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AFO
Despesa Pública – Parte II
Sumário
Manuel Piñon
Apresentação. . .................................................................................................................................. 4
Despesa Pública – Parte II............................................................................................................. 5
1. Restos a Pagar.............................................................................................................................. 5
1.1. Conceito....................................................................................................................................... 5
1.2. Classificação dos Restos a Pagar. . ........................................................................................ 6
1.3. Outros Aspectos Relevantes.................................................................................................. 9
1.4. Principais Alterações na Legislação....................................................................................16
1.5. A Prescrição dos Restos a Pagar.......................................................................................... 18
1.6. Cancelamento e “Reinscrição” dos Restos a Pagar..........................................................19
2. Despesas de Exercícios Anteriores - DEA.............................................................................19
3. Dívida Passiva Flutuante e Fundada..................................................................................... 25
3.1. Dívida Flutuante...................................................................................................................... 25
3.2. Dívida Fundada.. ...................................................................................................................... 27
4. Regime de Adiantamentos (Suprimento e Fundos).. .......................................................... 28
4.1. Conceito e Tipos de Suprimento.......................................................................................... 28
4.2. Restrições à Concessão de Suprimento de Fundos........................................................ 32
4.3. Prestação de Contas. . ............................................................................................................ 35
4.4. Cartão de Pagamentos do Governo Federal. . ................................................................... 39
5. Ordenador de Despesas........................................................................................................... 39
Resumo.............................................................................................................................................42
Mapas Mentais...............................................................................................................................46
Questões Comentadas em Aula..................................................................................................49
Gabarito............................................................................................................................................ 52
Questões de Concurso – Lista I. . ................................................................................................. 53
Gabarito.............................................................................................................................................61
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 62
Questões de Concurso – Lista II.. ................................................................................................ 82
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Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon
Gabarito............................................................................................................................................ 97
Gabarito Comentado.....................................................................................................................98
Questões de Concurso – Lista III.............................................................................................. 124
Gabarito.......................................................................................................................................... 136
Gabarito Comentado....................................................................................................................137
Referências.................................................................................................................................... 159
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AFO
Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon
Apresentação
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo na aula de hoje é conhecer um pouco mais acerca da Despesa Pública.
Como disse o jornalista David Brinkley: “Um homem de sucesso é aquele que cria uma pa-
rede com os tijolos que jogaram nele”.
Então vamos botar a mão na massa e pavimentar a nossa estrada da aprovação, usando
como tijolos as dificuldades que aparecem todos os dias em nossa jornada.
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon.
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AFO
Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon
1.1. Conceito
Restos a pagar são despesas empenhadas que não foram pagas até o dia 31 de dezembro
do mesmo ano do empenho.
A afirmativa é falsa, já que restos a pagar são despesas que foram empenhadas, mas não fo-
ram pagas no exercício.
Errado.
Nem sempre uma despesa já empenhada consegue ser paga até o dia 31 de dezembro
de cada exercício financeiro, ficando pendente ainda, em alguns casos, também a etapa de
liquidação. Assim, os valores relativos às despesas que se encontram nessa situação, empe-
nhados e não pagos, devem ser inscritos como “restos a pagar”.
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AFO
Despesa Pública – Parte II
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Importante atentar que o conceito de Restos a Pagar (ou resíduos passivos) somente
abarca despesas que já foram empenhadas, ou seja, sem a emissão da nota de empenho uma
despesa não paga não pode ser enquadrada como restos a pagar.
DICA:
Não confunda restos a pagar com obrigações a pagar. Veja o
termo obrigações a pagar como sendo o gênero do qual res-
tos a pagar é espécie, assim como outras obrigações passa-
das, atuais e até mesmo futuras.
Restos a pagar
O PULO DO GATO
Essa distinção no âmbito das fases, etapas ou estágios da despesa é importante. Guarde que
temos, de um lado, as despesas processadas, que referem aos empenhos executados e liqui-
dados, prontos para o pagamento e, do outro, as despesas não processadas, que são os em-
penhos de contratos e convênios ainda em plena execução e, por isso, ainda não existe direito
líquido e certo do credor.
Não podem ser inscritos em restos a pagar não processados os valores relativos a despesas
com diárias, ajudas de custo e suprimento de fundos.
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AFO
Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon
Temos na questão um caso de restos a pagar processados, já que o computador foi recebido
em 29/12/2018, ou seja, a despesa já foi liquidada.
Certo.
Veja no quadro seguinte a relação entre a classificação dos restos a pagar e as etapas da
despesa efetuada:
Art. 67. Considerem-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro,
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas (Lei n. 4.320/1964, art. 36).
§ 1º. Entendem-se por processadas e não processadas, respectivamente, as despesas liquidadas e
as não liquidadas, na forma prevista neste decreto.
§ 2º. O registro dos Restos a Pagar far-se-á por exercício e por credor.
Podemos concluir, portanto, que existem 3 possíveis classificações para os restos a pagar
de acordo com a Lei n. 4.320/1964 e com o Decreto n. 93.872/1986:
I – Por fase da despesa (processada e não processada).
II – Por ano de inscrição.
III – Por credor.
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AFO
Despesa Pública – Parte II
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Na verdade, quando uma despesa é empenhada, na nota de empenho emitida consta o credor
favorecido (beneficiário). Caso tal despesa não seja paga até o dia 31 de dezembro, será ins-
crita em Restos a Pagar, constando sim o registro do beneficiário específico.
Errado.
De acordo com o Manual do SIAF WEB, podemos ainda dividir os RP - Restos a Pagar em
3 tipos de acordo com a fase da despesa:
I – Não Processados a liquidar: no momento da inscrição a despesa não estava liquidada
e a sua inscrição depende da indicação pelo ordenador de despesas da Unidade Gestora ou
por pessoa por ele autorizada.
II – Não Processados em Liquidação: quando foi entregue o material ou prestado o servi-
ço, mas ainda em fase de análise e conferência interna do órgão, não tendo sido formalizado
recebimento definitivo do material ou do serviço.
III – Processados: no momento da inscrição a despesa já estava liquidada.
DICA
Em relação à classificação dos Restos a Pagar, preste muita
atenção no comando da questão e nas assertivas ou alternati-
vas, já que todas as classificações apresentadas são válidas e
podem ser cobradas em sua prova.
Aproveite para firmar o seu entendimento sobre a diferença entre os restos a pagar não
processados a liquidar e os restos a pagar processados em liquidação.
No caso dos Restos a pagar não processados a liquidar, temos que, registrado o empenho,
mas ainda não ocorrido o fato gerador da obrigação, e caso comprovadas as condições neces-
sárias para inscrição de restos a pagar, dar-se-á a inscrição desse valor de restos a pagar que
são considerados não processados (já que não ocorreu ainda o fato gerador da obrigação)
a liquidar.
Note que essa situação ocorre, por exemplo, quando houve o empenho dentro do exercício
financeiro, mas o credor só efetuará entrega do produto no exercício seguinte.
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Já no caso dos chamados Restos a pagar não processados em liquidação, temos que o
fato gerador da obrigação ocorreu antes de 31/12, mas não tivemos o estágio da liquidação,
devendo-se, mesmo assim, reconhecer o impacto patrimonial da despesa dentro do exercício.
Assim, as despesas deverão ser registradas ao fim do exercício como restos a pagar não pro-
cessados em liquidação.
EXEMPLO
Imagine uma situação em houve o empenho dentro do exercício financeiro, o credor entregou
a mercadoria no mesmo exercício, mas a liquidação só poderá ser concluída no ano seguinte.
O termo “em liquidação” serve para transmitir a ideia de que a liquidação ainda está acontecen-
do, ou seja, não foi concluída.
Parte-se do princípio que o fornecedor já cumpriu sua obrigação
A ideia do Manual do SIAFI WEB é que a fase em liquidação permite distinguir as despesas
empenhadas (que já tem um passivo patrimonial – o fato gerador já ocorreu) daquelas onde
os fatos geradores ainda não ocorreram (empenhos a liquidar).
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou
seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.
Também deve existir suficiente disponibilidade de caixa para atender as despesas inscri-
tas, conforme determina o artigo 42 da LRF:
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do
seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade
de caixa para este efeito.
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Despesa Pública – Parte II
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Nesse ponto merece destaque o fato de que para as despesas continuadas, como limpeza
e vigilância, o valor referente à disponibilidade de caixa abarca apenas os meses do ano, ou
seja, até 31 de dezembro.
Além disso, no caso dos restos a pagar não processados, conforme determina o Decreto n.
7.654/2011, a inscrição da despesa empenhada em restos a pagar é condicionada à indicação
pelo ordenador de despesas (Vide tópico específico sobre o ordenador de despesas).
Os restos a pagar inscritos que não forem pagos no exercício podem ser reinscritos, mas tan-
to a inscrição quanto a reinscrição poderão ter limites estabelecidos pelo Ministério da Economia.
Destaque-se também que as notas de empenho (processadas e não processadas) indica-
das pelo Ordenador de Despesa são inscritas automaticamente pelo SIAFI. Por outro lado, os
restos a pagar não processados e não indicados pelo ordenador de despesas para inscrição
são anulados automaticamente pelo SIAFI em 31 de dezembro.
Na verdade, restos a pagar são “resíduos passivos” que poderão ou não ser pagos no exer-
cício seguinte, visto que a mera inscrição não gera direito garantido ao pagamento no exercício
seguinte, considerando ainda ser necessário cumprir satisfatoriamente a etapa da liquidação.
Seguindo essa linha de raciocínio, alguns empenhos inscritos em restos a pagar, mas ain-
da não liquidados, podem ser cancelados caso não cumpram fielmente a etapa da liquidação.
Por sua vez, os restos a pagar processados não podem ser cancelados, pois, de acordo
com o Parecer 401/2000 da PGFN - Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, o cancelamento
de restos a pagar processados caracteriza enriquecimento ilícito do Estado, considerando que
o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer e que o Estado não poderá
descumprir com a obrigação de pagar.
O pagamento de restos a pagar é uma despesa extraorçamentária, uma vez que ocorre com o
empenho de exercício anterior.
Como os Restos a pagar são despesas empenhadas, porém não pagas no mesmo exercício,
a despesa inscrita em restos a pagar foi considerada despesa orçamentária no exercício em
que foi empenhada. Desse modo, no exercício de pagamento, será classificada como despesa
extraorçamentária.
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Em relação aos Restos a Pagar, que integram a chamada dívida flutuante (excluídos os
serviços da dívida), é interessante registar que a despesa que tiver sido empenhada, mas não
paga dentro do exercício financeiro, deve ser considerada como efetivamente realizada e
registrada à conta da dotação respectiva sendo, assim, relacionada em conta própria dos De-
pósitos Especificados.
Vale destacar ainda que o pagamento que vier a ser reclamado em decorrência de eventu-
al cancelamento, pode ser atendido à conta de dotação constante da Lei Orçamentária Anual
ou de Créditos Adicionais abertos para esta finalidade no exercício em que ocorrer o reconhe-
cimento da dívida.
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Guarde que a liquidação das despesas, consideradas Restos a Pagar não processados, deve
ser feita quando do recebimento do material, prestação do serviço ou execução da obra, obe-
decendo às mesmas formalidades fixadas para as despesas orçamentárias pagas no exercício.
Já a fase de pagamento das despesas inscritas em Restos a Pagar pela UG deverá ser feita
via SIAFI ou SIAFEM, mediante emissão da respectiva AUTORIZAÇÃO DE PAGAMENTO – AP.
Em casos excepcionais poderá haver pagamento de Restos a Pagar antes de sua definitiva
inscrição, utilizando-se para esta finalidade a emissão de AP - AUTORIZAÇÃO DE PAGAMEN-
TO em código provisório, que posteriormente deverá ser revertido para o respectivo código de
inscrição de Restos a Pagar.
Veja o fluxograma seguinte para ter um panorama geral:
Dotação Orçamentária
Disponível Contingenciada
Paga
Não empenhada Restos a pagar
Liquidada Não paga processados
Restos a pagar
Empenhada Não liquidada
não processados
Cancelada
Lembre-se que, de acordo com a Doutrina, existe a fase ou etapa da despesa denominada
‘em liquidação’, entre o empenho e a liquidação propriamente dita.
