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CONTABILIDADE

PÚBLICA
Introdução à Contabilidade Aplicada ao
Setor Público

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CONTABILIDADE PÚBLICA
Introdução à Contabilidade Aplicada ao Setor Público

Sumário
Rodrigo Machado

Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
1. Aspectos Iniciais sobre a Contabilidade.. ................................................................................ 5
1.1. Conceitos Iniciais....................................................................................................................... 5
2. Contabilidade Aplicada ao Setor Público. . ............................................................................ 10
2.1. Contextualização.................................................................................................................... 10
2.2. Regimes Contábeis. . ................................................................................................................13
2.3. Regime Orçamentário. . ...........................................................................................................15
2.4. Regime Patrimonial.. ............................................................................................................... 17
3. Contabilidade Aplicada ao Setor Público – Campo de Aplicação.................................... 18
3.1. Contabilidade Aplicada ao Setor Público – de acordo com a Revogada NBC T 16.1
e com a NBC TSP – Estrutura Conceitual...................................................................................19
3.2. Contabilidade Aplicada ao Setor Público – Aplicabilidade das Normas. . ................... 24
4. Princípios da Contabilidade.. ................................................................................................... 25
4.1. Entidade.................................................................................................................................... 26
4.2. Continuidade........................................................................................................................... 27
4.3. Oportunidade.......................................................................................................................... 27
4.4. Registro pelo Valor Original. . ............................................................................................... 27
4.5. Competência. . .......................................................................................................................... 28
4.6. Prudência................................................................................................................................. 29
Mapas Mentais................................................................................................................................31
Resumo............................................................................................................................................. 35
Questões de Concurso..................................................................................................................40
Gabarito............................................................................................................................................ 67

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Rodrigo Machado

Apresentação
Querido(a) imparável.
Seja bem-vindo(a) à nossa aula inicial do curso de Contabilidade Pública. É muito bom es-
tar ao seu lado nesta jornada de estudos, que é bastante gratificante ao final. Olhar para trás
e perceber o quanto evoluímos ao longo desta caminhada é uma das grandes motivações em
nossa preparação.

Professor, como será o curso?

Nosso curso será estruturado para que o estudo transcorra de uma maneira leve e sem
traumas. Traumas? Por que traumas? Por que a Contabilidade seria traumática? Explico. Iniciei
meus estudos em Contabilidade nos idos de 1996, ainda adolescente e um curso técnico em
contabilidade. Meu primeiro contato com a matéria não foi dos mais românticos, na verdade,
foi traumático. Com menos de uma semana de aulas eu já tinha decidido que concluiria o cur-
so, mas não queria ser contador – de jeito nenhum -, seria advogado. O que criou o trauma com
contabilidade? A didática inicial. Na primeira aula aprendi que o “ativo debita, passivo credita”.
Depois eu vi que tinha créditos no ativo e nada mais fez sentido. A didática conta muito e desde
então procurei não repetir aquela famosa didática nas minhas aulas.
Ok! Se não terá didática traumática, como será, então? Excelente pergunta. Nos nossos
cursos, procuro seguir a seguinte linha: primeiro, fazemos um voo panorâmico sobre determi-
nado assunto, algo mais abrangente, desenhando o cenário. Em segundo, chamo-os para o voo
rasante, o voo da águia, certeiro, direto ao ponto e baixo risco de errar e com muito bom humor.
Essa é metodologia e o caminho para chegarmos ao lugar que queremos é usar os melhores e
mais atualizados materiais didáticos, mas relaxa, essa tarefa será minha. Pesquiso muito so-
bre materiais didáticos e invisto muito neles ($$$) e nossas aulas são reflexos disso. Embora
utilize os melhores livros, não fico citando determinado autor ao longo das aulas, para evitar
aulas burocráticas e deixá-las mais dinâmicas, como um bate-papo e aula presencial. A cita-
ção somente aparecerá quando for indispensável, como no caso de um artigo de determinada
Lei. Fechado? Ah! Uma parada, nós teremos muitos esquemas gráficos. É padrão do Gran que
cada aula tenha muitas questões, sendo todas elas comentadas.
Vamos à nossa apresentação? Eu sou o Rodrigo Machado, natural de Belo Horizonte, Con-
tador formado pela Pontifica Universidade Católica de Minas Gerais, especialista em auditoria
e com MBA em Gestão de Contas Públicas e MBA em Compliance e Investigação de Fraudes
e professor de contabilidade societária e pública para concursos. No Gran Cursos nós vamos
trabalhar com a Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Atualmente sou Auditor do Estado
no Rio Grande do Sul, cargo com status de órgão de Estado na Contadoria e Auditoria-Geral
do Estado (CAGE), que é uma das três subsecretarias da Fazenda. Faço parte do grupo

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de trabalho responsável pela discussão e implementação das práticas contábeis no RS. Já fui
Auditor Pleno na Petrobras e antes de ingressar na carreira pública estive na iniciativa privada
por treze e fui de pica-pau a gerente de auditoria interna.
Mantenho um perfil no Instagram e coloco várias dicas de contabilidade societária e da nos-
sa CASP, além de mensagens motivacionais, alguns exercícios e algumas bobeiras para deixar
a vida mais leve, então caso queira acompanhar, o perfil é @contabilidade_total. Há um vídeo
muito maneiro no Canal Imparável em que conto um pouco da minha história, então deixo aqui
o convite: https://www.youtube.com/watch?v=9QCHxtW9UNA&utm_source=hs_email&utm_
medium=email&utm_content=79437915&_hsenc=p2ANqtz--ZhPVHOQwxyLwmLlf6q3bl-
7bBZ6hqU6aEDj_d_Uq26bNCdCJAp90pdX-5udPS2R5q_i0jZlqmKHoIBsbZuLjPY4kyY8Q&_
hsmi=79437915
Vamos começar esse trem, então? Boralá, sô!
Abs.

Prof. Rodrigo Machado


@contabilidade_total

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1. Aspectos Iniciais sobre a Contabilidade


1.1. Conceitos Iniciais
A Contabilidade é uma ciência social que estuda o Patrimônio de uma entidade econômi-
co-administrativa, seja essa entidade uma pessoa física ou jurídica, se tiver Patrimônio, entra
no escopo da Contabilidade. Muita atenção deve ser dada ao termo “ciência social”, sabe por
quê? As bancas adoram afirmar erroneamente que a Contabilidade é uma ciência exata. Re-
centemente a VUNESP tentou pegar os candidatos de surpresa no concurso para Contador no
Ministério Público de São Paulo, 2019. A banca afirmou que a contabilidade:

É uma ciência exata que permite mensurar objetivamente o patrimônio líquido das entidades eco-
nômicas. O patrimônio líquido corresponde à diferença entre os grupos ativo intangível e passivo
intangível.

Para tornar correto esse enunciado faremos as seguintes correções: a contabilidade é uma
ciência social que permite mensurar objetivamente o patrimônio líquido das entidades econô-
micas. O patrimônio líquido corresponde à diferença ativo e passivo.
Bom, definida a Contabilidade como ciência social partimos para o próximo conceito, que é
o objeto. O Objeto da Contabilidade é o Patrimônio. Em 2018 no concurso da EBSERH o CESPE
afirmou que o “objeto de estudo da contabilidade são as entidades econômico-administrativas,
o que inclui as instituições com fins sociais”. Como não poderia ser diferente, o gabarito foi
errado, porque o objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades econômico-administra-
tivas. Sempre!

Professor, se o objeto é o Patrimônio, qual seria, portanto, o objetivo?

Ótima dúvida, mas ela acaba aqui. Regra geral, o objetivo da contabilidade pode ser desta-
cado o controle do patrimônio que é realizado através dos lançamentos contábeis. Esse con-
trole do patrimônio tem como objetivo, também, fornecer aos usuários informações sobre os
resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física
do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio a:
• processo de tomada de decisão;
• adequada prestação de contas; e
• necessário suporte para a instrumentalização do controle social.

A ciência da contabilidade possui dois ramos, a Contabilidade Aplicada ao Setor Público


e a Contabilidade Societária, Financeira, Comercial ou Geral. A regulamentação destes ramos
apresenta diferenças, pois a CASP adota os critérios definidos na Lei Federal n. 4.320/1964 e

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demais legislações correlatas. Por sua vez, a Contabilidade Societária adota os critérios da le-
gislação comercial, a Lei Federal n. 6.404/1976. Para os dois ramos há uma congruência, pois
cabe ao Conselho Federal de Contabilidade emitir as normas brasileiras de Contabilidade, no
entanto, as nomenclaturas divergem para cada ramo de atuação. As normas brasileiras voltas
à contabilidade aplicada ao setor público são detalhadas por NBC TSP, enquanto a contabilida-
de societária segue as NBC TG.
Outro fator relevante sobre nossa amada ciência contábil diz respeito ao seu aspecto infor-
macional. Ela se destina a levar informações aos usuários e estas informações são relaciona-
das ao patrimônio, seja ele público ou privado. Portanto, a finalidade da contabilidade é levar
informações aos seus usuários.

Atenção, o Cespe trata o objetivo e a finalidade da contabilidade como sinônimos.

Essas informações mudam conforme o interesse dos usuários. No setor público, os usuá-
rios da informação contábil possuem interesses distintos daqueles do setor privado. Veja:

Finalidade e interesse dos usuários

Contabilidade Aplicada ao Setor Público Contabilidade Societária

O objetivo do relatório Contábil-financeiro


de propósito geral1 é fornecer informações
o se a entidade prestou seus serviços à
contábil-financeiras acerca da entidade
sociedade de maneira eficiente e eficaz;
que reporta essa informação (reporting
o quais são os recursos atualmente disponíveis
entity) que sejam úteis a investidores
para gastos futuros, e até que ponto há restrições
existentes e em potencial, a credores
ou condições para a utilização desses recursos;
por empréstimos e a outros credores,
o a extensão na qual a carga tributária, que recai
quando da tomada decisão ligada ao
sobre os contribuintes em períodos futuros para
fornecimento de recursos para a entidade.
pagar por serviços correntes, tem mudado; e
Essas decisões envolvem comprar, vender
o se a capacidade da entidade para
ou manter participações em instrumentos
prestar serviços melhorou ou piorou em
patrimoniais e em instrumentos de
comparação com exercícios anteriores.
dívida, e a oferecer ou disponibilizar
empréstimos ou outras formas de crédito.

Professor, quem são os usuários da informação contábil?

Via de regra, qualquer pessoa que tiver interesse em conhecer a situação de uma entidade,
seja ela pública ou privada, será usuário da informação contábil. Isso porque ele vai buscar
informações acerca deste patrimônio fazendo uso do conjunto das demonstrações contábeis.
Quando se fala em usuários da informação contábil é importante ficar atento em relação às
normas brasileiras de contabilidade.
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No âmbito do setor público, a NBC TSP Estrutura Conceitual define que:

os RCPGs devem ser elaborados e divulgados, principalmente, para atender às necessidades de


informações dos usuários dos serviços e dos provedores de recursos, quando estes não detêm a
prerrogativa de exigir que a entidade do setor público divulgue as informações que atendam às suas
necessidades específicas. Os membros do poder Legislativo são também usuários primários dos
RCPGs e utilizam extensiva e continuamente esses relatórios enquanto atuam como representantes
dos interesses dos usuários de serviços e dos provedores de recursos. Assim, para os propósitos
desta estrutura conceitual, os usuários primários dos RCPGs são os usuários dos serviços e seus
representantes e os provedores de recursos e seus representantes (doravante identificados como
usuários dos serviços e provedores de recursos, a não ser que sejam identificados de outra forma).

Por sua vez, na Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação do Relatório Contábil-fi-
nanceiro (CPC 00 (R1)) detalha que:

As demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas para usuários externos em geral, ten-
do em vista suas finalidades distintas e necessidades diversas. Governos, órgãos reguladores ou
autoridades tributárias, por exemplo, podem determinar especificamente exigências para atender a
seus próprios interesses. Essas exigências, no entanto, não devem afetar as demonstrações contá-
beis elaboradas segundo esta Estrutura Conceitual.
Demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve esta Estrutura Conceitual objetivam
fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte
dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de
determinados grupos de usuários.
Demonstrações contábeis elaboradas com tal finalidade satisfazem as necessidades comuns da
maioria dos seus usuários, uma vez que quase todos eles utilizam essas demonstrações contábeis
para a tomada de decisões econômicas, tais como:
(a) decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;
(b) avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida e
quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas;
(c) avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros benefí-
cios;
(d) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à entidade;
(e) determinar políticas tributárias;
(f) determinar a distribuição de lucros e dividendos;

Um detalhe extremamente importante sobre a contabilidade e que costuma gerar confusão


quando se estuda a contabilidade societária e aplicada ao setor público é acerca do que será
contabilizado. Na contabilidade societária não há controle de atos administrativos, somente
dos fatos.

Como assim, mineirin?

