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AFO

Revisão do Terço
(Revisão das Aulas 13, 14, 15 e 16)

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
AFO
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 13, 14, 15 e 16)
Manuel Piñon

Sumário
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 13, 14, 15 e 16)................................................................ 4
1. Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).. ..................................................................................... 4
2. Lei n. 4.320/1964....................................................................................................................... 30
Questões de Concurso.................................................................................................................. 36
Gabarito............................................................................................................................................64

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Apresentação
Olá, Gran Concurseiro(a)!
Hoje vamos utilizar um resumo das aulas 13, 14, 15 e 16 seguido de questões comenta-
das, que tratam do conteúdo dessas aulas, servindo como instrumento de revisão e fixação.
Espero que você goste deste material e que ele contribua efetivamente para a sua aprovação.
Boa revisão!

Prof. Manuel Piñon

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REVISÃO DO TERÇO
(REVISÃO DAS AULAS 13, 14, 15 E 16)
1. Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)
De acordo com a Doutrina, a LRF tem por objetivo instrumentalizar os princípios norteado-
res da administração pública: legalidade, publicidade, moralidade, impessoalidade e eficiência,
a partir de um eixo de quatro premissas básicas: planejamento, transparência, controle e
responsabilização.
Ainda de acordo com a Doutrina, a LRF traz uma mudança de cultura no trato da coisa pú-
blica, mais especificamente do dinheiro público. Estabelece normas orientadoras das finanças
públicas no País e rígidas punições aos administradores que não mantiverem o equilíbrio de
suas contas.
A LRF regulamenta parte do artigo 163 e todo o contexto do artigo 169 da Constituição Fe-
deral de 1988 no capítulo relativo às finanças públicas e ainda estabelece normas específicas
de Contabilidade Pública, conforme previsão em seus artigos 50 e 51.
A LRF sofreu algumas alterações em 2020, especialmente pela LC n. 173/2020. Começa-
mos o ano de 2021 com alterações significativas na LRF. As Leis Complementares n. 177 e
n. 178, publicadas respectivamente nos dias 12 e 13 de janeiro de 2021, alteraram muitos
dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF. Vale ficar atento(a)!

Lei de Responsabilidade Fiscal


Planejamento fiscal Dívida e endividamento
Metas, controle da execução Limites, controle, condições e
orçamentária restrições

Despesas com pessoal Despesas obrigatórias


Limites, controle e restrições Compensação, margem de expansão

Renúncia das receitas


Transparência
Processo orçamentário,
Relatórios, divulgação
compensação

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Em relação à sua abrangência, guarde que a LRF obriga todos os órgãos, autarquias, funda-
ções, entidades de todos os entes federativos e empresas estatais dependentes (que recebem
recursos do ente para pagamento dos gastos com pessoal ou custeio), com exceção apenas
das empresas estatais independentes. Visualize:

Poder Legislativo,
incluindo
Tribunal de Contas

Poder
Judiciário
Alcance Administração
da LRF direta
Ministério
Público

Fundações
Poder
Executivo

Autarquias

Empresas estatais
dependentes

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Os principais princípios inerentes à LRF são o Equilíbrio entre despesas e receitas, a Res-
ponsabilidade fiscal, a Limitação de empenho (sendo necessário avaliar bimestralmente a ar-
recadação e impedir a realização de despesas caso a arrecadação seja menor que o previsto),
Antecipação, Transparência e a Exatidão (as previsões de receitas devem ser calculadas com
base em métodos científicos e próximas da realidade).

1. Planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias

Instrumentos de 2. Prestação de contas e o respectivo parecer prévio


Transparência
(LRF) 3. Relatório Resumido da Execução Orçamentária

4. Relatório de Gestão Fiscal

Princípios Descrição
Visa gerar um processo capaz de garantir, no tempo necessário, os recursos ade-
Planejamento quados para a execução das ações administrativas, exigindo que haja preventiva-
mente, em vez de corretivamente.
É o mecanismo que tenta fazer com que a sociedade tome conhecimento das
Transparência ações governamentais, passando pelo fornecimento de informações compreensi-
vas ao cidadão.
Que tem nas audiências públicas (art. 48, LRF) um meio de se tornarem centros de
Participação popular
decisão, em vez de meras participações em exaustivas reuniões.
Equilíbrio Pela prevenção de déficits imoderados e reiterados.
Preservação do patrimônio Impedindo a utilização de bens para financiamento de despesas correntes e inclu-
público são de novos projetos sem o atendimento aos em andamento.
Limitação de despesas Pelo cumprimento dos limites de gastos (LRF, art. 54);
Controle do endividamento
Na obediência a limite e condições definidas na LRF.
público

Fonte: Adaptado de CREPALDI & CREPALDI (2009)

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O embasamento legal das finanças públicas no Brasil, após o advento da LRF, pode ser
assim visualizado:

Constituição Federal

Lei Complementar de
LRF
Finanças Públicas

PPA LDO LOA

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A LRF atribuiu à LDO o papel de dispor sobre equilíbrio entre receita e despesa, critérios
e formas de limitação de empenho, condições para transferência de recursos. Os seus dois
Anexos são o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais.

Atenção aos Anexos citados na LRF:


• Anexo de Metas Fiscais: avaliação do cumprimento das metas do ano anterior, demonstra-
tivo das metas anuais, evolução do patrimônio líquido nos últimos 3 exercícios, avaliação da
situação financeira e demonstrativo de estimativa e compensação de renúncia de receita;
• Anexo de Riscos Fiscais: são avaliados os passivos contingentes e outros riscos capa-
zes de afetar as contas públicas.

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Já a LOA deve conter o Demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamen-


tos com os objetivos e metas do Anexo de Metas Fiscais, o Demonstrativo regionalizado do
efeito das renúncias de receitas, bem como medidas de compensação e a Reserva de contin-
gência, obtida com base na receita corrente líquida, para o atendimento a passivos contingen-
tes e outros riscos fiscais imprevistos.

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Conceito de Receita Corrente Líquida (art. 2º – LRF)

RECEITAS DEDUZIDAS

Tributárias Transferências legais


e constitucionais
Contribuições

Patrimoniais Contribuições dos servidores para o


RCL custeio do sistema de previdência
Industriais

Agropecuárias Receitas provenientes da compensação


financeira citada no § 9º do art. 201 da
Serviços Constituição
Outras receitas correntes
LC n. 87/1996 e
Transferências correntes art. 60 do ADCT

Receita na LRF
• RECEITA CORRENTE LÍQUIDA
Receitas verdadeiramente disponíveis, desordenadas de qualquer
vinculação. Somatório das receitas correntes deduzidas das transfe-
rências constitucionais obrigatórias e contribuições previdenciárias
(art. 2º da LRF).

• RECEITA CORRENTE LÍQUIDA


São mecanismos financeiros empregados
na vertente da receita pública que produzem
os mesmos resultados econômicos da des-
pesa pública (reduzem o patrimônio).

Art. 14. Anistia, remissão, subsídio, crédito presumido e concessão


de isenção em caráter não geral, alteração ou modificação da base
de cálculo.

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1 – Acompanha de estimativa de
impacto orçamentário-financeiro no
exercício em que deva iniciar sua
vigência e nos dois seguintes; e

Cumulativos 2 – Atender à LDO

1 – Demonstrar que a renúncia foi


considerada na estimativa de receita
da LOA (art. 12) e que não vai afetar
as metas fiscais; e/ou
Renúncia de Receita
na LRF- Requisitos Alternativos 2 – Estar acompanhada de medidas
de compensação, seja via aumento
de receita (elevação de alíquotas,
ampliação da base cálculo ou criação
ou majoração de tributo.

Alterações de alíquotas do II, IE, IPI e


IOF por ato do Poder Executivo.

Exceções Cancelamento de débitos pequenos,


cujo valor seja inferior ao seu custo de
cobrança.

A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em


referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades (portanto, pode exceder um exer-
cício financeiro).
É importante ter em mente que, após a publicação dos orçamentos, o Executivo tem 30
dias para estabelecer a programação financeira e o cronograma de execução mensal.
Caso seja verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita não irá cumprir as
metas de resultado definidas no Anexo de Metas, os Poderes e o MP têm que fazer a limitação
de empenho nos 30 dias subsequentes. Entretanto, se, porventura, os Poderes e o MP não fize-
rem tal limitação no prazo, o próprio Executivo é autorizado a limitar tais valores.
A LRF também determinou que as renúncias de receitas devem ser acompanhadas de esti-
mativa do impacto financeiro no exercício e nos 2 seguintes. Além disso, deve atender a pelo
menos uma destas condições:
• demonstração de que tal renúncia foi considerada na estimativa de receita da LOA;
• medidas de compensação, por meio do aumento de receita (elevação de alíquotas, am-
pliação da base de cálculo, majoração de tributos etc.).

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Veja como se classificam as despesas na LRF:

Despesas com pessoal


DOCC
Despesas com seguridade social
DESPESAS
CORRENTES Destinação de recursos ao setor privado
Demais casos
Transferências voluntárias
DESPESAS
NA LRF

Destinação de recursos ao setor privado


DESPESAS DE Demais casos
CAPITAL Transferências voluntárias

A LRF definiu e deu grande importância à gestão da chamada Despesa de caráter conti-
nuado, que é aquela que fixa despesas por um período superior a 2 exercícios, obrigando que
estejam acompanhadas da estimativa do impacto financeiro e do demonstrativo da origem
dos recursos para o seu custeio. Deve ser acompanhada de comprovação de que não afetará
o cumprimento das metas fiscais, devendo seus efeitos financeiros ser compensados pelo
aumento da receita nos períodos seguintes.