EXEMPLO
Ocorre, por exemplo, quando se recebe a nota fiscal, mas demora-se para conferir se o serviço
foi efetivamente prestado ou o material efetivamente recebido. Nesse caso, registra-se essa
nota fiscal na contabilidade como “em liquidação” (liquidação contábil).
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Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon
Sim, é possível que uma despesa seja inscrita como restos a pagar não processados mesmo
com o serviço já prestado.
Pense, por exemplo, em uma situação em que o serviço seja realizado no final do exercício e
a Administração não tenha tempo hábil para proceder à liquidação até o final do ano. Nesse
caso, a despesa deve ser inscrita em restos a pagar não processados (em liquidação).
Certo.
O PULO DO GATO
No caso dos empenhos por estimativa podemos ter duas situações distintas:
I – Quando o valor real for maior que o valor inscrito em Restos à Pagar, a diferença será em-
penhada à conta de despesas de exercícios anteriores.
II – Quando o valor real for inferior ao valor inscrito em restos a pagar, o saldo existente será
cancelado.
A lei n. 4.320/1964, em seus artigos 36 e 37, conceitua os restos a pagar, enquanto o De-
creto n. 93.872/1986 faz o seu detalhamento.
DICA
Recomendo uma leitura do mencionado decreto, que pode ser
encontrado em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d93872.html
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Despesa Pública – Parte II
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A resposta está na literalidade do artigo 37 da Lei n. 4.320/1964. Confira, com grifos nossos:
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação espe-
cífica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a
ordem cronológica.
Certo.
Guarde ainda que os chamados restos a pagar com prescrição interrompida são aqueles
cuja inscrição tenha sido cancelada, mas que ainda esteja em vigor o direito do credor. Nesses
casos, o pagamento deve ser registrado como despesas de exercícios anteriores.
No âmbito dos restos a pagar é importante que você guarde que eles devem constituir item
específico da programação financeira, devendo o seu pagamento efetuar-se dentro do limite
de saque fixado, ou seja, os RP são constituídos por recursos correspondentes a exercícios
financeiros já encerrados, mas que integram a programação financeira do exercício em curso.
Outro ponto que merece destaque é o caso específico dos créditos orçamentários com vi-
gência plurianual. Os que não tenham sido liquidados só devem ser computados como restos
a pagar no último ano de vigência do crédito. Assim, nos anos anteriores somente devem ser
inscritos em restos a pagar os créditos plurianuais liquidados.
Entenda que quando tivermos a redução ou cancelamento dos restos a pagar no mesmo
exercício financeiro do empenho, teremos obrigatoriamente sua anulação, seja parcial ou total.
Nesse caso, o valor deve ser revertido à respectiva dotação orçamentária da despesa.
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O PULO DO GATO
Não confunda cancelamento de restos a pagar (que são receitas arrecadadas em exercícios
anteriores) com o recebimento de recursos provenientes do ressarcimento ou da restituição
de despesas pagas em exercícios anteriores (que devem ser reconhecidos como receita orça-
mentária do exercício, ou seja, nova receita).
Despesa
paga
Despesa
Liquidada
Despesa Restos a
Despesa não paga pagar processados
Empenhada
Em resumo:
• RPP – Restos a Pagar Processados = DESPESA EMPENHADA E LIQUIDADA.
• RPNP – Restos a Pagar Não Processados = DESPESA SOMENTE EMPENHADA.
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Despesa Pública – Parte II
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O ponto que merece destaque é o relativo ao instituto da prescrição que, a princípio, foi re-
tirado do ordenamento jurídico pelo Decreto n. 9.428/2018 à nível federal, mas que merece
uma análise mais aprofundada. Dada a grande relevância do tema, esse tema será tratado no
tópico 1.5 desta aula.
Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício financeiro de
emissão da Nota de Empenho depende da observância das condições estabelecidas neste Decreto
para empenho e liquidação da despesa.
§ 1º. A inscrição prevista no caput como restos a pagar não processados fica condicionada à indi-
cação pelo ordenador de despesas.
Note, portanto, que passa a ser necessária indicação do Ordenador de Despesas e pre-
cisam ser observadas as regras do Decreto n. 93.872/1986, as quais permanecem as mes-
mas, ou seja:
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou
seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.
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II – Em regra, os Restos a Pagar Não Processados terão validade até 30 de junho do se-
gundo ano subsequente ao da sua inscrição, ou seja, os restos a pagar não processados que
permanecerem sem ser liquidados serão bloqueados em 30 de junho do segundo ano subse-
quente ao da sua inscrição, porém, temos algumas exceções.
Guarde que, antes a data era 31/12 do ano subsequente, mas, de 2012 para cá, é 30/06
do segundo ano subsequente ao da sua inscrição. As mencionadas exceções estão previstas
no § 3º do artigo 68 do Decreto n. 93.872/86, que regulou a Lei n. 4.320/1964 nesse aspec-
to. Confira:
III – Temos aqui as exceções quanto ao bloqueio em 30 de junho do segundo ano subse-
quente à inscrição dos RP não processados. Observe que permanecem desbloqueados mes-
mo após 30/06 do segundo ano subsequente ao da sua inscrição os RP não processados
relativos às despesas do Ministério da Saúde, ou decorrentes de emendas individuais imposi-
tivas discriminadas com identificador de resultado primário 6, cujos empenhos tenham sido
emitidos a partir do exercício financeiro de 2016 ou, ainda, decorrentes de emendas de inicia-
tiva de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal impositivas discriminadas
com identificador de resultado primário 7, cujos empenhos tenham sido emitidos a partir do
exercício financeiro de 2020
Confira diretamente na literalidade do Decreto as exceções quanto ao bloqueio em 30 de
junho do segundo ano subsequente à inscrição dos RP não processados:
§ 3º. Não serão objeto de bloqueio os restos a pagar não processados relativos às despesas: (Re-
dação dada pelo Decreto n. 9.428, de 2018) (Vigência)
I – do Ministério da Saúde; (Redação dada pelo Decreto n. 10.535, de 2020)
II – decorrentes de emendas individuais impositivas discriminadas com identificador de resultado
primário 6, cujos empenhos tenham sido emitidos a partir do exercício financeiro de 2016; ou (Reda-
ção dada pelo Decreto n. 10.535, de 2020)
III – decorrentes de emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Fe-
deral impositivas discriminadas com identificador de resultado primário 7, cujos empenhos tenham
sido emitidos a partir do exercício financeiro de 2020. (Incluído pelo Decreto n. 10.535, de 2020)
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O PULO DO GATO
Entretanto, esse entendimento não é pacífico na doutrina e no meio jurídico. Boa parte dos
doutrinadores e juristas considera que a prescrição dos Restos a Pagar continua sendo de cin-
co anos, já que esse tema permanece regulado pelo Código Civil (Lei n. 10.406/2002).
Vamos ver o que o Código Civil, ainda em plena vigência, determina acerca desse tema:
É importante destacar que a contagem do prazo prescricional deve ter início no momento
da inscrição dos Restos a Pagar (31/12), e não no momento do empenho.
Nessa toada, a inscrição em restos a pagar deve ser feita na data do encerramento do
exercício financeiro (31/12) da emissão da nota de empenho, mediante registros contábeis,
conforme dispõe o artigo 68 do decreto n. 9.428/2018.
Confira, com grifos nossos:
Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício financeiro de
emissão da Nota de Empenho depende da observância das condições estabelecidas neste Decreto
para empenho e liquidação da despesa.
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Despesa Pública – Parte II
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Como o próprio nome sugere, as DEA’s - Despesas de Exercícios Anteriores, são dívidas
resultantes de compromissos gerados em exercícios financeiros anteriores a aqueles em que
ocorrerão os pagamentos.
Podemos dizer que DEA’s são despesas cujas obrigações referem-se a anos anteriores,
mas que não foram nem mesmo empenhadas, ou tiveram seus empenhos cancelados, seja
indevidamente ou por falta de saldo financeiro para sua inscrição em restos a pagar.
O PULO DO GATO
Note que, diferentemente de restos a pagar, quando temos necessariamente o empenho, no
caso das DEA’s nem mesmo o empenho foi realizado ou, se realizado, foi cancelado.
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Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon
Em outras palavras, DEA’s são as despesas de exercícios encerrados, cuja LOA e Créditos
Adicionais consignavam crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, mas que não
foram processadas tempestivamente ou na época própria.
O PULO DO GATO
Diferentemente dos restos a pagar, que são inscritos somente no final de cada exercício
(31/12), no caso das DEA’s o reconhecimento se dá durante o exercício.
Além dessa primeira situação, temos também os Restos a Pagar com prescrição inter-
rompida e os compromissos somente reconhecidos após o encerramento do exercício cor-
respondente.
Compromissos
Despesas que não se Despesas
reconhecidos após
tenham processados de exercícios
o encerramento
na época própria anteriores
do exercícios
Restos a pagar
com prescrição
interrompida
PEGADINHA DA BANCA
Restos a pagar e Despesas de Exercício anteriores não são a mesma coisa. Restos a pagar
são despesas empenhadas e que não foram pagas até o fim do exercício. Apenas eventual-
mente um valor relativo a Restos a pagar com prescrição interrompida pode ser atendido à
conta de DEA.
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AFO
Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhe-
cidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação
específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível,
a ordem cronológica.
Errado.
De acordo com o artigo 37 da Lei n. 4.320/1964, as DEAs podem ser pagas à conta de do-
tação específica consignada na LOA, com a devida discriminação dos elementos e obedecida,
sempre que possível, a ordem cronológica. Confira:
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica
consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem
cronológica.
Assim, classificam-se como despesas de exercícios anteriores, aquelas que podem ser
atendidas à conta de dotação específica consignada no orçamento anual do Estado ou em
Créditos Adicionais, desde que reconhecido o direito do requerente, e ainda:
• As despesas de exercícios já encerrados para as quais o orçamento respectivo con-
signava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, mas que, por motivo su-
perveniente, não tenha sido empenhado na época própria, desde que o fornecimento do
material, a prestação do serviço ou execução da obra já tenha efetivamente ocorrido.
Normalmente são aquelas cujo empenho tenha sido considerado subsistente e anulado
no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o
fornecedor (credor) tenha cumprido a sua obrigação.
• Restos a Pagar com prescrição interrompida.
EXEMPLO
Como exemplo, podemos citar o caso dos restos a pagar não processados que foram cancela-
dos por erro. Assim, para fins de prescrição não se considera a data da inscrição dos restos a
pagar não processados, mas sim a data de reconhecimento do fato gerador após o vencimento.
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AFO
Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon
Diferentemente dos Restos a Pagar, as despesas de exercícios anteriores não foram empe-
nhadas ou, se foram, tiveram seus empenhos anulados ou cancelados.
EXEMPLO
Podemos citar como exemplo desse tipo de DEA aquela situação em que o servidor faz jus a
receber um valor de auxílio natalidade pelo nascimento de seu filho em novembro de X1, mas
só entrega os documentos relativos ao nascimento em fevereiro de X2.
Guarde que, para o regular pagamento de uma DEA, a correspondente despesa deve ser em-
penhada novamente, ou seja, a DEA entra no orçamento vigente à época do efetivo pagamento.
DICA
Existe, portanto, a necessidade de nova autorização orçamentária.
O PULO DO GATO
O pagamento de despesas de exercícios anteriores é processado nos mesmos moldes das
demais despesas orçamentárias, já que são despesas orçamentárias, diferentemente do pa-
gamento de restos a pagar, que são despesas extraorçamentárias.
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AFO
Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon
Importante destacar, ainda, que uma despesa de exercício anterior qualquer só pode ser re-
conhecida pelo Secretário de Finanças se presente a declaração do titular do órgão beneficiá-
rio da despesa de que reconhece e atesta a entrega do bem, a realização do serviço ou da obra,
sendo tal declaração, para todos os fins de direito, considerada como liquidação da despesa.
Art. 22. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava cré-
dito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria,
bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida, e os compromissos reconhecidos após o
encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação destinada a aten-
der despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica própria (Lei n. 4.320/1964,
art. 37).
§ 1º. O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade
competente para empenhar a despesa.
