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AFO

Revisão do Terço
(Revisão das Aulas 9, 10 e 11)

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
AFO
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)

Sumário
Manuel Piñon

Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)........................................................................ 4
1. Receita Pública.. ............................................................................................................................ 4
1.1. Os Quatro Estágios da Receita Pública................................................................................. 5
1.2. Classificação das Receitas Públicas..................................................................................... 6
1.3. Enfoque Orçamentário x Enfoque Financeiro................................................................... 14
2. Despesa Pública. . ........................................................................................................................15
2.1. Estágios/Fases da Despesa Pública....................................................................................16
2.2. Classificações da Despesa Pública.. ................................................................................... 18
2.3. Enfoque Orçamentário x Enfoque Patrimonial................................................................ 26
2.4. Restos a Pagar........................................................................................................................ 27
2.5. Despesas de Exercícios Anteriores.................................................................................... 28
Questões de Concurso.................................................................................................................. 35
Gabarito............................................................................................................................................64

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Apresentação
Olá, GRAN CONCURSEIRO(A)!
Hoje vamos utilizar um resumo das aulas 9, 10 e 11, seguido de questões comentadas
(com gabarito) que tratam do conteúdo dessas aulas, servindo como instrumento de revisão
e de fixação.
Espero que você goste deste material e que ele contribua efetivamente para a sua aprovação.
Boa revisão!

Prof. Manuel Piñon

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REVISÃO DO TERÇO (REVISÃO DAS AULAS 9, 10 E 11)


1. Receita Pública
A Receita Pública, em sentido amplo, abrange todos os ingressos financeiros ao patrimô-
nio público, ou seja, o fluxo de recebimentos auferidos pelo Estado.
Já em sentido estrito − conceito esse que vem sendo considerado pelas bancas − a Re-
ceita Pública engloba apenas os ingressos de caráter não devolutivo, auferidos pelo Estado,
compreendendo qualquer ente da Federação ou suas entidades, com o fito de atender às des-
pesas públicas.
Muito importante é a distinção entre os termos Ingresso (ou entrada – de caixa) e Recei-
ta Pública.

Ingressos
Extraorçamentários
Ingressos de
Valores nos
Cofres Públicos Receitas Orçamentárias
(Receitas Públicas)

Ingressos de Recursos Financeiros nos Cofres Públicos


(receitas públicas em sentido amplo)

Receitas Orçamentárias
Ingressos Extraorçamentários (Receitas públicas em sentido
estrito)

Representam entradas Representam disponibilidades de


compensatórias recursos

A entrada ou ingresso é toda entrada de dinheiro nos cofres públicos, de maneira ampla,
geral e irrestrita.
Já a receita pública é a entrada que se integra ao patrimônio público sem quaisquer reser-
vas, condições ou correspondência no passivo, aumentando seu vulto, como elemento novo
e positivo.
Etapas da receita orçamentária:

Previsão Lançamento Arrecadação Recolhimento

(PLANEJAMENTO) (EXECUÇÃO)

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1.1. Os Quatro Estágios da Receita Pública


1: Previsão: a receita não pode ser fixada, mas prevista, uma vez que não há certeza, ante-
cipadamente, do volume de ingressos financeiros ao longo do exercício.
2: Lançamento: ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal
e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.

Modalidades de lançamento
Art. 149 Art. 147 Art. 150

Lançamento por Lançamento por


Lançamento de
Declaração ou Homologação ou
Ofício ou Direto
Misto Autolançamento

MÁXIMO MÉDIO MÍNIMO


 Obs.: modalidades levam em conta uma maior ou menor
participação do Fisco.

3: Arrecadação: ocorre no momento em que o contribuinte recolhe, ao agente arrecadador,


o valor do seu débito.
4: Recolhimento: acontece no momento em que o agente arrecadador repassa o produto
arrecadado ao Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal.

PREVISÃO LANÇAMENTO ARRECADAÇÃO RECOLHIMENTO

METODOLOGIA CAIXAS BANCOS UNIDADE DE CAIXA

CLASSIFICAÇÃO

DESTINAÇÃO

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1.2. Classificação das Receitas Públicas


Classificação quanto à Previsão no Orçamento (Orçamentárias e Extraor-
çamentárias)

Receitas orçamentárias: são aquelas que podem ser previstas na Lei Orçamentária Anual e
que constituem fonte de recursos para fazer frente às despesas orçamentárias. São todos os
ingressos financeiros de caráter não transitório auferidos pelo Poder Público.
Receitas extraorçamentárias: são aquelas não previstas no orçamento, que correspon-
dem a fatos de natureza estritamente financeira, decorrentes da própria gestão das entidades.
Correspondem aos valores provenientes de toda e qualquer arrecadação que não figura no
orçamento público, por não pertencerem de fato ao Governo. Sua realização não se vincula à
execução do orçamento, nem constitui renda do Estado, que é mero depositário desses valo-
res. Poderão converter-se em receitas orçamentárias quando o Estado se beneficia das pres-
crições, insubsistências e decisões administrativas ou judiciais favoráveis.

Classificação de Acordo com a Lei n. 4.320/1964

Guarde a “estrutura” prevista nessa lei:


RECEITAS CORRENTES
RECEITA TRIBUTÁRIA
Impostos
Taxas
Contribuições de Melhoria
RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES
RECEITA PATRIMONIAL
RECEITA AGROPECUÁRIA
RECEITA INDUSTRIAL
RECEITA DE SERVIÇOS
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
OUTRAS RECEITAS CORRENTES
RECEITAS DE CAPITAL
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
ALIENAÇÃO DE BENS
AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL”
Guarde também o conceito das receitas correntes e de capital, de acordo com a letra da
Lei n. 4.320/1964:

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Art. 11. A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Recei-
tas de Capital.
§ 1º São Receitas Correntes as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, in-
dustrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras
pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em
Despesas Correntes.
§ 2º São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de
constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Des-
pesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.

Classificação quanto à Origem, Coercitividade ou Procedência

Receitas originárias: são aquelas que têm origem no próprio patrimônio público. O Estado
é o produtor de bens e serviços, praticando atividades típicas do setor privado; as receitas ori-
ginárias independem de autorização legal e podem ocorrer a qualquer momento.
Receitas derivadas: são obtidas do patrimônio particular, por meio de atividade coercitiva
do Estado sobre os particulares, ou seja, são aquelas cobradas pelo Estado, por força do seu
poder de império, sobre as relações econômicas praticadas pelos particulares, pessoas físicas
ou jurídicas, ou sobre seus bens. Temos como exemplos as receitas relativas a tributos, confis-
cos, apreensões, penalidades pecuniárias etc.

Em tese, o Estado
não quebra.
Receita originária – vem do
próprio Estado
Como o Estado Títulos públicos?
adquire dinheiro?
Vem do particular. É
Receita pública derivada
imposta pelas regras do
Direito Financeiro e da
administração pública.

Objetivo da arrecadação:
prestar serviços públicos e
alcançar o bem comum.

Cada tipo de receita pública acaba por demonstrar um maior ou menor interesse público
em comparação com o interesse privado. Nesse sentido, a doutrina classificou, de forma es-
calonada, as receitas públicas em cinco tipos, partindo daquela com maior grau de interesse
privado até o de maior grau de interesse público.

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REGIME JURÍDICO DE
REGIME JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO
DIREITO PRIVADO

Atividades estatais
Serviços públicos Atividades econômicas
típicas

TRIBUTOS
Tarifas ou preços Preços ou preços
Multas
públicos privados
Exigências compulsórias

CF, arts. 145, 148 e149 CF, art. 175 CF, arts. 170 e 173

Diferenciação entre taxa e preço público (tarifas):

TAXAS PREÇO PÚBLICO

1 – PGTO: exigência que decorre de lei 1 – PGTO: adesão a um contrato


tributária (não há escolha) (depende do exercício da autonomia)

2 – Regime constitucional tributário 2 – Regime de direito privado

3 – Relação vertical (de imposição) 3 – Relação horizontal (de coordenação)

4 – São receitas derivadas 4 – São receitas originárias

Taxa Preço público

É tributo Não é tributo

Prestação pecuniária compulsória Prestação pecuniária facultativa

Sem autonomia de vontade Com autonomia de vontade

Decorre de lei Decorre de contrato administrativo

Rescisão inadmissível Rescisão admissível

Obrigação ex lege Obrigação ex voluntate

Não obedece aos princípios de direito


Obedece aos princípios de direito
tributário, mas aos princípios de direito
tributário
administrativo

Regime jurídico de direito público Regime jurídico de direito provado

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Taxa Preço público

Existe taxa de serviço de utilização Só existe tarifa cobrada em face de


potencial serviço de utilização efetiva

Existe taxa cobrada em razão de poder Não existe tarifa cobrada em razão de
de polícia poder de polícia

Exigida por pessoas jurídicas de direito Exigida por pessoas de direito público e
público direito privado

Receita originária de direito privado,


Receita derivada de direito público, com
sem uso de seu poder de Império
uso de seu poder de Império (a receita
(a receita “origina-se” do próprio
“deriva” do patrimônio do particular)
patrimônio do estado)

Cobrança não proporcional ao uso Cobrança proporcional ao uso

Classificação quanto à Repercussão/Afetação Patrimonial

RECEITA ORÇAMENTÁRIA

RECEITA EFETIVA RECEITA NÃO EFETIVA

- Aumenta o PL;
- Não altera o PL;
- Oriunda de fatos modificativos
- Oriunda de fatos permutativos;
aumentativos;
- Não é receita no conceito contábil;
- É receita no conceito contábil;
- Produz mutação patrimonial.
- Não produz mutação patrimonial.

Receitas Efetivas: são aquelas em que os ingressos de disponibilidades de recursos não


foram precedidos de registro de reconhecimento do direito e não constituem obrigações cor-
respondentes. Por isso mesmo, aumentam a situação líquida patrimonial do Estado. São
exemplos a Receita Tributária, a Receita Patrimonial e a Receita de Serviços.
Receitas Não Efetivas: são aquelas em que os ingressos de disponibilidades de recursos
foram precedidos de registro de reconhecimento do direito. Por isso, não alteram a situação
líquida patrimonial. São exemplos a receita decorrente da alienação de bens, de operações de
crédito, de recebimento de amortização de empréstimo concedido no passado, da cobrança
de dívida ativa etc.

Classificação da Receita Pública quanto à sua Regularidade

Receitas Ordinárias: apresentam certa regularidade na sua arrecadação, sendo normatiza-


das pela Constituição ou por leis específicas. São exemplos de Receitas Ordinárias as receitas
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com arrecadação de impostos, as transferências recebidas do Fundo de Participação dos Es-


tados, entre outras.
Receitas Extraordinárias: são as que representam ingressos acidentais, transitórios e, às
vezes, até de caráter excepcional, como os impostos por motivo de guerra, heranças etc.

Classificação quanto à Forma de sua Realização

Receitas Próprias: quando seu ingresso é promovido pela própria entidade, diretamente
ou por meio de agentes arrecadadores autorizados. São exemplos os tributos, os aluguéis,
os rendimentos de aplicações financeiras, as multas e os juros de mora recebidos, os valores
recebidos por alienação de bens etc.
Receitas de Transferências: são aquelas em que a arrecadação se processa por meio de
outras entidades, em virtude de dispositivos constitucionais ou legais, ou mediante acordos
ou convênios. São exemplos: os valores recebidos como cota-parte de Tributos Federais aos
Estados e Municípios, oriundas do FPE e do FPM; os valores recebidos como cota-parte de
Tributos Estaduais aos Municípios, decorrentes da arrecadação do ICMS e do IPVA; os valores
decorrentes de convênios firmados com outros entes, entre outros.
Receitas de Financiamentos: são as decorrentes de operações de crédito realizadas com
destinação especifica, vinculadas à comprovação da aplicação dos recursos. São exemplos de
Receitas de Financiamentos os valores recebidos a título de financiamentos para implantação
de parques industriais, para aquisição de bens de consumo duráveis, para realização de obras
de saneamento básico etc.

Classificação da Receita Pública por Categoria Econômica

O objetivo da classificação por categorias econômicas da receita é identificar/diferenciar


as receitas de caráter continuado (que são as correntes) das receitas eventuais (que são as
de capital). Note que se segue a mesma linha de raciocínio da classificação determinada no
artigo 11 da Lei n. 4.320/1964.