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Agora confira os principais pontos relativos às DOCCs:


Demonstrar origem dos recursos
Demonstrar que não afeta as metas fiscais

Medidas que devem Estimar o impacto financeiro e orçamentário


ser adotadas no exercício inicial e nos dois seguintes
Adotar medidas compensatória via aumento de
DOCC (DESPESAS receitas ou redução permanente da despesa
OBRIGATÓRIAS DE
CARÁTER
CONTINUADO)
Serviço da dívida
Exceções às
Reajuste da remuneração de pessoal
medidas
conforme inciso X do art. 37 da CF/1988

A “regra de ouro”, prevista na CF/1988, que visa coibir o financiamento, via operação de
crédito, de despesas correntes, era matéria orçamentária, ou seja, o limite das operações de
crédito é o montante das despesas de capital previsto na Lei Orçamentária Anual, mas, após a
LRF, passou a ser também matéria financeira.

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Receitas Despesas

Receitas
concorrentes
Despesas
Outras receitas concorrentes
de capital
Vedação da
regra de ouro*
Limite
Operação Despesas
de crédito de capital

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A seguir, um fluxograma resumindo o processo orçamentário e de prestação de contas


trazido pela LRF:

Propostas dos
Poderes

Proposta
Poder PPA 1º ano do mandato, até 31/08
Poder
Executivo
anexo Legislativo
elabora, Anualmente, até 15/04 recebe,
consolida,
Proposta modifica,
sanciona, Anualmente, até 31/08
LDO aprova e
publica e
fiscaliza
controla anexo

Proposta PPA

até 17/07
LOA Aprovado

anexo LDO
Aprovada
LOA
Aprovada

PPA LDO LOA


EXECUÇÃO

Tribunal de
Contas
Programação Programação Entes da
Financeira Orçamentária Federação audita e
fiscaliza

RREO RGF
(Bimestral) (Quadrimestral) Poder
Legislativo
recebe e
Divulgação delibera

Prestação de Rel. Aval. PPA


Contas (anual) (anual)

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Obriga todos os órgãos, autar-


quias, fundações, entidades de Total das receitas correntes
todos os entes federativos e excluídas algumas indica-
Abrangência
empresas estatais dependentes, das na LRF.
RCL
com exceção das empresas es-
Receita Parâmetro para quase todos
tatais independentes.
os cálculos.

Equilíbrio Renúncia
Deve atender requisitos da LRF.
da Receita
Responsabilidade Fiscal

Transparência Princípios
principais
Planejamento Toda despesa deve ser
Controle acompanhada de estima-
tiva do impacto orçamen-
Geração tário-financeiro nos três
Confirma o PPA como documento primeiros exercícios de sua
da Despesa
de mais alta hierarquia no sistema PPA vigência, da sua adequação
de Planejamento. orçamentária e financeira
A LRF atribuiu à LDO o papel de com a LOA, o PPA e a LDO.
dispor sobre equilíbrio entre re- A LRF estabelece os limites
ceita e despesa, critérios e for- máximos para a despesa
mas de limitação de empenho, com pessoal de cada Poder
condições para transferência de LDO
Despesa e órgão, sendo que a verifi-
recursos. Os seus dois anexos com pessoal cação do cumprimento dos
são o Anexo de Metas Fiscais e limites estabelecidos para
Despesa
o Anexo de Riscos Fiscais. as despesas com pessoal
será realizado ao final de
Deve conter o demonstrativo cada quadrimestre.
da compatibilidade da progra- LRF – PARTE I
mação dos orçamentos com os Deve ser acompanhada de
objetivos e metas do Anexo de medidas compensatórias:
Metas Fiscais, o demonstrativo aumento permanente de
regionalizado do efeito das re- Planejamento receita ou redução
núncias de receitas, bem como Despesa
permanente de despesa.
medidas de compensação e a Obrigatória
LOA de caráter Despesa corrente derivada
Reserva de contingência, obtida
continuado de lei, medida provisória ou
com base na receita corrente
ato administrativo normativo
líquida, para o atendimento a
e geradora de obrigação le-
passivos contingentes e outros
gal de sua execução por um
riscos fiscais imprevistos.
período a dos exercícios.

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Despesas com Pessoal e Seguridade Social

No que concerne a aumento de despesa com pessoal, guarde que é nulo de pleno direito o
ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos 180 dias anteriores ao final
do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão.
A CF/1988 veda a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos,
inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições fi-
nanceiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios. A ideia aqui também é evitar o aumento do endividamento
para gastar com despesas correntes, o que agride frontalmente a regra de ouro.
A LRF estabelece os limites máximos para a despesa total com com pessoal de cada Po-
der e órgão, sendo que a verificação do cumprimento dos limites estabelecidos para as despe-
sas com pessoal será realizada ao final de cada quadrimestre.

Despesa na LRF

Limite de Empenhos: controle das despesas para a manutenção do equilí-


brio entre a arrecadação das receitas e a execução das despesas (Anexo
de Metas Fiscais – LDO).
Apuração: final de cada bimestre
Prazo: 30 dias subsequentes à apuração
Critérios: fixados na LDO

Controle das Despesas de Pessoal: apurado


sobre a receita corrente líquida de cada ente.
Limite globais dos entes: União – 50%; demais entes – 60%
Limites individualizados por poderes e órgãos: art. 20 da LRF
Limite prudencial: 95% do limite global
Apuração: final de cada quadrimestre

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Distribuição dos limites de despesas de pessoal entre os Poderes de cada ente:

A Lei Complementar pedida pela Constituição Federal – LRF estabeleceu em seu artigo 18
o que se entende por despesa total com pessoal, compreendendo: o somatório dos gastos do
ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos,
cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies
remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da
aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vanta-
gens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas
pelo ente às entidades de previdência.
É importante destacar que outras despesas consideradas como indenizatórias não
são consideradas espécies remuneratórias, não entrando, dessa forma, no cálculo do
percentual de despesas com pessoal, tais como auxílio-alimentação, assistência pré-
-escolar e auxílio-transporte.
É importante destacar ainda que os Tribunais de Contas devem alertar os Poderes quan-
do constatarem que a despesa com pessoal chegou a 90% do limite, os montantes de dívida
consolidada e mobiliária forem superiores a 90% do limite e quando os gastos com inativos e
pensionistas estejam acima do limite definido em lei.
Vale ressaltar que, se a despesa com pessoal exceder 95% dos limites estabelecidos, o Po-
der ou órgão NÃO PODE: dar aumento aos servidores – ressalvada a revisão anual (inflação)
–, criar cargo, emprego ou função, conceder hora extra, fazer alteração na estrutura que gere
aumento de despesa, dar provimento de cargo público (a não ser que haja aposentadoria ou fa-
lecimento do servidor nas áreas de saúde, educação e segurança.
Em relação aos estouros das despesas com pessoal, a LRF determina que deve ser recon-
duzida ao limite nos próximos 2 quadrimestres, sendo de, pelo menos, 1/3 nos primeiros 4
meses. No tocante à dívida pública, a LRF obriga o ente a reconduzi-la ao limite nos próximos
3 quadrimestres, sendo, pelo menos, 25% no primeiro.

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Apuração ao final de cada quadrimestre

Despesa com
União = 50% da RCL
Pessoal Limites globais por enter
Demais entes = 60% da RCL
Limites individualizadas por Poder Art. 20 da LRF
LIMITES
Limite prudencial = 95% do limite máximo
Limite de alerta = 90% do limite máximo

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LIMITE
ESFERA DE
PODER/ÓRGÃO
GOVERNO Máximo Prudencial Alerta

Poder Legislativo,
incluindo o Tribunal de 2,50% 2,38% 2,25%
Contas da União

Poder Judiciário 6,00% 5,70% 5,40%


FEDERAL
Poder Executivo 40,90% 38,86% 36,81%

Ministério Público da
0,60% 0,57% 0,54%
União

Poder Legislativo,
incluindo o Tribunal de 3,00% 2,85% 2,71%
Contas do Estado

Poder Judiciário 6,00% 5,70% 5,42%


ESTADUAL
Poder Executivo 49,00% 46,55% 44,22%

Ministério Público dos


2,00% 1,90% 1,81%
Estados

Poder Legislativo,
incluindo o Tribunal de
MUNICIPAL 6,00% 5,70% 5,42%
Contas do Município,
quando houver

Poder Executivo 54,00% 51,30% 48,74%

No que diz respeito às despesas com a seguridade social, guarde a regra geral: nenhum
benefício ou serviço relativo à Seguridade Social poderá ser criado, majorado ou estendido
sem a indicação da fonte de custeio total, atendidas ainda as exigências do artigo 17 da LRF,
que trata das despesas obrigatórias de caráter continuado.

Transparência, Controle e Fiscalização

Consideram-se instrumentos de transparência, aos quais será dada ampla divulgação, in-
clusive em meios eletrônicos de acesso público, de acordo com o seu artigo 48:
• os planos, os orçamentos e a LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias;
• as prestações de contas e o respectivo parecer prévio;
• RREO – Relatório Resumido da Execução Orçamentária e a sua versão simplificada;
• RGF – Relatório de Gestão Fiscal e a sua versão simplificada.

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AFO
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 13, 14, 15 e 16)
Manuel Piñon

Atenção aos Relatórios citados na LRF:


• RREO – Relatório Resumido da Execução Orçamentária: deve ser publicado em 30 dias
após cada bimestre. Deve conter o balanço orçamentário e o demonstrativo de exe-
cução das receitas e despesas. Quando for o caso, são apresentadas justificativas de
limitação de empenho;
• RGF – Relatório de Gestão Fiscal: deve ser emitido ao final de cada quadrimestre, con-
tendo comparativos com os limites estabelecidos pela LRF, indicação de medidas corre-
tivas (se for o caso) e demonstrativos em geral.

Destinação de Recursos para Setor Privado

Basicamente guarde que o artigo 26 da LRF estabelece a regra básica para toda e qualquer
destinação de recursos públicos ao setor privado: a sua autorização por lei específica. E, como
requisitos adicionais, é exigida a observância das disposições da LDO, além da sua previsão na
lei orçamentária ou em crédito adicional.