§ 2º. Para os efeitos deste artigo, considera-se:
a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido con-
siderado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do
prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;
b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha
sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento criada
em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do exercício
correspondente.
Certo.
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O PULO DO GATO
As DEA’s, embora sejam relativas a despesas de anos anteriores, são despesas orçamentá-
rias, já que a emissão da Nota de Empenho foi efetuada utilizando dotação orçamentária do
ano corrente.
Art. 22. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida, e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação destina-
da a atender despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica própria (Lei n.
4.320/1964, art. 37).
§ 1º. O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade
competente para empenhar a despesa.
§ 2º. Para os efeitos deste artigo, considera-se:
a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido
considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, den-
tro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;
b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha
sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento cria-
da em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do
exercício correspondente.
Confira também uma tabela comparativa entre Restos a Pagar e DEA’s e seu efeito no
orçamento:
Despesa
Quando do pagamento Despesa Orçamentária
Extraorçamentária
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A dívida flutuante é composta por passivos financeiros exigíveis em até 12 meses e que
não necessitam de autorização orçamentária para que sejam pagos. Na verdade, já foram auto-
rizados anteriormente pelo Poder Legislativo, faltando apenas a etapa do pagamento ou, ainda,
são relativos a dispêndios extraorçamentários que naturalmente dispensam tal autorização.
Vamos agora comentar cada um dos incisos desse artigo para facilitar o seu entendimento.
I – Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida
É importante ter em mente que restos a pagar são despesas empenhadas e não pagas no
exercício financeiro, valendo essa definição tanto para os processados quanto para os não
processados.
Confira na legislação:
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A contraída pelo Tesouro Nacional, por um breve e determinado período de tempo, quer como admi-
nistrador de terceiros, confiados à sua guarda, quer para atender às momentâneas necessidades de
caixa. Segundo o art. 92 da Lei n. 4.320/1964, a dívida flutuante compreende os restos a pagar, ex-
cluídos os serviços de dívida, os serviços de dívida a pagar, os depósitos e os débitos de tesouraria.
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Note que na situação em tela temos um caso de Restos a Pagar Processados, já que o com-
putador foi recebido em 29/12/2018, ou seja, a despesa já foi liquidada. Nessa toada, deve ser
classificado como Dívida Flutuante.
Certo.
Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.
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Lei 4.320/1964 - Compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a
desequilíbrio orçamentário ou a financiamento de obras e serviços públicos.
LRF (artigo 29) - Montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de ope-
rações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.
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O PULO DO GATO
Apesar do suprimento de fundos ser uma despesa orçamentária, não representa uma despesa
pelo enfoque patrimonial, já que, no momento da concessão, ainda não ocorreu redução no
patrimônio líquido. Na liquidação da despesa orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre
o registro de um passivo, há também a incorporação de um ativo, que representa o direito de
receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser efetuado pelo suprido, ou a devolução do
numerário adiantado, constituindo-se, assim, um fato permutativo.
Observe que o ato de suprimento de fundos constitui despesa orçamentária, mas não uma
despesa pelo enfoque patrimonial, que somente ocorre no momento da prestação de contas.
Certo.
Lembre-se que o empenho nunca pode ser dispensado. Confira o determinado no Decreto n.
93.872/1986, com grifos nossos:
Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Errado.
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Em relação aos tipos de suprimento de fundos, podemos dizer que são consideradas situ-
ações passíveis de utilização de suprimento de fundos os seguintes casos:
I – para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que
exijam pronto pagamento em espécie;
II – quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regu-
lamento e constar do ato de concessão; ou
III – para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor não
ultrapasse aos limites estabelecidos pela legislação.
DICA
Dos 3 tipos de suprimento de fundos, somente as despesas de
pequeno vulto é que tem limites monetários definidos, usan-
do como parâmetro os valores da Lei de Licitações.
O valor adiantado a título de suprimento de fundos pode relacionar-se a mais de uma natureza
de despesa, desde que precedido dos empenhos nas dotações respectivas, respeitados os
valores de cada natureza. Guarde, portanto, que na classificação por natureza da despesa, não
existe um elemento específico para suprimento de fundos. Assim, a situação difere, por exem-
plo, da DEA onde existe o elemento “despesas de exercícios anteriores”.
Importante destacar ainda que o suprimento poderá ser concedido ao servidor designado
para a execução do serviço, a coordenador, a presidente de comissão ou de grupo de trabalho,
quando for o caso, para as despesas em conjunto ou, isoladamente, de cada integrante da co-
missão ou grupo de trabalho, bem assim a servidor a quem se atribua o encargo do pagamento
das despesas autorizadas pela autoridade ordenadora.
Observe que pode ser concedido também a aquele que, eventualmente, tenha sido encar-
regado do cumprimento de missão que exija transporte, quando a repartição não dispuser de
meios próprios, ou para atender situações de emergência.
Entretanto, não pode ser concedido suprimento destinado a cobrir despesas de locomoção
de servidor em viagem quando esse houver recebido diárias, posto que essas se destinam a
suprir as despesas de alimentação, pousada e locomoção urbana.
Registre-se, ainda, que os valores limites para concessão de suprimento de fundos, bem
como o limite máximo para despesas de pequeno vulto, serão fixados em Portaria do Ministé-
rio da Fazenda (atual Ministério da Economia) e disponibilizados no SIAFI para consulta.
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Obs.: Um questionamento que pode surgir em prova é acerca de uma possível alteração
nesses limites em função da Lei 14.133/2021, a nova Lei de Licitações e Contratos.
DICA
Com exceção das despesas sigilosas, as despesas que po-
dem ser realizadas por meio do suprimento de fundos devem
necessariamente ser urgentes, eventuais e não podem se su-
jeitar ao processo normal de aquisição por causarem algum
prejuízo ao ente público.
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Vale ressaltar que a entrega do numerário deve ser sempre precedida do empenho ordiná-
rio na dotação própria das despesas a realizar, e será feita mediante crédito em conta bancá-
ria, em nome do suprido, aberta para esse fim, com autorização do ordenador de despesa, ou
mediante entrega do numerário ao suprido por meio de OPB – Ordem de Pagamento Bancário.
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Art. 45. [...]
§ 3º. Não se concederá suprimento de fundos:
a) a responsável por dois suprimentos;
b) a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando não
houver na repartição outro servidor;
c) a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de
sua aplicação; e
d) a servidor declarado em alcance.
Errado.
A afirmação é falsa, já que nos casos em que não tenha outro servidor na repartição, é sim
permitida a concessão de suprimento de fundos a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou
a utilização do material a adquirir. Confira no decreto n. 93.872/86, com grifos nossos:
O PULO DO GATO
Entende-se por servidor em alcance aquele que não tenha prestado contas de suprimento no
prazo regulamentar, ou cujas contas não tenham sido aprovadas em virtude de desvio, desfal-
que, falta ou má aplicação de dinheiro, bens ou valores confiados a sua guarda, verificados na
prestação de contas.
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Embora não possa ser autorizado suprimentos de fundos para servidor público em alcance,
a assertiva erra ao afirmar que servidor em alcance é aquele que ainda não foi aprovado no
estágio probatório. Na verdade, servidor em alcance é aquele que não prestou contas no prazo
ou que teve as contas reprovadas.
Errado.
É importante ter em mente que o prazo de aplicação do suprimento não poderá exceder a 90
dias nem ultrapassar o exercício financeiro, devendo a prestação de contas relativa à impor-
tância aplicada até 31 de dezembro ser apresentada até o dia 15 de janeiro subsequente. Além
disso, aquele que é detentor de suprimento de fundos deve indicar os saldos em seu poder em
31 de dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade.
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Se, por outro lado, o suprido deixar de prestar contas no prazo estabelecido, deverá ser
procedida a tomada de contas especial, sem prejuízo das providências administrativas para
apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis.
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Art. 45. [...]
§ 2º. O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado a prestar
contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no
prazo assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências administrativas para a
apuração das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis.
Assim, a assertiva está errada, já que que a tomada de contas automática de suprimento de
fundo não ocorrerá assim que cessarem os motivos da concessão, mas apenas quando o
servidor responsável pelo suprimento não apresentar a prestação de contas dentro do prazo
estabelecido pelo ordenador de despesas.
Errado.
Caso exista algum eventual saldo não utilizado do suprimento de fundos, pelas unidades
“off-line”, deverá ser recolhido, dentro do prazo estabelecido para a prestação de contas, à
conta bancária da unidade gestora, mediante depósito direto na conta única – se no mesmo
exercício da concessão –, ou ao Tesouro Nacional, no caso da União, mediante DARF – se em
exercício posterior ao da concessão.
Assim, o saldo de suprimento de fundos das unidades “on-line” será, no exercício, revertido
ao seu limite de saque, mediante depósito direto na Conta Única; em exercício posterior, cons-
tituirá em receita do Tesouro Nacional, no caso da União, mediante GRU.
É importante destacar que quando impugnada a prestação de contas, seja parcial, seja total-
mente, a autoridade ordenadora deve determinar imediatas providências administrativas para
apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis, bem assim, promover
a tomada de contas para julgamento pelo Tribunal de Contas, quando for o caso.
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Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação,
nos seguintes casos:
I – para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento;
Il - quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e
III – para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso,
não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.
Errado.
Por seu turno, as restituições por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida,
constituirão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após o encerramen-
to do exercício.
Tenha em mente que o Regime de Adiantamento servirá para despesas que não possam ser
realizadas por meio das etapas normais (empenho, liquidação e pagamento), cujo valor será
entregue a agente público que, posteriormente, prestará contas dos valores gastos. Nessa toa-
da, quando da devolução dos valores, podem ocorrer duas situações, considerando o exercício
financeiro em que ocorra a devolução:
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5. Ordenador de Despesas
O Ordenador de Despesas é aquela autoridade responsável pela emissão de empenho,
autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio, conforme dispõe o §1º do artigo 80 do
Decreto-Lei n. 200/1967.
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fa muito difícil para que uma pessoa sozinha como responsável cumpra adequadamente de
modo centralizado.
Para solucionar essa excessiva centralização inerente à função de Ordenador Primário de
Despesa existe o instituto da delegação de competências no Decreto-Lei n. 200/67, um instru-
mento de descentralização administrativa capaz de proporcionar maior celeridade e eficácia
às decisões, já que o ordenador de despesa secundário está mais próximo dos atos e fatos
sobre os quais precisa decidir. Confira os artigos 11 e 12, com grifos nossos:
Art. 11. A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentralização admi-
nistrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, situando-as na
proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender.
Art. 12. É facultado ao Presidente da República, aos Ministros de Estado e, em geral, às autoridades
da Administração Federal delegar competência para a prática de atos administrativos, conforme se
dispuser em regulamento.
Parágrafo único. O ato de delegação indicará com precisão a autoridade delegante, a autoridade
delegada e as atribuições objeto de delegação.
Art. 84. Quando se verificar que determinada conta não foi prestada, ou que ocorreu desfalque, des-
vio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo para a Fazenda Pública, as autoridades
administrativas, sob pena de corresponsabilidade e sem embargo dos procedimentos disciplinares,
deverão tomar imediatas providência para assegurar o respectivo ressarcimento e instaurar a toma-
da de contas, fazendo-se as comunicações a respeito ao Tribunal de Contas.
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RESUMO
Restos a Pagar
São classificadas como restos a pagar as despesas que já foram empenhadas, mas que não
foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.
Os “Processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução alcançou o
estágio da liquidação, enquanto os “Não Processados” são os restos a pagar relativos às des-
pesas cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho
Inscrição Inscrição
Empenho Restos Valor pelo valor
Despesa Liquidação a pagar conhecido? devido
processados
SIM
NÃO
SIM
Diferença será
Inscrição Valor empenhada
NÃO
NÃO
Inscrição Saldo
Validade até
Restos existente será
30/06 do 2o ano
a pagar não cancelado
subsequente ao
processados da inscrição
Classificam-se como despesas de exercícios anteriores, aquelas que podem ser atendidas
à conta de dotação específica consignada no orçamento anual do Estado ou em Créditos Adi-
cionais, desde que reconhecido o direito do requerente, e ainda:
a) As despesas de exercícios já encerrados para as quais o orçamento respectivo consig-
nava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, mas que, por motivo superveniente,
não tenha sido empenhado na época própria, desde que o fornecimento do material, a presta-
ção do serviço ou execução da obra já tenha efetivamente ocorrido;
b) aqueles Restos a Pagar com prescrição interrompida; e
c) os compromissos somente reconhecidos após o encerramento do exercício, desde que
tenham decorrido de situação ou fato independente da vontade do ordenador da despesa.