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Tributárias

Contribuições

Patrimonial

Agropecuária

Receitas correntes
Industrial

Serviços

Transferências
correntes

Classificação da Outras receitas


Receita Orçamentária correntes

Operações de crédito

Alienação de bens

Amortização de
Receitas de capital
empréstimos

Transferência
de capital

Outras receitas
de capital

Recentemente, a nomenclatura relativa às Receitas Tributárias foi modificada para Recei-


tas com Impostos, Taxas e Contribuições, mas a Lei n. 4.320/1964 ainda utiliza o Termo “Re-
ceitas Tributárias”.
Receitas Correntes: são as receitas das quais não resulta contraprestação financeira, em
qualquer momento, por parte do Estado, e são destinadas a atender despesas classificáveis
em Despesas Correntes.
Receitas de Capital: são aquelas provenientes da realização de recursos financeiros oriun-
dos de constituição de dívidas; da conversão em espécie, de bens e direitos; os recursos rece-
bidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classi-
ficáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.

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Classificação por Fontes de Receita

A classificação por fontes ou por destinação de recursos vem atender à necessidade de


classificação da receita conforme a destinação legal dos recursos arrecadados. É um código
de três dígitos, com as seguintes finalidades:
1º dígito – indica o grupo de fontes de recursos;
2º e 3º dígitos − indicam a especificação das fontes de recursos.
O grupo de fontes de recursos identifica se pertence ao exercício corrente ou a exercícios
anteriores. O dígito 9 objetiva identificar, na elaboração do Orçamento, os recursos oriundos
de propostas de alterações na legislação da receita que estejam em tramitação no Congresso
Nacional. Confira:

1º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS

1 − Recursos Arrecadados no Exercício Corrente

3 − Recursos Arrecadados em Exercícios Anteriores

9 − Recursos Condicionados

Classificação por Natureza de Receita

Para estados e municípios, a classificação passou a ser obrigatória somente a partir de


1/1/2018; já no caso da União, a classificação vale desde 1/1/2016 e se dá conforme a seguir:
Categoria Econômica – um dígito
Origem – um dígito
Espécie – um dígito
Desdobramentos para identificação de peculiaridades – quatro dígitos
Tipo – um dígito
Para quem gosta de mnemônicos: COEDDDDT
Perceba, portanto, que a estrutura contempla cinco níveis. Note que nos três primeiros
níveis nada mudou. O quarto nível tem quatro dígitos e apresenta o desdobramento para iden-
tificação de peculiaridades da receita. Já o quinto nível tem apenas um dígito com o tipo de
arrecadação.
Importante ter em mente que a estrutura da codificação cria a possibilidade de associar, de
forma imediata, a receita principal com aquelas dela originadas: Multas e Juros, Dívida Ativa,
Multas e Juros da Dívida Ativa.
Dessa forma, a associação é efetuada por meio de um código numérico de oito dígitos,
cujas posições ordinais passam a ter o seguinte significado:

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C O E DDDD T

Desdobramentos
Categoria
Origem Espécie para identificação de Tipo
Econômica
peculiaridades da receita

DÍGITO 1º 2º 3º 4º a 7º 8º

Desdobramentos
Categoria para identificação
SIGNIFICADO Origem Espécie Tipo
Econômica de peculiaridades
da receita

Quando, por exemplo, o imposto de renda de pessoa física é recolhido, aloca-se a recei-
ta pública correspondente na natureza de receita código “1.1.1.3.01.1.1”, segundo o esque-
ma a seguir:

Categoria econômica
Origem
Espécie
Desdobramento para identificação
de peculiaridades
Tipo

1 1 1 3.01.1 1

Principal
Imposto sobre a Renda de Pessoa Física (IRPF)
Impostos
Impostos, taxas e contribuições de melhoria
Receita corrente

Classificação por Identificador de Resultado Primário

A ideia é poder identificar quando uma receita é primária (P) − ou seja, quando o seu valor
é computado na apuração do resultado (superávit ou déficit) primário − ou não primária ou
financeira (F) − quando não é considerada nesse cálculo.

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Presente na LOA Padronizada para


Classificação Critério
da União? todos os Entes?

Fonte Ordinária e Sim Não


vinculada

Natureza Corrente e de Sim Sim


Econômica Capital

Esfera Fiscal, Seguridade Sim Não


Orçamentária e Investimentos

Resultado Primária e Sim Não


Primário Financeira

Impacto no PL Efetiva e não Não Não


efetiva

Regularidade Ordinária e Não Não


Extraordinária

Coercitividade Originária e Não Não


Derivada

1.3. Enfoque Orçamentário X Enfoque Financeiro


De acordo com Lei n. 4.320/1964, conhecida como Lei Geral dos Orçamentos, pertencem
ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas. Assim, sob o enfoque orçamentário, res-
ta claro que a receita pública orçamentária ocorre no momento da sua arrecadação, ou seja,
deve ser usado o regime de caixa.
Entretanto esse não é o tratamento dado pelo regime contábil patrimonial à receita pública.
De acordo com o MCASP, sob o enfoque patrimonial, deve ser usado o regime de competência,
ou seja, a receita orçamentária deve ser registrada contabilmente no momento da ocorrência
do seu fato gerador, independentemente da ocorrência da efetiva entrada de recursos no caixa
do ente público.

CONCEITO DE DÍVIDA ATIVA

Dívida Ativa Tributária: crédito público vencido e não arrecadado (liquidado).


Relação jurídica.

Inscrição de Dívida Ativa: ato de controle de legalidade. Pressupõe crédito não


liquidado.

Certidão de Dívida Ativa Tributária: representação do ato de controle de


legalidade. Documento público cuja função é provar judicialmente a inscrição
da dívida ativa.

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Dívida Ativa – Classificação e gestão

Tributos, obrigações
Dúvida ativa tributária previdenciárias e
Classificação
adicionais/multas.
(Lei n. 4.320/1964,
art. 39, § 2º; Pcasp) Contratos e outras
Dívida ativa não tributária
obrigações legais.

Dívida ativa
tributária e PGFN
previdenciária.
União AGU
Autarquias e Procuradoria-
Gestão fundações públicas.
Geral Federal
administrativa
e judicial Disporão sobre a competência de seus órgãos e enti-
Estados, DF
dades para a gestão administrativa e
e municípios
judicial de sua dívida ativa (Lei n. 6.830/1980).

Pela Lei n. 4.320/1964

Sentido amplo
Quanto à previsão no orçamento
Conceito
Sentido estrito
Quanto à coercitividade

Planejamento
Quanto à afetação patrimonial
RECEITA Etapas
Classificações Execução
PÚBLICA
Quanto à regularidade
Controle e avaliação
Quanto à categoria econômica
Previsão
Quanto à fonte
Lançamento
Estágios
Quanto à natureza da receita Arrecadação

Recolhimento

2. Despesa Pública
A Despesa Pública representa o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de
Direito Público, com a finalidade de funcionamento dos serviços públicos e de atendimento às
necessidades coletivas, aplicando certa quantia dentro de uma autorização legislativa, bus-
cando a manutenção das atividades do ente estatal, a conservação ou a construção de bens
públicos, com exceção das chamadas despesas extraorçamentárias.
Importante registrar que os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orça-
mentários e extraorçamentários.
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2.1. Estágios/Fases da Despesa Pública


A execução da despesa orçamentária pública transcorre em três estágios, conforme pre-
visto na Lei n. 4.320/1964: Empenho, Liquidação e Pagamento. A doutrina majoritária, no en-
tanto, inclui a Fixação da despesa como sendo um dos estágios, integrando o Planejamento.
A etapa de Planejamento e Contratação abrange, de modo geral, a fixação da despesa or-
çamentária, a descentralização e a movimentação de créditos, a programação orçamentária e
financeira e o processo de licitação.
Veja os estágios da Despesa, de acordo com a Doutrina:

Estágios da Despesa Pública

• Fixação da despesa
Planejamento • Descentralização de créditos
• Programação orçamentária e financeira

• Empenho

Execução • Em liquidação
• Liquidação
• Pagamento

Controle

Planejamento
Execução
ou pré-empenho

Fixação da despesa Empenho

Descentralização
Liquidação
dos créditos

Programação
Pagamento
orçamentária
e financeira

Licitação
e contratação

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A fase de Fixação engloba a adoção de medidas em direção a uma situação idealizada,


tendo em vista os recursos disponíveis e observando as diretrizes e prioridades traçadas pelo
governo. A criação ou expansão da despesa requer adequação orçamentária e compatibilida-
de com a LDO e com o PPA.
O Empenho é o primeiro estágio de execução da despesa. Nos termos do disposto no art.
58 da Lei n. 4.320/1964, o Empenho de Despesa é o ato emanado de autoridade competente
que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição.
O empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das dotações orçamentárias
destinadas à satisfação da despesa, a quantia necessária ao resgate do débito.

Empenho

Ordinário Estimativo Global

Empenho utilizado para as


Tipo de empenho utilizado Empenho utilizado para as despesas
despesas contratuais ou
para as despesas de cujo montante não se pode determi-
outras de valor determinado
valor fixo e previamente nar previamente, tais como serviços
sujeitas a parcelamento,
determinado cujo pagamento de fornecimento de água e energia
como, por exemplo, os
deva ocorrer de uma vez. elétrica, aquisição de combustíveis e
compromissos decorrentes
lubrificantes e outros.
de aluguéis.

Usa-se o Empenho Ordinário para acudir despesas com montante previamente conhecido
e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
Já o Empenho Global atende às despesas com montante previamente conhecido, mas cujo
pagamento seja parcelado.
Por seu turno, para acolher despesas cujo valor não se possa determinar previamente, usa-
-se o Empenho por Estimativa, como nos casos de contas de água, luz, telefone, diárias etc.
A Liquidação é o segundo estágio da despesa e é caracterizada pela entrega dos bens e
serviços contratados. Nos termos do disposto no art. 63 da Lei n. 4.320/1964, a liquidação da
despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito.
O Pagamento é o terceiro e último estágio da despesa. Dispositivo constante do artigo
64 da Lei n. 4.320/1964 define: a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade
competente, determinando que a despesa seja paga.

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2.2. Classificações da Despesa Pública


Classificação das Despesas quanto à Presença no Orçamento

Despesas Orçamentárias: as despesas orçamentárias são aquelas que podem ser previs-
tas na Lei Orçamentária Anual e que financiam o funcionamento dos serviços públicos. Sua
realização depende de autorização legislativa.
Despesas Extraorçamentárias: são despesas extraorçamentárias as que não podem ser
previstas na Lei Orçamentária Anual e que têm caráter transitório. Sua realização não se vincu-
la à execução orçamentária.

Saída de Recursos nos Cofres Públicos

Despesas Desembolsos Despesas


Orçamentárias Extraorçamentários Intraorçamentárias

Caracteriza despesa pública Não caracteriza despesa pública


(são destinadas às necessidades (não são destinadas às necessidades públicas)
públicas)

Note, na figura anterior, que também os chamados “desembolsos extraorçamentários” não


caracterizam uma despesa pública, assim como uma despesa enquadrada como intraorça-
mentária (mera “arrumação” de contas dentro do próprio orçamento do ente, sem alterar o total
da despesa pública).

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Classificação quanto à Efetividade/Afetação Patrimonial

Despesa Orçamentária Efetiva − aquela que, no momento de sua realização, reduz a situa-
ção líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo.
Despesa Orçamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não reduz
a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Também cha-
mada de despesa “por mutação/mudança patrimonial”.

No momento de sua realização, reduz a situação


Efetiva líquida patrimonial da entidade. Constitui fato
contábil modificativo diminutivo.

Despesa
Orçamentária

No momento de sua realização, não reduz a si-


Não Efetiva tuação líquida patrimonial da entidade e consti-
tui fato contábil permutativo. Também chamada
de despesa por mutação/mudança patrimonial.

Classificação Institucional da Despesa

Classificação Institucional

25 2 01

ÓRGÃO OU
Ministério da Fazenda

TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO
1 – Direta
2 – Autarquia, Fundação e Agência
3 – Fundo

UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
Banco Central do Brasil

Corresponde aos órgãos e à s unidades orçamentárias que constituem o agrupamento


de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas
dotações próprias.

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Classificação Funcional da Despesa Orçamentária


20 604 0371 2154

AÇÃO (*): Classificação e inspeção de produtos de


origem animal
PROGRAMA
SUBFUNÇÃO: Produção animal
FUNÇÃO: Agricultura

Para que servem algumas das classificações de despesas:

Classificação Responde à indagação “quem é o responsável


Institucional pela programação?”

Classificação Responde à indagação “em que área de ação


Funcional governamental a despesa será realizada?”

