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NOÇÕES DE

ECONOMIA DO
SETOR PÚBLICO E
DA REGULAÇÃO
Macroeconomia - Parte III

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da


Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado
para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil –
AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje,
Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con-
troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé-
rio da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional –
AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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NOÇÕES DE ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO E DA REGULAÇÃO
Macroeconomia - Parte III
Prof. Manuel Piñon

Apresentação..............................................................................................5
Macroeconomia – Parte III............................................................................6
1. Introdução ao Estudo do Setor Externo.......................................................6
1.1. Conceitos Iniciais..................................................................................6
1.2. Conta das Transações com o Resto do Mundo............................................9
1.3. Teoria – Princípio das Vantagens Comparativas.........................................9
1.4. Teoria da Corrente Estruturalista........................................................... 11
2. Câmbio................................................................................................ 11
2.1. Determinação da Taxa de Câmbio.......................................................... 11
2.2. Oferta de Divisas................................................................................ 12
2.3. Efeitos da Inflação na Taxa de Câmbio e Atuação do Governo no Mercado
de Divisas................................................................................................ 13
2.4. Regimes Cambiais............................................................................... 18
2.5. A Importância do Câmbio para a Economia............................................. 21
2.6. Reservas Cambiais.............................................................................. 23
2.7. Bens Comercializáveis X Bens Não Comercializáveis................................. 25
3. Balanço de Pagamentos.......................................................................... 27
3.1. Aspectos Iniciais................................................................................. 27
3.2. A Evolução do Balanço de Pagamentos no Brasil...................................... 29
3.3. A Estrutura do Balanço de Pagamentos.................................................. 36
3.4. Relação entre Deficit Público, Poupança Interna e Resultado das Contas
do Setor Externo....................................................................................... 40
Resumo.................................................................................................... 43
Mapa Mental............................................................................................. 47

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Questões de Concurso................................................................................ 48
Gabarito................................................................................................... 62
Gabarito Comentado.................................................................................. 63
Referências Bibliográficas........................................................................... 96

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Apresentação
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!

O nosso objetivo hoje nessa aula é conhecer a parte da Macroeconomia rela-

tiva ao SETOR EXTERNO, envolvendo o comercio exterior e às demais tran-

sações com o resto do mundo, refletidos no Balanço de Pagamentos, passando

pelo estudo dos principais aspectos relacionados ao câmbio. A título ilustrativo,

veja a evolução do regime cambial desde o Plano real:

Lembre-se de nos avaliar ao final e boa aula!

Prof. Manuel Piñon

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Macroeconomia - Parte III
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MACROECONOMIA – PARTE III
1. Introdução ao Estudo do Setor Externo

1.1. Conceitos Iniciais

Antes de adentrarmos efetivamente no tema balanço de pagamentos, assunto

mais importante da aula, vamos alinhar alguns conceitos relacionados ao Se-

tor Externo, especialmente no que diz respeito ao comércio exterior e às demais

transações com o resto do mundo.

Nessa pegada, primeiro vamos revisar alguns conceitos aprendido na aula

inicial e, em seguida, vamos estudar os aspectos relativos a câmbio antes de

efetivamente estudarmos o balanço de pagamentos.

Chamo a sua atenção para o fato de que nesse curso é muito importante en-

tender e guardar os conceitos introdutórios. Se não teve uma boa assimilação do

conteúdo da aula inicial, sugiro que faça uma breve revisão antes de iniciar os as-

suntos de hoje.

De qualquer modo, vamos então começar a aula de hoje revisando os primei-

ros contatos que tivemos com as transações com o resto do mundo no âmbito da

macroeconomia.

O primeiro aspecto a ter em mente é que as transações “com o resto mun-

do” são aquelas feitas com empresas e pessoas não residentes, ou seja,

residentes em outros países.

Lembro que aqui o que vale não é nacionalidade da pessoa (física ou jurí-

dica), mas sim o local definido como de sua residência. Assim, um brasileiro

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que resida na China e uma multinacional Holandesa serão tratados como não resi-

dentes.

Chamo sua atenção que em prova se chama o conjunto dos “outros paí-

ses” como “resto do mundo” ou “setor externo”.

Numa economia aberta temos novas variáveis a serem incorporados aquele

nosso modelo da aula inicial:

Exportações (X): representam as compras de nossos bens e serviços pelos

estrangeiros, ou seja, são gastos do setor externo com as nossas empresas.

Importações (M): representam nossas compras relativas a bens e serviços

produzidos por empresas de outros países, ou seja, do setor externo.

Importante registrar que as Exportações e as Importações em tela se refe-

rem à compra e venda de bens e “serviços não fatores”, ou seja, serviços

que não representam “remuneração” dos fatores de produção, como é o caso

de fretes, seguros, turismo etc., que são pagamentos (ou recebimentos) feitos a

firmas pela compra (ou venda) de serviços não fatores.

Desse modo, outros pagamentos de serviços, tais como assistência técnica,

consultorias, honorários, lucros, são feitos das empresas aos indivíduos, a tí-

tulo de remuneração, e nesse caso são chamados de “serviços de fatores”,

sendo considerados nas seguintes variáveis:

Renda Enviada ao Exterior (REE): representa uma parcela da renda gerada

internamente, nos limites territoriais do nosso país, mas que não pertence aos na-

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cionais. Como exemplo, temos a remessa de lucros de uma empresa estrangeira

para sua matriz no exterior, o pagamento de uma consultoria internacional, o pa-

gamento de assistência técnica etc.

Renda Recebida do Exterior (RRE): representa exatamente o fluxo contrá-

rio, ou seja, trata-se de uma parcela da renda gerada em outro país, que se agrega

à renda nas mãos dos nacionais. Por exemplo, recebimento de lucros obtidos por

filiais de uma empresa nacional situada em outro país.

Renda Líquida de Fatores Externos (RLFE): constitui-se na diferença entre

a Renda Recebida do Exterior e a Renda Enviada ao Exterior:

RLFE = RRE - REE

Lembre-se ainda de que quando um país recebe mais renda do exterior do que

envia, a Renda Líquida de Fatores Externos é positiva. Já em situação inversa, ou

seja, se um país recebe menos renda do exterior do que envia, a Renda Líquida de

Fatores Externos é negativa.

Vale lembrar que na situação de Renda Líquida de Fatores Externos negativa,

é muito comum se usar a expressão “Renda Líquida Enviada ao Exterior”:

RLEE = REE – RRE

Lembro que disse para que esteja sempre ligado que se a Renda Líquida En-

viada ao Exterior é positiva, isso significa que REE > RRE, quer dizer, o país

envia mais renda para o exterior do que recebe.

Por outro lado, quando a RLEE é negativa, acontece exatamente o oposto,

ou seja, o país na verdade recebeu de fora mais “unidades monetárias” do

que mandou.

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1.2. Conta das Transações com o Resto do Mundo

Essa conta revela os valores das transações de um país com os demais países

e inclui as transações realizadas entre os residentes e os não residentes de

um país.

DÉBITO CRÉDITO
3.1 Exportação de bens e serviços 3.4 Importação de bens e serviços
3.2 Renda Recebida do Exterior 3.5 Renda Enviada para o Exterior
3.3 Saldo: Poupança Externa 3.6 Saldo das transações correntes com o resto do mundo

Total de recebimentos Utilização dos recebimentos

Lembre-se que essa conta demonstra, do lado do débito, os gastos dos não

residentes com a compra de bens, serviços e ativos nacionais (exportações do Bra-

sil), bem como os valores recebidos do setor externo.

Já do lado do crédito, essa conta demonstra as compras feitas pelos resi-

dentes na forma de importações de bens e serviços e os valores enviados para o

exterior pelos agentes domésticos. Aqui também é lançado o saldo do balanço de

pagamentos em conta-corrente.

Bem, feita essa breve revisão de conceitos já vistos, vamos avançar mais na

matéria.

1.3. Teoria – Princípio das Vantagens Comparativas

Para começar, vamos fazer um pequeno questionamento: o que será que leva

muitos países a comercializarem entre si?

Os economistas clássicos fornecem a explicação teórica básica para o comércio

internacional usando o Princípio das Vantagens Comparativas.

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Esse tal Princípio das Vantagens Comparativas sugere que cada país deve
se especializar na produção daquela mercadoria em que é relativamente
mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente menor). Assim, essa
será, portanto, a mercadoria exportada, e, por outro lado, este país deverá impor-
tar aqueles bens cuja produção implicar um custo relativamente maior. A Teoria
das Vantagens Comparativas foi formulada por David Ricardo em 1817.

Exemplo
No exemplo construído por esse autor, existem dois países (Inglaterra e Portugal),
dois produtos (tecido e vinho) e apenas um fator de produção (mão de obra).

Quantidade de homens/hora para a produção de uma unidade de mercadoria Tecidos Vinho

Inglaterra 100 120


Portugal 90 80

Podemos ver que, em termos absolutos, Portugal é mais produtivo na produção


de dessas duas mercadorias, mas em termos relativos, o custo da produção de te-
cidos em Portugal é maior do que o da produção de vinho, e na Inglaterra, o custo
da produção de vinho é maior que o da produção de tecidos.
Desse modo, comparativamente, Portugal tem a vantagem relativa na produção
de vinho, e a Inglaterra na produção de tecidos.
Ainda segundo Ricardo, os dois países obterão benefícios ao especiali-
zarem-se na produção da mercadoria em que possuem vantagem compa-
rativa, exportando-a, e importando outro bem.
Não importa aqui, o fato de que um país possa ter vantagem absoluta em am-
bas as linhas de produção, como é o caso de Portugal, no exemplo acima.
Colega, repare que a teoria desenvolvida por Ricardo fornece uma explicação
para os movimentos de mercadorias no comércio internacional a partir da oferta ou
dos custos de produção existentes nesses países.

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A ideia é que os países exportarão e se especializarão na produção dos bens cujo

custo seja comparativamente menor em relação aqueles existentes, para os mes-

mos bens, nos demais países exportadores.

1.4. Teoria da Corrente Estruturalista

Já a teoria elaborada pela corrente “estruturalista” que nos diz que os

produtos manufaturados apresentam elasticidade – renda da demanda maior que

um, enquanto que a dos produtos primários é menor que um, e, em consequência,

o crescimento da renda mundial provocaria um aumento relativamente maior no

comércio de manufaturados, acarretando uma tendência crônica ao deficit no ba-

lanço de pagamentos dos países exportadores de produtos básicos ou primários.

2. Câmbio
Amigo(a), vamos falar agora um pouco sobre termos de troca, determina-

ção da taxa de câmbio, poder de compra das exportações e capacidade de

importar.

2.1. Determinação da Taxa de Câmbio

Quando dois países mantêm relações econômicas entre si, entram neces-

sariamente em jogo duas moedas, exigindo que se fixe a relação de troca entre

ambas.

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A taxa de câmbio é a medida de conversão da moeda nacional em moeda

de outros países. Vamos exemplificar: um Dólar americano pode custar 4,00

Reais, 1 Libra pode custar 6,07 Reais, um Euro R$5,10 etc.

A determinação da taxa de câmbio pode ocorrer de dois modos, ou insti-

tucionalmente, via decisão de autoridades econômicas com fixação periódica das

taxas (taxas fixas de câmbio), ou via funcionamento do mercado, onde as taxas

flutuam automaticamente, em decorrência das pressões de oferta e demanda por

divisas estrangeiras (taxas flutuantes).

2.2. Oferta de Divisas

A oferta de divisas é realizada tanto pelo os exportadores, que recebem moe-

da estrangeira em contrapartida de suas vendas, como por meio da entrada de

capitais financeiros internacionais.

Repare que como as divisas não podem ser utilizadas internamente, elas precisam

ser convertidas para moeda nacional. Essa conversão é feita pelo Banco Cen-

tral que recebe dos importadores do exterior a quantia em divisas – Dólar, por

exemplo, retendo-as em seus cofres, e paga, ao exportador nacional em moeda

nacional (Reais) a importância correspondente.

Amigo(a), observe que uma taxa elevada de câmbio significa que o preço da

divisa estrangeira está alto, ou que a moeda nacional está desvalorizada. Nesse

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sentido, a expressão desvalorização cambial indica que houve um aumento da taxa


de câmbio, ou seja, passa a ser necessário um maior número de Reais por unidade
de moeda estrangeira.
Em sentido contrário, por sua vez, a  valorização cambial significa moeda na-
cional mais forte, isto é, paga-se menos Reais por Dólar (por exemplo) tendo-se,

assim, uma queda na taxa de câmbio.

DICA
As taxas de câmbio estão intimamente relacionadas
com os preços dos produtos exportados e importadas
e consequentemente, com o resultado da balança co-
mercial do país.

Fique ligado no seguinte: se a taxa de câmbio estiver em um patamar eleva-

do, estimulará as exportações, pois os exportadores passarão a receber mais

“Reais” pela mesma quantidade de divisas derivadas da exportação e, em conse-

quência, haverá maior oferta de divisas. De modo contrário, do lado das impor-

tações, a situação se inverte, pois, se o preço dos produtos importados se eleva

em moeda nacional, haverá um desestímulo às importações e, consequentemente,

uma queda na demanda de divisas.

2.3. Efeitos da Inflação na Taxa de Câmbio e Atuação do


Governo no Mercado de Divisas

Até aqui analisamos a paridade cambial sem considerarmos os efeitos

da inflação. No entanto, o aumento do nível de preços internos em função da

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existência da inflação provoca uma redução da taxa real de câmbio, ou seja, com a

inflação gera-se, internamente, uma queda no poder aquisitivo da moeda.

Os efeitos da perda desse poder aquisitivo são: um desestímulo às expor-

tações, uma vez que o preço do produto exportado não sofre correlação equivalen-

te à inflação; e um estímulo às importações, já que os bens importados, ao não

serem corrigidos, ficam mais baratos.

O governo pode atuar no mercado de divisas por meio da política cambial e/

ou da política comercial.

A política cambial diz respeito a alterações na taxa de câmbio, enquanto a

política comercial constitui-se de mecanismos que interferem no fluxo de merca-

dorias e serviços.

As políticas cambiais são implementadas, por exemplo, com a adoção de Regi-

me Cambiais de taxas fixas de câmbio ou de taxas flutuantes ou flexíveis de câmbio

ou ainda das chamado Regime de Bandas cambiais.

A Política Cambial refere-se à atuação do governo sobre a taxa de câm-

bio. O governo, via Banco Central, pode fixar a taxa de câmbio, ou permitir

que ela seja flexível e determinada pelo mercado de divisas.

A política cambial exerce grande influência sobre a política aduaneira (exporta-

ções e importações) de um país.

Os principais componentes da política cambial de qualquer país são os

instrumentos cambiais, uma vez que sua utilização é de competência exclusiva

do governo federal, na medida em que o poder decisório sobre sua utilização foge

da alçada e da competência dos governos estaduais ou municipais.

