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AFO

Despesa Pública – Parte II

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
AFO
Despesa Pública – Parte II

Sumário
Manuel Piñon

Apresentação. . .................................................................................................................................. 4
Despesa Pública – Parte II............................................................................................................. 5
1. Restos a Pagar.............................................................................................................................. 5
1.1. Conceito....................................................................................................................................... 5
1.2. Classificação dos Restos a Pagar. . ........................................................................................ 6
1.3. Outros Aspectos Relevantes.................................................................................................. 9
1.4. Principais Alterações na Legislação....................................................................................16
1.5. A Prescrição dos Restos a Pagar.......................................................................................... 18
1.6. Cancelamento e “Reinscrição” dos Restos a Pagar..........................................................19
2. Despesas de Exercícios Anteriores - DEA.............................................................................19
3. Dívida Passiva Flutuante e Fundada..................................................................................... 25
3.1. Dívida Flutuante...................................................................................................................... 25
3.2. Dívida Fundada.. ...................................................................................................................... 27
4. Regime de Adiantamentos (Suprimento e Fundos).. .......................................................... 28
4.1. Conceito e Tipos de Suprimento.......................................................................................... 28
4.2. Restrições à Concessão de Suprimento de Fundos........................................................ 32
4.3. Prestação de Contas. . ............................................................................................................ 35
4.4. Cartão de Pagamentos do Governo Federal. . ................................................................... 39
5. Ordenador de Despesas........................................................................................................... 39
Resumo.............................................................................................................................................42
Mapas Mentais...............................................................................................................................46
Questões Comentadas em Aula..................................................................................................49
Gabarito............................................................................................................................................ 52
Questões de Concurso – Lista I. . ................................................................................................. 53
Gabarito.............................................................................................................................................61
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 62
Questões de Concurso – Lista II.. ................................................................................................ 82

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Gabarito............................................................................................................................................ 97
Gabarito Comentado.....................................................................................................................98
Questões de Concurso – Lista III.............................................................................................. 124
Gabarito.......................................................................................................................................... 136
Gabarito Comentado....................................................................................................................137
Referências.................................................................................................................................... 159

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Manuel Piñon

Apresentação
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo na aula de hoje é conhecer um pouco mais acerca da Despesa Pública.

Como disse o jornalista David Brinkley: “Um homem de sucesso é aquele que cria uma pa-
rede com os tijolos que jogaram nele”.
Então vamos botar a mão na massa e pavimentar a nossa estrada da aprovação, usando
como tijolos as dificuldades que aparecem todos os dias em nossa jornada.
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon.

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DESPESA PÚBLICA – PARTE II


1. Restos a Pagar

Relembrando as etapas ou fases da execução da despesa, temos que, após a realização do


empenho da despesa com base na sua dotação orçamentária, considera-se iniciado o cumpri-
mento do convênio, contrato ou determinação legal. A etapa seguinte é a liquidação da des-
pesa, onde verifica-se o direito do credor para que, posteriormente, ocorra seu o pagamento.

1.1. Conceito
Restos a pagar são despesas empenhadas que não foram pagas até o dia 31 de dezembro
do mesmo ano do empenho.

001. (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019-ADAPTADA) Com base nas regras do orçamento pú-


blico dispostas na Lei n. 4.320/1964, julgue.
Distinguidos em processados e não processados, os restos a pagar são as despesas liquida-
das, mas não pagas até o dia 31 de dezembro.

A afirmativa é falsa, já que restos a pagar são despesas que foram empenhadas, mas não fo-
ram pagas no exercício.
Errado.

Nem sempre uma despesa já empenhada consegue ser paga até o dia 31 de dezembro
de cada exercício financeiro, ficando pendente ainda, em alguns casos, também a etapa de
liquidação. Assim, os valores relativos às despesas que se encontram nessa situação, empe-
nhados e não pagos, devem ser inscritos como “restos a pagar”.

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Importante atentar que o conceito de Restos a Pagar (ou resíduos passivos) somente
abarca despesas que já foram empenhadas, ou seja, sem a emissão da nota de empenho uma
despesa não paga não pode ser enquadrada como restos a pagar.

DICA:
Não confunda restos a pagar com obrigações a pagar. Veja o
termo obrigações a pagar como sendo o gênero do qual res-
tos a pagar é espécie, assim como outras obrigações passa-
das, atuais e até mesmo futuras.

1.2. Classificação dos Restos a Pagar


São classificadas como Restos a Pagar (ou resíduos passivos) as despesas que já foram
empenhadas, mas que não foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as proces-
sadas das não processadas.
De acordo com a Lei n. 4.320/1964, os “processados” são os restos a pagar relativos às des-
pesas cuja execução alcançou o estágio da liquidação, enquanto os “não processados” são os
restos a pagar relativos às despesas cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho.

Restos a pagar

Processados Não processados

O PULO DO GATO
Essa distinção no âmbito das fases, etapas ou estágios da despesa é importante. Guarde que
temos, de um lado, as despesas processadas, que referem aos empenhos executados e liqui-
dados, prontos para o pagamento e, do outro, as despesas não processadas, que são os em-
penhos de contratos e convênios ainda em plena execução e, por isso, ainda não existe direito
líquido e certo do credor.

Não podem ser inscritos em restos a pagar não processados os valores relativos a despesas
com diárias, ajudas de custo e suprimento de fundos.

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002. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) A procuradoria-geral de determinado estado da


Federação adquiriu um computador, tendo o processamento dessa despesa ocorrido da se-
guinte forma: empenho: 9/12/2018; recebimento do computador: 29/12/2018; pagamento da
despesa: 19/1/2019.
Nesse caso, de acordo com as normas previstas na Lei n. 4.320/1964, o registro dessa despe-
sa em 31/12/2018 estaria correto caso tivesse sido feito como restos a pagar processados.

Temos na questão um caso de restos a pagar processados, já que o computador foi recebido
em 29/12/2018, ou seja, a despesa já foi liquidada.
Certo.

Veja no quadro seguinte a relação entre a classificação dos restos a pagar e as etapas da
despesa efetuada:

Estágios da despesa Restos a pagar


Processados Não processados
Fixação X X
Empenho X X
Liquidação X --------
Pagamento -------- --------

Além da classificação da Lei n. 4.320/1964, temos ainda a classificação do artigo 67 do


Decreto n. 93.872/1986, que manda efetuar o registro dos restos a pagar por exercício e por
credor. Confira, com grifos nossos:

Art. 67. Considerem-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro,
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas (Lei n. 4.320/1964, art. 36).
§ 1º. Entendem-se por processadas e não processadas, respectivamente, as despesas liquidadas e
as não liquidadas, na forma prevista neste decreto.
§ 2º. O registro dos Restos a Pagar far-se-á por exercício e por credor.

Podemos concluir, portanto, que existem 3 possíveis classificações para os restos a pagar
de acordo com a Lei n. 4.320/1964 e com o Decreto n. 93.872/1986:
I – Por fase da despesa (processada e não processada).
II – Por ano de inscrição.
III – Por credor.

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003. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item


subsequente.
Na inscrição dos restos a pagar, é vedado o registro de beneficiários específicos.

Na verdade, quando uma despesa é empenhada, na nota de empenho emitida consta o credor
favorecido (beneficiário). Caso tal despesa não seja paga até o dia 31 de dezembro, será ins-
crita em Restos a Pagar, constando sim o registro do beneficiário específico.
Errado.

De acordo com o Manual do SIAF WEB, podemos ainda dividir os RP - Restos a Pagar em
3 tipos de acordo com a fase da despesa:
I – Não Processados a liquidar: no momento da inscrição a despesa não estava liquidada
e a sua inscrição depende da indicação pelo ordenador de despesas da Unidade Gestora ou
por pessoa por ele autorizada.
II – Não Processados em Liquidação: quando foi entregue o material ou prestado o servi-
ço, mas ainda em fase de análise e conferência interna do órgão, não tendo sido formalizado
recebimento definitivo do material ou do serviço.
III – Processados: no momento da inscrição a despesa já estava liquidada.

DICA
Em relação à classificação dos Restos a Pagar, preste muita
atenção no comando da questão e nas assertivas ou alternati-
vas, já que todas as classificações apresentadas são válidas e
podem ser cobradas em sua prova.

Aproveite para firmar o seu entendimento sobre a diferença entre os restos a pagar não
processados a liquidar e os restos a pagar processados em liquidação.
No caso dos Restos a pagar não processados a liquidar, temos que, registrado o empenho,
mas ainda não ocorrido o fato gerador da obrigação, e caso comprovadas as condições neces-
sárias para inscrição de restos a pagar, dar-se-á a inscrição desse valor de restos a pagar que
são considerados não processados (já que não ocorreu ainda o fato gerador da obrigação)
a liquidar.
Note que essa situação ocorre, por exemplo, quando houve o empenho dentro do exercício
financeiro, mas o credor só efetuará entrega do produto no exercício seguinte.

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Já no caso dos chamados Restos a pagar não processados em liquidação, temos que o
fato gerador da obrigação ocorreu antes de 31/12, mas não tivemos o estágio da liquidação,
devendo-se, mesmo assim, reconhecer o impacto patrimonial da despesa dentro do exercício.
Assim, as despesas deverão ser registradas ao fim do exercício como restos a pagar não pro-
cessados em liquidação.

EXEMPLO
Imagine uma situação em houve o empenho dentro do exercício financeiro, o credor entregou
a mercadoria no mesmo exercício, mas a liquidação só poderá ser concluída no ano seguinte.
O termo “em liquidação” serve para transmitir a ideia de que a liquidação ainda está acontecen-
do, ou seja, não foi concluída.
Parte-se do princípio que o fornecedor já cumpriu sua obrigação

A ideia do Manual do SIAFI WEB é que a fase em liquidação permite distinguir as despesas
empenhadas (que já tem um passivo patrimonial – o fato gerador já ocorreu) daquelas onde
os fatos geradores ainda não ocorreram (empenhos a liquidar).

1.3. Outros Aspectos Relevantes


A execução dos RP – Restos a Pagar fica condicionada aos limites legais das fontes de
recursos correspondentes e integra o cálculo do limite de despesas do chamado “teto de gas-
tos”, implementado pela Emenda Constitucional - EC 95/2016.
Para que a inscrição em restos a pagar possa ser realizada, algumas condições devem ser
cumpridas, como as do artigo 35 do Decreto n. 93.872/1986:

Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou
seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.

Também deve existir suficiente disponibilidade de caixa para atender as despesas inscri-
tas, conforme determina o artigo 42 da LRF:

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do
seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade
de caixa para este efeito.

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Nesse ponto merece destaque o fato de que para as despesas continuadas, como limpeza
e vigilância, o valor referente à disponibilidade de caixa abarca apenas os meses do ano, ou
seja, até 31 de dezembro.
Além disso, no caso dos restos a pagar não processados, conforme determina o Decreto n.
7.654/2011, a inscrição da despesa empenhada em restos a pagar é condicionada à indicação
pelo ordenador de despesas (Vide tópico específico sobre o ordenador de despesas).
Os restos a pagar inscritos que não forem pagos no exercício podem ser reinscritos, mas tan-
to a inscrição quanto a reinscrição poderão ter limites estabelecidos pelo Ministério da Economia.
Destaque-se também que as notas de empenho (processadas e não processadas) indica-
das pelo Ordenador de Despesa são inscritas automaticamente pelo SIAFI. Por outro lado, os
restos a pagar não processados e não indicados pelo ordenador de despesas para inscrição
são anulados automaticamente pelo SIAFI em 31 de dezembro.
Na verdade, restos a pagar são “resíduos passivos” que poderão ou não ser pagos no exer-
cício seguinte, visto que a mera inscrição não gera direito garantido ao pagamento no exercício
seguinte, considerando ainda ser necessário cumprir satisfatoriamente a etapa da liquidação.
Seguindo essa linha de raciocínio, alguns empenhos inscritos em restos a pagar, mas ain-
da não liquidados, podem ser cancelados caso não cumpram fielmente a etapa da liquidação.
Por sua vez, os restos a pagar processados não podem ser cancelados, pois, de acordo
com o Parecer 401/2000 da PGFN - Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, o cancelamento
de restos a pagar processados caracteriza enriquecimento ilícito do Estado, considerando que
o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer e que o Estado não poderá
descumprir com a obrigação de pagar.

O pagamento de restos a pagar é uma despesa extraorçamentária, uma vez que ocorre com o
empenho de exercício anterior.

004. (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) A respeito das receitas extraorçamentá-


rias, julgue o item.
Ao efetuar o pagamento de restos a pagar, o ente público está convertendo uma despesa ex-
traorçamentária em uma despesa orçamentária.

Como os Restos a pagar são despesas empenhadas, porém não pagas no mesmo exercício,
a despesa inscrita em restos a pagar foi considerada despesa orçamentária no exercício em
que foi empenhada. Desse modo, no exercício de pagamento, será classificada como despesa
extraorçamentária.

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Além disso, não existe a conversão de uma despesa extraorçamentária em orçamentária no


pagamento. A despesa só seria considerada orçamentária no exercício se fosse novamente
empenhada.
Errado.

005. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação a restos a pagar e a suprimento de fundos,


julgue o item a seguir.
O pagamento de restos a pagar processados corresponde a uma despesa orçamentária
da entidade.

O pagamento de restos a pagar é uma despesa extraorçamentária, tendo sido orçamentária no


exercício em que foi empenhada.
Errado.

Em relação aos Restos a Pagar, que integram a chamada dívida flutuante (excluídos os
serviços da dívida), é interessante registar que a despesa que tiver sido empenhada, mas não
paga dentro do exercício financeiro, deve ser considerada como efetivamente realizada e
registrada à conta da dotação respectiva sendo, assim, relacionada em conta própria dos De-
pósitos Especificados.
Vale destacar ainda que o pagamento que vier a ser reclamado em decorrência de eventu-
al cancelamento, pode ser atendido à conta de dotação constante da Lei Orçamentária Anual
ou de Créditos Adicionais abertos para esta finalidade no exercício em que ocorrer o reconhe-
cimento da dívida.

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Guarde que a liquidação das despesas, consideradas Restos a Pagar não processados, deve
ser feita quando do recebimento do material, prestação do serviço ou execução da obra, obe-
decendo às mesmas formalidades fixadas para as despesas orçamentárias pagas no exercício.
Já a fase de pagamento das despesas inscritas em Restos a Pagar pela UG deverá ser feita
via SIAFI ou SIAFEM, mediante emissão da respectiva AUTORIZAÇÃO DE PAGAMENTO – AP.
Em casos excepcionais poderá haver pagamento de Restos a Pagar antes de sua definitiva
inscrição, utilizando-se para esta finalidade a emissão de AP - AUTORIZAÇÃO DE PAGAMEN-
TO em código provisório, que posteriormente deverá ser revertido para o respectivo código de
inscrição de Restos a Pagar.
Veja o fluxograma seguinte para ter um panorama geral:

Despesa Orçamentária do Exercício Corrente Exercício Subsequente

Dotação Orçamentária

Disponível Contingenciada

Paga
Não empenhada Restos a pagar
Liquidada Não paga processados

Restos a pagar
Empenhada Não liquidada
não processados
Cancelada

Lembre-se que, de acordo com a Doutrina, existe a fase ou etapa da despesa denominada
‘em liquidação’, entre o empenho e a liquidação propriamente dita.

EXEMPLO
Ocorre, por exemplo, quando se recebe a nota fiscal, mas demora-se para conferir se o serviço
foi efetivamente prestado ou o material efetivamente recebido. Nesse caso, registra-se essa
nota fiscal na contabilidade como “em liquidação” (liquidação contábil).

006. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) A respeito dos mecanismos de execução e controle


orçamentários, julgue o item que se segue.
Determinada despesa pode ser inscrita em restos a pagar não processados mesmo que o ser-
viço a que ela se refere tenha sido prestado.
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Sim, é possível que uma despesa seja inscrita como restos a pagar não processados mesmo
com o serviço já prestado.
Pense, por exemplo, em uma situação em que o serviço seja realizado no final do exercício e
a Administração não tenha tempo hábil para proceder à liquidação até o final do ano. Nesse
caso, a despesa deve ser inscrita em restos a pagar não processados (em liquidação).
Certo.

É importante destacar que, para aqueles empenhos referentes a despesas já liquidadas e


não pagas, assim como os empenhos não anulados, a inscrição em restos a pagar no encerra-
mento do exercício (31/12) deve ser efetuada pelo valor devido, ou, caso ainda não exatamente
conhecido, pelo valor estimado, mas apenas se cumpridas as condições inerentes ao empenho
e à liquidação da despesa, já que, em verdade, são encargos incorridos no exercício.

O PULO DO GATO
No caso dos empenhos por estimativa podemos ter duas situações distintas:
I – Quando o valor real for maior que o valor inscrito em Restos à Pagar, a diferença será em-
penhada à conta de despesas de exercícios anteriores.
II – Quando o valor real for inferior ao valor inscrito em restos a pagar, o saldo existente será
cancelado.

A lei n. 4.320/1964, em seus artigos 36 e 37, conceitua os restos a pagar, enquanto o De-
creto n. 93.872/1986 faz o seu detalhamento.

DICA
Recomendo uma leitura do mencionado decreto, que pode ser
encontrado em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d93872.html

007. (CESPE/PREF-MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964 e das recei-


tas e despesas públicas, julgue o próximo item.
Obedecendo, sempre que possível, a ordem cronológica, o município poderá realizar despesa
para pagar compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente,
desde que o faça à conta de dotação específica consignada no orçamento discriminada por
elementos.

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A resposta está na literalidade do artigo 37 da Lei n. 4.320/1964. Confira, com grifos nossos:

Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação espe-
cífica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a
ordem cronológica.
Certo.

Guarde ainda que os chamados restos a pagar com prescrição interrompida são aqueles
cuja inscrição tenha sido cancelada, mas que ainda esteja em vigor o direito do credor. Nesses
casos, o pagamento deve ser registrado como despesas de exercícios anteriores.
No âmbito dos restos a pagar é importante que você guarde que eles devem constituir item
específico da programação financeira, devendo o seu pagamento efetuar-se dentro do limite
de saque fixado, ou seja, os RP são constituídos por recursos correspondentes a exercícios
financeiros já encerrados, mas que integram a programação financeira do exercício em curso.
Outro ponto que merece destaque é o caso específico dos créditos orçamentários com vi-
gência plurianual. Os que não tenham sido liquidados só devem ser computados como restos
a pagar no último ano de vigência do crédito. Assim, nos anos anteriores somente devem ser
inscritos em restos a pagar os créditos plurianuais liquidados.
Entenda que quando tivermos a redução ou cancelamento dos restos a pagar no mesmo
exercício financeiro do empenho, teremos obrigatoriamente sua anulação, seja parcial ou total.
Nesse caso, o valor deve ser revertido à respectiva dotação orçamentária da despesa.

Temos aqui uma divergência importante entre o MCASP e a Lei n. 4.320/1964.


De acordo com a Lei n. 4.320/1964, quando a anulação de despesa ocorrer após o encerra-
mento do exercício, considerar-se-á receita orçamentária do ano em que se efetivar, mas, de
acordo com o MCASP não devem
ser reconhecidos como receitas orçamentárias os recursos financeiros oriundos de cancela-
mento de despesas inscritas em restos a pagar, o qual consiste na baixa da obrigação consti-
tuída em exercícios anteriores, portanto, trata-se de restabelecimento de saldo de disponibili-
dade comprometida, originária de receitas arrecadadas em exercícios anteriores, e não de uma
nova receita a ser registrada.

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O PULO DO GATO
Não confunda cancelamento de restos a pagar (que são receitas arrecadadas em exercícios
anteriores) com o recebimento de recursos provenientes do ressarcimento ou da restituição
de despesas pagas em exercícios anteriores (que devem ser reconhecidos como receita orça-
mentária do exercício, ou seja, nova receita).

A despesa extraorçamentária não consta na LOA e é mera contrapartida de receita extraorçamen-


tária, em função da obrigação de devolver o valor arrecadado transitoriamente, como os valores
de depósitos e cauções, de pagamentos de restos a pagar e de resgate de operações de crédito
por antecipação de receita orçamentária. Nessa toada, caso uma despesa seja empenhada em
um exercício e seja paga no exercício seguinte, ela deve ser contabilizada como pertencente ao
exercício do empenho e, nesse caso, os restos a pagar serão contabilizados como despesa ex-
traorçamentária, já que o empenho foi efetuado dentro do orçamento do exercício anterior.

Despesa
paga
Despesa
Liquidada
Despesa Restos a
Despesa não paga pagar processados
Empenhada

Despesa não Restos a pagar não


Liquidada processados

Em resumo:
• RPP – Restos a Pagar Processados = DESPESA EMPENHADA E LIQUIDADA.
• RPNP – Restos a Pagar Não Processados = DESPESA SOMENTE EMPENHADA.

Veja também de modo esquematizado:

No momento da inscrição a despesa


Processados
estava empenhada e liquidada

Restos No momento da inscrição a despesa


a pagar empenhada estava em processo de
Não processados
(RAP) liquidação e sua inscrição está condi-
em liquidação
cionada a indicação pelo ordenador de
despesa da unidade gestora

Não processados No momento da inscrição a despesa em-


a liquidar penhada não estava liquidada e sua ins-
crição está condicionada a indicação pelo
ordenador de despesa da unidade gestora

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O artigo 68 do Decreto n. 93.872/1986 foi objeto de mudanças significativas efetivadas por


meio dos Decreto n. 7.654/2011, n. 9.428/2018 e n. 10.535/2020. Veremos a seguir as prin-
cipais alterações.

1.4. Principais Alterações na Legislação


As mudanças de 2011 trataram apenas dos restos a pagar não processados. Com a edição
do Decreto n. 9.428/2018 e do Decreto n. 10.535/2020 foi alterada a sistemática dos Restos
a Pagar no âmbito na União.

O ponto que merece destaque é o relativo ao instituto da prescrição que, a princípio, foi re-
tirado do ordenamento jurídico pelo Decreto n. 9.428/2018 à nível federal, mas que merece
uma análise mais aprofundada. Dada a grande relevância do tema, esse tema será tratado no
tópico 1.5 desta aula.

Vamos às demais principais mudanças:


I – Não é mais possível que seja feita a inscrição automática de Restos a Pagar Não Pro-
cessados, já que tal inscrição passou a depender da observância de algumas regras do Decre-
to n. 93.872/1986. Confira:

Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício financeiro de
emissão da Nota de Empenho depende da observância das condições estabelecidas neste Decreto
para empenho e liquidação da despesa.
§ 1º. A inscrição prevista no caput como restos a pagar não processados fica condicionada à indi-
cação pelo ordenador de despesas.

Note, portanto, que passa a ser necessária indicação do Ordenador de Despesas e pre-
cisam ser observadas as regras do Decreto n. 93.872/1986, as quais permanecem as mes-
mas, ou seja:

Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou
seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.

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II – Em regra, os Restos a Pagar Não Processados terão validade até 30 de junho do se-
gundo ano subsequente ao da sua inscrição, ou seja, os restos a pagar não processados que
permanecerem sem ser liquidados serão bloqueados em 30 de junho do segundo ano subse-
quente ao da sua inscrição, porém, temos algumas exceções.
Guarde que, antes a data era 31/12 do ano subsequente, mas, de 2012 para cá, é 30/06
do segundo ano subsequente ao da sua inscrição. As mencionadas exceções estão previstas
no § 3º do artigo 68 do Decreto n. 93.872/86, que regulou a Lei n. 4.320/1964 nesse aspec-
to. Confira:

Art. 68. [...]


§ 3º. Os restos a pagar inscritos na condição de não processados e que não forem liquidados serão
bloqueados pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda em 30 de junho do se-
gundo ano subsequente ao de sua inscrição, e serão mantidos os referidos saldos em conta contábil
específica no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - Siafi. (Redação
dada pelo Decreto n. 9.428, de 2018) (Vigência) (Vide Decreto n. 9.428, de 2018) (Vide Decreto n.
10.315, de 2020)

III – Temos aqui as exceções quanto ao bloqueio em 30 de junho do segundo ano subse-
quente à inscrição dos RP não processados. Observe que permanecem desbloqueados mes-
mo após 30/06 do segundo ano subsequente ao da sua inscrição os RP não processados
relativos às despesas do Ministério da Saúde, ou decorrentes de emendas individuais imposi-
tivas discriminadas com identificador de resultado primário 6, cujos empenhos tenham sido
emitidos a partir do exercício financeiro de 2016 ou, ainda, decorrentes de emendas de inicia-
tiva de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal impositivas discriminadas
com identificador de resultado primário 7, cujos empenhos tenham sido emitidos a partir do
exercício financeiro de 2020
Confira diretamente na literalidade do Decreto as exceções quanto ao bloqueio em 30 de
junho do segundo ano subsequente à inscrição dos RP não processados:

§ 3º. Não serão objeto de bloqueio os restos a pagar não processados relativos às despesas: (Re-
dação dada pelo Decreto n. 9.428, de 2018) (Vigência)
I – do Ministério da Saúde; (Redação dada pelo Decreto n. 10.535, de 2020)
II – decorrentes de emendas individuais impositivas discriminadas com identificador de resultado
primário 6, cujos empenhos tenham sido emitidos a partir do exercício financeiro de 2016; ou (Reda-
ção dada pelo Decreto n. 10.535, de 2020)
III – decorrentes de emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Fe-
deral impositivas discriminadas com identificador de resultado primário 7, cujos empenhos tenham
sido emitidos a partir do exercício financeiro de 2020. (Incluído pelo Decreto n. 10.535, de 2020)

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1.5. A Prescrição dos Restos a Pagar


O Decreto n. 9.428/2018 retirou do ordenamento jurídico federal o instituto da prescrição
sobre os Restos a Pagar Processados e Não Processados ao revogar o artigo 70 do Decreto
n. 93.872/1986, que tratava do tema prescrição dos Restos a Pagar.
De acordo com esse normativo, válido para a União, com o fim do instituto da prescrição,
os restos a pagar processados ficam abertos até o efetivo pagamento.
Pelo que determina esse Decreto, quando da inscrição dos restos a pagar processados,
como se trata de uma despesa já liquidada que recebeu o ateste, não há necessidade de ne-
nhuma confirmação do ordenador de despesas quanto à necessidade de inscrição.

O PULO DO GATO
Entretanto, esse entendimento não é pacífico na doutrina e no meio jurídico. Boa parte dos
doutrinadores e juristas considera que a prescrição dos Restos a Pagar continua sendo de cin-
co anos, já que esse tema permanece regulado pelo Código Civil (Lei n. 10.406/2002).

Vamos ver o que o Código Civil, ainda em plena vigência, determina acerca desse tema:

Art. 206. Prescreve:


(…)
§ 5º. Em cinco anos:
I – a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;

É importante destacar que a contagem do prazo prescricional deve ter início no momento
da inscrição dos Restos a Pagar (31/12), e não no momento do empenho.
Nessa toada, a inscrição em restos a pagar deve ser feita na data do encerramento do
exercício financeiro (31/12) da emissão da nota de empenho, mediante registros contábeis,
conforme dispõe o artigo 68 do decreto n. 9.428/2018.
Confira, com grifos nossos:

Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício financeiro de
emissão da Nota de Empenho depende da observância das condições estabelecidas neste Decreto
para empenho e liquidação da despesa.

Assim, para boa parte da doutrina, apesar da revogação do artigo 70 do Decreto n.


93.872/1986, considerando o disposto no Código Civil, permanece válido o prazo prescricio-
nal de cinco anos para os Restos a Pagar, contado da data de sua inscrição (31/12 do ano da
emissão da nota de empenho).

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1.6. Cancelamento e “Reinscrição” dos Restos a Pagar


Merece destaque o fato de que o ordenamento jurídico federal passou a contar com o ins-
tituto da “reinscrição” dos restos a pagar que não processados, bloqueados e que ainda não
foram cancelados. Nessas situações, as unidades gestoras responsáveis pelos saldos dos
restos a pagar bloqueados podem desbloqueá-los, de modo a reinscrevê-los.
Em contraste, caso os restos a pagar inscritos em anos anteriores sejam cancelados, ine-
xiste possibilidade de “reinscrição”, podendo, entretanto, o fornecedor se habilitar para paga-
mento via DEA – Despesas de Exercícios Anteriores.

2. Despesas de Exercícios Anteriores - DEA

Como o próprio nome sugere, as DEA’s - Despesas de Exercícios Anteriores, são dívidas
resultantes de compromissos gerados em exercícios financeiros anteriores a aqueles em que
ocorrerão os pagamentos.
Podemos dizer que DEA’s são despesas cujas obrigações referem-se a anos anteriores,
mas que não foram nem mesmo empenhadas, ou tiveram seus empenhos cancelados, seja
indevidamente ou por falta de saldo financeiro para sua inscrição em restos a pagar.

O PULO DO GATO
Note que, diferentemente de restos a pagar, quando temos necessariamente o empenho, no
caso das DEA’s nem mesmo o empenho foi realizado ou, se realizado, foi cancelado.

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Em outras palavras, DEA’s são as despesas de exercícios encerrados, cuja LOA e Créditos
Adicionais consignavam crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, mas que não
foram processadas tempestivamente ou na época própria.

O PULO DO GATO
Diferentemente dos restos a pagar, que são inscritos somente no final de cada exercício
(31/12), no caso das DEA’s o reconhecimento se dá durante o exercício.

Além dessa primeira situação, temos também os Restos a Pagar com prescrição inter-
rompida e os compromissos somente reconhecidos após o encerramento do exercício cor-
respondente.

Compromissos
Despesas que não se Despesas
reconhecidos após
tenham processados de exercícios
o encerramento
na época própria anteriores
do exercícios

Restos a pagar
com prescrição
interrompida

008. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue o item, relativo a receita e despesa públicas.


Uma despesa que for regularmente inscrita em restos a pagar ao final do exercício financeiro
terá de ser contabilizada como despesas de exercícios anteriores no exercício em que ocorrer
o pagamento.

PEGADINHA DA BANCA
Restos a pagar e Despesas de Exercício anteriores não são a mesma coisa. Restos a pagar
são despesas empenhadas e que não foram pagas até o fim do exercício. Apenas eventual-
mente um valor relativo a Restos a pagar com prescrição interrompida pode ser atendido à
conta de DEA.

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Vamos ver os conceitos na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhe-
cidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação
específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível,
a ordem cronológica.
Errado.

De acordo com o artigo 37 da Lei n. 4.320/1964, as DEAs podem ser pagas à conta de do-
tação específica consignada na LOA, com a devida discriminação dos elementos e obedecida,
sempre que possível, a ordem cronológica. Confira:

Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica
consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem
cronológica.

Assim, classificam-se como despesas de exercícios anteriores, aquelas que podem ser
atendidas à conta de dotação específica consignada no orçamento anual do Estado ou em
Créditos Adicionais, desde que reconhecido o direito do requerente, e ainda:
• As despesas de exercícios já encerrados para as quais o orçamento respectivo con-
signava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, mas que, por motivo su-
perveniente, não tenha sido empenhado na época própria, desde que o fornecimento do
material, a prestação do serviço ou execução da obra já tenha efetivamente ocorrido.
Normalmente são aquelas cujo empenho tenha sido considerado subsistente e anulado
no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o
fornecedor (credor) tenha cumprido a sua obrigação.
• Restos a Pagar com prescrição interrompida.

EXEMPLO
Como exemplo, podemos citar o caso dos restos a pagar não processados que foram cancela-
dos por erro. Assim, para fins de prescrição não se considera a data da inscrição dos restos a
pagar não processados, mas sim a data de reconhecimento do fato gerador após o vencimento.

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Despesa Pública – Parte II
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• Os compromissos somente reconhecidos após o encerramento do exercício, desde que


tenham decorrido de situação ou fato independente da vontade do ordenador da des-
pesa. Normalmente refere-se àquela obrigação de pagamento criada em virtude de lei,
mas que somente teve reconhecido o direito de reclamante após o encerramento do
exercício correspondente.

Diferentemente dos Restos a Pagar, as despesas de exercícios anteriores não foram empe-
nhadas ou, se foram, tiveram seus empenhos anulados ou cancelados.

EXEMPLO
Podemos citar como exemplo desse tipo de DEA aquela situação em que o servidor faz jus a
receber um valor de auxílio natalidade pelo nascimento de seu filho em novembro de X1, mas
só entrega os documentos relativos ao nascimento em fevereiro de X2.

Guarde que, para o regular pagamento de uma DEA, a correspondente despesa deve ser em-
penhada novamente, ou seja, a DEA entra no orçamento vigente à época do efetivo pagamento.

DICA
Existe, portanto, a necessidade de nova autorização orçamentária.

Ressalte-se que na classificação por natureza da despesa existe um elemento de despesa


específico denominado “despesas de exercícios anteriores”.

O PULO DO GATO
O pagamento de despesas de exercícios anteriores é processado nos mesmos moldes das
demais despesas orçamentárias, já que são despesas orçamentárias, diferentemente do pa-
gamento de restos a pagar, que são despesas extraorçamentárias.

