
b) V – V – F;
c) F – V – V;
d) F – F – V;
e) F – F – F.

023. (FGV/DPE-RO/ANALISTA/2015) Uma característica do orçamento-programa, que se ba-


seia em uma concepção moderna de orçamento, que o diferencia das práticas orçamentárias
tradicionais é o(a):
a) ênfase na função de controle;
b) ênfase no aspecto jurídico do orçamento;
c) foco nos insumos;
d) posição secundária do aspecto econômico;
e) vinculação entre orçamento e planejamento.

024. (FGV/TCE-BA/AGENTE/2014/ADAPTADA) Julgue:


O Orçamento Público apresenta apenas os enfoques político e jurídico para sua execução
e controle.

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025. (FGV/TCE-BA/AGENTE/2014/ADAPTADA) Julgue:


O Orçamento Público tem a finalidade de alcançar a satisfação social, independente do equilí-
brio fiscal.

026. (FGV/AL-MT/TÉCNICO/2013/ADAPTADA) Julgue:


Quanto às características do orçamento programa, a estrutura do orçamento está voltada para
os aspectos administrativos de planejamento.

027. (FCC/FUNAPE/ANALISTA/2017) A Emenda Constitucional no 86, de 2015, introduziu o


caráter equitativo para a execução orçamentária e financeira, segundo critérios a serem defini-
dos em lei complementar, consolidando o que se convencionou chamar de “orçamento impo-
sitivo”, que, entre outros aspectos, contempla
a) a obrigatoriedade da execução orçamentária e financeira das emendas individuais ao pro-
jeto de lei orçamentária, aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente líquida do exercício
anterior, das quais 50% deverão, necessariamente, ser destinadas à ações e serviços públicos
na área da saúde, afastada a obrigatoriedade no caso de impedimentos de ordem técnica.
b) a inviabilidade de apresentação de emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária
encaminhado pelo Poder Executivo, salvo se respaldadas na revisão das estimativas das proje-
ções de receita constantes do anexo de metas fiscais que integra a Lei de Diretrizes Orçamen-
tárias ou para ações destinadas à área da saúde.
c) a obrigatoriedade de destinar ao menos um terço do valor da estimativa de receitas prevista
na Lei Orçamentária Anual para emendas individuais de parlamentares, das quais 50% deverão,
necessariamente, ser destinadas a ações e serviços públicos na área da educação e saúde.
d) a vedação à apresentação de emendas individuais de parlamentares ao projeto de lei orça-
mentária anual encaminhado pelo Poder Executivo, salvo para correção de erros e inexatidões,
ou para assegurar a aplicação dos limites mínimos previstos na Constituição Federal para pro-
gramas e ações nas áreas da saúde e educação
e) a obrigatoriedade do estrito cumprimento da execução orçamentária e financeira dos pro-
gramas consignados na Lei Orçamentária Anual, inclusive os oriundos de emendas individuais
de qualquer natureza, salvo na hipótese de revisão das metas fiscais ou materialização de
passivos contingentes.

028. (FCC/TCM-RJ/PROCURADOR/2015/ADAPTADA) O orçamento é conceituado pela dou-


trina como uma lei formal, especial (trata de matéria específica), de efeito concreto e com
certo prazo de vigência. Por isso, sua natureza jurídica é de “lei”, sendo uma lei autorizativa,
porque autoriza a Administração a praticar atos administrativos, assim como cobrar tributos e
efetuar despesas. Sobre as espécies de orçamento, julgue:

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AFO
Orçamento Público
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A doutrina afirma que a Constituição Federal brasileira adotou o chamado Orçamento Misto,
em que o Poder Executivo tem a competência para elaboração dos projetos de leis orçamentá-
rias e o envio destes projetos ao Poder Legislativo, para sua discussão e aprovação.

029. (FCC/TRT-5ª/ANALISTA/2013) No orçamento-programa, uma das dimensões do con-


trole é a efetividade. Para isso, são utilizados indicadores que representam o produto final dos
programas governamentais, tal como,
a) aumento da expectativa de vida.
b) despesa per capita em educação.
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e) número de consultas médicas.

030. (FCC/CL-DF/CONSULTOR/2018) Se o orçamento público for elaborado com base na


concepção do orçamento-programa, terá como um dos principais critérios de classificação da
despesa orçamentária aquele por
a) natureza e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o nú-
mero de vacinas adquiridas.
b) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser aumentar o número de livros adquiridos.
c) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser a redução do analfabetismo.
d) ações e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o número
de médicos contratados.
e) elementos de despesa e o objetivo de um programa vinculado à função assistência social
poderá ser a redução da população em situação de vulnerabilidade

031. (FCC/TRT-11ª/ANALISTA/2017) Sobre o Orçamento-Programa é INCORRETO afirmar que


a) o orçamento é o elo de interação entre o planejamento e as funções executivas da organização.
b) a ênfase está nos meios (o que se compra) e não nas diretrizes, prioridades, objetivos e metas.
c) o controle visa avaliar a eficiência, eficácia e efetividade das ações governamentais.
d) a Lei n. 4.320/1964 contém determinações para a elaboração da Lei Orçamentária Anual
que são típicas do Orçamento- Programa.
e) o principal critério de classificação está contido na Portaria STN e MOG no 42/1999.

032. (AOCP/TCE-PA/AUDITOR/2012) sobre o orçamento-programa, analise as assertivas e as-


sinale a alternativa correta.
I – O orçamento - programa foi introduzido no Brasil através da Lei 4320/64.
II – O orçamento-programa pode ser entendido como um plano de trabalho, um instrumento de
planejamento da ação do governo, através da identificação dos seus programas de trabalho,

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

projetos e atividades, além dos estabelecimentos de objetivos e metas a serem implementa-


dos, bem como a previsão dos custos relacionados.
III – A CF/88 implantou definitivamente o orçamento-programa no Brasil, ao estabelecer a nor-
matização da matéria orçamentária através do Plano Plurianual - PPA, da Lei de Diretrizes
Orçamentárias - LDO e da Lei Orçamentária Anual - LOA, ficando evidente o extremo zelo do
constituinte para com o planejamento das ações do governo.
IV – O orçamento de Base zero é uma técnica utilizada para a confecção do orçamento- progra-
ma, que consiste basicamente em uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos
órgãos governamentais.
a) I, II, III e IV estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e IV estão corretas.
d) Apenas III e IV estão corretas.
e) I, II, III e IV estão incorretas.

033. (IADES/PM-DF/OFICIAL/2017) De acordo com a Constituição Federal de 1988, a elabo-


ração e a execução do orçamento são de competência do Executivo, cabendo ao Legislativo
a votação e o controle. Quanto ao tipo de orçamento, é correto afirmar que o Brasil adota
o orçamento
a) legislativo.
b) executivo.
c) misto.
d) participativo.
e) impositivo.

