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PÚBLICA
Introdução à Contabilidade Aplicada ao
Setor Público
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
CONTABILIDADE PÚBLICA
Introdução à Contabilidade Aplicada ao Setor Público
Sumário
Rodrigo Machado
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
1. Aspectos Iniciais sobre a Contabilidade.. ................................................................................ 5
1.1. Conceitos Iniciais....................................................................................................................... 5
2. Contabilidade Aplicada ao Setor Público. . ............................................................................ 10
2.1. Contextualização.................................................................................................................... 10
2.2. Regimes Contábeis. . ................................................................................................................13
2.3. Regime Orçamentário. . ...........................................................................................................15
2.4. Regime Patrimonial.. ............................................................................................................... 17
3. Contabilidade Aplicada ao Setor Público – Campo de Aplicação.................................... 18
3.1. Contabilidade Aplicada ao Setor Público – de acordo com a Revogada NBC T 16.1
e com a NBC TSP – Estrutura Conceitual...................................................................................19
3.2. Contabilidade Aplicada ao Setor Público – Aplicabilidade das Normas. . ................... 24
4. Princípios da Contabilidade.. ................................................................................................... 25
4.1. Entidade.................................................................................................................................... 26
4.2. Continuidade........................................................................................................................... 27
4.3. Oportunidade.......................................................................................................................... 27
4.4. Registro pelo Valor Original. . ............................................................................................... 27
4.5. Competência. . .......................................................................................................................... 28
4.6. Prudência................................................................................................................................. 29
Mapas Mentais................................................................................................................................31
Resumo............................................................................................................................................. 35
Questões de Concurso..................................................................................................................40
Gabarito............................................................................................................................................ 67
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Introdução à Contabilidade Aplicada ao Setor Público
Rodrigo Machado
Apresentação
Querido(a) imparável.
Seja bem-vindo(a) à nossa aula inicial do curso de Contabilidade Pública. É muito bom es-
tar ao seu lado nesta jornada de estudos, que é bastante gratificante ao final. Olhar para trás
e perceber o quanto evoluímos ao longo desta caminhada é uma das grandes motivações em
nossa preparação.
Nosso curso será estruturado para que o estudo transcorra de uma maneira leve e sem
traumas. Traumas? Por que traumas? Por que a Contabilidade seria traumática? Explico. Iniciei
meus estudos em Contabilidade nos idos de 1996, ainda adolescente e um curso técnico em
contabilidade. Meu primeiro contato com a matéria não foi dos mais românticos, na verdade,
foi traumático. Com menos de uma semana de aulas eu já tinha decidido que concluiria o cur-
so, mas não queria ser contador – de jeito nenhum -, seria advogado. O que criou o trauma com
contabilidade? A didática inicial. Na primeira aula aprendi que o “ativo debita, passivo credita”.
Depois eu vi que tinha créditos no ativo e nada mais fez sentido. A didática conta muito e desde
então procurei não repetir aquela famosa didática nas minhas aulas.
Ok! Se não terá didática traumática, como será, então? Excelente pergunta. Nos nossos
cursos, procuro seguir a seguinte linha: primeiro, fazemos um voo panorâmico sobre determi-
nado assunto, algo mais abrangente, desenhando o cenário. Em segundo, chamo-os para o voo
rasante, o voo da águia, certeiro, direto ao ponto e baixo risco de errar e com muito bom humor.
Essa é metodologia e o caminho para chegarmos ao lugar que queremos é usar os melhores e
mais atualizados materiais didáticos, mas relaxa, essa tarefa será minha. Pesquiso muito so-
bre materiais didáticos e invisto muito neles ($$$) e nossas aulas são reflexos disso. Embora
utilize os melhores livros, não fico citando determinado autor ao longo das aulas, para evitar
aulas burocráticas e deixá-las mais dinâmicas, como um bate-papo e aula presencial. A cita-
ção somente aparecerá quando for indispensável, como no caso de um artigo de determinada
Lei. Fechado? Ah! Uma parada, nós teremos muitos esquemas gráficos. É padrão do Gran que
cada aula tenha muitas questões, sendo todas elas comentadas.
Vamos à nossa apresentação? Eu sou o Rodrigo Machado, natural de Belo Horizonte, Con-
tador formado pela Pontifica Universidade Católica de Minas Gerais, especialista em auditoria
e com MBA em Gestão de Contas Públicas e MBA em Compliance e Investigação de Fraudes
e professor de contabilidade societária e pública para concursos. No Gran Cursos nós vamos
trabalhar com a Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Atualmente sou Auditor do Estado
no Rio Grande do Sul, cargo com status de órgão de Estado na Contadoria e Auditoria-Geral
do Estado (CAGE), que é uma das três subsecretarias da Fazenda. Faço parte do grupo
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de trabalho responsável pela discussão e implementação das práticas contábeis no RS. Já fui
Auditor Pleno na Petrobras e antes de ingressar na carreira pública estive na iniciativa privada
por treze e fui de pica-pau a gerente de auditoria interna.
Mantenho um perfil no Instagram e coloco várias dicas de contabilidade societária e da nos-
sa CASP, além de mensagens motivacionais, alguns exercícios e algumas bobeiras para deixar
a vida mais leve, então caso queira acompanhar, o perfil é @contabilidade_total. Há um vídeo
muito maneiro no Canal Imparável em que conto um pouco da minha história, então deixo aqui
o convite: https://www.youtube.com/watch?v=9QCHxtW9UNA&utm_source=hs_email&utm_
medium=email&utm_content=79437915&_hsenc=p2ANqtz--ZhPVHOQwxyLwmLlf6q3bl-
7bBZ6hqU6aEDj_d_Uq26bNCdCJAp90pdX-5udPS2R5q_i0jZlqmKHoIBsbZuLjPY4kyY8Q&_
hsmi=79437915
Vamos começar esse trem, então? Boralá, sô!
Abs.
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É uma ciência exata que permite mensurar objetivamente o patrimônio líquido das entidades eco-
nômicas. O patrimônio líquido corresponde à diferença entre os grupos ativo intangível e passivo
intangível.
Para tornar correto esse enunciado faremos as seguintes correções: a contabilidade é uma
ciência social que permite mensurar objetivamente o patrimônio líquido das entidades econô-
micas. O patrimônio líquido corresponde à diferença ativo e passivo.
Bom, definida a Contabilidade como ciência social partimos para o próximo conceito, que é
o objeto. O Objeto da Contabilidade é o Patrimônio. Em 2018 no concurso da EBSERH o CESPE
afirmou que o “objeto de estudo da contabilidade são as entidades econômico-administrativas,
o que inclui as instituições com fins sociais”. Como não poderia ser diferente, o gabarito foi
errado, porque o objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades econômico-administra-
tivas. Sempre!
Ótima dúvida, mas ela acaba aqui. Regra geral, o objetivo da contabilidade pode ser desta-
cado o controle do patrimônio que é realizado através dos lançamentos contábeis. Esse con-
trole do patrimônio tem como objetivo, também, fornecer aos usuários informações sobre os
resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física
do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio a:
• processo de tomada de decisão;
• adequada prestação de contas; e
• necessário suporte para a instrumentalização do controle social.