Como é uma despesa de exercícios anteriores, faz-se necessária a abertura de um proces-


so administrativo que contemple toda a documentação relativa ao direito do credor.
É importante salientar que a autoridade competente para o reconhecimento de despesas
de exercícios anteriores, no âmbito da administração direta do Poder Executivo Estadual, é
o Secretário de Estado das Finanças e, nos demais Poderes, os respectivos ordenadores de
despesa (vide tópico específico sobre ordenador de despesas).
Já no caso das Autarquias, Fundações e demais órgãos da administração indireta, com-
pete ao respectivo dirigente o reconhecimento de dívidas de exercícios anteriores em relação
a despesas custeadas com “Recursos Próprios” da entidade, e ao Secretário de Estado das
Finanças quando se tratar de despesas custeadas com “Recursos do Tesouro”.
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Despesa Pública – Parte II
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Importante destacar, ainda, que uma despesa de exercício anterior qualquer só pode ser re-
conhecida pelo Secretário de Finanças se presente a declaração do titular do órgão beneficiá-
rio da despesa de que reconhece e atesta a entrega do bem, a realização do serviço ou da obra,
sendo tal declaração, para todos os fins de direito, considerada como liquidação da despesa.

009. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) A respeito dos mecanismos de execução e controle


orçamentários, julgue o item que se segue.
O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas de exercícios anteriores cabe à
autoridade competente para empenhar a despesa.

A resposta está na literalidade do artigo 22 do Decreto n. 93.872/1986. Confira, com gri-


fos nossos:

Art. 22. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava cré-
dito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria,
bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida, e os compromissos reconhecidos após o
encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação destinada a aten-
der despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica própria (Lei n. 4.320/1964,
art. 37).
§ 1º. O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade
competente para empenhar a despesa.
§ 2º. Para os efeitos deste artigo, considera-se:
a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido con-
siderado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do
prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;
b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha
sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento criada
em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do exercício
correspondente.
Certo.

Após o reconhecimento da DEA, temos o detalhamento do crédito orçamentário e, só de-


pois, é emitida a respectiva Nota de Empenho, sendo o processo enviado para liquidação e
pagamento.

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Despesa Pública – Parte II
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O PULO DO GATO
As DEA’s, embora sejam relativas a despesas de anos anteriores, são despesas orçamentá-
rias, já que a emissão da Nota de Empenho foi efetuada utilizando dotação orçamentária do
ano corrente.

Confira agora como o Decreto n. 93.872/1986 regulamenta o artigo 37 da Lei n. 4.320/1964:

Art. 22. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida, e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação destina-
da a atender despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica própria (Lei n.
4.320/1964, art. 37).
§ 1º. O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade
competente para empenhar a despesa.
§ 2º. Para os efeitos deste artigo, considera-se:
a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido
considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, den-
tro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;
b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha
sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento cria-
da em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do
exercício correspondente.

Confira também uma tabela comparativa entre Restos a Pagar e DEA’s e seu efeito no
orçamento:

Critério Restos a pagar DEAs

No Registro do empenho Despesa Orçamentária Despesa Orçamentária

Quando emite a Nota de


No ano da despesa Em ano posterior
Empenho

Despesa
Quando do pagamento Despesa Orçamentária
Extraorçamentária

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3. Dívida Passiva Flutuante e Fundada


A Dívida Passiva, ou Dívida Pública, representa as obrigações do ente público para com
terceiros, tendo origem principalmente em operações de crédito internas e externas.
A Dívida Pública, de acordo com o prazo de vencimento, deve ser registrada no Passivo
Financeiro Circulante, a chamada dívida flutuante, e no Passivo Financeiro de Longo Prazo, a
chamada dívida fundada.
Na Lei n. 4.320/1964, também conhecida como Norma Geral das Finanças Públicas e dos
Orçamentos, são apresentados os conceitos de dívida flutuante e fundada e é comum o exa-
minador cobrar a literalidade desses conceitos.

3.1. Dívida Flutuante


Art. 92. A dívida flutuante compreende:
I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar;
III – os depósitos;
IV – os débitos de tesouraria.

A dívida flutuante é composta por passivos financeiros exigíveis em até 12 meses e que
não necessitam de autorização orçamentária para que sejam pagos. Na verdade, já foram auto-
rizados anteriormente pelo Poder Legislativo, faltando apenas a etapa do pagamento ou, ainda,
são relativos a dispêndios extraorçamentários que naturalmente dispensam tal autorização.
Vamos agora comentar cada um dos incisos desse artigo para facilitar o seu entendimento.
I – Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida
É importante ter em mente que restos a pagar são despesas empenhadas e não pagas no
exercício financeiro, valendo essa definição tanto para os processados quanto para os não
processados.

010. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo às receitas e despe-


sas públicas.
No final do exercício, as despesas orçamentárias empenhadas e não pagas deverão ser inscri-
tas em restos a pagar e, assim, constituirão dívida flutuante.

Confira na legislação:

Em atendimento ao artigo 36 da Lei 4320/1964, as despesas empenhadas e não pagas no exercício


devem ser inscritas em restos a pagar, e, atendendo ao artigo 92 dessa Lei, os restos a pagar inte-
gram a dívida flutuante.
Certo.

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II – Os serviços da dívida a pagar


Consideram-se serviços da dívida a pagar os valores relativos à amortização do principal,
dos juros, correção monetária e demais encargos (normalmente oriundos da dívida de longo
prazo). As Notas de Empenho relativas aos seus pagamentos já foram emitidas no ano anterior.
III – Os depósitos
Aqui temos dispêndios extraorçamentários que naturalmente dispensam autorização, tais
como as cauções em dinheiro, obrigações de terceiros a recolher e outros valores com nature-
za de devolução.
IV – Os débitos de tesouraria
Consideram-se como sendo débitos de tesouraria aquelas operações de ARO – Antecipa-
ção de Receita Orçamentária - realizadas para cobrir insuficiências pontuais de caixa.
Ressalte-se que esse tipo de operação somente pode ser realizado a partir de 10 de janeiro
e deve, necessariamente, ser liquidado até 10 de dezembro do mesmo ano, tanto o valor do
principal quanto dos juros e demais encargos.
O glossário de termos técnicos do Senado Federal apresenta os seguintes conceitos de
dívida flutuante:

A contraída pelo Tesouro Nacional, por um breve e determinado período de tempo, quer como admi-
nistrador de terceiros, confiados à sua guarda, quer para atender às momentâneas necessidades de
caixa. Segundo o art. 92 da Lei n. 4.320/1964, a dívida flutuante compreende os restos a pagar, ex-
cluídos os serviços de dívida, os serviços de dívida a pagar, os depósitos e os débitos de tesouraria.

Veja outra denição:


Dívida Flutuante

◦ é aquela contraída a curto prazo ou mesmo por prazo


indeterminado, para atender a necessidades momen-
tâneas de caixa ou para a administração de bens de
terceiros. Conforme a lei 4.320/64, (art. 92);
◦ I – os restos a pagar(processados);
◦ II – os serviços da dívida a pagar;
◦ III – os depósitos;
◦ IV – os débitos de tesouraria.

O Decreto n. 93.872/1986 detalhou o conceito de dívida flutuante presente na Lei n.


4.320/1964 como sendo aquela que compreende os compromissos exigíveis, cujo pagamen-
to independe de autorização orçamentária, assim entendidos os restos a pagar, excluídos os
serviços da dívida, os depósitos, inclusive consignações em folha, as operações de crédito por
antecipação de receita e o papel-moeda ou moeda fiduciária.

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011. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) A procuradoria-geral de determinado estado da


Federação adquiriu um computador, tendo o processamento dessa despesa ocorrido da se-
guinte forma: empenho: 9/12/2018; recebimento do computador: 29/12/2018; pagamento da
despesa: 19/1/2019.
Nesse caso, de acordo com as normas previstas na Lei n. 4.320/1964, o registro dessa despe-
sa em 31/12/2018 estaria correto caso tivesse sido feito como dívida flutuante.

Note que na situação em tela temos um caso de Restos a Pagar Processados, já que o com-
putador foi recebido em 29/12/2018, ou seja, a despesa já foi liquidada. Nessa toada, deve ser
classificado como Dívida Flutuante.
Certo.

3.2. Dívida Fundada


Vamos ver primeiro a literalidade da lei, com grifos nossos, e depois comentar o artigo para
facilitar o seu entendimento.

Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.

Compõem a dívida fundada, também conhecida como dívida consolidada, os passivos


financeiros que tenham exigibilidade superior a 12 meses e que necessitem de autorização do
Poder Legislativo para seu pagamento. Destaque-se que já devem ter ocorrido os respectivos
empenho e liquidação.
O Decreto n. 93.872/1986 detalhou o conceito de dívida fundada presente na Lei n.
4.320/1964, e a conceitua como sendo aquela que compreende os compromissos de exigibili-
dade superior a 12 meses contraídos mediante emissão de títulos ou celebração de contratos
para atender a desequilíbrio orçamentário, ou a financiamento de obras e serviços públicos, e
que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.
O glossário de termos técnicos do Senado Federal apresenta os seguintes conceitos de
dívida fundada, distinguindo o da Lei n. 4.320/1964 e o da LRF:

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Lei 4.320/1964 - Compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a
desequilíbrio orçamentário ou a financiamento de obras e serviços públicos.
LRF (artigo 29) - Montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de ope-
rações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.

Veja na esquematização seguinte um resumo:

4. Regime de Adiantamentos (Suprimento e Fundos)


4.1. Conceito e Tipos de Suprimento
Considerando a lentidão do processo tradicional de realização de despesas, principalmen-
te quando se exige prévia licitação, excepcionalmente, a autoridade competente pode autori-
zar a realização da despesa por meio de suprimento de fundos, quando essa não puder ser
realizada pelo processo normal da execução orçamentária.
Sendo uma exceção à realização de processo licitatório, o suprimento de fundos não pode
ser usado para despesas com caráter repetitivo que são tipicamente previsíveis, sendo apli-
cável apenas aos casos de despesas expressamente definidas em lei.
O embasamento legal desse procedimento, também chamado de despesas sob regime de
adiantamento, é o artigo 74 do Decreto-lei n. 200/1967, os artigos 68 e 69 da Lei n. 4.320/1964 e os
artigos 45 e 47 do Decreto n. 93.872/1986, que serão reproduzidos nos comentários das questões.
Guarde ainda que o regime de adiantamentos precisa respeitar as três fases da execução
da despesa pública: empenho, liquidação e pagamento.
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Despesa Pública – Parte II
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O PULO DO GATO
Apesar do suprimento de fundos ser uma despesa orçamentária, não representa uma despesa
pelo enfoque patrimonial, já que, no momento da concessão, ainda não ocorreu redução no
patrimônio líquido. Na liquidação da despesa orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre
o registro de um passivo, há também a incorporação de um ativo, que representa o direito de
receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser efetuado pelo suprido, ou a devolução do
numerário adiantado, constituindo-se, assim, um fato permutativo.

012. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo às receitas e des-


pesas públicas.
O ato de suprimento de fundos constitui uma despesa orçamentária, embora a despesa patri-
monial correspondente deva ocorrer somente em momento futuro.

Observe que o ato de suprimento de fundos constitui despesa orçamentária, mas não uma
despesa pelo enfoque patrimonial, que somente ocorre no momento da prestação de contas.
Certo.

Suprimento de fundos é um procedimento que consiste na entrega de numerário a um ser-


vidor, sempre precedido de empenho na dotação própria à despesa a realizar que não possa
subordinar-se ao processo orçamentário normal.

013. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018-ADAPTADA) Julgue:


A concessão de suprimento de fundos se destina a despesas que não possam subordinar-se
ao processo normal de aplicação, e prescinde de empenho prévio.

Lembre-se que o empenho nunca pode ser dispensado. Confira o determinado no Decreto n.
93.872/1986, com grifos nossos:

Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Errado.

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Despesa Pública – Parte II
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Em relação aos tipos de suprimento de fundos, podemos dizer que são consideradas situ-
ações passíveis de utilização de suprimento de fundos os seguintes casos:
I – para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que
exijam pronto pagamento em espécie;
II – quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regu-
lamento e constar do ato de concessão; ou
III – para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor não
ultrapasse aos limites estabelecidos pela legislação.

DICA
Dos 3 tipos de suprimento de fundos, somente as despesas de
pequeno vulto é que tem limites monetários definidos, usan-
do como parâmetro os valores da Lei de Licitações.

O valor adiantado a título de suprimento de fundos pode relacionar-se a mais de uma natureza
de despesa, desde que precedido dos empenhos nas dotações respectivas, respeitados os
valores de cada natureza. Guarde, portanto, que na classificação por natureza da despesa, não
existe um elemento específico para suprimento de fundos. Assim, a situação difere, por exem-
plo, da DEA onde existe o elemento “despesas de exercícios anteriores”.

Importante destacar ainda que o suprimento poderá ser concedido ao servidor designado
para a execução do serviço, a coordenador, a presidente de comissão ou de grupo de trabalho,
quando for o caso, para as despesas em conjunto ou, isoladamente, de cada integrante da co-
missão ou grupo de trabalho, bem assim a servidor a quem se atribua o encargo do pagamento
das despesas autorizadas pela autoridade ordenadora.
Observe que pode ser concedido também a aquele que, eventualmente, tenha sido encar-
regado do cumprimento de missão que exija transporte, quando a repartição não dispuser de
meios próprios, ou para atender situações de emergência.

Entretanto, não pode ser concedido suprimento destinado a cobrir despesas de locomoção
de servidor em viagem quando esse houver recebido diárias, posto que essas se destinam a
suprir as despesas de alimentação, pousada e locomoção urbana.

Registre-se, ainda, que os valores limites para concessão de suprimento de fundos, bem
como o limite máximo para despesas de pequeno vulto, serão fixados em Portaria do Ministé-
rio da Fazenda (atual Ministério da Economia) e disponibilizados no SIAFI para consulta.

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 Obs.: Um questionamento que pode surgir em prova é acerca de uma possível alteração
nesses limites em função da Lei 14.133/2021, a nova Lei de Licitações e Contratos.

Acredito que essa situação ainda não está pacificada.


Parte da doutrina acredita que, por força do que fixa a própria Lei n. 14.133/2021, em seu
artigo 191, nenhuma de suas disposições pode ser aplicada de forma combinada com quais-
quer dispositivos de quaisquer leis de licitação anteriores. Em outras palavras, o que a nova lei
trouxe foi um novo regime e não a alteração das leis já vigentes.
Nessa toada, quanto ao suprimento de fundos, se o órgão está aplicando-o com base nas
normas constantes das Leis n. 8.666/1993 e 4.320/194, deve continuar aplicando sem nenhu-
ma alteração, até que migre para o novo regime da Lei n. 14.133/2021. A aplicação de um ou
de outro regime deve ser claramente identificada nos autos do processo, e de maneira alguma
poderá usar dispositivos do regime novo combinados com leis antigas, total ou parcialmente,
no mesmo processo.
Nessa linha de raciocínio, o suprimento de fundos não é disciplinado na Lei n. 8.666, de
1993, nem na Lei n. 14.133, de 2021. A disciplina é da Lei n. 4.320, de 1964, e do Decreto n.
93.872, de 1986, sendo os limites dos valores de suprimento de fundos para despesas de pe-
queno vulto previstos em Portaria do Ministério da Fazenda (atual Economia).
De acordo com a IN STN n. 04/2004, não é admitido o fracionamento das despesas, e a fal-
ta de planejamento não justifica a realização de compras continuadas por meio do suprimento
de fundos. A aquisição de material permanente também, em regra, não pode ser efetuada por
meio do suprimento de fundos, exceto em casos especiais devidamente justificados.

DICA
Com exceção das despesas sigilosas, as despesas que po-
dem ser realizadas por meio do suprimento de fundos devem
necessariamente ser urgentes, eventuais e não podem se su-
jeitar ao processo normal de aquisição por causarem algum
prejuízo ao ente público.

Em relação às situações que exigem tratamento sigiloso, temos a concessão e aplicação


de suprimento de fundos. Para atender peculiaridades da Presidência e da Vice-Presidência da
República, do Ministério da Fazenda, do Departamento de Polícia Federal, das repartições do
Ministério das Relações Exteriores, bem assim militares e de inteligência, obedecerão a regime
especial de execução estabelecido em instruções aprovadas pelos respectivos Ministros de
Estado, pelo Chefe da Casa Militar e pelo Secretário-Geral da Presidência da República, sendo
vedada a delegação de competência.

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Vale ressaltar que a entrega do numerário deve ser sempre precedida do empenho ordiná-
rio na dotação própria das despesas a realizar, e será feita mediante crédito em conta bancá-
ria, em nome do suprido, aberta para esse fim, com autorização do ordenador de despesa, ou
mediante entrega do numerário ao suprido por meio de OPB – Ordem de Pagamento Bancário.

4.2. Restrições à Concessão de Suprimento de Fundos


Não poderá ser concedido suprimento de fundos a quem não seja servidor e a servidor:
a) responsável por dois suprimentos;
b) que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando não
houver na repartição outro servidor;
c) responsável por suprimento de fundos que não tenha prestado contas de sua aplicação
no prazo previsto; e
d) declarado em alcance ou que esteja respondendo a inquérito administrativo.

014. (CESPE/MPE-PI/ANALISTA/2018) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, na administra-


ção pública, as despesas de pequeno vulto podem ser viabilizadas por meio de suprimentos
de fundos.
Conforme essa lei, o suprimento de fundos poderá ser concedido a qualquer servidor, desde
que este ocupe cargo de confiança.

Na verdade, inexiste qualquer restrição no sentido de se conceder suprimento de fundos ape-


nas para servidores que ocupem cargo de confiança. Em regra, a qualquer servidor pode ser
concedido suprimento de fundos, exceto àqueles com as restrições impostas pelo Decreto n.
93.872/86:
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Art. 45. [...]
§ 3º. Não se concederá suprimento de fundos:
a) a responsável por dois suprimentos;
b) a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando não
houver na repartição outro servidor;
c) a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de
sua aplicação; e
d) a servidor declarado em alcance.
Errado.

015. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018-ADAPTADA) Julgue:


É vedada a concessão de suprimento de fundos a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou
a utilização do material a adquirir, em qualquer hipótese.

A afirmação é falsa, já que nos casos em que não tenha outro servidor na repartição, é sim
permitida a concessão de suprimento de fundos a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou
a utilização do material a adquirir. Confira no decreto n. 93.872/86, com grifos nossos:

Art. 45. [...]


§ 3º. Não se concederá suprimento de fundos:
b) a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando não
houver na repartição outro servidor.
Errado.

O PULO DO GATO
Entende-se por servidor em alcance aquele que não tenha prestado contas de suprimento no
prazo regulamentar, ou cujas contas não tenham sido aprovadas em virtude de desvio, desfal-
que, falta ou má aplicação de dinheiro, bens ou valores confiados a sua guarda, verificados na
prestação de contas.

016. (CESPE/PREF-MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964 e das recei-


tas e despesas públicas, julgue o próximo item.
O suprimento de fundos, também conhecido como regime de adiantamento, não pode ser au-
torizado para servidor público em alcance, ou seja, aquele que ainda não obteve aprovação no
estágio probatório.

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Embora não possa ser autorizado suprimentos de fundos para servidor público em alcance,
a assertiva erra ao afirmar que servidor em alcance é aquele que ainda não foi aprovado no
estágio probatório. Na verdade, servidor em alcance é aquele que não prestou contas no prazo
ou que teve as contas reprovadas.
Errado.

Na aplicação do suprimento de fundos observar-se-ão as condições e finalidades previstas


no seu ato de concessão.
Lembrando que o ato de concessão é a autorização do suprimento de fundos formalizada
no documento de concessão, do qual constarão o valor do suprimento, sua destinação, o nome
do suprido e seu cargo/função, o prazo de aplicação, a data para prestação de contas e as as-
sinaturas do ordenador de despesa e do responsável pelo suprimento.

É importante ter em mente que o prazo de aplicação do suprimento não poderá exceder a 90
dias nem ultrapassar o exercício financeiro, devendo a prestação de contas relativa à impor-
tância aplicada até 31 de dezembro ser apresentada até o dia 15 de janeiro subsequente. Além
disso, aquele que é detentor de suprimento de fundos deve indicar os saldos em seu poder em
31 de dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade.

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4.3. Prestação de Contas


No que diz respeito à comprovação, os documentos comprobatórios das despesas efetu-
adas serão extraídos em nome da repartição onde o suprido esteja em exercício, exigindo-se
documento fiscal sempre que a operação estiver sujeita a tributação.
O servidor tem 30 dias para prestar contas do suprimento, todavia, se a importância do
suprimento for aplicada até o encerramento do exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezem-
bro, a despesa deverá ser comprovada até 15 de janeiro seguinte.

017. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018-ADAPTADA) Julgue:


A comprovação dos saldos de suprimento de fundos aplicados até o dia 31 de dezembro do
exercício financeiro anterior deve ser feita até 31 de janeiro do exercício financeiro corrente.

Na verdade, a comprovação dos saldos de suprimento de fundos aplicados até o dia 31 de


dezembro do exercício financeiro anterior deve ser feita até 15 de janeiro do exercício seguinte,
conforme disposto no artigo 46, parágrafo único, do Decreto n. 93.872/86, que diz:

Art. 46. [...]


Parágrafo único. A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro
seguinte.
Errado.

Se, por outro lado, o suprido deixar de prestar contas no prazo estabelecido, deverá ser
procedida a tomada de contas especial, sem prejuízo das providências administrativas para
apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis.

018. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item


subsequente.
A tomada de contas de suprimento de fundo concedido é automática, e será realizada tão logo
cessem os motivos da concessão.

A resposta da questão está no § 2º do artigo 45 do Decreto n. 93.872/1986. Observe que a


tomada de contas automática de suprimento de fundos somente ocorre caso o servidor não a
apresente dentro do prazo estabelecido pelo ordenador de despesas.

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Art. 45. [...]
§ 2º. O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado a prestar
contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no
prazo assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências administrativas para a
apuração das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis.

Assim, a assertiva está errada, já que que a tomada de contas automática de suprimento de
fundo não ocorrerá assim que cessarem os motivos da concessão, mas apenas quando o
servidor responsável pelo suprimento não apresentar a prestação de contas dentro do prazo
estabelecido pelo ordenador de despesas.
Errado.

Em relação à prestação de contas da aplicação dos recursos de suprimento de fundos,


deverá ser feita mediante apresentação dos seguintes documentos:
• Cópia do documento de concessão do suprimento;
• 1ª via da nota de empenho da despesa;
• Extrato da conta bancária, se for o caso;
• Comprovantes das despesas realizadas, devidamente atestados e emitidos em data
igual ou posterior à da entrega do numerário e anterior à data limite para aplicação, em
nome do órgão onde o suprido esteja em exercício, a saber:
− no caso de compra de material: nota fiscal de venda ao consumidor;
− no caso de prestação de serviços por pessoa jurídica: nota fiscal de prestação de
serviço;
− no caso de prestação de serviço por pessoa física:
◦ recibo comum – se o credor não for inscrito no INSS;
◦ recibo de pagamento de autônomo (RPA) – se o credor for inscrito no INSS.
• Comprovante de recolhimento do saldo não utilizado, se for o caso.

Caso exista algum eventual saldo não utilizado do suprimento de fundos, pelas unidades
“off-line”, deverá ser recolhido, dentro do prazo estabelecido para a prestação de contas, à
conta bancária da unidade gestora, mediante depósito direto na conta única – se no mesmo
exercício da concessão –, ou ao Tesouro Nacional, no caso da União, mediante DARF – se em
exercício posterior ao da concessão.
Assim, o saldo de suprimento de fundos das unidades “on-line” será, no exercício, revertido
ao seu limite de saque, mediante depósito direto na Conta Única; em exercício posterior, cons-
tituirá em receita do Tesouro Nacional, no caso da União, mediante GRU.

É importante destacar que quando impugnada a prestação de contas, seja parcial, seja total-
mente, a autoridade ordenadora deve determinar imediatas providências administrativas para
apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis, bem assim, promover
a tomada de contas para julgamento pelo Tribunal de Contas, quando for o caso.

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No que diz respeito à contabilização, o suprimento de fundos é contabilizado e incluído


nas contas do ordenador como despesa realizada.

019. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) A respeito dos mecanismos de execução e controle


orçamentários, julgue o item que se segue.
Caso um servidor aplique recursos recebidos por meio de suprimentos de fundos em finalida-
de diversa da definida pelo ato de concessão, o ordenador de despesa que concedeu o supri-
mento estará isento de responsabilidades sobre o ato.

De acordo com o artigo 45 do Decreto n. 93.872/1986, o suprimento de fundos é de inteira


responsabilidade do ordenador de despesas, inexistindo hipóteses de afastamento de tal res-
ponsabilidade. Confira, com grifos nossos:

Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação,
nos seguintes casos:
I – para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento;
Il - quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e
III – para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso,
não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.
Errado.

Por seu turno, as restituições por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida,
constituirão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após o encerramen-
to do exercício.

020. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) Com relação aos mecanismos de administração, progra-


mação, execução e controle dos recursos orçamentários, julgue o item subsequente.
Se determinado suprimento de fundos não for integralmente aplicado, o saldo remanescente
será recolhido ao Tesouro Nacional e constituirá, obrigatoriamente, receita orçamentária.

Tenha em mente que o Regime de Adiantamento servirá para despesas que não possam ser
realizadas por meio das etapas normais (empenho, liquidação e pagamento), cujo valor será
entregue a agente público que, posteriormente, prestará contas dos valores gastos. Nessa toa-
da, quando da devolução dos valores, podem ocorrer duas situações, considerando o exercício
financeiro em que ocorra a devolução:
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1) no mesmo exercício – ocorrerá a anulação da despesa.


2) em exercício diverso – será reconhecido como receita orçamentária.
Assim, a assertiva erra ao afirmar que, obrigatoriamente, o saldo remanescente dos recursos
constituirá Receita Orçamentária.
Errado.

Finalmente, o último ato contábil formaliza-se pela baixa da responsabilidade do detentor


junto ao SIAFI.
Veja na esquematização seguinte um resumo sobre o suprimento de fundos (regime de
adiantamentos):

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4.4. Cartão de Pagamentos do Governo Federal

O Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) é um meio de pagamento que propor-


ciona à Administração Pública mais agilidade, controle e modernidade na gestão de recursos.
O CPGF é emitido em nome da Unidade Gestora, com identificação do portador, e somente
pode ser usado naquelas situações passíveis de enquadramento como suprimento de fundos.
Entretanto, ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e da
Fazenda (atualmente incorporados ao Ministério da Economia) pode autorizar a utilização do
CPGF como forma de pagamento de outras despesas.
Note que o CPGF nada mais é do que uma mera modalidade de pagamento e, assim, deve
respeitar todos os procedimentos existentes para a utilização do suprimento de fundos e sua
prestação de contas.
De acordo com o Decreto n. 93.872/1986, compete ao Ministério da Fazenda/Economia
o estabelecimento de valores limites para concessão de suprimento de fundos, bem como o
limite máximo para despesas de pequeno vulto.
Somente para a hipótese de despesas de pequeno vulto a legislação definiu limites, sendo
utilizados percentuais baseados nos valores atualizados do artigo 23 da Lei n. 8.666/1993. Re-
pare que há valores diferenciados para a concessão total e por despesa realizada; para obras
e serviços de engenharia e para compras e serviços em geral.

5. Ordenador de Despesas
O Ordenador de Despesas é aquela autoridade responsável pela emissão de empenho,
autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio, conforme dispõe o §1º do artigo 80 do
Decreto-Lei n. 200/1967.

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Despesa Pública – Parte II
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Em outras palavras, o Ordenador de Despesas tem como atribuições movimentar créditos


orçamentários, empenhar despesas, inscrever restos a pagar e efetuar pagamentos.
Trata-se de profissional com elevado nível de responsabilidade, cuja função exige capaci-
tação em áreas como administração financeira e orçamentária, licitações e contratos, obras,
recursos humanos, contabilidade pública, transparência, controle patrimoniais etc.
Pode-se dizer ainda que o Ordenador de Despesas acaba por centralizar as decisões finais
sobre diversas áreas administrativas, exercendo um papel de liderança na gestão de uma en-
tidade pública.
É interessante destacar que não existe o cargo “Ordenador de Despesas”, sendo esse papel
exercido, por exemplo, por um Diretor-Financeiro, um Diretor-Executivo ou até mesmo por um
Presidente de órgão ou entidade.
Entretanto, em razão da natureza inerente a essa função, o Ordenador de Despesas é re-
gistrado com esse título no rol de responsáveis junto aos órgãos que gerenciam o sistema
financeiro da entidade e aos Tribunais de Contas. Com a entrada em vigor da LRF – Lei de
Responsabilidade Fiscal, a importância do Ordenador de Despesas aumentou ainda mais.
Deve-se destacar, ainda, que o Ordenador de Despesas, necessariamente, precisa ser um
servidor público, seja ocupante de cargo público, titular de cargo de confiança com ou sem vín-
culo efetivo, ou mesmo empregado público, sendo, em regra, o responsável pelo recebimento,
verificação, guarda ou aplicação de dinheiros, valores e outros bens públicos, respondendo,
assim, pelos prejuízos que eventualmente acarretar à Fazenda pública.
É importante ressaltar também que a atividade do Ordenador de Despesas guarda íntima
relação com o princípio da legalidade, uma vez que boa parte do seu tempo deve ser gasto
com a verificação da existência ou não de norma que o autorize a proceder dessa ou daquela
forma, de modo que todas as despesas tenham respaldo na lei.
A LRF, com o objetivo de tornar efetiva a transparência das finanças públicas, tornou obri-
gatória, nos casos especificados, a chamada “Declaração do Ordenador de Despesas”, docu-
mento no qual o ordenador declara que a despesa tem adequação orçamentária e financeira
com a LOA e compatibilidade com a LDO e com o PPA.
Uma das atividades mais importantes do Ordenador de Despesas ocorre na fase do empe-
nho da despesa, quando ele necessariamente precisa confirmar a existência de dotação orça-
mentária, necessária e suficiente. Existem situações em que há a dotação orçamentária, mas
ainda não estão disponíveis os recursos financeiros para cumprir a obrigação, nesses casos,
ele precisa fazer a adequação financeira, verificando a sua compatibilidade com a programa-
ção financeira.
Deve-se destacar, ainda, que os Ordenadores de Despesas podem ser classificados em
Ordenadores Primários e Ordenadores Secundários.
Os Ordenadores de Despesas Primários ou Principais são os profissionais que assumem
a gestão da execução orçamentaria em macro áreas de atuação, sendo, na prática, uma tare-

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fa muito difícil para que uma pessoa sozinha como responsável cumpra adequadamente de
modo centralizado.
Para solucionar essa excessiva centralização inerente à função de Ordenador Primário de
Despesa existe o instituto da delegação de competências no Decreto-Lei n. 200/67, um instru-
mento de descentralização administrativa capaz de proporcionar maior celeridade e eficácia
às decisões, já que o ordenador de despesa secundário está mais próximo dos atos e fatos
sobre os quais precisa decidir. Confira os artigos 11 e 12, com grifos nossos:

Art. 11. A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentralização admi-
nistrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, situando-as na
proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender.
Art. 12. É facultado ao Presidente da República, aos Ministros de Estado e, em geral, às autoridades
da Administração Federal delegar competência para a prática de atos administrativos, conforme se
dispuser em regulamento.
Parágrafo único. O ato de delegação indicará com precisão a autoridade delegante, a autoridade
delegada e as atribuições objeto de delegação.

Nesse sentido, usando de seu poder discricionário, um Ordenador de Despesas Primário


pode delegar competência, designando um agente administrativo, por meio de Portaria, como
Ordenador Secundário de despesa.
Assim, por delegação de competência, o Ordenador Secundário ou Derivado de Despesa
torna-se revestido de autoridade para realizar despesas orçamentarias em áreas especifica-
das, nos limites da vontade do Ordenador Principal.
O artigo 84 do Decreto-Lei n. 200/1967 deixa claro que, se o Ordenador de Despesa Secun-
dário ultrapassar os limites das ordens recebidas ou praticar desvio ou qualquer irregularidade
causadora de prejuízo ao erário, será diretamente responsabilizado pelo ato praticado:

Art. 84. Quando se verificar que determinada conta não foi prestada, ou que ocorreu desfalque, des-
vio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo para a Fazenda Pública, as autoridades
administrativas, sob pena de corresponsabilidade e sem embargo dos procedimentos disciplinares,
deverão tomar imediatas providência para assegurar o respectivo ressarcimento e instaurar a toma-
da de contas, fazendo-se as comunicações a respeito ao Tribunal de Contas.