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Simples. Os atos não provocam alterações no patrimônio das Entidades, por isso não são
objeto de registro pelo ramo da contabilidade societária, eles são apenas decisões e procedi-
mentos. Os fatos contábeis, sim, são contabilizados.
Um fato é uma ação feita. Fato contábil é todo evento econômico na entidade contábil que
possui expressão monetária e que afeta o patrimônio, com impacto quantitativo ou qualitativo.
Esse fato pode ser administrativo ou não administrativo. Vamos aos conceitos?
Os fatos administrativos são praticados pela gestão e que correspondem à maioria dos
fatos que são realizados em qualquer período analisado. Os fatos não administrativos são
aqueles que não resultam de uma ação da gestão da Entidade, como por exemplo, o roubo
de hélices de navio em uma Autarquia Estadual. Embora sejam fatos e serão contabilizados –
porque diminuem o patrimônio da referida Autarquia -, eles são fatos não administrativos, pois
não decorreram de decisões da gestão, embora, a ela possa ser imputada a responsabilidade.
Quando se fala da Contabilidade Aplicada ao Setor Público nós teremos a contabilização
de atos administrativos e, recordando os conceitos, regra geral, os atos não vão gerar modifi-
cações no patrimônio da entidade.

Professor, então por que a CASP realiza a contabilização dos atos?

É porque ela possui esse viés orçamentário. Quer um exemplo? Quando temos a aprova-
ção da Lei Orçamentária Anual, temos a previsão de receitas e fixação de despesas, correto?
Nesse momento não há modificação do patrimônio público, mas uma previsão daquilo que
virá a acontecer ao longo do exercício financeiro; e a CASP realiza a contabilização. Nessa fase
teremos a previsão de arrecadação e também a fixação dos gastos. Pode-se dizer que a CASP
tem então um perfil mais conservador que a Contabilidade Societária, porque ela realiza a con-
tabilização do seu planejamento orçamentário, enquanto a Contabilidade Societária, não faz.
Quando a CASP realiza estes registros de previsões, ela utiliza o sistema de Controle e esse
assunto será mais bem detalhado ao longo do nosso curso, beleza?
Vamos fazer uma esquematização dessa diferença entre a CASP e a contabilidade societá-
ria? Lembrando que existem diversas outras diferenças e vamos detalhando ao longo do curso.

Diferenças entre Contabilidade Societária e Aplicada ao Setor Público

Via de regra, não registra contabilmente atos


Societária administrativos

Aplicada ao Setor Realiza a contabilização Utiliza o sistema de Controle


Público de atos administrativos para esse registro contábil

Por fim, de modo amplo nós temos a finalidade da Contabilidade, que é fornecer infor-
mações aos seus usuários e estas informações são levadas aos usuários por meios das de-
monstrações contábeis. De modo mais restrito, as demonstrações contábeis no setor público
devem proporcionar:

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Informação útil para subsidiar a tomada de decisão e a prestação de contas e responsabilização da
entidade quanto aos recursos que lhe foram confiados, fornecendo informações:
(a) sobre as fontes, as alocações e os usos de recursos financeiros;
(b) sobre como a entidade financiou suas atividades e como supriu suas necessidades de caixa;
(c) úteis na avaliação da capacidade de a entidade financiar suas atividades e cumprir com suas
obrigações e compromissos;
(d) sobre a condição financeira da entidade e suas alterações; e
(e) agregadas e úteis para a avaliação do desempenho da entidade em termos dos custos dos servi-
ços, eficiência e cumprimento dos seus objetivos. (NBC TSP 11 – Apresentação das Demonstrações
Contábeis).

A Contabilidade, assim como as demais ciências sociais, busca suas especializações de


acordo com os ramos de atuação e assim nós temos alguns campos aplicados da ciência con-
tábil e podemos estruturá-los inicialmente em dois ramos:
• Contabilidade Aplicada ao Setor Público; e
• Contabilidade Societária/Financeira/Geral.

Ufa! Vamos sintetizar todas essas informações em um mapa mental?

Abaixo de cada ramo da Ciência Contábil você pode perceber qual o foco que é dado por
ele em relação àquilo que é trabalhado. Nesse curso nós vamos trabalhar com a Contabilidade
Aplicada ao Setor Público, a nossa CASP. Para que possamos avançar no estudo da nossa

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matéria é imprescindível que nossa linguagem esteja alinhada. Então, as demonstrações con-
tábeis passam a ser denominadas Relatórios Contábeis de Propósito Geral ou simplesmente,
RCPG. Vamos buscar sempre os conceitos mais atualizados nas nossas normas brasileiras de
contabilidade, fazendo seus devidos esclarecimentos e ajustando os conceitos. Combinado?

2. Contabilidade Aplicada ao Setor Público


2.1. Contextualização
Inicialmente nós conceituamos a contabilidade e agora vamos aprofundar a conceituação
própria para a Contabilidade Aplicada ao Setor Público. A Contabilidade Aplicada ao Setor Pú-
blico não é uma ciência e isso deve ser bastante frisado, pois é comum as bancas quererem
confundir os candidatos e afirmar o contrário, portanto, a Contabilidade é uma ciência (social)
e a CASP é um ramo da Contabilidade. Agora sim, vamos ao conceito:

A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo
gerador de informações, os princípios de contabilidade e as normas contábeis direcionados ao
controle patrimonial de entidades do setor público.

Professor, há outros conceitos importantes?

Tem isso, sim! Vamos estudá-los por meio de uma tabela, então passa a visão:

CASP Objetivo Objeto Função social

fornecer aos usuários


informações sobre os deve refletir,
é o ramo da
resultados alcançados sistematicamente,
ciência contábil
e os aspectos de o ciclo da
que aplica, no
natureza orçamentária, administração
processo gerador
econômica, financeira pública para
de informações,
e física do patrimônio evidenciar
os Princípios
da entidade do informações
Fundamentais de Patrimônio público
setor público e suas necessárias
Contabilidade e as
mutações, em apoio ao à tomada de
normas contábeis
processo de tomada decisões, à
direcionados ao
de decisão; a adequada prestação de
controle patrimonial
prestação de contas; e o contas e à
de entidades do
necessário suporte para instrumentalização
setor público.
a instrumentalização do do controle social.
controle social.

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DICA
Atenção, porque o CESPE trabalha com objetivo e finalidade
como sendo sinônimos.

A ciência contábil no Brasil vem passando por um processo de constante atualização rumo
à convergência de suas práticas com as internacionais, nesse contexto é necessário que seja
analisado esse processo de uma maneira sistêmica e histórica. Essa evolução histórica na
ciência contábil vem alinhada com a própria evolução das finanças públicas e é com essa
abordagem que o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) afirma que:

o primeiro marco histórico foi a edição da Lei n. 4.320/1964, que estabeleceu importantes regras
para propiciar o controle das finanças públicas, bem como a construção de uma administração
financeira e contábil sólidas no País, tendo como principal instrumento o orçamento público. Deste
modo, o orçamento público ganhou significativa importância no Brasil. Como consequência, as nor-
mas relativas a registros e demonstrações contábeis, vigentes até hoje, acabaram por dar enfoque
sobretudo aos conceitos orçamentários, em detrimento da evidenciação dos aspectos patrimoniais.

Nesse aspecto de avanços das finanças públicas e da ciência da contabilidade, outro mar-
co que merece destaque é a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Essa lei estabeleceu para
toda a Federação, direta ou indiretamente, limites de dívida consolidada, garantias, operações
de crédito, restos a pagar e despesas de pessoal, dentre outros, com o intuito de propiciar o
equilíbrio das finanças públicas e instituir instrumentos de transparência da gestão fiscal. Por-
tanto, a grande temática da LRF foi colocar “em ordem a casa” atrás de equilíbrio das contas,
sem gastar mais do que se arrecada.
No âmbito contábil, a LRF inovou ao criar a obrigação de consolidação das contas públicas.

Ué, explicar melhor, professor?

Claro, sô. Deixa comigo. A LRF estabeleceu a exigência de realizar a consolidação nacional
das contas públicas. Lembra que quando estudamos a Contabilidade Societária e abordamos
a consolidação das demonstrações contábeis e combinação de negócios? Então, o conceito é
o mesmo, mas se lá nós consolidamos demonstrações contábeis da iniciativa privada, por exi-
gência da LRF consolidamos os relatórios Contábil-financeiro no âmbito público. Esta compe-
tência é exercida pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) por meio da publicação anual do
Balanço do Setor Público Nacional (BSPN), congregando as contas da União, estados, Distrito
Federal e municípios. Maneiro demais, não? E é cobrado em concurso.
O concurso de 2016 para Auditor de Controle Externo no Tribunal de Contas do Estado do
Pará, o CESPE afirmou que “além de exercer o papel de órgão central do Sistema de Contabi-

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lidade Federal, a Secretaria do Tesouro Nacional também exerce a atividade de órgão setorial
contábil dos órgãos integrantes da Presidência da República”. O gabarito da questão é errado,
mas por ter afirmado que a STN exerce a atividade de órgão setorial contábil dos órgãos inte-
grantes da Presidência da República. Quem desempenha essa função é o controle interno da
Casa Civil, conforme previsto na Lei n. 10.180/2001.
Para que aconteça esse processo consolidação dos relatórios contábeis de propósitos ge-
rais é necessária uma padronização, nesse intento, a STN recebeu essa competência por meio
do Decreto n. 6.796/2009 e Portaria MF n. 184/2008, portanto, cabe a ela editar:
• normativos;
• manuais;
• instruções de procedimentos contábeis; e
• plano de contas aplicado ao setor público.

Todos estes instrumentos encontram-se alinhados às normas brasileiras de Contabilidade,


editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), e trabalham no sentido de buscar con-
vergência às normas internacionais de contabilidade aplicada ao setor público – International
Public Sector Accounting Standards (IPSAS) – editadas pelo International Public Sector Accou-
nting Standards Board (IPSASB).
O MCASP define o plano de contas aplicado ao setor público como uma das maiores con-
quistas da contabilidade aplicada ao setor público, por tornar uma ferramenta fundamental à
consolidação das demonstrações contábeis e adoção das normas internacionais de conta-
bilidade aplicada ao setor público. Adicionalmente, o MCASP afirma que o Plano de Contas
Aplicado ao Setor Público (PCASP) possibilitou:

a) Segregação das informações orçamentárias e patrimoniais: no PCASP as contas contábeis são


classificadas segundo a natureza das informações que evidenciam – orçamentária, patrimonial e
de controle, de modo que os registros orçamentários não influenciem ou alterem os registros patri-
moniais, e vice-versa.
b) Registro dos fatos que afetam o patrimônio público segundo o regime de competência: as va-
riações patrimoniais aumentativas (VPA) e as variações patrimoniais diminutivas (VPD) registram
as transações que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido, devendo ser reconhecidas nos
períodos a que se referem, segundo seu fato gerador, sejam elas dependentes ou independentes da
execução orçamentária.
c) Registro de procedimentos contábeis gerais em observância às normas internacionais, como as
provisões, os créditos tributários e não tributários, os estoques, os ativos imobilizados e intangíveis,
dentre outros. Incluem-se também os procedimentos de mensuração após o reconhecimento, tais
como a reavaliação, a depreciação, a amortização, a exaustão e a redução ao valor recuperável (im-
pairment), dentre outros.

Bom, após essas informações podemos estruturar mais um esquema gráfico com as ino-
vações que aconteceram na nossa amada CASP:

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2.2. Regimes Contábeis


Na Ciência Contábil há praticamente dois regimes contábeis que podem ser utilizados para
o reconhecimento das variações realizadas no patrimônio das Entidades e na determinação
dos resultados destas variações:
• Regime de Caixa; e
• Regime de Competência.

No regime de caixa o reconhecimento das receitas ocorre no momento do ingresso dos re-
cursos e o reconhecimento das despesas se dá no momento que acontece o pagamento. Para
esse regime, o fluxo de caixa é o critério principal de observação e registro contábil.
Por outro lado, no regime de competência há a orientação que determina o reconheci-
mento contábil, tanto da receita quanto da despesa, que deve ser dado na ocorrência do fato
gerador, independentemente do momento do pagamento. O Princípio da Competência encon-
tra sua definição na Res. n. 750/1993 do CFC e recentemente ela foi revogada. Quando essa
norma brasileira de contabilidade foi revogada, vários alunos questionaram se não era mais
necessário estudar os Princípios de Contabilidade. Minha resposta sempre foi a mesma, pois
embora a norma tivesse sido revogada, os princípios de contabilidade continuam existindo. Dá
para imaginar a contabilidade sem seus princípios? Não dá, né?
Beleza, então vamos passar a visão nos Princípios de Contabilidade? Vamos lá!

