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Revisão do Terço
(Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
AFO
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Sumário
Manuel Piñon
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)........................................................................ 4
1. Receita Pública.. ............................................................................................................................ 4
1.1. Os Quatro Estágios da Receita Pública................................................................................. 5
1.2. Classificação das Receitas Públicas..................................................................................... 6
1.3. Enfoque Orçamentário x Enfoque Financeiro................................................................... 14
2. Despesa Pública. . ........................................................................................................................15
2.1. Estágios/Fases da Despesa Pública....................................................................................16
2.2. Classificações da Despesa Pública.. ................................................................................... 18
2.3. Enfoque Orçamentário x Enfoque Patrimonial................................................................ 26
2.4. Restos a Pagar........................................................................................................................ 27
2.5. Despesas de Exercícios Anteriores.................................................................................... 28
Questões de Concurso.................................................................................................................. 35
Gabarito............................................................................................................................................64
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Manuel Piñon
Apresentação
Olá, GRAN CONCURSEIRO(A)!
Hoje vamos utilizar um resumo das aulas 9, 10 e 11, seguido de questões comentadas
(com gabarito) que tratam do conteúdo dessas aulas, servindo como instrumento de revisão
e de fixação.
Espero que você goste deste material e que ele contribua efetivamente para a sua aprovação.
Boa revisão!
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Ingressos
Extraorçamentários
Ingressos de
Valores nos
Cofres Públicos Receitas Orçamentárias
(Receitas Públicas)
Receitas Orçamentárias
Ingressos Extraorçamentários (Receitas públicas em sentido
estrito)
A entrada ou ingresso é toda entrada de dinheiro nos cofres públicos, de maneira ampla,
geral e irrestrita.
Já a receita pública é a entrada que se integra ao patrimônio público sem quaisquer reser-
vas, condições ou correspondência no passivo, aumentando seu vulto, como elemento novo
e positivo.
Etapas da receita orçamentária:
(PLANEJAMENTO) (EXECUÇÃO)
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Modalidades de lançamento
Art. 149 Art. 147 Art. 150
CLASSIFICAÇÃO
DESTINAÇÃO
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Receitas orçamentárias: são aquelas que podem ser previstas na Lei Orçamentária Anual e
que constituem fonte de recursos para fazer frente às despesas orçamentárias. São todos os
ingressos financeiros de caráter não transitório auferidos pelo Poder Público.
Receitas extraorçamentárias: são aquelas não previstas no orçamento, que correspon-
dem a fatos de natureza estritamente financeira, decorrentes da própria gestão das entidades.
Correspondem aos valores provenientes de toda e qualquer arrecadação que não figura no
orçamento público, por não pertencerem de fato ao Governo. Sua realização não se vincula à
execução do orçamento, nem constitui renda do Estado, que é mero depositário desses valo-
res. Poderão converter-se em receitas orçamentárias quando o Estado se beneficia das pres-
crições, insubsistências e decisões administrativas ou judiciais favoráveis.
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Art. 11. A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Recei-
tas de Capital.
§ 1º São Receitas Correntes as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, in-
dustrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras
pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em
Despesas Correntes.
§ 2º São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de
constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Des-
pesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.
Receitas originárias: são aquelas que têm origem no próprio patrimônio público. O Estado
é o produtor de bens e serviços, praticando atividades típicas do setor privado; as receitas ori-
ginárias independem de autorização legal e podem ocorrer a qualquer momento.
Receitas derivadas: são obtidas do patrimônio particular, por meio de atividade coercitiva
do Estado sobre os particulares, ou seja, são aquelas cobradas pelo Estado, por força do seu
poder de império, sobre as relações econômicas praticadas pelos particulares, pessoas físicas
ou jurídicas, ou sobre seus bens. Temos como exemplos as receitas relativas a tributos, confis-
cos, apreensões, penalidades pecuniárias etc.
Em tese, o Estado
não quebra.
Receita originária – vem do
próprio Estado
Como o Estado Títulos públicos?
adquire dinheiro?
Vem do particular. É
Receita pública derivada
imposta pelas regras do
Direito Financeiro e da
administração pública.
Objetivo da arrecadação:
prestar serviços públicos e
alcançar o bem comum.
Cada tipo de receita pública acaba por demonstrar um maior ou menor interesse público
em comparação com o interesse privado. Nesse sentido, a doutrina classificou, de forma es-
calonada, as receitas públicas em cinco tipos, partindo daquela com maior grau de interesse
privado até o de maior grau de interesse público.