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Importante guardar a ideia de que a Política cambial é baseada na administra-

ção das taxas de câmbio e no controle das operações cambiais, variáveis relacio-

nadas às transações econômicas de um determinado país com o exterior, ou seja,

é o conjunto de medidas e ações do governo que influem no comportamento do

mercado de câmbio e da taxa de câmbio.

Chamo a sua atenção para o “famoso” Mercado de Câmbio, que na verdade é

o ambiente (físico ou virtual, pois as trocas de moeda podem ser feitas também

por meio eletrônico, sem a presença física dos participantes) onde se realizam as

operações de câmbio entre os agentes autorizados pelo BACEN – Banco Central do

Brasil (bancos, corretoras, distribuidoras, agências de turismo etc.), e entre esses

e seus clientes.

Dentre as políticas comerciais externas, podemos destacar as alterações

das tarifas sobre importações e a Regulamentação do comércio exterior.

Já temos noção de que na economia internacional, os países realizam transa-

ções econômicas sob a conversão dos valores em uma moeda padrão. Essa con-

versão tem como objetivo facilitar as transações econômicas, dado que cada país

possui moeda própria.

Nessa toada, define-se taxa de câmbio como a medida de conversão de

uma moeda em outra. Ou seja, a taxa de câmbio expressa o número de unidades

da moeda nacional, R$, por unidade de moeda estrangeira, como, por exemplo o

Dólar US$.

Nestes termos, a taxa de câmbio, ao expressar uma relação entre moedas, in-

dica quanto uma moeda representa em relação à outra. Logo, se 1 US$ equivale a

R$ 4,05, significa que cada Dólar vale 4 Reais e cinco centavos.

Até aqui beleza?

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Espero que sim!

Também já temos uma noção de que a taxa de câmbio é determinada pela ofer-

ta de divisas e pela demanda de divisas, sob regulação da Autoridade Monetária,

Banco Central do Brasil. Vimos que a oferta de divisas depende do volume de

exportações, da entrada de capital externo, da vinda de turistas estrangeiros etc.,

enfim, dos agentes que querem trocar US$ por R$.

Por outro lado, a demanda de divisas depende do volume de importações, da

saída de capital externo, da saída de turistas nacionais etc., em suma, dos agentes

que desejam trocar R$ por US$.

Neste contexto, já sabemos que é firmada uma relação de mercado onde a mo-

eda nacional pode obter uma valorização cambial (apreciação cambial), bem como

pode ter uma desvalorização cambial (depreciação cambial).

Já sabemos também que em caso de valorização cambial, ocorre um aumento

do poder de compra da moeda nacional em relação à moeda estrangeira. Já na si-

tuação inversa, no caso de desvalorização cambial, a moeda nacional perde poder

aquisitivo em relação à moeda estrangeira.

Tecnicamente podemos conceituar taxa de câmbio como: operação fi-

nanceira que expressa troca de valores em moeda entre países.

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Na verdade, observe que a taxa de câmbio constitui o valor comparativo entre


moedas e é usada para permitir as transações econômicas entre diferentes países.

Existe ainda uma distinção que deve ser feita entre a taxa de câmbio nominal e a
taxa de câmbio real.

A taxa de câmbio nominal é a taxa onde se troca duas moedas diferentes. Na

verdade, até aqui estudamos o conceito de taxa de câmbio nominal.

Já a taxa de câmbio real é aquela que reflete o custo da mesma mercadoria

em países diferentes, que na verdade acaba por demonstrar a competitividade das

exportações.

Podemos dizer que a taxa de câmbio real é calculada da seguinte forma:

Taxa câmbio real =taxa câmbio nominal x nível de preços no exterior


nível de preços domésticos

Exemplo
Vamos criar um exemplo para entendermos melhor o conceito de taxa de câmbio
real. Imagine um par de sapatos brasileiro sendo exportado para os EUA. Vamos
supor uma desvalorização do real (por exemplo, quando o dólar subiu de R$ 3,00
para R$ 3,30, ou seja, 10%).
Suponha ainda que esse par de sapatos que custava R$120,00 agora, devido ao
aumento dos custos de produção, também na ordem de 10%, passe a custar R$
132,00.

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Ao câmbio inicial, de R$ 3,00 por dólar, os R$ 120,00 representavam US$ 40.00.

Mas agora, após a desvalorização, os R$ 132,00 representarão exatamente os

mesmos US$ 40.00, já que a desvalorização da moeda de 10% foi igual a inflação

interna do Brasil (no caso do sapato) de 10%.

O que você pode concluir dessa situação?

No caso hipotético que criamos, a  inflação brasileira absorveu toda a vantagem

proporcionada pela desvalorização cambial, anulando-a. Em suma, a taxa real

de câmbio não foi alterada, embora a taxa nominal tenha sofrido desvalorização

de 10%.

Tranquilo até aqui?

Então vamos continuar!

2.4. Regimes Cambiais

As autoridades monetárias de um país regulam a taxa de câmbio, base para as

transações econômicas. Para tanto, podem adotar regimes cambiais distintos:

câmbio fixo, câmbio flutuante ou ainda o regime híbrido ou misto chamado

de regime de bandas cambiais.

Vamos ver as principais características desses regimes cambiais.

2.4.1. Regime de Câmbio Fixo

O Banco Central fixa a taxa de câmbio, sendo, portanto, obrigado a disponibi-

lizar as reservas cambiais. Amigo(a), tenha em mente que num sistema em que

vigora a taxa de câmbio fixa, o valor da moeda estrangeira é determinado pelo

Banco Central e não se altera. Neste caso, esta Autoridade Monetária administra a

oferta e demanda da moeda estrangeira com seu valor fixado.

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2.4.2. Regime de Câmbio Flexível (Flutuante)

O mercado (oferta e demanda de divisas) determina a taxa de câmbio. O Banco

Central não é obrigado a disponibilizar as reservas cambiais. Guarde a ideia que

num sistema em que vigora a taxa de câmbio flexível, o valor da moeda varia

de acordo com a oferta e demanda, sem compromisso de a Autoridade Mo-

netária comprar divisas no mercado no intuito de manter a taxa existente. Esse é

o regime oficialmente adotado no Brasil.

Em um regime de câmbio flutuante as forças de mercado determinam a taxa de

câmbio praticada.

Importante dizer que tanto a taxa de câmbio fixa como a taxa de câmbio flexível

trazem vantagens e desvantagens em sua administração.

Uma vantagem apontada na adoção de taxa de câmbio fixa refere-se à con-

dição de previsibilidade dada ao agente que opera no comércio exterior, em face

do seu caráter estável. Por outro lado, apresenta a desvantagem decorrente da

necessidade de o Banco Central ser obrigado a manter divisas para garantir

a taxa de câmbio fixada.

Já a taxa de câmbio flexível apresenta como principal vantagem o fato de o

Banco Central não precisar contar com reserva para intervenção no mercado, dado

que este determina a taxa de câmbio. Por outro lado, apresenta a desvantagem

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decorrente da taxa de câmbio ficar dependente da volatilidade do mercado finan-

ceiro internacional.

Veja um resumo comparativo:

2.4.3. Regime de Bandas Cambiais

O regime de bandas cambiais é um regime de câmbio misto ou híbrido

que apresenta as características de câmbio fixo e de câmbio flutuante. Na

verdade, no regime de bandas cambiais a taxa flutua até certo limite supe-

rior e inferior.

Nosso país teoricamente adotou esse modelo de câmbio de 1995 até 1999,

quando decidiu adotar o regime de câmbio flutuante. Mas na prática, esse regime

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de banda cambial vigora até hoje, pois quando a cotação real x dólar atinge um

valor considerado crítico pelo governo, este interfere no mercado cambial a fim de

garantir a estabilidade econômica. É o que alguns chamam de “flutuação suja”.

2.5. A Importância do Câmbio para a Economia

Veja que é verdadeira a afirmativa de que taxa de câmbio constitui um pre-

ço fundamental na economia. A sua determinação afeta o comércio exterior,

o nível de inflação, o estoque da dívida externa e a dinâmica da produção domés-

tica, entre outras variáveis.

Já sabemos que no campo do comércio externo, uma desvalorização cambial

deve estimular as exportações, pois os exportadores receberão mais reais por dólar

exportado.

Na área das importações, a desvalorização cambial deve conduzir os importado-

res a mais despesas, pois pagarão mais reais por dólar pelos produtos adquiridos

do exterior.

Outro efeito importante da taxa de câmbio ocorre sobre o processo inflacionário.

Na ocorrência de valorização cambial, deve-se estimular a aquisição de produtos

importados, dado que a moeda nacional se torna mais forte em relação ao dólar.

A prática desta política cambial, juntamente com a política de abertura comer-

cial, estimula a entrada de produtos importados no mercado doméstico pressionan-

do os preços internos para baixo.

Bem, já sabemos que o câmbio é troca de moedas entre dois países. No nosso

caso, o Brasil com o país com quem fará a permutação. Por exemplo, se quero com-

prar uma mercadoria aos Estados Unidos, a moeda será em dólar, para isto preciso

saber a sua cotação.

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Até aqui acho que está tranquilo.

Mas como a política cambial afeta o mercado cambial? Qual sua importância

para o Exportador e para a Balança Comercial e de Pagamentos de um País?

Nunca é demais lembrar que quando falamos de Balança Comercial, estamos


falando de Exportação menos Importação. Tudo que se exportou menos tudo que se
importou dará, no final, o resultado da Balança Comercial.
Nessa toada, a política cambial é o instrumento da política econômica do governo
federal que atua na valorização e desvalorização da moeda via autoridade monetá-
ria, o Banco Central, que intervém na taxa de câmbio.
Também já sabemos simploriamente que Taxa de Câmbio é “quantos reais preci-
samos para comprar um dólar” e que essa taxa interfere na balança comercial.
Como sabemos, o mercado de câmbio é “alimentado” pela oferta e pela
demanda da moeda.
A oferta de dólares é realizada por quem traz dólares para a economia, repre-
sentada pelos exportadores, os investidores internacionais que investem no Brasil e
os turistas que vem de fora.
Já a demanda por dólares é representada pelos importadores, por nós quando
viajamos para o exterior e quando pagamos a dívida externa.
Mas aí você, que está tendo uma boa compreensão da matéria, me pergunta:
quando a oferta por dólares for maior que a demanda, o que acontece com o dólar?
O dólar começa a despencar, e, ao contrário, quando se amplia a demanda, o dó-
lar tende a subir.
Esta é a lógica do mercado de câmbio, quando o câmbio é livre, ou seja, o Banco
Central não fixa a taxa, deixando a mesma flutuar.

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Aí você me pergunta: para combater a inflação o que é melhor: a valorização


ou desvalorização do dólar?

É melhor a valorização do Real frente ao dólar, ou seja, a depreciação do dólar,

ou, em outras palavras, a desvalorização da moeda americana, porque os preços

de importação, seja de bens de consumo ou das máquinas e equipamentos têm um

baixo custo, pressionando os preços dos produtos nacionais para baixo, ajudando,

desse modo, no combate à inflação.

Em sentido inverso, com a desvalorização do Real frente ao dólar, ou seja, com

a apreciação do dólar, os preços de custos de importação são elevados, e assim in-

fluenciam os custos de produção os elevando e diminuem a concorrência dos impor-

tados. Assim, ocorre repasse de custos para o consumidor final, causando a inflação

de custos ou de oferta, inflacionando-se os preços de aquisição de mercadorias pelos

consumidores.

2.6. Reservas Cambiais

Ao contrário do balanço de pagamentos que reflete variáveis do tipo fluxo, as re-

servas cambiais refletem o montante de moeda estrangeira (e ouro) acumulado

pelo país, ou seja, tipo estoque.

As reservas em moeda estrangeira (normalmente o dólar americano) e ouro que

um país como o Brasil detém, podem ser entendidas como uma espécie de margem

de garantia que serve para possamos demonstrar que temos capacidade e solidez

financeira para minimizar os impactos na economia de flutuações no mercado de

câmbio e de divisas.

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Além de aliviar a volatilidade no mercado, o valor das reservas cambiais, tam-

bém chamadas de reservas internacionais, de um país é levado em conta quando

da classificação de risco de um país pelas agências de risco, pois essas reservas

podem ser usadas para amortecer um eventual calote a credores internacionais.

Importante destacar, entretanto, que as reservas cambiais de um país custam

podem lhe custar caro. No caso do Brasil, com um montante médio estimado de

U$380 bilhões de dólares em reservas, considerando taxa anual média de juros nos

últimos anos de 10% para facilitar a conta, chegamos a custo médio anual de 38

bilhões de dólares.

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2.7. Bens Comercializáveis X Bens Não Comercializáveis

Vamos agora conhecer o conceito de bens comercializáveis (tradebles) e bens

não comercializáveis (non tradebles).

Numa economia aberta, os bens comercializáveis são passíveis de importa-

ção e, ou, exportação, com destaque para as commodities, e seus preços são de-

terminados pela taxa de câmbio, pelo preço internacional e pelas tarifas.

Já os bens não comercializáveis são os bens cuja produção só pode ser

realizada internamente, não sendo possível sua venda (compra) para (de) outras

regiões, como as atividades desempenhadas pelo setor de serviços; e a formação

de seu preço é dada, principalmente, pela interação de oferta e demanda e por

políticas governamentais.

Importante dizer que quanto maior a penetração dos bens importados

no tecido econômico e, portanto, maior a presença relativa de bens comer-

cializáveis na economia, maior a eficácia do controle da inflação através da

administração do câmbio.

O tradicional efeito colateral deste tipo de estratégia diz respeito à apreciação

e, no limite, sobrevalorização do câmbio real. Admitindo-se que os processos infla-

cionários vêm acompanhados por inércia, um congelamento nominal do câmbio ou

uma redução no ritmo de desvalorizações nominais serão usualmente acompanha-

dos de apreciação real devido a aumentos residuais de preços.

O efeito será tanto mais intenso quanto maior for o aumento de preços

dos bens não comercializáveis não expostos à concorrência dos bens im-

portados.

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Nesse sentido, pode concluir que o controle da inflação via administração cam-

bial depende quase que exclusivamente da redução de preços dos bens comercia-

lizáveis.

Programas de estabilização baseados nessa estratégia terão sucesso se conse-

guirem reduzir os preços dos não comercializáveis a partir do controle de preços

dos bens comercializáveis.

Quanto maior for a inércia de preços no setor de não comercializáveis,

maior a probabilidade de ocorrência de desalinhamentos cambiais e crises

no balanço de pagamentos.

Dependendo da intensidade da apreciação real, um ciclo de aumento de con-

sumo nas linhas do populismo cambial poderá ser desencadeado, resultando em

grandes crises externas.

O choque de oferta cambial (maxidesvalorização) ocorre quando existe Perda

de valor de uma moeda nacional (Real) em relação a outra (dólar), ou ao ainda em

relação ao ouro.

Normalmente, um governo desvaloriza sua moeda para corrigir o deficit do seu

Balanço de Pagamentos.

Neste caso, quando o preço dos produtos importados aumenta, e o preço dos

exportados diminui, a desvalorização pode ser bem-sucedida.