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Embora contemos com a revogação da Resolução CFC n. 750/1993 os Princípios de Con-


tabilidade continuam vigendo, mesmo que implicitamente nas normas brasileiras de contabili-
dade. Veja esse trecho da nossa Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Público
(NBC TSP – Estrutura Conceitual):

22. As demonstrações contábeis e os relatórios de EFP [Estatísticas de Finanças Públicas] têm


muito em comum. Ambas as estruturas de relatórios estão voltadas para (a) informação contábil,
baseada no regime de competência, (b) ativos, passivos, receitas e despesas governamentais e
(c) informações abrangentes sobre os fluxos de caixa. Há uma considerável sobreposição entre as
duas estruturas de relatórios que sustentam essas informações. (Grifamos)

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Um dos avanços realizados pela Ciência Contábil Aplicada ao Setor Público foi a segrega-
ção das informações orçamentárias e patrimoniais e assim, no PCASP as contas contábeis
são classificadas segundo a natureza das informações que evidenciam – orçamentária, pa-
trimonial e de controle, de modo que os registros orçamentários não influenciem ou alterem
os registros patrimoniais, e vice-versa. Essa mudança é relativamente recente e antes disso a
CASP tinha enfoque essencialmente sob o regime orçamentário.

2.3. Regime Orçamentário


O regime para reconhecimento das receitas e das despesas orçamentárias, adotado no
Brasil para a CASP é o regime misto. Por meio desse regime adota-se o regime de caixa e o
regime de competência.
A adoção do regime misto decorre diretamente de obrigatoriedade prevista na Lei n.
4.320/1964, em seu art. 35, in verbis:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Esquematizando:

Muitos estudiosos afirmam que a Lei n. 4.320/1964 adotou um perfil conservador quando
estabeleceu o reconhecimento da receita pelo regime de caixa e a despesa pelo regime de
competência.

Professor, pode aprofundar nessa explicação?

Antes de iniciar sua resposta, farei uma ressalva, ainda não estudamos os estágios da re-
ceita e da despesa pública, mas isso não vai impactar negativamente no seu entendimento. O

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detalhamento desses estágios será feito adiante em curso. Pois bem, em relação à receita or-
çamentária, no que diz respeito ao momento do reconhecimento, cabe frisar que o estágio da
arrecadação ainda não deixa os recursos financeiros disponíveis para utilização pelos agentes
públicos. Nesse estágio da receita pública os recursos podem estar, ainda, em poder de insti-
tuições financeiras arrecadadoras. Então, meu(minha) caro(a) aluno(a), somente no estágio do
recolhimento é que os agentes arrecadadores transferem os recursos para o Tesouro, é nessa
fase que há o ingresso dos numerários nos cofres públicos.
Portanto, sob o enfoque orçamentário, o procedimento de reconhecer contabilmente a re-
ceita somente no estágio da arrecadação é condizente com o regime de caixa. Veja que esse
assunto é bastante cobrado em provas de concursos e na visão do Cespe – que é uma banca
examinadora de referência –, é correto afirmar que:

Diferenciar o regime orçamentário por meio do qual receitas e despesas são tratadas pode ser útil
para melhor evidenciar a situação fiscal do governo. Nesse sentido, adota-se, no Brasil, o regime
orçamentário misto: para a receita, adota-se o regime de caixa e, para a despesa, o regime de com-
petência (CESPE, TRT 10ª Região, 2013).

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Professor, entendi a parte da receita, mas e a despesa, como funciona?

No que diz respeito à despesa orçamentária, a legislação adotou uma postura conservado-
ra também. Isso porque determinou que seu reconhecimento se dá pelos valores legalmente
empenhados, independente do seu pagamento, ainda que seus serviços e os bens solicitados
não tenham sido recebidos pela Administração Pública. Sabe por quê? Porque o empenho é
o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento
pendente ou não de implemente de condição. Portanto, quando um agente público realiza um
empenho, ele afirma que aquele valor possui dotação orçamentária prevista para o seu paga-
mento. É como se nós dois fizemos um compromisso com um fornecedor e déssemos a ele
um cheque (empenho), sabendo que em nossa conta possui dinheiro suficiente (dotação orça-
mentária) para o desconto desse cheque.
Sendo assim, o regime orçamentário tem esse enfoque voltado, ora para o reconhecimento
pelo regime de caixa, ora para o reconhecimento pelo regime de competência. A Contabilidade
Aplicada ao Setor Público perdurou no Brasil por longos anos sob forte conotação dos concei-
tos orçamentários, mas isso vem mudando sistematicamente. Embora não se tenha deixado
de lado a contabilidade realizada sobre o enfoque orçamentário, adicionou-se o enfoque patri-
monial. É sobre isso que nós vamos falar agora, parceiro(a).

2.4. Regime Patrimonial


No processo de convergência das normas brasileiras de contabilidade às normas interna-
cionais, a CASP passou a adotar reconhecimento contábil das receitas e das despesas pelo
regime de competência. Esse um posicionamento defendido pela melhor doutrina. Contudo,
além da doutrina, contamos agora com as normas brasileiras de contabilidade priorizando o
regime de competência para elaboração e divulgação das demonstrações contábeis de propó-
sito geral. A exemplo disso temos a NBC TSP 11 que ao definir seu alcance estabelece: “Esta
norma deve ser aplicada em todas as demonstrações contábeis elaboradas e apresentadas de
acordo com o regime de competência e com as NBCs TSP”.
A receita e a despesa contábeis decorrem de fatos modificativos aumentativos e diminu-
tivos, respectivamente. Portanto, seus efeitos devem ser reconhecidos no patrimônio quando
da alteração da respectiva situação patrimonial e esse reconhecimento deve ocorrer indepen-
dentemente de haver ou não autorização orçamentária. Logo, esse é exatamente o enfoque
dado pelo regime patrimonial e que é festejado pelo Manual de Contabilidade Aplicado ao
Setor Público.
Embora estejamos passando por todas essas mudanças, de adoção de uma contabilidade
patrimonial adicionada à contabilidade orçamentária, a Estrutura Conceitual destaque em seu
item 8 e 9 o funcionamento e a importância do orçamento público, pois:

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O governo e outras entidades do setor público elaboram orçamentos. No Brasil, a Constituição exige
a elaboração do orçamento anual, a sua aprovação pelo poder Legislativo e a sua disponibilização à
sociedade. A legislação brasileira define o que a peça orçamentária deve conter. A sociedade fiscali-
za a gestão das entidades públicas diretamente, respaldada pela Constituição, ou indiretamente, por
meio de representantes. O orçamento aprovado é utilizado como base para a definição dos níveis de
tributação e de outras receitas, compondo o processo de obtenção de autorização legislativa para
a realização do gasto público.

Ao tratar a devida importância do orçamento público, o mesmo documento afirma que:

Devido à importância do orçamento público aprovado, as informações que possibilitam aos usu-
ários compararem a execução orçamentária com o orçamento previsto facilitam a análise quanto
ao desempenho das entidades do setor público. Tais informações instrumentalizam a prestação
de contas e a responsabilização (accountability) e fornecem subsídios para o processo decisório
relativo aos orçamentos dos exercícios subsequentes. A elaboração de demonstrativo que apresen-
ta e compara a execução do orçamento com o orçamento previsto é o mecanismo normalmente
utilizado para demonstrar a conformidade com os requisitos legais relativos às finanças públicas.

Veja que interessante, a adoção do regime de competência nas entidades do setor público
para gerar informações patrimoniais requer atenção quanto às regras para reconhecimento
das etapas da execução orçamentária. Assim, quando o fato gerador de um passivo exigível
ocorrer antes do empenho, ou entre o empenho e a liquidação orçamentária, a entidade deve
registrar uma etapa chamada “empenho em liquidação”.
Sendo assim, após essa introdução sobre como era e como é, atualmente, nossa Contabi-
lidade Aplicada ao Setor Público, vejamos qual o seu campo de aplicação.

3. Contabilidade Aplicada ao Setor Público – Campo de Aplicação


O campo de aplicação da contabilidade pública é delimitado pela Lei n. 4.320/1964. Essa
lei é a responsável pela definição de uma série de procedimentos aplicáveis à contabilidade no
setor público. Em seu preâmbulo consta que ela:

estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços
da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

Em seu título X a 4.320/1964 coloca em seu bojo as autarquias e fundações ao prever que:

Art. 107 As entidades autárquicas ou paraestatais, inclusive de previdência social ou investidas de


delegação para arrecadação de contribuições parafiscais da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal terão seus orçamentos aprovados por decreto do Poder Executivo, salvo se disposi-
ção legal expressa determinar que o sejam pelo Poder Legislativo. (Vide Decreto n. 60.745, de 1967)

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Parágrafo único. Compreendem-se nesta disposição as empresas com autonomia financeira e ad-
ministrativa cujo capital pertencer, integralmente, ao Poder Público.
(...)
Art. 110. Os orçamentos e balanços das entidades já referidas, obedecerão aos padrões e normas
instituídas por esta lei, ajustados às respectivas peculiaridades.
Parágrafo único. Dentro do prazo que a legislação fixar, os balanços serão remetidos ao órgão cen-
tral de contabilidade da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, para fins de incor-
poração dos resultados, salvo disposição legal em contrário.

No que diz respeito às entidades que estão sujeitas às normas da Contabilidade Pública,
na doutrina não há consenso. De acordo com muitos autores, empresas públicas e sociedades
de economia mista que integrarem os orçamentos fiscal e da seguridade social devem obede-
cer às normas de contabilidade aplicada ao setor público. De outro modo, há autores que se
limitam a incluir no rol da contabilidade pública somente as autarquias e fundações. Portanto,
não há consenso. Nesse caso, a melhor alternativa para apoiar nossas decisões são os posi-
cionamentos das bancas de concursos públicos.
Veja bem qual foi o posicionamento do CESPE em concurso do Ministério Público da União
no ano de 2013:

as empresas de capital aberto que não estão contempladas no orçamento de investimentos, mas
constam do orçamento fiscal e da seguridade social estão no campo de aplicação da contabilidade
pública e são isentas das exigências da contabilidade empresarial.

Na visão da banca examinadora essa questão está incorreta, mas seu erro está centrali-
zado na afirmativa de que as empresas de capital aberto prescindem das exigências da con-
tabilidade empresarial. Logo, meu caro(a) companheiro(a) de estudos, é correto afirmar que,
para o CESPE, as empresas de capital aberto que não estão contempladas no orçamento de
investimentos, mas constam no orçamento fiscal e da seguridade social estão no campo de
aplicação da contabilidade pública.
Quando se fala em campo de aplicação da contabilidade governamental é necessário fazer
alguns alertas, pois tivemos recentemente a revogação da NBC T 16.1 – Conceituação, Objeto e
Campo de Aplicação e como os examinadores gostam de cobrar novidades, fiquemos atentos.

3.1. Contabilidade Aplicada ao Setor Público – de acordo com a


Revogada NBC T 16.1 e com a NBC TSP – Estrutura Conceitual
Feita a ressalva que a referida NBC foi revogada pela NBC TSP – Estrutura Conceitual, va-
mos conceituar o campo de aplicação que era previsto anteriormente. De acordo com a NBC T
16.1 constitui campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público:

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7. O campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades
do setor público.
8. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas pró-
prias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:
(a) integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais;
(b) parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de
prestação de contas e instrumentalização do controle social.

A revogação da referida norma não altera o campo de aplicação da contabilidade gover-


namental, contudo, o concurseiro deve se manter atento, principalmente aquele que já tinha
estudado a NCT 16.1, pois a Estrutura Conceitual trouxe novidades.
A primeira delas diz respeito ao termo. Atualmente não temos mais “campo de aplicação”
da contabilidade governamental nas normas brasileiras, mas sim, alcance. De acordo com a
Estrutura Conceitual, seu alcance é detalhado da seguinte maneira:

1.8A. Esta estrutura conceitual e as demais NBCs TSP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades
do setor público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs. Estão compreendidos no conceito
de entidades do setor público: os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais e seus res-
pectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o Ministério Público), órgãos,
secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo poder pú-
blico), fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das administrações
direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).

Vamos esquematizar?

Outro esquema gráfico aplicável:

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Temos aqui um conceito necessário de esclarecimentos, concorda? O que é uma estatal


dependente? A própria Estrutura Conceitual cuidou de esclarecer o termo em seu item 1.8B,
ao afirmar que as empresas estatais dependentes são empresas controladas que recebem do
ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal, despesas de
custeio em geral ou despesas de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de
aumento de participação acionária.
Assim quando formos definir se uma empresa estatal é dependente, devemos usar um
check list para chegarmos à conclusão; e não errar na prova.

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Veja que interessante, se a empresa for controlada, receber recursos para o pagamento
de despesas de pessoal e custeio em geral, receber recursos para pagamento de despesas de
capital, será considerada estatal dependente. Caso os recursos repassados pelo Ente contro-
lador a uma empresa estatal se caracterizem como aumento de participação acionária, por si
só, não a transforma em estatal dependente, ok? Fiquemos ligados na fita!
Vamos aproveitar a onda e conceituar empresas estatais independentes? Bora ou vamos?
Se liga então:

as empresas estatais independentes são todas as demais empresas controladas pelas entidades
do setor público que não se enquadram nas características expostas no item 1.8B, as quais, em
princípio, não estão no alcance desta estrutura conceitual e das demais NBCs TSP (ver item 1.8D).

