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ADMINISTRAÇÃO

FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA
Introdução à Administração Financeira

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Introdução à Administração Financeira

Sumário
Manuel Piñon

Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
1. Introdução à Administração Financeira.................................................................................. 5
2. Diferenciação de Administração Financeira de Curto e Longo Prazo.............................. 8
3. Ambiente Financeiro..................................................................................................................12
3.1. Mercado Financeiro.................................................................................................................12
3.2. Sistema Financeiro e Principais Instituições....................................................................21
3.3. Taxas de Juros e o Valor do Dinheiro no Tempo............................................................... 24
4. Conceitos Essenciais de Administração Financeira. . ......................................................... 27
4.1. Risco e Retorno.. ...................................................................................................................... 27
4.2. Custo de Oportunidade......................................................................................................... 28
Resumo............................................................................................................................................. 30
Mapa Mental................................................................................................................................... 34
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 35
Exercícios......................................................................................................................................... 36
Gabarito.............................................................................................................................................61
Glossário.......................................................................................................................................... 62
Referências Bibliográficas. . .........................................................................................................64

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon

Apresentação
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
Seja bem-vindo ao curso de Administração Financeira!
Estudar para um concurso como esse, com elevado grau de dificuldade em suas provas,
além do alto nível dos candidatos, não é missão fácil. Por isso, torna-se necessária uma prepa-
ração com planejamento e muita disciplina.
O nível de preparação dos concorrentes não permite mais que você seja aprovado em algum
certame apenas livrando a nota de corte. É necessário fazer a diferença em todas as matérias.
E, sem dúvida, os temas que aqui trataremos, tendo em vista o nível elevado de complexi-
dade, representam um dos diferenciais da prova.
Nessa linha, buscaremos aqui detalhar todo o conteúdo programático da matéria, numa
linguagem simples e objetiva, sem, contudo, ser superficial.
Nosso curso atenderá tanto aos concurseiros do nível mais básico, ou seja, aqueles que
estão vendo a matéria pela primeira vez, como aqueles mais avançados, que desejam fazer
uma revisão completa e detalhada da matéria.
Além disso, resolveremos aqui muitas questões de, de tal forma que você ficará bastante
afiado na matéria, ao ponto de chegar à prova com bastante segurança.
Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso, gostaria de fazer
uma breve apresentação pessoal.
Sou Administrador de Empresas com especialização em Finanças pela Fundação Getúlio
Vargas-FGV e Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado no concurso nacional de
2009/2010.
Atuei inicialmente na Área de Arrecadação e Administração Tributária, passando pelo setor
de Planejamento e Controle da Atividade Fiscal até chegar à atividade de Fiscalização propria-
mente dita.
Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, eu já o havia exercido anteriormente
entre 1999 e 2001. É que fui aprovado no concurso para Auditor-Fiscal da Receita Federal (na
época AFTN) de 1998, e, após dois anos de exercício na atividade de fiscalização de empresas
da Região Norte do país, recebi e aceitei um convite para voltar a trabalhar na iniciativa privada
em minha cidade: Salvador.
Após alguns anos na área privada, vivendo momentos de alta satisfação alternados com
momentos de insatisfação, resolvi voltar a estudar para concursos públicos em 2006.
Essa fase foi muito difícil. Eu tinha uma jornada dura, mas tinha que ser discreto, já que
trabalhava e estudava muito, mas sem “poder dar muita bandeira” dessa dupla jornada.
Sei que muitos de vocês vivem situações parecidas, mas acreditem que essa situação é
transitória.

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Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon

No meu caso, fui recompensado com a aprovação para o cargo de Analista de Finanças e
Controle – AFC da Controladoria Geral da União – CGU no ano de 2008.
Entretanto, mesmo já trabalhando em bom cargo e com um excelente ambiente de trabalho
na CGU, eu não me acomodei.
Continuei com meus estudos rumo ao sonho de voltar a ser Auditor-Fiscal da Receita Fede-
ral, que, como já dito, pôde ser realizado com a aprovação no concurso de 2009/2010.
É isso, meu amigo! Espero dividir com você a experiência adquirida ao longo da minha pre-
paração, pois sei exatamente o que se passa “do outro lado”: as angústias, as expectativas, as
dificuldades, mas também os sonhos.
Não se esqueça que são os sonhos que nos movem!
Acredite e se esforce ao máximo. Esse é o segredo!
Analisados todos os itens que nortearão o nosso curso, vamos ao que interessa!!!
Ao final dessa aula, quero ver tanto eu quanto você com uma sensação boa, de que esta-
mos no caminho certo.
Como diria Mahatma Gandhi:
“Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não exis-
tirão resultados”.
Antes de começarmos a “botar a mão na massa”, peço que ao final faça a avaliação da aula.
Sei que às vezes é chato fazer isso, mas é importante para que o GRAN evolua em qualidade.
Então, vamos nessa!
Prof. Manuel Piñon

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Introdução à Administração Financeira
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1. Introdução à Administração Financeira


O termo Administração Financeira normalmente pode ser usado em três grandes campos
de atuação:

Mercado financeiro

Administração
Finanças corporativas
financeira

Finanças pessoais

O foco do nosso curso é o estudo da Administração Financeira no âmbito das Finanças


Corporativas das empresas privadas, que é o conjunto de atividades que tratam do controle,
planejamento e análise de todas as movimentações dos recursos mensuráveis em dinheiro
das empresas.
Como normalmente em provas de concursos públicos estamos mais acostumados a estu-
dar Finanças Públicas, é importante logo de início saber diferenciar os seus campos de atuação.
Podemos fazer algumas distinções entre as Finanças Públicas e as Finanças Privadas (dos
particulares), sendo as mais importantes destacadas em seguida.
A primeira ideia é deixar clara é a de que as matérias “Administração Financeira” e “Admi-
nistração Financeira e Orçamentária – AFO” são bastante diferentes.
Enquanto a Administração Financeira é a disciplina que estuda o conjunto de atividades
visando gerir as finanças de uma empresa ou organização, a Administração Financeira e Or-
çamentária – AFO está relacionada às Finanças Públicas e ao Direito Financeiro, e estuda
temas como Orçamento Público, Receita Pública, Despesa Pública e Execução Orçamentária
e Financeira.
Nessa toada, no que tange às suas receitas, os tributos são o principal meio de financia-
mento específico do Estado, enquanto para os particulares a receita principal é obtida por meio
dos preços que cobram pela venda de bens ou serviços.
Esse aspecto tem uma consequência interessante, já que no âmbito público, existe sempre
a possibilidade de um Ente Governamental recorrer aos Tributos, por exemplo, aumentando-os
e podendo também ampliar as despesas, o que não tem correspondência tão fácil no âmbito
das finanças privadas, já que o Estado satisfaz as necessidades coletivas, enquanto o foco das
empresas privadas é a maximização do seu lucro, por meio da minimização das despesas e
maximização das receitas.

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001. (CESPE/PF/ADMINISTRADOR/2004-ADAPTADA) Para se obter bons resultados no


mundo empresarial, não basta ter boas estratégias: é preciso planejar adequadamente. O
orçamento empresarial é a peça fundamental de um planejamento. Com essa ferramenta,
uma empresa pode prever e controlar os lucros e as despesas, acompanhando a evolução
dos negócios.
O orçamento de uma empresa inclui o orçamento da seguridade social.

Na verdade, o orçamento da seguridade social, juntamente com o Orçamento Fiscal e o Orça-


mento de Investimentos integram a LOA – Lei Orçamentária Anual, que nada mais é do que o
Orçamento Público de um ente para um ano, sendo esse tema estudado pelas matérias AFO,
Finanças Públicas e/ou Direito Financeiro.
Errado.

A Gestão Financeira de uma empresa pode ser entendida como o conjunto de ações que
envolvem o planejamento, o controle e a análise de todas as suas movimentações com im-
pactos financeiros, estando integrada aos demais setores da empresa.

Diretoria
Setor Recursos
comercial humanos

Planejamento Administrador Contabilidade


controle financeiro auditoria

Setor Setor
produção administrativo
Setor
jurídico

A administração financeira privada é bem flexível e tem por objetivo final que o investimen-
to de capital seja realizado de modo racional e otimizado para gerar lucro máximo e aumento
do patrimônio financeiro.
O foco da gestão das finanças privadas é a análise e avaliação do fluxo de entrada e saída
de capitais, com autonomia para tomar decisões, especialmente no que diz respeito ao orça-
mento, à estrutura do capital e à administração do capital de giro.
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Merecem destaque na área privada as decisões relativas a investimentos, financiamen-


tos (distribuição entre recursos próprios e de terceiros) e a administração da tesouraria
(curto prazo).
Podemos detalhar essas principais funções em algumas tarefas, tais como a análise dos
resultados financeiros da empresa, o planejamento financeiro, a negociação relativa à capta-
ção de novos recursos e da maneira como estes serão aplicados, avaliação do montante de
crédito liberado para cada cliente, cobrança das contas a receber, controle das contas a pagar
a fornecedores, tributos, pessoal e encargos, manutenção de equipamentos etc.
Integra o universo das Finanças Privadas o segmento de Mercado Financeiro que trabalha
no âmbito do mercado financeiro e seus diferentes títulos e valores mobiliários negociados,
bem como as instituições que atuam nesse segmento.
Nos quadros a seguir podemos ver um resumo do âmbito de atuação das Finanças Privadas:

Risco
Risco
Financeiro
Econômico

Recursos de Custo de
Investimentos terceiros Captação
Risco
Lucro x
operacional Retorno Recursos Custo do
próprios Capital
próprio

Decisão de Decisão de
investimento financiamento

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Finanças

Tesouraria Controladoria

Contabilidade
Administração do
financeira
caixa
Contabilidade
Planejamento
gerencial
financeiro

Créditos e contas Orçamento


a receber
Sistemas de
Contas a pagar informação
Administração de
Câmbio tributos

002. (CESPE/CADE/AGENTE/2014) Julgue o item subsecutivo, relativo à administração


financeira.
A principal atribuição do administrador financeiro é promover a gestão de todos os tipos de
empresas (financeiras e não financeiras); exceto, as empresas sem fins lucrativos.

Na verdade, cabe ao administrador financeiro o papel de gerenciar as finanças de todos os ti-


pos de empresas, privadas ou públicas, grandes ou pequenas, financeiras ou não financeiras,
com ou sem fins lucrativos.
Errado.

A ferramenta fundamental na gestão financeira de uma empresa, seja de curto


ou longo prazo, é seu orçamento, que é composto pela projeção de todos os fluxos futu-
ros de recursos na empresa, que serve para subsidiar a correta tomada de decisões estraté-
gicas, táticas ou operacionais.

2. Diferenciação de Administração Financeira de Curto e Longo Prazo


O Planejamento Financeiro e a gestão financeira de uma empresa, tanto de curto como de
longo prazo, devem ser vistos de modo integrado ao seu Planejamento Estratégico de Longo
Prazo, como demonstrado no desenho a seguir:

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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO À LONGO PRAZO:


• MISSÃO
• VALORES
• OBJETIVOS MERCADOLÓGICOS
• OBJETIVOS FINANCEIROS

PLANEJAMENTO FINANCEIRO À LONGO PRAZO:


INDICADORES: • PLANEJAMENTO DE CAPITAL
• INTERNOS • PLANOS DE MARKETING
• PLANOS DE DESENVOLVIMENTO E PESQUISA
• EXTERNOS • PLANOS DE PRODUÇÃO

PLANEJAMENTO FINANCEIRO À CURTO PRAZO:


• PREVISÃO DE VENDAS
• PLANOS OPERACIONAIS DE PRODUÇÃO
• ORÇAMENTO DE CAIXA
• ORÇAMENTO DE CAPITAL
• DEMOSTRAÇÃO DE RESULTADOS PROJETADOS
“BUDGET” • BALANÇO PATRIMONIAL PROJETADO

Assim, é importante ter em mente também que o Planejamento dos aspectos financeiros
de uma empresa é fundamental não só para o futuro, mas também para que seus dirigen-
tes possam tomar decisões no presente, analisando e controlando os reflexos que elas terão
no futuro.
Fazem parte do planejamento financeiro de uma entidade, por exemplo, entre outras ativi-
dades, a análise e o controle dos recursos que a empresa está gerando e o fornecimento de
informações para a tomada de decisões quanto aos investimentos e financiamentos.
Entretanto, o planejamento financeiro e a sua gestão devem ser desmembrados em longo
prazo e curto prazo.
O planejamento financeiro de longo prazo indica as necessidades de capital de financia-
mento para transformar os objetivos futuros da empresa em realidade, sendo construído de
acordo com as premissas e os objetivos sejam priorizados. Sua serventia precípua é servir de
bússola, dando uma direção exata para a empresa.
O planejamento financeiro de longo prazo, normalmente para prazo superior a dois anos,
para que seja completo deve conter as descrições objetivas de cenários diversos, as projeções
de vendas, análise de investimentos, os demonstrativos de fluxo de caixa, de resultados, balan-
ço patrimonial etc.

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Processo de planejamento financeiro


Planos financeiros de longo prazo (estratégicos)
• Os planos financeiros de longo prazo consideram uma variedade de atividades financei-
ras, incluindo:
− gastos propostos em ativos permanentes;
− atividades de pesquisa e desenvolvimento;
− desenvolvimento de produtos e marketing;
− estrutura de capital;
− fontes básicas de financiamento

• Esses planos geralmente apoiam-se em uma série de orçamentos e planos de resul-


tados anuais

Merece destaque a realização de uma projeção de vendas realista, para que se possa esti-
mar o seu faturamento com menor margem de erro, assim como os itens de custos e despe-
sas, da forma mais objetiva possível.

003. (CESPE/PC-CE/PERITO/2012) Julgue o item a seguir, a respeito de finanças empresa-


riais, derivativos e mercado de capitais.
O orçamento, que é um plano detalhado de aquisição e de uso de recursos financeiros ou de
outra natureza, durante um período especificado, representa um plano para o futuro, expresso
em termos subjetivos.

A assertiva está quase toda correta, seu erro é apresentado em sua última palavra, quando o
examinador menciona expressar termos subjetivos na criação de um orçamento.
Na verdade, a projeção deve ser feita de forma objetiva, mesmo considerando que alguns
fatores irão mudar, mas a essência do orçamento deve ser a mais objetiva possível, afim de
alcançar o resultado mais próximo possível do projetado.
Errado.

