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FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA
Introdução à Administração Financeira
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Introdução à Administração Financeira
Sumário
Manuel Piñon
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
1. Introdução à Administração Financeira.................................................................................. 5
2. Diferenciação de Administração Financeira de Curto e Longo Prazo.............................. 8
3. Ambiente Financeiro..................................................................................................................12
3.1. Mercado Financeiro.................................................................................................................12
3.2. Sistema Financeiro e Principais Instituições....................................................................21
3.3. Taxas de Juros e o Valor do Dinheiro no Tempo............................................................... 24
4. Conceitos Essenciais de Administração Financeira. . ......................................................... 27
4.1. Risco e Retorno.. ...................................................................................................................... 27
4.2. Custo de Oportunidade......................................................................................................... 28
Resumo............................................................................................................................................. 30
Mapa Mental................................................................................................................................... 34
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 35
Exercícios......................................................................................................................................... 36
Gabarito.............................................................................................................................................61
Glossário.......................................................................................................................................... 62
Referências Bibliográficas. . .........................................................................................................64
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon
Apresentação
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
Seja bem-vindo ao curso de Administração Financeira!
Estudar para um concurso como esse, com elevado grau de dificuldade em suas provas,
além do alto nível dos candidatos, não é missão fácil. Por isso, torna-se necessária uma prepa-
ração com planejamento e muita disciplina.
O nível de preparação dos concorrentes não permite mais que você seja aprovado em algum
certame apenas livrando a nota de corte. É necessário fazer a diferença em todas as matérias.
E, sem dúvida, os temas que aqui trataremos, tendo em vista o nível elevado de complexi-
dade, representam um dos diferenciais da prova.
Nessa linha, buscaremos aqui detalhar todo o conteúdo programático da matéria, numa
linguagem simples e objetiva, sem, contudo, ser superficial.
Nosso curso atenderá tanto aos concurseiros do nível mais básico, ou seja, aqueles que
estão vendo a matéria pela primeira vez, como aqueles mais avançados, que desejam fazer
uma revisão completa e detalhada da matéria.
Além disso, resolveremos aqui muitas questões de, de tal forma que você ficará bastante
afiado na matéria, ao ponto de chegar à prova com bastante segurança.
Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso, gostaria de fazer
uma breve apresentação pessoal.
Sou Administrador de Empresas com especialização em Finanças pela Fundação Getúlio
Vargas-FGV e Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado no concurso nacional de
2009/2010.
Atuei inicialmente na Área de Arrecadação e Administração Tributária, passando pelo setor
de Planejamento e Controle da Atividade Fiscal até chegar à atividade de Fiscalização propria-
mente dita.
Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, eu já o havia exercido anteriormente
entre 1999 e 2001. É que fui aprovado no concurso para Auditor-Fiscal da Receita Federal (na
época AFTN) de 1998, e, após dois anos de exercício na atividade de fiscalização de empresas
da Região Norte do país, recebi e aceitei um convite para voltar a trabalhar na iniciativa privada
em minha cidade: Salvador.
Após alguns anos na área privada, vivendo momentos de alta satisfação alternados com
momentos de insatisfação, resolvi voltar a estudar para concursos públicos em 2006.
Essa fase foi muito difícil. Eu tinha uma jornada dura, mas tinha que ser discreto, já que
trabalhava e estudava muito, mas sem “poder dar muita bandeira” dessa dupla jornada.
Sei que muitos de vocês vivem situações parecidas, mas acreditem que essa situação é
transitória.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon
No meu caso, fui recompensado com a aprovação para o cargo de Analista de Finanças e
Controle – AFC da Controladoria Geral da União – CGU no ano de 2008.
Entretanto, mesmo já trabalhando em bom cargo e com um excelente ambiente de trabalho
na CGU, eu não me acomodei.
Continuei com meus estudos rumo ao sonho de voltar a ser Auditor-Fiscal da Receita Fede-
ral, que, como já dito, pôde ser realizado com a aprovação no concurso de 2009/2010.
É isso, meu amigo! Espero dividir com você a experiência adquirida ao longo da minha pre-
paração, pois sei exatamente o que se passa “do outro lado”: as angústias, as expectativas, as
dificuldades, mas também os sonhos.
Não se esqueça que são os sonhos que nos movem!
Acredite e se esforce ao máximo. Esse é o segredo!
Analisados todos os itens que nortearão o nosso curso, vamos ao que interessa!!!
Ao final dessa aula, quero ver tanto eu quanto você com uma sensação boa, de que esta-
mos no caminho certo.
Como diria Mahatma Gandhi:
“Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não exis-
tirão resultados”.
Antes de começarmos a “botar a mão na massa”, peço que ao final faça a avaliação da aula.
Sei que às vezes é chato fazer isso, mas é importante para que o GRAN evolua em qualidade.
Então, vamos nessa!
Prof. Manuel Piñon
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Introdução à Administração Financeira
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Mercado financeiro
Administração
Finanças corporativas
financeira
Finanças pessoais
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Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon
A Gestão Financeira de uma empresa pode ser entendida como o conjunto de ações que
envolvem o planejamento, o controle e a análise de todas as suas movimentações com im-
pactos financeiros, estando integrada aos demais setores da empresa.
Diretoria
Setor Recursos
comercial humanos
Setor Setor
produção administrativo
Setor
jurídico
A administração financeira privada é bem flexível e tem por objetivo final que o investimen-
to de capital seja realizado de modo racional e otimizado para gerar lucro máximo e aumento
do patrimônio financeiro.
O foco da gestão das finanças privadas é a análise e avaliação do fluxo de entrada e saída
de capitais, com autonomia para tomar decisões, especialmente no que diz respeito ao orça-
mento, à estrutura do capital e à administração do capital de giro.
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Risco
Risco
Financeiro
Econômico
Recursos de Custo de
Investimentos terceiros Captação
Risco
Lucro x
operacional Retorno Recursos Custo do
próprios Capital
próprio
Decisão de Decisão de
investimento financiamento
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Manuel Piñon
Finanças
Tesouraria Controladoria
Contabilidade
Administração do
financeira
caixa
Contabilidade
Planejamento
gerencial
financeiro
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Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon
Assim, é importante ter em mente também que o Planejamento dos aspectos financeiros
de uma empresa é fundamental não só para o futuro, mas também para que seus dirigen-
tes possam tomar decisões no presente, analisando e controlando os reflexos que elas terão
no futuro.