Importante dizer que em certos casos, a desvalorização convida à migração de

capitais para o país, e cria oportunidades de investimento para o capital estrangei-

ro. Entretanto, essas vantagens se perdem quando o país não domina a inflação,

não atrai o capital internacional, ou não corrige a tendência deficitária no balanço

de pagamentos.

Finalmente, vamos agora ver a parte do tema que normalmente é a mais cobra-

da em concursos: o balanço de pagamentos!

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3. Balanço de Pagamentos

3.1. Aspectos Iniciais

O comércio internacional gera fluxos de transações econômicas envolvendo

movimentação de bens e serviços entre países, cujos pagamentos e recebimentos

são registrados, contabilmente, em moedas estrangeiras no balanço de pagamen-

tos.

Portanto, no Balanço de Pagamentos ocorrem os registros contábeis de transa-

ções econômicas entre os residentes do país e os residentes no exterior.

Tais registros tratam de transações verificadas em determinado período do tem-

po (um mês, um semestre ou um ano), pois referem-se ao fluxo do movimento

transacionado em determinado período.

Em suma, nobre concurseiro(a), guarde a ideia que no Balanço de Pagamentos é

feito o registro de todas as transações de caráter econômico-financeiro realizadas

por residentes de um país com residentes dos demais países.

Como em qualquer outra conta, se as receitas totais (entradas) superarem as

despesas totais (saídas), o balanço de pagamentos apresentará superavit. Por ou-

tro lado, se ocorrer o inverso, haverá deficit. Mas se os valores estiverem equiva-

lentes, estará equilibrado.

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Em outras palavras, podemos dizer que o balanço de pagamentos é com-

posto de registros contábeis de movimentações financeiras decorrentes

das transações efetuadas, cujas contas apresentam entrada e saída de

recursos.

As suas contas registram transações de vários tipos como o comércio

de mercadorias decorrente de exportação e importação, os serviços, o pagamen-

to de juros, royalties, remessa de lucro, turismo, pagamento de fretes etc.

Da mesma forma, o Balanço de Pagamentos registra o movimento de capi-

tais, expresso pelos investimentos diretos estratégicos, empréstimos e financia-

mentos etc.

Agora chamo a atenção para a situação em que o balanço de pagamentos

apresente resultado negativo. Nesse caso, o país deve cobrir o deficit com

reservas internacionais. Se as reservas não cobrirem o deficit apresentado,

o  país tem que recorrer a empréstimos no sistema financeiro internacional para

cumprir seus compromissos

Já em contexto de superavit, o resultado possibilita ao país aumentar

sua conta de reservas internacionais.

Dentre os bancos integrantes deste sistema financeiro, cita-se o Fundo Monetá-

rio Internacional FMI, que como vimos é uma instituição criada com a finalidade de

zelar pela estabilidade financeira e econômica e prestar assistência aos países com

dificuldades no balanço de pagamentos.

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3.2. A Evolução do Balanço de Pagamentos no Brasil

Já sabemos que para um país (e para o Brasil, é claro) o balanço de pagamen-

tos, além de ser um dos mais importantes instrumentos contábeis já que serve

para registrar as transações com o exterior, serve também para projetar e planejar

a evolução da sua economia.

Nessa toada, as informações contempladas no balanço de pagamentos do Brasil

na verdade revelam, em cada etapa de nossa história, decisões de política eco-

nômica doméstica, como a definição da taxa de juros, o nível de inflação aceito

e regime cambial, e também outros aspectos relevantes da economia como o nível

de atividade produtiva e a situação estrutural da economia.

Mas não podemos deixar de destacar que a situação revelada ao longo do tem-

po em nosso balanço de pagamentos, também dependeu muito das condições

enfrentadas no cenário internacional, que, em última análise, são derivadas das

decisões tomadas por agentes estrangeiros, como os governos, as empresas e os

consumidores.

Falando em termos de Brasil, é fundamental perceber o papel do setor externo

na dinâmica de seus ciclos econômicos. Já ocorreram, situações no passado em que

foi necessário desestimular o crescimento e a demanda agregada, visando diminuir

o consumo de bens importados para, dessa forma, reduzir os deficit na conta-cor-

rente do balanço de pagamentos.

Podemos afirmar, sem dúvida alguma, que temos reflexos relevantes da parti-

cipação do setor externo na economia do Brasil, especialmente no que diz respeito

à quantidade de reservas, à taxa de juros, ao câmbio, e a política fiscal e do inves-

timento.

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No que diz respeito à evolução do nosso balanço de pagamentos, nós sabemos

que nas últimas décadas a economia brasileira passou por grandes transformações

e por várias crises.

Vivenciamos a implantação de vários planos econômicos, onde o objetivo era

a estabilização dos preços na economia (combater a inflação), tais como o Plano

Cruzado I e II (1986), Plano Bresser (1987), Plano Verão (1989), Plano Collor I e II

(1990 e 1991) e, finalmente, o Plano Real (1994), todos eles em maior ou menor

grau com reflexos em nosso balanço de pagamentos.

As contas nacionais, e o balanço de pagamentos, estão no centro das discussões

macroeconômicas faz muito tempo.

Em 1990, houve uma abertura maior no mercado externo, através da redução

tarifaria, aumentos na exportação e importação, melhorias da qualidade dos pro-

dutos brasileiros.

Com a implantação do Real, em 1994, a política cambial passou a ser um ins-

trumento de controle de inflação. A situação da balança comercial teve crescimento

devido aumento da demanda de alguns países. A indústria e o agronegócio nacio-

nal então cresceram impulsionados pelo dinamismo das exportações. O superavit

da Balança Comercial foi financiado em parte pelo investimento direto estrangeiro,

que é desejável para aumentar a competitividade do país hospedeiro em um mer-

cado mundial globalizado.

Aqui no Brasil, o nosso balanço de pagamentos é elaborado pelo BACEN.

Nosso BACEN divulga o balanço de pagamento mensalmente. Existe um

manual do balanço de pagamentos, e tudo deve ser feito seguindo essa meto-

dologia, lembrando que as transações que são registradas são aquelas efetuadas

entre residente e não residentes no país.

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Registre-se que, a partir de janeiro de 2001, o Banco Central do Brasil passou a

divulgar o balanço de pagamentos de acordo com a metodologia contida na quinta

edição do Manual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional –

BPM5, publicado em 1993.

Essa edição fixou as normas internacionais para a compilação das informações

das contas externas de forma integrada, englobando os fluxos (Balanço de Paga-

mentos) e os estoques de ativos e passivos financeiros (Posição Internacional de

Investimentos).

Os conceitos utilizados no BPM5 guardam estreita relação com o Siste-

ma de Contas Nacionais da Organização das Nações Unidas (ONU).

A partir de abril de 2015, o Banco Central do Brasil passou a divulgar as estatís-

ticas de setor externo da economia brasileira em conformidade com a sexta edição

do Manual de Balanço de Pagamentos e Posição Internacional de Investimento –

BPM6, do Fundo Monetário Internacional – FMI.

O BPM6 incorpora desenvolvimentos econômicos e financeiros da economia mun-

dial nos últimos quinze anos; avanços metodológicos ocorridos em tópicos espe-

cíficos, e a necessidade de harmonização entre as estatísticas macroeconômicas,

especialmente o Sistema de Contas Nacionais, e garante consistência com a

nova metodologia das Contas Nacionais adotada pelo Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística – IBGE, também em 2015.

O BPM6 define o BP como a estatística macroeconômica que sumariza transa-

ções entre residentes e não residentes ao longo de um período. Compreende a

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conta de bens e serviços, conta de renda primária, conta de renda secun-

dária, conta de capital e conta financeira.

A conta-corrente apresenta os fluxos das contas de bens, serviços, ren-

da primária e renda secundária.

A conta de renda primária, que no BPM5 era denominada “rendas”, perma-

nece indicando os montantes a pagar ou a receber em troca do uso temporário de

recursos financeiros, trabalho ou ativos não financeiros não produzidos.

A conta de renda secundária, antes denominada “transferências unilaterais”,

tem sua nomenclatura ajustada às contas nacionais, e apresenta a renda gerada

em uma economia e distribuída para outra.

As transferências pessoais, expansão do conceito anterior de “manutenção

de residentes”, permanecem como item mais importante da conta.

Na conta de capital figuram as transações envolvendo compra e venda de ati-

vos não financeiros não produzidos, e transferências de capital.

As transferências de migrantes deixam de ser entendidas como transação,

posto que não há transferência de propriedade econômica de bens ou direitos entre

um residente e um não residente, e, portanto, não compõem mais o BP.

A conta financeira permanece mostrando as aquisições de ativos e passi-

vos, identificados nas categorias de investimento direto, investimento em carteira

(ações e títulos) e outros investimentos (depósitos, empréstimos, créditos comer-

ciais e outros ativos e passivos).

A interpretação dos sinais das contas do BP representa mudança impor-

tante no BPM6, em comparação ao sistema vigente até o BPM5.

No BPM5, a convenção aplicada na compilação do BP era registrar cada tran-

sação em duas entradas com valores absolutos iguais. Uma dessas entradas era

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designada crédito, com sinal positivo; a outra era registrada como débito, com sinal

negativo. A princípio, a soma de todas as entradas de crédito é idêntica à soma de

todas as entradas de débito, e o saldo líquido de todas as entradas no BP é igual

a zero.

Neste contexto, créditos (exportações, receitas de rendas, de transferências,

reduções nos ativos e aumentos nos passivos) eram apresentados com sinais posi-

tivos, enquanto débitos (importações, despesas de rendas, de transferências, au-

mentos nos ativos e reduções nos passivos) eram registrados com sinal negativo.

No BPM6, sinais positivos indicam exportações e importações, receitas e des-

pesas de rendas, receitas e despesas de transferências e aumentos em ativos e

passivos. Sinais negativos somente serão utilizados para indicar renda negativa

(perdas) e reduções de ativos ou passivos (por exemplo, quando investimentos são

retornados, os desinvestimentos).

O BPM6 recomenda que se registrem apenas as variações líquidas dos

ativos e passivos, sem reporte dos fluxos brutos. Por exemplo, para o caso de

empréstimos, apenas o ingresso líquido, constituído pela diferença entre contrata-

ções e amortizações, seria informado.

No BP do Brasil, no entanto, serão apresentados os valores brutos das

rubricas das contas financeiras (exceto derivativos), ou seja, as  transa-

ções que aumentam e as que reduzem os ativos e passivos serão informa-

das separadamente.

Voltando ao exemplo, além do ingresso líquido de empréstimos, serão apre-

sentados os valores de ingressos brutos, as contratações, e de amortizações. Esta

abertura é essencial para o cálculo de taxas de rolagem.

Veja agora como ficou o BP:

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Estrutura Analítica Resumida do BP – pelo BPM6

Balanço de Pagamentos

I – Transações correntes

Bens e serviços

Balança comercial (bens)

Exportações

Importações

Serviços

Serviços de manufatura

Serviços de manutenção e reparo

Transportes

Viagens

Construção

Seguros

Serviços financeiros

Serviços de propriedade intelectual

Telecomunicação, computação e informações

Aluguel de equipamento

Outros serviços de negócio

Serviços culturais, pessoais e recreativos

Serviços governamentais

Renda primária

Remuneração de trabalhadores

Renda de investimento

Investimento direto

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Lucros e dividendos

Juros

Investimento em carteira

Outros investimentos

Ativos de reserva

Renda secundária

II – Conta capital

III – Conta financeira

Investimento direto no exterior

Participação no capital e cotas em fundos

Dívida intercompanhia

Investimento direto no país

Participação no capital e cotas em fundos

Dívida intercompanhia

Investimento em carteira – Ativos

Ações e cotas em fundos

Títulos de renda fixa

Investimento em carteira – Passivos

Ações e cotas em fundos

Títulos de renda fixa

Derivativos – Ativos

Derivativos – Passivos

Outros investimentos – Ativos

Moedas e depósitos

Empréstimos

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Créditos comerciais e adiantamentos

Demais

Outros investimentos – Passivos

Moedas e depósitos

Empréstimos

Créditos comerciais e adiantamentos

Demais

Ativos de reserva

Erros e omissões

No site do BACEN (http://www.bcb.gov.br/), podem consultar a evolução his-

tórica mensal do nosso balanço de pagamentos, digitando no campo de “busca” a

palavra balanço de pagamentos.

Se tiver um tempinho, é bom navegar um pouquinho nessa parte do site para

fixar alguns conceitos que vimos hoje com dados atuais e reais da nossa economia.

3.3. A Estrutura do Balanço de Pagamentos

O balanço de pagamentos é o registro estatístico – contábil de todas as

transações econômicas realizadas entre os residentes do país com os resi-

dentes dos demais países.

Desse modo, estão registrados no balanço de pagamentos, por exemplo, to-

das as exportações e importações do período considerado: os fretes, os seguros,

os empréstimos obtidos no exterior etc., ou seja, todas as transações com merca-

dorias, serviços e capitais físicos e financeiros entre o país e o resto do mundo.

O balanço de pagamentos tem a seguinte estrutura resumida atual pelo o BPM6:

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O BPM6 define o BP como a estatística macroeconômica que sumariza transa-

ções entre residentes e não residentes ao longo de um período.

Compreende a conta de bens e serviços, conta de renda primária, conta

de renda secundária, conta de capital e conta financeira.

A conta-corrente apresenta os fluxos das contas de bens, serviços, ren-

da primária e renda secundária.

A conta de renda primária, que no BPM5 era denominada “rendas”, perma-

nece indicando os montantes a pagar ou a receber em troca do uso temporário de

recursos financeiros, trabalho ou ativos não financeiros não produzidos.

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A conta de renda secundária, antes denominada “transferências unilaterais”,

tem sua nomenclatura ajustada às contas nacionais, e apresenta a renda gerada

em uma economia e distribuída para outra.

As transferências pessoais, expansão do conceito anterior de “manutenção

de residentes”, permanecem como item mais importante da conta.

Na conta de capital figuram as transações envolvendo compra e venda de ati-

vos não financeiros não produzidos, e transferências de capital.

As transferências de migrantes deixam de ser entendidas como transação,

posto que não há transferência de propriedade econômica de bens ou direitos entre

um residente e um não residente, e, portanto, não compõem mais o BP.

A conta financeira permanece mostrando as aquisições de ativos e passi-

vos, identificados nas categorias de investimento direto, investimento em carteira

(ações e títulos) e outros investimentos (depósitos, empréstimos, créditos comer-

ciais e outros ativos e passivos).

A forma anterior de apresentar o Balanço de Pagamentos pelo BPM5, que valeu

até abril de 2015, usada para responder as questões mais antigas, era a seguinte:

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Como podemos ver, o balanço de pagamentos pelo BPM5 apresentava as se-

guintes subdivisões:

Balança Comercial: conta que compreende basicamente o comércio de mer-

cadorias. Se as exportações FOB excedem as importações FOB, temos um supera-

vit no balanço de comércio; caso contrário temos um deficit.