No que diz respeito aos tipos de financiamento que podem ser usados por uma empresa,
veja o resumo a seguir:

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Planejamento Financeiro de Longo Prazo

Tipos de Financiamento

Classificado no Exigível
Financiamento de Vencimento Inferior a
de Curto Prazo ou no
Curto Prazo 360 dias
Circulante

Classificado dentro do
Financiamento de Vencimento Superior a
Exigível de Longo Prazo
Longo Prazo 360 Dias
– Não Circulante

Classificado como
Capital Próprio Sem Prazo Passivo Não Exigível –
Patrimônio Líquido

O planejamento financeiro de curto prazo, normalmente para um período de um a dois


anos, está intimamente relacionado às atividades de Tesouraria e à gestão do capital de giro
da empresa, concentrando-se principalmente no controle de títulos negociáveis, estoques,
contas a receber, contas a pagar, empréstimos bancários etc.
No âmbito das Finanças Corporativas, existem três tipos de decisões/operações funda-
mentais: de investimento em projetos – Orçamento de Capital, de financiamento – Estrutura
de Capital e de curto prazo – Gestão de Capital de Giro, sendo que o mercado de capitais pode
ser um dos mercados utilizados nessa seara.
No âmbito do orçamento de capital, a decisão de investimento em projetos visa selecionar
os melhores projetos para investimento, diferenciando os projetos viáveis e inviáveis e, consi-
derando que as empresas, em geral, possuem restrição orçamentária, escolher aqueles que
são os melhores para a empresa.
Nas operações relativas à Estrutura de Capital, avalia-se como os projetos são financiados,
sendo importante conhecer o custo do capital das principais fontes de recurso (recursos dos
sócios e de terceiros) e, a partir dessa noção, definir o nível de endividamento.
Finalmente, após investir nos projetos e escolher a forma de financiá-los, é necessário
gerenciar as atividades relacionadas ao capital de giro de curto prazo: definição de prazos
para clientes, prazos dos fornecedores, quanto a empresa vai possuir de estoque e, assim,
quantificar os recursos que a empresa necessita para financiar as atividades operacionais de
curto prazo.

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3. Ambiente Financeiro
3.1. Mercado Financeiro
É no mercado financeiro que acontece o encontro entre as pessoas ou empresas que têm
dinheiro e as pessoas ou empresas que precisam de dinheiro. Para que esse encontro aconte-
ça, cabe às instituições financeiras fazerem o papel de intermediário.
Em outras palavras, o mercado financeiro serve para canalizar recursos financeiros de
quem tem para quem não tem, cobrando por esse papel uma remuneração.
Assim, basicamente os juros são devidos/pagos por aqueles que tomam dinheiro empres-
tado de um lado, e recebidos por aqueles, de outro lado, que aplicam suas sobras de recursos
nos bancos.
Tenha em mente que o setor financeiro da economia é constituído por quatro segmentos
de mercado definidos de acordo com os tipos de operações que realizam. Nessa toada, es-
ses quatro segmentos do setor financeiro correspondem a quatro mercados conceitualmente
distintos:
1 – mercado monetário
2 – mercado de câmbio
3 – mercado de capitais
4 – mercado de crédito

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MERCADO
DE CAPITAIS

MERCADO
MERCADO FINANCEIRO MERCADO
MONETÁRIO DE CRÉDITO

MERCADO
DE CÂMBIOS

Vamos conhecer um pouquinho mais sobre cada um deles, dando maior atenção hoje aos
mercados de capitais e de câmbio.

3.1.1. Mercado Monetário

O mercado de moeda ou mercado monetário tem como função precípua estabelecer o ní-
vel de liquidez geral da economia, que é determinado de acordo com o suprimento de moeda,
em seu conceito estrito e convencional constituída pelo papel-moeda e pela moeda escritural,
esta última correspondendo aos depósitos à vista no sistema bancário.
Aqui o Banco Central – BACEN, nossa autoridade monetária é o gestor do nível dos esto-
ques monetários, operando nesse mercado junto a uma rede de intermediários financeiros, por
meio dos quais aumenta ou retira recursos.
Nesse mercado, temos elevada volatilidade e grandes volumes negociados, com opera-
ções de curtíssimo prazo, lastreadas, normalmente, por títulos repassados pelo BACEN.
No mercado monetário, temos como principais agentes, além do BACEN, as instituições
captadoras de depósitos a vista (bancos comerciais e bancos múltiplos com carteira comer-
cial), mas também as demais instituições financeiras autorizadas a emitir/adquirir depósitos
interfinanceiros também participam do mercado monetário.

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3.1.2. Mercado de Crédito

Nesse mercado, acontecem as transações entre os agentes econômicos, ou seja, as ins-


tituições financeiras e as pessoas físicas e jurídicas, transações essas que envolvem o risco
de crédito.
Em decorrência da elevação do volume e complexidade das transações comerciais e fi-
nanceiras, temos a formação e a caracterização do mercado de crédito, composto por aqueles
agentes econômicos que realizam transações baseadas na confiança.
Atualmente, podemos dizer que o mercado de crédito é bastante organizado, já que os
agentes econômicos envolvidos pertencem a estruturas definidas e regulamentadas, tendo
como resultado a oferta e a demanda de recursos em fluxos econômico-financeiros regulares.
Em essência, a atividade de intermediação financeira é atividade típica precípua a ser exer-
cida por uma instituição que atue no mercado de crédito.
Assim, fazer o “meio campo” entre poupadores e tomadores, em operações em que exista
assunção do risco de crédito, é a razão da existência do intermediário no mercado de crédito,
tendo como característica fundamental a presença de instituições que concedem emprésti-
mos e financiamentos.
Por ora, tenha em mente que, basicamente, o chamado risco de crédito ou risco “de tomar
um calote” é o risco de inadimplência inerente às operações de empréstimos e financiamen-
tos concedidos pelas instituições credoras aos agentes tomadores.
No mercado de crédito, temos operações de curto, médio e longo prazos, ajustando as ne-
cessidades seja para um financiamento do consumo das pessoas físicas, do capital fixo ou de
capital de giro das empresas.
Essa atividade contempla aqueles que concedem o crédito (instituições financeiras) e tam-
bém tomadores finais (pessoas físicas e jurídicas), de acordo com normas preestabelecidas,
tais como valor da operação, destino do uso, custo do crédito, prazo, garantias oferecidas e
forma de liquidação.
Por ora, guarde que o volume de operações de empréstimos e financiamentos por parte
das instituições financeiras depende do valor do seu patrimônio líquido e das condições esta-
belecidas em uma norma mundial denominada Acordo da Basiléia.
No mercado de crédito, sinteticamente falando, temos as seguintes operações:
Empréstimos: operações realizadas entre agentes econômicos, em que os recursos não
têm destinação específica com a presença do risco de crédito.
Financiamentos: –operações cujos recursos têm destinação específica com a presença do
risco de crédito.
Prestação de serviços: produtos ofertados por instituições financeiras a seus clientes com
o objetivo de facilitar o recebimento, o pagamento e a movimentação de recursos dentro do
mercado financeiro, mas sem risco de crédito.

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3.1.3. Mercado de Capitais

É no chamado mercado de capitais que ocorre a distribuição de valores mobiliários, com


o propósito de proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas, visando, em última
análise, viabilizar sua capitalização.
O mercado de capitais é composto pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e tam-
bém por outras instituições financeiras autorizadas, sendo seus agentes e operações regu-
ladas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, conhecida como “xerife do mercado de
capitais”.
Guarde ainda que no mercado de capitais são negociados os títulos emitidos pelas empre-
sas sociedades anônimas com os chamados investidores, ou seja, aqueles adquirentes dos
títulos, que, por natureza, possuem determinado grau de risco, como as ações, as debêntures
e commercial papers.
Destacam-se como característica desse mercado operações de prazo médio, longo ou in-
determinado, que visam suprir os recursos usados para atender às necessidades das empre-
sas em termos de capital fixo e de giro.
Coporate Finance, que em português significa Finanças Corporativas, é um conceito que
envolve as decisões financeiras e as ferramentas e analises usadas para tomar estas decisões
no âmbito empresarial, visando à simultânea maximização da valorização da sociedade e a
administração dos seus riscos financeiros, envolvendo, assim, todos os aspectos relativos às
finanças dessa empresa.
Guarde que o mercado acionário (de ações) – em que se realizam as operações de compra
e venda de ações – é apenas um dos componentes do mercado de capitais.
O mercado de capitais pode ser dividido em mercado primário e mercado secundário. No
mercado primário, as empresas ou o governo emitem títulos e valores mobiliários para captar
novos recursos diretamente de investidores. Já no mercado secundário, composto por títulos
e valores mobiliários previamente adquiridos no mercado primário, ocorre apenas a troca de
titularidade, isto é, a compra e venda, não envolvendo mais o emissor nem a entrada de no-
vos recursos de capital para quem o emitiu, servindo, essencialmente, para dar mais liquidez
aos títulos.
O local criado e mantido para negociação de valores mobiliários em mercado livre e aberto,
organizado pelas corretoras e autoridades, é a Bolsa de valores.
O mercado de balcão é um mercado de títulos sem local físico definido para a realização
das transações (ocorrem fora da Bolsa de Valores) que são feitas por telefone entre as institui-
ções financeiras, que pode se apresentar de duas formas distintas:
Mercado de balcão não organizado: em que as operações de compra e venda de ativos são
realizadas sem a coordenação de uma Bolsa de Valores, e com a participação de corretoras,
distribuidoras, alguns bancos e pessoas físicas.

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Mercado de balcão organizado: estruturado como um sistema de negociação de títulos


e valores mobiliários podendo estar organizado como um sistema eletrônico de negociação
por terminais, que interliga as instituições credenciadas em todo o Brasil, processando suas
ordens de compra e venda e fechando os negócios eletronicamente.
Tenha em mente que quando falamos em valores mobiliários, estamos falando de modo
amplo, já que estamos abrangendo ações, debêntures, notas promissórias comerciais (co-
mercial papers) e outros, mas claro, com destaque no Brasil para as ações.
É importante destacar ainda que o preço de uma ação em bolsa é fruto das condições de
mercado que reflitam as condições estruturais e comportamentais da economia do País e es-
pecíficas da empresa e de seu setor econômico.
Existem duas escolas que estudam as tendências de preço de uma ação, a chamada esco-
la de análise gráfica, que é baseada na análise gráfica de acordo com os volumes e os preços
pelos quais foram comercializadas as ações nos pregões anteriores, e a chamada escola de
análise fundamentalista, que utiliza como base os resultados setoriais e específicos de cada
empresa, dentro do contexto da economia nacional e internacional.
Debêntures: título que funciona como um empréstimo para determinada empresa que não
seja uma instituição financeira ou uma instituição de crédito imobiliário. Assim, o investidor se
torna um credor da empresa em questão e recebe juros fixos ou variáveis ao final do período
pactuado, podendo ser conversível ou não em ações.
Em outras palavras, uma debênture é um título emitido apenas por sociedades anônimas
não financeiras (as sociedades de arrendamento mercantil e as companhias hipotecárias es-
tão autorizadas a emiti-las), com garantia de seu ativo e com ou sem garantia subsidiária da
instituição financeira, que as lança no mercado para obter recursos de médio e longo prazos,
destinado normalmente a financiamento de projetos de investimentos ou alongamento do per-
fil do passivo, que garantem ao seu comprador uma remuneração certa num prazo certo, não
dando o direito de participação nos bens ou lucros da empresa.
É importante destacar que a captação de recursos no mercado de capitais, via emissão de
debêntures, pode ser feita por Sociedade por Ações de capital fechado ou aberto. Entretanto,
somente as companhias abertas, com registro na CVM – Comissão de Valores Mobiliários,
podem efetuar emissões públicas de debêntures.
Guarde, portanto, que somente a S/A de capital aberto pode emitir debêntures direciona-
das ao público investidor em geral, necessitando para isso de registro na CVM. As S/As de
capital fechado têm uma série de restrições para emitir debêntures, que somente podem ser
emitidas para um grupo bem restrito de investidores, não sendo, nesse caso, necessário o re-
gistro na CVM.
Nessa toada, os compradores de uma debênture nada mais são do que credores que espe-
ram receber juros periódicos e reembolso específico do principal na data do seu vencimento.
Vamos conhecer os Intervenientes no processo de emissão de uma Debênture:

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Agentes fiduciários: os debenturistas formam um condomínio representado perante a em-


presa emitente por um agente fiduciário, que deve zelar pelos direitos dos debenturistas, sendo
uma terceira parte envolvida num contrato de debênture, podendo ser um indivíduo, uma em-
presa ou um departamento de crédito de um banco.
Banco mandatário: banco (tem que ser banco comercial ou múltiplo com carteira comer-
cial) responsável pela confirmação financeira de todos os pagamentos e movimentações efe-
tuadas pelo emissor.
A nota promissória comercial ou commercial paper é um instrumento financeiro que con-
siste na emissão de um título de dívida que confere ao seu detentor um direito de crédito con-
tra a empresa emissora, ou seja, quem compra uma nota promissória comercial, na verdade,
está emprestando dinheiro à empresa emissora.
Note que, similarmente às debêntures, um commercial paper pode ser emitido por qual-
quer empresa sociedade por ações não financeira, seja ela de capital fechado ou aberto.

O PULO DO GATO
Quando emitida por uma S.A. de capital aberto um commercial paper possui prazo de até 360
dias, e quando emitida por uma S.A. de capital fechado possui prazo máximo de 180 dias. Por
sua vez, as debêntures, que são títulos com características muito parecidas, devem ter prazos
superiores a 360 dias.

Os recursos emprestados pelo investidor são pagos nos prazos, condições e garantias
predeterminados na emissão da nota promissória comercial, sendo que a remuneração pode
ser pré-fixada ou pós-fixada. Guarde que a remuneração é determinada em função da classi-
ficação de risco da empresa, do prazo, das condições e garantias, similarmente ao caso das
debêntures.
Veja o quadro comparativo entre as debêntures e as notas promissórias comerciais:

Debêntures x Nota Promissórias (Commercial Papers)

Debêntures Notas promissórias

Captação de recursos Captação de recursos para


Objetivo para financiamento de financiamento de CAPITAL DE
CAPITAL FIXO GIRO

Prazo LONGO PRAZO CURTO PRAZO

Quem pode
SA Abertas e Fechadas SA Aberta e SA Fechada
emitir

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Debêntures x Nota Promissórias (Commercial Papers)

Quem não pode


Instituições Financeiras Instituições Financeiras
emitir

Prazo mínimo
360 dias 30 dias
para resgate

Prazo máximo - SA Aberta: 360 dias


Não tem
para resgate - SA Fechada: 180 dias

O mercado de capitais é estruturado nos seguintes mercados: mercado à vista, mercado a


termo, mercado futuro e mercado de opções.