034. (IBFC/CGE-RN/TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO/2019) No que se refere ao orçamen-


to público, assinale a alternativa correta:
a) orçamento de desempenho é o processo orçamentário em que é explicitado apenas o ob-
jeto de gasto. Ele apresenta valores para as despesas com pessoal, material e serviços, sem
relacionar os gastos a nenhuma finalidade. Também é conhecido como orçamento clássico.
b) orçamento programa é o processo orçamentário que apresenta duas dimensões: o objeto
de gasto e o programa de trabalho, contendo as ações desenvolvidas. Esse modelo enfatiza o
desempenho organizacional e também é conhecido como orçamento funcional.
c) orçamento base zero é o processo orçamentário elaborado através de ajustes marginais nos
seus itens de receita e despesa. Nesse caso, a repetição do orçamento anterior se faz acrescer
da variação de preços ocorrida no período.
d) orçamento com teto fixo apresenta um critério de alocação de recursos através do estabe-
lecimento de um quantitativo financeiro fixo, obtido mediante a aplicação de um percentual
único sobre as despesas realizadas em determinado período. Esse percentual único serve de
base para que os órgãos/unidades elaborem suas propostas orçamentárias parciais.

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AFO
Orçamento Público
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035. (IBFC/CM-ARARAQUARA/AGENTE/2016) Para se estudar o orçamento, é necessário


que se defina a ótica, o aspecto ou dimensão de observação, assinale a alternativa que apre-
senta a ordem correta, de cima para baixo, das dimensões ou aspectos do orçamento.
Representa o conjunto de regras e formalidades técnicas e legais exigidas na elaboração, apro-
vação, execução e no controle do orçamento, corresponde às formalidades intrínsecas e ex-
trínsecas de forma que caracteriza a “ embalagem” do conteúdo orçamentário, principalmente
no que diz respeito aos anexos que acompanham a Lei Orçamentária Anual.
Não obstante todas as divergências existentes na doutrina, atualmente é posição dominante,
diversas vezes retiradas pelo STF, considerar o orçamento como lei formal. É aquela em que se
define ou integra a lei orçamentária no conjunto de leis do país.
Representa o fluxo financeiro gerado pelas entradas de recursos obtidos com a arrecadação
de receitas e os dispêndios com as saídas de recursos proporcionados pelas despesas, evi-
denciando a execução orçamentária.
Corresponde à definição de prioridades, visando à inclusão e à realização de programas gover-
namentais no plano de ação ou orçamento a ser executado, devendo compreender sempre a
ação política não só de definição dessas prioridades numa situação de escassez de recursos,
mas também a concepção e ideologia do partido político detentor do poder.
Corresponde à característica que atribui ao orçamento, como plano de ação governamental
que o é, o poder intervir na atividade econômica, propiciando a geração de emprego e renda em
função dos investimentos que podem ser previstos e realizados pelo setor público, resultando
com isso o desenvolvimento do país.
a) Técnica - Jurídica- Financeira- Política - Econômica.
b) Jurídica- Técnica- Financeira - Econômica- Política.
c) Jurídica- Técnica- Econômica- Política- Financeira.
d) Técnica - Jurídica- Econômica- Política- Financeira

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AFO
Orçamento Público
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GABARITO
1. c 13. c 25. E
2. a 14. E 26. C
3. d 15. E 27. a
4. a 16. e 28. C
5. b 17. c 29. a
6. a 18. a 30. c
7. b 19. d 31. b
8. a 20. b 32. a
9. b 21. c 33. c
10. b 22. a 34. d
11. a 23. e 35. a
12. b 24. E

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Orçamento Público
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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/DPE-RJ/CONTADOR/2019) A situação deficitária das contas públicas do governo
federal fez com que candidatos à presidência nas eleições de 2018 propusessem mudanças
drásticas na técnica de elaboração do orçamento utilizada pelo governo. Uma dessas pro-
postas apresentava a necessidade de que os gestores públicos justificassem anualmente de
forma detalhada cada gasto público empregado, sem compromisso com qualquer montante
inicial de dotação.
Trata-se de técnica conhecida como orçamento:
a) clássico;
b) programa;
c) base zero;
d) por desempenho;
e) de teto móvel.

Muito noticiado na mídia no início do Governo Bolsonaro, o Orçamento Base Zero, que não
leva em conta a série histórica de gastos, busca passar um pente fino em todos os gastos go-
vernamentais. Assim, a ideia é avaliar as despesas propostas com lupa, definindo prioridades
e verificando o custo-benefício de cada gasto em detrimento de outro. Trata-se de uma das
ideias de Paulo Guedes para conter o déficit do Orçamento Público.
Letra c.

002. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR/2019) A Emenda Constitucional (EC) n. 86/2015


criou dispositivos para regular a aprovação e a execução de emendas individuais ao projeto de
lei orçamentária.
De acordo com os dispositivos da EC n. 86/2015, o limite para aprovação das emendas indivi-
duais ao projeto de lei orçamentária corresponde a 1,2% da receita corrente líquida:
a) prevista no projeto de LOA;
b) prevista no projeto de LOA, corrigida pela meta de inflação;
c) realizada no exercício anterior;
d) realizada no exercício anterior, corrigida pela inflação do período;
e) sendo 50% para ações e serviços públicos de saúde.

O limite para aprovação das emendas individuais ao projeto de lei orçamentária corresponde a
1,2% da receita corrente líquida prevista no projeto de LOA. Confira na letra da CF/1988, com
grifos nossos:

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Orçamento Público
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Art. 166, § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de
1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encami-
nhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços
públicos de saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015).
Letra a.

003. (FGV/SEFIN-RO/CONTADOR/2018) Em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA), assina-


le a afirmativa correta.
a) Deve conter uma estimativa das receitas e das despesas em um exercício.
b) Deve conter a fixação para as receitas e para as despesas em um exercício.
c) As despesas e as receitas apresentadas devem ter valores iguais.
d) Deve compreender o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
e) Deve compreender o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos
e entidades da administração direta e indireta, sem incluir as fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público.

A resposta está na literalidade do artigo 165 § 5º da CF/1988. Confira:

Art. 165, § 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.

a) Errada. As despesas não são estimadas na LOA, mas sim fixadas.


b) Errada. Na verdade, as despesas são fixadas e as receitas, previstas.
c) Errada. Na verdade, não se faz necessário que os montantes da receita e despesa sejam
iguais. Assim, se as receitas forem maiores, temos superávit e, se as despesas maiores, tere-
mos déficit.
e) Errada. A alternativa incluiu fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
Letra d.