Transferências Voluntárias na LRF

Relacionamos a seguir as exigências para a realização de transferência voluntária, além


daquelas estabelecidas na respectiva LDO:
• Dotação específica;
• Não usar os recursos para pagar despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
• Comprovar que o beneficiário:
− Se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos
devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos
anteriormente dele recebidos;
− Cumpre os limites constitucionais relativos à educação e à saúde;
− Observa os limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, in-
clusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total
com pessoal;
− Dispõe de previsão orçamentária de contrapartida.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 13, 14, 15 e 16)
Manuel Piñon

Guarde ainda que é vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa


da pactuada e que, para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências vo-
luntárias constantes da LRF, são exceções ações das áreas de educação, saúde e assistên-
cia social.

Dívida

No artigo 21 da CF/1988, é atribuída à União o papel de fiscalizadora das operações de


crédito público, e o artigo 22 da Carta Magna atribui à União a competência privativa para le-
gislar sobre o assunto.
Existem 2 conceitos de dívida pública presentes na Lei n. 4.320/1964:

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar;
III – os depósitos;
IV – os débitos de tesouraria.
Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.

No tocante à dívida pública, a LRF obriga o ente a reconduzi-la ao limite nos próximos 3
quadrimestres, sendo, pelo menos, 25% no primeiro.
A LRF também determinou que os recursos destinados a cobrir deficit de pessoas físicas
e jurídicas (inclusive instituições do Sistema Financeiro) só podem ser autorizados mediante
lei específica.
Reforçou o papel do Senado Federal no que diz respeito à dívida consolidada e do Congres-
so Nacional no tocante à dívida mobiliária federal.
A LRF vedou expressamente a realização de operações de crédito entre um ente e outro,
com exceção do caso de operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Fede-
ração, desde que não se trate de financiamento de despesa corrente ou refinanciamento de
dívidas, sendo, portanto, proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal
e o ente da Federação que a controle.
A LRF também proibiu os entes de realizar operação de crédito por antecipação de receita
no último ano de mandato do Executivo.
A LRF permitiu aos entes conceder garantia em operações de crédito interna ou externa,
observados os limites definidos pelo Senado. A garantia é condicionada ao oferecimento de
contragarantia, ressaltando que essa deve ser igual ou superior ao valor da garantia.

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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 13, 14, 15 e 16)
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A LRF determinou ainda que, no caso do DF, Estados ou Municípios, a União pode exigir
como garantia a vinculação de receitas provenientes de transferências constitucionais.
A LRF proibiu ainda que o titular de Poder ou órgão possa contrair, nos últimos 2 quadri-
mestres de seu mandato, obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro do mandato.

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Dívida Pública
Restos a pagar, excluídos os
serviços da dívida.
Serviços da dívida a pagar.
Flutuante
Depósitos.
Pela Lei n. 4.320/1964
Débitos de tesouraria.

Fundada ou
Compromissos de exigibilidade
consolidada
superior a 12 meses.

Resultado do desempenho das


Dívida finalidades próprias da gestão
administrativa pública e que não necessita de
lei especial para que possa ser
contraída.

Classificação
Decorrente de um empréstimo
Dívida público que precisa, necessa-
financeira riamente, ser autorizada em
lei especial, ou seja, é  dívida
Endividamento pública em sentido estrito.
Público
Dívida pública consolidada.
Pelo Senado Federal
Dívida (Resolução n. 43/2001) Dívida pública mobiliária.
Pública Dívida pública líquida.

Amplo.
Sentidos
Estrito.

Soberana.
Deriva do empréstimo público
e pode ser de natureza: De contrato de direito privado.

De contrato de Direito Administrativo.

Por amortização.

Por conversão.
Extinção
Por compensação.

Por repúdio.

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Crédito Público

O empréstimo público tem natureza contratual de


contrato de adesão, embora em regime jurídico
de direito público, o  mutuante tem a faculdade de
aceitar ou não as condições impostas pelo Estado.

Operação em que o
Estado toma empres- Processo financeiro consistente em
tado, isto é, ocorre uma vários métodos de obtenção de dinheiro
transferência de liquidez. pelo Estado, sob a condição de devolvê-lo,
em geral, acrescido de juros e dentro de
determinado prazo preestabelecido.

Pela Lei n. Flutuante – prazo de até 12 meses.


4.320/1964
Endividamento Fundada – prazo maior do que 12 meses.
Público Quanto
ao prazo
Longo prazo.
Pela linguagem
Crédito de mercado Curto prazo.
Público Perpétuo.

Principais Quanto à Soberana.


classificações soberania
Não soberana.

Quanto ao modo Contratual.


de formalização
Mobiliária.

Quanto à Interna.
nacionalidade
Externa.

Quanto Bruta.
à composição
Líquida.

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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 13, 14, 15 e 16)
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Controle da Dívida Pública


A LRF proibiu os entes de realizar
operação de crédito por antecipação de
receita no último ano de mandato do
Executivo.

A LRF determinou que os recursos


destinados a cobrir deficit de pessoas
físicas e jurídicas só podem ser
autorizadas mediante lei especifica.

A LRF permitiu aos entes conceder


garantia em operações de crédito
interna ou externa, observados os
limites definidos pelo Senado.

A garantia é condicionada ao
oferecimento de contragarantia,
ressaltando que essa deve ser igual ao
superior ao valor da garantia.

DÍVIDA E A LRF determinou ainda que, no caso do


ENDIVIDAMENTO Controle da Dívida DF, estados ou municípios, a União pode
Pública exigir como garantia a vinculação de
receitas provenientes de transferências
constitucionais.

A LRF proibiu ainda que o titular de Poder


ou órgão possa contrair, nos últimos 2
quadrimestres de seu mandato, obrigação
de despesas que não possa ser cumprida
integralmente dentro do mandato.

A LRF determinou que as disponibilidades


de caixa dos regimes de previdência
fiquem em conta separada, sendo vedada
a sua aplicação em empréstimos ou títulos
da dívida pública estadual ou municipal.

A LRF estabeleceu ainda a proibição da


aplicação da receita obtida com alienação
de bens e direitos para o financiamento de
despesas corrente, salvo se for destinada
por lei aos regimes de previdência.

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2. Lei n. 4.320/1964

Lei n. 4.320 (17/03/1964)


Estabelece as normas gerais de Direito Financeiro para a elaboração e o controle
dos orçamentos e dos balanços da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios.
Apesar de ter sido elaborada em 1964, essa lei foi recepcionada pela Constituição
Federal de 1988, ou seja, seus dispositivos são aplicados na elaboração, na execu-
ção e no controle dos orçamentos até os dias atuais.

CONSTITUIÇÃO

Legislação Concorrente Repartição das Receitas Finanças Públicas/Orçamentos


(art.24, I, e parágrafos) (arts. 157 a 162) (arts. 163 a 169)

SUPRALEGAL

Tratados Internacionais - Direitos Humanos


(aprovados sem o rito próprio das emendas constitucionais)

LEIS NACIONAIS

Lei n. 4320/1964 Lei de Responsabilidade Fiscal

FEDERAL ESTADUAL/DISTRITAL MUNICIPAL

Plano Plurianual Plano Plurianual Plano Plurianual


Diretrizes Orçamentárias Diretrizes Orçamentárias Diretrizes Orçamentárias
Orçamento Anual Orçamento Anual Orçamento Anual
Créditos Adicionais Créditos Adicionais Créditos Adicionais

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Âmbito de validade Quórum para Correspondência entre


na Federação aprovação a forma e o conteúdo

FORMALMENTE
NACIONAL complementar
Exemplos: LRF - Lei n. LEI COMPLEMENTAR MATERIALMENTE
4.320/1964 complementar
Exemplo: LRF

FORMALMENTE ordinária
FEDERAL
MATERIALMENTE ordinária
Exemplo: LOA da União
Exemplo: LOA do DF
LEI ORDINÁRIA
FORMALMENTE ordinária
Exemplos:
MATERIALMENTE ordinária
LOA da União
ESTADUAL Exemplo: Lei n. 4.320/1964
LOA dos estados
Exemplo: LDO de Alagoas (recepção)
LOA dos municípios
Obs.: não é válida no
processo legislativo
Art. 47 da CF: maioria
DISTRITAL simples, presente a FORMALMENTE
Exemplo: PPA do DF maioria absoluta complementar
MUNICIPAL MATERIALMENTE ordinária
Exemplo: PPA de Belo Exemplo: LC n. 70/1991
Horizonte (erro)

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Um ponto relevante é que, com o advento da Lei n. 4.320, de 17/03/1964, o orçamento-pro-


grama foi instituído no Brasil. O orçamento-programa consiste em um método de orçamenta-
ção por meio do qual as despesas públicas são fixadas a partir da identificação das necessida-
des públicas sob a responsabilidade de certo nível de governo e da sua organização segundo
níveis de prioridades e estruturas apropriadas de classificação da programação.

 RÇAMENTO PÚBLICO
O
ORÇAMENTO-PROGRAMA
Expressa financeira e fisicamente: programas de trabalho e de governo.
Possibilita:
- integração entre planejamento e orçamento;
- quantificar objetivos x fixação de metas;
- as relações insumo-produto;
- as alternativas programáticas;
- acompanhamento físico-financeiro;
- avaliação de resultados;
- a gerência por objetivos.