1 – Mercado à vista: basicamente é aquele em que temos a compra e venda de uma deter-
minada quantidade de ações, a um preço estabelecido em pregão, ou seja, o comprador paga
o valor financeiro correspondente e o vendedor entrega dos títulos-objeto da transação, nos
prazos estabelecidos pela BOVESPA.
Destaque-se que a liquidação física (entrega dos títulos pelo vendedor) se processa no
2º dia útil após a realização do negócio em pregão e a liquidação financeira (pagamento dos
títulos pelo comprador) se dá no 3º dia útil posterior à negociação, somente mediante a efetiva
liquidação física.
Os principais tipos de ordem de Compra e Venda praticado no mercado são:
Ordem de mercado: quando o investidor especifica à corretora apenas a quantidade e as
características dos títulos que deseja comprar ou vender. A sua execução deve ser imediata.
Ordem administrada: quando o investidor especifica à corretora apenas a quantidade e as
características dos títulos que deseja comprar ou vender e o momento de sua execução fica a
critério da corretora.
Ordem limitada: quando o investidor estabelece o preço máximo ou mínimo pelo qual ele
quer comprar ou vender determinada ação. Ela somente será executada por um preço igual ou
melhor do que o indicado.
Ordem casada: quando o investidor determina uma ordem de compra de um título e uma
venda de outro, condicionando sua efetivação ao fato de ambas poderem ser executadas.
Ordem de financiamento: quando o investidor determina uma ordem de compra (ou venda)
de um título em um tipo de mercado e uma outra concomitante de venda (ou de compra) de
igual título, no mesmo ou em outro mercado, com prazos de vencimentos distintos.
2 – Mercado a termo (a prazo): compra e venda de uma determinada quantidade de ações,
a um preço fixado, para liquidação em prazo pré-determinado, a contar da data da operação
em pregão, resultando em um contrato entre as partes. No mercado a termo, basicamente o in-

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vestidor se compromete a comprar ou vender uma certa quantidade de uma ação, a chamada
ação objeto, por um preço fixado e dentro do prazo combinado.
Guarde que o prazo do contrato é livremente escolhido pelos investidores, mas deve ter
no mínimo de 12 dias úteis e no máximo de 999 dias corridos. A maior parte das operações
são realizadas no prazo de 30 dias, podendo, entretanto, serem realizadas em 60, 90, 120 ou
até 180 dias, mas as operações podem ser liquidadas na data de seu vencimento ou em data
antecipada solicitadas pelo comprador (VC), pelo vendedor (VV), ou por acordo mútuo das
partes (AM).
O preço a termo de uma ação resulta da adição, ao valor cobrado no mercado a vista, de
uma parcela correspondente aos juros – que são fixados livremente em mercado, em função
do prazo do contrato. A liquidação de uma operação a termo, no vencimento do contrato ou
antecipadamente, se assim o comprador o desejar, implica a entrega dos títulos pelo vendedor
e o pagamento pelo comprador, do preço estipulado no contrato.
3 – Mercado futuro: é aquele mercado em que temos a compra ou a venda de ações lista-
das em bolsa, a um preço acordado entre as partes, para liquidação em data futura específica,
previamente autorizada. Normalmente, espera-se que o preço do contrato futuro de uma ação
seja equivalente ao preço à vista, acrescido de uma fração correspondente à expectativa de
taxas de juros entre o momento da negociação do contrato futuro e a respectiva data de liqui-
dação do contrato.
O preço de um contrato futuro de ações muda de acordo com a variação de preço da ação
subjacente no mercado à vista. Como ambos podem ser negociados a qualquer momento
durante o período de negociações do dia, qualquer ganho obtido pode ser imediatamente rea-
lizado por meio do fechamento da posição a futuro.
No mercado futuro, são negociados lotes padrões de ações com datas de liquidação fu-
tura, escolhidas dentre aquelas fixadas periodicamente pela bolsa, representando um aperfei-
çoamento do mercado a termo (a prazo), pois permite a ambos os participantes de uma tran-
sação reverter sua posição, antes da data de vencimento. Guarde que, como cada investidor
relaciona com a caixa de liquidação da bolsa, e não com seu parceiro original, ambos têm o
direito de liquidar sua posição antecipadamente.
Guarde ainda que, visando gerar ainda mais liquidez no mercado futuro, as datas de ven-
cimento são padronizadas pela bolsa, sendo que as operações somente são fechadas para
aqueles vencimentos que estão em aberto.
4. Mercado de opções: em que são negociados direitos de compra ou venda de um lote
de ações, com preços e prazos de exercício preestabelecidos. Por esses direitos, o titular de
uma opção paga um prêmio, podendo exercê-lo até a data de vencimento (estilo americano)
ou na data de vencimento (estilo europeu), ou revendê-los no mercado, ou seja, a compra de
uma opção dá direito a alguém.

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Underwriting: as operações de underwriting são ofertas públicas de títulos em geral (como


uma ação) e de títulos de crédito representativo de empréstimo (como uma debênture) por
meio de subscrição, cuja prática é permitida somente pela instituição financeira autorizada
pelo Banco Central do Brasil (BACEN) para esse tipo de intermediação.
As chamadas operações de underwriting são típicas dos bancos de investimento, que fa-
zem a intermediação da colocação (lançamento) ou distribuição, no mercado, de capitais de
ações, debêntures ou outro título mobiliário qualquer para investimento ou revenda no merca-
do de capitais, recebendo uma comissão pelos serviços prestados, proporcional ao volume do
lançamento.
As operações de underwriting podem ser realizadas em dois mercados, o mercado primá-
rio, em que a própria empresa emite ações ou debêntures que são ofertadas por meio de um
banco, ou seja, a empresa tem seu capital aberto por meio da emissão desses títulos, e o mer-
cado secundário, em que o banco é contratado para colocar ações ou debêntures já emitidos
e pertencentes a uma determinada pessoa física ou jurídica.
Mercado de swaps – swap é palavra em inglês que significa troca, permuta. Existem vários
tipos: swap cambial é troca de moeda, swap de juros é troca de juros, swap de dívida é trocar
uma dívida por outra etc.

3.1.4. Mercado de Câmbio

No mercado de câmbio, são viabilizas aquelas transações que envolvem moedas estran-
geiras, podendo o prazo ser à vista ou de curto prazo, tendo como finalidade a transformação
de valores de moeda estrangeira em moeda nacional ou a moeda nacional em estrangeira.
É interessante registrar que a intermediação no mercado cambial é feita por meio do sis-
tema bancário e auxiliar, mas guarde que, no Brasil, as operações de câmbio não podem ser
praticadas livremente, devendo ser operacionalizadas via estabelecimento bancário autoriza-
do a operar em câmbio. Em outras palavras, é aquele mercado que envolve a negociação de
moedas estrangeiras e as pessoas interessadas em movimentar essas moedas.
Quando dois países mantêm relações econômicas entre si, entram necessariamente em
jogo duas moedas, exigindo que se fixe a relação de troca entre ambas. A taxa de câmbio é a
medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países.
Vamos exemplificar: um dólar americano pode custar 2,57 reais; 1 libra pode custar 4,07
reais; 1 euro, R$ 3,50 etc.
A determinação da taxa de câmbio pode ocorrer de dois modos, ou institucionalmente, via
decisão de autoridades econômicas com fixação periódica das taxas (taxas fixas de câmbio),
ou via funcionamento do mercado, em que as taxas flutuam automaticamente, em decorrência
das pressões de oferta e demanda por divisas estrangeiras (taxas flutuantes).
A oferta de divisas é realizada tanto pelos exportadores, que recebem moeda estrangei-
ra em contrapartida de suas vendas, como por meio da entrada de capitais financeiros in-
ternacionais.

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Repare que como as divisas não podem ser utilizadas internamente, elas precisam ser
convertidas para moeda nacional.
Essa conversão é feita pelo Banco Central, que recebe dos importadores do exterior a
quantia em divisas – dólar, por exemplo – retendo-as em seus cofres, e paga ao exportador
nacional em moeda nacional, a importância correspondente.
Amigo(a), observe que uma taxa elevada de câmbio significa que o preço da divisa estran-
geira está alto, ou que a moeda nacional está desvalorizada.
Nesse sentido, a expressão desvalorização cambial indica que houve um aumento da taxa
de câmbio, ou seja, passa a ser necessário um maior número de reais por unidade de moeda
estrangeira.
Em sentido contrário, por sua vez, a valorização cambial significa moeda nacional mais
forte, isto é, paga-se menos reais por dólar (por exemplo), tendo-se, assim, uma queda na taxa
de câmbio.
O swap cambial é a celebração simultânea de dois contratos, sendo um pronto, o outro fu-
turo, um de compra, o outro de venda. E envolvendo quantidades equivalentes de duas moedas
diferentes. A função do swap é promover a proteção cambial ou, simplesmente, o hedge.

3.2. Sistema Financeiro e Principais Instituições


O sistema financeiro de um país abrange todo um conjunto de instituições financeiras e
de instrumentos financeiros que desempenham importantes funções para uma economia. A
seguir, veja quatro das suas funções principais:
1 – Apresentar quem tem $ para quem não tem e precisa de $, ou seja, fazer a transfe-
rência de recursos financeiros entre os agentes econômicos chamados de “poupadores” ou
“superavitários” (quem têm recursos sobrando num dado momento) e os agentes econômicos
chamados de “deficitários” (aqueles que no mesmo instante se encontram com insuficiência
de recursos);
2 – Dinamizar as relações de trocas de mercadorias entre os indivíduos, sendo a moeda o
meio que possibilita essa circulação de bens e serviços;
3 – Aumentar a liquidez dos ativos reais, possibilitando a realização de um maior número
de transações envolvendo os diversos bens (ativos) que representam o patrimônio (ou seja, a
riqueza acumulada) dos indivíduos;
4 – Servir de instrumento por meio do qual o Governo possa realizar a Política Monetária,
ou seja, ajustar a quantidade de moeda em circulação às necessidades reais da economia,
produzindo efeitos nos níveis de Produção e, consequentemente, de Renda.
Uma economia de mercado (ou seja, aquela na qual as decisões econômicas sobre “o que
produzir”, “quanto produzir” e “para quem produzir” são tomadas de acordo com o livre jogo de
forças de oferta e de demanda) só pode funcionar adequadamente com a presença de moeda

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e de um Sistema Financeiro ativo, de modo a dinamizar as trocas de mercadorias e aumentar


a eficiência do sistema econômico.
O Sistema Financeiro Brasileiro é composto por um conjunto de órgãos e instituições –
bancos, comissões, secretarias e entidades administradoras de recursos – com funções nor-
mativas, de regulação e fiscalização, e de intermediação financeira.
Assim, além de exercer o papel de intermediação de recursos, de acordo com o artigo 192
da nossa própria Constituição Federal de 1988, o SFN deve ser estruturado de forma a pro-
mover o desenvolvimento equilibrado do País e servir aos interesses da coletividade, além de
servir para fiscalizar as instituições que nele operam e também para atuar na diversificação
de riscos.
No que diz respeito à diversificação de riscos, guarde que a ideia aqui é de reduzir riscos
de modo a prevenir um calote no sistema financeiro como um todo, gerando uma quebra-
deira geral.
As entidades pertencentes ao SFN são entidades normativas, supervisoras e operadoras.
As entidades normativas estabelecem as diretrizes e as normas gerais do SFN, sendo que
o Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro
Nacional, fixando as diretrizes das políticas monetária, cambial e de crédito, bem como regu-
lando a constituição, o funcionamento e a fiscalização das instituições financeiras do país. A
sua função precípua é a de formular a política da moeda e do crédito e como os recursos de-
vem ser transferidos entre os agentes superavitários e deficitários na economia.
Enquanto as entidades normativas estabelecem as diretrizes, as entidades supervisoras
regulam e fiscalizam as atividades das entidades que pretende regular, podendo, inclusive,
aplicar multas e demais sanções às entidades que não atenderem às suas determinações.
Vale destacar ainda que, embora chamadas de “supervisoras”, elas também elaboram nor-
mas e regulamentam os mercados que supervisionam, como, por exemplo, a CVM, que atua
na regulamentação do mercado de capitais, sendo entendida como entidade normativa no que
diz respeito ao mercado de capitais, e o Banco Central do Brasil – BCB/BACEN.
O Banco Central exerce várias funções, dentre as quais:
• Executar e acompanhar as políticas monetária, cambial e de crédito;
• Controlar as operações de crédito e o nível das taxas de juros;
• Organizar, disciplinar e fiscalizar o Sistema Financeiro Nacional;
• Emitir papel-moeda e moeda metálica;
• Realizar operações de redesconto de liquidez e de mercado aberto;
• Receber os depósitos obrigatórios e voluntários dos bancos; e
• Controlar os capitais estrangeiros e as operações com moedas estrangeiras.

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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada para fiscalizar e desenvolver o mer-
cado de valores mobiliários no Brasil, sendo apelidada de “xerife” do mercado de capitais no
Brasil. Essas são algumas de suas atribuições:
• Estimular a formação de poupança e a sua aplicação em valores mobiliários;
• Assegurar e fiscalizar o funcionamento eficiente das bolsas de valores, do mercado de
balcão e das bolsas de mercadorias e futuros;
• Proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra emis-
sões irregulares de valores mobiliários e contra atos ilegais de administradores de com-
panhias abertas ou de carteira de valores mobiliários;
• Evitar ou coibir modalidades de fraude ou de manipulação que criem condições artifi-
ciais de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado;
• Assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados
e sobre as companhias que os tenham emitido;
• Assegurar o cumprimento de práticas comerciais equitativas no mercado de valores
mobiliários;
• Assegurar o cumprimento, no mercado, das condições de utilização de crédito fixadas
pelo Conselho Monetário Nacional;
• Realizar atividades de credenciamento e fiscalização de auditores independentes, admi-
nistradores de carteiras de valores mobiliários, agentes autônomos, entre outros;
• Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas e os fundos de investimento;
• Apurar, mediante inquérito administrativo, atos ilegais e práticas não equitativas de ad-
ministradores de companhias abertas e de quaisquer participantes do mercado de valo-
res mobiliários, aplicando as penalidades previstas em lei;
• Fiscalizar e disciplinar as atividades dos auditores independentes, consultores e analis-
tas de valores mobiliários.