Estrutura Responde à indagação “para que os recursos


Programática serão alocados?” (finalidade)

Responde à indagação “o que será adquiri-


Classificação da
do e qual o efeito econômico da realização
Despesa por Natureza
da despesa?”

Classificação da Despesa quanto à Natureza Econômica

Categoria Efeito econômico


Econômica (corrente ou capital)

Grupo Agrupa elementos de despesa de


de Natureza mesma característica
Quanto
à Natureza Modalidade Aplicação direta ou por transferência
(efeito de Aplicação (evita dupla contagem)
na economia)
Elemento (não Identificar os objetos de gasto
sai na LOA) (o que será adquirido?)

Subelemento Desdobramento facultativo

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Classificação por Categoria Econômica

Despesa
Não contribui para formação ou aquisição de
Corrente
bem de capital
Pode provocar registro em ativos ou passivos
Classificação da circulares
Despesa por
Categoria Econômica

Contribui para formação ou aquisição de bem


Despesa
de capital
de Capital
Provoca geralmente registro no ativo ou passivo
NÃO circulante

Classificação por ND: Categoria Econômica


Categoria Econômica: identifica se o gasto vai contribuir para formação
ou aquisição de um bem de capital.
CATEGORIA ECONÔMICA
Não contribui para Pode provocar registro
DESPESA
formação ou aquisição em ATIVOS ou PASSIVO
CORRENTE
bem de capital CIRCULANTES.
Contribui para formação
Provoca, em geral,
DESPESA DE ou aquisição de bem de
registro no ATIVO ou no
CAPITAL capital ou amortização
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
de dívida

Permitida a reprodução total ou parcial desta


publicação desde que citada a fonte.

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Classificação por Grupos de Natureza da Despesa

Classificação por Modalidade de Aplicação

CLASSIFICAÇÃO POR ND: MODALIDADE DE APLICAÇÃO

MODALIDADE DE APLICAÇÃO
20 TRANSFERÊNCIAS À UNIÃO
22 TRANSFERÊNCIAS DELEGADAS À UNIÃO
30 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL
31 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E DF - FUNDO A FUNDO
32 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A ESTADO E DF
40 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS
41 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS - FUNDO A FUNDO
42 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A MUNICÍPIOS
50 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS
60 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS COM FINS LUCRATIVOS
70 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES MULTIGOVERNAMENTAIS
71 TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS
72 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A CONSÓRCIOS PÚBLICOS
80 TRANSFERÊNCIAS AO EXTERIOR
90 APLICAÇÕES DIRETAS
91 APLICAÇÃO DIRETA INTRAORÇAMENTÁRIA (OFSS)

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Classificação quanto ao Elemento de Despesa

A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 15, estabelece o Princípio da Discriminação, o qual exige
que as despesas sejam discriminadas, no mínimo, por elementos. Em seguida, define elemen-
tos como “o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios
de que se serve a administração pública para a consecução dos seus fins”.

Classificação da Lei n. 4.320/1964

O artigo 2º da Lei n. 4.320/1964 estabelece que o orçamento terá quadro demonstrativo da


Receita e Despesa organizado pela Categoria Econômica.

A despesa é classificada nas seguintes categorias econômicas:


DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital.

Esquema:

Quanto à
Lei n. 46320/1964

Despesas Correntes Despesas de Capital

Transferências Despesas de Inversões Transferências


Investimentos
Correntes Custeio Financeiras de Capital

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Classificação por Esfera Orçamentária

Esfera Orçamentária Descrição

Referente aos Poderes da União, seus fundos,


Orçamento Fiscal (F) órgãos e entidades da Administração direta
(código 10) e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público.

Abrange todas as entidades e os órgãos a ela


Orçamento da Seguridade vinculados, da Administração direta indireta,
Social (S) bem como os fundos e as fundações instituídos
(código 20) e mantidos pelo Poder Público.

Orçamento de Orçamento das empresas em que a União,


Investimento (I) direta ou indiretamente, detenha a maioria do
(código 30) capital social com direito a voto.

Classificação por Estrutura Programática

Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos
objetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, quatro anos.

Eixos estratégicos
Legenda
estratégica
Dimensão

Diretrizes PPA Integração PPA

Não
Tema LOA
orçamentário
Dimensão

Indicador de
tática

Programa Objetivo Meta


resultado

Ação Plano
Produto
operacional

orçamentária orçamentário
Dimensão

Ação não
Produto
orçamentária

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BLOCOS DA PERGUNTA A SER


ITEM DA ESTRUTURA
ESTRUTURA RESPONDIDA

Classificação por
Esfera Orçamentária Em qual Orçamento?
Esfera

Classificação Órgão Quem é o responsável


Institucional Unidade Orçamentária por fazer?

Em que áreas de despesa


Função
Classificação Funcional a ação governamental
Subfunção
será realizada?

O que se pretende
Estrutura alcançar com a
Programa
Programática implementação da
Política Pública?

O que será desenvolvido


para alcançar o objetivo
do programa?
O que é feito?
Ação: Descrição, Forma
Para que é feito?
de implementação,
Informações Principais Como é feito?
Produto, Unidade de
da Ação O que será produzido ou
Medida e Subtítulo
prestado?
Como é mensurado? Onde
é feito?
Onde está o beneficiário
do gasto?

Programação quantitativa: compreende a programação física e financeira.


A programação física define quanto se pretende desenvolver do produto por meio da meta
física, que corresponde à quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionaliza-
da, se for o caso, em um determinado período e instituída para cada ano.
Já a programação financeira define o que adquirir e com quais recursos, por meio da natu-
reza da despesa, identificador de uso, fonte de recursos, identificador de operações de crédito,
identificador de resultado primário, dotação e justificativa.

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ITEM DA ESTRUTURA PERGUNTA A SER RESPONDIDA

Qual o efeito econômico da realização


Categoria Econômica da Despesa
da despesa?

Em qual classe de gasto será realizada


Grupo de Natureza de Despesa (GND)
a despesa?

De que forma serão aplicados os


Modalidade de Aplicação
recursos?

Quais os insumos que se pretende


Elemento de Despesa
utilizar ou adquirir?

Os recursos são destinados para


Identificador de Uso (IDUSO)
contrapartida?

De onde virão os recursos para realizar


Fonte de Recursos
a despesa?

Identificador de Doação e de Operação A que operação de crédito ou doação


de Crédito (IDOC) os recursos se relacionam?

Qual o efeito da despesa sobre o


Identificador de Resultado Primário
Resultado Primário da União?

Dotação Qual o montante alocado?

2.3. Enfoque Orçamentário x Enfoque Patrimonial


O regime a ser utilizado nas matérias Direito Financeiro e AFO é o regime misto, no qual as
receitas são contabilizadas pelo regime de caixa (arrecadadas – entradas efetivas de dinhei-
ro), para as receitas, e pelo regime de competência, para as despesas (empenhadas – compro-
metimento do recurso no orçamento). Nosso parâmetro é o artigo 35 da Lei n. 4.320/1964, que
define o seu enfoque orçamentário.
A própria Lei n. 4.320/1964, entretanto, reconhece o enfoque patrimonial para contabili-
dade pública, sendo tratada em título específico da citada lei (Título IX – Da Contabilidade),
no qual se determina a evidenciação das variações patrimoniais, sejam elas independentes ou
resultantes da execução orçamentária.
Para a Despesa, no enfoque patrimonial, a ideia é registrar a variação patrimonial diminu-
tiva em função do fato gerador da despesa, que é um decréscimo nos benefícios econômicos
durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos, redução de ativos ou incremento
em passivos, que resulte em decréscimo do patrimônio líquido.

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Pela forma de ingresso ou


presença no orçamento

Quanto à efetividade/ Despesa Extraorçamentária


afetação patrimonial Conceito
Despesas Orçamentárias
Institucional ou departamental

Funcional

Programática

Por natureza da despesa Classificações mais


importantes Fixação
Por categoria econômica Por estimativa

Por GND Empenho Ordinário


DESPESA
Estágios
Por modalidade de aplicação PÚBLICA Liquidação Global

Por elemente de despesa


Pagamento
Pela Lei n. 4.320/1964

Pela portaria 163/2001

2.4. Restos a Pagar


São classificadas como Restos a Pagar as despesas que já foram empenhadas, mas
que não foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não
processadas.
Os “Processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução alcançou o
estágio da Liquidação, enquanto que os “Não Processados” são os restos a pagar relativos às
despesas cuja execução abrangeu apenas o estágio do Empenho.

Fluxograma Restos a Pagar – AFO


INSCRIÇÃO
INSCRIÇÃO
RESTOS VALOR
DESPESA EMPENHO LIQUIDAÇÃO PELO VALOR
A PAGAR CONHECIDO? DEVIDO
PROCESSADOS

SIM SIM
NÃO

DIFERENÇA SERÁ
INSCRIÇÃO VALOR EMPENHADA
PELO VALOR ESTIMADO < EM DESPESA
NÃO

ESTIMADO VALOR REAL? DE EXERCÍCIOS


ANTERIORES
SIM
NÃO

VALIDADE ATÉ SALDO


INSCRIÇÃO RESTOS
30/60 DO 2º ANO EXISTENTE
A PAGAR NÃO
SUBSEQUENTE AO DA SERÁ
PROCESSADOS
INSCRIÇÃO CANCELADO

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2.5. Despesas de Exercícios Anteriores


Classificam-se como Despesas de Exercícios Anteriores aquelas que podem ser atendidas
à conta de dotação específica consignada no orçamento anual do Estado ou em Créditos Adi-
cionais, desde que reconhecido o direito do requerente, e ainda:
• as despesas de exercícios JÁ encerrados para as quais o orçamento respectivo consig-
nava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, MAS que, por motivo super-
veniente, não tenha sido empenhado na época própria, DESDE que o fornecimento do
material, a prestação do serviço ou a execução da obra JÁ tenha efetivamente ocorrido.
• aqueles Restos a Pagar com prescrição interrompida; e
• os compromissos somente reconhecidos após o encerramento do exercício, DESDE
QUE que tenham decorrido de situação ou fato independente da vontade do ordenador
da despesa.

Resumindo:

Despesas que podem ser atendidas à conta de dotação


específica consignada no orçamento anual do Estado ou
em créditos adicionais, desde que reconhecido o direito
do requerente.

Despesas de exercícios JÁ encerrados


para as quais o orçamento consignava
crédito próprio com saldo suficiente
para atendê-las, MAS que, por
motivo superveniente, não tenha
sido empenhado na época própria,
DESDE que o fornecimento do serviço
Despesas de Execícios ou execução da obra JÁ tenha
Anteriores efetivamente ocorrido.

Restos a pagar com


prescrição interrompida.

Compromissos somente reconhecidos após o encerramento


do exercício, DESDE que tenham decorrido de situação ou fato
independente da vontade do ordenador da despesa.

Dívida Flutuante:

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar;
III – os depósitos;
IV – os débitos de tesouraria.

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Dívida Fundada:

Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.

I – os restos a pagar, excluídos os ser-


viços da dívida

II – os serviços da dívida a pagar


FLUTUANTE Art. 92 – compreende
III – os depósitos

IV – os débitos de tesouraria

A dívida fundada compreende os compromissos de


Dívida Flutuante x Fundada exigibilidade superior a doze meses, contraídos para
Lei n. 4.320/1964 atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro
de obras e serviços públicos.

A dívida fundada será escriturada com individuação


FUNDADA Art. 98 e especificações que permitam verificar, a qualquer
momento, a posição dos empréstimos, bem como os
respectivos serviços de amortização e juros.

Suprimento de Fundos

Excepcionalmente, a autoridade competente pode autorizar a realização de despesa por


meio de suprimento de fundos, quando essa não puder ser realizada pelo processo normal da
execução orçamentária.
Assim, o suprimento de fundos é um procedimento que consiste na entrega de numerário a
um servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria à despesa a realizar, que não
possa se subordinar ao processo orçamentário normal.
São consideradas situações passíveis de utilização de suprimento de fundos os se-
guintes casos:
• para atender a despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que
exijam pronto pagamento em espécie;
• quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regula-
mento e constar do ato de concessão; ou
• para atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor não
ultrapasse os limites estabelecidos pela legislação.

Não pode ser concedido suprimento destinado a cobrir despesas de locomoção de servi-
dor em viagem quando esse houver recebido diária.
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Existem situações que exigem tratamento sigiloso. Esses casos obedecerão a regime es-
pecial de execução.
Não poderá ser concedido suprimento de fundos:
• a responsável por dois suprimentos;
• a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo
quando não houver na repartição outro servidor;
• a responsável por suprimento de fundos que não tenha prestado contas de sua aplica-
ção no prazo previsto; e
• a servidor declarado em alcance ou que esteja respondendo a inquérito administrativo.