Balanço de Serviços: registram-se todos os serviços pagos/ recebidos pelo

Brasil, tais como fretes, seguros, lucros, royalties e assistência técnica, viagens

internacionais.

Balanço de Rendas: registram-se, por exemplo, o pagamento dos juros.

Transferências Unilaterais: também conhecidas como conta donativos, re-

gistram as doações interpaíses. Estes donativos podem ser em divisas como em

mercadorias.

Balanço de Transações Correntes: o somatório dos balanços comercial, de

serviços e de transferências unilaterais resulta no saldo em conta-corrente ou ba-

lanço de transações correntes. Com as alterações introduzidas pelo BPM6, o soma-

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tório dos balanços comercial, de serviços e de rendas primária e secundária resulta


no saldo de Transações Correntes.
Se o saldo do balanço de transações correntes for negativo, temos uma poupan-
ça externa positiva, pois indica que o país aumentou seu endividamento externo,
em termos financeiros, mas absorveu bens e serviços em termos reais no exterior.
Movimento de Capitais ou Balanço de Capitais: na conta de capital apare-
cem as transações que produzem variações no ativo e no passivo externos do país
e que, portanto, modificam sua posição devedora ou credora perante o resto do
mundo.
A conta de capital subdivide-se em duas:
• Movimento autônomo de capital, na forma de investimentos diretos de
empresas multinacionais, de empréstimos e financiamentos para projetos de
desenvolvimento do país e de capitais financeiros de curto prazo, aplicados no
mercado financeiro nacional.
• Movimentos induzidos de capital (compensatório), para financiar o sal-
do do balanço de pagamentos.

Cabe uma observação sobre a rubrica Erros e Omissões. É a diferença en-
tre o saldo do balanço de pagamentos e o financiamento do resultado que surge
quando se tenta compatibilizar transações físicas e financeiras.
A regra internacional é admitir para Erros e Omissões um valor de, no
máximo, 5% da soma das exportações com as importações.

3.4. Relação entre Deficit Público, Poupança Interna e


Resultado das Contas do Setor Externo

Uma das ideias que ajudaram na defesa da liberdade total para os fluxos cam-

biais foi a chamada “teoria dos deficit gêmeos” – segundo a qual, o deficit ex-

terno de um país era consequência do seu deficit fiscal.

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O deficit público nada mais é do que uma espécie de poupança negativa do setor

público, ou seja, quando o governo gasta mais do que arrecada.

Assim, o deficit público tem íntima relação com a poupança interna. Lembrando

a igualdade entre Investimento e Poupança, temos que:

I – = Sp + Sg + Se

Onde:

Sp = poupança do setor privado;

Sg = poupança do governo; e

Se = poupança externa.

A poupança interna é dada pela soma Sp + Sg, ou seja, pela soma da pou-

pança do setor privado com a poupança do setor público.

Em uma situação de deficit público, a poupança privada precisa ultrapassar o

seu valor para que o saldo da poupança interna seja positivo.

Na verdade, o financiamento do deficit público é feito internamente, via excesso

de poupança privada em relação ao investimento privado, e externamente por meio

das poupanças dos demais países.

Em relação à poupança externa, precisamos lembrar que o balanço de paga-

mentos demonstra o saldo das transações econômicas realizadas entre os residen-

tes do país com os residentes dos demais países.

Na situação em que o balanço de pagamentos apresente resultado ne-

gativo, o país deve cobrir o deficit com reservas internacionais. Se as reser-

vas não cobrirem o deficit apresentado, o país tem que recorrer a empréstimos no

sistema financeiro internacional para cumprir seus compromissos.

Na verdade, um país utiliza poupança externa quando o seu balanço de paga-

mentos demonstra que houve deficit em transações correntes. Assim podemos

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entender que poupança externa aparece para “cobrir o rombo” das transações cor-

rentes.

Já em contexto de superavit, o resultado possibilita ao país aumentar

sua conta de reservas internacionais.

Dentre os bancos integrantes deste sistema financeiro, cita-se o Fundo Monetá-

rio Internacional FMI, que como vimos é uma instituição criada com a finalidade de

zelar pela estabilidade financeira e econômica e prestar assistência aos países com

dificuldades no balanço de pagamentos.

Tenha em mente que o saldo da variação das reservas internacionais sempre

iguala, com o sinal trocado, o saldo do balanço de pagamentos. Nesse sentido, se

houve variação negativa das reservas internacionais, isso significa que o saldo do

BP foi positivo.

No Brasil temos reflexos relevantes da participação do setor externo na econo-

mia, especialmente no que diz respeito à quantidade de reservas, à taxa de juros,

ao câmbio, e a política fiscal e do investimento.

O deficit em conta-corrente do Balanço de Pagamentos corresponde à Poupança

Externa, ou seja, poupança externa é demonstrada por meio do deficit na conta de

transações correntes no Balanço de Pagamentos, ou em outras palavras, pelo saldo

da conta de transações correntes líquidas dos investimentos estrangeiros diretos.

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RESUMO
Quando dois países mantêm relações econômicas entre si, entram necessaria-
mente em jogo duas moedas, exigindo que se fixe a relação de troca entre ambas.
A taxa de câmbio é a medida de conversão da moeda nacional em moeda
de outros países.
Tecnicamente podemos conceituar Taxa de câmbio como: operação fi-
nanceira que expressa troca de valores em moeda entre países.
Na verdade, observe que a taxa de câmbio constitui o valor comparativo entre
moedas e é usada para permitir as transações econômicas entre diferentes países.
Existe ainda uma distinção que deve ser feita entre a taxa de câmbio
nominal e a taxa de câmbio real.
A taxa de câmbio nominal é a taxa onde se troca duas moedas diferentes. Na
verdade, até aqui estudamos o conceito de taxa de câmbio nominal.
Já a taxa de câmbio real é aquela que reflete o custo da mesma mercadoria
em países diferentes, que na verdade acaba por demonstrar a competitividade das
exportações.
Podemos dizer que a taxa de câmbio real é calculada da seguinte forma:
Taxa câmbio real=taxa câmbio nominal x nível de preços no exterior
nível de preços doméstico
Regime de Câmbio Fixo: Banco Central fixa a taxa de câmbio. O Banco Cen-
tral é obrigado a disponibilizar as reservas cambiais. Num sistema em que vigora
a taxa de câmbio fixa, o valor da moeda estrangeira é determinado pelo Banco
Central e não se altera. Essa Autoridade Monetária administra a oferta e demanda
da moeda estrangeira como seu valor fixado.
Regime de Câmbio Flexível (flutuante): o mercado (oferta e demanda de
divisas) determina a taxa de câmbio. O Banco Central não é obrigado a disponibi-
lizar as reservas cambiais.

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Regime de Bandas Cambiais: é um regime de câmbio misto ou híbrido que


apresenta as características de câmbio fixo e de câmbio flutuante. Na verdade, no
regime de bandas cambiais a taxa flutua até certo limite superior e inferior.
No Balanço de Pagamentos ocorrem os registros contábeis de transações
econômicas entre os residentes do país e os residentes no exterior. Tais registros
tratam de transações verificadas em determinado período do tempo (um mês, um
semestre ou um ano), pois referem-se ao fluxo do movimento transacionado em
determinado período.
A partir de abril de 2015, o Banco Central do Brasil passou a divulgar as esta-
tísticas de setor externo da economia brasileira em conformidade com a sexta edi-
ção do Manual de Balanço de Pagamentos e Posição Internacional de Investimento
– BPM6, do Fundo Monetário Internacional – FMI.

O balanço de pagamentos tem a seguinte estrutura resumida atual pelo o BPM6:

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O BPM6 garante consistência com a nova metodologia das Contas Nacio-

nais a adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE,

também em 2015.

O BPM6 define o BP como a estatística macroeconômica que sumariza transa-

ções entre residentes e não residentes ao longo de um período. Compreende a

conta de bens e serviços, conta de renda primária, conta de renda secun-

dária, conta de capital e conta financeira.

A conta-corrente apresenta os fluxos das contas de bens, serviços, ren-

da primária e renda secundária.

A conta de renda primária, que no BPM5 era denominada “rendas”, perma-

nece indicando os montantes a pagar ou a receber em troca do uso temporário de

recursos financeiros, trabalho ou ativos não financeiros não produzidos.

A conta de renda secundária, antes denominada “transferências unilaterais”,

tem sua nomenclatura ajustada às contas nacionais, e apresenta a renda gerada

em uma economia e distribuída para outra.

As transferências pessoais, expansão do conceito anterior de “manutenção

de residentes”, permanecem como item mais importante da conta.

Na conta de capital figuram as transações envolvendo compra e venda de ati-

vos não financeiros não produzidos, e transferências de capital.

As transferências de migrantes deixam de ser entendidas como transação,

posto que não há transferência de propriedade econômica de bens ou direitos entre

um residente e um não residente, e, portanto, não compõem mais o BP.

A conta financeira permanece mostrando as aquisições de ativos e passi-

vos, identificados nas categorias de investimento direto, investimento em carteira

(ações e títulos) e outros investimentos (depósitos, empréstimos, créditos comer-

ciais e outros ativos e passivos).

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A interpretação dos sinais das contas do BP representa mudança impor-

tante no BPM6, em comparação ao sistema vigente até o BPM5.

Espero que você tenha gostado dessa aula e que nos avalie bem. Caso não

tenha gostado de algo, comente. Como diria Miguel de Cervantes: “Nunca fique

implorando por aquilo que você tem o poder de obter”.

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MAPA MENTAL

São registros contábeis de transações econô-


Câmbio fixo=Banco Central fixa a taxa micas entre os residentes do país e os residen-
de câmbio ficando obrigado a disponibili- tes no exterior, demonstrando o fluxo do movi-
zar as reservas cambiais mento transacionado em determinado período
Câmbio Flexível (flutuante)=o mercado Bens e serviços=Balança
(oferta e demanda de divisas) determina Transações comercial + serviços
Regimes
a taxa de câmbio, assim o Banco Central correntes
cambiais Renda primária
não é obrigado a disponibilizar as reser-
vas cambiais Renda secundária
Bandas cambiais=é um regime de câm- Conta capital
bio misto ou híbrido que apresenta as
Investimento direto
características de câmbio fixo e de câm-
Investimento em carteira
bio flutuante, onde a taxa flutua até cer-
to limite superior e inferior Setor externo de Balanço de Conta financeira Derivativos
uma economia pagamentos Outros investimentos
Países que mantêm relações econômicas entre si aberta
Ativos de reservas
precisam que fixe a relação de troca entre as suas
moedas Erros e omissões

A taxa de câmbio é a medida de conversão da mo-


eda nacional em moeda de outros países Taxa de
A taxa de câmbio é a operação financeira que ex- câmbio
pressa troca valores em moeda entre países

Taxa real X nominal

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) As transações correntes apresentaram

deficit de US$ 4,3 bilhões em dezembro, acumulando deficit de US$ 9,8 bilhões em

2017, equivalentes a 0,48% do PIB. Na conta financeira, o ingresso líquido de in-

vestimentos diretos no país somou US$ 5,4 bilhões em dezembro, totalizando US$

70,3 bilhões no ano, ou 3,42% do PIB.

Notas para imprensa. Banco Central do Brasil. Internet: <www.bcb.gov.br>.

Tendo como referência esse fragmento de texto, julgue os itens que se seguem,

a respeito dos conceitos de produto e balanço de pagamentos.

As movimentações de capital são registradas no balanço de pagamentos para per-

mitir o acompanhamento, por exemplo, das entradas autônomas de capital por

meio de aquisições de ações e títulos governamentais feitas por não residentes.

Questão 2    (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) As transações correntes apresentaram

deficit de US$ 4,3 bilhões em dezembro, acumulando deficit de US$ 9,8 bilhões em

2017, equivalentes a 0,48% do PIB. Na conta financeira, o ingresso líquido de in-

vestimentos diretos no país somou US$ 5,4 bilhões em dezembro, totalizando US$

70,3 bilhões no ano, ou 3,42% do PIB.

Notas para imprensa. Banco Central do Brasil. Internet: <www.bcb.gov.br>.

Tendo como referência esse fragmento de texto, julgue os itens que se seguem,

a respeito dos conceitos de produto e balanço de pagamentos.

Discrepâncias estatísticas aparecem quando são registradas transações econômi-

cas entre residentes e não residentes no balanço de pagamentos. Ao traçar uma

linha imaginária sobre esses erros e emissões, é possível perceber que, acima da

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linha, estão as transações autônomas ou independentemente motivadas pelos ban-

cos centrais para a condução da política monetária.

Questão 3    (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) Com relação aos órgãos governamen-

tais responsáveis pela formulação, coordenação e implementação das políticas de

comércio exterior do país, julgue o item subsequente.

A internacionalização das empresas brasileiras por meio do investimento direto

no exterior, que se expandiu na última década, a partir de mudanças na forma de

atuação do BNDES, pode levar ao crescimento do emprego no país, em função do

acesso a novas fontes de financiamentos e de outros mercados, bem como da con-

sequente redução da vulnerabilidade externa.

Questão 4    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2018) Tendo em vista que o movimento in-

ternacional de capitais tem recebido grande atenção da literatura econômica, par-

ticularmente com o aprofundamento do processo de globalização financeira nos

últimos vinte e cinco anos, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca do movimento

internacional de capitais e seus impactos.

A estrutura do balanço de pagamentos permite compreender o movimento interna-

cional de capitais. Nesse movimento, a conta de serviços registra os pagamentos

(e os recebimentos) de serviços da dívida externa (juros) e o serviço do capital de

risco (lucros e dividendos), doações e repatriações.

Questão 5    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2018) Tendo em vista que o movimento in-

ternacional de capitais tem recebido grande atenção da literatura econômica, par-

ticularmente com o aprofundamento do processo de globalização financeira nos

últimos vinte e cinco anos, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca do movimento

internacional de capitais e seus impactos.

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Embora sejam determinantes expressivos do desempenho econômico dos países,


as tendências, flutuações e composição dos fluxos internacionais de capitais têm
baixíssimo impacto nas diretrizes ou escolhas de política econômica em uma eco-
nomia aberta.

Questão 6    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2018) Tendo em vista que o movimento in-


ternacional de capitais tem recebido grande atenção da literatura econômica, par-
ticularmente com o aprofundamento do processo de globalização financeira nos
últimos vinte e cinco anos, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca do movimento
internacional de capitais e seus impactos.
Do ponto de vista dos impactos, pode-se considerar que o investimento direto é um
tipo de capital de longo prazo, mais resistente a crises, com efeitos potencialmente
positivos sobre uma economia por se tratar de uma das formas de internaciona-
lização da produção, permitindo que um país tenha acesso a tecnologia, bens ou
serviços originários de outros países.

Questão 7    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2017) A respeito do comércio internacional,


julgue o item que se segue.
A introdução de uma tarifa alfandegária causará efeitos de longo prazo sobre a
balança comercial se houver livre mobilidade de capital e regime cambial flexível.