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3.3. Taxas de Juros e o Valor do Dinheiro no Tempo


É interessante que o aluno já tenha estudado a matéria Matemática Financeira, pois alguns
conceitos que trabalharemos em nossas aulas têm como pré-requisito o seu conhecimento, já
que cabe à Matemática Financeira estudar o valor do dinheiro no tempo.
A ideia básica é a de que dívidas ou investimentos realizados no presente terão seu valor
aumentado no futuro, o mesmo valendo de modo inverso, ou seja, os valores disponíveis no
futuro quando avaliados no presente têm valores menores.
O conceito taxa de juros tem relação com o valor do dinheiro ao longo do tempo e com a
operação financeira realizada.
Nessa toada, quando uma pessoa deposita um valor em dinheiro em um determinado ban-
co, a taxa de juros equivale à percentagem do dinheiro recebido em troca, mas quando alguém
solicita um empréstimo para comprar algo, refere-se ao valor que deve ser pago pelo devedor
à entidade bancária.
Por outro lado, quando alguém contrata um empréstimo, fica sujeito a certo tipo de juros
determinado, que significa o custo que deve ser pago para receber o dinheiro solicitado calcu-
lado com base no prazo e na taxa contratada.
Nesse contexto, podemos conceituar a taxa de juros como sendo a unidade de medida
da remuneração do dinheiro ao longo tempo. Em outras palavras, podemos dizer que os juros
nada mais são do que a remuneração do capital, como se fosse um valor de aluguel pago pelo
uso do dinheiro do dinheiro emprestado.
A taxa de juros, usada para quantificar os juros, é a razão entre o montante no final de certo
período de tempo e o capital inicial menos uma unidade. Guarde que a taxa de juros represen-
ta os juros incorridos em função da utilização de uma unidade de capital pelo prazo de uma
unidade de tempo, ou seja, a taxa de juros apresenta a relação entre os juros e o capital por
unidade de tempo.
É importante destacar ainda que a taxa de juros sempre tem relação com certo período de
tempo, sendo as unidades de tempo mais usadas o dia, o mês e o ano.
Em sua prova, a taxa de juros pode ser apresentada sob a forma centesimal ou percentual,
que faz referência aos juros de cem unidades de capital durante o período de tempo correspon-
dente, ou unitária, quando apresentada em referência a uma unidade de capital.
Para facilitar nosso entendimento, vamos ver alguns exemplos:

Forma Percentual Cálculo Forma Unitária

1% 1/100 0,01
30% 30/100 0,30
5,5% 5,5/100 0,055
0,8% 0,8/100 0,0008

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É importante registrar que existem dois regimes de capitalização dos juros: o simples e o
composto, entendendo-se capitalização como o processo de reinvestimento, ou não, dos juros
de uma aplicação financeira, ou seja, de incorporação dos juros ao capital, formando um novo
capital maior, ou não.
Quando falamos em juros simples, estamos nos referindo ao regime de capitalização a ju-
ros simples, ou seja, o regime em que os juros de cada período de capitalização são calculados
sempre em função do capital inicial aplicado.
Quando tratamos dos chamados juros compostos, que gera um crescimento exponencial
da aplicação ou, pior, da dívida, é comum ouvirmos expressões como “bola de neve”, “juros
sobre juros” etc.

A verdade é que, no regime de capitalização composta, as taxas de juros incidem sempre


sobre o capital somado aos juros passados, ou seja, o valor dos juros de cada período varia
exponencialmente em função do tempo.
Basicamente, o que o difere do regime de juros simples é que no regime de juros compos-
tos, os juros são capitalizados rendendo, assim, juros cada vez maiores.

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É por isso que se diz que no regime de juros compostos o dinheiro cresce de modo expo-
nencial ou em progressão geométrica ao longo do tempo, contrastando com o regime de juros
simples que progride linearmente, como vemos no gráfico anterior.
Normalmente, a definição da taxa básica de juros da economia é tomada pelo Banco Cen-
tral de um país e, no Brasil, a taxa Selic é a taxa básica de juros da economia, sendo o principal
instrumento de política monetária utilizado pelo BACEN para controlar a inflação. Ela influencia
todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos
e das aplicações financeiras.
A nomenclatura de taxa Selic refere-se à taxa de juros apurada nas operações de emprés-
timos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como
garantia, cabendo ao BACEN atuar no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva
esteja em linha com a meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política Monetária do
BC – Copom.

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4. Conceitos Essenciais de Administração Financeira


4.1. Risco e Retorno
Os conceitos de risco e retorno estão intimamente ligados e são conceitos fundamentais
no que diz respeito aos investimentos. Em verdade, a combinação equilibrada de ativos com
diferentes riscos e retornos é a receita básica na administração financeira dos investimentos.
O risco é uma medida da volatilidade dos retornos e dos resultados futuros. Guarde que
o termo “volatilidade” significa a quantidade de flutuações que ocorrem com uma série de
números quando eles se desviam de uma série representativa.
Outra forma de conceituar risco é dizer que é a probabilidade de o retorno efetivamente
ocorrido em um investimento ser diferente do retorno esperado inicialmente por esse inves-
timento. Basicamente, o risco está associado ao grau de incerteza sobre o investimento no
futuro e, assim, quanto maior o grau de incerteza, maior o risco e maior o retorno esperado e
vice-versa.
Em outras palavras, podemos dizer que o risco econômico pode ser definido como a incer-
teza associada aos retornos esperados, ou seja, é a possibilidade de prejuízos financeiros ou
de se ganhar menos que o esperado.

O PULO DO GATO
É importante compreender que a relação entre risco e retorno é diretamente proporcional, ou
seja, quanto maior o risco, maior o retorno sobre o investimento.

Também quando estamos falando de avaliação de risco e retorno de títulos ou de ações,


a relação entre risco e retorno é direta, ou seja, é impossível ganhar muito dinheiro com ações
correndo riscos baixos, e os títulos públicos mais arriscados são também os que podem gerar
maiores retornos.
Em se tratando de mercado de ações, não existe uma solução pronta para a relação risco
x retorno, já que é composta por muitas variáveis, inexistindo, assim, garantia de ganhos. Na
prática, para saber o risco de uma determinada ação, é fundamental conhecer o seu histórico
de risco e retorno, avaliando, assim, o desempenho do investimento.
É desse jeito que o conceito de retorno ajustado pelo risco acontece.
Falando em risco financeiro de uma empresa, temos quatro principais fatores: operacio-
nais de crédito, de mercado e de liquidez. Vamos explicá-los!
1. Riscos operacionais: estão relacionados a possíveis perdas geradas por funcionários,
processos, sistemas e eventos externos que possam afetar o funcionamento da empresa, nor-
malmente realizado por meio de fraudes. A Administração Financeira deve continuamente efe-

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tuar a reavaliação dos processos, equipamentos, sistemas e pessoas de modo a identificar e


trabalhar para mitigar esses riscos.
2. Risco de crédito: estão relacionados ao nível de confiabilidade financeira que uma em-
presa oferece a um credor. Assim, o administrador financeiro deve avaliar, por exemplo, o limite
de crédito de um cliente e o grau de risco de entregar a mercadoria ou serviço e não receber
posteriormente o pagamento devidamente. Nesse caso, é muito importante fazer o planeja-
mento financeiro para manter todas as contas em dia com os fornecedores e ter uma “boa
reputação”. Já em relação aos seus clientes, o Administrador Financeiro frequentemente deve
atualizar a análise de crédito antes da venda, buscando se resguardar ao máximo em casos de
inadimplência ou atrasos.
3. Risco de mercado: risco está relacionado às variações nos preços, nos juros e em taxas
em geral do mercado financeiro. Um bom planejamento financeiro pode mitigar a exposição da
empresa às variações no mercado financeiro.
4. Risco de liquidez: risco que representa a possibilidade de a empresa não honrar devida-
mente seus compromissos, seja com fornecedores ou até mesmo com os funcionários, sendo
uma de suas principais causas a má gestão do fluxo de caixa.

4.2. Custo de Oportunidade

A teoria do “custo de oportunidade”, “custo alternativo” ou “custo implícito”, nada mais


é do que se atribuir um custo às várias oportunidades de uso de recursos sempre limitados.
O custo de oportunidade, portanto, é diretamente relacionado com o princípio que consi-
dera que os recursos (capital, mão de obra, recursos da natureza e tecnologia) sempre são
escassos, pois sempre são insuficientes para satisfazer todas as necessidades da sociedade
como um todo; de todas as pessoas.

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É justamente pela falta de recursos que, por exemplo, as Companhias optam por direcionar
suas disponibilidades para alguns empreendimentos, abrindo mão de aplicá-los em outros,
pois a escassez de recursos torna as alternativas mutuamente excludentes.
Em suma, considera-se como custo de oportunidade o que se deixa de ganhar por não se
ter optado pela melhor alternativa.

Em termos práticos, no âmbito da administração financeira, para a firma esse é um custo


derivado de sua escassez de recursos, escassez que a obriga a fazer escolha por esse ou
aquele projeto, a optar por uns empreendimentos em detrimento de outros, uma vez que o total
dos recursos disponíveis é o limite da possibilidade de investimentos.

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RESUMO

Negociação
Administração
Diagnóstico
de capital

Gestão
Planejamento Estruturação
financeira

Orçamentos Controles

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Mercado de Capitais

É no chamado mercado de capitais que ocorre a distribuição de valores mobiliários, com


o propósito de proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas, visando, em última
análise, viabilizar sua capitalização.
As sociedades anônimas são classificadas em companhias abertas, que são empresas
cujas ações e demais papéis são negociados em bolsas de valores ou no mercado de balcão,
de modo a que possam captar recursos financeiros junto ao público investidor e companhias
fechadas, que possuem maior grau de liberdade para estabelecerem suas regras de funciona-
mento que as companhias abertas.
Coporate finance, que em português significa finanças corporativas, é um conceito que en-
volve as decisões financeiras e as ferramentas e análises usadas para tomar essas decisões
no âmbito empresarial, visando à simultânea maximização da valorização da sociedade e a
administração dos seus riscos financeiros, envolvendo, assim, todos os aspectos relativos às
finanças dessa empresa.
No âmbito das finanças corporativas, existem três tipos de decisões/operações fundamen-
tais: de investimento em projetos – Orçamento de Capital, de financiamento – Estrutura de
Capital e de Curto Prazo – Gestão de Capital de Giro, sendo que o mercado de capitais pode
ser um dos mercados utilizados nessa seara.
No âmbito do Orçamento de capital, a decisão de investimento em projetos visa selecionar
os melhores projetos para investimento, diferenciando os projetos viáveis e inviáveis e, consi-
derando que as empresas, em geral, possuem restrição orçamentária, escolher aqueles que
são os melhores para a empresa.
Nas operações relativas à Estrutura de Capital, avalia-se como os projetos são financiados,
sendo importante conhecer o custo do capital das principais fontes de recurso (recursos dos
sócios e de terceiros) e, a partir dessa noção, definir o nível de endividamento.

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Finalmente, após investir nos projetos e escolher a forma de financiá-los, é necessário


gerenciar as atividades relacionadas ao capital de giro de curto prazo: definição de prazos
para clientes, prazos dos fornecedores, quanto a empresa vai possuir de estoque e, assim,
quantificar os recursos que a empresa necessita para financiar as atividades operacionais de
curto prazo.
Guarde que o mercado acionário (de ações) – no qual se realizam as operações de compra
e venda de ações – é apenas um dos componentes do mercado de capitais.
O mercado de capitais pode ser dividido em mercado primário e mercado secundário. No
mercado primário, as empresas ou o governo emitem títulos e valores mobiliários para captar
novos recursos diretamente de investidores. Já no mercado secundário, composto por títulos
e valores mobiliários previamente adquiridos no mercado primário, ocorre apenas a troca de
titularidade, isto é, a compra e venda, não envolvendo mais o emissor nem a entrada de no-
vos recursos de capital para quem o emitiu, servindo, essencialmente, para dar mais liquidez
aos títulos.
O local criado e mantido para negociação de valores mobiliários em mercado livre e aberto,
organizado pelas corretoras e autoridades, é a Bolsa de Valores.
O mercado de balcão é um mercado de títulos sem local físico definido para a realização
das transações (ocorrem fora da Bolsa de Valores) que são feitas por telefone entre as institui-
ções financeiras, que pode se apresentar de duas formas distintas:
Mercado de balcão não organizado: em que as operações de compra e venda de ativos são
realizadas sem a coordenação de uma Bolsa de Valores, e com a participação de corretoras,
distribuidoras, alguns bancos e pessoas físicas.
Mercado de balcão organizado: estruturado como um sistema de negociação de títulos
e valores mobiliários podendo estar organizado como um sistema eletrônico de negociação
por terminais, que interliga as instituições credenciadas em todo o Brasil, processando suas
ordens de compra e venda e fechando os negócios eletronicamente.
Tenha em mente que quando falamos em valores mobiliários, estamos falando de modo
amplo, já que estamos abrangendo ações, debêntures, notas promissórias comerciais (comer-
cial papers) e outros, mas claro, com destaque no Brasil para as ações.
Debênture: título que funciona como um empréstimo para determinada empresa que não
seja uma instituição financeira ou uma instituição de crédito imobiliário. Assim, o investidor se
torna um credor da empresa em questão e recebe juros fixos ou variáveis ao final do período
pactuado, podendo ser conversível ou não em ações.
Nota Promissória Comercial ou commercial paper: é um instrumento financeiro que con-
siste na emissão de um título de dívida que confere ao seu detentor um direito de crédito con-
tra a empresa emissora, ou seja, quem compra uma nota promissória comercial, na verdade,
está emprestando dinheiro à empresa emissora.

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Mercado de Câmbio

Quando dois países mantêm relações econômicas entre si, entram necessariamente em
jogo duas moedas, exigindo que se fixe a relação de troca entre ambas. A taxa de câmbio é a
medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países.
Tecnicamente, podemos conceituar taxa de câmbio como: operação financeira que ex-
pressa troca de valores em moeda entre países.
Na verdade, observe que a taxa de câmbio constitui o valor comparativo entre moedas e é
usada para permitir as transações econômicas entre diferentes países.
O swap cambial é a celebração simultânea de dois contratos, sendo um pronto, o outro fu-
turo, um de compra, o outro de venda, e envolvendo quantidades equivalentes de duas moedas
diferentes. A função do swap é promover a proteção cambial ou, simplesmente, o hedge.
O Custo de Oportunidade é diretamente relacionado ao princípio que considera que os
recursos (capital, mão de obra, recursos da natureza e tecnologia) sempre são escassos, pois
sempre são insuficientes para satisfazer todas as necessidades da sociedade como um todo;
de todas as pessoas. Em suma, considera-se como Custo de Oportunidade o que se deixa de
ganhar por não se ter optado pela melhor alternativa.
Em administração financeira, esse é um custo derivado de sua escassez de recursos, es-
cassez que a obriga a fazer escolha por esse ou aquele projeto, a optar por uns empreendi-
mentos em detrimento de outros, uma vez que o total dos recursos disponíveis é o limite da
possibilidade de investimentos.
Agora vamos resolver questões para fixar nosso entendimento.