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Orçamento Público
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004. (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) A Lei Orçamentária Anual (LOA.) é o orçamento


propriamente dito, com vigência de 1 (um) ano, e compreende três orçamentos: o fiscal, o de
investimento de empresas estatais e o da seguridade social, tendo, cada um deles, uma função
específica.
Sobre o orçamento fiscal, assinale a opção que indica sua função específica.
a) Distributiva, a qual visa à redução das desigualdades.
b) Alocativa, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
c) Distributiva, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.
d) Estabilizadora, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
e) Estabilizadora, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.

Perceba que a função do orçamento fiscal é a redução das desigualdades, que representa a
função distributiva do Estado. Confira diretamente do texto constitucional, com grifos nossos:

Art. 165, § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
Letra a.

005. (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) A edição do Decreto Federal n. 2.829/1998, que


disciplinou o plano plurianual, tornou o orçamento- programa uma realidade no país. Sobre o
orçamento-programa, assinale a afirmativa correta.
a) É elaborado a partir de ajustes incrementais nas receitas e despesas, com base nos orça-
mentos anteriores.
b) Integra o orçamento com o planejamento, quantificando objetivos e fixando metas.
c) Contempla a participação direta da população no processo decisório sobre a alocação dos
recursos públicos.
d) Enfatiza a legalidade das ações do gestor e a aquisição dos meios.
e) Evidencia o objeto dos gastos, pautando-se nas necessidades financeiras de cada unidade.

Fixe em sua mente que a principal característica do Orçamento-programa é a integração do


orçamento e do planejamento, além de estabelecer objetivos, metas e avaliações, ou seja, o

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Orçamento Público
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Orçamento-programa integra o orçamento com o planejamento, quantificando objetivos e fi-


xando metas, funcionando como o instrumento operacional do planejamento.
Vamos agora comentar as demais alternativas e associá-las aos respectivos modelos de
orçamento.
a) Errada. Retenha que a técnica que se baseia nos orçamentos anteriores é o Orçamento
Incremental.
c) Errada. Lembre-se que Orçamento Participativo é quem contempla a participação direta da
população no processo decisório.
d) Errada. Não se esqueça que o Orçamento-programa enfatiza o objetivo do gasto e as
realizações.
e) Errada. Lembre-se que o tipo de orçamento que enfatiza o objeto do gasto e pauta-se nas
necessidades do Estado é o orçamento tradicional.
Letra b.

006. (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) A Lei Orçamentária Anual (LOA.) é o orçamento


propriamente dito, com vigência de 1 (um) ano, e compreende três orçamentos: o fiscal, o de
investimento de empresas estatais e o da seguridade social, tendo, cada um deles, uma função
específica.
Sobre o orçamento fiscal, assinale a opção que indica sua função específica.
a) Distributiva, a qual visa à redução das desigualdades.
b) Alocativa, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
c) Distributiva, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.
d) Estabilizadora, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
e) Estabilizadora, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.

Perceba que a função do orçamento fiscal é a redução das desigualdades, que representa a
função distributiva do Estado. Confira diretamente do texto constitucional, com grifos nossos:

Art. 165, § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
Letra a.

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AFO
Orçamento Público
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007. (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) A edição do Decreto Federal n. 2.829/1998, que


disciplinou o plano plurianual, tornou o orçamento- programa uma realidade no país. Sobre o
orçamento-programa, assinale a afirmativa correta.
a) É elaborado a partir de ajustes incrementais nas receitas e despesas, com base nos orça-
mentos anteriores.
b) Integra o orçamento com o planejamento, quantificando objetivos e fixando metas.
c) Contempla a participação direta da população no processo decisório sobre a alocação dos
recursos públicos.
d) Enfatiza a legalidade das ações do gestor e a aquisição dos meios.
e) Evidencia o objeto dos gastos, pautando-se nas necessidades financeiras de cada unidade.

Fixe em sua mente que a principal característica do Orçamento-programa é a integração do


orçamento e do planejamento, além de estabelecer objetivos, metas e avaliações, ou seja, o
Orçamento-programa integra o orçamento com o planejamento, quantificando objetivos e fi-
xando metas, funcionando como o instrumento operacional do planejamento.
Vamos agora comentar as demais alternativas e associá-las aos respectivos modelos de
orçamento.
a) Errada. Retenha que a técnica que se baseia nos orçamentos anteriores é o Orçamento
Incremental.
c) Errada. Lembre-se que Orçamento Participativo é quem contempla a participação direta da
população no processo decisório.
d) Errada. Não se esqueça que o Orçamento-programa enfatiza o objetivo do gasto e as
realizações.
e) Errada. Lembre-se que o tipo de orçamento que enfatiza o objeto do gasto e pauta-se nas
necessidades do Estado é o orçamento tradicional.
Letra b.

008. (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) O governante de um pequeno país, preocupado


com as finanças públicas, decide pesquisar uma nova espécie de orçamento para adotá-la em
sua administração. Ele entende que a espécie de orçamento ideal é aquela que justifica anual-
mente cada uma das despesas, enfatizando as necessidades do momento.
Sendo assim, a espécie de orçamento adequada às necessidades desse país é o
a) base zero.
b) tradicional.
c) legislativo.
d) autorizativo.
e) típico.

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AFO
Orçamento Público
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Trata-se do Orçamento Base Zero. Confira a conceituação desse modelo orçamentário, nas pa-
lavras de Augustinho Paludo, no livro Orçamento Público (AFO e LRF) 4ª Edição (Ed. Elsevier),
com grifos nossos:

Orçamento Base Zero surgiu no Texas, Estados Unidos, na década de 1970, e nele não há direito
adquirido no orçamento. Cada despesa é tratada como uma nova iniciativa de despesa, e a cada ano
é necessário provar as necessidades de orçamento, competindo com outras prioridades e projetos.
Inicia-se todo ano, partindo do “zero” – daí o nome Orçamento Base Zero.
O Orçamento Base Zero exige que o administrador justifique, a cada ano, todas as dotações solici-
tadas em seu orçamento, incluindo alternativas, análise de custo, finalidade, medidas de desempe-
nho, e as consequências da não aprovação do orçamento. A ênfase é na eficiência, não se preocupa
com as classificações orçamentárias, mas com o porquê de se realizar determinada despesa.
Letra a.

009. (FGV/CM-SALVADOR/ANALISTA/2018) Um dos modelos orçamentários difundidos a


partir da aplicação da lógica empresarial no setor público tem como base para elaboração do
orçamento atual a não vinculação com os montantes de despesa ou nível de atividade do exer-
cício anterior. Embora de difícil operacionalização, o modelo propicia reavaliações constantes
das alocações de recursos. Esse modelo orçamentário é denominado orçamento:
a) programa;
b) base zero;
c) incremental;
d) operacional;
e) com teto móvel.