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demais legislações correlatas. Por sua vez, a Contabilidade Societária adota os critérios da le-
gislação comercial, a Lei Federal n. 6.404/1976. Para os dois ramos há uma congruência, pois
cabe ao Conselho Federal de Contabilidade emitir as normas brasileiras de Contabilidade, no
entanto, as nomenclaturas divergem para cada ramo de atuação. As normas brasileiras voltas
à contabilidade aplicada ao setor público são detalhadas por NBC TSP, enquanto a contabilida-
de societária segue as NBC TG.
Outro fator relevante sobre nossa amada ciência contábil diz respeito ao seu aspecto infor-
macional. Ela se destina a levar informações aos usuários e estas informações são relaciona-
das ao patrimônio, seja ele público ou privado. Portanto, a finalidade da contabilidade é levar
informações aos seus usuários.
Essas informações mudam conforme o interesse dos usuários. No setor público, os usuá-
rios da informação contábil possuem interesses distintos daqueles do setor privado. Veja:
Via de regra, qualquer pessoa que tiver interesse em conhecer a situação de uma entidade,
seja ela pública ou privada, será usuário da informação contábil. Isso porque ele vai buscar
informações acerca deste patrimônio fazendo uso do conjunto das demonstrações contábeis.
Quando se fala em usuários da informação contábil é importante ficar atento em relação às
normas brasileiras de contabilidade.
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Por sua vez, na Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação do Relatório Contábil-fi-
nanceiro (CPC 00 (R1)) detalha que:
As demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas para usuários externos em geral, ten-
do em vista suas finalidades distintas e necessidades diversas. Governos, órgãos reguladores ou
autoridades tributárias, por exemplo, podem determinar especificamente exigências para atender a
seus próprios interesses. Essas exigências, no entanto, não devem afetar as demonstrações contá-
beis elaboradas segundo esta Estrutura Conceitual.
Demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve esta Estrutura Conceitual objetivam
fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte
dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de
determinados grupos de usuários.
Demonstrações contábeis elaboradas com tal finalidade satisfazem as necessidades comuns da
maioria dos seus usuários, uma vez que quase todos eles utilizam essas demonstrações contábeis
para a tomada de decisões econômicas, tais como:
(a) decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;
(b) avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida e
quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas;
(c) avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros benefí-
cios;
(d) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à entidade;
(e) determinar políticas tributárias;
(f) determinar a distribuição de lucros e dividendos;
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Simples. Os atos não provocam alterações no patrimônio das Entidades, por isso não são
objeto de registro pelo ramo da contabilidade societária, eles são apenas decisões e procedi-
mentos. Os fatos contábeis, sim, são contabilizados.
Um fato é uma ação feita. Fato contábil é todo evento econômico na entidade contábil que
possui expressão monetária e que afeta o patrimônio, com impacto quantitativo ou qualitativo.
Esse fato pode ser administrativo ou não administrativo. Vamos aos conceitos?
Os fatos administrativos são praticados pela gestão e que correspondem à maioria dos
fatos que são realizados em qualquer período analisado. Os fatos não administrativos são
aqueles que não resultam de uma ação da gestão da Entidade, como por exemplo, o roubo
de hélices de navio em uma Autarquia Estadual. Embora sejam fatos e serão contabilizados –
porque diminuem o patrimônio da referida Autarquia -, eles são fatos não administrativos, pois
não decorreram de decisões da gestão, embora, a ela possa ser imputada a responsabilidade.
Quando se fala da Contabilidade Aplicada ao Setor Público nós teremos a contabilização
de atos administrativos e, recordando os conceitos, regra geral, os atos não vão gerar modifi-
cações no patrimônio da entidade.
É porque ela possui esse viés orçamentário. Quer um exemplo? Quando temos a aprova-
ção da Lei Orçamentária Anual, temos a previsão de receitas e fixação de despesas, correto?
Nesse momento não há modificação do patrimônio público, mas uma previsão daquilo que
virá a acontecer ao longo do exercício financeiro; e a CASP realiza a contabilização. Nessa fase
teremos a previsão de arrecadação e também a fixação dos gastos. Pode-se dizer que a CASP
tem então um perfil mais conservador que a Contabilidade Societária, porque ela realiza a con-
tabilização do seu planejamento orçamentário, enquanto a Contabilidade Societária, não faz.
Quando a CASP realiza estes registros de previsões, ela utiliza o sistema de Controle e esse
assunto será mais bem detalhado ao longo do nosso curso, beleza?
Vamos fazer uma esquematização dessa diferença entre a CASP e a contabilidade societá-
ria? Lembrando que existem diversas outras diferenças e vamos detalhando ao longo do curso.
Por fim, de modo amplo nós temos a finalidade da Contabilidade, que é fornecer infor-
mações aos seus usuários e estas informações são levadas aos usuários por meios das de-
monstrações contábeis. De modo mais restrito, as demonstrações contábeis no setor público
devem proporcionar:
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Informação útil para subsidiar a tomada de decisão e a prestação de contas e responsabilização da
entidade quanto aos recursos que lhe foram confiados, fornecendo informações:
(a) sobre as fontes, as alocações e os usos de recursos financeiros;
(b) sobre como a entidade financiou suas atividades e como supriu suas necessidades de caixa;
(c) úteis na avaliação da capacidade de a entidade financiar suas atividades e cumprir com suas
obrigações e compromissos;
(d) sobre a condição financeira da entidade e suas alterações; e
(e) agregadas e úteis para a avaliação do desempenho da entidade em termos dos custos dos servi-
ços, eficiência e cumprimento dos seus objetivos. (NBC TSP 11 – Apresentação das Demonstrações
Contábeis).
Abaixo de cada ramo da Ciência Contábil você pode perceber qual o foco que é dado por
ele em relação àquilo que é trabalhado. Nesse curso nós vamos trabalhar com a Contabilidade
Aplicada ao Setor Público, a nossa CASP. Para que possamos avançar no estudo da nossa
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matéria é imprescindível que nossa linguagem esteja alinhada. Então, as demonstrações con-
tábeis passam a ser denominadas Relatórios Contábeis de Propósito Geral ou simplesmente,
RCPG. Vamos buscar sempre os conceitos mais atualizados nas nossas normas brasileiras de
contabilidade, fazendo seus devidos esclarecimentos e ajustando os conceitos. Combinado?
A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo
gerador de informações, os princípios de contabilidade e as normas contábeis direcionados ao
controle patrimonial de entidades do setor público.
Tem isso, sim! Vamos estudá-los por meio de uma tabela, então passa a visão:
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DICA
Atenção, porque o CESPE trabalha com objetivo e finalidade
como sendo sinônimos.