Fazem parte do planejamento financeiro de uma entidade, por exemplo, entre outras ativi-
dades, a análise e o controle dos recursos que a empresa está gerando e o fornecimento de
informações para a tomada de decisões quanto aos investimentos e financiamentos.
Entretanto, o planejamento financeiro e a sua gestão devem ser desmembrados em longo
prazo e curto prazo.
O planejamento financeiro de longo prazo indica as necessidades de capital de financia-
mento para transformar os objetivos futuros da empresa em realidade, sendo construído de
acordo com as premissas e os objetivos sejam priorizados. Sua serventia precípua é servir de
bússola, dando uma direção exata para a empresa.
O planejamento financeiro de longo prazo, normalmente para prazo superior a dois anos,
para que seja completo deve conter as descrições objetivas de cenários diversos, as projeções
de vendas, análise de investimentos, os demonstrativos de fluxo de caixa, de resultados, balan-
ço patrimonial etc.
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Merece destaque a realização de uma projeção de vendas realista, para que se possa esti-
mar o seu faturamento com menor margem de erro, assim como os itens de custos e despe-
sas, da forma mais objetiva possível.
A assertiva está quase toda correta, seu erro é apresentado em sua última palavra, quando o
examinador menciona expressar termos subjetivos na criação de um orçamento.
Na verdade, a projeção deve ser feita de forma objetiva, mesmo considerando que alguns
fatores irão mudar, mas a essência do orçamento deve ser a mais objetiva possível, afim de
alcançar o resultado mais próximo possível do projetado.
Errado.
No que diz respeito aos tipos de financiamento que podem ser usados por uma empresa,
veja o resumo a seguir:
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Manuel Piñon
Tipos de Financiamento
Classificado no Exigível
Financiamento de Vencimento Inferior a
de Curto Prazo ou no
Curto Prazo 360 dias
Circulante
Classificado dentro do
Financiamento de Vencimento Superior a
Exigível de Longo Prazo
Longo Prazo 360 Dias
– Não Circulante
Classificado como
Capital Próprio Sem Prazo Passivo Não Exigível –
Patrimônio Líquido
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3. Ambiente Financeiro
3.1. Mercado Financeiro
É no mercado financeiro que acontece o encontro entre as pessoas ou empresas que têm
dinheiro e as pessoas ou empresas que precisam de dinheiro. Para que esse encontro aconte-
ça, cabe às instituições financeiras fazerem o papel de intermediário.
Em outras palavras, o mercado financeiro serve para canalizar recursos financeiros de
quem tem para quem não tem, cobrando por esse papel uma remuneração.
Assim, basicamente os juros são devidos/pagos por aqueles que tomam dinheiro empres-
tado de um lado, e recebidos por aqueles, de outro lado, que aplicam suas sobras de recursos
nos bancos.
Tenha em mente que o setor financeiro da economia é constituído por quatro segmentos
de mercado definidos de acordo com os tipos de operações que realizam. Nessa toada, es-
ses quatro segmentos do setor financeiro correspondem a quatro mercados conceitualmente
distintos:
1 – mercado monetário
2 – mercado de câmbio
3 – mercado de capitais
4 – mercado de crédito
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MERCADO
DE CAPITAIS
MERCADO
MERCADO FINANCEIRO MERCADO
MONETÁRIO DE CRÉDITO
MERCADO
DE CÂMBIOS
Vamos conhecer um pouquinho mais sobre cada um deles, dando maior atenção hoje aos
mercados de capitais e de câmbio.
O mercado de moeda ou mercado monetário tem como função precípua estabelecer o ní-
vel de liquidez geral da economia, que é determinado de acordo com o suprimento de moeda,
em seu conceito estrito e convencional constituída pelo papel-moeda e pela moeda escritural,
esta última correspondendo aos depósitos à vista no sistema bancário.
Aqui o Banco Central – BACEN, nossa autoridade monetária é o gestor do nível dos esto-
ques monetários, operando nesse mercado junto a uma rede de intermediários financeiros, por
meio dos quais aumenta ou retira recursos.
Nesse mercado, temos elevada volatilidade e grandes volumes negociados, com opera-
ções de curtíssimo prazo, lastreadas, normalmente, por títulos repassados pelo BACEN.
No mercado monetário, temos como principais agentes, além do BACEN, as instituições
captadoras de depósitos a vista (bancos comerciais e bancos múltiplos com carteira comer-
cial), mas também as demais instituições financeiras autorizadas a emitir/adquirir depósitos
interfinanceiros também participam do mercado monetário.
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Manuel Piñon
O PULO DO GATO
Quando emitida por uma S.A. de capital aberto um commercial paper possui prazo de até 360
dias, e quando emitida por uma S.A. de capital fechado possui prazo máximo de 180 dias. Por
sua vez, as debêntures, que são títulos com características muito parecidas, devem ter prazos
superiores a 360 dias.
Os recursos emprestados pelo investidor são pagos nos prazos, condições e garantias
predeterminados na emissão da nota promissória comercial, sendo que a remuneração pode
ser pré-fixada ou pós-fixada. Guarde que a remuneração é determinada em função da classi-
ficação de risco da empresa, do prazo, das condições e garantias, similarmente ao caso das
debêntures.
Veja o quadro comparativo entre as debêntures e as notas promissórias comerciais:
Quem pode
SA Abertas e Fechadas SA Aberta e SA Fechada
emitir
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Manuel Piñon
Prazo mínimo
360 dias 30 dias
para resgate
1 – Mercado à vista: basicamente é aquele em que temos a compra e venda de uma deter-
minada quantidade de ações, a um preço estabelecido em pregão, ou seja, o comprador paga
o valor financeiro correspondente e o vendedor entrega dos títulos-objeto da transação, nos
prazos estabelecidos pela BOVESPA.