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AFO
Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

RESUMO
Restos a Pagar

São classificadas como restos a pagar as despesas que já foram empenhadas, mas que não
foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.
Os “Processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução alcançou o
estágio da liquidação, enquanto os “Não Processados” são os restos a pagar relativos às des-
pesas cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho

Inscrição Inscrição
Empenho Restos Valor pelo valor
Despesa Liquidação a pagar conhecido? devido
processados
SIM

NÃO
SIM
Diferença será
Inscrição Valor empenhada
NÃO

pelo valor Estimado < em despesa


estimado Valor real? de exercícios
anteriores
SIM

NÃO
Inscrição Saldo
Validade até
Restos existente será
30/06 do 2o ano
a pagar não cancelado
subsequente ao
processados da inscrição

Despesas de Exercícios Anteriores

Classificam-se como despesas de exercícios anteriores, aquelas que podem ser atendidas
à conta de dotação específica consignada no orçamento anual do Estado ou em Créditos Adi-
cionais, desde que reconhecido o direito do requerente, e ainda:
a) As despesas de exercícios já encerrados para as quais o orçamento respectivo consig-
nava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, mas que, por motivo superveniente,
não tenha sido empenhado na época própria, desde que o fornecimento do material, a presta-
ção do serviço ou execução da obra já tenha efetivamente ocorrido;
b) aqueles Restos a Pagar com prescrição interrompida; e
c) os compromissos somente reconhecidos após o encerramento do exercício, desde que
tenham decorrido de situação ou fato independente da vontade do ordenador da despesa.
Resumindo:

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Despesa Pública – Parte II
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Dívida Flutuante

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar;
III – os depósitos;
IV – os débitos de tesouraria.

Dívida Fundada

Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.

Suprimento de Fundos

Excepcionalmente, a autoridade competente pode autorizar a realização de despesa por


meio de suprimento de fundos, quando essa não puder ser realizada pelo processo normal da
execução orçamentária.
Assim, o suprimento de fundos é um procedimento que consiste na entrega de numerário a
um servidor, sempre precedido de empenho na dotação própria à despesa a realizar, que não
possa subordinar-se ao processo orçamentário normal.

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Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

São consideradas situações passíveis de utilização de suprimento de fundos os se-


guintes casos:
I – para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que
exijam pronto pagamento em espécie;
II – quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regu-
lamento e constar do ato de concessão; ou
III – para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor não
ultrapasse aos limites estabelecidos pela legislação.
Não pode ser concedido suprimento destinado a cobrir despesas de locomoção de servi-
dor em viagem quando este houver recebido diária.
Existem situações que exigem tratamento sigiloso. Esses casos obedecerão a regime es-
pecial de execução.
Não poderá ser concedido suprimento de fundos:
a) a responsável por dois suprimentos;
b) a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo
quando não houver na repartição outro servidor;
c) a responsável por suprimento de fundos que não tenha prestado contas de sua aplica-
ção no prazo previsto; e
d) a servidor declarado em alcance ou que esteja respondendo a inquérito administrativo.
Servidor em alcance é aquele que não tenha prestado contas de suprimento no prazo regula-
mentar, ou cujas contas não tenham sido aprovadas em virtude de desvio, desfalque, falta ou má
aplicação de dinheiro, bens ou valores confiados a sua guarda, verificados na prestação de contas.
Na aplicação do suprimento de fundos observar-se-ão as condições e finalidades pre-
vistas no seu ato de concessão, que é a autorização do suprimento de fundos formalizada no
documento de concessão, do qual constarão o valor do suprimento, sua destinação, o nome
do suprido e seu cargo/função, o prazo de aplicação, a data para prestação de contas e as as-
sinaturas do ordenador de despesa e do responsável pelo suprimento.
O prazo de aplicação do suprimento não poderá exceder 90 dias, nem ultrapassar o exer-
cício financeiro, devendo a prestação de contas da importância aplicada até 31 de dezembro
ser apresentada até o dia 15 de janeiro subsequente. Além disso, aquele que é detentor de
suprimento de fundos deve indicar os saldos em seu poder em 31 de dezembro, para efeito de
contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade.
O servidor tem 30 dias para prestar contas do suprimento, todavia, se a importância do su-
primento for aplicada até o encerramento do exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezembro,
a despesa deverá ser comprovada até 15 de janeiro seguinte.
Entretanto, se o suprido deixar de prestar contas no prazo estabelecido, deverá ser procedi-
da a tomada de contas especial, sem prejuízo das providências administrativas para apuração
das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis.

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Despesa Pública – Parte II
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Resumindo, temos o seguinte fluxo:

Liquidação/ Programação
Empenho Pagamento
reconhecimento de desembolso

Período para
Devolução de
prestação de
suprimentos [com
contas expirado
devolução]
não aplicados
[Sem devolução]
Prestação de Prestação de
contas aprovada contas reprovada
Transferência
para CTU

[devolução
Inscrição em diversos
integral]
responsáveis

[Else]

Estorno de
Prestação de
Aprovação de inscrição em diversos
contas aprovada
prestação de contas responsáveis

Então vamos agora fazer mais questões para fixar o que aprendemos hoje!

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Despesa Pública – Parte II
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MAPAS MENTAIS

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Despesa Pública – Parte II
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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019-ADAPTADA) Com base nas regras do orçamento pú-
blico dispostas na Lei n. 4.320/1964, julgue.
Distinguidos em processados e não processados, os restos a pagar são as despesas liquida-
das, mas não pagas até o dia 31 de dezembro.

002. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) A procuradoria-geral de determinado estado da


Federação adquiriu um computador, tendo o processamento dessa despesa ocorrido da se-
guinte forma: empenho: 9/12/2018; recebimento do computador: 29/12/2018; pagamento da
despesa: 19/1/2019.
Nesse caso, de acordo com as normas previstas na Lei n. 4.320/1964, o registro dessa despe-
sa em 31/12/2018 estaria correto caso tivesse sido feito como restos a pagar processados.

003. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item


subsequente.
Na inscrição dos restos a pagar, é vedado o registro de beneficiários específicos.

004. (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) A respeito das receitas extraorçamentá-


rias, julgue o item.
Ao efetuar o pagamento de restos a pagar, o ente público está convertendo uma despesa ex-
traorçamentária em uma despesa orçamentária.

005. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação a restos a pagar e a suprimento de fundos,


julgue o item a seguir.
O pagamento de restos a pagar processados corresponde a uma despesa orçamentária
da entidade.

006. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) A respeito dos mecanismos de execução e controle


orçamentários, julgue o item que se segue.
Determinada despesa pode ser inscrita em restos a pagar não processados mesmo que o ser-
viço a que ela se refere tenha sido prestado.

007. (CESPE/PREFEITURA DE MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964


e das receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
Obedecendo, sempre que possível, a ordem cronológica, o município poderá realizar despesa
para pagar compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente,
desde que o faça à conta de dotação específica consignada no orçamento discriminada por
elementos.

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Despesa Pública – Parte II
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008. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue o item, relativo a receita e despesa públicas.


Uma despesa que for regularmente inscrita em restos a pagar ao final do exercício financeiro
terá de ser contabilizada como despesas de exercícios anteriores no exercício em que ocorrer
o pagamento.

009. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) A respeito dos mecanismos de execução e controle


orçamentários, julgue o item que se segue.
O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas de exercícios anteriores cabe à
autoridade competente para empenhar a despesa.

010. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo às receitas e despe-


sas públicas.
No final do exercício, as despesas orçamentárias empenhadas e não pagas deverão ser inscri-
tas em restos a pagar e, assim, constituirão dívida flutuante.

011. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) A procuradoria-geral de determinado estado da


Federação adquiriu um computador, tendo o processamento dessa despesa ocorrido da se-
guinte forma: empenho: 9/12/2018; recebimento do computador: 29/12/2018; pagamento da
despesa: 19/1/2019.
Nesse caso, de acordo com as normas previstas na Lei n. 4.320/1964, o registro dessa despe-
sa em 31/12/2018 estaria correto caso tivesse sido feito como dívida flutuante.

012. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo às receitas e des-


pesas públicas.
O ato de suprimento de fundos constitui uma despesa orçamentária, embora a despesa patri-
monial correspondente deva ocorrer somente em momento futuro.

013. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018-ADAPTADA) Julgue:


A concessão de suprimento de fundos se destina a despesas que não possam subordinar-se
ao processo normal de aplicação, e prescinde de empenho prévio.

014. (CESPE/MPE-PI/ANALISTA/2018) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, na administra-


ção pública, as despesas de pequeno vulto podem ser viabilizadas por meio de suprimentos
de fundos.
Conforme essa lei, o suprimento de fundos poderá ser concedido a qualquer servidor, desde
que este ocupe cargo de confiança.

015. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018-ADAPTADA) Julgue:


É vedada a concessão de suprimento de fundos a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou
a utilização do material a adquirir, em qualquer hipótese.

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016. (CESPE/PREFEITURA DE MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964


e das receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
O suprimento de fundos, também conhecido como regime de adiantamento, não pode ser au-
torizado para servidor público em alcance, ou seja, aquele que ainda não obteve aprovação no
estágio probatório.

017. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018-ADAPTADA) Julgue:


A comprovação dos saldos de suprimento de fundos aplicados até o dia 31 de dezembro do
exercício financeiro anterior deve ser feita até 31 de janeiro do exercício financeiro corrente.

018. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item


subsequente.
A tomada de contas de suprimento de fundo concedido é automática, e será realizada tão logo
cessem os motivos da concessão.

019. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) A respeito dos mecanismos de execução e controle


orçamentários, julgue o item que se segue.
Caso um servidor aplique recursos recebidos por meio de suprimentos de fundos em finalida-
de diversa da definida pelo ato de concessão, o ordenador de despesa que concedeu o supri-
mento estará isento de responsabilidades sobre o ato.

020. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) Com relação aos mecanismos de administração, progra-


mação, execução e controle dos recursos orçamentários, julgue o item subsequente.
Se determinado suprimento de fundos não for integralmente aplicado, o saldo remanescente
será recolhido ao Tesouro Nacional e constituirá, obrigatoriamente, receita orçamentária.

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Despesa Pública – Parte II
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GABARITO
1. E 8. E 15. E
2. C 9. C 16. E
3. E 10. C 17. E
4. E 11. C 18. E
5. E 12. C 19. E
6. C 13. E 20. E
7. C 14. E

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Despesa Pública – Parte II
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QUESTÕES DE CONCURSO – LISTA I


Cespe

001. (CESPE/MPE-PI/ANALISTA/2018) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, na administra-


ção pública, as despesas de pequeno vulto podem ser viabilizadas por meio de suprimentos
de fundos.
Conforme essa lei, o suprimento de fundos consiste na entrega de numerário a servidor, sem-
pre precedida de empenho na dotação própria.

002. (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária, jul-


gue o item.
São restos a pagar apenas as despesas regularmente empenhadas e liquidadas, do exercício
atual ou anterior, mas não pagas ou canceladas até 31 de dezembro.

003. (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) No que se refere às despesas públicas,


julgue o item.
Uma despesa empenhada e não paga no exercício social em que havia sido prevista integra
os restos a pagar e será classificada como despesa extraorçamentária do exercício em que se
der o seu efetivo pagamento.

004. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Julgue o item a seguir, a respeito da composição e


das variações do patrimônio público e da mensuração dos seus elementos.
Na concessão de suprimento de fundos, a variação patrimonial diminutiva é reconhecida no
mesmo instante da liquidação, uma vez que o fato gerador consiste no ato do ordenador de
despesa que autoriza a entrega do adiantamento.

005. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017-ADAPTADA) Julgue:


Restos a pagar são despesas pendentes de empenho e pagamento quando do encerramento
do exercício financeiro.

006. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017-ADAPTADA) Julgue:


Os restos a pagar e os serviços da dívida são exemplos de dívida fundada.

007. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com referência à contabilidade aplicada ao setor pú-


blico, julgue o item subsequente.
Com a adoção do regime de competência, sob o enfoque patrimonial, os restos a pagar não
devem ser classificados como receita extraorçamentária.

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Despesa Pública – Parte II
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008. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue:


Caso o responsável por determinado suprimento de fundos restitua parte dos recursos rece-
bidos após o encerramento do exercício em que se deu o suprimento, o valor restituído será
contabilizado como receita orçamentária.

009. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Considerando o disposto na Lei n. 4.320/1964, julgue


o item subsequente.
As despesas empenhadas e não pagas até o dia 31 de dezembro e que estejam liquidadas
devem ser registradas por exercício e por credor na categoria restos a pagar processados.

010. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o


seguinte item.
Os restos a pagar processados correspondem a despesas orçamentárias do ano anterior pa-
gas com atraso.

011. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Com base na Lei n. 4.320/1964, julgue o item que se


segue, acerca de contabilidade pública.
Registram-se os restos a pagar por credor, independentemente do exercício a que se referem,
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas.

012. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o próximo item, acerca dos restos a pagar no


orçamento público.
Resíduos passivos consistem em despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de de-
zembro, que não tenham sido canceladas pelo processo de análise e depuração e que atendam
aos requisitos previstos na Lei n. 4.320/1964, podendo ser inscritas como tal por constituírem
encargos incorridos no exercício vigente.

013. (CESPE/MJ/ADMINISTRADOR/2013) Com relação ao Sistema Integrado de Admi-


nistração Financeira (SIAFI), à Conta Única do Tesouro e ao suprimento de fundos, julgue o
item seguinte.
A utilização do cartão de pagamento do governo federal como mecanismo de movimentação
financeira de suprimento de fundos dispensa a emissão prévia do empenho da despesa.

014. (CESPE/MPOG/ATA/2015) A respeito de suprimento de fundos, restos a pagar e despe-


sas de exercícios anteriores, julgue o item subsecutivo.
Despesa com bebidas alcoólicas em recepções oficiais poderá ser realizada com recursos
públicos mediante suprimento de fundos.

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Despesa Pública – Parte II
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015. (CESPE/TCE-RN/INSPETOR/2015) Julgue o próximo item, relacionado a receitas e des-


pesas públicas.
Como um suprimento de fundos é um adiantamento que deve ser empregado no pagamento
de despesas específicas, que deverão ser alvo de uma prestação de contas, a concessão do
suprimento gera uma despesa orçamentária.

016. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR/2015) No que se refere aos procedimentos de execução


orçamentária e financeira e àqueles aplicáveis aos suprimentos de fundos, julgue o item
subsecutivo.
Da mesma forma que acontece no processo licitatório, a despesa executada por meio de supri-
mento de fundos deve garantir a aquisição mais vantajosa para a administração pública.

017. (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue:


Suprimento de fundos é a autorização de execução orçamentária que, pela sua excepcionali-
dade, não possui dotação orçamentária específica.

018. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito do processo de orçamentação, julgue o


item subsequente.
Restos a pagar são despesas empenhadas e não pagas no exercício. Seu impacto orçamentá-
rio ocorre no exercício corrente e o financeiro, no exercício posterior.

019. (CESPE/MJ/ADMINISTRADOR/2013) Com relação aos instrumentos de segurança do


Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI) e à despesa de suprimento de fundos,
julgue o item subsecutivo.
Tratando-se de obras e serviços de engenharia, os limites máximos para cada ato de conces-
são de suprimento de fundos, tanto por meio do cartão de pagamento quanto mediante depó-
sito em conta corrente, são idênticos.

020. (CESPE/TCU/TFCE/2012) O suprimento de fundos refere-se aos adiantamentos para


despesas de pequeno vulto no âmbito da administração pública. A esse respeito, julgue o item
que se segue.
O cartão de pagamento do governo federal, instrumento de pagamento emitido em nome da
unidade gestora, poderá ser utilizado na aquisição de materiais e contratação de serviços en-
quadrados como suprimento de fundos.

021. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação às receitas públicas, julgue o item a seguir.


O cancelamento de restos a pagar e o recebimento de recursos provenientes do ressarcimento
ou da restituição de despesas pagas em exercícios anteriores devem ser reconhecidos como
receita orçamentária do exercício em que o evento ocorreu.

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022. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue o item seguinte, relativo a receitas e despe-


sas públicas.
Se empenhos referentes a determinada obra pública, cuja execução esteja prevista para mais
um exercício financeiro, não puderem ser pagos até 31/12 de cada ano, eles deverão ser inscri-
tos em restos a pagar no exercício em que tiverem sido empenhados.

023. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017-ADAPTADA) Julgue:


A despesa com inscrição em restos a pagar cancelada constitui uma despesa de exercício
anterior se o direito do credor ainda estiver em vigor.

024. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) Acerca da Conta Única do Tesouro Nacional e das


normas de licitação pública, julgue o item subsecutivo.
As receitas públicas decorrentes da exploração de atividade econômica pelo Estado podem
ser depositadas em contas especiais das instituições financeiras oficiais, destacadas da Con-
ta Única do Tesouro Nacional.

025. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018-ADAPTADA) Julgue:


As restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constituirão anu-
lação de despesa, caso sejam recolhidas após o encerramento do exercício.

026. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018-ADAPTADA) Julgue:


É vedada a abertura de conta bancária destinada à movimentação de suprimento de fundos.

027. (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária, jul-


gue o item.
O suprimento de fundos é caracterizado como um adiantamento de valores que se faz a um
servidor para futura prestação de contas e que não constitui uma despesa orçamentária.

028. (CESPE/STM/TÉCNICO/2018) Com relação a restos a pagar e a suprimento de fundos,


julgue o item a seguir.
O servidor declarado em alcance para suprimento de fundos é aquele cujas contas foram pres-
tadas no prazo regulamentar e, em seguida, aprovadas.

029. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) A empresa X foi contratada para executar uma obra de


dez milhões de reais em dezembro, no final do exercício financeiro do ano anterior. A ordem de
serviço emitida previu o início da obra no mês de janeiro do ano seguinte. Foram empenhados
cinco milhões em dezembro, quando da assinatura do contrato, tendo o valor sido inscrito em
restos a pagar. O restante do valor da obra, que estava previsto no orçamento do exercício
financeiro seguinte, foi empenhado no início do ano. A empresa X executou um milhão de
reais em serviços e abandonou a obra em março. A administração então convidou a segunda

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Despesa Pública – Parte II
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colocada no certame, a empresa Y, para concluir o objeto do contrato. A empresa Y prontamen-


te aceitou.
A respeito da situação hipotética apresentada, julgue o item subsequente.
Os quatro milhões restantes inscritos em restos a pagar devem ser anulados e novamente
empenhados para a empresa Y executar a obra.

030. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) Com relação aos mecanismos de administração, progra-


mação, execução e controle dos recursos orçamentários, julgue o item subsequente.
Será automaticamente cancelada a despesa regularmente originada a partir de emissão de
nota de empenho não inscrita pelo gestor competente em restos a pagar até o final do exercí-
cio financeiro.

031. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-ACE/2021) Acerca da despesa pública, julgue o item


subsequente.
A inscrição de restos a pagar não processados a liquidar ocorre quando tiver ocorrido o fato
gerador da obrigação, antes do término do exercício em curso, sem que se tenha procedido o
estágio da liquidação.

032. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-ACE/2021) Acerca de restos a pagar e despesas de exercí-


cios anteriores, julgue o item a seguir.
Independentemente de serem processadas ou não, só serão pagas as despesas inscritas em
restos a pagar liquidadas.

033. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-ACE/2021) Acerca da despesa pública, julgue o item


subsequente.
Restos a pagar com prescrição interrompida são considerados despesas de exercícios
anteriores.

034. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA ACE/2021) Acerca de restos a pagar e despesas de exercí-


cios anteriores, julgue o item a seguir.
A obrigação de pagamento, tanto dos restos a pagar quanto das despesas de exercícios an-
teriores, deve ser reconhecida pela autoridade competente em procedimento administrativo
específico.

035. (CESPE/TC-DF/AUDITOR/2021) No que se refere às classificações de receitas e despe-


sas públicas e às disposições da legislação aplicável às finanças públicas, julgue o item a seguir.
Considere que determinada entidade pública tenha realizado o empenho em janeiro de X2,
referente a merenda escolar entregue em dezembro de X1. Nessa situação, a referida despesa
pertence ao exercício de X2, sob a classificação de despesas de exercícios anteriores.

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Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

036. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Julgue o item a seguir, referente a suprimento


de fundos.
As restituições de suprimento de fundos recolhidas após o encerramento do exercício serão
contabilizadas como receita orçamentária.

037. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Julgue o item a seguir, referente a suprimento


de fundos.
Não será concedido suprimento de fundos a servidor declarado em alcance ou que esteja res-
ponsável por dois suprimentos.

038. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Considerando que a CODEVASF necessite reali-


zar a revitalização das margens do rio São Francisco no trecho localizado em Itacoatiara-BA,
obra orçada em R$ 729.250,59, julgue o item a seguir.
Para viabilizar a contratação da revitalização das margens do rio São Francisco, a CODEVASF
poderá utilizar-se do mecanismo do suprimento de fundos.

039. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA ACE/2021) Acerca da despesa pública, julgue o item


subsequente.
Despesas com suprimento de fundos sem a apresentação da prestação de contas até o encer-
ramento do exercício devem ser inscritas em restos a pagar não processados.

040. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021)

VALOR
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS (em milhões de
reais)
Previsão inicial 100
Receitas realizadas 105
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS
Dotação inicial 100
Despesas empenhadas 80
Despesas liquidadas 70
Despesas pagas 60
Despesas empenhadas, liquidadas e pagas em 20X1 relativas a 10
20X0

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Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

Com base nas informações da tabela apresentada, que mostra contas extraídas em 31/12/20X0
da contabilidade de determinado ente público, julgue o próximo item.
O referido ente público apurou os restos a pagar processados do ano 20X0 no valor de R$
10.000.000.

041. (CESPE/SEFAZ-CE/AUDITOR/2021) Considere que a Secretaria de Saúde do Estado do


Ceará tenha adquirido um lote de vacinas e que o processamento dessa despesa tenha ocorrido
da seguinte forma: empenhamento em 9/12/2020; recebimento das vacinas em 29/12/2020;
pagamento da despesa em 19/1/2021. Considere, ainda, que a contabilização da aquisição
das vacinas tenha atendido às normas previstas na Lei n. 4.320/1964.
Nessa situação hipotética, essa despesa foi registrada em 31/12/2020 como dívida fundada.

042. (CESPE/SEFAZ-CE/AUDITOR/2021) A Lei n. 4.320/1964 é de suma importância para a


administração pública, haja vista que versa sobre direito financeiro, tema que afeta o dia a dia
das repartições públicas no que se refere ao ingresso e à saída de recursos. Considerando o
disposto nessa lei, julgue o item que se segue.
O suprimento de fundos tem como finalidade atender a despesas que não possam aguardar
o processo normal, ou seja, constitui exceção quanto à realização de procedimento licitatório,
sendo utilizado, por exemplo, para o atendimento de despesas de pequeno vulto das escolas
públicas cearenses.

043. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021)

VALOR
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS (em milhões de
reais)
Previsão inicial 100
Receitas realizadas 105
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS
Dotação inicial 100
Despesas empenhadas 80
Despesas liquidadas 70
Despesas pagas 60
Despesas empenhadas, liquidadas e pagas em 20X1 relativas a 10
20X0

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Despesa Pública – Parte II
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Com base nas informações da tabela apresentada, que mostra contas extraídas em 31/12/20X0
da contabilidade de determinado ente público, julgue o próximo item.
O ente público apurou as despesas de exercícios anteriores no valor de R$ 20.000.000.

044. (CESPE/PGDF/TÉCNICO/2021) Considerando os princípios e a execução orçamentá-


rios, bem como a composição orçamentária do DF, julgue o item a seguir.
O pressuposto contábil para a inscrição de restos a pagar consiste no fato de que a receita
orçamentária que dá suporte ao pagamento da despesa orçamentária foi arrecadada no exer-
cício anterior ao de realização dessa despesa.

045. (CESPE/PGDF/TÉCNICO/2021) Com base nos conceitos e nas aplicações da Lei de


Responsabilidade Fiscal e na Lei Complementar de Finanças Públicas (Lei n. 4.320/1964), jul-
gue o item seguinte.
Os empenhos relativos a créditos com vigência plurianual, quando não liquidados, serão consi-
derados como restos a pagar somente no último ano de vigência do crédito.

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Despesa Pública – Parte II
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GABARITO
1. C 16. C 31. E
2. E 17. E 32. C
3. C 18. C 33. C
4. E 19. E 34. E
5. E 20. C 35. C
6. E 21. E 36. C
7. E 22. E 37. C
8. C 23. C 38. E
9. C 24. E 39. E
10. E 25. E 40. C
11. E 26. C 41. E
12. C 27. E 42. C
13. E 28. E 43. E
14. C 29. E 44. C
15. C 30. E 45. C

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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/MPE-PI/ANALISTA/2018) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, na administra-
ção pública, as despesas de pequeno vulto podem ser viabilizadas por meio de suprimentos
de fundos.
Conforme essa lei, o suprimento de fundos consiste na entrega de numerário a servidor, sem-
pre precedida de empenho na dotação própria.

Confirme o exposto na assertiva na letra da lei:

Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Certo.

002. (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária, jul-


gue o item.
São restos a pagar apenas as despesas regularmente empenhadas e liquidadas, do exercício
atual ou anterior, mas não pagas ou canceladas até 31 de dezembro.

A assertiva erra ao afirmar que apenas as despesas empenhadas e liquidadas são restos a pa-
gar. Na verdade, se a despesa foi ou não liquidada só mudará a classificação entre processada
ou não processada.
Errado.

003. (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) No que se refere às despesas públicas,


julgue o item.
Uma despesa empenhada e não paga no exercício social em que havia sido prevista integra
os restos a pagar e será classificada como despesa extraorçamentária do exercício em que se
der o seu efetivo pagamento.

A ideia básica é que a despesa inscrita em restos a pagar foi considerada despesa orçamen-
tária no exercício em que foi empenhada, logo, no exercício de pagamento, será classificada
como despesa extraorçamentária. Se não fosse assim, a mesma despesa seria contabilizada
duas vezes.
Certo.

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004. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Julgue o item a seguir, a respeito da composição e


das variações do patrimônio público e da mensuração dos seus elementos.
Na concessão de suprimento de fundos, a variação patrimonial diminutiva é reconhecida no
mesmo instante da liquidação, uma vez que o fato gerador consiste no ato do ordenador de
despesa que autoriza a entrega do adiantamento.

Na verdade, no regime de adiantamentos ou suprimento de fundos a variação patrimonial di-


minutiva é reconhecida na prestação de contas. Guarde que no momento da liquidação ocorre
uma variação qualitativa, já que o registro no passivo é compensado por um registro no ativo
do direito a receber o objeto do gasto pelo suprido. Confira diretamente no Manual de Contabi-
lidade Aplicada ao Setor Público – MCASP, com grifos nossos:

O suprimento de fundos é caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para


futura prestação de contas. Esse adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para con-
ceder o recurso ao suprido é necessário percorrer os três estágios da despesa orçamentária: em-
penho, liquidação e pagamento. Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque patrimo-
nial, pois, no momento da concessão, não ocorre redução no patrimônio líquido. Na liquidação da
despesa orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre o registro de um passivo, há também a
incorporação de um ativo, que representa o direito de receber um bem ou serviço, objeto do gasto
a ser efetuado pelo suprido, ou a devolução do numerário adiantado.
Errado.

005. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017-ADAPTADA) Julgue:


Restos a pagar são despesas pendentes de empenho e pagamento quando do encerramento
do exercício financeiro.

Na verdade, Restos a Pagar são despesas já empenhadas cujo pagamento ainda está penden-
te quando do encerramento do exercício financeiro.
Errado.

006. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017-ADAPTADA) Julgue:


Os restos a pagar e os serviços da dívida são exemplos de dívida fundada.

Na verdade, os restos a pagar e os serviços da dívida são exemplos de dívida flutuante. Confira
na Lei n. 4.320/1964:

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar;
Errado.

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007. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com referência à contabilidade aplicada ao setor pú-


blico, julgue o item subsequente.
Com a adoção do regime de competência, sob o enfoque patrimonial, os restos a pagar não
devem ser classificados como receita extraorçamentária.

Basicamente, restos a pagar são as despesas empenhadas, mas não pagas no exercício, sen-
do considerados despesas orçamentárias no ano de seu empenho, mesmo não tendo ocorrido
a liquidação e o pagamento. Nessa toada, para compensar a inclusão dos restos a pagar como
despesa orçamentária no balanço financeiro, a Lei n. 4.320/1964 determinou a inclusão dos
restos a pagar como receita extraorçamentária. Confira, com grifos nossos:

Art. 103 - O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os
recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em es-
pécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária
para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
Errado.

008. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue:


Caso o responsável por determinado suprimento de fundos restitua parte dos recursos rece-
bidos após o encerramento do exercício em que se deu o suprimento, o valor restituído será
contabilizado como receita orçamentária.

A ideia básica é que o suprimento de fundos deve ser contabilizado e incluído nas contas do or-
denador como despesa realizada. Guarde ainda que as restituições, seja por falta de aplicação,
seja ela parcial ou total, ou por aplicação indevida, anulam a despesa ou receita orçamentária,
quando recolhidas após o encerramento do exercício.
Para responder essa questão precisamos conjugar os artigos 38 e 68 da Lei n. 4.320/1964.

Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada no exercício; quando a anulação ocor-
rer após o encerramento deste considerar-se-á receita do ano em que se efetivar.
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.

Ora, da leitura em conjunto desses dispositivos, podemos concluir que, como o empenho da
despesa objeto do suprimento de fundos já foi previamente realizado, logo, ele deve ser rever-
tido como receita orçamentária do exercício em que for anulada essa despesa orçamentária.
Certo.

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009. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Considerando o disposto na Lei n. 4.320/1964, julgue


o item subsequente.
As despesas empenhadas e não pagas até o dia 31 de dezembro e que estejam liquidadas
devem ser registradas por exercício e por credor na categoria restos a pagar processados.

Sim, as despesas não pagas até 31 de dezembro devem ser inscritas em restos a pagar, confor-
me determina o artigo 36 da Lei n. 4.320/1964, e as despesas já liquidadas devem ser inscritas
como processadas (veja no trecho do MCASP reproduzido a seguir) e devem ser registrados
por exercício e por credor em conformidade com o artigo 92 da Lei n. 4.320/1964. Confira os
mencionados dispositivos, com grifos nossos:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas as não pagas até o dia 31 de de-
zembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Art. 92. [...]
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguindo-se as
despesas processadas das não processadas.
MCASP: os restos a pagar processados são aqueles em que a despesa orçamentária percorreu os
estágios de empenho e liquidação, restando pendente apenas o estágio do pagamento. Em geral,
não podem ser cancelados, tendo em vista que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obri-
gação de fazer e a Administração não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar.
Certo.

010. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o


seguinte item.
Os restos a pagar processados correspondem a despesas orçamentárias do ano anterior pa-
gas com atraso.

Na verdade, são classificadas como Restos a Pagar as despesas que já foram empenhadas,
mas que não foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não
processadas.
Os “Processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução alcançou o está-
gio da liquidação, enquanto os “Não Processados” são os restos a pagar relativos às despesas
cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho.
Logo, não existe essa condição de que tenham sido pagas com atraso, o que torna a asser-
tiva errada.
Errado.

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011. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Com base na Lei n. 4.320/1964, julgue o item que se


segue, acerca de contabilidade pública.
Registram-se os restos a pagar por credor, independentemente do exercício a que se referem,
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas.

Na verdade, os restos a pagar devem ser registrados por exercício e por credor. Confira na lite-
ralidade do parágrafo único do artigo 92 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 92. [...]


Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguindo-se as
despesas processadas das não processadas.
Errado.

012. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o próximo item, acerca dos restos a pagar no


orçamento público.
Resíduos passivos consistem em despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de de-
zembro, que não tenham sido canceladas pelo processo de análise e depuração e que atendam
aos requisitos previstos na Lei n. 4.320/1964, podendo ser inscritas como tal por constituírem
encargos incorridos no exercício vigente.

Resíduos passivos e restos a pagar são as despesas empenhadas, mas não pagas dentro do
exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezembro. A definição está em conformidade com o
artigo 36 da Lei n. 4.320/1964:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que não tenham
sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito.
Certo.

013. (CESPE/MJ/ADMINISTRADOR/2013) Com relação ao Sistema Integrado de Admi-


nistração Financeira (SIAFI), à Conta Única do Tesouro e ao suprimento de fundos, julgue o
item seguinte.
A utilização do cartão de pagamento do governo federal como mecanismo de movimentação
financeira de suprimento de fundos dispensa a emissão prévia do empenho da despesa.

É fundamental ter em mente que o suprimento de fundos, seja ele via adiantamento, seja por
meio da utilização do cartão de pagamento, exige prévia dotação orçamentária, sempre.
Errado.

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014. (CESPE/MPOG/ATA/2015) A respeito de suprimento de fundos, restos a pagar e despe-


sas de exercícios anteriores, julgue o item subsecutivo.
Despesa com bebidas alcoólicas em recepções oficiais poderá ser realizada com recursos
públicos mediante suprimento de fundos.

Em uma primeira olhada, temos a reação natural de marcar essa assertiva como errada. Que
absurdo! Usar dinheiro público, via suprimento de fundos, para comprar bebida alcoólica... Mas
temos que observar o que os normativos dizem a esse respeito: não existe restrição específica
para a despesa com bebidas alcoólicas.
O artigo 45 do Decreto n. 93.872/86 autoriza o suprimento de fundos para despesas de peque-
no vulto, despesas sigilosas e despesas eventuais, onde a despesa com bebidas alcoólicas
pode ser encaixada.
Certo.

015. (CESPE/TCE-RN/INSPETOR/2015) Julgue o próximo item, relacionado a receitas e des-


pesas públicas.
Como um suprimento de fundos é um adiantamento que deve ser empregado no pagamento
de despesas específicas, que deverão ser alvo de uma prestação de contas, a concessão do
suprimento gera uma despesa orçamentária.