Por fim, a Estrutura Conceitual criou uma decisão discricionária para algumas entidades ao
afirmar em seu item 1.8D que:

as demais entidades não compreendidas no item 1.8A, incluídas as empresas estatais independen-
tes, poderão aplicar esta estrutura conceitual e as demais NBCs TSP de maneira facultativa ou por
determinação dos respectivos órgãos reguladores, fiscalizadores e congêneres.

Contudo, caso algum órgão regulador ou fiscalizador determine à entidade inicialmente


fora do alcance da NBC TSP, a adoção da referida norma, ela entra no alcance. Fiquem ligados
nas pegadinhas, combinado? 😊
Sabe por que é importante estudar isso? Por isso mesmo, porque é cobrado em provas,
então vamos resolver mais uma questão:

001. (CESPE/ABIN/2018) A respeito da estrutura conceitual que fundamenta a elaboração


e a divulgação dos relatórios contábeis de propósitos gerais das entidades do setor público
(RCPGs), julgue o item que se segue.
A estrutura conceitual se aplica tão somente aos governos federal, estadual, municipal e dis-
trital, mas, também, às autarquias e às fundações mantidas pelo poder público, aos fundos e
consórcios públicos.

De acordo com o item 1.8A da Estrutura Conceitual podemos afirmar que o gabarito desta
questão é incorreto, pois afirma que as NBCs TSP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades
do setor público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs. Estão compreendidos no con-
ceito de entidades do setor público: os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais
e seus respectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o Ministério
Público), órgãos, secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e
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mantidas pelo poder público), fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas con-
gêneres das administrações direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).
Errado.

O PULO DO GATO
Temos uma polêmica quando o assunto é alcance das NBC TSP e os Conselhos de Regula-
mentação Profissional. A NBC T 16.1 incluía essas organizações no rol daquelas que devem
observá-la, a Estrutura Conceitual é silente a respeito dessas organizações. Os Conselhos de
Regulamentação Profissional são autarquias, portanto, essas entidades estão dentro do alcan-
ce obrigatório da Estrutura Conceitual, de acordo com a visão do Conselho Federal de Conta-
bilidade. Contudo, o MCASP torna facultativa a aplicação das normas contábeis aplicadas ao
setor público para essas entidades. Vamos esquematizar esse trem?

Outro aspecto merecedor de atenção é quando falamos acerca do alcance das normas
brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público e os Serviços Sociais Autônomos, co-
nhecidos como Sistema “S”, composto por:
• SESI;
• SENAI;
• SENAT;
• SENAC;
• SESC;
• SEBRAE;
• SENAR;
• SEST; e
• SESCOOP.

De acordo com a NBC TSP – Estrutura Conceitual, emitida pelo Conselho Federal de Conta-
bilidade as entidades do Sistema S estão fora do alcance das normas contábeis aplicadas ao

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setor público por se tratarem de entidades sem fins lucrativos. A elas aplicam-se as determina-
ções previstas na ITG 2002 (R1) – Entidades sem fins lucrativos. Anteriormente, por meio da re-
vogada NBC T 16.1, o Sistema S era obrigado a aplicar as normas destinadas ao setor público.
Como treta pouca é bobagem, em maio de 2019 o Tribunal de Contas da União decidiu que
o Sistema S está obrigado a aplicar as normas de contabilidade voltadas ao setor público. Se
liga concurseiro! Veja aí a reportagem na íntegra <https://portal.tcu.gov.br/imprensa/noticias/
sistema-s-deve-utilizar-normas-contabeis-aplicadas-ao-setor-publico.htm>
Em decisão recente, por meio do Acórdão 1567 – Plenário do Tribunal de Contas da União,
publicado no Diário Oficial da União em 17/06/2020 tivemos a seguinte decisão:

ACORDAM os ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão do Plenário, ante as


razões expostas pelo Relator, em:
9.1. considerar cumprida a determinação contida no item 9.2.2 do acórdão 991/2019-TCU-Plenário;
9.2. fixar o entendimento de que se aplicam aos serviços sociais autônomos, em complemento às
Normas Brasileiras de Contabilidade expedidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, as normas
de contabilidade pública emitidas pela Secretaria do Tesouro Nacional, na condição de órgão cen-
tral do sistema de contabilidade federal;
9.3. dar ciência desta decisão aos entes nacionais do Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Na-
cional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Social do Transporte (Sest), Serviço Nacional de Apren-
dizagem do Transporte (Senat), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço Nacional
de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (Sebrae), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), à Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), à Associação das Pioneiras Sociais (APS)
e à Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater);
9.4. encerrar o processo e arquivar os presentes autos.

É isso, caso conste em sua prova, fique atento ao enunciado e o alcance da Contabilidade
Aplicada ao Setor Público.

3.2. Contabilidade Aplicada ao Setor Público – Aplicabilidade das


Normas
Atualmente contamos com duas fontes fundamentais quando nos referimos às normas de
contabilidade que são aplicadas ao setor público, sendo elas:
• Normas Brasileiras Contábeis Técnicas; e
• Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público.

As normas brasileiras contábeis técnicas são documentos emitidos pelo Conselho Federal
de Contabilidade e, como normas, são de aplicabilidade obrigatória por aqueles que operam a
Ciência da Contabilidade no âmbito público. Já o que o Manual de Contabilidade Aplicado ao

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Setor Público (MCASP) é documento emitido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que
é órgão central de contabilidade aplicada ao setor público no Brasil. Como órgão central de
contabilidade no Brasil, a STN regulamenta os padrões contábeis no âmbito da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios.
Embora a STN e o CFC tenham grupos de trabalhos conjuntos e realizem a padronização
contábil na busca do processo de convergência das normas nacionais à internacionais, even-
tualmente vamos perceber que um assunto foi regulado pelo CFC e não foi regulado pela STN
e vice e versa.
Quando se trata da aplicabilidade das normas de contabilidade a STN e o CFC possuem
entendimento alinhado e de acordo com ambos, as entidades detalhadas abaixo devem rea-
lizar seus procedimentos em consonância com as normas emitidas por eles, com uma dife-
rença que, um tem adoção obrigatória, outro, facultativa, conforme já detalhamos nos itens
anteriores.

4. Princípios da Contabilidade
A Contabilidade é entendida como uma ciência social assim como a administração, o di-
reito, a sociologia. Como ciência social, a contabilidade conta com princípios que servem para
delimitar de forma objetiva suas diretrizes. Independente do setor em que está inserida a enti-
dade, seu porte, seu enquadramento tributário, todas devem observar os princípios de contabi-
lidade na preparação e divulgação de seus relatórios contábeis.
Tais princípios foram sendo criados ao longo do próprio desenvolvimento da ciência e, no
Brasil, foram regulados pela Resolução do Conselho Federal de Contabilidade n. 750/1993.
Contudo, esta resolução foi revogada pelo Conselho Federal de Contabilidade.

Professor, então quer dizer que não precisamos mais estudar os princípios de contabili-
dade?

Muito antes, pelo contrário. É necessário continuar estudando os princípios. Afinal de con-
tas a contabilidade é uma ciência social e inconcebível imaginar uma ciência social sem seus
princípios. Os princípios são divididos em seis e um recurso mnemônico que facilita a memo-
rização é a palavra: PRECOCe. Veja:

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P Prudência

R Registro pelo Valor Original

E Entidade

C Competência

O Oportunidade

C Continuidade

e vai de brinde

Embora revogada, a Res. CFC n. 750/1993 continua importante por seus aspectos didáti-
cos e, principalmente, porque sua leitura e entendimento facilita a compreensão da Estrutura
Conceitual, visto que os princípios constam no documento, de forma implícita. Ah, tem mais
um detalhe absolutamente importante: ela consta no edital
Por fim, cumpre destacar que a observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória
no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Con-
tabilidade (NBC).

4.1. Entidade
O princípio da entidade é um dos mais exigidos por bancas de concursos públicos. O pri-
meiro fator a ser destacado acerca deste princípio reside no objeto da contabilidade. É por
força do princípio da entidade que se entende o patrimônio como objeto da contabilidade. O
segundo fator está concentrado na separação dos patrimônios existentes, dos sócios e da en-
tidade que reporta a informação. Estes patrimônios não podem se confundir, portanto, devem
manter-se separados.

Professor, qual a necessidade de separar esses patrimônios? Não é tudo a mesma coisa?

Não é, não. Primeiro, qual seria a motivação de um empreendedor em criar algo sabendo
que seu patrimônio particular poderá ser alcançado por credores?

Imagine, o cara cria algo, decreta falência e ele perde a casa própria para pagar dívidas? Sabe-
mos que no ramo do Direito há esta possibilidade de avanço no patrimônio do particular, mas
este não é o escopo desta aula.

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Agora um exemplo real, um servidor resolve abrir um restaurante na Serra Gaúcha e toma
empréstimos consignados para criar capital de giro, notou que ele confundiu os patrimônios?
O negócio não prospera e ele decreta falência do restaurante. O que poderia ser somente um
mau negócio torna-se um drama, porque o crédito consignado continuará na folha deste servi-
dor por muitos anos, comprometendo seus rendimentos.
Perceba, com este exemplo, que o princípio da Entidade não é algo apenas para ser cobra-
do em provas. Ele precisa ser aplicado na vida real. Em tempo, nunca tive restaurante.
Nas questões de concursos, atenção, apareceu a palavrinha patrimônio há grandes chan-
ces de ser referente ao princípio da entidade.

4.2. Continuidade
O princípio da continuidade é relevância no contexto da contabilidade, porque em decor-
rência deste princípio há o entendimento de que a entidade continuará em operação do futuro.

Professor, qual a relevância de presumir que uma entidade continuará em operação?

É porque essa presunção influenciará a forma como as entidades reconhecerão seus ativos
e passivos. Por exemplo, se for especificado que uma determinada entidade tem, no máximo,
mais três anos de operação, ela deverá ajustar o reconhecimento da depreciação – apenas um
exemplo –, para o período estipulado, alinhado ao tempo de vida da entidade. Portanto, este
princípio é importante para a definição das políticas contábeis aplicadas.

4.3. Oportunidade
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil
pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a opor-
tunidade e a confiabilidade da informação. Por esta razão, este princípio determina que o registro
contábil deve ser realizado correta e completamente e, sobretudo, em momento oportuno.
Nos anos longínquos existiu no Brasil um slogan bastante famoso que dizia: “aconteceu,
virou manchete”. O princípio da oportunidade é similar: “aconteceu, registra-se”. Com este pro-
cedimento a informação contábil será tempestiva e útil, afinal de contas, de que adianta divul-
gar uma informação dois anos após sua ocorrência?

4.4. Registro pelo Valor Original


Este princípio especifica que os registros contábeis serão realizados primariamente pelo
custo histórico original da transação. Por exemplo, uma nota fiscal de compra de matéria-pri-
ma será registrada pelo seu valor de face. Um veículo adquirido será contabilizado pelo seu
valor histórico, pelo valor detalhado na nota fiscal (mais custos diretamente vinculados à tran-

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sação). Após integrado ao patrimônio da entidade do setor público, o custo histórico poderá
sofrer variações e o ativo anteriormente reconhecido poderá ser tratado pelo custo histórico
ajustado ou valor justo.

Professor, dá para apresentar um exemplo?

Dá demais, uai. Imagine uma entidade que tenha adquirido um veículo que servirá como
viatura na polícia civil. Este veículo precisa ser reconhecido contabilmente por um valor e a
entidade utilizará o valor presente na nota fiscal, certo? Pois é, este é o valor histórico. Poste-
riormente teremos procedimentos de depreciação e redução ao valor recuperável, mas o valor
histórico permanecerá registrado, de acordo com a documentação comprobatória.

4.5. Competência
O princípio da competência exige que o impacto patrimonial seja reconhecido no momento
da sua ocorrência e não no momento do seu pagamento ou recebimento. O exemplo clássico
é o décimo terceiro salário que, geralmente, é pago em dezembro. Contudo, seu fator gera-
dor acontece ao longo do exercício social e por essa razão, o registro contábil é realizado ao
longo do ano.
A cada período transcorrido e que o funcionário adquire o direito de 1/12, a entidade que
reporta a informação reconhecerá a despesa com 13º salário (uma variação patrimonial dimi-
nutiva – VPD), independente do fato que o pagamento ocorrerá somente em dezembro.
Em uma linha de tempo o reconhecimento das despesas de décimo terceiro salário de um
funcionário com salário mensal de R$ 12.000 será realizado da seguinte forma:

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A cada mês com o reconhecimento de R$ 1.000 e ao final do período a entidade terá re-
conhecido os 12 mil reais necessários. Além do reconhecimento da despesa no período a
entidade deve reconhecer, também, o décimo terceiro a pagar, que também segue o regime de
competência.