Destaque-se que a liquidação física (entrega dos títulos pelo vendedor) se processa no
2º dia útil após a realização do negócio em pregão e a liquidação financeira (pagamento dos
títulos pelo comprador) se dá no 3º dia útil posterior à negociação, somente mediante a efetiva
liquidação física.
Os principais tipos de ordem de Compra e Venda praticado no mercado são:
Ordem de mercado: quando o investidor especifica à corretora apenas a quantidade e as
características dos títulos que deseja comprar ou vender. A sua execução deve ser imediata.
Ordem administrada: quando o investidor especifica à corretora apenas a quantidade e as
características dos títulos que deseja comprar ou vender e o momento de sua execução fica a
critério da corretora.
Ordem limitada: quando o investidor estabelece o preço máximo ou mínimo pelo qual ele
quer comprar ou vender determinada ação. Ela somente será executada por um preço igual ou
melhor do que o indicado.
Ordem casada: quando o investidor determina uma ordem de compra de um título e uma
venda de outro, condicionando sua efetivação ao fato de ambas poderem ser executadas.
Ordem de financiamento: quando o investidor determina uma ordem de compra (ou venda)
de um título em um tipo de mercado e uma outra concomitante de venda (ou de compra) de
igual título, no mesmo ou em outro mercado, com prazos de vencimentos distintos.
2 – Mercado a termo (a prazo): compra e venda de uma determinada quantidade de ações,
a um preço fixado, para liquidação em prazo pré-determinado, a contar da data da operação
em pregão, resultando em um contrato entre as partes. No mercado a termo, basicamente o in-
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vestidor se compromete a comprar ou vender uma certa quantidade de uma ação, a chamada
ação objeto, por um preço fixado e dentro do prazo combinado.
Guarde que o prazo do contrato é livremente escolhido pelos investidores, mas deve ter
no mínimo de 12 dias úteis e no máximo de 999 dias corridos. A maior parte das operações
são realizadas no prazo de 30 dias, podendo, entretanto, serem realizadas em 60, 90, 120 ou
até 180 dias, mas as operações podem ser liquidadas na data de seu vencimento ou em data
antecipada solicitadas pelo comprador (VC), pelo vendedor (VV), ou por acordo mútuo das
partes (AM).
O preço a termo de uma ação resulta da adição, ao valor cobrado no mercado a vista, de
uma parcela correspondente aos juros – que são fixados livremente em mercado, em função
do prazo do contrato. A liquidação de uma operação a termo, no vencimento do contrato ou
antecipadamente, se assim o comprador o desejar, implica a entrega dos títulos pelo vendedor
e o pagamento pelo comprador, do preço estipulado no contrato.
3 – Mercado futuro: é aquele mercado em que temos a compra ou a venda de ações lista-
das em bolsa, a um preço acordado entre as partes, para liquidação em data futura específica,
previamente autorizada. Normalmente, espera-se que o preço do contrato futuro de uma ação
seja equivalente ao preço à vista, acrescido de uma fração correspondente à expectativa de
taxas de juros entre o momento da negociação do contrato futuro e a respectiva data de liqui-
dação do contrato.
O preço de um contrato futuro de ações muda de acordo com a variação de preço da ação
subjacente no mercado à vista. Como ambos podem ser negociados a qualquer momento
durante o período de negociações do dia, qualquer ganho obtido pode ser imediatamente rea-
lizado por meio do fechamento da posição a futuro.
No mercado futuro, são negociados lotes padrões de ações com datas de liquidação fu-
tura, escolhidas dentre aquelas fixadas periodicamente pela bolsa, representando um aperfei-
çoamento do mercado a termo (a prazo), pois permite a ambos os participantes de uma tran-
sação reverter sua posição, antes da data de vencimento. Guarde que, como cada investidor
relaciona com a caixa de liquidação da bolsa, e não com seu parceiro original, ambos têm o
direito de liquidar sua posição antecipadamente.
Guarde ainda que, visando gerar ainda mais liquidez no mercado futuro, as datas de ven-
cimento são padronizadas pela bolsa, sendo que as operações somente são fechadas para
aqueles vencimentos que estão em aberto.
4. Mercado de opções: em que são negociados direitos de compra ou venda de um lote
de ações, com preços e prazos de exercício preestabelecidos. Por esses direitos, o titular de
uma opção paga um prêmio, podendo exercê-lo até a data de vencimento (estilo americano)
ou na data de vencimento (estilo europeu), ou revendê-los no mercado, ou seja, a compra de
uma opção dá direito a alguém.
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Introdução à Administração Financeira
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No mercado de câmbio, são viabilizas aquelas transações que envolvem moedas estran-
geiras, podendo o prazo ser à vista ou de curto prazo, tendo como finalidade a transformação
de valores de moeda estrangeira em moeda nacional ou a moeda nacional em estrangeira.
É interessante registrar que a intermediação no mercado cambial é feita por meio do sis-
tema bancário e auxiliar, mas guarde que, no Brasil, as operações de câmbio não podem ser
praticadas livremente, devendo ser operacionalizadas via estabelecimento bancário autoriza-
do a operar em câmbio. Em outras palavras, é aquele mercado que envolve a negociação de
moedas estrangeiras e as pessoas interessadas em movimentar essas moedas.
Quando dois países mantêm relações econômicas entre si, entram necessariamente em
jogo duas moedas, exigindo que se fixe a relação de troca entre ambas. A taxa de câmbio é a
medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países.
Vamos exemplificar: um dólar americano pode custar 2,57 reais; 1 libra pode custar 4,07
reais; 1 euro, R$ 3,50 etc.
A determinação da taxa de câmbio pode ocorrer de dois modos, ou institucionalmente, via
decisão de autoridades econômicas com fixação periódica das taxas (taxas fixas de câmbio),
ou via funcionamento do mercado, em que as taxas flutuam automaticamente, em decorrência
das pressões de oferta e demanda por divisas estrangeiras (taxas flutuantes).
A oferta de divisas é realizada tanto pelos exportadores, que recebem moeda estrangei-
ra em contrapartida de suas vendas, como por meio da entrada de capitais financeiros in-
ternacionais.