A ciência contábil no Brasil vem passando por um processo de constante atualização rumo
à convergência de suas práticas com as internacionais, nesse contexto é necessário que seja
analisado esse processo de uma maneira sistêmica e histórica. Essa evolução histórica na
ciência contábil vem alinhada com a própria evolução das finanças públicas e é com essa
abordagem que o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) afirma que:
o primeiro marco histórico foi a edição da Lei n. 4.320/1964, que estabeleceu importantes regras
para propiciar o controle das finanças públicas, bem como a construção de uma administração
financeira e contábil sólidas no País, tendo como principal instrumento o orçamento público. Deste
modo, o orçamento público ganhou significativa importância no Brasil. Como consequência, as nor-
mas relativas a registros e demonstrações contábeis, vigentes até hoje, acabaram por dar enfoque
sobretudo aos conceitos orçamentários, em detrimento da evidenciação dos aspectos patrimoniais.
Nesse aspecto de avanços das finanças públicas e da ciência da contabilidade, outro mar-
co que merece destaque é a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Essa lei estabeleceu para
toda a Federação, direta ou indiretamente, limites de dívida consolidada, garantias, operações
de crédito, restos a pagar e despesas de pessoal, dentre outros, com o intuito de propiciar o
equilíbrio das finanças públicas e instituir instrumentos de transparência da gestão fiscal. Por-
tanto, a grande temática da LRF foi colocar “em ordem a casa” atrás de equilíbrio das contas,
sem gastar mais do que se arrecada.
No âmbito contábil, a LRF inovou ao criar a obrigação de consolidação das contas públicas.
Claro, sô. Deixa comigo. A LRF estabeleceu a exigência de realizar a consolidação nacional
das contas públicas. Lembra que quando estudamos a Contabilidade Societária e abordamos
a consolidação das demonstrações contábeis e combinação de negócios? Então, o conceito é
o mesmo, mas se lá nós consolidamos demonstrações contábeis da iniciativa privada, por exi-
gência da LRF consolidamos os relatórios Contábil-financeiro no âmbito público. Esta compe-
tência é exercida pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) por meio da publicação anual do
Balanço do Setor Público Nacional (BSPN), congregando as contas da União, estados, Distrito
Federal e municípios. Maneiro demais, não? E é cobrado em concurso.
O concurso de 2016 para Auditor de Controle Externo no Tribunal de Contas do Estado do
Pará, o CESPE afirmou que “além de exercer o papel de órgão central do Sistema de Contabi-
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lidade Federal, a Secretaria do Tesouro Nacional também exerce a atividade de órgão setorial
contábil dos órgãos integrantes da Presidência da República”. O gabarito da questão é errado,
mas por ter afirmado que a STN exerce a atividade de órgão setorial contábil dos órgãos inte-
grantes da Presidência da República. Quem desempenha essa função é o controle interno da
Casa Civil, conforme previsto na Lei n. 10.180/2001.
Para que aconteça esse processo consolidação dos relatórios contábeis de propósitos ge-
rais é necessária uma padronização, nesse intento, a STN recebeu essa competência por meio
do Decreto n. 6.796/2009 e Portaria MF n. 184/2008, portanto, cabe a ela editar:
• normativos;
• manuais;
• instruções de procedimentos contábeis; e
• plano de contas aplicado ao setor público.
Bom, após essas informações podemos estruturar mais um esquema gráfico com as ino-
vações que aconteceram na nossa amada CASP:
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No regime de caixa o reconhecimento das receitas ocorre no momento do ingresso dos re-
cursos e o reconhecimento das despesas se dá no momento que acontece o pagamento. Para
esse regime, o fluxo de caixa é o critério principal de observação e registro contábil.
Por outro lado, no regime de competência há a orientação que determina o reconheci-
mento contábil, tanto da receita quanto da despesa, que deve ser dado na ocorrência do fato
gerador, independentemente do momento do pagamento. O Princípio da Competência encon-
tra sua definição na Res. n. 750/1993 do CFC e recentemente ela foi revogada. Quando essa
norma brasileira de contabilidade foi revogada, vários alunos questionaram se não era mais
necessário estudar os Princípios de Contabilidade. Minha resposta sempre foi a mesma, pois
embora a norma tivesse sido revogada, os princípios de contabilidade continuam existindo. Dá
para imaginar a contabilidade sem seus princípios? Não dá, né?
Beleza, então vamos passar a visão nos Princípios de Contabilidade? Vamos lá!
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Um dos avanços realizados pela Ciência Contábil Aplicada ao Setor Público foi a segrega-
ção das informações orçamentárias e patrimoniais e assim, no PCASP as contas contábeis
são classificadas segundo a natureza das informações que evidenciam – orçamentária, pa-
trimonial e de controle, de modo que os registros orçamentários não influenciem ou alterem
os registros patrimoniais, e vice-versa. Essa mudança é relativamente recente e antes disso a
CASP tinha enfoque essencialmente sob o regime orçamentário.
Esquematizando:
Muitos estudiosos afirmam que a Lei n. 4.320/1964 adotou um perfil conservador quando
estabeleceu o reconhecimento da receita pelo regime de caixa e a despesa pelo regime de
competência.
Antes de iniciar sua resposta, farei uma ressalva, ainda não estudamos os estágios da re-
ceita e da despesa pública, mas isso não vai impactar negativamente no seu entendimento. O
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detalhamento desses estágios será feito adiante em curso. Pois bem, em relação à receita or-
çamentária, no que diz respeito ao momento do reconhecimento, cabe frisar que o estágio da
arrecadação ainda não deixa os recursos financeiros disponíveis para utilização pelos agentes
públicos. Nesse estágio da receita pública os recursos podem estar, ainda, em poder de insti-
tuições financeiras arrecadadoras. Então, meu(minha) caro(a) aluno(a), somente no estágio do
recolhimento é que os agentes arrecadadores transferem os recursos para o Tesouro, é nessa
fase que há o ingresso dos numerários nos cofres públicos.
Portanto, sob o enfoque orçamentário, o procedimento de reconhecer contabilmente a re-
ceita somente no estágio da arrecadação é condizente com o regime de caixa. Veja que esse
assunto é bastante cobrado em provas de concursos e na visão do Cespe – que é uma banca
examinadora de referência –, é correto afirmar que:
Diferenciar o regime orçamentário por meio do qual receitas e despesas são tratadas pode ser útil
para melhor evidenciar a situação fiscal do governo. Nesse sentido, adota-se, no Brasil, o regime
orçamentário misto: para a receita, adota-se o regime de caixa e, para a despesa, o regime de com-
petência (CESPE, TRT 10ª Região, 2013).
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No que diz respeito à despesa orçamentária, a legislação adotou uma postura conservado-
ra também. Isso porque determinou que seu reconhecimento se dá pelos valores legalmente
empenhados, independente do seu pagamento, ainda que seus serviços e os bens solicitados
não tenham sido recebidos pela Administração Pública. Sabe por quê? Porque o empenho é
o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento
pendente ou não de implemente de condição. Portanto, quando um agente público realiza um
empenho, ele afirma que aquele valor possui dotação orçamentária prevista para o seu paga-
mento. É como se nós dois fizemos um compromisso com um fornecedor e déssemos a ele
um cheque (empenho), sabendo que em nossa conta possui dinheiro suficiente (dotação orça-
mentária) para o desconto desse cheque.