Questão 8    (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) No que se refere às relações comer-


ciais e financeiras do Brasil com o resto do mundo, julgue o seguinte item.
O resultado final superavitário do balanço internacional de pagamentos indica in-

gressos líquidos de recursos, com aumento dos estoques de ativos externos do país.

Questão 9    (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Tendo em vista as interações entre

câmbio, moeda, balanço de pagamentos e política econômica, julgue o item que se

segue.

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A aquisição por investidor estrangeiro de ações de empresa estatal é registrada

como crédito na conta de serviços do balanço de pagamentos.

Questão 10    (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) No que se refere às relações comer-

ciais e financeiras do Brasil com o resto do mundo, julgue o seguinte item.

A ocorrência de deficit sistemáticos na balança comercial de um país corresponde

à utilização por este país de poupança do resto do mundo.

Questão 11    (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016) Acerca do balanço de pagamentos,

assinale a opção correta.

a) O saldo em transações correntes é o resultado da soma da balança comercial

com a balança de serviços e rendas e com transferências unilaterais correntes.

b) Se o saldo da balança de pagamentos de determinado país for positivo, haverá

redução das reservas internacionais desse país.

c) Deficit na balança de serviços implica, necessariamente, deficit em transações

correntes.

d) Os lucros reinvestidos por residentes no exterior na economia doméstica são

computados na conta de capital.

e) Se o saldo das transações correntes for positivo, então a poupança do resto do

mundo será também positiva.

Questão 12    (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Considerando as identidades ma-

croeconômicas básicas e os conceitos relacionados ao balanço de pagamentos,

julgue o item a seguir.

A poupança externa é igual à quantidade de recursos do país captados por meio de

investimentos externos diretos.

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Questão 13    (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Com relação aos instrumentos de

política fiscal, monetária e cambial, julgue o item que se segue.

No currency board, a quantidade de moeda em circulação passa a depender do mon-

tante líquido de divisas detido pelo país, eliminando, no nível doméstico, as funções

clássicas do banco central.

Questão 14    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca de políticas econômicas e

seus conceitos, instrumentos e efeitos, julgue o item subsequente.

O volume de reservas internacionais que o país detém é menos relevante em um

regime de câmbio fixo que em um regime de câmbio flutuante.

Questão 15    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito das políticas fiscal, mo-

netária e cambial, julgue o item que se segue.

Ao intervir no mercado de câmbio comprando divisas, o Banco Central do Brasil fa-

vorece a indústria importadora, já que o valor dos produtos importados é reduzido

quando convertido em reais.

Questão 16    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Julgue o próximo item, a respeito

de política econômica.

No mercado cambial, as intervenções realizadas por um governo mediante a com-

pra e a venda de moeda estrangeira objetivam, em determinadas situações, afetar

a taxa de câmbio e reduzir a sua volatilidade.

Questão 17    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca de agregados macroeconô-

micos, das contas nacionais e de balanço de pagamentos, julgue o item subsequen-

te.

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A conta denominada serviços do balanço de pagamento é composta pelo valor líqui-

do das receitas e despesas de modalidades de serviços, como transporte, viagens

internacionais, seguros, royalties, investimento direto, investimento em carteira,

entre outras.

Questão 18    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca de macroeconomia, julgue

o item subsequente.

A conta financeira do balanço de pagamento corresponde à soma dos valores líqui-

dos dos investimentos diretos, dos investimentos em carteira, dos derivativos e das

rendas obtidas com lucros, juros e dividendos.

Questão 19    (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Julgue o item subsequente,

com relação à taxa de câmbio e aos regimes cambiais.

A depreciação do peso argentino frente ao real pode reduzir as exportações dos

produtos brasileiros para a Argentina, desconsiderados os efeitos da inflação nos

dois países.

Questão 20    (CESPE/DPU/ECONOMISTA/2016) Em relação à macroeconomia

aberta e aos instrumentos de política econômica, julgue o seguinte item.

Em um regime de câmbio fixo, a ampliação das reservas internacionais faz que o

banco central tenha que ampliar a base monetária.

Questão 21    (CESPE/DPU/ECONOMISTA/2016) Em relação à macroeconomia

aberta e aos instrumentos de política econômica, julgue o seguinte item.

O aumento da renda do resto do mundo provoca elevação das exportações líquidas

brasileiras e das reservas internacionais.

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Questão 22    (CESPE/CGE-PI/AUDITOR/2015) Com referência à teoria econômica

do setor público, julgue o próximo item à luz dos principais conceitos de contabili-

dade fiscal.

Em uma economia aberta, o deficit do balanço de pagamentos em transações cor-

rentes é financiado pelo deficit público.

Questão 23    (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) Acerca das relações teóricas es-

tabelecidas pelas contas nacionais e do balanço de pagamentos, julgue o item.

O saldo da balança comercial corresponde à diferença entre a exportação e a im-

portação de bens, enquanto os valores dos serviços relativos a transporte e viagens

internacionais são computados na conta capital.

Questão 24    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2015) Considerando que, ao se analisar a

formação de preços no mercado cambial, constata-se a existência de dois tipos bá-

sicos e de diversos tipos intermediários de regimes cambiais, julgue o item a seguir.

O chamado currency board, considerado muito severo, foi bastante utilizado no

final do século XX, associado aos planos de estabilização, como no caso argentino,

e caracteriza-se por uma vinculação com a política monetária.

Questão 25    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2015) Considerando que, ao se analisar a

formação de preços no mercado cambial, constata-se a existência de dois tipos

básicos e de diversos tipos intermediários de regimes cambiais, julgue (C ou E) o

item a seguir.

No sistema conhecido como crawling band, fixa-se uma faixa dentro da qual a co-

tação da moeda pode flutuar livremente; o piso e o teto não podem ser alterados

durante todo o período em que o sistema for adotado.

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Macroeconomia - Parte III
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Questão 26    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2015) Considerando que, ao se analisar a

formação de preços no mercado cambial, constata-se a existência de dois tipos

básicos e de diversos tipos intermediários de regimes cambiais, julgue (C ou E) o

item a seguir.

A política de fixação de câmbio com reajustes sistemáticos em prazos determinados

– crawling peg – caracterizou a fase das minidesvalorizações no Brasil, em que a

taxa de câmbio era revista no dia primeiro de cada mês.

Questão 27    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2015)

balanço de pagamentos (em US$ bilhões)


exportações 120
importações 110
donativos recebidos de ONGs sediadas no exterior 2
investimentos para ampliação de empreendimento industrial 18
reinvestimento de lucros de uma multinacional no Brasil 10
aplicação de estrangeiros na aquisição de ações no mercado secundário 11
remessa de lucros por filiais de empresas estrangeiras 15
amortização de empréstimos externos 7
empréstimos externos obtidos 22
juros sobre empréstimos a instituições internacionais 14
viagens internacionais de residentes no Brasil 13
pagamento de royalties e assistência técnica 9
fretes pagos a transportadores estrangeiros 6

Com referência aos dados do balanço de pagamentos apresentado na tabela acima,

julgue (C ou E) o item seguinte.

O balanço de serviços apresentou saldo negativo de US$ 43 bilhões.

Questão 28    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) A respeito do

balanço de pagamentos brasileiros, julgue o item subsecutivo.

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A elaboração do balanço de pagamentos no Brasil segue as regras estabelecidas no

Balance of Payments Manual, editado pelo Banco Mundial.

Questão 29    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) A respeito do

balanço de pagamentos brasileiros, julgue o item subsecutivo.

A instituição responsável pela elaboração e divulgação do balanço de pagamentos

é o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Questão 30    (CESPE/CADE/ECONOMISTA/2014) Com relação a macroeconomia,

julgue o item subsecutivo.

No balanço de pagamentos, a conta “atrasados” é empregada quando determinado

país não paga um débito. Para efetuar esse mecanismo contábil, fazem-se créditos

na conta amortização e débitos na conta atrasados.

Questão 31    (CESPE/TJ-SE/ANALISTA/2014) Julgue o próximo item, relativo ao

balanço de pagamentos brasileiro, de acordo com os critérios estabelecidos no Ma-

nual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Para o registro dos ativos externos detidos por residentes no Brasil sob a forma de

investimento direto, é previsto o investimento direto no exterior; para a represen-

tação da conta de passivo do grupo investimento direto, é previsto o investimento

direto no Brasil.

Questão 32    (CESPE/TJ-SE/ANALISTA/2014) Julgue o próximo item, relativo ao

balanço de pagamentos brasileiro, de acordo com os critérios estabelecidos no Ma-

nual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A conta capital é a conta em que são registradas as transferências de capital re-

lacionadas com patrimônio de migrantes e a aquisição ou alienação de bens não

financeiros não produzidos, tais como cessão de patentes e marcas.

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Questão 33    (CESPE/TCDF/AUDITOR/2014) Julgue os itens seguintes, com rela-

ção ao balanço de pagamentos.

O pagamento de juros de empréstimos internacionais é registrado na conta capital

e financeira do balanço de pagamentos.

Questão 34    (CESPE/TCDF/AUDITOR/2014) Julgue os itens seguintes, com rela-

ção ao balanço de pagamentos.

A variação negativa das reservas internacionais implica retração da base monetá-

ria.

Questão 35    (CESPE/TCU/AUFC/2013) Em relação à teoria macroeconômica para

pequenas economias abertas, julgue os itens que se seguem.

No regime de câmbio fixo, o aumento da tributação proporciona redução das reser-

vas internacionais.

Questão 36    (CESPE/TCU/AUFC/2013) Julgue o item seguinte:

Em um regime com câmbio fixo, a expansão dos gastos do governo leva ao aumen-

to da renda e das exportações líquidas.

Questão 37    (CESPE/TCU/AUFC/2013) Julgue o item seguinte:

No regime de câmbio flutuante, a expansão dos gastos do governo não é capaz de

estimular o produto da economia.

Questão 38    (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) Considerando as relações comer-

ciais e financeiras do Brasil com outros países, julgue o item subsequente.

Sempre que se registrar a entrada de investimento externo direto na conta do

balanço de pagamentos brasileiro, haverá acúmulo de reservas internacionais no

Brasil.

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Questão 39    (CESPE/TCE-ES/ANALISTA/2013) Com relação às contas do balanço

de pagamentos, assinale a opção correta.

a) Se o Banco Central fixar a taxa básica de juros da economia, o superavit do ba-

lanço de pagamentos provocará elevação permanente da base monetária.

b) O superavit global do balanço de pagamentos é igual à variação da base mone-

tária.

c) O pagamento de amortização de empréstimo internacional junto ao Fundo Mo-

netário Internacional (FMI) é registrado nas transações correntes do balanço de

pagamentos.

d) Afirmar que um país possui poupança externa positiva é equivalente a afirmar

que a sua balança comercial é deficitária.

e) É suficiente para a perda de reservas internacionais que o país apresente deficit

em transações correntes.

Questão 40    (CESPE/ANTT/ESPECIALISTA/2013) Um determinado país realizou,

durante um ano, as transações com o exterior mostradas na tabela abaixo.

valor (em bilhões de unidades


monetárias)
importações de mercadorias no valor FOB 20
exportações de mercadorias no valor FOB 10
recebimento de empréstimos do exterior 5
remessa de lucros para o exterior 3
pagamento de serviços de fretes e seguros 1
recebimento de recursos relacionados à cessão de patentes 3

Com base nessas informações e nos conceitos relacionados ao balanço de paga-

mentos, julgue o próximo item.

O saldo das contas capital e financeira é de oito bilhões de unidades monetárias.

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Questão 41    (CESPE/ANTT/ESPECIALISTA/2013) Um determinado país realizou,

durante um ano, as transações com o exterior mostradas na tabela abaixo.

valor (em bilhões de unidades


monetárias)
importações de mercadorias no valor FOB 20
exportações de mercadorias no valor FOB 10
recebimento de empréstimos do exterior 5
remessa de lucros para o exterior 3
pagamento de serviços de fretes e seguros 1
recebimento de recursos relacionados à cessão de patentes 3

Com base nessas informações e nos conceitos relacionados ao balanço de paga-

mentos, julgue o próximo item.

O país transferiu poupança para o exterior, apresentando deficit em transações cor-

rentes de 11 bilhões de unidades monetárias.

Questão 42    (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) Em relação ao papel do câmbio no

processo de industrialização substitutiva de importações, julgue o item a seguir.

Quando a desvalorização do câmbio torna os preços de importação maiores que os

internos, aumenta a demanda por bens produzidos no país, o que estimula a pro-

dução industrial, em caso de capacidade ociosa.

Questão 43    (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) Em relação ao papel do câmbio no

processo de industrialização substitutiva de importações, julgue o item a seguir.

Quando a valorização do câmbio barateia os preços de importação, consequente-

mente há um estímulo para a compra de bens de capital estrangeiros, ampliando-

-se a capacidade instalada.

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Questão 44    (CESPE/STM/ANALISTA/2011) Julgue o item subsequente, relativo

ao balanço de pagamentos.

No balanço de pagamentos brasileiro, os gastos com viagens internacionais dos

brasileiros e os empréstimos concedidos pelo Banco Mundial são registrados, res-

pectivamente, na balança de serviços e renda e na rubrica outros investimentos da

conta financeira.

Questão 45    (CESPE/MPOG/ECONOMISTA/2015) No que se refere a teoria key-

nesiana, demanda agregada, governo e crescimento econômico, julgue o item sub-

sequente.

O balanço de pagamentos representa a contabilização das transações econômicas

internacionais de um país, as quais podem ser compensatórias, ou seja, motivadas

pelos interesses dos agentes envolvidos.

Questão 46    (CESPE/SUFRAMA/ECONOMISTA/2014) O balanço de pagamentos é

o registro contábil das transações econômicas de um país com o resto do mundo.

Acerca desse assunto, julgue o próximo item.

Conceder subsídios às exportações e estabelecer restrições não tarifárias às im-

portações, embora sejam medidas contrárias aos preceitos do livre-comércio, são

formas de se elevar o saldo da balança comercial e reduzir o deficit no balanço de

pagamentos.

Questão 47    (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) Considerando as relações comer-

ciais e financeiras do Brasil com outros países, julgue o item subsequente.

No Brasil, o recente aumento da poupança externa foi resultado de uma agressiva

política comercial de estímulo às exportações e substituição de importações.

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Questão 48    (CESPE/ANAC/ANALISTA/2012) Julgue o item seguinte, relativo às

contas nacionais.

Se um país apresenta superavit no balanço de pagamentos, suas exportações líqui-

das serão, necessariamente, positivas.

Questão 49    (CESPE/STM/ANALISTA/2011/ADAPTADA) Com relação às políticas

econômicas, que normalmente tendem a ter efeitos de curto e longo prazo na eco-

nomia, julgue o item subsequente.

Na situação denominada “deficit gêmeos”, um desequilíbrio fiscal tende a causar

um desequilíbrio nas transações correntes do balanço de pagamentos.

Questão 50    (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Acerca das políticas monetária,

fiscal e de comércio exterior, julgue o item a seguir.