4.6. Prudência
A Contabilidade é uma ciência prudente, ela não reconhece o aumento patrimonial antes
do momento adequado. Por esta razão opta por, diante de situações igualmente válidas, reco-
nhecer o menor valor para o ativo e o maior para o passivo. Esta postura, também conhecida
pelo termo conservadorismo, faz com que a contabilidade reconhece o menor valor para o
patrimônio líquido.
Vamos esquematizar os princípios da Contabilidade:

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MAPAS MENTAIS

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RESUMO
Conceito de Contabilidade

A Contabilidade é uma ciência social que estuda o Patrimônio de uma entidade econômi-
co-administrativa, seja essa entidade uma pessoa física ou jurídica, se tiver Patrimônio, entra
no escopo da Contabilidade.

Conceito de Contabilidade Aplicada ao Setor Público

A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no pro-
cesso gerador de informações, os princípios de contabilidade e as normas contábeis direcio-
nados ao controle patrimonial de entidades do setor público.

Esquema Gráfico
Inovações na Contabilidade Aplicada ao Setor Público

O objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades econômico-administrativas. Sempre!


O processo de convergência das normas contábeis nacionais às normas contábeis internacio-
nais trouxe inovações no âmbito da contabilidade aplicada ao setor público, pois realizou a segrega-
ção das informações orçamentárias e patrimoniais. A contabilidade deixou de ser um instrumento
de controle orçamentário e tornou-se um instrumento de controle patrimonial. Os registros dos fatos
que alteram o patrimônio público passaram a ser realizados sob o regime de competência.

Princípios de Contabilidade

São seis os Princípios de Contabilidade:


• Prudência
• Registro pelo valor original
• Entidade
• Continuidade
• Oportunidade
• Competência
• e vai de brinde.

Um recurso mnemônico que auxilia a recordar os Princípios da Contabilidade é a pala-


vra PRECOCe.

Alcance das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público

A estrutura conceitual e as demais NBCs TSP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades


do setor público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs.

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Estão compreendidos no conceito de entidades do setor público:


• os governos nacionais;
• estaduais;
• distrital e municipais e seus respectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as
defensorias e o Ministério Público);
• órgãos;
• secretarias;
• departamentos;
• agências;
• autarquias;
• fundações (instituídas e mantidas pelo poder público);
• fundos;
• consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das administrações dire-
ta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).

Aplicabilidade Entidades

Governos nacional, estaduais, distritais e


municipais, assim como seus respectivos poderes,
inclusive os tribunais de contas, as defensorias
públicas e o Ministério Público.
Obrigatoriamente: às entidades do
setor público quanto à elaboração Órgãos, secretarias, departamentos, agências,
e divulgação dos RCPGs. autarquias, fundações instituídas e mantidas pelo
poder público.

Para a STN, todas as entidades do orçamento


fiscal e seguridade social
Não estão abrangidas, mas Empresas estatais independentes
podem aplicar a estrutura
conceitual e as demais NBCs Demais entidades
de maneira facultativa ou por
determinação dos respectivos De acordo com a STN, todas as entidades do
órgãos reguladores, fiscalizadores orçamento de investimentos.
e congêneres.

Definição de Empresa Estatal Dependente

Uma empresa estatal dependente (EED) é uma controlada que recebe do ente controlador
recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou custeio em geral ou de ca-
pital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participações acionária.
Esse conceito é trazido pelo art. 1º, II, da Lei Complementar n. 101/2000.

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Conselhos de Regulamentação Profissional e Normas Brasileiras de Conta-


bilidade Aplicadas ao Setor Público

Muita atenção deve ser direcionada aos Conselhos de Regulamentação Profissional quan-
do o assunto é a adoção ou não das práticas contábeis aplicadas ao setor público. De acordo
com o Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Estrutura Conceitual, tais entidades
devem observar obrigatoriamente as NBCs TSP.
Contudo, o MCASP, emitido pela STN torna a adoção das NBCs TSP facultativa para os
Conselhos de Regulamentação Profissional. Logo, devemos ter muita atenção com os enun-
ciados das questões.

Por fim, Informação Extremamente Recente

De acordo com a NBC TSP – Estrutura Conceitual, emitida pelo Conselho Federal de Conta-
bilidade as entidades do Sistema S estão fora do alcance das normas contábeis aplicadas ao
setor público por se tratarem de entidades sem fins lucrativos. A elas aplicam-se as determina-
ções previstas na ITG 2002 (R1) – Entidades sem fins lucrativos. Anteriormente, por meio da re-
vogada NBC T 16.1, o Sistema S era obrigado a aplicar as normas destinadas ao setor público.
Como treta pouca é bobagem, em maio de 2019 o Tribunal de Contas da União decidiu que
o Sistema S está obrigado a aplicar as normas de contabilidade voltadas ao setor público.

Princípios de Contabilidade

Os princípios são divididos em seis e um recurso mnemônico que facilita a memorização


é a palavra: PRECOCe. Veja:

P Prudência

R Registro pelo Valor Original

E Entidade

C Competência

O Oportunidade

C Continuidade

e vai de brinde

No contexto de variações patrimoniais existem os conceitos da fatos contábeis modifica-


tivos, permutativos e os mistos. Os fatos contábeis modificativos são aqueles que alteram o
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Patrimônio Líquido. Os fatos contábeis permutativos não alteram o patrimônio líquido e os


fatos contábeis mistos são aqueles que envolvem um fato contábil misto e um permutativo
simultaneamente.

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QUESTÕES DE CONCURSO
002. (CESPE/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO AMAZONAS – AM/ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA CONTABILIDADE/2019) Caso a única receita de um conselho federal profissional seja
oriunda das contribuições dos profissionais registrados, as normas de contabilidade pública
devem ser aplicadas aos registros desse conselho.

Ótima questão para nos dar um norte sobre como proceder nas questões sobre este assun-
to. Como visto, caso a banca não cite as NBC TSP, seu posicionamento é de acordo com a
Secretaria do Tesouro Nacional, portanto, muita atenção deve ser direcionada aos Conselhos
de Regulamentação Profissional quando o assunto é a adoção ou não das práticas contábeis
aplicadas ao setor público. De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, por meio da
Estrutura Conceitual, tais entidades devem observar obrigatoriamente as NBCs TSP.
Contudo, o MCASP, emitido pela STN torna a adoção das NBCs TSP facultativa para os Conse-
lhos de Regulamentação Profissional. Logo, devemos ter muita atenção com os enunciados
das questões.
Esquema gráfico

Errado.

003. (CESPE/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO AMAZONAS – AM/ANALISTA JUDICIÁRIO –


ÁREA CONTABILIDADE/2019) Independentemente de sua personalidade jurídica, toda enti-
dade que emprega recursos públicos deve elaborar relatórios contábeis de propósitos gerais
das entidades do setor público.

Perceba como o CESPE vem insistindo neste assunto, duas questões na mesma prova, en-
tão é um ótimo indicativo. Para iniciar os comentários desta questão vamos partir do esque-
ma gráfico:

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Veja que as NBC TSP aplicam-se obrigatoriamente às entidades do setor público. Contudo há
o caso, por exemplo, das entidades do terceiro setor que recebem recursos públicos para sua
aplicação em convênios e termos de parceria. O fato de administrarem recursos públicos não
transforma estes organismos em entidades do setor público, portanto, não devem aplicar as
NBC TSP. No entanto, devem adotar procedimentos específicos capazes de possibilitar a trans-
parência e a fiscalização da aplicação dos recursos que administram.
Errado.

004. (CESPE/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO AMAZONAS – AM/ANALISTA JUDICIÁRIO –


ÁREA CONTABILIDADE/2019) Do ponto de vista orçamentário, deve-se adotar o regime misto
de contabilização tanto das receitas quanto das despesas.

O regime para reconhecimento das receitas e das despesas orçamentárias, adotado no Brasil
para a CASP é o regime misto. Por meio desse regime adota-se o regime de caixa e o regime
de competência.
A adoção do regime misto decorre diretamente de obrigatoriedade prevista na Lei n. 4.320/1964,
em seu art. 35, in verbis:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.
Errado.

005. (FUNDATEC/PREFEITURA DE PORTO ALEGRE – RS/AUDITOR DE CONTROLE INTER-


NO/2019) Levando em conta o disposto na legislação e nas normas vigentes no Brasil a res-
peito da contabilidade aplicada ao setor público, em especial em relação aos regimes contá-
beis, qual das afirmativas a seguir NÃO está correta?

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a) De acordo com a Lei n. 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), a despesa e a assunção


de compromisso serão registradas segundo o regime de competência.
b) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, o sistema orçamentário deve registrar, no exercício fi-
nanceiro, a despesa pelo regime de competência e a receita pelo de caixa.
c) De acordo com o MCASP – 8ª edição, no sistema patrimonial (contas de natureza de infor-
mação patrimonial), as receitas são registradas pelo regime de caixa e as despesas, pelo de
competência.
d) Segundo a Lei n. 4.320/1964, a contabilidade deve evidenciar as variações patrimoniais,
independentes ou resultantes da execução orçamentária.
e) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, as variações
patrimoniais, diminutivas ou aumentativas, devem levar em conta o regime de competência.

Na contabilidade aplicada ao setor público nós temos algumas peculiaridades em relação ao


regime contábil, pois a Lei n. 4.320/1964 determina o regime misto, com uma visão orçamen-
tária. Por sua vez, o MCASP adiciona à visão orçamentária, a patrimonial, fazendo com que, as
entidades adotem, também, o regime patrimonial.

Letra c.

006. (IBADE/PREFEITURA DE ARACRUZ/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2019) A con-


tabilidade tem um vasto campo de atuação. Na Administração Pública, ela está voltada para:
a) as contas da União, apenas.
b) as contas dos Estados.
c) as contas da União e dos Estados.
d) as contas das pessoas de direito público e de direito privado.
e) centralização nas pessoas de direito público.

Veja bem o que diz nossa Estrutura Conceitual:

1.8A. Esta estrutura conceitual e as demais NBCs TSP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades
do setor público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs. Estão compreendidos no conceito

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de entidades do setor público: os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais e seus res-
pectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o Ministério Público), órgãos,
secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo poder pú-
blico), fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das administrações
direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).
As opções a, b e c estão erradas porque delimitaram os Entes que devem utilizar a contabilida-
de aplicada ao setor público. Já em relação à opção e limitou às entidades de direito público.
Sabemos que todos os Entes (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) devem observar
as normas da CASP, que são entidades de direito público. As entidades de direito privado tam-
bém devem adotar a CASP, incluindo nesse rol as da Administração Indireta (Fundações Públi-
cas de Direito Privado, Autarquias, inclusive, empresas estatais dependentes).
Letra d.

007. (IBADE/PREFEITURA DE ARACRUZ/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2019) A Lei


n. 4.320/1964 estatui normas de finanças e contabilidade pública, e permite que as empresas
públicas se utilizem principalmente do regime contábil:
a) de caixa.
b) de competência.
c) misto.
d) de contrapartidas.
e) de partidas simples.

O regime para reconhecimento das receitas e das despesas orçamentárias, adotado no Brasil
para a CASP é o regime misto. Por meio desse regime adota-se o regime de caixa e o regime
de competência.
A adoção do regime misto decorre diretamente de obrigatoriedade prevista na Lei n. 4.320/1964,
em seu art. 35, in verbis:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.
Letra c.

008. (IBADE/PREFEITURA DE ARACRUZ/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2019) A Con-


tabilidade Pública é o ramo da Contabilidade que tem como objeto o patrimônio público e suas
variações. Sua finalidade é:
a) manter atualizado o patrimônio das empresas públicas
b) fornecer aos gestores informações atualizadas e exatas para subsidiar as tomadas
de decisões.

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c) controlar as receitas e as despesas públicas.


d) estudar e analisar as transações financeiras e econômicas das empresas públicas.
e) manter os registros contábeis das empresas públicas.

De modo amplo nós temos a finalidade da Contabilidade, que é fornecer informações aos seus
usuários e estas informações são levadas aos usuários por meios das demonstrações contá-
beis. De modo mais restrito, as demonstrações contábeis no setor público devem proporcio-
nar: informação útil para subsidiar a tomada de decisão e a prestação de contas e responsa-
bilização da entidade quanto aos recursos que lhe foram confiados, fornecendo informações:
a) sobre as fontes, as alocações e os usos de recursos financeiros;
b) sobre como a entidade financiou suas atividades e como supriu suas necessidades de caixa;
c) úteis na avaliação da capacidade de a entidade financiar suas atividades e cumprir com
suas obrigações e compromissos;
d) sobre a condição financeira da entidade e suas alterações; e
e) agregadas e úteis para a avaliação do desempenho da entidade em termos dos custos dos
serviços, eficiência e cumprimento dos seus objetivos. (NBC TSP 11 – Apresentação das De-
monstrações Contábeis).
Letra b.