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REGIME JURÍDICO DE
REGIME JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO
DIREITO PRIVADO
Atividades estatais
Serviços públicos Atividades econômicas
típicas
TRIBUTOS
Tarifas ou preços Preços ou preços
Multas
públicos privados
Exigências compulsórias
CF, arts. 145, 148 e149 CF, art. 175 CF, arts. 170 e 173
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Existe taxa cobrada em razão de poder Não existe tarifa cobrada em razão de
de polícia poder de polícia
Exigida por pessoas jurídicas de direito Exigida por pessoas de direito público e
público direito privado
RECEITA ORÇAMENTÁRIA
- Aumenta o PL;
- Não altera o PL;
- Oriunda de fatos modificativos
- Oriunda de fatos permutativos;
aumentativos;
- Não é receita no conceito contábil;
- É receita no conceito contábil;
- Produz mutação patrimonial.
- Não produz mutação patrimonial.
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Receitas Próprias: quando seu ingresso é promovido pela própria entidade, diretamente
ou por meio de agentes arrecadadores autorizados. São exemplos os tributos, os aluguéis,
os rendimentos de aplicações financeiras, as multas e os juros de mora recebidos, os valores
recebidos por alienação de bens etc.
Receitas de Transferências: são aquelas em que a arrecadação se processa por meio de
outras entidades, em virtude de dispositivos constitucionais ou legais, ou mediante acordos
ou convênios. São exemplos: os valores recebidos como cota-parte de Tributos Federais aos
Estados e Municípios, oriundas do FPE e do FPM; os valores recebidos como cota-parte de
Tributos Estaduais aos Municípios, decorrentes da arrecadação do ICMS e do IPVA; os valores
decorrentes de convênios firmados com outros entes, entre outros.
Receitas de Financiamentos: são as decorrentes de operações de crédito realizadas com
destinação especifica, vinculadas à comprovação da aplicação dos recursos. São exemplos de
Receitas de Financiamentos os valores recebidos a título de financiamentos para implantação
de parques industriais, para aquisição de bens de consumo duráveis, para realização de obras
de saneamento básico etc.
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Tributárias
Contribuições
Patrimonial
Agropecuária
Receitas correntes
Industrial
Serviços
Transferências
correntes
Operações de crédito
Alienação de bens
Amortização de
Receitas de capital
empréstimos
Transferência
de capital
Outras receitas
de capital
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9 − Recursos Condicionados
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C O E DDDD T
Desdobramentos
Categoria
Origem Espécie para identificação de Tipo
Econômica
peculiaridades da receita
DÍGITO 1º 2º 3º 4º a 7º 8º
Desdobramentos
Categoria para identificação
SIGNIFICADO Origem Espécie Tipo
Econômica de peculiaridades
da receita
Quando, por exemplo, o imposto de renda de pessoa física é recolhido, aloca-se a recei-
ta pública correspondente na natureza de receita código “1.1.1.3.01.1.1”, segundo o esque-
ma a seguir:
Categoria econômica
Origem
Espécie
Desdobramento para identificação
de peculiaridades
Tipo
1 1 1 3.01.1 1
Principal
Imposto sobre a Renda de Pessoa Física (IRPF)
Impostos
Impostos, taxas e contribuições de melhoria
Receita corrente
A ideia é poder identificar quando uma receita é primária (P) − ou seja, quando o seu valor
é computado na apuração do resultado (superávit ou déficit) primário − ou não primária ou
financeira (F) − quando não é considerada nesse cálculo.
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Tributos, obrigações
Dúvida ativa tributária previdenciárias e
Classificação
adicionais/multas.
(Lei n. 4.320/1964,
art. 39, § 2º; Pcasp) Contratos e outras
Dívida ativa não tributária
obrigações legais.
Dívida ativa
tributária e PGFN
previdenciária.
União AGU
Autarquias e Procuradoria-
Gestão fundações públicas.
Geral Federal
administrativa
e judicial Disporão sobre a competência de seus órgãos e enti-
Estados, DF
dades para a gestão administrativa e
e municípios
judicial de sua dívida ativa (Lei n. 6.830/1980).
Sentido amplo
Quanto à previsão no orçamento
Conceito
Sentido estrito
Quanto à coercitividade
Planejamento
Quanto à afetação patrimonial
RECEITA Etapas
Classificações Execução
PÚBLICA
Quanto à regularidade
Controle e avaliação
Quanto à categoria econômica
Previsão
Quanto à fonte
Lançamento
Estágios
Quanto à natureza da receita Arrecadação
Recolhimento
2. Despesa Pública
A Despesa Pública representa o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de
Direito Público, com a finalidade de funcionamento dos serviços públicos e de atendimento às
necessidades coletivas, aplicando certa quantia dentro de uma autorização legislativa, bus-
cando a manutenção das atividades do ente estatal, a conservação ou a construção de bens
públicos, com exceção das chamadas despesas extraorçamentárias.
Importante registrar que os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orça-
mentários e extraorçamentários.
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• Fixação da despesa
Planejamento • Descentralização de créditos
• Programação orçamentária e financeira
• Empenho
Execução • Em liquidação
• Liquidação
• Pagamento
Controle
Planejamento
Execução
ou pré-empenho
Descentralização
Liquidação
dos créditos
Programação
Pagamento
orçamentária
e financeira
Licitação
e contratação
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Empenho
Usa-se o Empenho Ordinário para acudir despesas com montante previamente conhecido
e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
Já o Empenho Global atende às despesas com montante previamente conhecido, mas cujo
pagamento seja parcelado.