Realmente, a despesa com suprimento de fundos é uma despesa orçamentária, já que segue
os estágios do empenho, liquidação e pagamento.
Tenha em mente que a diferença precípua de uma despesa realizada via suprimento de fundos
em relação a uma despesa realizada pelo processo normal é em relação ao momento do seu
reconhecimento sob o enfoque patrimonial, já que no caso do suprimento de fundos este só
ocorre quando da prestação de contas por parte do suprido.
Certo.

016. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR/2015) No que se refere aos procedimentos de execução


orçamentária e financeira e àqueles aplicáveis aos suprimentos de fundos, julgue o item
subsecutivo.
Da mesma forma que acontece no processo licitatório, a despesa executada por meio de supri-
mento de fundos deve garantir a aquisição mais vantajosa para a administração pública.

O regime de adiantamentos, suprimento de fundos, mesmo devendo ser usado em situações


excepcionais por não poder seguir o processo orçamentário normal, está sujeito aos mesmos
princípios básicos da Administração Pública, quais sejam legalidade, impessoalidade, mora-
lidade, publicidade e eficiência, de modo a garantir a aquisição mais vantajosa (em sentido
amplo) para o ente público.
Certo.

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017. (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue:


Suprimento de fundos é a autorização de execução orçamentária que, pela sua excepcionali-
dade, não possui dotação orçamentária específica.

É verdade que o Suprimento de fundos é uma autorização de execução orçamentária excep-


cional no sentido de não poder aguardar o processo normal de realização de procedimento
licitatório, mas possui sim dotação orçamentária específica.
Errado.

018. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito do processo de orçamentação, julgue o


item subsequente.
Restos a pagar são despesas empenhadas e não pagas no exercício. Seu impacto orçamentá-
rio ocorre no exercício corrente e o financeiro, no exercício posterior.

Lembre-se que, de acordo com o artigo 35 da Lei n. 4.320/1964, pertencem ao exercício as


despesas nele empenhadas e as receitas nele arrecadadas. Seguindo essa premissa, temos
que o impacto orçamentário da despesa ocorre no exercício em que ela é empenhada e, como
os restos a pagar, são empenhados no exercício corrente. Dessa forma, o impacto orçamentá-
rio é no exercício corrente.
Por outro lado, de modo distinto, o impacto financeiro ocorre quando a despesa é efetivamen-
te desembolsada/paga e, como no caso dos restos a pagar o pagamento ocorre no exercício
posterior, o impacto financeiro é no ano seguinte.
Certo.

019. (CESPE/MJ/ADMINISTRADOR/2013) Com relação aos instrumentos de segurança do


Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI) e à despesa de suprimento de fundos,
julgue o item subsecutivo.
Tratando-se de obras e serviços de engenharia, os limites máximos para cada ato de conces-
são de suprimento de fundos, tanto por meio do cartão de pagamento quanto mediante depó-
sito em conta corrente, são idênticos.

Na verdade, o suprimento de fundos para um servidor pode ocorrer tanto via chamado “cartão
corporativo” (Cartão de Pagamento do Governo Federal – CPGF) quanto via adiantamento de
numerário em conta corrente.
Entretanto, de acordo com a Portaria n. 95/2002 do Ministério da Fazenda, os limites totais que
podem ser usados por essas 2 modalidades são distintos, sendo os do CPGF o dobro daqueles
do suprimento de fundos tradicional.
Errado.
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020. (CESPE/TCU/TFCE/2012) O suprimento de fundos refere-se aos adiantamentos para


despesas de pequeno vulto no âmbito da administração pública. A esse respeito, julgue o item
que se segue.
O cartão de pagamento do governo federal, instrumento de pagamento emitido em nome da
unidade gestora, poderá ser utilizado na aquisição de materiais e contratação de serviços en-
quadrados como suprimento de fundos.

O cartão de pagamento do governo federal é regulamentado pelo Decreto n. 5.355/2005, que


dispõe sobre a utilização do Cartão de Pagamento do Governo Federal - CPGF pelos órgãos e
entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional para pagamento
de despesas realizadas nos termos da legislação vigente.
De acordo com o seu artigo 2º, a utilização do Cartão de Pagamento do Governo Federal -
CPGF, pelos órgãos e entidades da administração pública federal integrantes do orçamento
fiscal e da seguridade social, é possível para pagamento das despesas realizadas com compra
de material e prestação de serviços, enquadrados como suprimento de fundos, desde que ob-
servados o disposto nos artigos 45, 46 e 47 do Decreto n. 93.872/1986.
Certo.

021. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação às receitas públicas, julgue o item a seguir.


O cancelamento de restos a pagar e o recebimento de recursos provenientes do ressarcimento
ou da restituição de despesas pagas em exercícios anteriores devem ser reconhecidos como
receita orçamentária do exercício em que o evento ocorreu.

Realmente, o recebimento de recursos provenientes de ressarcimento ou restituição de despe-


sas pagas em exercício anteriores é uma receita orçamentária do próprio exercício.
Até aqui, beleza. Entretanto, o cancelamento de restos a pagar é uma receita extraorçamentá-
ria, já que o seu pagamento é uma despesa extraorçamentária.
Errado.

022. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue o item seguinte, relativo a receitas e despe-


sas públicas.
Se empenhos referentes a determinada obra pública, cuja execução esteja prevista para mais
um exercício financeiro, não puderem ser pagos até 31/12 de cada ano, eles deverão ser inscri-
tos em restos a pagar no exercício em que tiverem sido empenhados.

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Despesa Pública – Parte II
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A assertiva é falsa, já que ao afirmar que “em cada exercício financeiro os valores deverão ser
inscritos em restos a pagar no exercício em que tiverem sido empenhados” contraria o dispos-
to no parágrafo único do artigo 36 da Lei n. 4.320/1964, pois esse dispositivo excetua os casos
em que forem créditos de vigência superior a um ano (plurianual). Confira, com grifos nossos:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que não tenham
sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito.
Errado.

023. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017-ADAPTADA) Julgue:


A despesa com inscrição em restos a pagar cancelada constitui uma despesa de exercício
anterior se o direito do credor ainda estiver em vigor.

Os Restos a Pagar cuja inscrição tenha sido cancelada, ou seja, com prescrição interrompida,
mas com o direito do credor ainda vigente, poderão ser pagos à conta de despesas de exercí-
cios anteriores, respeitada a categoria de despesa.
Certo.

024. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) Acerca da Conta Única do Tesouro Nacional e das


normas de licitação pública, julgue o item subsecutivo.
As receitas públicas decorrentes da exploração de atividade econômica pelo Estado podem
ser depositadas em contas especiais das instituições financeiras oficiais, destacadas da Con-
ta Única do Tesouro Nacional.

Na verdade, todas as receitas da União devem ser recolhidas à Conta Única do Tesouro Na-
cional, sem exceções. Confira no Decreto n. 93.872/86, na parte que trata da Conta Única do
Tesouro Nacional, com grifos nossos:

Art. 2º. A arrecadação de todas as receitas da União far-se-á na forma disciplinada pelo Ministério
da Fazenda, devendo o seu produto ser obrigatoriamente recolhido à conta do Tesouro Nacional no
Banco do Brasil S.A.
§ 1º. Para os fins deste decreto, entende-se por receita da União todo e qualquer ingresso de cará-
ter originário ou derivado, ordinário ou extraordinário e de natureza orçamentária ou extra-orçamen-
tária, seja geral ou vinculado, que tenha sido decorrente, produzido ou realizado direta ou indireta-
mente pelos órgãos competentes.
Errado.

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025. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018-ADAPTADA) Julgue:


As restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constituirão anu-
lação de despesa, caso sejam recolhidas após o encerramento do exercício.

Na verdade, existem duas situações distintas que devem ser consideradas quando das restitui-
ções. Se foram feitas no mesmo exercício devem ser contabilizadas como anulações de des-
pesas, mas, se ocorrerem após o término do exercício, devem ser contabilizadas como receita
orçamentária. Confira no Decreto n. 93.872/86, com grifos nossos:

Art. 45. [...]


§ 1º. O suprimento de fundos será contabilizado e incluído nas contas do ordenador como despesa
realizada; as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constituirão
anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após o encerramento do exercício.
Errado.

026. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018-ADAPTADA) Julgue:


É vedada a abertura de conta bancária destinada à movimentação de suprimento de fundos.

Confirme na literalidade do decreto n. 93.872/1986:

Art. 45-A. É vedada a abertura de conta bancária destinada à movimentação de suprimentos de


fundos.
Certo.

027. (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária, jul-


gue o item.
O suprimento de fundos é caracterizado como um adiantamento de valores que se faz a um
servidor para futura prestação de contas e que não constitui uma despesa orçamentária.

A assertiva erra ao afirmar que o suprimento de fundos não constitui despesa orçamentária.
Veja a definição de suprimentos de fundos feita pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao Se-
tor Público – MCASP, com grifos nossos:

SUPRIMENTOS DE FUNDOS (REGIME DE ADIANTAMENTO)


O suprimento de fundos é caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para
futura prestação de contas. Esse adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para con-
ceder o recurso ao suprido é necessário percorrer os três estágios da despesa orçamentária: empe-
nho, liquidação e pagamento. Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque patrimonial,
pois, no momento da concessão, não ocorre redução no patrimônio líquido. Na liquidação da des-
pesa orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre o registro de um passivo, há também a incor-
poração de um ativo, que representa o direito de receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser
efetuado pelo suprido, ou a devolução do numerário adiantado.
Errado.

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028. (CESPE/STM/TÉCNICO/2018) Com relação a restos a pagar e a suprimento de fundos,


julgue o item a seguir.
O servidor declarado em alcance para suprimento de fundos é aquele cujas contas foram pres-
tadas no prazo regulamentar e, em seguida, aprovadas.

A assertiva descreveu um servidor em situação regular.


Na verdade, o servidor declarado em alcance para suprimento de fundos é aquele não efetuou,
no prazo, a comprovação dos recursos recebidos ou que, caso tenha apresentado prestação
de contas dos recursos, que ela tenha sido impugnada total ou parcialmente.
Errado.

029. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) A empresa X foi contratada para executar uma obra de


dez milhões de reais em dezembro, no final do exercício financeiro do ano anterior. A ordem de
serviço emitida previu o início da obra no mês de janeiro do ano seguinte. Foram empenhados
cinco milhões em dezembro, quando da assinatura do contrato, tendo o valor sido inscrito em
restos a pagar. O restante do valor da obra, que estava previsto no orçamento do exercício
financeiro seguinte, foi empenhado no início do ano. A empresa X executou um milhão de
reais em serviços e abandonou a obra em março. A administração então convidou a segunda
colocada no certame, a empresa Y, para concluir o objeto do contrato. A empresa Y prontamen-
te aceitou.
A respeito da situação hipotética apresentada, julgue o item subsequente.
Os quatro milhões restantes inscritos em restos a pagar devem ser anulados e novamente
empenhados para a empresa Y executar a obra.

Temos uma situação em que o empenho da despesa que gerou a inscrição em restos a pagar
foi feito em benefício da empresa X, mas como tivemos o abandono da obra por ela, o saldo de
restos a pagar deve ser cancelado.
Note, entretanto, que o saldo de restos a pagar refere-se a recursos do ano anterior e que, des-
sa forma, não passíveis de reutilização no ano seguinte, já que não pode ser feito empenho em
um ano utilizando-se de recursos de ano anterior.
Podemos concluir, portanto, que para dar continuidade à obra, deve ser efetuado novo em-
penho, utilizando recursos do ano corrente em benefício da empresa Y, considerando que os
recursos cancelados de restos a pagar não são mais passíveis de utilização.
Errado.

030. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) Com relação aos mecanismos de administração, progra-


mação, execução e controle dos recursos orçamentários, julgue o item subsequente.
Será automaticamente cancelada a despesa regularmente originada a partir de emissão de
nota de empenho não inscrita pelo gestor competente em restos a pagar até o final do exercí-
cio financeiro.
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Na verdade, o empenho não será automaticamente anulado apenas pelo fato de que o gestor
não realizou o procedimento de inscrição em Restos a Pagar do Exercício, já que pode estar
configurada uma das situações em que o empenho não deve ser anulado, ou seja, pode se
enquadrar em uma das exceções previstas. Confira no Decreto n. 93.872/1986 tais exceções,
com grifos nossos:

Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa,
ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.
Errado.

031. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-ACE/2021) Acerca da despesa pública, julgue o item


subsequente.
A inscrição de restos a pagar não processados a liquidar ocorre quando tiver ocorrido o fato
gerador da obrigação, antes do término do exercício em curso, sem que se tenha procedido o
estágio da liquidação.

Vamos ver uma classificação constante do MCASP 8ª Edição que divide os Restos A Pagar
- RAP não processados em RAP não processados a liquidar e RAP não processados em liqui-
dação. Confira, com grifos nossos:

4.7.4.1. Inscrição de Restos a Pagar Não Processados a Liquidar


Registrado o empenho, mas não ocorrido o fato gerador da obrigação, e caso comprovadas as
condições necessárias para inscrição de restos a pagar, dar-se-á a inscrição de Restos a Pagar Não
Processados a liquidar.
4.7.4.2. Inscrição De Restos a Pagar Não Processados em Liquidação
Ocorrido o fato gerador da obrigação antes do término do exercício em curso, sem que se tenha
procedido o estágio da liquidação, deve-se reconhecer o impacto patrimonial da despesa. Nesse
sentido, as despesas deverão ser registradas ao fim do exercício como RP não processados “em
liquidação”.

Note, portanto, que a assertiva caracteriza os restos a pagar não processados em liquidação.
Errado.

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032. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-ACE/2021) Acerca de restos a pagar e despesas de exercí-


cios anteriores, julgue o item a seguir.
Independentemente de serem processadas ou não, só serão pagas as despesas inscritas em
restos a pagar liquidadas.

Considerando que restos a pagar são despesas que foram empenhadas, mas que não foram
pagas no exercício, e que as despesas somente podem ser pagas após regular liquidação, in-
dependentemente de serem processadas ou não, as despesas inscritas em restos a pagar só
serão pagas após liquidadas regularmente. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
Certo.

033. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-ACE/2021) Acerca da despesa pública, julgue o item


subsequente.
Restos a pagar com prescrição interrompida são considerados despesas de exercícios
anteriores.

Vamos direto ao MCASP 8ª Edição. O que pode ser considerado como DEA – Despesas de
Exercícios Anteriores, com grifos nossos:

Para fins de identificação como despesas de exercícios anteriores, considera-se:


a. Despesas que não se tenham processado na época própria, como aquelas cujo empenho tenha
sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que,
dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;
b. Restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha
sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
c. Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento cria-
da em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do
exercício correspondente.

Assim, podemos concluir que os restos a pagar com prescrição interrompida são considera-
dos DEA – Despesas de Exercícios Anteriores.
Certo.

034. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA ACE/2021) Acerca de restos a pagar e despesas de exercí-


cios anteriores, julgue o item a seguir.
A obrigação de pagamento, tanto dos restos a pagar quanto das despesas de exercícios an-
teriores, deve ser reconhecida pela autoridade competente em procedimento administrativo
específico.

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Na verdade, apenas a obrigação de pagamento das despesas de exercícios anteriores deve ser
reconhecida pela autoridade competente em procedimento administrativo específico, não sen-
do aplicável aos Restos a Pagar. Confira diretamente no MCASP 8ª Edição, com grifos nossos:

O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com exercícios anteriores, pela auto-
ridade competente, deverá ocorrer em procedimento administrativo específico, sendo necessário,
no mínimo, os seguintes elementos:
a. Identificação do credor/favorecido;
b. Descrição do bem, material ou serviço adquirido/contratado;
c. Data de vencimento do compromisso;
d. Importância exata a pagar;
e. Documentos fiscais comprobatórios;
f. Certificação do cumprimento da obrigação pelo credor/favorecido;
g. Motivação pelo qual a despesa não foi empenhada ou paga na época própria.
Errado.

035. (CESPE/TC-DF/AUDITOR/2021) No que se refere às classificações de receitas e despe-


sas públicas e às disposições da legislação aplicável às finanças públicas, julgue o item a seguir.
Considere que determinada entidade pública tenha realizado o empenho em janeiro de X2,
referente a merenda escolar entregue em dezembro de X1. Nessa situação, a referida despesa
pertence ao exercício de X2, sob a classificação de despesas de exercícios anteriores.

Note que o empenho ocorreu em X2, mas o fato gerador ocorreu em X1, ou seja, a entrega ocor-
reu ainda em X1. Assim, temos um caso de DEA - Despesas de Exercícios Anteriores, que são
as despesas de exercícios encerrados, para as quais a LOA e Créditos Adicionais consignavam
crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, mas que não fora processado tempesti-
vamente ou na época própria.
Confira no MCASP 8ª Edição, o item 4.8. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES, com gri-
fos nossos:

São despesas cujos fatos geradores ocorreram em exercícios anteriores àquele em que deva ocor-
rer o pagamento.
O art. 37 da Lei n. 4.320/1964 dispõe que as despesas de exercícios encerrados, para as quais o
orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se
tenham processado na época própria, bem como os restos a pagar com prescrição interrompida
e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser
pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obe-
decida, sempre que possível, a ordem cronológica.
Certo.

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Despesa Pública – Parte II
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036. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Julgue o item a seguir, referente a suprimento


de fundos.
As restituições de suprimento de fundos recolhidas após o encerramento do exercício serão
contabilizadas como receita orçamentária.

Observe que a devolução de valores não aplicados no mesmo exercício da concessão é clas-
sificada como anulação de despesa, mas a devolução de valores não aplicados no exercício
seguinte ao da concessão deve ser classificada como receita do período.
Certo.

037. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Julgue o item a seguir, referente a suprimento


de fundos.
Não será concedido suprimento de fundos a servidor declarado em alcance ou que esteja res-
ponsável por dois suprimentos.

Confira diretamente no MCASP 8ª Edição as vedações à concessão de suprimentos de fundos:

Não se concederá suprimento de fundos:


a. A responsável por dois suprimentos;
b. A servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir, salvo quando não
houver na repartição outro servidor;
c. A servidor declarado em alcance, ou seja, aquele que não prestou contas no prazo regulamentar
ou o que teve suas contas recusadas ou impugnadas em virtude de desvio, desfalque, falta ou má
aplicação de dinheiro, bens ou valores;
Certo.

038. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Considerando que a CODEVASF necessite reali-


zar a revitalização das margens do rio São Francisco no trecho localizado em Itacoatiara-BA,
obra orçada em R$ 729.250,59, julgue o item a seguir.
Para viabilizar a contratação da revitalização das margens do rio São Francisco, a CODEVASF
poderá utilizar-se do mecanismo do suprimento de fundos.

O suprimento de fundos deve ser utilizado para atender a despesas eventuais, inclusive em
viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento, ou quando a despesa deva
ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento, ou ainda para atender a
despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapas-
sar limite estabelecido em ato normativo próprio.

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Desse modo, a despesa com revitalização das margens do rio São Francisco não pode ser
realizada através de suprimento de fundos, pois não se trata de uma despesa eventual, nem
sigilosa e nem de pequeno vulto, devendo seguir o processo normal de execução da despesa,
inclusive com o devido processo licitatório.
Errado.

039. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA ACE/2021) Acerca da despesa pública, julgue o item


subsequente.
Despesas com suprimento de fundos sem a apresentação da prestação de contas até o encer-
ramento do exercício devem ser inscritas em restos a pagar não processados.

Guarde a ideia de que os Restos a Pagar são despesas empenhadas e não pagas.
Por sua vez, para que possa ser realizada a concessão do suprimento de fundos, faz-se neces-
sário que os três estágios da execução da despesa (empenho, liquidação e pagamento) sejam
percorridos, de modo que nenhum deles fique pendente.
Perceba, portanto, que, no caso de suprimento de fundos, como a despesa já foi empenhada, liqui-
dada e paga, não há inscrição em restos a pagar da despesa executada via suprimento de fundos.
Errado.

040. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021)

VALOR
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS (em milhões de
reais)
Previsão inicial 100
Receitas realizadas 105
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS
Dotação inicial 100
Despesas empenhadas 80
Despesas liquidadas 70
Despesas pagas 60
Despesas empenhadas, liquidadas e pagas em 20X1 relativas a 10
20X0

Com base nas informações da tabela apresentada, que mostra contas extraídas em 31/12/20X0
da contabilidade de determinado ente público, julgue o próximo item.
O referido ente público apurou os restos a pagar processados do ano 20X0 no valor de R$
10.000.000.

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Despesa Pública – Parte II
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Os restos a pagar processados são aqueles que passaram pela fase da liquidação.
Podemos calcular os restos a pagar processados inscritos no período pela diferença entre o
total das despesas liquidadas e o total das despesas pagas. Assim temos:
RAP processados inscritos = 70.000.000−60.000.000.
RAP processados inscritos = 10.000.000,00.
Certo.

041. (CESPE/SEFAZ-CE/AUDITOR/2021) Considere que a Secretaria de Saúde do Estado do


Ceará tenha adquirido um lote de vacinas e que o processamento dessa despesa tenha ocorrido
da seguinte forma: empenhamento em 9/12/2020; recebimento das vacinas em 29/12/2020;
pagamento da despesa em 19/1/2021. Considere, ainda, que a contabilização da aquisição
das vacinas tenha atendido às normas previstas na Lei n. 4.320/1964.
Nessa situação hipotética, essa despesa foi registrada em 31/12/2020 como dívida fundada.

Na situação apresentada, a despesa foi empenhada, mas não foi paga, não deixando claro o
enunciado se essa despesa foi ou não processada. De qualquer forma, como estamos falando
de restos a pagar, trata-se de dívida flutuante. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar;
III – os depósitos;
IV – os débitos de tesouraria.
Errado.

042. (CESPE/SEFAZ-CE/AUDITOR/2021) A Lei n. 4.320/1964 é de suma importância para a


administração pública, haja vista que versa sobre direito financeiro, tema que afeta o dia a dia
das repartições públicas no que se refere ao ingresso e à saída de recursos. Considerando o
disposto nessa lei, julgue o item que se segue.
O suprimento de fundos tem como finalidade atender a despesas que não possam aguardar
o processo normal, ou seja, constitui exceção quanto à realização de procedimento licitatório,
sendo utilizado, por exemplo, para o atendimento de despesas de pequeno vulto das escolas
públicas cearenses.

A assertiva está em conformidade com o artigo 68 da Lei n. 4.320/1964 e com o artigo 45 do


decreto n. 93.872/1986. Confira:

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Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação,
nos seguintes casos (Lei n. 4.320/64, art. 68 e Decreto-lei n. 200/67, § 3º do art. 74):
I – para atender despesas em viagens ou serviços especiais que exijam pronto pagamento em espécie;
I – Serviços especiais que exijam pronto pagamento em espécie. (Redação dada pelo Decreto n.
95.804, de 1988)
I – para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento em espécie. (Redação dada pelo Decreto n. 2.289, de 1997)
I – para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento; (Redação dada pelo Decreto n. 6.370, de 2008)
Il - quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e
III – para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso,
não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.
§ 1º. O suprimento de fundos será contabilizado e incluído nas contas do ordenador como despesa
realizada; as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constituirão
anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após o encerramento do exercício.
§ 2º. O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado a prestar con-
tas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no prazo
assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências administrativas para a apura-
ção das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis (Decreto-lei n. 200/67, parágrafo
único do art. 81 e § 3º do art. 80).
Certo.

043. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021)

VALOR
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS
(em milhões de reais)
Previsão inicial 100
Receitas realizadas 105
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS
Dotação inicial 100
Despesas empenhadas 80
Despesas liquidadas 70
Despesas pagas 60
Despesas empenhadas, liquidadas e pagas em 20X1 10
relativas a 20X0

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Com base nas informações da tabela apresentada, que mostra contas extraídas em 31/12/20X0
da contabilidade de determinado ente público, julgue o próximo item.
O ente público apurou as despesas de exercícios anteriores no valor de R$ 20.000.000.

Tenha em mente que as DEA’s - Despesas de Exercícios Anteriores, são despesas que não
foram empenhadas no exercício adequado, referindo-se, na verdade, a fatos geradores ocor-
ridos em exercícios anteriores. Desse modo, o único valor que será pago à conta de DEA é
referente à despesa empenhada, liquidada e paga em 20X1 relativas a 20X0, cujo valor é de R$
10 milhões.
Errado.

044. (CESPE/PGDF/TÉCNICO/2021) Considerando os princípios e a execução orçamentá-


rios, bem como a composição orçamentária do DF, julgue o item a seguir.
O pressuposto contábil para a inscrição de restos a pagar consiste no fato de que a receita
orçamentária que dá suporte ao pagamento da despesa orçamentária foi arrecadada no exer-
cício anterior ao de realização dessa despesa.

Confira no MCASP:

4.7.1. Inscrição dos Restos a Pagar.


De tal forma, a norma estabelece que, no encerramento do exercício, a parcela da despesa orça-
mentária que se encontrar empenhada, mas ainda não paga, poderá ser inscrita em restos a pagar.
O raciocínio implícito na lei é de que, de forma geral, a receita orçamentária a ser utilizada para pa-
gamento da despesa orçamentária já deve ter sido arrecadada em determinado exercício, anterior-
mente à realização dessa despesa.
Com base nessa premissa, assim como a receita orçamentária que ampara o empenho da despesa
orçamentária pertence ao exercício de sua arrecadação e serviu de base, dentro do princípio do
equilíbrio orçamentário, para a fixação da despesa orçamentária pelo Poder Legislativo, a despesa
que for empenhada com base nesse crédito orçamentário também deverá pertencer ao referido
exercício. Observe-se, no entanto, que o critério de definição do exercício financeiro para alocar a
despesa orçamentária não será o pagamento da mesma, e sim o seu empenho.
Certo.

045. (CESPE/PGDF/TÉCNICO/2021) Com base nos conceitos e nas aplicações da Lei de


Responsabilidade Fiscal e na Lei Complementar de Finanças Públicas (Lei n. 4.320/1964), jul-
gue o item seguinte.
Os empenhos relativos a créditos com vigência plurianual, quando não liquidados, serão consi-
derados como restos a pagar somente no último ano de vigência do crédito.

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Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 36. [...]


Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurianual, que não
tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do
crédito.
Certo.

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Despesa Pública – Parte II
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QUESTÕES DE CONCURSO – LISTA II


FCC

001. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020) Considere as informações a seguir extraídas das demons-


trações contábeis de um ente público referentes ao exercício financeiro de 2018, cujos valores
estão em reais:

Despesas Dotação
Dotação Inicial Empenho Liquidação Pagamento
Orçamentárias Atualizada
Amortização da
21.000.000,00 21.000.000,00 19.800.000,00 19.800.000,00 18.770.000,00
Dívida
Inversões
6.800.000,00 7.500.000,00 7.300.000,00 5.630.000,00 4.400.000,00
Financeiras
Investimentos 44.000.000,00 44.000.000,00 38.000.000,00 34.500.000,00 33.800.000,00
Juros e Encargos
900.000,00 900.000,00 750.000,00 730.000,00 690.000,00
da Dívida
Outras Despesas
80.000.000,00 85.000.000,00 83.000.000,00 82.500.000,00 63.900.000,00
Correntes
Pessoal e
120.000.000,00 125.000.000,00 123.000.000,00 118.000.000,00 113.000.000,00
Encargos Sociais

Com base nessas informações, o valor inscrito em restos a pagar não processados em
31/12/2018 em decorrência da execução orçamentária da despesa de capital foi, em reais:
a) 8.130.000,00.
b) 3.000.000,00.
c) 2.960.000,00.
d) 5.170.000,00.
e) 5.190.000,00.

002. (FCC/ALAP/ASSISTENTE/2020) A Lei n. 4.320/1964 define e estabelece regras gerais


aplicáveis ao regime de adiantamento. O suprimento de fundos deve ser concedido e utilizado
segundo a referida lei
a) para atender as despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que
exijam pronto pagamento.
b) para atender as despesas correntes, inclusive em viagem e com serviços especiais, que
exijam pagamento a prazo.
c) para atender as despesas vultuosas e sigilosas cujo valor ultrapassa limite estabelecido na
lei orçamentária.

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Despesa Pública – Parte II
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d) por servidor que não prestou contas no prazo regulamentar ou que teve prestação de contas
impugnadas.
e) por servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir, mesmo
quando tiver outro servidor à disposição.

003. (FCC/PREFEITURA-RECIFE/ANALISTA/2019) Em janeiro de 2018, um servidor de um


ente público municipal constatou que o valor referente à gratificação pela chefia de depar-
tamento que o mesmo tinha direito não estava sendo pago desde novembro de 2017. Em
15/01/2018, o servidor solicitou o pagamento retroativo do montante correspondente ao seu
direito de recebimento. Desse modo, após o reconhecimento da obrigação de pagamento pela
autoridade competente em janeiro de 2018, um novo empenho foi emitido, liquidado e pago em
30/01/2018. Assim, de acordo com as determinações do Manual de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público, a despesa referente ao empenho emitido em 30/01/2018 deve ser classificada
no elemento de despesa
a) 92 − Despesas de Exercícios Anteriores.
b) 16 − Outras Despesas Variáveis − Pessoal Civil.
c) 11 − Vencimentos e Vantagens Fixas − Pessoal Civil.
d) 94 − Indenizações e Restituições Trabalhistas.
e) 91 − Sentenças Judiciais.

004. (FCC/PREFEITURA-RECIFE/ANALISTA/2019) Suponha que o Município tenha contrata-


do serviços de recapeamento de vias públicas e, ao final do exercício, tendo ocorrido o empe-
nho dos recursos destinados às despesas correspondentes bem como a medição e atestação
dos serviços realizados, não logrou efetuar o pagamento devido ao contratado pelos serviços
efetivamente realizados. Considerando o regime constitucional e legal vigente para execução
das despesas públicas, o Município deverá
a) anular a liquidação de tais despesas, a qual deverá ser repetida no exercício seguinte.
b) providenciar o cancelamento do empenho, em observância ao princípio da anualidade.
c) inscrever tais despesas, que pertencem ao exercício findo, em restos a pagar.
d) incluir dotação para pagamento de tais despesas na Lei Orçamentária do próximo exercício.
e) anular as dotações que davam suporte a tais despesas e providenciar a abertura de crédi-
to especial.

005. (FCC/CLDF/CONSULTOR/2018) Em janeiro de 2018, o pagamento no valor de R$ 950,00


foi reclamado pelo prestador do serviço de manutenção dos aparelhos de ar condicionado
– pessoa física. Todavia, a inscrição da despesa com a manutenção dos aparelhos de ar con-
dicionado como restos a pagar havia sido cancelada em dezembro de 2017. Sabendo que foi
constatada a vigência do direito do prestador do serviço e de acordo com as determinações
do Decreto n. 93.872/1986, o pagamento poderá ser atendido à conta de dotação destinada a

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a) Suprimentos de Fundos.
b) Indenizações e Restituições.
c) Serviços de Terceiros – Pessoa Física.
d) Despesas de Exercícios Anteriores.
e) Locação de Mão de Obra

006. (FCC/CLDF/CONSULTOR/2018) Em 31/12/2017, o empenho referente à aquisição de


equipamentos de segurança foi considerado insubsistente e cancelado pelo ordenador de des-
pesas de uma determinada entidade pública. No entanto, em janeiro de 2018, os equipamentos
foram entregues pelo fornecedor de acordo com o prazo de entrega fixado no contrato assi-
nado em dezembro de 2017. Assim, em janeiro de 2018, o ordenador de despesas empenhou
despesa referente aos equipamentos de segurança entregues, sendo que nesse mesmo mês
houve a liquidação e o pagamento do valor devido ao fornecedor.
Desse modo, de acordo com as determinações do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
Público, a despesa orçamentária empenhada em janeiro de 2018 referente à aquisição dos
equipamentos de segurança foi classificada no elemento de despesa
a) Material de Consumo.
b) Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica.
c) Indenizações e Restituições.
d) Despesas de Exercícios Anteriores.
e) Equipamentos e Material Permanente.