Servidor em alcance é aquele que não tenha prestado contas de suprimento, no prazo re-
gulamentar, ou cujas contas não tenham sido aprovadas em virtude de desvio, desfalque, falta
ou má aplicação de dinheiro, bens ou valores confiados à sua guarda, verificados na prestação
de contas.
Na aplicação do suprimento de fundos observar-se-ão as condições e finalidades pre-
vistas no seu ato de concessão, que é a autorização do suprimento de fundos formalizada no
documento de concessão, do qual constarão o valor do suprimento, sua destinação, o nome
do suprido e seu cargo/função, o prazo de aplicação, a data para prestação de contas e as as-
sinaturas do ordenador de despesa e do responsável pelo suprimento.
O prazo de aplicação do suprimento não poderá exceder a 90 dias nem ultrapassar o exer-
cício financeiro, devendo a prestação de contas da importância aplicada até 31 de dezembro
ser apresentada até o dia 15 de janeiro subsequente. Além disso, aquele que é detentor de
suprimento de fundos deve indicar os saldos em seu poder em 31 de dezembro, para efeito de
contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade.
O servidor tem 30 dias para prestar contas do suprimento, todavia, se a importância do su-
primento for aplicada até o encerramento do exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezembro,
a despesa deverá ser comprovada até 15 de janeiro seguinte.
Se o suprido, entretanto, deixar de prestar contas no prazo estabelecido, deverá ser proce-
dida a tomada de contas especial, sem prejuízo das providências administrativas para apura-
ção das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis.

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Entrega de numerário a um servidor,


sempre precedida de empenho na dota-
ção própria à despesa a realizar

Despesas eventuais. Inclusive em via-


gens e com serviços especiais, que
Excepcionalmente e quase essa não exijam pronto pagamento em espécie
puder ser realizada pelo processo
Suprimento normal da execução orçamentária Em caráter sigiloso
de Fundos Despesas de pequeno vulto

Responsável por dois suprimentos

Servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização


do material a adquirir, salvo quando não houver na repar-
Não pode ser tição outro servidor
concedido a Responsável por suprimento de fundos que não tenha
prestado contas de sua aplicação no prazo previsto

Servidor declarado em alcance


Servidor que esteja respondendo a inquérito
administrativo

Resumindo, temos o seguinte fluxo:

Liquidação/ Programação
Empenho Pagamento
reconhecimento de desembolso

Período para
Devolução de
prestação de
suprimentos [Com
contas expirado
devolução]
não aplicados
[Sem devolução]
Prestação de Prestação de
contas aprovada contas reprovada
Transferência
para CTU

[Devolução
Inscrição em diver-
Integral]
sos responsáveis

[Else]

Estorno de
Prestação de
Aprovação de pres- inscrição em diver-
contas aprovada
tação de contas sos responsáveis

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É um procedimento São os restos a


que consiste na pagar relativos
entrega de numerário às despesas cuja
a um servidor, Processados
execução alcançou
sempre precedida de o estágio da
empenho na dotação liquidação.
própria à despesa
Restos a Pagar
a realizar, que não
possa subordinar-se ao
São os restos a
processo orçamentário
pagar relativos
normal.
Não Processados às despesas cuja
execução abrangeu
apenas o estágio do
Para atender despesas empenho.
eventuais, inclusive em Suprimento de
viagens e com serviços Fundos ou Regime
especiais, que exijam de Adiantamentos
Aquelas que podem
pronto pagamento em
ser atendidas à conta
espécie.
de dotação específica
consignada no
orçamento anual do
Quando a despesa deva Estado em Créditos
ser feita em caráter Adicionais, desde que
sigiloso, conforme Situações passíveis
reconhecido o direito do
se classificar em de utilização de
requerente.
regulamento e constar suprimento de fundos:
do ato de concessão.

As despesas de
Para atender despesas exercícios já encerrados
de pequeno vulto, assim Despesa Pública – Parte II para as quais o
entendidas aquelas cujo orçamento respectivo
valor não ultrapasse aos consignava crédito
limites estabelecidos próprio com saldo
pela legislação. suficiente para atendê-
las, mas que, por
motivo superveniente,
Despesas de Exercícios não tenha sido
I – os restos a Anteriores empenhado na época
pagar, excluídos os própria, desde que
serviços da dívida. o fornecimento do
material, a prestação do
serviço ou a execução
II – os serviços da da obra já tenha
dívida a pagar. Compreende Flutuante
efetivamente ocorrido.

III – os depósitos.
Restos a pagar com
prescrição interrompida.
IV – os débitos de Dívida
tesouraria.
Compromissos somente
reconhecidos após
o encerramento do
Os compromissos de exercício desde que
exigibilidade superior a tenham decorrido
doze meses, contraídos de situação ou fato
Compreende Fundada
para atender a desequilíbrio independente da
orçamentário ou a financeiro vontade do ordenador
de obras e serviços públicos. da despesa.

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Restos a pagar Empenho Liquidação Pagamento


R.A.P
SIM (processados)
Sim! NÃO (não Não!
processados)

- Despensas EMPENHADOS, mas NÃO PAGAS.


Inscrições dos RAP - É modalidade de DÍVIDA PÚBLICA FLUTUANTE (excluídos os
serviços da dívida)
No ENCERRAMENTO DO
EXERCÍCIO (31/12)
Despesa Despesa Despesa
Pelo valor DEVIDO orçamentária extraorçamentária extraorçamentária

Pelo valor ESTIMADO (se


não conhecido) Quando Quando
Fixada na LOA
inscrito como RAP foram pagos

Valor real – Valor inscrito


A diferença será empenhada a conta de DEA

Valor real – valor inscrito O saldo existente será cancelado

NÃO PROCESSADOS (não mais a inscrição automática desses RAP)

A liquidas: AINDA NÃO OCORREU O FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO (ainda está pendente a entrega
do produto/serviço).
Em liquidação: JÁ OCORREU O FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO (houve o adimplemento da obrigação
pelo credor), MAS AINDA NÃO DEU A DEVIDA LIQUIDAÇÃO.
Serão BLOQUEADAS em 30/06 do SEGUNDO ANO subsequente ao de sua inscrição.
Salvo: * do Ministério da Saúdo
* de emendas individuais impositivas de resultado primário 6 (empenhados a partir de 2016)

PROCESSADOS

NÃO podem ser cancelados.

É ITEM ESPECÍFICO da programação financeira: seu pagamento deve ser feito dentro do limite de
saques fixado.

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AFO
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon

D.E.A

Despesas de exercícios anteriores

Dívidas resultantes de COMPROMISSOS gerados em exercícios


financeiros ANTERIORES àqueles em que ocorrerão os pagamentos.

O orçamento respectivo consignada CRÉDITO PRÓPRIO


com saldo SUFICIENTE.

+ compromissos reconhecidos APÓS o encerramento do


exercício correspondente.

+RAP COM PRESCRIÇÃO INTERROMPIDA:


= Sua inscrição foi cancelada, mas ainda
vigente o direito do credor.
Podem ser pagos à conta de DEA,
respeitada a categoria própria.

São despesas ORÇAMENTÁRIAS (há necessidade de nova


autorização orçamentária)

ELA DEVE SER EMPENHADA

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AFO
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon

QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/TCE−PE/AUDITOR/2017) Julgue o próximo item, relativo às receitas e às des-
pesas públicas.
Os gastos com a construção de um hospital público e com a aquisição de móveis usados são
considerados despesas de capital, ao passo que a compra de papel para impressão e a quita-
ção de juros da dívida pública se enquadram como despesas correntes.

GND das despesas correntes


Pessoal e Encargos Sociais: despesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e pensionis-
tas, relativas a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros
de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas
e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais,
gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos
sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência, conforme estabelece
o caput do art. 18 da LRF.
Juros e Encargos da Dívida: despesas com o pagamento de juros, comissões e outros en-
cargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida públi-
ca mobiliária.
Outras Despesas Correntes: despesas com aquisição de material de consumo, pagamento
de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras
despesas da categoria econômica “despesas correntes” não classificáveis nos demais grupos
de natureza de despesa.
GND das despesas de capital
Investimentos: despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução
de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas
últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
Inversões Financeiras: despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital
já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de
qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com
a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis
neste grupo.
Amortização da Dívida: despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da
atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.
Certo.

002. (CESPE/TCE−PA/AUDITOR/2016) Julgue o item que se segue, acerca de receita pública.


Os créditos a receber da dívida ativa, que são classificados no ativo, representam uma fonte
potencial de fluxo de caixa.

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AFO
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon

Quando pagos pelos devedores, os créditos desse ente, sejam eles de natureza tributária ou
não tributária, são uma entrada no seu fluxo de caixa.
Certo.

003. (CESPE/TCE−PE/ANALISTA/2017) Considerando as disposições constitucionais e as


normas gerais relativas ao direito financeiro, bem como os princípios orçamentários, julgue os
itens a seguir:
As despesas de investimentos, que devem estar previstas no Plano Plurianual, correspondem
às dotações previstas para a amortização da dívida pública.

Na verdade, a Amortização da Dívida é um grupo de natureza de despesa diferente do grupo


de natureza da despesa Investimentos. Confira:
Investimentos: despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução
de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas
últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
Amortização da Dívida: despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da
atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.
Errado.

004. (INÉDITA/2020) Em relação às receitas públicas e aos princípios orçamentários, julgue


o item subsequente.
As emissões de papel-moeda não são previstas na Lei Orçamentária Anual – LOA.

Sim, a emissão de papel-moeda é uma das exceções ao princípio orçamentário da univer-


salidade, já que ela não gera receita orçamentária. Veja o que nos diz o artigo 3º da Lei n.
4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito


autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por antecipa-
ção da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo
financeiros.
Certo.

005. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Em relação às classificações da receita pública, julgue


o item subsequente.
Impostos, taxas e contribuições são considerados receitas originárias.

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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
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Quanto à coercitividade, origem ou procedência, as receitas públicas podem ser classificadas


em originárias e derivadas.
As Receitas Originárias são aquelas que têm origem no próprio patrimônio público. O Estado
é o produtor de bens e serviços, praticando atividades típicas do setor privado. Nesse senti-
do, as receitas originárias, genericamente também chamadas de Patrimoniais, de Economia
Privada ou de Direito Privado, têm origem na exploração, pelo Estado, da atividade econômica,
ou seja, resultam da atuação do Estado, sob o regime de direito privado, na exploração de ati-
vidade econômica.
Oriunda do domínio privado do Estado, não têm caráter coercitivo, atuando sob o regime de di-
reito privado, ou seja, o Estado coloca parte do seu patrimônio à disposição de pessoas físicas
ou jurídicas, que poderão se beneficiar de bens ou de serviços, mediante pagamento de um
preço estipulado.
Importante ter em mente que elas independem de autorização legal e podem ocorrer a qual-
quer momento, sendo oriundas da exploração do patrimônio mobiliário ou imobiliário, ou do
exercício de atividade econômica, industrial, comercial ou de serviços, pelo Estado ou suas
entidades. São exemplos de receitas originárias a percepção de aluguéis, a venda de combus-
tíveis etc.
Desse modo, são receitas provenientes do capital das empresas estatais, que recebem re-
cursos financeiros pela venda de bens e serviços por elas produzidos, sem exercer seu
poder coercitivo.
Guarde, ainda, que a Receita Originária tem natureza bilateral, ou seja, de livre vontade do
Estado e dos particulares.
Segundo o mestre Caio Bartine, a Doutrina divide as receitas originárias em dois grupos:
Receitas Originárias Patrimoniais: são as que provêm da alienação de bens do domínio públi-
co, como as rendas de arrendamento, locação, venda de bens públicos móveis ou imóveis.
Receitas Originárias Empresariais: são as que decorrem da atividade propriamente econômica
do Estado, relacionada com a produção de bens e serviços. São as receitas dos empreendi-
mentos industriais, comerciais, agrícolas (produção de bens), além dos ligados aos setores de
transportes e comunicações (produção de serviços).
Já as Receitas Derivadas são obtidas do patrimônio particular, por meio de atividade coerciti-
va do Estado sobre os particulares.
As Receitas Derivadas, genericamente também chamadas de Não Patrimoniais, de Economia
Pública ou de Direito Público, são aquelas cobradas pelo Estado, por força do seu poder de
império, sobre as relações econômicas praticadas pelos particulares, pessoas físicas ou jurí-
dicas, ou sobre seus bens.
Na atualidade, constitui-se na instituição de tributos, que serão exigidos da população para
financiar os gastos da administração pública em geral ou para o custeio de serviços públicos
específicos prestados ou colocados à disposição da comunidade.