Resumindo:
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Dívida Flutuante
Dívida Fundada
Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.
Suprimento de Fundos
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Liquidação/ Programação
Empenho Pagamento
reconhecimento de desembolso
Período para
Devolução de
prestação de
suprimentos [com
contas expirado
devolução]
não aplicados
[Sem devolução]
Prestação de Prestação de
contas aprovada contas reprovada
Transferência
para CTU
[devolução
Inscrição em diversos
integral]
responsáveis
[Else]
Estorno de
Prestação de
Aprovação de inscrição em diversos
contas aprovada
prestação de contas responsáveis
Então vamos agora fazer mais questões para fixar o que aprendemos hoje!
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Despesa Pública – Parte II
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MAPAS MENTAIS
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GABARITO
1. E 8. E 15. E
2. C 9. C 16. E
3. E 10. C 17. E
4. E 11. C 18. E
5. E 12. C 19. E
6. C 13. E 20. E
7. C 14. E
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AFO
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040. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021)
VALOR
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS (em milhões de
reais)
Previsão inicial 100
Receitas realizadas 105
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS
Dotação inicial 100
Despesas empenhadas 80
Despesas liquidadas 70
Despesas pagas 60
Despesas empenhadas, liquidadas e pagas em 20X1 relativas a 10
20X0
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Com base nas informações da tabela apresentada, que mostra contas extraídas em 31/12/20X0
da contabilidade de determinado ente público, julgue o próximo item.
O referido ente público apurou os restos a pagar processados do ano 20X0 no valor de R$
10.000.000.
043. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021)
VALOR
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS (em milhões de
reais)
Previsão inicial 100
Receitas realizadas 105
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS
Dotação inicial 100
Despesas empenhadas 80
Despesas liquidadas 70
Despesas pagas 60
Despesas empenhadas, liquidadas e pagas em 20X1 relativas a 10
20X0
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AFO
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Com base nas informações da tabela apresentada, que mostra contas extraídas em 31/12/20X0
da contabilidade de determinado ente público, julgue o próximo item.
O ente público apurou as despesas de exercícios anteriores no valor de R$ 20.000.000.
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GABARITO
1. C 16. C 31. E
2. E 17. E 32. C
3. C 18. C 33. C
4. E 19. E 34. E
5. E 20. C 35. C
6. E 21. E 36. C
7. E 22. E 37. C
8. C 23. C 38. E
9. C 24. E 39. E
10. E 25. E 40. C
11. E 26. C 41. E
12. C 27. E 42. C
13. E 28. E 43. E
14. C 29. E 44. C
15. C 30. E 45. C
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/MPE-PI/ANALISTA/2018) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, na administra-
ção pública, as despesas de pequeno vulto podem ser viabilizadas por meio de suprimentos
de fundos.
Conforme essa lei, o suprimento de fundos consiste na entrega de numerário a servidor, sem-
pre precedida de empenho na dotação própria.
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Certo.
A assertiva erra ao afirmar que apenas as despesas empenhadas e liquidadas são restos a pa-
gar. Na verdade, se a despesa foi ou não liquidada só mudará a classificação entre processada
ou não processada.
Errado.
A ideia básica é que a despesa inscrita em restos a pagar foi considerada despesa orçamen-
tária no exercício em que foi empenhada, logo, no exercício de pagamento, será classificada
como despesa extraorçamentária. Se não fosse assim, a mesma despesa seria contabilizada
duas vezes.
Certo.
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Na verdade, Restos a Pagar são despesas já empenhadas cujo pagamento ainda está penden-
te quando do encerramento do exercício financeiro.
Errado.
Na verdade, os restos a pagar e os serviços da dívida são exemplos de dívida flutuante. Confira
na Lei n. 4.320/1964:
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Basicamente, restos a pagar são as despesas empenhadas, mas não pagas no exercício, sen-
do considerados despesas orçamentárias no ano de seu empenho, mesmo não tendo ocorrido
a liquidação e o pagamento. Nessa toada, para compensar a inclusão dos restos a pagar como
despesa orçamentária no balanço financeiro, a Lei n. 4.320/1964 determinou a inclusão dos
restos a pagar como receita extraorçamentária. Confira, com grifos nossos:
Art. 103 - O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os
recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em es-
pécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária
para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
Errado.
A ideia básica é que o suprimento de fundos deve ser contabilizado e incluído nas contas do or-
denador como despesa realizada. Guarde ainda que as restituições, seja por falta de aplicação,
seja ela parcial ou total, ou por aplicação indevida, anulam a despesa ou receita orçamentária,
quando recolhidas após o encerramento do exercício.
Para responder essa questão precisamos conjugar os artigos 38 e 68 da Lei n. 4.320/1964.
Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada no exercício; quando a anulação ocor-
rer após o encerramento deste considerar-se-á receita do ano em que se efetivar.
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Ora, da leitura em conjunto desses dispositivos, podemos concluir que, como o empenho da
despesa objeto do suprimento de fundos já foi previamente realizado, logo, ele deve ser rever-
tido como receita orçamentária do exercício em que for anulada essa despesa orçamentária.
Certo.
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Sim, as despesas não pagas até 31 de dezembro devem ser inscritas em restos a pagar, confor-
me determina o artigo 36 da Lei n. 4.320/1964, e as despesas já liquidadas devem ser inscritas
como processadas (veja no trecho do MCASP reproduzido a seguir) e devem ser registrados
por exercício e por credor em conformidade com o artigo 92 da Lei n. 4.320/1964. Confira os
mencionados dispositivos, com grifos nossos:
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas as não pagas até o dia 31 de de-
zembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Art. 92. [...]
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguindo-se as
despesas processadas das não processadas.
MCASP: os restos a pagar processados são aqueles em que a despesa orçamentária percorreu os
estágios de empenho e liquidação, restando pendente apenas o estágio do pagamento. Em geral,
não podem ser cancelados, tendo em vista que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obri-
gação de fazer e a Administração não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar.
Certo.
Na verdade, são classificadas como Restos a Pagar as despesas que já foram empenhadas,
mas que não foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não
processadas.
Os “Processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução alcançou o está-
gio da liquidação, enquanto os “Não Processados” são os restos a pagar relativos às despesas
cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho.
Logo, não existe essa condição de que tenham sido pagas com atraso, o que torna a asser-
tiva errada.
Errado.
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Na verdade, os restos a pagar devem ser registrados por exercício e por credor. Confira na lite-
ralidade do parágrafo único do artigo 92 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:
Resíduos passivos e restos a pagar são as despesas empenhadas, mas não pagas dentro do
exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezembro. A definição está em conformidade com o
artigo 36 da Lei n. 4.320/1964:
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que não tenham
sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito.
Certo.
É fundamental ter em mente que o suprimento de fundos, seja ele via adiantamento, seja por
meio da utilização do cartão de pagamento, exige prévia dotação orçamentária, sempre.
Errado.
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Em uma primeira olhada, temos a reação natural de marcar essa assertiva como errada. Que
absurdo! Usar dinheiro público, via suprimento de fundos, para comprar bebida alcoólica... Mas
temos que observar o que os normativos dizem a esse respeito: não existe restrição específica
para a despesa com bebidas alcoólicas.
O artigo 45 do Decreto n. 93.872/86 autoriza o suprimento de fundos para despesas de peque-
no vulto, despesas sigilosas e despesas eventuais, onde a despesa com bebidas alcoólicas
pode ser encaixada.
Certo.
Realmente, a despesa com suprimento de fundos é uma despesa orçamentária, já que segue
os estágios do empenho, liquidação e pagamento.
Tenha em mente que a diferença precípua de uma despesa realizada via suprimento de fundos
em relação a uma despesa realizada pelo processo normal é em relação ao momento do seu
reconhecimento sob o enfoque patrimonial, já que no caso do suprimento de fundos este só
ocorre quando da prestação de contas por parte do suprido.
Certo.
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Na verdade, o suprimento de fundos para um servidor pode ocorrer tanto via chamado “cartão
corporativo” (Cartão de Pagamento do Governo Federal – CPGF) quanto via adiantamento de
numerário em conta corrente.
Entretanto, de acordo com a Portaria n. 95/2002 do Ministério da Fazenda, os limites totais que
podem ser usados por essas 2 modalidades são distintos, sendo os do CPGF o dobro daqueles
do suprimento de fundos tradicional.
Errado.
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A assertiva é falsa, já que ao afirmar que “em cada exercício financeiro os valores deverão ser
inscritos em restos a pagar no exercício em que tiverem sido empenhados” contraria o dispos-
to no parágrafo único do artigo 36 da Lei n. 4.320/1964, pois esse dispositivo excetua os casos
em que forem créditos de vigência superior a um ano (plurianual). Confira, com grifos nossos:
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que não tenham
sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito.
Errado.
Os Restos a Pagar cuja inscrição tenha sido cancelada, ou seja, com prescrição interrompida,
mas com o direito do credor ainda vigente, poderão ser pagos à conta de despesas de exercí-
cios anteriores, respeitada a categoria de despesa.
Certo.
Na verdade, todas as receitas da União devem ser recolhidas à Conta Única do Tesouro Na-
cional, sem exceções. Confira no Decreto n. 93.872/86, na parte que trata da Conta Única do
Tesouro Nacional, com grifos nossos:
Art. 2º. A arrecadação de todas as receitas da União far-se-á na forma disciplinada pelo Ministério
da Fazenda, devendo o seu produto ser obrigatoriamente recolhido à conta do Tesouro Nacional no
Banco do Brasil S.A.
§ 1º. Para os fins deste decreto, entende-se por receita da União todo e qualquer ingresso de cará-
ter originário ou derivado, ordinário ou extraordinário e de natureza orçamentária ou extra-orçamen-
tária, seja geral ou vinculado, que tenha sido decorrente, produzido ou realizado direta ou indireta-
mente pelos órgãos competentes.
Errado.
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Na verdade, existem duas situações distintas que devem ser consideradas quando das restitui-
ções. Se foram feitas no mesmo exercício devem ser contabilizadas como anulações de des-
pesas, mas, se ocorrerem após o término do exercício, devem ser contabilizadas como receita
orçamentária. Confira no Decreto n. 93.872/86, com grifos nossos:
A assertiva erra ao afirmar que o suprimento de fundos não constitui despesa orçamentária.
Veja a definição de suprimentos de fundos feita pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao Se-
tor Público – MCASP, com grifos nossos:
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Temos uma situação em que o empenho da despesa que gerou a inscrição em restos a pagar
foi feito em benefício da empresa X, mas como tivemos o abandono da obra por ela, o saldo de
restos a pagar deve ser cancelado.
Note, entretanto, que o saldo de restos a pagar refere-se a recursos do ano anterior e que, des-
sa forma, não passíveis de reutilização no ano seguinte, já que não pode ser feito empenho em
um ano utilizando-se de recursos de ano anterior.
Podemos concluir, portanto, que para dar continuidade à obra, deve ser efetuado novo em-
penho, utilizando recursos do ano corrente em benefício da empresa Y, considerando que os
recursos cancelados de restos a pagar não são mais passíveis de utilização.
Errado.
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Na verdade, o empenho não será automaticamente anulado apenas pelo fato de que o gestor
não realizou o procedimento de inscrição em Restos a Pagar do Exercício, já que pode estar
configurada uma das situações em que o empenho não deve ser anulado, ou seja, pode se
enquadrar em uma das exceções previstas. Confira no Decreto n. 93.872/1986 tais exceções,
com grifos nossos:
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa,
ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.
Errado.
Vamos ver uma classificação constante do MCASP 8ª Edição que divide os Restos A Pagar
- RAP não processados em RAP não processados a liquidar e RAP não processados em liqui-
dação. Confira, com grifos nossos:
Note, portanto, que a assertiva caracteriza os restos a pagar não processados em liquidação.