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MAPA MENTAL
Fluxo de caixa
Mais associado à Operação
Curto Prazo
Maior detalhamento
Atividade de Tesouraria

Foco em
Resultado e Posição Patrimonial
Investimentos e Fontes de Capital
Longo Prazo
Menor nível de detalhes
Atividade de Controladoria

Administração Financeira
Investimento
Financiamento
Decisões
Administração da Tesouraria (Curto Prazo)

monetário
de crédito
Mercado Financeiro
de capitais
de câbio

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (CESPE/PF/ADMINISTRADOR/2004-ADAPTADA) Para se obter bons resultados no
mundo empresarial, não basta ter boas estratégias: é preciso planejar adequadamente. O
orçamento empresarial é a peça fundamental de um planejamento. Com essa ferramenta,
uma empresa pode prever e controlar os lucros e as despesas, acompanhando a evolução
dos negócios.
O orçamento de uma empresa inclui o orçamento da seguridade social.

002. (CESPE/CADE/AGENTE/2014) Julgue o item subsecutivo, relativo à administração


financeira.
A principal atribuição do administrador financeiro é promover a gestão de todos os tipos de
empresas (financeiras e não financeiras); exceto, as empresas sem fins lucrativos.

003. (CESPE/PC-CE/PERITO/2012) Julgue o item a seguir, a respeito de finanças empresa-


riais, derivativos e mercado de capitais.
O orçamento, que é um plano detalhado de aquisição e de uso de recursos financeiros ou de
outra natureza, durante um período especificado, representa um plano para o futuro, expresso
em termos subjetivos.

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EXERCÍCIOS
004. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA/2020) Julgue o item seguinte, a respeito de gestão
financeira.
O fluxo de caixa operacional é um indicador de desempenho financeiro que fornece o levanta-
mento das despesas e receitas em determinado período.

Na verdade, o fluxo de caixa operacional fornece o levantamento dos recebimentos e paga-


mentos em caixa, ou seja, das entradas e saídas de caixa, relacionadas à atividade operacional
da empresa.
Podemos questionar a banca quanto ao gabarito, já que nem sempre uma receita ou uma des-
pesa representam entrada ou saída de caixa respectivamente.
Como exemplo, citamos a despesa com depreciação, que não é “desembolsável” e, portanto,
não entra no fluxo de caixa.
Certo.

005. (INÉDITA/2020) Julgue:


A administração financeira privada é tão rígida quanto a administração financeira e orçamen-
tária do setor público.

A administração financeira privada é bem flexível e tem por objetivo final que o investimento
de capital seja realizado de modo racional e otimizado para gerar lucro máximo e aumento do
patrimônio financeiro.
Enquanto a Administração Financeira é a disciplina que estuda o conjunto de atividades visan-
do gerir as finanças de uma empresa ou organização, a Administração Financeira e Orçamen-
tária está relacionada às Finanças Públicas e ao Direito Financeiro, e deve obedecer às leis
relativas a Orçamento Público, Receita Pública, Despesa Pública e Execução Orçamentária e
Financeira.
Errado.

006. (INÉDITA/2020) Julgue:


O mercado financeiro serve para canalizar recursos financeiros de quem tem para quem não
tem, cobrando por esse papel uma remuneração.

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Sim, é no mercado financeiro que acontece o encontro das pessoas ou empresas que têm
dinheiro e as pessoas ou empresas que precisam de dinheiro e, para que esse encontro acon-
teça, cabe às instituições financeiras fazer o papel de intermediário.
Certo.

007. (CESPE/POLÍCIA-FEDERAL/PERITO/2018) Tendo em vista que estudos do Banco Cen-


tral do Brasil, com base em dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Fi-
nanceiro e de Capitais (ANBIMA), revelaram que, em 2017, as 277 empresas brasileiras que
obtiveram recursos no mercado de capitais tiveram custos menores que aquelas que se finan-
ciaram por meio dos canais tradicionais de crédito bancário, julgue o item, relativo aos instru-
mentos de captação de recursos disponíveis no mercado de crédito e no mercado de capitais
para as empresas brasileiras.
Uma companhia de capital aberto pode captar recursos por meio de debêntures — títulos de
longo prazo, conversíveis ou não em ações, que podem oferecer aos seus investidores as se-
guintes remunerações: juros, participação nos lucros e prêmios de reembolso.

A debênture é um título de longo prazo que representa a dívida de uma companhia, podendo ou
não ser conversível em ações e podendo ainda oferecer ao investidor juros, participação nos
lucros e prêmios de reembolso.
Certo.

008. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Acerca da função da administração financeira hos-


pitalar, julgue o próximo item.
O modelo do fluxo de caixa de Miller-Orr busca otimizar as entradas e saídas do caixa que os-
cilam diariamente e trabalha o fluxo de caixa com comportamentos imprevistos.

O método de Miller-Orr leva em consideração as variações aleatórias que ocorrem no fluxo de


caixa para calcular o nível do caixa que deve ser mantido. O modelo indica que se o nível do cai-
xa ultrapassar o nível máximo, deve-se aplicar a diferença entre o nível do caixa e o nível ótimo
em títulos negociáveis, mas se o nível do caixa ultrapassar o nível mínimo, deve-se resgatar a
diferença entre o nível do caixa e o nível ótimo.
Certo.

009. (CESPE/CADE/AGENTE-ADMINISTRATIVO/2014) Julgue o item subsecutivo, relativo à


administração financeira.
O termo finanças pode ser corretamente definido como a arte da gestão do dinheiro.

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Segundo Gitman:

Finanças diz respeito ao processo, às instituições, aos mercados e aos instrumentos envolvidos na
transferência na transferência de dinheiro entre pessoas, empresas e órgãos governamentais.
Então, sem dúvida, podemos, sim, dizer que o termo finanças pode ser corretamente definido
como a arte da gestão do dinheiro, ou seja, o termo finanças diz respeito a como as pessoas,
empresas e governos fazem a administração do seu dinheiro.
Certo.

010. (CESPE/TST/TÉCNICO/2008) Julgue o item:


A gestão financeira pode ser definida como um conjunto de ações e procedimentos adminis-
trativos que envolvem o planejamento, a análise e o controle das atividades financeiras da em-
presa, cujo objetivo é melhorar os resultados apresentados pela empresa e aumentar o valor
do patrimônio por meio da geração de lucro líquido proveniente das atividades operacionais.

A Gestão financeira de uma organização compreende o conjunto de ações relacionadas com a


gestão dos recursos financeiros movimentados por todas as suas áreas.
Cabe ao Administrador Financeiro a responsabilidade pela obtenção dos recursos financeiros
necessários e pela formulação de uma estratégia voltada para a otimização do uso deles.
Na verdade, a função financeira tem um papel muito importante no desenvolvimento de todas
as atividades operacionais, contribuindo significativamente para o sucesso da organização.
Certo.

011. (CESPE/FUNPRESP/ESPECIALISTA/2016) Acerca do Sistema Financeiro Nacional e


dos mercados financeiro e de capitais, julgue o item subsequente.
Acionista preferencial tem direito a voto nas assembleias de acionistas da empresa.

Quem dá direito a voto é a ação ordinária. A preferencial tem preferência na distribuição de


dividendos.
Errado.

012. (CESPE/PF/PERITO/2018) A análise de balanços pode ser vista como a arte de saber
extrair relações úteis, para o objetivo econômico que se pretenda, dos relatórios contábeis
tradicionais e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso. Há autores que consideram
a análise de balanços uma arte, já que, embora existam alguns cálculos razoavelmente for-

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malizados, não existe forma científica ou metodologicamente comprovada de relacionar os


índices de maneira a obter um diagnóstico preciso. Ou, melhor dizendo, cada analista poderia,
com o mesmo conjunto de informações e de quocientes, chegar a conclusões ligeira ou com-
pletamente diferenciadas. É provável, todavia que dois analistas experimentados, conhecendo
igualmente bem o ramo de atividade da empresa, cheguem a conclusões bastante parecidas
(mas nunca idênticas) sobre a situação atual da empresa, embora quase sempre apontem
tendências diferentes, pelo menos em grau, para o empreendimento. Os problemas começam
a surgir da sintetização das várias informações dispersas, pois, em pontos ou em quocientes
isolados, é mais fácil haver certeza de conclusão ou opinião técnica. Acerca de tal assunto,
julgue o item que se segue.
A elevada rentabilidade de uma empresa combinada com o aumento da sua situação líquida
circulante, pode explicar uma boa situação econômica e uma situação financeira ruim.

Na verdade, a rentabilidade alta denota uma boa situação econômica, enquanto a alta liquidez
revela também uma boa situação financeira. Note ainda que a expressão “situação líquida cir-
culante” não mais existe.
Errado.

013. (CESPE/PF/ADMINISTRADOR/2004) Para se obter bons resultados no mundo empre-


sarial, não basta ter boas estratégias: é preciso planejar adequadamente. O orçamento empre-
sarial é a peça fundamental de um planejamento. Com essa ferramenta, uma empresa pode
prever e controlar os lucros e as despesas, acompanhando a evolução dos negócios.
O orçamento de uma empresa inclui o orçamento de vendas.

O orçamento é uma ferramenta fundamental para o Planejamento de qualquer organização e


o Orçamento de Vendas é a peça base para o desenvolvimento de um orçamento empresarial.
Após definidas as metas globais da organização no planejamento global, os departamentos
fazem seus planejamentos funcionais, e nesse caso, o departamento comercial informa como
se dará sua estratégia para alcançar as metas estipuladas.
O departamento comercial informa uma série de padrões que comporão sua estratégia, tais
como: quantidades, modelos, preços unitários, períodos, formas de recebimento das vendas,
impostos, e outras que se julgarem necessárias para cada tipo de organização.
O departamento de orçamentos utiliza-se dessas informações para a confecção do orçamen-
to, bem como as demais áreas envolvidas, e que também, em virtude das informações de ven-
das, farão sua programação para cumprimento das metas gerais e específicas.
Certo.

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014. (CESPE/TST/TÉCNICO/2008-ADAPTADA) Com base nos princípios que norteiam a ad-


ministração financeira, julgue o item seguinte.
Nas decisões a respeito dos investimentos da empresa, o administrador financeiro deve consi-
derar o risco, fator que pode comprometer significativamente os resultados esperados. Nesse
sentido, e com o objetivo de maximizar os valores aplicados, o administrador financeiro deve
optar pelos investimentos que apresentam os menores riscos entre as opções disponíveis.

A regra geral é que a maximização de valores aplicados nem sempre se traduz na opção por
investimentos que apresentam menores riscos.
Na verdade, a regra é a de que quanto maior o risco, maior o retorno e vice-versa, devendo o
administrador equilibrar esses fatores de acordo o perfil de apetite ao risco da empresa que
faz a gestão.
Errado.

015. (CESPE/TST/TÉCNICO/2008-ADAPTADA) Com base nos princípios que norteiam a ad-


ministração financeira, julgue o item seguinte.
Em instituições muito complexas, como, por exemplo, a prefeitura de uma cidade de grande
porte, o fluxo de caixa é uma ferramenta administrativa dispensável para o planejamento finan-
ceiro, pois a variedade de atividades operacionais envolvidas impede o lançamento adequado
das entradas e saídas de recursos correspondentes a essas atividades.

O Fluxo de Caixa que, nada mais é do que a previsão de entradas e saídas de recursos de um
período determinado, bem como o confronto dessa previsão com as operações realizadas de
caixa e seus equivalentes, é uma ferramenta fundamental para qualquer atividade/empresa,
independente do seu porte ou complexidade.
Errado.

016. (CESPE/ANVISA/TÉCNICO/2007) Julgue o próximo item, relativo a administração finan-


ceira, de materiais e de recursos humanos.
As atividades de tesouraria, contabilidade e gestão de pessoal inserem-se no âmbito da admi-
nistração financeira.

Na verdade, enquanto as atividades de tesouraria e contabilidade inserem-se no âmbito da ad-


ministração financeira, a atividade de gestão de pessoal insere-se no âmbito da administração
de recursos humanos.
Errado.

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017. (CESPE/PF/PERITO/2018) Julgue o item abaixo, referente a orçamento empresarial e a


noções sobre mercado de capitais.
O orçamento de capital é uma peça básica do orçamento empresarial aplicado à atividade
privada e deve ser formado por projetos que adicionem riqueza à empresa, a curto ou a longo
prazo, ou que devam ser executados por determinação legal ou estratégica.

O orçamento de capital é, em verdade, um processo em que investimentos de longo prazo são


avaliados e selecionados visando atender ao objetivo primordial da empresa em tela que é
maximizar a riqueza dos seus acionistas.
Certo.

018. (CESPE/PF/ADMINISTRADOR/2004-ADAPTADA) Para se obter bons resultados no


mundo empresarial, não basta ter boas estratégias: é preciso planejar adequadamente. O
orçamento empresarial é a peça fundamental de um planejamento. Com essa ferramenta,
uma empresa pode prever e controlar os lucros e as despesas, acompanhando a evolução
dos negócios.
O orçamento de uma empresa inclui o orçamento fiscal.

Na verdade, o orçamento fiscal, juntamente com o Orçamento da seguridade social e o Orça-


mento de Investimentos integram a LOA – Lei Orçamentária Anual que nada mais é do que o
Orçamento Público de um Ente para um ano, sendo esse tema estudado pelas matérias AFO,
Finanças Públicas e/ou Direito Financeiro.
Errado.

019. (CESPE/CBM-DF/OFICIAL/2017) Acerca do mercado de capitais, julgue o item seguinte.


As ações representam uma fração do capital social de uma sociedade anônima, conferindo
todas elas a seus acionistas direito a voto nas decisões da empresa.

Guarde que as ações preferenciais não têm direito a voto.


Errado.

020. (CESPE/FUB/TECNÓLOGO/2015-ADAPTADA) A respeito dos conceitos e técnicas utili-


zados na análise financeira, julgue o item que se segue.
A receita de uma firma é igual à soma dos lucros e dos custos.

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O lucro nada mais é, simplificadamente falando, do que a diferença entre as Receitas e os cus-
tos e despesas.
Certo.

021. (CESPE/TST/TÉCNICO/2008) Julgue o item:


Nas decisões a respeito dos investimentos da empresa, o administrador financeiro deve consi-
derar o risco, fator que pode comprometer significativamente os resultados esperados. Nesse
sentido, e com o objetivo de maximizar os valores aplicados, o administrador financeiro deve
optar pelos investimentos que apresentam os menores riscos entre as opções disponíveis.

Tecnicamente falando, dizemos que temos uma situação de risco quando existe probabilidade
de uma determinada situação ter um resultado que não é o desejado. Seguindo essa linha de
raciocínio, para avaliar o nível de risco associado a um determinado acontecimento, precisa-
mos determinar o grau de “indesejabilidade” e também a probabilidade da sua ocorrência.
Em verdade, o grau de “indesejabilidade” varia de pessoa para pessoa, dependendo das cir-
cunstâncias em que ocorre, estando este diretamente associado ao perfil da pessoa que de-
cide e à sua aversão ao risco. No que diz respeito à possibilidade de ocorrência de um deter-
minado acontecimento indesejável, esta é calculada a partir da probabilidade de ocorrência
desse acontecimento durante um determinado período.
Em investimento, existe uma máxima: quanto maior o risco, maior o retorno e vice-versa, quan-
to menor o risco, menor o retorno. Logo, a maximização de valores aplicados, em regra, não se
traduz na opção por investimentos que apresentam menores riscos.
Errado.