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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon

Nesse sentido, são receitas provenientes do capital das pessoas e das empresas privadas,
às quais são impostos pagamentos de tributos, confiscos, apreensões, penalidades pecu-
niárias etc.
São, portanto, unilaterais, dependendo do “jus imperii” do Estado.
Podemos então concluir que impostos, taxas e contribuições são considerados receitas
DERIVADAS.
Errado.

006. (CESPE/TCE−PE/ANALISTA/2017) Acerca dos mecanismos necessários à execução


do orçamento, julgue o item que se segue.
O empenho de despesa impõe ao Estado uma obrigação de pagamento, ainda que o bem cor-
respondente não tenha sido fornecido ou o serviço correspondente não tenha sido prestado.

Em uma primeira leitura, nossa tendência é achar que a assertiva está errada, mas, de acordo
com a Lei n. 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para
o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição.
Dessa forma, o empenho, na verdade, é a garantia ao credor de que, se cumprir os termos do
que foi tratado com a Administração, receberá o pagamento a ele reservado.
Mas é bom destacar que mesmo estando a despesa legalmente empenhada, o Estado ainda
não se vê obrigado a efetuar o pagamento, já que o implemento de uma determinada condição
poderá estar concluído ou não.
Guarde que a Lei n. 4.320/1964 determina que o pagamento de qualquer despesa pública, in-
dependentemente do valor, passe pela fase “decisiva” da liquidação.
Somente com a liquidação, segundo estágio da execução da despesa, será cobrada a presta-
ção dos serviços, a entrega dos bens ou a realização da obra, de modo a impedir o pagamento
sem o implemento de condição.
Certo.

007. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) Acerca das noções elementares de orçamento públi-


co, julgue o item a seguir.
O plano orçamentário é uma identificação obrigatória da Lei Orçamentária Anual cuja finalida-
de é permitir o acompanhamento físico e financeiro da execução.

Na verdade, o Plano Orçamentário não consta na Lei Orçamentária Anual − LOA. De acordo
com o MTO:

[...] o Plano Orçamentário – PO é uma identificação orçamentária, de caráter gerencial (não cons-
tante da LOA), vinculada à ação orçamentária, que tem por finalidade permitir que tanto a elabora-
ção do orçamento quanto o acompanhamento físico e financeiro da execução ocorram em um nível
mais detalhado do que o do subtítulo/localizador de gasto.
Errado.

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008. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Acerca da elaboração da proposta orçamentária e da


execução do orçamento, julgue o item subsecutivo, conforme disposições da Lei n. 4.320/1964.
Qualquer renda com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato é objeto de
lançamento.

Em seus artigos 52 e 53, a Lei n. 4.320/1964 define o Lançamento como o segundo estágio da
receita, representando o ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito
fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
No caso das receitas públicas de origem tributária, o lançamento deve observar o disposto no
art. 142 da Lei n. 5.172/1966 (Código Tributário Nacional), que o define como procedimento
privativo da autoridade administrativa tendente a verificar a ocorrência do fato gerador: deter-
minar a matéria tributável; calcular o montante do tributo devido; identificar o sujeito passivo;
e, se for o caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Basicamente, em nosso Sistema Tributário Nacional temos três modalidades diferentes de
lançamento tributário:
• lançamento por declaração ou misto: é aquele que concede a espontaneidade ao sujeito
passivo para declarar corretamente. Dessa forma, o próprio contribuinte apura o valor
devido e presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispen-
sáveis à sua efetivação, como nos casos dos Impostos de Importação e de Exportação;
• lançamento por homologação ou autolançamento: é aquele em que o pagamento e as
informações prestadas pelo contribuinte são realizados sem qualquer exame prévio da
autoridade administrativa, como nos casos do Imposto de Renda e do ICMS;
• lançamento de ofício ou direto: é aquele usado para tributos que têm como fato gerador
uma situação cujos dados constam dos cadastros de suas Secretarias de Fazenda, de
modo que basta à autoridade administrativa a consulta àqueles registros para que tenha
em mãos dados fáticos necessários à realização do lançamento. Dessa forma, é efetu-
ado pela Administração sem a participação do contribuinte, como nos casos do IPTU e
do IPVA.
Finalmente, guarde que, por força da Lei n. 4.320/1964, são objeto de lançamento as rendas
com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
Certo.

009. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca da elaboração e do controle dos orçamentos e


balanços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal, julgue o item.
Entre os exemplos de subvenções econômicas, incluem-se as dotações destinadas a cobrir
a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo governo, de gêneros ali-
mentícios ou outros materiais.
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Confira na literalidade do artigo 18 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

II – Das Subvenções Econômicas


Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou
não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes
do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal.
Parágrafo único. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas:
a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda,
pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais;
Certo.

010. (INÉDITA/2020) Julgue o item:


De acordo com a classificação econômica estabelecida na Lei n. 4.320/1964, as receitas patri-
moniais são receitas de capital.

Na verdade, de acordo com o artigo 11 da Lei n. 4.320/1964, as Receitas Patrimoniais são


Receitas Correntes.
Errado.

011. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Em relação à responsabilidade fiscal e às classifica-


ções orçamentárias da receita e da despesa públicas, julgue o item subsequente.
Na execução orçamentária, as receitas devem ser contabilizadas nas rubricas corresponden-
tes à sua natureza, desde que estejam previstas em lei orçamentária e que não sejam decor-
rentes de operações de crédito.

As naturezas de receitas orçamentárias demonstram o fato gerador que originou o ingresso


dos recursos aos cofres públicos, podendo ser considerada a menor célula de informação, em
termos de orçamento público, no que diz respeito às receitas públicas, de modo a permitir as
necessárias vinculações.
A classificação se dá da seguinte forma:
Categoria Econômica – um dígito.
Origem – um dígito.
Espécie – um dígito.
Desdobramentos para identificação de peculiaridades – quatro dígitos.
Tipo – um dígito.
Importante ter em mente que a estrutura da nova codificação cria possibilidade de associar, de
forma imediata, a receita principal com aquelas dela originadas: Multas e Juros, Dívida Ativa,
Multas e Juros da Dívida Ativa.

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A associação é efetuada por meio de um código numérico de oito dígitos, cujas posições ordi-
nais passam a ter o seguinte significado:

C O E DDDD T

Desdobramentos
Categoria
Origem Espécie para identificação de Tipo
Econômica
peculiaridades da receita

Em termos de dígito, temos:


1º dígito − Categoria econômica
2º dígito − Origem
3º dígito − Espécie
4º ao 7º dígito − DDD Desdobramentos para identificação de peculiaridades da receita
8º dígito − Tipo
Podemos notar que a questão está correta em sua parte inicial, ao afirmar que “as receitas
devem ser contabilizadas nas rubricas correspondentes à sua natureza”.
A sua parte final, entretanto, está duplamente equivocada, já que mesmo não estando previs-
tas no orçamento, as receitas orçamentárias arrecadadas continuam sendo orçamentárias e,
portanto, devem ser classificadas quanto à sua natureza. Além disso, as receitas oriundas de
operações de crédito também são consideradas receitas orçamentárias, e, dessa forma, de-
vem ser classificadas quanto à sua natureza.
Errado.

012. (CESPE/PF/APF/2014) Sabendo que a organização dos programas governamentais, por


meio de instrumentos orçamentários, tem a dupla função de controlar politicamente o poder e
garantir uma administração eficiente e eficaz, julgue o item subsequente.
Recursos provenientes de caução não devem ser considerados receita orçamentária, pois re-
presentam apenas movimentação de fundos.

Caro(a) concurseiro(a), mantenha em mente que aqueles valores recebidos a título de caução
são casos típicos de receita extraorçamentária, já que não se incorporam ao patrimônio do Es-
tado de modo definitivo por serem, em regra, devolvidos ao final do contrato, ajuste ou certame.
Certo.

013. (CESPE/TCE−PE/ANALISTA/2017) Em relação às receitas e às despesas públicas, jul-


gue o item subsecutivo.
Situação hipotética: em 2016, o órgão público X empenhou R$ 1.000.000 em favor do forne-
cedor YZ Ltda., para a importação de máquinas. As máquinas não foram entregues no prazo e

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o empenho foi cancelado ao final do exercício. Em 2017, o fornecedor entregou as máquinas


e apresentou a fatura, alegando que o atraso ocorrera por conta de problemas alfandegários.
Assertiva: nessa situação, o órgão X deverá fazer a inscrição em restos a pagar relativos
ao orçamento de 2017 para efetuar a liquidação e o pagamento do respectivo débito com
o fornecedor.

Em primeiro lugar, note que, como o bem não foi entregue a tempo no ano de 2016, ou seja,
não tivemos a conclusão do implemento de condição, o empenho foi cancelado e a dotação
reverteu-se à origem, em conformidade com o artigo 38 da Lei n. 4.320/1964. Confira, com
grifos nossos:

Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada no exercício; quando a anulação ocor-
rer após o encerramento deste, considerar-se-á receita do ano em que se efetivar.

Agora, repare que no ano de 2017 o fornecedor entregou as máquinas e apresentou a fatura,
alegando que o atraso ocorreu em virtude de problemas alfandegários.
Mas note que em 2017 o empenho não existe mais, já que foi cancelado e o valor respectivo
não foi inscrito em restos a pagar. Vamos juntos, então, ler a assertiva e analisar se ela está
correta ou errada:
“Assertiva: nessa situação, o órgão X deverá fazer a inscrição em restos a pagar relativos
ao orçamento de 2017 para efetuar a liquidação e o pagamento do respectivo débito com o
fornecedor.”
Note que o artigo 36 da Lei n. 4.320/1964 assim dispõe:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de
dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.

Como não temos mais empenho para ser inscrito em Restos a Pagar no fim do exercício, va-
mos ler o que diz o artigo 37 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica
consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem
cronológica.

A solução apontada é reconhecer a mencionada despesa via despesas de exercícios anterio-


res, que integrará o orçamento de 2017, e não deve ser confundida com os Restos a Pagar.
Errado.

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014. (CESPE/ICMBIO/ANALISTA/2014) Julgue o item que se segue.


O ingresso extraorçamentário, dado o seu caráter temporário, não integra a LOA.

As Receitas Extraorçamentárias são aquelas que não estão previstas no orçamento, que cor-
respondem a fatos de natureza estritamente financeira, decorrentes da própria gestão das en-
tidades, ou seja, correspondem aos valores provenientes de toda e qualquer arrecadação que
não figura no orçamento público, por não pertencerem de fato ao Governo.
Certo.

015. (CESPE/MPU/PROCURADOR/2013) Relativamente à distinção entre taxa e preço públi-


co, julgue o item seguinte.
Enquanto determinado aeroporto for administrado pela INFRAERO, a taxa de embarque que
o consumidor pagar classificar-se-á como uma taxa, no sentido de espécie tributária; se for
transferida a administração do citado aeroporto para concessionário privado, o referido paga-
mento passará a ter natureza jurídica de preço público.

A assertiva está errada e tentou confundir o candidato.


Lembre-se de que as taxas podem ser cobradas por utilização potencial de serviço público; os
preços públicos, não.
Então eu pergunto:

Quem não viaja de avião, paga pelo embarque, professor?

NÃO. Portanto é preço público.


Errado.

016. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca da elaboração e do controle dos orçamentos e


balanços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal, julgue o item.
A concessão de subvenções sociais visa à prestação de serviços essenciais de assistência
social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada apli-
cados a esses objetivos se revele mais econômica para o Estado. Para concedê-las, o Estado
deve sempre calcular o valor das subvenções com base em unidades de serviços efetivamente
prestados ou postos à disposição dos interessados.

O CESPE foi muito maldoso nessa questão.


Na verdade, não é sempre que os valores das subvenções são calculados com base em unida-
des de serviços efetivamente prestados, mas sempre que possível. Confira no artigo 16 da Lei
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I – Das Subvenções Sociais
Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras, a concessão de subven-
ções sociais visará à prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional,
sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses objetivos revelar-se
mais econômica.
Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unida-
des de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados, obedecidos os
padrões mínimos de eficiência previamente fixados.
Errado.

017. (CESPE/TRF−1ª/ANALISTA/2017) A tabela a seguir mostra eventos hipotéticos ocor-


ridos no exercício de 2016, em determinado município brasileiro. Os valores são expressos
em R$ mil.