A lei da oferta e da procura não se aplica à taxa cambial, porque essa taxa é admi-

nistrada pelo Banco Central do Brasil.

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GABARITO
1. C 25. E 49. C

2. E 26. E 50. E

3. C 27. E

4. E 28. E

5. E 29. E

6. C 30. E

7. E 31. C

8. C 32. C

9. E 33. E

10. E 34. C

11. a 35. C

12. E 36. E

13. C 37. C

14. E 38. E

15. E 39. b

16. C 40. C

17. E 41. E

18. E 42. C

19. C 43. C

20. C 44. C

21. C 45. E

22. E 46. C

23. E 47. E

24. C 48. E

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) As transações correntes apresentaram

deficit de US$ 4,3 bilhões em dezembro, acumulando deficit de US$ 9,8 bilhões em

2017, equivalentes a 0,48% do PIB. Na conta financeira, o ingresso líquido de in-

vestimentos diretos no país somou US$ 5,4 bilhões em dezembro, totalizando US$

70,3 bilhões no ano, ou 3,42% do PIB.

Notas para imprensa. Banco Central do Brasil. Internet: <www.bcb.gov.br>.

Tendo como referência esse fragmento de texto, julgue os itens que se seguem,

a respeito dos conceitos de produto e balanço de pagamentos.

As movimentações de capital são registradas no balanço de pagamentos para per-

mitir o acompanhamento, por exemplo, das entradas autônomas de capital por

meio de aquisições de ações e títulos governamentais feitas por não residentes.

Certo.

O mecanismo de funcionamento de balanço de pagamentos basicamente consiste

em registrar todas as transações realizadas entre residentes e não residentes de

um país.

Nessa toada, quando um não residente compra um título público brasileiro, por

exemplo, temos o registro feito por meio de um crédito na conta de capitais autô-

nomos (conta financeira).

Questão 2    (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) As transações correntes apresentaram

deficit de US$ 4,3 bilhões em dezembro, acumulando deficit de US$ 9,8 bilhões em

2017, equivalentes a 0,48% do PIB. Na conta financeira, o ingresso líquido de in-

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vestimentos diretos no país somou US$ 5,4 bilhões em dezembro, totalizando US$

70,3 bilhões no ano, ou 3,42% do PIB.

Notas para imprensa. Banco Central do Brasil. Internet: <www.bcb.gov.br>.

Tendo como referência esse fragmento de texto, julgue os itens que se seguem,

a respeito dos conceitos de produto e balanço de pagamentos.

Discrepâncias estatísticas aparecem quando são registradas transações econômi-

cas entre residentes e não residentes no balanço de pagamentos. Ao traçar uma

linha imaginária sobre esses erros e emissões, é possível perceber que, acima da

linha, estão as transações autônomas ou independentemente motivadas pelos ban-

cos centrais para a condução da política monetária.

Errado.

Na verdade, não é razoável relacionar todos estes movimentos à política monetária,

já que, por exemplo, quando um agente exporta ou importa, ou ainda quando com-

pra um título no exterior, isso não é motivado pela política monetária do BACEN.

Questão 3    (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) Com relação aos órgãos governamen-

tais responsáveis pela formulação, coordenação e implementação das políticas de

comércio exterior do país, julgue o item subsequente.

A internacionalização das empresas brasileiras por meio do investimento direto

no exterior, que se expandiu na última década, a partir de mudanças na forma de

atuação do BNDES, pode levar ao crescimento do emprego no país, em função do

acesso a novas fontes de financiamentos e de outros mercados, bem como da con-

sequente redução da vulnerabilidade externa.

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Certo.

Realmente, a ampliação da atuação destas empresas fora do país pode sim elevar

o emprego aqui dentro porque estas empresas se expandem e acessam outros

mercados, assim como no que diz respeito à redução da vulnerabilidade externa,

já que o aumento do investimento no exterior faz com que o país tenda a receber

mais renda do exterior, o que aumenta o fluxo de divisas para o Brasil.

Questão 4    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2018) Tendo em vista que o movimento in-

ternacional de capitais tem recebido grande atenção da literatura econômica, par-

ticularmente com o aprofundamento do processo de globalização financeira nos

últimos vinte e cinco anos, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca do movimento

internacional de capitais e seus impactos.

A estrutura do balanço de pagamentos permite compreender o movimento interna-

cional de capitais. Nesse movimento, a conta de serviços registra os pagamentos

(e os recebimentos) de serviços da dívida externa (juros) e o serviço do capital de

risco (lucros e dividendos), doações e repatriações.

Errado.

Atente que os valores referentes aos serviços da dívida e do capital de risco são re-

gistrados na conta de Renda Primária e, por sua vez, as doações são registradas na

conta de Rendas Secundárias, antigas transferências unilaterais. Assim, nenhum

dos valores citados pela assertiva fica na conta de serviços.

Questão 5    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2018) Tendo em vista que o movimento in-

ternacional de capitais tem recebido grande atenção da literatura econômica, par-

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ticularmente com o aprofundamento do processo de globalização financeira nos

últimos vinte e cinco anos, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca do movimento

internacional de capitais e seus impactos.

Embora sejam determinantes expressivos do desempenho econômico dos países,

as tendências, flutuações e composição dos fluxos internacionais de capitais têm

baixíssimo impacto nas diretrizes ou escolhas de política econômica em uma eco-

nomia aberta.

Errado.

Na verdade, as tendências, flutuações e a composição dos fluxos internacionais de

capitais têm impacto MUITO RELEVANTE nas diretrizes ou escolhas de política

econômica em uma economia aberta.

Ora, raciocine comigo, se a economia é aberta e há razoável mobilidade de capitais

e abertura comercial, as tendências e flutuações daqueles afetam muito a econo-

mia local e, portanto, impactam significativamente nas diretrizes ou escolhas de

política econômica em uma economia.

Nessa linha de raciocínio, se há um grande fluxo de saída de capitais do país, por

exemplo isso tende a depreciar a moeda local, e essa depreciação faz aumentar a

competitividade das exportações e torna importações mais caras. Assim, eleva-se a

demanda agregada da economia, o que pode ser bom para o crescimento da renda,

mas é prejudicial em contexto de pressão inflacionária.

Atente também que a flutuação destes fluxos pode afetar de tal forma a oscilação

da taxa de câmbio, que a incerteza gerada pode inibir investimentos, sendo, por-

tanto, diversas as formas que as flutuações e composição dos fluxos internacionais

de capitais afetam a economia aberta e a política econômica precisa saber lidar

com isso eficazmente.

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Questão 6    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2018) Tendo em vista que o movimento in-

ternacional de capitais tem recebido grande atenção da literatura econômica, par-


ticularmente com o aprofundamento do processo de globalização financeira nos
últimos vinte e cinco anos, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca do movimento
internacional de capitais e seus impactos.
Do ponto de vista dos impactos, pode-se considerar que o investimento direto é um
tipo de capital de longo prazo, mais resistente a crises, com efeitos potencialmente
positivos sobre uma economia por se tratar de uma das formas de internaciona-
lização da produção, permitindo que um país tenha acesso a tecnologia, bens ou
serviços originários de outros países.

Certo.
No que tange ao movimento de capitais autônomos entre países, normalmente
separamos o investimento em dois grandes grupos: investimento direto e investi-
mento em portfólio.
Guarde que o investimento em portfólio (carteira) é aquele que abrange negocia-
ções de títulos públicos, ações, enfim, papéis em que o investidor aloca recursos,
sendo mais voláteis e de caráter mais especulativo.
Já no investimento direto, tem-se um tipo de capital mais voltado para o longo pra-
zo porque se trata de capital “produtivo”, que traz mais benefícios para a economia
local porque refletem um interesse duradouro de um residente de uma economia
(investidor direto) em uma entidade residente em outra economia (empresa de
investimento direto). Normalmente, registram-se nesta conta as transações entre
a matriz (investidor direto) e as afiliadas (empresa de investimento direto) de em-
presas transnacionais, sendo a razão pela qual o examinador afirma que o investi-
mento direto permite que “que um país tenha acesso a tecnologia, bens ou serviços

originários de outros países”.

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Questão 7    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2017) A respeito do comércio internacional,


julgue o item que se segue.
A introdução de uma tarifa alfandegária causará efeitos de longo prazo sobre a
balança comercial se houver livre mobilidade de capital e regime cambial flexível.

Errado.
Na verdade, efeito será temporário, já que teremos também uma valorização cam-
bial como resultado dessa medida e essa valorização da taxa de câmbio fará com
que haja redução das exportações líquidas reduzindo a demanda, eliminando a
pressão da entrada de capitais no mercado de câmbio.
Nesse processo, a taxa de câmbio se valorizou de forma que a queda da demanda
externa compensasse a redução líquida das importações que havia sido obtida com
a colocação da tarifa e, assim, o efeito sobre a balança comercial foi apenas tem-
porário.

Questão 8    (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) No que se refere às relações comer-


ciais e financeiras do Brasil com o resto do mundo, julgue o seguinte item.
O resultado final superavitário do balanço internacional de pagamentos indica in-
gressos líquidos de recursos, com aumento dos estoques de ativos externos do país.

Certo.
Quando o resultado final do balanço é superavitário, houve ingressos líquidos de

recursos e consequente aumento do nível das reservas internacionais.

Questão 9    (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Tendo em vista as interações entre

câmbio, moeda, balanço de pagamentos e política econômica, julgue o item que se

segue.

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A aquisição por investidor estrangeiro de ações de empresa estatal é registrada

como crédito na conta de serviços do balanço de pagamentos.

Errado.

A aquisição por investidor estrangeiro de ações de empresa estatal implica que esse

investidor está aportando capital no Brasil, gerando um crédito na conta financeira

na linha investimento em carteira.

Questão 10    (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) No que se refere às relações comer-

ciais e financeiras do Brasil com o resto do mundo, julgue o seguinte item.

A ocorrência de deficit sistemáticos na balança comercial de um país corresponde

à utilização por este país de poupança do resto do mundo.

Errado.

Na verdade, um país utiliza poupança externa quando o seu balanço de pagamen-

tos demonstra que houve deficit em transações correntes. Assim podemos enten-

der que poupança externa aparece para “cobrir o rombo” das transações correntes.

O erro da questão é se referir apenas a uma das rubricas que integram o saldo de

transações correntes, o saldo da balança comercial, esquecendo da conta de ser-

viços e de rendas que integram o saldo de transações correntes e que podem ser

superavitárias o suficiente para tornar todo o saldo de transações correntes supe-

ravitário.

Questão 11    (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016) Acerca do balanço de pagamentos,

assinale a opção correta.

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a) O saldo em transações correntes é o resultado da soma da balança comercial

com a balança de serviços e rendas e com transferências unilaterais correntes.

b) Se o saldo da balança de pagamentos de determinado país for positivo, haverá

redução das reservas internacionais desse país.

c) Deficit na balança de serviços implica, necessariamente, deficit em transações

correntes.

d) Os lucros reinvestidos por residentes no exterior na economia doméstica são

computados na conta de capital.

e) Se o saldo das transações correntes for positivo, então a poupança do resto do

mundo será também positiva.

Letra a.

Para resolver essa questão com segurança é importante ter em mente o quadro do

balanço de pagamentos.

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Vamos analisar as alternativas e escolher a correta.

a) Certa. Repare no quadro acima que D (transações correntes) é a soma de A,

B e C.

b) Errada. Se o saldo é positivo, ocorre aumento do nível das reservas internacio-

nais.

c) Errada. Um deficit na balança de serviços pode ser compensado e ultrapassado,

por exemplo, por um superavit na balança comercial/Transações Unilaterais.

d) Errada. Os lucros reinvestidos devem ser computados na conta de serviços e

rendas.

e) Errada. Tenha em mente que a poupança externa é o resultado das transações

correntes, só que com sinal invertido! Nessa toada, se o resultado das transações

correntes for positivo, o país em teve poupança externa negativa, e vice-versa.

Questão 12    (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Considerando as identidades ma-

croeconômicas básicas e os conceitos relacionados ao balanço de pagamentos,

julgue o item a seguir.

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A poupança externa é igual à quantidade de recursos do país captados por meio de

investimentos externos diretos.

Errado.
A poupança externa é igual ao saldo das transações correntes com sinal invertido,
mas não necessariamente é igual ao saldo da conta capital e financeira.
Além disso, o investimento estrangeiro é apenas uma parcela do total da movimen-
tação da conta capital e financeira.

Questão 13    (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Com relação aos instrumentos de


política fiscal, monetária e cambial, julgue o item que se segue.
No currency board, a quantidade de moeda em circulação passa a depender do mon-
tante líquido de divisas detido pelo país, eliminando, no nível doméstico, as funções
clássicas do banco central.

Certo.
Tenha em mente que no regime “currency board” o BACEN, no que diz respeito ao
câmbio, atua como uma “agência de conversão”, ou seja, apenas serve para con-
verter a moeda nacional em moeda estrangeira.
Nessa linha de raciocínio, a assertiva é verdadeira, já que a Política Monetária seria
“passiva”, ou seja, a quantidade de moeda local em circulação dependeria exclusi-
vamente da quantidade líquida de moeda estrangeira que dispõe o país.

Questão 14    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca de políticas econômicas e


seus conceitos, instrumentos e efeitos, julgue o item subsequente.
O volume de reservas internacionais que o país detém é menos relevante em um

regime de câmbio fixo que em um regime de câmbio flutuante.

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Errado.

O examinador inverteu a verdade, já que o volume de reservas internacionais que

o país detém é menos relevante em um regime de câmbio flutuante que em um

regime de câmbio fixo.

No regime de câmbio flutuante, como o BACEN não vende nem compra moeda es-

trangeira para controlar a taxa de câmbio, o volume de reservas internacionais que

o país detém é irrelevante.

Já no regime de câmbio fixo, como o BACEN vende moeda estrangeira para contro-

lar a taxa de câmbio, o volume de reservas internacionais que o país detém é muito

importante, já que para aumentar a oferta de moeda estrangeira, de modo a evitar

uma desvalorização cambial, ele precisar ter tais reservas.

Questão 15    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito das políticas fiscal, mo-

netária e cambial, julgue o item que se segue.

Ao intervir no mercado de câmbio comprando divisas, o Banco Central do Brasil fa-

vorece a indústria importadora, já que o valor dos produtos importados é reduzido

quando convertido em reais.

Errado.

Na verdade, o raciocínio correto é que ao intervir no mercado de câmbio comprando

divisas, o Banco Central do Brasil atrapalha a indústria importadora, já que o valor

dos produtos importados é aumentado quando convertido em reais, pois o próprio

aumento da demanda por moeda estrangeira tem o condão de elevar a cotação da

moeda estrangeira, encarecendo assim os produtos importados.

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Questão 16    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Julgue o próximo item, a respeito

de política econômica.
No mercado cambial, as intervenções realizadas por um governo mediante a com-
pra e a venda de moeda estrangeira objetivam, em determinadas situações, afetar
a taxa de câmbio e reduzir a sua volatilidade.