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Repare que como as divisas não podem ser utilizadas internamente, elas precisam ser
convertidas para moeda nacional.
Essa conversão é feita pelo Banco Central, que recebe dos importadores do exterior a
quantia em divisas – dólar, por exemplo – retendo-as em seus cofres, e paga ao exportador
nacional em moeda nacional, a importância correspondente.
Amigo(a), observe que uma taxa elevada de câmbio significa que o preço da divisa estran-
geira está alto, ou que a moeda nacional está desvalorizada.
Nesse sentido, a expressão desvalorização cambial indica que houve um aumento da taxa
de câmbio, ou seja, passa a ser necessário um maior número de reais por unidade de moeda
estrangeira.
Em sentido contrário, por sua vez, a valorização cambial significa moeda nacional mais
forte, isto é, paga-se menos reais por dólar (por exemplo), tendo-se, assim, uma queda na taxa
de câmbio.
O swap cambial é a celebração simultânea de dois contratos, sendo um pronto, o outro fu-
turo, um de compra, o outro de venda. E envolvendo quantidades equivalentes de duas moedas
diferentes. A função do swap é promover a proteção cambial ou, simplesmente, o hedge.
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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada para fiscalizar e desenvolver o mer-
cado de valores mobiliários no Brasil, sendo apelidada de “xerife” do mercado de capitais no
Brasil. Essas são algumas de suas atribuições:
• Estimular a formação de poupança e a sua aplicação em valores mobiliários;
• Assegurar e fiscalizar o funcionamento eficiente das bolsas de valores, do mercado de
balcão e das bolsas de mercadorias e futuros;
• Proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra emis-
sões irregulares de valores mobiliários e contra atos ilegais de administradores de com-
panhias abertas ou de carteira de valores mobiliários;
• Evitar ou coibir modalidades de fraude ou de manipulação que criem condições artifi-
ciais de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado;
• Assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados
e sobre as companhias que os tenham emitido;
• Assegurar o cumprimento de práticas comerciais equitativas no mercado de valores
mobiliários;
• Assegurar o cumprimento, no mercado, das condições de utilização de crédito fixadas
pelo Conselho Monetário Nacional;
• Realizar atividades de credenciamento e fiscalização de auditores independentes, admi-
nistradores de carteiras de valores mobiliários, agentes autônomos, entre outros;
• Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas e os fundos de investimento;
• Apurar, mediante inquérito administrativo, atos ilegais e práticas não equitativas de ad-
ministradores de companhias abertas e de quaisquer participantes do mercado de valo-
res mobiliários, aplicando as penalidades previstas em lei;
• Fiscalizar e disciplinar as atividades dos auditores independentes, consultores e analis-
tas de valores mobiliários.
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5,5% 5,5/100 0,055
0,8% 0,8/100 0,0008
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Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon
É importante registrar que existem dois regimes de capitalização dos juros: o simples e o
composto, entendendo-se capitalização como o processo de reinvestimento, ou não, dos juros
de uma aplicação financeira, ou seja, de incorporação dos juros ao capital, formando um novo
capital maior, ou não.
Quando falamos em juros simples, estamos nos referindo ao regime de capitalização a ju-
ros simples, ou seja, o regime em que os juros de cada período de capitalização são calculados
sempre em função do capital inicial aplicado.
Quando tratamos dos chamados juros compostos, que gera um crescimento exponencial
da aplicação ou, pior, da dívida, é comum ouvirmos expressões como “bola de neve”, “juros
sobre juros” etc.
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Introdução à Administração Financeira
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É por isso que se diz que no regime de juros compostos o dinheiro cresce de modo expo-
nencial ou em progressão geométrica ao longo do tempo, contrastando com o regime de juros
simples que progride linearmente, como vemos no gráfico anterior.
Normalmente, a definição da taxa básica de juros da economia é tomada pelo Banco Cen-
tral de um país e, no Brasil, a taxa Selic é a taxa básica de juros da economia, sendo o principal
instrumento de política monetária utilizado pelo BACEN para controlar a inflação. Ela influencia
todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos
e das aplicações financeiras.
A nomenclatura de taxa Selic refere-se à taxa de juros apurada nas operações de emprés-
timos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como
garantia, cabendo ao BACEN atuar no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva
esteja em linha com a meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política Monetária do
BC – Copom.
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O PULO DO GATO
É importante compreender que a relação entre risco e retorno é diretamente proporcional, ou
seja, quanto maior o risco, maior o retorno sobre o investimento.
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Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon
É justamente pela falta de recursos que, por exemplo, as Companhias optam por direcionar
suas disponibilidades para alguns empreendimentos, abrindo mão de aplicá-los em outros,
pois a escassez de recursos torna as alternativas mutuamente excludentes.
Em suma, considera-se como custo de oportunidade o que se deixa de ganhar por não se
ter optado pela melhor alternativa.
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RESUMO
Negociação
Administração
Diagnóstico
de capital
Gestão
Planejamento Estruturação
financeira
Orçamentos Controles
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Mercado de Capitais
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Mercado de Câmbio
Quando dois países mantêm relações econômicas entre si, entram necessariamente em
jogo duas moedas, exigindo que se fixe a relação de troca entre ambas. A taxa de câmbio é a
medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países.
Tecnicamente, podemos conceituar taxa de câmbio como: operação financeira que ex-
pressa troca de valores em moeda entre países.
Na verdade, observe que a taxa de câmbio constitui o valor comparativo entre moedas e é
usada para permitir as transações econômicas entre diferentes países.
O swap cambial é a celebração simultânea de dois contratos, sendo um pronto, o outro fu-
turo, um de compra, o outro de venda, e envolvendo quantidades equivalentes de duas moedas
diferentes. A função do swap é promover a proteção cambial ou, simplesmente, o hedge.
O Custo de Oportunidade é diretamente relacionado ao princípio que considera que os
recursos (capital, mão de obra, recursos da natureza e tecnologia) sempre são escassos, pois
sempre são insuficientes para satisfazer todas as necessidades da sociedade como um todo;
de todas as pessoas. Em suma, considera-se como Custo de Oportunidade o que se deixa de
ganhar por não se ter optado pela melhor alternativa.