Por seu turno, para acolher despesas cujo valor não se possa determinar previamente, usa-
-se o Empenho por Estimativa, como nos casos de contas de água, luz, telefone, diárias etc.
A Liquidação é o segundo estágio da despesa e é caracterizada pela entrega dos bens e
serviços contratados. Nos termos do disposto no art. 63 da Lei n. 4.320/1964, a liquidação da
despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito.
O Pagamento é o terceiro e último estágio da despesa. Dispositivo constante do artigo
64 da Lei n. 4.320/1964 define: a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade
competente, determinando que a despesa seja paga.
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Despesas Orçamentárias: as despesas orçamentárias são aquelas que podem ser previs-
tas na Lei Orçamentária Anual e que financiam o funcionamento dos serviços públicos. Sua
realização depende de autorização legislativa.
Despesas Extraorçamentárias: são despesas extraorçamentárias as que não podem ser
previstas na Lei Orçamentária Anual e que têm caráter transitório. Sua realização não se vincu-
la à execução orçamentária.
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Despesa Orçamentária Efetiva − aquela que, no momento de sua realização, reduz a situa-
ção líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo.
Despesa Orçamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não reduz
a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Também cha-
mada de despesa “por mutação/mudança patrimonial”.
Despesa
Orçamentária
Classificação Institucional
25 2 01
ÓRGÃO OU
Ministério da Fazenda
TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO
1 – Direta
2 – Autarquia, Fundação e Agência
3 – Fundo
UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
Banco Central do Brasil
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Despesa
Não contribui para formação ou aquisição de
Corrente
bem de capital
Pode provocar registro em ativos ou passivos
Classificação da circulares
Despesa por
Categoria Econômica
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MODALIDADE DE APLICAÇÃO
20 TRANSFERÊNCIAS À UNIÃO
22 TRANSFERÊNCIAS DELEGADAS À UNIÃO
30 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL
31 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E DF - FUNDO A FUNDO
32 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A ESTADO E DF
40 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS
41 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS - FUNDO A FUNDO
42 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A MUNICÍPIOS
50 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS
60 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS COM FINS LUCRATIVOS
70 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES MULTIGOVERNAMENTAIS
71 TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS
72 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A CONSÓRCIOS PÚBLICOS
80 TRANSFERÊNCIAS AO EXTERIOR
90 APLICAÇÕES DIRETAS
91 APLICAÇÃO DIRETA INTRAORÇAMENTÁRIA (OFSS)
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A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 15, estabelece o Princípio da Discriminação, o qual exige
que as despesas sejam discriminadas, no mínimo, por elementos. Em seguida, define elemen-
tos como “o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios
de que se serve a administração pública para a consecução dos seus fins”.
Esquema:
Quanto à
Lei n. 46320/1964
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Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos
objetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, quatro anos.
Eixos estratégicos
Legenda
estratégica
Dimensão
Não
Tema LOA
orçamentário
Dimensão
Indicador de
tática
Ação Plano
Produto
operacional
orçamentária orçamentário
Dimensão
Ação não
Produto
orçamentária
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Classificação por
Esfera Orçamentária Em qual Orçamento?
Esfera
O que se pretende
Estrutura alcançar com a
Programa
Programática implementação da
Política Pública?
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Funcional
Programática
SIM SIM
NÃO
DIFERENÇA SERÁ
INSCRIÇÃO VALOR EMPENHADA
PELO VALOR ESTIMADO < EM DESPESA
NÃO
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Resumindo:
Dívida Flutuante:
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Dívida Fundada:
Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.
IV – os débitos de tesouraria
Suprimento de Fundos
Não pode ser concedido suprimento destinado a cobrir despesas de locomoção de servi-
dor em viagem quando esse houver recebido diária.
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Existem situações que exigem tratamento sigiloso. Esses casos obedecerão a regime es-
pecial de execução.
Não poderá ser concedido suprimento de fundos:
• a responsável por dois suprimentos;
• a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo
quando não houver na repartição outro servidor;
• a responsável por suprimento de fundos que não tenha prestado contas de sua aplica-
ção no prazo previsto; e
• a servidor declarado em alcance ou que esteja respondendo a inquérito administrativo.
Servidor em alcance é aquele que não tenha prestado contas de suprimento, no prazo re-
gulamentar, ou cujas contas não tenham sido aprovadas em virtude de desvio, desfalque, falta
ou má aplicação de dinheiro, bens ou valores confiados à sua guarda, verificados na prestação
de contas.
