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AFO – ADMINISTRAÇÃO

FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA
Leis Orçamentárias

PDF SINTÉTICO

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
240117344286

MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é


Professor, voltado para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e
Controle) da Controladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência)
em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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Leis Orçamentárias
Manuel Piñon

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Leis Orçamentárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2. PPA – Plano Plurianual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3. LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4. LOA – Lei Orçamentária Anual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

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APRESENTAÇÃO
Escrever um livro é algo desafiador. Porém, escrever para o público concurseiro torna
a tarefa ainda mais árdua.
Afinal, há candidatos com diferentes níveis de conhecimento, estudando para seleções
de áreas variadas.
No entanto, existe algo em comum entre aqueles que se preparam para um concurso
público: todos querem a aprovação o mais rápido possível e não têm tempo a perder!
Foi pensando nisso que esta obra nasceu.
Você tem em suas mãos um material sintético!
Isso porque ele não é extenso, para não desperdiçar o seu tempo, que é escasso. De
igual modo, não foge da batalha, trazendo tudo o que é preciso para fazer uma boa prova
e garantir a aprovação que tanto busca!
Também identificará alguns sinais visuais, para facilitar a assimilação do conteúdo. Por
exemplo, afirmações importantes aparecerão grifadas em azul. Já exceções, restrições ou
proibições surgirão em vermelho. Há ainda destaques em marca-texto. Além disso, abusei
de quadros esquemáticos para organizar melhor os conteúdos.
Tudo foi feito com muita objetividade, por alguém que foi concurseiro durante
muito tempo.
Para você me conhecer melhor, comecei a estudar para concursos ainda na adolescência,
e sempre senti falta de ler um material que fosse direto ao ponto, que me ensinasse de um
jeito mais fácil, mais didático.
Enfrentei concursos de nível médio e superior. Fiz desde provas simples, como recenseador
do IBGE, até as mais desafiadoras, sendo aprovado para defensor público, promotor de
justiça e juiz de direito.
Usei toda essa experiência de 16 anos como concurseiro e de outros tantos ensinando
centenas de milhares de alunos de todo o país para entregar um material que possa
efetivamente te atender.
A Coleção PDF Sintético era o material que faltava para a sua aprovação!
Aragonê Fernandes

APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR
Para você me conhecer melhor, sou Administrador de Empresas, com especialização em
Finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
e Professor desde 2014, nas disciplinas Administração Financeira e Orçamentária (AFO),
Direito Financeiro e Finanças e Economia. Também fui Auditor de Finanças e Controle da CGU.

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Como concurseiro, fiz meu primeiro concurso e fui aprovado em 1998, para Auditor da
Receita Federal. Trabalhei por dois anos, pedi exoneração e fui trabalhar na iniciativa privada.
Seis anos depois, voltei a estudar para concursos públicos. Tive algumas reprovações até
ser aprovado na CGU. Ainda na CGU, continuei os estudos até ser aprovado novamente
como Auditor da Receita Federal, em 2010, onde me encontro até hoje, super realizado
profissionalmente.
Assim, venho aprimorando nossos PDFs ao longo desses anos e este material procura
sintetizar toda essa experiência adquirida como concurseiro e como professor.
Espero que goste e que seja decisivo em sua aprovação.

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LEIS ORÇAMENTÁRIAS

1. INTRODUÇÃO
O artigo 165 da CF/1988 nos revela os três principais instrumentos (leis) orçamentários
de planejamento utilizados na implantação das Políticas Públicas:
• o Plano Plurianual – PPA;
• a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO; e
• Lei Orçamentária Anual – LOA.
Esses instrumentos são, na verdade, as leis orçamentárias que regulam, cada uma
delas com especificidades e escopos próprios, o planejamento e o orçamento dos entes
públicos nas três esferas de governo.

No âmbito de cada ente, essas leis constituem etapas distintas, porém integradas,
de forma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais.

Professor, qual a relação entre PPA, LDO e LOA?

Veja, na figura a seguir, o sentido da seta para visualizar a influência de cada uma em
termos de integração:

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2. PPA – PLANO PLURIANUAL


O Plano Plurianual (PPA) é um instrumento de planejamento de médio prazo do
Governo que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas
da Administração Pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para
as relativas aos programas de duração continuada.

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DICA
Mnemônico: DOM – Diretrizes, Objetivos e Metas.