Em administração financeira, esse é um custo derivado de sua escassez de recursos, es-
cassez que a obriga a fazer escolha por esse ou aquele projeto, a optar por uns empreendi-
mentos em detrimento de outros, uma vez que o total dos recursos disponíveis é o limite da
possibilidade de investimentos.
Agora vamos resolver questões para fixar nosso entendimento.
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MAPA MENTAL
Fluxo de caixa
Mais associado à Operação
Curto Prazo
Maior detalhamento
Atividade de Tesouraria
Foco em
Resultado e Posição Patrimonial
Investimentos e Fontes de Capital
Longo Prazo
Menor nível de detalhes
Atividade de Controladoria
Administração Financeira
Investimento
Financiamento
Decisões
Administração da Tesouraria (Curto Prazo)
monetário
de crédito
Mercado Financeiro
de capitais
de câbio
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Manuel Piñon
EXERCÍCIOS
004. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA/2020) Julgue o item seguinte, a respeito de gestão
financeira.
O fluxo de caixa operacional é um indicador de desempenho financeiro que fornece o levanta-
mento das despesas e receitas em determinado período.
A administração financeira privada é bem flexível e tem por objetivo final que o investimento
de capital seja realizado de modo racional e otimizado para gerar lucro máximo e aumento do
patrimônio financeiro.
Enquanto a Administração Financeira é a disciplina que estuda o conjunto de atividades visan-
do gerir as finanças de uma empresa ou organização, a Administração Financeira e Orçamen-
tária está relacionada às Finanças Públicas e ao Direito Financeiro, e deve obedecer às leis
relativas a Orçamento Público, Receita Pública, Despesa Pública e Execução Orçamentária e
Financeira.
Errado.
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Sim, é no mercado financeiro que acontece o encontro das pessoas ou empresas que têm
dinheiro e as pessoas ou empresas que precisam de dinheiro e, para que esse encontro acon-
teça, cabe às instituições financeiras fazer o papel de intermediário.
Certo.
A debênture é um título de longo prazo que representa a dívida de uma companhia, podendo ou
não ser conversível em ações e podendo ainda oferecer ao investidor juros, participação nos
lucros e prêmios de reembolso.
Certo.
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Segundo Gitman:
Finanças diz respeito ao processo, às instituições, aos mercados e aos instrumentos envolvidos na
transferência na transferência de dinheiro entre pessoas, empresas e órgãos governamentais.
Então, sem dúvida, podemos, sim, dizer que o termo finanças pode ser corretamente definido
como a arte da gestão do dinheiro, ou seja, o termo finanças diz respeito a como as pessoas,
empresas e governos fazem a administração do seu dinheiro.
Certo.
012. (CESPE/PF/PERITO/2018) A análise de balanços pode ser vista como a arte de saber
extrair relações úteis, para o objetivo econômico que se pretenda, dos relatórios contábeis
tradicionais e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso. Há autores que consideram
a análise de balanços uma arte, já que, embora existam alguns cálculos razoavelmente for-
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Na verdade, a rentabilidade alta denota uma boa situação econômica, enquanto a alta liquidez
revela também uma boa situação financeira. Note ainda que a expressão “situação líquida cir-
culante” não mais existe.
Errado.
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A regra geral é que a maximização de valores aplicados nem sempre se traduz na opção por
investimentos que apresentam menores riscos.
Na verdade, a regra é a de que quanto maior o risco, maior o retorno e vice-versa, devendo o
administrador equilibrar esses fatores de acordo o perfil de apetite ao risco da empresa que
faz a gestão.
Errado.
O Fluxo de Caixa que, nada mais é do que a previsão de entradas e saídas de recursos de um
período determinado, bem como o confronto dessa previsão com as operações realizadas de
caixa e seus equivalentes, é uma ferramenta fundamental para qualquer atividade/empresa,
independente do seu porte ou complexidade.
Errado.
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O lucro nada mais é, simplificadamente falando, do que a diferença entre as Receitas e os cus-
tos e despesas.
Certo.
Tecnicamente falando, dizemos que temos uma situação de risco quando existe probabilidade
de uma determinada situação ter um resultado que não é o desejado. Seguindo essa linha de
raciocínio, para avaliar o nível de risco associado a um determinado acontecimento, precisa-
mos determinar o grau de “indesejabilidade” e também a probabilidade da sua ocorrência.
Em verdade, o grau de “indesejabilidade” varia de pessoa para pessoa, dependendo das cir-
cunstâncias em que ocorre, estando este diretamente associado ao perfil da pessoa que de-
cide e à sua aversão ao risco. No que diz respeito à possibilidade de ocorrência de um deter-
minado acontecimento indesejável, esta é calculada a partir da probabilidade de ocorrência
desse acontecimento durante um determinado período.
Em investimento, existe uma máxima: quanto maior o risco, maior o retorno e vice-versa, quan-
to menor o risco, menor o retorno. Logo, a maximização de valores aplicados, em regra, não se
traduz na opção por investimentos que apresentam menores riscos.
Errado.
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A partir dessas informações e com base na situação hipotética descrita e nos princípios que
norteiam a administração financeira, julgue o item seguinte.
A emissão do relatório de fluxo de caixa deve ser uma rotina normal da empresa; assim, visan-
do auxiliar a tomada de decisões pelo administrador financeiro, em vez de apresentar o relató-
rio das oito próximas semanas apenas ao final do bimestre, seria mais adequado que Pedro o
disponibilizasse semanalmente.
Na verdade, a proatividade de Pedro, ao se antecipar aos fatos, foi importante para manter
atualizada a base de informações da situação financeira da organização.
Errado.
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Como uma empresa pode gerir bem o seu capital de giro se não existe controle das en-
tradas e saídas do caixa?
Como planejar e controlar a utilização dos recursos financeiros da empresa sem meca-
nismos que identifiquem adequadamente todos os seus pagamentos e recebimentos?
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A partir dessas informações e com base na situação hipotética descrita e nos princípios que
norteiam a administração financeira, julgue o item seguinte.