Sendo assim, o regime orçamentário tem esse enfoque voltado, ora para o reconhecimento
pelo regime de caixa, ora para o reconhecimento pelo regime de competência. A Contabilidade
Aplicada ao Setor Público perdurou no Brasil por longos anos sob forte conotação dos concei-
tos orçamentários, mas isso vem mudando sistematicamente. Embora não se tenha deixado
de lado a contabilidade realizada sobre o enfoque orçamentário, adicionou-se o enfoque patri-
monial. É sobre isso que nós vamos falar agora, parceiro(a).
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O governo e outras entidades do setor público elaboram orçamentos. No Brasil, a Constituição exige
a elaboração do orçamento anual, a sua aprovação pelo poder Legislativo e a sua disponibilização à
sociedade. A legislação brasileira define o que a peça orçamentária deve conter. A sociedade fiscali-
za a gestão das entidades públicas diretamente, respaldada pela Constituição, ou indiretamente, por
meio de representantes. O orçamento aprovado é utilizado como base para a definição dos níveis de
tributação e de outras receitas, compondo o processo de obtenção de autorização legislativa para
a realização do gasto público.
Devido à importância do orçamento público aprovado, as informações que possibilitam aos usu-
ários compararem a execução orçamentária com o orçamento previsto facilitam a análise quanto
ao desempenho das entidades do setor público. Tais informações instrumentalizam a prestação
de contas e a responsabilização (accountability) e fornecem subsídios para o processo decisório
relativo aos orçamentos dos exercícios subsequentes. A elaboração de demonstrativo que apresen-
ta e compara a execução do orçamento com o orçamento previsto é o mecanismo normalmente
utilizado para demonstrar a conformidade com os requisitos legais relativos às finanças públicas.
Veja que interessante, a adoção do regime de competência nas entidades do setor público
para gerar informações patrimoniais requer atenção quanto às regras para reconhecimento
das etapas da execução orçamentária. Assim, quando o fato gerador de um passivo exigível
ocorrer antes do empenho, ou entre o empenho e a liquidação orçamentária, a entidade deve
registrar uma etapa chamada “empenho em liquidação”.
Sendo assim, após essa introdução sobre como era e como é, atualmente, nossa Contabi-
lidade Aplicada ao Setor Público, vejamos qual o seu campo de aplicação.
estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços
da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
Em seu título X a 4.320/1964 coloca em seu bojo as autarquias e fundações ao prever que:
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Parágrafo único. Compreendem-se nesta disposição as empresas com autonomia financeira e ad-
ministrativa cujo capital pertencer, integralmente, ao Poder Público.
(...)
Art. 110. Os orçamentos e balanços das entidades já referidas, obedecerão aos padrões e normas
instituídas por esta lei, ajustados às respectivas peculiaridades.
Parágrafo único. Dentro do prazo que a legislação fixar, os balanços serão remetidos ao órgão cen-
tral de contabilidade da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, para fins de incor-
poração dos resultados, salvo disposição legal em contrário.
No que diz respeito às entidades que estão sujeitas às normas da Contabilidade Pública,
na doutrina não há consenso. De acordo com muitos autores, empresas públicas e sociedades
de economia mista que integrarem os orçamentos fiscal e da seguridade social devem obede-
cer às normas de contabilidade aplicada ao setor público. De outro modo, há autores que se
limitam a incluir no rol da contabilidade pública somente as autarquias e fundações. Portanto,
não há consenso. Nesse caso, a melhor alternativa para apoiar nossas decisões são os posi-
cionamentos das bancas de concursos públicos.
Veja bem qual foi o posicionamento do CESPE em concurso do Ministério Público da União
no ano de 2013:
as empresas de capital aberto que não estão contempladas no orçamento de investimentos, mas
constam do orçamento fiscal e da seguridade social estão no campo de aplicação da contabilidade
pública e são isentas das exigências da contabilidade empresarial.
Na visão da banca examinadora essa questão está incorreta, mas seu erro está centrali-
zado na afirmativa de que as empresas de capital aberto prescindem das exigências da con-
tabilidade empresarial. Logo, meu caro(a) companheiro(a) de estudos, é correto afirmar que,
para o CESPE, as empresas de capital aberto que não estão contempladas no orçamento de
investimentos, mas constam no orçamento fiscal e da seguridade social estão no campo de
aplicação da contabilidade pública.
Quando se fala em campo de aplicação da contabilidade governamental é necessário fazer
alguns alertas, pois tivemos recentemente a revogação da NBC T 16.1 – Conceituação, Objeto e
Campo de Aplicação e como os examinadores gostam de cobrar novidades, fiquemos atentos.
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7. O campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades
do setor público.
8. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas pró-
prias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:
(a) integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais;
(b) parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de
prestação de contas e instrumentalização do controle social.
1.8A. Esta estrutura conceitual e as demais NBCs TSP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades
do setor público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs. Estão compreendidos no conceito
de entidades do setor público: os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais e seus res-
pectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o Ministério Público), órgãos,
secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo poder pú-
blico), fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das administrações
direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).
Vamos esquematizar?
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Veja que interessante, se a empresa for controlada, receber recursos para o pagamento
de despesas de pessoal e custeio em geral, receber recursos para pagamento de despesas de
capital, será considerada estatal dependente. Caso os recursos repassados pelo Ente contro-
lador a uma empresa estatal se caracterizem como aumento de participação acionária, por si
só, não a transforma em estatal dependente, ok? Fiquemos ligados na fita!
Vamos aproveitar a onda e conceituar empresas estatais independentes? Bora ou vamos?
Se liga então:
as empresas estatais independentes são todas as demais empresas controladas pelas entidades
do setor público que não se enquadram nas características expostas no item 1.8B, as quais, em
princípio, não estão no alcance desta estrutura conceitual e das demais NBCs TSP (ver item 1.8D).
Por fim, a Estrutura Conceitual criou uma decisão discricionária para algumas entidades ao
afirmar em seu item 1.8D que:
as demais entidades não compreendidas no item 1.8A, incluídas as empresas estatais independen-
tes, poderão aplicar esta estrutura conceitual e as demais NBCs TSP de maneira facultativa ou por
determinação dos respectivos órgãos reguladores, fiscalizadores e congêneres.
De acordo com o item 1.8A da Estrutura Conceitual podemos afirmar que o gabarito desta
questão é incorreto, pois afirma que as NBCs TSP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades
do setor público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs. Estão compreendidos no con-
ceito de entidades do setor público: os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais
e seus respectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o Ministério
Público), órgãos, secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e
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mantidas pelo poder público), fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas con-
gêneres das administrações direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).
Errado.
O PULO DO GATO
Temos uma polêmica quando o assunto é alcance das NBC TSP e os Conselhos de Regula-
mentação Profissional. A NBC T 16.1 incluía essas organizações no rol daquelas que devem
observá-la, a Estrutura Conceitual é silente a respeito dessas organizações. Os Conselhos de
Regulamentação Profissional são autarquias, portanto, essas entidades estão dentro do alcan-
ce obrigatório da Estrutura Conceitual, de acordo com a visão do Conselho Federal de Conta-
bilidade. Contudo, o MCASP torna facultativa a aplicação das normas contábeis aplicadas ao
setor público para essas entidades. Vamos esquematizar esse trem?