Receitas Públicas na Lei n. 4.320/1964

Classificação das Receitas Públicas pela Lei n. 4.320/1964 (guarde a “estrutura” prevista
nessa lei):
• Receitas correntes:
− Receita tributária:
◦ Impostos;
◦ Taxas;
◦ Contribuições de melhoria;
− Receita de contribuições;
− Receita patrimonial;
− Receita agropecuária;
− Receita industrial;
− Receita de serviços;
− Transferências correntes;
− Outras receitas correntes;
• Receitas de capital:
− Operações de crédito;
− Alienação de bens;
− Amortização de empréstimos;
− Transferências de capital;
− Outras receitas de capital.
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Guarde também o conceito das receitas correntes e de capital de acordo com a letra da Lei
n. 4.320/1964:

Art. 11. A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Recei-
tas de Capital.
§ 1º São Receitas Correntes as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial,
de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de
direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.
§ 2º São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de
constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, destinadas a atender despesas classificáveis em Des-
pesas de Capital e, ainda, o superavit do Orçamento Corrente.

Guarde que, na Lei n. 4.320/1964, em seu artigo 51, foi instituída a previsão da receita, além
dos estágios da execução da receita orçamentária, que são o lançamento, a arrecadação e o
recolhimento.

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Despesas Públicas na Lei n. 4.320/1964

No que diz respeito às fases, estágios ou etapas da despesa, guarde que a execução da
despesa orçamentária pública transcorre em três estágios, que, conforme previsto na Lei n.
4.320/1964, são: empenho, liquidação e pagamento. No entanto, a doutrina majoritária inclui
a Fixação da despesa como sendo um dos estágios, integrando o Planejamento.
O empenho é o primeiro estágio da despesa. Nos termos do disposto no art. 58 da Lei n.
4.320/1964, o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para
o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição. O empenho
não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das dotações orçamentárias destinadas à
satisfação da despesa, a quantia necessária ao resgate do débito.
A liquidação é o segundo estágio da despesa e é caracterizada pela entrega dos bens e
serviços contratados. Nos termos do disposto no art. 63 da Lei n. 4.320, de 17/03/1964, a li-
quidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base
os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
O pagamento é o terceiro e último estágio da despesa. Dispositivo constante do artigo
64 da Lei n. 4.320/1964 define: a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade
competente, determinando que a despesa seja paga.
A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 15, estabelece o princípio da discriminação que exige que
as despesas sejam discriminadas, no mínimo, por elementos. Em seguida, define elementos
como “o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de
que se serve a administração pública para a consecução dos seus fins.”

Classificação da Despesa Pública da Lei n. 4.320/1964

O artigo 2º da Lei n. 4.320/1964 estabelece que o orçamento terá quadro demonstrativo da


Receita e Despesa organizado pela Categoria Econômica.

A despesa é classificada nas seguintes categorias econômicas:


DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital

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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 13, 14, 15 e 16)
Manuel Piñon

Quanto à
Lei n. 46320/1964

Despesas Correntes Despesas de Capital

Transferências Despesas de Inversões Transferências


Investimentos
Correntes Custeio Financeiras de Capital

Dívida na Lei n. 4.320/1964

A Lei n. 4.320/1964 apresenta os conceitos de dívida flutuante e fundada. Vamos guardar


a sua literalidade.

Dívida Flutuante
Art. 92. A dívida flutuante compreende:
I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar;
III – os depósitos;
IV – os débitos de tesouraria.

Dívida Fundada
Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.
Previsão Planejamento

Lançamento Fases Transferências correntes


Corrente
Arrecadação Fases da execução Despesas de custeio
Recolhimento
Investimentos
Tributária De capital Inversões financeiras
Despesa
De contribuições Pública Transferências de capital
Patrimonial
Empenho
Agropecuária Receita
Corrente Pública Fases da execução Liquidação
Industrial
Pagamento
De serviços
Transferências correntes
Lei n. 4.320/1964
Outras receitas correntes

Operações de crédito Flutuante


Alienação de bens Dívida
Fundada
Pública
Amortização de empréstimos De Capital
Transferências de capital
Outras receitas de capital
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 13, 14, 15 e 16)
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) A respeito de endivida-
mento e de receita e despesa públicas, julgue o item seguinte.
A previsão de compensação dos efeitos produzidos por atos que impliquem redução de re-
ceitas e aumento de despesas de duração continuada e que perdurem por mais de três anos
constitui uma inovação substancial do controle orçamentário na LRF.

Vamos ver o que nos diz o artigo 17 da LRF, que trata das despesas obrigatórias de caráter
continuado.

Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida
provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução
por um período superior a dois exercícios.
§ 1º Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser instruídos com
a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.
§ 2º Para efeito do atendimento do § 1º, o ato será acompanhado de comprovação de que a des-
pesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo referido
no § 1º do art. 4º, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo
aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa.
§ 3º Para efeito do § 2º, considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de
alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
§ 4º A comprovação referida no § 2º, apresentada pelo proponente, conterá as premissas e metodo-
logia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade da despesa com as demais
normas do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.
§ 5º A despesa de que trata este artigo não será executada antes da implementação das medidas
referidas no § 2º, as quais integrarão o instrumento que a criar ou aumentar.
§ 6º O disposto no § 1º não se aplica às despesas destinadas ao serviço da dívida nem ao reajusta-
mento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituição.
§ 7º Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo determinado”.

Essa questão foi boa também para vermos a “letra da lei”.


Bem, as Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado são em verdade gastos correntes que
duram um longo período (superior a 2 exercícios) e são obrigatórias por determinação legal.
Até aqui, beleza!
Mas preste atenção nas medidas de compensação previstas na LRF na parte que trata das
Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado:
• aumento permanente de receita; ou
• redução permanente de despesa.

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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 13, 14, 15 e 16)
Manuel Piñon

Tentando pegar os mais afoitos, o CESPE trocou as bolas, escrevendo na assertiva a mesma
coisa só que de outra forma, ou seja, que “atos que impliquem redução de receitas e aumento
de despesas de duração continuada” necessitam de compensação financeira, e afirma que
isso inovou no controle orçamentário, o que é a mais pura verdade.
Certo.

002. (INÉDITA/2020) Com relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue:


O montante das obrigações financeiras de ente federativo decorrentes da aquisição de bens
móveis financiados em prazo superior a doze meses deverá ser enquadrado em dívida pública
mobiliária.

Independentemente do tempo do financiamento, uma operação de aquisição de forma parce-


lada deve ser classificada como operação de crédito, conforme disposto no artigo 29 da LRF, a
seguir reproduzido com grifos nossos:

III – operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de cré-
dito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações as-
semelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;
Errado.

003. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e


com a Lei de Acesso à Informação, julgue o seguinte item.
Empresa estatal que receba do seu ente controlador recursos financeiros para pagamento de
custeio em geral será considerada, para efeitos de responsabilidade fiscal, empresa estatal
dependente.

Em seu artigo 2º, inciso III, a LRF nos traz a definição de Empresa Estatal Dependente:

Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:


III – empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos
financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluí-
dos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária
Certo.

004. (INÉDITA/2019) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, em relação à classificação da Recei-


ta Pública, marque a opção correta:
a) Os recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas são classificados como Recei-
tas de Capital.

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b) São Receitas de Capital os recursos financeiros oriundos de Participações e Dividendos.


c) As receitas patrimonial, agropecuária e industrial são classificadas como Receitas de Capital.
d) São Receitas Correntes os recursos financeiros oriundos de operações de crédito.
e) Os recursos financeiros oriundos da conversão, em espécie, de bens e direitos são classifi-
cados como Receitas Correntes.

De acordo com a Lei n. 4.320/1964, são Receitas de Capital:


• as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dí-
vidas;
• da conversão em espécie, de bens e direitos;
• os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a
atender despesas classificáveis em Despesas de Capital;
• superavit do Orçamento Corrente.
Nesse sentido, a alternativa A é a correta, pois os recursos financeiros oriundos de constitui-
ção de dívidas são realmente classificados como Receitas de Capital.
Letra a.

005. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Considerando as previsões constitucionais, as da LRF e


as da legislação específica que trata de orçamento público, julgue o item que se segue.
A despesa total com pessoal da União não deve ultrapassar a 50% da sua receita corren-
te líquida.

A LRF determina dois limites distintos para os gastos com pessoal no setor público:
• 50% da RCL para a União;
• 60% da RCL para Estados e Municípios.
Certo.

006. (INÉDITA/2020) Com relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue:


O resultado da operação de crédito por antecipação da receita orçamentária feito por determi-
nado órgão público não deve ser incluído no montante da dívida fundada.

A assertiva é verdadeira, já que as operações de crédito por antecipação de receita (ARO) de-
vem ser incluídas no montante da dívida flutuante, e não na dívida fundada.
Note que, enquanto a Dívida Fundada tem exigibilidade superior a 12 meses e o pagamento
depende de autorização legislativa, a Dívida Flutuante representa um compromisso exigível e
o pagamento independe de autorização orçamentária.
Certo.

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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 13, 14, 15 e 16)
Manuel Piñon

007. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Com relação à responsabilidade na gestão fiscal, jul-


gue o item.
Despesa obrigatória de caráter continuado é aquela derivada de lei, medida provisória ou ato
administrativo normativo que fixe para o ente a obrigação legal de sua execução por um perío-
do superior a dois exercícios e para a qual não haja a necessidade de demonstração da origem
dos recursos envolvidos em seu custeio.

A despesa obrigatória de caráter continuado é a despesa corrente derivada de lei, medida


provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua
execução por um período superior a dois exercícios financeiros.
Ao se criar despesa obrigatória de caráter continuado, o poder público deverá inserir, no ato
de sua criação, comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de
resultados fiscais previstas no Anexo de Metas Fiscais, devendo seus efeitos financeiros, nos
períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução
permanente de despesa.
Guarde que essa comprovação anteriormente mencionada será efetivada mediante demons-
tração das premissas e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo da compatibilidade
da despesa com as demais regras do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Entretanto, no § 1º do artigo 17 da LRF, obriga a demonstração da origem dos recursos para
seu custeio, o que torna a assertiva errada. Confira:

§ 1º Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser instruídos com
a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.
Errado.