022. (CESPE/TST/TÉCNICO/2008) Texto para o item


Pedro, técnico em administração e orçamento de uma empresa de pequeno porte − Zetamix −
que fornece material de escritório para algumas instituições públicas do Distrito Federal (DF),
trabalha com fluxo de caixa dividido por oito semanas. Na quarta-feira passada, ele tomou
conhecimento de que não ocorreu a venda de um lote de material cuja entrada no fluxo estava
prevista para o dia anterior. Ele prontamente retificou o fluxo de caixa, retirando essa previsão.
Ao final do bimestre, ele fará o próximo relatório para entregar ao administrador financeiro
da empresa.
O fluxo de caixa de uma instituição é uma ferramenta que demonstra de forma antecipada as
entradas e saídas de recursos, com a finalidade de permitir ao administrador a tomada de de-
cisões referentes à disponibilidade de caixa.

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Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon

A partir dessas informações e com base na situação hipotética descrita e nos princípios que
norteiam a administração financeira, julgue o item seguinte.
A emissão do relatório de fluxo de caixa deve ser uma rotina normal da empresa; assim, visan-
do auxiliar a tomada de decisões pelo administrador financeiro, em vez de apresentar o relató-
rio das oito próximas semanas apenas ao final do bimestre, seria mais adequado que Pedro o
disponibilizasse semanalmente.

O fluxo de caixa é um instrumento de gestão fundamental no que diz respeito ao planejamento


e controle da movimentação de dinheiro (entradas e saídas de caixa), sempre considerando
um período determinado. Nesse sentido, o relatório de fluxo de caixa é fundamental para uma
administração financeira tanto de curto quanto de longo prazo.
Para a gestão do capital de giro, sem dúvida, em vez de apresentar o relatório das oito próxi-
mas semanas apenas ao final do bimestre, seria mais adequado que Pedro o disponibilizasse
semanalmente.
Certo.

023. (CESPE/TST/TÉCNICO/2008) Texto para o item


Pedro, técnico em administração e orçamento de uma empresa de pequeno porte − Zetamix −
que fornece material de escritório para algumas instituições públicas do Distrito Federal (DF),
trabalha com fluxo de caixa dividido por oito semanas. Na quarta-feira passada, ele tomou
conhecimento de que não ocorreu a venda de um lote de material cuja entrada no fluxo estava
prevista para o dia anterior. Ele prontamente retificou o fluxo de caixa, retirando essa previsão.
Ao final do bimestre, ele fará o próximo relatório para entregar ao administrador financeiro
da empresa.
O fluxo de caixa de uma instituição é uma ferramenta que demonstra de forma antecipada as
entradas e saídas de recursos, com a finalidade de permitir ao administrador a tomada de de-
cisões referentes à disponibilidade de caixa.
A partir dessas informações e com base na situação hipotética descrita e nos princípios que
norteiam a administração financeira, julgue o item seguinte.
Pedro não agiu corretamente ao retificar imediatamente o fluxo de caixa quando soube que a
venda do lote de material não se concretizara, pois, como o próximo relatório será elaborado
ao final do bimestre, esse procedimento fará com que o gestor perca a visão global de todo o
processo de entrada e saída de recurso.

Na verdade, a proatividade de Pedro, ao se antecipar aos fatos, foi importante para manter
atualizada a base de informações da situação financeira da organização.
Errado.

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Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon

024. (CESPE/TST/TÉCNICO/2008) Texto para o item


Pedro, técnico em administração e orçamento de uma empresa de pequeno porte − Zetamix −
que fornece material de escritório para algumas instituições públicas do Distrito Federal (DF),
trabalha com fluxo de caixa dividido por oito semanas. Na quarta-feira passada, ele tomou
conhecimento de que não ocorreu a venda de um lote de material cuja entrada no fluxo estava
prevista para o dia anterior. Ele prontamente retificou o fluxo de caixa, retirando essa previsão.
Ao final do bimestre, ele fará o próximo relatório para entregar ao administrador financeiro
da empresa.
O fluxo de caixa de uma instituição é uma ferramenta que demonstra de forma antecipada as
entradas e saídas de recursos, com a finalidade de permitir ao administrador a tomada de de-
cisões referentes à disponibilidade de caixa.
A partir dessas informações e com base na situação hipotética descrita e nos princípios que
norteiam a administração financeira, julgue o item seguinte.
A falta de controle do movimento do caixa da empresa acarreta problemas como o desconhe-
cimento do volume correto e da origem dos recebimentos, bem como do volume e do destino
dos pagamentos.

Como uma empresa pode gerir bem o seu capital de giro se não existe controle das en-
tradas e saídas do caixa?
Como planejar e controlar a utilização dos recursos financeiros da empresa sem meca-
nismos que identifiquem adequadamente todos os seus pagamentos e recebimentos?

Isso é básico e fundamental no âmbito da administração financeira.


Certo.

025. (CESPE/TST/TÉCNICO/2008) Texto para o item


Pedro, técnico em administração e orçamento de uma empresa de pequeno porte − Zetamix −
que fornece material de escritório para algumas instituições públicas do Distrito Federal (DF),
trabalha com fluxo de caixa dividido por oito semanas. Na quarta-feira passada, ele tomou
conhecimento de que não ocorreu a venda de um lote de material cuja entrada no fluxo estava
prevista para o dia anterior. Ele prontamente retificou o fluxo de caixa, retirando essa previsão.
Ao final do bimestre, ele fará o próximo relatório para entregar ao administrador financeiro
da empresa.
O fluxo de caixa de uma instituição é uma ferramenta que demonstra de forma antecipada as
entradas e saídas de recursos, com a finalidade de permitir ao administrador a tomada de de-
cisões referentes à disponibilidade de caixa.

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Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon

A partir dessas informações e com base na situação hipotética descrita e nos princípios que
norteiam a administração financeira, julgue o item seguinte.
Em instituições muito complexas, como a prefeitura de uma cidade de grande porte, o fluxo
de caixa é uma ferramenta administrativa dispensável para o planejamento financeiro, pois a
variedade de atividades operacionais envolvidas impede o lançamento adequado das entradas
e saídas de recursos correspondentes a essas atividades.

O Fluxo de Caixa é usado para fazer uma previsão de entradas e saídas de recursos de caixa e
seus equivalentes em um período determinado, e também para controlar a sua execução, com-
parando o fluxo previsto com as operações efetivamente realizadas. Guarde que a importância
da ferramenta de fluxo de caixa independe do tamanho ou da complexidade da organização,
sendo fundamental para a boa gestão de qualquer organização.
Errado.

026. (CESPE/PF/ADMINISTRADOR/2004) Para se obter bons resultados no mundo empre-


sarial, não basta ter boas estratégias: é preciso planejar adequadamente. O orçamento empre-
sarial é a peça fundamental de um planejamento. Com essa ferramenta, uma empresa pode
prever e controlar os lucros e as despesas, acompanhando a evolução dos negócios.
O orçamento de uma empresa inclui o orçamento de investimentos.

Tratando-se de mundo empresarial, o orçamento é elaborado principalmente, além do orça-


mento de vendas, para as seguintes áreas:
Orçamento de Produção: tendo como ponto de partida as necessidades de venda, os estoques
iniciais e finais programados, a produção fará uma projeção das quantidades a serem produzi-
das em cada período.
Orçamento de Matéria-Prima: sabendo-se quanto será produzido, e para cada item produzido
quanto e quais matérias primas serão utilizadas, faz-se a projeção de utilização e das compras,
levando-se em conta também os estoques programados para a empresa.
Orçamento da Mão de Obra Direta: a partir da necessidade de produção e sabendo-se da ne-
cessidade de cada produto em cada setor produtivo, pode-se fazer um planejamento da quan-
tidade necessária de mão de obra em cada ponto, bem como os custos aí envolvidos.
Orçamento dos Custos Indiretos de Fabricação: os custos indiretos de fabricação são aque-
les que decorrem do processo de fabricação, mas não podem ser identificados diretamente
nos respectivos produtos. De modo geral, podemos citar contas normalmente incluídas neste
grupo: salários de supervisores e encarregados, água, energia elétrica, manutenção, seguros,
materiais de consumo etc. Têm como característica serem objeto de rateios.

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Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon

Orçamento do Custo de Produção: é composto pelas informações vindas das planilhas ante-
riores, e tem por objetivo quantificar os gastos em todo o processo do período em análise, com
a intenção de auxiliar na apuração da projeção dos resultados.
Orçamento das Despesas Comerciais e Administrativas: tem os mesmos objetivos da forma
anterior, porém trata dos gastos de comercialização e das funções de apoio às atividades
operativas.
Orçamento de Investimentos: partindo das informações do Planejamento Estratégico, bem
como das áreas envolvidas em todo o processo, faz uma projeção dos valores a serem imobi-
lizados para que se crie a estrutura física necessária ao cumprimento dos objetivos.
Certo.

027. (CESPE/FUNPRESP/ESPECIALISTA/2016) Acerca do Sistema Financeiro Nacional e


dos mercados financeiro e de capitais, julgue o item subsequente.
Bolsas de valores são instituições financeiras que representam o mercado secundário de
ações, no qual corretoras de valores criam a infraestrutura de negociação de ações.

Tenha em mente que o chamado mercado primário é aquele em que os investidores, após
adquirirem títulos ou valores mobiliários diretamente do emissor, podem negociar e transfe-
rir entre si esses ativos, seja no ambiente de bolsa de valores, seja no mercado de balcão
organizado.
Nessa pegada, o mercado primário é aquele em os valores mobiliários de uma nova emissão
da companhia são negociados diretamente entre a companhia e os investidores – subscritores
da emissão -, e os recursos são destinados para os projetos de investimento da empresa ou
para o caixa.
Por outro lado, o mercado secundário é o local onde os investidores negociam e transferem en-
tre si os valores mobiliários emitidos pelas companhias. Nesse mercado, ocorre apenas a trans-
ferência de propriedade e de recursos entre investidores. A companhia não tem participação.
Guarde que o mercado secundário oferece liquidez aos títulos emitidos no mercado primário.
Errado.

028. (FUNDEP/PREF-UBERABA/ADMINISTRADOR/2016) O fluxo de caixa é uma ferramenta


gerencial que permite ao gestor acompanhar a situação financeira da empresa no que tange
à movimentação dos recursos financeiros em determinado período. A elaboração do fluxo de
caixa permite avaliar e acompanhar a real situação financeira da empresa, permitindo esta-
belecer uma estratégia financeira. Essa ferramenta permite uma série de análises e tomadas
de decisão.

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Introdução à Administração Financeira
Manuel Piñon

Assinale a alternativa em que a decisão com base no fluxo de caixa está corretamente descrita.
a) Definir a política de crédito para clientes.
b) Definir a política de compras para negociação com fornecedores.
c) Estabelecer a política de obtenção de recursos para investimentos de longo prazo.
d) Identificar a necessidade de recursos para saldar compromissos assumidos.

Embora todas as alternativas estejam relacionadas à administração financeira da uma empre-


sa, a única alternativa que tem relação direta com a projeção de fluxo de caixa é a identificação
da falta de capital para cumprir com os compromissos da empresa e consequente identifica-
ção de fonte de financiamento para sanar esse desequilíbrio revelado no fluxo de caixa.
Letra d.

029. (FUNRIO/SUFRAMA/ADMINISTRADOR/2008) O planejamento financeiro de uma orga-


nização constitui a forma pela qual suas metas financeiras devem ser alcançadas, indicando
o caminho que deverá ser trilhado no futuro. NÃO constitui elemento a ser considerado em um
modelo de planejamento financeiro:
a) Necessidade de ativos.
b) Premissas econômicas.
c) Demonstrações financeiras projetadas.
d) Necessidade de financiamento.
e) Benchmarking.

Com exceção do benchmarking, todos os itens anteriores dizem respeito a questões ligadas
à administração financeira. O benchmark nada mais é do que um parâmetro de comparação
das práticas de uma empresa com o padrão de excelência em termos de processos, produtos,
serviços e técnicas do mercado.
Letra e.

030. (FCC/SABESP/TÉCNICO/2014) A função do administrador financeiro está relacionada


às decisões de investimentos, financiamentos e estratégias operacionais, capazes de promo-
ver a remuneração do capital investido, ou seja, capazes de criar valor econômico. Segundo
Gitman (2010), mercado de capitais é:
a) a relação financeira formada por várias bolsas de valores e outras instituições que oferecem
as condições que permitam aos fornecedores e aos tomadores de fundos de longo prazo efe-
tuarem transações.
b) o reconhecimento de receitas e despesas quando ocorrem entradas e saídas de dinheiro.
c) a relação financeira estabelecida entre fornecedores e tomadores de fundos de curto prazo.

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d) o conjunto de organizações que fornecem o local para negociação, onde empresas poderão
levantar fundos por meio de negociação.
e) o mercado intangível para a compra e venda de títulos não registrados nas bolsas de valores.

Segundo Gitman:

o mercado de capitais pode ser definido como uma relação financeira criada por várias instituições
e condições que permitem aos fornecedores e aos tomadores de fundos de longo prazo realizar
transações.
Letra a.

031. (FCC/BB/ESCRITURÁRIO/2006) O administrador financeiro de uma empresa que se de-


dica à importação de computadores espera uma forte desvalorização do real no próximo ano.
Para reduzir sua exposição ao risco cambial, a empresa poderá:
a) comprar opções de venda de dólar.
b) adquirir opções de compra de dólar.
c) lançar opções de compra de dólar.
d) celebrar um contrato de swap, ficando ativo na taxa do CDI e passivo em dólar.
e) simultaneamente comprar opções de venda e vender opções de compra de dólar.

O administrador acredita que acontecerá uma desvalorização do real e, assim, uma necessi-
dade de maior quantidade de reais para comprar a mesma quantidade esperada de moeda
estrangeira. Logo, ele deseja “congelar” o valor do dólar que acredite ser a sua melhor opção e,
assim, visando reduzir sua exposição ao risco cambial, a empresa poderá adquirir opções de
compra de dólar.
Letra b.

032. (FCC/SEFAZ-PI/ANALISTA/2015) A teoria econômica utiliza o termo trade-off para ex-


plicar a tomada de decisões por parte das pessoas. Segundo a teoria, toda a decisão requer a
comparação entre custos e benefícios dentre variadas possibilidades alternativas de ação. O
trade-off enfrentado pelo agente econômico implica um custo:
a) de oportunidade.
b) marginal.
c) de transação.
d) de eficiência.
e) de equidade.