Na aplicação do suprimento de fundos observar-se-ão as condições e finalidades pre-
vistas no seu ato de concessão, que é a autorização do suprimento de fundos formalizada no
documento de concessão, do qual constarão o valor do suprimento, sua destinação, o nome
do suprido e seu cargo/função, o prazo de aplicação, a data para prestação de contas e as as-
sinaturas do ordenador de despesa e do responsável pelo suprimento.
O prazo de aplicação do suprimento não poderá exceder a 90 dias nem ultrapassar o exer-
cício financeiro, devendo a prestação de contas da importância aplicada até 31 de dezembro
ser apresentada até o dia 15 de janeiro subsequente. Além disso, aquele que é detentor de
suprimento de fundos deve indicar os saldos em seu poder em 31 de dezembro, para efeito de
contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade.
O servidor tem 30 dias para prestar contas do suprimento, todavia, se a importância do su-
primento for aplicada até o encerramento do exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezembro,
a despesa deverá ser comprovada até 15 de janeiro seguinte.
Se o suprido, entretanto, deixar de prestar contas no prazo estabelecido, deverá ser proce-
dida a tomada de contas especial, sem prejuízo das providências administrativas para apura-
ção das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis.
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Liquidação/ Programação
Empenho Pagamento
reconhecimento de desembolso
Período para
Devolução de
prestação de
suprimentos [Com
contas expirado
devolução]
não aplicados
[Sem devolução]
Prestação de Prestação de
contas aprovada contas reprovada
Transferência
para CTU
[Devolução
Inscrição em diver-
Integral]
sos responsáveis
[Else]
Estorno de
Prestação de
Aprovação de pres- inscrição em diver-
contas aprovada
tação de contas sos responsáveis
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As despesas de
Para atender despesas exercícios já encerrados
de pequeno vulto, assim Despesa Pública – Parte II para as quais o
entendidas aquelas cujo orçamento respectivo
valor não ultrapasse aos consignava crédito
limites estabelecidos próprio com saldo
pela legislação. suficiente para atendê-
las, mas que, por
motivo superveniente,
Despesas de Exercícios não tenha sido
I – os restos a Anteriores empenhado na época
pagar, excluídos os própria, desde que
serviços da dívida. o fornecimento do
material, a prestação do
serviço ou a execução
II – os serviços da da obra já tenha
dívida a pagar. Compreende Flutuante
efetivamente ocorrido.
III – os depósitos.
Restos a pagar com
prescrição interrompida.
IV – os débitos de Dívida
tesouraria.
Compromissos somente
reconhecidos após
o encerramento do
Os compromissos de exercício desde que
exigibilidade superior a tenham decorrido
doze meses, contraídos de situação ou fato
Compreende Fundada
para atender a desequilíbrio independente da
orçamentário ou a financeiro vontade do ordenador
de obras e serviços públicos. da despesa.
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A liquidas: AINDA NÃO OCORREU O FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO (ainda está pendente a entrega
do produto/serviço).
Em liquidação: JÁ OCORREU O FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO (houve o adimplemento da obrigação
pelo credor), MAS AINDA NÃO DEU A DEVIDA LIQUIDAÇÃO.
Serão BLOQUEADAS em 30/06 do SEGUNDO ANO subsequente ao de sua inscrição.
Salvo: * do Ministério da Saúdo
* de emendas individuais impositivas de resultado primário 6 (empenhados a partir de 2016)
PROCESSADOS
É ITEM ESPECÍFICO da programação financeira: seu pagamento deve ser feito dentro do limite de
saques fixado.
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D.E.A
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/TCE−PE/AUDITOR/2017) Julgue o próximo item, relativo às receitas e às des-
pesas públicas.
Os gastos com a construção de um hospital público e com a aquisição de móveis usados são
considerados despesas de capital, ao passo que a compra de papel para impressão e a quita-
ção de juros da dívida pública se enquadram como despesas correntes.
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Quando pagos pelos devedores, os créditos desse ente, sejam eles de natureza tributária ou
não tributária, são uma entrada no seu fluxo de caixa.
Certo.
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Nesse sentido, são receitas provenientes do capital das pessoas e das empresas privadas,
às quais são impostos pagamentos de tributos, confiscos, apreensões, penalidades pecu-
niárias etc.
São, portanto, unilaterais, dependendo do “jus imperii” do Estado.
Podemos então concluir que impostos, taxas e contribuições são considerados receitas
DERIVADAS.
Errado.
Em uma primeira leitura, nossa tendência é achar que a assertiva está errada, mas, de acordo
com a Lei n. 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para
o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição.
Dessa forma, o empenho, na verdade, é a garantia ao credor de que, se cumprir os termos do
que foi tratado com a Administração, receberá o pagamento a ele reservado.
Mas é bom destacar que mesmo estando a despesa legalmente empenhada, o Estado ainda
não se vê obrigado a efetuar o pagamento, já que o implemento de uma determinada condição
poderá estar concluído ou não.
Guarde que a Lei n. 4.320/1964 determina que o pagamento de qualquer despesa pública, in-
dependentemente do valor, passe pela fase “decisiva” da liquidação.