009. (FGV/DPE-RJ/CONTADOR/2019) A adoção do regime de competência nas entidades


do setor público para gerar informações patrimoniais requer atenção quanto às regras para
reconhecimento das etapas da execução orçamentária.
Assim, quando o fato gerador de um passivo exigível ocorrer antes do empenho, ou entre o
empenho e a liquidação orçamentária, a entidade:
a) deve registrar o fato somente em contas de controle;
b) deve aguardar a emissão do empenho para registrar o passivo;
c) deve registrar uma etapa chamada “empenho em liquidação”;
d) não deve relacionar visão patrimonial com regras orçamentárias;
e) não deve registrar o passivo exigível antes da liquidação orçamentária.

Esta saiu diretamente do livro do Prof. Glauber Mota (2009) quando ele afirma que

a adoção do regime de competência nas entidades do setor público para gerar informações patrimo-
niais requer atenção quanto às regras para reconhecimento das etapas da execução orçamentária.
Assim, quando o fato gerador de um passivo exigível ocorrer antes do empenho, ou entre o empenho
e a liquidação orçamentária, a entidade deve registrar uma etapa chamada “empenho em liquidação.

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E isso acontece na prática também, quando temos a figura do empenho em liquidação.


Letra c.

010. (FGV/DPE-RJ/CONTADOR/2019) Um requisito essencial para que um evento seja reco-


nhecido pelo regime de competência é o(a):
a) emissão da nota fiscal;
b) manutenção dos riscos e benefícios;
c) ocorrência do fato gerador;
d) prazo exato de realização financeira;
e) recebimento ou entrega de produtos ou serviços.

Vamos ao nosso conceito de regime de competência?

Quando o Princípio afirma que os eventos devem ser reconhecidos nos períodos a que se
referem está afirmando que tal reconhecimento será dado de acordo com a ocorrência do
fato gerador, independentemente se houve pagamento ou recebimento. É exatamente essa
a proposta quando a Contabilidade faz a apropriação de despesas pagas antecipadamente,
tais como jornais e revistas, que possui assinatura anual, mas como pagamento antecipado e
entrega dos produtos ao longo do período de vigência da assinatura.
Letra c.

011. (AOCP/UFPB/TÉC. CONTABILIDADE/2019) No que diz respeito aos regimes contábeis


da área pública, assinale a alternativa correta.
a) No regime de competência, toda receita e toda despesa do exercício pertencem ao próprio
exercício, embora já empenhadas, ou seja, uma vez terminada a vigência do orçamento, pas-
sam para o exercício seguinte, a fim de serem arrecadadas ou pagas.
b) O regime de caixa determina que as receitas e as despesas são atribuídas aos exercícios de
acordo com a real incorrência, ou seja, de acordo com a data do fato gerador e não quando são
recebidas ou pagas em dinheiro.
c) No regime de competência, tanto as receitas por arrecadar, ainda que lançadas, como as
despesas empenhadas e a liquidadas, porém não pagas, devem ser transferidas para o orça-
mento do exercício financeiro seguinte.

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d) O regime de caixa é o período em que se executa o orçamento. Quando o ano financeiro não
coincide com o ano civil, existe a necessidade de um período adicional.
e) No regime de competência, a receita é reconhecida no período em que é arrecadada e a
despesa paga nesse mesmo período. O regime de caixa compreende todos os recebimentos e
pagamentos efetuados no exercício.

A letra b se refere ao regime de competência, quando as receitas e as despesas são reconhe-


cidas no período de sua ocorrência, de seu fato gerador, e não quando se dá seu recebimento
ou pagamento. Pelo regime de caixa o reconhecimento, tanto da receita quanto da despesa se
dá quando ocorre o recebimento e o pagamento, respectivamente. Por isso ela está incorreta,
pois inverteu os conceitos.
A letra c incorre em erro ao afirmar que as receitas a arrecadar devem ser transferidas para
o exercício para o exercício seguinte, devemos ficar atento para o fato gerador da receita.
Quando ele ocorrer, devemos reconhecê-las e as receitas a arrecadar ainda não contam com o
respectivo fato gerador, por isso a opção está incorreta.
A letra d é sem pé nem cabeça... rs. O ano financeiro a ser observado pela Contabilidade coin-
cide com o ano civil, por força mandamental da Lei n. 4.320 em ser art. 34:

O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

A letra e também cometeu inversão de conceitos, ela é referente ao regime de caixa, quando
receitas são receitas pela arrecadação e despesas pelo pagamento.
Letra a.

012. (AOCP/UFPB/TÉC. CONTABILIDADE/2019) Segundo os Art. 34 e 35 da Lei n. 4.320/1964,


o exercício financeiro, na contabilidade pública, coincidirá com o ano civil, ou seja, de 1º de ja-
neiro a 31 de dezembro de cada ano. Nesse sentido, é correto afirmar que pertencem ao exer-
cício financeiro as
a) receitas previstas.
b) despesas fixadas.
c) receitas nele arrecadadas.
d) receitas fixadas.
e) despesas previstas.

Esta foi literal, pois sob o enfoque orçamentário a contabilidade aplicada ao setor público ado-
ta o regime misto e essa adoção decorre diretamente de obrigatoriedade prevista na Lei n.
4.320/1964, em seu art. 35, in verbis:

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Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.
Letra c.

013. (COSEAC/UFF/TÉC. CONTABILIDADE/2019) O espaço de atuação do Profissional de


Contabilidade que demanda estudo, interpretação, identificação, mensuração, avaliação, regis-
tro, controle e evidenciação de fenômenos contábeis, decorrentes de variações patrimoniais
em entidades do setor público, denomina-se:
a) Patrimônio Público.
b) Instrumentalização do Controle Social.
c) Entidade do Setor Público.
d) Campo de Aplicação.
e) Normas e Técnicas Próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

Atualmente não temos mais “campo de aplicação” da contabilidade governamental nas nor-
mas brasileiras, mas sim, alcance. De acordo com a Estrutura Conceitual, seu alcance é deta-
lhado da seguinte maneira:

1.8A. Esta estrutura conceitual e as demais NBCs TSP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades
do setor público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs. Estão compreendidos no conceito
de entidades do setor público: os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais e seus res-
pectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o Ministério Público), órgãos,
secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo poder pú-
blico), fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das administrações
direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).
A questão foi cobrada à época em que a NBCT 16 estava em vigor, mas isso não invalida o
estudo, pois, apesar dos conceitos terem sido atualizados o objeto de alcance da CASP conti-
nua em vigor.
Letra d.

014. (FCC/PREF. DE RECIFE/CONTADOR/2019) O art. 35 da Lei n. 4.320/1964 refere-


-se ao Regime
a) Orçamentário que deve ser atendido pelas empresas de economia mista municipais não
dependentes.
b) Contábil que deve ser atendido pelas fundações instituídas e mantidas pelo poder público
municipal.
c) Contábil que deve ser atendido pela Administração direta municipal.

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d) Orçamentário que deve ser atendido pelas autarquias municipais.


e) Contábil que deve ser atendido pelas empresas municipais dependentes.

Vamos ver o que diz a Lei n. 4.320/1964, em seu art. 35, in verbis:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.
Bom, esse artigo da Lei se refere ao regime contábil sob o enfoque orçamentário, com esse
entendimento já podemos eliminar as opções b, c e e. A letra a está errada porque as empresas
de economia mista municipais não dependentes ou independentes não estão sob o enfoque
tratado nesse artigo da 4.320/1964.
Letra d.

015. (FGV/PREF. NITERÓI/APPGG/2018) Leia o fragmento a seguir.


Tem gênese contábil: entre ativos e passivos, o administrador deve, em eventual escolha para
seus valores, optar pelos menores para os ativos e maiores para os passivos.
Esta definição se refere ao princípio da(o)
a) razoabilidade fiscal.
b) eficiência na Administração Pública.
c) responsabilidade fiscal.
d) equilíbrio orçamentário.
e) prudência na Contabilidade Pública.

Este é o nosso Princípio da Prudência ou Conservadorismo, quando, em situações cujas alter-


nativas sejam igualmente válidas e adotamos o menor valor para o ativo e maior para o passivo.

Letra e.

016. (CESPE/EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO/2018) A respeito de contabilidade pública e as-


suntos correlatos, julgue o item seguinte.

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Visando atender à demanda de informações requeridas pelos usuários e possibilitar a análise


de demonstrações contábeis adequadas aos padrões internacionais, a nova contabilidade pú-
blica passou a adotar os enfoques patrimonial, orçamentário e econômico.

Ah! O CESPE, sempre com suas novidades. A questão foi considerada correta e tivemos uma
enxurrada de recursos, mas a banca não mudou sua opinião. Pois bem, a razão dos recursos é
o comando da questão, pois afirma que a nova contabilidade pública, logo, é referente ao pro-
cesso de convergência das normas contábeis brasileiras. Nesse sentido, consta no MCASP:

Com isso, a contabilidade poderá atender a demanda de informações requeridas por seus usuários,
possibilitando a análise de demonstrações contábeis adequadas aos padrões internacionais e a
avaliação da situação fiscal dos órgãos e entidades públicos, sob os enfoques orçamentário e patri-
monial, com base em um Plano de Contas Nacional.
Portanto, na parte introdutória do Manual não há citação acerca do enfoque econômico e no
item 3 do referido documento há a afirmação de que “é importante compreender os diferentes
aspectos da contabilidade aplicada ao setor público (CASP) – orçamentário, patrimonial e
fiscal, de modo a interpretar corretamente as informações contábeis.”. Mais uma vez, não há
nenhuma referência ao aspecto econômico.
Ainda falando sobre o MCASP, seu item 2.3 aborda o conceito de conta contábil com o detalha-
mento que elas são agrupadas segundo suas funções para possibilitar: “d. Elaborar os Balan-
ços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial, a Demonstração das Variações Patrimoniais, de
Fluxo de Caixa, das Mutações do Patrimônio Líquido e do Resultado Econômico;”.
Pois é! Não é aspecto econômico, mas sim, resultado econômico. Ah, o CESPE. Bom, então é
isso, fiquemos de olho na banca examinadora e seus posicionamentos.
Certo.

017. (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/2018) A


respeito da receita orçamentária, julgue o item a seguir.
No Brasil, a contabilidade pública não está obrigada a evidenciar, de forma tempestiva, os fatos
ligados à administração orçamentária, financeira e patrimonial.

Desta vez o CESPE não trouxe nenhuma surpresa. De acordo com o MCASP 8ª ed. em sua pá-
gina 51: “a contabilidade deve evidenciar, tempestivamente, os fatos ligados à administração
orçamentária, financeira e patrimonial, gerando informações que permitam o conhecimento da
composição patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros”. Copiou e colou.
Errado.

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018. (CESPE/TRE-BA/TÉC. JUDICIÁRIO – CONTADOR/2017) A contabilidade aplicada ao


setor público tem como objeto
a) o caixa do setor público.
b) o balanço patrimonial do setor público.
c) a dívida pública.
d) o orçamento público.
e) o patrimônio público.

Mais uma questão acerca do objeto da Contabilidade. Será sempre o patrimônio. Fácil, né?
Letra e.

019. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016) Acerca de contabilidade


pública, julgue o item a seguir.
O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é a prestação de contas, aos cidadãos, a
respeito da situação patrimonial das entidades públicas.

Errado, né?! Sempre que vier um blábláblá... “O objeto da Contabilidade” pode marcar patrimônio.
Errado.

020. (CESPE/SEDF/ANALISTA DE GESTÃO EDUCACIONAL – CONTABILIDADE/2017) Jul-


gue o item a seguir, relativo aos conceitos de contabilidade pública.
O campo de aplicação da contabilidade pública restringe-se às aziendas, que têm por objetivo
metas econômicas e financeiras.

O termo azienda é sinônimo de patrimônio. O enunciado da questão afirma que o campo de


aplicação da contabilidade se restringe ao patrimônio das entidades que têm por objetivo o
lucro, contudo, sabemos que a contabilidade também se aplica a entidades sem fins lucrativos,
portanto, incorre em erro.
Errado.

021. (FCC/TRT 20ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE/2016) Determina-


da sociedade de economia mista recebeu, no exercício de 2015, do ente controlador recursos
financeiros destinados ao pagamento de despesas de pessoal e de custeio em geral, no valor
de R$ 37.500.000,00. Considerando a destinação dos recursos transferidos pelo ente controla-
dor, é correto afirmar que trata-se de uma empresa estatal
a) dependente e está sujeita apenas as regras da contabilidade privada.
b) independente e está sujeita as regras da contabilidade orçamentária e patrimonial.

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c) dependente, mas não está sujeita as regras de contabilidade aplicada ao setor público.
d) independente cujos recursos financeiros repassados pelo controlador contribui para evitar
prejuízos na empresa.
e) dependente e está sujeita as regras da contabilidade privada e da contabilidade aplicada ao
setor público.

Uma entidade de economia mista estará sujeita às regras da contabilidade privada, contudo,
quando ela receber recursos do seu Ente controlador, para pagamento de despesas de pessoal
e custeio em geral ela será enquadrada no conceito de estatal dependente. Como estatal de-
pendente ela está sujeita, também, às regras da contabilidade aplicada ao setor público.
Letra e.

022. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016) Com referência à contabili-


dade aplicada ao setor público, julgue o item subsequente.
Deve aplicar normas de contabilidade pública fundação pública de direito privado que receba
recursos do estado do Pará para o custeio de suas atividades.

Embora seja uma fundação seja de direito privado, o que nos levaria a crer que ela seguiria as
regras da contabilidade privada, ela recebe recursos do Estado para o custeio de suas ativida-
des e, por esse motivo, ela está no rol das entidades da administração indireta que devem se
sujeitar às regras da CASP, sendo assim, está correto o enunciado.
Certo.

023. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA – PE/CONTADOR/2016) Conforme o disposto nas Nor-


mas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao setor público, o objeto da CASP é
a) um conjunto de procedimentos administrativos que objetivam adquirir materiais, contratar
obras e serviços, alienar ou ceder bens a terceiros, observando os princípios da administra-
ção pública.
b) a mensuração, a estruturação e as variações que geram reflexos no patrimônio público,
além de apresentar temas específicos, como o sistema de custos.
c) determinar os valores pelos quais os elementos patrimoniais devem ser reconhecidos e
apresentados nas demonstrações contábeis.
d) o conjunto de direitos e de bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, que seja porta-
dor ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços
públicos ou a exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.
e) o orçamento público, contendo a discriminação da receita e da despesa de forma a eviden-
ciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo.

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Outra questão abordando o objeto da Contabilidade, que é o patrimônio e com ela temos uma
completa conceituação do termo. Patrimônio é o conjunto de direitos e de bens, tangíveis ou
intangíveis, onerados ou não, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente
ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou a exploração econômica por entidades
do setor público e suas obrigações.
Letra d.

024. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA – PE/CONTADOR/2016) De acordo com as Normas Bra-


sileiras de Contabilidade aplicadas ao setor público, a contabilidade aplicada ao setor público
(CASP) é o ramo da ciência contábil que
a) apresenta as disponibilidades de recursos financeiros que ingressam durante o exercício
orçamentário por meio do qual se viabiliza a execução das políticas.
b) compreende a apuração e a evidenciação dos indicadores estabelecidos pela Lei de Res-
ponsabilidade Fiscal, a fim de verificar o equilíbrio das contas públicas.
c) compreende o registro e a evidenciação do orçamento público, que são a base para a elabo-
ração dos relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal e dos balanços públicos.
d) aplica, no processo gerador de informações, os princípios de contabilidade e as normas
contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público.
e) representa um importante instrumento de planejamento de qualquer entidade governa-
mental, e apresenta o fluxo previsto de ingressos e de aplicações de recursos em determina-
do período.

De acordo com as normas brasileiras de contabilidade, a Contabilidade Aplicada ao Setor Pú-


blico é o ramo especializado da ciência que aplica, no processo gerador de informações, os
princípios de contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de
entidades do setor público. A letra a não está errada, mas incompleta. A letra b se refere aos
aspectos fiscais da CASP, de acordo com preceitos da Estrutura Conceitual. Por sua vez, a
letra c é relacionada aos aspectos orçamentários da CASP e a letra e aborda apenas um dos
aspectos da CASP; ela vai muito além de apenas servir como ferramenta para o planejamento.
Letra d.

025. (CESPE/TCE-SC/AFCE/2016) A respeito do campo de aplicação e dos objetivos da con-


tabilidade pública, julgue o item a seguir.
Os objetivos da contabilidade aplicada ao setor público incluem informar os usuários da infor-
mação contábil relativa às mutações do patrimônio das entidades do setor público.

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Regra geral, o objetivo da contabilidade pode ser destacado o controle do patrimônio que é
realizado através dos lançamentos contábeis. Esse controle do patrimônio tem como objetivo,
também, é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos
de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor
público e suas mutações, em apoio a:
• processo de tomada de decisão;
• adequada prestação de contas; e
• necessário suporte para a instrumentalização do controle social.
Certo.

026. (CESPE/FUB/2015) É um objetivo da contabilidade aplicada ao setor público fornecer


aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orça-
mentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e de suas
mutações com fins de apoio ao processo de tomada de decisões.

Repeteco da questão anterior, por isso a importância de fazer muitas questões. 😊


Certo.

027. (CESPE/PREVIC/CONTADOR/2011/ADAPTADA) O alcance da estrutura conceitual apli-


cada ao setor público abrange obrigatoriamente os consórcios públicos e os fundos em todos
os seus aspectos operacionais.

Estas são entidades que devem adotar obrigatoriamente a estrutura conceitual, veja:

Aplicabilidade Entidades

Governos nacional, estaduais, distritais e


municipais, assim como seus respectivos
poderes, inclusive os tribunais de contas, as
defensorias públicas e o Ministério Público.
Obrigatoriamente: às entidades do setor
público quanto à elaboração e divulgação Órgãos, secretarias, departamentos, agências,
dos RCPGs. autarquias, fundações instituídas e mantidas
pelo poder público.

Para a STN, todas as entidades do orçamento


fiscal e seguridade social

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Aplicabilidade Entidades

Não estão abrangidas, mas podem Empresas estatais independentes


aplicar a estrutura conceitual e as demais
Demais entidades
NBCs de maneira facultativa ou por
determinação dos respectivos órgãos De acordo com a STN, todas as entidades do
reguladores, fiscalizadores e congêneres. orçamento de investimentos.
Certo.

028. (CESPE/TRE-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011/ADAPTADA) De acordo com o dispos-


to nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (NBCASP) e na Lei n.
4.320/1964, os serviços sociais devem observar integralmente as normas e técnicas próprias
da contabilidade do setor público.

De acordo com a STN e o CFC os Serviços Sociais estão dispensados de adotar a estrutura
conceitual. Portanto, gabarito é errado.
Atenção, em 2019 o Tribunal de Contas da União emitiu julgado obrigando os serviços sociais
a adotar a estrutura conceitual. Fique ligado(a).
Errado.

029. (CESPE/TRE-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011/ADAPTADA) O alcance da estrutura


conceitual aplicada ao setor público se estende a entidades de direito privado – inclusive, para
fora do âmbito do setor público propriamente dito -, mas que, por disporem de recursos públi-
cos, estão sujeitas a prestação de contas contábil.

Mesmo sendo de direito privado e não pertencendo à área pública, uma entidade poderá estar
sujeita à prestação de contas contábil, como são os casos das Fundações de Apoio que re-
cebem recursos públicos para a gestão de pesquisas científicas. Nesse caso, embora sejam
entidades que não pertençam à administração pública, se sujeitam à estrutura conceitual.
Certo.

030. (CESPE/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2018)


Os conselhos profissionais estão entre as entidades que devem observar parcialmente as nor-
mas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, utilizando-as como ferramentas de
prestação de contas e de instrumentalização do controle social.

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Os conselhos profissionais devem observar integralmente as normas contábeis aplicadas ao


setor público.
Errado.

031. (INSTITUTO ACESSO/SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO AMAZONAS –


AM/CONTADOR /2018) Analise as perguntas abaixo:
I – O dono de uma empresa subtrai valores do caixa decorrentes da atividade comercial para
pagar contas de sua residência. Ao fazê-lo, estará deixando de observar qual Princípio da Con-
tabilidade?
II – A empresa comercial vendeu mercadorias em janeiro de 2018, porém recebeu o valor ape-
nas em março do mesmo ano. O contador registrou a receita referente ao mês de janeiro. Qual
Princípio de Contabilidade é evidenciado?
III – Uma empresa provisiona os Créditos de Liquidação Duvidosa em 2% do valor das duplica-
tas a receber emitidas no ano. Que Princípio de Contabilidade foi observado?
A alternativa cujos Princípios de Contabilidade preenchem respectivamente as pergun-
tas acima é:
a) Oportunidade / Entidade / Prudência.
b) Entidade / Registro pelo Valor Original / Oportunidade
c) Competência / Registro pelo Valor Original / Oportunidade.
d) Entidade / Competência / Prudência.
e) Registro pelo Valor Original / Prudência / Oportunidade.

Vamos analisar caso a caso o que aconteceu.


No item I o dono de uma empresa não respeitou a separação dos patrimônios do particular, no
caso, o dele, e o patrimônio da entidade. Quando ele utiliza recursos da empresa para pagar
despesas pessoais está ferindo o princípio da Entidade.
O item II detalha a ocorrência de uma venda de mercadoria a prazo. O contador andou bem ao
registrar a receita no período do seu fato gerador – janeiro – independente do período de rece-
bimento. Ao proceder desta forma, foi obedecido o princípio da Competência.
O item III detalha o reconhecimento contábil de um ativo por seu valor líquido. Esse procedi-
mento é realizado em obediência ao princípio da Prudência (ou conservadorismo).
Letra d.

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032. (IADES/CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA – BR/TÉCNICO EM CONTABILIDA-


DE/2018) Um lançamento de determinado fato contábil ocasionou uma variação qualitativa
no patrimônio da entidade. A esse respeito, é correto afirmar que houve
a) aumento do patrimônio líquido.
b) fato contábil modificativo.
c) alteração do patrimônio líquido em importância igual ao aumento do ativo.
d) troca entre os componentes patrimoniais do ativo e (ou) do passivo sem impacto sobre o
patrimônio líquido.
e) aumento do passivo e diminuição do patrimônio líquido.

As transações provocam variações no patrimônio da entidade que reporta a informação e es-


tas alterações podem ser quantitativa ou qualitativa.
A variação qualitativa é aquela que não modifica o patrimônio líquido da entidade, por envolver
somente uma troca entre os componentes patrimoniais do ativo e (ou) do passivo.
Por sua vez, a variação quantitativa é aquela altera o patrimônio líquido da entidade.
Letra d.

033. (IADES/CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA – BR/TÉCNICO EM CONTABILIDA-


DE/2018) As informações a seguir foram extraídas de um balancete de verificação.

Considere o registro de um fato contábil permutativo envolvendo apenas contas do ativo, no


valor de R$ 250,00, e assinale a alternativa correta.
a) O saldo das contas devedoras diminuiu.
b) O saldo das contas credoras aumentou.
c) No patrimônio líquido, houve aumento de R$ 250,00.
d) O saldo das contas devedoras totalizou R$ 1.770,00.
e) No patrimônio líquido, houve diminuição de R$ 500,00.

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Vamos dar uma revisada na natureza das contas e somar seus saldos:

Soma de Soma de
Descrição Elemento Natureza
Débitos Créditos

Caixa Ativo Devedora 250

Banco conta Ativo Devedora 360


movimento
Mercadorias Ativo Devedora 510

Duplicatas a Ativo Devedora 220


receber
Móveis e Utensílios Ativo Devedora 430

Fornecedores a Passivo Credora 550


pagar
Salários a pagar Passivo Credora 380

Impostos a recolher Passivo Credora 240

Patrimônio
Capital Social Credora 600
Líquido

SOMA 1770 1770

Quando o enunciado afirma ter ocorrido um fato contábil permutativo podemos eliminar as op-
ções que afirmam quaisquer tipos de alterações no patrimônio líquido. Isso porque a variação
qualitativa é aquela que não modifica o patrimônio líquido da entidade, por envolver somente
uma troca entre os componentes patrimoniais do ativo e (ou) do passivo.
O enunciado nos diz, também, que o fato contábil permutativo foi realizado no ativo, isso sig-
nifica que houve um débito no ativo e um crédito no ativo. Não há aumento no ativo total, não
há aumento nos saldos credores e nem devedores, pois os lançamentos se anulam (mesma
teoria dos números positivos e negativos, presente na matemática).
Assim, nos resta a opção d, que como verificado na tabela, soma 1.770 os totais de débitos
e créditos.
Letra d.

034. (AOCP/INSTITUTO TÉCNICO-CIENTÍFICO DE PERÍCIA – RN/PERITO CRIMINAL –


ÁREA CIÊNCIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIAS ECONÔMICAS/2018) Os Princípios de Contabili-
dade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, no

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seu sentido mais amplo de ciência social, ela tem um objeto. Assinale a alternativa que eviden-
cia o objeto da contabilidade.
a) O gerenciamento contábil das entidades.
b) A apuração do lucro das entidades.
c) Geração de relatórios a seus proprietários.
d) O controle das entidades.
e) O patrimônio das entidades.

O objeto da contabilidade é o patrimônio.


Letra e.

035. (INSTITUTO QUADRIX/CONSELHO REGIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA 8ª RE-


GIÃO – BA/ASSISTENTE FINANCEIRO/2017) Os Princípios de Contabilidade surgiram do
entendimento científico e profissional e norteiam a conduta profissional na área. A descrição
“as Receitas e as Despesas devem ser incluídas na Apuração do Resultado do Período em que
ocorreram, sempre simultaneamente, quando se relacionarem, independente de recebimento
e pagamento” está relacionada ao Princípio do(a):
a) Prudência.
b) Registro pelo Valor Original.
c) Competência.
d) Oportunidade.
e) Entidade.