• Diretrizes – abrangentes e estratégicas, servem de plano de voo para os próximos


quatro anos.
• Objetivos – o PPA verbaliza o que precisas ser modificado, ou seja, o que a implementação
do PPA deseja para o país.
• Metas – tornam as diretrizes e os objetivos menos subjetivos, ou seja, traduzem-nos
em aspectos mais quantitativos ou qualitativos, a depender das especificidades de
cada caso.
É importante destacar que o PPA federal não contempla Diretrizes, Objetivos e Metas
das demais esferas de governo, já que cada ente possui seu respectivo PPA.
A vigência do PPA é de quatro anos, mas se inicia no segundo exercício financeiro do
mandato do chefe do executivo e termina no primeiro exercício financeiro do mandato
subsequente, devendo ser enviado até 31 de agosto do primeiro exercício.

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O tempo de vigência de um PPA não coincide com o mandato do chefe do Executivo,


já que o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo ano,
somente se encerrando no fim do primeiro ano do governo seguinte.

É importante ter em mente que as despesas de capital, a que se refere o PPA, são
aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital,
como a construção ou ampliação de um aeroporto.
No caso da União, nem todas as despesas orçamentárias de capital constam no PPA.
No PPA federal, não constam as despesas dos programas de operações especiais, ou
seja, ficam de fora as despesas com amortização da dívida pública.
Atente ao significado do termo “e outras delas decorrentes”, que tem relação com o
fato de que as despesas de capital acabam gerando despesas correntes ainda dentro do
período de vigência do PPA.
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro pode ser
iniciado sem prévia inclusão no PPA, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade.
O PPA deve ser elaborado de forma regionalizada, ou seja, esse instrumento central
de planejamento deve servir para promover, de maneira integrada, oportunidades de
investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais, levando a
um desenvolvimento mais equilibrado entre as regiões do País.

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A regionalização fornece informações relacionadas à distribuição das metas estipuladas


para o objetivo no território. A regionalização será expressa em macrorregiões, estados
ou municípios. Em casos específicos, poderão ser aplicados recortes mais adequados para
o tratamento de determinadas políticas públicas, tais como região hidrográfica, bioma,
territórios de identidade e área de relevante interesse mineral.
O PPA é adotado como referência para os demais planos e programas nacionais, regionais
e setoriais.
Assim, de acordo com a CF/1988 e com a sua banca examinadora, em tese, tais planos
e programas, mesmo que de duração superior, devem ser elaborados em consonância com
o PPA, de duração inferior.

3. LDO – LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS


A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, assim como o PPA, surgiu com a CF/1988 e
tem como primordial função o estabelecimento dos parâmetros necessários para a alocação
dos recursos no orçamento anual, de forma a garantir, dentro do possível, a realização das
metas e objetivos contemplados nos programas do PPA.

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O papel da LDO é ajustar as ações de governo previstas no PPA às reais possibilidades


de caixa do Tesouro Nacional, fazendo o “meio de campo” entre o planejamento estratégico
de médio prazo (PPA) e o planejamento operacional (LOA).

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De acordo com a Constituição, a LDO deve, no mínimo, identificar os seguintes itens:


• Estabelecer as metas e prioridades da Administração. Até antes da EC 109/2021, as
metas e prioridades da Administração deveriam incluir as despesas de capital previstas
para o exercício seguinte, mas essa incumbência foi suprimida pela referida EC.
• Estabelecer as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância
com trajetória sustentável da dívida pública (novidade trazida pela EC n. 109/2021).
• Estabelecer critérios para elaboração da lei orçamentária anual, explicando onde serão feitos
os maiores investimentos, o valor que caberá ao Legislativo, o percentual para abertura
de créditos suplementares e outras informações prévias sobre o futuro Orçamento.
• Estabelecer as alterações programadas na legislação tributária, informando quais
as medidas que pretende aplicar na política de tributos.

A CF/1988 determina que a LDO considere as alterações na legislação tributária, mas a LDO
não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser feito por
outras leis. Também não existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas antes da LDO.

• Estabelecer os critérios que pretende implantar na política de pessoal, na lei de cargos


e salários, no ordenamento salarial, na reestruturação de carreiras etc. É importante
ressaltar que serão nulas as despesas de pessoal não previstas na LDO.

O anexo de agregados fiscais deve ser elaborado para o exercício a que se refere e, pelo
menos, para os dois exercícios subsequentes. Trata-se de um anexo com previsão de
agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que serão alocados na lei
orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento.