Em instituições muito complexas, como a prefeitura de uma cidade de grande porte, o fluxo
de caixa é uma ferramenta administrativa dispensável para o planejamento financeiro, pois a
variedade de atividades operacionais envolvidas impede o lançamento adequado das entradas
e saídas de recursos correspondentes a essas atividades.
O Fluxo de Caixa é usado para fazer uma previsão de entradas e saídas de recursos de caixa e
seus equivalentes em um período determinado, e também para controlar a sua execução, com-
parando o fluxo previsto com as operações efetivamente realizadas. Guarde que a importância
da ferramenta de fluxo de caixa independe do tamanho ou da complexidade da organização,
sendo fundamental para a boa gestão de qualquer organização.
Errado.
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Orçamento do Custo de Produção: é composto pelas informações vindas das planilhas ante-
riores, e tem por objetivo quantificar os gastos em todo o processo do período em análise, com
a intenção de auxiliar na apuração da projeção dos resultados.
Orçamento das Despesas Comerciais e Administrativas: tem os mesmos objetivos da forma
anterior, porém trata dos gastos de comercialização e das funções de apoio às atividades
operativas.
Orçamento de Investimentos: partindo das informações do Planejamento Estratégico, bem
como das áreas envolvidas em todo o processo, faz uma projeção dos valores a serem imobi-
lizados para que se crie a estrutura física necessária ao cumprimento dos objetivos.
Certo.
Tenha em mente que o chamado mercado primário é aquele em que os investidores, após
adquirirem títulos ou valores mobiliários diretamente do emissor, podem negociar e transfe-
rir entre si esses ativos, seja no ambiente de bolsa de valores, seja no mercado de balcão
organizado.
Nessa pegada, o mercado primário é aquele em os valores mobiliários de uma nova emissão
da companhia são negociados diretamente entre a companhia e os investidores – subscritores
da emissão -, e os recursos são destinados para os projetos de investimento da empresa ou
para o caixa.
Por outro lado, o mercado secundário é o local onde os investidores negociam e transferem en-
tre si os valores mobiliários emitidos pelas companhias. Nesse mercado, ocorre apenas a trans-
ferência de propriedade e de recursos entre investidores. A companhia não tem participação.
Guarde que o mercado secundário oferece liquidez aos títulos emitidos no mercado primário.
Errado.
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Assinale a alternativa em que a decisão com base no fluxo de caixa está corretamente descrita.
a) Definir a política de crédito para clientes.
b) Definir a política de compras para negociação com fornecedores.
c) Estabelecer a política de obtenção de recursos para investimentos de longo prazo.
d) Identificar a necessidade de recursos para saldar compromissos assumidos.
Com exceção do benchmarking, todos os itens anteriores dizem respeito a questões ligadas
à administração financeira. O benchmark nada mais é do que um parâmetro de comparação
das práticas de uma empresa com o padrão de excelência em termos de processos, produtos,
serviços e técnicas do mercado.
Letra e.
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d) o conjunto de organizações que fornecem o local para negociação, onde empresas poderão
levantar fundos por meio de negociação.
e) o mercado intangível para a compra e venda de títulos não registrados nas bolsas de valores.
Segundo Gitman:
o mercado de capitais pode ser definido como uma relação financeira criada por várias instituições
e condições que permitem aos fornecedores e aos tomadores de fundos de longo prazo realizar
transações.
Letra a.
O administrador acredita que acontecerá uma desvalorização do real e, assim, uma necessi-
dade de maior quantidade de reais para comprar a mesma quantidade esperada de moeda
estrangeira. Logo, ele deseja “congelar” o valor do dólar que acredite ser a sua melhor opção e,
assim, visando reduzir sua exposição ao risco cambial, a empresa poderá adquirir opções de
compra de dólar.
Letra b.
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O custo de oportunidade, no caso em tela, é o custo da decisão de optar entre ter um trabalho
legal ou outro ilegal. Assim, para decidir permanecer em uma atividade legal, quanto maior for
o salário ofertado no mercado de trabalho legal, maior será o custo de oportunidade de perma-
necer na ilegalidade.
Certo.
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Lembre-se de que o custo de oportunidade é aquele custo que representa o fato de ter esco-
lhido uma opção em detrimento de outra. Nessa toada, não é um custo efetivo, mas uma con-
sequência traduzida em um custo trazido pelo benefício da alternativa que não foi a escolhida.
No caso em tela, o funcionário que se muda deixa de lado o conforto, a tranquilidade e a se-
gurança da pequena cidade em que vivia, mas ao optar por aceitar o convite, ele deve levar
em conta tanto o seu crescimento na empresa, quanto o ônus de ter de viver numa cidade
menos segura.
Certo.
Lembre-se de que o custo de oportunidade é aquele custo que representa o fato de ter escolhi-
do uma opção em detrimento de outra.
No caso apresentado pela questão, o custo de oportunidade é representado pela satisfação
que a pessoa deixa de obter ao receber um salário menor, mas trabalhando em uma empresa
com maior potencial de crescimento pessoal.
Entretanto, merece destaque o fato de a perda de satisfação não ser igual para as pessoas, ou
seja, os indivíduos possuem utilidades marginais da renda diferentes.
Nessa toada, não podemos afirmar que o custo de oportunidade seria o mesmo para qual-
quer pessoa.
Errado.
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Manuel Piñon
Veja bem, trata-se um imóvel de propriedade do Ministério da Justiça (MJ) que está sendo
alugado, ou seja, o MJ recebe dinheiro por alugar esse espaço a terceiros.
Desse modo, a ocupação desse imóvel pelo MJ fará com que esse rendimento de aluguel deixe
de ser auferido.
Existe, portanto, um custo de oportunidade para o MJ em ocupar esse imóvel que equivale ao
valor do aluguel.
Certo.
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Manuel Piñon
ra geral, prazos maiores que aqueles pleiteados pelos poupadores, e as instituições intermediadoras
gerenciam esses conflitos por meio de um eficiente planejamento e distribuição de seus fluxos de
caixa. Além disso costumam manter reservas para atender aos saques de seus depositantes.
Em suma, guarde que o mercado financeiro pode ser segmentado em: mercado monetário (e
de títulos), mercado de crédito, mercado de capitais e mercado cambial.