Outro aspecto merecedor de atenção é quando falamos acerca do alcance das normas
brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público e os Serviços Sociais Autônomos, co-
nhecidos como Sistema “S”, composto por:
• SESI;
• SENAI;
• SENAT;
• SENAC;
• SESC;
• SEBRAE;
• SENAR;
• SEST; e
• SESCOOP.
De acordo com a NBC TSP – Estrutura Conceitual, emitida pelo Conselho Federal de Conta-
bilidade as entidades do Sistema S estão fora do alcance das normas contábeis aplicadas ao
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setor público por se tratarem de entidades sem fins lucrativos. A elas aplicam-se as determina-
ções previstas na ITG 2002 (R1) – Entidades sem fins lucrativos. Anteriormente, por meio da re-
vogada NBC T 16.1, o Sistema S era obrigado a aplicar as normas destinadas ao setor público.
Como treta pouca é bobagem, em maio de 2019 o Tribunal de Contas da União decidiu que
o Sistema S está obrigado a aplicar as normas de contabilidade voltadas ao setor público. Se
liga concurseiro! Veja aí a reportagem na íntegra <https://portal.tcu.gov.br/imprensa/noticias/
sistema-s-deve-utilizar-normas-contabeis-aplicadas-ao-setor-publico.htm>
Em decisão recente, por meio do Acórdão 1567 – Plenário do Tribunal de Contas da União,
publicado no Diário Oficial da União em 17/06/2020 tivemos a seguinte decisão:
É isso, caso conste em sua prova, fique atento ao enunciado e o alcance da Contabilidade
Aplicada ao Setor Público.
As normas brasileiras contábeis técnicas são documentos emitidos pelo Conselho Federal
de Contabilidade e, como normas, são de aplicabilidade obrigatória por aqueles que operam a
Ciência da Contabilidade no âmbito público. Já o que o Manual de Contabilidade Aplicado ao
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Setor Público (MCASP) é documento emitido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que
é órgão central de contabilidade aplicada ao setor público no Brasil. Como órgão central de
contabilidade no Brasil, a STN regulamenta os padrões contábeis no âmbito da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios.
Embora a STN e o CFC tenham grupos de trabalhos conjuntos e realizem a padronização
contábil na busca do processo de convergência das normas nacionais à internacionais, even-
tualmente vamos perceber que um assunto foi regulado pelo CFC e não foi regulado pela STN
e vice e versa.
Quando se trata da aplicabilidade das normas de contabilidade a STN e o CFC possuem
entendimento alinhado e de acordo com ambos, as entidades detalhadas abaixo devem rea-
lizar seus procedimentos em consonância com as normas emitidas por eles, com uma dife-
rença que, um tem adoção obrigatória, outro, facultativa, conforme já detalhamos nos itens
anteriores.
4. Princípios da Contabilidade
A Contabilidade é entendida como uma ciência social assim como a administração, o di-
reito, a sociologia. Como ciência social, a contabilidade conta com princípios que servem para
delimitar de forma objetiva suas diretrizes. Independente do setor em que está inserida a enti-
dade, seu porte, seu enquadramento tributário, todas devem observar os princípios de contabi-
lidade na preparação e divulgação de seus relatórios contábeis.
Tais princípios foram sendo criados ao longo do próprio desenvolvimento da ciência e, no
Brasil, foram regulados pela Resolução do Conselho Federal de Contabilidade n. 750/1993.
Contudo, esta resolução foi revogada pelo Conselho Federal de Contabilidade.
Professor, então quer dizer que não precisamos mais estudar os princípios de contabili-
dade?
Muito antes, pelo contrário. É necessário continuar estudando os princípios. Afinal de con-
tas a contabilidade é uma ciência social e inconcebível imaginar uma ciência social sem seus
princípios. Os princípios são divididos em seis e um recurso mnemônico que facilita a memo-
rização é a palavra: PRECOCe. Veja:
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P Prudência
E Entidade
C Competência
O Oportunidade
C Continuidade
e vai de brinde
Embora revogada, a Res. CFC n. 750/1993 continua importante por seus aspectos didáti-
cos e, principalmente, porque sua leitura e entendimento facilita a compreensão da Estrutura
Conceitual, visto que os princípios constam no documento, de forma implícita. Ah, tem mais
um detalhe absolutamente importante: ela consta no edital
Por fim, cumpre destacar que a observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória
no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Con-
tabilidade (NBC).
4.1. Entidade
O princípio da entidade é um dos mais exigidos por bancas de concursos públicos. O pri-
meiro fator a ser destacado acerca deste princípio reside no objeto da contabilidade. É por
força do princípio da entidade que se entende o patrimônio como objeto da contabilidade. O
segundo fator está concentrado na separação dos patrimônios existentes, dos sócios e da en-
tidade que reporta a informação. Estes patrimônios não podem se confundir, portanto, devem
manter-se separados.
Professor, qual a necessidade de separar esses patrimônios? Não é tudo a mesma coisa?
Não é, não. Primeiro, qual seria a motivação de um empreendedor em criar algo sabendo
que seu patrimônio particular poderá ser alcançado por credores?
Imagine, o cara cria algo, decreta falência e ele perde a casa própria para pagar dívidas? Sabe-
mos que no ramo do Direito há esta possibilidade de avanço no patrimônio do particular, mas
este não é o escopo desta aula.
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Agora um exemplo real, um servidor resolve abrir um restaurante na Serra Gaúcha e toma
empréstimos consignados para criar capital de giro, notou que ele confundiu os patrimônios?
O negócio não prospera e ele decreta falência do restaurante. O que poderia ser somente um
mau negócio torna-se um drama, porque o crédito consignado continuará na folha deste servi-
dor por muitos anos, comprometendo seus rendimentos.
Perceba, com este exemplo, que o princípio da Entidade não é algo apenas para ser cobra-
do em provas. Ele precisa ser aplicado na vida real. Em tempo, nunca tive restaurante.
Nas questões de concursos, atenção, apareceu a palavrinha patrimônio há grandes chan-
ces de ser referente ao princípio da entidade.
4.2. Continuidade
O princípio da continuidade é relevância no contexto da contabilidade, porque em decor-
rência deste princípio há o entendimento de que a entidade continuará em operação do futuro.
É porque essa presunção influenciará a forma como as entidades reconhecerão seus ativos
e passivos. Por exemplo, se for especificado que uma determinada entidade tem, no máximo,
mais três anos de operação, ela deverá ajustar o reconhecimento da depreciação – apenas um
exemplo –, para o período estipulado, alinhado ao tempo de vida da entidade. Portanto, este
princípio é importante para a definição das políticas contábeis aplicadas.
4.3. Oportunidade
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil
pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a opor-
tunidade e a confiabilidade da informação. Por esta razão, este princípio determina que o registro
contábil deve ser realizado correta e completamente e, sobretudo, em momento oportuno.
Nos anos longínquos existiu no Brasil um slogan bastante famoso que dizia: “aconteceu,
virou manchete”. O princípio da oportunidade é similar: “aconteceu, registra-se”. Com este pro-
cedimento a informação contábil será tempestiva e útil, afinal de contas, de que adianta divul-
gar uma informação dois anos após sua ocorrência?