Certo.
O Governo, via BACEN, pode influenciar a taxa de câmbio, seja comprando moeda
estrangeira, gerando elevação da cotação, seja vendendo, gerando redução da co-
tação. Um dos objetivos dessa intervenção é justamente reduzir a flutuação brus-
cas dessa taxa, ou seja, reduzir a sua volatilidade.

Questão 17    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca de agregados macroeconô-


micos, das contas nacionais e de balanço de pagamentos, julgue o item subsequen-
te.
A conta denominada serviços do balanço de pagamento é composta pelo valor líqui-
do das receitas e despesas de modalidades de serviços, como transporte, viagens
internacionais, seguros, royalties, investimento direto, investimento em carteira,
entre outras.

Errado.

O CESPE costuma começar as assertivas corretamente e colocar um erro só no fi-


nal, de modo a “pegar” os mais afoitos!

Nessa questão só estão errados os exemplos finais, investimento direto e inves-

timento em carteira, que entram na conta financeira e não na conta serviços do

balanço de pagamentos.

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Questão 18    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca de macroeconomia, julgue

o item subsequente.

A conta financeira do balanço de pagamento corresponde à soma dos valores líqui-

dos dos investimentos diretos, dos investimentos em carteira, dos derivativos e das

rendas obtidas com lucros, juros e dividendos.

Errado.

O CESPE costuma começar as assertivas corretamente e colocar um erro só no fi-

nal, de modo a “pegar” os mais afoitos!

Nessa questão só estão errados os exemplos finais, rendas obtidas com lucros, ju-

ros e dividendos, que entra na conta rendas (transações correntes) do balanço de

pagamentos e não na conta financeira.

Questão 19    (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Julgue o item subsequente,

com relação à taxa de câmbio e aos regimes cambiais.

A depreciação do peso argentino frente ao real pode reduzir as exportações dos

produtos brasileiros para a Argentina, desconsiderados os efeitos da inflação nos

dois países.

Certo.

Claro que pode! Não só pode, como tende a acontecer!

Repare que se o Peso Argentino foi depreciado em relação ao Real, isso significa

que serão necessários mais pesos para comprar a mesma quantidade de produtos

em Reais.

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Nessa pegada, os produtos brasileiros ficam relativamente mais caros para os ar-

gentinos, diminuindo a demanda pelos mesmos.

Questão 20    (CESPE/DPU/ECONOMISTA/2016) Em relação à macroeconomia

aberta e aos instrumentos de política econômica, julgue o seguinte item.

Em um regime de câmbio fixo, a ampliação das reservas internacionais faz que o

banco central tenha que ampliar a base monetária.

Certo.

Quando temos um regime de câmbio fixo, o BACEN usa a base monetária para isso,

é a chamada política monetária passiva. No caso em tela, se ocorreu um aumen-

to das reservas internacionais, consequentemente houve uma expansão da base

monetária, já que o BACEN precisou comprar o excesso de moeda estrangeira para

conseguir manter a taxa de câmbio fixa, pois se o BACEN nada fizesse o excesso de

oferta abaixaria a taxa de câmbio.

Questão 21    (CESPE/DPU/ECONOMISTA/2016) Em relação à macroeconomia

aberta e aos instrumentos de política econômica, julgue o seguinte item.

O aumento da renda do resto do mundo provoca elevação das exportações líquidas

brasileiras e das reservas internacionais.

Certo.

A ideia básica é que as importações ocorrem em função da renda interna, enquanto

as exportações em função da renda externa.

Nessa toada, quando ocorre um aumento da renda do resto do mundo, teremos um

aumento da demanda desses países por nossos produtos, gerando uma tendência

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de elevação das exportações líquidas (exportações – importações) e, consequen-

temente, uma tendência de aumento do nível de reservas internacionais, já que

entrarão mais “dólares” em função dessa elevação das exportações líquidas.

Foi o que aconteceu com alguns países como o Brasil com o aumento da renda no

CHINA nos anos 2000 que gerou aumento das exportações líquidas e do nível das

reservas internacionais.

Questão 22    (CESPE/CGE-PI/AUDITOR/2015) Com referência à teoria econômica

do setor público, julgue o próximo item à luz dos principais conceitos de contabili-

dade fiscal.

Em uma economia aberta, o deficit do balanço de pagamentos em transações cor-

rentes é financiado pelo deficit público.

Errado.

Na verdade, um deficit em transações correntes é financiado por um superavit na

conta capital e financeira.

Em outras palavras, se ocorre saída líquida de recursos pela conta de transações

correntes, precisamos atrair capitais para tapar esse rombo.

Esses capitais na verdade são a própria poupança externa.

Conclui-se, portanto, que o deficit do balanço de pagamentos em transações cor-

rentes é financiado pela poupança externa.

Questão 23    (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) Acerca das relações teóricas es-

tabelecidas pelas contas nacionais e do balanço de pagamentos, julgue o item.

O saldo da balança comercial corresponde à diferença entre a exportação e a im-

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portação de bens, enquanto os valores dos serviços relativos a transporte e viagens

internacionais são computados na conta capital.

Errado.

A única parte correta da assertiva é aquela que diz que a balança comercial corres-

ponde à diferença entre exportação e importação de bens.

Entretanto, os valores referentes a serviços de transporte e viagens internacionais

são contabilizados na balança de serviços e não na conta de capital.

Questão 24    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2015) Considerando que, ao se analisar a

formação de preços no mercado cambial, constata-se a existência de dois tipos bá-

sicos e de diversos tipos intermediários de regimes cambiais, julgue o item a seguir.

O chamado currency board, considerado muito severo, foi bastante utilizado no

final do século XX, associado aos planos de estabilização, como no caso argentino,

e caracteriza-se por uma vinculação com a política monetária.

Certo.

O regime de câmbio fixo denominado “currency board”, que realmente foi adotado

pela Argentina na década de 1990 durante o governo Menén, tem como caracte-

rística o compromisso firmado pela autoridade monetária de converter sua moeda

para uma determinada moeda considerada forte, à uma taxa fixa.

Questão 25    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2015) Considerando que, ao se analisar a

formação de preços no mercado cambial, constata-se a existência de dois tipos

básicos e de diversos tipos intermediários de regimes cambiais, julgue (C ou E) o

item a seguir.

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No sistema conhecido como crawling band, fixa-se uma faixa dentro da qual a co-

tação da moeda pode flutuar livremente; o piso e o teto não podem ser alterados

durante todo o período em que o sistema for adotado.

Errado.

Temos agora uma questão do CESPE sobre regimes cambiais, especificamente so-

bre o regime das bandas cambiais.

A assertiva está errada, mas temos um discreto erro nela! O erro está em dizer que

o piso e o teto não podem ser alterados! Isso não existe!

A chama banda cambial pode sim ter seu piso e seu teto atualizado, por exemplo,

de acordo com a inflação de determinado período.

Questão 26    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2015) Considerando que, ao se analisar a

formação de preços no mercado cambial, constata-se a existência de dois tipos

básicos e de diversos tipos intermediários de regimes cambiais, julgue (C ou E) o

item a seguir.

A política de fixação de câmbio com reajustes sistemáticos em prazos determinados

– crawling peg – caracterizou a fase das minidesvalorizações no Brasil, em que a

taxa de câmbio era revista no dia primeiro de cada mês.

Errado.

É verdade que no denominado regime crawling peg, usado no Brasil durante um

bom período pós 1968, a taxa de câmbio nominal acaba sendo atualizada constan-

temente seguindo alguns indicadores.

Até aqui beleza! Mas tem um erro! O erro está parte em que diz que a mencionada

atualização da taxa ocorria no 1º dia de cada mês.

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Questão 27    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2015)

balanço de pagamentos (em US$ bilhões)


exportações 120
importações 110
donativos recebidos de ONGs sediadas no exterior 2
investimentos para ampliação de empreendimento industrial 18
reinvestimento de lucros de uma multinacional no Brasil 10
aplicação de estrangeiros na aquisição de ações no mercado secundário 11
remessa de lucros por filiais de empresas estrangeiras 15
amortização de empréstimos externos 7
empréstimos externos obtidos 22
juros sobre empréstimos a instituições internacionais 14
viagens internacionais de residentes no Brasil 13
pagamento de royalties e assistência técnica 9
fretes pagos a transportadores estrangeiros 6

Com referência aos dados do balanço de pagamentos apresentado na tabela acima,

julgue (C ou E) o item seguinte.

O balanço de serviços apresentou saldo negativo de US$ 43 bilhões.

Errado.
De acordo com o BACEN o detalhamento da conta de serviços do Balanço de Paga-
mentos relaciona os serviços relativos a transportes, viagens internacionais,
seguros, financeiros, computação e informações, royalties e licenças, aluguel de
equipamentos, serviços governamentais e outros serviços. Os serviços financeiros
compreendem as intermediações bancárias, tais como corretagens, comissões, ga-
rantias e fianças, e outros encargos acessórios sobre o endividamento externo. Em
outros serviços estão consolidadas as informações referentes a serviços de corre-
tagens e comissões mercantis, serviços técnicos profissionais, pessoais, culturais e

recreação.

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Nessa toada, pertencem à balança de serviços os três últimos itens listados pelo

enunciado, sendo que apresentam saldo negativo, já que representam a saída de


divisas estrangeiras.
Em suma, o saldo da balança de serviços é dado pela soma entre viagens inter-
nacionais de residentes no Brasil, pagamento de royalties e assistência técnica e
fretes pagos a transportadores estrangeiros:
Saldo de Serviços = -13 -9 – 6 = – 28
Saldo de Serviços = um deficit de US$ 28 bilhões.

Questão 28    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) A respeito do


balanço de pagamentos brasileiros, julgue o item subsecutivo.
A elaboração do balanço de pagamentos no Brasil segue as regras estabelecidas no
Balance of Payments Manual, editado pelo Banco Mundial.

Errado.
Na verdade, o balanço de pagamentos no Brasil é elaborado segundo as regras
estabelecidas no Balance of Payments Manual, documento foi editado pelo FMI –
Fundo Monetário Internacional e não pelo Banco Mundial.

Questão 29    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) A respeito do


balanço de pagamentos brasileiros, julgue o item subsecutivo.
A instituição responsável pela elaboração e divulgação do balanço de pagamentos
é o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Errado.

Na verdade, a instituição responsável pela elaboração e divulgação do balanço de

pagamentos é o Banco Central do Brasil. O Ministério do Desenvolvimento, Indús-

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tria e Comércio Exterior divulga alguns dados sobre comércio exterior, mas não o

Balanço de Pagamentos.

Questão 30    (CESPE/CADE/ECONOMISTA/2014) Com relação a macroeconomia,


julgue o item subsecutivo.
No balanço de pagamentos, a conta “atrasados” é empregada quando determinado
país não paga um débito. Para efetuar esse mecanismo contábil, fazem-se créditos
na conta amortização e débitos na conta atrasados.

Errado.
A conta “atrasados” é utilizada quando o país não consegue cobrir o deficit em Tran-
sações Correntes, não conseguindo fazê-lo por meio da Conta Capital e Financeira,
não conseguindo empréstimos junto ao FMI ou não havendo reservas suficientes,
fica devendo para os agentes responsáveis pela transação. Entretanto, essa conta-
bilização em atrasados se dá por meio de um crédito, já que há um aumento das
obrigações do país perante o “resto do mundo”.

Questão 31    (CESPE/TJ-SE/ANALISTA/2014) Julgue o próximo item, relativo ao


balanço de pagamentos brasileiro, de acordo com os critérios estabelecidos no Ma-
nual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Para o registro dos ativos externos detidos por residentes no Brasil sob a forma de
investimento direto, é previsto o investimento direto no exterior; para a represen-
tação da conta de passivo do grupo investimento direto, é previsto o investimento
direto no Brasil.

Certo.

Realmente, a conta de investimento direto apresenta esses dois fluxos. Note que

quando um residente no Brasil obtém um ativo externo, isto é registrado como um

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investimento direto no exterior. Por outro lado, em sentido contrário, há um inves-

timento direto no Brasil. Assim, essa conta representa um passivo para o Brasil, já

que contempla recursos de não residentes empregado aqui no país.

Guarde que no balanço de pagamento, o investimento direto líquido representará a

diferença entre esses fluxos.

Questão 32    (CESPE/TJ-SE/ANALISTA/2014) Julgue o próximo item, relativo ao

balanço de pagamentos brasileiro, de acordo com os critérios estabelecidos no Ma-

nual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A conta capital é a conta em que são registradas as transferências de capital re-

lacionadas com patrimônio de migrantes e a aquisição ou alienação de bens não

financeiros não produzidos, tais como cessão de patentes e marcas.

Certo.

São as transferências unilaterais de capital. Repare que a cessão de uma marca ou

patente, por exemplo, não envolve um bem produzido e, ao mesmo tempo, não é

um bem financeiro (não é um título, por exemplo).

Questão 33    (CESPE/TCDF/AUDITOR/2014) Julgue os itens seguintes, com rela-

ção ao balanço de pagamentos.

O pagamento de juros de empréstimos internacionais é registrado na conta capital

e financeira do balanço de pagamentos.

Errado.

A assertiva é falsa, já que o pagamento de juros de empréstimos internacionais é

registrado na balança de rendas.

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Questão 34    (CESPE/TCDF/AUDITOR/2014) Julgue os itens seguintes, com rela-

ção ao balanço de pagamentos.

A variação negativa das reservas internacionais implica retração da base monetá-

ria.

Certo.

Está lembrado que o saldo da variação das reservas internacionais sempre iguala,

com o sinal trocado, o saldo do balanço de pagamentos?

Nesse sentido, se houve variação negativa das reservas internacionais, isso signifi-

ca que o saldo do BP foi positivo e esse saldo positivo deve ser compensado com a

saída de meios de pagamento internacionais, ou seja, retração da base monetária.

Questão 35    (CESPE/TCU/AUFC/2013) Em relação à teoria macroeconômica para

pequenas economias abertas, julgue os itens que se seguem.

No regime de câmbio fixo, o aumento da tributação proporciona redução das reser-

vas internacionais.

Certo.

Amigo(a), tratando-se de economia aberta e com regime de câmbio fixo, quando

ocorre o aumento da tributação (política fiscal restritiva), a taxa interna de juros

acaba sendo menor que a taxa externa, provocando, assim, uma fuga de dólares

do país.

Mas tem um aspecto a ser considerado: tratando-se de câmbio fixo, o BACEN não

pode deixar essa redução da oferta de dólares pressionar para cima o valor da

moeda estrangeira.

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Nessa toada o Banco Central terá que vender dólares no mercado para se contrapor

à fuga de dólares provocada pela redução da taxa interna de juros.

E qual a consequência dessa venda de dólares?

Perda de reservas internacionais!

Questão 36    (CESPE/TCU/AUFC/2013) Julgue o item seguinte:

Em um regime com câmbio fixo, a expansão dos gastos do governo leva ao aumen-

to da renda e das exportações líquidas.

Errado.