008. (INÉDITA/2020) Com relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue:


Considerando o limite de gastos com pessoal detalhado pela LRF, os valores dos contratos
de terceirização de mão de obra devem ser computados como outras despesas de pessoal,
devendo, assim, ser incluídos no total da despesa de pessoal quando as pessoas contratadas
substituírem servidores e empregados públicos.

Os valores relativos aos contratos de terceirização de mão de obra utilizada para substituição
de servidores e empregados públicos devem integrar os valores contabilizados como despesa
com pessoal. Confira na LRF, com grifos nossos:

Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o
somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos
a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com

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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 13, 14, 15 e 16)
Manuel Piñon

quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios,
proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e
vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas
pelo ente às entidades de previdência.
§ 1º Os valores dos contratos de terceirização de mão de obra que se referem à substituição de
servidores e empregados públicos serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal.
Certo.

009. (CESPE/TCU/AUDITOR/2009) No que se refere às finanças públicas, julgue o item


que se segue.
Compete a lei complementar dispor sobre finanças públicas e sobre os limites globais e condições
para o montante da dívida mobiliária dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios.

Para resolver essa questão, vamos aproveitar o que nos dizem o inciso I do artigo 163 da
CF/1988 e o inciso IX do artigo 52 da CF/1988.
No inciso I do artigo 163 da CF/1988, podemos ver que é de competência de Lei Complementar
dispor sobre finanças públicas.
Até aqui, beleza!
Mas no inciso IX do artigo 52 da CF/1988, vemos que essa competência é do Senado Federal,
e não de Lei Complementar.
Podemos ver, portanto, que, na verdade, o Senado exerce sua competência constitucional por
meio de Resolução do Senado, e não via Lei Complementar.
Errado.

010. (INÉDITA/2020) Com relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue:


Todo empréstimo público tomado pelo município precisa, para sua realização, de autorização
específica do Senado Federal.

Muito cuidado com questões em que apareçam expressões como “nunca”, “nenhum”, “todo”
etc. Como em nossa matéria os casos em que temos exceções são relativamente comuns,
pode ser uma pegadinha do examinador. Na verdade, apenas as operações externas necessi-
tam de autorização específica, conforme especificado na LRF, que determinou a necessidade
de autorização específica do Senado Federal quando se tratar de operação de crédito externo.
Confira, com grifos nossos:

Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à reali-
zação de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles contro-
ladas, direta ou indiretamente.

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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 13, 14, 15 e 16)
Manuel Piñon

§ 1º O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técni-
cos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da opera-
ção e o atendimento das seguintes condições:
IV – autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de crédito externo;
Errado.

011. (INÉDITA/2019) Considerando as fases da Receita Pública previstas na Lei n. 4.320/1964,


o ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe
é devedora e inscreve o débito desta é denominado
a) recolhimento.
b) arrecadação.
c) previsão.
d) lançamento.
e) preparação para o recolhimento.

O enunciado dessa questão descreve a etapa da receita pública denominada lançamento da


receita, que é descrito no artigo 53 da Lei n. 4.320/1964. Confira com grifos nossos:

Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição competente, que verifica a procedência do cré-
dito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.

Entretanto, nem todas as receitas públicas são sujeitas ao lançamento. Normalmente, as recei-
tas não tributárias não passam por essa etapa. Assim, o artigo 52 dessa mesma Lei discorre
acerca das receitas que são objeto de lançamento:

Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento
determinado em lei, regulamento ou contrato.
Letra d.

012. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em 2010, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) com-


pletou dez anos. Desde a sua edição, muitas exigências de seu cumprimento foram feitas pela
sociedade e pelos órgãos de controle. Acerca dessa lei, julgue o próximo item.
Segundo a LRF, a receita corrente líquida corresponde ao somatório das receitas tributárias, de
contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e
outras receitas também correntes, com as deduções estabelecidas na própria LRF.

A Receita Corrente Líquida (RCL) representa o total das receitas correntes, diminuídas de algu-
mas receitas estabelecidas pela própria lei e, no caso da União, a receita corrente líquida será
apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores,
excluídas as duplicidades (art. 2º, § 3º, da LRF).

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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 13, 14, 15 e 16)
Manuel Piñon

Em outras palavras, a RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições,


patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas
também correntes, deduzidos:
• Na União: os valores transferidos aos estados e municípios por determinação constitu-
cional ou legal e as contribuições mencionadas na alínea “a” do inciso I e no inciso II do
art. 195 (relacionadas à seguridade social) e no art. 239 da CF/1988 (PIS, PASEP);
• Nos Estados: as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
• Na União, nos Estados e nos Municípios: a contribuição dos servidores para o custeio
do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da com-
pensação financeira citada no § 9º do art. 201 da CF/1988 (compensação entre os di-
versos sistemas previdenciários);
• No DF, no Amapá e em Roraima: recursos transferidos pela União decorrentes da com-
petência da própria União para organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Públi-
co do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; organizar
e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do DF, bem como
prestar assistência financeira ao DF para a execução de serviços públicos, por meio de
fundo próprio; e, ainda, despesas da União com servidores de ex-territórios do Amapá e
de Roraima.
Guarde que a RCL constitui parâmetro para quase todos os cálculos relacionados à execução
orçamentária, elaboração de relatórios e adequação dos poderes e órgãos aos limites esta-
belecidos pela norma, como no cálculo do limite para as despesas de pessoal, dívida pública,
operações de crédito e concessão de garantia.
Certo.

013. (INÉDITA/2019) De acordo com Lei n. 4.320/1964, a despesa com pessoal é classificada
como despesa
a) derivada.
b) transferência corrente.
c) de capital.
d) de investimento.
e) de custeio.

Segundo o art. 12, § 1º, da Lei n. 4.320/1964, as despesas de custeio são aquelas destinadas
à manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras
de conservação e adaptação de bens imóveis. Desse modo, em regra, a despesa de pessoal é
classificada pela Lei n. 4.320/1964 como despesa de custeio.
Letra e.

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014. (INÉDITA/2020) Com relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue:


A União não pode exigir como contragarantia a receita de arrecadação do ISS e do IPVA, caso
o DF pretenda efetuar operação de crédito com ela.

A resposta está no artigo 40 da LRF, que determinou que a União pode, sim, exigir como contra-
garantia de município a vinculação de receita tributária. Confira com grifos nossos:

Art. 40, § 1º A garantia estará condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual ou


superior ao da garantia a ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente
a suas obrigações junto ao garantidor e às entidades por este controladas, observado o seguinte:
I – não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio ente;
II – a contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios,
poderá consistir na vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de
transferências constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para retê-las e empregar o
respectivo valor na liquidação da dívida vencida.
Certo.

015. (INÉDITA/2019) De acordo com a LRF, o RGF – Relatório de Gestão Fiscal – deve
contemplar:
a) demonstrativo da execução das despesas e receitas por categoria econômica e fonte.
b) demonstrativo relativo aos resultados primário, operacional e nominal.
c) demonstrativo da execução das despesas, por função e subfunção.
d) indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limi-
tes estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
e) justificativa da limitação de empenho sempre que o valor da dívida pública ultrapassar o
gasto anual com pessoal.

O RGF ocupa posição central no que diz respeito ao acompanhamento das atividades finan-
ceiras do Estado. Cada um dos Poderes, além do Ministério Público, deve emitir o seu próprio
Relatório de Gestão Fiscal, abrangendo todas as variáveis imprescindíveis à consecução das
metas fiscais e à observância dos limites fixados para despesas e dívida.
O RGF deve conter as informações necessárias à verificação da conformidade, com os limi-
tes de que trata a LRF, das despesas com pessoal, das dívidas consolidada e mobiliária, da
concessão de garantias, das operações de crédito e das despesas com juros e o elenco de
medidas adotadas com vistas à adequação das variáveis fiscais aos seus respectivos limites.
Letra d.

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016. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Acerca da elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias


(LDO) no âmbito da União, julgue o item a seguir.
A LDO deve conter as metas fiscais para o exercício a que se referir e para os dois seguintes,
mas deve também incluir, obrigatoriamente, avaliação do cumprimento das metas relativas ao
ano anterior.

A Lei de Responsabilidade Fiscal veio fortalecer a LDO, especialmente a partir da exigência


do Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais em valores correntes e
constantes para um período de três anos. De acordo com o artigo 4º, § 2º, da LRF, o Anexo de
Metas Fiscais deve conter, dentre outros: “I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao
ano anterior”.
Certo.

017. (INÉDITA/2019) Marque a alternativa que melhor represente as obrigações com forne-
cedores reconhecidas no exercício atual, resultantes de compromissos gerados em exercício
anterior, para os quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, em montante sufi-
ciente para suportá-los, mas cuja despesa não foi processada em época própria.
a) Abrangem as despesas inscritas em restos a pagar não processados.
b) Serão pagas como despesa extraorçamentária.
c) Serão pagas com a devida execução orçamentária.
d) Abrangem as despesas inscritas em restos a pagar processados.
e) Devem ser registradas na conta de Ajustes de Exercícios Anteriores do PL.

Temos no exercício corrente obrigações a pagar referentes a exercícios passados, sendo a


execução da despesa a conta de despesas de exercícios anteriores.
Tenha em mente que Despesas de Exercícios Anteriores são despesas fixadas, no orçamento
vigente, decorrentes de compromissos assumidos em exercícios anteriores àquele em que
deva ocorrer o pagamento. Não se confundem com restos a pagar, tendo em vista que nem
sequer foram empenhadas ou, se foram, tiveram seus empenhos anulados ou cancelados.
As despesas de exercícios anteriores são despesas orçamentárias, como as despesas com
serviços e salários, por exemplo. A única diferença é que se referem a fatos passados. São
identificadas por meio do elemento de despesa 92.
O artigo 37 da Lei n. 4.320/1964 dispõe que as despesas de exercícios encerrados, para as
quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para aten-
dê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os restos a pagar com
prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício
correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento,
discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.
Letra c.