Resumidamente falando, o Sistema Financeiro Nacional – SFN é composto por órgãos norma-
tivos (CMN, CNSP e CNPC), entidades supervisoras (BACEN, CVM, SUSEP e PREVIC) e entida-
des operadoras do SFN.
Letra c.
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Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon
estado de Mato Grosso pode produzir 11 milhões de toneladas de milho e 22 milhões de tone-
ladas de soja ou uma combinação desses dois produtos.
Assertiva: Nessa situação, caso haja maior demanda de milho, os custos de oportunidade
para produzir o milho, em relação à soja, são maiores em Goiás do que em Mato Grosso.
Vamos partir da ideia de que o custo de oportunidade representa, no caso em tela, a quantida-
de que se deixa de produzir de um bem para que se possa produzir outro bem.
Nessa toada, o Estado de Goiás tem capacidade para produzir 6 milhões de toneladas de mi-
lho e 8 milhões de soja, ou uma situação intermediária envolvendo a produção dos dois grãos.
Dessa forma, para cada 1 milhão de toneladas de milho que produz, Goiás deixa de produzir
1,33 milhão de toneladas de soja, ou, falando em termos técnico, o custo de oportunidade de
produzir milho em relação a soja é de 1,33.
Repare que, no Estado do Mato Grosso, o custo de oportunidade é maior, já que esse Estado
pode produzir 11 milhões de toneladas de milho e 22 milhões de toneladas de soja ou uma
combinação desses dois produtos, ou seja, para cada 1 milhão de toneladas de milho que pro-
duz, deixa de produzir 2 milhões de toneladas de soja.
Errado.
Ora, se o BACEN é o “banco dos bancos”, não tem como atuar da mesma forma que os demais
intermediários financeiros. Assim, o BACEN regula os intermediários financeiros e não atua em
busca de lucro, não lidando com as pessoas físicas e jurídicas não financeiras, mas apenas
com intermediários financeiros. As demais estão corretas.
Letra a.
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Sim, o mercado de balcão é um dos tipos possíveis de mercado secundário, aquele em que
os investidores negociam títulos e valores depois da oferta pública inicial de distribuição, po-
dendo acontecer tanto na bolsa de valores quanto no mercado de balcão (organizado ou não).
Vamos agora comentar as demais alternativas:
a) Errada. No mercado de capitais são negociados títulos de médio ou longo prazo via emissão
de obrigações e ações. O mercado no qual são negociados títulos de curto prazo é o mercado
monetário.
b) Errada. Mercado financeiro é um conceito amplo, que engloba os mercados monetário e de
capitais, por exemplo.
c) Errada. É no mercado primário que acontece a primeira negociação de um título financeiro,
seja ele privado ou público.
e) Errada. Aa bolsa é um mercado secundário.
Letra d.
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Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon
Vamos entender de uma vez por todas. Essa questão de câmbio valorizado ou desvalorizado e
seu efeito nas importações e nas exportações!
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Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon
Pense agora: se o dólar hoje estivesse valendo R$ 0,10 (dez centavos), ou seja, se com ape-
nas R$ 1,00 você conseguisse comprar 10 dólares (taxa de câmbio no Brasil valorizada) o que
você faria?
Compraria dólares e viajaria para a Disney com toda a família?
Isso mesmo!
Embora extremo, esse exemplo ilustra bem os efeitos de um câmbio valorizado.
Se a moeda local está valorizada significa que a moeda estrangeira está barata, logo está bom
para importar e para viajar para o exterior.
De modo inverso, se a moeda local está cara, as exportações tornam-se difíceis!
Já dá para dizer que o gabarito é a letra C!
Concorda?
Vamos comentar as demais alternativas:
a) Errada. A valorização favorece a saída de capital e não a sua entrada.
b) Errada. Com a moeda valorizada, os termos de troca são reduzidos já que o real está caro.
d) Errada. A dívida externa em dólares não é reduzida.
e) Errada. O aumento das importações aumenta a competição para os produtos nacionais que
são obrigados a reduzir seus preços.
Letra c.
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Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon
a) os bônus de subscrição.
b) as notas promissórias.
c) as letras hipotecárias.
d) as cédulas de crédito.
e) as debêntures.
A debênture é títulos de médio/longo prazo que consiste em um valor mobiliário emitido por
sociedades por ações, representativo de dívida, que assegura a seus detentores o direito de
crédito contra a companhia emissora. O seu o prazo mínimo de vencimento é de um ano para
debêntures não conversíveis e três anos para debêntures conversíveis, não havendo prazo má-
ximo determinado por lei. Podem ter sua remuneração relacionada aos mais diversos indexa-
dores: Taxa Pré, TR, TJLP, Taxa Selic, Índices de Preço (como o IGP-M) e Câmbio. Desta forma,
é sem dúvida a aquisição recomendada ao investidor da questão.
Vamos comentar os demais:
a) Errada. Os bônus de subscrição são títulos negociáveis emitidos por sociedades por ações,
que conferem aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, o direito de subscre-
ver ações do capital social da companhia, dentro do limite de capital autorizado no estatuto.
Não são títulos de dívidas, e sim integrantes potenciais do capital social da empresa.
b) Errada. As notas promissórias ou commercial papers, são títulos de curto prazo (S.A. de
Capital Fechado – 180 dias / S.A. de Capital Aberto – 360 dias) emitidos pelas empresas para
financiar seu capital de giro.
c) Errada. As letras hipotecárias são títulos de crédito de emissão privativa das instituições
que atuam na concessão de financiamentos com recursos do SFH, garantido pela caução de
créditos hipotecários. Podem ser indexadas às taxas pré-fixadas, a TR + taxa, ou mesmo cor-
rigidas por índices de preço. Contudo, quando indexadas a índices de preço (IGP-M, INPC,
IGP-DI) possuem o prazo mínimo de 60 meses (5 anos) o que as caracterizam como títulos de
longo prazo.
d) Errada. As cédulas de crédito são títulos que representam o crédito decorrente de finan-
ciamentos abertos por instituições financeiras. Em havendo garantia do direito real de paga-
mento do valor financiado, por parte do mutuário, essa garantia é constituída no próprio título.