O enunciado da questão traz características do Orçamento Base zero (OBZ), técnica orçamen-
tária de difícil implementação por parte dos gestores públicos, já que exige uma avaliação
de toda programação de gastos a cada novo exercício – por isso, a denominação base zero.
Toda ação, projeto ou atividade, seja nova ou de natureza contínua, deve ser detalhadamente
justificada a cada ano, ou seja, há sempre uma reavaliação constante da necessidade de ma-
nutenção do gasto ao longo do tempo.
Letra b.

010. (FGV/TJ-SC/ANALISTA/2018) Desde o surgimento das primeiras práticas orçamentárias


até a vigência dos atuais instrumentos de planejamento, o processo de orçamentação no setor
público passou por várias modificações relacionadas diretamente com o papel do Estado.
Uma das características das práticas modernas de orçamento que marca essa evolução é o(a):

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AFO
Orçamento Público
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a) foco no controle de insumos e produtos;


b) ênfase no impacto econômico do gasto público;
c) independência dos instrumentos de planejamento;
d) reforço no controle contábil das unidades orçamentárias;
e) tendência à contenção da despesa pública.

O orçamento atual, e que é considerado moderno, é o Orçamento-programa, que foca no im-


pacto econômico do gasto público. Assim, o aspecto contábil deixou de ser o mais importante,
e a real efetividade do gasto passou a ser prioridade, dando ênfase ao fim social e econômico
do gasto público.
Destaca-se ainda o fato de o Orçamento-programa promover a vinculação do instrumento de
orçamentação com o planejamento das ações governamentais e preocupa-se com os impac-
tos das ações governamentais gerados à sociedade (efetividade), e não só com o mero cum-
primento de objetivos e metas, que nem sempre atendem às necessidades coletivas.
Veja o quadro-resumo elaborado pelo professor Giacomoni, contendo as principais diferenças
entre o orçamento tradicional e o orçamento moderno:

Orçamento tradicional Orçamento moderno

Ênfase no objeto do gasto. Critério funcional-programático.

Controle da legalidade e honestidade Ênfase na eficiência, eficácia e


dos gastos públicos. efetividade das ações governamentais.

Alocação de recursos visa a


Alocação de recursos visa a aquisições
consecução de objetivos e metas
de meios.
(fins).

Integração entre planejamento e


Não há planejamento e programação.
orçamento.

Aspectos administrativos e de
Aspectos contábeis.
planejamento.

Indicadores e padrões de
Não há medição de resultados.
desempenho.
Letra b.

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Orçamento Público
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011. (FGV/TJ-SC/ANALISTA/2018) A Emenda Constitucional (EC) n. 86/2015 criou dispositi-


vos para regular a aprovação e a execução de emendas individuais ao projeto de lei orçamentá-
ria. À luz do que dispõe essa EC, considere os dados apresentados no quadro a seguir relativos
ao orçamento de um ente público:

Receita Orçamentária Prevista para o exercício R$ 240 milhões

Receita Corrente Líquida Prevista para o exercício R$ 200 milhões

Meta de inflação para o exercício 4%

Receita Orçamentária realizada no exercício anterior R$ 220 milhões

Receita Corrente Líquida realizada no exercício anterior R$ 180 milhões

Inflação anual registrada no exercício anterior 5%


Para o ente público citado, no exercício corrente é obrigatória a execução orçamentária e finan-
ceira das emendas individuais, em milhões de reais, no montante de:
a) 2,16;
b) 2,27;
c) 2,40;
d) 2,50;
e) 2,64.

Vamos ler o que a Emenda Constitucional n. 86/2015 trouxe de novo para a CF/1988, com
grifos nossos:

Art. 166, § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de
1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminha-
do pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços
públicos de saúde.
§ 11 É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º
deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita
corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da
programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165.

Note, portanto, que o § 9º refere-se à etapa de discussão do orçamento, e, assim, as Emendas


Parlamentares Individuais ao orçamento (EPIs) devem ser aprovadas até o limite de 1,2% da
Receita Corrente Líquida – RCL – prevista no PLOA, sendo que, deste percentual, metade (0,6%
da RCL) será destinado a Ações e Serviços Públicos de Saúde.
Por seu turno, no que se refere à etapa de execução do orçamento, a EC 86 trata do regime de
execução de suas programações ser obrigatório, em montante correspondente a 1,2% da RCL
realizada no exercício anterior. Nesse sentido, fica permitida expressamente que a inclusão de

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AFO
Orçamento Público
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despesas executadas a título de restos a pagar para tal finalidade, desde que não ultrapassem
o limite de 0,6% da RCL realizada no exercício anterior, ou seja, a metade do percentual de exe-
cução obrigatória.

O PULO DO GATO
Guarde, portanto, que temos aprovação de 1,2% da RCL prevista no projeto de LOA encami-
nhado pelo Executivo e execução obrigatória de 1,2% da RCL realizada no exercício anterior.
O examinador pede então o montante de execução obrigatória das emendas individuais em
milhões de reais. Confira:
Execução obrigatória: RCL realizada do ano anterior X 1,2%
Execução obrigatória: 180 X 1,2%
Execução obrigatória: 2,16 milhões.

Letra a.

012. (FGV/ALE-RO/ANALISTA/2018) Em relação à despesa salarial da ASSEMBLÉIA LEGIS-


LATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, é correto afirmar que pertence à esfera orçamentária rela-
tiva ao orçamento
a) da Seguridade Social.
b) Fiscal.
c) de Investimento.
d) Base zero.
e) Extrafiscal.

Perceba que a ALE-RO – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA – é o Poder


Legislativo do Estado, pertencendo, assim, à Administração Direta. Considerando que temos 3
sub-orçamentos, o Fiscal, o de Investimentos das empresas e o da Seguridade Social, as des-
pesas de salário da ALE-RO devem constar no Orçamento Fiscal do ESTADO DE RONDÔNIA.
Letra b.

013. (FGV/ALE-RJ/ESPECIALISTA/2017) O orçamento surgiu no setor público como instru-


mento de controle. A consolidação da democracia e o crescimento das atribuições do Estado
criaram a necessidade de desenvolvimento de modelos orçamentários condizentes com as
necessidades da Administração Pública. Um elemento que caracteriza a concepção moderna
de orçamento público é:
a) ausência de integração entre planejamento e orçamento;
b) ênfase na redução dos gastos públicos;
c) influência da lógica empresarial;
d) neutralidade das finanças públicas;
e) papel secundário do aspecto econômico.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

a) Errada. Uma das características principais do Orçamento-programa é a integração entre


planejamento e orçamento.
b) Errada. A ênfase moderna é na efetividade dos gastos públicos.
c) Certa. É isso mesmo! Integrar Planejamento e Orçamento, focando na eficiência, eficácia e
efetividade, como nas empresas.
d) Errada. As funções são alocativa, distributiva e estabilizadora.
e) Errada. O orçamento moderno foca no aspecto econômico, não dando mais prioridade total
ao aspecto contábil.
Letra c.