007. (FCC/CLDF/CONSULTOR-LEGISLATIVO/2018) Considere os dados a seguir extraídos


das demonstrações contábeis de um ente público estadual referentes ao exercício financeiro
de 2017, cujos valores estão em reais:

Dotação Dotação
Despesas Empenho Liquidação Pagamento
Inicial Atualizada

Amortização da
1.000.000,00 1.000.000,00 980.000,00 980.000,00 697.000,00
Dívida

Inversões
7.800.000,00 8.500.000,00 8.300.000,00 4.790.000,00 3.340.000,00
Financeiras

Investimentos 22.000.000,00 22.000.000,00 13.800.000,00 5.600.000,00 4.000.000,00

Juros e Encargos
100.000,00 100.000,00 89.000,00 89.000,00 65.000,00
da Dívida

Outras
Despesas 50.000.000,00 50.000.000,00 47.000.000,00 44.500.000,00 39.800.000,00
Correntes

Pessoal e
90.000.000,00 91.000.000,00 84.500.000,00 83.900.000,00 82.000.000,00
Encargos Sociais
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Com base nessas informações, o valor inscrito em restos a pagar processados em 31/12/2017
em decorrência da execução orçamentária da despesa corrente foi, em reais,
a) 6.600.000,00
b) 3.100.000,00
c) 6.624.000,00
d) 9.724.000,00
e) 9.700.000,00

008. (FCC/CLDF/CONSULTOR-LEGISLATIVO/2018) Considere que ao final do exercício finan-


ceiro determinado órgão da Administração pública tenha executado contrato de pavimentação
de vias públicas, efetuando medições, atestações de serviços e empenho das despesas in-
corridas pelas parcelas executadas, porém não tenha efetuado o correspondente pagamento.
Diante de tal quadro,
a) as despesas empenhadas e não liquidadas ensejam superávit financeiro passível de ser
utilizado como fonte para geração de crédito no orçamento subsequente ao qual pertence a
receita correspondente.
b) os empenhos deverão ser cancelados, eis que não processados, cabendo o pagamento das
obrigações a eles subjacentes com dotações do orçamento do ano subsequente.
c) as dotações orçamentárias do exercício encerrado que deram suporte para os empenhos
efetuados integrarão o orçamento do exercício subsequente, pertencendo também a este as
despesas correspondentes.
d) somente será viável a geração de restos a pagar em se tratando de empenhos processados
e que contem com a respectiva reserva no orçamento subsequente a título de pagamento por
indenização.
e) os valores empenhados deverão ser inscritos em restos a pagar, para liquidação no exercício
seguinte, em relação ao qual o montante é considerado extra orçamentário.

009. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018) Trata-se de uma despesa orçamentária que se constitui


em adiantamento a servidor que ainda prestará contas dela.
O enunciado descreve adequadamente o conceito de
a) Despesa de exercício anterior.
b) Suprimento de fundos.
c) Antecipação de empenho.
d) Restos a pagar.
e) Receita orçamentária.

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Despesa Pública – Parte II
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010. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018) Para responder à questão, considere as seguintes


informações.
• Empenho de despesa referente a serviços de terceiros − pessoa física, contratados para
a manutenção dos elevadores do edifício-sede da entidade no valor de R$ 3.000,00. A
despesa empenhada, pelo seu valor total, foi liquidada em dezembro de 2017 e paga em
janeiro de 2018.
• Empenho de despesa com serviços de terceiros − pessoa física, contratados para a lim-
peza do edifício-sede da entidade no valor de R$ 10.000,00. A despesa empenhada, pelo
seu valor total, foi liquidada e paga em janeiro de 2018.
• Empenho e liquidação de despesa referente a diárias no valor de R$ 19.000,00. A despe-
sa empenhada e liquidada, foi paga, pelo seu valor total, em janeiro de 2018.
• Empenho e liquidação de despesa com a aquisição de um veículo no valor de R$
60.000,00, sendo que o veículo foi entregue pelo fornecedor e colocado em uso no dia
30/11/2017, data em que houve a liquidação da despesa. A despesa empenhada foi
paga, pelo seu valor total, em janeiro de 2018.
• Empenho, liquidação e pagamento de despesa com pessoal e encargos sociais referen-
te ao mês de novembro de 2017 no valor de R$ 700.000,00.
• Empenho, liquidação e pagamento de despesa com auxílio-transporte aos servidores
referente ao mês de novembro de 2017 no valor de R$ 20.000,00.
• Reconhecimento da perda por redução ao valor recuperável de bem móvel no valor de R$
5.000,00 no dia 30/11/2017.
• Reconhecimento da depreciação dos imóveis no valor de R$ 15.000,00 referente ao mês
de novembro de 2017.
Com base nessas transações tomadas em conjunto, os restos a pagar processados e não pro-
cessados inscritos em 31/12/2017 foram, respectivamente, em reais,
a) 10.000,00 e 82.000,00.
b) 15.000,00 e 802.000,00.
c) 82.000,00 e 10.000,00.
d) 720.000,00 e 30.000,00.
e) 802.000,00 e 30.000,00.

011. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018) Um suprimento de fundos foi concedido a um servidor


de uma entidade pública para custear despesas com passagens e locomoção, sendo que o
empenho da despesa ocorreu em 11/09/2017, a liquidação e o reconhecimento do direito da
entidade em 12/09/2017 e o pagamento ao suprido em 15/09/2017. O valor total do suprimen-
to de fundos foi utilizado em 26/09/2017 e a prestação de contas foi realizada pelo suprido
em 29/09/2017. Assim, o registro contábil referente ao fato ocorrido em 11/09/2017 originou
a) a realização de uma despesa orçamentária.
b) a ocorrência de uma despesa extraorçamentária.
c) o reconhecimento de uma variação patrimonial diminutiva.
d) o reconhecimento de um passivo circulante.
e) o reconhecimento de um ativo permanente.
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012. (FCC/SEAD-AP/ANALISTA/2018) Em 27/12/2017, o ordenador de despesas de um de-


terminado ente público estadual empenhou despesa no valor de R$ 410,00 referente ao adian-
tamento de valor a um servidor do referido ente para custear despesas com passagens e lo-
comoção. A liquidação da despesa ocorreu em 28/12/2017 e o pagamento ao servidor, em
10/01/2018. O valor total do adiantamento foi utilizado pelo servidor em 12/01/2018 e a pres-
tação de contas foi realizada em 30/01/2018. Assim, uma despesa
a) orçamentária foi realizada em 28/12/2017.
b) extraorçamentária ocorreu em 30/01/2018.
c) orçamentária foi realizada em 10/01/2018.
d) extraorçamentária ocorreu em 12/01/2018.
e) orçamentária foi realizada em 27/12/2017.

013. (FCC/SEAD-AP/ANALISTA/2018) Considere os dados abaixo extraídos das demonstra-


ções contábeis de um ente público estadual referentes ao exercício financeiro de 2017, cujos
valores estão em reais.

Dotação
Despesas Dotação Inicial Empenho Liquidação Pagamento
Atualizada

Amortização da
500.000,00 500.000,00 490.000,00 490.000,00 345.000,00
Dívida

Inversões
3.900.000,00 4.250.000,00 4.150.000,00 2.400.000,00 1.650.000,00
Financeiras

Investimentos 11.000.000,00 11.000.000,00 7.000.000,00 3.600.000,00 2.500.000,00

Juros e Encargos
100.000,00 100.000,00 90.000,00 85.000,00 84.000,00
da Dívida

Outras Despesas
25.000.000,00 25.000.000,00 23.500.000,00 22.300.000,00 19.900.000,00
Correntes

Pessoal e
45.000.000,00 46.000.000,00 43.200.000,00 42.400.000,00 41.000.000,00
Encargos Sociais

Com base nesses dados, o valor inscrito, em 31/12/2017, em restos a pagar não Processados
em decorrência da execução orçamentária da despesa corrente foi, em reais,
a) 3.801.000,00.
b) 2.005.000,00.
c) 5.806.000,00.
d) 2.000.000,00.
e) 3.800.000,00.

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014. (FCC/DPE-AM/ANALISTA/2018) Em 25/11/2016, o ordenador de despesa de uma de-


terminada entidade pública emitiu empenho no valor de R$ 60.000,00 para aquisição de um
veículo. Em 30/12/2016, o veículo foi entregue pelo fornecedor e o ativo foi reconhecido pela
entidade, no entanto, a despesa foi liquidada e paga somente em 05/01/2017, pelo valor total
empenhado. Assim, de acordo com as determinações do Manual de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público, em 31/12/2016, o valor de R$ 60.000,00 foi inscrito em restos a pagar
a) Processados, sendo que o pagamento em 05/01/2017 corresponde a uma despesa extra-
orçamentária.
b) não Processados a Liquidar, sendo que o pagamento em 05/01/2017 corresponde a uma
despesa orçamentária.
c) não Processados a Liquidar, sendo que o pagamento em 05/01/2017 corresponde a uma
despesa extraorçamentária.
d) não Processados em Liquidação, sendo que o pagamento em 05/01/2017 corresponde a
uma despesa orçamentária.
e) não Processados em Liquidação, sendo que o pagamento em 05/01/2017 corresponde a
uma despesa extraorçamentária.

015. (FCC/DPE-AM/ANALISTA/2018) Em 31/12/2016, uma entidade pública anulou o empe-


nho, no valor de R$ 13.500,00, referente à despesa com a aquisição de material de consumo.
Entretanto, em 03/01/2017, o fornecedor entregou o material conforme prazo contratado com
a entidade pública. O material adquirido foi utilizado pela entidade pública em 16/01/2017.
Nesse caso, em 03/01/2017, ocorreu:
a) a liquidação de restos a pagar não processados.
b).o empenho de despesa no elemento de despesa Material de Consumo.
c) um fato modificativo que aumentou o passivo.
d) um fato permutativo que aumentou o ativo.
e) uma Despesa de Exercício Anterior que diminuiu a situação patrimonial líquida.

016. (FCC/DPE-AM/ANALISTA/2018) O ordenador de despesa de uma determinada entidade


pública emitiu empenho em 02/12/2016 no valor de R$ 3.000,00 referente à aquisição de mate-
rial de consumo. Em 30/12/2016, o material adquirido foi entregue pelo fornecedor, no entanto,
em decorrência de erros nos procedimentos internos da entidade, em 31/12/2016, o empenho
no valor de R$ 3.000,00 foi cancelado, sendo que um novo empenho foi emitido, liquidado e
pago em 03/01/2017. Assim, de acordo com as determinações do Manual de Contabilidade
Aplicada ao Setor Público, a despesa referente ao empenho emitido em 03/01/2017 deve ser
classificada no elemento de despesa:
a) Material de Consumo.
b) Suprimento de Fundos.
c) Equipamentos e Material Permanente.
d) Despesa de Exercícios Anteriores.
e) Indenizações e Restituições.
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Despesa Pública – Parte II
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017. (FCC/TRT-6/TÉCNICO/2018) Considere que, no último mês do exercício financeiro, deter-


minado órgão público, no curso da execução de um contrato de obras, tenha realizado medições
e atestado a execução de parcelas do objeto contratado. Contudo, em face do encerramento
do exercício, não tenha sido possível a liquidação financeira da despesa com o pagamento ao
contratado naquele mesmo ano. Diante de tal cenário, considerando a legislação cabível,
a) não será possível efetuar os pagamentos em questão por ausência de suporte orçamentá-
rio, devendo ser expedido precatório.
b) deverão ser cancelados os empenhos eventualmente efetuados e abertas novas dotações
para suportar os pagamentos.
c) as despesas geradas constituem déficit orçamentário, os quais devem ser suportados por
dotações consignadas no orçamento subsequente.
d) os restos a pagar gerados pelas atestações independem de empenho e deverão ser proces-
sados como despesas extraorçamentárias.
e) as despesas, se regularmente empenhadas, serão suportadas por restos a pagar que perten-
cem ao exercício em que foram geradas.

018. (FCC/PREFEITURA-SÃO-LUÍS/AUDITOR/2018) Um ente público municipal empenhou,


em novembro de 2017, despesa no valor de R$ 10.000,00 referente à aquisição de material
de construção para reparos em imóveis. O material adquirido foi entregue pelo fornecedor em
28/12/2017, data em que a despesa foi liquidada pelo valor total do empenho. A despesa foi
paga, pelo valor de R$ 10.000,00, em janeiro de 2018. De acordo com as determinações do
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, em 31/12/2017, o ente público municipal
inscreveu o valor de R$ 10.000,00 em restos a pagar
a) não Processados referente à despesa classificada, quanto ao grupo de natureza da despesa,
como Despesa de Capital.
b) Processados referente à despesa classificada, quanto ao grupo de natureza da despesa,
como Outras Despesas Correntes.
c) não Processados referente à despesa classificada, quanto à categoria econômica, como
Despesa de Custeio.
d) não Processados referente à despesa classificada, quanto à categoria econômica, como
Outras Despesas Correntes.
e) Processados referente à despesa classificada, quanto ao grupo de natureza da despesa,
como Despesa Corrente.

019. (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2017) Com relação à execução do orçamento público, as des-


pesas empenhadas e não pagas no exercício financeiro correspondem:
a) aos restos a pagar.
b) à dívida fundada.
c) à dívida mobiliária pública.

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d) aos depósitos reconhecidos como dívida flutuante.


e) à dívida fundada inferior a 12 meses, necessitando de autorização legislativa.

020. (FCC/ARTESP/ESPECIALISTA/2017) Sobre as regras estabelecidas para a concessão


de suprimento de fundos, considere:
I – Para atender a despesas eventuais, inclusive aquelas cuja dotação não tenha sido previa-
mente definida em lei.
II – Para realizar despesa que deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em
regulamento.
III – Para atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada
caso, não ultrapassar limite estabelecido em ato normativo próprio.
IV – Por servidor declarado em alcance.
V – Para atender a despesas de pequeno vulto, mesmo que não haja a realização de empenho
na dotação própria para o fim de realizar as despesas.
VI – Por servidor responsável por mais de um suprimento de fundo.
É permitida a utilização de suprimentos de fundos nos casos apresentados nos itens
a) I e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I, III, V e VI, apenas.
e) I, II, III, IV, V e VI.

021. (FCC/ARTESP/ESPECIALISTA/2017) Considere as seguintes informações extraídas


das Demonstrações Contábeis de uma autarquia estadual referentes ao exercício financei-
ro de 2016:

Inscritos

Em
Em 31/12 do Liquidados Pagos Cancelados
exercícios
Exercício
Anteriores a
Anterior
2015

Restos a Pagar não


0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Processados

Restos a Pagar
não Processados 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Liquidados

Restos a Pagar
950.000,00 35.450.000,00 - 34.300.000,00 100.000,00
Processados

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Os valores totais das despesas empenhadas, liquidadas e pagas extraídas do Balanço Orça-
mentário referente ao exercício financeiro de 2016 foram, respectivamente, R$ 40.000.000,00,
R$ 35.000.000,00 e R$ 32.000.000,00. Nesse caso, o valor
a) dos restos a pagar não processados inscritos em 31/12/2016 foi R$ 8.000.000,00.
b) dos restos a pagar processados inscritos em 31/12/2016 foi R$ 5.000.000,00.
c) do passivo financeiro foi reduzido em 2016 em R$ 34.400.000,00.
d) do saldo do passivo financeiro em 31/12/2016 era R$ 10.000.000,00.
e) da receita extraorçamentária em 2016 foi R$ 5.100.000,00.

022. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) A União realizou despesa sob o regime de adiantamento para


atender necessidades do Ministério do Transporte, nas seguintes condições: a despesa não se
subordinava ao processo normal de aplicação e contava com previsão legal; foi feito empenha-
mento prévio na dotação específica; o numerário foi entregue a servidor que não se encontrava
em alcance e que já era responsável por outros dois adiantamentos. O ato praticado contrariou
a Lei n. 4.320/1964, pois
a) no caso do adiantamento, o empenho é a posteriori.
b) não há dotação específica para despesa que não se subordina ao processo normal de
aplicação.
c) é vedado fazer adiantamento a servidor responsável por dois adiantamentos.
d) não podem ser realizadas despesas que não se subordinam ao processo normal de aplicação.
e) esse tipo de despesa somente é possível para as áreas da educação, saúde, assistência
social, meio ambiente e segurança pública.

023. (FCC/TRT-21/TÉCNICO/2017) Em uma situação hipotética, um TRT realizou despesas


no exercício de 2016, mas que não foram pagas até 31 de dezembro desse mesmo ano. Essas
despesas devem ser classificadas contabilmente nos balanços de 2016 como
a) dívida ativa.
b) restos a pagar.
c) antecipação da receita orçamentária.
d) postergação da despesa orçamentária.
e) operação de crédito atípica.

024. (FCC/TRF3/ANALISTA/2016) Considere:


I – Despesa expressamente definida em lei.
II – Empenho prévio.
III – Dotação própria.
IV – Despesa que pode ser submetida ao processo normal de aplicação.
Nos termos da Lei n. 4.320/1964, é regra atinente ao suprimento de fundos o que consta em

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a) I, II, III e IV.


b) I, II e III apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) II, III e IV, apenas.

025. (FCC/TRE-SP/ANALISTA/2017) Para responder à questão, considere as seguintes in-


formações relativamente à execução da Lei Orçamentária de determinado ente público, no
exercício de 2016, segundo a Lei Federal n. 4.320/1964.

Receitas Arrecadadas (Valores em R$)

Cota-Parte do Fundo de Participação dos Estados 180.000

Transferência de Capital destinada à construção de hospitais


160.000
públicos

Rendimentos de Aplicações Financeiras 45.000

Aluguel de Imóvel de Propriedade do ente público 15.000

Operações de Crédito de Longo Prazo 320.000

Alienação de Bens Imóveis 210.000

Cota-Parte do Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural 75.000

Indenizações e Restituições 25.000

Multas e Juros de Mora 10.000

Dívida Ativa do ICMS 110.000

Impostos e Taxas 95.000

Despesas Empenhadas

Água, Luz e Telefone 35.000

Construção de Ginásio Poliesportivo 180.000

Manutenção de Veículos 55.000

Aquisição de um terreno destinado à construção de duas escolas


240.000
públicas

Amortização de parcela de empréstimo de longo prazo 120.000

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Despesas Empenhadas

Juros e encargos da dívida de longo prazo 25.000

Aquisição de Material de Expediente 65.000

Folha de Pagamento dos servidores ativos 390.000

Informações complementares
- Não havendo dotação orçamentária específica, no mês de outubro de 2016, foi aberto um cré-
dito adicional no valor de R$ 120.000, destinado à aquisição de dois veículos novos, utilizando
recursos por anulação parcial de dotação orçamentária.
- Do total das despesas correntes empenhadas no exercício de 2016 foi pago no próprio exer-
cício o valor de R$ 480.000.
- O total das Receitas de Capital previstas na Lei Orçamentária para o exercício de 2016 foi de
R$ 650.000.
O Valor das despesas correntes empenhadas no exercício de 2016 e não pagas inscrito em
restos a pagar é, em R$, igual a
a) 25.000.
b) 90.000.
c) 35.000.
d) 65.000.
e) 210.000.

026. (FCC/TRE-SP/ANALISTA/2017) Para responder à questão, considere as seguintes con-


tas contábeis extraídas dos Balanços Orçamentário e Patrimonial levantados em 31/12/16 de
determinada entidade do setor público

Contas Contábeis Valor R$

Previsão Inicial da Receita 1.160.000

Ativo Circulante 750.000

Receita Realizada 1.270.000

Passivo Circulante 390.000

Despesa Empenhada 820.000

Ativo não Circulante 470.000

Saldo da Dotação 340.000

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Contas Contábeis Valor R$

Despesa Liquidada 630.000

Passivo não Circulante 280.000

Despesa Empenhada Paga 590.000

No que tange ao Balanço Orçamentário, no exercício de 2016, o valor inscrito em restos a pagar
não processado foi, em R$, de
a) 230.000.
b) 190.000.
c) 40.000.
d) 340.000.
e) 530.000.

027. (FCC/TRT23/ANALISTA/2016) A Lei n. 4.320/64 rege a realização de despesas sob o


regime de suprimento de fundos, também denominadas despesas
a) sem prévio empenho.
b) sob o regime de adiantamento.
c) não processadas.
d) extraorçamentárias.
e) indiretas.

028. (FCC/TRT-23/ANALISTA/2016) O departamento de contabilidade de determinado ente


público emitiu nota de empenho visando a contabilização de despesa com serviços de limpe-
za do gabinete do secretário da fazenda, referente ao segundo semestre de 2015, no valor de
R$ 120.000,00. Por insuficiência de recursos financeiros, os serviços prestados referentes aos
meses de novembro e dezembro de 2015 não foram pagos no próprio exercício. Nesta situa-
ção, sob o aspecto orçamentário, nos temos da Lei Federal n. 4.320/1964, deve a entidade
a) cancelar a despesa não paga no exercício de 2015 e inscrever o valor em restos a pagar.
b) demonstrar a despesa empenhada no Balanço Orçamentário do exercício de 2015 e regis-
trar no ativo circulante do Balanço Patrimonial o valor não pago.
c) cancelar a despesa não paga no exercício de 2015 e emitir novo empenho no exercí-
cio de 2016.
d) estornar a despesa não paga no exercício de 2015 e contabilizá-la no exercício em que for
liquidada e paga.
e) reconhecer a despesa no exercício de 2015 e inscrever o valor não pago em restos a pagar.

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029. (FCC/SEMPLAM-TERESINA/ANALISTA/2016) Segundo o Decreto n. 93.872/86, o paga-


mento da despesa por meio de suprimento de fundos é
a) regime de exceção ao empenho prévio.
b) aplicável à despesa que deve ser feita em caráter sigiloso.
c) vedado a servidor que já seja responsável por um outro suprimento.
d) ilimitado para a concessão de valores se a despesa não se subordinar ao processo normal
de aplicação.
e) vedado para a aplicação do suprimento após 31 de dezembro.

030. (FCC/ARSETE/TÉCNICO/2016) Para responder à questão, considere as seguintes tran-


sações realizadas, por determinado ente público, durante o exercício de 2015, em reais:

Cancelamento de dívidas passivas 90,00

Empenho de despesa com serviços de manutenção e conservação de


140,00
imóveis

Pagamento de restos a pagar inscrito no exercício de 2014 300,00

Arrecadação de receita de IPTU 600,00

Empenho de despesa com juros sobre dívida de longo prazo 110,00

Arrecadação de receita de transferência efetuada pelo Estado referente a


700,00
Cota-Parte do ICMS e do IPVA

Empenho de despesa com a folha de pagamento de pessoal ativo 800,00

Arrecadação de receitas com operações de crédito de longo prazo 350,00

Empenho de despesa com aquisição de computadores novos 250,00

Recebimento de caução, em dinheiro, de empresa interessada em


150,00
participar de licitação

Pagamento de empréstimo por antecipação de receita orçamentária 80,00

Empenho de despesa com amortização de dívida de longo prazo 400,00

Arrecadação de receita com aluguel de bens imóveis 100,00

− Do total das despesas orçamentárias correntes empenhadas durante o exercício de 2015, foi
pago no próprio exercício o valor de R$ 750,00.
− Todas as despesas de capital empenhadas durante o exercício de 2015 foram pagas no pró-
prio exercício.

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Considerando que o total das despesas correntes empenhadas no exercício foi de R$ 1.050,00,
o valor inscrito em restos a pagar, em 31/12/2015, segundo a Lei Federal n. 4.320/1964,
soma, em reais,
a) 190,00.
b) 160,00.
c) 390,00.
d) 550,00.
e) 300,00.

031. (FCC/TCE-PI/ANALISTA/2014) Os restos a pagar


a) referem-se às despesas incorridas no ano anterior, reconhecidas e empenhadas no exercí-
cio seguinte.
b) alusivos aos doze últimos meses do mandato, exigem sólida cobertura de caixa.
c) alcançam as despesas liquidadas, mas não pagas até 31 de dezembro.
d) referem-se a gastos não empenhados contra o orçamento anterior.
e) referem-se às despesas empenhadas, mas não pagas até o fim do exercício financeiro.

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GABARITO
1. d 12. e 23. b
2. a 13. b 24. b
3. a 14. e 25. b
4. c 15. d 26. b
5. d 16. d 27. b
6. d 17. e 28. e
7. c 18. b 29. b
8. e 19. a 30. e
9. b 20. b 31. e
10. c 21. d
11. a 22. c

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GABARITO COMENTADO
001. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020) Considere as informações a seguir extraídas das demons-
trações contábeis de um ente público referentes ao exercício financeiro de 2018, cujos valores
estão em reais:

Despesas Dotação
Dotação Inicial Empenho Liquidação Pagamento
Orçamentárias Atualizada

Amortização da
21.000.000,00 21.000.000,00 19.800.000,00 19.800.000,00 18.770.000,00
Dívida

Inversões
6.800.000,00 7.500.000,00 7.300.000,00 5.630.000,00 4.400.000,00
Financeiras

Investimentos 44.000.000,00 44.000.000,00 38.000.000,00 34.500.000,00 33.800.000,00

Juros e Encargos
900.000,00 900.000,00 750.000,00 730.000,00 690.000,00
da Dívida

Outras Despesas
80.000.000,00 85.000.000,00 83.000.000,00 82.500.000,00 63.900.000,00
Correntes

Pessoal e
120.000.000,00 125.000.000,00 123.000.000,00 118.000.000,00 113.000.000,00
Encargos Sociais

Com base nessas informações, o valor inscrito em restos a pagar não processados em
31/12/2018 em decorrência da execução orçamentária da despesa de capital foi, em reais:
a) 8.130.000,00.
b) 3.000.000,00.
c) 2.960.000,00.
d) 5.170.000,00.
e) 5.190.000,00.

Restos a pagar são despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro, distin-
guindo-se as processadas das não processadas. No caso das processadas, houve a fase de
liquidação; no caso das não processadas não houve a fase de liquidação.
Vamos calcular:
RAP não processados das despesas de capital - Despesa de capital Empenhada NÃO liquidada.
Despesas de Capital Empenhadas = 19.800.000 + 7.300.000 + 38.000.000 = 65.100.000.
Despesas de capital Liquidadas = 19.800.000 +5.630.000 + 34.500.000 = 59.930.000.
Restos a pagar das despesas de capital não processados/liquidados = 65.100.000 − 59.930.000
= R$ 5.170.000.
Letra d.

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002. (FCC/ALAP/ASSISTENTE/2020) A Lei n. 4.320/1964 define e estabelece regras gerais


aplicáveis ao regime de adiantamento. O suprimento de fundos deve ser concedido e utilizado
segundo a referida lei
a) para atender as despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que
exijam pronto pagamento.
b) para atender as despesas correntes, inclusive em viagem e com serviços especiais, que
exijam pagamento a prazo.
c) para atender as despesas vultuosas e sigilosas cujo valor ultrapassa limite estabelecido na
lei orçamentária.
d) por servidor que não prestou contas no prazo regulamentar ou que teve prestação de contas
impugnadas.
e) por servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir, mesmo
quando tiver outro servidor à disposição.

A Lei n. 4.320/1964 estabelece para o regime de adiantamento o seguinte regramento:

Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a responsável por dois adiantamentos.

O suprimento é utilizado na situação prevista na alternativa A. Confira no MCASP:

O suprimento de fundos deve ser utilizado nos seguintes casos:


a. Para atender a despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento.

Note que nas demais alternativas temos expressões inadequadas como vultuosas e correntes
e situações em que a concessão de suprimento de fundo é proibida.
Letra a.

003. (FCC/PREFEITURA-RECIFE/ANALISTA/2019) Em janeiro de 2018, um servidor de um


ente público municipal constatou que o valor referente à gratificação pela chefia de depar-
tamento que o mesmo tinha direito não estava sendo pago desde novembro de 2017. Em
15/01/2018, o servidor solicitou o pagamento retroativo do montante correspondente ao seu
direito de recebimento. Desse modo, após o reconhecimento da obrigação de pagamento pela
autoridade competente em janeiro de 2018, um novo empenho foi emitido, liquidado e pago em
30/01/2018. Assim, de acordo com as determinações do Manual de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público, a despesa referente ao empenho emitido em 30/01/2018 deve ser classificada
no elemento de despesa

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a) 92 − Despesas de Exercícios Anteriores.


b) 16 − Outras Despesas Variáveis − Pessoal Civil.
c) 11 − Vencimentos e Vantagens Fixas − Pessoal Civil.
d) 94 − Indenizações e Restituições Trabalhistas.
e) 91 − Sentenças Judiciais.

De acordo com esse enunciado, temos uma questão sobre despesas de exercícios anteriores,
onde o direito do credor (servidor do ente público municipal que recebia a gratificação de che-
fia) só foi reconhecido após o fim do exercício ao qual se refere.
Importante destacar que, de acordo com o MCASP - Manual de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público 8ª edição, temos apenas um elemento de despesa referente às despesas de
exercícios anteriores que é a que consta na afirmativa a:

92 – Despesas de Exercícios Anteriores Despesas orçamentárias com o cumprimento do disposto


no art. 37 da Lei n. 4.320/1964, que assim estabelece:
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava cré-
dito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria,
bem como os restos a pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o
encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagas à conta de dotação específica consig-
nada no orçamento, discriminada por elemento, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.
Letra a.

004. (FCC/PREFEITURA-RECIFE/ANALISTA/2019) Suponha que o Município tenha contrata-


do serviços de recapeamento de vias públicas e, ao final do exercício, tendo ocorrido o empe-
nho dos recursos destinados às despesas correspondentes bem como a medição e atestação
dos serviços realizados, não logrou efetuar o pagamento devido ao contratado pelos serviços
efetivamente realizados. Considerando o regime constitucional e legal vigente para execução
das despesas públicas, o Município deverá
a) anular a liquidação de tais despesas, a qual deverá ser repetida no exercício seguinte.
b) providenciar o cancelamento do empenho, em observância ao princípio da anualidade.
c) inscrever tais despesas, que pertencem ao exercício findo, em restos a pagar.
d) incluir dotação para pagamento de tais despesas na Lei Orçamentária do próximo exercício.
e) anular as dotações que davam suporte a tais despesas e providenciar a abertura de
crédito especial.

Em primeiro lugar temos que levar em conta que a despesa em tela foi empenhada, mas não foi
paga, ou seja, temos um caso de restos a pagar, aquelas despesas que foram empenhadas e não
foram pagas no exercício. Veja na literalidade do artigo da Lei n. 4.320/64, com grifos nossos:

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Art. 36. Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.

Note que os restos a pagar têm a seguinte classificação:


Processados – para despesas empenhadas e liquidadas
Não processados - para despesas empenhadas e NÃO liquidadas
Assim, não resta dúvida que, como a despesa em tela já passou pela fase de empenho, mas
ainda não ocorreu o pagamento, temos a inscrição em restos a pagar.
Letra c.

005. (FCC/CLDF/CONSULTOR/2018) Em janeiro de 2018, o pagamento no valor de R$ 950,00


foi reclamado pelo prestador do serviço de manutenção dos aparelhos de ar condicionado
– pessoa física. Todavia, a inscrição da despesa com a manutenção dos aparelhos de ar con-
dicionado como restos a pagar havia sido cancelada em dezembro de 2017. Sabendo que foi
constatada a vigência do direito do prestador do serviço e de acordo com as determinações
do Decreto n. 93.872/1986, o pagamento poderá ser atendido à conta de dotação destinada a
a) Suprimentos de Fundos.
b) Indenizações e Restituições.
c) Serviços de Terceiros – Pessoa Física.
d) Despesas de Exercícios Anteriores.
e) Locação de Mão de Obra

Atente ao fato de que em dezembro de 2017, os restos a pagar da despesa com a manutenção
dos aparelhos de ar-condicionado foram cancelados e em janeiro de 2018, o pagamento no
valor de R$ 950,00 foi reclamado pelo prestador do serviço de manutenção dos aparelhos de
ar-condicionado, tendo sido constatada a vigência do direito do prestador do serviço.
Ora, como está vigente o direito do credor e a despesa estava inscrita em restos a pagar, mas
foi cancelada, vemos que a mesma poderá ser atendida à conta de dotação destinada a des-
pesas de exercícios anteriores. Veja no Decreto n. 93.872/86:

Art. 69. Após o cancelamento da inscrição da despesa como restos a pagar, o pagamento que
vier a ser reclamado poderá ser atendido à conta de dotação destinada a despesas de exercí-
cios anteriores.
Letra d.

006. (FCC/CLDF/CONSULTOR/2018) Em 31/12/2017, o empenho referente à aquisição de


equipamentos de segurança foi considerado insubsistente e cancelado pelo ordenador de des-
pesas de uma determinada entidade pública. No entanto, em janeiro de 2018, os equipamentos
foram entregues pelo fornecedor de acordo com o prazo de entrega fixado no contrato assi-

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Despesa Pública – Parte II
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nado em dezembro de 2017. Assim, em janeiro de 2018, o ordenador de despesas empenhou


despesa referente aos equipamentos de segurança entregues, sendo que nesse mesmo mês
houve a liquidação e o pagamento do valor devido ao fornecedor.
Desse modo, de acordo com as determinações do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
Público, a despesa orçamentária empenhada em janeiro de 2018 referente à aquisição dos
equipamentos de segurança foi classificada no elemento de despesa
a) Material de Consumo.
b) Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica.
c) Indenizações e Restituições.
d) Despesas de Exercícios Anteriores.
e) Equipamentos e Material Permanente.

Repare que em 31/12/2017, o empenho referente à aquisição de equipamentos de segurança


foi considerado insubsistente e cancelado pelo ordenador de despesa e que, em janeiro de
2018, os equipamentos foram entregues pelo fornecedor de acordo com o prazo de entrega
fixado no contrato assinado em dezembro de 2017. Assim, a situação em tela deve ser classi-
ficada no elemento de despesa despesas de exercícios anteriores (2017).
Letra d.