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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 13, 14, 15 e 16)
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018. (INÉDITA/2020) Com relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue:


Se o limite de despesa de pessoal previsto na legislação vigente for ultrapassado, a indicação
das medidas corretivas adotadas ou a serem adotadas devem ser demonstradas no próprio
RREO – Relatório Resumido de Execução Orçamentária.

Na verdade, para a situação em que o limite de despesa de pessoal previsto seja ultrapassado,
o artigo 55 da LRF determina medidas corretivas adotadas ou a serem adotadas, que devem
ser demonstradas no RGF – Relatório de Gestão Fiscal –, e não no RREO – Relatório Resumido
de Execução Orçamentária.
Errado.

019. (INÉDITA/2020) Com relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue:


Se uma Prefeitura realizar operação de crédito do tipo ARO – Antecipação da Receita Orça-
mentária –, essa operação deve, necessariamente, ser liquidada antes do final do exercício
financeiro.

As operações de crédito do tipo ARO – Antecipação de Receita Orçamentária – são conside-


radas receitas extraorçamentárias, já que correspondem a um “adiantamento” de valores que
serão incorporados ao patrimônio público futuramente, objetivando compor caixa devido à
insuficiência momentânea. Assim, considerando que todas as operações desse tipo devem ser
encerradas até o dia 10 de dezembro de cada ano, podemos afirmar que será antes do final do
exercício financeiro.
Certo.

020. (INÉDITA/2019) Os Anexos de Metas e Riscos Fiscais integram


a) o Balanço Financeiro.
b) o Balanço Patrimonial.
c) a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) a LOA.
e) a Demonstração de Fluxo de Caixa Projetado.

Essa questão aborda um dos aspectos relevantes da Lei de Responsabilidade Fiscal. A LRF
fortaleceu a LDO, especialmente com a inclusão do Anexo de Metas Fiscais e do Anexo de
Riscos Fiscais.
Letra c.

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021. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com a LRF, a criação, a expansão ou o aperfeiçoamento de ação governamental
que acarrete aumento da despesa, no âmbito da administração pública, será acompanhado de
medidas de aumento de receita proveniente da elevação de alíquotas de impostos.

A resposta está na literalidade do artigo 16 da LRF:

Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da
despesa será acompanhado de:
I – estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos
dois subsequentes;
II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e finan-
ceira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretri-
zes orçamentárias.

Note, portanto:
• a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em
vigor e nos dois subsequentes; e
• a declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária
e financeira com a LOA e compatibilidade com o PPA e com a LDO.
Errado.

022. (INÉDITA/2020) Julgue:


Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente, independente de norma-
tivo legal que fixe para o ente a obrigação legal da execução dessa despesa por um período
superior a um exercício.

A resposta está na literalidade do artigo 17 da LRF:

Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida
provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execu-
ção por um período superior a dois exercícios.

Note, portanto, que DOCC é uma corrente derivada de lei, medida provisória ou ato adminis-
trativo normativo que fixe para o ente a obrigação legal da execução dessa despesa por um
período superior a dois exercícios.
Errado.

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023. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com a LRF, a LOA deve conter reserva de contingência, cuja forma de utilização
e montante, definido com base na RCL – Receita Corrente Líquida –, devem ser estabeleci-
dos na LDO.

A resposta está no artigo 5º da LRF:

Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na
receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:

Guarde, portanto, que a reserva de contingência é uma dotação orçamentária que consta da
LOA e que somente poderá ser utilizada para atendimento dos passivos contingentes e outros
riscos e eventos fiscais imprevistos.
Guarde ainda que a sua forma de utilização e o seu montante, em percentual da receita corren-
te líquida, são estabelecidos na LDO.
Certo.

024. (INÉDITA/2020) Julgue:


Em relação à base de cálculo para a verificação dos limites para várias áreas dos gastos pú-
blicos trazidos pela LRF, que é a RCL – Receita Corrente Líquida –, essa norma diz que deve
ser apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores,
excluídas as duplicidades.

A LRF trouxe como uma de suas inovações mais marcantes o estabelecimento de limites
para várias áreas dos gastos públicos, sendo a base de cálculo para a verificação desses
limites a Receita Corrente Líquida, que, segundo o seu artigo 2º, § 3º, deve ser apurada so-
mando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas
as duplicidades.
Certo.

025. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com a LRF, para aferição da RCL – Receita Corrente Líquida do estado da Bahia,
devem ser excluídas as parcelas entregues ao município de Salvador por determinação
constitucional.

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A resposta está no artigo da LRF que conceituou a Receita Corrente Líquida. Vamos à sua lite-
ralidade, com grifos nossos, que responde à questão diretamente:

IV – receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, in-
dustriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes,
deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou
legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239
da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu
sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira
citada no § 9º do art. 201 da Constituição.
Certo.

026. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com a LRF, no que diz respeito às despesas públicas, deve compor o AMF – Anexo
de Metas Fiscais (que integra a LDO) a fixação do limite máximo de comprometimento de des-
pesas de pessoal por órgão.

A resposta da questão na literalidade da LRF com grifos nossos:

Art. 4º, § 2º O Anexo conterá, ainda:


V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão
das despesas obrigatórias de caráter continuado.

Assim, resta claro que apenas a margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter
continuado deve estar inserida no Anexo de Metas Fiscais constante da LDO.
Errado.

027. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com a LRF, deve integrar a LDO o Anexo de Metas Fiscais, que contém o Demons-
trativo da Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita que identifica os tributos para os
quais estão previstas renúncias.

Guarde que realmente o Demonstrativo da Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita


que identifica os tributos para os quais estão previstas renúncias e deve constar no Anexo de
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Metas Fiscais, como determina o artigo 4º, § 2º, inciso V, da LRF, e está de acordo com o con-
teúdo deste demonstrativo, conforme Manual de Demonstrativos Fiscais, 8ª edição. Confira
com grifos nossos:

02.07.00 DEMONSTRATIVO 7 – ESTIMATIVA E COMPENSAÇÃO DA RENÚNCIA DE RECEITA


02.07.01 INTRODUÇÃO
O Demonstrativo da Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita visa a atender ao art. 4º, §
2º, inciso V, da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF
02.07.01.01 Conteúdo do Demonstrativo
O Demonstrativo identifica os tributos para os quais estão previstos renúncias de receita, destacando-se
a modalidade da renúncia (anistia, remissão, subsídio, crédito presumido etc.), os setores/programas/
beneficiários a serem favorecidos, a previsão da renúncia para o ano de referência da LDO e para os dois
exercícios seguintes, e as medidas de compensação pela perda prevista de receita com a renúncia.
Certo.

028. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com a LRF, deve ser realizada a limitação de empenho e da movimentação financei-
ra, caso não seja possível cumprir as metas de resultado primário ou nominal estabelecidas
no Anexo de Metas Fiscais.

A assertiva está de acordo com a exigência presente no caput do artigo 9º da LRF, relativa à
execução orçamentária, que deixa clara a exigência de limitação de empenho e movimentação
financeira, caso não seja possível para um ente qualquer cumprir as metas de resultado primá-
rio ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais da LDO.
Certo.

029. (INÉDITA/2020) Julgue:


Imagine que a cidade de São Paulo, buscando maior eficiência na arrecadação de tributos, te-
nha decidido cancelar débitos tributários cujo valor se mostre inferior aos respectivos custos
de cobrança. De acordo com a LRF, tal ação implica renúncia de receitas.

Perceba que o cancelamento de débitos tributários cujo valor se mostre inferior aos respec-
tivos custos de cobrança não se trata de uma renúncia de receitas, mas não deixa de ser um
benefício fiscal. Assim, não está condicionada ao cumprimento dos requisitos estabelecidos
para renúncia de receitas.
Confira na LRF com grifos nossos:

Art. 14, § 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção
em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução dis-
criminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.
3º O disposto neste artigo não se aplica:
II – ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.
Errado.

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030. (INÉDITA/2020) Julgue:


No âmbito da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado de um determinado municí-
pio a despesa corrente derivada de ato administrativo normativo que fixe para o referido ente a
obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios.

A resposta está na literalidade do artigo 17 da LRF. Confira, com grifos nossos:

Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida
provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução
por um período superior a dois exercícios.
Certo.

031. (INÉDITA/2020) Julgue:


Suponha que o Estado do Paraná tenha deixado de instituir, prever e arrecadar o Imposto sobre
Propriedade de Veículos Automotores – IPVA. De acordo com a LRF, a restrição prevista ao
Paraná por tal medida é deixar de receber transferências voluntárias de outros entes da Fede-
ração, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira.

A resposta dessa questão está no artigo 11 da LRF, aquele que disciplina que constitui elemen-
to essencial de responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação
de todos os tributos de competência constitucional dos entes da federação:

Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previ-
são e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação.

Destaque-se ainda o parágrafo único desse mesmo dispositivo, que determina que, com rela-
ção aos impostos, quem não observar essa regra sofrerá como punição a vedação para rece-
ber transferências voluntárias:

Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o
disposto no caput, no que se refere aos impostos.

Como o Estado do Paraná deixou de cumprir a regra prevista no artigo 11 da LRF especifica-
mente com relação ao IPVA (imposto), sofrerá sanção quanto à restrição em receber transfe-
rências voluntárias de outros entes da federação.
Certo.

032. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com a LRF, uma empresa pública, pertencente à Administração Indireta da cidade
do Rio de Janeiro, será considerada como estatal dependente, se receber do município do

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Rio de Janeiro, ente controlador, recursos financeiros para pagamento de despesas de cus-
teio em geral.