Seguindo os ditames do modelo IS-LM (embora ainda não o tenhamos estudado) e

também do que já estudamos até agora, se temos câmbio fixo, não ocorrem quais-

quer alterações nas exportações líquidas.

E qual a razão para isso?

O câmbio não é afetado!

As exportações líquidas variam conforme as alterações no câmbio. Mas com câmbio

fixo (a taxa cambial rígida), não haverá alteração das exportações líquidas, sendo

afetados apenas o nível de reservas internacionais.

Já podemos concluir que a questão é errada, considerando que em um regime com

câmbio fixo, a expansão dos gastos do governo leva ao aumento da renda e das

reservas internacionais.

Questão 37    (CESPE/TCU/AUFC/2013) Julgue o item seguinte:

No regime de câmbio flutuante, a expansão dos gastos do governo não é capaz de

estimular o produto da economia.

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Certo.

De acordo com a teoria econômica, se o regime é de câmbio flutuante, a política

fiscal, seja ela restritiva ou expansiva é ineficaz para aumentar (ou reduzir) o pro-

duto.

Questão 38    (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) Considerando as relações comer-

ciais e financeiras do Brasil com outros países, julgue o item subsequente.

Sempre que se registrar a entrada de investimento externo direto na conta do

balanço de pagamentos brasileiro, haverá acúmulo de reservas internacionais no

Brasil.

Errado.

Note que o saldo de reservas internacionais de um país depende do saldo do Ba-

lanço de Pagamentos. Note ainda que o saldo do Balanço de Pagamentos é igual ao

saldo de reservas internacionais com sinal trocado, ou seja: BP = – R.

Nessa toada, saldos positivos no balanço de pagamentos resultam em aumento no

saldo de reservas e o sinal negativo das reservas é utilizado apenas por formalidade

contábil, já que as reservas são contabilizadas da mesma forma que a contabili-

dade empresarial, lançamentos a débito (sinal negativo) elevam o saldo da conta.

Entretanto, o Balanço de Pagamentos é composto do saldo do Balanço de Transa-

ções Correntes (BTC) e do saldo do Balanço de Capitais (BK. (no qual consta os

investimentos externos diretos. Assim: BTC + BK = – R.

Evidentemente, caso BK apresente saldo positivo, resultado de investimentos ex-

ternos diretos positivos, e BTC saldo negativo, sendo o valor em módulo deste

maior do que o daquele, a variação das reservas internacionais será negativa.

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Desta forma, haverá acúmulo de reservas internacionais no Brasil apenas quando

BP > 0.

Questão 39    (CESPE/TCE-ES/ANALISTA/2013) Com relação às contas do balanço

de pagamentos, assinale a opção correta.

a) Se o Banco Central fixar a taxa básica de juros da economia, o superavit do ba-

lanço de pagamentos provocará elevação permanente da base monetária.

b) O superavit global do balanço de pagamentos é igual à variação da base mone-

tária.

c) O pagamento de amortização de empréstimo internacional junto ao Fundo Mo-

netário Internacional (FMI) é registrado nas transações correntes do balanço de

pagamentos.

d) Afirmar que um país possui poupança externa positiva é equivalente a afirmar

que a sua balança comercial é deficitária.

e) É suficiente para a perda de reservas internacionais que o país apresente deficit

em transações correntes.

Letra b.

O superavit global no balanço de pagamentos denota a quantidade em excesso

de moeda internacional que entrou no país. Quando este saldo ingressa no país,

o Banco Central o converte em moeda doméstica, elevando a base monetária.

Questão 40    (CESPE/ANTT/ESPECIALISTA/2013) Um determinado país realizou,

durante um ano, as transações com o exterior mostradas na tabela abaixo.

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valor (em bilhões de


unidades monetárias)
importações de mercadorias no valor FOB 20
exportações de mercadorias no valor FOB 10
recebimento de empréstimos do exterior 5
remessa de lucros para o exterior 3
pagamento de serviços de fretes e seguros 1
recebimento de recursos relacionados à cessão de patentes 3

Com base nessas informações e nos conceitos relacionados ao balanço de paga-

mentos, julgue o próximo item.

O saldo das contas capital e financeira é de oito bilhões de unidades monetárias.

Certo.
Note que as exportações e as importações pertencem à balança comercial, en-
quanto a remessa de lucros e o pagamento de fretes e seguros são computados na
balança de serviços e rendas.
Dessa forma, apenas o recebimento de empréstimos do exterior, na conta finan-
ceira, e o recebimento de recursos relacionados à cessão de patentes, na conta
capital, é  que são computados na conta capital e financeira, consistindo essas 2
movimentações em entrada de divisas no país, aumentado, assim, o saldo do ba-
lanço de pagamentos.
Temos, portanto, que o saldo da conta capital e financeira no período é dado pela
soma do recebimento de empréstimos do exterior, no valor de 5 bilhões, e do re-
cebimento de recursos relacionados à cessão de patentes no valor de 3 bilhões, ou

seja, o saldo da conta capital e financeira é de 8 bilhões de unidades monetárias.

Questão 41    (CESPE/ANTT/ESPECIALISTA/2013) Um determinado país realizou,

durante um ano, as transações com o exterior mostradas na tabela abaixo.

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valor (em bilhões de


unidades monetárias)
importações de mercadorias no valor FOB 20
exportações de mercadorias no valor FOB 10
recebimento de empréstimos do exterior 5
remessa de lucros para o exterior 3
pagamento de serviços de fretes e seguros 1
recebimento de recursos relacionados à cessão de patentes 3

Com base nessas informações e nos conceitos relacionados ao balanço de paga-

mentos, julgue o próximo item.

O país transferiu poupança para o exterior, apresentando deficit em transações cor-

rentes de 11 bilhões de unidades monetárias.

Errado.

Realmente, a poupança externa está relacionada diretamente ao saldo das tran-

sações correntes do balanço de pagamentos. Por seu turno, o saldo de transações

correntes corresponde à soma dos saldos das balanças comercial e de serviços e

rendas e das transferências unilaterais, e, como não tivemos transferências unila-

terais, o saldo de transações correntes é a soma das balanças comercial e de ser-

viços e rendas.

Considerando que a balança comercial é dada pela diferença entre exportações e

importações, o seu saldo é de -10 bilhões (10 – 20), enquanto a balança de servi-

ços e rendas, nessa corresponde à remessa de lucros e ao pagamento de seguros

e fretes, sendo o seu saldo é de – 4 bilhões (-3 – 1). Assim, o saldo em transações

correntes é deficitário em 14 bilhões de unidades monetárias o que já nos permite

concluir pela falsidade da assertiva.

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Questão 42    (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) Em relação ao papel do câmbio no

processo de industrialização substitutiva de importações, julgue o item a seguir.

Quando a desvalorização do câmbio torna os preços de importação maiores que os

internos, aumenta a demanda por bens produzidos no país, o que estimula a pro-

dução industrial, em caso de capacidade ociosa.

Certo.

Realmente, quando temos a taxa de câmbio mais desvalorizada isso significa que é

preciso mais moeda local para adquirir a mesma quantidade de moeda estrangei-

ra, o que torna as importações mais caras para os consumidores locais e torna a

produção local mais barata para os consumidores estrangeiros, sendo benéfico em

tempos de alta capacidade ociosa na economia porque tende a estimular a produ-

ção local.

Perceba que de um lado fica mais difícil importar do exterior e de outro a desvalo-

rização tende a tornar as exportações locais mais competitivas, contribuindo forte-

mente para aumentar a demanda agregada pela produção local.

Questão 43    (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) Em relação ao papel do câmbio no

processo de industrialização substitutiva de importações, julgue o item a seguir.

Quando a valorização do câmbio barateia os preços de importação, consequente-

mente há um estímulo para a compra de bens de capital estrangeiros, ampliando-

-se a capacidade instalada.

Certo.

Uma vantagem significativa de se ter um câmbio valorizado é que os bens de ca-

pital, como máquinas e equipamentos, que precisam ser adquiridos para aumento

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da capacidade de oferta, acabam podendo ser importados a preços mais baixos,

reduzindo assim os custos das empresas.

Questão 44    (CESPE/STM/ANALISTA/2011) Julgue o item subsequente, relativo

ao balanço de pagamentos.

No balanço de pagamentos brasileiro, os gastos com viagens internacionais dos

brasileiros e os empréstimos concedidos pelo Banco Mundial são registrados, res-

pectivamente, na balança de serviços e renda e na rubrica outros investimentos da

conta financeira.

Certo.

Tenha em mente que os gastos com viagens dos brasileiros fora do país são re-

gistrados exatamente na conta de serviços e renda como débito, enquanto os em-

préstimos concedidos pelo Banco Mundial são registrados como crédito na Conta

Financeira.

Guarde ainda que enquanto os investimentos produtivos são os chamados investi-

mentos diretos, a compra de títulos é registrada nos “investimentos em carteira”.

Por fim, os empréstimos concedidos pelo Banco Mundial ou por organismos inter-

nacionais, na época dessa questão, eram registrados em “outros investimentos”.

Questão 45    (CESPE/MPOG/ECONOMISTA/2015) No que se refere a teoria key-

nesiana, demanda agregada, governo e crescimento econômico, julgue o item sub-

sequente.

O balanço de pagamentos representa a contabilização das transações econômicas

internacionais de um país, as quais podem ser compensatórias, ou seja, motivadas

pelos interesses dos agentes envolvidos.

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Errado.

As transações podem ser autônomas ou compensatórias. Guarde que as transações

autônomas é que são motivadas pelos interesses dos agentes envolvidos, enquanto

as transações compensatórias são aquelas utilizadas para zerar o saldo final do BP,

seja via variação de reservas, de empréstimos de regularização ou de atrasados.

Assim, se, por exemplo, o saldo consolidado das transações correntes e da conta

capital e financeira for deficitário em $1.000, então a conta de Transações Compen-

satórias será credora também em $1.000. Nesse exemplo, a compensação pode

ser, por exemplo, via uma variação negativa das reservas internacionais do país de

$1.000.

Questão 46    (CESPE/SUFRAMA/ECONOMISTA/2014) O balanço de pagamentos é

o registro contábil das transações econômicas de um país com o resto do mundo.

Acerca desse assunto, julgue o próximo item.

Conceder subsídios às exportações e estabelecer restrições não tarifárias às im-

portações, embora sejam medidas contrárias aos preceitos do livre-comércio, são

formas de se elevar o saldo da balança comercial e reduzir o deficit no balanço de

pagamentos.

Certo.

Tenha em mente que o Balanço de Pagamentos nada mais é do que o registro con-

tábil das transações econômicas de um país com o resto do mundo, representan-

do, assim, as operações de exportações e importações de bens, serviços, rendas,

capitais e as transferências unilaterais, transações de capital como empréstimos,

financiamentos e investimentos.

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Basicamente, qualquer medida que incentive a realização de exportações de bens

e serviços pode representar uma forma de reduzir o deficit no BP, já que as expor-

tações de bens e serviços geram ingresso de capitais no país. Nessa toada, quanto

maior a quantidade de capitais ingressando, tudo o mais constante, menor o deficit

no balanço de pagamentos. Dessa forma, pode-se dizer que a concessão de subsí-

dios à exportação pode ser favorável mesmo contra os preceitos de livre-comércio,

assim como as medidas que restringem às importações, ao reduzir a saída de ca-

pitais, podem, tudo o mais constante, reduzir o deficit no balanço de pagamentos,

mesmo que contrárias ao ideal de livre-comércio.

Questão 47    (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) Considerando as relações comer-

ciais e financeiras do Brasil com outros países, julgue o item subsequente.

No Brasil, o recente aumento da poupança externa foi resultado de uma agressiva

política comercial de estímulo às exportações e substituição de importações.

Errado.

Basicamente, a poupança externa é igual ao saldo do Balanço de Transações Cor-

rentes com sinal invertido:

Se = – BTC

Assim, para que a poupança externa apresente saldo positivo, o país deve registrar

saldo negativo em transações correntes. Nessa toada, resta saber se isto que ocor-

reu no Brasil na época da prova (ano de 2013). E isso aconteceu sim! Entretanto,

a causa para a crescente poupança externa naquela época foi o saldo negativo

apresentado no Balanço de Serviços e no Balanço de Rendas, que apresen-

taram, no período, sucessivos e relevantes deficit.

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Questão 48    (CESPE/ANAC/ANALISTA/2012) Julgue o item seguinte, relativo às

contas nacionais.

Se um país apresenta superavit no balanço de pagamentos, suas exportações líqui-

das serão, necessariamente, positivas.

Errado.

Na verdade, as exportações líquidas, balança comercial, são apenas uma parte de

um grupo do Balanço de Pagamentos, e assim, um país pode apresentar superavit

no balanço de pagamentos ainda que sua balança comercial seja muito deficitária.

Um superavit no balanço de pagamentos pode inclusive acontecer quando o saldo

de conta-corrente é deficitário, bastando apenas que tenha um superavit de maior

valor na conta capital e financeira.

Questão 49    (CESPE/STM/ANALISTA/2011/ADAPTADA) Com relação às políticas

econômicas, que normalmente tendem a ter efeitos de curto e longo prazo na eco-

nomia, julgue o item subsequente.

Na situação denominada “deficit gêmeos”, um desequilíbrio fiscal tende a causar

um desequilíbrio nas transações correntes do balanço de pagamentos.

Certo.

De acordo com a teoria dos deficit gêmeos, um deficit público leva a um deficit na

conta-corrente do balanço de pagamentos.

Observe que o total do investimento é igual ao somatório das poupanças interna e

externa. Assim, considerando um investimento constante, um excesso de gastos

públicos ou insuficiência de arrecadação, se não forem compensados por elevação

da poupança privada doméstica, precisam ser acompanhados de maior absorção

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de poupança externa, ou seja, obrigatoriamente temos deficit em transações cor-

rentes. Nessa linha de raciocínio, portanto, um deficit público leva a um deficit na

conta-corrente do balanço de pagamentos.

Questão 50    (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Acerca das políticas monetária,

fiscal e de comércio exterior, julgue o item a seguir.

A lei da oferta e da procura não se aplica à taxa cambial, porque essa taxa é admi-

nistrada pelo Banco Central do Brasil.

Errado.

Em uma economia de mercado, a da oferta e da procura sempre tem aplicação!

Nesse sentido pense que a taxa de câmbio nada mais é do que o preço da moeda

estrangeira, e que o preço da moeda estrangeira é medido em moeda nacional em

função da relação entre oferta e demanda por moeda estrangeira.

Atente ao fato de que o BACEN apenas tenta administrar ou interferir neste preço,

também na oferta e na demanda por moeda nacional/estrangeira, seja comprando,

seja vendendo moeda estrangeira.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 – Fundamentos de Economia– 6ª Edição – Editora Saraiva – Autores Marco Antô-

nio Sandoval Vasconcelos e Manuel Enrique Garcia.

2 – Macroeconomia – 11ª Edição – Editora MC Graw H. – Autores Fisher, Startz e

Dornbusch.

3 – Macroeconomia – Editora LTC – Autor Gregory Mankiw.

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