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Amigo(a), a questão em tela exige o conhecimento do conceito de Custo de Oportunidade.


E você, sabe o que é esse tal custo de oportunidade?
Você, como concurseiro(a), já deve ter percebido que para passar em um concurso público vai
ter que fazer escolhas ao longo da sua preparação, já que o seu tempo dedicado aos estudos
fará com que abra mão de certos hábitos, já que não terá tempo disponível suficiente para fa-
zer todas as coisas que deseja.
“E aí, estudo até mais tarde ou vou dormir? Estou tão cansado(a)!”
“Vou ao parque ou ao cursinho?”
O tempo certamente é um recurso escasso para um concurseiro que tem que utilizá-lo da me-
lhor maneira possível!
Na prática, o concurseiro lida diariamente com decisões relacionadas a custo de oportunidade
entre estudar e realizar outra atividade.
Então, vamos logo conceituar esse tal de custo de oportunidade.
O custo de oportunidade, também chamado de custo alternativo ou custo implícito, nada mais
é do que se atribuir um custo às várias oportunidades de uso de recursos sempre limitados.
O custo de oportunidade, portanto, está diretamente relacionado com o princípio que consi-
dera que os recursos (capital, mão de obra, recursos da natureza e tecnologia, e no caso do
concurseiro, individualmente, como falamos, o tempo) sempre são escassos, pois sempre são
insuficientes para satisfazer todas as necessidades da sociedade como um todo.
É justamente pela falta de recursos que, por exemplo, as empresas optam por direcionar suas
disponibilidades para alguns empreendimentos, abrindo mão de aplicá-los em outros, pois a
escassez de recursos torna as alternativas mutuamente excludentes.
Em suma, considera-se como custo de oportunidade o que se deixa de ganhar por não se ter
optado pela melhor alternativa. Em termos de investimento, é a segunda opção mais rentável!
Letra a.

033. (CESPE/FUB/ECONOMISTA/2018) Em relação ao conceito de custo de oportunidade e


o papel dos preços nos mercados, julgue o item seguinte.
Quanto maior for o salário ofertado no mercado de trabalho legal, maior será o custo de opor-
tunidade de um indivíduo entrar ou permanecer em uma atividade ilegal.

O custo de oportunidade, no caso em tela, é o custo da decisão de optar entre ter um trabalho
legal ou outro ilegal. Assim, para decidir permanecer em uma atividade legal, quanto maior for
o salário ofertado no mercado de trabalho legal, maior será o custo de oportunidade de perma-
necer na ilegalidade.
Certo.
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034. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Julgue o item a seguir.


Situação hipotética: Um funcionário que atua como gerente na filial de determinada organiza-
ção comercial foi convidado a ocupar um cargo na diretoria dessa organização. Para tanto, ele
teria de se mudar da pacata cidade onde a filial está localizada para a capital do estado, onde
fica a sede da organização. Mesmo ciente de que essa transferência demandaria um processo
de adaptação às condições de deslocamento e de segurança típicas de uma metrópole, bem
como implicaria maiores custos de moradia, o funcionário aceitou o convite.
Assertiva: Nesse caso, o custo de oportunidade do funcionário foi ampliado, uma vez que teve
de se mudar de uma cidade pacata para uma metrópole.

Lembre-se de que o custo de oportunidade é aquele custo que representa o fato de ter esco-
lhido uma opção em detrimento de outra. Nessa toada, não é um custo efetivo, mas uma con-
sequência traduzida em um custo trazido pelo benefício da alternativa que não foi a escolhida.
No caso em tela, o funcionário que se muda deixa de lado o conforto, a tranquilidade e a se-
gurança da pequena cidade em que vivia, mas ao optar por aceitar o convite, ele deve levar
em conta tanto o seu crescimento na empresa, quanto o ônus de ter de viver numa cidade
menos segura.
Certo.

035. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Julgue o item a seguir.


O custo de oportunidade será o mesmo para qualquer pessoa que opte por participar do pro-
grama de trainee de uma grande empresa em vez de trabalhar em uma empresa de menor
porte que ofereça melhor remuneração.

Lembre-se de que o custo de oportunidade é aquele custo que representa o fato de ter escolhi-
do uma opção em detrimento de outra.
No caso apresentado pela questão, o custo de oportunidade é representado pela satisfação
que a pessoa deixa de obter ao receber um salário menor, mas trabalhando em uma empresa
com maior potencial de crescimento pessoal.
Entretanto, merece destaque o fato de a perda de satisfação não ser igual para as pessoas, ou
seja, os indivíduos possuem utilidades marginais da renda diferentes.
Nessa toada, não podemos afirmar que o custo de oportunidade seria o mesmo para qual-
quer pessoa.
Errado.

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036. (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) O Ministério da Justiça (MJ) tem um montante fixo


para gastar na aquisição de dois bens: mesas e computadores. Ainda, o MJ planeja ocupar um
prédio de sua propriedade, atualmente alugado para profissionais liberais.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
O aluguel representa um custo de oportunidade da ocupação do prédio.

Veja bem, trata-se um imóvel de propriedade do Ministério da Justiça (MJ) que está sendo
alugado, ou seja, o MJ recebe dinheiro por alugar esse espaço a terceiros.
Desse modo, a ocupação desse imóvel pelo MJ fará com que esse rendimento de aluguel deixe
de ser auferido.
Existe, portanto, um custo de oportunidade para o MJ em ocupar esse imóvel que equivale ao
valor do aluguel.
Certo.

037. (FCC/CVM/ANALISTA/2010) O Sistema de Intermediação Financeira fundamenta-se:


a) na expansão da renda nacional dos principais agentes econômicos.
b) no equilíbrio de caixa dos agentes econômicos superavitários.
c) no controle da carga tributária e fiscal dos agentes econômicos.
d) no desequilíbrio entre o nível de poupança e investimento na economia.
e) na gestão da dívida pública mobiliária federal, estadual e municipal.

Segundo Alexandre Assaf Neto:

A presença da atividade de intermediação financeira fundamenta-se no desequilíbrio entre o nível de


poupança e investimento de uma economia. Se todos os agentes fossem capazes de gerar volume
de poupança igual a seus dispêndios de capital, a existência de ativos financeiros e, consequen-
temente, da intermediação não seria necessária diante do equilíbrio de caixa apresentado pelos
agentes.
[...]
Os intermediários financeiros introduzem diversas vantagens no sistema econômico e em suas
metas de crescimento. Numa economia globalizada, em que as operações de mercado se tornam
mais complexas, os intermediários financeiros passam a trabalhar de forma mais especializada,
sofisticando seus negócios e suas relações com tomadores e poupadores de recursos. Alguns pou-
padores, por exemplo, em vez de administrarem individualmente seus portfólios, podem transferir
essa tarefa para instituições especializadas, mais bem preparadas tecnicamente para exercer a
administração de carteiras.
[...]
Os intermediários financeiros promovem, ainda, a liquidez do mercado ao viabilizarem aplicações e
captações financeiras com diferentes expectativas de prazos. [...] Os tomadores desejam, de manei-

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ra geral, prazos maiores que aqueles pleiteados pelos poupadores, e as instituições intermediadoras
gerenciam esses conflitos por meio de um eficiente planejamento e distribuição de seus fluxos de
caixa. Além disso costumam manter reservas para atender aos saques de seus depositantes.
Em suma, guarde que o mercado financeiro pode ser segmentado em: mercado monetário (e
de títulos), mercado de crédito, mercado de capitais e mercado cambial.

São objetivos do mercado financeiro a transferência de capital entre agentes superavitários


(poupadores, credores) e agentes deficitários (investidores, devedores), gerir riscos (de crédi-
to, mercado, liquidez, operacional, legal etc.) e proporcionar valorização do capital.
Letra d.

038. (FCC/BB/ESCRITURÁRIO/2011-ADAPTADA) O Sistema Financeiro Nacional é in-


tegrado por:
a) Ministérios da Economia.
b) Secretaria do Tesouro Nacional e Conselho Monetário Nacional.
c) Órgãos normativos, entidades supervisoras e operadores.
d) Receita Federal do Brasil e Comissão de Valores Mobiliários.
e) Secretarias estaduais da Fazenda e Ministério da Fazenda.

Resumidamente falando, o Sistema Financeiro Nacional – SFN é composto por órgãos norma-
tivos (CMN, CNSP e CNPC), entidades supervisoras (BACEN, CVM, SUSEP e PREVIC) e entida-
des operadoras do SFN.
Letra c.

039. (CESPE/CADE/AGENTE-ADMINISTRATIVO/2014) Julgue o item a seguir, relativo a cus-


to de oportunidade.
Situação hipotética: O estado de Goiás tem capacidade de produzir 6 milhões de toneladas de
milho e 8 milhões de toneladas de soja ou uma combinação desses dois produtos, enquanto o

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estado de Mato Grosso pode produzir 11 milhões de toneladas de milho e 22 milhões de tone-
ladas de soja ou uma combinação desses dois produtos.
Assertiva: Nessa situação, caso haja maior demanda de milho, os custos de oportunidade
para produzir o milho, em relação à soja, são maiores em Goiás do que em Mato Grosso.

Vamos partir da ideia de que o custo de oportunidade representa, no caso em tela, a quantida-
de que se deixa de produzir de um bem para que se possa produzir outro bem.
Nessa toada, o Estado de Goiás tem capacidade para produzir 6 milhões de toneladas de mi-
lho e 8 milhões de soja, ou uma situação intermediária envolvendo a produção dos dois grãos.
Dessa forma, para cada 1 milhão de toneladas de milho que produz, Goiás deixa de produzir
1,33 milhão de toneladas de soja, ou, falando em termos técnico, o custo de oportunidade de
produzir milho em relação a soja é de 1,33.
Repare que, no Estado do Mato Grosso, o custo de oportunidade é maior, já que esse Estado
pode produzir 11 milhões de toneladas de milho e 22 milhões de toneladas de soja ou uma
combinação desses dois produtos, ou seja, para cada 1 milhão de toneladas de milho que pro-
duz, deixa de produzir 2 milhões de toneladas de soja.
Errado.

040. (FCC/SEMPLAN/TÉCNICO/2016) A respeito dos chamados intermediários financeiros,


é INCORRETO afirmar:
a) o Banco Central, por ser caracterizado como “banco dos bancos”, atua da mesma forma que
os demais intermediários financeiros.
b) sua função de intermediação financeira é a de fazer a ponte entre poupadores e tomadores
de recursos.
c) a diferenciação entre os vários instrumentos financeiros está calcada em características
variáveis de risco, liquidez, rentabilidade e emitente.
d) a diferença básica entre um intermediário financeiro bancário e um intermediário financeiro
não bancário consiste em que estes não captam recursos por meio de depósitos à vista.
e) bancos de investimentos, as chamadas financeiras (sociedades de crédito, financiamento e
investimento) e as firmas de leasing (sociedades de arrendamento mercantil) são exemplos de
intermediários financeiros não-bancários.

Ora, se o BACEN é o “banco dos bancos”, não tem como atuar da mesma forma que os demais
intermediários financeiros. Assim, o BACEN regula os intermediários financeiros e não atua em
busca de lucro, não lidando com as pessoas físicas e jurídicas não financeiras, mas apenas
com intermediários financeiros. As demais estão corretas.
Letra a.

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041. (FCC/TCE-PR/ANALISTA/2011) O mercado:


a) de capitais é o mercado no qual são negociados títulos de curto prazo.
b) financeiro é o mercado no qual são negociados títulos de longo prazo e ações.
c) secundário é o mercado no qual acontece a primeira negociação de um título financeiro, seja
ele privado ou público.
d) de balcão é um dos tipos possíveis de mercado secundário.
e) de bolsa de valores é o mercado primário no qual as companhias vendem suas ações dire-
tamente ao público.

Sim, o mercado de balcão é um dos tipos possíveis de mercado secundário, aquele em que
os investidores negociam títulos e valores depois da oferta pública inicial de distribuição, po-
dendo acontecer tanto na bolsa de valores quanto no mercado de balcão (organizado ou não).
Vamos agora comentar as demais alternativas:
a) Errada. No mercado de capitais são negociados títulos de médio ou longo prazo via emissão
de obrigações e ações. O mercado no qual são negociados títulos de curto prazo é o mercado
monetário.
b) Errada. Mercado financeiro é um conceito amplo, que engloba os mercados monetário e de
capitais, por exemplo.
c) Errada. É no mercado primário que acontece a primeira negociação de um título financeiro,
seja ele privado ou público.
e) Errada. Aa bolsa é um mercado secundário.
Letra d.

042. (FGV/CGE-MA/AUDITOR/2014) Uma pessoa tinha quatro propostas de emprego, que


apresentavam benefícios e oportunidades semelhantes. A primeira oferecia salário de R$
10.000,00, a segunda de R$ 7.000,00, a terceira de R$ 6.000 e a quarta de R$ 8.000,00. Com
base em aspectos monetários, ela escolheu o emprego que oferecia salário de R$ 10.000,00.
Seu custo de oportunidade por essa escolha foi de:
a) R$ 2.000,00.
b) R$ 7.000,00.
c) R$ 8.000,00.
d) R$ 9.000,00.
e) R$ 21.000,00.

Considerando que o custo de oportunidade, em termos de investimento, é o que se ganharia


com o investimento imediatamente inferior, nosso amigo da questão deixaria de ganhar R$
2.000,00, ou seja, o custo de oportunidade é o do segundo maior salário que é de R$ 8.000.
Letra c.
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Introdução à Administração Financeira
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043. (FCC/BB/ESCRITURÁRIO/2011) No mercado de capitais, as operações de distribuição


pública de ações (underwriting) acontecem:
a) com a intermediação de qualquer instituição participante do Sistema Financeiro Nacional.
b) por meio de esforços de venda direta da emissora junto a investidores institucionais.
c) sem obrigatoriedade do registro na Comissão de Valores Mobiliários.
d) de acordo com os termos e condições previstos no respectivo prospecto.
e) desde que a companhia já tenha ações negociadas em bolsa de valores.

Guarde que, no mercado de capitais, as operações de distribuição pública de ações (underwri-


ting) acontecem de acordo com os termos e condições previstos no respectivo prospecto, que
deve contar todas as informações relevantes sobre a operação em questão, de modo que a
referida operação deve desenrolar-se de acordo com os termos e condições previstos no res-
pectivo prospecto.
Vamos comentar as demais alternativas:
a) Errada. As operações de underwriting devem ter a intermediação dos bancos de investimen-
to ou de outros integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários, como as correto-
ras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários.
b) Errada. Inexiste, por parte da empresa emissora, esforço de venda direta das ações junto
aos investidores institucionais. Todo e qualquer esforço de venda é intermediado por integran-
tes do sistema de distribuição de valores mobiliários.
c) Errada. As operações de underwriting devem ser registradas na CVM.
e) Errada. Inexiste a necessidade de a companhia já possuir ações negociadas em bolsa de
valores para que a mesma companhia possa proceder a uma operação de distribuição públi-
ca de ações.
Letra d.