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ampliou a importância da LDO, atribuindo


a ela o papel de dispor sobre equilíbrio entre receita e despesa, critérios e formas de
limitação de empenho, condições para transferência de recursos, determinando a
previsão de várias outras situações, além das previstas na Constituição. São elas:
• estabelecer critérios para congelamento de dotações, quando as receitas não evoluírem
de acordo com a estimativa orçamentária;
• estabelecer controles operacionais e suas regras de atuação para avaliação das ações
desenvolvidas ou em desenvolvimento;

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• estabelecer as condições de ajudar ou subvencionar financeiramente instituições


privadas, fornecendo o nome da instituição, valor a ser concedido, objetivo etc. É
importante ressaltar que serão nulas as subvenções não previstas na LDO, excluindo
casos de emergência;
• estabelecer critérios para início de novos projetos, após o adequado atendimento
dos que estão em andamento;
• estabelecer o percentual da receita corrente líquida a ser retido na peça orçamentária,
como Reserva de Contingência.
A LRF criou três anexos que deverão integrar a LDO: Anexo de Metas Fiscais (AMF),
Anexo de Riscos Fiscais (ARF) e anexo dos objetivos das políticas monetária, creditícia
e cambial, sendo esse último apenas para a União.
O anexo com os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial engloba
parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e as metas de inflação
para o exercício subsequente, sendo elaborado apenas pela União.

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No AMF são estabelecidas metas anuais em valores correntes e constantes (expurgados


os efeitos da inflação) para um período de três anos, e deve conter:
• avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
• demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo
que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três
exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os
objetivos da política econômica nacional;
• evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a
origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
• avaliação da situação financeira e atuarial:
− dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do
Fundo de Amparo ao Trabalhador;
− dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
• demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
AMF esquematizado:

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O ARF, outra inovação da LRF a constar na LDO, destaca aqueles fatos que poderão
impactar nos resultados fiscais (contas públicas) estabelecidos para o exercício e
informando as providências a serem tomadas, caso ocorram.
Os riscos fiscais englobam os riscos orçamentários e os riscos da dívida.
Os Riscos Fiscais Orçamentários estão relacionados à possibilidade de que as receitas
e despesas projetadas na elaboração do projeto de lei orçamentária anual não venham a
se confirmar durante o exercício financeiro.
Os Riscos Fiscais da Dívida estão diretamente relacionados às flutuações de variáveis
macroeconômicas que impactem o endividamento público, tais como taxa básica de juros,
variação cambial e inflação.
Esquematizando o ARF e o Anexo Específico da União, temos:

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A LRF elegeu a LDO como instrumento mais importante para a obtenção do equilíbrio
nas contas públicas, a partir de um conjunto de metas que, após aprovadas, passam a
ser compromisso de governo.

A Lei Complementar – LC 200/2023, que instituiu o novo regime fiscal (arcabouço)


fiscal, trouxe novos dispositivos para a LRF ampliando ainda mais as atribuições da LRF.
Assim, a LDO deve apresentar um quadro demonstrativo do cálculo da meta do
resultado primário que evidencie os principais agregados de receitas e despesas, os
resultados, comparando-os com os valores programados para o exercício em curso e os
realizados nos 2 (dois) exercícios anteriores, e as estimativas para o exercício a que se refere
a lei de diretrizes orçamentárias e para os subsequentes.
No caso da União, o Anexo de Metas Fiscais deve contemplar:
I – as metas anuais para o exercício a que se referir e para os 3 (três) seguintes, com o
objetivo de garantir sustentabilidade à trajetória da dívida pública;
II – o marco fiscal de médio prazo, com projeções para os principais agregados fiscais que
compõem os cenários de referência, distinguindo-se as despesas primárias das financeiras
e as obrigatórias daquelas discricionárias;

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III – o efeito esperado e a compatibilidade, no período de 10 (dez) anos, do cumprimento

das metas de resultado primário sobre a trajetória de convergência da dívida pública,

evidenciando o nível de resultados fiscais consistentes com a estabilização da Dívida Bruta


do Governo Geral (DBGG) em relação ao Produto Interno Bruto (PIB);
IV – os intervalos de tolerância para verificação do cumprimento das metas anuais de
resultado primário, convertido em valores correntes, de menos 0,25 p.p. (vinte e cinco
centésimos ponto percentual) e de mais 0,25 p.p. (vinte e cinco centésimos ponto percentual)
do PIB previsto no respectivo projeto de lei de diretrizes orçamentárias;
V – os limites e os parâmetros orçamentários dos Poderes e órgãos autônomos compatíveis
com as disposições estabelecidas na LRF;
VI – a estimativa do impacto fiscal, quando couber, das recomendações resultantes da
avaliação das políticas públicas;
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão adotar essas medidas, total
ou parcialmente.
A LDO não pode dispor sobre a exclusão de quaisquer despesas primárias da apuração
da meta de resultado primário dos orçamentos fiscal e da seguridade social.