014. (FGV/ALE-RJ/ESPECIALISTA/2017/ADAPTADA) Julgue a assertiva abaixo:


Um elemento que caracteriza a concepção moderna de orçamento público é ausência de inte-
gração entre planejamento e orçamento.

O Orçamento-programa PRIORIZA atender aos objetivos, metas e prioridades definidos no Pla-


nejamento das ações do governo, integrando planejamento e orçamento.
Errado.

015. (FGV/ALE-RJ/ESPECIALISTA/2017/ADAPTADA) Julgue:


A elaboração do orçamento público é baseada em alguns princípios que servem como bali-
zadores do formato e do conteúdo do orçamento. A elaboração detalhada do orçamento, que
expresse a origem dos recursos e sua aplicação em cada exercício está em consonância com
o princípio da transparência.

Na verdade, a elaboração detalhada do orçamento que expresse a origem dos recursos e sua
aplicação em cada exercício está em consonância com o princípio da especificação.
Errado.

016. (FGV/IBGE/ANALISTA/2017) Desde o surgimento das primeiras práticas orçamentárias


na administração pública, o orçamento tem evoluído e têm surgido modelos e conceitos or-
çamentários com o objetivo de fornecer informações para a gestão adequada dos recursos
públicos. Um dos modelos orçamentários mais difundidos é o chamado orçamento-programa,
que tem entre as suas características:
a) enfatizar as metas e objetivos de curto prazo;
b) ser instrumento disciplinador das finanças públicas;
c) priorizar as necessidades financeiras das unidades organizacionais;

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

d) manter o equilíbrio financeiro e evitar ao máximo a expansão dos gastos públicos;


e) adotar medidas de desempenho com a finalidade de acompanhar o cumprimento das metas
definidas.

Observe que uma das principais características desse modelo de orçamentação (Orçamento-
-programa) é justamente realizar a quantificação dos objetivos e metas para que seja possível
acompanhar o cumprimento das metas definidas.
Letra e.

017. (FGV/ALE-RJ/PROCURADOR/2017) A Emenda Constitucional n. 86/2015 (que torna


obrigatória a execução de emendas individuais ao projeto de lei orçamentária no limite de 1,2%
da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Executivo, sendo que a me-
tade desse percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde), veio a consagrar,
ainda que parcialmente, aquilo que em sede doutrinária convenciona-se denominar orçamento:
a) facultativo;
b) discricionário;
c) impositivo;
d) autorizativo;
e) formal.

Com a Emenda Constitucional n. 86/2015, apelidada de “PEC do Orçamento Impositivo”, que


torna obrigatória a execução de emendas individuais ao projeto de lei orçamentária no limite
de 1,2% da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Executivo, sendo que
a metade desse percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde, apenas uma
pequena parte do orçamento deixou de ser autorizativo e passou a ser impositivo.
Letra c.

018. (FGV/TJ-RO/ADMINISTRADOR/2015) Os conceitos de orçamento tradicional e orça-


mento moderno não são modelos definidos, mas concepções extremas a partir das quais os
modelos e técnicas orçamentárias são elaborados. Uma das características da concepção
tradicional do orçamento público é:
a) a alocação de recursos com vistas à aquisição de meios;
b) a existência de associação entre orçamento e planejamento;
c) a preponderância do aspecto econômico, que reflete a intervenção do Estado;
d) a utilização do orçamento como instrumento de administração;
e) o controle com vistas a avaliar a eficiência e eficácia das ações.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

O Orçamento Tradicional ficou conhecido como “lei de meios”, já que focava nos meios e não
nas metas e objetivos do Estado.
Letra a.

019. (FGV/TJ-SC/ANALISTA/2015) A prática de elaboração de um orçamento para as ati-


vidades governamentais tem origem na Inglaterra e apresentou diversas características que
marcam sua evolução ao longo do tempo. O método de elaboração de orçamento em que a
cada novo exercício deve haver justificativa detalhada dos recursos solicitados é o orçamento:
a) programa;
b) por desempenho;
c) participativo;
d) base zero;
e) operacional.

O Orçamento Base zero, cujo foco era passar um pente fino em TODOS OS GASTOS, é o méto-
do de elaboração de orçamento em que, a cada novo exercício, deve haver justificativa detalha-
da dos recursos solicitados – é o orçamento, já que toda informação prévia relativa aos anos
anteriores era desprezada, ou seja, a necessidade e a utilidade de cada despesa deveria ser
vista como se fosse completamente nova.
Letra d.

020. (FGV/TCM-SP/ECONOMISTA/2015) Relacione as funções do governo com suas res-


pectivas características ou descrições.
1. Função Alocativa
2. Função Distributiva
3. Função Estabilizadora
O mecanismo eleitoral é imprescindível para que uma sociedade revele suas preferências
de distribuição dos recursos públicos disponíveis na provisão de bens e serviços por parte
do Estado.
Uma taxa de inflação elevada tende a impactar mais fortemente os mais pobres, visto que es-
tes têm maior perda de poder de compra de seus rendimentos. Essa é uma das razões pelas
quais o governo deve usar a política monetária e fiscal para combater a inflação.
A tributação de grandes fortunas pode ser um mecanismo importante para financiar progra-
mas de construção de moradias populares.
A relação correta, de cima para baixo, é:

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

a) 1, 2 e 3;
b) 1, 3 e 2;
c) 2, 1 e 3;
d) 2, 3 e 1;
e) 3, 1 e 2.

Vamos associar e marcar a sequência correta.


1 – Alocativa, com o governo alocando recursos para fornecer bens e serviços públicos à
população.
3 – Estabilizadora com foco na estabilização macroeconômica.
2 – Distributiva, usando o dinheiro arrecado dos ricos para distribuir aos pobres via mora-
dia popular.
Letra b.

021. (FGV/DPE-MT/ECONOMISTA/2015) Segundo muitos analistas, a economia brasileira


apresentou um crescimento próximo de 0% em 2014. Aliado a uma taxa de inflação próxima
de 6,5%, podemos dizer que a economia se encontra em um cenário de estagflação, mas ainda
mantendo uma baixa taxa de desemprego. Nesse sentido, o governo não tem cumprido total-
mente a sua função
a) alocativa, por meio da política fiscal.
b) distributiva, por meio da política monetária.
c) estabilizadora, por meio de uma combinação das políticas monetária e fiscal.
d) estabilizadora, por meio do melhor provimento de serviços públicos.
e) alocativa, por meio da elevação das contribuições relativas a seguridade social.