Somente com a liquidação, segundo estágio da execução da despesa, será cobrada a presta-
ção dos serviços, a entrega dos bens ou a realização da obra, de modo a impedir o pagamento
sem o implemento de condição.
Certo.
Na verdade, o Plano Orçamentário não consta na Lei Orçamentária Anual − LOA. De acordo
com o MTO:
[...] o Plano Orçamentário – PO é uma identificação orçamentária, de caráter gerencial (não cons-
tante da LOA), vinculada à ação orçamentária, que tem por finalidade permitir que tanto a elabora-
ção do orçamento quanto o acompanhamento físico e financeiro da execução ocorram em um nível
mais detalhado do que o do subtítulo/localizador de gasto.
Errado.
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Em seus artigos 52 e 53, a Lei n. 4.320/1964 define o Lançamento como o segundo estágio da
receita, representando o ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito
fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
No caso das receitas públicas de origem tributária, o lançamento deve observar o disposto no
art. 142 da Lei n. 5.172/1966 (Código Tributário Nacional), que o define como procedimento
privativo da autoridade administrativa tendente a verificar a ocorrência do fato gerador: deter-
minar a matéria tributável; calcular o montante do tributo devido; identificar o sujeito passivo;
e, se for o caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Basicamente, em nosso Sistema Tributário Nacional temos três modalidades diferentes de
lançamento tributário:
• lançamento por declaração ou misto: é aquele que concede a espontaneidade ao sujeito
passivo para declarar corretamente. Dessa forma, o próprio contribuinte apura o valor
devido e presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispen-
sáveis à sua efetivação, como nos casos dos Impostos de Importação e de Exportação;
• lançamento por homologação ou autolançamento: é aquele em que o pagamento e as
informações prestadas pelo contribuinte são realizados sem qualquer exame prévio da
autoridade administrativa, como nos casos do Imposto de Renda e do ICMS;
• lançamento de ofício ou direto: é aquele usado para tributos que têm como fato gerador
uma situação cujos dados constam dos cadastros de suas Secretarias de Fazenda, de
modo que basta à autoridade administrativa a consulta àqueles registros para que tenha
em mãos dados fáticos necessários à realização do lançamento. Dessa forma, é efetu-
ado pela Administração sem a participação do contribuinte, como nos casos do IPTU e
do IPVA.
Finalmente, guarde que, por força da Lei n. 4.320/1964, são objeto de lançamento as rendas
com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
Certo.
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A associação é efetuada por meio de um código numérico de oito dígitos, cujas posições ordi-
nais passam a ter o seguinte significado:
C O E DDDD T
Desdobramentos
Categoria
Origem Espécie para identificação de Tipo
Econômica
peculiaridades da receita
Caro(a) concurseiro(a), mantenha em mente que aqueles valores recebidos a título de caução
são casos típicos de receita extraorçamentária, já que não se incorporam ao patrimônio do Es-
tado de modo definitivo por serem, em regra, devolvidos ao final do contrato, ajuste ou certame.
Certo.
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Em primeiro lugar, note que, como o bem não foi entregue a tempo no ano de 2016, ou seja,
não tivemos a conclusão do implemento de condição, o empenho foi cancelado e a dotação
reverteu-se à origem, em conformidade com o artigo 38 da Lei n. 4.320/1964. Confira, com
grifos nossos:
Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada no exercício; quando a anulação ocor-
rer após o encerramento deste, considerar-se-á receita do ano em que se efetivar.
Agora, repare que no ano de 2017 o fornecedor entregou as máquinas e apresentou a fatura,
alegando que o atraso ocorreu em virtude de problemas alfandegários.
Mas note que em 2017 o empenho não existe mais, já que foi cancelado e o valor respectivo
não foi inscrito em restos a pagar. Vamos juntos, então, ler a assertiva e analisar se ela está
correta ou errada:
“Assertiva: nessa situação, o órgão X deverá fazer a inscrição em restos a pagar relativos
ao orçamento de 2017 para efetuar a liquidação e o pagamento do respectivo débito com o
fornecedor.”
Note que o artigo 36 da Lei n. 4.320/1964 assim dispõe:
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de
dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.
Como não temos mais empenho para ser inscrito em Restos a Pagar no fim do exercício, va-
mos ler o que diz o artigo 37 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica
consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem
cronológica.
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As Receitas Extraorçamentárias são aquelas que não estão previstas no orçamento, que cor-
respondem a fatos de natureza estritamente financeira, decorrentes da própria gestão das en-
tidades, ou seja, correspondem aos valores provenientes de toda e qualquer arrecadação que
não figura no orçamento público, por não pertencerem de fato ao Governo.
Certo.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
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I – Das Subvenções Sociais
Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras, a concessão de subven-
ções sociais visará à prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional,
sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses objetivos revelar-se
mais econômica.
Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unida-
des de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados, obedecidos os
padrões mínimos de eficiência previamente fixados.
Errado.
Evento Valor
A partir dessa tabela, julgue o item que se segue, considerando as normas vigentes relativas a
receitas e despesas no setor público.
No referido exercício foram registradas, no balanço financeiro, despesas extraorçamentárias,
porém não houve registro de receita extraorçamentária.
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Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os rece-
bimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie
provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária
para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
Podemos concluir, portanto, que o valor inscrito em restos a pagar é receita extraorçamentária,
devendo ser registrado, dessa forma, como receita extraorçamentária.
Errado.
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CAPÍTULO II
Constituição de Crédito Tributário
SEÇÃO I
Lançamento
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante
do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade
cabível.
PEGADINHA DA BANCA
Olhe como o CESPE foi cruel: ele colocou “confirmar” e não “calcular”, conforme consta no
CTN. A ideia do CESPE foi a de que para se confirmar algo, precisa-se antes calcular. Fique
esperto na prova, pois muitas vezes o CESPE pega no detalhe.
Errado.
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Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados
como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias.
§ 1º Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão
inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua
liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título.
Da leitura desse normativo, depreende-se que somente depois de vencidas as etapas de apu-
ração da liquidez e da certeza é que a dívida ativa é inscrita.
Nesse sentido, a dívida ativa inscrita goza de presunção de liquidez e certeza relativa, somente
podendo ser derrogada por prova inequívoca, por parte do sujeito passivo.
Certo.
A ideia-chave da classificação funcional é atuar como elemento de ligação dos gastos públi-
cos nas três esferas de governo, sendo utilizada tanto no orçamento da União quanto no orça-
mento dos Estados. Também os Municípios estão obrigados a observar essa regra.
O objetivo é que as funções representem as ações desenvolvidas pelo Governo, seja direta ou
indiretamente, aglutinadas em grupos maiores, de acordo com os objetivos nacionais.
A Portaria n. 42/1999 atualiza a discriminação da despesa por funções de que trata a Lei n.
4.320/1964, estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto, atividade, ope-
rações especiais, e dá outras providências.
Guarde que enquanto o código das funções é composto por dois dígitos numéricos, o das sub-
funções, pelo qual são subdivididas as funções, é composto por três dígitos.
No caso da assertiva em tela, entretanto, temos um erro: embora saúde e educação sejam
funções, conforme o critério funcional da despesa, as especificações de ensino fundamental,
médio e superior não são funções, mas sim subfunções da função educação.
Errado.
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Os valores recebidos como garantia de contratos, como a caução e o depósito judicial, são
casos típicos de receita extraorçamentária, já que não se incorporam ao patrimônio do Estado
de modo definitivo por serem, em regra, devolvidos ao final do contrato, ajuste ou certame.
Certo.
024. (INÉDITA/2020) A respeito das classificações da receita pública, julgue o item a seguir.
As multas administrativas não são incluídas no conceito de receita pública orçamentária por-
que são atos punitivos.
A receita com multa é uma receita orçamentária, já que não gera uma obrigação corresponden-
te para o Estado, embora a multa seja distinta do conceito de tributo, segundo o qual as multas
não são incluídas por serem atos punitivos.
Errado.
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Apesar de a fase de Previsão da Receita preceder a Fixação da Despesa, não podemos dizer
que a Previsão da Receita seja o primeiro estágio de Execução da Receita Orçamentária, já que
a Previsão integra a fase de Planejamento, e não a fase de Execução da Receita, sendo esta
integrada pelas etapas de Lançamento, Arrecadação e Recolhimento.
Errado.
Amigo(a), na verdade, a classificação por fonte de recursos possui dupla finalidade, já que per-
mite indicar a destinação dos recursos para determinado tipo de despesa, além de localizar a
respectiva fonte que financia a despesa em questão.
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Para resolver essa questão, devemos ler a parte inicial do artigo 39 da Lei n. 4.320/1964:
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados
como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias.
§ 1º Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão
inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua
liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título.
Certo.
Quando são feitas as projeções para a realização das previsões de receitas, são utilizados da-
dos estatísticos e matemáticos, séries históricas de arrecadações de anos anteriores e efeitos
da variação do índice de preços e do crescimento econômico, de modo a perseguir o valor
mais próximo do que será arrecadado no ano seguinte.
Certo.
Tenha em mente que o Empenho, de acordo com sua natureza e finalidade, pode ser Ordinário,
Global ou por Estimativa.
Usa-se o Empenho Ordinário para acudir despesas normais com montante previamente co-
nhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
Já o Empenho Global é aquele que serve para despesas com montante previamente conheci-
do, mas cujo pagamento seja parcelado, como nos casos das despesas com aluguéis, presta-
ção de serviços, salários etc.