4. LOA – LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL


É o orçamento público propriamente dito.

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A LOA deve conter exclusivamente duas matérias: previsão de receita e fixação de


despesa (Princípio orçamentário da exclusividade).
Entretanto, a título de exceção, são admitidas autorizações para créditos suplementares
e operações de crédito, inclusive por Antecipação de Receita Orçamentária – ARO (exceção
ao Princípio Orçamentário da Exclusividade).
A LOA funciona como instrumento de planejamento operacional, expressando a alocação
de recursos públicos, sendo operacionalizada por meio de diversas ações.

A LOA é orientada pelas diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreendendo as ações a


serem executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO.

É importante atentarmos para a palavra previsão para receita, já que a receita


orçamentária pode ser arrecadada acima do valor previsto no orçamento público por não
existir teto para a receita.
Por outro lado, em se tratando da despesa, usamos a expressão fixação, por ser
prevista com um limite até o qual poderá ser executada.
A esse limite de autorização de gastos dá-se o nome de dotação orçamentária, que é
a expressão monetária do crédito orçamentário, uma autorização discriminada para se
gastar recursos.
A dotação orçamentária é o valor monetário autorizado, consignado na lei do orçamento
(LOA), para atender uma determinada programação orçamentária. É o limite financeiro
(orçamentário) autorizado. A dotação não entra no mérito das classificações da respectiva
despesa orçamentária.
Por sua vez, o crédito orçamentário apresenta as respectivas classificações orçamentárias
da despesa para qual existe uma dotação. É um detalhamento da dotação orçamentária.
Em outras palavras, o crédito orçamentário é portador de uma dotação que é o limite
de recurso financeiro autorizado.
RESUMO DA ÓPERA: o crédito orçamentário é o detalhamento, em termos de classificação
da despesa de uma respectiva dotação orçamentária.
É bom lembrar que a nossa CF/1988 veda o início de programas ou projetos que não
estejam incluídos na LOA e proíbe a consignação de crédito com finalidade imprecisa ou
com dotação ilimitada.
O projeto da LOA deve ser encaminhado ao Congresso Nacional quatro meses antes do
término do exercício financeiro, ou seja, até o dia 31 de agosto de cada ano, e devolvido
ao Poder Executivo até o final da sessão legislativa, ou seja, aproximadamente até 22 de
dezembro do exercício de sua elaboração.
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Veja as possíveis consequências inerentes ao descumprimento dos prazos:

Datas Limite Para encaminhar Para aprovar


31/08 (primeiro ano do Até 22/12 (primeiro ano do
PPA
mandato) mandato)
LDO 15/04 17/07
LOA 31/08 22/12

A nossa Carta Magna, em seu artigo 165, § 6º, determina que o projeto da LOA seja
acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira,
tributária e creditícia.
Embora seja uma única LOA, a CF a divide em três orçamentos.
O orçamento fiscal deve contemplar as receitas e despesas do Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas, incluindo seus
fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, com exceção apenas das
receitas e despesas que estiverem no orçamento da seguridade social e de investimento
das estatais.
O orçamento de Investimento das Estatais, que obrigatoriamente deve integrar a LOA,
como o nome já revela, não trata de todas as despesas e sim apenas dos investimentos e não
se refere a todas as estatais, mas apenas aquelas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto, ou seja, refere-se apenas às empresas
controladas pela União.
Em termos de CF/1988 os conhecimentos acerca do orçamento de investimento das
estatais são esses. Se na prova falar “de acordo com a CF... basta saber isso.
Entretanto, se considerarmos as LDOs de cada ano e a LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal,
que trazem conceitos como o de empresas estatais dependentes e de não dependentes,
a coisa muda de figura.