007. (FCC/CLDF/CONSULTOR-LEGISLATIVO/2018) Considere os dados a seguir extraídos


das demonstrações contábeis de um ente público estadual referentes ao exercício financeiro
de 2017, cujos valores estão em reais:

Dotação Dotação
Despesas Empenho Liquidação Pagamento
Inicial Atualizada

Amortização da
1.000.000,00 1.000.000,00 980.000,00 980.000,00 697.000,00
Dívida

Inversões
7.800.000,00 8.500.000,00 8.300.000,00 4.790.000,00 3.340.000,00
Financeiras

Investimentos 22.000.000,00 22.000.000,00 13.800.000,00 5.600.000,00 4.000.000,00

Juros e Encargos
100.000,00 100.000,00 89.000,00 89.000,00 65.000,00
da Dívida

Outras Despesas
50.000.000,00 50.000.000,00 47.000.000,00 44.500.000,00 39.800.000,00
Correntes

Pessoal e
90.000.000,00 91.000.000,00 84.500.000,00 83.900.000,00 82.000.000,00
Encargos Sociais

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Com base nessas informações, o valor inscrito em restos a pagar processados em 31/12/2017
em decorrência da execução orçamentária da despesa corrente foi, em reais,
a) 6.600.000,00
b) 3.100.000,00
c) 6.624.000,00
d) 9.724.000,00
e) 9.700.000,00

A FCC pede para apontar o valor dos restos a pagar processados relativos às despesas corren-
tes. Assim, temos as seguintes despesas correntes que foram empenhadas, liquidadas mas
não pagas das despesas
Pessoal e encargos Sociais (83.900 − 82.000) = 1.900.000,00
Juros e encargos da dívida (89 − 65) = 24.000,00
Outras despesas correntes (44.500 −39.800) = 4.700.000,00
Total = 6.624.000,00
Letra c.

008. (FCC/CLDF/CONSULTOR-LEGISLATIVO/2018) Considere que ao final do exercício finan-


ceiro determinado órgão da Administração pública tenha executado contrato de pavimentação
de vias públicas, efetuando medições, atestações de serviços e empenho das despesas in-
corridas pelas parcelas executadas, porém não tenha efetuado o correspondente pagamento.
Diante de tal quadro,
a) as despesas empenhadas e não liquidadas ensejam superávit financeiro passível de ser
utilizado como fonte para geração de crédito no orçamento subsequente ao qual pertence a
receita correspondente.
b) os empenhos deverão ser cancelados, eis que não processados, cabendo o pagamento das
obrigações a eles subjacentes com dotações do orçamento do ano subsequente.
c) as dotações orçamentárias do exercício encerrado que deram suporte para os empenhos
efetuados integrarão o orçamento do exercício subsequente, pertencendo também a este as
despesas correspondentes.
d) somente será viável a geração de restos a pagar em se tratando de empenhos processados
e que contem com a respectiva reserva no orçamento subsequente a título de pagamento por
indenização.
e) os valores empenhados deverão ser inscritos em restos a pagar, para liquidação no exercício
seguinte, em relação ao qual o montante é considerado extra orçamentário.

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Em primeiro lugar temos que levar em conta que a despesa em tela foi empenhada, mas não foi
paga, ou seja, temos um caso de restos a pagar, aquelas despesas que foram empenhadas e não
foram pagas no exercício. Reveja na literalidade do artigo da Lei n. 4.320/64, com grifos nossos:

Art. 36. Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Assim, não resta dúvida que, como a despesa em tela já passou pela fase de empenho, mas
ainda não ocorreu o pagamento, temos a inscrição em restos a pagar.
Nessa toada, os valores devem ser inscritos em restos a pagar para liquidação no exercício
seguinte, sendo sua inscrição uma receita extraorçamentária, conforme manda o artigo 103
da Lei n. 4.320/64. Confira:

Art. 103 Parágrafo único. Os restos a pagar do exercício serão computados na receita extra orça-
mentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
Letra e.

009. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018) Trata-se de uma despesa orçamentária que se constitui


em adiantamento a servidor que ainda prestará contas dela.
O enunciado descreve adequadamente o conceito de
a) Despesa de exercício anterior.
b) Suprimento de fundos.
c) Antecipação de empenho.
d) Restos a pagar.
e) Receita orçamentária.

O enunciado descreve adequadamente o conceito de suprimento de fundos, que nada mais é


do que um adiantamento de valores a um servidor para futura prestação de contas.
Esse adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para conceder o recurso ao supri-
do é necessário percorrer os três estágios da despesa orçamentária: empenho, liquidação e
pagamento.
Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque patrimonial, pois, no momento da
concessão, não ocorreu redução no patrimônio líquido. Na liquidação da despesa orçamentá-
ria, ao mesmo tempo em que ocorre o registro de um passivo, há também a incorporação de
um ativo, que representa o direito de receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser efetua-
do pelo suprido, ou a devolução do numerário adiantado.
Letra b.

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010. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018) Para responder à questão, considere as seguintes informações.


• Empenho de despesa referente a serviços de terceiros − pessoa física, contratados para
a manutenção dos elevadores do edifício-sede da entidade no valor de R$ 3.000,00. A
despesa empenhada, pelo seu valor total, foi liquidada em dezembro de 2017 e paga em
janeiro de 2018.
• Empenho de despesa com serviços de terceiros − pessoa física, contratados para a lim-
peza do edifício-sede da entidade no valor de R$ 10.000,00. A despesa empenhada, pelo
seu valor total, foi liquidada e paga em janeiro de 2018.
• Empenho e liquidação de despesa referente a diárias no valor de R$ 19.000,00. A despe-
sa empenhada e liquidada, foi paga, pelo seu valor total, em janeiro de 2018.
• Empenho e liquidação de despesa com a aquisição de um veículo no valor de R$
60.000,00, sendo que o veículo foi entregue pelo fornecedor e colocado em uso no dia
30/11/2017, data em que houve a liquidação da despesa. A despesa empenhada foi
paga, pelo seu valor total, em janeiro de 2018.
• Empenho, liquidação e pagamento de despesa com pessoal e encargos sociais referen-
te ao mês de novembro de 2017 no valor de R$ 700.000,00.
• Empenho, liquidação e pagamento de despesa com auxílio-transporte aos servidores
referente ao mês de novembro de 2017 no valor de R$ 20.000,00.
• Reconhecimento da perda por redução ao valor recuperável de bem móvel no valor de R$
5.000,00 no dia 30/11/2017.
• Reconhecimento da depreciação dos imóveis no valor de R$ 15.000,00 referente ao mês
de novembro de 2017.
Com base nessas transações tomadas em conjunto, os restos a pagar processados e não pro-
cessados inscritos em 31/12/2017 foram, respectivamente, em reais,
a) 10.000,00 e 82.000,00.
b) 15.000,00 e 802.000,00.
c) 82.000,00 e 10.000,00.
d) 720.000,00 e 30.000,00.
e) 802.000,00 e 30.000,00.

A melhor forma de resolver essa questão é completando os dados do enunciado por meio
dessa tabela:

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Somando as 2 últimas colunas temos 82.000,00 para os restos a pagar processados e 10.000,00
para os restos a pagar não processados.
Letra c.

011. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018) Um suprimento de fundos foi concedido a um servi-


dor de uma entidade pública para custear despesas com passagens e locomoção, sendo
que o empenho da despesa ocorreu em 11/09/2017, a liquidação e o reconhecimento do
direito da entidade em 12/09/2017 e o pagamento ao suprido em 15/09/2017. O valor total
do suprimento de fundos foi utilizado em 26/09/2017 e a prestação de contas foi realiza-
da pelo suprido em 29/09/2017. Assim, o registro contábil referente ao fato ocorrido em
11/09/2017 originou
a) a realização de uma despesa orçamentária.
b) a ocorrência de uma despesa extraorçamentária.

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c) o reconhecimento de uma variação patrimonial diminutiva.


d) o reconhecimento de um passivo circulante.
e) o reconhecimento de um ativo permanente.

No Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público temos as principais características dos


regimes orçamentário e Patrimonial. Confira:

Regimes da Contabilidade Aplicada ao Setor Público

Regime Orçamentário Regime Contábil (Patrimonial)

Critério para Base Critério para Base


Evento Evento
registro normativa registro normativa

Variação
Receita Art. 35, Lei Fato gerador/ NBC TSP
Arrecadação Patrimonial
Orçamentária n. 4.320/64 competência EC
Aumentativa

Variação
Despesa Art. 35, Lei Fato gerador/ NBC TSP
Empenho Patrimonial
Orçamentária n. 4.320/64 competência EC
Diminutiva

Note que em 11/09/2017 tivemos o empenho da despesa e assim temos o registro ou a reali-
zação de uma despesa orçamentária.
Letra a.

012. (FCC/SEAD-AP/ANALISTA/2018) Em 27/12/2017, o ordenador de despesas de um de-


terminado ente público estadual empenhou despesa no valor de R$ 410,00 referente ao adian-
tamento de valor a um servidor do referido ente para custear despesas com passagens e lo-
comoção. A liquidação da despesa ocorreu em 28/12/2017 e o pagamento ao servidor, em
10/01/2018. O valor total do adiantamento foi utilizado pelo servidor em 12/01/2018 e a pres-
tação de contas foi realizada em 30/01/2018. Assim, uma despesa
a) orçamentária foi realizada em 28/12/2017.
b) extraorçamentária ocorreu em 30/01/2018.
c) orçamentária foi realizada em 10/01/2018.
d) extraorçamentária ocorreu em 12/01/2018.
e) orçamentária foi realizada em 27/12/2017.

Note que na fase de empenho (27/12/2017) é que se gera a despesa orçamentária, conforme
determina a Lei n. 4.320/64, abaixo reproduzida com grifos nossos:

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Despesa Pública – Parte II
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Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas”.
Letra e.

013. (FCC/SEAD-AP/ANALISTA/2018) Considere os dados abaixo extraídos das demonstra-


ções contábeis de um ente público estadual referentes ao exercício financeiro de 2017, cujos
valores estão em reais.

Dotação
Despesas Dotação Inicial Empenho Liquidação Pagamento
Atualizada

Amortização da
500.000,00 500.000,00 490.000,00 490.000,00 345.000,00
Dívida

Inversões
3.900.000,00 4.250.000,00 4.150.000,00 2.400.000,00 1.650.000,00
Financeiras

Investimentos 11.000.000,00 11.000.000,00 7.000.000,00 3.600.000,00 2.500.000,00

Juros e Encargos
100.000,00 100.000,00 90.000,00 85.000,00 84.000,00
da Dívida

Outras Despesas
25.000.000,00 25.000.000,00 23.500.000,00 22.300.000,00 19.900.000,00
Correntes

Pessoal e
45.000.000,00 46.000.000,00 43.200.000,00 42.400.000,00 41.000.000,00
Encargos Sociais

Com base nesses dados, o valor inscrito, em 31/12/2017, em restos a pagar não processados
em decorrência da execução orçamentária da despesa corrente foi, em reais,
a) 3.801.000,00.
b) 2.005.000,00.
c) 5.806.000,00.
d) 2.000.000,00.
e) 3.800.000,00.

A FCC pede para calcularmos os restos a pagar não processados das despesas correntes.
Lembre-se da diferença entre despesa corrente e de capital: as despesas correntes são des-
pesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital e
dividem-se em pessoal e encargos sociais, juros e encargos da dívida e outras despesas cor-
rentes; já as despesas de capital contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um
bem de capital e dividem-se em investimentos, inversões financeiras e amortização da dívida.
Agora vamos calcular as despesas correntes que foram empenhadas, mas não foram liquidadas:
Pessoal e encargos Sociais (43.200 − 42.400) = 800.000,00

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Juros e encargos da dívida (90 −85) = 5.000,00


Outras despesas correntes (23.500 − 22.300) = 1.200.000,00
Total = 2.005.000,00
Letra b.

014. (FCC/DPE-AM/ANALISTA/2018) Em 25/11/2016, o ordenador de despesa de uma de-


terminada entidade pública emitiu empenho no valor de R$ 60.000,00 para aquisição de um
veículo. Em 30/12/2016, o veículo foi entregue pelo fornecedor e o ativo foi reconhecido pela
entidade, no entanto, a despesa foi liquidada e paga somente em 05/01/2017, pelo valor total
empenhado. Assim, de acordo com as determinações do Manual de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público, em 31/12/2016, o valor de R$ 60.000,00 foi inscrito em restos a pagar
a) Processados, sendo que o pagamento em 05/01/2017 corresponde a uma despesa extra-
orçamentária.
b) não Processados a Liquidar, sendo que o pagamento em 05/01/2017 corresponde a uma
despesa orçamentária.
c) não Processados a Liquidar, sendo que o pagamento em 05/01/2017 corresponde a uma
despesa extraorçamentária.
d) não Processados em Liquidação, sendo que o pagamento em 05/01/2017 corresponde a
uma despesa orçamentária.
e) não Processados em Liquidação, sendo que o pagamento em 05/01/2017 corresponde a
uma despesa extraorçamentária.

De acordo com o enunciado da questão, o veículo foi entregue em 30/12/2016, mas só foi
liquidado em 05/01/2017.
Assim, ao término do 2016, o fato gerador (entrega do veículo) já havia ocorrido, mas o pro-
cesso de liquidação ainda não havia sido concluído, logo essa despesa deve ser inscrita como
restos a pagar não processados em liquidação.
Não se esqueça que o pagamento de restos a pagar é uma despesa extraorçamentária, uma
vez que ocorre com o empenho de exercício anterior.
Letra e.

015. (FCC/DPE-AM/ANALISTA/2018) Em 31/12/2016, uma entidade pública anulou o empe-


nho, no valor de R$ 13.500,00, referente à despesa com a aquisição de material de consumo.
Entretanto, em 03/01/2017, o fornecedor entregou o material conforme prazo contratado com
a entidade pública. O material adquirido foi utilizado pela entidade pública em 16/01/2017.
Nesse caso, em 03/01/2017, ocorreu:
a) a liquidação de restos a pagar não processados.
b) o empenho de despesa no elemento de despesa Material de Consumo.

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c) um fato modificativo que aumentou o passivo.


d) um fato permutativo que aumentou o ativo.
e) uma Despesa de Exercício Anterior que diminuiu a situação patrimonial líquida.

Na verdade, a entrega do material gerou aumento do ativo (entrada do material), mas, em


contrapartida, também aumentou o passivo (obrigação de pagamento), ou seja, o efeito no
patrimônio líquido foi nulo, ou seja, ocorreu um fato permutativo.
Letra d.

016. (FCC/DPE-AM/ANALISTA/2018) O ordenador de despesa de uma determinada entidade


pública emitiu empenho em 02/12/2016 no valor de R$ 3.000,00 referente à aquisição de mate-
rial de consumo. Em 30/12/2016, o material adquirido foi entregue pelo fornecedor, no entanto,
em decorrência de erros nos procedimentos internos da entidade, em 31/12/2016, o empenho
no valor de R$ 3.000,00 foi cancelado, sendo que um novo empenho foi emitido, liquidado e
pago em 03/01/2017. Assim, de acordo com as determinações do Manual de Contabilidade
Aplicada ao Setor Público, a despesa referente ao empenho emitido em 03/01/2017 deve ser
classificada no elemento de despesa:
a) Material de Consumo.
b) Suprimento de Fundos.
c) Equipamentos e Material Permanente.
d) Despesa de Exercícios Anteriores.
e) Indenizações e Restituições.

Perceba que, ao cancelar o empenho em 31/12/2016 e empenhar novamente em 03/01/2017,


a despesa pertencerá ao exercício de 2017, porém o fato gerador ocorreu em 2016, devendo,
assim, ser registrada como despesa de exercício anterior (2016).
Letra d.

017. (FCC/TRT-6/TÉCNICO/2018) Considere que, no último mês do exercício financeiro,


determinado órgão público, no curso da execução de um contrato de obras, tenha realizado
medições e atestado a execução de parcelas do objeto contratado. Contudo, em face do en-
cerramento do exercício, não tenha sido possível a liquidação financeira da despesa com o
pagamento ao contratado naquele mesmo ano. Diante de tal cenário, considerando a legisla-
ção cabível,
a) não será possível efetuar os pagamentos em questão por ausência de suporte orçamentá-
rio, devendo ser expedido precatório.
b) deverão ser cancelados os empenhos eventualmente efetuados e abertas novas dotações
para suportar os pagamentos.
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c) as despesas geradas constituem déficit orçamentário, os quais devem ser suportados por
dotações consignadas no orçamento subsequente.
d) os restos a pagar gerados pelas atestações independem de empenho e deverão ser proces-
sados como despesas extraorçamentárias.
e) as despesas, se regularmente empenhadas, serão suportadas por restos a pagar que perten-
cem ao exercício em que foram geradas.

Vamos apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada. As despesas orçamentárias são consideradas pertencentes ao exercício do seu em-
penho e, assim, há ausência de suporte orçamentário.
b) Errada. As despesas empenhadas e não pagas são inscritas em restos a pagar, não existe
razão para cancelar o empenho e usar eventuais novas dotações.
c) Errada. As despesas orçamentárias são consideradas pertencentes ao exercício em que
foram empenhadas, sendo, dessa forma, suportadas pelas dotações do exercício de empenho.
d) Errada. Como os restos a pagar são, em verdade, despesas empenhadas e não pagas den-
tro do exercício de empenho, a alternativa falha ao dizer que os restos a pagar independem
de empenho.
Letra e.

018. (FCC/PREFEITURA SÃO LUÍS/AUDITOR/2018) Um ente público municipal empenhou,


em novembro de 2017, despesa no valor de R$ 10.000,00 referente à aquisição de material
de construção para reparos em imóveis. O material adquirido foi entregue pelo fornecedor em
28/12/2017, data em que a despesa foi liquidada pelo valor total do empenho. A despesa foi
paga, pelo valor de R$ 10.000,00, em janeiro de 2018. De acordo com as determinações do
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, em 31/12/2017, o ente público municipal
inscreveu o valor de R$ 10.000,00 em restos a pagar
a) não Processados referente à despesa classificada, quanto ao grupo de natureza da despesa,
como Despesa de Capital.
b) Processados referente à despesa classificada, quanto ao grupo de natureza da despesa,
como Outras Despesas Correntes.
c) não Processados referente à despesa classificada, quanto à categoria econômica, como
Despesa de Custeio.
d) não Processados referente à despesa classificada, quanto à categoria econômica, como
Outras Despesas Correntes.
e) Processados referente à despesa classificada, quanto ao grupo de natureza da despesa,
como Despesa Corrente.

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Note que o material adquirido foi empenhado em 11/2017 e liquidada no dia 28/12/2017,
quando da entrega dos bens pelo fornecedor.
Dessa forma, o empenho e a liquidação ocorreram antes do término do exercício financeiro,
não ocorrendo, entretanto, o efetivo pagamento até o final do ano.
Assim, temos um caso de restos a pagar Processados, o que já nos permite ver que as alter-
nativas A, C e D são falsas.
Lembre-se que, de acordo com a classificação por grupo natureza de despesa, temos:
1 – Pessoal e Encargos Sociais
2 – Juros e Encargos da Dívida
3 – Outras Despesas Correntes
4 – Investimentos
5 – Inversões Financeiras
6 – Amortização da Dívida
Por seu turno, quanto à classificação por categoria econômica, as despesas orçamentárias
são correntes ou de capital, o que torna a letra e errada.
Letra b.

019. (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2017) Com relação à execução do orçamento público, as des-


pesas empenhadas e não pagas no exercício financeiro correspondem:
a) aos restos a pagar.
b) à dívida fundada.
c) à dívida mobiliária pública.
d) aos depósitos reconhecidos como dívida flutuante.
e) à dívida fundada inferior a 12 meses, necessitando de autorização legislativa.

O examinador refere-se aos restos a pagar, que foi conceituado pela Lei n. 4.320/64 em seu
artigo 36:

Art. 36. Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Letra a.

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AFO
Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

020. (FCC/ARTESP/ESPECIALISTA/2017) Sobre as regras estabelecidas para a concessão


de suprimento de fundos, considere:
I – Para atender a despesas eventuais, inclusive aquelas cuja dotação não tenha sido previa-
mente definida em lei.
II – Para realizar despesa que deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em
regulamento.
III – Para atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada
caso, não ultrapassar limite estabelecido em ato normativo próprio.
IV – Por servidor declarado em alcance.
V – Para atender a despesas de pequeno vulto, mesmo que não haja a realização de empenho
na dotação própria para o fim de realizar as despesas.
VI – Por servidor responsável por mais de um suprimento de fundo.
É permitida a utilização de suprimentos de fundos nos casos apresentados nos itens
a) I e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I, III, V e VI, apenas.
e) I, II, III, IV, V e VI.

Vamos avaliar os itens e marcar a alternativa correspondente.


I – Errada. Para atender a despesas eventuais, inclusive aquelas cuja dotação não tenha sido
previamente definida em lei.
O suprimento de fundos é aplicável aos casos de despesas expressamente definidas em lei.
II – Certa. Para realizar despesa que deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar
em regulamento.
Esse é um dos casos previstos para concessão de suprimento de fundos.
III – Certa. Para atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em
cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em ato normativo próprio.
Nesse caso é permitida a concessão de suprimento de fundos.
IV – Errada. Por servidor declarado em alcance.
Não pode ser concedido adiantamento para servidor declarado em alcance.
V – Errada. Para atender a despesas de pequeno vulto, mesmo que não haja a realização de
empenho na dotação própria para o fim de realizar as despesas.
O regime de adiantamento consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de
empenho na dotação própria,
VI – Errada. Por servidor responsável por mais de um suprimento de fundo.

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AFO
Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

O servidor é responsável por mais de um suprimento, significa que ele é responsável por 2
adiantamentos (máximo permitido) estando vedado, portanto, o recebimento de um terceiro
adiantamento.
Letra b.

021. (FCC/ARTESP/ESPECIALISTA/2017) Considere as seguintes informações extraídas


das Demonstrações Contábeis de uma autarquia estadual referentes ao exercício financei-
ro de 2016:

Inscritos

Em exercícios Em 31/12 do Liquidados Pagos Cancelados


Anteriores a Exercício
2015 Anterior

Restos a Pagar não


0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Processados

Restos a Pagar
não Processados 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Liquidados

Restos a Pagar
950.000,00 35.450.000,00 - 34.300.000,00 100.000,00
Processados

Os valores totais das despesas empenhadas, liquidadas e pagas extraídas do Balanço Orça-
mentário referente ao exercício financeiro de 2016 foram, respectivamente, R$ 40.000.000,00,
R$ 35.000.000,00 e R$ 32.000.000,00. Nesse caso, o valor
a) dos restos a pagar não processados inscritos em 31/12/2016 foi R$ 8.000.000,00.
b) dos restos a pagar processados inscritos em 31/12/2016 foi R$ 5.000.000,00.
c) do passivo financeiro foi reduzido em 2016 em R$ 34.400.000,00.
d) do saldo do passivo financeiro em 31/12/2016 era R$ 10.000.000,00.
e) da receita extraorçamentária em 2016 foi R$ 5.100.000,00.

Perceba que até 2015 tínhamos o seguinte panorama:


valores inscritos = 36.400.000,00
(-) valor pago = (34.300.000,00)
(-) valor cancelado = (100.000,00)
(=) saldo de restos a pagar 2015 = 2.000.000,00
No ano de 2016 o valor das despesas empenhadas foi de R$ 40.000.000, entretanto, só foram
pagas R$ 32.000.000,00, logo, geramos restos a pagar (despesa empenhada, mas não paga
dentro do exercício) no valor de R$ 8.000.000,00.
O novo panorama em 2016 passa a ser:
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AFO
Despesa Pública – Parte II
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Restos a pagar 2015 = 2.000.000,00


(+) Restos a pagar 2016 = 8.000.000,00
(=) Saldo Restos a pagar em 31/12/16 = 10.000.000,00
Letra d.

022. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) A União realizou despesa sob o regime de adiantamento para aten-
der necessidades do Ministério do Transporte, nas seguintes condições: a despesa não se subordi-
nava ao processo normal de aplicação e contava com previsão legal; foi feito empenhamento prévio
na dotação específica; o numerário foi entregue a servidor que não se encontrava em alcance e que
já era responsável por outros dois adiantamentos. O ato praticado contrariou a Lei n. 4.320/1964, pois
a) no caso do adiantamento, o empenho é a posteriori.
b) não há dotação específica para despesa que não se subordina ao processo normal de aplicação.
c) é vedado fazer adiantamento a servidor responsável por dois adiantamentos.
d) não podem ser realizadas despesas que não se subordinam ao processo normal de aplicação.
e) esse tipo de despesa somente é possível para as áreas da educação, saúde, assistência
social, meio ambiente e segurança pública.

Antes de analisar as alternativas, vamos dar uma olhada nos artigos 68 e 69 da Lei n. 4.320/1964
que tratam do regime de adiantamento. Confira com grifos nossos:

Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a responsável por dois adiantamentos.

Agora vamos às alternativas:


a) Errada. O adiantamento é precedido de empenho.
b) Errada. Inexiste relação entre ter dotação específica e se subordinar ao processo normal de
aplicação da despesa.
c) Certa. No artigo 69 temos a vedação para a concessão de adiantamento a servidor já res-
ponsável por dois adiantamentos, conforme grifamos acima.
d) Errada. O regime de adiantamento é justamente para as despesas que não se subordinam
ao processo normal de aplicação.
e) Errada. Inexiste essa restrição. Registre-se que o Decreto 93.872 determinou os tipos de
despesas que podem utilizar o regime de adiantamento. Confira:

Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação,
nos seguintes casos:

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Despesa Pública – Parte II
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I – para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento;
II – quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e
III – para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso,
não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda”.
Letra c.

023. (FCC/TRT-21/TÉCNICO/2017) Em uma situação hipotética, um TRT realizou despesas


no exercício de 2016, mas que não foram pagas até 31 de dezembro desse mesmo ano. Essas
despesas devem ser classificadas contabilmente nos balanços de 2016 como
a) dívida ativa.
b) restos a pagar.
c) antecipação da receita orçamentária.
d) postergação da despesa orçamentária.
e) operação de crédito atípica.

Guarde que os RESTOS A PAGAR são despesas realizadas, mas não pagas até dia 31 dezem-
bro do exercício financeiro.
Letra b.

024. (FCC/TRF3/ANALISTA/2016) Considere:


I – Despesa expressamente definida em lei.
II – Empenho prévio.
III – Dotação própria.
IV – Despesa que pode ser submetida ao processo normal de aplicação.
Nos termos da Lei n. 4.320/1964, é regra atinente ao suprimento de fundos o que consta em
a) I, II, III e IV.
b) I, II e III apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) II, III e IV, apenas.

A resposta dessa questão exige apenas o conhecimento da literalidade do artigo 68 da Lei n.


4.320/64. Confira com grifos nossos e com a indicação dos itens correspondentes:

Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei (item I) e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho (item II) na
dotação própria (item III) para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao proces-
so normal de aplicação(item IV).

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Despesa Pública – Parte II
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Podemos ver que os itens I, II e III estão corretos, enquanto o IV erra pela falta da palavra “não”,
já que o suprimento de fundos é para casos em que não possam subordinar-se ao processo
normal de aplicação.
Letra b.

025. (FCC/TRE-SP/ANALISTA/2017) Para responder à questão, considere as seguintes in-


formações relativamente à execução da Lei Orçamentária de determinado ente público, no
exercício de 2016, segundo a Lei Federal n. 4.320/1964.

Receitas Arrecadadas (Valores em R$)

Cota-Parte do Fundo de Participação dos Estados 180.000

Transferência de Capital destinada à construção de hospitais


160.000
públicos

Rendimentos de Aplicações Financeiras 45.000

Aluguel de Imóvel de Propriedade do ente público 15.000

Operações de Crédito de Longo Prazo 320.000

Alienação de Bens Imóveis 210.000

Cota-Parte do Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural 75.000

Indenizações e Restituições 25.000

Multas e Juros de Mora 10.000

Dívida Ativa do ICMS 110.000

Impostos e Taxas 95.000

Despesas Empenhadas

Água, Luz e Telefone 35.000

Construção de Ginásio Poliesportivo 180.000

Manutenção de Veículos 55.000

Aquisição de um terreno destinado à construção de duas escolas públicas 240.000

Amortização de parcela de empréstimo de longo prazo 120.000

Juros e encargos da dívida de longo prazo 25.000

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Despesa Pública – Parte II
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Despesas Empenhadas

Aquisição de Material de Expediente 65.000

Folha de Pagamento dos servidores ativos 390.000

Informações complementares
- Não havendo dotação orçamentária específica, no mês de outubro de 2016, foi aberto um cré-
dito adicional no valor de R$ 120.000, destinado à aquisição de dois veículos novos, utilizando
recursos por anulação parcial de dotação orçamentária.
- Do total das despesas correntes empenhadas no exercício de 2016 foi pago no próprio exer-
cício o valor de R$ 480.000.
- O total das Receitas de Capital previstas na Lei Orçamentária para o exercício de 2016 foi de
R$ 650.000.
O Valor das despesas correntes empenhadas no exercício de 2016 e não pagas inscrito em
restos a pagar é, em R$, igual a
a) 25.000.
b) 90.000.
c) 35.000.
d) 65.000.
e) 210.000.

Basicamente vamos identificar o montante de despesas correntes que foi empenhado, porém
não foi pago, para, em seguida, calcular o valor a ser inscrito em restos a pagar.
Já sabemos pelo enunciado que foi pago no exercício o valor de 480.000 referente a despesas
correntes, logo precisamos então calcular agora o total de despesas correntes empenhadas.
Para isso, vamos classificar as despesas empenhadas em despesas correntes e de capital:
• Água, Luz e Telefone - 35.000 - Corrente
• Construção de Ginásio Poliesportivo - 180.000 - Capital
• Manutenção de Veículos - 55.000 - Corrente
• Aquisição de um terreno destinado à construção de duas escolas públicas - 240.000 -
Capital
• Amortização de parcela de empréstimo de longo prazo - 120.000 - Capital
• Juros e encargos da dívida de longo prazo - 25.000 - Corrente
• Aquisição de Material de Expediente - 65.000 - Corrente
• Folha de Pagamento dos servidores ativos - 390.000 - Corrente

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Despesa Pública – Parte II
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Total de Despesas correntes empenhadas = 570.000


Restos a pagar despesas correntes=570.000-480.000
Restos a pagar despesas correntes = 90.000
Letra b.

026. (FCC/TRE-SP/ANALISTA/2017) Para responder à questão, considere as seguintes con-


tas contábeis extraídas dos Balanços Orçamentário e Patrimonial levantados em 31/12/16 de
determinada entidade do setor público

Contas Contábeis Valor R$


Previsão Inicial da Receita 1.160.000
Ativo Circulante 750.000
Receita Realizada 1.270.000
Passivo Circulante 390.000
Despesa Empenhada 820.000
Ativo não Circulante 470.000
Saldo da Dotação 340.000
Despesa Liquidada 630.000
Passivo não Circulante 280.000
Despesa Empenhada Paga 590.000

No que tange ao Balanço Orçamentário, no exercício de 2016, o valor inscrito em restos a pagar
não processado foi, em R$, de
a) 230.000.
b) 190.000.
c) 40.000.
d) 340.000.
e) 530.000.

Tenha em mente que os restos a pagar são despesas que foram empenhadas, mas não foram
pagas dentro do exercício, sendo classificados em processados (foram empenhadas e liquida-
das no exercício, mas não foram pagas) e não processados (não foram nem liquidadas e nem
pagas no exercício).
Nessa pegada, devemos calcular a diferença entre as despesas liquidadas e as despesas em-
penhadas para achar o valor de restos a pagar não processados inscritos.
O enunciado da questão informa o seguinte:

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Despesa Pública – Parte II
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Despesas empenhadas = 820.000


Despesas liquidadas = 630.000
Agora é só achar a diferença que representa o valor dos Restos a pagar não processados
inscritos - RPNP
RPNP= 820.000 - 630.000 = 190.000
Letra b.

027. (FCC/TRT23/ANALISTA/2016) A Lei n. 4.320/64 rege a realização de despesas sob o


regime de suprimento de fundos, também denominadas despesas
a) sem prévio empenho.
b) sob o regime de adiantamento.
c) não processadas.
d) extraorçamentárias.
e) indiretas.

A doutrina considera sinônimas as expressões despesas sob o regime de suprimento de fun-


dos e despesas sob o regime de adiantamento, já que ambas se referem a um procedimento
que consiste na entrega de recursos a um servidor, já existindo empenho em dotação própria,
com o fito de atender a situações excepcionais que impliquem em pagamento em espécie.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Deve SIM existir prévio empenho.
c) Errada. As denominações “processada” e “não processada” referem-se a restos a pagar.
d) Errada. Suprimento de fundos é despesa orçamentária.
e) Errada. As despesas com suprimento de fundos são diretas, e não indiretas como diz a
alternativa.
Letra b.

028. (FCC/TRT-23/ANALISTA/2016) O departamento de contabilidade de determinado ente


público emitiu nota de empenho visando a contabilização de despesa com serviços de limpe-
za do gabinete do secretário da fazenda, referente ao segundo semestre de 2015, no valor de
R$ 120.000,00. Por insuficiência de recursos financeiros, os serviços prestados referentes aos
meses de novembro e dezembro de 2015 não foram pagos no próprio exercício. Nesta situa-
ção, sob o aspecto orçamentário, nos temos da Lei Federal n. 4.320/1964, deve a entidade
a) cancelar a despesa não paga no exercício de 2015 e inscrever o valor em restos a pagar.
b) demonstrar a despesa empenhada no Balanço Orçamentário do exercício de 2015 e regis-
trar no ativo circulante do Balanço Patrimonial o valor não pago.
c) cancelar a despesa não paga no exercício de 2015 e emitir novo empenho no exercício de 2016.
d) estornar a despesa não paga no exercício de 2015 e contabilizá-la no exercício em que for
liquidada e paga.
e) reconhecer a despesa no exercício de 2015 e inscrever o valor não pago em restos a pagar.