Numa lida do enunciado já podemos ver que estamos falando da função estabilizadora, aquela
responsável por manter a estabilidade do nível de preços, o que já elimina as alternativas, a,
b e e. Bem, a função estabilizadora normalmente é exercida pela combinação adequada das
políticas monetária e fiscal.
Letra c.

022. (FGV/DPE-RO/ANALISTA/2015) Em relação às funções do Estado, considere V para a(s)


afirmativa(s) verdadeira(s) ou F para a(s) falsa(s):
Um candidato eleito que eleva os gastos com segurança pública, está exercendo a sua função
alocativa.
A implementação de um imposto sobre grandes fortunas e a redução daqueles cobrados so-
bre os extratos menores de renda estão relacionados à função distributiva.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Políticas que reduzam os custos admissionais a fim de elevar o emprego estão relacionadas à
função estabilizadora.
A sequência correta é:
a) V – V – V;
b) V – V – F;
c) F – V – V;
d) F – F – V;
e) F – F – F.

Vamos julgar, comentar e marcar a sequência correta.


I – Certa. Segurança pública é um caso típico de função alocativa.
II – Certa. Sim. Belo exemplo de redistribuição de renda via tributação.
III – Certa. Manter o nível de emprego faz parte da função estabilizadora.
Letra a.

023. (FGV/DPE-RO/ANALISTA/2015) Uma característica do orçamento-programa, que se ba-


seia em uma concepção moderna de orçamento, que o diferencia das práticas orçamentárias
tradicionais é o(a):
a) ênfase na função de controle;
b) ênfase no aspecto jurídico do orçamento;
c) foco nos insumos;
d) posição secundária do aspecto econômico;
e) vinculação entre orçamento e planejamento.

O Orçamento-Programa PRIORIZA atender aos objetivos, metas e prioridades definidos no Pla-


nejamento das ações do governo, integrando e vinculando planejamento e orçamento.
Letra e.

024. (FGV/TCE-BA/AGENTE/2014/ADAPTADA) Julgue:


O Orçamento Público apresenta apenas os enfoques político e jurídico para sua execução
e controle.

Na verdade, o orçamento tem aspecto político, porque revela ações sociais e regionais na des-
tinação das verbas. Tem também características econômicas, porque manifesta a realidade
da economia. É técnico, porque utiliza cálculos de receita e de despesa e tem, ainda, aspectos
jurídicos, porque atende às normas da Constituição Federal e de leis infraconstitucionais.
Errado.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

025. (FGV/TCE-BA/AGENTE/2014/ADAPTADA) Julgue:


O Orçamento Público tem a finalidade de alcançar a satisfação social, independente do equilí-
brio fiscal.

Na verdade, em atendimento ao princípio do equilíbrio orçamentário, reforçado pela LRF, do


ponto de vista econômico, o orçamento público deve racionalizar o processo de alocação de
recursos, conciliando essa alocação com o equilíbrio das contas públicas.
Errado.

026. (FGV/AL-MT/TÉCNICO/2013/ADAPTADA) Julgue:


Quanto às características do orçamento programa, a estrutura do orçamento está voltada para
os aspectos administrativos de planejamento.

O foco do Orçamento-programa é realmente nos seus aspectos administrativos e de


planejamento.
Certo.

027. (FCC/FUNAPE/ANALISTA/2017) A Emenda Constitucional no 86, de 2015, introduziu o


caráter equitativo para a execução orçamentária e financeira, segundo critérios a serem defini-
dos em lei complementar, consolidando o que se convencionou chamar de “orçamento impo-
sitivo”, que, entre outros aspectos, contempla
a) a obrigatoriedade da execução orçamentária e financeira das emendas individuais ao pro-
jeto de lei orçamentária, aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente líquida do exercício
anterior, das quais 50% deverão, necessariamente, ser destinadas à ações e serviços públicos
na área da saúde, afastada a obrigatoriedade no caso de impedimentos de ordem técnica.
b) a inviabilidade de apresentação de emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária
encaminhado pelo Poder Executivo, salvo se respaldadas na revisão das estimativas das proje-
ções de receita constantes do anexo de metas fiscais que integra a Lei de Diretrizes Orçamen-
tárias ou para ações destinadas à área da saúde.
c) a obrigatoriedade de destinar ao menos um terço do valor da estimativa de receitas prevista
na Lei Orçamentária Anual para emendas individuais de parlamentares, das quais 50% deverão,
necessariamente, ser destinadas a ações e serviços públicos na área da educação e saúde.
d) a vedação à apresentação de emendas individuais de parlamentares ao projeto de lei orça-
mentária anual encaminhado pelo Poder Executivo, salvo para correção de erros e inexatidões,
ou para assegurar a aplicação dos limites mínimos previstos na Constituição Federal para pro-
gramas e ações nas áreas da saúde e educação

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

e) a obrigatoriedade do estrito cumprimento da execução orçamentária e financeira dos pro-


gramas consignados na Lei Orçamentária Anual, inclusive os oriundos de emendas individuais
de qualquer natureza, salvo na hipótese de revisão das metas fiscais ou materialização de
passivos contingentes.

Após a entrada em vigor da Emenda Constitucional – EC 86/2015 –, apelidada de “EC do orça-


mento impositivo”, passou a ser obrigatória a execução da programação orçamentária relativa
às emendas individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais emendas serão
aprovadas até 1,2% da Receita Corrente Líquida – RCL – prevista no projeto de LOA encami-
nhado ao Congresso Nacional.
Letra a.

028. (FCC/TCM-RJ/PROCURADOR/2015/ADAPTADA) O orçamento é conceituado pela dou-


trina como uma lei formal, especial (trata de matéria específica), de efeito concreto e com
certo prazo de vigência. Por isso, sua natureza jurídica é de “lei”, sendo uma lei autorizativa,
porque autoriza a Administração a praticar atos administrativos, assim como cobrar tributos e
efetuar despesas. Sobre as espécies de orçamento, julgue:
A doutrina afirma que a Constituição Federal brasileira adotou o chamado Orçamento Misto,
em que o Poder Executivo tem a competência para elaboração dos projetos de leis orçamentá-
rias e o envio destes projetos ao Poder Legislativo, para sua discussão e aprovação.

Excelente questão para confirmar que o entendimento da doutrina predominante no sentido de


que o Orçamento é uma lei formal, especial (trata de matéria específica), de efeito concreto e
com certo prazo de vigência e que, por isso, sua natureza jurídica é de “lei”, sendo uma lei au-
torizativa, porque autoriza a administração a praticar atos administrativos, assim como cobrar
tributos e efetuar despesas.
Realmente, a doutrina entende que o Orçamento brasileiro é misto, já que o Poder Executivo
tem a competência para elaboração dos projetos de leis orçamentárias, e, ao Poder Legislativo,
cabe a sua discussão e aprovação, diferentemente dos modelos Legislativo e Executivo, em
que apenas um dos Poderes atua.
Certo.