Evento Valor

Empenho de crédito extraordinário para a construção de casas 130

Pagamento de material de consumo – compra realizada em 2015 270

Empenho e liquidação de despesas correntes 230

Pagamento de despesas correntes 190

Despesa orçamentária fixada na LOA 610

Despesas de capital liquidadas e pagas 100

Devolução de cauções recebidas 180

Depreciação registrada no exercício 20

A partir dessa tabela, julgue o item que se segue, considerando as normas vigentes relativas a
receitas e despesas no setor público.
No referido exercício foram registradas, no balanço financeiro, despesas extraorçamentárias,
porém não houve registro de receita extraorçamentária.

Realmente, é verdade que foram registradas despesas extraorçamentárias com a devolução


de cauções recebidas.
Por outro lado, ocorreu a inscrição de restos a pagar, uma vez que nem todas as despesas
empenhadas foram pagas. Então temos:
• empenho e liquidação de despesas correntes − 230
• pagamento de despesas correntes − 190
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• empenho de crédito extraordinário para a construção de casas − 130


• despesas de capital liquidadas e pagas − 100
Inscrição em restos a pagar = despesas empenhadas/despesas pagas
Inscrição em restos a pagar = (230 + 130) - (190 + 100)
Inscrição em restos a pagar = 70
De acordo com a Lei n. 4.320/1964, a inscrição em restos a pagar deve ser registrada como
receita extraorçamentária. Confira, com grifos nossos:

Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os rece-
bimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie
provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária
para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.

Podemos concluir, portanto, que o valor inscrito em restos a pagar é receita extraorçamentária,
devendo ser registrado, dessa forma, como receita extraorçamentária.
Errado.

018. (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) No que se refere a demonstrações contábeis e receitas


e despesas públicas, julgue o item seguinte.
Somente a receita orçamentária reúne condições de percorrer os estágios de previsão, lança-
mento, arrecadação e recolhimento.

No âmbito do processo orçamentário, a gestão da receita orçamentária pode ser dividida em


três diferentes etapas:
• Planejamento, que engloba a previsão de arrecadação da receita orçamentária integran-
te do Orçamento Anual – LOA;
• Execução, que de acordo com a Lei n. 4.320/1964 tem como estágios da execução da
receita orçamentária o lançamento, a arrecadação e o recolhimento;
• Controle e avaliação, que compreende a fiscalização realizada pela Administração, pe-
los órgãos de controle e pela sociedade.
Importante destacar que os estágios (ou fases) da receita e da despesa estão compreendidos
em suas etapas. O Manual Técnico de Orçamento − MTO e o Manual de Contabilidade Aplicada
ao Setor Público – MCASP, no entanto, inúmeras vezes tratam os temas como sinônimos. Os
quatro Estágios/Etapas da Receita Pública são:
• Previsão: a receita não pode ser fixada, mas prevista, uma vez que não há certeza, ante-
cipadamente, do volume de ingressos financeiros ao longo do exercício;
• Lançamento: ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal
e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta;
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• Arrecadação: ocorre no momento em que o contribuinte recolhe, ao agente arrecadador,


o valor do seu débito;
• Recolhimento: acontece no momento em que o agente arrecadador repassa o produto
arrecadado ao Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal.
Nesse sentido, por não constarem no orçamento, as receitas extraorçamentárias não reúnem
condições de integrar o estágio da previsão, não percorrendo os estágios de lançamento, arre-
cadação e recolhimento, uma vez que são apenas ingressos de caráter temporário.
Dessa forma, é verdade, sim, que apenas as receitas orçamentárias reúnem condições de per-
correr os estágios da receita, embora nem todas elas percorram.
Certo.

019. (CESPE/STF/ANALISTA/2013) Julgue o próximo item, relativo à receita pública.


Para efetuar o lançamento de uma receita, o servidor competente para exercer tal atividade
deve verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, confirmar o cálculo
do montante devido e identificar o sujeito passivo da obrigação, entre outros.

Vamos ver, primeiramente, o que nos diz o artigo 142 do CTN:

CAPÍTULO II
Constituição de Crédito Tributário
SEÇÃO I
Lançamento
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante
do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade
cabível.

PEGADINHA DA BANCA
Olhe como o CESPE foi cruel: ele colocou “confirmar” e não “calcular”, conforme consta no
CTN. A ideia do CESPE foi a de que para se confirmar algo, precisa-se antes calcular. Fique
esperto na prova, pois muitas vezes o CESPE pega no detalhe.
Errado.

020. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) A respeito das classificações da despesa pública, julgue


o item a seguir.
Na classificação por programas, uma atividade representa um instrumento de programação
para alcançar os objetivos de um programa e compreende um conjunto de operações necessá-
rias à manutenção da ação do governo, realizando-se de modo contínuo e permanente.
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A classificação programática é focada nos programas, no orçamento-programa, tem seu ge-


renciamento de modo interministerial, integrando os participantes dos programas, indepen-
dentemente da restrição apenas no âmbito de um ministério.
Sua gênese é a Portaria n. 42 do Ministro de Estado do Orçamento e Gestão, de 14/4/1999, que
trouxe importantes conceitos, a seguir reproduzidos.
Programa é o instrumento de organização da ação governamental, visando à concretização
dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano pluria-
nual − PPA.
Os Programas são o elo de ligação entre o planejamento estatal, materializado no Plano Plu-
rianual, cujo detalhamento da despesa vai até o nível de programa, e o orçamento anual, cujo
detalhamento se inicia no nível de programa.
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas
estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações
da Portaria n. 42, do MPOG.
O Programa constitui o elo de ligação entre as leis orçamentárias, podendo ser classifi-
cado como finalístico, de gestão de políticas públicas, de serviços ao Estado e de apoio
administrativo.
Ações (Projeto, Atividade e Operações Especiais)
Projeto é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolven-
do um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre
para a expansão ou para o aperfeiçoamento da ação de governo.
Atividade é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envol-
vendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais
resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo.
Operações Especiais são as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de
governo, das quais não resulta um produto e que não geram contraprestação direta sob a for-
ma de bens ou serviços.
Dessa forma, podemos ver que a assertiva está correta, já que conceituou corretamente uma
atividade no âmbito da classificação programática da despesa.
Certo.

021. (CESPE/ANTT/ANALISTA/2013) A respeito de receita pública e dívida, julgue o item


que se segue.
A inclusão do contribuinte na dívida ativa tem como requisito a apuração da certeza e liquidez
da dívida.

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Inicialmente, vamos ler o caput e o § 1º do artigo 39 da Lei n. 4.320/1964:

Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados
como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias.
§ 1º Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão
inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua
liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título.

Da leitura desse normativo, depreende-se que somente depois de vencidas as etapas de apu-
ração da liquidez e da certeza é que a dívida ativa é inscrita.
Nesse sentido, a dívida ativa inscrita goza de presunção de liquidez e certeza relativa, somente
podendo ser derrogada por prova inequívoca, por parte do sujeito passivo.
Certo.

022. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) A respeito das classificações da despesa pública, julgue


o item a seguir.
Saúde, educação, ensino fundamental, ensino médio e ensino superior constituem funções,
conforme a classificação funcional da despesa.

A ideia-chave da classificação funcional é atuar como elemento de ligação dos gastos públi-
cos nas três esferas de governo, sendo utilizada tanto no orçamento da União quanto no orça-
mento dos Estados. Também os Municípios estão obrigados a observar essa regra.
O objetivo é que as funções representem as ações desenvolvidas pelo Governo, seja direta ou
indiretamente, aglutinadas em grupos maiores, de acordo com os objetivos nacionais.
A Portaria n. 42/1999 atualiza a discriminação da despesa por funções de que trata a Lei n.
4.320/1964, estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto, atividade, ope-
rações especiais, e dá outras providências.
Guarde que enquanto o código das funções é composto por dois dígitos numéricos, o das sub-
funções, pelo qual são subdivididas as funções, é composto por três dígitos.
No caso da assertiva em tela, entretanto, temos um erro: embora saúde e educação sejam
funções, conforme o critério funcional da despesa, as especificações de ensino fundamental,
médio e superior não são funções, mas sim subfunções da função educação.
Errado.

023. (CESPE/TCE−RS/OFICIAL/2013) No que se refere à Lei n. 4.320/1964 e ao planejamen-


to orçamentário, julgue o item subsequente.
Recursos arrecadados pelo ente público exclusivamente para fazer face às exigências contra-
tuais pactuadas, a serem devolvidos no mesmo exercício financeiro, são considerados meros
ingressos, e não receita orçamentária.

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Os valores recebidos como garantia de contratos, como a caução e o depósito judicial, são
casos típicos de receita extraorçamentária, já que não se incorporam ao patrimônio do Estado
de modo definitivo por serem, em regra, devolvidos ao final do contrato, ajuste ou certame.
Certo.

024. (INÉDITA/2020) A respeito das classificações da receita pública, julgue o item a seguir.
As multas administrativas não são incluídas no conceito de receita pública orçamentária por-
que são atos punitivos.

A receita com multa é uma receita orçamentária, já que não gera uma obrigação corresponden-
te para o Estado, embora a multa seja distinta do conceito de tributo, segundo o qual as multas
não são incluídas por serem atos punitivos.
Errado.

025. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) A respeito das classificações da despesa pública, julgue


o item a seguir.
As despesas com o pagamento dos juros da dívida pública são despesas correntes, e a amor-
tização do principal da dívida constitui despesa de capital.

Os GND 1, 2 e 3 constituem as despesas correntes, e os GND 4, 5 e 6, as despesas de capital,


segundo a classificação por categoria econômica. Observe que as despesas com o pagamen-
to dos juros da dívida pública são despesas correntes e estão no grupo 2, enquanto que a
amortização do principal da dívida constitui despesa de capital e está no grupo 6:
• 1 – Pessoal e encargos sociais: despesas de natureza salarial decorrentes do pagamen-
to pelo efetivo exercício do cargo ou do emprego ou de função de confiança no setor
público, quer civil ou militar, ativo ou inativo, bem como das obrigações trabalhistas de
responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários;
• 2 – Juros e encargos da dívida: despesas com o pagamento de juros, comissões e ou-
tros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da
dívida pública mobiliária federal;
• 3 – Outras despesas correntes: despesas com aquisição de material de consumo, pa-
gamento de serviços prestados por pessoa física sem vínculo empregatício ou pessoa
jurídica, independentemente de forma contratual, e outras da categoria econômica “Des-
pesas Correntes” não classificáveis nos grupos anteriores;
• 4 – Investimentos: despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive com
a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, com os
programas especiais de trabalho (regime de execução especial) e com a aquisição de
instalações, equipamentos e material permanente;
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• 5 – Inversões financeiras: despesas com a aquisição de imóveis ou bens de capital já


em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades
de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do ca-
pital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas que visem a objetivos
comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros;
• 6 – Amortização da dívida: despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do prin-
cipal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contra-
tual ou mobiliária.
Certo.

026. (CESPE/MJ/ADMINISTRADOR/2013) Em relação às receitas públicas e à atividade do


governo nas finanças públicas, julgue o item a seguir.
A Previsão, que é o primeiro estágio da etapa de Execução da Receita Orçamentária, precede
a Fixação da Despesa.

Apesar de a fase de Previsão da Receita preceder a Fixação da Despesa, não podemos dizer
que a Previsão da Receita seja o primeiro estágio de Execução da Receita Orçamentária, já que
a Previsão integra a fase de Planejamento, e não a fase de Execução da Receita, sendo esta
integrada pelas etapas de Lançamento, Arrecadação e Recolhimento.
Errado.

027. (CESPE/TRT-10ª/ANALISTA/2013) Problemas financeiros originados no Estado pro-


vocaram diversas crises econômicas ao longo da história brasileira. A Lei Complementar n.
101/2000 — Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) representou uma resposta a essa realida-
de, tendo sido um esforço organizado no sentido de garantir um melhor equilíbrio nas con-
tas públicas.
À luz desse instrumento legal e da legislação pertinente ao orçamento público no Brasil, julgue
o item que se segue, referente à receita e à despesa públicas.
No âmbito federal, a classificação por fontes de recursos permite a visualização de eventuais
vinculações existentes entre receitas e despesas, cuja principal base legal encontra-se na Lei
de Diretrizes Orçamentárias.

Amigo(a), na verdade, a classificação por fonte de recursos possui dupla finalidade, já que per-
mite indicar a destinação dos recursos para determinado tipo de despesa, além de localizar a
respectiva fonte que financia a despesa em questão.
Certo.