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Primeiro note que a despesa foi empenhada em 2015 e que os serviços foram prestados, mas
houve insuficiências de recursos nos últimos dois meses do ano. Logo, deve-se reconhecer a
despesa no exercício de 2015 e inscrever o valor não pago em restos a pagar.
Letra e.

029. (FCC/SEMPLAM-TERESINA/ANALISTA/2016) Segundo o Decreto n. 93.872/86, o paga-


mento da despesa por meio de suprimento de fundos é
a) regime de exceção ao empenho prévio.
b) aplicável à despesa que deve ser feita em caráter sigiloso.
c) vedado a servidor que já seja responsável por um outro suprimento.
d) ilimitado para a concessão de valores se a despesa não se subordinar ao processo normal
de aplicação.
e) vedado para a aplicação do suprimento após 31 de dezembro.

Vamos analisar as alternativas e marcar a correta.


a) Errada. Sempre deve ser precedido de empenho.
b) Correta. existe previsão expressa para situações que exigem tratamento sigiloso, com a
concessão e aplicação de suprimento de fundos, para atender peculiaridades da Presidência
e da Vice-Presidência da República, do Ministério da Fazenda, do Departamento de Polícia
Federal, das repartições do Ministério das Relações Exteriores, bem assim militares e de in-
teligência, obedecerão a regime especial de execução estabelecido em instruções aprovadas
pelos respectivos Ministros de Estado, pelo Chefe da Casa Militar e pelo Secretário-Geral da
Presidência da República, sendo vedada a delegação de competência.
c) Errada. O impedimento é para quem já tem 2 suprimentos e não 1.
d) Errada. O valor é limitado pelo Ministério da Fazenda.
e) Errada. De acordo com o artigo 46 do mencionado decreto, pode haver a reinscrição da res-
pectiva responsabilidade pela sua aplicação em data posterior.
Letra b.

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030. (FCC/ARSETE/TÉCNICO/2016) Para responder à questão, considere as seguintes tran-


sações realizadas, por determinado ente público, durante o exercício de 2015, em reais:

Cancelamento de dívidas passivas 90,00

Empenho de despesa com serviços de manutenção e conservação de imóveis 140,00

Pagamento de restos a pagar inscrito no exercício de 2014 300,00

Arrecadação de receita de IPTU 600,00

Empenho de despesa com juros sobre dívida de longo prazo 110,00

Arrecadação de receita de transferência efetuada pelo Estado referente a


700,00
Cota-Parte do ICMS e do IPVA

Empenho de despesa com a folha de pagamento de pessoal ativo 800,00

Arrecadação de receitas com operações de crédito de longo prazo 350,00

Empenho de despesa com aquisição de computadores novos 250,00

Recebimento de caução, em dinheiro, de empresa interessada em participar


150,00
de licitação

Pagamento de empréstimo por antecipação de receita orçamentária 80,00

Empenho de despesa com amortização de dívida de longo prazo 400,00

Arrecadação de receita com aluguel de bens imóveis 100,00

− Do total das despesas orçamentárias correntes empenhadas durante o exercício de 2015, foi
pago no próprio exercício o valor de R$ 750,00.
− Todas as despesas de capital empenhadas durante o exercício de 2015 foram pagas no pró-
prio exercício.
Considerando que o total das despesas correntes empenhadas no exercício foi de R$ 1.050,00,
o valor inscrito em restos a pagar, em 31/12/2015, segundo a Lei Federal n. 4.320/1964,
soma, em reais,
a) 190,00.
b) 160,00.
c) 390,00.
d) 550,00.
e) 300,00.

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Despesa Pública – Parte II
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Em primeiro lugar temos que notar que de acordo com os dados da questão, todas as despe-
sas de capital empenhadas no exercício foram pagas no próprio exercício, sendo o nosso foco
as despesas correntes.
Além disso, não precisamos analisar as transações da tabela, pois as outras informações for-
necidas pela questão são suficientes para respondê-la. Vamos lá então:
Total das Despesas correntes empenhadas em 2015 – R$ 1.050,00.
Total das Despesas correntes pagas em 2015 – R$ 750,00.
Ora, se não há restos a pagar de despesas de capital, o total de restos a pagar a serem inscritos
ao final do exercício de 2015 corresponde ao total de restos a pagar das despesas correntes:
Total de RP 2015 = (1.050 – 750) = 300.
Letra e.

031. (FCC/TCE-PI/ANALISTA/2014) Os restos a pagar


a) referem-se às despesas incorridas no ano anterior, reconhecidas e empenhadas no exercí-
cio seguinte.
b) alusivos aos doze últimos meses do mandato, exigem sólida cobertura de caixa.
c) alcançam as despesas liquidadas, mas não pagas até 31 de dezembro.
d) referem-se a gastos não empenhados contra o orçamento anterior.
e) referem-se às despesas empenhadas, mas não pagas até o fim do exercício financeiro.

Tenha em mente que restos a pagar são as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia
31 de dezembro, último dia do exercício financeiro (01 de janeiro a 31 de dezembro), distinguin-
do-se as despesas processadas das não processadas.
Letra e.

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Despesa Pública – Parte II
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QUESTÕES DE CONCURSO – LISTA III


FGV

001. (FGV/TÉCNICO/DPE-RJ/2019) A distinção dos restos a pagar em processados e não


processados baseia-se no cumprimento dos estágios de execução da despesa pública e tem
impactos no reconhecimento patrimonial da obrigação correspondente.
Em geral, quando não se tratar de situações especiais, para que sejam reconhecidos como
obrigação patrimonial, os restos a pagar devem se referir a despesas classificadas como:
a) empenhadas a liquidar, apenas.
b) empenhadas em liquidação, apenas.
c) liquidadas, apenas.
d) liquidadas ou empenhadas a liquidar.
e) liquidadas ou empenhadas em liquidação.

002. (FGV/CONTADOR/SEFIN-RO/2018) Em dezembro de 2016, uma entidade pública incor-


reu em despesas gerais no valor de R$ 20.000. No entanto, por um erro de digitação, as despe-
sas não foram empenhadas. Assinale a opção que indica a conta em que a despesa deve ser
evidenciada em 2017.
a) Restos a pagar.
b) Despesas de exercícios anteriores.
c) Despesas gerais.
d) Ajustes patrimoniais.
e) Provisão para despesa incorrida.

003. (FGV/ANALISTA/CGM-NITERÓI/2018) O prefeito do município Beta cancelou os “restos


a pagar” relativos à prestação de serviços feita à administração municipal anterior, despesa
autorizada no último quadrimestre do mandato do chefe do Executivo.
O fornecedor de serviços se insurge em face dessa decisão, e o prefeito afirma que adotou a
medida porque a despesa em apreço estava sem previsão de desembolso, não havendo sufici-
ência de dotação na rubrica “despesas de exercícios anteriores”, além de ter sido o ex-prefeito,
de partido da oposição, a autorizá-la.
Sabe-se que houve a contratação, a prestação do serviço e o empenho, porém não houve a
dotação orçamentária.
Assim, o Prefeito agiu de forma

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a) correta, já que, sem dotação orçamentária, não haveria recursos para fazer frente à despesa.
b) incorreta, sendo incabível o cancelamento de “restos a pagar”, salvo quando constatado
irregular cumprimento das obrigações pelo contratado.
c) correta, pois, além de não haver dotação orçamentária específica, a despesa fora autorizada
pelo ex-prefeito.
d) incorreta, uma vez que as dívidas da antiga gestão são automaticamente absorvidas
pela nova.
e) correta, porque o ex-prefeito pertencia a outra agremiação política.

004. (FGV/ANALISTA/CM-SALVADOR/2018) O suprimento de fundos é um adiantamento de


valores a um servidor para futura prestação de contas. Uma das características do suprimento
de fundos é:
a) atender a despesas de grande vulto, assim entendidas aquelas cujo valor possa ultrapassar
o limite estabelecido.
b) atender a despesas contínuas, inclusive em viagem e com serviços especiais.
c) ser concedido a responsável por, no máximo, três suprimentos.
d) atender a despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento.
e) atender a despesa que não deva ser realizada em caráter sigiloso e, também, não se enqua-
dre como pronto pagamento.

005. (FGV/ANALISTA/TRT-12/2017) Ao final de um exercício foram obtidas as seguintes in-


formações da execução orçamentária de um ente público:

Descrição Valor

Arrecadação de receitas tributárias 80.000


Empenho de despesa orçamentária 72.000
Liquidação de despesa corrente 56.000
Pagamentos efetuados 50.400

Considerando as disposições legais para inscrição em restos a pagar e sabendo-se que a dis-
ponibilidade financeira líquida do ente ao final do exercício era de 20.000, é correto afirmar que:
a) a disponibilidade financeira não afetará a inscrição de restos a pagar.
b) despesas processadas e não processadas serão canceladas.
c) do valor das despesas empenhadas, 1.600 serão cancelados.
d) haverá cancelamento de despesas não processadas no valor de 9.600.
e) o valor total de restos a pagar não processados pode ser inscrito.

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006. (FGV/ANALISTA/IBGE/2017) Após a ocorrência de um incêndio que danificou arquivos


físicos e eletrônicos em uma entidade pública, algumas informações precisaram ser obtidas
de forma indireta. O gestor da entidade solicitou informações sobre o saldo de restos a pagar
ao final do exercício, e a equipe de contabilidade só dispunha do balanço orçamentário publi-
cado para obter essa informação.
No Balanço Orçamentário, essa informação é obtida pela diferença entre:
a) dotação inicial e dotação atualizada.
b) dotação inicial e despesas empenhadas.
c) despesas empenhadas e despesas liquidadas.
d) despesas empenhadas e despesas pagas.
e) despesas liquidadas e despesas pagas.

007. (FGV/ANALISTA/IBGE/2017) A concessão de suprimento de fundos é feita a servidor para


o pagamento de despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de execução.
Entre as condições a seguir, a única que permite o recebimento de suprimento de fundos é:
a) servidor declarado em alcance.
b) servidor ocupante de cargo em comissão.
c) servidor responsável por dois suprimentos.
d) servidor responsável pela guarda ou utilização do material a adquirir.
e) servidor responsável por suprimento que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de
sua aplicação.

008. (FGV/ANALISTA/SEPOG/2017) Assinale a opção que apresenta as características de


restos a pagar processados.
a) São as despesas que não foram empenhadas no exercício.
b) São as despesas que foram empenhadas no exercício, mas não foram liquidadas nem pagas.
c) São as despesas que foram empenhadas e liquidadas no exercício, mas não foram pagas.
d) São as despesas que foram empenhadas, liquidadas e pagas no exercício.
e) São as despesas que foram empenhadas e realizadas no exercício, mas não foram liquidadas.

009. (FGV/ANALISTA/MPE-BA/2017) No encerramento do exercício financeiro, as despesas


que estão pendentes apenas do último estágio de execução devem ser tratadas como:
a) créditos a serem reabertos no próximo exercício.
b) despesas de exercícios anteriores.
c) despesas canceladas por insuficiência financeira.
d) restos a pagar com prescrição interrompida.
e) restos a pagar processados.

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010. (FGV/OFICIAL DA CHANCELARIA/MRE/2016) Os restos a pagar são despesas que não


completaram todos os estágios da execução orçamentária até o encerramento de um exercício
financeiro. De acordo com as disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal, os restos a pagar:
a) devem ser inscritos com suficiente disponibilidade de caixa.
b) devem ser cancelados, caso não sejam processados no exercício seguinte.
c) não podem ser inscritos no último ano de mandato.
d) podem ser inscritos à conta de despesas de exercícios anteriores.
e) podem ser processados em regime de adiantamento.

011. (FGV/TJ-BA/ANALISTA/2015) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, os sistemas de conta-


bilidade de cada ente elaborarão balanços e demonstrativos para apresentação dos resultados
gerais do exercício. O conjunto de balanços e demonstrativos contém informações específi-
cas de acordo com os seus objetivos. O demonstrativo que apresenta os restos a pagar do
exercício, computados na receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa
orçamentária, é:
a) Balanço Orçamentário.
b) Balanço Financeiro.
c) Balanço Patrimonial.
d) Demonstração das Variações Patrimoniais.
e) Demonstração dos Fluxos de Caixa.

012. (FGV/ANALISTA/TJ-BA/2015)
Quadro I: Dados da execução orçamentária de um ente da federação no exercício de 2012

Receitas correntes previstas 193.000,00

Receitas de capital previstas 7.000,00

Despesas correntes fixadas 145.000,00

Despesas de capital fixadas 55.000,00

Receitas correntes arrecadadas 175.800,00

Receitas de capital arrecadadas (operações de crédito) 15.250,00

Despesas correntes empenhadas 139.100,00

Despesas de capital empenhadas 47.700,00

- Amortização de dívidas: 11.200,00

- Aquisição de veículos: 36.500,00

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Recebimento de depósitos em garantia no período 2.100,00

Restituição de depósitos em garantia no período 1.600,00

Pagamento de restos a pagar no período 1.950,00

Quadro II: Saldos em 31/12 do exercício anterior

Caixa e equivalentes de caixa 5.700,00

Estoque 1.950,00

Móveis e equipamentos 12.600,00

Veículos 21.200,00

Edificações 43.500,00

Restos a pagar 2.300,00

Depósitos a restituir 1.700,00

Dívida fundada interna 17.400,00

Considerando as informações dos Quadros I e II, e que 90% das despesas correntes e 80% das
despesas de capital executadas foram pagas, o valor inscrito em restos a pagar no exercício
de 2012 foi:
a) 25.400,00.
b) 23.450,00.
c) 21.500,00.
d) 4.250,00.
e) 1.950,00.

013. (FGV/ANALISTA/DPE-RO/2015) Em uma entidade da administração pública, durante o


exercício de 2008 foi emitida uma nota de empenho para prestação de serviços de manuten-
ção no sistema de ar refrigerado. A prestação de serviço foi iniciada em 2008, mas encerrada
apenas no exercício seguinte. A empresa prestadora de serviço enviou a documentação de
cobrança comprobatória da prestação do serviço somente em 2013. A partir do recebimento
da cobrança, essa despesa deve ser tratada pelo ente como:
a) restos a pagar processados.
b) operações orçamentárias anuladas.
c) despesa do exercício em que o pagamento foi reclamado.
d) despesa de exercícios anteriores, que teve prescrição interrompida.
e) despesa não passível de pagamento em decorrência de prescrição de prazo de cobrança.

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014. (FGV/ANALISTA/TJ-RO/2015/ADAPTADA) A partir dos dados dos Quadros I e II e sa-


bendo-se que 5% das despesas correntes não foram pagas e que, das despesas de capital,
a amortização de empréstimos foi integralmente paga no exercício, além de 70% do valor re-
lativo à aquisição de material permanente, o saldo de caixa do ente da federação ao final do
exercício de 20x9, apurado a partir das informações dos Quadros I e II, o considerando o valor
inscrito em restos a pagar é:
Quadro I: Informações relativas à execução orçamentária de um ente da federação durante o
exercício de 20x9:

Dados da LOA Dados da Execução Orçamentária

Receita Corrente 240.000 Receita Corrente 254.400


Receita de Capital 60.000 Receita de Capital (Operação de crédito) 40.200
Despesa Corrente 210.000 Despesas correntes (Empenho) 205.800
Despesa de Capital 90.000 Despesa de Capital (Empenho):
- Aquisição de material permanente 58.500
- Amortização de empréstimos 27.000

Informações adicionais:
Restos a pagar pagos 3.760
Depósitos em garantia recebidos 2.500
Depósitos em garantia restituídos 2.100

Quadro II: Saldos do final do exercício de 20x8:

Caixa e equivalente de caixa 8.200


Estoques 2.300
Imóveis 81.000
Veículos 37.000
Móveis e utensílios 14.100
Equipamentos e instalações 9.400
Restos a pagar 4.700
Depósitos em garantia a restituir 2.900
Dívida Consolidada 89.400

a) 5.800,00.
b) 8.140,00.
c) 27.840,00.

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d) 30.120,00.
e) 35.980,00.

015. (FGV/TJ-SC/ANALISTA/2015) Um determinado órgão público recebeu notificação de co-


brança de um credor que havia fornecido bens ao órgão no exercício anterior, mas que estava
pendente em decorrência de não conformidade com a descrição do empenho, que foi anulado.
Ao final do exercício em curso o fornecimento foi atestado, e o credor reclamou o pagamento.
Tal pagamento se enquadra como:
a) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício.
b) despesas não processadas na época própria.
c) despesas extraorçamentárias.
d) restos a pagar processados.
e) restos a pagar não processados.

016. (FGV/AGENTE/TCM-SP/2015) As Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD) ou despe-


sas sob o enfoque patrimonial consistem em decréscimos nos benefícios econômicos durante
o período contábil, que resultem em decréscimo do patrimônio líquido. O reconhecimento da
VPD pode se dar em diferentes estágios da execução orçamentária. Um exemplo de VPD reco-
nhecida após a liquidação da despesa orçamentária é:
a) concessão de suprimento de fundos.
b) perda do valor recuperável de bens móveis.
c) reconhecimento a cada mês trabalhado do 13º salário a ser pago no final do ano.
d) recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de serviços.
e) reconhecimento de obrigação de prestar serviços em regime de concessão.

017. (FGV/AUDITOR/PREFEITURA DE CUIABÁ/2014) Assinale a opção que indica itens que


não compõem a dívida flutuante.
a) Serviços da dívida a pagar.
b) Restos a pagar, excluídos os serviços da dívida.
c) Compromissos de longo prazo que atendem ao desequilíbrio orçamentário.
d) Depósitos bancários.
e) Débitos de tesouraria.

018. (FGV/TÉCNICO SUPERIOR/DPE/2014) No orçamento de Barbosópolis do Canto, as des-


pesas empenhadas até novembro de 2013 atingiram o montante de $ 95.000,00. De acordo
com o portal da transparência, em Dezembro de 2013 outros estágios da despesa foram cum-
pridos, a saber:
• liquidação: $ 80.000,00; e
• pagamento: $ 55.000,00.

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Sabe-se ainda que a despesa fixada daquele município para 2013 foi de $ 100.000,00. A par-
tir do conjunto de informações disponíveis, ao final de 2013 o contador afirmou que os res-
tos a pagar
a) não processados totalizaram $ 45.000,00.
b) totalizaram $ 25.000,00.
c) processados totalizaram $ 25.000,00.
d) processados totalizaram $ 40.000,00.
e) totalizaram $ 15.000,00.

019. (FGV/ANALISTA/TJ-GO/2014) O Decreto n. 93.872/1986 dispõe sobre a conceituação e


o tratamento das despesas de exercícios anteriores. De acordo com as disposições do decre-
to, despesas que NÃO se tenham processado na época própria são:
a) aquelas cuja inscrição como restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o di-
reito do credor.
b) aquelas com empenho considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício
correspondente, mas que o credor tenha cumprido sua obrigação no prazo estabelecido.
c) despesas com empenho anulado no encerramento do exercício correspondente.
d) obrigações de pagamento criadas em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do
credor após o encerramento do exercício correspondente.
e) restos a pagar, processados ou não, com prescrição interrompida.

020. (FGV/ANALISTA/SUDENE/2013) Observe as informações extraídas de uma unidade


gestora executora e responda à questão.

Receitas Previsão Lançamento Arrecadação Recolhimento

Corrente 150 50 130 130

Capital 50 40 30

Soma 200 50 170 160

Despesas Fixação Empenho Liquidação Pagamento

Correntes 160 150 130 125

Capital 40 40 35 35

Soma 200 190 165 160

Os valores das despesas orçamentárias a serem inscritas em restos a pagar processados e


não processados, de acordo com a Lei n. 4.320/1964, são, respectivamente,

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a) 5 e 25.
b) 10 e 30.
c) 25 e 5.
d) 30 e 5.
e) 30 e 10.

021. (FGV/ATA/SUDENE/2013) Conforme a Lei n. 4.320/1964, os depósitos de diversas ori-


gens e os serviços da dívida a pagar são tipos de dívida
a) ativa.
b) fundada.
c) flutuante.
d) precatório.
e) consolidada.

022. (FGV/CONTADOR/AL-MT/2013) Considere as informações a seguir e responda à questão

Atos e Fatos relacionados às Despesas:


1. Aprovação da LOA com a Fixação das seguintes despesas: Pessoal Ativo =
120.000; Material de Consumo para formação de estoque = 60.000; Serviço de
manutenção = 20.000; Aquisição de bens móveis = 30.000 e Obras de construção
de Sede = 70.000
2. Empenhadas 90% das despesas correntes e 80% das despesas de capital.
3. Liquidadas todas as despesas correntes e de capital
4. Considerando um saldo em banco conta única de 263.600, sendo 100.000 da
categoria econômica de capital e o restante da corrente, efetue os pagamentos
de pessoal ativo e em seguida de fornecedores respeitando a disponibilidade
financeira de cada categoria econômica.

O valor a ser inscrito em restos a pagar, ao final da execução orçamentária e financeira das
despesas públicas, será de
a) 20.000.
b) 18.000.
c) 16.400.
d) 9.600.
e) 2.200.

023. (FGV/CONSULTOR/SENADO/2008) De acordo com o Decreto n. 93.872/1986, a dívida


flutuante não compreende:
a) os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida.
b) os serviços da dívida a pagar.
c) os depósitos, inclusive operações de crédito.

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d) operações de crédito por antecipação de receita orçamentária.


e) o papel-moeda ou moeda fiduciária.

024. (IADES/ADMINISTRADOR/SES-DF/2018) Assinale a alternativa que corresponde às


despesas, legalmente empenhadas, cujo objeto do empenho já foi recebido, ou seja, já ocorreu
a liquidação, mas não houve pagamento.
a) Restos a pagar processados.
b) Restos a pagar não processados.
c) Despesa patrimonial.
d) Despesa de exercício anterior.
e) Prescrição.

025. (IBFC/TÉCNICO/CGE-RN/2019) Sobre restos a pagar, analise as afirmativas abaixo e dê


valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

( ) São as despesas empenhadas e pagas dentro do exercício financeiro.


( ) Os restos a pagar podem ser processados e não processados.
( ) Os restos a pagar não processados são empenhados, liquidados e não pagos.
( ) Os restos a pagar processados são empenhados, não liquidados e não pagos

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.


a) F, V, F, F.
b) V, V, V, V.
c) F, F, F, F.
d) V, F, V, F.

026. (IBFC/TÉCNICO/TCM-RJ/2016) Consideram-se restos a pagar as despesas empe-


nhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não
processadas:
a) restos a pagar processados referem-se a empenhos executados e liquidados e, portanto,
prontos para pagamento.
b) restos a pagar não processados, referem-se aos contratos que se encontram em plena exe-
cução, mas existe direito líquido e Certo. do credor.
c) entre os restos a pagar não processados devem ser inscritas as despesas financeiras com
juros e amortizações empenhadas e não pagas no exercício.
d) em restos a pagar podem e devem ser inscritos as despesas contratadas e que vão se efe-
tivar nos exercícios seguintes.

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027. (FUNDEP/CONTADOR/CM-SANTA BÁRBARA/2018) Sobre o tema relativo à execução


orçamentária e financeira, em particular sobre restos a pagar, assinale a alternativa incorreta.
a) Ao final de determinado exercício financeiro, os restos a pagar referentes ao exercício ante-
rior e ainda não pagos deverão ser reinscritos para o exercício subsequente.
b) As despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro, serão inscritas em
restos a pagar, em cuja condição a despesa superará os estágios restantes, em particular o
pagamento.
c) Constituindo modalidade de dívida pública flutuante, os restos a pagar são registrados por
exercício e credor e distinguem as despesas em processadas e não processadas.
d) O atendimento de despesas relativas a exercícios já encErrado.s, como por exemplo na
situação de restos a pagar com prescrição interrompida, dependerá da existência de crédito
específico na lei orçamentária ou em crédito adicional.

028. (IADES/TÉCNICO/IGEPREV/2018) Considere um contrato no valor de R$ 250.000,00,


cuja execução está prevista para mais de um exercício financeiro e que, no primeiro ano, teve
empenhado o valor de R$ 120.000,00. Nesse mesmo exercício, foram liquidados R$ 90.000,00
e pagos R$ 80.000,00. Com base no exposto, é correto afirmar que o valor inscrito em restos
a pagar foi
a) R$ 130.000,00.
b) R$ 120.000,00.
c) R$ 40.000,00.
d) R$ 30.000,00.
e) R$ 10.000,00.

029. (IADES/CONTADOR/SES-DF/2018) O suprimento de fundos consiste na entrega de nu-


merário a servidor, em regime de adiantamento, para a realização de despesas que não pos-
sam se subordinar ao processo normal de aplicação. Tendo em vista seu caráter excepcional,
na execução da despesa por suprimento de fundos, o empenho é
a) dispensável.
b) feito após a realização da despesa, quando já for conhecido o fornecedor ou prestador.
c) feito diretamente ao fornecedor ou prestador.
d) feito em nome do ordenador de despesas.
e) feito em nome do agente suprido.

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030. (IBFC/TÉCNICO/TCM-RJ/2016) Quanto às despesas de exercícios anteriores:


a) São despesas fixadas, no orçamento vigente, decorrentes de compromissos assumidos em
exercícios anteriores àquele em que deva ocorrer o pagamento e que por erro não foram con-
tabilizados como restos a pagar processados.
b) São despesas fixadas, no orçamento vigente, decorrentes de compromissos assumidos
em exercícios anteriores, àquele em que deva ocorrer o pagamento. Não se confundem com
restos a pagar, tendo em vista que sequer foram empenhadas ou, se foram, tiveram seus em-
penhos anulados ou cancelados.
c) São despesas fixadas, no orçamento vigente, decorrentes de compromissos assumidos em
exercícios anteriores àquele, em que deva ocorrer o pagamento e que por erro não foram con-
tabilizados como restos a pagar não processados.
d) São despesas fixadas, no orçamento vigente, decorrentes de compromissos assumidos em
exercício corrente, mas que não sendo possível a realização dos pagamentos, se consigna no
orçamento do ano seguinte o valor correspondente.

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GABARITO
1. e 11. b 21. c
2. b 12. b 22. c
3. b 13. d 23. c
4. d 14. e 24. a
5. c 15. b 25. a
6. d 16. a 26. a
7. b 17. c 27. a
8. c 18. c 28. e
9. e 19. b 29. e
10. a 20. a 30. b

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AFO
Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

GABARITO COMENTADO
001. (FGV/TÉCNICO/DPE-RJ/2019) A distinção dos restos a pagar em processados e não
processados baseia-se no cumprimento dos estágios de execução da despesa pública e tem
impactos no reconhecimento patrimonial da obrigação correspondente.
Em geral, quando não se tratar de situações especiais, para que sejam reconhecidos como
obrigação patrimonial, os restos a pagar devem se referir a despesas classificadas como:
a) empenhadas a liquidar, apenas.
b) empenhadas em liquidação, apenas.
c) liquidadas, apenas.
d) liquidadas ou empenhadas a liquidar.
e) liquidadas ou empenhadas em liquidação.

a) Errada. Os restos a pagar empenhados a liquidar são aqueles em que ainda não ocorreram
o fato gerador da obrigação patrimonial.
b) Errada. As despesas empenhadas em liquidação são aquelas em que já tivemos o fato ge-
rador da obrigação patrimonial, mas ainda existe outra situação, conforme trecho do MCASP
abaixo reproduzido, com nossos grifos:

As despesas empenhadas em liquidação são aquelas em que houve o adimplemento da obrigação


pelo credor (contratado), caracterizado pela entrega do material ou prestação do serviço, estando
na fase de verificação do direito adquirido, ou seja, tem-se a ocorrência do fato gerador da obriga-
ção patrimonial, todavia, ainda não se deu a devida liquidação.

c) Errada. Os restos a pagar processados são despesas que já passaram pela fase de liquida-
ção e, assim, a obrigação patrimonial já foi reconhecida. Guarde que as despesas empenhadas
em liquidação são aquelas em que já tivemos o fato gerador da obrigação patrimonial.
d) Errada. Para as despesas empenhadas a liquidar ainda não tivemos a ocorrência do fato
gerador da obrigação patrimonial.
e) Certa. Guarde que os restos a pagar devem se referir a despesas classificadas como liquida-
das ou empenhadas em liquidação, já que representam despesas em que já ocorreram o fato
gerador da obrigação patrimonial.
Letra e.

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AFO
Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

002. (FGV/CONTADOR/SEFIN-RO/2018) Em dezembro de 2016, uma entidade pública incor-


reu em despesas gerais no valor de R$ 20.000. No entanto, por um erro de digitação, as despe-
sas não foram empenhadas. Assinale a opção que indica a conta em que a despesa deve ser
evidenciada em 2017.
a) Restos a pagar.
b) Despesas de exercícios anteriores.
c) Despesas gerais.
d) Ajustes patrimoniais.
e) Provisão para despesa incorrida.

A Lei n. 4.320/1964, em seu artigo 35, determina que pertencem ao exercício financeiro as
despesas nele empenhadas.
Nessa pegada, apesar de se referir a serviços executados em 2016, a despesa em tela perten-
cerá ao exercício em que ocorreu o empenho, que no caso foi 2017, sendo classificada como
despesas de exercícios anteriores.
Letra b.

003. (FGV/ANALISTA/CGM-NITERÓI/2018) O prefeito do município Beta cancelou os “restos


a pagar” relativos à prestação de serviços feita à administração municipal anterior, despesa
autorizada no último quadrimestre do mandato do chefe do Executivo.
O fornecedor de serviços se insurge em face dessa decisão, e o prefeito afirma que adotou a
medida porque a despesa em apreço estava sem previsão de desembolso, não havendo sufici-
ência de dotação na rubrica “despesas de exercícios anteriores”, além de ter sido o ex-prefeito,
de partido da oposição, a autorizá-la.
Sabe-se que houve a contratação, a prestação do serviço e o empenho, porém não houve a
dotação orçamentária.
Assim, o Prefeito agiu de forma
a) correta, já que, sem dotação orçamentária, não haveria recursos para fazer frente à despesa.
b) incorreta, sendo incabível o cancelamento de “restos a pagar”, salvo quando constatado
irregular cumprimento das obrigações pelo contratado.
c) correta, pois, além de não haver dotação orçamentária específica, a despesa fora autorizada
pelo ex-prefeito.
d) incorreta, uma vez que as dívidas da antiga gestão são automaticamente absorvidas
pela nova.
e) correta, porque o ex-prefeito pertencia a outra agremiação política.

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Despesa Pública – Parte II
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Note que, na situação em tela, o Prefeito agiu de forma incorreta, sendo incabível o cancela-
mento de “restos a pagar”, exceto se constatado irregular cumprimento das obrigações pelo
contratado.

E por qual razão ele agiu erroneamente?

Note que o raciocínio do Prefeito para o cancelamento dos restos a pagar não é válido, já que
não é necessária a existência de dotação na rubrica “despesas de exercícios anteriores” para o
pagamento de restos a pagar. Nesse sentido a Lei n. 4.320/1964, em seu artigo 35, é mandató-
ria no sentido de que as despesas pertencem ao exercício em que forem empenhadas. Confira
com grifos nossos:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Nessa toada, perceba que, em verdade, a utilização de dotação orçamentária já ocorreu no


exercício de empenho, faltando apenas o desembolso financeiro. Como sabemos, os restos a
pagar são as despesas empenhadas e não pagas no exercício e só podem ser cancelados se
devidamente justificados, já que já tinha sido firmado o compromisso do Estado com o cre-
dor. Entretanto, caso aconteça o irregular cumprimento das obrigações pelo contratado, temos
uma das hipóteses de cancelamento.
Letra b.

004. (FGV/ANALISTA/CM-SALVADOR/2018) O suprimento de fundos é um adiantamento de


valores a um servidor para futura prestação de contas. Uma das características do suprimento
de fundos é:
a) atender a despesas de grande vulto, assim entendidas aquelas cujo valor possa ultrapassar
o limite estabelecido.
b) atender a despesas contínuas, inclusive em viagem e com serviços especiais.
c) ser concedido a responsável por, no máximo, três suprimentos.
d) atender a despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento.
e) atender a despesa que não deva ser realizada em caráter sigiloso e, também, não se enqua-
dre como pronto pagamento.

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Despesa Pública – Parte II
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a) Errada. Na verdade, é o inverso, ou seja, o suprimento de fundos deve ser utilizado para
atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não
ultrapasse limite estabelecido em ato normativo próprio.
b) Errada. Não deve ser utilizado para atender a despesa contínuas, mas sim a despesas
eventuais.
c) Errada. Um mesmo servidor pode ser responsável por, no máximo, dois suprimentos.
d) Certa.
e) Errada. O suprimento de fundos deve ser utilizado quando a despesa precisar ser realizada
em caráter sigiloso e também para atender a despesas eventuais, inclusive em viagem e com
serviços especiais, que exijam pronto pagamento.
Letra d.