029. (FCC/TRT-5ª/ANALISTA/2013) No orçamento-programa, uma das dimensões do con-


trole é a efetividade. Para isso, são utilizados indicadores que representam o produto final dos
programas governamentais, tal como,
a) aumento da expectativa de vida.
b) despesa per capita em educação.
c) número de hospitais.
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

d) professor/aluno.
e) número de consultas médicas.

Vamos aproveitar a oportunidade para aplicar os conceitos de eficiência, eficácia, economici-


dade e efetividade.
A eficiência é a relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e os
custos dos insumos empregados para produzi-los, em um determinado período de tempo,
mantidos os padrões de qualidade. Essa dimensão refere-se ao esforço do processo de trans-
formação de insumos em produtos.
A eficácia é o grau de alcance das metas programadas (bens e serviços) em um determinado
período de tempo, independentemente dos custos implicados. Diz respeito a se aquilo que foi
traçado como meta foi cumprido, sem levar em consideração os custos envolvidos.
A economicidade é a minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de uma
atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade. Refere-se à capacidade de uma
instituição gerir adequadamente os recursos financeiros colocados à sua disposição. De certa
forma, o conceito de economicidade se confunde com o de eficiência.
A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo. Refe-
re-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos de efeitos so-
bre a população-alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos esperados),
traduzidos pelos objetivos finalísticos da intervenção. Ou seja, uma ação é efetiva quando gera
uma mudança, um impacto na sociedade.
Nesse sentido, a única alternativa que trata de efetividade é a letra “a”. O aumento da expecta-
tiva de vida de uma população é um indicador que traduz essa ideia de geração de valor para a
sociedade. Os demais indicadores (n. de consultas médicas, n. de hospitais, professor/aluno,
etc.) não permitem auferir resultados perante à população-alvo, sendo meras ferramentas de
gestão para dar suporte à análise da eficiência/eficácia/economicidade.
Letra a.

030. (FCC/CL-DF/CONSULTOR/2018) Se o orçamento público for elaborado com base na


concepção do orçamento-programa, terá como um dos principais critérios de classificação da
despesa orçamentária aquele por
a) natureza e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o nú-
mero de vacinas adquiridas.
b) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser aumentar o número de livros adquiridos.
c) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser a redução do analfabetismo.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

d) ações e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o número
de médicos contratados.
e) elementos de despesa e o objetivo de um programa vinculado à função assistência social
poderá ser a redução da população em situação de vulnerabilidade

O Orçamento-Programa tem como principal critério de classificação da despesa orçamen-


tária o funcional-programático, com foco na realização dos programas, e não no objeto da
compra em si.
Note que na alternativa “c” temos a classificação das despesas com base na estrutura progra-
mática e naquilo que o governo realiza, ou seja, na redução do analfabetismo.
Vamos comentar as demais alternativas.
a) Errada. O foco deve ser na realização dos programas, e não no objeto da compra em
si (vacina).
b) Errada. O foco deve ser na realização dos programas, e não no objeto da compra em si (livros).
d) Errada. O foco deve ser na realização dos programas, e não no objeto da compra em si (con-
tratação de médicos).
e) Errada. A classificação por elementos de despesa não é um dos principais critérios utiliza-
dos de acordo com o Orçamento-programa.
Letra c.

031. (FCC/TRT-11ª/ANALISTA/2017) Sobre o Orçamento-Programa é INCORRETO afirmar que


a) o orçamento é o elo de interação entre o planejamento e as funções executivas da organização.
b) a ênfase está nos meios (o que se compra) e não nas diretrizes, prioridades, objetivos e metas.
c) o controle visa avaliar a eficiência, eficácia e efetividade das ações governamentais.
d) a Lei n. 4.320/1964 contém determinações para a elaboração da Lei Orçamentária Anual
que são típicas do Orçamento- Programa.
e) o principal critério de classificação está contido na Portaria STN e MOG no 42/1999.

O Orçamento-programa visa fazer com que o gasto público possa ser detalhado de modo a en-
fatizar a sua finalidade, identificando para cada gasto a respectiva ação, definindo o responsá-
vel pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar individualmente os resultados
esperados para cada uma delas.
Assim, a ênfase do Orçamento-programa NÃO está nos meios (o que se compra), MAS SIM nas
diretrizes, prioridades, objetivos e metas.
Letra b.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

032. (AOCP/TCE-PA/AUDITOR/2012) sobre o orçamento-programa, analise as assertivas e as-


sinale a alternativa correta.
I – O orçamento - programa foi introduzido no Brasil através da Lei 4320/64.
II – O orçamento-programa pode ser entendido como um plano de trabalho, um instrumento de
planejamento da ação do governo, através da identificação dos seus programas de trabalho,
projetos e atividades, além dos estabelecimentos de objetivos e metas a serem implementa-
dos, bem como a previsão dos custos relacionados.
III – A CF/88 implantou definitivamente o orçamento-programa no Brasil, ao estabelecer a nor-
matização da matéria orçamentária através do Plano Plurianual - PPA, da Lei de Diretrizes
Orçamentárias - LDO e da Lei Orçamentária Anual - LOA, ficando evidente o extremo zelo do
constituinte para com o planejamento das ações do governo.
IV – O orçamento de Base zero é uma técnica utilizada para a confecção do orçamento- progra-
ma, que consiste basicamente em uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos
órgãos governamentais.
a) I, II, III e IV estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e IV estão corretas.
d) Apenas III e IV estão corretas.
e) I, II, III e IV estão incorretas.

Vamos avaliar as assertivas e marcar a alternativa correspondente.


I – Certa. Guarde que desde a entrada em vigor da Lei n. 4.320/1964, o Orçamento-programa
vem sendo adotado no Brasil.
Merece destaque também o Decreto-Lei 200/1967 que detalhou os aspectos operacionais
do Orçamento-programa e orientou a Administração Pública Federal de modo a estabelecer o
Orçamento-programa anual como um instrumento de planejamento – a ideia de discriminar a
despesa pública por objetivo. Além disso, guarde que o Orçamento-programa virou realidade
com o Decreto 2.829/1998, que estabeleceu normas para elaboração e execução do Plano
Plurianual e dos orçamentos da União.
II – Certa. A mola mestra do Orçamento-programa é fixar as Despesas Públicas a partir da
identificação das necessidades públicas sob a responsabilidade de determinado nível de go-
verno e da sua organização, de acordo com as suas prioridades. É notório que os seus aspec-
tos administrativos e econômicos são privilegiados em detrimento do aspecto político.
III – Certa. Devemos destacar as disposições constitucionais relativas às leis orçamentárias,
especialmente o artigo 165, §§ 1º, 2º, 4º e 7º, com destaque para o planejamento e a progra-
mação, com o estabelecimento de metas, objetivos e estimativas de receitas.
IV – Certa. O Orçamento Base zero é uma técnica orçamentária que tem dentre as suas prin-
cipais características um reexame crítico dos dispêndios de cada área governamental, inexis-
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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

tindo “direitos adquiridos” no que diz respeito ao montante dos dispêndios ou com o nível de
atividade do exercício anterior, fazendo com que o administrador, a cada novo exercício, justifi-
que detalhadamente os recursos solicitados.
Letra a.