A resposta dessa questão está no artigo 2º da LRF, especificamente nos incisos II e III. Confira
com grifos nossos:

Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:


I – ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município;
II – empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta
ou indiretamente, a ente da Federação;
III – empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos
financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluí-
dos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;

Repare que, para entender o conceito de estatal dependente, você, primeiro, precisa ter conso-
lidado o entendimento acerca do conceito de empresa controlada pelo setor público.
Certo.

033. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com a Lei n. 4.320/1964, o controle da legalidade dos atos que resultem a arrecada-
ção de receita ou a realização de despesa será realizado previamente pelo Poder Executivo e
subsequentemente pelo Poder Legislativo.

A resposta está na literalidade do artigo 75 da Lei n. 4.320/1964. Confira, com grifos nossos:

Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:


I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o
nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o artigo 75, sem pre-
juízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
Errado.

034. (INÉDITA/2020) Julgue:


Uma autarquia federal qualquer, ao elaborar a sua proposta orçamentária parcial, deverá en-
caminhar, em formulário próprio, nas tabelas explicativas, informação a respeito de receitas
arrecadadas apenas no último exercício.

A resposta está na literalidade do artigo 22, inciso III, da Lei n. 4.320/1964. Confira, com gri-
fos nossos:

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Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos pra-
zos estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, compor-se-á:
III – Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e despesa, constarão, em colu-
nas distintas e para fins de comparação:
a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se elaborou a propos-
ta.
b) A receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta.
c) A receita prevista para o exercício a que se refere a proposta.
d) A despesa realizada no exercício imediatamente anterior.
e) A despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta.
f) A despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta.
IV – Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais, em ter-
mos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a
prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa.
Parágrafo único. Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, descrição
sucinta de suas principais finalidades, com indicação da respectiva legislação.
Errado.

035. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com a Lei n. 4.320/1964, quanto à finalidade, os créditos suplementares destinam-se
às despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.

A assertiva definiu os créditos adicionais especiais. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção
intestina ou calamidade pública.
Errado.

036. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com a Lei n. 4.320/1964, classificam-se como receitas extraorçamentárias entradas
compensatórias no ativo e no passivo financeiros.

Confira diretamente na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito


autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipação da
receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros.
Certo.

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037. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com a Lei n. 4.320/1964, a modalidade utilizada quando o valor exato da despesa é
conhecido e cujo pagamento ocorre de uma só vez é o empenho global.

O empenho é o primeiro estágio da despesa. Nos termos do disposto no art. 58 da Lei n.


4.320/1964, o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para
o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição. O empenho
não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das dotações orçamentárias destinadas à
satisfação da despesa, a quantia necessária ao resgate do débito.
Usa-se o empenho ordinário para acudir despesas com montante previamente conhecido e
cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
Já o empenho global atende às despesas com montante previamente conhecido, mas cujo
pagamento seja parcelado.
Errado.

038. (INÉDITA/2020) Julgue:


O ordenador de despesa de um órgão público qualquer realizou o empenho de despesa referente ao
consumo de energia elétrica, cujo montante exato da despesa não foi possível ser determinado pre-
viamente. De acordo com as determinações da Lei n. 4.320/1964, foi utilizado o empenho estimativo.

Como não foi possível determinar previamente o montante da despesa, trata-se do empenho
estimativo. Confira na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.


§ 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de
empenho.
§ 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa determinar.
§ 3º É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.
Certo.

039. (INÉDITA/2020) Julgue:


As dotações destinadas à aquisição de imóveis já em utilização e à aquisição de imóveis con-
siderados necessários à realização de obras classificam-se, respectivamente, como Investi-
mentos e Inversões Financeiras.

A resposta dessa questão está nos §§ 4º e 5º do artigo 12 da Lei n. 4.320/1964. Confira com
grifos nossos:

Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas


§ 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras,
inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas,

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bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e ma-
terial permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter
comercial ou financeiro.
§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:
I – aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;

Assim, podemos concluir que as dotações destinadas à aquisição de imóveis já em utilização


e à aquisição de imóveis considerados necessários à realização de obras classificam-se, res-
pectivamente, como Inversões Financeiras e Investimentos.
Errado.

040. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com a Lei n. 4.320/1964, fazer com que o orçamento público considere todas as
receitas e todas as despesas e que nenhuma instituição governamental fique afastada do or-
çamento caracteriza o princípio exclusividade.

A assertiva apresentou o conceito do princípio da universalidade, que determina que a LOA


deve conter todas as receitas e despesas do ente. Estabelecido, de forma expressa, pelo caput
do art. 2º da Lei no 4.320/1964, recepcionado e normatizado pelo § 5º do artigo 165 da Cons-
tituição Federal, determina que a LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e
despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público.
O princípio da exclusividade, por seu turno, é aquele que diz que a LOA não pode ter matéria
estranha à previsão da Receita e da fixação da Despesa. Guarde que a adoção desse Princípio
visa garantir que Orçamento deve conter apenas matéria orçamentária e financeira, e não cui-
dar de assuntos estranhos.
Errado.

041. (INÉDITA/2020) Julgue:


A Lei n. 4.320/1964, ao disciplinar o princípio orçamentário da especificação, determina que a
LOA não deve consignar dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas
de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras. É exceção legal
a essa regra a possibilidade de consignação de dotação global de despesas que, por sua natu-
reza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução. Essa possibi-
lidade se refere aos juros da dívida pública.

A resposta da questão está na literalidade do artigo 20 da Lei n. 4.320/1964:

Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras
e de outras aplicações.

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Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cum-
prir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por
dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital.
Errado.

042. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com a Lei n. 4.320/1964, a execução da receita se dá em três estágios, os quais são
o lançamento, o recebimento e a contabilização.

De acordo com a Lei n. 4.320/1964, a execução da receita é composta por três estágios/eta-
pas: lançamento, arrecadação e recolhimento.
Errado.

043. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com a Lei n. 4.320/1964, o ato emanado de autoridade competente que cria para
o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição, refere-se ao
empenho da despesa.

O artigo 58 da Lei n. 4.320/1964 nos diz que “o empenho de despesa é ato emanado de autori-
dade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de imple-
mento de condição”, ou seja, o empenho é o ato que oficialmente reserva (destaca) um deter-
minado montante de uma dotação orçamentária para fazer frente a uma despesa específica.
Certo.

044. (INÉDITA/2020) Julgue:


O Regime de Adiantamento expresso na Lei n. 4.320/1964 poderá ser concedido ao servidor,
em situações excepcionais, visando honrar os gastos descobertos de dotação orçamentária.

A resposta dessa questão tem como base o artigo 68 da Lei n. 4.320/1964. Confira com gri-
fos nossos:

Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.

Note também que a assertiva não diz que deve ser sempre precedida de empenho na dota-
ção própria.
Errado.

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045. (INÉDITA/2020) Julgue:


Em relação à classificação da Receita Pública na Lei n. 4.320/1964, é correto afirmar que as
receitas patrimonial, agropecuária e industrial são classificadas como Receitas de Capital.

De acordo com a classificação da Receita Pública na Lei n. 4.320/1964, são Receitas de Capital:
• as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas;
• da conversão em espécie, de bens e direitos;
• os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a
atender despesas classificáveis em Despesas de Capital; e
• o superavit do Orçamento Corrente.
As receitas patrimonial, agropecuária e industrial são classificadas como Receitas Correntes.
Errado.

046. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo a Lei n. 4.320/1964, a elaboração e o controle do orçamento público no Brasil devem
obedecer aos princípios orçamentários da unidade, periodicidade e universalidade.

São aqueles Princípios Orçamentários (“UAU”), mas note que a nomenclatura para o Princípio
da Anualidade foi a da Periodicidade, que são sinônimos. Fique ligado(a), já que os Princípios
aparecem nas provas usando os seus sinônimos:
• Unidade = Totalidade;
• Anualidade = Periodicidade;
• Universalidade = Totalização.
Certo.

047. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com a Lei n. 4.320/1964, o pagamento da despesa deve ser efetuado por tesouraria
ou pagadoria regularmente instituídos por estabelecimentos bancários credenciados e, em
casos excepcionais, por meio de adiantamento.

O disposto na assertiva reproduz a literalidade do artigo 65 da Lei n. 4.320/1964. Confira:

Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente instituí-
dos por estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adianta-
mento.
Certo.

048. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com as regras estabelecidas na Lei n. 4.320/1964 para o exercício financeiro, a im-
portância de despesas anuladas no exercício deve ser revertida à respectiva dotação.

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O disposto na assertiva está de acordo com o artigo 38 da Lei n. 4.320/1964. Confira, com
grifos nossos:

Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada no exercício; quando a anulação
ocorrer após o encerramento deste considerar-se-á receita do ano em que se efetivar.
Certo.

049. (INÉDITA/2020) Julgue:


De acordo com a Lei n. 4.320/1964, a discriminação da despesa nos orçamentos será feita,
no mínimo, pelo desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros
meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins.

A resposta da questão está no § 1º do artigo 15 da Lei n. 4.320/1964. Confira, com grifos nossos:

Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. (Veto
rejeitado no D.O. 05/05/1964)
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços,
obras e outros meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins.
§ 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração supe-
rior a dois anos.
Certo.

050. (INÉDITA/2020) Julgue:


A Lei n. 4.320/1964 dispõe que programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não
possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução de despesa poderão ser
custeados por dotações globais, classificados entre as despesas de custeio.

Guarde que os programas especiais de trabalho, que não possam cumprir as normas gerais
devem ser custeados por dotação global entre as despesas de capital, conforme determina o
parágrafo único do artigo 20 da Lei n. 4.320/1964. Confira, com grifos nossos:

Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações
globais, classificadas entre as Despesas de Capital.
Errado.