Tais cédulas de crédito apresentam diversas modalidades, a depender do ramo de atividade
financiado: Cédula de Crédito Rural, Cédula de Crédito Industrial, Cédula de Crédito Comercial,
Cédula de Crédito à Exportação etc.
Letra e.
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No mercado de capitais as ações se destacam como um dos valores mobiliários mais atraen-
tes, podendo ser negociadas no mercado secundário, sendo as bolsas de valores um exem-
plo adequado.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. O mercado de capitais é composto pelo mercado primário, em que as empresas
ou o governo emitem títulos e valores mobiliários para captar novos recursos diretamente de
investidores, e pelo mercado secundário, aquele composto por títulos e valores mobiliários
previamente adquiridos no mercado primário, ocorrendo apenas a troca de titularidade, isto é,
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a compra e venda, não envolvendo mais o emissor nem a entrada de novos recursos de capital
para quem o emitiu, de modo a dar mais liquidez aos títulos.
c) Errada. Definiu o mercado primário.
d) Errada. Os dois mercados estão relacionados, necessitando um do outro.
e) Errada. Só podem atuar nas bolsas de valores e nos mercados de balcão, organizado e não
organizado os integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários, dentre estes as
instituições financeiras e sociedades corretoras e distribuidoras, desde que devidamente au-
torizadas a funcionar pela CVM e pelo Banco Central do Brasil, que atuam em nome de seus
clientes, os investidores, comprando e vendendo ações, debêntures e outros títulos e valores
mobiliários emitidos pelas companhias abertas.
Letra b.
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GABARITO
1. E 37. d
2. E 38. c
3. E 39. E
4. C 40. a
5. E 41. d
6. C 42. c
7. C 43. d
8. C 44. c
9. C 45. c
10. C 46. e
11. E 47. e
12. E 48. b
13. C 49. d
14. E 50. c
15. E
16. E
17. C
18. E
19. E
20. C
21. E
22. C
23. E
24. C
25. E
26. C
27. E
28. d
29. e
30. a
31. b
32. a
33. C
34. C
35. E
36. C
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GLOSSÁRIO
Guarde o significado de alguns termos muito usados no mercado de capitais:
Ação: título negociável, representativo de propriedade de uma fração do capital social de uma
sociedade anônima.
Ação cheia: é aquela ação que, por ainda não ter recebido direitos como dividendos, bonifica-
ções ou subscrições, concedidos pela empresa emissora fica “cheia”, ou seja, é composta pelo
valor da ação em si mais a soma de tais benesses.
Ação de fruição: aquelas, já amortizadas, em que a posse e propriedade são dos fundadores
da companhia, mas que não são negociáveis, já que o titular já recebeu, antecipadamente, o
seu valor contábil correspondente.
Ação fungível: é aquela ação que está custodiada em uma instituição financeira, ficando com
a obrigação de devolver ao depositante a quantidade de ações recebidas com as modificações
resultantes de alterações no capital social ou no número das ações da companhia emissora.
Ação listada em Bolsa: são relativas às frações de capital daquelas empresas que são nego-
ciadas em Bolsas de valores.
Acionista: é o dono ou proprietário de uma ou mais ações de uma sociedade anônima.
Acionista majoritário: é aquela pessoa física ou jurídica que controla uma empresa acionaria-
mente falando em função da quantidade de ações com direito a voto que detém.
Acionista minoritário: é aquela pessoa física ou jurídica proprietária de ações com direito a
voto, mas que não detém o controle da sociedade.
Ações ordinárias: o seu proprietário tem direito a voto no Conselho de Administração.
Ações preferenciais: o seu proprietário tem direito de preferência sobre os dividendo e juros
distribuídos aos acionistas, mas não tem direito a voto.
Agrupamento ou inplit: é o inverso do split, ou seja, é a condensação do capital em um menor
número de ações com consequente aumento do valor de mercado da ação, com o objetivo,
entre outros, de valorizar sua imagem em mercado.
Bonificação: distribuição gratuita de novas ações aos acionistas, decorrente de aumento do
capital via incorporação de reservas.
Dividendos: parcela dos lucros de uma Companhia distribuída aos seus acionistas.
Índices da bolsa de valores: correspondem aos índices de lucratividade das respectivas car-
teiras de ações, sejam elas carteira reais ou hipotética e suposta, como sendo a carteira per-
tencente ao mercado. A ideia é que a evolução desse índice demostre a evolução dos ganhos/
perdas do mercado e a sua representação gráfica constitui instrumentos utilizado pelos ana-
listas para avaliação de tendências futuras dos negócios em Bolsa.
Juros sobre o capital próprio: instrumento legal que permite à empresa remunerar o capital do
acionista até o valor da TJLP, com incidência 15% a título de IR – Imposto de Renda no ato do
pagamento.
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Pregão: recinto onde se reúnem os operadores da bolsa de valores para executar as ordens de
compra e venda dadas pelos investidores às suas corretoras.
Split ou desdobramento: distribuição gratuita de novas ações aos acionistas, pela diluição do
capital em um maior número de ações, com o objetivo, entre outros, de dar liquidez aos títulos
no mercado.
Subscrição: é o nome dado ao direito que um acionista tem de adquirir ações em virtude de um
aumento de capital, mas com preços e prazo determinados.
As sociedades anônimas são classificadas em:
Companhias abertas: são empresas cujas ações e demais papéis são negociados em bolsas
de valores ou no mercado de balcão, de modo a que possam captar recursos financeiros junto
ao público investidor.
Companhias fechadas: possuem maior grau de liberdade para estabelecerem suas regras de
funcionamento que as companhias abertas.
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Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon
REFERÊNCIAS
LEMES, Antônio; RIGO, Cláudio; CHEROBIM, Ana Paula. Administração Financeira. Rio de Janei-
ro: Campus, 2017.
GITMAN; Lawrence J. ZUTTER, Chad J. Princípios de Administração Financeira. São Paulo: Pe-
arson, 2017.
MARTINS, Elise; ASSAF, Alexandre. Administração Financeira. São Paulo: atlas, 1986.
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Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
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