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028. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2012) Julgue o item a seguir, relativo


aos créditos da Fazenda Pública e à Dívida Ativa.
Após apurada a sua liquidez e certeza, os créditos da Fazenda Pública exigíveis pelo transcur-
so do prazo para pagamento devem ser inscritos em registro próprio como Dívida Ativa.

Para resolver essa questão, devemos ler a parte inicial do artigo 39 da Lei n. 4.320/1964:

Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados
como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias.
§ 1º Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão
inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua
liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título.
Certo.

029. (CESPE/TCE−ES/AUDITOR/2012) A respeito de receita pública, dívida ativa e conta úni-


ca do Tesouro, julgue o item seguinte.
Na elaboração da Previsão da Receita, estágio da etapa de Planejamento, devem ser conside-
rados os efeitos da variação do índice de preços e do crescimento econômico.

Quando são feitas as projeções para a realização das previsões de receitas, são utilizados da-
dos estatísticos e matemáticos, séries históricas de arrecadações de anos anteriores e efeitos
da variação do índice de preços e do crescimento econômico, de modo a perseguir o valor
mais próximo do que será arrecadado no ano seguinte.
Certo.

030. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o item seguinte, que versa acerca de receita e


despesa públicas, à luz do que estabelece a Lei n. 4.320/1964.
Considerando que as modalidades de empenho se classifiquem em ordinário, global e por
estimativa, a modalidade de empenho ordinário diz respeito a inúmeros tipos de gastos opera-
cionais das repartições, como fretes e passagens.

Tenha em mente que o Empenho, de acordo com sua natureza e finalidade, pode ser Ordinário,
Global ou por Estimativa.
Usa-se o Empenho Ordinário para acudir despesas normais com montante previamente co-
nhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
Já o Empenho Global é aquele que serve para despesas com montante previamente conheci-
do, mas cujo pagamento seja parcelado, como nos casos das despesas com aluguéis, presta-
ção de serviços, salários etc.

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Por seu turno, para acolher despesas cujo valor não se possa determinar previamente, usa-se
o Empenho por Estimativa, como nos casos de contas de água, luz, telefone, diárias etc. São
gastos que ocorrem regularmente, mas cujos valores oscilam bastante.
Na verdade, na questão em tela, nas despesas com fretes e passagens deve-se usar a modali-
dade de Empenho por Estimativa, já que não se sabe exatamente o valor a ser gasto.
Errado.

031. (CESPE/TCE−ES/AUDITOR/2012) A respeito de Receita Pública, Dívida Ativa e Conta


Única do Tesouro, julgue o item seguinte.
Incluem-se tanto na natureza tributária da Dívida Ativa quanto na Não Tributária os créditos da
Fazenda Pública provenientes de obrigações legais relativas a tributos e respectivas multas.

A assertiva é falsa por estar em desacordo com o § 2º do artigo 39 da Lei n. 4.320/1964. Veja:

§ 2º Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obri-
gação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são
os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios,
contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias,
foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados
por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis
definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira,
de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obri-
gações legais.

Dessa forma, a questão falha ao dizer que está incluída na Dívida Não Tributária os créditos da
Fazenda Pública provenientes de obrigações legais relativas a tributos e respectivas multas.
Errado.

032. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Acerca da atividade financeira do Estado, julgue o


item a seguir.
Alguns serviços públicos são prestados somente quando solicitados, caso em que sua remu-
neração é feita pelos indivíduos que deles se beneficiem diretamente.

A assertiva faz referência ao Preço Público ou Tarifa, que são os preços cobrados pelo Estado
em decorrência da prestação de serviços que visam a cobrir o custo total dos serviços.
Aqui o interesse privado na atividade financeira do Estado é preponderante e pesa ainda mais
que o interesse público propriamente dito, porém em menor nível que na situação de Preço
Quase Privado.
Importante destacar que quando o Estado pratica Preço Público, existe interesse público, ainda
que de forma secundária, o que leva o Estado a exercer a atividade em regime de monopólio.
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Como exemplo podemos citar alguns dos serviços prestados pela Empresa de Correios e Telé-
grafos, como o envio de cartas simples ou registradas.
Saliente-se aqui também que a natureza da relação é contratual.

É bastante frequente surgir uma dúvida acerca da natureza jurídica do pedágio, se possui
natureza jurídica de preço público ou de taxa. Mas o STF, no julgamento da ADI 800, paci-
ficou o tema e abraçou a tese de que o pedágio tem natureza jurídica de preço público
ou tarifa.

Certo.

033. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o item seguinte, que versa acerca de receita e


despesa públicas, à luz do que estabelece a Lei n. 4.320/1964.
A Dívida Ativa constitui-se dos passivos da Fazenda Pública para com terceiros, não pagos no
vencimento, que são inscritos em registro próprio, após apurada sua exigibilidade.

A dívida ativa é um DIREITO, ou seja, um ATIVO do Tesouro Nacional perante terceiros, e não
um PASSIVO.
Errado.

034. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação à receita pública, julgue o item seguinte.


Quanto às categorias econômicas, as receitas podem ser correntes e de capital.

O objetivo da classificação por categorias econômicas da receita é identificar/diferenciar as recei-


tas de caráter continuado (que são as correntes) das receitas eventuais (que são as de capital).
Note que se segue a mesma linha de raciocínio da classificação determinada no artigo 11 da
Lei n. 4.320/1964, sendo, muitas vezes, cobradas em provas, sem ser feita a distinção de qual
classificação a questão aborda. Veja um resumo, a seguir.
Receitas Correntes − são as receitas das quais não resulta contraprestação financeira, em
qualquer momento, por parte do Estado.
Desse modo, são Receitas Correntes as receitas tributária, patrimonial, industrial e diversas e,
ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público
ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.
Receitas de Capital − são Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos fi-
nanceiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão em espécie, de bens e direitos;
os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender
despesas classificáveis em Despesas de Capital; e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.

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Importante registrar que as Receitas de Capital, em regra, representam uma mutação patri-
monial, tendo como contrapartida um aumento do passivo ou uma diminuição do ativo, não
afetando a situação líquida do patrimônio. A exceção é a transferência de capital destinada a
atender Despesas de Capital.
Guarde que o superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais das
receitas e despesas correntes não constituirá item da receita orçamentária.
Certo.

035. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca da despesa pública, julgue o próximo item.


As despesas orçamentárias podem ser classificadas em despesas efetivas e despesas não
efetivas; as despesas orçamentárias não efetivas, assim como os dispêndios extraorçamentá-
rios, são oriundas de fatos permutativos.

Para fins contábeis, a despesa orçamentária pode ser classificada quanto ao impacto na situ-
ação líquida patrimonial em:
• Despesa Orçamentária Efetiva − aquela que, no momento de sua realização, reduz a
situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo;
• Despesa Orçamentária Não Efetiva − aquela que, no momento da sua realização, não
reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo.
Também chamada de despesa “por mutação/mudança patrimonial”.
O MACETE aqui é que, no geral, a despesa orçamentária efetiva é despesa corrente, mas pode
haver despesa corrente não efetiva, como a despesa com a aquisição de materiais para es-
toque e a despesa com adiantamentos, que representam fatos permutativos, embora sejam
despesas correntes.
Já a despesa não efetiva normalmente é uma despesa de capital, ainda que existam despesas
de capital que são efetivas, como as transferências de capital, que causam variação patri-
monial diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa efetiva, embora sejam despesas
de capital.
Certo.

036. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação à receita pública, julgue o item seguinte.


Quando um estado recebe da União sua parte do imposto sobre produtos industrializados em
seu território, em face de determinação constitucional, essa receita é classificada somente
como receita corrente.

No caso de transferências intergovernamentais recebidas, o ente deve classificar essa recei-


ta de acordo com a destinação que for conferida a ela, já que é uma receita com vinculação.

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Esse procedimento é disposto no § 1º e § 2º do artigo 11 da Lei n. 4.320/1964. Confira, com


grifos nossos:

Art. 11, § 1º São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecu-
ária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis
em Despesas Correntes.
§ 2º São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de
constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em
Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.

Em suma, não importa se o recurso é proveniente de uma transferência compulsória (como é o


caso da assertiva) ou voluntária, ou seja, a classificação dar-se-á de acordo com a destinação
a ser dada ao recurso, por parte do ente recebedor.
Errado.

037. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) A respeito de orçamento-programa, julgue o item


que se segue.
Na classificação institucional, os dois primeiros dígitos representam o órgão, e os três últimos,
a unidade orçamentária.

A Classificação Institucional da Despesa ordena as despesas de acordo com o ente político


competente à sua instituição ou realização, quais sejam: Governo Federal, Estadual, do Distrito
Federal e Municipal, relacionando os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades or-
çamentárias.
A ideia básica é que as dotações são confiadas diretamente a um Órgão, cujo dirigente é o
titular da responsabilidade pela execução e que, por sua vez, é subdividido em Unidades Orça-
mentárias, às quais caberá a execução das despesas, bem como a fiscalização a ser executa-
da pelo órgão setorial de controle interno.
Guarde que uma Unidade Orçamentária é o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo
órgão ou repartição para a qual serão consignadas dotações próprias.
Importante destacar que as Unidades Orçamentárias podem corresponder a uma estrutura
administrativa, como Tribunais, Ministérios etc., bem como podem se constituir apenas em
uma classificação para agrupar despesas afins, tais como “Encargos Financeiros”, “Reserva de
Contingência” etc.
Importante destacar ainda que além das subdivisões de cada Órgão, são também Unidades
Orçamentárias os órgãos autônomos, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e
sociedades de economia mista.

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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon

A assertiva está correta, já que, realmente, o código da classificação Institucional é composto


por cinco dígitos, sendo que os dois primeiros identificam o Órgão e os três últimos, a Unida-
de Orçamentária.
Certo.

038. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação aos orçamentos públicos, julgue o


item a seguir.
Uma receita relativa a multas aplicadas pela administração tributária pode ser classificada
como receita corrente, pois o seu recebimento, considerado ingresso extraorçamentário, não
altera o patrimônio líquido, em face de constituir um ingresso extraorçamentário.

As receitas de multas aplicadas pela administração tributária são receitas correntes classifi-
cadas em “outras receitas correntes”. Dessa forma, como são receitas correntes, são receitas
orçamentárias. Guarde ainda que, por outro lado, as receitas e despesas extraorçamentárias
não podem ser classificadas em corrente de capital.
Errado.

039. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) O orçamento público registra a estimativa das receitas e


das despesas administradas pelo Estado. Acerca desse assunto, julgue o próximo item.
Na execução da receita, destaca-se o lançamento, que é a entrega, realizada pelos contribuin-
tes aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao Te-
souro. O lançamento é um estágio a ser percorrido por todas as receitas que ingressam no
orçamento público.

Temos dois erros na questão: o Primeiro ocorre porque o pagamento do contribuinte ao agente
arrecadador ou banco autorizado corresponde ao estágio da arrecadação, e não de lançamen-
to, como aparece na assertiva; o segundo decorre da limitação, imposta pela Lei n. 4.320/1964,
para o estágio do lançamento apenas para as receitas de natureza fiscal.
Errado.

040. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação às classificações da receita pública, julgue o


item subsequente.
As receitas auferidas nas situações em que o Estado atua em condição de igualdade com os
particulares, sem o uso do poder de império, são consideradas receitas originárias, como é o
caso da receita de serviços.

Nas receitas de serviços, o Estado pratica atividades típicas do setor privado, ou seja, têm ori-
gem no próprio patrimônio público, sendo, portanto, receitas originárias.
Certo.

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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon

041. (CESPE/CNJ/ANALISTA/2013) No orçamento público estão dispostas as receitas e as


despesas administradas pelo Estado. Em relação a esse assunto, julgue o item subsecutivo.
A classificação funcional das despesas é formada por funções e subfunções. Estas eviden-
ciam cada área da atuação governamental, por intermédio da identificação da natureza das
ações, enquanto aquelas representam o maior nível de agregação das diversas áreas de des-
pesa que competem ao setor público.

As funções representam ações desenvolvidas pelo Governo, direta ou indiretamente, reunidas


em seus grupos maiores, por meio das quais o governo procura alcançar seus objetivos nacio-
nais, sendo desdobradas em subfunções.
Certo.

042. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o item subsequente, referente à classificação de


receita pública.
A receita pública não efetiva provém dos serviços prestados indiretamente pelo governo.