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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 13, 14, 15 e 16)
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051. (CESPE/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2020) A Lei Complementar n. 101/2000 tem por


objetivo estabelecer normas de
a) contabilidade pública.
b) direito financeiro.
c) finanças públicas.
d) direito público.
e) gestão pública.

Resposta na literalidade do artigo 1º da Lei Complementar n. 101/2000 (LRF). Confira com


grifos nossos:

Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsa-
bilidade na gestão fiscal
Letra c.

052. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) No que se refere a política fiscal, distribuição de ren-


da, transferências voluntárias e destinação de recursos ao setor privado, julgue o próximo item.
A destinação de recursos públicos ao setor privado é decisão idiossincrática do agente público
executor de um programa de governo e independe de autorização em lei específica.

Guarde que o termo “idiossincrática” significa na frase “própria”, ou seja, “que decorre de suas
próprias funções”. Entretanto, faz-se necessária, sim, a autorização em lei específica para des-
tinar recursos públicos ao setor privado. Confira na LRF:

DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO


Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas fí-
sicas ou deficit de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos
adicionais.
§ 1º O disposto no caput aplica-se a toda a administração indireta, inclusive fundações públicas e
empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as instituições financeiras e
o Banco Central do Brasil.
§ 2º Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos,
inclusive as respectivas prorrogações e a composição de dívidas, a concessão de subvenções e a
participação em constituição ou aumento de capital.
Errado.

053. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA/2020) julgue o item.


Segundo a Lei da Transparência, a realização de audiências públicas no processo orçamentá-
rio é uma das formas de promover a transparência da gestão fiscal.

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Manuel Piñon

A Lei Complementar n. 131/2009, mais conhecida como Lei da Transparência, incluiu o inciso
I do § 1º do artigo 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Confira:

Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orça-
mentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execu-
ção Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
§ 1º A transparência será assegurada também mediante:
I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de
elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; (Incluído pela Lei
Complementar n. 131, de 2009).
Certo.

054. (INÉDITA/2021) Julgue a assertiva:


Segundo a Constituição Federal de 1988, não cabe à LDO – Lei de Diretrizes – trazer diretrizes
relacionas à política fiscal e à dívida pública, cabendo esse papel exclusivamente à LRF – Lei
de Responsabilidade Fiscal.

Na verdade, isso valeu até antes da EC n. 109/2021 (a famosa PEC Emergencial), que alterou
as atribuições constitucionais da LDO ao incluir a atribuição de estabelecer as diretrizes de
política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pú-
blica. Além dessa inclusão, a EC n. 109/2021, de 15/03/2021, retirou do texto constitucional
o trecho “incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente” como de-
talhamento das metas e prioridades da administração pública federal. Confira a nova redação
das atribuições constitucionais da LDO, grifos nossos:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração


pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em conso-
nância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplica-
ção das agências financeiras oficiais de fomento. (Redação dada pela Emenda Constitucional
n. 109, de 2021).
Errado.

055. (CESPE/TC-DF/PROCURADOR/2021) Considerando a legislação e o entendimento juris-


prudencial acerca de direito financeiro e econômico, julgue o item a seguir.
De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, nos oito meses anteriores ao final de seu
mandato, um prefeito não poderá, em hipótese alguma, contrair obrigação de despesa que

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não possa ser cumprida integralmente dentro daquele exercício, ou seja, que tenha parcelas a
serem pagas no exercício seguinte.

Vamos ver como a LRF trata desse tema:

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do
seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade
de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e
despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.

Note, portanto, que, caso a mencionada prefeitura tenha disponibilidade de caixa suficiente
para pagamento desta despesa, será permitida a realização de despesa que não possa ser
cumprida dentro dos últimos quadrimestres do mandato.
Errado.

056. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-CEX/2021) Ainda acerca de aspectos do direito financeiro,


julgue o próximo item.
A Lei n. 4.320/1964, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e contro-
le dos orçamentos e balanços do poder público em geral, foi recepcionada com status de lei
complementar pela Constituição Federal de 1988.

O artigo 165, § 9º, da CF/1988, estabelece a competência de Lei Complementar para:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


§ 9º Cabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual.

Raciocine comigo: se a CF é de 1988 e antes dela já vigorava Lei n. 4.320/1964, aprovada pelo
Congresso Nacional por maioria simples, em processo legislativo de lei ordinária, então esta-
mos diante de uma inconsistência constitucional.
Em verdade, essa incongruência deve-se ao fato de que a CF/1988 exige lei complementar
para tratar de exercício financeiro e dos instrumentos do Plano Plurianual (PPA), da Lei de Di-
retrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA).
Assim, contrariando a previsão da CF/1988, a lei que regulamentou o exercício financeiro, pe-
ríodo durante o qual o Estado realiza a sua atividade financeira, arrecadando receitas e execu-
tando despesas, é a Lei n. 4.320/1964, editada e publicada originalmente como lei ordinária.

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ENTRETANTO, NÃO se pode afirmar, pelo fato de ser uma lei pretérita à CF/1988, que inaugu-
rou um novo ordenamento jurídico no Brasil a partir daquele ano e que vai contra o que diz a
norma do artigo 165, § 9º, I, da CF/1988. Na verdade, a Lei n. 4.320/1964 não foi revogada,
mas, sim, recepcionada como se Lei Complementar fosse. Assim, de acordo com a jurispru-
dência do Supremo Tribunal Federal (ADI 1726), a Lei n. 4.320/1964 foi recepcionada com o
status de lei complementar perante o texto constitucional de 1988, apesar da sua forma ori-
ginária de lei ordinária.
Em suma, a Lei n. 4.320/1964 é uma lei formalmente ordinária, aprovada por meio de proces-
so legislativo ordinário, quórum de deliberação parlamentar maioria simples, e materialmente
complementar, pois a matéria de que ela trata é de Lei Complementar, com fulcro no artigo 165,
§ 9º, I, CF/1988.
Desse modo, pelo fato de a Lei n. 4.320/1964 ter sido recepcionada pelo atual ordenamento
jurídico brasileiro, ditado pela Carta Magna de 1988, com status de lei complementar, somente
poderá ser alterada por uma lei federal de mesma matéria e por Lei Complementar.
Mesmo sendo uma lei formalmente ordinária e materialmente complementar, a Lei n.
4.320/1964 somente poderá ser alterada, desde a vigência da atual Constituição, por uma lei
complementar tanto quanto à forma e quanto à matéria.
Certo.

057. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-CEX/2021) A respeito dos mecanismos utilizados na elabo-


ração, execução e controle do orçamento, julgue o item que se segue.
A lei orçamentária anual pode prever investimento com duração superior a um exercício finan-
ceiro, se uma lei específica autorizar a inclusão do referido investimento no plano plurianual.

Vamos ver como a LRF trata o tema:

Art. 5º § 5º A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior
a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua
inclusão, conforme disposto no § 1º do art. 167 da Constituição

Dessa forma, guarde que qualquer investimento com duração superior a um exercício financei-
ro deve estar previsto no PPA ou em lei que autorize a sua inclusão.
Certo.

058. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-CEX/2021) Com relação aos recursos de acompanhamen-


to e modificação do orçamento governamental, julgue o item subsecutivo.
A avaliação do cumprimento dos objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial deve
ser feita exclusivamente por meio de convocação do ministro da Economia para audiência pú-
blica no Congresso Nacional.

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Na verdade, é o Banco Central que deve apresentar essa avaliação. Confira na LRF:

Art. 9º § 5º No prazo de noventa dias após o encerramento de cada semestre, o Banco Central
do Brasil apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso
Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e
cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas operações e os resultados demonstrados
nos balanços.
Errado.

059. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-CEX/2021) Ainda acerca de aspectos do direito financeiro,


julgue o próximo item.
A lei de diretrizes orçamentárias deve dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas.

Confira na LRF:

Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:


I – disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do
inciso II deste artigo, no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31;
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados
com recursos dos orçamentos;
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
Certo.

060. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-CEX/2021) Em relação às receitas públicas, julgue o


item a seguir.
As previsões de receita devem ser acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últi-
mos três anos, da projeção para os dois anos seguintes àquele a que se referirem e da meto-
dologia de cálculo e premissas utilizadas.

Confira na LRF:

Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das
alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qual-
quer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos
três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo
e premissas utilizadas.
Certo.

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Manuel Piñon

Caro(a) aluno(a), chegamos ao fim da nossa aula de hoje e do nosso curso. Antes de nos
despedirmos, convido-o(a) para um momento final de reflexão.
Sabe-se que a grande maioria das pessoas desistem dos seus sonhos quando já estão a
um passo da conquista. Desistem, muitas vezes, por muito pouco, pois é mais fácil desistir
do que prosseguir. Desistem dos estudos, do objetivo perseguido por muito tempo ou de um
grande sonho, do trabalho, dos projetos etc.
Neste momento, pense um pouco em quantas coisas você deixou de fazer e quantos sa-
crifícios realizou.
Agora é hora de pensar positivo, de ter fé!
Chegou a sua hora de vencer!
Você vai passar!
Agora quero pedir um favor.
Avalie nossa aula, é rápido e fácil, deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
Pode ser?
Siga-me (profmanuelpinon) no Instagram e no Facebook. Temos excelentes cards
para revisão!

manuelpinon@hotmail.com
Professor Manuel Piñon

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Manuel Piñon

GABARITO
1. C 21. E 41. E
2. E 22. E 42. E
3. C 23. C 43. C
4. a 24. C 44. E
5. C 25. C 45. E
6. C 26. E 46. C
7. E 27. C 47. C
8. C 28. C 48. C
9. E 29. E 49. C
10. E 30. C 50. E
11. d 31. C 51. c
12. C 32. C 52. E
13. e 33. E 53. C
14. C 34. E 54. E
15. d 35. E 55. E
16. C 36. C 56. C
17. c 37. E 57. C
18. E 38. C 58. E
19. C 39. E 59. C
20. c 40. E 60. C

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Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

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