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CONTABILIDADE PÚBLICA
Introdução à Contabilidade Aplicada ao Setor Público
Rodrigo Machado

Literal:

Letra c.

036. (CESPE/FUNDAÇÃO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO FE-


DERAL DO PODER JUDICIÁRIO – BR/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIA-
LIDADE: CONTABILIDADE/2016) Em função de fatores como a mensuração do ativo pelo
valor presente, o princípio do registro pelo valor original é compatível com a variação do custo
histórico.

Esta é a essência do princípio do registro pelo valor original. Não é porque o ativo será reco-
nhecido por ser valor original ou histórico que ele permanecerá ad eternum com este valor. A
Ciência da Contabilidade possui procedimentos para garantir que as demonstrações contábeis
representem, em todos os aspectos relevantes, a posição financeira e patrimonial da entidade.
No ativo circulante o critério avaliação exposto tanto pela Lei quanto pela Teoria da Contabili-
dade é o “custo ou mercado, o mais baixo”. Como já tivemos oportunidade de abordar anterior-
mente, sabemos que os itens do ativo são reconhecidos inicialmente por seu valor de custo,
seja por compra ou por fabricação. Logo, se o valor de mercado for menor que o valor de custo,
deverá prevalecer o valor de mercado.
Essa regra encontra respaldo no princípio do conservadorismo, onde está contida a premissa
de que a Contabilidade nunca deve antecipar lucro, e sim, prejuízo. Em outras palavras, de
acordo com o princípio do conservadorismo, sempre que pousarem dúvidas acerca do valor
de uma transação econômica, a Contabilidade deve reconhecer o menor valor para o Ativo e o
maior valor para o Passivo.
Certo.

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Introdução à Contabilidade Aplicada ao Setor Público
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037. (CESPE/FUNDAÇÃO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO FE-


DERAL DO PODER JUDICIÁRIO – BR/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALI-
DADE: CONTABILIDADE/2016) O princípio da competência pressupõe a simultaneidade da
confrontação entre ativos e passivos.

O correto é confrontação das receitas e das despesas.


Errado.

038. (CESPE/FUNDAÇÃO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO FE-


DERAL DO PODER JUDICIÁRIO – BR/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALI-
DADE: CONTABILIDADE/2016) O princípio da entidade reconhece a pessoa jurídica ou física
como objeto da contabilidade, de modo que se admite que essas entidades pertençam ao
universo do patrimônio contábil.

O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade.


Errado.

039. (CESPE/FUNDAÇÃO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO FE-


DERAL DO PODER JUDICIÁRIO – BR/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALI-
DADE: CONTABILIDADE/2016) As EFPC são desobrigadas de atender aos princípios de con-
tabilidade em seus registros contábeis, uma vez que a aplicação de tais princípios restringe-se
a empresas caracterizadas como sociedades anônimas.

Quaisquer entidades, sejam elas do setor privado ou público, devem obedecer aos princípios
de contabilidade, sem distinção.
Errado.

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Introdução à Contabilidade Aplicada ao Setor Público
Rodrigo Machado

040. (CONSULPLAN/PREFEITURA DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE – ES/FISCAL DE TRI-


BUTOS/2016) Considerando conhecimentos básicos de contabilidade, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade – CFC, atualmente denominam-se apenas
Princípios de Contabilidade – PC.
b) Os Princípios Contábeis são aplicáveis à contabilidade no seu sentido mais amplo de ciên-
cia social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades.
c) Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à
Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e
profissional.
d) São Princípios de Contabilidade: Princípio da Anterioridade, Princípio da Continuidade, Prin-
cípio da oportunidade, Princípio do Registro pelo Valor Bruto, Princípio da competência e Prin-
cípio do Conservadorismo.

Para responder a esta questão vamos utilizar o recurso mnemônico e que facilita a memorização:

P Prudência

R Registro pelo Valor Original

E Entidade

C Competência

O Oportunidade

C Continuidade

e vai de brinde
Não existe o princípio da anterioridade (isso é coisa de direito tributário).
Letra d.

041. (CESPE/SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – BR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: CONTADORIA/2015) Em 15/7/2015, uma em-
presa adquiriu, à vista, mercadorias para revenda no valor unitário de R$ 7,00, contemplando
todos os custos de aquisição. Em 31/7/2015, o preço de reposição unitário das referidas mer-
cadorias havia alcançado o valor de R$ 7,80, ao passo que o preço de venda unitário estimado
da mercadoria era R$ 12,50, e o gasto estimado necessário para a concretização da venda era
R$ 1,50 por unidade. Em uma transação sem favorecimentos, cada uma dessas mercadorias
poderia ser trocada no mercado pelo valor de R$ 12,50 no último dia do mês de julho de 2015.

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Introdução à Contabilidade Aplicada ao Setor Público
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Com base na situação hipotética apresentada, julgue os próximos itens, considerando os prin-
cípios de contabilidade aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Em atendimento ao princípio do registro pelo valor original, que indica o custo histórico como a
base de mensuração a ser utilizada para o registro inicial dos componentes patrimoniais, cada
unidade da mercadoria adquirida deve ser reconhecida ao preço de R$ 7,00.

Qual foi o valor de compra? R$ 7,00.


Certo.

042. (CONSULPLAN/PREFEITURA DE IBIRAÇU – ES/CONTADOR/2015) De acordo com os


Princípios de Contabilidade, associe adequadamente as colunas a seguir.

1. Princípio da Entidade. �(  ) Pressupõe que a Entidade continuará em operação


no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação
dos componentes do patrimônio levam em conta esta
circunstância.
2. Princípio da Continuidade. �(  ) Determina que os componentes do patrimônio devem
ser inicialmente registrados pelos valores originais das
transações, expressos em moeda nacional.
3. Princípio da Oportunidade. �(  ) Reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade
e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um patrimônio particular no universo dos
patrimônios existentes.
4. Princípio do Registro pelo Valor (�   ) Refere-se ao processo de mensuração e apresentação
Original. dos componentes patrimoniais para produzir informações
íntegras e tempestivas. A sequência está correta em

a) 4, 1, 3, 2.
b) 2, 4, 1, 3.
c) 3, 1, 4, 2.
d) 1, 4, 2, 3.

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Introdução à Contabilidade Aplicada ao Setor Público
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Princípio da Continuidade Pressupõe que a Entidade continuará em


operação no futuro e, portanto, a mensuração e
a apresentação dos componentes do patrimônio
levam em conta esta circunstância.

Determina que os componentes do patrimônio


Princípio do Registro pelo Valor devem ser inicialmente registrados pelos valores
Original. originais das transações, expressos em moeda
nacional.

Reconhece o patrimônio como objeto da


contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a
Princípio da Entidade necessidade da diferenciação de um patrimônio
particular no universo dos patrimônios existentes.

Refere-se ao processo de mensuração e


Princípio da Oportunidade apresentação dos componentes patrimoniais para
produzir informações íntegras e tempestivas.
Letra b.

043. (CONSULPLAN/PREFEITURA DE IBIRAÇU – ES/CONTADOR/2015) Na aplicação dos


Princípios de Contabilidade há situações concretas e a essência das transações deve preva-
lecer sobre seus aspectos formais. Sobre os Princípios de Contabilidade, assinale a alternati-
va correta.
a) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão.
b) Os Princípios de Contabilidade são apenas uma fonte de consulta, não precisa usá‐los.
c) A observância dos Princípios de Contabilidade não é obrigatória no exercício da profissão.
d) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória somente para as gran-
des empresas.

Os princípios de contabilidade são obrigatórios no exercício da profissão. Questões assim dis-


pensam grande envolvimento de tempo e explicações.
Letra a.

044. (FCC/TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 9ª REGIÃO – BR/ANALISTA JUDICIÁ-


RIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2015) Em relação aos Princípios de Contabilidade sob a Pers-
pectiva do Setor Público, os Restos a Pagar não Processados referentes a Outros Serviços de

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Terceiros – Pessoa Física, cuja prestação de serviços ainda tenha sido realizada, não devem
ser reconhecidos como um passivo porque fere o Princípio
a) da entidade.
b) da continuidade.
c) da competência.
d) da prudência.
e) do registro pelo valor original.

Estudamos que os restos a pagar não processados são aqueles que ainda não passaram pela
fase de liquidação, portanto, não são reconhecidos como obrigação para a entidade e não há
o reconhecimento de uma variação patrimonial e, dessa forma, em observância ao princípio da
competência – reconhecimento contábil dos fatos nos períodos de ocorrência – não devem
ser reconhecidos no passivo.
Letra c.

045. (IBFC/FUNDAÇÃO EZEQUIEL DIAS – MG/ANALISTA DE SAÚDE – ÁREA FINANCEI-


RA/2014) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profis-
são e constitui condição de legitimidade:
a) Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
b) Das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
c) Conselho Regional de Contabilidade (CRC).
d) Para o contador.

Além de obrigatória no exercício da profissão, a observância dos princípios de contabilidade


representa condição de legitimidade das normas brasileiras de contabilidade.
Letra b.

046. (IBEG/COMPANHIA DE ÁGUAS E ESGOTO DO MARANHÃO – MA/CONTADOR/2014)


A Loja de Brinquedos TOM & JERRY vendeu mercadorias, a prazo, em janeiro de 2013 e o con-
tabilista deixou para contabilizar a operação quando recebesse o valor da fatura, que se daria
em junho do mesmo ano. Tal procedimento está em conformidade com os Princípios de Con-
tabilidade? Assinale a alternativa que aponta a resposta correta:
a) Sim. Está de acordo com os princípios da oportunidade e da competência.
b) Sim. Está de acordo com o princípio da prudência.
c) Não. Fere os princípios da oportunidade e da competência.
d) Não. Fere o princípio da prudência.
e) Sim. O procedimento não é incompatível com nenhum princípio de contabilidade.

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Ao realizar estes procedimentos foram descumpridos dois princípios da contabilidade:

Letra c.

047. (VUNESP/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ – PA/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA CI-


ÊNCIAS CONTÁBEIS/2014) Os Princípios de Contabilidade representam a essência das dou-
trinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante
nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu
sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto
a) é o patrimônio das entidades.
b) são as normas contábeis atribuídas pelo Tribunal de Contas da União.
c) é o arcabouço de informações a investidores, governo e credores diversos.
d) é a representatividade econômica, financeira e qualitativa das informações contábeis.
e) são os investidores.

Blábláblá... O objeto da contabilidade: patrimônio. Sempre!


Letra a.

048. (FCC/DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – SP/AGENTE DE DEFEN-


SORIA PÚBLICA – ÁREA CONTADOR/2013) Em relação aos Princípios de Contabilidade,
considere:
I – Na aplicação dos Princípios de Contabilidade, há situações concretas em que os aspectos
formais devem prevalecer sobre a essência das transações.
II – O Princípio da competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de
despesas correlatas.
III – Os princípios do Registro pelo Valor Original, Atualização Monetária, Competência e Pru-
dência são princípios de contabilidade.

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IV – O princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos


componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
De acordo com a Resolução CFC n. 750/1993 e alterações posteriores, está correto o que se
afirma APENAS em
a) II e IV.
b) I e III.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) I e II.

I – esta incorreto, pois a essência deverá prevalecer sobre a forma.


II – são princípios de contabilidade: Entidade, Continuidade, Oportunidade, Registro pelo Valor
Original, Competência e Prudência.
Caso dê aquele branco, o recurso mnemônico (PRECOCe)pode ser útil:

P Prudência

R Registro pelo Valor Original

E Entidade

C Competência

O Oportunidade

C Continuidade

e vai de brinde
Letra a.

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GABARITO
2. E 18. e 34. e
3. E 19. E 35. c
4. E 20. E 36. C
5. c 21. e 37. E
6. d 22. C 38. E
7. c 23. d 39. E
8. b 24. d 40. d
9. c 25. C 41. C
10. c 26. C 42. b
11. a 27. C 43. a
12. c 28. E 44. c
13. d 29. C 45. b
14. d 30. E 46. c
15. e 31. d 47. a
16. C 32. d 48. a
17. E 33. d

Para começo de conversa, é isso!


Abração.
Prof. Rodrigo Machado.
@contabilidade_total

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Rodrigo Machado

Rodrigo Machado
Formado em Ciências Contábeis – ênfase em Controladoria pela Pontífica Universidade Católica de Minas
Gerais. Especialista em auditoria, com MBA em Gestão de Contas Públicas e MBA em Compliance e
Investigação de Fraudes (em curso). É Auditor do Estado da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (CAGE),
órgão da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul (SEFAZ-RS), ex-auditor interno pleno na
Petrobras S.A., na área de auditorias especiais. Iniciou sua trajetória profissional na iniciativa privada e
acumula 18 anos de experiência com auditorias contábeis e operacionais. É professor de Contabilidade
Aplicada ao Setor Público (CASP) e Contabilidade Societária.

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