033. (IADES/PM-DF/OFICIAL/2017) De acordo com a Constituição Federal de 1988, a elabo-


ração e a execução do orçamento são de competência do Executivo, cabendo ao Legislativo
a votação e o controle. Quanto ao tipo de orçamento, é correto afirmar que o Brasil adota
o orçamento
a) legislativo.
b) executivo.
c) misto.
d) participativo.
e) impositivo.

No Brasil atual, está previsto em nossa CF de 1988 o tipo de orçamento público MISTO, em
que a votação e o controle do orçamento são de competência do Poder Legislativo, enquanto
a elaboração e a execução são de competência do Poder Executivo.
Letra c.

034. (IBFC/CGE-RN/TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO/2019) No que se refere ao orçamen-


to público, assinale a alternativa correta:
a) orçamento de desempenho é o processo orçamentário em que é explicitado apenas o ob-
jeto de gasto. Ele apresenta valores para as despesas com pessoal, material e serviços, sem
relacionar os gastos a nenhuma finalidade. Também é conhecido como orçamento clássico.
b) orçamento programa é o processo orçamentário que apresenta duas dimensões: o objeto
de gasto e o programa de trabalho, contendo as ações desenvolvidas. Esse modelo enfatiza o
desempenho organizacional e também é conhecido como orçamento funcional.
c) orçamento base zero é o processo orçamentário elaborado através de ajustes marginais nos
seus itens de receita e despesa. Nesse caso, a repetição do orçamento anterior se faz acrescer
da variação de preços ocorrida no período.
d) orçamento com teto fixo apresenta um critério de alocação de recursos através do estabe-
lecimento de um quantitativo financeiro fixo, obtido mediante a aplicação de um percentual
único sobre as despesas realizadas em determinado período. Esse percentual único serve de
base para que os órgãos/unidades elaborem suas propostas orçamentárias parciais.

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Modelo orçamentário pouco conhecido, o Orçamento com Teto Fixo é aquele que utiliza o crité-
rio de alocação de recursos através deste quantitativo fixo. Vamos apontar os erros dos demais:
a) Errada. É o tradicional.
b) Errada. É o de desempenho.
c) Errada. É o incremental.
Letra d.

035. (IBFC/CM-ARARAQUARA/AGENTE/2016) Para se estudar o orçamento, é necessário


que se defina a ótica, o aspecto ou dimensão de observação, assinale a alternativa que apre-
senta a ordem correta, de cima para baixo, das dimensões ou aspectos do orçamento.
Representa o conjunto de regras e formalidades técnicas e legais exigidas na elaboração, apro-
vação, execução e no controle do orçamento, corresponde às formalidades intrínsecas e ex-
trínsecas de forma que caracteriza a “ embalagem” do conteúdo orçamentário, principalmente
no que diz respeito aos anexos que acompanham a Lei Orçamentária Anual.
Não obstante todas as divergências existentes na doutrina, atualmente é posição dominante,
diversas vezes retiradas pelo STF, considerar o orçamento como lei formal. É aquela em que se
define ou integra a lei orçamentária no conjunto de leis do país.
Representa o fluxo financeiro gerado pelas entradas de recursos obtidos com a arrecadação
de receitas e os dispêndios com as saídas de recursos proporcionados pelas despesas, evi-
denciando a execução orçamentária.
Corresponde à definição de prioridades, visando à inclusão e à realização de programas gover-
namentais no plano de ação ou orçamento a ser executado, devendo compreender sempre a
ação política não só de definição dessas prioridades numa situação de escassez de recursos,
mas também a concepção e ideologia do partido político detentor do poder.
Corresponde à característica que atribui ao orçamento, como plano de ação governamental
que o é, o poder intervir na atividade econômica, propiciando a geração de emprego e renda em
função dos investimentos que podem ser previstos e realizados pelo setor público, resultando
com isso o desenvolvimento do país.
a) Técnica - Jurídica- Financeira- Política - Econômica.
b) Jurídica- Técnica- Financeira - Econômica- Política.
c) Jurídica- Técnica- Econômica- Política- Financeira.
d) Técnica - Jurídica- Econômica- Política- Financeira

A questão foi elaborada com base no livro de Sérgio Jund, cujos trechos são reproduzidos em
associação com a respectiva dimensão do orçamento:
(I) Dimensão técnica:

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AFO
Orçamento Público
Manuel Piñon
Representa o conjunto de regras e formalidades técnicas e legais exigidas na elaboração, aprova-
ção, execução e no controle do orçamento, não devendo ser confundida com a dimensão jurídica, e
sim complementa àquela, uma vez corresponde às formalidades intrínsecas e extrínsecas da forma
que caracteriza a “embalagem” do conteúdo orçamentário, principalmente no que diz respeito aos
anexos que acompanham a Lei Orçamentária Anual.

(II) Dimensão jurídica:

Não obstante todas as divergências existentes na doutrina, atualmente é posição dominante, diver-
sas vezes reiteradas pelo STF, considerar o orçamento como uma lei formal. Dessa forma, a dimen-
são jurídica é aquela em que se define ou integra a lei orçamentária no conjunto de leis do país.

(III) Dimensão financeira:

Representa o fluxo financeiro gerado pelas entradas de recursos obtidos com a arrecadação de
receitas e os dispêndios com as saídas de recursos proporcionados pelas despesas, evidenciando
a execução orçamentária.

(IV) Dimensão política:

Corresponde à definição de prioridades, visando à inclusão e à realização de programas governa-


mentais no plano de ação ou orçamento a ser executado, devendo compreender sempre a ação po-
lítica não só de definição dessas prioridades numa situação de escassez de recursos, mas também
a concepção e ideologia do partido político detentor do poder. A dimensão política foi assim definida
por Sila: diz respeito à sua característica de Plano de Governo ou Programa de Ação do grupo ou
facção partidária que detém o Poder.

(V) Dimensão econômica:

Corresponde à característica que atribui ao orçamento, como plano de ação governamental que o é,
o poder de intervir na atividade econômica, propiciando a geração de emprego e renda em função
dos investimentos que podem ser previstos e realizados pelo setor público, resultando com isso no
desenvolvimento do país.
Letra a.

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Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

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