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Por seu turno, para acolher despesas cujo valor não se possa determinar previamente, usa-se
o Empenho por Estimativa, como nos casos de contas de água, luz, telefone, diárias etc. São
gastos que ocorrem regularmente, mas cujos valores oscilam bastante.
Na verdade, na questão em tela, nas despesas com fretes e passagens deve-se usar a modali-
dade de Empenho por Estimativa, já que não se sabe exatamente o valor a ser gasto.
Errado.
A assertiva é falsa por estar em desacordo com o § 2º do artigo 39 da Lei n. 4.320/1964. Veja:
§ 2º Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obri-
gação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são
os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios,
contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias,
foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados
por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis
definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira,
de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obri-
gações legais.
Dessa forma, a questão falha ao dizer que está incluída na Dívida Não Tributária os créditos da
Fazenda Pública provenientes de obrigações legais relativas a tributos e respectivas multas.
Errado.
A assertiva faz referência ao Preço Público ou Tarifa, que são os preços cobrados pelo Estado
em decorrência da prestação de serviços que visam a cobrir o custo total dos serviços.
Aqui o interesse privado na atividade financeira do Estado é preponderante e pesa ainda mais
que o interesse público propriamente dito, porém em menor nível que na situação de Preço
Quase Privado.
Importante destacar que quando o Estado pratica Preço Público, existe interesse público, ainda
que de forma secundária, o que leva o Estado a exercer a atividade em regime de monopólio.
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Como exemplo podemos citar alguns dos serviços prestados pela Empresa de Correios e Telé-
grafos, como o envio de cartas simples ou registradas.
Saliente-se aqui também que a natureza da relação é contratual.
É bastante frequente surgir uma dúvida acerca da natureza jurídica do pedágio, se possui
natureza jurídica de preço público ou de taxa. Mas o STF, no julgamento da ADI 800, paci-
ficou o tema e abraçou a tese de que o pedágio tem natureza jurídica de preço público
ou tarifa.
Certo.
A dívida ativa é um DIREITO, ou seja, um ATIVO do Tesouro Nacional perante terceiros, e não
um PASSIVO.
Errado.
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Importante registrar que as Receitas de Capital, em regra, representam uma mutação patri-
monial, tendo como contrapartida um aumento do passivo ou uma diminuição do ativo, não
afetando a situação líquida do patrimônio. A exceção é a transferência de capital destinada a
atender Despesas de Capital.
Guarde que o superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais das
receitas e despesas correntes não constituirá item da receita orçamentária.
Certo.
Para fins contábeis, a despesa orçamentária pode ser classificada quanto ao impacto na situ-
ação líquida patrimonial em:
• Despesa Orçamentária Efetiva − aquela que, no momento de sua realização, reduz a
situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo;
• Despesa Orçamentária Não Efetiva − aquela que, no momento da sua realização, não
reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo.
Também chamada de despesa “por mutação/mudança patrimonial”.
O MACETE aqui é que, no geral, a despesa orçamentária efetiva é despesa corrente, mas pode
haver despesa corrente não efetiva, como a despesa com a aquisição de materiais para es-
toque e a despesa com adiantamentos, que representam fatos permutativos, embora sejam
despesas correntes.
Já a despesa não efetiva normalmente é uma despesa de capital, ainda que existam despesas
de capital que são efetivas, como as transferências de capital, que causam variação patri-
monial diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa efetiva, embora sejam despesas
de capital.
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Art. 11, § 1º São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecu-
ária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis
em Despesas Correntes.
§ 2º São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de
constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em
Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.
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AFO
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon
As receitas de multas aplicadas pela administração tributária são receitas correntes classifi-
cadas em “outras receitas correntes”. Dessa forma, como são receitas correntes, são receitas
orçamentárias. Guarde ainda que, por outro lado, as receitas e despesas extraorçamentárias
não podem ser classificadas em corrente de capital.
Errado.
Temos dois erros na questão: o Primeiro ocorre porque o pagamento do contribuinte ao agente
arrecadador ou banco autorizado corresponde ao estágio da arrecadação, e não de lançamen-
to, como aparece na assertiva; o segundo decorre da limitação, imposta pela Lei n. 4.320/1964,
para o estágio do lançamento apenas para as receitas de natureza fiscal.
Errado.
Nas receitas de serviços, o Estado pratica atividades típicas do setor privado, ou seja, têm ori-
gem no próprio patrimônio público, sendo, portanto, receitas originárias.
Certo.
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AFO
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon
E o elemento, professor?
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AFO
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos.
Agora veja o que diz o MCASP, que se posiciona de acordo com a portaria:
A aprovação e a alteração da lei orçamentária elaborada até o nível de elemento de despesa poderá
ser mais burocrática e, consequentemente, menos eficiente, pois exige esforços de planejamento
em um nível de detalhe que nem sempre será possível ser mantido. Por exemplo, se um ente tivesse
no seu orçamento um gasto previsto no elemento 39 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Ju-
rídica e pudesse realizar esse serviço com uma pessoa física, por um preço inferior, uma alteração
orçamentária por meio de lei demandaria tempo e esforço de vários órgãos, o que poderia levar,
em alguns casos, à contratação de um serviço mais caro. No entanto, sob o enfoque de resultado,
pouco deve interessar para a sociedade a forma pela qual foi contratado o serviço, se com pessoa
física ou jurídica, mas se o objetivo do gasto foi alcançado de modo eficiente.