005. (FGV/ANALISTA/TRT-12/2017) Ao final de um exercício foram obtidas as seguintes in-


formações da execução orçamentária de um ente público:

Descrição Valor

Arrecadação de receitas tributárias 80.000


Empenho de despesa orçamentária 72.000
Liquidação de despesa corrente 56.000
Pagamentos efetuados 50.400

Considerando as disposições legais para inscrição em restos a pagar e sabendo-se que a dis-
ponibilidade financeira líquida do ente ao final do exercício era de 20.000, é correto afirmar que:
a) a disponibilidade financeira não afetará a inscrição de restos a pagar.
b) despesas processadas e não processadas serão canceladas.
c) do valor das despesas empenhadas, 1.600 serão cancelados.
d) haverá cancelamento de despesas não processadas no valor de 9.600.
e) o valor total de restos a pagar não processados pode ser inscrito.

Temos que lembrar que a LRF vedou que nos últimos dois quadrimestres do mandato o titular
contraia despesas que não sejam pagas no próprio exercício e que não tenha disponibilidade
financeira para cobertura. Relembre, com grifos nossos:

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do
seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade
de caixa para este efeito.

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Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

Além disso, o MANUAL do SIAFI veda a inscrição de quaisquer restos a pagar sem haja dispo-
nibilidade de caixa assegurada. Confira esse trecho com grifos nossos:

3. REGRAS GERAIS PARA INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR


(.)
3.4. É vedada a inscrição de restos a pagar sem que haja suficiente disponibilidade de caixa asse-
gurada para este fim. Na determinação da disponibilidade de caixa são considerados os encargos e
despesas compromissadas a pagar até o final do exercício, ressalvado o disposto no art. 42 da Lei
Complementar n. 101 (LRF), de 04/05/2000, quando for o caso.

Seguindo esse regramento, temos como premissa o fato de o montante de inscrição de restos
a pagar não pode ser superior à disponibilidade financeira.
De acordo com os dados informados na questão, vemos que foi empenhado o montante de
72.000 e pago apenas 50.400, gerando restos a pagar de 21.600 (72.000 – 50.400).
Podemos concluir, portanto, que, como a disponibilidade financeira do ente ao final do exercí-
cio era de 20.000, o excesso de 1.600 deve ser cancelado.
Letra c.

006. (FGV/ANALISTA/IBGE/2017) Após a ocorrência de um incêndio que danificou arquivos


físicos e eletrônicos em uma entidade pública, algumas informações precisaram ser obtidas
de forma indireta. O gestor da entidade solicitou informações sobre o saldo de restos a pagar
ao final do exercício, e a equipe de contabilidade só dispunha do balanço orçamentário publi-
cado para obter essa informação.
No Balanço Orçamentário, essa informação é obtida pela diferença entre:
a) dotação inicial e dotação atualizada.
b) dotação inicial e despesas empenhadas.
c) despesas empenhadas e despesas liquidadas.
d) despesas empenhadas e despesas pagas.
e) despesas liquidadas e despesas pagas.

Basicamente, exigiu a aplicação do conceito de restos a pagar dado pelo artigo 36 da Lei n.
4.320/1964. Confira com grifos:

Art. 36. Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.

Como podemos ver, basicamente os restos a pagar são as despesas que foram empenhadas,
mas não foram pagas no exercício, ou seja, o montante de restos a pagar inscritos é a diferen-
ça entre as despesas empenhadas e as despesas pagas.
Letra d.

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Despesa Pública – Parte II
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007. (FGV/ANALISTA/IBGE/2017) A concessão de suprimento de fundos é feita a servidor para


o pagamento de despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de execução.
Entre as condições a seguir, a única que permite o recebimento de suprimento de fundos é:
a) servidor declarado em alcance.
b) servidor ocupante de cargo em comissão.
c) servidor responsável por dois suprimentos.
d) servidor responsável pela guarda ou utilização do material a adquirir.
e) servidor responsável por suprimento que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de
sua aplicação.

Guarde que não pode ser concedido suprimento de fundos:


1) a responsável por dois suprimentos; (letra “c”)
2) a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir (letra “d”),
salvo quando não houver na repartição outro servidor;
3) a responsável por suprimento de fundos que não tenha prestado contas de sua aplicação
no prazo previsto (letra “e”); e
4) a servidor declarado em alcance (letra “a”) ou que esteja respondendo a inquérito admi-
nistrativo.
Dessa forma, não existe restrição específica para servidor ocupante de cargo em comissão
que não se enquadre em nenhuma das hipóteses anteriores.
Letra b.

008. (FGV/ANALISTA/SEPOG/2017) Assinale a opção que apresenta as características de


restos a pagar processados.
a) São as despesas que não foram empenhadas no exercício.
b) São as despesas que foram empenhadas no exercício, mas não foram liquidadas nem pagas.
c) São as despesas que foram empenhadas e liquidadas no exercício, mas não foram pagas.
d) São as despesas que foram empenhadas, liquidadas e pagas no exercício.
e) São as despesas que foram empenhadas e realizadas no exercício, mas não foram liquidadas.

Basta que lembrar que os “processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja exe-
cução alcançou o estágio da liquidação, enquanto os “não processados” são os restos a pagar
relativos às despesas cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho – ou seja são as
despesas que foram empenhadas e liquidadas no exercício, mas não foram pagas.
Letra c.

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Despesa Pública – Parte II
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009. (FGV/ANALISTA/MPE-BA/2017) No encerramento do exercício financeiro, as despesas


que estão pendentes apenas do último estágio de execução devem ser tratadas como:
a) créditos a serem reabertos no próximo exercício.
b) despesas de exercícios anteriores.
c) despesas canceladas por insuficiência financeira.
d) restos a pagar com prescrição interrompida.
e) restos a pagar processados.

Basta que lembrar que os “processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja
execução alcançou o estágio da liquidação, ou seja, os processados são aqueles que, no en-
cerramento do exercício financeiro, estão pendentes apenas do último estágio de execução,
que é o pagamento.
Letra e.

010. (FGV/OFICIAL DA CHANCELARIA/MRE/2016) Os restos a pagar são despesas que não


completaram todos os estágios da execução orçamentária até o encerramento de um exercício
financeiro. De acordo com as disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal, os restos a pagar:
a) devem ser inscritos com suficiente disponibilidade de caixa.
b) devem ser cancelados, caso não sejam processados no exercício seguinte.
c) não podem ser inscritos no último ano de mandato.
d) podem ser inscritos à conta de despesas de exercícios anteriores.
e) podem ser processados em regime de adiantamento.

De acordo com o artigo 42 da LRF, os restos a pagar devem ser inscritos com suficiente dispo-
nibilidade de caixa. Confira com grifos nossos:

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do
seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade
de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e
despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.
Letra a.

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Despesa Pública – Parte II
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011. (FGV/TJ-BA/ANALISTA/2015) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, os sistemas de conta-


bilidade de cada ente elaborarão balanços e demonstrativos para apresentação dos resultados
gerais do exercício. O conjunto de balanços e demonstrativos contém informações específi-
cas de acordo com os seus objetivos. O demonstrativo que apresenta os restos a pagar do
exercício, computados na receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa
orçamentária, é:
a) Balanço Orçamentário.
b) Balanço Financeiro.
c) Balanço Patrimonial.
d) Demonstração das Variações Patrimoniais.
e) Demonstração dos Fluxos de Caixa.

A resposta da questão está na literalidade da Lei n. 4.320/1964 no que tange aos restos a pagar.
Na contabilização dos restos a pagar, eles serão computados na receita extraorçamentária,
para compensar a despesa extraorçamentária no exercício seguinte.
Assim, essa demonstração aparece no balanço financeiro, já que essa demonstração contá-
bil demonstra as receitas e despesas orçamentárias e extraorçamentárias. Confira na Lei n.
4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os rece-
bimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie
provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.
Parágrafo único. Os restos a pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária
para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
Letra b.

012. (FGV/ANALISTA/TJ-BA/2015)
Quadro I: Dados da execução orçamentária de um ente da federação no exercício de 2012

Receitas correntes previstas 193.000,00

Receitas de capital previstas 7.000,00

Despesas correntes fixadas 145.000,00

Despesas de capital fixadas 55.000,00

Receitas correntes arrecadadas 175.800,00

Receitas de capital arrecadadas (operações de crédito) 15.250,00

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Despesa Pública – Parte II
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Despesas correntes empenhadas 139.100,00

Despesas de capital empenhadas 47.700,00

- Amortização de dívidas: 11.200,00

- Aquisição de veículos: 36.500,00

Recebimento de depósitos em garantia no período 2.100,00

Restituição de depósitos em garantia no período 1.600,00

Pagamento de restos a pagar no período 1.950,00

Quadro II: Saldos em 31/12 do exercício anterior

Caixa e equivalentes de caixa 5.700,00

Estoque 1.950,00

Móveis e equipamentos 12.600,00

Veículos 21.200,00

Edificações 43.500,00

Restos a pagar 2.300,00

Depósitos a restituir 1.700,00

Dívida fundada interna 17.400,00

Considerando as informações dos Quadros I e II, e que 90% das despesas correntes e 80% das
despesas de capital executadas foram pagas, o valor inscrito em restos a pagar no exercício
de 2012 foi:
a) 25.400,00.
b) 23.450,00.
c) 21.500,00.
d) 4.250,00.
e) 1.950,00.

Considerando que os Restos a pagar são despesas empenhadas e não pagas dentro do exer-
cício, temos:
Despesas empenhadas = 139.100,00 + 47.700,00 = 186.800,00

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Despesa Pública – Parte II
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Despesas pagas:
Correntes (90%) = 125.190,00
Capital (80%) = 38.160,00
Total = 163.350,00
Restos a pagar = 186.800,00 – 163.350,00 = 23.450,00
Letra b.

013. (FGV/ANALISTA/DPE-RO/2015) Em uma entidade da administração pública, durante o


exercício de 2008 foi emitida uma nota de empenho para prestação de serviços de manuten-
ção no sistema de ar refrigerado. A prestação de serviço foi iniciada em 2008, mas encerrada
apenas no exercício seguinte. A empresa prestadora de serviço enviou a documentação de
cobrança comprobatória da prestação do serviço somente em 2013. A partir do recebimento
da cobrança, essa despesa deve ser tratada pelo ente como:
a) restos a pagar processados.
b) operações orçamentárias anuladas.
c) despesa do exercício em que o pagamento foi reclamado.
d) despesa de exercícios anteriores, que teve prescrição interrompida.
e) despesa não passível de pagamento em decorrência de prescrição de prazo de cobrança.

Lembre-se que temos três situações típicas de despesas de exercícios anteriores:


• as despesas de exercícios encErrado.s, para as quais o orçamento respectivo consigna-
va crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado
na época própria;
• restos a pagar com prescrição interrompida;
• compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente.
Com base nessas informações fornecidas no enunciado, podemos classificar como restos a
pagar com prescrição interrompida.
Letra d.

014. (FGV/ANALISTA/TJ-RO/2015/ADAPTADA) A partir dos dados dos Quadros I e II e sa-


bendo-se que 5% das despesas correntes não foram pagas e que, das despesas de capital,
a amortização de empréstimos foi integralmente paga no exercício, além de 70% do valor re-
lativo à aquisição de material permanente, o saldo de caixa do ente da federação ao final do
exercício de 20x9, apurado a partir das informações dos Quadros I e II, o considerando o valor
inscrito em restos a pagar é:
Quadro I: Informações relativas à execução orçamentária de um ente da federação durante o
exercício de 20x9:

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Despesa Pública – Parte II
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Dados da LOA Dados da Execução Orçamentária

Receita Corrente 240.000 Receita Corrente 254.400


Receita de Capital 60.000 Receita de Capital (Operação de crédito) 40.200
Despesa Corrente 210.000 Despesas correntes (Empenho) 205.800
Despesa de Capital 90.000 Despesa de Capital (Empenho):
- Aquisição de material permanente 58.500
- Amortização de empréstimos 27.000

Informações adicionais:
Restos a pagar pagos 3.760
Depósitos em garantia recebidos 2.500
Depósitos em garantia restituídos 2.100

Quadro II: Saldos do final do exercício de 20x8:

Caixa e equivalente de caixa 8.200


Estoques 2.300
Imóveis 81.000
Veículos 37.000
Móveis e utensílios 14.100
Equipamentos e instalações 9.400
Restos a pagar 4.700
Depósitos em garantia a restituir 2.900
Dívida Consolidada 89.400

a) 5.800,00.
b) 8.140,00.
c) 27.840,00.
d) 30.120,00.
e) 35.980,00.

Primeiro, vamos encontrar o valor inscritos em restos a pagar:


1) 5% das despesas correntes não foram pagas =10.290 (5% x 205.800)
2) 70% da aquisição de material permanente foi paga, logo 30% não foi.
Logo temos: 30% x 58.500 = 17.550
Valor inscrito em restos a pagar = 27.840 (10.290 + 17.550)

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AFO
Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

Então temos:
(+) caixa = 8.200
(+) receita corrente = 254.400
(+) receita capital = 40.200
(+) restos a pagar = 27.840 (*)
(+) depósito em garantia recebido = 2.500
(-) despesas correntes = (205.800)
(-) aquisição de material permanente = (58.500)
(-) amortização de empréstimo = (27.000)
(-) restos a pagar pagos = (3.760)
(-) depósito em garantia restituído = (2.100)
(=) saldo de caixa final 20x9 = 35.980,00
(*) como não provoca saída no caixa, deve ser somado!
Letra e.

015. (FGV/TJ-SC/ANALISTA/2015) Um determinado órgão público recebeu notificação de co-


brança de um credor que havia fornecido bens ao órgão no exercício anterior, mas que estava
pendente em decorrência de não conformidade com a descrição do empenho, que foi anulado.
Ao final do exercício em curso o fornecimento foi atestado, e o credor reclamou o pagamento.
Tal pagamento se enquadra como:
a) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício.
b) despesas não processadas na época própria.
c) despesas extraorçamentárias.
d) restos a pagar processados.
e) restos a pagar não processados.

Temos três situações típicas de despesas de exercícios anteriores:


• as despesas de exercícios encErrado.s, para as quais o orçamento respectivo consigna-
va crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado
na época própria;
• restos a pagar com prescrição interrompida;
• compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente.
Com base nas informações do enunciado da questão, podemos ver que a despesa não foi pro-
cessada (liquidada) em época própria (primeiro caso), embora tenha havido o fato gerador da
despesa, ou seja, o fornecimento do bem.
Letra b.

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Despesa Pública – Parte II
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016. (FGV/AGENTE/TCM-SP/2015) As Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD) ou despe-


sas sob o enfoque patrimonial consistem em decréscimos nos benefícios econômicos durante
o período contábil, que resultem em decréscimo do patrimônio líquido. O reconhecimento da
VPD pode se dar em diferentes estágios da execução orçamentária. Um exemplo de VPD reco-
nhecida após a liquidação da despesa orçamentária é:
a) concessão de suprimento de fundos.
b) perda do valor recuperável de bens móveis.
c) reconhecimento a cada mês trabalhado do 13º salário a ser pago no final do ano.
d) recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de serviços.
e) reconhecimento de obrigação de prestar serviços em regime de concessão.

De acordo com o MCASP:

O suprimento de fundos é caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para futu-
ra prestação de contas. Esse adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para conceder
o recurso ao suprido é necessário percorrer os três estágios da despesa orçamentária: empenho,
liquidação e pagamento. Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque patrimonial, pois,
no momento da concessão, não ocorre redução no patrimônio líquido. Na liquidação da despesa
orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre o registro de um passivo, há também a incorporação
de um ativo, que representa o direito de receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser efetuado
pelo suprido, ou a devolução do numerário adiantado.

Assim, guarde que a VPD, ou seja, a efetivação da despesa é reconhecida quando da prestação
de Contas do Saldo Utilizado, que ocorre após o momento da Liquidação e reconhecimento
do direito.
Letra a.

017. (FGV/AUDITOR/PREFEITURA DE CUIABÁ/2014) Assinale a opção que indica itens que


não compõem a dívida flutuante.
a) Serviços da dívida a pagar.
b) Restos a pagar, excluídos os serviços da dívida.
c) Compromissos de longo prazo que atendem ao desequilíbrio orçamentário.
d) Depósitos bancários.
e) Débitos de tesouraria.

A FGV exigiu o conhecimento da literalidade do artigo 92 da Lei n. 4.320/1964, que conceitua


dívida flutuante. Observe que a letra “c” fala em longo prazo e em desequilíbrio orçamentário,
que é o caso da dívida fundada disposta no artigo 98 dessa lei.
Letra c.

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Despesa Pública – Parte II
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018. (FGV/TÉCNICO SUPERIOR/DPE/2014) No orçamento de Barbosópolis do Canto, as des-


pesas empenhadas até novembro de 2013 atingiram o montante de $ 95.000,00. De acordo
com o portal da transparência, em Dezembro de 2013 outros estágios da despesa foram cum-
pridos, a saber:
• liquidação: $ 80.000,00; e
• pagamento: $ 55.000,00.
Sabe-se ainda que a despesa fixada daquele município para 2013 foi de $ 100.000,00. A par-
tir do conjunto de informações disponíveis, ao final de 2013 o contador afirmou que os res-
tos a pagar
a) não processados totalizaram $ 45.000,00.
b) totalizaram $ 25.000,00.
c) processados totalizaram $ 25.000,00.
d) processados totalizaram $ 40.000,00.
e) totalizaram $ 15.000,00.

Vamos calcular os restos a pagar e apontar os erros das demais assertivas:


Restos a pagar = despesa empenhada – despesa paga = 95.000 – 55.000 = 40.000, logo as
alternativas “b” e “e” estão incorretas.
Restos a pagar processados = despesa liquidada – despesa paga = 80.000 – 55.000 = 25.000,
logo a alternativa “d” está incorreta.
Restos a pagar não processados = despesa empenhada – despesa liquidada = 95.000 – 80.000
= 15.000, logo a alternativa “a” está incorreta.
Letra c.

019. (FGV/ANALISTA/TJ-GO/2014) O Decreto n. 93.872/1986 dispõe sobre a conceituação e


o tratamento das despesas de exercícios anteriores. De acordo com as disposições do decre-
to, despesas que NÃO se tenham processado na época própria são:
a) aquelas cuja inscrição como restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o di-
reito do credor.
b) aquelas com empenho considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício
correspondente, mas que o credor tenha cumprido sua obrigação no prazo estabelecido.
c) despesas com empenho anulado no encerramento do exercício correspondente.
d) obrigações de pagamento criadas em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do
credor após o encerramento do exercício correspondente.
e) restos a pagar, processados ou não, com prescrição interrompida.

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Vamos aproveitar essa questão para ler o artigo 22 do Decreto n. 93.872/1986 dispõe sobre a
conceituação e o tratamento das despesas de exercícios anteriores. Confira com grifos nos-
sos e com a indicação/relação das alternativas da questão:

Art. 22. As despesas de exercícios encErrado.s, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os restos a pagar com prescrição interrompida, e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação destina-
da a atender despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica própria (Lei n.
4.320/64, art. 37).
§ 1º – O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade
competente para empenhar a despesa.
§ 2º – Para os efeitos deste artigo, considera-se:
a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido
considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, den-
tro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação (alternativa “b”);
b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha
sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor (alternativas “a”, “c” e “e”);
c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento cria-
da em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do
exercício correspondente (alternativa “d”).

Nessa pegada, vemos que somente a alternativa “b” representa uma despesa que não se pro-
cessou em época própria.
Letra b.

020. (FGV/ANALISTA/SUDENE/2013) Observe as informações extraídas de uma unidade


gestora executora e responda à questão.

Receitas Previsão Lançamento Arrecadação Recolhimento

Corrente 150 50 130 130

Capital 50 40 30

Soma 200 50 170 160

Despesas Fixação Empenho Liquidação Pagamento

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Receitas Previsão Lançamento Arrecadação Recolhimento

Correntes 160 150 130 125

Capital 40 40 35 35

Soma 200 190 165 160

Os valores das despesas orçamentárias a serem inscritas em restos a pagar processados e


não processados, de acordo com a Lei n. 4.320/1964, são, respectivamente,
a) 5 e 25.
b) 10 e 30.
c) 25 e 5.
d) 30 e 5.
e) 30 e 10.

Vamos calcular os restos a pagar PROCESSADOS E NÃO PROCESSADOS:


Restos a pagar processados: despesas liquidadas – despesas pagas = 165 – 160 = 5
Restos a pagar não processados: despesas empenhadas – despesas liquidadas = 190
– 165 = 25
Letra a.

021. (FGV/ATA/SUDENE/2013) Conforme a Lei n. 4.320/1964, os depósitos de diversas ori-


gens e os serviços da dívida a pagar são tipos de dívida
a) ativa.
b) fundada.
c) flutuante.
d) precatório.
e) consolidada.

Repare que, de acordo com o artigo 92 da Lei n. 4.320/1964, tanto os depósitos e os serviços
da dívida a pagar fazem parte da dívida flutuante.
Letra c.

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022. (FGV/CONTADOR/AL-MT/2013) Considere as informações a seguir e responda à questão

Atos e Fatos relacionados às Despesas:


1. Aprovação da LOA com a Fixação das seguintes despesas: Pessoal Ativo =
120.000; Material de Consumo para formação de estoque = 60.000; Serviço de
manutenção = 20.000; Aquisição de bens móveis = 30.000 e Obras de construção
de Sede = 70.000
2. Empenhadas 90% das despesas correntes e 80% das despesas de capital.
3. Liquidadas todas as despesas correntes e de capital
4. Considerando um saldo em banco conta única de 263.600, sendo 100.000 da
categoria econômica de capital e o restante da corrente, efetue os pagamentos
de pessoal ativo e em seguida de fornecedores respeitando a disponibilidade
financeira de cada categoria econômica.

O valor a ser inscrito em restos a pagar, ao final da execução orçamentária e financeira das
despesas públicas, será de
a) 20.000.
b) 18.000.
c) 16.400.
d) 9.600.
e) 2.200.

Vamos calcular:
Despesas Correntes – DCo
Pessoal Ativo = 120.000
Material de Consumo para formação de estoque = 60.000
Serviço de manutenção = 20.000
Então temos:
DCo = 120.000 + 60.000 + 20.000
DCo= 200.000 x 90
DCo= 180.000
Despesas de Capital – DCap
Aquisição de bens móveis = 30.000
Obras de construção de Sede = 70.000
Então temos:
DCap = 30.000 + 70.000
DCap = 100.000 x 90
DCap = 90.000
Considerando o saldo em banco conta única:
163.600 – Receitas Correntes

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100.000 – Receitas de Capital


Considerando cada uma das disponibilidades, vamos calcular os restos a pagar:
Restos a pagar DCo = 180.000 − 163.600
Restos a pagar DCo = 16.400,00;
Restos a pagar DCap = 90.000 − 100.000 = – 10.000,00
Restos a pagar DCap = – 10.000,00
Logo, não temos inscrição em restos a pagar das despesas de capital.
Letra c.

023. (FGV/CONSULTOR/SENADO/2008) De acordo com o Decreto n. 93.872/1986, a dívida


flutuante não compreende:
a) os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida.
b) os serviços da dívida a pagar.
c) os depósitos, inclusive operações de crédito.
d) operações de crédito por antecipação de receita orçamentária.
e) o papel-moeda ou moeda fiduciária.

A FGV cobrou a literalidade do artigo 115 do Decreto n. 93.872/1986, que dispõe acerca da
dívida flutuante. Observe que a ordem das alternativas é a mesma do Decreto.
Como o examinador pediu a incorreta, perceba que na alternativa “c” o correto seria “os depósi-
tos, inclusive consignações em folha”, em vez de “os depósitos, inclusive operações de crédito”.
Letra c.

024. (IADES/ADMINISTRADOR/SES-DF/2018) Assinale a alternativa que corresponde às


despesas, legalmente empenhadas, cujo objeto do empenho já foi recebido, ou seja, já ocorreu
a liquidação, mas não houve pagamento.
a) Restos a pagar processados.
b) Restos a pagar não processados.
c) Despesa patrimonial.
d) Despesa de exercício anterior.
e) Prescrição.

Guarde que a despesa legalmente empenhada, cujo objeto do empenho já foi recebido, ou seja,
já ocorreu a liquidação, mas não houve pagamento, é classificada como “processada”.
De modo distinto, uma despesa empenhada, que ainda não foi liquidada, cujo objeto contrata-
do ainda não foi entregue, é denominada de “não processada”.
Letra a.

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025. (IBFC/TÉCNICO/CGE-RN/2019) Sobre restos a pagar, analise as afirmativas abaixo e dê


valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

( ) São as despesas empenhadas e pagas dentro do exercício financeiro.


( ) Os restos a pagar podem ser processados e não processados.
( ) Os restos a pagar não processados são empenhados, liquidados e não pagos.
( ) Os restos a pagar processados são empenhados, não liquidados e não pagos

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.


a) F, V, F, F.
b) V, V, V, V.
c) F, F, F, F.
d) V, F, V, F.

Vamos julgar as assertivas:


I – Falsa. Restos a pagar são despesas empenhadas e não pagas dentro do exercício.
II – Verdadeira. Os restos a pagar são considerados processados (passou pela fase de Liqui-
dação) e não processados (despesa NÃO liquidada).
III – Falsa. Os restos a pagar não processados são empenhados, não liquidados e não pagos.
IV – Falsa. Os restos a pagar processados são empenhados, liquidados e não pagos.
Letra a.

026. (IBFC/TÉCNICO/TCM-RJ/2016) Consideram-se restos a pagar as despesas empe-


nhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não
processadas:
a) restos a pagar processados referem-se a empenhos executados e liquidados e, portanto,
prontos para pagamento.
b) restos a pagar não processados, referem-se aos contratos que se encontram em plena exe-
cução, mas existe direito líquido e Certo. do credor.
c) entre os restos a pagar não processados devem ser inscritas as despesas financeiras com
juros e amortizações empenhadas e não pagas no exercício.
d) em restos a pagar podem e devem ser inscritos as despesas contratadas e que vão se efe-
tivar nos exercícios seguintes.

A definição da alternativa “a” está de acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
Público (MCASP), que assim conceitua restos a pagar, com grifos nossos:

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No fim do exercício, as despesas orçamentárias empenhadas e não pagas serão inscritas em restos
a pagar e constituirão a dívida flutuante. Podem-se distinguir dois tipos de restos a pagar: os pro-
cessados e os não processados.
Os restos a pagar processados são aqueles em que a despesa orçamentária percorreu os estágios
de empenho e liquidação, restando pendente apenas o estágio do pagamento. Em geral, não podem
ser cancelados, tendo em vista que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de
fazer e a Administração não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar.
Letra a.

027. (FUNDEP/CONTADOR/CM-SANTA BÁRBARA/2018) Sobre o tema relativo à execução


orçamentária e financeira, em particular sobre restos a pagar, assinale a alternativa incorreta.
a) Ao final de determinado exercício financeiro, os restos a pagar referentes ao exercício ante-
rior e ainda não pagos deverão ser reinscritos para o exercício subsequente.
b) As despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro, serão inscritas em
restos a pagar, em cuja condição a despesa superará os estágios restantes, em particular o
pagamento.
c) Constituindo modalidade de dívida pública flutuante, os restos a pagar são registrados por
exercício e credor e distinguem as despesas em processadas e não processadas.
d) O atendimento de despesas relativas a exercícios já encErrado.s, como por exemplo na
situação de restos a pagar com prescrição interrompida, dependerá da existência de crédito
específico na lei orçamentária ou em crédito adicional.

Note que o examinador pede para marcarmos a errada. A errada é a letra “a”, já que, na verdade,
o empenho em regra deve ser anulado, e a inscrição só ocorre nos casos elencados. Confira
diretamente no MANUAL do SIAFI:

3.2. O empenho de despesa não liquidada deverá ser anulado antes do processo de inscrição de
restos a pagar, salvo quando:
a) vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
b) vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em curso a liquidação da despesa, ou seja
de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
c) se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; e
d) corresponder a compromissos assumidos no exterior.
Letra a.

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028. (IADES/TÉCNICO/IGEPREV/2018) Considere um contrato no valor de R$ 250.000,00,


cuja execução está prevista para mais de um exercício financeiro e que, no primeiro ano, teve
empenhado o valor de R$ 120.000,00. Nesse mesmo exercício, foram liquidados R$ 90.000,00
e pagos R$ 80.000,00. Com base no exposto, é correto afirmar que o valor inscrito em restos
a pagar foi
a) R$ 130.000,00.
b) R$ 120.000,00.
c) R$ 40.000,00.
d) R$ 30.000,00.
e) R$ 10.000,00.

Basicamente, temos que lembrar que os RAPs processados são aqueles que passaram pela
fase de Liquidação, enquanto para os RAPs não processados ainda não foi liquidada a despesa.
Veja: no próprio exercício, temos despesas liquidadas de 90.000,00 e despesas pagas de
80.000,00, ou seja, temos RAPs processados de 90.000 − 80.000 = R$ 10.000.
Note que tivemos despesas empenhadas de 120.000,00 e despesas liquidadas de 90.000,00,
ou seja, temos RAPs não processados de 120.000− 90.000 = R$ 30.000.
Como é uma despesa plurianual, deve ser aplicada regra prevista na Lei n. 4.320/1964:

Art. 36.
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurianual, que não te-
nham sido liquidados, só serão computados como restos a pagar no último ano de vigência do crédito.

Assim, somente será inscrito como restos a pagar apenas o valor de R$ 10.000,00, e o valor de
R$ 30.000,00 somente deve ser considerado como restos a pagar no último ano de vigência.
Letra e.

029. (IADES/CONTADOR/SES-DF/2018) O suprimento de fundos consiste na entrega de nu-


merário a servidor, em regime de adiantamento, para a realização de despesas que não pos-
sam se subordinar ao processo normal de aplicação. Tendo em vista seu caráter excepcional,
na execução da despesa por suprimento de fundos, o empenho é
a) dispensável.
b) feito após a realização da despesa, quando já for conhecido o fornecedor ou prestador.
c) feito diretamente ao fornecedor ou prestador.
d) feito em nome do ordenador de despesas.
e) feito em nome do agente suprido.

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Guarde que empenho é feito SEMPRE em nome do servidor que recebe suprimento de fundos.
Confira no Decreto n. 93.872/1986:

Art. 45.
§ 2º – O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado a prestar
contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no
prazo assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências administrativas para a
apuração das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis.
Letra e.

030. (IBFC/TÉCNICO/TCM-RJ/2016) Quanto às despesas de exercícios anteriores:


a) São despesas fixadas, no orçamento vigente, decorrentes de compromissos assumidos em
exercícios anteriores àquele em que deva ocorrer o pagamento e que por erro não foram con-
tabilizados como restos a pagar processados.
b) São despesas fixadas, no orçamento vigente, decorrentes de compromissos assumidos
em exercícios anteriores, àquele em que deva ocorrer o pagamento. Não se confundem com
restos a pagar, tendo em vista que sequer foram empenhadas ou, se foram, tiveram seus em-
penhos anulados ou cancelados.
c) São despesas fixadas, no orçamento vigente, decorrentes de compromissos assumidos em
exercícios anteriores àquele, em que deva ocorrer o pagamento e que por erro não foram con-
tabilizados como restos a pagar não processados.
d) São despesas fixadas, no orçamento vigente, decorrentes de compromissos assumidos em
exercício corrente, mas que não sendo possível a realização dos pagamentos, se consigna no
orçamento do ano seguinte o valor correspondente.

Confira a definição diretamente na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 37. As despesas de exercícios encErrado.s, para as quais o orçamento respectivo consignava cré-
dito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria,
bem como os restos a pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o
encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consig-
nada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.

Em suma, guarde que despesas cujas obrigações referem-se a exercícios encErrado.s que
NÃO foram EMPENHADOS ou tiveram seus EMPENHOS CANCELADOS (restos a pagar com
prescrição interrompida) deverão ser atendidos na dotação de despesas de exercícios en-
cErrado.s (anteriores).
Letra b.

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Despesa Pública – Parte II
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REFERÊNCIAS
GIACOMONI, James. Orçamento Público. 17 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2017.

LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. 9 ed. Salvador: Editora Juspodium, 2020.

NASCIMENTO, Sávio. Finanças Públicas. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2013.

PACELLI, Giovanni. Administração Financeira e Orçamentária. 2 ed. Salvador: Editora Juspo-


dium, 2019.

PALUDO, Augustinho. Orçamento Público (AFO e LRF). 10 ed. Salvador: Editora Juspodium, 2020.

PASCOAL, Valdecir. Direito Financeiro e Controle Externo. 10 ed. São Paulo: Editora Método, 2019.

Como diria Vaibhav Shah: “Sempre que você vir uma pessoa de sucesso, você sempre verá
as glórias, nunca os sacrifícios que os levaram até ali”.
Isso é verdade... Passar em um certame exige demais!
Mas a recompensa vale a pena!
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Tenha FÉ que tudo vai dar certo!
Até a próxima!
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com
Siga-nos (@profmanuelpinon) no Instagran e Facebook. Temos excelentes cards
para revisão!

Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

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