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sação). Após integrado ao patrimônio da entidade do setor público, o custo histórico poderá
sofrer variações e o ativo anteriormente reconhecido poderá ser tratado pelo custo histórico
ajustado ou valor justo.
Dá demais, uai. Imagine uma entidade que tenha adquirido um veículo que servirá como
viatura na polícia civil. Este veículo precisa ser reconhecido contabilmente por um valor e a
entidade utilizará o valor presente na nota fiscal, certo? Pois é, este é o valor histórico. Poste-
riormente teremos procedimentos de depreciação e redução ao valor recuperável, mas o valor
histórico permanecerá registrado, de acordo com a documentação comprobatória.
4.5. Competência
O princípio da competência exige que o impacto patrimonial seja reconhecido no momento
da sua ocorrência e não no momento do seu pagamento ou recebimento. O exemplo clássico
é o décimo terceiro salário que, geralmente, é pago em dezembro. Contudo, seu fator gera-
dor acontece ao longo do exercício social e por essa razão, o registro contábil é realizado ao
longo do ano.
A cada período transcorrido e que o funcionário adquire o direito de 1/12, a entidade que
reporta a informação reconhecerá a despesa com 13º salário (uma variação patrimonial dimi-
nutiva – VPD), independente do fato que o pagamento ocorrerá somente em dezembro.
Em uma linha de tempo o reconhecimento das despesas de décimo terceiro salário de um
funcionário com salário mensal de R$ 12.000 será realizado da seguinte forma:
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A cada mês com o reconhecimento de R$ 1.000 e ao final do período a entidade terá re-
conhecido os 12 mil reais necessários. Além do reconhecimento da despesa no período a
entidade deve reconhecer, também, o décimo terceiro a pagar, que também segue o regime de
competência.
4.6. Prudência
A Contabilidade é uma ciência prudente, ela não reconhece o aumento patrimonial antes
do momento adequado. Por esta razão opta por, diante de situações igualmente válidas, reco-
nhecer o menor valor para o ativo e o maior para o passivo. Esta postura, também conhecida
pelo termo conservadorismo, faz com que a contabilidade reconhece o menor valor para o
patrimônio líquido.
Vamos esquematizar os princípios da Contabilidade:
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MAPAS MENTAIS
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RESUMO
Conceito de Contabilidade
A Contabilidade é uma ciência social que estuda o Patrimônio de uma entidade econômi-
co-administrativa, seja essa entidade uma pessoa física ou jurídica, se tiver Patrimônio, entra
no escopo da Contabilidade.
A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no pro-
cesso gerador de informações, os princípios de contabilidade e as normas contábeis direcio-
nados ao controle patrimonial de entidades do setor público.
Esquema Gráfico
Inovações na Contabilidade Aplicada ao Setor Público
Princípios de Contabilidade
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Aplicabilidade Entidades
Uma empresa estatal dependente (EED) é uma controlada que recebe do ente controlador
recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou custeio em geral ou de ca-
pital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participações acionária.
Esse conceito é trazido pelo art. 1º, II, da Lei Complementar n. 101/2000.
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Muita atenção deve ser direcionada aos Conselhos de Regulamentação Profissional quan-
do o assunto é a adoção ou não das práticas contábeis aplicadas ao setor público. De acordo
com o Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Estrutura Conceitual, tais entidades
devem observar obrigatoriamente as NBCs TSP.
Contudo, o MCASP, emitido pela STN torna a adoção das NBCs TSP facultativa para os
Conselhos de Regulamentação Profissional. Logo, devemos ter muita atenção com os enun-
ciados das questões.
De acordo com a NBC TSP – Estrutura Conceitual, emitida pelo Conselho Federal de Conta-
bilidade as entidades do Sistema S estão fora do alcance das normas contábeis aplicadas ao
setor público por se tratarem de entidades sem fins lucrativos. A elas aplicam-se as determina-
ções previstas na ITG 2002 (R1) – Entidades sem fins lucrativos. Anteriormente, por meio da re-
vogada NBC T 16.1, o Sistema S era obrigado a aplicar as normas destinadas ao setor público.
Como treta pouca é bobagem, em maio de 2019 o Tribunal de Contas da União decidiu que
o Sistema S está obrigado a aplicar as normas de contabilidade voltadas ao setor público.
Princípios de Contabilidade
P Prudência
E Entidade
C Competência
O Oportunidade
C Continuidade
e vai de brinde
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QUESTÕES DE CONCURSO
002. (CESPE/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO AMAZONAS – AM/ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA CONTABILIDADE/2019) Caso a única receita de um conselho federal profissional seja
oriunda das contribuições dos profissionais registrados, as normas de contabilidade pública
devem ser aplicadas aos registros desse conselho.
Ótima questão para nos dar um norte sobre como proceder nas questões sobre este assun-
to. Como visto, caso a banca não cite as NBC TSP, seu posicionamento é de acordo com a
Secretaria do Tesouro Nacional, portanto, muita atenção deve ser direcionada aos Conselhos
de Regulamentação Profissional quando o assunto é a adoção ou não das práticas contábeis
aplicadas ao setor público. De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, por meio da
Estrutura Conceitual, tais entidades devem observar obrigatoriamente as NBCs TSP.
Contudo, o MCASP, emitido pela STN torna a adoção das NBCs TSP facultativa para os Conse-
lhos de Regulamentação Profissional. Logo, devemos ter muita atenção com os enunciados
das questões.
Esquema gráfico
Errado.
Perceba como o CESPE vem insistindo neste assunto, duas questões na mesma prova, en-
tão é um ótimo indicativo. Para iniciar os comentários desta questão vamos partir do esque-
ma gráfico:
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Veja que as NBC TSP aplicam-se obrigatoriamente às entidades do setor público. Contudo há
o caso, por exemplo, das entidades do terceiro setor que recebem recursos públicos para sua
aplicação em convênios e termos de parceria. O fato de administrarem recursos públicos não
transforma estes organismos em entidades do setor público, portanto, não devem aplicar as
NBC TSP. No entanto, devem adotar procedimentos específicos capazes de possibilitar a trans-
parência e a fiscalização da aplicação dos recursos que administram.
Errado.
O regime para reconhecimento das receitas e das despesas orçamentárias, adotado no Brasil
para a CASP é o regime misto. Por meio desse regime adota-se o regime de caixa e o regime
de competência.
A adoção do regime misto decorre diretamente de obrigatoriedade prevista na Lei n. 4.320/1964,
em seu art. 35, in verbis:
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Letra c.
1.8A. Esta estrutura conceitual e as demais NBCs TSP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades
do setor público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs. Estão compreendidos no conceito
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de entidades do setor público: os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais e seus res-
pectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o Ministério Público), órgãos,
secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo poder pú-
blico), fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das administrações
direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).
As opções a, b e c estão erradas porque delimitaram os Entes que devem utilizar a contabilida-
de aplicada ao setor público. Já em relação à opção e limitou às entidades de direito público.
Sabemos que todos os Entes (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) devem observar
as normas da CASP, que são entidades de direito público. As entidades de direito privado tam-
bém devem adotar a CASP, incluindo nesse rol as da Administração Indireta (Fundações Públi-
cas de Direito Privado, Autarquias, inclusive, empresas estatais dependentes).