Errado.
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Considerando que restos a pagar são despesas que foram empenhadas, mas que não foram
pagas no exercício, e que as despesas somente podem ser pagas após regular liquidação, in-
dependentemente de serem processadas ou não, as despesas inscritas em restos a pagar só
serão pagas após liquidadas regularmente. Confira na Lei n. 4.320/1964:
Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
Certo.
Vamos direto ao MCASP 8ª Edição. O que pode ser considerado como DEA – Despesas de
Exercícios Anteriores, com grifos nossos:
Assim, podemos concluir que os restos a pagar com prescrição interrompida são considera-
dos DEA – Despesas de Exercícios Anteriores.
Certo.
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Na verdade, apenas a obrigação de pagamento das despesas de exercícios anteriores deve ser
reconhecida pela autoridade competente em procedimento administrativo específico, não sen-
do aplicável aos Restos a Pagar. Confira diretamente no MCASP 8ª Edição, com grifos nossos:
O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com exercícios anteriores, pela auto-
ridade competente, deverá ocorrer em procedimento administrativo específico, sendo necessário,
no mínimo, os seguintes elementos:
a. Identificação do credor/favorecido;
b. Descrição do bem, material ou serviço adquirido/contratado;
c. Data de vencimento do compromisso;
d. Importância exata a pagar;
e. Documentos fiscais comprobatórios;
f. Certificação do cumprimento da obrigação pelo credor/favorecido;
g. Motivação pelo qual a despesa não foi empenhada ou paga na época própria.
Errado.
Note que o empenho ocorreu em X2, mas o fato gerador ocorreu em X1, ou seja, a entrega ocor-
reu ainda em X1. Assim, temos um caso de DEA - Despesas de Exercícios Anteriores, que são
as despesas de exercícios encerrados, para as quais a LOA e Créditos Adicionais consignavam
crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, mas que não fora processado tempesti-
vamente ou na época própria.
Confira no MCASP 8ª Edição, o item 4.8. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES, com gri-
fos nossos:
São despesas cujos fatos geradores ocorreram em exercícios anteriores àquele em que deva ocor-
rer o pagamento.
O art. 37 da Lei n. 4.320/1964 dispõe que as despesas de exercícios encerrados, para as quais o
orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se
tenham processado na época própria, bem como os restos a pagar com prescrição interrompida
e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser
pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obe-
decida, sempre que possível, a ordem cronológica.
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Observe que a devolução de valores não aplicados no mesmo exercício da concessão é clas-
sificada como anulação de despesa, mas a devolução de valores não aplicados no exercício
seguinte ao da concessão deve ser classificada como receita do período.
Certo.
O suprimento de fundos deve ser utilizado para atender a despesas eventuais, inclusive em
viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento, ou quando a despesa deva
ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento, ou ainda para atender a
despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapas-
sar limite estabelecido em ato normativo próprio.
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Desse modo, a despesa com revitalização das margens do rio São Francisco não pode ser
realizada através de suprimento de fundos, pois não se trata de uma despesa eventual, nem
sigilosa e nem de pequeno vulto, devendo seguir o processo normal de execução da despesa,
inclusive com o devido processo licitatório.
Errado.
Guarde a ideia de que os Restos a Pagar são despesas empenhadas e não pagas.
Por sua vez, para que possa ser realizada a concessão do suprimento de fundos, faz-se neces-
sário que os três estágios da execução da despesa (empenho, liquidação e pagamento) sejam
percorridos, de modo que nenhum deles fique pendente.
Perceba, portanto, que, no caso de suprimento de fundos, como a despesa já foi empenhada, liqui-
dada e paga, não há inscrição em restos a pagar da despesa executada via suprimento de fundos.
Errado.
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RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS (em milhões de
reais)
Previsão inicial 100
Receitas realizadas 105
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS
Dotação inicial 100
Despesas empenhadas 80
Despesas liquidadas 70
Despesas pagas 60
Despesas empenhadas, liquidadas e pagas em 20X1 relativas a 10
20X0
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da contabilidade de determinado ente público, julgue o próximo item.
O referido ente público apurou os restos a pagar processados do ano 20X0 no valor de R$
10.000.000.
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Despesa Pública – Parte II
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Os restos a pagar processados são aqueles que passaram pela fase da liquidação.
Podemos calcular os restos a pagar processados inscritos no período pela diferença entre o
total das despesas liquidadas e o total das despesas pagas. Assim temos:
RAP processados inscritos = 70.000.000−60.000.000.
RAP processados inscritos = 10.000.000,00.
Certo.
Na situação apresentada, a despesa foi empenhada, mas não foi paga, não deixando claro o
enunciado se essa despesa foi ou não processada. De qualquer forma, como estamos falando
de restos a pagar, trata-se de dívida flutuante. Confira na Lei n. 4.320/1964:
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Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação,
nos seguintes casos (Lei n. 4.320/64, art. 68 e Decreto-lei n. 200/67, § 3º do art. 74):
I – para atender despesas em viagens ou serviços especiais que exijam pronto pagamento em espécie;
I – Serviços especiais que exijam pronto pagamento em espécie. (Redação dada pelo Decreto n.
95.804, de 1988)
I – para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento em espécie. (Redação dada pelo Decreto n. 2.289, de 1997)
I – para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento; (Redação dada pelo Decreto n. 6.370, de 2008)
Il - quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e
III – para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso,
não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.
§ 1º. O suprimento de fundos será contabilizado e incluído nas contas do ordenador como despesa
realizada; as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constituirão
anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após o encerramento do exercício.
§ 2º. O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado a prestar con-
tas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no prazo
assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências administrativas para a apura-
ção das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis (Decreto-lei n. 200/67, parágrafo
único do art. 81 e § 3º do art. 80).
Certo.
043. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021)
VALOR
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS
(em milhões de reais)
Previsão inicial 100
Receitas realizadas 105
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS
Dotação inicial 100
Despesas empenhadas 80
Despesas liquidadas 70
Despesas pagas 60
Despesas empenhadas, liquidadas e pagas em 20X1 10
relativas a 20X0
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Com base nas informações da tabela apresentada, que mostra contas extraídas em 31/12/20X0
da contabilidade de determinado ente público, julgue o próximo item.
O ente público apurou as despesas de exercícios anteriores no valor de R$ 20.000.000.
Tenha em mente que as DEA’s - Despesas de Exercícios Anteriores, são despesas que não
foram empenhadas no exercício adequado, referindo-se, na verdade, a fatos geradores ocor-
ridos em exercícios anteriores. Desse modo, o único valor que será pago à conta de DEA é
referente à despesa empenhada, liquidada e paga em 20X1 relativas a 20X0, cujo valor é de R$
10 milhões.
Errado.
Confira no MCASP:
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Despesas Dotação
Dotação Inicial Empenho Liquidação Pagamento
Orçamentárias Atualizada
Amortização da
21.000.000,00 21.000.000,00 19.800.000,00 19.800.000,00 18.770.000,00
Dívida
Inversões
6.800.000,00 7.500.000,00 7.300.000,00 5.630.000,00 4.400.000,00
Financeiras
Investimentos 44.000.000,00 44.000.000,00 38.000.000,00 34.500.000,00 33.800.000,00
Juros e Encargos
900.000,00 900.000,00 750.000,00 730.000,00 690.000,00
da Dívida
Outras Despesas
80.000.000,00 85.000.000,00 83.000.000,00 82.500.000,00 63.900.000,00
Correntes
Pessoal e
120.000.000,00 125.000.000,00 123.000.000,00 118.000.000,00 113.000.000,00
Encargos Sociais
Com base nessas informações, o valor inscrito em restos a pagar não processados em
31/12/2018 em decorrência da execução orçamentária da despesa de capital foi, em reais:
a) 8.130.000,00.
b) 3.000.000,00.
c) 2.960.000,00.
d) 5.170.000,00.
e) 5.190.000,00.
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d) por servidor que não prestou contas no prazo regulamentar ou que teve prestação de contas
impugnadas.
e) por servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir, mesmo
quando tiver outro servidor à disposição.
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a) Suprimentos de Fundos.
b) Indenizações e Restituições.
c) Serviços de Terceiros – Pessoa Física.
d) Despesas de Exercícios Anteriores.
e) Locação de Mão de Obra
Dotação Dotação
Despesas Empenho Liquidação Pagamento
Inicial Atualizada
Amortização da
1.000.000,00 1.000.000,00 980.000,00 980.000,00 697.000,00
Dívida
Inversões
7.800.000,00 8.500.000,00 8.300.000,00 4.790.000,00 3.340.000,00
Financeiras
Juros e Encargos
100.000,00 100.000,00 89.000,00 89.000,00 65.000,00
da Dívida
Outras
Despesas 50.000.000,00 50.000.000,00 47.000.000,00 44.500.000,00 39.800.000,00
Correntes
Pessoal e
90.000.000,00 91.000.000,00 84.500.000,00 83.900.000,00 82.000.000,00
Encargos Sociais
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Com base nessas informações, o valor inscrito em restos a pagar processados em 31/12/2017
em decorrência da execução orçamentária da despesa corrente foi, em reais,
a) 6.600.000,00
b) 3.100.000,00
c) 6.624.000,00
d) 9.724.000,00
e) 9.700.000,00
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Dotação
Despesas Dotação Inicial Empenho Liquidação Pagamento
Atualizada
Amortização da
500.000,00 500.000,00 490.000,00 490.000,00 345.000,00
Dívida
Inversões
3.900.000,00 4.250.000,00 4.150.000,00 2.400.000,00 1.650.000,00
Financeiras
Juros e Encargos
100.000,00 100.000,00 90.000,00 85.000,00 84.000,00
da Dívida
Outras Despesas
25.000.000,00 25.000.000,00 23.500.000,00 22.300.000,00 19.900.000,00
Correntes
Pessoal e
45.000.000,00 46.000.000,00 43.200.000,00 42.400.000,00 41.000.000,00
Encargos Sociais
Com base nesses dados, o valor inscrito, em 31/12/2017, em restos a pagar não Processados
em decorrência da execução orçamentária da despesa corrente foi, em reais,
a) 3.801.000,00.
b) 2.005.000,00.
c) 5.806.000,00.
d) 2.000.000,00.
e) 3.800.000,00.
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Inscritos
Em
Em 31/12 do Liquidados Pagos Cancelados
exercícios
Exercício
Anteriores a
Anterior
2015
Restos a Pagar
não Processados 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Liquidados
Restos a Pagar
950.000,00 35.450.000,00 - 34.300.000,00 100.000,00
Processados
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Os valores totais das despesas empenhadas, liquidadas e pagas extraídas do Balanço Orça-
mentário referente ao exercício financeiro de 2016 foram, respectivamente, R$ 40.000.000,00,
R$ 35.000.000,00 e R$ 32.000.000,00. Nesse caso, o valor
a) dos restos a pagar não processados inscritos em 31/12/2016 foi R$ 8.000.000,00.
b) dos restos a pagar processados inscritos em 31/12/2016 foi R$ 5.000.000,00.
c) do passivo financeiro foi reduzido em 2016 em R$ 34.400.000,00.
d) do saldo do passivo financeiro em 31/12/2016 era R$ 10.000.000,00.
e) da receita extraorçamentária em 2016 foi R$ 5.100.000,00.
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Despesas Empenhadas
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Despesas Empenhadas
Informações complementares
- Não havendo dotação orçamentária específica, no mês de outubro de 2016, foi aberto um cré-
dito adicional no valor de R$ 120.000, destinado à aquisição de dois veículos novos, utilizando
recursos por anulação parcial de dotação orçamentária.
- Do total das despesas correntes empenhadas no exercício de 2016 foi pago no próprio exer-
cício o valor de R$ 480.000.
- O total das Receitas de Capital previstas na Lei Orçamentária para o exercício de 2016 foi de
R$ 650.000.
O Valor das despesas correntes empenhadas no exercício de 2016 e não pagas inscrito em
restos a pagar é, em R$, igual a
a) 25.000.
b) 90.000.
c) 35.000.
d) 65.000.
e) 210.000.