044. (FCC/MPU/ANALISTA/2007) A valorização da taxa de câmbio, no Brasil:


a) favorece a entrada de capitais externos.
b) eleva os termos de troca.
c) torna as importações mais baratas.
d) diminui a dívida externa em dólar.
e) é neutra em relação à taxa de inflação.

Vamos entender de uma vez por todas. Essa questão de câmbio valorizado ou desvalorizado e
seu efeito nas importações e nas exportações!

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Introdução à Administração Financeira
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Pense agora: se o dólar hoje estivesse valendo R$ 0,10 (dez centavos), ou seja, se com ape-
nas R$ 1,00 você conseguisse comprar 10 dólares (taxa de câmbio no Brasil valorizada) o que
você faria?
Compraria dólares e viajaria para a Disney com toda a família?
Isso mesmo!
Embora extremo, esse exemplo ilustra bem os efeitos de um câmbio valorizado.
Se a moeda local está valorizada significa que a moeda estrangeira está barata, logo está bom
para importar e para viajar para o exterior.
De modo inverso, se a moeda local está cara, as exportações tornam-se difíceis!
Já dá para dizer que o gabarito é a letra C!
Concorda?
Vamos comentar as demais alternativas:
a) Errada. A valorização favorece a saída de capital e não a sua entrada.
b) Errada. Com a moeda valorizada, os termos de troca são reduzidos já que o real está caro.
d) Errada. A dívida externa em dólares não é reduzida.
e) Errada. O aumento das importações aumenta a competição para os produtos nacionais que
são obrigados a reduzir seus preços.
Letra c.

045. (FCC/BB/ESCRITURÁRIO/2006) A companhia aberta desempenha um papel estratégico


no mercado de capitais. No Brasil, ela se caracteriza como aquela companhia:
a) com capital social representado por ações negociáveis apenas fora das bolsas e do merca-
do de balcão.
b) cuja emissão de valores mobiliários é sujeita à prévia autorização do Banco Central do Brasil.
c) cujos valores mobiliários são admitidos à negociação na bolsa ou no mercado de balcão.
d) cujos lucros não são distribuídos aos proprietários.
e) cujos ativos são representados por valores mobiliários.

Vamos apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada. As ações de companhias abertas também são negociadas em bolsas de valores.
b) Errada. É a CVM que é responsável pelo mercado de valores mobiliários.
d) Errada. Os lucros são distribuídos aos acionistas na forma de proventos e seu valor depende
de decisão do Conselho da Cia.
e) Errada. Os ativos das empresas não são apenas valores mobiliários, englobando máquinas,
contas a receber etc.
Letra c.

046. (FCC/BACEN/ANALISTA/2006) Títulos de dívida, de médio e de longo prazo, ofertados


publicamente por empresas não financeiras de capital aberto, são:

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a) os bônus de subscrição.
b) as notas promissórias.
c) as letras hipotecárias.
d) as cédulas de crédito.
e) as debêntures.

A debênture é títulos de médio/longo prazo que consiste em um valor mobiliário emitido por
sociedades por ações, representativo de dívida, que assegura a seus detentores o direito de
crédito contra a companhia emissora. O seu o prazo mínimo de vencimento é de um ano para
debêntures não conversíveis e três anos para debêntures conversíveis, não havendo prazo má-
ximo determinado por lei. Podem ter sua remuneração relacionada aos mais diversos indexa-
dores: Taxa Pré, TR, TJLP, Taxa Selic, Índices de Preço (como o IGP-M) e Câmbio. Desta forma,
é sem dúvida a aquisição recomendada ao investidor da questão.
Vamos comentar os demais:
a) Errada. Os bônus de subscrição são títulos negociáveis emitidos por sociedades por ações,
que conferem aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, o direito de subscre-
ver ações do capital social da companhia, dentro do limite de capital autorizado no estatuto.
Não são títulos de dívidas, e sim integrantes potenciais do capital social da empresa.
b) Errada. As notas promissórias ou commercial papers, são títulos de curto prazo (S.A. de
Capital Fechado – 180 dias / S.A. de Capital Aberto – 360 dias) emitidos pelas empresas para
financiar seu capital de giro.
c) Errada. As letras hipotecárias são títulos de crédito de emissão privativa das instituições
que atuam na concessão de financiamentos com recursos do SFH, garantido pela caução de
créditos hipotecários. Podem ser indexadas às taxas pré-fixadas, a TR + taxa, ou mesmo cor-
rigidas por índices de preço. Contudo, quando indexadas a índices de preço (IGP-M, INPC,
IGP-DI) possuem o prazo mínimo de 60 meses (5 anos) o que as caracterizam como títulos de
longo prazo.
d) Errada. As cédulas de crédito são títulos que representam o crédito decorrente de finan-
ciamentos abertos por instituições financeiras. Em havendo garantia do direito real de paga-
mento do valor financiado, por parte do mutuário, essa garantia é constituída no próprio título.
Tais cédulas de crédito apresentam diversas modalidades, a depender do ramo de atividade
financiado: Cédula de Crédito Rural, Cédula de Crédito Industrial, Cédula de Crédito Comercial,
Cédula de Crédito à Exportação etc.
Letra e.

047. (FCC/METRO-SP/ANALISTA/2014) Alguns dos principais objetivos da Comissão de Va-


lores Mobiliários são:
I – Estimular a aplicação de poupança no mercado acionário.
II – Assegurar o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e instituições auxiliares.

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III – Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títulos emitidos pelas


sociedades anônimas de capital aberto.
IV – Fiscalizar o mercado interbancário de câmbio e das operações com certificados de depó-
sito interfinanceiro.
É correto o que consta APENAS em:
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II, III e IV.
e) I, II e III.

Vamos julgar os itens:


I – Certa. Estimula o mercado acionário.
II – Certa. Regula e fiscaliza sim o mercado de capitais.
III – Certa. Regula e fiscaliza sim o mercado de capitais.
IV – Errada. O mercado de câmbio é fiscalizado pelo BACEN.
Letra e.

048. (FCC/BB/ESCRITURÁRIO/2006) No mercado de capitais as ações se destacam como


um dos valores mobiliários mais atraentes, podendo ser negociadas:
a) somente no mercado secundário, pois o mercado primário alcança apenas os títulos públi-
cos federais.
b) no mercado secundário, sendo as bolsas de valores um exemplo adequado.
c) no mercado secundário, através do qual a companhia emissora obtém recursos originais
para investimentos.
d) no mercado primário, cujo desempenho não se vincula às condições do mercado secundário.
e) sob prévia autorização do Banco Central do Brasil.

No mercado de capitais as ações se destacam como um dos valores mobiliários mais atraen-
tes, podendo ser negociadas no mercado secundário, sendo as bolsas de valores um exem-
plo adequado.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. O mercado de capitais é composto pelo mercado primário, em que as empresas
ou o governo emitem títulos e valores mobiliários para captar novos recursos diretamente de
investidores, e pelo mercado secundário, aquele composto por títulos e valores mobiliários
previamente adquiridos no mercado primário, ocorrendo apenas a troca de titularidade, isto é,

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a compra e venda, não envolvendo mais o emissor nem a entrada de novos recursos de capital
para quem o emitiu, de modo a dar mais liquidez aos títulos.
c) Errada. Definiu o mercado primário.
d) Errada. Os dois mercados estão relacionados, necessitando um do outro.
e) Errada. Só podem atuar nas bolsas de valores e nos mercados de balcão, organizado e não
organizado os integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários, dentre estes as
instituições financeiras e sociedades corretoras e distribuidoras, desde que devidamente au-
torizadas a funcionar pela CVM e pelo Banco Central do Brasil, que atuam em nome de seus
clientes, os investidores, comprando e vendendo ações, debêntures e outros títulos e valores
mobiliários emitidos pelas companhias abertas.
Letra b.

049. (FCC/BB/ESCRITURÁRIO/2006) A Comissão de Valores Mobiliários procura atuar de


várias formas para atingir seus objetivos, enquanto reguladora do mercado de capitais. Uma
dessas formas de atuação se dá com:
a) o julgamento de valor quanto às informações divulgadas pelas companhias no mercado
de seguros.
b) a fiscalização de todas as operações realizadas pelos bancos comerciais.
c) a autorização para funcionamento dos bancos de investimento.
d) a indução de comportamento, autorregulação e autodisciplina.
e) a transferência, para o Banco Central, da fiscalização sobre as empresas e os investidores
que participam do mercado de capitais.

A CVM é a entidade responsável pela regulação e a fiscalização do mercado de capitais, espe-


cialmente no que se referia às sociedades de capital aberto, ou seja, a CVM possui caracterís-
ticas de poder autônomo, fiscalizador e disciplinador.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. O responsável pelo mercado de seguros é a SUSEP.
b) Errada. A fiscalização dos bancos comerciais é uma atribuição do BACEN.
c) Errada. A autorização para o funcionamento de bancos de investimento é uma atribui-
ção do BACEN.
e) Errada. Essa é uma atribuição da CVM e não do BACEN.
Letra d.

050. (FCC/CVM/INSPETOR/2003) O Mercado Secundário é importante porque:


a) o valor transacionado é canalizado para a empresa emitente do título.
b) as empresas obtêm recursos para financiar novos empreendimentos.
c) proporciona liquidez aos ativos, viabilizando o mercado primário.

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d) aumenta o lucro das companhias com ações negociadas no mercado.


e) diminui o risco de mercado para os investidores detentores de ações.

O mercado de capitais é composto pelo mercado primário, em que as empresas ou o governo


emitem títulos e valores mobiliários para captar novos recursos diretamente de investidores,
e pelo mercado secundário, aquele composto por títulos e valores mobiliários previamente
adquiridos no mercado primário, ocorrendo apenas a troca de titularidade, isto é, a compra e
venda, não envolvendo mais o emissor nem a entrada de novos recursos de capital para quem
o emitiu, de modo a dar mais liquidez aos títulos.
Letra c.

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GABARITO
1. E 37. d
2. E 38. c
3. E 39. E
4. C 40. a
5. E 41. d
6. C 42. c
7. C 43. d
8. C 44. c
9. C 45. c
10. C 46. e
11. E 47. e
12. E 48. b
13. C 49. d
14. E 50. c
15. E
16. E
17. C
18. E
19. E
20. C
21. E
22. C
23. E
24. C
25. E
26. C
27. E
28. d
29. e
30. a
31. b
32. a
33. C
34. C
35. E
36. C

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Introdução à Administração Financeira
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GLOSSÁRIO
Guarde o significado de alguns termos muito usados no mercado de capitais:
Ação: título negociável, representativo de propriedade de uma fração do capital social de uma
sociedade anônima.
Ação cheia: é aquela ação que, por ainda não ter recebido direitos como dividendos, bonifica-
ções ou subscrições, concedidos pela empresa emissora fica “cheia”, ou seja, é composta pelo
valor da ação em si mais a soma de tais benesses.
Ação de fruição: aquelas, já amortizadas, em que a posse e propriedade são dos fundadores
da companhia, mas que não são negociáveis, já que o titular já recebeu, antecipadamente, o
seu valor contábil correspondente.
Ação fungível: é aquela ação que está custodiada em uma instituição financeira, ficando com
a obrigação de devolver ao depositante a quantidade de ações recebidas com as modificações
resultantes de alterações no capital social ou no número das ações da companhia emissora.
Ação listada em Bolsa: são relativas às frações de capital daquelas empresas que são nego-
ciadas em Bolsas de valores.
Acionista: é o dono ou proprietário de uma ou mais ações de uma sociedade anônima.
Acionista majoritário: é aquela pessoa física ou jurídica que controla uma empresa acionaria-
mente falando em função da quantidade de ações com direito a voto que detém.
Acionista minoritário: é aquela pessoa física ou jurídica proprietária de ações com direito a
voto, mas que não detém o controle da sociedade.
Ações ordinárias: o seu proprietário tem direito a voto no Conselho de Administração.
Ações preferenciais: o seu proprietário tem direito de preferência sobre os dividendo e juros
distribuídos aos acionistas, mas não tem direito a voto.
Agrupamento ou inplit: é o inverso do split, ou seja, é a condensação do capital em um menor
número de ações com consequente aumento do valor de mercado da ação, com o objetivo,
entre outros, de valorizar sua imagem em mercado.
Bonificação: distribuição gratuita de novas ações aos acionistas, decorrente de aumento do
capital via incorporação de reservas.
Dividendos: parcela dos lucros de uma Companhia distribuída aos seus acionistas.
Índices da bolsa de valores: correspondem aos índices de lucratividade das respectivas car-
teiras de ações, sejam elas carteira reais ou hipotética e suposta, como sendo a carteira per-
tencente ao mercado. A ideia é que a evolução desse índice demostre a evolução dos ganhos/
perdas do mercado e a sua representação gráfica constitui instrumentos utilizado pelos ana-
listas para avaliação de tendências futuras dos negócios em Bolsa.
Juros sobre o capital próprio: instrumento legal que permite à empresa remunerar o capital do
acionista até o valor da TJLP, com incidência 15% a título de IR – Imposto de Renda no ato do
pagamento.

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Introdução à Administração Financeira
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Pregão: recinto onde se reúnem os operadores da bolsa de valores para executar as ordens de
compra e venda dadas pelos investidores às suas corretoras.
Split ou desdobramento: distribuição gratuita de novas ações aos acionistas, pela diluição do
capital em um maior número de ações, com o objetivo, entre outros, de dar liquidez aos títulos
no mercado.
Subscrição: é o nome dado ao direito que um acionista tem de adquirir ações em virtude de um
aumento de capital, mas com preços e prazo determinados.
As sociedades anônimas são classificadas em:
Companhias abertas: são empresas cujas ações e demais papéis são negociados em bolsas
de valores ou no mercado de balcão, de modo a que possam captar recursos financeiros junto
ao público investidor.
Companhias fechadas: possuem maior grau de liberdade para estabelecerem suas regras de
funcionamento que as companhias abertas.

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Introdução à Administração Financeira
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REFERÊNCIAS
LEMES, Antônio; RIGO, Cláudio; CHEROBIM, Ana Paula. Administração Financeira. Rio de Janei-
ro: Campus, 2017.

GITMAN; Lawrence J. ZUTTER, Chad J. Princípios de Administração Financeira. São Paulo: Pe-
arson, 2017.

MARTINS, Elise; ASSAF, Alexandre. Administração Financeira. São Paulo: atlas, 1986.

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Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com

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Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

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