Letra d.
O regime para reconhecimento das receitas e das despesas orçamentárias, adotado no Brasil
para a CASP é o regime misto. Por meio desse regime adota-se o regime de caixa e o regime
de competência.
A adoção do regime misto decorre diretamente de obrigatoriedade prevista na Lei n. 4.320/1964,
em seu art. 35, in verbis:
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De modo amplo nós temos a finalidade da Contabilidade, que é fornecer informações aos seus
usuários e estas informações são levadas aos usuários por meios das demonstrações contá-
beis. De modo mais restrito, as demonstrações contábeis no setor público devem proporcio-
nar: informação útil para subsidiar a tomada de decisão e a prestação de contas e responsa-
bilização da entidade quanto aos recursos que lhe foram confiados, fornecendo informações:
a) sobre as fontes, as alocações e os usos de recursos financeiros;
b) sobre como a entidade financiou suas atividades e como supriu suas necessidades de caixa;
c) úteis na avaliação da capacidade de a entidade financiar suas atividades e cumprir com
suas obrigações e compromissos;
d) sobre a condição financeira da entidade e suas alterações; e
e) agregadas e úteis para a avaliação do desempenho da entidade em termos dos custos dos
serviços, eficiência e cumprimento dos seus objetivos. (NBC TSP 11 – Apresentação das De-
monstrações Contábeis).
Letra b.
Esta saiu diretamente do livro do Prof. Glauber Mota (2009) quando ele afirma que
a adoção do regime de competência nas entidades do setor público para gerar informações patrimo-
niais requer atenção quanto às regras para reconhecimento das etapas da execução orçamentária.
Assim, quando o fato gerador de um passivo exigível ocorrer antes do empenho, ou entre o empenho
e a liquidação orçamentária, a entidade deve registrar uma etapa chamada “empenho em liquidação.
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Quando o Princípio afirma que os eventos devem ser reconhecidos nos períodos a que se
referem está afirmando que tal reconhecimento será dado de acordo com a ocorrência do
fato gerador, independentemente se houve pagamento ou recebimento. É exatamente essa
a proposta quando a Contabilidade faz a apropriação de despesas pagas antecipadamente,
tais como jornais e revistas, que possui assinatura anual, mas como pagamento antecipado e
entrega dos produtos ao longo do período de vigência da assinatura.
Letra c.
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d) O regime de caixa é o período em que se executa o orçamento. Quando o ano financeiro não
coincide com o ano civil, existe a necessidade de um período adicional.
e) No regime de competência, a receita é reconhecida no período em que é arrecadada e a
despesa paga nesse mesmo período. O regime de caixa compreende todos os recebimentos e
pagamentos efetuados no exercício.
A letra e também cometeu inversão de conceitos, ela é referente ao regime de caixa, quando
receitas são receitas pela arrecadação e despesas pelo pagamento.
Letra a.
Esta foi literal, pois sob o enfoque orçamentário a contabilidade aplicada ao setor público ado-
ta o regime misto e essa adoção decorre diretamente de obrigatoriedade prevista na Lei n.
4.320/1964, em seu art. 35, in verbis:
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Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.
Letra c.
Atualmente não temos mais “campo de aplicação” da contabilidade governamental nas nor-
mas brasileiras, mas sim, alcance. De acordo com a Estrutura Conceitual, seu alcance é deta-
lhado da seguinte maneira:
1.8A. Esta estrutura conceitual e as demais NBCs TSP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades
do setor público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs. Estão compreendidos no conceito
de entidades do setor público: os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais e seus res-
pectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o Ministério Público), órgãos,
secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo poder pú-
blico), fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das administrações
direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).
A questão foi cobrada à época em que a NBCT 16 estava em vigor, mas isso não invalida o
estudo, pois, apesar dos conceitos terem sido atualizados o objeto de alcance da CASP conti-
nua em vigor.
Letra d.
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Vamos ver o que diz a Lei n. 4.320/1964, em seu art. 35, in verbis:
Letra e.
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Ah! O CESPE, sempre com suas novidades. A questão foi considerada correta e tivemos uma
enxurrada de recursos, mas a banca não mudou sua opinião. Pois bem, a razão dos recursos é
o comando da questão, pois afirma que a nova contabilidade pública, logo, é referente ao pro-
cesso de convergência das normas contábeis brasileiras. Nesse sentido, consta no MCASP:
Com isso, a contabilidade poderá atender a demanda de informações requeridas por seus usuários,
possibilitando a análise de demonstrações contábeis adequadas aos padrões internacionais e a
avaliação da situação fiscal dos órgãos e entidades públicos, sob os enfoques orçamentário e patri-
monial, com base em um Plano de Contas Nacional.
Portanto, na parte introdutória do Manual não há citação acerca do enfoque econômico e no
item 3 do referido documento há a afirmação de que “é importante compreender os diferentes
aspectos da contabilidade aplicada ao setor público (CASP) – orçamentário, patrimonial e
fiscal, de modo a interpretar corretamente as informações contábeis.”. Mais uma vez, não há
nenhuma referência ao aspecto econômico.
Ainda falando sobre o MCASP, seu item 2.3 aborda o conceito de conta contábil com o detalha-
mento que elas são agrupadas segundo suas funções para possibilitar: “d. Elaborar os Balan-
ços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial, a Demonstração das Variações Patrimoniais, de
Fluxo de Caixa, das Mutações do Patrimônio Líquido e do Resultado Econômico;”.
Pois é! Não é aspecto econômico, mas sim, resultado econômico. Ah, o CESPE. Bom, então é
isso, fiquemos de olho na banca examinadora e seus posicionamentos.
Certo.
Desta vez o CESPE não trouxe nenhuma surpresa. De acordo com o MCASP 8ª ed. em sua pá-
gina 51: “a contabilidade deve evidenciar, tempestivamente, os fatos ligados à administração
orçamentária, financeira e patrimonial, gerando informações que permitam o conhecimento da
composição patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros”. Copiou e colou.
Errado.
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Mais uma questão acerca do objeto da Contabilidade. Será sempre o patrimônio. Fácil, né?
Letra e.
Errado, né?! Sempre que vier um blábláblá... “O objeto da Contabilidade” pode marcar patrimônio.
Errado.
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c) dependente, mas não está sujeita as regras de contabilidade aplicada ao setor público.
d) independente cujos recursos financeiros repassados pelo controlador contribui para evitar
prejuízos na empresa.
e) dependente e está sujeita as regras da contabilidade privada e da contabilidade aplicada ao
setor público.
Uma entidade de economia mista estará sujeita às regras da contabilidade privada, contudo,
quando ela receber recursos do seu Ente controlador, para pagamento de despesas de pessoal
e custeio em geral ela será enquadrada no conceito de estatal dependente. Como estatal de-
pendente ela está sujeita, também, às regras da contabilidade aplicada ao setor público.
Letra e.