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AFO
Despesa Pública – Parte II
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No que tange ao Balanço Orçamentário, no exercício de 2016, o valor inscrito em restos a pagar
não processado foi, em R$, de
a) 230.000.
b) 190.000.
c) 40.000.
d) 340.000.
e) 530.000.
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− Do total das despesas orçamentárias correntes empenhadas durante o exercício de 2015, foi
pago no próprio exercício o valor de R$ 750,00.
− Todas as despesas de capital empenhadas durante o exercício de 2015 foram pagas no pró-
prio exercício.
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Despesa Pública – Parte II
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Considerando que o total das despesas correntes empenhadas no exercício foi de R$ 1.050,00,
o valor inscrito em restos a pagar, em 31/12/2015, segundo a Lei Federal n. 4.320/1964,
soma, em reais,
a) 190,00.
b) 160,00.
c) 390,00.
d) 550,00.
e) 300,00.
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Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon
GABARITO
1. d 12. e 23. b
2. a 13. b 24. b
3. a 14. e 25. b
4. c 15. d 26. b
5. d 16. d 27. b
6. d 17. e 28. e
7. c 18. b 29. b
8. e 19. a 30. e
9. b 20. b 31. e
10. c 21. d
11. a 22. c
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GABARITO COMENTADO
001. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020) Considere as informações a seguir extraídas das demons-
trações contábeis de um ente público referentes ao exercício financeiro de 2018, cujos valores
estão em reais:
Despesas Dotação
Dotação Inicial Empenho Liquidação Pagamento
Orçamentárias Atualizada
Amortização da
21.000.000,00 21.000.000,00 19.800.000,00 19.800.000,00 18.770.000,00
Dívida
Inversões
6.800.000,00 7.500.000,00 7.300.000,00 5.630.000,00 4.400.000,00
Financeiras
Juros e Encargos
900.000,00 900.000,00 750.000,00 730.000,00 690.000,00
da Dívida
Outras Despesas
80.000.000,00 85.000.000,00 83.000.000,00 82.500.000,00 63.900.000,00
Correntes
Pessoal e
120.000.000,00 125.000.000,00 123.000.000,00 118.000.000,00 113.000.000,00
Encargos Sociais
Com base nessas informações, o valor inscrito em restos a pagar não processados em
31/12/2018 em decorrência da execução orçamentária da despesa de capital foi, em reais:
a) 8.130.000,00.
b) 3.000.000,00.
c) 2.960.000,00.
d) 5.170.000,00.
e) 5.190.000,00.
Restos a pagar são despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro, distin-
guindo-se as processadas das não processadas. No caso das processadas, houve a fase de
liquidação; no caso das não processadas não houve a fase de liquidação.
Vamos calcular:
RAP não processados das despesas de capital - Despesa de capital Empenhada NÃO liquidada.
Despesas de Capital Empenhadas = 19.800.000 + 7.300.000 + 38.000.000 = 65.100.000.
Despesas de capital Liquidadas = 19.800.000 +5.630.000 + 34.500.000 = 59.930.000.
Restos a pagar das despesas de capital não processados/liquidados = 65.100.000 − 59.930.000
= R$ 5.170.000.
Letra d.
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Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a responsável por dois adiantamentos.
Note que nas demais alternativas temos expressões inadequadas como vultuosas e correntes
e situações em que a concessão de suprimento de fundo é proibida.
Letra a.
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Despesa Pública – Parte II
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De acordo com esse enunciado, temos uma questão sobre despesas de exercícios anteriores,
onde o direito do credor (servidor do ente público municipal que recebia a gratificação de che-
fia) só foi reconhecido após o fim do exercício ao qual se refere.
Importante destacar que, de acordo com o MCASP - Manual de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público 8ª edição, temos apenas um elemento de despesa referente às despesas de
exercícios anteriores que é a que consta na afirmativa a:
Em primeiro lugar temos que levar em conta que a despesa em tela foi empenhada, mas não foi
paga, ou seja, temos um caso de restos a pagar, aquelas despesas que foram empenhadas e não
foram pagas no exercício. Veja na literalidade do artigo da Lei n. 4.320/64, com grifos nossos:
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Atente ao fato de que em dezembro de 2017, os restos a pagar da despesa com a manutenção
dos aparelhos de ar-condicionado foram cancelados e em janeiro de 2018, o pagamento no
valor de R$ 950,00 foi reclamado pelo prestador do serviço de manutenção dos aparelhos de
ar-condicionado, tendo sido constatada a vigência do direito do prestador do serviço.
Ora, como está vigente o direito do credor e a despesa estava inscrita em restos a pagar, mas
foi cancelada, vemos que a mesma poderá ser atendida à conta de dotação destinada a des-
pesas de exercícios anteriores. Veja no Decreto n. 93.872/86:
Art. 69. Após o cancelamento da inscrição da despesa como restos a pagar, o pagamento que
vier a ser reclamado poderá ser atendido à conta de dotação destinada a despesas de exercí-
cios anteriores.
Letra d.
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Dotação Dotação
Despesas Empenho Liquidação Pagamento
Inicial Atualizada
Amortização da
1.000.000,00 1.000.000,00 980.000,00 980.000,00 697.000,00
Dívida
Inversões
7.800.000,00 8.500.000,00 8.300.000,00 4.790.000,00 3.340.000,00
Financeiras
Juros e Encargos
100.000,00 100.000,00 89.000,00 89.000,00 65.000,00
da Dívida
Outras Despesas
50.000.000,00 50.000.000,00 47.000.000,00 44.500.000,00 39.800.000,00
Correntes
Pessoal e
90.000.000,00 91.000.000,00 84.500.000,00 83.900.000,00 82.000.000,00
Encargos Sociais
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Com base nessas informações, o valor inscrito em restos a pagar processados em 31/12/2017
em decorrência da execução orçamentária da despesa corrente foi, em reais,
a) 6.600.000,00
b) 3.100.000,00
c) 6.624.000,00
d) 9.724.000,00
e) 9.700.000,00
A FCC pede para apontar o valor dos restos a pagar processados relativos às despesas corren-
tes. Assim, temos as seguintes despesas correntes que foram empenhadas, liquidadas mas
não pagas das despesas
Pessoal e encargos Sociais (83.900 − 82.000) = 1.900.000,00
Juros e encargos da dívida (89 − 65) = 24.000,00
Outras despesas correntes (44.500 −39.800) = 4.700.000,00
Total = 6.624.000,00
Letra c.
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Em primeiro lugar temos que levar em conta que a despesa em tela foi empenhada, mas não foi
paga, ou seja, temos um caso de restos a pagar, aquelas despesas que foram empenhadas e não
foram pagas no exercício. Reveja na literalidade do artigo da Lei n. 4.320/64, com grifos nossos:
Art. 36. Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Assim, não resta dúvida que, como a despesa em tela já passou pela fase de empenho, mas
ainda não ocorreu o pagamento, temos a inscrição em restos a pagar.
Nessa toada, os valores devem ser inscritos em restos a pagar para liquidação no exercício
seguinte, sendo sua inscrição uma receita extraorçamentária, conforme manda o artigo 103
da Lei n. 4.320/64. Confira:
Art. 103 Parágrafo único. Os restos a pagar do exercício serão computados na receita extra orça-
mentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
Letra e.
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A melhor forma de resolver essa questão é completando os dados do enunciado por meio
dessa tabela:
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Somando as 2 últimas colunas temos 82.000,00 para os restos a pagar processados e 10.000,00
para os restos a pagar não processados.
Letra c.
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Variação
Receita Art. 35, Lei Fato gerador/ NBC TSP
Arrecadação Patrimonial
Orçamentária n. 4.320/64 competência EC
Aumentativa
Variação
Despesa Art. 35, Lei Fato gerador/ NBC TSP
Empenho Patrimonial
Orçamentária n. 4.320/64 competência EC
Diminutiva
Note que em 11/09/2017 tivemos o empenho da despesa e assim temos o registro ou a reali-
zação de uma despesa orçamentária.
Letra a.
Note que na fase de empenho (27/12/2017) é que se gera a despesa orçamentária, conforme
determina a Lei n. 4.320/64, abaixo reproduzida com grifos nossos:
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Dotação
Despesas Dotação Inicial Empenho Liquidação Pagamento
Atualizada
Amortização da
500.000,00 500.000,00 490.000,00 490.000,00 345.000,00
Dívida
Inversões
3.900.000,00 4.250.000,00 4.150.000,00 2.400.000,00 1.650.000,00
Financeiras
Juros e Encargos
100.000,00 100.000,00 90.000,00 85.000,00 84.000,00
da Dívida
Outras Despesas
25.000.000,00 25.000.000,00 23.500.000,00 22.300.000,00 19.900.000,00
Correntes
Pessoal e
45.000.000,00 46.000.000,00 43.200.000,00 42.400.000,00 41.000.000,00
Encargos Sociais
Com base nesses dados, o valor inscrito, em 31/12/2017, em restos a pagar não processados
em decorrência da execução orçamentária da despesa corrente foi, em reais,
a) 3.801.000,00.
b) 2.005.000,00.
c) 5.806.000,00.
d) 2.000.000,00.
e) 3.800.000,00.
A FCC pede para calcularmos os restos a pagar não processados das despesas correntes.
Lembre-se da diferença entre despesa corrente e de capital: as despesas correntes são des-
pesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital e
dividem-se em pessoal e encargos sociais, juros e encargos da dívida e outras despesas cor-
rentes; já as despesas de capital contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um
bem de capital e dividem-se em investimentos, inversões financeiras e amortização da dívida.
Agora vamos calcular as despesas correntes que foram empenhadas, mas não foram liquidadas:
Pessoal e encargos Sociais (43.200 − 42.400) = 800.000,00
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De acordo com o enunciado da questão, o veículo foi entregue em 30/12/2016, mas só foi
liquidado em 05/01/2017.
Assim, ao término do 2016, o fato gerador (entrega do veículo) já havia ocorrido, mas o pro-
cesso de liquidação ainda não havia sido concluído, logo essa despesa deve ser inscrita como
restos a pagar não processados em liquidação.
Não se esqueça que o pagamento de restos a pagar é uma despesa extraorçamentária, uma
vez que ocorre com o empenho de exercício anterior.
Letra e.
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c) as despesas geradas constituem déficit orçamentário, os quais devem ser suportados por
dotações consignadas no orçamento subsequente.
d) os restos a pagar gerados pelas atestações independem de empenho e deverão ser proces-
sados como despesas extraorçamentárias.
e) as despesas, se regularmente empenhadas, serão suportadas por restos a pagar que perten-
cem ao exercício em que foram geradas.
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Note que o material adquirido foi empenhado em 11/2017 e liquidada no dia 28/12/2017,
quando da entrega dos bens pelo fornecedor.
Dessa forma, o empenho e a liquidação ocorreram antes do término do exercício financeiro,
não ocorrendo, entretanto, o efetivo pagamento até o final do ano.
Assim, temos um caso de restos a pagar Processados, o que já nos permite ver que as alter-
nativas A, C e D são falsas.
Lembre-se que, de acordo com a classificação por grupo natureza de despesa, temos:
1 – Pessoal e Encargos Sociais
2 – Juros e Encargos da Dívida
3 – Outras Despesas Correntes
4 – Investimentos
5 – Inversões Financeiras
6 – Amortização da Dívida
Por seu turno, quanto à classificação por categoria econômica, as despesas orçamentárias
são correntes ou de capital, o que torna a letra e errada.
Letra b.
O examinador refere-se aos restos a pagar, que foi conceituado pela Lei n. 4.320/64 em seu
artigo 36:
Art. 36. Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Letra a.
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O servidor é responsável por mais de um suprimento, significa que ele é responsável por 2
adiantamentos (máximo permitido) estando vedado, portanto, o recebimento de um terceiro
adiantamento.
Letra b.