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Nessa “pegada infraconstitucional”, apenas os investimentos das estatais não


dependentes devem constar no orçamento de investimento, em contraste com as estatais
dependentes que devem constar apenas nos orçamentos fiscal e da seguridade social.
Então fique atento(a) ao comando da questão na prova!
A LRF apresenta os conceitos de estatal dependente e não dependente. Por enquanto,
guarde que a estatal dependente é aquela que recebe recursos do governo para custeio do
seu funcionamento, enquanto a estatal não dependente, como o nome sugere, não recebe
recursos do governo para custeio do seu funcionamento.
Assim, em termos de orçamento, se a estatal for dependente, ela participa do apenas
no OF e no OSS, mas se for uma estatal não dependente deve constar no OI.

Apenas os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o


plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais,
segundo critério populacional. Guarde, portanto, que o orçamento da seguridade social
NÃO tem essa função.

O orçamento da Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de


iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos
à saúde, à previdência e à assistência social.

Obs.: Órgãos e entidades vinculados diretamente à Seguridade Social independentemente


da natureza da despesa, integram o orçamento da seguridade social. Para os Órgãos
e entidades não vinculados diretamente à Seguridade Social somente as despesas
típicas da Seguridade Social integram o orçamento da seguridade social.
No Brasil, o conceito de planejamento de médio prazo, interligado com a LOA (orçamento-
programa) foi implementado com a proposta de Plano Plurianual para o período de quatro
anos, cujo grande trunfo reside na introdução do modelo de gerenciamento de programas,
que permite padronizar a linguagem do PPA e da LOA.

Obs.: O vínculo da LOA com o PPA se dá por meio dos Programas e das Iniciativas do
Plano que estão associadas às Ações constantes da LOA. Deve haver, portanto,
uma compatibilidade entre o PPA, a LDO e a LOA. Contudo, vale ressaltar que a
abrangência do PPA e da LDO vai além da dimensão orçamentária.
Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão
organizadas em programas de trabalho, que contêm informações qualitativas e
quantitativas, sejam físicas ou financeiras.
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Leis Orçamentárias
Manuel Piñon

Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos
objetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, quatro anos.
A integração das ações orçamentárias com o PPA é retratada na figura a seguir:

As principais características jurídicas da LOA:


• É uma lei temporária. Têm vigência limitada a um ano.
• É uma lei ordinária. Note que não apenas a LOA, mas todas as leis orçamentárias
(PPA, LDO e LOA) são leis ordinárias. Os créditos suplementares e especiais também
são aprovados como leis ordinárias.
• É uma lei ordinária especial. A LOA possui um processo legislativo próprio, com
iniciativa única do Executivo e processo legislativo peculiar ou especial, conforme
artigo 165, caput, e artigo 166, CF/1988.
• É o Programa econômico-financeira do Estado, sendo o seu plano operacional
detalhado de trabalho, materializando o PPA anulamente.
• É uma Lei autorizativa, ou seja, não gera direitos subjetivos para os administrados
no que tange às depesas discricionárias, exceto para os casos previstos na própria
CF/1988.
• Tem que ser compatível com o PPA e LDO.
• Pode-se dizer que é composta por três suborçamentos: Fiscal de Investimento e
da Seguridade Social (art. 165, § 5º, CF/1988).
• Atendendo ao Princípio da Unidade, temos uma só LOA para cada ente político em
cada exercício.

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• É uma lei de Processo Legislativo Vinculado (prazos do artigo 35, ADCT).


• Para a União, deve ser aprovada em sessão conjunta e bicameral.
• É uma Lei temporária, periódica e de efeitos concretos.
• Suas normas não podem apresentar abstração e generalidade, embora seja admitida
pelo STF a possibilidade de controle concentrado de sua constitucionalidade.
Da mesma forma que na LDO, várias alterações também foram introduzidas, pela
LRF, na sistemática de elaboração do orçamento – Lei Orçamentária Anual – LOA.
Dentre as principais novidades trazidas pela LRF destacam-se:
• O demonstrativo da compatibilidade da programação do orçamento com as metas
da LDO previstas no respectivo Anexo de Metas Fiscais.
• A previsão da reserva de contingência, em percentual da receita corrente líquida,
destinada ao pagamento de restos a pagar e passivos contingentes, além de outros
imprevistos fiscais.
• A apresentação das despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual e
respectivas receitas, sendo o refinanciamento da dívida (e suas receitas) demonstrado
de forma separada, tanto na LOA como nas leis de créditos adicionais.

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