Observa-se que a identificação, nas leis orçamentárias, das funções, subfunções, programas, proje-
tos, atividades e operações especiais, em conjunto com a classificação do crédito orçamentário por
categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação, atende ao princípio
da especificação. Por meio dessa classificação, evidencia-se como a Administração Pública está
efetuando os gastos para atingir determinados fins.
Mas cuidado com o comando da questão: se falar em Lei n. 4.320/1964, veja se há opção com
elemento; caso contrário, opte pela orientação do MCASP.
Lembre-se de que além da identificação quanto à natureza, há que se identificar as ações em
termos de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais:
Certo.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon
A LRF, em seu artigo 8º, parágrafo único, reforça essa ideia. Veja:
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusi-
vamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que
ocorrer o ingresso.
Seguindo as diretrizes da LDO, a classificação por fontes serve para detalhar os recursos legal-
mente vinculados às finalidades específicas, que devem ser usados para atender ao objeto de
sua vinculação.
Certo.
045. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Julgue o item seguinte, que trata dos aspectos técnicos
e legais das receitas públicas.
Em relação à natureza, as receitas públicas se dividem em receitas correntes e de capital.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon
Art. 11, § 1º São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecu-
ária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis
em Despesas Correntes.
§ 2º São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de
constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em
Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.
Errado.
A classificação por fontes de recursos subdivide a classificação econômica das receitas em mais
quatro níveis, estabelecida pela Lei n. 4.320/1964, abrangendo, assim, as receitas orçamentárias.
Errado.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 9, 10 e 11)
Manuel Piñon
Relembrando o assunto classificação da receita pública, a receita oriunda da dívida ativa das
contribuições previdenciárias recebidas é considerada receita da dívida ativa NÃO tributária e
classificada como Outras Receitas Correntes.
Errado.
Guarde que quando o poder de tributar, arrecadar e distribuir pertence a um ente, mas a aplica-
ção dos recursos correspondentes pertence a outro ente, a classificação como receita tributá-
ria deverá ocorrer no ente tributante.
Mas guarde também que, enquanto no ente tributante a transferência de recursos arrecadados
deverá ser registrada como dedução de receita ou como despesa orçamentária, de acordo com
a legislação em vigor, no ente beneficiário ou aplicador deverá ser registrado o recebimento
dos recursos como receita tributária ou de transferência, de acordo com a legislação em vigor.
Certo.
Antes de responder a essa questão, vamos fazer a leitura dos artigos 68 e 69 da Lei n.
4.320/1964, com grifos nossos:
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a responsável por dois adiantamentos.
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Manuel Piñon
Dessa forma, um servidor em alcance, ou seja, aquele que tenha cometido apropriação indevi-
da, extravio, desvio ou falta verificada na prestação de contas, de dinheiro ou valores confiados
à sua guarda, NÃO PODE RECEBER VALORES A TÍTULO DE SUPRIMENTO DE FUNDOS, contra-
riando a mensagem da assertiva.
Errado.
Na verdade, a despesa não deverá ser anulada, já que foi processada e registrada de forma re-
gular, sujeita, inclusive, à prestação de contas. Nesse sentido, a mera devolução da parcela não
utilizada é apenas um estorno parcial da despesa empenhada, não sendo caso de anulação.
Errado.
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Manuel Piñon
o recurso ao suprido é necessário percorrer os três estágios da despesa orçamentária: empenho,
liquidação e pagamento. Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque patrimonial, pois,
no momento da concessão, não ocorre redução no patrimônio líquido. Na liquidação da despesa
orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre o registro de um passivo, há também a incorporação
de um ativo, que representa o direito de receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser efetuado
pelo suprido, ou a devolução do numerário adiantado.
Entende-se, portanto, que cada ente faz a sua regulamentação no que diz respeito a suprimen-
to de fundos, ou seja, não precisam observar as regras estabelecidas pela STN.
Errado.
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Manuel Piñon
GABARITO
1. C 20. C 39. E
2. C 21. C 40. C
3. E 22. E 41. C
4. C 23. C 42. E
5. E 24. E 43. C
6. C 25. C 44. C
7. E 26. E 45. E
8. C 27. C 46. E
9. C 28. C 47. E
10. E 29. C 48. E
11. E 30. E 49. E
12. C 31. E 50. C
13. E 32. C 51. E
14. C 33. E 52. C
15. E 34. C 53. E
16. E 35. C 54. C
17. E 36. E 55. E
18. C 37. C
19. E 38. E
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Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
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