Quanto à repercussão/afetação patrimonial, as receitas são classificadas em efetiva e


não efetiva.
As Receitas Efetivas são aquelas em que os ingressos de disponibilidades de recursos não fo-
ram precedidos de registro de reconhecimento do direito e não constituem obrigações corres-
pondentes. Por isso mesmo, aumentam a situação líquida patrimonial do Estado. São exem-
plos a Receita Tributária, a Receita Patrimonial e a Receita de Serviços.
Já as Receitas Não Efetivas, ou por mutação patrimonial, são aquelas em que os ingressos
de disponibilidades de recursos foram precedidos de registro de reconhecimento do direito.
Por isso não alteram a situação líquida patrimonial. São exemplos a receita decorrente da
alienação de bens, de operações de crédito, de recebimento de amortização de empréstimo
concedido no passado, da cobrança de dívida ativa etc.
Podemos concluir que a receita pública efetiva é aquela que provém dos serviços prestados
indiretamente pelo governo.
Errado.

043. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Em relação à responsabilidade fiscal e às classifica-


ções orçamentárias da receita e da despesa públicas, julgue o item subsequente.
A discriminação da despesa quanto à sua natureza deve ser feita, na elaboração da lei orça-
mentária, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.

A questão está de acordo com o art. 6º da Portaria Interministerial STN/SOF n. 163/2001.

E o elemento, professor?
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon

Afinal, consta na Lei n. 4.320/1964:

Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos.

Agora veja o que diz o MCASP, que se posiciona de acordo com a portaria:

A aprovação e a alteração da lei orçamentária elaborada até o nível de elemento de despesa poderá
ser mais burocrática e, consequentemente, menos eficiente, pois exige esforços de planejamento
em um nível de detalhe que nem sempre será possível ser mantido. Por exemplo, se um ente tivesse
no seu orçamento um gasto previsto no elemento 39 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Ju-
rídica e pudesse realizar esse serviço com uma pessoa física, por um preço inferior, uma alteração
orçamentária por meio de lei demandaria tempo e esforço de vários órgãos, o que poderia levar,
em alguns casos, à contratação de um serviço mais caro. No entanto, sob o enfoque de resultado,
pouco deve interessar para a sociedade a forma pela qual foi contratado o serviço, se com pessoa
física ou jurídica, mas se o objetivo do gasto foi alcançado de modo eficiente.
Observa-se que a identificação, nas leis orçamentárias, das funções, subfunções, programas, proje-
tos, atividades e operações especiais, em conjunto com a classificação do crédito orçamentário por
categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação, atende ao princípio
da especificação. Por meio dessa classificação, evidencia-se como a Administração Pública está
efetuando os gastos para atingir determinados fins.

Mas cuidado com o comando da questão: se falar em Lei n. 4.320/1964, veja se há opção com
elemento; caso contrário, opte pela orientação do MCASP.
Lembre-se de que além da identificação quanto à natureza, há que se identificar as ações em
termos de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais:

Certo.

044. (CESPE/TC−DF/AUDITOR/2014) Em relação às receitas e despesas públicas, julgue o


item subsequente.
A classificação da receita por fonte de recurso atende à necessidade de vinculação de receitas
e despesas, estabelecida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon

A LRF, em seu artigo 8º, parágrafo único, reforça essa ideia. Veja:

Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusi-
vamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que
ocorrer o ingresso.

Seguindo as diretrizes da LDO, a classificação por fontes serve para detalhar os recursos legal-
mente vinculados às finalidades específicas, que devem ser usados para atender ao objeto de
sua vinculação.
Certo.

045. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Julgue o item seguinte, que trata dos aspectos técnicos
e legais das receitas públicas.
Em relação à natureza, as receitas públicas se dividem em receitas correntes e de capital.

Na verdade, é quanto à categoria econômica que a receita pública se divide em corrente e


de capital.
Já a classificação por natureza das receitas orçamentárias demonstra o fato gerador que ori-
ginou o ingresso dos recursos aos cofres públicos, podendo ser considerada a menor célula
de informação, em termos de orçamento público, no que diz respeito às receitas públicas, de
modo a permitir as necessárias vinculações:
Categoria Econômica – um dígito
Origem – um dígito
Espécie – um dígito
Desdobramentos para identificação de peculiaridades – quatro dígitos
Tipo – um dígito
O bom e velho mnemônico: COEDDDDT.
Errado.

046. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação à receita pública, julgue o item seguinte.


Os recursos recebidos de outras pessoas jurídicas de direito público ou privado, quando desti-
nados a atender despesas correntes, nem sempre são classificados como receitas correntes.

No caso de transferências intergovernamentais recebidas, o ente deve classificar essa receita


de acordo com a sua destinação, já que se trata de uma receita com vinculação. Esse procedi-
mento é disposto no § 1º e § 2º do artigo 11 da Lei n. 4.320/1964. Confira, com grifos nossos:
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon
Art. 11, § 1º São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecu-
ária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis
em Despesas Correntes.
§ 2º São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de
constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em
Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.
Errado.

047. (CESPE/TCE-RN/INSPETOR/2015) Julgue o próximo item, relacionado a receitas e des-


pesas públicas.
A classificação orçamentária da receita influencia a destinação do recurso arrecadado, ou seja,
a segregação entre a receita de impostos e a receita de contribuição permite que a contabilida-
de separe a receita que é vinculada (impostos) da que não é vinculada (contribuições).

É justamente o inverso. O examinador quis pegar os apressados e desatentos. Veja, a seguir,


como reescrever a assertiva, corretamente:
“A classificação orçamentária da receita influencia a destinação do recurso arrecadado, ou
seja, a segregação permite que a contabilidade separe a receita que é vinculada (contribui-
ções) da que não é vinculada (impostos)”.
Errado.

048. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Em relação às classificações da receita pública, julgue


o item subsequente.
A classificação por fontes de recursos é um procedimento que consiste em agrupar os recur-
sos extraorçamentários, não sendo aplicado aos recursos orçamentários.

A classificação por fontes de recursos subdivide a classificação econômica das receitas em mais
quatro níveis, estabelecida pela Lei n. 4.320/1964, abrangendo, assim, as receitas orçamentárias.
Errado.

049. (CESPE/ABIN/OFICIAL/TÉCNICO/2010) Com referência às disposições constitucionais


em matéria orçamentária e à conceituação e classificação da receita e da despesa orçamentá-
rias, julgue o item subsequente.
A dívida ativa das contribuições previdenciárias recebidas é considerada receita da dívida ativa
tributária e classificada como receita tributária, de acordo com o respectivo tributo.

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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon

Relembrando o assunto classificação da receita pública, a receita oriunda da dívida ativa das
contribuições previdenciárias recebidas é considerada receita da dívida ativa NÃO tributária e
classificada como Outras Receitas Correntes.
Errado.

050. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação às receitas públicas, julgue o item a seguir.


Quando o poder de tributar e arrecadar tributos pertence a um ente, mas a aplicação dos re-
cursos correspondentes pertence a outro, a classificação como receita tributária deve ocorrer
no ente tributante. No ente beneficiário ou aplicador, deve ser registrado o recebimento dos
recursos como receita tributária ou de transferência, conforme o caso.

Guarde que quando o poder de tributar, arrecadar e distribuir pertence a um ente, mas a aplica-
ção dos recursos correspondentes pertence a outro ente, a classificação como receita tributá-
ria deverá ocorrer no ente tributante.
Mas guarde também que, enquanto no ente tributante a transferência de recursos arrecadados
deverá ser registrada como dedução de receita ou como despesa orçamentária, de acordo com
a legislação em vigor, no ente beneficiário ou aplicador deverá ser registrado o recebimento
dos recursos como receita tributária ou de transferência, de acordo com a legislação em vigor.
Certo.

051. (CESPE/TCU/TFCE/2012) A administração pública prevê, em determinadas situações, a


utilização de uma sistemática especial, denominada suprimento de fundos, para realizar des-
pesas que, por sua natureza ou urgência, não possam aguardar o processo normal da execu-
ção orçamentária. Quanto à concessão do suprimento de fundos, julgue o item seguinte.
É permitida a concessão de suprimento de fundos a servidor que seja declarado em alcance ou
que esteja respondendo a processo administrativo, desde que o objeto do inquérito não esteja
relacionado à concessão de suprimentos de fundos anteriores.

Antes de responder a essa questão, vamos fazer a leitura dos artigos 68 e 69 da Lei n.
4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a responsável por dois adiantamentos.

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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon

Dessa forma, um servidor em alcance, ou seja, aquele que tenha cometido apropriação indevi-
da, extravio, desvio ou falta verificada na prestação de contas, de dinheiro ou valores confiados
à sua guarda, NÃO PODE RECEBER VALORES A TÍTULO DE SUPRIMENTO DE FUNDOS, contra-
riando a mensagem da assertiva.
Errado.

052. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue:


Se um órgão público reconhecer dívida referente a exercício financeiro já encerrado, a despesa
poderá ser inscrita na conta de despesas de exercícios anteriores, ainda que o orçamento res-
pectivo não consignasse crédito próprio para o pagamento.

Guarde que as despesas de exercícios anteriores envolvem despesas relativas a exercícios


encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo sufi-
ciente para atendê-la, que não se tenham processado na época própria.
Mas não se esqueça de que, além dessa situação, as despesas de exercícios anteriores envol-
vem os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o
encerramento do exercício correspondente.
Certo.

053. (CESPE/FUB/ADMINISTRADOR/2018) Acerca dos mecanismos técnicos utilizados na


administração do orçamento público, julgue o item a seguir.
Se alguma parcela de suprimento de fundos concedido for restituída sem utilização, a despesa
correspondente deverá ser obrigatoriamente anulada.

Na verdade, a despesa não deverá ser anulada, já que foi processada e registrada de forma re-
gular, sujeita, inclusive, à prestação de contas. Nesse sentido, a mera devolução da parcela não
utilizada é apenas um estorno parcial da despesa empenhada, não sendo caso de anulação.
Errado.

054. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) Julgue o item a seguir, acerca da concessão de su-


primento de fundos e do tratamento contábil a ser dado ao suprimento de fundos.
Para que o recurso de suprimento de fundos seja concedido ao suprido, devem ser percorridos
os três estágios da despesa orçamentária — empenho, liquidação e pagamento.

Vamos ver o que diz o MCASP 8ª Edição:

4.9. SUPRIMENTOS DE FUNDOS (REGIME DE ADIANTAMENTO)


O suprimento de fundos é caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para futu-
ra prestação de contas. Esse adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para conceder

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o recurso ao suprido é necessário percorrer os três estágios da despesa orçamentária: empenho,
liquidação e pagamento. Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque patrimonial, pois,
no momento da concessão, não ocorre redução no patrimônio líquido. Na liquidação da despesa
orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre o registro de um passivo, há também a incorporação
de um ativo, que representa o direito de receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser efetuado
pelo suprido, ou a devolução do numerário adiantado.

Podemos então afirmar que, mesmo no regime de suprimento de fundos ou de adiantamentos,


para que o recurso seja concedido ao suprido, devem ser percorridos os três estágios da des-
pesa pública orçamentária − empenho, liquidação e pagamento −, ficando pendente apenas a
prestação de contas.
Certo.

055. (CESPE/MP−CE/ANALISTA/2020) Julgue o item seguinte, relativo ao regime de adianta-


mento de suprimento de fundos.
Os entes da Federação devem observar as regras estabelecidas pela Secretaria do Tesouro
Nacional quanto à regulamentação do seu regime de adiantamento de suprimento de fundos.

Vamos ver o que diz o MCASP 8ª Edição:

Cada ente da Federação deve regulamentar o seu regime de adiantamento, observando as


peculiaridades de seu sistema de controle interno, de forma a garantir a correta aplicação do
dinheiro público

Entende-se, portanto, que cada ente faz a sua regulamentação no que diz respeito a suprimen-
to de fundos, ou seja, não precisam observar as regras estabelecidas pela STN.
Errado.

Agora, quero pedir um favor.


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Professor Manuel Piñon


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GABARITO
1. C 20. C 39. E
2. C 21. C 40. C
3. E 22. E 41. C
4. C 23. C 42. E
5. E 24. E 43. C
6. C 25. C 44. C
7. E 26. E 45. E
8. C 27. C 46. E
9. C 28. C 47. E
10. E 29. C 48. E
11. E 30. E 49. E
12. C 31. E 50. C
13. E 32. C 51. E
14. C 33. E 52. C
15. E 34. C 53. E
16. E 35. C 54. C
17. E 36. E 55. E
18. C 37. C
19. E 38. E

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Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

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