Embora seja uma fundação seja de direito privado, o que nos levaria a crer que ela seguiria as
regras da contabilidade privada, ela recebe recursos do Estado para o custeio de suas ativida-
des e, por esse motivo, ela está no rol das entidades da administração indireta que devem se
sujeitar às regras da CASP, sendo assim, está correto o enunciado.
Certo.
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Outra questão abordando o objeto da Contabilidade, que é o patrimônio e com ela temos uma
completa conceituação do termo. Patrimônio é o conjunto de direitos e de bens, tangíveis ou
intangíveis, onerados ou não, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente
ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou a exploração econômica por entidades
do setor público e suas obrigações.
Letra d.
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Regra geral, o objetivo da contabilidade pode ser destacado o controle do patrimônio que é
realizado através dos lançamentos contábeis. Esse controle do patrimônio tem como objetivo,
também, é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos
de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor
público e suas mutações, em apoio a:
• processo de tomada de decisão;
• adequada prestação de contas; e
• necessário suporte para a instrumentalização do controle social.
Certo.
Estas são entidades que devem adotar obrigatoriamente a estrutura conceitual, veja:
Aplicabilidade Entidades
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Aplicabilidade Entidades
De acordo com a STN e o CFC os Serviços Sociais estão dispensados de adotar a estrutura
conceitual. Portanto, gabarito é errado.
Atenção, em 2019 o Tribunal de Contas da União emitiu julgado obrigando os serviços sociais
a adotar a estrutura conceitual. Fique ligado(a).
Errado.
Mesmo sendo de direito privado e não pertencendo à área pública, uma entidade poderá estar
sujeita à prestação de contas contábil, como são os casos das Fundações de Apoio que re-
cebem recursos públicos para a gestão de pesquisas científicas. Nesse caso, embora sejam
entidades que não pertençam à administração pública, se sujeitam à estrutura conceitual.
Certo.
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Vamos dar uma revisada na natureza das contas e somar seus saldos:
Soma de Soma de
Descrição Elemento Natureza
Débitos Créditos
Patrimônio
Capital Social Credora 600
Líquido
Quando o enunciado afirma ter ocorrido um fato contábil permutativo podemos eliminar as op-
ções que afirmam quaisquer tipos de alterações no patrimônio líquido. Isso porque a variação
qualitativa é aquela que não modifica o patrimônio líquido da entidade, por envolver somente
uma troca entre os componentes patrimoniais do ativo e (ou) do passivo.
O enunciado nos diz, também, que o fato contábil permutativo foi realizado no ativo, isso sig-
nifica que houve um débito no ativo e um crédito no ativo. Não há aumento no ativo total, não
há aumento nos saldos credores e nem devedores, pois os lançamentos se anulam (mesma
teoria dos números positivos e negativos, presente na matemática).
Assim, nos resta a opção d, que como verificado na tabela, soma 1.770 os totais de débitos
e créditos.
Letra d.
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seu sentido mais amplo de ciência social, ela tem um objeto. Assinale a alternativa que eviden-
cia o objeto da contabilidade.
a) O gerenciamento contábil das entidades.
b) A apuração do lucro das entidades.
c) Geração de relatórios a seus proprietários.
d) O controle das entidades.
e) O patrimônio das entidades.
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Literal:
Letra c.
Esta é a essência do princípio do registro pelo valor original. Não é porque o ativo será reco-
nhecido por ser valor original ou histórico que ele permanecerá ad eternum com este valor. A
Ciência da Contabilidade possui procedimentos para garantir que as demonstrações contábeis
representem, em todos os aspectos relevantes, a posição financeira e patrimonial da entidade.
No ativo circulante o critério avaliação exposto tanto pela Lei quanto pela Teoria da Contabili-
dade é o “custo ou mercado, o mais baixo”. Como já tivemos oportunidade de abordar anterior-
mente, sabemos que os itens do ativo são reconhecidos inicialmente por seu valor de custo,
seja por compra ou por fabricação. Logo, se o valor de mercado for menor que o valor de custo,
deverá prevalecer o valor de mercado.
Essa regra encontra respaldo no princípio do conservadorismo, onde está contida a premissa
de que a Contabilidade nunca deve antecipar lucro, e sim, prejuízo. Em outras palavras, de
acordo com o princípio do conservadorismo, sempre que pousarem dúvidas acerca do valor
de uma transação econômica, a Contabilidade deve reconhecer o menor valor para o Ativo e o
maior valor para o Passivo.
Certo.
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Quaisquer entidades, sejam elas do setor privado ou público, devem obedecer aos princípios
de contabilidade, sem distinção.
Errado.
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Para responder a esta questão vamos utilizar o recurso mnemônico e que facilita a memorização:
P Prudência
E Entidade
C Competência
O Oportunidade
C Continuidade
e vai de brinde
Não existe o princípio da anterioridade (isso é coisa de direito tributário).
Letra d.
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Com base na situação hipotética apresentada, julgue os próximos itens, considerando os prin-
cípios de contabilidade aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Em atendimento ao princípio do registro pelo valor original, que indica o custo histórico como a
base de mensuração a ser utilizada para o registro inicial dos componentes patrimoniais, cada
unidade da mercadoria adquirida deve ser reconhecida ao preço de R$ 7,00.
a) 4, 1, 3, 2.
b) 2, 4, 1, 3.
c) 3, 1, 4, 2.
d) 1, 4, 2, 3.
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Terceiros – Pessoa Física, cuja prestação de serviços ainda tenha sido realizada, não devem
ser reconhecidos como um passivo porque fere o Princípio
a) da entidade.
b) da continuidade.
c) da competência.
d) da prudência.
e) do registro pelo valor original.
Estudamos que os restos a pagar não processados são aqueles que ainda não passaram pela
fase de liquidação, portanto, não são reconhecidos como obrigação para a entidade e não há
o reconhecimento de uma variação patrimonial e, dessa forma, em observância ao princípio da
competência – reconhecimento contábil dos fatos nos períodos de ocorrência – não devem
ser reconhecidos no passivo.
Letra c.
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Letra c.
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P Prudência
E Entidade
C Competência
O Oportunidade
C Continuidade
e vai de brinde
Letra a.
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GABARITO
2. E 18. e 34. e
3. E 19. E 35. c
4. E 20. E 36. C
5. c 21. e 37. E
6. d 22. C 38. E
7. c 23. d 39. E
8. b 24. d 40. d
9. c 25. C 41. C
10. c 26. C 42. b
11. a 27. C 43. a
12. c 28. E 44. c
13. d 29. C 45. b
14. d 30. E 46. c
15. e 31. d 47. a
16. C 32. d 48. a
17. E 33. d
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Formado em Ciências Contábeis – ênfase em Controladoria pela Pontífica Universidade Católica de Minas
Gerais. Especialista em auditoria, com MBA em Gestão de Contas Públicas e MBA em Compliance e
Investigação de Fraudes (em curso). É Auditor do Estado da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (CAGE),
órgão da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul (SEFAZ-RS), ex-auditor interno pleno na
Petrobras S.A., na área de auditorias especiais. Iniciou sua trajetória profissional na iniciativa privada e
acumula 18 anos de experiência com auditorias contábeis e operacionais. É professor de Contabilidade
Aplicada ao Setor Público (CASP) e Contabilidade Societária.
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