Inscritos
Restos a Pagar
não Processados 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Liquidados
Restos a Pagar
950.000,00 35.450.000,00 - 34.300.000,00 100.000,00
Processados
Os valores totais das despesas empenhadas, liquidadas e pagas extraídas do Balanço Orça-
mentário referente ao exercício financeiro de 2016 foram, respectivamente, R$ 40.000.000,00,
R$ 35.000.000,00 e R$ 32.000.000,00. Nesse caso, o valor
a) dos restos a pagar não processados inscritos em 31/12/2016 foi R$ 8.000.000,00.
b) dos restos a pagar processados inscritos em 31/12/2016 foi R$ 5.000.000,00.
c) do passivo financeiro foi reduzido em 2016 em R$ 34.400.000,00.
d) do saldo do passivo financeiro em 31/12/2016 era R$ 10.000.000,00.
e) da receita extraorçamentária em 2016 foi R$ 5.100.000,00.
022. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) A União realizou despesa sob o regime de adiantamento para aten-
der necessidades do Ministério do Transporte, nas seguintes condições: a despesa não se subordi-
nava ao processo normal de aplicação e contava com previsão legal; foi feito empenhamento prévio
na dotação específica; o numerário foi entregue a servidor que não se encontrava em alcance e que
já era responsável por outros dois adiantamentos. O ato praticado contrariou a Lei n. 4.320/1964, pois
a) no caso do adiantamento, o empenho é a posteriori.
b) não há dotação específica para despesa que não se subordina ao processo normal de aplicação.
c) é vedado fazer adiantamento a servidor responsável por dois adiantamentos.
d) não podem ser realizadas despesas que não se subordinam ao processo normal de aplicação.
e) esse tipo de despesa somente é possível para as áreas da educação, saúde, assistência
social, meio ambiente e segurança pública.
Antes de analisar as alternativas, vamos dar uma olhada nos artigos 68 e 69 da Lei n. 4.320/1964
que tratam do regime de adiantamento. Confira com grifos nossos:
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a responsável por dois adiantamentos.
Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação,
nos seguintes casos:
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Guarde que os RESTOS A PAGAR são despesas realizadas, mas não pagas até dia 31 dezem-
bro do exercício financeiro.
Letra b.
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei (item I) e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho (item II) na
dotação própria (item III) para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao proces-
so normal de aplicação(item IV).
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Podemos ver que os itens I, II e III estão corretos, enquanto o IV erra pela falta da palavra “não”,
já que o suprimento de fundos é para casos em que não possam subordinar-se ao processo
normal de aplicação.
Letra b.
Despesas Empenhadas
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Despesas Empenhadas
Informações complementares
- Não havendo dotação orçamentária específica, no mês de outubro de 2016, foi aberto um cré-
dito adicional no valor de R$ 120.000, destinado à aquisição de dois veículos novos, utilizando
recursos por anulação parcial de dotação orçamentária.
- Do total das despesas correntes empenhadas no exercício de 2016 foi pago no próprio exer-
cício o valor de R$ 480.000.
- O total das Receitas de Capital previstas na Lei Orçamentária para o exercício de 2016 foi de
R$ 650.000.
O Valor das despesas correntes empenhadas no exercício de 2016 e não pagas inscrito em
restos a pagar é, em R$, igual a
a) 25.000.
b) 90.000.
c) 35.000.
d) 65.000.
e) 210.000.
Basicamente vamos identificar o montante de despesas correntes que foi empenhado, porém
não foi pago, para, em seguida, calcular o valor a ser inscrito em restos a pagar.
Já sabemos pelo enunciado que foi pago no exercício o valor de 480.000 referente a despesas
correntes, logo precisamos então calcular agora o total de despesas correntes empenhadas.
Para isso, vamos classificar as despesas empenhadas em despesas correntes e de capital:
• Água, Luz e Telefone - 35.000 - Corrente
• Construção de Ginásio Poliesportivo - 180.000 - Capital
• Manutenção de Veículos - 55.000 - Corrente
• Aquisição de um terreno destinado à construção de duas escolas públicas - 240.000 -
Capital
• Amortização de parcela de empréstimo de longo prazo - 120.000 - Capital
• Juros e encargos da dívida de longo prazo - 25.000 - Corrente
• Aquisição de Material de Expediente - 65.000 - Corrente
• Folha de Pagamento dos servidores ativos - 390.000 - Corrente
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No que tange ao Balanço Orçamentário, no exercício de 2016, o valor inscrito em restos a pagar
não processado foi, em R$, de
a) 230.000.
b) 190.000.
c) 40.000.
d) 340.000.
e) 530.000.
Tenha em mente que os restos a pagar são despesas que foram empenhadas, mas não foram
pagas dentro do exercício, sendo classificados em processados (foram empenhadas e liquida-
das no exercício, mas não foram pagas) e não processados (não foram nem liquidadas e nem
pagas no exercício).
Nessa pegada, devemos calcular a diferença entre as despesas liquidadas e as despesas em-
penhadas para achar o valor de restos a pagar não processados inscritos.
O enunciado da questão informa o seguinte:
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Primeiro note que a despesa foi empenhada em 2015 e que os serviços foram prestados, mas
houve insuficiências de recursos nos últimos dois meses do ano. Logo, deve-se reconhecer a
despesa no exercício de 2015 e inscrever o valor não pago em restos a pagar.
Letra e.
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− Do total das despesas orçamentárias correntes empenhadas durante o exercício de 2015, foi
pago no próprio exercício o valor de R$ 750,00.
− Todas as despesas de capital empenhadas durante o exercício de 2015 foram pagas no pró-
prio exercício.
Considerando que o total das despesas correntes empenhadas no exercício foi de R$ 1.050,00,
o valor inscrito em restos a pagar, em 31/12/2015, segundo a Lei Federal n. 4.320/1964,
soma, em reais,
a) 190,00.
b) 160,00.
c) 390,00.
d) 550,00.
e) 300,00.
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Em primeiro lugar temos que notar que de acordo com os dados da questão, todas as despe-
sas de capital empenhadas no exercício foram pagas no próprio exercício, sendo o nosso foco
as despesas correntes.
Além disso, não precisamos analisar as transações da tabela, pois as outras informações for-
necidas pela questão são suficientes para respondê-la. Vamos lá então:
Total das Despesas correntes empenhadas em 2015 – R$ 1.050,00.
Total das Despesas correntes pagas em 2015 – R$ 750,00.
Ora, se não há restos a pagar de despesas de capital, o total de restos a pagar a serem inscritos
ao final do exercício de 2015 corresponde ao total de restos a pagar das despesas correntes:
Total de RP 2015 = (1.050 – 750) = 300.
Letra e.
Tenha em mente que restos a pagar são as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia
31 de dezembro, último dia do exercício financeiro (01 de janeiro a 31 de dezembro), distinguin-
do-se as despesas processadas das não processadas.
Letra e.
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a) correta, já que, sem dotação orçamentária, não haveria recursos para fazer frente à despesa.
b) incorreta, sendo incabível o cancelamento de “restos a pagar”, salvo quando constatado
irregular cumprimento das obrigações pelo contratado.
c) correta, pois, além de não haver dotação orçamentária específica, a despesa fora autorizada
pelo ex-prefeito.
d) incorreta, uma vez que as dívidas da antiga gestão são automaticamente absorvidas
pela nova.
e) correta, porque o ex-prefeito pertencia a outra agremiação política.
Descrição Valor
Considerando as disposições legais para inscrição em restos a pagar e sabendo-se que a dis-
ponibilidade financeira líquida do ente ao final do exercício era de 20.000, é correto afirmar que:
a) a disponibilidade financeira não afetará a inscrição de restos a pagar.
b) despesas processadas e não processadas serão canceladas.
c) do valor das despesas empenhadas, 1.600 serão cancelados.
d) haverá cancelamento de despesas não processadas no valor de 9.600.
e) o valor total de restos a pagar não processados pode ser inscrito.
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012. (FGV/ANALISTA/TJ-BA/2015)
Quadro I: Dados da execução orçamentária de um ente da federação no exercício de 2012
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Estoque 1.950,00
Veículos 21.200,00
Edificações 43.500,00
Considerando as informações dos Quadros I e II, e que 90% das despesas correntes e 80% das
despesas de capital executadas foram pagas, o valor inscrito em restos a pagar no exercício
de 2012 foi:
a) 25.400,00.
b) 23.450,00.
c) 21.500,00.
d) 4.250,00.
e) 1.950,00.
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Informações adicionais:
Restos a pagar pagos 3.760
Depósitos em garantia recebidos 2.500
Depósitos em garantia restituídos 2.100
a) 5.800,00.
b) 8.140,00.
c) 27.840,00.
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d) 30.120,00.
e) 35.980,00.
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Sabe-se ainda que a despesa fixada daquele município para 2013 foi de $ 100.000,00. A par-
tir do conjunto de informações disponíveis, ao final de 2013 o contador afirmou que os res-
tos a pagar
a) não processados totalizaram $ 45.000,00.
b) totalizaram $ 25.000,00.
c) processados totalizaram $ 25.000,00.
d) processados totalizaram $ 40.000,00.
e) totalizaram $ 15.000,00.
Capital 50 40 30
Capital 40 40 35 35
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a) 5 e 25.
b) 10 e 30.
c) 25 e 5.
d) 30 e 5.
e) 30 e 10.
O valor a ser inscrito em restos a pagar, ao final da execução orçamentária e financeira das
despesas públicas, será de
a) 20.000.
b) 18.000.
c) 16.400.
d) 9.600.
e) 2.200.
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GABARITO
1. e 11. b 21. c
2. b 12. b 22. c
3. b 13. d 23. c
4. d 14. e 24. a
5. c 15. b 25. a
6. d 16. a 26. a
7. b 17. c 27. a
8. c 18. c 28. e
9. e 19. b 29. e
10. a 20. a 30. b
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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/TÉCNICO/DPE-RJ/2019) A distinção dos restos a pagar em processados e não
processados baseia-se no cumprimento dos estágios de execução da despesa pública e tem
impactos no reconhecimento patrimonial da obrigação correspondente.
Em geral, quando não se tratar de situações especiais, para que sejam reconhecidos como
obrigação patrimonial, os restos a pagar devem se referir a despesas classificadas como:
a) empenhadas a liquidar, apenas.
b) empenhadas em liquidação, apenas.
c) liquidadas, apenas.
d) liquidadas ou empenhadas a liquidar.
e) liquidadas ou empenhadas em liquidação.
a) Errada. Os restos a pagar empenhados a liquidar são aqueles em que ainda não ocorreram
o fato gerador da obrigação patrimonial.
b) Errada. As despesas empenhadas em liquidação são aquelas em que já tivemos o fato ge-
rador da obrigação patrimonial, mas ainda existe outra situação, conforme trecho do MCASP
abaixo reproduzido, com nossos grifos:
c) Errada. Os restos a pagar processados são despesas que já passaram pela fase de liquida-
ção e, assim, a obrigação patrimonial já foi reconhecida. Guarde que as despesas empenhadas
em liquidação são aquelas em que já tivemos o fato gerador da obrigação patrimonial.
d) Errada. Para as despesas empenhadas a liquidar ainda não tivemos a ocorrência do fato
gerador da obrigação patrimonial.
e) Certa. Guarde que os restos a pagar devem se referir a despesas classificadas como liquida-
das ou empenhadas em liquidação, já que representam despesas em que já ocorreram o fato
gerador da obrigação patrimonial.
Letra e.
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A Lei n. 4.320/1964, em seu artigo 35, determina que pertencem ao exercício financeiro as
despesas nele empenhadas.
Nessa pegada, apesar de se referir a serviços executados em 2016, a despesa em tela perten-
cerá ao exercício em que ocorreu o empenho, que no caso foi 2017, sendo classificada como
despesas de exercícios anteriores.
Letra b.
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Note que, na situação em tela, o Prefeito agiu de forma incorreta, sendo incabível o cancela-
mento de “restos a pagar”, exceto se constatado irregular cumprimento das obrigações pelo
contratado.
Note que o raciocínio do Prefeito para o cancelamento dos restos a pagar não é válido, já que
não é necessária a existência de dotação na rubrica “despesas de exercícios anteriores” para o
pagamento de restos a pagar. Nesse sentido a Lei n. 4.320/1964, em seu artigo 35, é mandató-
ria no sentido de que as despesas pertencem ao exercício em que forem empenhadas. Confira
com grifos nossos:
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a) Errada. Na verdade, é o inverso, ou seja, o suprimento de fundos deve ser utilizado para
atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não
ultrapasse limite estabelecido em ato normativo próprio.
b) Errada. Não deve ser utilizado para atender a despesa contínuas, mas sim a despesas
eventuais.
c) Errada. Um mesmo servidor pode ser responsável por, no máximo, dois suprimentos.
d) Certa.
e) Errada. O suprimento de fundos deve ser utilizado quando a despesa precisar ser realizada
em caráter sigiloso e também para atender a despesas eventuais, inclusive em viagem e com
serviços especiais, que exijam pronto pagamento.
Letra d.
Descrição Valor
Considerando as disposições legais para inscrição em restos a pagar e sabendo-se que a dis-
ponibilidade financeira líquida do ente ao final do exercício era de 20.000, é correto afirmar que:
a) a disponibilidade financeira não afetará a inscrição de restos a pagar.
b) despesas processadas e não processadas serão canceladas.
c) do valor das despesas empenhadas, 1.600 serão cancelados.
d) haverá cancelamento de despesas não processadas no valor de 9.600.
e) o valor total de restos a pagar não processados pode ser inscrito.
Temos que lembrar que a LRF vedou que nos últimos dois quadrimestres do mandato o titular
contraia despesas que não sejam pagas no próprio exercício e que não tenha disponibilidade
financeira para cobertura. Relembre, com grifos nossos:
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do
seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade
de caixa para este efeito.
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Além disso, o MANUAL do SIAFI veda a inscrição de quaisquer restos a pagar sem haja dispo-
nibilidade de caixa assegurada. Confira esse trecho com grifos nossos:
Seguindo esse regramento, temos como premissa o fato de o montante de inscrição de restos
a pagar não pode ser superior à disponibilidade financeira.
De acordo com os dados informados na questão, vemos que foi empenhado o montante de
72.000 e pago apenas 50.400, gerando restos a pagar de 21.600 (72.000 – 50.400).
Podemos concluir, portanto, que, como a disponibilidade financeira do ente ao final do exercí-
cio era de 20.000, o excesso de 1.600 deve ser cancelado.
Letra c.
Basicamente, exigiu a aplicação do conceito de restos a pagar dado pelo artigo 36 da Lei n.
4.320/1964. Confira com grifos:
Art. 36. Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Como podemos ver, basicamente os restos a pagar são as despesas que foram empenhadas,
mas não foram pagas no exercício, ou seja, o montante de restos a pagar inscritos é a diferen-
ça entre as despesas empenhadas e as despesas pagas.
Letra d.
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Basta que lembrar que os “processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja exe-
cução alcançou o estágio da liquidação, enquanto os “não processados” são os restos a pagar
relativos às despesas cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho – ou seja são as
despesas que foram empenhadas e liquidadas no exercício, mas não foram pagas.
Letra c.
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Basta que lembrar que os “processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja
execução alcançou o estágio da liquidação, ou seja, os processados são aqueles que, no en-
cerramento do exercício financeiro, estão pendentes apenas do último estágio de execução,
que é o pagamento.
Letra e.
De acordo com o artigo 42 da LRF, os restos a pagar devem ser inscritos com suficiente dispo-
nibilidade de caixa. Confira com grifos nossos:
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do
seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade
de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e
despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.
Letra a.
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A resposta da questão está na literalidade da Lei n. 4.320/1964 no que tange aos restos a pagar.
Na contabilização dos restos a pagar, eles serão computados na receita extraorçamentária,
para compensar a despesa extraorçamentária no exercício seguinte.
Assim, essa demonstração aparece no balanço financeiro, já que essa demonstração contá-
bil demonstra as receitas e despesas orçamentárias e extraorçamentárias. Confira na Lei n.
4.320/1964, com grifos nossos:
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os rece-
bimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie
provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.
Parágrafo único. Os restos a pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária
para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
Letra b.
012. (FGV/ANALISTA/TJ-BA/2015)
Quadro I: Dados da execução orçamentária de um ente da federação no exercício de 2012
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Estoque 1.950,00
Veículos 21.200,00
Edificações 43.500,00
Considerando as informações dos Quadros I e II, e que 90% das despesas correntes e 80% das
despesas de capital executadas foram pagas, o valor inscrito em restos a pagar no exercício
de 2012 foi:
a) 25.400,00.
b) 23.450,00.
c) 21.500,00.
d) 4.250,00.
e) 1.950,00.
Considerando que os Restos a pagar são despesas empenhadas e não pagas dentro do exer-
cício, temos:
Despesas empenhadas = 139.100,00 + 47.700,00 = 186.800,00
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Despesas pagas:
Correntes (90%) = 125.190,00
Capital (80%) = 38.160,00
Total = 163.350,00
Restos a pagar = 186.800,00 – 163.350,00 = 23.450,00
Letra b.
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Informações adicionais:
Restos a pagar pagos 3.760
Depósitos em garantia recebidos 2.500
Depósitos em garantia restituídos 2.100
a) 5.800,00.
b) 8.140,00.
c) 27.840,00.
d) 30.120,00.
e) 35.980,00.
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Então temos:
(+) caixa = 8.200
(+) receita corrente = 254.400
(+) receita capital = 40.200
(+) restos a pagar = 27.840 (*)
(+) depósito em garantia recebido = 2.500
(-) despesas correntes = (205.800)
(-) aquisição de material permanente = (58.500)
(-) amortização de empréstimo = (27.000)
(-) restos a pagar pagos = (3.760)
(-) depósito em garantia restituído = (2.100)
(=) saldo de caixa final 20x9 = 35.980,00
(*) como não provoca saída no caixa, deve ser somado!
Letra e.
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O suprimento de fundos é caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para futu-
ra prestação de contas. Esse adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para conceder
o recurso ao suprido é necessário percorrer os três estágios da despesa orçamentária: empenho,
liquidação e pagamento. Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque patrimonial, pois,
no momento da concessão, não ocorre redução no patrimônio líquido. Na liquidação da despesa
orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre o registro de um passivo, há também a incorporação
de um ativo, que representa o direito de receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser efetuado
pelo suprido, ou a devolução do numerário adiantado.
Assim, guarde que a VPD, ou seja, a efetivação da despesa é reconhecida quando da prestação
de Contas do Saldo Utilizado, que ocorre após o momento da Liquidação e reconhecimento
do direito.
Letra a.
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Vamos aproveitar essa questão para ler o artigo 22 do Decreto n. 93.872/1986 dispõe sobre a
conceituação e o tratamento das despesas de exercícios anteriores. Confira com grifos nos-
sos e com a indicação/relação das alternativas da questão:
Art. 22. As despesas de exercícios encErrado.s, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os restos a pagar com prescrição interrompida, e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação destina-
da a atender despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica própria (Lei n.
4.320/64, art. 37).
§ 1º – O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade
competente para empenhar a despesa.
§ 2º – Para os efeitos deste artigo, considera-se:
a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido
considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, den-
tro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação (alternativa “b”);
b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha
sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor (alternativas “a”, “c” e “e”);
c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento cria-
da em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do
exercício correspondente (alternativa “d”).
Nessa pegada, vemos que somente a alternativa “b” representa uma despesa que não se pro-
cessou em época própria.
Letra b.
Capital 50 40 30
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Capital 40 40 35 35
Repare que, de acordo com o artigo 92 da Lei n. 4.320/1964, tanto os depósitos e os serviços
da dívida a pagar fazem parte da dívida flutuante.
Letra c.
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O valor a ser inscrito em restos a pagar, ao final da execução orçamentária e financeira das
despesas públicas, será de
a) 20.000.
b) 18.000.
c) 16.400.
d) 9.600.
e) 2.200.
Vamos calcular:
Despesas Correntes – DCo
Pessoal Ativo = 120.000
Material de Consumo para formação de estoque = 60.000
Serviço de manutenção = 20.000
Então temos:
DCo = 120.000 + 60.000 + 20.000
DCo= 200.000 x 90
DCo= 180.000
Despesas de Capital – DCap
Aquisição de bens móveis = 30.000
Obras de construção de Sede = 70.000
Então temos:
DCap = 30.000 + 70.000
DCap = 100.000 x 90
DCap = 90.000
Considerando o saldo em banco conta única:
163.600 – Receitas Correntes
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A FGV cobrou a literalidade do artigo 115 do Decreto n. 93.872/1986, que dispõe acerca da
dívida flutuante. Observe que a ordem das alternativas é a mesma do Decreto.
Como o examinador pediu a incorreta, perceba que na alternativa “c” o correto seria “os depósi-
tos, inclusive consignações em folha”, em vez de “os depósitos, inclusive operações de crédito”.
Letra c.
Guarde que a despesa legalmente empenhada, cujo objeto do empenho já foi recebido, ou seja,
já ocorreu a liquidação, mas não houve pagamento, é classificada como “processada”.
De modo distinto, uma despesa empenhada, que ainda não foi liquidada, cujo objeto contrata-
do ainda não foi entregue, é denominada de “não processada”.
Letra a.
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A definição da alternativa “a” está de acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
Público (MCASP), que assim conceitua restos a pagar, com grifos nossos:
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Note que o examinador pede para marcarmos a errada. A errada é a letra “a”, já que, na verdade,
o empenho em regra deve ser anulado, e a inscrição só ocorre nos casos elencados. Confira
diretamente no MANUAL do SIAFI:
3.2. O empenho de despesa não liquidada deverá ser anulado antes do processo de inscrição de
restos a pagar, salvo quando:
a) vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
b) vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em curso a liquidação da despesa, ou seja
de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
c) se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; e
d) corresponder a compromissos assumidos no exterior.
Letra a.
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Basicamente, temos que lembrar que os RAPs processados são aqueles que passaram pela
fase de Liquidação, enquanto para os RAPs não processados ainda não foi liquidada a despesa.
Veja: no próprio exercício, temos despesas liquidadas de 90.000,00 e despesas pagas de
80.000,00, ou seja, temos RAPs processados de 90.000 − 80.000 = R$ 10.000.
Note que tivemos despesas empenhadas de 120.000,00 e despesas liquidadas de 90.000,00,
ou seja, temos RAPs não processados de 120.000− 90.000 = R$ 30.000.
Como é uma despesa plurianual, deve ser aplicada regra prevista na Lei n. 4.320/1964:
Art. 36.
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurianual, que não te-
nham sido liquidados, só serão computados como restos a pagar no último ano de vigência do crédito.
Assim, somente será inscrito como restos a pagar apenas o valor de R$ 10.000,00, e o valor de
R$ 30.000,00 somente deve ser considerado como restos a pagar no último ano de vigência.
Letra e.
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Guarde que empenho é feito SEMPRE em nome do servidor que recebe suprimento de fundos.
Confira no Decreto n. 93.872/1986:
Art. 45.
§ 2º – O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado a prestar
contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no
prazo assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências administrativas para a
apuração das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis.
Letra e.
Art. 37. As despesas de exercícios encErrado.s, para as quais o orçamento respectivo consignava cré-
dito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria,
bem como os restos a pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o
encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consig-
nada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.
Em suma, guarde que despesas cujas obrigações referem-se a exercícios encErrado.s que
NÃO foram EMPENHADOS ou tiveram seus EMPENHOS CANCELADOS (restos a pagar com
prescrição interrompida) deverão ser atendidos na dotação de despesas de exercícios en-
cErrado.s (anteriores).
Letra b.
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REFERÊNCIAS
GIACOMONI, James. Orçamento Público. 17 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2017.
LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. 9 ed. Salvador: Editora Juspodium, 2020.
PALUDO, Augustinho. Orçamento Público (AFO e LRF). 10 ed. Salvador: Editora Juspodium, 2020.
PASCOAL, Valdecir. Direito Financeiro e Controle Externo. 10 ed. São Paulo: Editora Método, 2019.
Como diria Vaibhav Shah: “Sempre que você vir uma pessoa de sucesso, você sempre verá
as glórias, nunca os sacrifícios que os levaram até ali”.
Isso é verdade... Passar em um certame exige demais!
Mas a recompensa vale a pena!
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ainda melhor.
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Tenha FÉ que tudo vai dar certo!
Até a próxima!
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com
Siga-nos (@profmanuelpinon) no Instagran e Facebook. Temos excelentes cards
para revisão!
Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
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